Adoramos viajar e isso não é segredo para ninguém. Somos apaixonados pela África e, das várias cidades por onde circulamos, Marrakech é uma das mais especiais. É um dos lugares mais mágicos onde estivemos e por isso decidimos nos casar por lá. Sua maneira de combinar história e tradição com inovação e energia nos encanta. Nos últimos anos, estivemos algumas vezes na cidade e nos arredores, preparando a nossa festa e descobrindo lugares incríveis. Por isso, gostaríamos de dividir nossos achados com você para que, ao chegar, goste de Marrakech tanto quanto a gente. Boas descobertas! 12 13 d icas im p er d í v eis Passear pela praça Djemaa el-Fna, principalmente ao entardecer. Hospedar-se em um riad na Medina. Jantar, almoçar ou fazer um happy hour nos hotéis de luxo. Reservar um hamman, banho quente delicioso, que lava a alma, no spa de um bom hotel. Não ter vergonha de pechinchar pelos souks da Medina, pois é a chave para boas compras. Experimentar um tajine, o prato típico, no Dar Moha, Dar Yacout ou no Le Tobsil. Comer um croissant nos cafés da parte nova da cidade, Guéliz, com suas largas avenidas. Fazer um passeio de balão ao nascer do sol. Passar o dia nas montanhas dos Atlas, quem sabe na kasbah de Toubkal. Curtir o pôr do sol em um rooftop com um chá de menta adocicado. 14 15 marra k ec h é lo g o ali 16 17 Marrakech é exótica, diferente e fica na África. Contudo, é um destino bastante civilizado e de fácil acesso. O Marrocos é um dos mais liberais países islâmicos. Foi ocupado pela Espanha e pela França durante bastante tempo, o que deixou os hábitos e costumes mais flexíveis do que os de seus vizinhos. Em muitos locais as pessoas bebem álcool, várias mulheres usam saias e os homens fazem a barba. Há mulheres que se cobrem, mas nenhuma de burca. Há fundamentalistas, mas são minoria. A infraestrutura do país é boa. Há estradas, autopistas, linhas férreas e aeroportos por todos os lados. Bons hotéis e restaurantes não deixam nenhum turista na mão. É fácil de acessar a internet, de falar ao 18 celular, de ler o jornal, de ir e vir tranquilamente. É mais seguro caminhar pela Medina de Fez ou Casablanca do que pelo centro das grandes cidades brasileiras. Anualmente, mais de nove milhões de turistas visitam o Marrocos. Então vá com tranquilidade. Marrakech, a poucas horas de voo de grandes cidades europeias, é o destino mais visitado do país. A Cidade Vermelha oferece a mistura perfeita de exotismo e conforto, com boas opções de hotéis e restaurantes para todos os gostos e bolsos. As cores vibrantes, os cheiros de temperos exóticos, a mistura das culturas árabe, berbere e europeia, além da paisagem exuberante, são apenas alguns dos motivos para você ir até lá. 19 como c h e g ar DE AVIÃO Saindo do Brasil, é preciso fazer ao menos uma conexão para chegar ao aeroporto de Marrakech Menara (código RAK). As melhores opções são: Royal Air Maroc, via Casablanca www.royalairmaroc.com TAP Air Portugal, via Lisboa Dica: há saídas de várias cidades do Brasil. www.flytap.com Iberia, via Madri www.iberia.com British Airways, via Londres Gatwick Dica: os voos da BA para o Brasil chegam e saem do aeroporto de Heathrow. www.britishairways.com Quem estiver na Europa pode voar diretamente com as companhias aéreas low-cost EasyJet, de Paris, Berlim, Genebra ou Milão ou com a Vueling, de Barcelona. 20 21 Se precisar entrar em contato com a companhia aérea Air France 0890 201 818 British Airways +212 4444 8951 EasyJet +44 330 365 5454 Iberia +212 522 539 632 Royal Air Maroc 089000 0800 ou 3260 TAP Air Portugal 00211 0011 seguido de 8887041281 Vueling +34 931 518 158 DE CARRO Outra opção é voar até o aeroporto Mohammed V de Casablanca (código CMN) e de lá seguir viagem de carro, explorando as várias cidades ao longo do caminho. São 225 quilômetros que podem ser feitos em duas horas e meia por uma ótima estrada. Só cuide com o limite de velocidade, pois há bastante policiamento na rota. Reserve um 4x4 para poder explorar o deserto. A carteira de motorista brasileira é válida no Marrocos. DE TREM De Casablanca a Marrakech são cerca de três horas e meia com o trem. Há várias partidas diárias a cada duas horas e a passagem de primeira classe custa, aproximadamente, 15 euros. Os trens são limpos e pontuais. www.oncf.ma Há trens saindo do aeroporto de Casablanca, mas passam pela estação central antes de seguir viagem a Marrakech. 22 23 quanDo ir Basta um passaporte válido por pelo menos 90 dias para entrar no Marrocos. Brasileiros não precisam de visto nem de vacinas, como a de febre amarela, e podem ficar até três meses. Se for prosseguir para outros países africanos, verifique as formalidades de entrada antes de sair de viagem. Em caso de emergência Embaixada do Brasil em Rabat, telefone 0537 572 732 (para ligar do Marrocos), de segunda a sexta. rabat.itamaraty.gov.br 24 Em geral, o clima na cidade é ameno. Por estar em uma região árida, mesmo os 40 graus do verão não deixam a gente transpirar tanto. Mesmo assim é bastante quente e a brisa do Atlântico não ajuda muito. Já no inverno pode fazer muito frio e as estradas nas montanhas ficam bloqueadas por nevascas. Mas se você está atrás de uma estação de esqui, Oukaïmeden é pertinho. Novembro, dezembro e janeiro são os meses de chuva, mas, com as mudanças climáticas do globo, está cada vez mais difícil prever quando chove. A melhor época para visitar é na primavera ou no outono, quando o clima é mais ameno. Dá para aproveitar a piscina do hotel durante o dia, com temperaturas ao redor de 24 graus, e usar uma pashmina à noite, quando faz 16, 18 graus. Lembre-se de que as oscilações de temperatura entre o dia e a noite são consideráveis em todas as épocas do ano. O Marrocos fica no mesmo fuso horário do Reino Unido e de Portugal, três horas adiante do horário de Brasília. 25 moe d a A moeda marroquina é o dirham (abreviação: MAD ou Dh) e muitos preços são cotados nele. É sempre bom ter alguns dirhams na carteira para um táxi ou alguma compra pequena. Nos souks, muita gente aceita euros e dólares. Lojas maiores, bons restaurantes e hotéis aceitam cartões de crédito. Caixas automáticos estão por todas as partes e é fácil trocar dinheiro na recepção, em bancos e casas de câmbio. O dirham é dividido em 100 centimes. Todas as notas têm a efígie do rei Mohammed VI. A maior nota é de 200 dirhams. Cotação aproximada US$ 1 = Dhs 8 | € 1 = Dhs 11 26 27 IDIOMA O idioma oficial do Marrocos é o árabe, misturado com palavras berberes e com francês, falado pela elite. Nas cidades turísticas, o espanhol também é comum, assim como o inglês. Nos souks, os vendedores falam qualquer língua para vender. Shukran: obrigado Afuan: de nada Bonjour: bom dia La: não Naam: sim COMUNICAÇÃO Os celulares brasileiros funcionam normalmente no Marrocos (talvez melhor do que no Brasil). Hotéis e restaurantes oferecem wi-fi, muitas vezes gratuito. Não precisa lembrar que vale a pena checar com sua operadora o custo de usá-lo fora do país. O código internacional do Marrocos é +212. Para ligar para o Brasil, disque 0055. 28 29 TRANSPORTE Andar a pé é fácil ao redor da Medina e de Guéliz. Para ir à Palmeraie e um ou outro lugar mais afastado, o jeito é recorrer aos “petit taxis” vermelhos, um pouco velhos, mas baratos e eficientes. Negocie o preço antes da corrida e, como de costume, pechinche. Não é costume usarem taxímetro. Há também as caleches, carruagens puxadas por cavalos, que são um programa turístico interessante, principalmente pela região de Hivernage, mas não são muito práticas para, por exemplo, ir jantar fora. Sempre negocie o preço da corrida com o taxista antes de entrar ou exija que o taxímetro (quando houver) seja ligado. Peça para o concierge de seu hotel escrever o endereço do destino em árabe em um cartão de visita. Os preços são sempre em dirhams. Para quem prefere serviço de motorista, o concierge do hotel pode ajudar com um dos vários serviços disponíveis na cidade. Se quiser reservar, uma sugestão é o Akaman Services. +212.524.420.489 www.akamanservices.com 30 A corrida do aeroporto até a Medina é, em média, Dhs 100. O taxista vai pedir Dhs 200, negocie. Da região da Palmeraie até a Medina, cerca de Dhs 150. De Guéliz até a Medina, Dhs 80. Se for para algum outro lugar, pergunte no hotel a média de preços. 31 32 33 HÁ B I T O S E C O S T U M E S Marrakech orgulha-se de ser a cidade mais “liberal” do Marrocos, onde as mulheres podem andar seguras, além de usarem shorts e regatas sem muitos problemas. Mas a melhor dica é adaptar-se ao destino e levar um guarda-roupa um pouco menos revelador. Evite roupas muito curtas, ombros de fora, decotes fora de medida. Tenha sempre uma pashmina em mãos. Homens vão notar que os marroquinos raramente usam shorts e chinelos nas ruas. A sexta-feira é o dia em que muitos fiéis vão à mesquita na hora do almoço. Várias lojas permanecem fechadas até o período da tarde, quando a vida volta, tranquilamente, ao normal. 34 35