Metodologia
Prof. Rafael Ávila
Baseado nas obras: How to
Read a Book (1972); Como
se faz uma tese (1983)
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Questão do Receptor e Emissor
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Informação versus Compreensão – desigualdade
de
compreensão;
superação
dessa
desigualdade.
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“Ser informado é saber simplesmente como é
uma coisa” (...) “ser esclarecido é saber, além
disso, do que se trata”. “O esclarecimento [na
leitura] só é alcançado quando, além de saber o
que o escritor diz, sabemos o significado e o
porquê do que ele diz” (Adler e vand Doren:
1972:21)
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Aprendizado por descoberta – se trata do
processo de aprender por meio do exame,
investigação ou reflexão, sem ser ensinado”
(Adler e Van Doren: 1972: 22)
Aprendizado por instrução – processo de
descoberta auxiliada.
Níveis de leitura
I. Elementar – visa formação vocabular e
habilidade de desvendar o significado de
palavras desconhecidas por meio do contexto;
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II. Inspecional - relação absorção/tempo.
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Etapa 01 – Folheio e Pré-leitura: folha de rosto e
prefácio; sumário e índice; sobre o autor; sobre a
obra
(contexto
político/histórico);
capítulos
fundamentais para o assunto abordado; leitura de
trechos e partes.
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Etapa 02 – Leitura superficial – “a compreensão é
muito mais do que a capacidade de responder à
perguntas simples sobre fatos relacionados com o
texto lido” (Adler e Van Doren: 1972: 44-45)
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4 perguntas básicas do leitor: 1) qual o assunto do
livro como um todo; 2) o que diz o livro em
detalhe e como? 3) o livro é verdadeiro, no todo
ou em parte; 4) e então?
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Modo de fazer anotações
3 tipos: 1) Estruturais; 2) Conceituais; 3) Dialéticas
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III. Analítica – tempo ilimitado
Práticos [visa chegar a algum resultado] versus
Teóricos
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Métodos e formas de argumentação diferentes
“a essência da história é narrativa (...)
cronotópica. A ciência trata de coisas que
podem acontecer em qualquer tempo ou lugar.
O cientista procura as leis ou as generalizações “
(Adler e Van Doren: 1972: 67-68)
Radiografia do Livro
1. Estrutura – enunciação da unidade do livro em
uma única frase. Descobrir não o assunto mas o
tema e a finalidade principal.
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2. Esquemas e Planos – título, prefácio e sumário
“clareza só existe por força da nitidez do seu
contorno. A coerência é mantida por meio da
disposição ordenada das partes” (Adler e Van
Doren: 1972: 82)
3. Intenção do autor
4. Palavras-chave [palavras técnicas e de
vocabulário especial. Ênfase explícita ou
discussão com outros autores] e Termos-chave
[assinale as frases mais importantes e descubra as
proposições implícitas e explícitas].
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“Do ponto de vista do autor, as frases mais
importantes são aquelas que expressam os
julgamentos nos quais se baseiam seus
argumentos” (Adler e Van Doren: 1972: 104)
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5. Argumentos-chave – “grupo de afirmações das
quais alguma fornecem as bases ou razões para
uma conclusão” (Adler e Van Doren: 1972: 100)
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6. Crítica Imparcial – “eu compreendo” versus “eu
concordo ou discordo”. Opinião é julgamento
sem provas.
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7. Regras de Discordância: 1) desinformação; 2)
má informação; 3) ilógico; 4) análise incompleta.
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non sequitur – “conclusão alcançada não resulta
das razões apresentadas” (Adler e Van Doren:
1972: 132)
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8. Leitura Extrínseca – experiências pertinentes;
outros livros; comentários e resumos; obras de
referência.
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IV. Sintópica
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Ao escrever...
Erros comuns
Uso de metáforas: metáforas novas e velhas. As
palavras podem se tornar ordinárias, perdendo seu
significado quando não sofrem inversão de
significado.
Operadores – uso de verbos compostos, gerúndios,
voz passiva e frases substituindo palavras.
Discurso pretensioso – no sentido de tornar erudito o
que não precisa; dar caráter científico e de
imparcialidade, de cultura e elegância.
Estrangeirismos
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Conceitos
–
vários
significados,
várias
interpretações de forma que a função poder ser
manipulada, desonesta e de uso privado.
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Questões a se pensar: 1) o que estou querendo
dizer; 2) que palavras expressam isso? 3) que
imagem ou idioma fará isso mais claro? 4) essa
imagem é fresca o suficiente para gerar um
efeito? 5) há como colocar isso mais
sucintamente? 6) disse algo feio?
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Dicas: 1. Nunca use metáforas
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2. Não use palavras longas onde uma curta
dá
3. Se é possível cortar uma palavra, corte-a
4. Nunca use passivo onde se pode usar voz
ativa
5. Não use frase estrangeira, palavra
científica ou jargão se existe uma palavra
comum na língua
Língua é instrumento de expressão e não
instrumento para encobrir pensamentos.
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Tipos de Tese
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De Pesquisa e de Compilação
Panorâmica [quadro panorâmico e não
panorama como pano de fundo] e
Monográfica [uma abordagem de um só
tema]
Histórica e Teórica [busca “atacar” um
problema abstrato que pode já ter sido ou
não objeto de outras reflexões]
Temas antigos ou contemporâneos
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Identificar um tema preciso;
Recolher a documentação sobre ele;
Por em ordem os documentos;
Reexaminar em primeira mão o tema à luz da
documentação recolhida;
Dar forma orgânica a todas as reflexões
precedentes;
Empenhar-se para que o leitor compreenda o
que se quis dizer e possa, se for o caso, recorrer à
mesma documentação a fim de retomar o tema
por conta própria (Eco: 1983; 05)
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Regra Básica: “Quem quer fazer uma tese deve
fazer uma tese que esteja à sua altura” (Eco: 1983:
06). “Quanto mais se restringe o campo, melhor e
com mais segurança se trabalha” (p. 10)
“É preciso escolher uma tese que não implique o
conhecimento de línguas que não sei ou que não
estou disposto a aprender”. E mais, “não se pode
fazer uma tese sobre um autor estrangeiro se este
não for lido no original” (Eco: 1983: 18)
Cientificidade – a) objeto reconhecível; b) dizer
algo que ainda não foi dito ou rever o dito por
uma ótica diferente; c) útil aos demais (grau de
indispensabilidade); d) fornecer elementos para a
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Verificação e
apresentadas.
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Pesquisa do material
Acessibilidade de fontes
Fontes primárias, secundárias, literatura crítica
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a
contestação
das
hipóteses
Fichas – registro de resumos, opiniões, citações.
Tipos de Fichas: a) Temáticas (um tema com várias
ideias e opiniões); b) Por autores (o autor e o tema
escolhido); c) Citações; d) de leitura (dados
bibliográficos, resumo geral, informações sobre.
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o autor, série de avaliações sobre sua importância
e várias citações textuais que de imediato
parecem significativas.
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Importante: distinguir livros de artigos ou de
capítulos de outros livros
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Exemplos de Bibliografia *
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O título pode ser transformado em uma pergunta
Índice-hipótese: 1. posição do problema; 2.
estudos precedentes; 3. nossa hipótese; 4. dados
que estamos em condição de demonstrar; 5. sua
análise; 6. demonstração da hipótese; 7.
conclusões e referências para o trabalho posterior
Lógica: causa-efeito; espacial; comparativa e de
contraste
Dicas: a) abra parágrafos com frequência; b)
escreva o que lhe vier á cabeça, mas só no
rascunho; c) use o orientador como cobaia; d)
não use reticências ou pontos de exclamação,
nem faça ironias;
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e) Defina sempre um termo ao introduzi-lo pela
primeira vez; f) não comece a explicar onde fica
Roma para depois não explicar onde fica
Timbuctu; g) não é necessário dizer ‘o artigo que
citei anteriormente’ ou ‘o artigo que citamos
anteriormente’.
Basta
dizer
‘o
artigo
anteriormente citado’.
Regras de Citação
Os textos objetos de análise interpretativa são
citados com razoável amplitude
Os textos de literatura crítica só são citados
quando, com sua autoridade, corroboram ou
confirmam
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afirmação nossa;
 3. A citação pressupõe que a idéia do autor
citado seja compartilhada, a menos que o trecho
seja precedido e seguido de expressões críticas;
 4. Em todas as citações devem ser claramente
reconhecíveis o autor e a fonte impressa e
manuscrita;
 5. As citações de fontes primárias devem de
preferência ser colhidas da edição crítica ou da
edição mais conceituada;
 6. Quando se estuda um autor estrangeiro, as
citações devem ser na língua original
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7. Quando uma citação não ultrapassa duas
ou três linhas, pode-se inseri-la no corpo do
parágrafo entre aspas duplas;
8. As citações devem ser fiéis
Notas de Rodapé**
Sistema Autor Data