Hipertensão arterial
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por Dr. Erasto Luiz de Souza
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medicamento: Pulsatilla nigricans
Nome: MJS
D.N.: 19/02/39 – Natural de Campos – R.J.
Profissão: Professora aposentada
1ª. consulta – 29/04/99
– O que a trouxe aqui?
Problema de PA. Tive uma crise de pressão alta durante um trabalho que a gente faz nas
escolas durante o carnaval.
Tenho dor de cabeça constante. Tive enxaqueca há uns anos atrás, melhorei, mas agora estou
voltando a ter dor de cabeça. Quando vou ver a pressão, está alta. Dói a cabeça em várias
partes e chega a ficar dolorido até no pescoço como se eu estivesse com torcicolo.
Carrego muita tensão no ombro e nas costas (alguém que trabalha com massagens já me
perguntou se estou carregando o mundo nas costas).
Junto com a dor de cabeça me dá esmorecimento, calor, frio, ânsia de vômito, às vezes vem
bílis. Numa dessas crises me deu muita cãibra.
Tenho muitos aborrecimentos mas as crises vem independente disso. Dessa vez, por exemplo,
eu estava na Bienal, não tinha tido aborrecimento. Meus aborrecimentos são devido ao
comportamento dos filhos: não é que eu seja moralista, mas tem coisas que me afetam, por
exemplo, minha filha ou minha nora que saem de casa e rompem com valores da família.
Prejudicar, lesar os outros, é difícil aceitar meus filhos fazerem isso.
Tenho dor mais na junta do ilíaco esquerdo.
Tenho dor no peito, é nessa região (superior do esterno).
Tenho queimação no estômago.
Tenho muita dificuldade de me concentrar, de me organizar.
Sinto muita ansiedade. Me percebi assim quando ia fazer uma viagem. Me peguei de
madrugada acordada com aquela preocupação, mas eu lutava contra isso. Às vezes, quero me
conter de fazer alguma coisa…Tenho muitas atividades e às vezes a gente não dá conta de
tudo.
– Como percebe que está ansiosa?
Às vezes a pessoa está falando comigo e eu atropelo a pessoa (falando) antes dela acabar de
falar. Não gosto disso em mim. Gosto muito de ouvir.
… Às vezes ela (a depressão) quer voltar mas a gente reage contra ela.
– Como começou essa depressão?
Começou com uma decepção muito grande. Eu aguardava uma coisa e aconteceu outra. Não
sabia que era uma doença…
Eu prejudiquei muito meus filhos… a educação deles… Depois veio o resultado. Tinha muitas
dificuldades comigo mesma e cobrava muito dos meus filhos. Atualmente essa falha na
educação dos meus filhos me causa muitas dificuldades.
Meus pais tinham princípios antigos mas eram muito amorosos. Eu recebi esses valores mas
eu não conseguia passá-los para os meus filhos. Eu exigia e cobrava muito deles e isso fez
muito mal. Faz efeito contrário. A gente só exige, não dá mais nada.
– Como foi essa decepção? O que a Sra. esperava mas não aconteceu?
Meu marido tinha uma Farmácia. Adoeceu e passou 3 anos no hospital. Eu me dedicava muito
a ele. Ele tinha dependência química…Estou me perdendo na concentração…Ele estava com
problema de pulmão e não havia mais recurso para ele. Tínhamos uma situação financeira
sólida e quando o médico o desenganou, falei para médico que ia lutar para comprar os
remédios do meu marido. Consegui os remédios, ele voltou para casa e recomeçamos a fazer
planos. Tivemos mais 3 filhos. Eu tinha esperança de voltar a trabalhar junto com ele e
reabrimos a farmácia. Lutei muito para isso. Quando ele voltou para o trabalho eu me senti
jogada porque achava que a gente ia trabalhar junto. Eu não aceitava e começou a depressão
terrível. Fiquei perdida porque antes ele cuidava dos filhos. É como se a casa tivesse vindo
abaixo. Aquela avalanche tinha caído em cima de mim. Mas com a fé e o meu trabalho,
consegui me reerguer.
– Se sentiu jogada como?
Como quem foi usada, traída. Isso é coisa da gente mesma. A gente sonha, faz castelos de
Cinderela… Isso que aconteceu, não tenho que culpar ninguém… Foi criada uma imagem por
mim sem base na realidade. Quando a gente se doa cegamente, o outro não tem culpa.
Compreender isso me liberta de um sentimento negativo com relação ao meu esposo. Ele
faleceu em 85.
A gente ama e se doa, porque isso não satisfaz. Mas a gente não pode cobrar do outro o que
ele não pode dar. Digo para as pessoas que gostam muito de mim: - Não me vejam como uma
pessoa perfeita porque eu posso te trazer decepção. Às vezes a pessoa se liga demais na
gente…
Todo mundo que tinha um problema eu achava que era meu: absorvia, ficava tentando ajudar a
pessoa.
– Fale mais da Sra…
Eu amo a vida: meus amigos, minha terra, minha pátria. Tenho muito amor por tudo e para
todos.. Não o suficiente para mudar o mundo…para me mudar, bastante, para ajudar os outros
e às vezes até prejudica.
– Prejudica como?
Eu tinha um filho que era viciado em jogo e eu não conseguia entender que ele era um adulto e
tinha que assumir aquilo. Minha filha tem uma compulsão por compra. Isso é porque eu não
soube educá-la. Aí eu acabo ajudando. Faço isso porque fico aflita. Faz parte da minha
ansiedade. Eu não tenho poder de iniciativa e minha filha tem. Ela pede para comprar alguma
coisa no meu cartão. Ela mente e não tenho forças para negar… de mim mesma eu tenho essa
dificuldade de negar.
– O que acha que aconteceria se negasse?
O melhor possível para ela. Mas me sinto na obrigação de atendê-la. Tenho dificuldade de
tomar decisão e sofro muitas críticas por isso, por parte do meu irmão que me cobra. Minha
vida seria bem melhor se eu pudesse tomar atitudes porque não daria nem brecha para isso
acontecer. Se tem uma coisa para consertar, eu fico adiando. Fico pensando e não consigo
realizar. Vou aceitando outras interferências. O problema é meu.
Meus filhos me causaram muitas decepções, mas foi devido a educação que eu dei. Mas eu
não me culpo porque não foi por não querer, mas por não conseguir. Sei que dei o melhor de
mim.
Eu vim porque quero cuidar da minha saúde para poder trabalhar até o último dia que eu
estiver aqui.
– Por que trabalhar é tão importante?
Eu me realizo com o trabalho, me faz muito bem. Me sinto útil. Não é por dinheiro. É por uma
realização espiritual de poder ser útil no pouco que eu sei fazer. Essa ansiedade de realizar eu
tenho, mesmo quando estou doente.
– Como é essa ansiedade?
Momentos de muita impulsão. Dá vontade de correr para um outro lugar. Noutro momento, eu
fico parada por causa dessa minha indecisão que me impede de fazer o que eu gostaria de
fazer. Por exemplo, um livro, tenho dificuldade de chegar ao final. Estou lendo um livro, vejo um
outro que tem uma leitura boa… me embolo e isso me prejudica.
– Como é o seu apetite?
Meu apetite é normal. Não tenho conhecimento para dizer se minha alimentação é a ideal. Se
meu estômago está satisfeito, não como. Gosto de laranja, sapotí, uva bem docinha, pêra.
Carne me faz mal.
Esqueço de beber água. Não bebo nem 1 litro por dia.
– Como é a sua transpiração?
Andei um tempo com suor nos pés mas agora está melhor. No calor, transpiro demais. É um
calor fora do normal. O suor é muito intenso na parte superior do corpo ( aponta da mama para
cima). Tenho mau-hálito. Cheiro nas axilas, na vagina. O suor dos pés também tinha cheiro.
Não gosto de calor. Me dá mal-estar.
– Como funciona o seu intestino?
O intestino funciona todos os dias mas com uma certa dificuldade. Quando viajo, prende mais.
Para funcionar normal (sem dificuldade, sem esforço), tenho que comer mamão, laranja ou
tomar algum remédio.
– Como é o sono?
O sono tem andado curto ultimamente. Acordo antes das 6:00hs e durmo bem tarde: o mais
cedo que eu durmo é meia-noite. Acho que é por causa do hábito de ler. Eu gostaria de dormir
mais, mas não consigo. Aí vou ler ou ver um programa no quarto mesmo. Depois do almoço
sinto vontade de deitar um pouco, mas agora se deito, não durmo.
– E os sonhos?
Sonhos: ultimamente tenho tido mais dificuldade de sonhar ou de lembrar dos sonhos.
Pesadelo: Estou num lugar que está quebrado, caindo. Estou em cima de uma ponte que está
toda podre e um movimento que eu faça, ela vai se desfazendo. Sinto aquilo como uma
realidade. Começo a me lembrar de Deus e vejo que é um sonho.
Tenho sonhos com a natureza, com as crianças.
– Tem medo de alguma coisa?
Medo? Quase não conheço essa palavra. Já tive um medo terrível: subi a escada para ver uma
obra, mas na hora de descer eu não conseguia. Fiquei me segurando no ferro para não cair.
Mas me trabalhei e consegui descer.
Quando criança subi numa mangueira e não conseguia descer, com medo.
Quando a gente vai fazer um plano, fica aquela coisa: será que vai dar certo?
Quando fui viajar de avião e vi a máscara de oxigênio, mentalizei a falta de ar e fiquei com um
pouco de medo, mas me trabalhei e foi tudo bem.
H.P.P.
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Catapora, sarampo na infância
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Cesariana do filho mais novo
Depressão aos 30 e poucos anos
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Alteração da P.A. há mais ou menos 8 anos.
P.A.: 140 x 90 mm Hg.
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Solicitado:RX Tórax
Lipidograma
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Teste Ergométrico
Análise do caso
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Temas
Indecisão
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Impotência
Altura (sonho/medo)
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Consente exageradamente
Resignada
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Servil
Calor
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Religiosidade
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Culpa
Ausência de sede
Sintomas repertorizados
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Mente – condescendente – disposição
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Mente – ilusão que fez algo – errado
Sonhos – caindo – altura + Mente – medo – lugares altos + medo – baixo, de movimento para +
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Vertigem – altos, lugares
Geral. – Alimentos e Bebidas: carne, piora com
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Medicamentos surgidos na repertorização: Ars, Lyc, Puls, Sil, Sulph
Observação prognóstica
Paciente funcional, espera-se uma melhora sem agravação.
Entendimento obtido pela análise da Dinâmica Miasmática: Como sofre? Como reage?
Paciente predominantemente psórica. Sofre quando fala: A gente ama e se doa, porque isso
não satisfaz…Foi criada uma imagem por mim sem base na realidade. Quando a gente se doa
cegamente, o outro não tem culpa.
Sonho: Estou num lugar que está quebrado, caindo. Estou em cima de uma ponte que está
toda podre e um movimento que eu faça, ela vai se desfazendo. Sinto aquilo como uma
realidade. Começo a me lembrar de Deus e vejo que é um sonho.
Fala que seu amor não é suficiente para mudar o mundo para consertar. Este seria seu
primeiro intuito reativo para a egotrofia.
Sua principal reação egotrófica é no sentido de ajudar os filhos e a outras pessoas. Na ególise,
entra em depressão.
A hipótese de entendimento do seu sofrimento baseia-se na falta de retribuição desse amor
que é transmitido aos demais.
Prescrito
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Pulsatilla 1MFC – 01 pp
Pulsatilla 1MFC – 0,12gr – 02 pela manhã e 02 à noite.
1º. Retorno – 17/06/99
O remédio fez um efeito muito bom. Tive uma melhora muito grande. Melhorei de uns 60 a
70%. Somente a memória é que não teve aquela eficácia…
Tive dores de cabeça muito intensas. A PA também melhorou.
A cãibra melhorou bastante.
Meu sono. Eu acordo e não durmo mais. Eu não tinha essa dificuldade, dormia até em
condução, facilmente…
Melhor da queimação no estômago e o ressecamento na garganta.
O problema do fígado que eu tinha, como se tivesse dobrando ou amarrando o fígado e aí
vinha aquela água na boca, melhorou bastante. Isso não era freqüente, mas incomodava.
Tive uma dor na cabeça como se tivesse levado uma pancadinha…
A dor daqui (sacro-ilíaca) melhorou bastante. Agora é muito difícil de dar.
A memória não melhorou e é fundamental para mim, porque às vezes vou falar uma coisa e
esqueço o que ia falar, recado… Não sei se faz parte de uma esclerose ou se é hereditário…
Esqueço o que vou falar. Tenho dificuldade de organizar as frases, os pensamentos, de
externar. Tenho problema de esquecimento desde a infância, com a idade piorou mais. Vou
pegar algo num lugar, esqueço. Abro a geladeira, não sei mais o que ia pegar. Sempre que vou
ao pastor da Igreja, peço um remédio para memória. Não sei se é lerdeza de raciocínio. Deve
ter outras coisas que esqueço, mas não lembro agora.
As dores de cabeça foram no alto da cabeça. Antes eram enxaqueca e agora não foram tão
intensas. Antes eu ficava mais de 10 dias direto, não passava mesmo com remédio (acho que
era da PA). A freqüência melhorou mais de 50% e com ½ comprimido de Tylenol, melhora.
Nesse período só tomei Tylenol 3 vezes.
Na hora que vou pentear o cabelo, percebo como se tivesse um machucado ou um a
pancadinha num lugar só. Não é fixo num lugar, modifica, muda. Meus olhos incham e ficam
empapuçados e tenho palidez. Calculo que pode ser problema digestivo ou de rins. Fora isso
só tive rompimento de vazinho umas 2 ou 3 vezes.
Não tenho medido a PA e no dia da dor de cabeça, meu filho mediu e estava bem. Estava 140
x 80 mmHg. Nesse período, não tomei nenhum outro remédio.
A dor no peito nem me lembrava mais. Acho que a maior porcentagem de melhora foi de
ansiedade. Estou mais calma, mais confiante…
Quando vim aqui já estava com esse problema do sono. Isso já tem mais ou menos 1 ano.
Talvez seja porque fico vendo uns programas à noite e acabo não dormindo direito. Devido a
minha ansiedade, acordo e não durmo mais. Isso melhorou um pouco.
O apetite anda bem, sem alterações nesse período.
Tive um resfriado forte mas tomei mel de abelha com limão e melhorei. Sei que muita gente foi
derrubada com essa gripe, e eu não.
O calor, até esqueci dele. Acho que não aconteceu. A transpiração melhorou bastante. Quase
não notei.
Tive um sonho: estava escalando uma pedreira e colocando uns ganchos como um alpinista.
Eu estava com grande dificuldade nessa escalada, era uma descida, mas acabei sendo feliz
porque não teve uma conseqüência maior. Não foi aterrador como das vez es passadas.
Quando vou ler, vou acompanhando o texto, e me desligo por qualquer coisa, tenho grande
dificuldade de encontrar o lugar onde parei para continuar. Tenho muito afetada essa
capacidade de encontrar o que estou procurando e isso me faz sofrer muito. É uma dificuldade
muito grande de memória.
Sempre li muito. Não sei se isso tem prejudicado minha mente. Eu gosto muito de ler. É uma
atração muito grande por ler. Não sei se é porque não tive oportunidade de estudar quando
criança. Tenho tipo um vício de ler. A leitura me traz muitas coisas boas. Minha religião é muito
rica de literatura: leio as obras básicas da minha religião, romances, gosto de me informar
sobre coisas boas. Não gosto de ler coisas que mexam com minha parte emocional: violência,
guerras, coisas que a gente não pode cooperar para melhorar.
A situação em casa com os filhos tem melhorado. Depende da gente entender que os
pensamentos são diferentes. Fui criada com rigidez e amor. Não é aquela rigidez fria,
distante… Tenho dificuldades mas tenho feito tudo para aceitar.
– Na consulta passada a Sra. falou que sentiu medo uma vez que subiu uma
escada… Sentiu medo de quê?
Não ia conseguir descer sem acontecer alguma coisa. Me senti desamparada. No pesadelo
nas tábuas frágeis, eu também me sentia desamparada. Acho que fiz essa relação
inconsciente.
Quando aparece a dor de cabeça, espero para ver se passa. Se não passar, tomo o
comprimido. Só uma dessas vezes que deu a dor de cabeça à noite, eu pensei que foi porque
carreguei bolsas pesadas de dia. Mas nesses dias carreguei peso de novo e não doeu a
cabeça.
No entardecer, às vezes sinto um pouco de melancolia. Agora já estou bem melhor. Nesse
período quase não tive.
– Que outras coisas a Sra. esquece ( além do que vai falar )?
Esqueço os números, os nomes das pessoas, isso me causa até constrangimento… Mas de
um modo geral, escrever flui bem.
P.A.
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160 x 110 mm Hg
Resultado de exames feitos em 05/05/99
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Colesterol – 281 mg/dl
Triglicerídios – 229 mg/dl
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Lipídios totais: 918 mg/dl
HDL: 37 mg/dl
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LDL: 198 mg/dl
Fosfolipídios: 377 mg/dl
Eletroforese de Lipoproteínas
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Alfa: 29,2 %
Pré-Beta: 22,6 %
Beta: 48,2
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Quilomicron 0,0 %
Raio X de tórax ( 14/05 )
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Discretas lesões de aspecto fibronodular no terço sup. do pulmão esquerdo.
Ausência de infiltrado inflamatório
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Seios costo-frênico livres
Área cardíada nos limites normais
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Alongamento discreto da aorta.
ECG
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Antes do Teste Ergométrico: Compatível com normalidade.
Após Teste Ergométrico: sem alterações significativas comparando ao ECG de base.
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Ausência de distúrbios de condução.
Teste Ergométrico suspenso no 3º. estágio no 2º. minuto devido à exaustão física. Ausência de
Arritmia durante a fase de esforço. Conclusão: Teste Ergométrico anormal por Hipertensão
Arterial vaso-reativa.
Prescrito
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Pulsatilla 10 MFC – 01 pp
Pulsatilla 10 MFC – 0,12 gr – glóbulos.
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Hipertensão arterial