UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CAMPUS CASCAVEL – PR ESPECIALIZAÇÃO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA TATIANE ZANIN A HISTÓRIA DA ESCOLARIZAÇÃO DE GUARANIAÇU: DA COLONIZAÇÃO AOS NOSSOS DIAS CASCAVEL - PR 2010 TATIANE ZANIN A HISTÓRIA DA ESCOLARIZAÇÃO DE GUARANIAÇU: DA COLONIZAÇÃO AOS NOSSOS DIAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de PósGraduação em História da Educação Brasileira, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, como requisito à obtenção do título de Especialista. Orientador: Professor Doutor Paulino José Orso. CASCAVEL – PR 2010 TATIANE ZANIN A HISTÓRIA DA ESCOLARIZAÇÃO DE GUARANIAÇU: DA COLONIZAÇÃO AOS NOSSOS DIAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação em História da Educação Brasileira, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, como requisito à obtenção do título de Especialista. COMISSÃO EXAMINADORA _____________________________________________ Profº Dr. Paulino José Orso Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Orientador) _____________________________________________ Profº Ms. Marco Antônio B. Carvalho Universidade Estadual do Oeste do Paraná _____________________________________________ Profº Dr. João Carlos da Silva Universidade Estadual do Oeste do Paraná DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha filha Isabella e a meus pais Adilo e Maria pela compreensão, pelas horas desprendidas nessa pesquisa. Às minhas amigas Dinorá, Marta e Sara pelo apoio e incentivo. Dedico também ao meu orientador Profº Dr. Paulino José Orso pela paciência e valorosa contribuição científica. Sem estes, esse trabalho não seria possível. AGRADECIMENTOS A todos os professores do curso de Especialização em História da Educação Brasileira pelo conhecimento socializado, em especial ao Coordenador do Curso Professor João Carlos da Silva, e meu orientador Paulino José Orso, por acreditarem neste trabalho. Aos representantes e funcionários da Prefeitura Municipal de Guaraniaçu e Secretaria Municipal de Educação e Cultura, os quais colaboraram com a coleta de dados e informações sobre a história deste Município. Aos meus colegas de curso, em especial as minhas amigas e companheiras Sara Camargo Barreto de Oliveira, Marta Soligo e Dinora de Godoy, pelo longo tempo e bons momentos que passamos juntas nestes dois anos. A toda minha família e amigos que sempre me apoiaram durante minha trajetória acadêmica. A todos que direta ou indiretamente participaram da realização dessa pesquisa. EPÍGRAFE Guaraniaçu Nasci na localidade de Rocinha, Eu era bem diferente... Para haver o meu progresso, Tombaram muitos homens valentes. Por volta de um mil novecentos e cinqüenta, Foi palco de lutas e batalhas. Foram registrados inúmeros combates Entre as tropas revolucionárias. Meu povoado surgiu na Rocinha, Com a abertura da primeira estrada, Foi aí que encontrei Um povo bom e camarada. Pertenci a Laranjeiras do Sul Até quatorze de novembro de cinqüenta e um Quando houve a emancipação política Recebi o nome de Guaraniaçu A origem do meu nome, Foi quem me deu muita sorte, Combinando os dois rios Índio bom e homem forte. Em cinqüenta e dois, Fui mudada para o alto, Onde hoje estou instalada, Sou do terceiro planalto. Para os primeiros prefeitos, Sei que foi muito difícil, Sem recursos financeiros, Para desempenhar seu ofício. Eu sempre crescendo, O progresso continuando. Muitos acreditando em mim, Pra cá viram e aqui ficaram morando. Hoje, já não sou mais criança, Tenho meus quarenta e quatro janeiros Quero dar conforto e confiança A esse povo hospitaleiro. Para todos que em mim acreditaram, E hoje aqui estão Desejo felicidade, Esta é a minha saudação. “Guaraniaçu” Professora Leocádia K. Sinhuri Escola São Francisco de Assis – Alto das Palmeiras Apostila Município de Guaraniaçu - 1996 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Planta Baixa Escola Rural Otávio Cordeiro,Bormann...................... 53 Figura 2 - Foto da Escola Rural Otávio Cordeiro, da localidade do Bormann.. 54 Figura 3 - Escola Rural São João Batista, da localidade de São Luis..............55 Figura 4 - Escola Rural Rui Barbosa, da localidade Faxinal São João............ 55 Figura 5 - Escola Rural Santa Maria, da localidade do Rio Isolina...................56 Figura 6 - Escola Rural Machado de Assis, da localidade Barbaquá............... 56 Figura 7 - Escola Rural Princesa Izabel, da localidade de Vila União.............. 57 Figura 8 - Foto do interior de uma sala de aula não especificada.................... 60 Figura 9 - Foto do interior de uma sala de aula não especificada.................... 66 Fluxograma 1- Cronologia sobre a formação dos Municípios....................... 32 Gráfico 1 - Área Territorial Pertencente a cada Município................................. 32 Gráfico 2 - População Rural e Urbana de Guaraniaçu – 1970 - 2000............... 36 Gráfico 3 - População Rural e Urbana de Guaraniaçu – 2000...........................37 Gráfico 4 - Formação dos Professores de Guaraniaçu – 1981..........................61 Gráfico 5 - Formação dos Professores de Guaraniaçu – 2010..........................62 Gráfico 6 - Escola Criadas entre 1950 e 2010................................................... 71 Gráfico 7 - Escola Fechadas entre 1980 a 2010............................................... 73 Gráfico 8 - Escolas de Guaraniaçu, Campo Bonito e Diamante do Sul............ 74 Gráfico 9 - Recursos da União, do Estado e do Município, despendidos para o Transporte Escolar em 2009........................................................... 81 Gráfico 10 - Despesas com o Transporte Escolar Público e Privado, em 2009.. 82 Gráfico 11 - Escolas Ativas e Inativas no período de 1980 a 2010..................... 83 Gráfico 12 - Localização das Escolas Municipais Ativas em 2010...................... 86 Gráfico 13 - Alunos Matriculados nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino, por década, de 1980 a 2008.................89 Mapa 1 - Tratado de Tordesilhas(1494) e Tratado de Madri (1750)............... 23 Mapa 2 - Mesorregiões do Estado do Paraná................................................ 27 Mapa 3 - Mapa do Estado do Paraná. ............................................................ 28 Mapa 4 - Mapa do Paraná e Município de Guaraniaçu .................................. 28 Mapa 5 - Macrozoneamento Municipal. ......................................................... 34 Quadro 1 - Histórico dos Inspetores de Ensino/Secretários Municipais de Educação. .................................. .................................................... 48 Quadro 2 - Estrutura Física das Escolas Rurais de Guaraniaçu – 1980............ 59 Quadro 3 - Despesas do Transporte Escolar em 2007, 2008 e 2009................ 79 Quadro 4 - Recursos destinados ao custeio do Transporte Escolar em 2009... 80 Quadro 5 - Escolas da Rede Municipal de Ensino em atividade em 2010.........84 Tabela 1 - População urbana, rural e total do município: 1970 – 2005............. 35 Tabela 2 - Total de alunos matriculados nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino, 1980 a 2008..............89 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Abr. - Abril Ago. - Agosto APAE - Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais Art. - Artigo ASSOESTE - Associação Educacional do Oeste do Paraná Aut. - Autorização BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento CD-ROM - Compact Disc CEEBJA - Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos CEMEIS - Centros Municipais de Educação Infantil D. -Dom Dec. -Decreto definitiv. -Definitivamente Dez. - Dezembro Dr - Doutor DVD - Digital Video Disc ed. - Edição Ed. - Educação Ens. - Ensnino Esc. - Escola etc. - Entre outros f. - Folha Fev. - Fevereiro fs. - Folhas Func. - Funcionamento FUNDEB - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica FUNDEF - Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental FUNDEPAR - Fundação Educação do Estado do Paraná IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Inf. - Infantil IRE - Inspetoria Regional de Ensino Jan. - Janeiro Jul. - Julho Jun. - Junho Km² - Quilômetro Quadrado LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Mai. - Maio Mar. - Março MEC - Ministério da Educação e Cultura Mun - Municipal Munic. - Municipal nº - Número Nov. - Novembro NRE - Núcleo Regional de Educação Org. - Organizador OSPB - Organização Social e Política Brasileira e Moral e Cívica Out. - Outubro p. - Página Pe. - Padre PNATE - Programa Nacional de Transporte Escolar Port. - Portaria PR - Paraná Prim. - Primário Profª - Professora Profº - Professor Res. - Resolução Rur. - Rural SEED/PR - Secretaria de Estado de Educação do Paraná SEMED - Secretaria Municipal de Educação e Cultura Set. - Setembro Sr. - Senhor Sra. - Senhora tem. - temporariamente UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná v. - Volume SUMÁRIO APRESENTAÇÃO................................................................................................ 12 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13 1 REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA EDUCACÃO...................................... 16 2 A C0LONIZAÇÃO........................................................................................................ 21 2.1 A Colonização do Paraná e da Região Oeste do Paraná............................... 21 2.2 Colonização do Município de Guaraniaçu .................................................... 29 3 HISTÓRIA DA ESCOLARIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GUARANIAÇU........... 38 3.1 A Escola Domiciliar e a Escola Particular....................................................... 38 3.2 A Casa Escolar Pública.................................................................................. 40 3.3 A Formação dos Grupos Escolares e a Municipalização do Ensino.............. 42 3.4 Das inspetorias de Ensino às Secretarias Municipais de Educação.............. 46 4 Algumas Considerações Sobre a Estrutura Física e Organização Pedagógica das Escolas Rurais de Guaraniaçu.............................................................................. 52 4.1 Sobre a Estrutura Física das Escolas Rurais de Guaraniaçu......................... 52 4.2 Algumas Reflexões Sobre a Educação Das Escolas Rurais de Guaraniaçu.. 65 4.3 Uma Reflexão a Cerca do Nome das Escolas Rurais de Guaraniaçu............ 67 5 Escolas Rurais de Guaraniaçu: Ascenção e Declínio........................................ 70 5.1 A Nuclearização do Ensino............................................................................. 75 5.2 Sobre o Transporte Escolar do Município de Guaraniaçu.............................. 77 6 A Educação Atual: Impacos e Desafios............................................................. 83 7 Considerações Finais......................................................................................... 91 Referências Bibliográficas .................................................................................... 94 Legislação Consultada.................................. ....................................................... 98 ANEXOS................................................................................................................ 102 ANEXO I - Leis Municipais.................................................................................... 103 ANEXO II - Resoluções Estaduais........................................................................ 116 ANEXO III - Ficha Informativa - 1981 e 1986........................................................ 121 ANEXO IV - Termo de Compromisso de Doação.................................................. 123 ANEXO V - Termo de Posse do Professor Joaquim Modesto da Rosa................ 124 ANEXO VI - Histórico das Escolas Município de Guaraniaçu............................... 126 ANEXO VII - Escolas do Município de Campo Bonito, a partir de 1989................135 ANEXO VIII - Escolas do Município de Diamante do Sul, a partir de 1993........... 136 ANEXO IX - Centros Municipais de Educação Infantil.......................................... 137 ANEXO X - Escolas Municipais Ativas Atualmente............................................... 138 ANEXO XI - - Escolas Estaduais Ativas Atualmente............................................. 139 ANEXO XII - Fotos de Algumas Escolas Rurais de Guaraniaçu........................... 140 APRESENTAÇÃO Este trabalho monográfico é resultado das atividades desenvolvidas na pósgraduação em “História da Educação Brasileira”, oferecida pela UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Esta especialização foi iniciada em fevereiro de 2008 tendo como Coordenador do Curso o Profº Dr. João Carlos da Silva e orientação da monografia pelo Profº Dr. Paulino José Orso. As disciplinas do curso foram ministradas pelos seguintes professores: André Paulo Castanha (Pesquisa, História, historiografia e Levantamento de Fontes); Paulino José Orso (Fundamentos da Metodologia da Pesquisa); Marco Antônio B. Carvalho (História da Educação: da Colônia ao Império); João Carlos da Silva (História da Educação: A República Velha: 1889 -1930.); Claudinei Batista (História da Educação: 1930 a 1964); Simoni Sandri (História da Educação e Formação do Trabalhador no Brasil); José Kuiava (História da Educação: Paraná e Região Oeste do Paraná); Carmem Célia B. Bastos, Júlia Malanchen e Elenita C. P. Manchope (História da Formação de Professores no Brasil); Alexandre F. Fiúza (História da Educação: dos anos 64 aos nossos dias); José Roberto de Carvalho (Aspectos Históricos da Educação Especial); Margarete Nath (Aspectos Históricos da Educação de Jovens e Adultos); Lucyelle Cristina Pasqualotto (Aspectos Históricos da Educação à Distância); Sebastião Rodrigues Gonçalves (Educação e Movimentos Sociais); Claudinei Batista (Aspectos Históricos da Cultura Brasileira). Trata-se de um curso latu sensu que vem contribuindo com as pesquisas relacionadas à história da educação da Região Oeste do Paraná. Através do levantamento e catalogação de fontes busca-se a compreensão da história da educação local e regional, porém não de forma isolada, mas de forma contextualizada, num movimento que busca a articulação do particular com o geral. 12 INTRODUÇÃO Atendendo as exigências e os objetivos do curso de Especialização em História da Educação Brasileira, este estudo pretende discutir os aspectos históricos, econômicos, geográficos, políticos e educacionais do Município de Guaraniaçu, desde sua colonização até os dias atuais, analisando como esses aspectos contribuíram para a ascensão e declínio das escolas rurais deste Município. Sabemos que a história desse município não se inicia exatamente em 1925, quando se formava na região dois núcleos populacionais: Rocinha e Mato Queimado. Muitos fatores ocorreram anteriormente e foram primordiais para a colonização desta pequena região do Oeste do Paraná, que logo recebeu o nome de Guaraniaçu. Nesse trabalho objetivou pesquisar o que acontecia no cenário nacional que motivou famílias a se instalarem nesta região. Depois de compreender a origem do povoamento, a pesquisa voltou-se para a educação dessas famílias, considerando que se tratava de diversas comunidades, localizadas em diferentes lugares, com culturas variadas. Como há poucos registros sobre a educação local desse período, procurou-se nas fontes primárias como: Projetos Político Pedagógicos de Escolas da Rede Municipal e Estadual de Ensino; Regimentos Escolares de Escolas da Rede Municipal e Estadual; Fotos de escolas no Museu Municipal de Guaraniaçu; Leis Municipais e Estaduais referentes às Escolas Municipais e a Educação do Campo, Livros Atas e demais documentos arquivados na Secretaria Municipal de Educação; bem como fontes orais de ex-alunos, ex-professores das escolas rurais, e referenciais bibliográficos cerca do tema já produzidos até o presente momento. Como os registros e documentos arquivados sobre a educação local, em geral, são recentes, foram encontradas muito pouco referencias das décadas anteriores. Para compreender esse processo foi necessário pesquisar sobre os fatores que contribuíram para a ascensão e declínio das escolas rurais. Sabemos que esse processo não se deu apenas em nível educacional, paralelo percebemos um 13 esvaziamento do campo, o qual está relacionado à desvalorização do trabalho no campo. Acredito ser extremamente importante, pesquisar sobre a colonização (imigração e migração) de nossa região, para podermos compreender como e porque se deu a constituição das escolas rurais, bem como, sua cessação. Desde sua colonização até os dias atuais percebem-se muitas transformações no quadro educacional deste município. Assim sendo, no primeiro Capítulo, faremos algumas Reflexões sobre a Historia da Educação, de forma apresentar a concepção de História e Educação que permeará todas as análises realizadas durante o trabalho. Buscaremos compreender, de início, como a História enquanto Ciência da Educação pode contribuir para os estudos e pesquisas educacionais. Para isso é imprescindível entender que a história e a educação são produzidas pelos homens durante sua existência, produção esta que dependerá de como foi constituída a vida material e social do indivíduo. A partir desta compreensão teórica, faremos no segundo Capítulo uma análise sobre a Colonização, abordando primeiramente aspectos referentes a Colonização do Paraná e da Região Oeste do Paraná, e, em seguida apresentamos como se deu a Colonização do Município de Guaraniaçu. Em seguida, no terceiro Capítulo, será apresentado como se deu a História da Escolarização do Município de Guaraniaçu, desde as primeiras formas de ensino, A Escola Domiciliar e a Escola Particular passando pela Casa Escolar Pública até a A Formação dos Grupos Escolares e a Municipalização do Ensino. Por fim será feita uma apresentação de como era a organização Das inspetorias de Ensino às Secretarias Municipais de Educação, mostrando às mudanças que ocorreram neste setor, paralelo as transformações ocorridas na educação de modo geral. No Capítulo seguinte, serão realizadas Algumas considerações sobre a estrutura física e a organização pedagógica das escolas rurais de Guaraniaçu, com o objetivo de conhecer como estavam organizadas e como se dava o processo de ensino e aprendizagem nestas instituições, neste período. Ainda no quarto Capítulo, a partir da catalogação de todas as instituições que existem ou existiram no município, foi possível fazer Uma Reflexão a Cerca do Nome das Escolas Rurais de 14 Guaraniaçu, considerando que estes eram, em sua maioria, referendados a autoridades militares, políticos e religiosos da época. No quinto Capítulo, sobre as Escolas Rurais de Guaraniaçu: ascensão e declínio serão apresentados dados estatísticos referentes ao número de escolas que foram criadas e cessadas, neste município, desde sua origem até a atualidade. Além dos dados serão apresentados os fatores condicionantes deste processo, entre eles o esvaziamento do campo e o processo de Nuclearização do ensino. Paralelo a isso, será realizada uma análise Sobre o transporte escolar do Município de Guaraniaçu, o qual ganhou espaço após a cessação das escolas rurais e suas respectivas nuclearizações. Nesse momento serão apresentados valores gastos com o transporte escolar e suas fontes. No sexto Capítulo, será abordado sobre A educação atual: impactos e desafios, apresentando como estão organizadas as escolas no Município atualmente, bem como quais os impactos dessa história na atualidade. Para isso, será exposto dado estatístico sobre número de escolas, localização, quantidade de alunos, entre outros condicionantes. Por fim, no sétimo e último Capítulo, estão expostas as Considerações Finais, lembrando que, esta pesquisa não se esgota aqui, ao contrário, deve servir como ponto de partida e de referencia para outras pesquisas. Considerando que trata-se de uma pesquisa de cunho documental, onde serão apresentados muitos dados históricos os quais foram catalogados para subsidiar o trabalho, estando à maioria deles anexados no final do trabalho. 15 1 REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA EDUCACÃO A fim de concluir o curso de especialização em História da Educação Brasileira pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE - optou-se pela pesquisa documental sobre os aspectos históricos, políticos e econômicos que deram origem à atual forma de organização da educação institucionalizada, especificamente aos sistemas de ensino públicos, nas esferas estadual e municipal. Para tanto, buscou-se dados históricos junto a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Guaraniaçu, Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, Museu Histórico de Guaraniaçu, Escolas da Rede Municipal e Estadual de Ensino e referenciais bibliográficos cerca do tema já produzidos até o presente momento. Este procedimento de pesquisa se deve em grande parte por compreender-se que a história é construída pelos homens ao longo de sua existência, por conseguinte, a educação também é construída por estes homens, entretanto, muitas vezes essa construção não é consciente, ou seja, existem determinações sociais que levam os sujeitos a agirem de determinadas formas, a atender determinados interesses que nem sempre são os seus ou o de sua classe social. Sendo assim, ver no ser humano o construtor da história não significa de modo algum, culpá-lo pelos erros cometidos ao longo da história, ao contrário, a pesquisa orientada pelos pressupostos do materialismo histórico-dialético busca perceber as determinantes sociais que levaram os homens a agirem desta ou daquela forma. Conforme Marx: Somos forçados a começar constatando que o primeiro pressuposto de toda a existência humana, e, portanto, de toda a história, é que os homens devem estar em condições de viver para poder fazer história. (...) O segundo ponto é que, satisfeita esta primeira necessidade, a ação de satisfazê-la e o instrumento de satisfação já adquirido conduzem a novas necessidades – e esta produção de novas necessidades é o primeiro ato histórico. (...) A terceira condição que já de início intervém no desenvolvimento histórico é que os homens, que diariamente renovam sua própria vida, começam a criar outros homens, a procriar: é a relação entre homem e mulher, entre pais e filhos, a família (1984 p. 39-41). 16 Compreender esta relação proposta por Marx significa que os homens vão fazendo a história de acordo como vão produzindo sua vida material e social; significa que todas as formas de organização social conhecidas por nós, derivam basicamente de relações sociais que são permeados por determinados interesses. Sendo assim, a educação institucionalizada também é fruto deste movimento histórico que produz todas as coisas, ou seja, analisar o modo como a escola se construiu até o presente momento não deve ser uma tarefa apenas de resgate de dados estatísticos; não deve limitar-se a elencar um rol de datas, devem-se analisar as quais interesses essas mudanças atenderam, de que forma elas se articulam com outras esferas sociais, como ocorreu o processo histórico de sua organização, isto por que compreendemos que a educação não está limitada à relação educadoreducando. De acordo com o Currículo Básico para a Escola Pública Municipal da região Oeste do Paraná (2007, p. 28), o ato pedagógico não é neutro: carrega implicações sociais, está marcado pela prática de todos os envolvidos no processo educativo e é mediado por relações sócio-históricas. Desta forma, buscar as raízes do processo de institucionalização do ensino através de escolas na Região Oeste do Paraná, especificamente em Guaraniaçu, significa buscar entender as razões que levaram à construção destas primeiras escolas. Mas, primeiramente, analisaremos os motivos que levam a importância de estudar a história e especificamente a história da educação. Os homens se definem pelo trabalho, sendo que A característica dos meios de produção também determina as relações sociais que os homens estabelecem entre si. Se os meios de produção forem privados, teremos um determinado tipo de relações sociais de produção, qual seja de dominação e de exploração; se os meios forem coletivos, não teremos necessidade deste tipo de relação, mas sim de colaboração e de ajuda mútua (1984, p. 30). Entender esta dinâmica de passagem histórica significa compreender e aceitar a idéia de que a historia se dá através das lutas entre as classes sociais: dominante e dominada. Mas, se o conhecimento é tido como forma de emancipação, qual seria o interesse da classe hegemônica em levar à classe trabalhadora as condições para estudar, aprender e, como consequência, emancipar-se? Primeiramente por que aprender, ou seja, a educação é um processo que não 17 acontece somente nas escolas, às pessoas se educam na rua, na igreja, nos movimentos sociais, enfim, em toda uma gama de setores que não atendem necessariamente os interesses da classe detentora do poder econômico. Muitas vezes estas instâncias não formais, acabam organizando meios de educação que, justamente vão contra os interesses desta classe. Pensando desta forma não é difícil entender porque é importante levar escolas para toda a população. Ao institucionalizar o conhecimento, detendo os meios de organizá-lo através de programas e sistemas de ensino, a classe hegemônica está levando ao povo apenas aquele conhecimento que é de extrema relevância para o seu projeto de ascensão e perpetuação no poder. Ao pensarmos nisso e analisarmos as condições em que os sistemas de ensino foram se organizando parece-nos claro que toda a precariedade encontrada foi meticulosamente pensada para que fosse, e para que ainda hoje continue sendo, a maneira de dar aos pobres conhecimentos em doses homeopáticas, conforme Adam Smith (1983), renomado teórico da burguesia, já havia proposto. Após a reflexão inicial parece-nos importante tratar especificamente sobre o que vem a ser a História, pois ela não se resume a uma disciplina escolar, ou a simples passagem do tempo. Ainda de acordo com o Currículo Básico para a Escola Pública Municipal: Educação Infantil e Ensino Fundamental – anos iniciais: Quando se estuda a Historia, em geral, aprende-se que ela começa com a criação da escrita, que teria acontecido por volta de quatro a seis mil anos a.C. e que é feita pelos grandes homens e heróis. Entretanto, (...), isto não corresponde à realidade. A história está diretamente relacionada ao homem, às mudanças, às transformações; tem a ver com as dimensões do passado, presente e futuro, portanto, com o tempo e com o espaço (2007, p. 214). O conhecimento é um bem da humanidade, muitas vezes, e principalmente na atualidade, este conhecimento é utilizado como meio de coerção social. Tendo em vista este poder dado ao conhecimento na atual realidade, é pertinente um estudo sobre a importância do conhecimento histórico, ou da História propriamente dita. Conforme o historiador Eric Hobsbawn: Todo ser humano tem consciência do passado (definido como o período imediatamente anterior aos eventos registrados na memória de um indivíduo) em virtude de viver com pessoas mais velhas. Provavelmente todas as sociedades que interessam ao historiador tenham um passado, pois mesmo 18 as colônias mais inovadoras são povoadas por pessoas oriundas de alguma sociedade que já conta com uma longa história (1998, p. 22). De acordo com esta afirmação a Historia se constitui de todos os fatos que se sucedem e que de acordo com as especificidades de cada momento histórico vão tecendo as tramas da realidade experienciada por todos. Assim, para compreender a realidade posta é necessário buscar nas vivências passadas os indicativos que tornaram a realidade tal e qual está posta para nós. Essa volta ao passado não se resume apenas a coletar documentos ou mesmo testemunhos de pessoas com idade avançada. É preciso reforçar que o historiador possui uma historia de vida, é formado de acordo com costumes e crenças que o levarão a interpretar os dados históricos desta ou daquela maneira. Porém independente disto, esta volta ao passado capacita os homens a remodelarem a realidade através de ações conscientes e de acordo com os equívocos passados. Tendo a história este importante papel é de se supor que ela também venha a atender interesses das classes dominantes, ou seja, as ações conscientes acima mencionadas podem não ser tão conscientes assim, pois, estando submetidos a diferentes interesses, pode-se não perceber o quanto equivocadas podem ser nossas ações e/ou intenções. Contudo, mesmo com esta possibilidade, ou se poderia dizer, constatação de que o historiador dá a sua interpretação aos fatos históricos, ainda, segundo Hobsbawn (1998), é preferível a análise humana, pois o ser humano possui em seu íntimo as experiências boas ou más que foram tecendo a sua existência. Olhar para o passado e buscar nele as respostas para o presente e para o futuro, pode ter diferentes concepções, porém temos o entendimento de que tal tarefa só pode ter um desenrolar eficaz se partirmos do que já foi estabelecido por Marx, ou seja, Não é possível nenhuma discussão séria da historia que não se reporte a Marx ou, mais precisamente, que não parta de onde ele partiu. E isso significa basicamente, uma concepção materialista da história (Hobsbawn, 1998, p. 43). 19 Esta afirmação leva ao questionamento sobre o que vem a ser a concepção materialista da história, ao que se poderia responder, de modo bastante abreviado, que é a compreensão de que as mudanças reais ocorridas na história ocorreriam a partir das lutas de classes antagônicas, as quais se dariam ao mesmo tempo em que os homens estariam tecendo os meios para sua existência. Como se vê ao analisarmos o que é a História, concluímos que ela é construída pelos homens a partir de sua luta pela existência, a qual ocorre através do seu trabalho e da luta de classes econômicas antagônicas. Fazer historia é constituinte da essência do ser humano e, portanto, a educação seja ela formal ou informal, terá papel crucial neste desenrolar. Na atualidade, a educação formalizada ou institucionalizada, na esfera pública e gratuita, tem a função de proporcionar a todos o acesso ao conhecimento, porém cabe voltarmos à questão histórica para analisarmos se é este mesmo o objetivo, ou se ela atende a outros interesses. 20 2 A C0LONIZAÇÃO 2.1 A C0LONIZAÇÃO DO PARANÁ E DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ A história da Região Oeste do Paraná não acontece de forma isolada, muito pelo contrário ela é fruto do contexto histórico, econômico e social eram que o Brasil se insere. Considerando que esta região era importante para o país pela sua localização estratégica (vizinha dos espanhóis) e pela vasta riqueza natural é deslocada para cá uma atenção diferenciada, no sentido de colonizá-la. Ao lermos ou estudarmos sobre a região, é comum que a maior parte das bibliografias traga uma história recente, que retrata a mesma somente do século XX pra cá, porém essa é uma história que vai, além disso, e para entendê-la é preciso rebuscar no passado alguns indícios dessa história. Muito embora não nos ocupemos em pensar dessa forma, mas de acordo com Peris a história de nossa região começa no século XV com a delimitação do Tratado de Tordesilhas, assinado em 07 de junho de 1494. O qual: Traçando uma linha imaginária de Norte a Sul da América, pensavam, ingenuamente, resolver os problemas e desavenças diplomáticas que vinham tendo desde que colocaram seus pés na América. Através deste meridiano coube a Espanha toda a região que atualmente é o território paranaense, incluindo, naturalmente, toda a Região Oeste. Assim não é de estranhar que, desde o início do século XVI os espanhóis resolveram levar a efeito suas primeiras viagens de exploração aos territórios que lhes pertenciam pelo Tratado de Tordesilhas (2003. p. 31). Durante vários séculos a Região Oeste do Paraná ficou sob o domínio dos espanhóis, foi uma terra legítima de dois grupos: índios e espanhóis, onde os mesmos travavam uma disputa diária pela posse das terras e, no caso do segundo, a causa dessa disputa era a exploração das fartas riquezas naturais que a região oferecia. Porém no restante do Brasil havia uma carência de mão-de-obra, a qual era suprida somente pela força dos indígenas da terra escravizados ou pelos negros trazidos da África, então a solução apresentada foi à captura de indígenas em terras espanholas: 21 O negócio foi passar por cima da linha imaginária, conhecida como Meridiano de Tordesilhas, e lançar mão aos milhares de índios que habitavam toda a porção ocidental do atual território brasileiro – com o Oeste paranaense incluído, é óbvio. Como a necessidade é a mãe de todas as atitudes, já nos primeiros anos do século XVII, bandeirantes, oriundos de terras de São Vicente, se internaram nos domínios espanhóis com o firme propósito de aprisionar os indígenas que encontrassem, para, depois, vendê-los aos senhores fazendeiros paulistas. No mercado de escravos, o preço obtido por índio capturado era ótimo e compensava todos os riscos enfrentados por essas expedições de pilhagem (Idem, p. 40). De acordo com Peris os interesses comerciais e políticos falavam bem mais alto do que a obediência de meras formalidades diplomáticas expostas num tratado que tinha tudo para ser descumprido. Como a busca pelo poder, seja ele econômico, político ou social, sempre moveu a humanidade, não foi diferente no caso da disputa pela ocupação da Região Oeste do Paraná, a qual a partir desse momento passa a ter três frentes: índios, espanhóis e portugueses: Os portugueses, em vez de refrear seu ímpeto pela captura de mão-de-obra escrava, aumentam-no cada vez mais. Como se não bastasse escravizar os indígenas que viviam espalhados pelas tribos no Guairá, também começaram a atacar, de modo sistemático e impiedoso, as Reduções Jesuíticas estabelecidas naquela região. Saliente-se que o ataque a essas Reduções revestia-se de uma enorme vantagem aos portugueses, à medida que os indígenas ali aldeados já haviam sido completamente domesticados pelos jesuítas, constituindo-se numa farta reserva de mão - de –obra, previamente disciplinada (Idem, p. 40 - 41). Dessa forma, segundo Peris, a presença portuguesa na região foi se impondo cada vez mais com os anos e o Meridiano de Tordesilhas foi perdendo sua “magnitude delimitatória” e, em 1750, foi celebrado o Tratado de Madri, o qual redefiniu as fronteiras dos domínios portugueses e espanhóis. Como podemos visualizar no mapa a seguir, a Região Oeste do Paraná acabou ficando pertencente ao território português e o Rio Paraná como fronteira natural entre esses dois domínios. 22 Mapa 1 - Tratado de Tordesilhas(1494) e Tratado de Madri (1750) Fonte: http://www.rr.pt/informacao_nestedia. aspx?fid=103&did=86996 Peris ainda afirma que com a expulsão dos Jesuítas e a destruição de suas Reduções a margem esquerda do Rio Paraná se viu em completo abandono, pois os interesses portugueses na região se davam apenas no sentido de escravizar os indígenas que aqui viviam. Assim chega-se então, ao século XIX. Agora não serão mais as pedras e metais preciosos ou o preamento de indígenas a serem escravizados, os fatores que atrairão novos interesses para o Oeste Paranaense. Novos produtos estão em destaque. Erva-mate e a madeira é o binômio econômico que desperta a cobiça de novos aventureiros (Idem, p. 42). É assim que permanece a região por pelo menos mais de cem anos: abandonado pelo governo brasileiro, constituindo-se num verdadeiro deserto populacional, sem nenhuma atenção do mesmo em promovê-la, o que fez com que os espanhóis novamente voltassem suas atenções para o Oeste. Serão novamente os espanhóis e seus descendentes os responsáveis pelo processo de exploração econômica dessas novas riquezas vegetais. Só que o retorno desses aventureiros ao Oeste paranaense se deu de maneira muito mais organizada. Exerceram, durante um vasto espaço temporal, completo controle político e econômico em todas as esferas de interesses representativas. Para tanto, muitas vezes contaram com a impotência e incompetência administrativas das autoridades governamentais brasileiras, seja pelo abandono ou pela adoção de uma política de colonização equivocada (Idem, p. 42-43). 23 Durante todo o século XIX, esse foi o panorama da região, o qual só é retomado oficialmente pelo governo brasileiro no século XX. Porém, este é um assunto a ser discutido mais tarde. O fenômeno da ocupação e colonização da Região Oeste do Paraná pelo governo brasileiro também se atrela à conquista dos Campos de Guarapuava. A extensa região compreendida entre os Rios Ivaí e Paraná até os limites dos Campos Gerais, no terceiro Planalto Paranaense constituiu o território de Guarapuava, por volta de 1700. De acordo com Lazier (2004) inúmeros acontecimentos marcam o cenário mundial nesse momento histórico, como a Guerra entre Portugal e Espanha, a ascensão de Marques de Pombal no governo de Portugal, acontecimentos esses que vão influenciar diretamente na conquista e ocupação do Paraná. Desde 1770 inúmeras expedições foram organizadas para abrir caminhos através do sertão, atingindo a distante zona dos Campos de Guarapuava, dominada inteiramente por índios das tribos Kaingangues, Guaranis, Dorins e outras. Como afirma o autor o processo de ocupação do atual território do Paraná e a conquista dos campos guarapavanos, bem como do restante do Paraná, principalmente o Oeste, foi uma verdadeira epopéia entre a tríade: índios, espanhóis e portugueses, repleta de acontecimentos significativos. Em 1769, Antonio da Silveira Peixoto comandou a bandeira que conseguiu atingir os Campos de Guarapuava descobertos pelo Sargento Cândido Xavier de Almeida e Souza, o qual ficou na história como descobridor de nossa região. Segundo Lazier a conquista efetiva só aconteceu a partir de 1808, fato que coincide com a chegada da Família Real Portuguesa no Brasil. No dia 05/11/1808 a Carta Régia determinava ser de grande utilidade para o Estado empreender-se de novo o abandonado projeto de descobrir, povoar e cultivar os Campos de Guarapuava. Designa para comandar a real expedição o Tenente Coronel Diogo Pinto de Azevedo Portugal, o qual nasceu em Portugal em 1750 e aos 21 anos veio ao Brasil. Ele fez carreira militar e em 1803 assumiu o comando do Regime Militar de Curitiba. A missão era realizar, sem violência ou com a menor violência possível, a conquista e povoamento de Guarapuava (2004, p. 73). Em 1809, o sertanista, Diogo Pinto Azevedo Portugal, partiu de Curitiba comandando uma bandeira povoadora composta de aproximadamente cem pessoas 24 com o propósito de explorar e povoar as regiões do terceiro Planalto Paranaense: os “Campos de Guarapuava”, determinado por ato do Governador de São Paulo. De acordo com Lazier, fundaram ali o Forte de Atalaia, o qual findou-se em 1825, devido aos atritos entre comandantes, índios e padres que faziam parte da expedição, não cumprindo com o objetivo que era fundar a povoação definitiva destinada a ser a futura cidade de Guarapuava. Surgem então, novas divergências entre o padre Chagas e o comandante, os quais escolhem locais diferentes para cumprir o objetivo anteriormente exposto: O comandante escolheu o Pontão das Estacas, no Campo Real, onde em 1812, oitenta homens já trabalhavam na fundação da nova povoação. (...) O padre Chagas escolheu a planície do Campo de Pinhão, situado entre os rios Jordão e Coutinho. Com a intervenção do Governador da Província o padre venceu. Assim depois de muitos esforços, sacrifícios e contradições, os campos de Guarapuava foram conquistados e ocupados (Idem, p. 77). Dessa forma, em 1949, foi criada a Vila de Guarapuava 1, a qual foi eleva a cidade2 em 1971. De acordo com dados do Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul3 sobre a história regional, em 1888, quando foi criada a Colônia Militar de Foz do Iguaçu, instalaram-se na região alguns colonos descendentes de europeus e paraguaios. Neste mesmo ano, o povoado que se localizava numa região intermediária entre Guarapuava e Foz do Iguaçu, tornou-se sede de um Distrito Policial4, mais tarde transformado em Colônia Militar5. Começava a consolidar-se ali, em plena floresta virgem, o princípio de uma nova civilização. No período de 1923 e 1925, a região foi alvo de violentos combates comandados pelo General Izidoro Dias Lopes (Paraguaio) e pela Coluna Prestes, comandada por Luiz Carlos Prestes. Lei Provincial de São Paulo nº 14, de 21/03/1849, cria a Vila de Guarapuava com sede na povoação de Nossa Senhora de Belém da Aldeia da Atalaia. 2 Lei Provincial n° 217, de 22/04/1871, eleva Guarapuava a condição de cidade. 3 Extraídos do site: www.diaadia.pr.gov.br/nre/laranjeirasdosul, em 10 de abril de 2010, 4 Lei Estadual nº 185 de 25 de abril de 1888, cria o Distrito Policial o qual fica subordinado a sede municipal de Guarapuava. Esse Distrito abrangia o território que hoje pertencem aos municípios de Guaraniaçu, Catanduvas e Campo Bonito. 5 A Colônia Militar foi instalada pelo 1º Batalhão de Engenharia durante a gestão do Marechal Mallet, no Ministério da Guerra. Também conhecida, mais tarde como Colônia Marechal Mallet, por ocasião da importante missão que lhe foi confiada, de estender linhas telegráficas através do sertão. 1 25 Em 1943 ao ser criado o Território Federal de Iguaçu6, a Colônia é desmembrada7 do estado do Paraná, tonando-se Capital8 desse território entre os anos 1944 e 1946, sendo denominada de Iguaçu. Porém, em virtude da Constituição de 1946, no “Ato das Disposições Transitórias”, a qual representava o fim da Era Vargas, o Território do Iguaçu fica extinto, e ainda neste ano, perde o título de Capital, sendo reintegrada ao estado do Paraná, tornando-se município de Iguaçu 9. No ano seguinte, Iguaçu passa a ser denominada como Laranjeiras do Sul10, nome atribuído pelo fato de haver muitas “laranjeiras” na região. Derivado da planta laranjeira, o nome origina-se da palavra "nerinhê" (nerje) que no idioma Kaingang quer dizer "laranja", pois a região ainda era habitada por muitas tribos indígenas. O território onde está localizado Guaraniaçu atualmente pertenceu por muito tempo, a Laranjeiras do Sul, inclusive como Distrito Judiciário, sendo que, todos esses municípios estão concentrados no oeste paranaense. Como podemos observar no mapa apresentado a seguir, geograficamente o Estado do Paraná está divido em dez Mesorregiões: sendo elas: Noroeste, Norte Central, Norte Pioneiro, Centro Ocidental, Centro Oriental, Centro Sul, Oeste, Sudoeste, Sudeste e Região Metropolitana. No então, vale lembrar que as Mesorregiões é uma subdivisão interna dos estados brasileiros criada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a qual congrega vários municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. É utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade ou administrativa. Lei Federal nº 5.818, de 13 de setembro de 1943, a Unidade Federativa de Foz do Iguaçu foi criada. Lei Federal nº 5.839, de 21 de setembro de 1943. dispõe sobre a administração de territórios, dividindo-os em municípios. 8 Lei - Federal nº 6.887, de 21 de setembro de 1944, dispõe sobre a organização da Justiça dos Territórios, onde a Colônia Marechal Mallet torna-se Capital do Território Federal do Iguaçu. 9 Lei Estadual nº 533, de 21 de setembro de 1946, cria o município de Iguaçu e o reintegra ao Paraná. 10 Lei Estadual nº 2, de 10 de outubro de 1947, o município passa a denominar-se Laranjeiras do Sul. 6 7 26 Mapa 2 – Mesorregiões do Estado do Paraná Fonte: http://www.sites-do-brasil.com/diretorio/catimages/mapa-estado-parana.gif A Região do Oeste Paranaense é uma das dez Mesorregiões do Estado. É formada pela união de cinqüenta municípios, entre eles o Município de Guaraniaçu, o qual, conforme mapa apresentado a seguir, faz divisa territorial com: Campo Bonito, Ibema, Catanduvas, Três Barras do Paraná, Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Diamante do Sul, Altamira do Paraná e Campina da Lagoa. Contudo, a divisão política apresentada no mapa a seguir é muito recente, para que essa organização fosse possível foram necessários muitos esforços por parte dos colonizadores pioneiros, os quais trabalharam incansavelmente na construção e na formação das cidades, não só do Oeste, mas sim de todo o Paraná. 27 Mapa 3 – Estado do Paraná Fonte: www.jfpr.gov.br A seguir apresentamos um Mapa do Paraná, com o Município de Guaraniaçu em destaque, para podermos situá-lo dentro do Estado. Mapa 4 – Mapa do Paraná e Município de Guaraniaçu Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File: Parana_Municip_Guaraniacu. svg 28 É importante analisarmos a história de Guaraniaçu, seja sob o aspecto educacional, cultural, econômico ou outro qualquer, como parte integrante deste grande movimento. Não podemos compreendê-lo isoladamente, ao mesmo tempo em que é resultado desse processo, por estar inserido nele, é agente, pois as pessoas que por aqui passaram ou por aqui ficaram deixaram suas marcas, fizeram sua história. Vejamos no capítulo a seguir, mas especificamente como se deu a colonização e a formação do município de Guaraniaçu. 2.2 COLONIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GUARANIAÇU Como vimos até o presente, por estar localizado numa região estratégica entre Guarapuava e Foz do Iguaçu, Guaraniaçu desde os primeiros povoados pertencia ao município de Laranjeiras do Sul. Em 1934, foi criado e instalado o Distrito Judiciário de Guaraniaçu (sede na Rocinha) e, em 1951, devido seu progresso, deixa de pertencer a Laranjeiras do Sul adquirindo sua autonomia, tornando-se município, pela Lei Estadual nº 790 de 14 de novembro, tendo como primeiro Prefeito Jorge Pio Gonçalves. Para entender um pouco sobre essa trajetória, precisamos buscar no passado, alguns indícios dessa história. Segundo Peris, por volta de 1925, essa região já apresentava dois núcleos populacionais: Rocinha e Mato Queimado. Devido às necessidades do momento, após um ano é instalado o primeiro estabelecimento comercial, e em 1934, é construída a primeira escola. Mais tarde, em 1947, apesar de predominar sobre o local os aspectos rurais, já apresentava algumas características urbanas como posto de saúde, hotel, etc. Esse progresso contribuiu para sua emancipação política, a qual ocorreu em 1951. Como afirma Peris: Sua história confunde-se com a formação histórica do Paraná, por originar-se das expedições que exploravam o Terceiro Planalto Paranaense, no século XIX. Posteriormente, com a criação da Colônia Militar de Foz do Iguaçu, acelerou-se o desbravamento da Região Oeste do Paraná. Em 1917 a estrada ligando Guarapuava a Colônia Militar, formou o primeiro povoado de 29 Guaraniaçu, denominado Rocinha e, posteriormente, o núcleo de Mato Queimado (2003, p. 121). Dentro do contexto nacional, esta região onde hoje está o município de Guaraniaçu ocorreu inúmeros combates entre os revolucionários da Coluna Prestes e as tropas Legalistas do governo, na década de 1920, como pode ser apurado analisando-se objetos e relatos que se encontram no Museu Municipal de Guaraniaçu e no cemitério da localidade do Bormann onde ocorreram os conflitos. Posteriormente, segundo Peris (2004), instalam-se junto aos colonos que aqui já moravam imigrantes que vinham do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, trazido pelo surto de “progresso” que assolava a região, devido a isso é traçada uma estrada que ligava Guarapuava até Foz do Iguaçu, em que pode-se dizer que Guaraniaçu ocupava uma localização estratégica. Se hoje temos problemas sociais que derivam do enfrentamento das classes, imagine à época, em que as leis eram feitas de acordo com as vontades daqueles que detinham o poder econômico e que redistribuía esse “poder” de acordo com os seus interesses. As terras da região eram doadas àqueles que tivessem alguma relação com os políticos, isto em parte explica por que, infelizmente na nossa história oficial não cabe menção aos homens e mulheres simples que aqui se encontravam e construíam sua história, produzindo-a com os seus próprios braços, sob o suor de seus rostos. A área de terras, onde foi iniciada a colonização de Guaraniaçu, pertencia à família Virmond, de Guarapuava (...). No ano de 1952, os senhores João Badotti e Eudóxio Antonio Badotti adquiriram uma área de 3.500 alqueires e iniciaram um grande loteamento nesta área onde hoje, localiza-se a cidade de Guaraniaçu (Idem, p. 121-122.). Segundo dados extraídos do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, após sua emancipação (conforme a Divisão Territorial datada de 1-VII1955), o município fica constituído de dois Distritos: Guaraniaçu e Catanduvas (desmembrado de Laranjeiras do Sul), sendo que a sede do município permanece na Rocinha (até então, distrito de Guaraniaçu). 30 Na década de 60 (Divisão Territorial datada de 1-VII-1960) o Município de Guaraniaçu fica constituído de cinco Distritos: Guaraniaçu11; Mato Queimado12; Campo Bonito13; Faxinal de São João14; Catanduvas15·. Ainda nesta década, em 25 de julho de 1960, o Distrito de Catanduvas é desmembrado e torna-se Município16, ficando Guaraniaçu constituído por quatro Distritos (divisão territorial datada de 31-XII-1963): Guaraniaçu; Campo Bonito; Faxinal de São João e Mato Queimado. Em 1967/1968 são criados e anexados ao município mais quatro Distritos: Bela Vista17; Diamante18; Guaporé19; Bormann20. Porém, como os Distritos de Faxinal de São João e Mato Queimado foram extintos, o município passa a ser constituído de seis Distritos: Guaraniaçu, Bela Vista, Burlam, Campo Bonito, Diamante e Guaporé (divisão territorial datada de 1-1-1979). Contudo, dando continuidade ao movimento de emancipação dos Distritos no Estado do Paraná, em 1989, o Distrito de Campo Bonito21 é desmembrado e emancipado, seguido pela emancipação do Distrito de Diamante do Sul22, em 1990. Lei Estadual nº 790, de 14/11/1951, emancipação de Guaraniaçu. Lei Municipal n.º 50, de 13/07/1955, cria o Distrito Mato de Queimado. 13 Lei Municipal n.º 51, de 13/07/1955 cria o Distrito de Campo Bonito. 14 Lei Municipal n.º 52, de 13/07/1955, cria o Distrito de Faxinal de São João. 15 Lei Estadual nº 1.383 de 14/03/1914, cria o Distrito Judiciário de Catanduvas pertencente a Guarapuava e a Lei Estadual 790 de 14/11/1951, que integra o Distrito ao município de Guaraniaçu. 16 Lei Estadual n.º 4245, de 25/07/1960, desmembra e emancipa o município de Catanduvas. 17 Lei Estadual n.º 5724, de 20/12/1967, cria o Distrito de Bela Vista. 18 Lei Estadual n.º 5494, de 31/01/1967, cria o Distrito de Diamante. 19 Lei Estadual n.º 5747, de 18/03/1968, cria o Distrito de Guaporé. 20 Lei Estadual n.º 5752, de 01/04/1968, cria o Distrito de Bormann. 21 Lei Estadual nº 8403, de 31/10/1986, alterada pela Lei Estadual nº 9117, de 14/11/1989. 22 Lei Estadual n.º 9316, de 11/07/1990. Emancipação do Distrito de Diamante do Sul. 11 12 31 GUARAPUAVA 1871 LARANJEIRAS DO SUL 1946 GUARANIAÇU 1951 CATANDUVAS 1960 CAMPO BONITO 1989 DIAMANTE DO SUL 1990 Fluxograma 1 – Cronologia sobre a formação dos Municípios Fonte: Tatiane Zanin Com o desmembramento dos municípios de Catanduvas (1960), do Campo Bonito (1986) e do Diamante do Sul (1990), Guaraniaçu perde grande área territorial, como podemos observar no gráfico a seguir: Área Territorial pertencente a cada Município 360 Km² 434 Km² Guaraniaçu 1226 Km² Catanduvas Campo B onito Diamante 582 Km² Gráfico 1 – Área Territorial Pertencente a cada Município Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Atualmente, segundo o Censo Demográfico do IBGE (2009), o município possui uma área territorial de 1.226 Km². Ao compararmos esse dado com o 32 território de 2.602 Km², que possuía na ocasião de sua emancipação, em 1951, constatamos que o município fica com menos da metade do território que possuía, ou seja, perdeu 1.376 Km². A partir daí, desde a emancipação de Diamante do Sul, não ocorreu nenhuma mudança significativa na divisão geográfica de Guaraniaçu. Em 1995, o município apresenta uma nova Divisão Territorial (datada de 1-VI-1995) constituído de quatro Distritos: Guaraniaçu, Bela Vista, Bormann e Guaporé, a qual permanece até hoje. A seguir, apresentaremos um mapa atualizado do município de Guaraniaçu, extraído do Plano diretor Municipal (2008), onde podemos visualizar a extensão territorial de Guaraniaçu, desde a região urbana, seus Distritos e algumas localidades rurais. 33 Mapa 5 - Macrozoneamento Municipal Fonte: Prefeitura Municipal de Guaraniaçu - Plano Diretor Municipal 2008 34 Contudo, se hoje é considerado um território amplo e de difícil acesso a zona rural, devido às regiões acidentadas que possui, imaginemos as dificuldades encontradas nas décadas anteriores, quanto sua área era praticamente o dobro, os recursos eram mais escassos e as tecnologias menos desenvolvidas. Todavia, ao analisar a área territorial, não podemos deixar de falar na área populacional, pois além do território também perde um significativo contingente populacional que está sobre ele. Entretanto, não há dados estatísticos sobre os índices populacionais desses municípios em suas origens. Diferentemente da área territorial, que não mudou desde a última emancipação, os índices demográficos sofrem variação a cada ano, revelando a interferência de fatores sociais, políticos, culturais, naturais que incidem sobre as condições de vida das pessoas, estimulando-as não só a mudança no plano individual, como também no plano social. Sendo assim, nossa análise sobre o índice populacional, será baseada nos censos demográficos realizados pelo IBGE nos anos de 1970, 1980, 1991 e 2000, bem como, nas estimativas realizadas referente aos anos de 2001 a 2005. Conforme pode-se observar na tabela abaixo. Tabela 1 - População urbana, rural e total do município: 1970 – 2005 Ano 1970* 1980* 1991* 2000* 2001** 2002** 2003** 2004** 2005** Total Geral População População População População (números) urbana urbana rural rural 28.649 34.465 26.012 17.201 16.597 16.297 15.877 14.996 14.509 (números) 3.430 7.607 8.623 8.126 - (%) 12% 22% 33% 47% - (números) 25.219 26.858 17.389 9.075 - (%) 88% 78% 67% 53% - Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1970 - 2005. * Censo Demográfico realizado pelo IBGE. ** Estimativa realizado pelo IBGE, não apresenta dados sobre a população urbana e rural. Ao analisarmos os dados populacionais do município na região urbana e rural em todos os censos, observamos que, mesmo com todas as transformações ocorridas, a maior parte da população ainda hoje, reside na zona rural. 35 Observa-se, na tabela exposta anteriormente, que o auge populacional de Guaraniaçu se deu na década de 80, chegando ao número de 34.556 habitantes. Nesta década é possível observar que aproximadamente 78% da população residiam na zona rural, enquanto que 22% estavam situados na cidade. Na década seguinte, em 1990, constatamos que o número de habitantes do município diminui para 26.012 moradores. Porém, além de diminuir o número total de habitantes, notase que o número de habitantes na zona rural diminui para 63%, enquanto a população da zona urbana aumenta para 37 %. No entanto, a partir da década de 80, a população geral vem diminuindo gradativamente, juntamente com a população rural, a qual apesar de ser maior que a urbana, veio decrescendo com os anos. Ao contrário, a população da zona urbana, a qual mesmo sendo menor do que a rural, apresenta índices crescentes desde 1970. População Rural e Urbana de Guaraniaçu - 1970 - 2000 30000 26.858 25.219 25000 20000 17.389 urbana 15000 rural 9.075 10000 5000 7.607 8.623 8.126 3.430 0 1970 1980 1991 2000 Gráfico 2 – População Rural e Urbana de Guaraniaçu – 1970 - 2000. Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000 Esse processo de esvaziamento do campo foi contínuo nos anos seguintes, chegando próximo de equiparar-se em 2000. Nessa década o número populacional continuava a diminuir chegando a ficar com 17.201 habitantes, mas o impacto maior está no campo onde ficam apenas 53% da população, sendo que 47% estão na cidade, como indica o gráfico a seguir. 36 População Rural e Urbana de Guaraniaçu Censo 2000 47% 53% Rural Urbana Gráfico 3 – População Rural e Urbana de Guaraniaçu – 2000. Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000 A partir desses dados fica evidente que houve um êxodo rural, onde as pessoas saíram das áreas rurais para as áreas urbanas. Porém esse processo também se deu internamente nos municípios, onde os habitantes abandonavam o campo e migravam para a cidade. Sabemos que a escola não está isolada da sociedade, como uma instituição a parte. Ao contrário, está inserida nesse meio e por isso sofre influência do mesmo, influenciando-o ao mesmo tempo. A partir dessa análise, nos capítulos a seguir, confrontaremos os dados populacionais com os dados escolares dessa mesma época, buscando compreender a escola a partir de sua totalidade. 37 3 HISTÓRIA DA ESCOLARIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GUARANIAÇU É importante ressaltar que, como nos diz o Professor Paulino José Orso (2008), a educação não se confunde, nem se limita a escola, a educação confundese com a própria vida, com o modo como as pessoas se relacionam na produção de sua vida social. A escola não se inicia com a educação formal tal como conhecemos hoje. Assim como a sociedade de modo geral, a escola é uma construção e surgiu num determinado momento a partir de uma necessidade, sendo transformada com o passar dos anos. A Região Oeste do Paraná, assim como o município de Guaraniaçu, possuem suas especificidades, o mesmo ocorre com o processo de escolarização. Por isso, o processo de construção da escola foi semelhante a outras regiões, pois a colonização, a organização das famílias e organização do capital não foram muito diferentes que em outros lugares. Segundo EMER (1991), a escola, nessa região, constituiu-se a partir de quatro estágios: a escolarização particular domiciliar, casa escolar particular, casa escolar pública e grupo escolar. 3.1 A ESCOLA DOMICILIAR E A ESCOLA PARTICULAR Para EMER (1991), o primeiro estágio foi a escolarização particular domiciliar, onde a instrução era realizada por uma pessoa do grupo familiar que tivesse domínio da leitura, da escrita e de cálculo. Essa pessoa era designada pelo grupo para ensinar às crianças as noções básicas do conhecimento. O interesse e os objetivos dessa instrução partiam e dependiam do consentimento dos pais dos alunos. Paralelo a essa forma de instrução havia outra que se dava na própria casa, entre pais e filhos. Os pais que eram alfabetizados ensinavam os filhos a escrever o nome e a fazer cálculos mentais necessários ao cotidiano, porém isso acontecia 38 quando sobrava tempo, geralmente à noite ou nos dias de chuva em que não era possível trabalhar fora de casa. No entanto, essa instrução “materna” ou “fraterna” não tinha uma sequência e não ia além da escrita do nome e pequenos cálculos de adição e subtração. EMER (2006) ressalta que esse tipo de instrução não pode ser confundida com as práticas de escolarização domiciliares particulares: Na ocupação e colonização do Oeste do Paraná, a Casa Escolar Particular mais comum foi a ESCOLA DOS COLONOS. Os grupos sociais não esperavam que o poder público resolvesse o problema de educação, eles construíam sua escola, contratavam e pagavam seu professor e produziam a educação por eles concebida como necessária (2006, p. 9). A instrução de pai para filho ocorria na própria casa, enquanto que a escolarização domiciliar particular, embora também fosse realizada numa casa particular, reunia todas as crianças do grupo familiar (não apenas uma família) juntamente com uma pessoa mais velha que conduzia o ensino ao grupo. Com o passar do tempo, o ensino domiciliar em casa própria começava ficar ineficiente e insuficiente, demandando a necessidade de construção de um local próprio para essa atividade social. Como o poder público ainda não havia assumido a responsabilidade de garantir a educação em Guaraniaçu, a instrução continuava sob a responsabilidade do povo. A limitações das modalidades de instrução ofertadas anteriormente, aliadas as novas exigências sociais, suscitaram outra forma de instrução: a casa escolar particular. Essa era construída/cedida por um grupo de pioneiros, que contratava e pagava o professor. Esse tipo de instrução não era muito diferente do anterior, faziam a educação que julgavam necessária e que interessava ao grupo. Como não tinha cunho oficial, era mantida pelos proprietários das terras da região, geralmente pioneiros que aqui se instalaram, que estavam interessados em usufruir do ensino, pois não havia outra forma de educação no lugar e a escola era organizada para atender seus filhos e os filhos dos trabalhadores, que na época, viam na educação/escolarização uma forma de ascensão social. Em depoimento dado pela Professora Edenir Alves Ribeiro, registrado na Apostila “Município de Guaraniaçu”, elaborada pelo Departamento Municipal de Educação, em 1996, a mesma relata que: “Nessa mesma época, Dona Iolanda, 39 vinda de São Paulo, dava aulas para as crianças da localidade, em uma casa de moradia, sendo remunerada pelos próprios pais”. Como não havia uma remuneração fixa, o pagamento do professor era feito por meio de “doações” feitas pelos pais dos alunos. Este era escolhido pela comunidade pelo conhecimento apresentado e quando não podia mais continuar, deixava um sucessor. O sucessor geralmente era um aluno que se destacava na turma pelo seu desempenho (conhecimentos adquiridos) e espírito de liderança apresentado perante a turma. O professor ficava junto ao aluno por um período até que percebesse que este estava preparado para prosseguir sozinho, neste momento o professor, já velho, afastava-se do cargo. Alguns, mais abastados, matriculavam seus filhos para estudarem nas cidades maiores, estabelecidos em outras regiões, enquanto os filhos dos trabalhadores tinham que se organizar e estudar no local. Todos os alunos eram colocados na mesma sala, independente da idade. Os alunos aprendiam juntos, o professor ensinava a todos e, conforme os alunos iam progredindo em seus conhecimentos, o professor ia aumentando o grau de dificuldade das atividades propostas. 3.2 A CASA ESCOLAR PÚBLICA O terceiro modelo, segundo EMER (1991), foi a casa escolar pública, a qual é assumida pelo poder público municipal substituindo a “casa escolar particular” existente. Por meio de um ato oficial o poder público municipal criava a nova modalidade escolar. Nos locais onde havia demanda, o poder público determinava a construção de uma “Nova Casa escolar”, como podemos observar no texto da Lei nº 37, promulgada em 30 de novembro de 1954, pelo Prefeito Jorge Pio Gonçalves, onde consta: Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir uma casa escolar de madeira, no local denominado Roncador – Distrito de Catanduvas do Sul, nêste Município, podendo despender até o valor de Cr$ 15.000,00 (Quinze mil Cruzeiros). 40 Ao analisarmos as Leis Municipais (Anexo I), observamos que esse processo foi crescendo a partir da década de 50, onde foram promulgadas Leis para criação de 12 escolas. Na década de 60, consta nos arquivos de Leis Municipais a criação de 57 escolas, seguido por 53 escolas na década de 70, e, 25 na década de 80. Na década de 90 e 2000, não há registros de criação de novas escolas, apenas de Centros Municipais de Educação Infantil. Porém esse assunto será mais bem abordado no capítulo a seguir sobre a ascensão e declínio das escolas municipais. Esses dados foram extraídos das Leis Municipais promulgadas para criação de escolas em Guaraniaçu, no entanto, sabe-se que, como o município estava se organizando, havia muitas escolas em funcionamento sem Legislação de criação e/ou autorização de funcionamento, as quais cessaram antes de serem regularizadas (Conforme explícito no anexo VI). Nesse processo muitas outras casas escolares públicas foram construídas. A cada dia uma nova comunidade se formava numa nova região, e, a medida que o grupo de moradores se organizava uma nova escola era criada para garantir às crianças o acesso ao conhecimento. Assim, como num curto espaço de tempo foram criadas inúmeras escolas, muitas delas iam fechando e mudando de endereço conforme a organização da comunidade. Se o número de alunos diminuía, a escola era fechada ou transferida para um local mais próximo, de melhor acesso. Isso se evidencia quando observamos o grande número de Leis Municipais promulgadas para Criação de Casas Escolares (Anexo I e II). Observamos que a escola era aberta conforme a necessidade local, com a colaboração da comunidade e o processo para legalização desta só ocorria posteriormente. Portanto, em muitos casos não há registros oficiais do ano exato em que começaram a funcionar, existem apenas Leis, Decretos ou Resoluções Estaduais ou Municipais que criavam e autorizavam a funcionar, porém a data dessa regulamentação não coincide com o ano exato de início de funcionamento, salvo quando o documento era emitido com data retroativa. E ainda, como muitas escolas abriram, funcionaram e fecharam num período muito curto de tempo, ficaram sem documentação legal, tendo como registros comprobatórios algumas Atas de aplicação de exames e livros de chamadas arquivados na Secretaria Municipal de Educação. 41 3.3 A FORMAÇÃO DOS GRUPOS ESCOLARES E A MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO O quarto e último modelo de escola, explicitado por EMER (1991), é o grupo escolar. Esse novo modelo de escola foi implantado primeiramente pelo poder público estadual, a partir de 1914. Diferenciava-se dos modelos anteriores, pelo fato de o ensino ser divido em quatro séries, as quais funcionaram de forma simultânea, sob a regência de um professor em cada série. Os conteúdos eram progressivos e eram coordenados por um diretor do grupo. Esse novo modelo de escola contribuiu para que a educação fosse organizada de forma mais sistemática, porém reflete a divisão social do trabalho, de forma que possa produzir de forma mais rápida e eficiente, com um custo menor. O professor passa a ser vigiado, pela figura do supervisor e sua produtividade avaliada, isto é, se os alunos estavam frequentando e se eram aprovados nos exames. Como o número de escolas era significativamente grande, o poder público passa a repensar a forma como a educação brasileira era organizada e propõe um projeto nacional de educação baseado no modelo de instrução pública europeu e americano. Esse projeto nacional de educação chegou ao Brasil no período Republicano e teve início no estado de São Paulo e foi expandido para os outros estados. Tinham como objetivo difundir a educação popular, por isso foram construídos, primeiramente, nos grandes centros urbanos em que ocorria uma concentração maior de pessoas, só depois foi expandido para outros Estados, como o Paraná, por exemplo. Como essa nova organização escolar era direcionada para uma demanda urbana, nem todas as “Casas escolares públicas” se tornaram “Grupos Escolares”. Nos municípios menores, como Guaraniaçu, por exemplo, alguns grupos escolares foram criados, sendo um no centro e outros nos distritos. O primeiro Grupo Escolar de Guaraniaçu foi construído em 1957, autorizado pela Lei Municipal nº 85: “Fica o poder executivo autorizado a dar ao Grupo Escolar da Sede do município, o nome José Francisco da Rocha Pombo”. O Grupo Escolar José Francisco da Rocha Pombo localizava-se no centro da cidade e foi inaugurado em 1958. Desde então, passou por várias mudanças 42 chegando a ser extinto em 2006, devido a uma reorganização na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, onde os estabelecimentos que ofertavam a educação regular e presencial foram cessados, substituídos pelo ensino supletivo. Nesse momento, cessa-se o Colégio Estadual Rocha Pombo e é transferido para o local o CEEBJA – Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Guaraniaçu, mais tarde denominado CEEBJA – Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Professor Albano Tomasini - Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Atualmente, apesar de o prédio ser de propriedade do Estado, é utilizado conjuntamente pelo Estado e Município, ou seja, no período noturno, funcionam os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, sob a responsabilidade do Estado e, no período diurno, funciona a Escola Municipal Professor Joaquim Modesto da Rosa - Educação Infantil, Educação Especial e Séries iniciais do Ensino Fundamental. Como o município possui uma vasta extensão territorial, o que dificulta o transporte escolar, foram criados, posteriormente, outros grupos escolares: Grupo Escolar José Francisco da Rocha Pombo 23 ; Grupo Escolar Bela Vista24; Grupo Escolar Sertãozinho25; Grupo Escolar Mato Queimado26; Grupo Escolar José Bonifácio27; Grupo Escolar Diamante do Sul28; Grupo Escolar Bormann29; Grupo Escolar Otávio Folda30. Conforme mencionamos no capítulo anterior, com a emancipação dos Distritos de Campo Bonito (1986) e Diamante do Sul (1990), três grupos escolares deixaram de pertencer ao território de Guaraniaçuense e ficaram sob a jurisdição de seus respectivos municípios. Mesmo assim a oferta do ensino continuava expandindo-se, em diversos sentidos, conforme destaca a Revista Guaraniaçu, publicada em 1978, A rede Municipal foi ampliada e dotada de todas as condições necessárias ao desenvolvimento satisfatório no campo do ensino, conta atualmente com 153 Lei Municipal nº 85/1957, cria o Grupo Escolar José Francisco da Rocha Pombo ; Resolução Estadual nº 4476/1992, suspende ensino Primário do Grupo Escolar José Francisco da Rocha Pombo. 24 Lei Municipal nº 11/1964, cria o Grupo Escolar Bela Vista. 25 Lei Municipal nº 09/1967, cria o Grupo Escolar Sertãozinho. 26 Lei Municipal nº 65/1968, cria o Grupo Escolar Mato Queimado. 27 Lei Municipal nº. 55/69, cria o Grupo Escolar José Bonifácio; Lei Municipal nº 22/1973, amplia o Grupo Escolar José Bonifácio. 28 Lei Municipal nº 20/1973, cria Grupo Escolar Diamante do Sul. 29 Lei Municipal nº 34/1975, cria o Grupo Escolar Bormann. 30 Resolução Estadual. nº 4470/1992, suspende o Ensino Primário e autoriza a funcionar o Ginásio no Grupo Escolar Otávio Folda. 23 43 escolas municipais, seis grupos escolares estaduais, um ginásio Estadual (com extensão em cinco Distritos), um escola Técnica do Comércio; Escola Normal Colegial e curso Científico. Paralelo a criação dos Grupos Escolares tivemos, em 1967, também a criação do Ginásio Estadual Desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa, a partir do Decreto Lei nº 4.111/67, seguido da autorização de funcionamento pela Portaria nº 12.940/67. Primeiramente funcionou como Ginásio, porque oferecia as quatro primeiras séries do Ensino Secundário, posteriormente passou a funcionar como Colégio, pois já oferecia as três séries do colegial, necessárias para a conclusão do Ensino Secundário, proposto pela LDBEN 4.024/61. Como podemos perceber a educação pública vai ganhando espaço, tanto na esfera estadual como municipal. Os grupos escolares estavam, num primeiro momento, sob a responsabilidade total do Estado, mas e devido ao processo de municipalização do ensino, muitos deles passaram a atender em dualidade de ensino, ao mesmo tempo, municipal (Ensino de 1º Grau) e Estadual (Ensino de 2º Grau). Para compreendermos um pouco mais, sobre como se deu essa transição da esfera estadual para a municipal, precisamos nos reportar ao processo de municipalização do ensino. De acordo com o Currículo Básico para a Escola Pública Municipal da Região Oeste, O processo de municipalização de Educação no Estado do Paraná teve início em 1988, a partir de uma recomendação do Banco Mundial, quando a SEED/PR - Secretaria de Estado de Educação do Paraná, juntamente com a FUNDEPAR – Fundação Educação do Estado do Paraná, o Instituto Interamericano de Cooperação à Agricultura, a Secretaria de Ensino Básico do MEC - Ministério da Educação, com o apoio do BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, realizaram uma pesquisa com o objetivo de estudar os custos do Estado para com a educação pública primária e secundária (2007, p. 17). A partir dessa pesquisa, propõe-se aos municípios para que assumam a responsabilidade do Ensino Primário assinando um “Convênio de Cooperação”. Ao assinar concordavam com os propósitos da política e se comprometiam a: a) gastar o mínimo de 25% da receita tributária exigido pela Constituição em Educação; 44 b) assumir a responsabilidade pela administração, preservação e manutenção das (ex) escolas estaduais que servem às quatro primeiras séries dentro de sua jurisdição; c) assumir a responsabilidade pela substituição de professores da rede estadual que se aposentem ou deixem o sistema; d) estabelecer e manter o nível de qualificação mínima dos professores; e) fornecer regularmente, à Secretaria de Estado da Educação - SEED, informações sobre matrículas e gastos; f) manter o Ciclo Básico de Alfabetização nas escolas primárias repassadas aos municípios (Currículo, 2007, p. 17-18). Em seguida, com a implementação da Lei 5692/71, esse movimento ganha mais força, pois o artigo 58, da referida Lei, transfere para os municípios a responsabilidade do ensino de 1º Grau. A legislação estadual supletiva, observado o disposto no artigo 15 da Constituição Federal, estabelecerá as responsabilidades do próprio Estado e dos seus Municípios no desenvolvimento dos diferentes graus de ensino e disporá sobre medidas que visem a tornar mais eficiente a aplicação dos recursos públicos destinados à educação. Parágrafo único. As providências de que trata este artigo visarão à progressiva passagem para a responsabilidade municipal de encargo e serviços de educação, especialmente. de 1º grau, que pela sua natureza possam ser realizados mais satisfatoriamente pelas administrações locais. Em Guaraniaçu muitas escolas passaram a funcionar em dualidade, isto é, no mesmo estabelecimento, eram atendidos, os alunos do Ensino Primário (sob a responsabilidade do Município) e os alunos do Ginásio e do Ensino Secundário (sob responsabilidade do Estado) ao mesmo tempo. As escolas que atendiam o 1º Grau e eram Estaduais passaram para a jurisdição municipal, como são o caso das escolas Jean Piaget e Jorge Pio, que eram, no ato de sua criação, estaduais e foram municipalizadas, conforme consta na Resolução Estadual nº 4.478, de 04 de dezembro de 1992: Art. 1º - As Escolas estaduais abaixo relacionadas, do município de Guaraniaçu mantidas pelo Governo do Estado do Paraná, passam a ter como Entidade Mantenedora a Prefeitura Municipal: - Escola Estadual Jean Piaget – Ensino de 1º Grau; - Escola Estadual Jorge Pio – Ensino de 1º Grau. At. 2º - Em decorrência do disposto no artigo anterior, os estabelecimentos em tela passam a denominar-se respectivamente: - Escola Municipal Jean Piaget – Ensino de 1º Grau; - Escola Municipal Jorge Pio – Ensino de 1º Grau. 45 Estas não foram as únicas escolas municipalizadas, conforme está explícito no anexo com o histórico das escolas e no anexo com o quadro descritivo das Leis Municipais e Estaduais. A partir desse momento o município assume toda a responsabilidade com as escolas de 1º Grau, desde a criação, manutenção, organização curricular, até a contratação e formação dos professores. Em 1986 foi realizado o último concurso estadual para professores, os quais permaneceram sendo contratados até 1988. Desde então, os municípios tiveram que caminhar com suas próprias pernas. 3.4 DAS INSPETORIAS DE ENSINO ÀS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO A gestão da educação passou a ser, nas últimas décadas, um tema muito discutido no cenário educacional, por ser considerada uma das instâncias responsáveis pela qualidade da educação. Segundo a lógica do sistema capitalista a implementação das políticas educacionais existentes, assim como, o desenvolvimento de novas políticas está sob a responsabilidade dos gestores. Daí a importância da análise sobre os determinantes históricos que definiram a necessidade da existência do inspetor de ensino, bem como, da criação das inspetorias de ensino e sua trajetória até o presente momento. Depois de fazer uma análise do processo histórico de institucionalização da escola em Guaraniaçu, buscamos elementos para a compreensão dos diferentes sentidos que assumiu os serviços da inspetoria de ensino no Brasil e, conseqüentemente, nesse município. Na história da educação, encontramos denominações diferentes para os gestores da educação, em diferentes épocas: “inspetor”, “supervisor”, “diretor”, “secretário”. Essas variadas denominações são reflexo do modo como a educação estava organizada, seja ela em “Inspetorias de Ensino”, ou em “Departamentos de Educação”, ou em “Secretarias de Educação”. Independente da forma ou da momenclatura adotada, está presente nessa organização a lógica da divisão social do trabalho, imposta pelo modo de produção capitalista, onde uns pensam e outros 46 executam, bem como a concepção de controle do Estado sobre a educação, através do supervisor/inspetor. No Brasil, o controle educacional surgiu ainda durante o período Colonial, quando foi implantado a “Ratio Studiorum” pelos Jesuítas. Em 1599, já se estabelecia, no “Plano Geral dos Jesuítas”, a responsabilidade de todos os agentes diretamente ligados ao ensino, inclusive apresentava a figura do “prefeito dos estudos”, o qual tinha como incumbência promover uma boa “boa ordenação de estudos”. Esse modelo de ensino, o qual vigorou por muito tempo nos Colégios da Companhia de Jesus, já apresenta a idéia de inspeção e supervisão, com o objetivo de controlar e zelar pelo cumprimento das regras estabelecidas pelas autoridades educacionais. Por muitas décadas, o controle da educação tem sido uma ferramenta utilizada para a concretização de uma determinada educação. No Estado Novo, por exemplo, esse controle continuou sendo exercido pelo inspetor que controlava o funcionamento das escolas buscando a garantia de uma determinada formação considerada necessária para a época. Na perspectiva defendida por Carvalho, a inspeção escolar, além de controlar, apresenta-se com o objetivo de propagar as políticas educacionais e unificar as práticas escolares, ou seja, o serviço de inspeção deveria produzir a “uniformização necessária à institucionalização do sistema de ensino que a propagação do modelo pretendia assegurar” (CARVALHO, 2000, p. 225). Ao analisar os processos históricos onde as políticas eram autoritárias, percebemos que os modelos de educação e de formação implantados foram e continuam sendo controladores. Tal lógica, talvez possa explicar as práticas de controle ainda existentes ao longo da trajetória educacional no país, mesmo que se tente implantar um novo modelo de “gestão democrática”. Em Guaraniaçu, desde 1951, quando o município é instaurado, muitas “casas escolares públicas” foram criadas, com o objetivo de educar as crianças dos colonizadores que se instalavam nesta região. A partir desse momento torna-se necessário a existência de uma figura que atuaria como dirigente e ao mesmo tempo fiscalizasse as casas escolares. Em Guaraniaçu, o cargo de inspetor de ensino foi criado oficialmente, em 16 de dezembro de 1963, conforme consta na Lei Municipal nº 28, sancionada pelo Prefeito Municipal Domingos Bramatti, mesmo ano, onde diz que “Fica criado o 47 cargo de Inspetor de Ensino Municipal neste município” (Artigo 1º). Segundo esta mesma Lei, a pessoa indicada para a função de Inspetor “tem a obrigação de percorrer todas as escolas municipais, uma vez por mês durante o ano letivo e dar assistência as escolas nos exames finais” (Artigo 4º). Os inspetores, nas escolas primárias que visitavam, examinavam a escrituração, a freqüência e a matrícula de alunos, bem como as condições gerais do estabelecimento de ensino, no que se referia à higiene, à disciplina, à ordem, aos materiais e à conservação do estabelecimento escolar. Apesar do cargo de inspetor ter sido oficialmente criado em 1963, esta função já era exercida pelo Sr. Guilherme da Silva, no período de 1957 a 1960, seguido pelo Sr. Joaquim modesto da Rosa, entre 1960 a 1962, conforme consta no quadro abaixo: PERÍODO NOME CARGO DE NOMEAÇÃO 1957 – 1960 Guilherme da Silva Sub. Inspetor 1960-1962 1963 Joaquim modesto Rosa Padre Palmino Finato 1964 - 1968 1969 Irmã Eugenia Odorizzi. Paulina Jaskiu de Araujo Inspetora Auxiliar de Ensino Inspetora Auxiliar de Ensino 1970 – 1972 Irmã Eugenia Odorizzi Inspetora Auxiliar de Ensino 1973 1974 1975 Irmã Paulina Filippi Irmã Eugenia Odorizzi Natalina Cecatto Gemelli Inspetora Auxiliar de Ensino Inspetora Auxiliar de Ensino Inspetora Municipal de Ensino 1976 1976 Lorides Piana Gleia Garbacheski Inspetor Municipal de Ensino Inspetora Municipal de Ensino 1977 – 1979 Célia Maria Lourdes Matia Inspetora Municipal de Ensino 1980 – 1981 1981 - 1982 Lorides Piana Nelci Wenegas Pavelski Inspetor Municipal de Ensino Inspetora Municipal de Ensino 11/03/1983 06/08/1984 07/08/1984 10/04/1985 1985 – 1988 1989 – 1990 1991 - 1993 1994 - 1996 Ivonete Ribeiro de Sá Sandri Ivonete Ribeiro de Sá Sandri Antonio Ferronato Carmelita Badotti Garcia Luiz Nery Albertoni Antonio Ferronato Inspetora Municipal de Ensino 1997 08/03/1999 09/03/1997 2000 2001-2004 - Lourdes Rotta – Marilde Isabel Wenuka Antonio Sinhuri da Zulpo Inspetor Auxiliar de Ensino Inspetor Escolar PREFEITO DO PERÍODO Jorge Pio Gonçalves (1952-1955) Geraldo Marque Saraiva (1957-1960) Geraldo Marque Saraiva (1957-1960) Domingos Bramatti (1961-1964) Olavo Della Torre (1965-1968) Gervásio Pinto Pereira (19691972) Olavo Della Torre (1973-1976) Antonio Ramos dos Santos (1977-1982) Blamir Francisco (1983-1988) Bortolli Secretária de Educação Secretário de Educação Secretária de Educação Secretário de Educação Diretor de departamento Educação e Cultura Secretária Municipal de Educação Secretária de Educação Secretário de Educação Nildo Nascimento (1989-1992) Blamir Francisco Bortolli (1993-1996) Luiz Moraes de Jesus (1997-2000) Ana Neoli dos Santos (2001-2004) 48 2005 - 2008 Valdiva Biancate Woguel 2009/ Marilde Wenuka Isabel Zulpo Secretária de Educação e Cultura Secretária Municipal de Educação e Cultura Ana Neoli dos Santos (2005-2008) Ronaldo Cazella (2009) Quadro 1 - Histórico dos Inspetores de Ensino/Secretários Municipais de Educação Fonte: Departamento de Recursos Humanos da SEMED – Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Guaraniaçu, 2010. A inspetoria de ensino de Guaraniaçu funcionou, por muitos anos, como inspetoria auxiliar ficando subordinada a 46ª Inspetoria Regional de Ensino do Município de Laranjeiras do Sul. No ano de 1983, o Governador José Richa reorganiza a estrutura educacional de todo o Estado do Paraná e, através do Decreto nº 2161 de 12/12/1983, extingue as Inspetorias Regionais de Ensino e Inspetoria Auxiliares de Ensino, criando em seu lugar, os chamados Núcleos Regionais de Educação, ou seja, decreta a criação de mais doze núcleos que somados aos oito já existentes totalizam 20 Núcleos Regionais. Este documento também define o município sede da extensão da Secretaria Estadual de Educação e sua área de abrangência, estabelecendo que o Município de Guaraniaçu fique sob a jurisdição do Núcleo Regional de Educação do Município de Cascavel. Neste ano estava na Inspetoria Municipal de Ensino de Guaraniaçu a Sra. Ivonete Ribeiro de Sá Sandri, a qual devido a mudança na estrutura organizacional da Secretaria da Educação, possui duas nomeações, a primeira como Inspetoria Municipal de Ensino e a segunda como Secretária de Educação. A partir desta data, como se tratava de uma extensão da Secretaria Estadual de Educação, todas as pessoas indicadas para a função foram nomeadas como Secretários Municipais da Educação, conforme quadro apresentado anteriormente. Historicamente, o cargo de Inspetor de Ensino Municipal ou de Secretário Municipal de Educação, sempre foi um cargo político, nomeado pelo Prefeito de cada período. Não há, na história da educação de Guaraniaçu, critérios explícitos e legais para a escolha deste representante. O único critério assegurado pela Lei Municipal citada anteriormente era de que o cargo de Inspetor de Ensino Municipal, “sempre que possível, será ocupado por um professor municipal, de comprovada competência didática como profissional” (Lei Municipal nº 28/63, artigo 2º). No entanto, não há menção de como esta “competência didática” seria comprovada. Esse critério tornava-se de caráter subjetivo permitindo ao Gestor do Município atribuí-lo a quem lhe interessasse. 49 Em relação à pessoa que pode assumir a função, o texto da Lei apresenta a possibilidade de “sempre que possível, ser um professor municipal”, o que permite ao Prefeito designar para a função uma pessoa que não pertença ao quadro de educação do município ou ainda de este profissional não fosse um educador, sob a justificativa de que não era possível, ou seja, leia-se o “sempre que possível” como um cargo do interesse do gestor municipal. Outro dado a ser observado é em relação ao pagamento do profissional designado para esta o cargo. Além da nomeação, o gestor da educação do município recebe uma gratificação para atuar na função. Esta gratificação é amparada, desde 1963, por Lei, onde “o ocupante do referido cargo, além dos seus vencimentos de professor municipal, receberá uma gratificação mensal de CR$ 7.000 (sete mil cruzeiros), correspondente a mais um vencimento” (artigo 3º, Lei 28/63). Além da gratificação correspondente a 100% do salário, o poder executivo estava autorizado “a solicitar na ocasião oportuna, o crédito necessário para cobertura de despesas da acima citada gratificação e além das despesas decorrentes ao cargo ora criado” (Artigo 5º, Lei 28/63). O cargo traz muitos benefícios, além de gratificação mensal, poderia requerer a qualquer momento, junto a Prefeitura Municipal, o reembolso de despesas diversas relacionadas ao cargo. Uma observação a se fazer é que dentre os inspetores de Guaraniaçu encontramos um padre e quatro freiras, o que revela as afinidades entre a Igreja e a sociedade civil (Estado), que têm na escola um espaço educativo, tanto no sentido da adoção de comportamento esperados como de valores a serem incutidos. Atualmente a escolha do Secretário Municipal de Educação (atual nomenclatura) continua sob a responsabilidade única e exclusivamente do Prefeito Municipal. Este, por sua vez, pode consultar o povo, porém a decisão final é sempre sua. Este encaminhamento, embora não esteja coerente com os princípios de uma gestão democrática, está respaldado e embasado legalmente: “Fica a critério do Prefeito Municipal a escolha do Secretário Municipal” (Lei Municipal n º 51 de 1989). Muitas discussões a cerca do assunto foram realizadas no intuito de definir melhor os critérios de escolha, tendo em vista que se trata de um representante de uma categoria social, o qual gerencia os recursos públicos e implementa as políticas educacionais para o município por um período pré-determinado. Recentemente, nos anos de 2009 e 2010, nas discussões de elaboração do novo Plano de Cargos, Carreira e Salário esta questão foi levantada, porém, como o 50 documento está em processo de construção, prevalece as orientações legais anteriores. 51 4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DAS ESCOLAS RURAIS DE GUARANIAÇU 4.1 SOBRE A ESTRUTRA FÍSICA DAS ESCOLAS RURAIS DE GUARANIAÇU Para uma compreensão mais profunda sobre como as escolas rurais se constituíram historicamente, torna-se relevante pesquisar sobre a estrutura física e os aspectos pedagógicos das escolas. A estrutura física e a organização pedagógica têm muito a dizer sobre a escola e o ensino de uma período. Por meio de relatos, fotos e documentos oficiais pesquisados, pode-se verificar que a estrutura física das escolas, de modo geral, era bastante precária, resultado tanto do nível de desenvolvimento técnico, como das condições e exigências sociais. No desenvolver da pesquisa foi possível observar que os investimentos da Prefeitura Municipal para a criação de novas escolas se davam por meio de Leis Municipais que estabeleciam o modelo, o local e o valor liberado para a obra, ou seja, para a construção da escola. De acordo com a Lei Municipal nº 18, de 26 de fevereiro de 1973, Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir, uma Casa Escolar tipo Padrão, com uma sala de aula e demais dependências, na localidade denominada Gleba 12, nas proximidades da Fazenda Ceará. Esta e muitas outras Leis Municipais trazem em sua redação a menção a “uma casa escolar, de uma sala de aula, tipo padrão de madeira” (Lei Municipal nº 20, de 1972), definindo o tamanho, o material utilizado, a localização e a cor, de forma a padronizar os imóveis públicos da época. Em geral, o padrão adotado pela Prefeitura Municipal era composto por uma sala de madeira, onde eram ministradas as aulas. As demais dependências referidas no texto da Lei Municipal anteriormente citada, diz respeito a outra sala, também de madeira, de tamanho menor, para a produção da merenda escolar, a qual estava acoplada a sala maior como pode observar na planta baixa da Escola Rural Otávio 52 Cordeiro, extraída do “Plano de Implantação da Lei 5692/71 – Ensino de 1º Grau”, p. 25. Figura 1 – Planta Baixa Escola Rural Otávio Cordeiro Fonte: Secretaria Municipal de Educação - Plano de Implantação da Lei 5692/71 – Ensino de 1º Grau. Escola Rural Otávio Cordeiro, a qual funcionou entre 1980 e 1992, na localidade/Distrito do Bormann. Não muito diferente das demais escolas rurais do município, possuía ambientes (sala, cozinha e área) pequenos. Por se tratar de um 53 desenho manual, elaborado por funcionários da Secretaria da Educação da época, não há descrição de como estavam dispostas as portas e janela, por esse motivo, apresentamos a seguir, algumas fotos das fachadas das escolas rurais, onde é possível ilustrar melhor como era a escola. Figura 2 – Foto da Escola Rural Otávio Cordeiro, da localidade do Bormann. Fonte: Secretaria Municipal de Educação - Plano de Implantação da Lei 5692/71 – Ensino de 1º Grau. 54 Figura 3 – Escola Rural São João Batista, da localidade de São Luis. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Figura 4 – Escola Rural Rui Barbosa, da localidade Faxinal São João. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura. 55 Figura 5 – Escola Rural Santa Maria, da localidade do Rio Isolina. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Figura 6 – Escola Rural Machado de Assis, da localidade do Barbaquá. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura. 56 Figura 7 – Escola Rural Princesa Isabel, da localidade de Vila União. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Nestas imagens e nas outras apresentadas no Anexo XII, pudemos observar que, apesar de nomes e endereços diferentes, ambas possuíam características semelhantes, as construções das escolas obedeciam praticamente um mesmo padrão. Isto reflete de certo modo as condições da época, as exigências sociais e também o desenvolvimento técnico do momento. Durante a pesquisa, apesar de muitas escolas não possuírem registros, foi possível catalogar fotos de várias escolas (conforme o anexo XII). Ao analisar todas as fotos catalogadas percebemos que as escolas tinham, em sua grande maioria, formato semelhante a uma casa de moradia, com uma pequena área de entrada, uma porta principal e algumas janelas (o banheiro ficava localizado externamente, geralmente próximo a casa). Isso se deve justamente a sua origem, quando as aulas se davam em “casas escolares” e pelo fato de muitas funcionarem em “casas de colonos” abandonadas ou cedidas. Esse modelo permaneceu por muitos anos, pois mesmo quando construídas novas escolas, estas continuavam com o formato anterior. Para podermos descrever a estrutura física das escolas com mais propriedade, além dos depoimentos verbais de professores e alunos dessas escolas, analisamos documentos arquivados na Secretaria Municipal de Educação. Entre a documentação escolar, encontramos um documento apostilado (datilografado) sobre o “Histórico das Escolas de Guaraniaçu”, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação, no ano de 1986, em que foram catalogadas 69 57 escolas. Nesse material há fotos das escolas, um breve histórico justificando a escolha do nome de cada instituição e uma “Ficha Cadastral Informativa” (anexo III), aplicada no ano de 1986, contendo informações importantíssimas sobre as condições da escola, juntamente com uma “Ficha do Professor” (anexo III), aplicado em 1981, contendo informações sobre a formação do professor, ambos respondidos pelos professores responsáveis pelas escolas na época. Os dados contidos nestes questionários foram tabulados para que possamos ter um parâmetro de como era o funcionamento e a estrutura das escolas nesta época. Com base nos dados obtidos no questionário sobre a estrutura física das escolas, constatamos que, no ano de 1986, cerca de 90% das escolas rurais eram de madeira e 85% possuíam apenas uma sala de aula (como mostra a foto anterior), sendo que 21% não possuíam forro, 62% não tinham poço de água próximo a escola, esta era levada pelos próprios alunos e pelo professor até a sala com um balde. 59% não tinham luz elétrica. Em relação a pintura, 23% não eram pintadas. Aproximadamente 84% não eram cercadas, eram construídas num terreno e não tinham um espaço limitado para os alunos. Em se tratando de mobiliário os dados nos mostram que 23% não tinham mesa, 37% não tinham armários para guardar o material, 69% não tinham biblioteca, os materiais eram guardados nos armários ou em prateleiras fixadas na parede da sala. Uma observação relevante a fazer é que, como temos uma tendência a faze comparações e tecer juízos de valor, é importante dizer que a caracterização das escolas expressa as condições da época. Daí o equívoco de definir as escolas, comparativamente, como atrasadas por não terem as características atuais e as condições que desfrutam atualmente. Uma parcela significativa das escolas não possuía cozinha, totalizando 46 %. Nesse caso a professora fazia a merenda em casa e levava para a escola para servir aos alunos. Às vezes ocorria que a professora servia alimentos preparados na hora como suco ou leite em pó e bolacha doce e salgada. Nem sempre havia um funcionário específico para a merenda ou para a limpeza. A professora era multifuncional e polivalente, era responsável pelo ensino, pela merenda e pela limpeza. Para isso tinha que organizar o tempo de modo que, enquanto os alunos realizavam alguma atividade proposta na sala, dava início à merenda. Durante o recreio servia o lanche na sala para todos e depois realizava a limpeza dos materiais enquanto os alunos brincavam nos arredores da escola. No 58 final do período a professora tinha que deixar a sala organizada para o dia seguinte. Geralmente, organizava-se uma escala de ajudantes para auxiliar na realização da merenda, buscar água, ajudar a limpar a sala no final do expediente, etc. A seguir, um quadro demonstrativo dos dados tabulados a partir das informações obtidas nos questionários: SIM NÃO NÃO RESPONDEU Biblioteca 2% 69% 29% Cozinha 43% 46% 11% Poço d'água 7% 62% 31% Horta 14% 33% 30% Filtro d'água 42% 47% 11% Cerca 4% 84% 12% Pintura 44% 23% 33% Forro 43% 21% 36% Luz 5% 59% 36% Quadro 2 – Estrutura Física das Escolas Rurais de Guaraniaçu – 1980. Fonte: Secretaria Municipal de Educação - Apostila Histórico das Escolas de Guaraniaçu 1986 Em relação ao interior da sala de aula, como podemos visualizar na imagem apresentada a seguir, esta era organizada com carteiras de madeira, as quais ficavam enfileiradas de frente para o quadro negro. Estas carteiras eram acopladas com as cadeiras, formando um conjunto, os alunos não poderiam separá-las. Abaixo tinham um espaço para apoiar os pés, e um espaço (como uma gaveta) sob o tampão da mesa para guardar os materiais. Sobre a superfície havia marcações na madeira com o formato dos materiais (lápis, borracha e apontador) indicando o seu lugar. Os lugares eram determinados pelo professor que organizava as filas de acordo com o nível de conhecimento dos alunos ou conforme a série em que estava matriculado. Apesar das inúmeras transformações que ocorreram, das mudanças tecnológicas, pouca coisa mudou; ainda temos escolas com salas multisseriadas e os alunos, em geral, continuam sendo dispostos em filas, um atrás do outro. 59 Figura 8 - Foto do interior de uma sala de aula não especificada. Fonte: Museu Municipal de Guaraniaçu. A porta geralmente ficava propositadamente nos fundos da sala, atrás das carteiras, para não distrair a atenção dos alunos, os quais deveriam manter a atenção direcionada para o professor que se posicionava na frente do quadro, no centro da sala. Ao mesmo tempo, permitia ao professor verificar os que chegaram atrasados, bem como saber o horário em que ocorria. A “Ficha do Professor” (anexo III) foi respondida no ano de 1981, porém das 69 escolas catalogadas, apenas 60 professores preencheram o formulário aplicado pela Inspetoria de Ensino da época. Entre as respostas obtidas, pudemos tabular, os seguintes dados: professores apenas com o ensino primário (25), normalista (6), 1º grau incompleto (5), 1º grau completo (6), 2º grau incompleto (5), 2º grau completo (7), 3º grau incompleto (1), LOGOS (4). Como podemos visualizar no gráfico a seguir, a grande maioria dos professores possuía apenas o ensino primário, sendo poucos com formação específica para professor como o Normal e o LOGOS 31. Mesmo se tratando de uma pesquisa por amostragem, é possível ter um parâmetro da formação dos professores no período em que Guaraniaçu possuía o maior número de escolas em funcionamento de sua história. Sobre o LOGOS conferir trabalho monográfico de Sara Camargo Barreto de Oliveira, intitulado “A formação dos professores em Guaraniaçu: Capacitação em serviço, LOGOS II e HAPRONT”, apresentado ao Programa de Pós-Graduação em História da Educação Brasileira, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, sob a orientação do Profº Dr. Paulino José Orso, no ano de 2010. 31 60 Formação dos Professores em 1981 14% Primário 6% 37% 1% Normalista 1º Grau incompleto 1º Grau completo 2º Grau incompleto 10% 2º Grau completo 3º Grau incompleto LOGOS 7% Não Responsdeu 9% 9% 7% Gráfico 4 – Formação dos Professores de Guaraniaçu – 1981. Fonte: Secretaria Municipal de Educação - Apostila Histórico das Escolas de Guaraniaçu - 1981 Lembrando que, a partir de 1971, já estava em vigor a LDBEN 5.692/71, a qual organizava o ensino brasileiro em Ensino Primário, Ensino de 1º Grau, 2º Grau e Ensino Superior. Nesse período a educação profissional e técnica são fortalecidas, devido a grande quantidade de trabalhadores sem escolarização. Com um mercado de trabalho crescente, tornava-se necessário formar o trabalhador, ou seja, preparálo para atuar no mercado de forma que este produzisse mais e melhor, em menos tempo. Por esse motivo muitos cursos técnicos e profissionalizantes foram criados no Brasil. No campo da educação foi criado o Curso Normal, também conhecido como “normalista”, um curso profissionalizante direcionado para formação de professores. Como era um curso presencial e muitos dos professores que já estavam trabalhando nas escolas rurais, ficavam impossibilitados de freqüentá-lo diariamente, sendo para estes, criados cursos de capacitação em serviço, na modalidade a distância, como por exemplo, o LOGOS I e LOGOS II. Este curso com sede no município de Guarapuava, funcionava à distância, permitindo aos professores a estudarem em suas casas, com o material disponibilizado pelo programa, fazia as avaliações no município com o acompanhamento de uma tutora, responsável pela aplicação e envio dos documentos a sede. Com o passar dos anos muitas políticas em prol da formação básica e continuada desses professores foram traçadas permitindo que esse quadro fosse transformado. Atualmente, todos os professores que atuam nas Séries Iniciais do 61 Ensino Fundamental das Escolas Municipais possuem a formação mínima, exigida pela LDBEN 9394/96. Formação Professores em 2010 21% Magistério Curso Superior 62% 17% Pós Graduação Gráfico 5 – Formação dos Professores de Guaraniaçu – 2010. Fonte: Departamento Recursos Humanos – Secretaria Municipal de Educação32 Como podemos observar não há professores leigos atuando na educação atualmente. Nota-se que, a grande maioria possui o nível superior, seguido de pósgraduação. Porém, ainda há profissionais que atuam apenas com o Ensino Médio na modalidade Normal, o “Magistério”, hoje conhecido como “Curso de Formação de Docentes”. Isso ocorre porque a LDBEN 9394/96, ao mesmo tempo em que faz a exigência do curso Superior, admite como formação mínima para atuar neste nível de ensino, o curso em nível médio profissionalizante, na modalidade Normal. A seguir realizamos uma análise sobre a aquisição dos terrenos, a localização e a contração das unidades escolares sobre o território Guaraniaçuense. Durante uma análise detalhada sobre os documentos arquivados na Prefeitura Municipal e na Secretaria Municipal de Educação deste município, constatou-se que a constituição da escola teve muitas variáveis. Considerando a dimensão territorial do município e a grande quantidade de escolas, constatamos que, apesar de estarem inseridas no mesmo território, as escolas tiveram origens diferentes. Esses dados foram atualizados no mês de março/2010, podendo sofrer alterações. Foram considerados Professores efetivos e contratados que atuam nas salas de aula com as séries iniciais do Ensino Fundamental, incluindo os diretores e equipes pedagógicas destas escolas. Não foram computados nesses índices os profissionais da SEMED e dos CEMEIS. 32 62 Em relação ao terreno, e ao prédio, em geral, eram doados por produtores ou proprietários da comunidade, ou quando isso não ocorria, eram comprados pela Prefeitura, como no caso descrito na Lei Municipal nº 14, de 1965. Fica o poder executivo autorizado a comprar do Sr. Olivo Giuseppe Broetto, um casa de madeira serrada, localizada no lugar denominado Santa Maria, neste município, para funcionar uma escola municipal, pelo preço de Cr$ 1.090.000 (Hum milhão e noventa mil cruzeiros). No entanto, na maioria dos registros, os recursos públicos despendidos são direcionados a construção das casas escolares, não para a aquisição de terrenos, como cita o texto da Lei Municipal nº 71, de 1956. Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a conceder um auxílio de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros), para a construção de uma casa escolar no lugar denominado Medeiro, neste município. Em relação ao orçamento disponibilizado para aquisição ou para construção das casas escolares, observa-se que não há uma regularidade ou um critério explícito. Esses valores eram determinados pelo Poder Executivo, e não eram uniformes, uns eram altos, outros baixos. Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir uma casa escolar, de madeira, no local denominado Barreirinho, neste município, podendo despender até a importância de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros). (Lei Municipal nº 74/1956). Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a conceder uma verba, até o limite de Cr$ 6.400,00 (Seis mil e quatrocentos cruzeiros) à casa escolar. (Lei Municipal nº 33/1979). Apesar de não ter a justificativa sobre a variação dos valores destinados a construção das escolas, acredita-se que defina-se de acordo com as necessidades de cada local, com o tamanho de cada escola para atender a demanda dos alunos de cada comunidade, bem como, tenha haver com a própria variação inflacionária da moeda, pois se tratam de décadas distintas. Há situações em que o terreno era doado ou cedido por moradores do local, através de um “Termo de Compromisso de Doação” (Anexo IV), onde ambos, proprietário e Prefeitura, entravam num acordo sobre a posse e destino do terreno, o qual era destinado única e exclusivamente para a construção de “casas escolares”. 63 Após a doação do terreno, ficava sob responsabilidade da Prefeitura Municipal a construção e a manutenção da casa escolar., como se verifica nos exemplos abaixo: Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma escola no lugar denominado Novo Diamante, tipo padrão, sobre o terreno doado pelo Senhor Reinaldo de Paula Fagundes (Lei Municipal nº 04/1970). Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar em madeira, na localidade denominada Linha Campo Bonito à Ibema, próximo a propriedade do Sr. Miguel Biela em terras do Sr. Ilmo Pasqualotto (Lei Municipal nº 75/1973). Há ainda, terrenos doados com uma casa de moradia construída sobre ele, ficando a Prefeitura com a responsabilidade de reformar o estabelecimento transformando-o em “casa escolar”, bem como mantendo-o em condições apropriadas. Em relação a localização, em algumas localidades foram construídas mais que uma escola, vista a extensão territorial, o número de habitantes e respeitando uma distância mínima uma da outra. Fica fixado a distância de uma casa escolar à outra no interior do município de Guaraniaçu, Paraná, com uma distância de 3.000 (três mil) metros uma da outra (Lei Municipal nº 07/1979). Justifica-se a determinação da distância tendo em vista que o município tinha uma vasta extensão territorial e não havia transporte escolar, nesse período. A medida que o poder público assumiu a responsabilidade sobre a educação primária, as escolas mais velhas eram substituídas por unidades novas, como podemos ver no texto da Lei Municipal nº 66, de 1973, que diz: Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala do tipo Padrão, na Linha Cavichiolli... Fica ainda o executivo municipal, autorizado a vender a escola velha localizada no Bizinella. Também há casos de escolas que foram fechadas ou mudaram de endereço pelo fato de o proprietário não querer mais a escola em seu terreno, como consta na “Ficha Cadastral da Escola” preenchida pela Professora Olivina Rodrigues Vidal, da Escola Rural Municipal Luiz Pasteur, na localidade de Rio Feio, em 1981. Segundo informações extraídas do documento a escola funcionava dentro da Fazenda do 64 proprietário e, numa das observações escritas a punho pela professora, “o gado anda solto ao redor da escola” porque o pátio não era cercado. Ainda no questionário a professora relata que o terreno foi doado para a Prefeitura verbalmente e o “dono de terreno não quer mais a escola no local”. Em outros casos, quando a escola era fechada e a casa era de interesse comum o estabelecimento era doado para a comunidade. Fica o Poder Executivo autorizado a doar à Igreja do Alto Alegre a Casa Escolar velha da localidade no mesmo nome (Lei Municipal 50/1968). A destinação dos estabelecimentos fechados era variada. Quando não vendidos para proprietários vizinhos, tornaram-se espaço para catequese, novenas, grupos de famílias, clube de mães, igrejas, etc. 4.2 ALGUMAS REFLEXOES SOBRE A EDUCAÇÃO DAS ESCOLAS RURAIS DE GUARANIAÇU A partir do capítulo anterior, direcionado à estrutura física das escolas, pudemos ter uma idéia das condições das escolas rurais de Guaraniaçu. No entanto, não poderíamos deixar de fazer uma breve análise sobre o trabalho pedagógico realizado nelas. Digo breve porque o objeto de estudo desta pesquisa está na constituição da escola, enquanto instituição, e não dos métodos de ensino desenvolvidos por esta, que ficara a cargo do professor, bem como organizar as filas conforme o nível de conhecimento dos alunos, conforme a série em que estava matriculado ou conforme a altura. Apesar de trabalhar numa mesma sala de aula, o professor matriculava os alunos no sistema seriado e organizava uma “divisão” interna na sala. A organização ficava a critério do professor, mas geralmente se estabelecia por fila, isto é, os alunos eram posicionados na sala de aula na fila que correspondesse à série em que estava matriculado e o professor direcionava encaminhamentos e conteúdos diferenciados para cada série. 65 Figura 9 - Foto do interior de uma sala de aula não especificada. Fonte: Museu Municipal de Guaraniaçu. Como podemos visualizar na foto apresentada, a mesa do professor ficava no centro da sala a frente de todos, de modo a prender a atenção de todos os alunos. Essa organização corresponde ao método de ensino tradicionalista muito presente nessa época, onde o professor era o detentor de todo conhecimento e os alunos os receptores. Outro detalhe que não pode passar despercebido está no vaso e na sineta sobre a mesa da professora, o que demonstra a supervalorização que o docente tinha na época e também revela que a disciplina, entendida como submissão às ordens do professor. Os professores relatam que recebiam diariamente de seus alunos, flores, frutos e outros objetos como forma de agradecimento sobre seu trabalho. A figura do professor era vista com muito respeito, como um mestre. A sineta era utilizada para marcar o tempo, geralmente o início e termino da aula e do intervalo, bem como, para chamar a atenção quando os alunos se dispersavam. Outro dado interessante de observar é a presença de uma bandeira ao lado esquerda da foto, mostrando a atribuição da escola no processo de formação patriótica dos alunos. Esse dado se confirma com a promulgação da Lei Municipal nº 07, de 09 de janeiro 1984, a qual afirma: É obrigatória, a partir da data de vigência desta LEI nos Estabelecimentos de 1º Grau, a execução cantada do Hino Nacional Brasileiro, Hino à Bandeira, do Estado do Paraná, e Hino ao Município. 66 Esses hinos deveriam ser entoados com a participação do corpo docente e discente das escolas, em dias alternados, de modo que pelo menos um deles fosse executado a cada dia. Em entrevista com o aluno Maycon André Zanin, que estudou durante 04 anos (1986 a 1989), nas Escola Rural Municipal Machado de Assis, na localidade de Barbaquá, Distrito Campo Bonito, ao ser questionado sobre uma lembrança que marcou sua infância escolar, ele respondeu: Tenho muito presente em minha lembrança os dias em que tínhamos que cantar os hinos. Sempre que a professora apontava na estrada corríamos para a fila para cantar. Ficávamos separados, meninos de um lado e meninas do outro. Os menores na frente os maiores atrás. Tínhamos que dar um espaço correspondente a um braço esticado pra frente. Com a mão direita no peito, sem boné, sem chicletes e sem nenhum recurso de som, cantávamos hinos, mesmo nos dias de frio (Maycon Andre Zanin). Essa postura adotada pela Prefeitura e pelas escolas demonstra como o período da Ditadura Militar influenciou diretamente sobre os encaminhamentos das escolas e da educação de modo geral. A bandeira, o Hino Nacional, aliados à disciplina, marcam todo um momento. Revelam a postura “militarista” e “desenvolvimentista” vigente nesse período, que, aliada as disciplinas de OSPB – Organização Social e Política Brasileira e Moral e Cívica, tinham o intuito de fazer da escola um espaço de formação social de acordo com os valores dominantes à época, quais sejam, a hierarquia, a ordem, a manutenção do status quo, tidos como condição para o “progresso”, porém, mantidas as formas e os lugares sociais existentes, sem rupturas e transformações. Isto tudo, revela que não dá para pensar a escola e a educação fora das condições e relações sociais de cada momento. 4.3 UMA REFLEXÃO A CERCA DO NOME DAS ESCOLAS RURAIS DE GUARANIAÇU Ao pesquisar a história das escolas de Guaraniaçu, não podemos deixar de fazer uma analise sobre o nome das escolas. A escolha do nome, como foi escolhido 67 e porque foi escolhido também revela muito sobre a história e a concepção de sociedade presente no momento. O nome que atribuímos a uma pessoa, um objeto ou mesmo a uma escola, está intimamente relacionado a uma identidade, uma concepção. No caso das escolas municipais de Guaraniaçu, os nomes, apesar de diferentes, possuem significados semelhantes. Durante a pesquisa foi necessário relacionar todas as escolas que já existiram no município de Guaraniaçu, desde sua emancipação até os dias atuais (anexo VI). A partir dessa pesquisa foi possível estabelecer uma análise mais profunda sobre os nomes atribuídos as escolas. Não foi tarefa fácil, pois muitas escolas mudaram de nome em seu percurso histórico. O processo de denominação das escolas era realizado pela Prefeitura Municipal, como mostra a Lei Municipal nº 19-A, de 16 de dezembro de 1966 “Fica o poder executivo autorizado a denominar as Escolas Municipais, ficando inteiramente a seu critério a escolha dos nomes que as mesmas deverão tomar”. A partir de então, foram criadas Leis para nominar as escolas. Mas a análise que nos propomos neste momento, não está em identificar qual era o nome desta ou daquela escola, mas sim em saber pelo qual motivo esse nome foi atribuído. Analisando todos os nomes de escolas levantados (anexo I e VI) pode-se perceber que estes têm uma relação muito estreita com os acontecimentos da época e com os fatos sociais considerados importantes no período. Uma coisa é comum: a escolha do nome é uma forma de homenagem. Mas homenagear a quem? Geralmente uma homenagem a uma pessoa já falecida, considerada importante para sociedade, que ocupava um lugar de destaque ou que tivesse méritos que merecessem ser lembrados na história. Muitos nomes fazem referência a escritores/pensadores/filósofos como Pitágoras, Aristóteles, Érico Veríssimo, Machado de Assis e Maria Montessori. Outros nomes atribuídos homenageiam os militares como Coronel Adalberto Mendes da Silva, Almirante Tamandaré, General Osório, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Os políticos também são lembrados: Getúlio Vargas, Gonçalves Dias, Presidente Eurico Gaspar Dutra, Coelho Neto, inclusive do período imperial: Dom Pedro de Alcântara, Dom João VI, Dom Pedro I, Dom Pedro II, Dom Bosco, etc. No entanto, a grande maioria dos nomes homenageiam religiosos, principalmente da Igreja Católica, muito presente e forte nessa região: Sagrada Família; Imaculada da 68 Conceição; Padres: Josino Moraes Tavares, Diogo Antonio Frei, José Anchieta, Frei Sergio Stólcis; Nossa Senhora: da Aparecida, de Fátima, do Roccio, de Lurdes, do Rosário; Santas: Catarina, Clara, Rita, Luzia, Rosa; Santos: Antonio, Isidoro, Onofre; São: Benedito, Brás, Cristóvão, Francisco, entre outros. Poucos nomes fazem menção as pessoas do lugar: Jorge Pio Gonçalves, Pedro Zanin, Professora Lurdes Artuzzi e Professora Maria Lorençato. Entre tantas escolas, num município tão vasto, com uma história tão rica, muitas das pessoas homenageadas, nunca pisaram ou foram vistas na região, são desconhecidas pelos moradores de Guaraniaçu, com exceção dos poucos homenageados do local. Raramente se faz menção aos trabalhadores que batalharam arduamente para que esse município fosse constituído. Na história de modo geral, predomina uma cultura de exaltar os que tem poder, capital e que estão hierarquicamente numa condição mais favorável. Como dizia Bertold Brecht, em seu poema Perguntas de um operário que lê: “Nos livros estão nomes de Reis” não das pessoas que batalhavam em prol desse reinado. Em nossa história é muito comum enaltecer “a cada dez anos um grande homem” em detrimento de milhares de homens trabalham diariamente e que escrevem a cada instante uma nova história. 69 5 ESCOLAS RURAIS DE GUARANIAÇU: ASCENÇÃO DE DECLÍNIO Ao propor um estudo sobre a história da escolarização de Guaraniaçu, enfatizamos a escola rural, pelo fato de esta ser predominante no município. Na medida em que buscamos uma compreensão mais aprofundada sobre a constituição e organização dessa forma de escolarização, observamos que no decorrer da história, esta passou por um amplo processo de expansão, entrando em declínio num curto espaço de tempo. Como vimos no terceiro Capítulo, antes mesmo de se tornar um Município, Guaraniaçu já apresentava formas diferenciadas de escolarização, domiciliares e particulares. Embora haja poucos registros sobre o assunto, segundo a revista Guaraniaçu (1978) “Em 1934 foi construída a primeira escola pelo Sr. Severiano Modesto da Rosa, cujas aulas eram ministradas pelo seu filho Joaquim Modesto da Rosa que foi portanto o primeiro professor da localidade”. Essa escola funcionava, a princípio como uma “casa escolar particular”, onde as famílias subsidiavam o ensino na localidade da Rocinha, se tornando mais tarde “casa escolar pública”, sendo assumida pelo Estado. Sabemos que diante de tantas escolas formais e informais, houveram também muitos professores. No entanto, o primeiro professor a ser contratado oficialmente pelo poder público, foi o Professor Joaquim Modesto da Rosa, conforme consta na primeira ata, do primeiro Livro de Termo de Posse da IRE – Inspetoria Regional de Ensino (Anexo V). Conforme podemos ver no Termo de Posse (Anexo V), assinado em 13 de maio de 1957: Aos treze dias do mês de maio do ano de 1957, perante mim, Guilherme da Silva, Sub-Inspetor de Ensino, em exercício, assumiu o cargo de Professor da Escola Isolada Nossa Senhora de Fátima, neste Município, o Professor Joaquim Modesto da Rosa, por ser removido da escola Isolada de Guaraniaçu – ex Rocinha, removido pela Portaria nº 374 de 09 de março do ano em curso. Para atender a demanda que surgia Prefeitura Municipal criou Leis Municipais para regulamentar as escolas que funcionavam informalmente, assim como, para determinar a criação de novas escolas (Anexo I). A Lei Municipal apenas criava a 70 escola, o Estado expedia a autorização de funcionamento através de uma Resolução ou Parecer (Anexo II). Por isso não é possível afirmar com exatidão a data de início e término do funcionamento de todas as escolas, em muitos casos a Lei era publicada anos depois da abertura da escola, ou, ao contrário disso, a cessação definitiva ocorria anos depois de ter encerrado suas atividades, conforme mostra a tabela do Anexo VI. Devido a carência de informações, utilizamos como parâmetro para a criação das escolas as Leis Municipais e Estaduais, promulgadas para este fim. Ao tabular os dados coletados junto a Secretaria Municipal de Educação, constatamos que a abertura de escolas novas ocorreu até a década de 1980, sendo mais intenso nas décadas de 60 e 70. Entre 1990 e 2010, não houve abertura de nenhuma unidade nova, como podemos visualizar no gráfico a seguir. Escolas criadas entre 1950 a 2010 57 60 53 50 40 25 30 20 12 10 0 1950 1960 1970 1980 0 0 1990 2000 0 2010 Gráfico 6 – Escola Criadas entre 1950 e 2010. Fonte: Arquivo Público da Prefeitura Municipal - Leis Municipais Estes dados referem-se apenas as escolas municipais, que ofertavam o ensino primário, não sendo computados as escolas da rede privada e conveniada, nem os Centros Municipais de Educação Infantil. Estes últimos surgiram com mais intensidade na década de 90, quando a Educação Infantil ganha espaço perante cenário educacional. Esse aumento no número de escolas entre as décadas e 60 e 70, justifica-se também pelo aumento populacional, principalmente na zona rural. Na década de 60 71 não foi realizado Censo Demográfico pelo IBGE, mas conforme tabela apresentada no segundo Capitulo, na década de 70, o município possuía aproximadamente 28.649 habitantes (sendo 25.219 situavam-se na zona rural), promovendo a abertura de 53 novas unidades escolares, nesta década e 25 na década seguinte. Outro fator está na promulgação da Lei nº 4024, em 1961, a qual determinava em seu artigo 49, que: As empresas e os proprietários rurais, que não puderem manter em suas glebas ensino para os seus empregados e os filhos destes, são obrigados, sem prejuízo do disposto no artigo 47, a facilitar-lhes a frequência à escola mais próxima ou a propiciar a instalação e o funcionamento de escolas gratuitas em suas propriedades. Essa nova política educacional juntamente com o crescimento demográfico do município, estimulou a criação de mais escolas rurais. No entanto, esse quadro foi sendo reconfigurado nas décadas seguintes. A partir da década de 90 ocorre um esvaziamento do campo. Segundo os dados do IBGE (também apresentados na tabela do capítulo II), nesta mesma década residiam na zona rural de Guaraniaçu aproximadamente 17.389 habitantes, representado 67% da população. Número este que caiu para 9.075 moradores na década seguinte (em 2000), representando 53% do total. No entanto, nem todas as pessoas que saíram da zona rural foram para a cidade de Guaraniaçu, pois não há um aumento proporcional no número de habitantes da zona urbana, na década de 90 (8.623 habitantes) e de 2000 (8.126 habitantes), ao contrário, houve uma pequena redução. Percebemos que o movimento migratório, ao mesmo tempo em que se deu do campo para a cidade, teve uma dimensão maior, saindo dos municípios essencialmente agrícolas para os grandes centros ou capitais. Esse processo é reflexo de um movimento maior que está ocorrendo no Estado do Paraná, assim como no restante do país. A movimentação populacional registrada pelos censos do IBGE, no Estado do Paraná já apresentava uma predominância da população rural sobre a urbana. Porém, nas décadas de 70 e 80, há uma inversão no mapa populacional, a maioria dos trabalhadores migram para as cidades, onde se concentra mais de 70% da população. Em relação a população brasileira, no ano de 2005, estima-se que cerca de 14% viviam no campo, enquanto que 86% viviam na cidade. 72 Com isso, no município de Guaraniaçu, a partir da década de 80, observamos um declínio no número de escolas criadas, chegando a ser nulo nas décadas de 90 e 2000. Ou seja, nenhuma escola para séries iniciais (rural ou urbana) foi criada neste período, conforme gráfico apresentado anteriormente. Com isso, forma-se um movimento contrário no sentido de fechar as escolas existentes por falta de alunos. Para visualizarmos melhor este movimento, apresentamos um gráfico que apresenta o índice decrescente das escolas municipais, entre a década de 1980 a 2010. Escolas fechadas entre 1980 a 2010 73 80 70 60 50 18 40 30 4 20 2 10 0 1980 1990 2000 2010 Gráfico 7 – Escola Fechadas entre 1980 a 2010. Fonte: Arquivo Público da Prefeitura Municipal - Leis Municipais Observa-se que, a partir da década de 80 o índice populacional começa a decair, passa de 34.465 habitantes, na década de 80, para 26.012 habitantes na década de 90, seguido por 17.201 habitantes na década de 2000. Esse movimento decrescente reflete nas escolas, quando são fechadas no mesmo período 95 escolas, devido a falta de alunos. Observa-se, também que a grande maioria das escolas rurais tinham uma vida muito curta. Muitas delas sendo criadas e extintas na mesma década, como está explicito na tabela sobre o histórico das escolas apresentado no anexo VI. Esse movimento (de criação e cessação) foi impulsionado por fatores variados: a organização da agricultura brasileira, o movimento de colonização do 73 Estado do Paraná, da Região Oeste e do município de Guaraniaçu, as políticas educacionais para a formação dos grupos escolares, para nuclearização das escolas e para a municipalização do ensino contribuíram significativamente ora para a criação, ora para a cessação das escolas rurais. Outro aspecto que precisa ser observado é em relação as escolas que estavam localizadas nas áreas rurais dos distritos que foram desmembradas de Guaraniaçu, originando novos municípios. Como já citamos no segundo Capitulo sobre a: Colonização, nos anos 1986 e 1990, foram constituídos os municípios de Campo Bonito e Diamante do Sul, respectivamente. Junto as terras, esses novos municípios assumem também as escolas pertencentes a essas regiões. Conforme demonstra o gráfico abaixo, o município de Campo Bonito, ao emancipar-se de Guaraniaçu em 1989, transfere para sua jurisdição 16 escolas, seguido pelo Diamante do Sul, o qual assume em 1990, 21 escolas, todas pertencentes ao território rural de Guaraniaçu. Quantidade escolas pertencentes a cada município 12% 11% Guaraniaçu Campo Bonito Diamente do Sul 77% Gráfico 8 – Escolas pertencentes a Guaraniaçu, Campo Bonito e Diamante do Sul. Fonte: Arquivo Público da Prefeitura Municipal - Leis Municipais. Cerca de 23% das escolas rurais deixam de pertencer ao município de Guaraniaçu, ficando sob a responsabilidade dos novos municípios formados. Não nos dedicamos em saber o que ocorreu com tais escolas, mas podemos afirmar que, mesmo se tratando de territórios diferentes, o movimento percorrido por elas é semelhante, pois os condicionantes do processo de nuclearização das escolas rurais, de modo geral, segue uma lógica semelhante em todo o Estado, embora haja características específicas diferenciadas em cada município. 74 5.1 A NUCLEARIZAÇÃO DO ENSINO Em relação ao processo de nuclearização do ensino, poderíamos afirmar que a motivação básica, consistia na maioria dos casos, na melhoria do ensino e da aprendizagem ofertado às crianças da zona rural. Esse processo se dá paralelo ao processo de formação dos grupos escolares, estrutura-se através do fechamento de escolas pequenas e isoladas e da transferência dos alunos e professores para uma “nova” escola, maior e mais bem equipada, considerada a escola “núcleo”. Esta escola “núcleo” dispunha de várias salas de aula, para que as crianças fossem organizadas em séries, por idade, dando um fim à multisseriação. No entanto, com a escola ”núcleo” era distante da comunidade, fez-se necessário o transporte escolar, para deslocar as crianças que perdiam sua escola de origem. No caso específico do Município de Guaraniaçu, a quantidade de escolas fechadas foi muito grande não comportando todos os alunos no grupo escolar do centro da cidade, havendo a necessidade de mais de uma escola “núcleo”, as quais foram organizadas nos Distritos. Os alunos e professores das escolas fechadas não tinham opção de escolha, eram direcionados para o núcleo mais próximo, através do transporte escolar público disponibilizado. Como já mencionamos a principal justificativa para o processo de nuclearização estava na melhoria do ensino e da aprendizagem. Para convencimento da população os argumentos dos gestores da época foram os mais variados possíveis, sendo eles: •Que os professores eram leigos, não tinham treinamento/formação para atuar com classes multisseriadas; •Que a dificuldade de transporte para chegar até a cidade que fazia com que o professor vivesse num isolamento prejudicial ao seu trabalho; •A dificuldade de transporte até a escola (no caso do professores que não moravam no local); •A dificuldade de manter uma supervisão eficiente; 75 •As condições físicas eram precárias; •O fato de trabalhar com classes multisseriadas; •A falta de material didático-pedagógico; •O fato de o professor ser multifuncional (professor, merendeiro e zelador). Considerando que esse processo foi repentino e abrangeu todo o município, o envolvimento da população foi proporcional, apresentando muita resistência aos argumentos apresentados. A reação em relação ao fechamento das pequenas escolas era intensa, principalmente dos pais que temiam o deslocamento de seus filhos para a cidade ou para um ambiente distante/desconhecido. Também havia resistência por parte de alguns líderes locais como o próprio professor, o presidente da comunidade, os padres/freis da localidade e políticos locais. Todos temiam que as pequenas comunidades ficassem desprovidas de educação; que a relação do professor com a comunidade não fosse mais tão íntima; que as famílias deixassem a comunidade/localidade e se esvaziasse. Apesar de todas as vantagens apontadas para a nuclearização, algumas escolas isoladas continuaram a existir a partir de 2000. Essas escolas resistiram ao processo de nuclearização por motivos sociais e econômicos. Sua localização era em área rural isolada de difícil acesso e com baixíssima densidade populacional. Para o poder público era mais barato manter um professor na localidade, do que disponibilizar o transporte escolar para os mesmos, ao mesmo tempo, para as famílias que residem no local é mais viável que o professor trabalhe com seus filhos na localidade, do que ter que fazer um longo trajeto para deslocamento. Mesmo que seja no formato de escola multisseriada. Sabemos que a escola não está isolada da sociedade, como uma instituição a parte. Ao contrário, esta inserida no meio e, por isso, sofre influência do mesmo, influenciando-o ao mesmo tempo. A partir dessa análise confrontamos os dados populacionais de Guaraniaçu com os dados escolares dessa mesma época, buscando compreender a escola a partir de um contexto mais amplo. 5.2 SOBRE O TRANSPORTE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE GUARANIAÇU 76 Além do argumento referente ao ensino e a aprendizagem, sabemos que os cálculos em relação ao custo-benefício para a manutenção de uma escola isolada também devem ser considerados. Junto aos argumentos pedagógicos, outra vantagem a favor da nuclearização era justificada pela dita redução do custo médio por aluno. Esse cálculo comparava as despesas de uma escola isolada e uma escola central. Matematicamente considerava-se as despesas com as construções, manutenções e/ou adaptações das escolas e despesas diárias com merenda, luz, água, material, salário do professor, e confrontava com o número de alunos matriculados por escola. Como a grande maioria das escolas encontravam-se em condições extremamente precárias, tornava-se viável investir em reformas, equipamentos, materiais de uma escola grande, do que reconstruir todas as escolas rurais. Para o poder público da época seria mais barato fechar as escolas menores, do que equipá-las com materiais didático-pedagógicos (livros, jogos,) recursos tecnológicos (Televisão, vídeo, rádio), funcionário para merenda, para limpeza, adaptação da estrutura física com várias salas, cozinha, banheiro interno, quadra para esporte, entre muitas adaptações que se faziam necessárias para as escolas rurais, sem falar na formação do professor. Era um investimento muito alto para uma grande quantidade de escolas. Sob esta ótica, era compensatório fechar a pequena escola e deslocar os alunos para uma escola maior, onde esse investimento seria realizado apenas uma vez e atenderia a todos os alunos. Por esse ângulo, parecia ser justificável para o poder público investir em algumas escolas com localização privilegiada, do que investir em todas. No entanto, ao pensar no custo-benefício da nuclearização, não foram levados em conta os custos com o transporte escolar, pois essa era uma experiência nova para a educação. Na verdade, a nuclearização elevou os custos com o transporte escolar, o que por sua vez, quase que anulou os benefícios econômicos previamente pensados. Esse cálculo considerou apenas os condicionantes do momento. Na década de 1980 e 1990, período em que a nuclearização foi mais intensa, a legislação vigente não obrigava toda criança em idade escolar a freqüentar a escola. Assim como, não havia uma legislação que regia sobre o transporte escolar. Com a LDBEN 9394/96, todo indivíduo em idade escolar deve obrigatoriamente cursar o Ensino Fundamental e o transporte escolar passou a ser fiscalizado por autoridades competentes, exigindo investimentos em manutenção e 77 aquisição de novos concursos, bem como, concurso público para os motoristas e formação continuada para os mesmos. Nesse período o número de crianças transportadas era muito alto e as irregularidades no setor do transporte escolar eram gritantes. As linhas de transporte criadas para atender a demanda eram insuficientes e ineficientes, ou seja, não havia transporte para todos. Os ônibus eram precários, superlotados, muitas vezes não chegavam próximos a todas as localidades, inclusive, fazendo com que os alunos tivessem que fazer um percurso maior do que faziam anteriormente, para estudar na escola rural, com exceção de algumas pessoas que residiam em lugares privilegiados, onde o transporte passava próximo a sua casa. Outro fator, que não foi calculado, no momento da nuclearização, diz respeito a manutenção das estradas e dos ônibus. As estradas rurais exigiam manutenção constante para que os ônibus pudessem trafegar normalmente. Como isso nem sempre ocorria, quando chovia em alguns trajetos os ônibus ficavam impossibilitados de percorrer, fazendo com que os alunos se deslocassem numa distancia maior ou ficassem sem aula. Há relatos de alunos que não iam para a escola nos dias de chuva, porque o acesso era difícil, ou pelo fato de o ônibus não poder trafegar ou até mesmo ficar na estrada (por causa da chuva ou por defeitos mecânicos). A manutenção dos maquinários também era um problema, pois os ônibus eram velhos e precisavam de revisões constantes. Esse setor, embora não calculado, onerava aos cofres públicos. Atualmente, em entrevista com o responsável pelo Departamento do Transporte Escolar, veiculado a Secretaria Municipal de Educação e Cultura observamos que esse setor é, em sua maioria, terceirizado. A Prefeitura é responsável por alguns trajetos, os demais são repassados às empresas privadas. A contratação das empresas terceirizadas se dá através de processo licitatório, publicado em edital e organizado pelo Departamento do Transporte Escolar. Este, por sua vez, faz um mapeamento de quantos alunos precisam ser transportados, considerando o endereço de residência, a série, o turno e a escola em que estão matriculados. Em seguida, estabelece o percurso que será percorrido pelo transporte escolar diariamente, para levar todos os alunos até a escola, esse percurso é também chamado de “linha”. O processo licitatório define a “linha” e o período (anual ou bianual), bem como fixa o valor que será pago pela Prefeitura Municipal por quilômetro percorrido. 78 Ao analisar as licitações já publicadas observamos que esse valor varia entre R$ 1,65 (hum real e sessenta e cinco centavos)a R$ 3,05 (três reais e cinco centavos) por quilômetro percorrido. Segundo o responsável pelo Departamento de Transporte Escolar esse valor é diferenciado considerando a distância, o tempo e as condições das estradas, em regiões mais acidentadas o custo é maior. Atualmente, em 2010, estão mapeadas na Secretaria Municipal de Educação e Cultura, um total de 62 (sessenta e duas) linhas de transporte escolar, sendo que 04 (quatro) são de responsabilidade da Prefeitura Municipal, enquanto 58 (cinqüenta e oito) são terceirizadas. Junto ao Departamento de Finanças da Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, obtivemos extratos dos custos com o Transporte Escolar dos últimos 03 (três) anos, como podemos observar na tabela abaixo. Ano Valor (R$) Valor por extenso 2007 R$ 782.637,68 Setecentos e oitenta e dois mil, seiscentos e trinta e 2008 sete reais e sessenta e oito centavos. R$ 1.137.566,00 Hum milhão, cento e trinta e sete mil, quinhentos e 2009 sessenta e seis reais R$ 1.146.633,76 Hum milhão, cento e quarenta e seis mil, seiscentos e trinta e três reais e setenta e seis centavos. Quadro 3 - Despesas do Transporte Escolar em 2007, 2008 e 2009 Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Departamento Transporte Escolar Através dos dados obtidos podemos observar que, os gastos com o transporte escolar vêem aumentando a cada ano. Em 2009, num período de 10 meses, que correspondem aos meses letivos, o gasto foi maior, sendo gasto em transporte escolar aproximadamente R$ 1.146.633,76 (hum milhão, cento e quarenta e seis mil, seiscentos e trinta e três reais e setenta e seis centavos). Os recursos para o Transporte Escolar correspondem a uma parceria entre a União, o Estado e o Município, o qual é firmado através de Convênios e Programas, especificamente para este fim. Vejamos na tabela a seguir os valores exatos liberados para o custeio do Transporte Escolar em 2009. RECURSO Salário Educação FONTE Federal VALOR R$ 229.205,48 79 PNATE Convênio Transporte Escolar/Estado Educação/Transporte Escolar TOTAL Federal Estadual Municipal R$ 153.314,00 R$ 193.247,68 R$ 570.866,60 R$ 1.146.633,76 Quadro 4 - Recursos destinados ao custeio do Transporte Escolar em 2009. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Departamento Transporte Escolar. Entre os recursos acima descritos, para custeio do transporte escolar temos o PNATE – Programa Nacional de Transporte Escolar, o qual consiste na transferência automática de recursos financeiros, com base na quantidade de alunos transportados e informados no censo escolar do ano anterior. Sem necessidade de convênio este valor, fixado anualmente, deve ser utilizado para custear despesas com a manutenção de veículos escolares pertencentes e para a contratação de serviços terceirizados de transporte. Outro recurso específico para o Transporte Escolar é o Convênio firmado entre o município e o Estado do Paraná, este convênio consiste no repasse de parcela fixas, também determinadas pelo número de alunos do censo escolar do ano anterior. Os valores oriundos do Salário Educação não são específicos para transporte escolar, trata-se de um valor fixo, repassado mensalmente pelo Governo Federal para investimentos na educação. Como as despesas do transporte escolar de Guaraniaçu são grandes, o município direciona este valor para auxiliar no custeio. Segundo o Departamento de Transporte da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Guaraniaçu, a maioria dos alunos que utilizam o transporte são da rede estadual, ou seja, estudam nas séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, nas escolas estaduais, sendo uma minoria da rede municipal. Porém, ao analisar o repasse do Governo Estadual notamos que este não é corresponde ao despendido, ficando a Prefeitura Municipal encarregada de fazer a contrapartida. Vejamos, no gráfico a seguir, o percentual despendido pela esfera Federal, Estadual e Municipal, para o Transporte Escolar. 80 Recursos dispendidos para o Transorte Escolar em 2009 13% 17% Estadual Municipal Federal 70% Gráfico 9 – Recursos da União, Estado e Município, para o Transporte Escolar em 2009. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Departamento Transporte Escolar. É visível a diferença entre os investimentos distribuídos por cada esfera, Federal, Estadual ou Municipal, sendo que a maior parcela está sob a responsabilidade do município. De todo o montante gasto em 2009 com o transporte escolar, apenas R$ 26.834,00 (vinte e seis mil, oitocentos e trinta e quatro reais) foram gastos com as linhas e veículos públicos, tendo em vista que tratam-se de trajetos pequenos e manutenção de poucos veículos. A grande fatia é distribuída entre as empresas privadas que participam dos processos licitatórios. Vejamos no gráfico a seguir. Despesas com transporte escolar em 2009 2% Setor público Setor privado 98% Gráfico 10 – Despesas com o Transporte Escolar Público e Privado, em 2009 Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Departamento Transporte Escolar 81 É evidente que os recursos desprendidos para esse fim são elevados, principalmente se comparados o público e o privado. É necessário um replanejamento que viabilize esses recursos, de forma que estes se tornem investimentos na educação, pois ao setor público interessa a qualidade, enquanto que ao setor privado, interessa o lucro, o negócio, que muitas vezes não combina com a educação. Sabemos que o cálculo dos custos e benefícios para a manutenção das escolas, assim como do transporte escolar, é uma tarefa difícil de realizar, uma vez que nem todos os custos e benefícios são mensuráveis, já que são de natureza qualitativa, como por exemplo: o acesso ao conhecimento científico, a melhoria da aprendizagem, a socialização das crianças, as condições de trabalho do professor. Essa avaliação é de caráter subjetivo, de natureza política, e vem de encontro a concepção de educação que os grupos envolvidos no processo possuem. No entanto, como vivemos numa sociedade capitalista, onde o lucro está no centro, não é estranho o aspecto quantitativo se sobrepor ao qualitativo. 82 6 A EDUCAÇÃO ATUAL: IMPACOS E DESAFIOS Ao olharmos para a história das escolas de Guaraniaçu, percebemos que esta passou por profundas transformações. Das 168 instituições catalogadas (Anexo VI, VII e VIII), 39 foram transferidas para os municípios de Campo Bonito e Diamante do Sul, após sua emancipações (Anexo VII e VIII). Das 129 escolas que ficaram pertencendo ao território de Guaraniaçu, 118 foram extintas, restando atualmente 11 escolas. Como podemos visualizar no gráfico abaixo. Escolas ativas e inativas - 1980 a 2010 9% Escolas ativas Escolas inativas 91% Gráfico 11 – Escolas Ativas e Inativas no período de 1980 a 2010. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura - Departamento de Documentação Escolar. Assim sendo, percebemos que apenas 9% das escolas sobreviveram ao processo migratório, paralelo ao processo de nuclearização/municipalização de ensino. As demais, 91%, foram sendo cessadas gradativamente, com mais intensidade na década de 90, mas continuamente até o ano de 2010, onde ainda obtivemos, recentemente, a cessação de duas escolas rurais (Escola Municipal Rural Monteiro Lobato e Escola Municipal Sóror Joana Angélica). Segundo informações da SEMED - Secretaria Municipal de Educação e Cultura, atualmente estão em funcionamento 10 escolas municipais (Anexo X), que atendem do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. O município também oferta a 83 modalidade de Educação Infantil, Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos. As duas últimas (Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos) são ofertadas somente pela Escola Professor Joaquim Modesto da Rosa, a única localizada no centro da cidade. Em relação a Educação infantil, esta modalidade é ofertada, em sua maioria, nos Centros Municipais de Educação Infantil, que são seis (Anexo IX). Os quais atendem em período integral, crianças de 0 a 5 anos. Somente algumas escolas ofertam a Educação Infantil, através de turmas de “pré-escolar”, conforme quadro abaixo. Nº Instituição local Nível/Modalidade Turno 01 Escola Rural Municipal Guaporé Aracy Marques Linares (Distrito) Educação Infantil e Séries Manhã Iniciais do Ensino Fundamental 02 Escola Municipal Bianca Stolcis Educação Infantil e Séries Tarde Iniciais do Ensino Fundamental Bairro Cazella 03 Escola Rural Municipal Bela Vista Coração de Jesus Educação Infantil e Séries Tarde Iniciais do Ensino Fundamental 04 Escola Rural Municipal Mato Queimado Francisco Manoel da Silva Educação Infantil e Séries Manhã Iniciais do Ensino Fundamental 05 Escola Municipal Jean Piaget Bairro Jardim Real Educação Infantil e Séries Manhã Iniciais do Ensino Fundamental Tarde 06 Escola Municipal Jorge Bairro Jardim Pio Planalto Educação Infantil e Séries Manhã Iniciais do Ensino Fundamental Tarde 07 Escola Rural Municipal Bormann Manoel Ribeiro Magalhães Educação Infantil e Séries Tarde Iniciais do Ensino Fundamental 08 Escola Municipal Professor Joaquim Modesto da Rosa Centro Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos. 09 Escola Municipal Vinícius de Moraes Bairro Vila Nova Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental Tarde 10 Escola Rural Municipal Faxinal São João São Judas Tadeu Manhã Tarde Educação Infantil e Séries Tarde Iniciais do Ensino Fundamental Quadro 5 – Escolas da Rede Municipal de Ensino em atividade em 2010. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura - Departamento de Documentação Escolar. Em relação a Educação Infantil, o quadro é um pouco diferente. Dos seis CEMEIS em funcionamento atualmente, um está localizado na zona rural, no Distrito 84 de Guaporé, um no centro e os demais nos bairros. Isso se explica porque na história da educação a Educação Infantil é reconhecida como modalidade muito recentemente, mais especificamente a partir de 1996, com a LDBEN 9394/96. Contudo esse atendimento já ocorria anteriormente nas “Creches”, mas tinham um caráter assistencial e não educacional como hoje. A história da educação infantil no município de Guaraniaçu, não diferentemente de outros municípios, é muito recente. Essa transição de “Creches” para “Centros de Educação infantil”, ou seja, de assistencialismo para educação propriamente dita, exigiu uma série de adequações nos estabelecimentos principalmente em relação a formação e contratação dos profissionais da educação (Coordenador, Professor e Nutricionista), assim como acarretou na elaboração de Projetos Políticos Pedagógicos, Propostas Curriculares, Regimentos Escolares, Planejamentos, Avaliação, entre outras adequações necessárias. No entanto, observa-se uma carência de políticas e investimentos específicos para a Educação Infantil, em relação ao Ensino Fundamental. Para a legislação vigente, o Poder Público tem o dever de implementar políticas para que todo alunos em idade escolar de Ensino Fundamental estejam na escola, e mais, numa escola de qualidade. Essa não é uma exigência para a Educação Infantil, por isso essa as vezes fica em segundo plano. Em relação da demais instituições escolares da rede municipal, estão ativas atualmente as dez escolas que ofertam o Ensino Primário. Destas, cinco são rurais, as demais estão localizadas na zona urbana, sendo quatro em bairros e uma instalada na região central. Conforme gráfico a seguir: Localização das Escolas Municipais Ativas em 2010 10% 50% 40% Centro Bairro Rural 85 Gráfico 12 – Localização das Escolas Municipais Ativas em 2010. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura - Departamento de Documentação Escolar. Em termos percentuais, poderíamos afirmar que 50% das escolas estão localizadas na zona urbana, se considerarmos os bairros (40%) e o centro (10%). No entanto, os alunos matriculados nestas escolas não são somente alunos dos bairros ou do centro, mas também alunos do meio rural que são trazidos pelo transporte escolar para estudar na cidade, por não existir mais escolas em suas localidades. Ou seja, temos uma escola na cidade para alunos do campo. Isso nos leva a um questionamento de suma importância para a educação, sobre o Currículo Escolar 33 destas instituições: seria este um Currículo que valoriza a Educação do Campo uma vez que os alunos não são todos urbanos? Como estão organizadas as Propostas Pedagógicas e/ou Propostas Curriculares destas escolas? Contemplam essa diversidade? Esse assunto mereceria uma investigação particular, no entanto não é objeto desta pesquisa. Em relação a estrutura física das escolas urbanas, observamos que as situadas nos bairros, são de patrimônio da Prefeitura, enquanto que a escola central é de Patrimônio do Estado. As escolas dos bairros atendem única e exclusivamente alunos que então sob a responsabilidade do município. Enquanto que a escola do centro (Professor Joaquim Modesto da Rosa), atende durante o período diurno os alunos das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, da Educação Especial, da Educação Infantil e da Educação de Jovens e Adultos (1ª Fase), e no período noturno (CEEBJA Albano Tomasini) atendem os alunos da Educação de Jovens e Adultos – 2ª Fase e Ensino Médio, que estão sob a responsabilidade do Estado. Em relação as demais escolas na rede municipal, 50% estão localizadas no campo, as quais funcionam como pólos, ou seja, localizadas numa determinada região, e atende as demais localidades vizinhas. Alguns professores são da localidade, porém, na medida em que as escolas foram fechando, os professores foram deixando o campo e migrando para a cidade, e hoje, há muitos casos em que o município tem que deslocar professores do centro para trabalhar na zona rural. Também há transporte escolar da zona rural para a zona rural, pois como são poucos pólos e algumas localidades tornam-se distantes da escola. Em relação a Sobre o Currículo conferir trabalho monográfico de Marta Soligo. “Currículo de História no município de Guaraniaçu”. apresentado ao Programa de Pós-Graduação em História da Educação Brasileira, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, sob a orientação do Profº Dr. João Carlos Silva, no ano de 2010. 33 86 estrutura física, apenas uma destas escolas é patrimônio Municipal (Escolas Rural São Judas Tadeu), as demais são de propriedade do Estado34 e foram construídas durante o processo de criação dos Grupos Escolares, como vimos nos capítulos anteriores. Estas Escolas Rurais Estaduais funcionam em parceria com o Município, ou seja, num turno são atendidos os alunos que estão sob a responsabilidade do Estado, e no outro turno, são atendidos os alunos sob a responsabilidade do Município. Sobre o Currículo das Escolas do Campo, observamos de modo geral, que seguem a mesma Proposta Curricular das escolas urbanas, ou seja, não há uma proposta de trabalho diferenciada para a Educação do Campo. Podemos afirmar que, as escolas de Guaraniaçu passaram por profundas transformações nas últimas décadas, no entanto estas mudanças foram mais intensas no âmbito estrutural, do que no âmbito pedagógico. Ou seja, em relação ao número de escolas, ao número de alunos, a localização e a estrutura física as diferenças são marcantes, mas em relação ao trabalho pedagógico, no que tange aos conteúdos, métodos de ensino, encaminhamento metodológicos, recursos didáticos e avaliação, percebe-se que, ainda hoje, estão enraizadas práticas utilizadas à décadas atrás. Isso de deve a fato de que, durante o movimento histórico, não descartamos as experiências vividas, ao contrário, nos utilizamos desse conhecimento acumulado historicamente, para agirmos de uma nova forma. Portanto, no novo sempre está presente o velho, justificando, dessa forma, a presença de práticas já consideradas ultrapassadas, em nosso meio. Um exemplo claro está no fato de ainda hoje, após tantas transformações e investimentos na educação, o município trabalhar com classes mulltisseriadas/bisseriadas. Atualmente, em 2010, entre as instituições em funcionamento, três escolas trabalham com mais que uma turma/série na mesma sala de aula: •Escola Rural Municipal Coração de Jesus (Bela Vista): com duas turmas bisseriadas; •Escola Rural Municipal Manoel Ribeiro Magalhães (Bormann): Com duas turmas bisseriadas; •Escola Municipal Vinícius de Moraes (Bairro Vila Nova): com uma turma bisseriada. A Rede Estadual de Ensino não é objeto de estudo dessa pesquisa, mas como fazem parte do município e participaram da História da Educação, foram destacadas no anexo XI. 34 87 Lembramos que, estas escolas já haviam superado essa organização multisseriada anteriormente, voltando a trabalhar dessa forma neste ano. Apesar de estas instituições não funcionarem nos mesmos moldes das “casas escolares” existentes nas décadas anteriores, elas apresentam características que nos parecem inconcebíveis neste século, perante de tantas transformações tecnológicas. No entanto, não nos cabe aqui, julgar se este encaminhamento está correto ou não, se é justo ou injusto, ao contrário, cabe-nos analisar e compreender todos os condicionantes que levaram as escolas de Guaraniaçu a adquirirem tal forma. Um dado, em relação ao número de alunos matriculados no sistema municipal de ensino, ainda não mencionado neste trabalho, pode nos ajudar a compreender melhor essa questão. Ao analisarmos os arquivos do Setor de Documentação Escolar da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, constatamos que o número de alunos matriculados nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, na rede municipal de Ensino, está diminuindo a cada ano. Tomamos como base os dados das últimas décadas (1980, 1990, 2000, 2008), para estabelecer nossa análise. Vejamos: Tabela 2 - Total de alunos matriculados nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino por década, 1980 a 2008. Série/Ano 1ª Série 2ª série 3ª série 4ª série TOTAL 1980 2.368 990 919 425 4.702 1990 1.047 848 656 481 3.059 2000 508 576 604 588 2.276 2008 326 592 365 384 1.300 Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura - Departamento de Documentação Escolar. A partir dos dados obtidos, pudemos observar que o número de alunos nas escolas está diminuindo gradativamente. Para visualizarmos melhor esse índice decrescente, apresentamos o gráfico a seguir: 88 Alunos matriculados nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino 5.000 4.500 4.000 4.702 3.500 3.000 3.059 2.276 2.500 2.000 1.500 1.300 1.000 500 0 1980 1990 2000 2008 Gráfico 13 – Alunos Matriculados nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino, por década, de 1980 a 2008. Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura - Departamento de Documentação Escolar. Como podemos perceber, o declínio foi constante, acarretando em mudanças significativas na educação como um todo, exigindo do município, a cada ano, um novo planejamento e a implementação de novas políticas diante do novo contexto. Principalmente nas últimas décadas, quando os recursos despendidos para a educação, são computados conforme o número de alunos. Para o município de Guaraniaçu, a diminuição no número de alunos, implica em: menos população, menos escolas (o que automaticamente significa menos empregos), menos funcionários e também menos recursos. Pois, desde 1996, com a implementação do FUNDEF (através da Lei Nacional nº 9.424, de 24 de dezembro) e mais tarde, em 2007, com o FUNDEB, (através da Lei Nacional nº 11.949, de 20 de junho), a qual fixa um valor por aluno e repassa aos municípios o correspondente ao número de matrículas, o município de Guaraniaçu tem recebido menos dinheiro, do que deposita no fundo. Significa dizer, que a cada ano Guaraniaçu vem recebendo menos recursos para financiar a educação, que por sua vez, implica em menos investimentos na educação como um todo. Esses dados nos auxiliam a compreender o por quê, a cada ano o município apresenta, menos escolas, menos alunos, menos salas, menos professores. Considerando a existência de turmas multisseriadas, recentemente, em 2010, o município aderiu, ao “Programa Escola Ativa” do Governo Federal. Esse programa 89 teve início em 2008, e foi estendido a todos os Estados e Municípios que possuem escolas do campo que oferecem os anos iniciais do ensino fundamental em turmas organizadas sob forma de multisseriação. Segundo o MEC, o programa Escola Ativa busca melhorar a qualidade do desempenho escolar em classes multisseriadas das escolas do campo. Entre as principais estratégias estão: implantar nas escolas recursos pedagógicos que estimulem a construção do conhecimento do aluno e capacitar professores. Como vimos, desde os primórdios de sua colonização até a presente data, a educação esteve presente, mesmo que de forma mais informal no início, mas sempre contribuindo para as transformações ocorridas nesse município. Assim como transformando-se ao mesmo tempo. 90 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A história da escola e da educação rural brasileira, tem sido objeto de muitos estudos que buscam compreender mais profundamente suas questões. Dessa mesma forma, esse trabalho também procurou resgatar as fontes históricas e reconstruir a história das instituições escolares do município de Guaraniaçu, desde sua colonização até os dias atuais, mais especificamente as instituições rurais. Porém, não de forma isolada do restante da sociedade, mas analisando os fatores que contribuíram para a abertura e para a cessação destas escolas. Para compreender a trajetória da escola rural, foi necessário pesquisar sobre qual, para que, para quem, onde e quando essas instituições existiram. Essa não foi uma tarefa fácil, principalmente se considerarmos que o Município de Guaraniaçu possuía (e ainda possui) uma vasta extensão territorial, a qual incorporava os territórios dos municípios de Campo Bonito e Diamante do Sul, até os anos de 1989 e 1990, respectivamente. Esta vastidão territorial, somada aos altos índices demográficos que existiam nas primeiras décadas de sua colonização, tornou necessário a criação de inúmeras escolas, as quais nem todas possuíam documentação. Diante da precariedade das condições de manutenção dos acervos de fontes primárias, encontramos muitas dificuldades em localizar informações, catalogar e interpretar as fontes. Mesmo com tantos empecilhos, ainda foi possível catalogar um total de168 escolas. Esses dados permitiram compreender porque muitas escolas abriram e cessaram em determinados períodos. Constatamos que os índices demográficos foram crescentes até a década de 1980. A partir desta década os índices começaram a diminuir, não só no município como um todo, mas principalmente na zona rural. Os dados demográficos estão intimamente ligados aos dados escolares, pois é visível criação de inúmeras escolas no auge populacional das décadas de 60, 70, e 80. E, na medida em que o campo esvaziava, era notável a cessação em massa das escolas rurais. É importante também, compreender que os colonos abandonaram o campo impulsionados por um movimento migratório do campo para a cidade, aliado a concentração das terras nas mãos de poucos e grandes latifundiários. Paralelo a isso, desenvolviam-se muito rapidamente as cidades, o que levava os pequenos produtores rurais a venderem 91 suas pequenas propriedades aos grandes latifúndios e migrar para a cidade na ilusão de uma vida melhor, dessa mesma forma, iam também os trabalhadores rurais, que tiveram sua mão-de-obra desvalorizada pela máquina, perdendo seu espaço, sua identidade. O fechamento das escolas, foi ao mesmo tempo, causa e conseqüência do esvaziamento do campo. Pois ao mesmo tempo em que as escolas eram fechadas por falta de alunos, devido o esvaziamento das comunidades/localidades, as poucas famílias que sobreviviam no campo, mudaram para a cidade, para que seus filhos tivessem acesso a uma escola e pudessem estudar. Principalmente porque na zona rural haviam apenas escolas de Ensino Primário, e para aqueles que quisessem dar continuidade em seus estudos, tinham que procurar os centros urbanos. Com o fechamento das escolas rurais as comunidades perderam muito, pois a escola, juntamente com a Igreja/Capela servia como uma referência para a comunidade, a qual se reunia semanalmente, para festividades ou eventos de cunho religioso. Sem a escola, a referência passou a ser somente a Igreja. Através das fontes, pudemos concluir também que esse processo de esvaziamento do campo e da cidade, não ocorreu somente nas décadas passadas. Constatamos através dos relatórios da documentação escolar que o número de alunos da rede municipal de ensino continuam caindo. Ou seja, se todos os alunos em idade escolar estão na escola como prevê a Constituição e os índices estão diminuindo, concluímos que as pessoas ainda estão abandonando as pequenas cidades buscando nas cidades maiores melhores oportunidades de emprego, de continuidade nos estudos, de uma vida melhor. Ao terminar a pesquisa pudemos compreender que ao resgatar as fontes históricas das instituições escolares e escrever sua história, compreendemos também a História da Educação como um todo, pois estas instituições não estão isoladas, ao contrário, estão inserida num conjunto maior, dentro do qual se relaciona constantemente. Ou seja, para compreender uma história local, é necessário compreender as transformações sociais em sua totalidade. Também pudemos aprender que a reconstrução histórica depende essencialmente das fontes, as quais servem como ponto de partida, dando base e subsídios para fundamentar a pesquisa. No entanto, esse resgate das fontes das escolas rurais, só possuem significado porque estão inseridos e representam um contexto histórico e expressando a história de sujeitos sociais. 92 Com relação a importância de escrever sobre a história das instituições, citamos o historiador Hobsbawm, citado no capitulo I, deste trabalho. Segundo ele “O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana”. Ou: “o passado continua a ser a ferramenta analítica mais útil para lidar com a mudança constante, mas em uma nova forma”. (1998, p. 23 e 30). Esta pesquisa termina aqui, mas não deve ser vista como um trabalho totalmente pronto e acabado. Deve servir como ponto de partida para outras investigações que não se explicam neste momento. A questão do método, do currículo para a educação do campo, da formação dos professores das escolas rurais, das políticas educacionais para o campo, a alfabetização e a própria educação infantil, são conteúdos que precisam ser estudados. 93 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMOP – Associação dos Municípios do Oeste do Paraná. Currículo Básico para a Escola Pública Municipal: Educação Infantil e Ensino Fundamental – anos iniciais. Cascavel, PR: ASSOESTE, 2007. AMORIM, Letícia. Tratado de Madrid decide desenho do Brasil. 2009. Disponível em: www.rr.pt/informacao_nestedia. Acesso em: 26 jan. 2010. ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO OESTE DO PARANÁ. Dados Indicadores por Município. Disponível em: www.amop.org.br. Acesso em 25 de nov. 2009. BELEGANTE. Leonir Catarina Gemelli Belegante. Histórico dos Inspetores Municipais de Ensino e Formação dos Professores da Rede Municipal de Ensino . 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História das Escolas Rurais de Guaraniaçu. Guaraniaçu. 20 de novembro de 2009. Fonte Oral. Entrevista concedida a Tatiane Zanin. 97 LEGISLAÇÃO CONSULTADA BRASIL, Lei nº 6.887, de 21 de setembro de 1944. Dispõe sobre a organização da Justiça dos Territórios. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1. p. 17145, 04 de out. de 1944. BRASIL, Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 de jun. de 2007. BRASIL, Lei nº 9.424 de 1996, de 24 de dezembro. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério- FUNDEF. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1. p. 28442 26 de dez. de 1996. BRASIL, Lei nº 5.692 de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o Ensino de 1º e 2º Graus, e da Outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF. 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Autoriza o Poder Executivo a construir uma Casa Escolar, no local denominado Roncador – Distrito de Catanduvas do Sul. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 30 de nov. de 1954. GUARANIAÇU, Lei nº 71 de 03 de dezembro de 1956. Autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder um auxílio de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros), para a construção de uma casa escolar no lugar denominado Medeiro. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 03 de dez. de 1956. 98 GUARANIAÇU, Lei nº 74 de 03 de dezembro de 1956. Autoriza o Poder Executivo Municipal a construir uma Casa Escolar no local denominado Barreirinho, neste município. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 03 de dez. de 1956. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 85, de novembro de 1957. Autorização para dar nome ao Grupo Escolar da Sede. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu , 26 de nov. de 1957. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 28 de 16 de dezembro de 1963. Cria o cargo de Inspetor de Ensino Municipal neste Município. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 28 de dez. de 1963. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 11 de março de 1964. Fica o Poder Executivo autorizado a construir uma Casa Escolar, tipo Grupo na localidade denominada Bela Vista. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 11 de mar. de 1964. GUARANIAÇU, Lei nº 14, de 25 de março de 1965. Autoriza o Poder Executivo a comprar do Sr. Olivo Giuseppe Broetto, um casa de madeira serrada, localizada no lugar denominado Santa Maria, neste município, para funcionar uma escola municipal. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 25 de mar. de 1965. GUARANIAÇU, Lei nº 19-A, de 16 de dezembro de 1966. Autoriza o Poder Executivo a denominar as Escolas Municipais. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 16 de dez. de 1966. GUARANIAÇU, Lei 50 de 18 de dezembro de 1968. Autoriza o Poder Executivo a doar à Igreja do Alto Alegre, a Casa Escolar velha da localidade no mesmo nome. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 18 de dez. de 1968. GUARANIAÇU, Lei nº 04 de 25 de março de 1970. Autoriza o Poder Executivo a mandar construir uma escola no lugar denominado Novo Diamante. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 25 de mar. de 1970. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 20 de 28 de abril de 1972. Autoriza a mandar construir uma casa escolar, de uma sala de aula, tipo padrão de madeira, na localidade denominada C.V.C. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 20 de abr. de 1972. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 18 de 26 de fevereiro de 1973. Autoriza a mandar construir uma Casa Escolar tipo Padrão, com uma sala de aula e demais dependências, na localidade denominada Gleba 12, nas proximidades da Fazenda Ceará. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 26 de fev. de 1973. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 20 de 26 fevereiro de 1973. Autoriza a construção de uma unidade escolar com 4 (quatro) salas em alvenaria, no Distrito de Diamante do Sul. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 26 de fev. de 1973. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 22 de 26 de fevereiro de 1973. Reforma e ampliação do Grupo Escolar José Bonifácio, no distrito de Campo Bonito. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 26 de fev. de 1973. 99 GUARANIAÇU, Lei nº 66 de 30 de novembro de 1973. Dispõe sobre a construção de uma casa escolar e dá outras providências. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 30 de nov. de 1973. GUARANIAÇU, Lei nº 75 de 30 de novembro de 1973. Autoriza o Poder Executivo Municipal, a construir uma casa escolar tipo padrão em madeira. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 30 de nov. de 1973. GUARANIAÇU, Lei Municipal nº 34 de 15 de setembro de 1975. Autoriza a construção, em convênio com a Fundepar, uma casa escolar com 4 salas de aula, no Distrito do Bormann. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 15 de set. de 1975. GUARANIAÇU, Lei nº 33 de 12 de junho de 1979. Autoriza o Executivo Municipal, a efetuar a concessão de verba a casa Escolar e estabelece outras providências. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 12 de jun. de 1979. GUARANIAÇU, Lei nº 07, de 09 de janeiro 1984. Obriga a execução cantada do Hino Nacional Brasileiro, Hino à Bandeira, do Estado do Paraná, e Hino do Município nos Estabelecimentos de ensino de 1º Grau. Prefeitura Municipal de Guaraniaçu, 09 de jan. de 1984. PARANÁ, Lei Estadual nº 790 de 14 de novembro de 1951. Cria o município de Guaraniaçú. Disponível em: http://www.presidencia.gov.br/legislacao. Acesso em: 25/03/2010. PARANÁ, Lei Estadual n.º 4245, de 25 de julho de 1960. Cria no Quadro Territorial do Estado, os municípios que especifica. Publicado no Diário Oficial no. 119 de 28 de Julho de 1960. PARANÁ, Lei Estadual n.º 5494, de 31 de janeiro de 1967. Cria no município de Guaraniaçú, o Distrito Administrativo e Judiciário de DIAMANTE, com sede na localidade do mesmo nome. Publicado no Diário Oficial no. 275 de 1 de Fevereiro de 1967 . PARANÁ, Lei Estadual n.º 5752, de 01 de abril de 1968. Cria no município de Guaraniaçu, o Distrito Administrativo e Judiciário de Borman, com sede na localidade do mesmo nome e divisas que especifica. Publicado no Diário Oficial no. 28 de 2 de Abril de 1968 PARANÁ, Lei Estadual n.º 5747, de 18 de março de 1968. Cria o Distrito Administrativo e Judiciário de Guaporé, Município de Guaraniaçú, Comarca de Laranjeiras do Sul. Publicado no Diário Oficial no. 16 de 19 de Março de 1968. PARANÁ, Lei Estadual n.º 9316, de 11 de julho de 1990. Cria o Município de DIAMANTE DO SUL, desmembrado do Município de Guaraniaçu e divisas que especifica. Publicado no Diário Oficial no. 3305 de 12 de Julho de 1990. 100 PARANÁ, Lei Estadual nº 9117 de 14 de novembro de 1989. Dá nova redação ao dispositivo que especifica da Lei 8403, de 31/10/86. Publicado no Diário Oficial no. 3143 de 16 de Novembro de 1989 PARANÁ, Lei Estadual nº 8403, de 31 de Outubro de 1986. Cria o Município de Campo Bonito, com território desmembrado do Município de Guaraniaçu. Publicado no Diário Oficial no. 2395 de 03 de Novembro de 1986. PARANÁ, Decreto nº 2161 de 12 de dezembro de 1983. Extingue as Inspetorias Regionais de Ensino e Inspetoria Auxiliares de Ensino, criando em seu lugar, os Núcleos Regionais de Educação. Publicado no Diário Oficial: 12 de dez. de 1983. 101 ANEXOS 102 ANEXO I Leis Municipais Nº 37/54 41/54 49/55 66/56 71/56 72/56 73/56 74/56 85/57 90/57 20/63 28/63 11/64 TEXTO 1954 “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir uma casa escolar de madeira, no local denominado Roncador – Distrito de Catanduvas do Sul, neste município, podendo despender até o valor de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros)”. “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir 5 (cinco) Casas Escolares, de madeira, no localização a critério da Prefeitura, podendo despender até o valor de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros) em cada casa escolar”. 1955 “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir uma casa escolar de madeira, no local denominado Cajati – Distrito de Catanduvas do Sul, neste município, podendo despender até o valor de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros)”. 1956 “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a nomear quatro professores municipais, ficando assim aumentado desse número o quadro do professorado Municipal, para ampliação de Curso Primário, nesse município.” “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a conceder um auxílio de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros), para a construção de uma casa escolar no lugar denominado Medeiro, neste município.” “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir duas casas escolares, de madeira, nos locais denominados Faxinal de Sant’Ana e Cascudo, neste município”. “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir uma casa escolar, de madeira, no local denominado Herval, neste município, podendo despender até a importância de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros)”. “Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a construir uma casa escolar, de madeira, no local denominado Barreirinho, neste município, podendo despender até a importância de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros)”. 1957 “Fica o poder executivo autorizado a dar ao Grupo Escolar da Sede do município, o nome José Francisco da Rocha Pombo” “Fica o poder executivo autorizado a ampliar o quadro do professorado Municipal de mais dez (10) professores” 1963 “Fica o poder executivo autorizado a aumentar os vencimentos dos professores municipais, a partir de 1º de janeiro de 1964...” “Fica criado o cargo de Inspetor de Ensino Municipal neste município”. 1964 “Fica o poder executivo autorizado a construir uma casa escolar, tipo 103 Nº 10/64 A 06/65 14/65 19/65 40/65 42/65 43/65 06/66 19/66 A 21/66 23/66 40/66 42/66 48/66 09/67 11/67 12/67 TEXTO Grupo na localidade do Bela Vista” “Fica o poder executivo autorizado a construir duas (2) escolas municipais, sendo uma (1) na localidade denominada Santa Maria (Estrada Campo Bonito) e outra na localidade de Campo Bonito.” 1965 “Fica o poder executivo autorizado a construir (20) casas escolares de uma e duas salas nas localidade seguintes: Santa Maria – Rio das Antas- Piquiri do Diamante – Bormann – Bela Vista – Bonolino – 2 na Agrinco – Sertãoziinho – Santa Luzia – São Pedro – São Francisco – Bananas – Barra Bonita – Medeiros – Barbaquá – Catanduvinhas – Rio Paredão – Cascudo e Alto dos Alves.” “Fica o poder executivo autorizado a comprar do Sr. Olivo Giuseppe Broetto, um casa de madeira serrada, localizada no lugar denominado Santa Maria, neste município, para funcionar uma escola municipal, pelo preço de Cr$ 1.090.000 (Hum milhão e noventa mil cruzeiros)” “Fica o poder executivo autorizado a criar neste município, mais (8) oito cargos de Professores Municipais” “Fica o poder executivo autorizado a construir uma escola municipal, tipo padrão da Prefeitura, no lugar denominado São Roque do Piquiri” “Fica o poder executivo autorizado a construir uma escola no lugar denominado Sant’Ana em Campo Bonito” “Fica o poder executivo autorizado a construir duas (2) escolas, uma (1) no lugar determinado margem do São Francisco e uma no lugar determinado Rio Mimoso”. 1966 “Fica o poder executivo autorizado a construir uma escola que atenda o povoado do distrito de Campo Bonito” “Fica o poder Executivo autorizado a denominar as Escola Municipais, ficando inteiramente a seu critério a escolha dos nomes que as mesmas deverão tomar.” “Fica criado mais 10 (dez) vagas para professores municipais” “Fica o poder executivo autorizado a construir uma Escola na Fazenda Pio XII na Gleba nº12.” “Fica o poder executivo autorizado a mandar construir uma Escola no lugar denominado Linha dos Amaros, perto do Tourinho.” “Fica o poder executivo autorizado a construir uma Escola no Rio Medeiros.” “Fica o poder executivo autorizado a construir uma Escola no lugar denominado Barra do Rio Peroba com o Rio Isolina.” 1967 “Fica o poder executivo autorizado a mandar construir no lugar denominado Sertãozinho, um Grupo Escolar com duas salas, com as quatro paredes externas de alvenaria.” “Fica o poder executivo autorizado a mandar construir duas (2) Escolas Municipais, do Padrão atualmente adotado, uma na localidade de alto do São Pedro, digo, Francisco no início da estrada recentemente construída e uma (1) no prolongamento da mesma estrada.” “Fica o poder executivo autorizado a mandar construir uma Escola com uma sala de aula no lugar denominado Piresopolis.” 104 Nº 13/67 18/67 27/67 37/67 46/67 10/68 11/68 12/68 13/68 15/68 17/68 19/68 24/68 33/68 39/68 43/68 45/68 50/68 TEXTO “Fica o poder executivo autorizado a mandar construir uma Escola com duas salas no lugar denominado Agrinco de madeira.”. “Fica o poder executivo autorizado a mandar construir uma Escola no lugar denominado Varjão Bonito, que faz cabeceira com o Rio Lageado e com o Rio Tourinho.” “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir mais duas (2) salas de aula de alvenaria anexas ao Grupo escolar de Campo Bonito”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa de aula de (2) duas salas de madeira, como aproveitamento da escola já existente, na localidade denominada Herval do Diamante”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa de Escola de uma sala de aula na localidade denominada União da Serra (linha Ferreira)”. 1968 “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Escola de uma (1) sala de aula de madeira na localidade denominada Cabeceira do Rio Chopim”. “Fica o Poder Executivo autorizado a adquirir a título de compra um Parque Infantil, para ser instalado na localidade de Campo Bonito.” “Fica o Poder Executivo autorizado a aumentar o número de professores municipais , contratados, na seguinte proporção: 10 vagas para o padrão “A”, 10 vagas para o padrão “B” e 10 vagas para o padrão “C”.” “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa de Escola de uma sala de aula denominada Estrada de S. Luzia, a altura do quilometro 8 da BR 277”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar na localidade denominada Rio Barulhento, na gleba 17”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa de madeira destinada a um colégio, na localidade de Campo Bonito”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar na localidade denominada São Francisco à altura da Barra do Arroio Pinhal”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar na localidade denominada Cabeceira do Aleluia”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar na localidade da Encruzilhada BR 277 – Estrada do Bandeira, em terreno a ser doado pelo Sr. José Luciano.”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar no Quilometro 18 da Estrada Velha Santa Luzia”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar no local denominado Alto dos Alves, perto da residência de Jesus Americano”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Escola no lugar denominado estrada do Guilhermino, que liga o São Roque do Piquiri, à margem esquerda do Rio Bandeira e uma ponte no mesmo Rio, no denominado vão do Guilhermino.” “Fica o Poder Executivo autorizado a doar à Igreja do Alto Alegre a Casa Escolar velha da localidade no mesmo nome.” 105 Nº 54/68 57/68 58/68 63/68 65/68 40/69 50/69 55/69 04/70 05/70 07/70 A 20/70 A 25/70 06/72 19/72 TEXTO “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar de uma sala de aula, em madeira, na localidade de Bela Vista”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar de uma sala de aula, em madeira, na localidade de Linha dos Fabrícios”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar de uma sala de aula, na localidade de Gleba 12, Fazenda S. Terezinha”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma Casa Escolar de uma sala de aula, na localidade denominada Linha Barranoski”. “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma emenda no Grupo Escolar do Mato Queimado, destinada a merenda escolar. A referida emenda será de 5 x 8 metros e sua construção em madeira. 1969 “Fica o Poder Executivo a mandar reconstruir a escola do Sant’Ana do Bormann. “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a criar mais 10 (dez) vagas para professores primários municipais, sendo 3 vagas padrão “A”; 3 vagas do padrão “B” e 4 vagas do padrão “C”, fica ainda autorizado a criar 10 vagas para zeladores dos Grupos Escolares, com vencimentos equiparados ao cardo de professor padrão “C”.” “Fica o Chefe do Executivo Municipal autorizado a efetuar a construção, ampliação, de mais duas salas de aula, bem como sala para merenda escolar e diretoria, no grupo escolar do distrito do Campo Bonito.” 1970 “Fica o Poder Executivo autorizado a mandar construir uma escola no lugar denominado Novo Diamante, tipo padrão, sobre o terreno doado pelo Senhor Reinaldo de Paula Fagundes.” “Autoriza o Chefe do Executivo Municipal a efetuar a construção de uma escola isolada no local denominado Gleba 4.” “Fica o Exmo. Senhor Prefeito Municipal autorizado a efetuar a construção de uma sala de aula, em madeira, no local denominado Rio Pinhal, do Distrito Judiciário de Guaporé.” “Fica o Chefe do Executivo Municipal autorizado a construir uma casa escolar padrão municipal, na localidade denominada da Linha Marcondes – Agrinco.” “Fica o Prefeito Municipal de Guaraniaçu, autorizado a construir as seguintes unidades escolares, nos seguintes distritos, observando a ordem de construção de escolas anteriormente autorizadas.” Guaporé: 4 salas. Diamante: 3 salas. Bela Vista: 3 salas. 1972 “Fica o Chefe do Executivo Municipal autorizado a mandar construir uma casa escolar padrão no município, com uma sala de aula, na localidade denominada de Vista Alegre, próxima a localidade do Peroba. “Fica o Chefe do Executivo Municipal autorizado a mandar construir uma escola de uma sala de aula na localidade denominada de Jaboticabal, na Linha Fagundes, Distrito de Diamante.” 106 Nº 20/72 24/72 32/72 40/72 18/73 20/73 22/73 29/73 30/73 37/73 38/73 46/73 53/73 66/73 73/73 TEXTO “Fica o Chefe do Executivo Municipal, autorizado a mandar construir, uma casa escolar de uma sala de aula tipo padrão de madeira, na localidade denominada de C.V.C.” “Fica o Chefe do Executivo Municipal, autorizado a fazer reforma e reconstrução da Escola Municipal, denominada São Domingos Savio, na Barra Bonita, linha Chagas.” “Fica o Chefe do Executivo autorizado a mandar construir duas salas de aula de madeira, tipo padrão, sendo uma na localidade de Barra Bonita, no Sítio Cruzeiro Barbosa, e outra na localidade denominada Fazenda Vista Alegre no Pinhalito.” “Fica o Chefe do Executivo autorizado a mandar construir uma casa escolar, padrão do município, na localidade de garganta do São Francisco, na estrada quel8iga a sede do município com a localidade de Santa Luzia.” 1973 “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar tipo Padrão, com uma sala de aula e demais dependências, na localidade denominada Gleba 12, nas proximidades da Fazenda Ceará.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma unidade escolar, no Distrito de Diamante com 4 (quatro) salas em alvenaria.” “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a mandar construir 2 (duas) salas de aula em alvenaria, ligas ao Grupo Escolar José Bonifácio no Distrito de Campo Bonito.” “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a mandar construir uma unidade escolar na localidade denominada Rio Cascudo, próximo a residência do Sr. Alcebíades Gomes na estrada que vai para Pinhalito, ambas do tipo Padrão e de uma sala.” “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a mandar construir uma escola de uma sala de aula no Distrito do Bormann.” “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a mandar construir uma escola de uma sala de aula tipo padrão na localidade denominada Alto Barbaquá.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma escola de uma sala de aula na localidade denominada Fazenda Nossa Senhora de Lurdes, de propriedade do Sr. Paulo Pinto.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma escola municipal com uma sala de aula no modelo oficial adotado por esta municipalidade, na localidade denominada Fazenda Piovesan, distrito Guaporé.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala de do tipo padrão, na localidade denominada Linha 100, em terras do Senhor Germano Carniel.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala do tipo Padrão, na Linha Cavichiolli.”... Fica ainda o executivo municipal, autorizado a vender a escola velha localizada no Bizinella.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala, na localidade denominada 107 Nº 74/73 75/73 06/74 20/74 26/74 31/74 33/74 34/74 37/74 06/75 10/75 20/75 34/75 TEXTO “Fazenda Cananéia” na Gleba nº 12, de tipo Padrão adotado por esta Prefeitura.” “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar tipo Padrão de uma sala de aula, na Localidade denominada Arroio Alegre no Pinhalito, Distrito de Diamante. “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar em madeira, na localidade denominada Linha Campo Bonito à Ibema, próximo a propriedade do Sr. Miguel Biela em terras do Sr. Ilmo Pasqualotto. 1974 “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala, do tipo padrão adotado por esta Prefeitura, na localidade denominada “Linha Lejanoski, próximo a residência do Sr. Valdomiro Lejanoski” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir duas casas escolar de uma sala cada uma, o tipo padrão adotado por esta Prefeitura, nas localidades denominadas: Rio Lençol – Bandeira – Fazendo Cassol.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir umas casa escolar de uma sala, na localidade de Santa Luzia nas proximidades da casa do Sr. Nelson Knapp.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala, tipo padrão, na localidade denominada “Alto Rio Bonito, entre Euclides Chaves e Pinhalito.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma sala escolar anexa ao grupo escolar de Guaporé.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de 5 X 10 metros, na localidade denominada “Barra Bonita, estrada que liga Sertãozinho à Guaporé à altura da residência do Sr. Geraldo Gomes.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma sala de aula do tipo padrão localizada no lugar chamado de Divisor do Santana, nas proximidades da propriedade do Sr. Passarino” 1975 “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala do tipo padrão adotado por esta Prefeitura, na localidade de “São Francisco, próximo a Madeireira Jurite.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala do adotado pela Prefeitura, na localidade de “Medeiros, próximo a residência de Francisco Bertolim, e que será denominada Escola Parigot de Souza.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir duas casas escolares de uma sala cada uma, do tipo padrão do adotado por esta Prefeitura, nas localidades denominadas: Rio Lençol e Bandeira – Fazenda Cassol”. “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a construir em convênio com a Fundepar, uma casa escolar com 4 salas de aula, no Distrito e Bormann.” 108 Nº 35/75 38/75 39/75 07/76 08/76 07/77 05/79 07/79 33/79 08/80 TEXTO “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala do adotado por esta Prefeitura, na Linha denominada Clemente Deina, situada entre a residência do Tadeu Balcevicz, passando por Estanislau Stempeniak até atingir a estrada do Diamante.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala do adotado por esta municipalidade, na localidade de Alto das Palmeiras “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala do adotado por esta municipalidade, na localidade denominada Loteamento Jardim Real, anexo ao quadro urbano.” 1976 “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma escola de uma sala de aula no modelo adotado por esta Prefeitura, na localidade de Poço Redondo no terreno de Raimundo Zyger e Tomaz Niervinski.” “Fica o Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir uma casa escolar de uma sala de aula no modelo adotado por esta Prefeitura, na localidade de Alto Santa Luzia, em terreno do Sr. Augusto Preste.” 1977 “Fica o Poder Executivo Municipal, autorizado a proceder a mudança de uma cassa escolar da localidade de Flor da Serra, para a estrada do Guaporé entre o Mimoso e o asfalto.” 1979 “Fica o Poder Executivo Municipal, autorizado a efetuar o aumento do vencimento dos professores municipais, dentro da seguinte classificação: professores sem curso de Formação regular ou leigos e professores com curso de formação regular ou normalistas”. “Fica fixado a distância de uma casa escolar à outra no interior do município de Guaraniaçu, Paraná, com uma distância de 3.000 (três mil) metros uma da outra.” “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal , autorizado a conceder uma verba, até o limite de Cr$ 6.400,00 (Seis mil e quatrocentos cruzeiros) à casa escolar.” 1980 “Cria escolas isoladas, dentro as respectivas denominações, em diversas lugares e dá outras providências: Francisco Manoel da Silva – Mato Queimado; Ermelino de Leão – Pinhalito; Santa Genoveva – Água do cabrito; Carlos Sbaraini – Serraria Sbaraini; General Osorio – alto Boa Vista; Santa Rosa do Viterbo – Fazenda Pinhal; Robert Hook – Mineiros/Barulhento; Emiliano Perneta – Boa Sorte; Santo Estevão – Campo Alto; Dom casmurro – Linha Marquetti; Tiradentes – Alto Alegre; 109 Nº 15/80 35/80 44/80 45/80 62/80 20/81 02/82 07/82 18/82 TEXTO Ma. Floriano Peixoto – Belarmino; São Jorge – Bormann; Cel. Adalberto M. da Silva – 6ª Secção; Anita Garibaldi – Pinhalito; Arnaldo F. Bisato – Alto Medeiros; Petronio Portela – Fazenda Pinhal; Carriel – Diamante; Olavo Ferreira da Silva – Bela Vista; William James – João Pereira/Agrinco.” “Ficam criadas as escolas aqui relacionadas, em virtude das mesmas não possuírem Leis específicas, nos seguintes locais: Jorge Mateus de Lima (Rocinha); Eurico Gaspar Dutra (Santa Rosa); São Tomaz de Aquino (Fazenda Alves – Campo Bonito); Joaquim Nabuco (Fax. São João); Dom Bosco (Linha Albuquerque); Sóror Joana Angelica (São Luiz); Otávio Cordeiro (Minas – Bormann); S. Pedro I (Linha Maricas); Santos Dumont (Linha Americado – Campo Bonito); São Benedito (Alto Polaco); São Judas Tadeu (Fax. Sapo João); São João Batista (São Luiz); Monteiro Lobato (Planaltina); Pe. Manoel da Nóbrega (Ponte Velha); Sagrada Família (Fax. São João); “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal , autorizado a depender até a quantia de Cr$ 4.480,00 (Quatro mil e quatrocentos e oitenta cruzeiros) para aquisição de materiais destinados à reforma de Escola Municipais.” “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a reconstruir a Escola Municipal Santa Paula, da localidade de União da Boa Vista, Distrito de Campo Bonito, neste município.” “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a mandar construir duas Casas Escolares, cada uma com duas salas de aulas, no modelo oficial adotado por esta Municipalidade, nas localidades de Alto Alegre e Pinhalito, neste município.” “Fica denominada de Santa Rosa a Escola Municipal da Localidade de Sítio das Paulistas, em Faxinal São João, neste município de Guaraniaçu.” 1981 “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a filiar o município de Guaraniaçu, na Associação Educacional do Oeste do Paraná – ASSOESTE, entidade sem fins lucrativos, de caráter técnicoeducacional-assistencial.” 1982 “Fica denominado de Antonio Stempnhak, o Grupo Escolar, a ser construído no loteamento Vila Nova” Dá nome as escolas municipais e outras providências: Bianca Stolcis – Vola Cazella; Silvio A Toledo – Alto Medeiros; Maximiliano Kolbe – Fazenda são Pedro; soror Joana Angelica – São Luiz Santa Rosa – Faxinal de São João; Duque de Caxias - Erval; “Fica atribuído nome a cada uma das escolas abaixo relacionadas: Bianca Stólcis (Vila Cazella); Silvio Alves de Toledo (Alto Medeiros); 110 Nº 31/83 06/84 07/84 10/86 15/86 26/86 18/87 19/87 20/87 21/87 29/87 TEXTO Maximiliano Kolbe (Fazenda São Pedro); Sóror Joana Angélica (São Luiz); Santa Rosa (Faxinal São João); Duque de Caxias (Erval).” 1983 Art. 1º - “Fica atribuído o nome de Agostinho Weirich, a escola localizada na Fazenda Mafrense, na localidade de Barra Bom Jesus, neste município”. Art. 2º - “Fica substituído o nome da escola Sílvio Alves de Toledo, para Joaquim Gasparini, para a escola da localidade denominada Alto Medeiros”. 1984 “Fica o chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a depender até a quantia de Cr$ 2.850.000,00 (dois milhões, oitocentos e cinqüenta mil cruzeiros para a construção em alvenaria, da Escola Santo Isidoro, na localidade de Flor da Serra, neste município”. “É obrigatória, a partir da data de vigência desta Lei nos Estabelecimentos de 1º Grau, a execução cantada do Hino Nacional Brasileiro, Hino à Bandeira, do Estado do Paraná, e Hino ao Município.” 1986 “Ficam atribuídos os seguintes nomes às Escolas Municipais: a)Tancredo Neves – Escola localizada no Alto Pinhal; b)Paulino Alves – Escola localizada no Boa Sorte; c)São Brás – Escola localizada no Garganta.” “Fica o Chefe do Poder Executivo municipal autorizado a conceder aumento salarial aos professores municipais, leigos e normalistas, que ministram aulas em dois turnos (...) .” Art. 1º - “Ficam criadas as seguintes escolas rurais municipais: a)Escola Rural Municipal Paulino Alves, na localidade de Rio Tatu, Boa Sorte. b)Escola Rural Municipal São Brás, na localidade de Garganta. c)Escola Rural Municipal Tancredo Neves, na localidade de Alto Pinhal. Art. 2º - Ficam ainda, criadas e denominadas as seguintes escolas: Escola Rural Municipal Santa Luzia, na localidade de Izolina. Escola Rural Municipal Cecília Meirelles, na localidade de Pinhalito. Art. 3º - Ficam mudados os nomes das seguintes escola rurais municipais: a) De Escola Rural Municipal Luiz Pasteur II, ma localidade de Rio Medeiros para “Escola Rural Municipal Professora Lurdes Artuzzi.” 1987 “Fica mudado o nome da Escola Rural Municipal Duque de Caxias, da localidade do Erval, neste município, para a escola Rural Municipal Angélica Machado dos Santos.” “Fica mudado o nome da Escola Rural Municipal Nossa Senhora do Rosario, da localidade do São Pedro, para a escola Rural Municipal Pedro Zanin.” “Fica atribuído o nome de Jaime Antonio Tonet, à Escola Rural Municipal da localidade de Rio das Antas, neste município.” “Fica atribuído o nome de Nossa Senhora de Fátima à Escola Rural Municipal da localidade de Santa Luzia, neste município.” “Fica atribuído o nome de José Ziemba, à Escola Rural Municipal da 111 Nº 18/88 31/88 16/89 17/89 18/89 37/89 28/91 17/93 30/93 39/93 47/96 TEXTO localidade de Alto Piquiri, neste município.” 1988 “Fica mudado o nome da Escola Rural Municipal Jorge Mateus de Lima, da localidade de Rocinha, neste município, para Escola Rural Municipal Osmindo Nunes de Oliveira.” “Altera o Art. 55 da Lei Municipal nº 29/86 – estabelecendo vencimentos segundo a habilitação para os professores de 1ª a 4ª série, para jornada de trabalho de 20 (vinte) horas.” 1989 “Fica declarada de utilidade pública a Creche Bom Pastor do distrito de Guaporé, do município de Guaraniaçu, PR, com sede naquele município.” “Fica declarada de utilidade pública a Creche Raio de Sol, do município de Guaraniaçu, com sede neste município.” “Fica declarada de utilidade pública a Creche denominada Cohapar, do município de Guaraniaçu, com sede no Conjunto Habitacional BNH, em Guaraniaçu.” “Fica alterado o nome da Escola Rural Municipal Visconde Taunay da localidade de Rio cascudo, para: Professora Maria Terezinha dos Santos.” 1991 Fica atribuído o nome a Creche Municipal, situada à Rua Antonio Carlos Gomes no Centro da cidade de Fernanda Salvador.” 1993 “Fica alterado o nome da Escola Municipal Raul Gomes, da sede do município, para “Professor Joaquim Modesto da Rosa”.” “Ficam extintas as seguintes escolas construídas no interior do município e que encontram-se desativadas: (D. Pedro Fernandes Sardinha(1981); Getúlio Vargas (1989); Santa Maria (1982); José de Alencar (1982); Calos Gomes (1982); Pedro Álvares Cabral (1982); Santa Rita (1990); Maria Montessori (1990); Bento Munhoz da Rocha (1982); Otávio Cordeiro (1992); São João Batista (1988); Olavo Ferreira da Silva (1991); Santa Genoveva (1986); Agostinho Weirich (1985); Dom Casmurro (Campo bonito/1981); Padre Loys (Campo Bonito/1981); Carlos Sbaraine (Campo Bonito/1982); Luiz Vaz de Camões (Campo Bonito/1980); ” “Fica a critério do Chefe do Poder Executivo municipal, a opção de ministrar os cursos de capacitação em Guaraniaçu, ou mandar os docentes da APAE, para os cursos onde sejam ministrados.” 1996 Art. 1º - “Ficam extintas as seguintes Escolas construídas no interior do Município e que encontram-se desativadas em razão da Nuclearização do Ensino. Anízio Teixeira (Faxinal São João/1994; Coelho Neto (Peroba/1994); Cel. Adalberto Mendes da Silva (6ª Secção/1994); D. João VI (Linha Ceccato/1994); Decroly (Sítio São Paulo/1994); joaquim Nabuco (São João/1994); Julia Lopes de Almeida (Faxinal Santana/1994); Osmindo Nunes de Oliveira (Rocinha/1994); Pe. Antonio Vieira (Alto São roque/1994); Pe. Manoel da Nóbrega (Ponte Velha/1994); Pedro Zanin (Alto São Pedro/1994); São Benedito(Alto Polaco/1994); São Miguel (C.V.C./1994); Sagrada Família (Faxinal São 112 Nº 77/98 79/98 146/00 04/01 53/01 181/03 Nº 32/92 33/92 127/97 TEXTO João/1994); Santo Onofre (Alto Santa Luzia/1994); D. Pedro de Alcântara (Serraria Piovesan/1995); Erico Veríssimo (Santa Rosa/1995); Frei Sérgio Stólcis (Boa Sorte/1995); Nossa Senhora Aparecida (Mato Queimado/1995); Olavo Bilac (Rio Barreiro/1995); D. Bosco (Linha Cruz/1996); Eudóxio Badotti (São Francisco/1996); Fernando de Azevedo (Rio Barulhento/1996); Imaculada Conceição (União da Serra/1996); Machado de Assis (Barbaquá/1996); Nossa Senhora de Lourdes (São Francisco/1996); Platão (Mato Queimado/1996); Pitágoras (Alto Medeiros/1996); São Francisco (Três Águas/1996); Santa Terezinha (São Francisco/1996); Tomé de Souza (Rio Bandeira/1996).” Art. 2º - “Ficam igualmente extintas as atividades escolares das seguintes Escolas que cessaram suas atividades por falta de clientela escolar: Maximiliano Kolbe (Fazenda São Pedro/1983); Zulmira de Araújo (São Luiz/1992); Robert Hook (linha Medeiros/1993).” 1998 “Dispõe sobre o Plano de Carreira e de Remuneração do Magistério” “Altera o art. 16 da Lei 77/98, dispondo sobre a carga horária da jornada de trabalho do professor municipal”. 2000 “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a alterar o nome da Escola Municipal Jânio Quadros, a qual passará a denominar-se Escola Municipal “Aracy Marques Linares”. 2001 “Dispõe sobre o Regime de Jornada de Trabalho diferenciada para professores e auxiliares de ensino, estabelecendo a Hora Atividade. “Dispõe sobre normas, segurança e qualidade no transporte escolar do Município de Guaraniaçu e dá outras providências” 2003 “Ficam criados para efeito de regularização, os seguintes Centros de Educação Infantil: Centro de Educação Infantil Bom Pastor (início de atividade 1986), Centro de Educação Infantil Cohapar (início de atividade 1987), Centro de Educação Infantil Sonho Real (início de atividade 1999)” DECRETOS MUNICIPAIS TEXTO “Fica criada a seguinte unidade Escolar denominadas de: Escola Municipal Professor Raul Gomes – Ensino de 1º Grau –Rua José Humberto Fernandes - Guaraniaçu-Pr”. “Fica criada a seguinte unidade Escolar denominadas de: Escola Municipal Jorge Pio – Ensino de 1º Grau – Núcleo Habitacional do BNH”. Desativar o funcionamento das Escolas Rurais Municipais, abaixo, a partir de 1997. Escola Rural Municipal Aristóteles – Faxinal são João; Escola Rural Municipal Emiliano Perneta – Boa Sorte; Escola Rural Municipal Gonçalves Dias – Boa Sorte; Escola Rural Municipal José de Anchieta – Rio Barreiro; Escola Rural Municipal Joaquim Gasparini – Alto Medeiros; Escola Rural Municipal Dona Maria Leopoldina – Nova Brasília; Escola Rural Municipal Nossa Senhora do Rocio – Paredão; 113 Nº 111/98 147/98 09/99 40/99 444/07 445/07 TEXTO Escola Rural Municipal General Osório – Alto Bela Vista; Escola Rural Municipal Barão do Rio Branco – Alto Fivela; Escola Rural Municipal Rui Barbosa – São João; Escola Rural Municipal São Brás – Garganta; Escola Rural Municipal São Jorge – Bela Vista; Escola Rural Municipal São Cristóvão – Vista Alegre; Escola Rural Municipal Santo Isidoro – Flor da Serra; Escola Rural Municipal Santa Catarina- São Pedro; Escola Rural Municipal Santa Luzia – Izolina; Escola Rural Municipal Almirante Tamandaré – Gleba IV. Desativar o funcionamento das Escolas Municipais abaixo relacionadas, a partir do ano letivo de 1998; Escola Rural Municipal Mal. Humberto de Alencar Castelo Branco – Catanduvinhas; Escola Rural Municipal Ivan do Amaral – Rio Medeiros; Escola Rural Municipal José do Patrocínio – Barra Bom Jesus; Escola Rural Municipal Luiz Gama – Barra Bonita; Escola Rural Municipal Profª Lurdes Artuzzi – Rio Medeiros; Escola Rural Municipal Profª Maria T. dos santos – Rio Cascudo; Escola Rural Municipal Nossa Senhora de Fátima – Santa Luzia; Escola Rural Municipal Paulino Alves – Rio Paulino Escola Rural Municipal Pedro Viriato Parigot de Souza – Medeiros; Escola Rural Municipal Roger Cousinet – São Francisco; Escola Rural Municipal Santa Rosa – Faxinal são João; Escola Rural Municipal São Francisco de Assis – Fazenda Slaviero; Escola Rural Municipal Tiradentes – Alto Alegre; Escola Rural Municipal Joana D”Arc – Santa Bárbara.” “Desativar o funcionamento das Escolas Municipais abaixo relacionadas, a partir do ano letivo de 1998: Escola Rural Municipal Maurílio Wagner – Linha Laranjal; Escola Rural Municipal São Lucas – Bairro São José.” 1999 Desativa o funcionamento das Escolas municipais abaixo relacionadas, a partir do ano letivo de 1999. Escola Rural Municipal Augustinho Cardoso dos Santos – Alto Santa Luzia; Escola Rural Municipal Marechal Floriano Peixoto – Belarmino; Escola Rural Municipal Tancredo Neves – Alto Pinhal; Escola Rural Municipal santa Maria Goretti – Santa Luzia.” Reativa o funcionamento da Escola Municipal Augustinho Cardoso dos Santos, da localidade do Alto Santa Luzia, a partir do ano letivo de 1999. ATO ADMINISTRATIVO MUNICIPAL Cessar a pedido, temporariamente, as atividades escolares da Escola Rural Municipal Monteiro Lobato... o período de vigência de sustação das atividades escolares será de 02 (dois) anos, a partir do início do ano letivo de 2007. Cessar a pedido, temporariamente, as atividades escolares da Escola Rural Municipal Eurico Gaspar Dutra... o período de vigência de sustação das atividades escolares será de 02 (dois) anos, a partir do início do ano letivo de 2007. 114 Nº 446/07 TEXTO Cessar a pedido, temporariamente, as atividades escolares da Escola Rural Municipal Sant a Clara... o período de vigência de sustação das atividades escolares será de 02 (dois) anos, a partir do início do ano letivo de 2007. 115 ANEXO II Resoluções Estaduais Nº TEXTO DA RESOLUÇÃO 3.876/82 Autorização para funcionamento para as escolas pelo prazo de 5 anos, com efeito retroativo ao ano de 1980, para ministrar o ensino correspondente as 4 primeiras séries do 1º grau: Escola Rural Almirante Tamandaré; Anita Garibaldi; Anízio Teixeira; Aristóteles; Artur Azevedo; Benjamim Constant; Bom Jesus; Casemiro de Abreu; Castro Alves; Coração de Jesus; Coronel Abalberto Mendes da Silva; Decroly; D. Bosco; D. João VI; D. Pedro de Alcântara; D. Pedro I; Duque de Caxias; Emiliano Perneta; Ermelino de Leão; Eudoxio Badotti; Evaristo Veiga; Fernando de Azevedo; Francisco Manoel da Silva; Frei Sérgio Stólcis; Getúlio Vargas; General Osório; Golçalves Dias; Guerino Beledelli; Imaculada Conceição; Ivan do Amaral; João XXIII; Joana D’Arc; Joaquim Costa; Joaquim Nabuco; John Dewey; Jhon Kennedy; Jorge Mateus de Lima; José H. Fernandes; José do Patrocínio; Julia Lopes de Almeida; Juscelino Kubitschek; Luís Pasteur I; Luís Pasteur II; Machado de Assis; Marechal Floriano Peixoto; Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco; Maria Montenegro; Maria Montessori; Monteiro Lobato; Nossa Senhora Aparecida; Nossa Senhora de Lourdes; Nossa Senhora do Rocio; Nossa Senhora do Rosário; Olavo Bilac; Olavo Ferreira da Silva; Osvaldo Cruz; Dona Maria Leopoldina; Otávio Cordeiro; Padre Antonio Vieira; Padre Diogo Antonio Feijó; Padre José de Anchieta; Padre Manoel da Nóbrega; Pedro Álvares Cabral; Pedro Viriato Parigot de Souza; Pitágoras; Platão; Presidente Eurico Gaspar Dutra; Princesa Isabel; Roberto Hook; Roger Cousinet; Rui Barbosa; Sagrada Família; Santa Catarina; Santa Maria Goreti; Santa Paula; Santa Rita; Santa Rosa; Santa Rosa do Vieterbo; Santa Terezinha; Santo Antonio; Santo Isidoro; Santo Onofre; São Benedito; São Camilo de Lellie; São Cristóvão; São Domingos Sávio; São Francisco; São Francisco de Assis; São João Batista; São Jorge; São Judas Tadeu; São Lucas; São Miguel; São Paulo; São Roque; São Tarciso; sóror Joana Angélica; Tiradentes; Tomé de Souza; Vinicius de Moraes; Visconde de Taunay; Willian James; Zacarias Carriel; Art. 2º - Fica declarado regular o funcionamento das Escolas abaixo relacionadas, nos anos especificados, atualmente desativadas: Escola Rural Bento Munhoz da Rocha Neto (1980 – 1981); Escola Rural Carlos Gomes (1980 - 1981); Escola Rural Carlos Sbaraine (1980 – 1981); Escola Rural Coelho Neto (1980 – 1981); Escola Rural Dom Casmuro (1980); Escola Rural Dom Pero Fernandes Sardinha (1980); Escola Rural José de Alencar (1980 – 1981); Escola Rural Luiz Gama (1980 – 1981); Escola Rural Luiz Vaz de Camões (1980 – 1981); Escola Rural Padre Aloys (1980); Escola Rural Petrônio Portela (1980); Escola Rural Ronald Carvalho (1980 – 1981); Escola Rural Santa Genoveva (1980 – 1981); Escola Rural Santa Maria (1980 – 1981); Escola Rural Santo Estevão (1980); Escola Rural Santos Dumont 116 470/85 844/87 845/87 4.471/92 4.473/92 4.477/92 4.478/92 4.760/93 679/94 (1980 – 1981); Escola Rural São João De La Salle (1980 – 1981); Escola Rural São Tomás de Aquino (1980 – 1981). “Fica criada e autorizada a funcionar, a Escola Estadual Jorge Pio – ensino de 1º Grau, com sede no Núcleo Habitacional do BNH, município de Guaraniaçu.” Ficam suspensas a partir do ano letivo de 1982, em caráter temporário, as atividades escolares relativas ao ensino das quatro (4) primeiras séries do 1º grau, da Escola Rural Municipal João XXIII. Ficam suspensas a partir do ano letivo de 1985, em caráter temporário, as atividades escolares relativas ao ensino das quatro (4) primeiras séries do 1º grau, das escolas...: Escola Rural Municipal Juscelino Kubitschek; Escola Rural Municipal Agostinho Weirich. “Ficam suspensas a partir do início do corrente ano letivo, em caráter definitivo, as atividades escolares relativas ao ensino das quatro (04) primeiras séries do 1º Grau da Escolas Estadual D. Pedro II – Ensino de 1º Graus, do município de Guaraniaçu, mantida pelo Governo do Estado do Paraná.” “Fica autorizada a funcionar nos termos da legislação vigente a Escola Municipal Manoel Ribeiro Magalhães – ensino de 1º Grau, na localidade de Linha Amaricos, Distrito de Bormann, Município de Guaraniaçu, mantida pela Prefeitura Municipal.” “Fica autorizada a funcionar nos termos da legislação vigente a Escola Municipal Professor Raul Gomes – Ensino de 1º Grau, à Rua José Humberto Fernandes, sede no Município de Guaraniaçu, mantida pela Prefeitura Municipal.” Art. 1º - As Escolas Estaduais abaixo relacionadas, do município de Guaraniaçu, mantidas pelo Governo do Estado do Paraná, passam a ter como entidade Mantenedora a Prefeitura Municipal: − Escola Estadual Jean Piaget – Ensino de 1º Grau, − Escola Estadual Jorge Pio - Ensino de 1º Grau. Art. 2º – em decorrência do disposto no artigo anterior, os estabelecimentos em tela passam a denominar-se respectivamente: − Escola Municipal Jean Piaget – Ensino de 1º Grau, − Escola Municipal Jorge Pio - Ensino de 1º Grau. “A escola Municipal Raul Gomes – ensino de 1º Grau, do Município de Guaraniaçu, mantida pela Prefeitura Municipal, passa a denominar-se Escola Municipal Professor Joaquim Modesto da Rosa – ensino de 1º Grau.” Ficam suspensas a partir das datas abaixo especificadas, em caráter definitivo, as atividades escolares relativas ao ensino das quatro (4) primeiras séries do 1º grau, das Escolas Rurais Municipais: Escola Rural Municipal Agostinho Weirich (a partir de 1985); Escola Rural Municipal Bento Munhoz da Rocha (a partir de 1982); Escola Rural Municipal Carlos Gomes (a partir de 1982); Escola Rural Municipal Carlos Sbaraine (a partir de 1982); Escola Rural Municipal Dom Casmurro (a partir de 1981); Escola Rural Municipal Dom Fernandes Sardinha (a partir de 1981); Escola Rural Municipal Getúlio Vargas (a partir de 1989); Escola Rural Municipal José de Alencar (a partir de 1982); Escola Rural Municipal Maria Montessori (a partir de 1991); 117 2.348/97 2.350/97 2.349/97 2.430/97 Escola Rural Municipal Olavo Ferreira da Silva (a partir de 1991); Escola Rural Municipal Otávio Cordeiro (a partir de 1992); Escola Rural Municipal Pedro Álvares Cabral (a partir de 1982); Escola Rural Municipal Padre Loys (a partir de 1985); Escola Rural Municipal Santa Genoveva (a partir de 1986); Escola Rural Municipal Santa Maria (a partir de 1982); Escola Rural Municipal Santa Rita (a partir de 1990); Escola Rural Municipal São João Batista (a partir de 1988); Conceder a Cessação voluntária e definitiva das atividades escolares relativas ao ensino de 1ª a 4ª série do 1º Grau, da Escola Rural Municipal Érico Veríssimo, a partir de 1995. Conceder a Cessação voluntária e definitiva das atividades escolares relativas ao ensino de 1ª a 4ª série do 1º Grau, da Escola Rural Municipal Zulmira Araújo, a partir de 1993. Conceder a Cessação voluntária e definitiva das atividades escolares relativas ao ensino de 1ª a 4ª série do 1º Grau, da Escola Rural Municipal Maximiliano Kolbe, a partir de 1993. Conceder a Cessação voluntária e definitiva das atividades escolares relativas ao ensino de 1ª a 4ª série do 1º Grau, das escolas abaixo relacionadas: Escola Rural Municipal Cel. Adalberto M. da Silva, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Decroly, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Joaquim Nabuco, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Júlia Lopes de Almeida, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Osmindo Nunes de Oliveira. a partir de 1994; Escola Rural Municipal Pe. Antonio Vieira, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Manoel de Nóbrega, a partir de 1994; Escola Rural Municipal São Benedito, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Santo Onofre, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Robert Hook, a partir de 1994; Escola Rural Municipal Anísio Teixeira, a partir de 1995; Escola Rural Municipal Coelho Neto, a partir de 1995; Escola Rural Municipal D. João VI, a partir de 1995; Escola Rural Municipal Pedro Zanin, a partir de 1995; Escola Rural Municipal São Miguel, a partir de 1995; Escola Rural Municipal Sagrada Família, a partir de 1995; Escola Rural Municipal Frei Sérgio Stólcis, a partir de 1995; Escola Rural Municipal D. Pedro Alcântara, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Nossa Senhora aparecida, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Olavo Bilac, a partir de 1996; Escola Rural Municipal D. Bosco, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Eudóxio Badotti, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Machado de Assis, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Nossa Senhora de Lourdes, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Santa Terezinha, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Tomé de Souza, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Pitágoras, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Platão, a partir de 1996; Escola Rural Municipal Fernando Azevedo, a partir de 1997; Escola Rural Municipal Imaculada Conceição, a partir de 1997; 118 Escola Rural Municipal São Francisco, a partir de 1997; 1.035/98 Conceder a Cessação voluntária e definitiva das atividades escolares relativas ao ensino de 1ª a 4ª série do 1º Grau, das Escolas abaixo relacionadas, mantidas pela Prefeitura Municipal, no município de Guaraniaçu, NRE Cascavel, a partir do início do ano letivo de 1997: Escola Rural Municipal Aristóteles – Faxinal são João; Escola Rural Municipal Emiliano Perneta – Boa Sorte; Escola Rural Municipal Gonçalves Dias – Boa Sorte; Escola Rural Municipal José de Anchieta – Rio Barreiro; Escola Rural Municipal Joaquim Gasparini – Alto Medeiros; Escola Rural Municipal Dona Maria Leopoldina – Nova Brasília; Escola Rural Municipal Nossa Senhora do Rocio – Paredão; Escola Rural Municipal General Osório – Alto Bela Vista; Escola Rural Municipal Barão do Rio Branco – Alto Fivela; Escola Rural Municipal Rui Barbosa – São João; Escola Rural Municipal São Brás – Garganta; Escola Rural Municipal São Jorge – Bela Vista; Escola Rural Municipal São Cristóvão – Vista Alegre; Escola Rural Municipal Santo Isidoro – Flor da Serra; Escola Rural Municipal Santa Catarina- São Pedro; Escola Rural Municipal Santa Luzia – Izolina; Escola Rural Municipal Almirante Tamandaré – Gleba IV. 2.033/99 Conceder a Cessação voluntária e definitiva das atividades escolares dos Estabelecimentos abaixo relacionados, a partir do ano de 1998: Escola Rural Municipal Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco; Escola Rural Municipal Ivan do Amaral; Escola Rural Municipal José do Patrocínio; Escola Rural Municipal Luiz Gama; Escola Rural Municipal Professora Lurdes Artuzzi; Escola Rural Municipal Professora Maria Terezinha dos Santos; Escola Rural Municipal Nossa Senhora de Fátima; Escola Rural Municipal Paulino Alves; Escola Rural Municipal Pedro Viriato Parigot de Souza; Escola Rural Municipal Roger Cousinet; Escola Rural Municipal Santa Rosa; Escola Rural Municipal São Francisco de Assis; Escola Rural Municipal Tiradentes; Escola Rural Municipal Joana D’Arc 3.464/99 Conceder a Cessação voluntária e definitiva das atividades escolares dos Estabelecimentos abaixo relacionados, com Ensino Fundamental – 1ª a 4ª série, mantidas pela Prefeitura Municipal, no município de Guaraniaçu, NRE Cascavel, a partir do início do ano letivo de 1999: Escola Rural Municipal São Lucas; Escola Rural Municipal Sant Maria Goretti; Escola Rural Municipal Marechal Floriano Peixoto; Escola Rural Municipal Tancredo Neves; Escola Rural Municipal Maurílio Wagner. 5.062/07 Autoriza o funcionamento do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), nos estabelecimentos de ensino abaixo relacionados, todos pertencentes ao Município de Guaraniaçu, NRE Cascavel, mantidos pela Prefeitura Municipal: 119 Escola Municipal Aracy Marques Linares; Escola Municipal Bianca Stólcis; Escola Rural Municipal Coração de Jesus; Escola Rural Municipal Francisco Manoel da Silva; Escola Municipal Jean Piaget; Escola Municipal Jorge Pio; Escola Municipal Manoel Ribeiro Magalhães; Escola Municipal Professor Joaquim Modesto da Rosa; Escola Rural Municipal Soror Joana Angélica; Escola Rural Municipal Santo Antonio; Escola Rural Municipal São Judas Tadeu; Escola Municipal Vinicius de Moraes; 2.157/09 “Autoriza o funcionamento do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), na Escola Rural Municipal Monteiro Lobato – Ensino Fundamental, situada na localidade de Planaltina, do Município de Guaraniaçu, NRE Cascavel, mantidos pela Prefeitura Municipal.” 120 ANEXO III Ficha Informativa - 1981 e 1986 121 122 ANEXO IV Termo de Compromisso de Doação 123 ANEXO V Termo de Posse do Professor Joaquim Modesto da Rosa 124 1º Livro Ata de Termo de Posse da IRE – Inspetoria Regional de Ensino – 1957. 125 ANEXO VI - Histórico das Escolas Município de Guaraniaçu Nº Escolas 01 Esc. Mun. Antonio Stempeniak/ Cristo Rei / Vinícius de Moraes F oto Localidade/ Distrito - Bairro Vila Nova 02 Esc. Mun. Jorge Pio - BNH/Jardim Planalto 03 Esc. Mun. Jean Piaget - Bairro Jardim Real 04 Esc. Paroquial São Pio X - Centro Guaraniaçu 05 Esc. Rur. Mun. Bianca Stolcis/ Escola Municipal Bianca Stolcis - 06 Esc. Rur. Mun. Agostinho Weirich 07 08 09 10 11 12 Esc. Rur. Mun. Almirante Tamandaré Esc. Rur. Mun. André Manjon Passo do Guilhermino Esc. Rur. Mun. Antonio da Rocha Marmo Esc. Rur. Mun. Anísio Teixeira Esc. Rur. Mun. Aristóteles Esc. Rur. Mun. Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 180/89 (aut. Ed. Inf.) Res. 470/85 (aut. Ens Prim.) Res. 4478/92 (municipaliza) Dec. Munic. 033/92(cria esc munic.) Res. 4697/93 (aut. Ed. Inf.) Res. 30/92 (aut. Func.) Res. 4478/92 (municipaliza) Res. 4697/93 (aut. Ed. Inf.) 1984 Ano cessaç ão Lei de Cessação ativa ativa ativa ativa ativa ativa ativa Vila Cazella Lei Munic. 18/82 (nome) Dec. nº. 3.037//80 (aut. Func.) Res. nº. 3.875/82 (aut. Func.) Res. nº 181/89 (aut. Ed. Inf.) 1998 (deixa de ser rural) 1982 ativa - Barra Bom Jesus (Fazenda Mafrense) Res. 125/84 (aut. Func.) Lei Munic. 31/83 (nome) 1983 1985 - Gleba IV - Campo Bonito Fechou antes de ser regularizada - Campo Bonito Fechou antes de ser regularizada - Faxinal São João - Faxinal São João - Alto Fivela Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res.5481/86 (aut. Func.) 1997 1995 1997 1997 Res. 679/94 Res. 845/87 Lei Munic. 030/93 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Res. 1035/98 126 Nº 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Escolas Barão do Rio Branco Esc. Rur. Mun. Bento Munhoz da Rocha Esc. Rur. Mun. Campos Sales Esc. Rur. Mun. Carlos Gomes Esc. Rur. Mun. Carlos Sbaraine Esc. Rur. Mun. Ceara Esc. Rur. Mun. Cel. Adalberto Mendes da Silva Esc. Rur. Mun. Coelho Neto Esc. Rur. Mun. Coração de Jesus Esc. Rur. Mun. Decroly Esc. Rur. Mun. Dom Bosco Esc. Rur. Mun. Dom Casmurro Esc. Rur. Mun. Dom João VI Esc. Rur. Mun. Dom Pedro de Alcântara Esc. Rur. Mun. Dom Pedro Fernandes Sardinha F oto Localidade/ Distrito - Bela Vista/Linha Clemente Deina - Guaraniaçu - Sant’Ana do Bormann (Laranjal) Serraria Sbaraine (Campo Bonito) Santa Tereza (Campo Bonito) - 6ª Secção - Peroba - Bela Vista - Sítio São Paulo - Linha Cruz - Linha Amaricos (Campo Bonito) - Linha Ceccato - Serraria Piovesan - Bela Vista/ Fazenda São Roque 27 Esc. Rur. Mun. Dom Pedro II/Manoel Ribeiro Magalhães - Linha Amaricas (Bormann) 28 Esc. Rur. Mun. Dona Maria Leopoldina - Nova Brasília Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Lei Munic. 35/75 Res. 3876/82 (aut. Func.) Ano início func. Ano cessaç ão 1982 Lei de Cessação Decreto Mun. 127/97 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Fechou antes de ser regularizada Lei Munic. 40/69 Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 09/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1982 1982 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Fechou antes de ser regularizada Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 5483/86 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 09/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 2412/98 (aut. Ed. Inf.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 11/64 Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Mun. 15/80 (criação D Pedro) Dec. Mun. 37/92 (nome) Res. 4471/92 (suspende Primário Dom Pedro) Res. 4473/92 (aut. Func Manoel) Res. 3697/97 (aut. Ed. Inf.) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1994 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 1995 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 ativa ativa 1994 1996 1981 1995 1996 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 1981 Res. 679/94 – Lei Munic. 030/93 ativa ativa 1997 Res. 1035/98 Decreto Mun. 127/97 127 Nº 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 Escolas Esc. Rur. Mun. Emiliano Perneta Esc. Rur. Mun. Erico Veríssimo Esc. Rur. Mun. Eudóxio Badotti Esc. Rur. Mun. Fernando de Azevedo Esc. Rur. Mun. Francisco Manoel da Silva Esc. Rur. Mun. Frei Guilherme Esc. Rur. Mun. Frei Sergio Stólcis Esc. Rur. Mun. General Osório Esc. Rur. Mun. Getulio Vargas Esc. Rur. Mun. Gonçalves Dias Es. Rur. Mun. Heitor Villa Lobos Es. Rur. Mun. Humberto de Veras Esc. Rur. Mun. Imaculada da Conceição Esc. Rur. Mun. Ivan do Amaral Esc. Rur. Mun. Ivo Badotti Esc. Rur. Mun. Jânio Quadros/ Aracy Marques Linares/ Grupo Escolar Otavio Folda Esc. Rur. Mun. Joana D’Arc Esc. Rur. Mun. F oto Localidade/ Distrito - Boa Sorte - Santa Rosa - São Francisco - Rio Barulhento - Mato Queimado - Guaraniaçu - Boa Sorte - Alto Boa Vista São Roque do Piquiri Alto Canela (Campo Bonito) Barbaquá/ Distrito Guaporé - Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Res. 3876/82 (aut. Func.) Ano início func. Ano cessaç ão 1997 Dec. 043/92 (criação) Res.2077/92 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1995 1996 Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 178/89 (aut. Ed. Inf.) ativa Lei de Cessação Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2348/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 ativa Fechou antes de ser regularizada Res. 3876/82 (aut. Func.) 1995 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 3876/82 1997 Res. 1035/98 Lei Munic. 40/65 Res. 3876/82 1989 Res. 3876/82 1997 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Fechou antes de ser regularizada - Campo Bonito Fechou antes de ser regularizada - União da Serra Res. 3876/82 1997 - Rio Medeiros Res. 3876/82 1998 - Santa Luzia Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Dec. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Fechou antes de ser regularizada - Distrito Guaporé Dec. 036/92 (criação Janio) Res. 4472/92 (aut. Func. Janio) Res. 4697/93 (aut. Ed. Inf.) Lei Munic. 146/00 (nome) Res. 1534/01 (nome) Res. 4470/92 (suspende ens. prim.) - Santa Bárbara Res. 3876/82 - Gleba XII ativa 1998 1982 ativa Dec. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Res. 844/97 128 Nº 47 48 Escolas João XXIII Esc. Rur. Mun. Joaquim Costa Esc. Rur. Mun. Joaquim Nabuco F oto Localidade/ Distrito Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. Ano cessaç ão Lei de Cessação (Campo Bonito) - Erval / Diamante - Faxinal São João Fechou antes de ser regularizada Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3085/89 Lei Mun. 15/80 (criação) Lei Munic. 18/8 (nome) Res. 3392/88 (nome) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1994 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 1994 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 49 Esc. Rur. Mun. Jorge Mateus de Lima/ Osmindo Nunes de Oliveira - Rocinha 50 Esc. Rur. Mun. José de Alencar - Alto dos Alves/ Linha Americana (Campo Bonito) Lei Munic. 43/68 Res. 3876/82 1982 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 - Barra Bom Jesus Res. 3876/82 1998 Dec. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 - Sertãozinho (Campo Bonito) 1985 Res. 845/87 - Faxinal Santana 1994 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 - Diamante - Barra Bonita Res. 5482/86 1998 Dec. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 foto Rio Medeiros Lei Mun. 26/86 (nome) Res. 5571/86 (nome) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1998 Dec. Mun. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Linha 100 (Fazenda Germano Carniel) Campo Bonito Lei Munic. 53/73 (criação) 1980 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 1996 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 Esc. Rur. Mun. José do Patrocínio Esc. Rur. Mun. Juscelino Kubitschek Esc. Rur. Mun. Julia Lopes de Almeida Esc. Rur. Mun. Julia Wanderlei Esc. Rur. Mun. Luiz Gama Esc. Rur. Mun. Luis Pasteur II /Professora Lurdes Artuzzi Esc. Rur. Mun. Luiz Vaz de Camões Esc. Rur. Mun. Machado de Assis Esc. Rur. Mun. Marechal Costa e Silva Esc. Rur. Mun. Marechal Floriano Peixoto Esc. Rur. Mun. Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco Esc. Rur. Mun. Maria Montessori foto - Barbaquá Res. 3876/82 Fechou antes de ser regularizada Res. 3876/82 (aut. Func.) Fazenda Sbaraine (Campo Bonito) foto Belarmino foto Catanduvinha foto Linha Ponciano (Bormann) Fechou antes de ser regularizada Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 30/73 Res. 3876/82 (aut. Func.) 1999 Dec. 09/99 (desativa) Res. 3464/99 1998 Dec. 111/98 Res. 2033/99 1991 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 129 Nº Escolas F oto Localidade/ Distrito Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. Ano cessaç ão 63 Esc. Rur. Mun. Maurílio Wagner - Linha Laranjal Res. 1822/88 (aut. Func.) 1999 64 Esc. Rur. Mun. Maximiliano Kolbe - Fazenda São Pedro Lei Munic. 18/82 (nome) Res. 3875/82 (aut. Func.) 1983 65 Esc. Rur. Mun. Monteiro Lobato foto Planaltina Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Mun. 15/80 (criação) 2010 foto Mato Queimado Res. 3876/82 (aut. Func.) 1996 Santa Luzia Lei Munic. 21/87 (nome) Res. 4705/87 1998 foto São Francisco Res. 3876/82 (aut. Func.) 1996 foto Paredão Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 foto Alto São Pedro foto Rio Barreiro 66 67 68 69 70 71 72 73 Esc. Rur. Mun. Nossa Senhora Aparecida Esc. Rur. Mun. Nossa Senhora de Fátima Esc. Rur. Mun. Nossa Senhora de Lourdes Esc. Rur. Mun. Nossa Senhora do Rocio Esc. Rur. Mun. Nossa Senhora do Rosário/ Pedro Zanin Esc. Rur. Mun. Olavo Bilac Esc. Rur. Mun. Olavo Ferreira da Silva Esc. Rur. Mun. Otávio Cordeiro 74 Esc. Rur. Mun. Padre Aloys 75 Esc. Rur. Mun. Padre Diogo Antonio Feijó/ Agostinho Cardoso Santos 76 77 78 Esc. Rur. Mun. Padre Antonio Vieira Esc. Rur. Mun. Padre José Anchieta Esc. Rur. Mun. - Bela Vista Minas (Alto Bormann) Cabeceira do Rio Chopin/Rio Tourinho Campo Bonito Lei Munic. 19/87 (nome) Res. 4699/87 (nome) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 09/80 Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 15/80 Res. 3876/82 (aut. Func.) 1995 1995 1991 1992 Lei Munic. 10/68 (criação) Res. 5480/86 (aut. Func.) 1985 2008 - Alto Santa Luzia Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 5646/93 (altera nome) Res. 1552/95 (aut. Ed. Inf.) Dec. 40/99 (reativa func.) - Alto São Roque Res. 3876/82 (aut. Func.) 1994 foto Rio Barreiro Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 foto Ponte Lei Mun. 15/80 (criação) 1994 Lei de Cessação Dec. Mun. 147/98 (desativa) Res. 3464/99 Lei Munic. 47/1996 Res. 847/87 (cessa temporariamente) Res. 2349/97 (cessa definitiv.) Ato Administrativo estadual 444/2007 (cessação temporária 02 anos) Processo em andamento Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Dec. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 1035/98 Decreto Mun. 127/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Res. 2421/03 (Cessa Ed. Inf.) Dec. 09/99 (cessa temp.) 2008 (cessa definitiv.) Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 1035/98 Decreto Mun. 127/97 Lei Munic. 47/1996 130 Nº 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 Escolas F oto Localidade/ Distrito Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. Padre Manoel da Nóbrega Velha/Bormann Esc. Rur. Mun. Paulino Alves - Rio Tatu/Boa Sorte/ Rio Paulino - Alto Pinhal (São Luiz) - Campo Bonito foto Rio Medeiros (Bormann) - Campo Bonito - Campo Bonito Res. 3876/82 (aut. Func.) foto Alto Medeiros Res. 3876/82 (aut. Func.) 1996 - Mato Queimado Res. 3876/82 (aut. Func.) 1996 - Santa Rosa/São Luiz Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func) 2007 - Bormann/Medeiros Esc. Rur. Mun. Pedro Álvares Cabral Esc. Rur. Mun. Pedro Américo Esc. Rur. Mun. Pedro Viriato Parigot de Souza Esc. Rur. Mun. Pestalozzi Esc. Rur. Mun. Petrônio Portela Esc. Rur. Mun. Pitágoras Esc. Rur. Mun. Platão Esc. Rur. Mun. Presidente Eurico Gastar Dutra Esc. Rur. Mun. Quintinho Bocaiuva Esc. Rur. Mun. Robert Hook Esc. Rur. Mun. Roger Cousinet Esc. Rur. Mun. Rui Barbosa Esc. Rur. Mun. Sagrada Família Esc. Rur. Mun. Santa Catarina 94 Esc. Rur. Mun. Santa Clara 95 Esc. Rur. Mun. Santa Genoveva Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 26/86 (criação) Lei Munic. 10/86 (nome) Res. 5440/86 (aut. Func.) Lei Munic. 55/71 Res. 3876/82 (aut. Func.) Ano cessaç ão Res. 2430/97 1998 Dec. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 1982 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Fechou antes de ser regularizada Res. 3876/82 (aut. Func.) 1998 1980 1980 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Ato Administrativo Estadual 445/2007 (cessação temporária – 02 anos) Fechou antes de ser regularizada Linha Medeiros Res. 3876/82 (aut. Func.) 1994 foto São Francisco Res. 3876/82 (aut. Func.) 1998 foto Faxinal São João/Soligo Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 Faxinal São João Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1995 foto São Pedro Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 - Santa Luzia Res. 3172/97 (Aut. Funk.) 2007 Água do Cabrito (Guaporé) Lei Munic. 09/80 Res. 5479/86 (aut. Func.) 1986 foto Dec. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Fechou antes de ser regulamentada foto - Lei de Cessação Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Dec. Mun. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Ato Administrativo 446/2007 (cessação temporária – 02 anos) Res. 3774/90 (cessa temp.) Lei Munic. 030/93 Res. 679/94 (cessa 131 Nº Escolas F oto Localidade/ Distrito Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. Ano cessaç ão Lei de Cessação definitivamente) 10 0 Esc. Rur. Mun. Santa Gertrudes Esc. Rur. Mun. Santa Luzia Esc. Rur. Mun. Santa Maria Esc. Rur. Mun. Santa Maria Goretti Esc. Rur. Mun. Santa Rita 10 1 Esc. Rur. Mun. Santa Rosa 10 2 10 3 10 4 10 5 10 6 10 7 Esc. Rur. Mun. Santa Terezinha Esc. Rur. Mun. Santo Agostinho Esc. Rur. Mun. Santo Antonio Esc. Rur. Mun. Santo Isidoro Esc. Rur. Mun. Santo Onofre Esc. Rur. Mun. São Benedito 10 8 Esc. Rur. Mun. São Brás 10 9 Esc. Rur. Mun. São Cristovão Esc. Rur. Mun. São Domingos 96 97 98 99 11 0 111 11 2 11 3 Esc. Rur. Mun. São Francisco Esc. Rur. Mun. São Francisco de Assis Esc. Rur. Mun. São Geraldo - Guaraniaçu - Izolina Fechou antes de ser regularizada foto Barra do Rio Peroba/Rio Isolina Lei Mun. 26/86 (criação) Res. 5440/86 (aut. Func) Lei Munic. 43/68 Res. 3876/82 (aut. Func.) foto Santa Luzia Res. 3876/82 (aut. Func.) 1999 foto Fazenda Slaviero Lei Munic. 49/71 Res. 3876/82 (aut. Func.) 1990 - (Sítio das Paulistas) Faxinal São João Lei Munic. 62/80 (nome) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1998 Res. 2033/99 - São Francisco Res. 3876/82 (aut. Func.) 1996 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 foto foto Linha Zameski (Campo Bonito) Alto Pinhal (Linha Lejanoski) 1997 1982 Fechou antes de ser regularizada Res. 3876/82 (aut. Func.) 2009 Flor da Serra Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 Alto Santa Luzia Res. 3876/82 (aut. Func.) 1994 Alto Polaco Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Mun. 26/86 (criação) Lei Mun. 10/86 (nome) Res. 5440/86 (aut. Func.) 1994 1997 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 - Vista Alegre - Bormann - Três Águas Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 Alto das Palmeiras Res. 3876/82 (aut. Func.) 1998 - Rio Pinhal (Campo Bonito) Res. 1035/98 Dec. Mun 127/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Garganta Res. 3876/82 (aut. Func.) Processo em tramitação 1997 - foto Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Dec. Mun. 09/99 (desativa) Res. 3464/99 Res. 679/94 Lei Munic. 030/93 Fechou antes de ser regularizada Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Dec. Mun. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Fechou antes de ser regularizada 132 Nº Escolas 11 4 Esc. Rur. Mun. São João Batista 11 5 11 6 Esc. Rur. Mun. São Jorge Esc. Rur. Mun. São José 11 7 Esc. Rur. Mun. São Judas Tadeu 11 8 11 9 Esc. Rur. Mun. São Lucas Esc. Rur. Mun. São Miguel Esc. Rur. Mun. Silvio Alves de Toledo /Joaquim Gasparini 12 0 F oto Localidade/ Distrito Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. Ano cessaç ão São Luiz/Linha Bartoski Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1988 Bairro Santo Antonio/Bela Vista Res. 3876/82 (aut. Func.) 1997 foto Fax. São João Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 67/07 (aut. Ed. Inf.) Ativa foto Bairro São José (Bormann) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1999 foto C.V.C./Bela Vista Res. 3876/82 (aut. Func.) 1995 foto - - Alto Medeiros Lei Munic. 18/82 (1º nome) Lei Munic. 31/83 (alt. nome) Res. 125/84 (aut. Func.) Lei Munic. 18/82 (nome) Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Munic. 26/86 (criação) Lei Munic. 10/86 (nome) Res. 5440/86 (aut. Func.) 2010 Processo em tramitação 1999 Dec. Mun. 09/99 (desativa) Res. 3464/99 São Luiz 12 2 Esc. Rur. Mun. Tancredo Neves - Alto Pinhal 12 3 12 4 Esc. Rur. Mun. Tiradentes Esc. Rur. Mun. Tomé de Souza Esc. Rur. Mun. Visconde Taunay /Esc. Rur. Mun. Profª Maria Terezinha dos Santos Esc. Rur. Mun. Zacarias Góis de Vasconcellos Esc. Rur. Mun. Zulmira de Araujo Ginásio Estadual Desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa Grupo Escolar Rocha Pombo - Alto Alegre Res. 3876/82 (aut. Func.) 1998 foto Rio Bandeira Res. 3876/82 (aut. Func.) 1996 - Rio Cascudo Lei Munic. 37/89 (alt. nome) Res. 1772/90 (alt. nome) Res. 3876/82 (aut. Func.) 1998 - Campo Feio (Campo Bonito) - São Luiz Dec. Mun. 44/92 (criação) Res. 2077/92 (aut. Func.) - Sede da cidade - Centro da cidade 12 8 12 Dec. Mun. 147/98 Res. 3464/99 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Res. 1035/98 Decreto Mun. 127/97 - 12 7 ativa 1997 Esc. Rur. Mun. Sóror Joana Angélica 12 6 Res. 3774/90 Cessa temp.) Res. 679/94 (cessa definit.) Lei Munic. 030/93 Res. 1035/98 Decreto Mun 127/97 - 12 1 12 5 Lei de Cessação Dec. Mun. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Lei Munic. 47/1996 Res. 2430/97 Dec. Mun. 111/98 (desativa) Res. 2033/99 Fechou antes de ser regularizada 1992 1993 Lei Munic. 47/1996 Decreto nº 4.111 (criação) Port. nº 12.940 (aut. Func.) Ativa ativa Lei Munic. 85/57 (nome Rocha) Ativa ativa 133 Nº 9 Escolas /Esc. Mun. Raul Gomes/Professor Joaquim Modesto da Rosa F oto Localidade/ Distrito Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. Ano cessaç ão Lei de Cessação Res. 4476/92 ( (suspende ens. Prim. Do Rocha Pombo) Res. 4477/92 (aut. Func. Raul Gomes) Dec. 032/92 (criação Raul Gomes) Lei Munic. 17/93 (nome) Res. 4760/93 (mudança nome) Res. 4697/93 (aut. Ed. Inf.) 134 ANEXO VII Escolas do Município de Campo Bonito, a partir de 1989 Nº Escolas Foto Localidade/ Distrito 01 Escola José Bonifácio - Centro Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Informação não localizada 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Escola Nossa Senhora Salete Esc. Rur. Mun. Casemiro de Abreu Esc. Rur. Mun. Evaristo da Veiga Esc. Rur. Mun. Guerino Beledelli Esc. Rur. Mun. John Dewey Esc. Rur. Mun. Santa Paula Esc. Rur. Mun. Santa Rosa de Viterbo Esc. Rur. Mun. Santo Estevão Esc. Rur. Mun. São Domingos Sávio Esc. Rur. Mun. São João de La Salle Esc. Rur. Mun. São Paulo Esc. Rur. Mun. São Roque Esc. Rur. Mun. São Tarciso Esc. Rur. Mun. São Tomáz de Aquino Esc. Rur. Mun. Santos Dumont Esc. Rur. Mun. Dom Pedro I Esc. Rur. Mun. William James foto foto foto foto foto Sertãozinho Santa Maria Alto Lajeado Serraria Beledelli/Santana Agrinco União da Boa Vista/Agrinco Fazenda Pilatti Campo Alto Barra Bonita Vageão Bonito Barra Bonita Gleba XII Alto dos Alves Fazenda Alves Americana Linha Amaricos/Sertãozinho Agrinco Informação não localizada Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Informação não localizada Informação não localizada Lei Mun. 44/80 (reconstrução) Informação não localizada Res. 5480/86 (aut. Func.) Informação não localizada Res. 5480/86 (aut. Func.) Informação não localizada Informação não localizada Informação não localizada Lei Mun.- 15/80 (criação) Lei Mun. 15/80 (criação) Res. 3876/82 (aut. Func.) Informação não localizada 135 ANEXO VIII Escolas do Município de Diamante do Sul, a partir de 1993 Nº Escolas Foto Localidade/ Distrito Pinhalzinho Rio das Antas Barra do Rio Herval 01 02 03 Esc. Rur. Mun. Anita Garibaldi Esc. Rur. Mun. Artur de Azevedo Esc. Rur. Mun. Benjamim Constant - 04 05 Esc. Rur. Mun. Bom Jesus Esc. Rur. Mun. Castro Alves - 06 07 Esc. Rur. Mun. Cecília Meireles Esc. Rur. Mun. Duque de Caxias/ Angélica M. dos Santos Esc. Rur. Mun. Ermelino de Leão Esc. Rur. Mun. Jaime Antonio Tonet - Alto Pinhalito Colônia Santo Antonio Pinhalito Erval - Pinhalito Rio das Antas - Alto Piquiri Pinhalito Alto Piquiri 20 Esc. Rur. Mun. Joaquim Costa Esc. Rur. Mun. John Kennedy Esc. Rur. Mun. Padre Josino Moraes Tavares /Esc. Rur. Mun. José Ziemba Esc. Rur. Mun. Luis Pasteur I Esc. Rur. Mun. Maria Montenegro Esc. Rur. Mun. Osvaldo Cruz Esc. Rur. Mun. Princesa Izabel Esc. Rur. Mun. Ronald Carvalho Esc. Rur. Mun. Santo Camilo de Lélis Esc. Rur. Mun. Edirce Neneve de Carvalho/ Osório Duque Estrada Esc. Rur. Mun. Zacarias Carriel 21 Esc. Rur. Mun. José Humberto Fernandes 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 foto foto foto foto - Rio Feio Hervalzinho Serraria Tonet Vila União Fazenda Onorina Alto Cascudo Centro Torto Carriel (Rio Piquiri) Jabuticabal Lei Mun. de Criação/ Autorização Funcionamento Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 5957/93 (transferido p/ Diamante) Res. 3876/82 (aut. Func.) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Mun.26/86 Res. 5440/86 (aut. Func.) Lei Mun. 18/82 (nome) Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Mun. 18/87 (nome) Res. 4700/87 Res. 3876/82 (aut. Func.) Lei Mun. 20/87 (nome) Res. 4705/87 (aut. Func.) Informação não localizada Informação não localizada Res. 1823/83 (aut. Func.) Lei Mun. 29/87 (nome) Informação não localizada Informação não localizada Informação não localizada Informação não localizada Res. 5479/86 (aut. Ed. Inf.) Informação não localizada Dec. 038/92 (criação) Res. 4475/92 Informação não localizada Informação não localizada 136 ANEXO IX Centros Municipais de Educação Infantil Nº Instituições Localidade/ Distrito Lei Mun. Criação/ Autorização Funcionamento Ano início func. 1986 Ano cessação Lei de Cessação está ativa está ativa 1987 está ativa está ativa 1992 está ativa está ativa 01 Centro Mun. de Educação Infantil Bom Pastor Distrito Guaporé 02 Centro Mun. de Educação Infantil Cohapar Bairro Jardim Planalto 03 Centro Mun. de Educação Infantil Fernanda Salvador Centro Mun. de Educação Infantil Greici Kelly Centro Mun. de Educação Infantil Raio de Sol Centro Mun. de Educação Infantil Sonho Real Bairro Cazella Lei Mun. 16/89 (declara utilidade pública) Lei Mun. 181 de 2003 Lei Mun. 18/89 (declara utilidade pública) Lei Mun. 181/03 Lei Mun. 28/91 (nome) Bairro Vila Nova Lei Mun. nº 181/2003 1995 está ativa está ativa Centro Lei Mun. 179/89 (declara utilidade pública) Lei Mun. 181/03 1979 está ativa está ativa 1999 está ativa está ativa 04 05 06 Bairro Jardim Real 137 ANEXO X Escolas Municipais Ativas Atualmente Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 Instituições Escola Municipal Vinícius de Moraes Escola Municipal Bianca Stolcis Esc. Rur. Mun. Coração de Jesus Esc. Rur. Mun. Manoel Ribeiro Magalhães Esc. Rur. Mun. Francisco Manoel da Silva Esc. Rur. Mun. Aracy Marques Linares Escola Municipal Jorge Pio Escola Municipal Professor Joaquim Localidade/ Distrito Bairro Vila Nova Vila Cazella Bela Vista Bormann Mato Queimado Distrito Guaporé BNH/Jardim Planalto Centro da cidade 09 10 Modesto da Rosa Escola Municipal Jean Piaget Esc. Rur. Mun. São Judas Tadeu Bairro Jardim Real Faxinal São João 138 ANEXO XI Escolas Estaduais Ativas Atualmente Nº 01 02 Instituições Escola Estadual Dom Pedro II Colégio Estadual Desembargador Antonio Localidade/ Distrito Bormann Centro da cidade 03 04 05 06 Franco Ferreira da Costa Escola Estadual Otavio Folda CEEBJA Albano Tomasini Escola Estadual Planaltina Escola Estadual Bela Vista Guaporé Centro da cidade Planaltina Bela Vista 139 ANEXO XII Fotos de Algumas Escolas Rurais de Guaraniaçu ESCOLA RURAL FLORIANO PEIXOTO ESCOLA RURAL JOSE DE ANCHIETA ESCOLA RURAL LUIS PASTEUR 140 ESCOLA RURAL MACHADO DE ASSIS ESCOLA RURAL MARECHAL HUMBERTO DE CASTELO BRANCO ESCOLA RURAL MARIA MONTESSORI 141 ESCOLA RURAL NOSSA SENHORA APARECIDA ESCOLA RURAL NOSSA SENHORA DE LOURDES ESCOLA RURAL NOSSA SENHORA DO ROCCIO 142 ESCOLA RURAL NOSSA SENHORA DO ROSARIO ESCOLA RURAL OLAVO BILAC ESCOLA RURAL OSVALDO CRUZ 143 ESCOLA RURAL PADRE DIOGO ANTONIO FEIJO ESCOLA RURAL PADRE MANOEL DA NOBREGA ESCOLA RURAL PEDRO VIRIATO PARIGOT DE SOUZA 144 ESCOLA RURAL PITAGORAS ESCOLA RURAL PRINCESA ISABEL ESCOLA RURAL ROBERT HOOK 145 ESCOLA RURAL RUI BARBOSA ESCOLA RURAL SANTA CATARINA ESCOLA RURAL SANTA GENOVEVA 146 ESCOLA RURAL SANTA MARIA ESCOLA RURAL SANTA RITA ESCOLA RURAL SANTO ESTEVAO 147 ESCOLA RURAL SANTO ISIDORO ESCOLA RURAL SAO TOMAS DE AQUINO ESCOLA RURAL SANTOS DUMONT 148 ESCOLA RURAL SAO BENEDITO ESCOLA RURAL SAO CAMILO DE LELLIS ESCOLA RURAL SAO FRANCISCO 149 ESCOLA RURAL SAO FRANCISCO DE ASSIS ESCOLA RURAL SAO JOAO BATISTA ESCOLA RURAL SAO JOAO DE LA SALLE 150 ESCOLA RURAL SAO JUDAS TADEU ESCOLA RURAL SAO LUCAS ESCOLA RURAL SAO MIGUEL 151 ESCOLA RURAL TOME DE SOUZA ESCOLA RURAL WILLIAN JAMES 152