SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE
FORTALEZA - CE
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
ETE DO COCÓ
PROJETO EXECUTIVO
VOLUME II – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Tomo 2 de 2 – Especificações Técnicas de
Serviços e Materiais
NOVEMBRO / 2011
AV SETE DE SETEMBRO, 3566 - CENTRO - CEP 80250-210 - FONE/FAX (41) 3233-9519 - CURITIBA - PR
E-MAIL: [email protected]
I - APRESENTAÇÃO
Este documento apresenta o PROJETO EXECUTIVO DA ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTOS DO COCÓ, parte integrante da área urbana da
cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, elaborado pela empresa PROSERENCO,
em atendimento ao interesse da Companhia de Água e Esgotos do Ceará - Cagece.
O projeto consiste no detalhamento da 1ª etapa da ETE do Cocó, que terá
condições de receber a contribuição referente às sub-bacias CE-7, CE-8, CE-9. Sua
localização se dá no Bairro Dias Macedo, entre a Rua João Ferreira e o açude
Uirapuru.
Junto a área da ETE, também está prevista a implantação de uma Estação
Elevatória Final, projetada para atender a vazão de 1ª etapa, no que se refere aos
equipamentos hidráulicos e atender a vazão total (2ª etapa), no que se refere à parte
civil.
O tratamento será com sistema terciário e seu corpo receptor será no Riacho
Martinho.
O projeto se encontra distribuído conforme discriminação indicada a seguir:
VOLUME I
- MEMORIAL DESCRITIVO
VOLUME II
- ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Tomo 1 de 2 - Especificações técnicas de serviços e materiais
Tomo 2 de 2 - Especificações técnicas de materiais e equipamentos
especiais
VOLUME III
- MANUAL DE OPERAÇÃO
VOLUME IV
- PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS
Tomo 1 de 2 - Orçamento
Tomo 2 de 2 - Memória de cálculo e cotações
VOLUME V
- DESENHOS HIDRÁULICOS E ARQUITETÔNICOS
Tomo 1 de 5 - 100-Leiautes, 107-Fluxogramas e 108-Insert’s
Tomo 2 de 5 - 101-Tratamento preliminar e 103-Tratamento de Lodo /
Desidratação
Tomo 3 de 5 - 102-Tanque de aeração / RFA e 106-Reservatório elevado
Tomo 4 de 5 - 104-Desinfecção / Cloro / Câmara de Contato e 109-Portaria
e 111-Subestação elétrica
Tomo 5 de 5 -105-Sopradores, 110-Administração e 112-Emissário
VOLUME VI
- PROJETO ELÉTRICO
Tomo 1 de 2 - Memorial Descritivo e Especificações Técnicas
Tomo 2 de 2 - Desenhos
VOLUME VII
- PROJETO ESTRUTURAL
VOLUM E II – Esp ecif icações
T écnicas
T om o 1 d e 2 – Ser viços e M at er iais
II – ÍNDICE
TOC \O "1-9" \T "TÍTULO 1;1;TITULO 4 - ITEM 3;1;TÍTULO 2;2;TÍTULO 3;3;ESTILO
TÍTULO 2 + NÃO TODAS EM MAIÚSCULAS;3" \H
HYPERLINK \L "_TOC308452825"1.1. DISPOSIÇÕES GERAIS............................8
HYPERLINK \L "_TOC308452826"1.1.1. ORIENTAÇÃO GERAL E FISCALIZAÇÃO
8
HYPERLINK \l "_Toc308452827"1.1.2. Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho...........9
HYPERLINK \l "_Toc308452828"1.1.3. Instruções Gerais............................................12
HYPERLINK \l "_Toc308452829"1.1.4. Subempreitadas..............................................13
HYPERLINK \l "_Toc308452830"1.1.5. Seguros.........................................................13
HYPERLINK \l "_Toc308452831"1.1.6. Licenças e Franquias........................................14
HYPERLINK \l "_Toc308452832"1.1.7. Responsabilidade e Garantia.............................14
HYPERLINK \l "_Toc308452833"1.1.8. Informações Complementares...........................15
HYPERLINK \l "_Toc308452834"1.2. CANTEIRO DE OBRAS................................16
HYPERLINK \L "_TOC308452835"1.2.1. INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DO
CANTEIRO..................................................................................................................16
HYPERLINK \l "_Toc308452836"1.2.2. Preservação de Propriedade..............................18
HYPERLINK \l "_Toc308452837"1.2.3. Livro de Ocorrências........................................19
HYPERLINK \l "_Toc308452838"1.2.4. Placa de Identificação......................................20
HYPERLINK \l "_Toc308452839"1.3. LIMPEZA DO TERRENO.............................20
HYPERLINK \L "_TOC308452840"1.3.1. DESMATAMENTO E DESTOCAMENTO
20
HYPERLINK \l "_Toc308452841"1.3.2. Capina e Roçada.............................................20
HYPERLINK \l "_Toc308452842"1.3.3. Remoção da Camada Vegetal............................20
HYPERLINK \l "_Toc308452843"1.4. CAMINHOS DE SERVIÇOS.........................21
HYPERLINK \L "_TOC308452844"1.5. DEMOLIÇÕES E REPOSIÇÕES............................21
HYPERLINK \L "_TOC308452845"1.6. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS................................22
HYPERLINK \L "_TOC308452846"1.6.1. LOCAÇÃO DAS OBRAS.........................22
HYPERLINK \l "_Toc308452847"1.6.2. Cadastro........................................................23
HYPERLINK \l "_Toc308452848"1.6.3. Tapumes de Proteção e Cercas..........................25
HYPERLINK \l "_Toc308452849"1.6.4. Desvio de Trânsito e Sinalização.........................25
HYPERLINK \l "_Toc308452850"1.7. MOVIMENTO DE TERRA............................29
HYPERLINK \L "_TOC308452851"1.7.1. ESCAVAÇÃO..........................................29
HYPERLINK \l "_Toc308452852"1.7.2. Aterros..........................................................33
HYPERLINK \l "_Toc308452853"1.8. ESCORAMENTO..........................................34
HYPERLINK \L "_TOC308452854"1.8.1. PONTALETEAMENTO............................35
HYPERLINK \l "_Toc308452855"1.8.2. Descontínuo, em Madeira.................................35
HYPERLINK \l "_Toc308452856"1.8.3. Contínuo, em Madeira.....................................35
HYPERLINK \l "_Toc308452857"1.8.4. Escoramento Especial......................................36
HYPERLINK \l "_Toc308452858"1.8.5. Escoramento com Perfis Metálicos e Pranchas de
Madeira 36
HYPERLINK \l "_Toc308452859"1.9. ESGOTAMENTO E DRENAGEM................37
HYPERLINK
\L "_TOC308452860"1.10. INTERFERÊNCIAS NA INFRAESTRUTURA EXISTENTE.........................................................................................37
1
HYPERLINK \L "_TOC308452861"1.11. TRANSPORTE E ASSENTAMENTO DE TUBOS E PEÇAS
38
HYPERLINK
\L "_TOC308452862"1.11.1. TRANSPORTE, ESTOCAGEM E
MOBILIZAÇÃO DE TUBOS E PEÇAS........................................................................38
HYPERLINK \l "_Toc308452863"1.11.2. Assentamento de Tubulações e Peças...............40
HYPERLINK \l "_Toc308452864"1.11.3. Ensaio das Linhas..........................................51
HYPERLINK \l "_Toc308452865"1.12. FUNDAÇÕES.............................................52
HYPERLINK \L "_TOC308452866"1.12.1. GENERALIDADES................................52
HYPERLINK \l "_Toc308452867"1.12.2. Blocos, Sapatas e Baldrames...........................52
HYPERLINK \l "_Toc308452868"1.12.3. Estaca.........................................................53
HYPERLINK \l "_Toc308452869"1.12.4. Tubulão.......................................................53
HYPERLINK \l "_Toc308452870"1.13. ESTRUTURAS DE CONCRETO................54
HYPERLINK \L "_TOC308452871"1.13.1. MATERIAIS COMPONENTES DO
CONCRETO................................................................................................................55
HYPERLINK \l "_Toc308452872"1.13.2. Execução do Concreto....................................62
HYPERLINK \l "_Toc308452873"1.13.3. Armaduras de Aço.........................................69
HYPERLINK \l "_Toc308452874"1.13.4. Fôrmas........................................................73
HYPERLINK \l "_Toc308452875"1.13.5. Juntas de Concretagem..................................76
HYPERLINK \l "_Toc308452876"1.13.6. Condições Específicas das Estruturas de Concreto
77
HYPERLINK \l "_Toc308452877"1.13.7. Reparos no Concreto.....................................78
HYPERLINK \l "_Toc308452878"1.13.8. Controle Tecnológico.....................................79
HYPERLINK \l "_Toc308452879"1.14. ENSAIO DAS TUBULAÇÕES....................84
HYPERLINK \L "_TOC308452880"1.15. FECHAMENTOS.............................................85
HYPERLINK \L "_TOC308452881"1.15.1. GENERALIDADES................................85
HYPERLINK \l "_Toc308452882"1.15.2. Alvenaria com Tijolos Maciços.........................86
HYPERLINK \l "_Toc308452883"1.15.3. Alvenaria de Blocos de Concreto......................86
HYPERLINK \l "_Toc308452884"1.15.4. Alvenaria com Tijolos Furados.........................87
HYPERLINK \l "_Toc308452885"1.15.5. Alvenaria com Elemento Vazado......................87
HYPERLINK \l "_Toc308452886"1.15.6. Divisórias em Granilite...................................87
HYPERLINK \l "_Toc308452887"1.16. revestimentos..............................................88
HYPERLINK \L "_TOC308452888"1.16.1. GENERALIDADES................................88
HYPERLINK \l "_Toc308452889"1.16.2. Chapiscos....................................................88
HYPERLINK \l "_Toc308452890"1.16.3. Emboço.......................................................88
HYPERLINK \l "_Toc308452891"1.16.4. Reboco.......................................................89
HYPERLINK \l "_Toc308452892"1.16.5. Revestimento com Cerâmica ou Pastilhas..........89
HYPERLINK \l "_Toc308452893"1.16.6. Forro de Laje de Concreto...............................90
HYPERLINK \l "_Toc308452894"1.17. PISOS.........................................................90
HYPERLINK \L "_TOC308452895"1.17.1. GENERALIDADES................................90
HYPERLINK \l "_Toc308452896"1.17.2. Piso de Concreto...........................................90
HYPERLINK \l "_Toc308452897"1.17.3. Piso de Borracha ..........................................91
HYPERLINK \l "_Toc308452898"1.17.4. Piso de Ladrilho Cerâmico ..............................92
HYPERLINK \l "_Toc308452899"1.18. VIDRAÇARIA..............................................92
HYPERLINK \L "_TOC308452900"1.18.1. GENERALIDADES................................92
HYPERLINK \l "_Toc308452901"1.18.2. Transparentes e Comuns................................93
HYPERLINK \l "_Toc308452902"1.18.3. Vidro Temperado..........................................93
HYPERLINK \l "_Toc308452903"1.19. PINTURAS..................................................93
2
HYPERLINK \L "_TOC308452904"1.19.1. GENERALIDADES................................93
HYPERLINK \l "_Toc308452905"1.19.2. Tintas..........................................................93
HYPERLINK \l "_Toc308452906"1.19.3. Pintura em Látex (com massa corrida) sobre
Paredes Revestidas...........................................................................................................94
HYPERLINK \l "_Toc308452907"1.19.4. Pintura de Esmalte sobre Esquadrias de Madeira 94
HYPERLINK \l "_Toc308452908"1.19.5. Pintura de Silicone.........................................95
HYPERLINK \l "_Toc308452909"1.20. ESQUADRIAS E FERRAGENS.................95
HYPERLINK \L "_TOC308452910"1.20.1. ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO..............95
HYPERLINK \l "_Toc308452911"1.20.2. Esquadrias de Madeira...................................96
HYPERLINK \l "_Toc308452912"1.20.3. Ferragens....................................................96
HYPERLINK \l "_Toc308452913"1.21. IMPERMEABILIZAÇÃO..............................97
HYPERLINK \L "_TOC308452914"1.22. INSTALAÇÃO DE ÁGUA...................................98
HYPERLINK \L "_TOC308452915"1.22.1. CONDIÇÕES GERAIS..........................98
HYPERLINK \l "_Toc308452916"1.22.2. Proteção e Verificação...................................99
HYPERLINK \l "_Toc308452917"1.22.3. Serviços Complementares...............................99
HYPERLINK \l "_Toc308452918"1.23. INSTALAÇÕES CONTRA INCÊNDIO.....100
HYPERLINK \L "_TOC308452919"1.23.1. CONDIÇÕES GERAIS .......................100
HYPERLINK \l "_Toc308452920"1.24. INSTALAÇÕES DE ESGOTOS................100
HYPERLINK \L "_TOC308452921"1.24.1. CONDIÇÕES GERAIS........................100
HYPERLINK \l "_Toc308452922"1.24.2. Proteção e Verificação.................................101
HYPERLINK \l "_Toc308452923"1.24.3. Instalações De Esgotos.................................101
HYPERLINK \l "_Toc308452924"1.24.4. Ralos........................................................102
HYPERLINK \l "_Toc308452925"1.24.5. Elementos de Inspeção................................102
HYPERLINK \l "_Toc308452926"1.24.6. Fossas e Sumidouros...................................102
HYPERLINK \l "_Toc308452927"1.24.7. Montagem de Aparelhos..............................103
HYPERLINK \l "_Toc308452928"1.24.8. Serviços Complementares............................103
HYPERLINK \l "_Toc308452929"1.25. INSTALAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS......103
HYPERLINK \L "_TOC308452930"1.25.1. CONDIÇÕES GERAIS........................103
HYPERLINK \l "_Toc308452931"1.25.2. Canaletas..................................................103
HYPERLINK \l "_Toc308452932"1.25.3. Condutores................................................103
HYPERLINK \l "_Toc308452933"1.25.4. Elementos de Inspeção................................103
HYPERLINK \l "_Toc308452934"1.25.5. Rede Coletora............................................104
HYPERLINK \l "_Toc308452935"1.25.6. Rufos........................................................104
HYPERLINK \l "_Toc308452936"1.25.7. Proteção e Verificação.................................104
HYPERLINK \l "_Toc308452937"1.26. INSTALAÇÃO DE BOMBAS....................104
HYPERLINK \L "_TOC308452938"1.26.1. CONDIÇÕES GERAIS........................104
HYPERLINK \l "_Toc308452939"1.26.2. Serviços Complementares............................105
HYPERLINK \l "_Toc308452940"1.27. INSTALAÇÃO ELÉTRICA........................105
HYPERLINK \L "_TOC308452941"1.27.1. CONDIÇÕES GERAIS:.......................105
HYPERLINK \l "_Toc308452942"1.27.2. Proteção e Verificação.................................107
HYPERLINK \l "_Toc308452943"1.27.3. Serviços Complementares.............................108
HYPERLINK \l "_Toc308452944"1.28. EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS..............108
HYPERLINK \L "_TOC308452945"1.28.1. CONDIÇÕES GERAIS........................108
HYPERLINK \l "_Toc308452946"1.28.2. Grupamento..............................................108
HYPERLINK \l "_Toc308452947"1.28.3. Posições Relativas ......................................109
HYPERLINK \l "_Toc308452948"1.29. INSTALAÇÕES DE PÁRA-RAIOS...........110
HYPERLINK \L "_TOC308452949"1.29.1. PROJETOS E NORMAS.....................110
3
HYPERLINK \l "_Toc308452950"1.30. ARMÁRIOS DE MADEIRA E FÓRMICA..110
HYPERLINK \L "_TOC308452951"1.30.1. GENERALIDADES..............................110
HYPERLINK \l "_Toc308452952"1.30.2. Revestimento de Madeira com Laminado
Melamínico 110
HYPERLINK \l "_Toc308452953"1.31. SERVIÇOS GERAIS COMPLEMENTARES
111
HYPERLINK \L "_TOC308452954"1.31.1. REPOSIÇÕES.....................................111
HYPERLINK \l "_Toc308452955"1.31.2. Execução e Assentamento de Meio-Fio Reto....112
HYPERLINK \l "_Toc308452956"1.31.3. Drenagem de Águas Pluviais..........................113
HYPERLINK \l "_Toc308452957"1.31.4. Plantio de Grama em Placas..........................113
HYPERLINK \l "_Toc308452958"1.31.5. Limpeza da Obra.........................................114
HYPERLINK \l "_Toc308452959"1.32. PAVIMENTAÇÃO ASFALTICA.................114
HYPERLINK \L "_TOC308452960"1.32.1. GENERALIDADES..............................114
HYPERLINK \l "_Toc308452961"1.32.2. Regularização do Subleito.............................114
HYPERLINK \l "_Toc308452962"1.32.3. Aterros.....................................................115
HYPERLINK \l "_Toc308452963"1.32.4. Base Estabilizada Granulometricamente com
utilização de Solos Lateríticos...........................................................................................117
HYPERLINK \l "_Toc308452964"1.32.5. Sub-Base Estabilizada Granulometricamente com
utilização de Solos Lateríticos...........................................................................................118
HYPERLINK \l "_Toc308452965"1.32.6. Imprimação...............................................119
HYPERLINK \l "_Toc308452966"1.32.7. Revestimento com Concreto Betuminoso........120
HYPERLINK \l "_Toc308452967"1.33. RECEBIMENTO DAS OBRAS.................123
HYPERLINK \L "_TOC308452968"1.34. SERVIÇOS COMPLEMENTARES.......................123
HYPERLINK \L "_TOC308452969"1.34.1. CONDIÇÕES GERAIS........................123
HYPERLINK \l "_Toc308452970"1.34.2. Assessoria Técnica à Obra pela Equipe de Projeto
124
HYPERLINK \l "_Toc308452971"1.34.3. Elaboração do Manual de Operação e Manutenção
da ETA 124
HYPERLINK \l "_Toc308452972"1.34.4. Pré-operação da ETE....................................125
HYPERLINK \l "_Toc308452973"1.34.5. Treinamento dos Técnicos da CAGECE.............125
HYPERLINK \l "_Toc308452974"1.34.6. Treinamento dos Técnicos da CAGECE na Operação
de Equipamentos...........................................................................................................126
2. MATERIAIS....................................................127 HYPERLINK \l "_Toc308452975"
HYPERLINK \L "_TOC308452976"2.1. DISPOSIÇÕES GERAIS........................127
HYPERLINK \L "_TOC308452978"2.2. ABRASIVOS..................................................128
HYPERLINK \L "_TOC308452979"2.2.1. PARA PISOS ANTIDERRAPANTES....128
HYPERLINK \l "_Toc308452980"2.2.2. Para Esmerilhamento ou Acabamento..............128
HYPERLINK \l "_Toc308452981"2.3. AÇO............................................................128
HYPERLINK \L "_TOC308452982"2.4. ADESIVOS....................................................128
HYPERLINK \L "_TOC308452983"2.5. ADITIVOS.....................................................128
HYPERLINK \L "_TOC308452984"2.6. AGLOMERANTES...........................................129
HYPERLINK \L "_TOC308452985"2.6.1. CAL .......................................................129
HYPERLINK \l "_Toc308452986"2.6.2. Cimento .....................................................129
HYPERLINK \l "_Toc308452987"2.6.3. Gesso..........................................................130
HYPERLINK \l "_Toc308452988"2.7. AGREGADOS.............................................131
HYPERLINK \L "_TOC308452989"2.7.1. AREIA....................................................131
HYPERLINK \l "_Toc308452990"2.7.2. Brita...........................................................132
4
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\l "_Toc308452991"2.7.3. Granilha......................................................132
\l "_Toc308452992"2.7.4. Pedregulho..................................................132
\l "_Toc308452993"2.7.5. Pó de Pedra.................................................133
\l "_Toc308452994"2.7.6. Quartzo Moído.............................................133
\l "_Toc308452995"2.7.7. Saibro.........................................................133
\l "_Toc308452996"2.8. ÁGUA..........................................................133
\L "_TOC308452997"2.9. ALUMÍNIO...................................................133
\L "_TOC308452998"2.10. APARELHOS SANITÁRIOS..................134
\L "_TOC308452999"2.10.1. ESMALTADO......................................134
\l "_Toc308453000"2.10.2. De Louça...................................................134
\l "_Toc308453001"2.10.3. Metais......................................................135
\l "_Toc308453002"2.11. AREIA.......................................................135
\L "_TOC308453003"2.12. ARGAMASSAS.............................................135
\L "_TOC308453004"2.13. ARGAMASSADAS DE ALTA RESISTÊNCIA...........135
\L "_TOC308453005"2.14. ARTEFATOS................................................136
\L "_TOC308453006"2.14.1. DE CONCRETO..................................136
\l "_Toc308453007"2.14.2. De Ferro....................................................136
\l "_Toc308453008"2.15. ASFALTO..................................................136
\L "_TOC308453009"2.16. AZULEJOS..................................................136
\L "_TOC308453010"2.17. BLOCOS.....................................................136
\L "_TOC308453011"2.17.1. DE CERÂMICA...................................136
\l "_Toc308453012"2.17.2. De Concreto...............................................137
\l "_Toc308453013"2.18. COBRE.....................................................137
\L "_TOC308453014"2.18.1. COBRE ELETROLÍTICO....................137
\l "_Toc308453015"2.19. COLAS......................................................137
\L "_TOC308453016"2.19.1. PARA FIXAÇÃO..................................137
\l "_Toc308453017"2.19.2. Para Pintura...............................................137
\l "_Toc308453018"2.20. CORANTES..............................................137
\L "_TOC308453019"2.20.1. PARA TINTAS.....................................137
\l "_Toc308453020"2.20.2. Para Anodização.........................................137
\l "_Toc308453021"2.21. ELASTÔMEROS E CORRELATOS.........138
\L "_TOC308453022"2.22. FAIANÇA....................................................138
\L "_TOC308453023"2.22.1. AZULEJOS..........................................138
\l "_Toc308453024"2.22.2. Arremates e Acessórios de Faiança.................138
\l "_Toc308453025"2.23. FERRO.....................................................139
\L "_TOC308453026"2.23.1. FORJADO...........................................139
\l "_Toc308453027"2.23.2. Fundido.....................................................139
\l "_Toc308453028"2.24. GESSO-CRÉ............................................139
\L "_TOC308453029"2.25. HIDRÓFUGOS.............................................139
\L "_TOC308453030"2.25.1. 3.27.1 HIDRÓFUGOS DE MASSA.....139
\l "_Toc308453031"2.25.2. Hidrófugosa Superficiais...............................139
\l "_Toc308453032"2.26. LÃ DE VIDRO...........................................140
\L "_TOC308453033"2.27. LADRILHOS................................................140
\L "_TOC308453034"2.27.1. HIDRÁULICOS....................................140
\l "_Toc308453035"2.27.2. Cerâmicos..................................................140
\l "_Toc308453036"2.28. LÁTEX.......................................................141
\L "_TOC308453037"2.29. LIGAS METÁLICAS........................................141
5
HYPERLINK \L "_TOC308453038"2.29.1. DE ALUMÍNIO.....................................141
HYPERLINK \l "_Toc308453039"2.30. MADEIRA..................................................141
HYPERLINK \L "_TOC308453040"2.30.1. NORMAS.............................................141
HYPERLINK \l "_Toc308453041"2.30.2. Nomenclatura ...........................................142
HYPERLINK \l "_Toc308453042"2.31. MANILHAS................................................142
HYPERLINK \L "_TOC308453043"2.32. MÁRMORES E GRANITOS..............................142
HYPERLINK \L "_TOC308453044"2.33. MÁRMORE ARTIFICIAL.................................143
HYPERLINK \L "_TOC308453045"2.34. MASTIQUES E MASSAS PLÁSTICAS..................143
HYPERLINK \L "_TOC308453046"2.34.1. MASSAS BETUMINOSAS..................143
HYPERLINK \l "_Toc308453047"2.34.2. Massas de Gesso-Cré...................................143
HYPERLINK \l "_Toc308453048"2.34.3. Massas e Mastiques Diversos........................143
HYPERLINK \l "_Toc308453049"2.35. MATERIAIS BETUMINOSOS...................143
HYPERLINK \L "_TOC308453050"2.35.1. TERMINOLOGIA.................................143
HYPERLINK \l "_Toc308453051"2.35.2. Métodos de Ensaios....................................143
HYPERLINK \l "_Toc308453052"2.35.3. Asfalto......................................................144
HYPERLINK \l "_Toc308453053"2.35.4. Soluções Asfálticas......................................144
HYPERLINK \l "_Toc308453054"2.35.5. Emulsões Asfáltica.......................................145
HYPERLINK \l "_Toc308453055"2.35.6. Emulsões Betuminosas ................................145
HYPERLINK \l "_Toc308453056"2.35.7. Mastiques Betuminosos...............................146
HYPERLINK \l "_Toc308453057"2.36. MATERIAIS DIVERSOS...........................146
HYPERLINK \L "_TOC308453058"2.36.1. MATERIAIS AUXILIARES...................146
HYPERLINK \l "_Toc308453059"2.36.2. Materiais de Enchimento..............................146
HYPERLINK \l "_Toc308453060"2.36.3. Materiais de Fixação....................................148
HYPERLINK \l "_Toc308453061"2.36.4. Materiais Isolantes ou Absorventes................150
HYPERLINK \l "_Toc308453062"2.36.5. Materiais de Vedação..................................151
HYPERLINK \l "_Toc308453063"2.37. PRODUTOS QUÍMICOS..........................152
HYPERLINK \L "_TOC308453064"2.37.1. POLIELETRÓLITO EM PÓ.................152
HYPERLINK \l "_Toc308453065"2.37.2. Cal Hidratada.............................................153
HYPERLINK \l "_Toc308453066"2.37.3. Cloreto Férrico...........................................154
HYPERLINK \l "_Toc308453067"2.37.4. Cloro........................................................154
HYPERLINK
\l "_Toc308453068"2.38. MATERIAIS PARA INSTALAÇÕES
HIDRÁULICAS..........................................................................................................157
HYPERLINK \L "_TOC308453069" BRAÇADEIRAS.............................................157
HYPERLINK \l "_Toc308453070"2.38.1. Buchas...................................................157
HYPERLINK \l "_Toc308453071"2.38.2. Caixas de Gordura.......................................157
HYPERLINK \l "_Toc308453072"2.38.3. Caixas de Incêndio.......................................158
HYPERLINK \l "_Toc308453073"2.38.4. Caixa de Inspeção........................................158
HYPERLINK \l "_Toc308453074"2.38.5. Caixas Sifonadas.........................................158
HYPERLINK \l "_Toc308453075"2.38.6. Conexões...................................................158
HYPERLINK \l "_Toc308453076"2.38.7. Ralos........................................................159
HYPERLINK \l "_Toc308453077"2.38.8. Solda .......................................................159
HYPERLINK \l "_Toc308453078"2.38.9. Tampões...................................................159
HYPERLINK \l "_Toc308453079"2.38.10. Tubos ..................................................159
HYPERLINK \l "_Toc308453080"2.38.11. Válvulas e Registros...................................162
HYPERLINK \l "_Toc308453081"2.39. Materiais Para Pintura E Lustração...........163
HYPERLINK \L "_TOC308453082"2.39.1. ÁGUA-RÁS..........................................163
HYPERLINK \l "_Toc308453083"2.39.2. Alvaiade....................................................163
6
HYPERLINK \l "_Toc308453084"2.39.3. Colas........................................................164
HYPERLINK \l "_Toc308453085"2.39.4. Goma-Laca ................................................164
HYPERLINK \l "_Toc308453086"2.39.5. Óleo de Linhaça..........................................164
HYPERLINK \l "_Toc308453087"2.39.6. Pigmentos .................................................164
HYPERLINK \l "_Toc308453088"2.39.7. Massas .....................................................164
HYPERLINK \l "_Toc308453089"2.39.8. Secantes....................................................165
HYPERLINK \l "_Toc308453090"2.39.9. Tintas e Vernizes.........................................165
HYPERLINK \l "_Toc308453091"2.39.10. Zarcão .................................................165
HYPERLINK \l "_Toc308453092"2.40. MESCLAS..................................................165
HYPERLINK \L "_TOC308453093"2.40.1. ARGAMASSAS USUAIS.....................165
HYPERLINK \l "_Toc308453094"2.40.2. Argamassas Especiais...................................167
HYPERLINK \l "_Toc308453095"2.41. PEDRAS DE CONSTRUÇÃO..................168
HYPERLINK \L "_TOC308453096"2.41.1. GRANITOS..........................................168
HYPERLINK \l "_Toc308453097"2.41.2. Mármores.................................................168
HYPERLINK \l "_Toc308453098"2.41.3. Arenitos....................................................169
HYPERLINK \l "_Toc308453099"2.41.4. Brita.........................................................169
HYPERLINK \l "_Toc308453100"2.41.5. Pedra para Cantaria.....................................169
HYPERLINK \l "_Toc308453101"2.41.6. Para Mosaico.............................................169
HYPERLINK \l "_Toc308453102"2.41.7. Para Pavimentação ou Revestimento..............169
HYPERLINK \l "_Toc308453103"2.42. TELHAS....................................................169
HYPERLINK \L "_TOC308453104"2.42.1. DE CIMENTO AMIANTO....................169
HYPERLINK \l "_Toc308453105"2.43. TIJOLOS..................................................169
HYPERLINK \L "_TOC308453106"2.43.1. FURADOS...........................................169
HYPERLINK \l "_Toc308453107"2.43.2. Maciços.....................................................170
HYPERLINK \l "_Toc308453108"2.44. TUBOS......................................................170
HYPERLINK \L "_TOC308453109"2.45. VERNIZES...................................................170
HYPERLINK \L "_TOC308453110"2.46. VIDROS E CRISTAIS......................................170
HYPERLINK \L "_TOC308453111"2.46.1. VIDROS...............................................170
HYPERLINK \l "_Toc308453112"2.46.2. Cristais......................................................171
HYPERLINK \l "_Toc308453113"2.47. ZARCÃO...................................................172
HYPERLINK \L "_TOC308453114"2.48. ZINCO.......................................................172
HYPERLINK \L "_TOC308453115"2.49. EXTINTORES...............................................172
HYPERLINK \L "_TOC308453116"2.49.1. TIPOS..................................................172
HYPERLINK \l "_Toc308453117"2.49.2. Disposição.................................................172
2.49.3. Condições Gerais................................................................................................173
2.49.3. Condições Gerais..........................Erro: Origem da referência não encontrado
7
1.
SERVIÇOS
1.1.
1.1.1.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Orientação Geral E Fiscalização
A CAGECE manterá nas obras técnico de nível superior e seus prepostos,
convenientemente credenciados junto à Contratada e sempre adiante designados
por Fiscalização, com autoridade para exercer, em nome da CAGECE, toda e
qualquer ação de orientação geral, controle e fiscalização das obras e serviços.
A Contratada deverá manter na chefia da obra, em tempo integral, um engenheiro
devidamente registrado na região local do C.R.E.A. e com comprovada capacidade
e experiência na gerência de obras do mesmo porte e natureza da que será
executada. Deverá, esse engenheiro, ser auxiliado na execução das obras, em cada
frente de trabalho, por pelo menos um encarregado especializado.
O engenheiro-chefe da obra será o representante legal da Contratada.
As relações entre a CAGECE e a Contratada serão mantidas por intermédio da
Fiscalização.
Será de competência da Fiscalização a solução ou encaminhamento de todo e
qualquer caso singular, duvidoso ou omisso, não previsto no Contrato, nas normas
de execução ou no projeto, que de qualquer forma se relacione ou venha a se
relacionar direta ou indiretamente com a obra em questão e seus complementos.
A Contratada deverá ter e colocar à disposição da Fiscalização, permanentemente,
os meios necessários e aptos a permitir a medição dos serviços executados, bem
como facilitar a meticulosa fiscalização dos materiais, equipamentos e execução das
obras e serviços contratados, facultando à Fiscalização o acesso a todas as partes
das obras contratadas, aos depósitos de materiais destinados à construção, à área
de manutenção de equipamentos e aos serviços ou obras em preparo.
A Fiscalização terá plena autoridade para ordenar a suspensão, por meios
amigáveis ou não, das obras e serviços em execução, parcialmente ou no todo,
sempre que julgar conveniente, por motivos técnicos, de segurança ou outros
considerados importantes, sem prejuízo das penalidades a que ficar sujeita a
Contratada e sem que esta tenha direito a qualquer indenização, no caso de a
ordem não ser atendida dentro do prazo estabelecido na notificação correspondente.
Em qualquer dos casos, os serviços só poderão ser reiniciados através de ordem
específica da Fiscalização.
Não poderão ser alegados, em hipótese alguma, como justificativa ou defesa, por
qualquer elemento do quadro de funcionários da Contratada ou de eventuais
subcontratadas, desconhecimento, incompreensão, dúvida ou esquecimento das
8
cláusulas e condições destas especificações e do contrato, bem como de tudo que
estiver contido no projeto, nas normas, especificações e métodos citados.
O quadro de pessoal da Contratada empregado na obra, ou outros setores que a
afetem diretamente, deverá ser constituído de elementos competentes, hábeis,
disciplinados e experientes, qualquer que seja a sua função, cargo ou atividade.
A Contratada será obrigada a afastar imediatamente do serviço e do canteiro de
trabalho qualquer funcionário julgado inconveniente pela Fiscalização, seja por má
conduta ou incompetência e que possa, conseqüentemente, prejudicar a disciplina
no canteiro, a segurança ou a boa execução dos serviços.
Deverá a Contratada acatar de imediato as determinações da Fiscalização, quando
as mesmas tiverem sustentação no projeto, no contrato, nestas especificações e nas
Normas Brasileiras da ABNT.
O engenheiro-chefe da obra e seus encarregados, cada um em sua respectiva área,
deverão estar sempre em condições de atender à Fiscalização e prestar-lhe todos
os esclarecimentos e informações sobre as obras, tais como a sua programação, as
peculiaridades das diversas tarefas e ainda tudo o mais que a Fiscalização reputar
necessário conhecer sobre os serviços em execução e suas implicações.
A Fiscalização poderá exigir, a qualquer momento, que sejam adotadas pela
Contratada providências adicionais necessárias à segurança e qualidade dos
serviços, bem como ao bom andamento da obra.
A Contratada deverá executar apenas os serviços formalmente autorizados pela
CAGECE, a não ser os considerados de emergência, os quais estarão sujeitos a
análises e ao julgamento posterior pela Fiscalização quanto à sua real necessidade,
não sendo pagos se considerados inoportunos ou inadequados.
A existência e a atuação da Fiscalização em nada diminuem a responsabilidade
única, integral e exclusiva da Contratada por possíveis falhas executivas e suas
implicações, próximas ou remotas, perante o contrato, o Código Civil e outros
instrumentos legais existentes.
1.1.1.
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
O presente capítulo das normas de execução objetiva o estabelecimento de
diretrizes a serem observadas pela Contratada, que, diretamente com o seu pessoal
ou com o pessoal de terceiros contratado sob sua responsabilidade, venha a
desempenhar permanente ou ocasionalmente qualquer função dentro da área de
execução das obras.
Essas diretrizes permanecerão vigentes durante todo o prazo em que a Contratada
desempenhar as funções que lhe forem atribuídas no contrato até o seu
encerramento, seja sobre ações praticadas dentro do canteiro da obra, seja sobre
atos ocorridos fora dele, mas que interfiram nas atividades internas.
9
Fica, então, estabelecido que é de responsabilidade da Contratada:
-
Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança
e medicina do trabalho;
-
Dar ciência aos empregados, por meio de ordens de serviço, das normas
regulamentadoras sobre segurança e medicina do trabalho;
-
Solicitar ao órgão regional do Ministério do Trabalho a aprovação das instalações
do canteiro de obras.
A Contratada fica obrigada a organizar e manter em funcionamento uma Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. Uma vez organizada a CIPA, a mesma
deverá ser registrada no órgão regional do Ministério do Trabalho até dez dias após
a sua eleição.
A Fiscalização, através do Delegado Regional do Trabalho, conforme o caso, à vista
de laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o
trabalhador, poderá interditar o estabelecimento, o setor de serviço, a máquina ou
equipamento ou ainda embargar a obra, indicando, na decisão tomada, com a
brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para
prevenção de acidentes do trabalho e de doenças profissionais.
A Contratada será obrigada a fornecer gratuitamente aos empregados equipamento
de proteção individual adequado ao risco envolvido e em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
-
Sempre que as medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis ou
não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou
doenças profissionais;
-
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
-
Para atender a situações de emergência.
Os equipamentos tais como, luvas, botas de borracha, capacetes e outros tipos de
proteção, poderão ser exigidos pela Fiscalização, sempre que o tipo de trabalho em
elaboração assim o exija. Da mesma forma, para trabalhar em períodos noturnos é
necessária a utilização de tintas reflexivas nos capacetes e/ou braçadeiras.
Será obrigação da Contratada proceder por sua conta aos exames médicos
admissional, periódico e demissional dos empregados.
Caberá à Contratada o controle periódico dos riscos ambientais decorrentes de
agentes físicos, químicos e biológicos. O exercício do trabalho em condições de
insalubridade assegurará ao empregado a percepção de adicional de salário,
despesa essa também de responsabilidade da Contratada.
10
A Contratada deverá respeitar as recomendações da legislação vigente relativas à
ergonomia.
A Contratada deverá manter em seu canteiro de serviço equipamentos contra
incêndio em perfeito estado de funcionamento, de capacidade e natureza coerentes
com o tipo e volume de serviços em execução, bem como funcionários adestrados
no seu uso correto. Tal equipamento deverá ser revisado periodicamente, de acordo
com as instruções dos respectivos fabricantes. Esses equipamentos deverão situarse em locais visíveis, estrategicamente escolhidos e de acesso permanentemente
livre. Em caso de incêndio em qualquer local da obra, a Contratada terá por
obrigação a prestação de ajuda no controle e combate ao sinistro,
independentemente de tal sinistro envolver ou não elementos relacionados com o
seu trabalho.
Os banheiros, gabinetes sanitários e os eventuais alojamentos do canteiro deverão
estar de acordo com a legislação vigente. Em estabelecimentos nos quais trabalhem
mais de trezentos funcionários, será obrigatória a existência de refeitório. Nesse
caso, o refeitório e a cozinha deverão atender às condições sanitárias previstas na
legislação.
A Contratada deverá fornecer a todos os seus trabalhadores água potável em
condições higiênicas e em volume adequado, com especial atenção no caso de
serviços que estejam sendo executados em posições remotas do canteiro.
A fiscalização do cumprimento das disposições legais ou regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho será efetuada obedecendo ao disposto no
Decreto nº 55.841, de 15/01/1965, e na Norma Regulamentadora NR-28, aprovada
pela Portaria nº 1.214, de 08/06/1978.
A observância, em todos os locais de trabalho, das obrigações básicas relacionadas,
com referência a segurança, higiene e medicina do trabalho, não desobrigará a
Contratada do cumprimento de outras disposições relativas ao mesmo assunto,
incluídas em Código de Obras e/ou regulamentos sanitários do GDF e/ou
Administrações Regionais em que se situe o estabelecimento, bem como daquelas
oriundas de convenções coletivas de trabalhos.
Na execução dos trabalhos, deverá haver plena proteção contra riscos de acidente
com o pessoal da Contratada e com terceiros, independentemente da transferência
daqueles riscos para companhias seguradoras ou institutos seguradores. A
Contratada será responsabilizada por danos pessoais ou materiais havidos em
conseqüência de erros, falhas ou negligências, por ação ou omissão no
cumprimento dos regulamentos e determinações relativos à segurança em geral.
Em caso de acidentes no canteiro de trabalho, a Contratada deverá:
-
Prestar todo e qualquer socorro imediato às vítimas;
-
Paralisar imediatamente a obra nas suas circunvizinhanças, a fim de evitar a
possibilidade de mudanças nas circunstâncias relacionadas com o acidente;
11
- Solicitar imediatamente o comparecimento da Fiscalização ao local da ocorrência,
relatando o fato por escrito no diário de obras, o mais tardar vinte e quatro horas
após o acontecimento, acompanhado de uma descrição do acidente (preencher
as guias de acidentes de trabalho).
Ainda em caso de acidente ou morte de qualquer pessoa envolvida no trabalho, a
Fiscalização, a seu critério, reunirá uma "Comissão de Sindicância", com a finalidade
de investigar o acidente dentro de setenta e duas horas do ocorrido. A Fiscalização
notificará a Contratada com vinte e quatro horas de antecedência do local e da hora
das reuniões da Comissão e indicará as testemunhas, documentos e equipamentos
necessários à determinação das causas e fatos pertinentes ao acidente. Reuniões
da Comissão terão acesso os representantes da Fiscalização, da CAGECE, da CIPA
e da Contratada. A Comissão deverá emitir parecer, visando à prevenção de novos
acidentes por meio de medidas a serem tomadas pela Contratada e aprovadas pela
CAGECE através da Fiscalização.
1.1.2.
Instruções Gerais
As normas de execução a seguir enunciadas têm como objetivo garantir que as
obras sejam construídas dentro da máxima fidelidade aos parâmetros e detalhes
estabelecidos no seu projeto.
A Fiscalização, designada pela CAGECE, será o elemento ativo hábil que atuará no
sentido de garantir a observância a essas normas e procedimentos.
Serão, então, observadas as seguintes Normas:
-
Os serviços deverão ser executados rigorosamente de acordo com as normas de
execução e em estrita obediência aos critérios e determinações da Fiscalização;
-
Todos os materiais aplicados deverão ser de primeira qualidade, atenderem às
especificações pertinentes e serem submetidos a ensaios para efeito de
liberação;
-
Será empregada mão-de-obra habilitada e compatível com o grau de
especialização de cada serviço;
-
Serão impugnados pela Fiscalização todos os serviços e materiais que não
satisfizerem às condições contratuais, às normas de execução ou outras
especificações previstas para os diversos casos;
-
Ficará a Contratada obrigada a demolir e refazer os trabalhos rejeitados
imediatamente após o pedido da Fiscalização, ficando por sua conta exclusiva as
despesas decorrentes desses serviços;
-
As amostras de materiais aprovadas pela Fiscalização, depois de
convenientemente autenticadas por esta e pela Contratada, deverão ser
12
cuidadosamente conservadas no canteiro da obra até o fim dos trabalhos, de
forma a facultar, a qualquer tempo, a verificação de sua perfeita correspondência
aos materiais fornecidos ou já empregados;
-
No presente trabalho, deverá estar perfeitamente determinado que, em todos os
casos de caracterização de materiais ou equipamentos por marca comercial ou
nome de fabricante, ficará subentendida a alternativa "ou rigorosamente
equivalente, a juízo da Fiscalização";
-
Se as circunstâncias ou condições locais tornarem, porventura, aconselhável a
substituição de alguns materiais especificados por outros equivalentes, esta
substituição só poderá se efetuar mediante expressa autorização da
Fiscalização, feita por escrito para cada caso particular;
-
A similaridade só será admitida nos casos em que houver comprovadas
justificativas técnicas da real necessidade de substituição do material
especificado;
-
Obrigar-se-á, a Contratada, a retirar do recinto das obras os materiais porventura
impugnados pela Fiscalização dentro de 72 (setenta e duas) horas, a contar do
recebimento da ordem de serviço atinente ao assunto;
-
Será expressamente proibido manter no recinto das obras quaisquer materiais
que não satisfaçam a estas especificações ou, ainda, os que não pertençam a
esta obra;
-
Não caberão recursos para o contrato ou documentos a ele integrados.
1.1.3.
Subempreitadas
A Contratada não poderá subempreitar as obras e serviços contratados no seu todo.
Poderá, entretanto, dentro dos limites contratuais e desde que isso tenha sido
previamente comunicado e aprovado pela Fiscalização, fazê-lo parcialmente para
cada serviço, mantida, porém, a sua responsabilidade direta e integral perante o
proprietário.
Em qualquer situação, quer sejam funcionários da Contratada ou das
subcontratadas, todos deverão portar identificação por meio de crachá, contendo, de
forma legível, nome, cargo e firma a que pertencem.
1.1.4.
Seguros
Correrá por conta exclusiva da Contratada a responsabilidade por quaisquer
acidentes de trabalho na execução das obras e serviços contratados, pelo uso
indevido de patentes registradas e, ainda que resultante de caso fortuito e por
qualquer causa, pela destruição ou danificação da obra em construção até a
definitiva aceitação da mesma pelo proprietário, bem como as indenizações que
13
possam vir a ser devidas a terceiros por fatos oriundos dos serviços contratados,
ainda que ocorridos na via pública.
1.1.5.
Licenças e Franquias
Será a Contratada obrigada a obter todas as licenças e franquias necessárias aos
serviços que contratar junto ao GDF e administrações regionais, pagando os
emolumentos prescritos por lei e observando todas as leis, regulamentos e posturas
referentes à obra e à segurança pública, bem como atender ao pagamento de
seguro de pessoal, às despesas decorrentes das leis trabalhistas e dos impostos, de
consumo de água, luz e força, que digam diretamente respeito às obras e serviços
contratados. Será obrigada, outrossim, ao cumprimento de quaisquer formalidades e
ao pagamento, às suas custas, das multas porventura impostas pelas autoridades,
mesmo daquelas que por força dos dispositivos legais sejam atribuídas à
Contratante.
A observância de leis, regulamentos e posturas a que se refere o parágrafo
precedente abrange também as exigências do Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura, especialmente no que se refere à colocação de placas contendo os
nomes do responsável técnico pela execução das obras, do autor ou dos autores
dos projetos, tendo em vista as exigências de registro na região do citado Conselho
em que se realize a construção.
1.1.6.
Responsabilidade e Garantia
A Contratada assumirá integral responsabilidade pela boa execução e eficiência dos
serviços que efetuar, de acordo com as presentes especificações de execução,
instruções de concorrência e demais documentos técnicos fornecidos, bem como
pelos danos decorrentes da realização desses trabalhos.
Fica estabelecido que a realização, pela Contratada, de qualquer elemento ou seção
de serviços implicará na tácita aceitação e ratificação, por parte dela, dos materiais,
processos e dispositivos adotados e preconizados neste volume para o elemento ou
seção de serviço executado.
Considerando que a Contratada deverá assumir inteira responsabilidade pela obra,
por seu perfeito funcionamento e pela sua resistência, estabilidade e durabilidade,
além dos demais trabalhos que executar, competirá a ela julgar a conveniência de
obter ou complementar, às suas custas, informações do subsolo, tais como
sondagens de reconhecimento, ensaios, caracterização do terreno, poços de
exploração, análise de agressividade de águas subterrâneas, etc., bem como
parâmetros de qualquer outra natureza e que sejam de interesse para a boa
consecução dos serviços contratados.
Os serviços deverão ser executados em estrita e total observância das normas
brasileiras e das indicações constantes dos projetos fornecidos pela Contratante. No
caso de inexistência de normas brasileiras específicas, ou nos casos em que elas
14
forem omissas, deverão ser obedecidas as prescrições estabelecidas pelas normas
estrangeiras pertinentes.
A Contratada será única e inteiramente responsável pela qualidade dos materiais
colocados na obra. Quanto aos materiais fornecidos pela CAGECE, a Contratada
deverá inspecioná-los antes do recebimento, passando então a ser a única
responsável pela guarda e conservação dos mesmos.
1.1.7.
Informações Complementares
Na execução das obras, deverão ser observadas, além das normas de execução e
especificações técnicas contidas neste item e no projeto, as seguintes normas e
especificações:
- Normas e especificações da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;
- Normas estrangeiras pertinentes, somente nos casos em que as da ABNT forem
omissas ou insuficientes, e consultada a Fiscalização;
- Normas e especificações da CAGECE pertinentes ao tipo de obra que será
executada.
Toda e qualquer sugestão para alteração de projetos deverá ser acompanhada de
orçamento e uma exposição que justifique técnica, econômica e financeiramente a
modificação sugerida, desde que resulte em vantagens significativas para a
CAGECE.
Os serviços provenientes da alteração de projetos serão pagos de acordo com os
preços unitários da época da licitação.
A execução de serviços não previstos no projeto original só poderá ser iniciada após
liberação pela Fiscalização da CAGECE e deverá constar obrigatoriamente do Livro
de Ocorrências.
Para efeito de interpretação de divergência entre os documentos contratuais, fica
estabelecido que:
-
Em caso de divergências entre as especificações de materiais e normas e
especificações de serviços, prevalecerão sempre estas normas;
-
Em caso de divergência entre as normas e especificações de serviços e dos
desenhos do projeto, prevalecerão sempre as primeiras;
-
Em caso de divergência entre as cotas dos desenhos e suas dimensões,
medidas em escalas, prevalecerão sempre as primeiras;
-
Em caso de divergência entre os desenhos de escalas diferentes, prevalecerão
sempre os de maior escala;
15
-
Em caso de divergência entre os desenhos de datas diferentes, prevalecerão
sempre os mais recentes;
-
Em todos os casos de dúvida quanto à interpretação dos desenhos, será
consultada a Fiscalização;
- Deverão ainda ser observadas as Normas de Sinalização exigidas pelo
Departamento de trânsito local e Normas de Medicina e Segurança do Trabalho.
1.2.
1.2.1.
CANTEIRO DE OBRAS
Instalação e Manutenção do Canteiro
O local para construção do canteiro de serviços deverá ser aprovado pela
Fiscalização.
O canteiro deverá ficar próximo à obra e ter acessos fáceis e bem conservados para
veículos e pedestres, independentemente. Também deverá ter uma portaria, com
porteiro, para controle de entrada e saída de visitas, pessoal, material,
equipamentos, etc.
O canteiro será constituído basicamente por:
-
Depósitos apropriados à estocagem dos materiais necessários à execução da
obra;
-
Almoxarifado para guarda de equipamentos de pequeno porte, utensílios, peças
e ferramentas;
-
Sanitários em número, área e padrão de acabamento adequados ao porte e
localização da obra;
-
Enfermaria com profissional específico, especializado e habilitado pelos órgãos
competentes;
-
Instalações necessárias ao adequado abastecimento, acumulação e distribuição
de água;
-
Instalações necessárias ao adequado fornecimento, transformação e distribuição
de luz e força;
-
Instalações e equipamentos para combate a incêndios;
-
Carpintaria e instalação para corte e dobragem de ferro e aço;
16
-
Outras construções ou instalações necessárias, tais como alojamento, refeitório,
cozinha industrial, oficina, sala de testes para solda, laboratório, etc.
Será, ainda, de responsabilidade da Contratada dotar as áreas e edificações do
canteiro com equipamentos adequados à sua perfeita operação.
-
Planta de situação do canteiro, com indicação dos acessos, na escala 1:500;
-
Arranjo geral do canteiro, em escala 1:200;
-
Desenhos, na escala 1:100, das plantas, cortes e fachadas das edificações;
-
Especificações dos materiais a serem empregados, não sendo aceitos materiais
usados.
No decorrer do contrato, ficará a cargo da Contratada a limpeza das dependências,
dos móveis e utensílios da Fiscalização, bem como o suprimento dos materiais de
consumo necessários ao perfeito funcionamento das instalações, inclusive as
despesas relativas às taxas de consumo de água e esgotos, luz/força e telefone,
inclusive saldos remanescentes após o final da obra.
A enfermaria deverá conter o material hospitalar mínimo necessário aos primeiros
socorros para o tipo, porte e localização da obra a implantar.
A Contratada será responsável, entre outras, até o final da obra, pela conservação
das condições visuais, higiênicas e de segurança do canteiro.
A Contratada deverá manter no arquivo de seu escritório no canteiro: uma via do
Edital da Concorrência; uma cópia completa do projeto; uma cópia do contrato; um
livro de ocorrências, com todas as páginas numeradas e rubricadas pela
Fiscalização e pela Contratada, onde serão registrados fatos importantes relativos
ao andamento da obra; e um cronograma onde se possa visualizar facilmente as
programações das obras e as posições atualizadas das mesmas.
A Contratada manterá na obra engenheiros, técnicos, mestres, operários e
funcionários em número e especialização compatíveis com a natureza e com o
cronograma, bem como materiais em quantidades suficientes para execução dos
serviços.
A Contratada obrigar-se-á a manter e apresentar, sempre que requisitado pela
Fiscalização, o quadro atualizado de todo o pessoal que esteja intervindo na obra.
A Contratada deverá prever e alocar, em cada caso específico, a equipe e o material
necessários à administração local da obra.
A Contratada deverá mobilizar todos os equipamentos necessários ao bom
andamento da obra, mantendo-os em perfeitas condições de funcionamento.
Correrão por sua conta todas as despesas de aquisição e manutenção dos mesmos.
17
Serão abertos e/ou recuperados e, ainda, permanentemente conservados pela
Contratada os caminhos que forem necessários ao transporte dos materiais e
equipamentos até o local da obra, e mantidas as facilidades de acesso às
propriedades lindeiras e passagens às estradas vicinais.
Todo o material utilizado na instalação do canteiro continuará de propriedade da
Contratada após o término da obra e, portanto, na ocasião, deverá demolir e
remover, para o local a ser indicado pelo SLU, todos os escombros e restos de
demolição; remover todas as tubulações subterrâneas; entupir com terra todos os
buracos (fossas e outros) e regularizar a superfície do terreno.
Também deverão estar embutidos nos custos da obra, veículo e combustível para a
Fiscalização, bem como eventuais viagens à sede da Contratada ou à sede dos
fabricantes de materiais e/ou equipamentos a serem fornecidos pela Contratada.
1.2.2.
Preservação de Propriedade
A Contratada será responsável por todos os prejuízos, danos ou perdas em
melhoramentos existentes, serviços, propriedades adjacentes, pessoal ou
propriedades de qualquer natureza que possam ser afetados pelo trabalho, mesmo
que não sejam relacionados com o fornecimento, mas que resultem do seu trabalho,
especialmente nas redes e próprios das concessionárias, da forma que segue:
-
A CAGECE, a seu critério exclusivo, poderá contratar terceiros para os reparos
ou substituições, debitando as respectivas despesas à Contratada e descontando
do primeiro pagamento que tiver que fazer à mesma, seja este a que título for;
- A Contratada indenizará e protegerá a CAGECE, a Fiscalização e seus
funcionários de todo e qualquer processo, inquérito ou ação conseqüente de
qualquer dano, prejuízo ou perda resultantes de acidentes direta ou indiretamente
relacionados a seus trabalhos.
No que se refere à construção propriamente dita, fica a seguir estabelecido:
-
A Contratada será a única responsável pela segurança, guarda e conservação de
todos os materiais, equipamentos, ferramentas e utensílios e ainda pela proteção
destes e das instalações da obra;
-
Qualquer perda ou dano sofrido no material, equipamento ou instrumental
entregue pela CAGECE à Contratada será avaliado pela Fiscalização para efeito
de reposição pela Contratada;
- No canteiro de trabalho, a Contratada deverá manter diariamente, durante as 24
(vinte e quatro) horas, um sistema eficiente de vigilância, efetuado por número
apropriado de homens idôneos, devidamente habilitados e uniformizados,
munidos de apitos e, eventualmente, de armas, com respectivo "porte" concedido
pelas autoridades policiais.
18
1.2.3.
Livro de Ocorrências
O Livro de Ocorrências, fornecido e mantido pela Contratada, rubricado por ela e
pela Fiscalização diariamente, terá as seguintes características:
-
Será único, com páginas numeradas tipograficamente, sendo as duas últimas, de
cada trinca, destacáveis;
- A primeira página do "Livro", que será a de abertura, conterá uma descrição geral
da obra, os dados contratuais mais importantes, a data do início efetivo dos
serviços, o nome e a qualificação do engenheiro responsável pela obra, os nomes
e qualificações dos autores do projeto, os nomes e qualificações do engenheiro
fiscal da CAGECE e de seus superiores imediato e mediato, devendo ser
assinado pelo primeiro e pelos três últimos.
As folhas do Livro de Ocorrências deverão ser confeccionadas conforme modelo
vigente na CAGECE e conterão, além dos fatos ocorridos no canteiro da obra, as
seguintes anotações obrigatórias:
-
Solicitações ou decisões da CAGECE que afetem ou possam vir a afetar o prazo
ou valor contratual;
-
Solicitações da executante quanto a dúvidas de ordem técnica cuja
responsabilidade de esclarecimento caiba contratualmente à CAGECE;
-
Resultados de todos os ensaios descritos nas especificações técnicas;
-
Justificativas da executante quanto a atrasos ou outras anormalidades anotadas,
assim como o pronunciamento da CAGECE, aceitando-os ou não.
Todas as folhas do Livro de Ocorrências deverão ser assinadas pelo engenheiro
fiscal da CAGECE e pelo engenheiro residente da obra, no máximo, um dia após a
referida data.
O Livro de Ocorrências, que deverá ser confeccionado com as folhas previamente
carbonadas, será preenchido em 3 (três) vias, com as seguintes destinações:
1ª via - original: acompanhará o pedido de recebimento da obra;
2ª via - cópia: da CAGECE - Fiscalização;
3ª via - cópia: da Contratada.
O Livro de Ocorrências deverá, a qualquer tempo, permitir a reconstituirão dos fatos
relevantes ocorridos na obra e que tenham influenciado de alguma forma seu
andamento ou execução.
No dia imediatamente após o término de cada período do cronograma físicofinanceiro, deverão ser anotados o andamento e a situação de cada atividade que já
19
deveria estar iniciada ou concluída, esclarecendo-se se está atrasada, a razão e o
responsável pelo atraso e, principalmente, qual a eventual interferência no prazo
fixado para execução total das obras.
A última folha do Livro de Ocorrências conterá um relato sucinto do andamento da
obra, destacando os fatos mais importantes ocorridos; indicará o prazo utilizado para
sua execução; esclarecerá as responsabilidades pelo eventual atraso verificado e o
seu prazo final; qualificará os engenheiros que participaram de sua execução e
fiscalização e será assinada pelo engenheiro fiscal da CAGECE e pelos seus
superiores imediato e mediato.
1.2.4.
Placa de Identificação
Serão fornecidas e afixadas pela Contratada, em locais e quantidades a serem
definidos pela Fiscalização, placas relativas ao empreendimento com dimensões,
dizeres e cores conforme modelo em anexo.
No canteiro da obra e/ou próximo a ele, só poderão ser colocadas placas da
Contratada e de seus eventuais subcontratados ou fornecedores após prévio
consentimento da Fiscalização.
1.3.
1.3.1.
LIMPEZA DO TERRENO
Desmatamento e Destocamento
Compreende o corte de troncos de mais de 0,10 m de diâmetro, medidos a 1 m do
solo, com arrancamento dos tocos e remoção para local fora da área de implantação
da obra. Somente serão derrubadas, mediante anuência dos órgãos competentes e
aprovação da Fiscalização, árvores que comprovadamente causem interferências
nos serviços ou que tenham sua fixação abalada por escavações que afetem suas
raízes.
1.3.2.
Capina e Roçada
Compreenderá a remoção, executada manualmente, da vegetação rasteira e dos
arbustos com diâmetros até 0,10m, medidos a 1 m do solo, além da remoção do
material até o local fixado pela Fiscalização, ou a queima deste material, se
necessário, em local que não ofereça qualquer espécie de perigo às instalações do
canteiro.
1.3.3.
Remoção da Camada Vegetal
Compreenderá a remoção mecanizada da camada superficial, com espessura
estimada de 20 cm. O material removido deverá ser estocado para posterior
aproveitamento nos locais previstos para o plantio de gramas, arbustos e árvores,
20
após a implantação das obras e por ocasião da urbanização definitiva da área da
obra.
1.4.
CAMINHOS DE SERVIÇOS
Os caminhos de serviço, existentes ou abertos por ocasião das obras, deverão
apresentar características técnicas que permitam o tráfego nos dois sentidos de
todos os veículos e equipamentos utilizados, em condições adequadas de conforto e
segurança durante todo o período contratual.
Para tanto, se necessário, deverão receber revestimento primário em cascalho ou
pedra britada e sofrer manutenções periódicas, de modo a evitar a degradação de
suas características iniciais.
Os caminhos de serviço deverão apresentar-se de modo a não impedir ou prejudicar
o acesso às diversas unidades do sistema ou às propriedades, ruas e estradas
vizinhas.
Após a conclusão dos serviços, esses caminhos deverão ser mantidos e
devidamente recuperados, ou eliminados, restaurando-se as condições iniciais, a
critério da Fiscalização.
1.5.
DEMOLIÇÕES E REPOSIÇÕES
A Contratada deverá executar as demolições e as remoções de qualquer natureza,
cadastradas ou não, que lhe forem indicadas pela Fiscalização, para permitir a
execução dos serviços da obra. Nas demolições ou remoções, deverão ser
observadas as solicitações da CAGECE referentes ao material que se pretenda
aproveitar na própria obra ou em outras.
Na execução das demolições, tomar-se-ão medidas adequadas à proteção contra
danos às propriedades vizinhas, aos transeuntes e aos próprios operários.
A Contratada deverá proceder às diversas reposições, reconstruções e reparos de
qualquer natureza, empreendendo todos os meios e recursos (pessoal, material,
equipamento e boa técnica) aptos a tornar o executado melhor ou, no mínimo, igual
à obra removida, demolida ou rompida, e obedecendo a todas as normas e
prescrições pertinentes emanadas do Órgãos ou entidade envolvida.
A Contratada assumirá integral responsabilidade nos casos em que ocasionar
danos, por ação ou omissão, a terceiros, correndo por sua exclusiva conta todo
material e mão-de-obra empregados nos reparos, bem como as indenizações
porventura devidas.
O entulho e o material não sujeitos a reaproveitamento, provenientes das
demolições, serão transportados pela Contratada e levados para o bota-fora
indicado pelo SLU e aprovado pela Fiscalização. Igual tratamento deverá ser dado
21
periodicamente ao entulho e material inservível resultantes dos serviços de
construção.
1.6.
1.6.1.
SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS
Locação das Obras
Os serviços topográficos compreenderão a execução de levantamentos
planialtimétricos, objetivando a locação das obras.
Os levantamentos referir-se-ão aos marcos existentes na área em que serão
implantadas as obras e indicados pela Fiscalização.
Caberá à Contratada realizar os seguintes serviços:
-
Amarração planialtimétrica do eixo de locação das obras aos marcos de
referência;
Locação dos pontos notáveis (eixos, bordos, etc) das obras localizadas e eixos
das valas e das tubulações;
-
Controle, por nivelamento geométrico, das profundidades de escavação das
obras localizadas e das valas e do greide da tubulação (a cada 20 m);
-
Locação das caixas de visita e de todos os demais elementos complementares
do sistema a construir;
-
Locação, nivelamento e verificação do alinhamento de todas as curvas e
segmentos das tubulações a construir e que já se acham instaladas, blocos de
ancoragem e outras singularidades;
-
Coletar e ordenar todos os elementos necessários às medições e à elaboração
do cadastro da obra;
- Cadastro das interferências existentes e eventualmente não detectadas na época
da elaboração do projeto ou que foram construídas posteriormente.
Os levantamentos planialtimétricos serão executados com instrumentos de precisão.
As medidas lineares deverão ser executadas com trena de aço e sempre verificadas
com duas medidas taqueométricas a ré e avante.
Os vértices das poligonais dos levantamentos planialtimétricos serão materializados
no campo com piquetes de madeira de lei.
Para o fechamento angular das poligonais abertas, serão determinados os azimutes
extremos, por visadas ao sol.
Serão implantados marcos topográficos de concreto em pontos estratégicos,
perfeitamente identificados, de modo a permitir locações durante e posteriormente
ao término da obra.
22
Com relação aos levantamentos altimétricos, ressalta-se que:
-
Deverão ser feitos os transportes de cotas a partir de referências de nível
aprovadas pela CAGECE até o local previsto para a implantação das obras;
-
Serão nivelados geometricamente os vértices das poligonais e os marcos
topográficos;
-
O nivelamento taqueométrico dos vértices das poligonais servirá de controle de
eventuais erros grosseiros do nivelamento geométrico.
Os erros admissíveis, para os serviços anteriormente descritos, são os seguintes:
-
O erro relativo admissível de fechamento linear é de 1:2.000;
-
O erro admissível de fechamento angular é de 1' x n, sendo n o número de
vértices;
-
O erro admissível de fechamento do nivelamento taqueométrico é de 50 x k mm,
onde k é o número de quilômetros nivelados.
Para a realização dos serviços topográficos previstos neste documento e outros
eventualmente necessários à perfeita implantação das obras, a Contratada deverá
contar, no período de sua execução, durante o expediente da obra e no canteiro de
serviço, com uma equipe de topografia que, em número e nível técnico de seus
integrantes, atenda às necessidades do empreendimento. O equipamento
topográfico deverá ser adequado e compatível com a magnitude dos serviços a
serem executados.
1.6.2.
Cadastro
O cadastro é o registro de maneira ordenada da natureza e localização de todos os
elementos do sistema que foram construídos, dos elementos interferentes ou outros
de interesse para a perfeita caracterização das obras.
O cadastro, que será propriedade da CAGECE, deverá ser apresentado sob forma
de:
- Cadernetas de campo onde constem:
o Esquema da área ou elemento cadastrado;
o Medidas e informações colhidas no campo, que localizem e caracterizem
perfeitamente o elemento cadastrado.
-
Planilhas de Cálculo;
23
-
Desenhos em papel, elaborados dentro dos mesmos padrões dos desenhos do
projeto, em especial quanto a formato, qualidade de apresentação e grau de
detalhamento, e que contenham, no mínimo:
·
Localização planialtimétrica do eixo das obras e outros elementos de
interesse, inclusive os marcos topográficos utilizados e implantados;
·
Localização em planta e perfil das interferências encontradas,
remanejadas ou não. No caso de interferências remanejadas, deverão ser
indicadas as situações inicial e final;
-
Todos os ajustes e modificações que com a aprovação da Fiscalização tenham
sido feitos em relação ao projeto inicial;
-
Acréscimos ou complementações efetuadas.
-
Relatório descritivo, circunstanciado, das ocorrências notáveis, justificando todas
as mudanças eventualmente efetuadas, devendo ser anexadas cópias de todos
os controles tecnológicos efetuados, acompanhados da devida análise, quando
couber.
O levantamento planialtimétrico da diretriz das tubulações construídas será
executado após a descida dos tubos nas valas, soldagem ou montagem das juntas e
antes do preenchimento final das valas.
Esse levantamento será executado com instrumentos de precisão, por processo
taqueométrico, devendo ser locados pontos, no máximo, a cada 20 m de distância,
ao longo de todo o eixo da tubulação. Para os desenhos desses levantamentos,
serão consignadas cotas das geratrizes e coordenadas e ângulos das deflexões
horizontais e verticais referentes aos sistemas de coordenadas e referências de
níveis da CAGECE.
O cadastro dos serviços de cada medição deverá ser apresentado à CAGECE, no
máximo, após 25 (vinte e cinco) dias do término do prazo estipulado em cada etapa
do cronograma físico. A CAGECE terá 25 (vinte e cinco) dias para exame e
aprovação do cadastro. Em caso de o mesmo não ser aprovado, a Contratada terá 5
(cinco) dias adicionais para reformular o cadastro não aprovado e dar nova entrada
na CAGECE. A CAGECE se pronunciará num máximo de 5 (cinco) dias com relação
ao novo cadastro.
Caso o cadastro não seja apresentado no prazo estipulado nestas instruções ou,
quando for apresentado pela segunda vez, não seja aprovado pela CAGECE, este
fato será considerado como atraso na obra a partir do vencimento do prazo da etapa
correspondente, conforme o cronograma da obra, e, como tal, ficará a Contratada
sujeita às penalidades legais do contrato.
24
A emissão da declaração de aprovação do cadastro correspondente à última fatura
ficará condicionada à apresentação de todos os originais, acompanhados de um
jogo de cópias completo.
1.6.3.
Tapumes de Proteção e Cercas
As escavações de linhas de adução de água, quando abertas em zona urbana ou ao
lado de ruas ou acessos, deverão ser cercadas com tapumes fixos, pintados com
tinta indelével branca.
Quando instaladas ao lado das vias de tráfego, deverão possuir sinalização
luminosa de advertência, conforme adiante especificado.
A Contratada é responsável pela pintura, transporte e manutenção dos tapumes e
passarelas de pedestres. os tapumes deverão apresentar-se sempre limpos e
pintados, e a sinalização , em permanente estado de funcionamento, de modo a
manter a segurança do tráfego, noturno e diurno, de pedestres e veículos.
A fiscalização deverá suspender todas a escavações de valas que, a seu critério,
possam comprometer a segurança dos transeuntes.
As passarelas de pedestres deverão ser iluminadas em toda sua extensão, possuir
guarda-corpo rígido e piso de pranchões de madeira muito bem nivelados, sem
juntas apreciáveis ou ressaltos que possam causar acidentes aos usuários. As
passarelas serão varridas diariamente, de modo a evitar o acúmulo de terra ou lama,
que as tornem escorregadias.
1.6.4.
Desvio de Trânsito e Sinalização
Considerações Gerais
A Contratada se empenhará em tornar mínima a interferência dos seus trabalhos
sobre o tráfego, o público e o trânsito, criando facilidades e meios que demonstrem
essa sua preocupação. a contratante, através da fiscalização, participará da análise
dos problemas previsíveis e soluções a serem adotadas.
A sinalização adequada das obras deve ser feita não só para proteger
trabalhadores, transeuntes, equipamentos e veículos, como também para atender às
exigências legais.
As obras e serviços em vias públicas devem ser executadas com a indispensável
cautela da adequada sinalização, quer durante o dia, quer durante a noite e de
acordo com os elementos de sinalização diurna e noturna recomendados e descritos
nas Normas de Sinalização de Obras em Vias Públicas Urbanas.
Qualquer obra nas vias públicas que possa perturbar ou interromper o livre trânsito
ou oferecer perigo à segurança pública não será iniciada sem prévios entendimentos
com o GDF e com o órgão responsável pelo trânsito.
25
Nenhuma obra em rua transitada por pedestres ou veículos será iniciada sem prévia
sinalização para o seu desvio, tudo de acordo com as autoridades competentes ou
entidades concessionárias de serviços de transportes.
Todas as providências relativas ao assunto serão da responsabilidade exclusiva da
Contratada.
Nos trechos em obras, calçadas e faixas de segurança de passagem de pedestres,
particularmente diante de escolas, hospitais e outros pólos de concentração,
deverão ser providenciadas pela Contratada recursos de livre trânsito de pessoas,
durante o dia ou à noite, em perfeitas condições de segurança.
Vias de acesso sujeitas a interferências com a obra deverão ser deixadas abertas
com passadiços ou desvios adequados, que serão construídos e mantidos pela
Contratada. Vias de acesso fechadas ao trânsito deverão ser protegidas com
barricadas efetivas, com a devida e convencional sinalização de perigo e indicação
de desvio, colocados os sinais antecedentes de advertência; durante a noite,
deverão ser iluminadas e, em casos especiais, serão postados vigias ou sinaleiros
devidamente equipados para orientação, evitando acidentes.
A sinalização para o tráfego desviado obedecerá às recomendações do código
nacional de trânsito quanto às dimensões, formatos e dizeres; tais sinais deverão ser
executadas pela Contratada, que fornecerá os materiais necessários tanto para
sinalização diurna como noturna.
Nas saídas e entradas de veículos de obras, de área de empréstimo ou bota-fora, a
Contratada deverá prover a sinalização diurna e noturna adequadas; especial
cautela e sinalização se recomendam para eventuais inversões de tráfego, ficando
sob a responsabilidade da Contratada os entendimentos e autorizações das
autoridades competentes.
Os equipamentos empregados pela Contratada deverão ter características que não
causem danos em vias públicas, pontes, viadutos, redes aéreas, etc.; quaisquer
danos desse tipo serão reparados pela Contratada, sem ônus para a contratante.
Quando a Contratada necessitar transportar cargas excepcionalmente pesadas ou
de dimensões avantajadas, deverá informar a fiscalização, cabendo-lhe, todavia, as
responsabilidades e providências pertinentes.
A Contratada será inteiramente responsável por quaisquer danos a viaturas
particulares ou acidentes que envolvam pessoas, empregados ou não, nas obras.
Onde não for possível desviar o trânsito, a Contratada efetuará os serviços por
etapas, de modo a não bloqueá-lo. Tais serviços deverão prosseguir sem
interrupção até a sua conclusão e poderão ser programados em dias não úteis ou
em horas de movimento sabidamente reduzido. Particular atenção é recomendada a
26
serviços, nestas circunstâncias, que reclamam sinalização bem destacada a partir
de 500 m, no mínimo, em todos os sentidos de aproximação.
A Contratada construirá passagens temporárias que não impeçam o tráfego de
veículos para estacionamento ou recolhimento e garagens coletivas comerciais ou
residenciais.
Deverá haver na obra cópia xerox ou fotocópia autenticada dos documentos de
liberação da área de serviço pelo órgão de trânsito com jurisdição sobre o local.
Dispositivos de Sinalização Diurna
Os sinais de trânsito podem ser classificados em três categorias principais, de
acordo com o "Sistema Uniforme de Sinalização" aprovado pela comissão de
transporte e comunicação da ONU em junho de 1952 e adotado pelo código
nacional de trânsito.
Essas categorias são as seguintes:
-
Sinais de advertência, cuja finalidade é avisar o usuário da existência e da
natureza de um perigo na rua ou rodovia;
-
Sinais de regulamentação, que têm por fim informar o usuário sobre certas
limitações e proibições, governando o uso da rua, cuja violação constitui uma
contravenção das normas estabelecidas pelo código nacional de trânsito;
-
Sinais de indicação, destinados a guiar o usuário no curso de seu deslocamento
e fornecer outras informações que possam ser úteis.
De modo geral, os sinais estudados nas presentes normas serão de advertência;
todavia, sempre que as condições exigirem serão acompanhadas de sinais de
regulamentação, fornecidos e instalados diretamente pelo órgão responsável pelo
trânsito.
Quanto à "sinalização complementar", quando necessária e a critério do órgão
responsável pelo trânsito, seus detalhes serão por esse órgão fornecidos, cabendo a
sua execução à Contratada.
Dispositivos de Sinalização Noturna
A sinalização noturna será feita com os mesmos dispositivos utilizados na
sinalização diurna, acrescidos de um ou dois elementos adicionais seguintes:
sinalização refletiva e/ou sinalização luminosa. Além das recomendações
normalmente indicadas para as obras, o mesmo cuidado e atenção deverão ser
dispensados à sinalização noturna dos equipamentos móveis ou semi-móveis, que
muitas vezes precisam ficar estacionados na rua durante a execução dos serviços.
27
- Sinalização Refletiva
A sinalização refletiva tem por fim refletir toda a luz incidente, tornando claramente
visível, em sua totalidade, o dispositivo em que é aplicada. A refletividade de um
elemento de sinalização pode ser conseguida por meio de dispositivos especiais
(olhos-de-gato, películas refletivas e outros) ou de tintas que possuam essas
propriedades.
- Dispositivos especiais
Quando adotados, deverão ser vermelhos e colocados, de preferência, nos
cavaletes.
- Tintas refletivas
Serão utilizadas na pintura das faixas amarelas dos cavaletes zebrados e dos
demais dispositivos, já descritos, da sinalização diurna que venham a ser utilizados
à noite.
-
Sinalização luminosa;
Sinalização a querosene
Compõem-se de um recipiente para o querosene e para o pavio grosso, que é
extraído para fora do local à medida que é utilizado.
São usados na sinalização de locais que não dispõem de outro tipo de iluminação.
Serão colocados à altura adequada e perto dos sinais que se quer tornar visíveis.
- Lâmpadas vermelhas comuns
Quando houver necessidade e a critério da Fiscalização, serão utilizadas lâmpadas
vermelhas comuns ou baldes de plástico vermelhos perfurados.
- Sinalização rotativa ou pulsativa
Em locais de grande movimento, poderão ser exigidos sinalizadores rotativos ou
pulsativos, que são visíveis a grande distância e constituem um dos mais perfeitos
dispositivos de sinalização noturna.
A Contratada poderá usar qualquer recurso técnico para iluminação da sinalização;
quando for usado sistema elétrico exclusivo, com iluminação da Concessionária,
deverá haver gerador de emergência no local e operador permanente. As redes
elétricas deverão ser duplas, com lâmpadas alternadas, alimentadas pelos dois
circuitos diferentes, providos de navalhas, com fusíveis diferentes, sendo a rede
usada exclusivamente para iluminação elétrica. O sistema de emergência poderá ser
de bateria com "cut-off" automático . Quando for usado outro tipo de iluminação, com
"lampiões", esses serão protegidos das intempéries e serão mantidos no local
28
operários encarregados de reabastecê-los durante a noite. Os montes de material
escavado que permanecerem expostos serão caiados.
1.7.
1.7.1.
MOVIMENTO DE TERRA
Escavação
Generalidades
A escavação compreenderá a remoção de qualquer material abaixo da superfície
natural do terreno. Especificamente, a abrangerá a cavação manual ou mecânica até
as linhas e cotas especificadas nos projetos e a carga, transporte e descarga do
material nas áreas e depósitos previamente aprovados pela Fiscalização. A
obtenção de área para depósito do material excedente é de competência da
Contratada.
Serviços Preliminares de Escavação
Estes serviços compreenderão:
-
Demarcação no terreno, dos limites planialtimétricos das estruturas, de acordo
com a Fiscalização;
-
Implantação dos meios de sinalização e balizamento necessários à segurança do
trabalho e de terceiros, de acordo com as normas fornecidas pela Contratante;
-
Levantamento e remoço ou empilhamento das interferências encontradas nos
limites das escavações;
-
Corte e derrubada de árvores porventura existentes, com arrancamento das
raízes após a autorização da Fiscalização;
-
Remoção, transporte e disposição dos troncos, toras, ramos, galhos e despejos
objetáveis.
-
Remoção, para posterior aproveitamento da camada superficial do solo (20 cm).
A escavação deverá ser feita de forma a resultar uma seção transversal, tanto
quanto possível, retangular.
Diretrizes Básicas dos Trabalhos de Escavação
Na praça das obras deverá permanecer somente a quantidade de material de
escavação que estiver sendo manipulada.
29
Para evitar que as escavações tenham que ficar abertas além do tempo estritamente
indispensável, as mesmas só poderio ser iniciadas após a verificação da existência
de todos os elementos necessários à perfeita e completa execução das obras.
Para tanto, a Contratada, de posse dos projetos executivos, deverá programar com
a Fiscalização as entregas dos materiais que a ela competir com a máxima
antecedência, sendo que o primeiro ficará inteiramente responsável pelo exato
cumprimento destas indicações.
No que concerne à presente “Especificações” como para
todas as demais
referentes aos serviços, objeto da presente obra, cuidados especiais deverão ser
dispensados a todo o pessoal das obras, referentes à segurança e à aparência
durante a sua execução.
Para determinados trabalhos, a Fiscalização poderá exigir luvas, botas de borracha,
capacetes ou outros tipos de proteção adequados, a seu inteiro critério e sem ônus
para a CONTRATANTE.
No caso de trabalhos nos períodos noturnos, deverão ser utilizadas tintas reflexíveis
nos capacetes e/ou braçadeiras.
Classificação dos Materiais de Escavação
Os materiais de escavação deverão ser classificados em três categorias:
Materiais de Primeira Categoria
-
escavação e limpeza da borda de trincheira;
remoção de quaisquer obstáculos durante a escavação;
amarração ou escoramento de tubulações e/ou interferências até seu posterior
remanejamento;
remoção de lodos e lamas provocados por chuvas.
Também serão considerados materiais de primeira categoria os solos argilosos,
siltosos, arenosos e lateríticos, cascalhos, seixos, fragmentos soltos de rocha com
diâmetro inferior a 0,35 m, além de qualquer outro material que possa ser escavado
manualmente, sem o auxílio de rompedores e explosivos.
Materiais de Segunda Categoria
A segunda categoria corresponde a escavação intermediária em material de
transição entre solo e rocha, a escavação por escarificação em rocha fraturada e
decomposta, incluindo blocos de rocha, matacões e pedras de diâmetro superior a
0,35 m e volume inferior a 1,00 m³, rochas compactas em decomposição,
suscetíveis de serem extraídos com emprego de equipamento de terraplenagem
apropriados, com uso combinado de rompedores pneumáticos, mas sem explosivos.
30
Materiais de Terceira Categoria
A terceira categoria corresponde a escavação em rocha, compreendendo materiais
com resistência à penetração mecânica igual ou superior ao granito, rocha contínua
em maciço, ou em blocos soltos de volume superior a 1,00 m³, que só pode ser
extraídos em blocos ou com o auxílio de explosivos, ou outros processos de
desmonte. A Fiscalização definirá “in loco” quando será aplicada esta categoria de
escavação.
Em terrenos rochosos, para o caso de tubulações, as escavações deverão atingir
até cerca de 15 cm abaixo do greide da geratriz inferior do tubo, para que, neste
espaço, seja preenchida a escavação com material de menor granulometria e maior
uniformidade, como, por exemplo, areia e cascalho, sem possibilidade de que haja
escoamento através das fissuras da rocha.
Para os outros casos, a profundidade da escavação deverá atingir as cotas
indicadas no projeto executivo. A capacidade de carga da fundação deverá ser
verificada por profissional da área de geotecnia que definirá também a necessidade
e o tipo de tratamento da fundação.
Métodos Gerais de Escavação
Deverão ser aproveitadas ao máximo possível as possibilidades de escavação
mecanizada das obras, tendo em vista a redução do tempo de execução. A
Fiscalização poderá exigir, a seu critério, a reformulação em quantidades e em
qualidades dos equipamentos utilizados pela Contratada, quer no sentido de adaptálos ao cumprimento dos prazos, quer no sentido de segurança do trabalho.
Serviços de características específicas, isto é, aqueles em que a escavação
mecanizada puser em risco a segurança dos trabalhos, deverão ser executados
manualmente.
O material excedente para o reaterro deverá ser imediatamente carregado e
transportado para áreas indicadas pela Fiscalização, uma vez que ele não poderá
ficar em depósitos junto às escavações.
Quanto às características geométricas das escavações, ter-se-á:
• Forma das escavações, em geral
Deverá ser escavada de forma a resultar uma seção retangular, sendo que, caso o
solo não possua coesão suficiente para permitir a estabilidade das paredes, admitirse-ão taludes inclinados, de acordo com as dimensões do projeto.
• Profundidade da vala, no caso de tubulações
31
Tubulações de ferro fundido:
- recobrimento mínimo de 100 cm - sob o leito de rua.
- recobrimento mínimo de 80 cm - sob calçadas de pedestres.
• Tubos de PVC
-
recobrimento mínimo de 80 cm - sob o leito das ruas ou travessias das
mesmas.
• Largura da vala, no caso de tubulações
Quando não definida no projeto, a largura da vala deverá ser reduzida quanto
possível, respeitando na base da vala o limite mínimo de 0 + 0,60 m para
0 < 400
mm e 0 + 0,80 m para 0 > = 400 mm.
- Transporte de Material Escavado
O transporte deverá ser feito por caminhões basculantes, ou outro tipo de veículo
adequado ao tipo de material a ser transportado.
O percurso será previamente aprovado pela Fiscalização.
A Contratada deverá observar as leis de segurança do trânsito, para a efetivação
dos transportes, tais como coberturas das cargas, condições de segurança dos
veículos, sinalizações adequadas dos locais de saída, velocidade admissível, etc.
Caberá à Contratada a execução e a manutenção de toda a sinalização viária
provisória, necessária à realização dos transportes dentro de padres de
segurança normalizados pelos órgãos competentes.
A Contratada deverá manter os veículos em perfeitas condições de uso e de
atendimento às leis de segurança do tráfego, respondendo pela completa
manutenção desses.
Não será permitido o tráfego de veículos julgados inadequados ou com os
equipamentos de segurança e sinalização deficientes. Os serviços poderão, a
critério da Fiscalização, ser suspensos diante da negligência ao atendimento a
esse item.
A Contratada deverá manter os acessos e vias públicas em condições de uso
permanente, garantindo a sua constante limpeza e conservação. Responderá a
todas as intimações efetuadas nesse sentido pelos órgãos da administração
pública.
A Contratada responderá por todos os acidentes de tráfego que envolverem
veículos próprios ou de seus subcontratados.
32
Todo material escavado e considerado inservível deverá ser imediatamente
transportado para o local do bota-fora indicado pelo SLU e aprovado pela
Fiscalização.
1.7.2.
Aterros
Generalidades
O aterro compreenderá a descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou
aeração e compactação dos materiais oriundos de escavações ou empréstimos.
Esse serviço terá como função estabelecer bases para construção, como também a
substituição, eventualmente, de materiais de qualidade inferior, previamente
retirados, com a finalidade de melhorar a fundação do aterro.
Serviços Preliminares
Para a execução do aterro, todas as obras realizadas deverão estar devidamente
cadastradas e o terreno deverá ser precedido de limpeza.
No caso de valas contendo tubulações, nessa fase dos serviços e antes mesmo do
início dos reaterros, haverá um teste para verificação da estanqueidade das juntas
dessas tubulações e da perfeita execução dos serviços.
Materiais para Aterro
O material de aterro terá como função melhorar a fundação do terreno onde se
apoiarão as estruturas.
Para tanto, o material de que será composto o aterro será, geralmente, areia ou
terra, sem detritos vegetais.
Aterro de Cavas ou Obras Não Lineares
O material que comporá o aterro deverá ser lançado em camadas sucessivas que
não ultrapassem 0,20 m e extensões tais que permitam seu umedecimento e
compactação.
A fim de serem evitadas fendas, trincas e desníveis, em virtude de recalque nas
camadas aterradas, essas deverão ser convenientemente compactadas num certo
teor de umidade ótima, após homogeneização, para remoção de torrões secos e
material conglomerado.
Trechos que não atinjam condições mínimas de compactação deverão ser
escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente
compactados, para se obter a massa específica aparente seca exigida pelo projeto.
33
Os aterros deverão ser executados com o emprego de tratores
de lâmina, escavotransportadores,
moto-escavotransportadores,
caminhões
basculantes, motoniveladoras, rolos lisos, rolos de pneus e pés de carneiro,
estáticos ou vibratórios.
Em locais onde se verificar a impossibilidade de se efetuar aterros ou reaterros com
equipamentos motorizados e/ou após a execução das estruturas que compõem as
diversas obras civis projetadas, estes deverão ser efetuados manualmente. A
recomposição deverá atingir as cotas de projeto.
Esse aterro ou reaterro manual será executado através de lançamentos do material
em camadas de espessuras nunca superiores a 0,20 m e compactadas com
equipamento de pequeno porte, tais como soquetes manuais, sapos mecânicos ou
outros julgados convenientes pela Fiscalização, desde que não ponham em risco a
estabilidade das estruturas já executadas.
Aterro de Valas
O aterro das valas será processado até o restabelecimento dos níveis anteriores das
superfícies originais ou da forma designada pela Fiscalização e somente poderá ser
executado após os testes e a autorização da mesma.
A partir do fundo da vala até 25 cm acima da geratriz superior da tubulação, o aterro
deverá ser manual. Neste caso, a espessura das camadas deverá ser de 10 cm, e
somente será permitido o uso de soquetes de ferro. O grau de compactação a ser
atingido deverá ser da ordem de 72% a 74%.
Controle
No caso de aterros de valas ou cavas de fundação com controle do grau de
compactação, deverá ser atingido o índice mínimo de 97% do Proctor Normal. Serão
realizados ensaios para a verificação deste índice.
1.8.
ESCORAMENTO
Toda vez que a escavação, em virtude da natureza do terreno, possa provocar
desmoronamento, a Contratada será obrigada a providenciar o escoramento
adequado.
Será obrigatório o escoramento para valas ou escavações de profundidades
superiores a 1,50 m (Portaria nº 46 do Ministério do Trabalho, de 09/02/1962). Os
tipos de escoramento utilizados serão determinados em projeto ou, então, a critério
da Fiscalização, dentre os a seguir apresentados.
Cuidados especiais deverão ser tomados quando da abertura de valas ou cavas,
qualquer que seja o tipo de escoramento utilizado, ou mesmo, e principalmente, na
ausência deste.
34
Para evitar percolação de água pluvial dentro da vala ou cava, a Contratada deverá:
-
No aparecimento de trincas laterais à escavação, providenciar a vedação das
mesmas e a impermeabilização da área;
-
Vistoriar continuamente a ocorrência de penetração de água no interior da
escavação, tomando, sempre que se verifique este fato, providências no sentido
de impedir o seu prosseguimento;
-
Quando necessário, promover a construção de muretas longitudinais nas bordas
das escavações, desviando as águas para um local adequado de descarga.
Sempre que forem encontradas redes públicas de distribuição de água no interior da
escavação, os mesmos deverão ser pontaleteados junto às bolsas, no máximo, de
dois em dois metros, antes do aterro da vala ou cava.
A CAGECE se reservará o direito de proceder à alteração do projeto dos sistemas
de escoramentos, caso haja conveniência de ordem técnica e econômica.
1.8.1.
Pontaleteamento
Nesse caso, o solo lateral à cava será contido por tábuas de peroba de
27 mm x 160 mm, espaçadas de 1,35 m, travadas horizontalmente por estroncas de
eucalipto com diâmetro de 20 cm.
1.8.1.
Descontínuo, em Madeira
O escoramento consistirá na contenção do solo lateral à vala ou cava, com
pranchões de madeira de 22 cm de largura x 5 cm de espessura, cravados no fundo
da escavação e espaçados, no máximo, 1,00 m. Esses pranchões serão travados
horizontalmente por longarinas de madeira, contínuas, de 22 cm x 7,5 cm,
espaçadas, no máximo, 1,50 m de eixo a eixo. Essas longarinas descarregarão seus
esforços em estroncas de eucalipto, de diâmetro mínimo igual a 20 cm,
espaçamento horizontal igual a 1,00 m e vertical igual a 1,50 m, a contar dos eixos.
As emendas das longarinas deverão ocorrer sempre sobre o eixo do pranchões
vertical cravado, e de forma a coincidir com o eixo da estronca de eucalipto.
1.8.2.
Contínuo, em Madeira
O escoramento contínuo consistirá na contenção do solo lateral à vala ou cava, com
pranchões de madeira de 22 cm de largura
x 5 cm de espessura, cravados no
fundo da escavação, justapostos uns aos outros, sem espaçamento entre eles.
Esses pranchões serão travados horizontalmente por longarinas de madeira,
contínuas, de 22 cm x 7,5 cm, espaçadas, no máximo, 1,50 m de eixo a eixo. As
longarinas descarregarão seus esforços em estroncas de eucalipto, de diâmetro
35
mínimo de 20 cm, com espaçamento horizontal de 1,00 m e vertical de 1,50 m, a
contar do eixo.
A emendas das longarinas deverão ocorrer sempre sobre o eixo do pranchões
vertical cravado e de forma a coincidirem com o eixo da estronca de eucalipto.
1.8.3.
Escoramento Especial
O solo lateral à cava, neste caso, será contido por pranchas de peroba de 50 mm x
160 mm, do tipo macho e fêmea, travadas horizontalmente por longarinas de peroba
de 80 mm x 180 mm em toda a sua extensão e estroncas de eucalipto com diâmetro
de 20 cm, espaçadas 1,35 m, exceto nas extremidades das longarinas, onde as
estroncas estarão a 0,40 m.
1.8.4.
Escoramento com Perfis Metálicos e Pranchas de Madeira
Nesse caso, o solo lateral à cava será contido por escoramento metálico-madeira,
construído com perfis metálicos e pranchas de madeira. A escavação e a retirada do
material poderão ser feitos por caçamba "clamshell" operando entre as estroncas.
Na cravação dos perfis, não sendo encontrados matacões, rocha ou qualquer outro
elemento impenetrável, a "ficha" será aquela especificada em projeto. Havendo
obstáculo que acarrete "ficha" insuficiente, será obrigatório o uso de estronca
adicional cuja cota deverá estar marcada no topo do perfil antes de ser iniciada a
escavação.
Se o solo apresentar uma camada mole e outra rígida, a montagem do escoramento
poderá ser feita através de estroncas provisórias, para possibilitar a escarificação do
material por equipamentos internos à vala. O comprimento da vala escorada com
estroncas provisórias não deverá ter mais de 40 m. A remoção das estroncas
provisórias será feita imediatamente após a colocação do quadro definitivo de
longarinas-estroncas. Os trabalhos de substituição deverão ser contínuos.
O empranchamento deverá acompanhar a escavação, não podendo haver vôos sem
pranchas entre perfis, com altura superior a 0,50 m em terreno mole e a 1,00 m em
terreno rígido. O empranchamento deverá ser feito na mesma jornada de trabalho da
escavação.
Todo cuidado deverá ser tomado na colocação das estroncas, para que as mesmas
fiquem perpendiculares aos planos dos escoramentos.
A retirada dos escoramentos das valas deverá obedecer às seguintes prescrições:
-
O plano de retirada das peças deverá ser objeto de programa previamente
aprovado pela Fiscalização;
-
A remoção da cortina de madeira deverá ser executada à medida que avance o
aterro e a compactação, com a retirada progressiva das cunhas;
36
-
Uma vez atingido o nível inferior da última camada de estroncas, serão
afrouxadas e removidas as peças de contraventamento (estroncas e longarinas),
bem como os elementos auxiliares de fixação, tais como cunhas, consolos e
travamentos; da mesma forma e sucessivamente, serão retiradas as demais
camadas de contraventamento;
-
As estacas e elementos verticais do escoramento serão removidos com a
utilização de dispositivos hidráulicos ou mecânicos, com ou sem vibração, e
retirados com auxílio de guindastes, logo que o aterro atinja nível suficiente,
segundo estabelecido no plano de retirada;
- Os furos deixados no terreno pela retirada de montantes, pontaletes ou estacas
deverão ser preenchidos com areia e compactados por vibração ou por
percolação de água.
1.9.
ESGOTAMENTO E DRENAGEM
Quando a escavação atingir o lençol de água, o local deverá ser conveniente e
permanentemente drenado, de forma a impedir que a água se eleve no interior da
escavação, até que os serviços executados atinjam cota superior à comumente
alcançada pelas águas.
A drenagem deverá ser feita de modo a impedir que a água corra por sobre os
serviços anteriormente executados, lavando concretos ou carregando areias ou
britas dos lastros de fundação.
A água retirada das escavações deverá ser encaminhada para fora dos limites da
zona de trabalho, por meio de calhas ou condutos, de modo a evitar o alagamento
dos terraplenos vizinhos ou a inundação de outras valas.
Na drenagem, poderio ser usadas valetas, drenos cegos ou franceses, drenos
perfurados e drenos sem perfuração. A profundidade, dimensionamento, declividade
e características serão definidos para cada caso particular pela Contratada e
aprovados pela Fiscalização.
Caso seja constatada a necessidade, o rebaixamento poderá ser executado por
bombeamento direto; para tanto, a Contratada deverá ter disponível, no canteiro de
obras, bombas em quantidade compatível com as frentes de serviços.
1.10.
INTERFERÊNCIAS NA INFRA-ESTRUTURA EXISTENTE
Consideram-se interferências todas as instalações existentes e situadas na área de
implementação das obras, em posição tal que dificultem ou impossibilitem os
serviços necessários à execução das mesmas.
37
Dever-se-ão executar todas as sustentações ou remanejamentos de instalações
subterrâneas superficiais e aéreas existentes, cadastradas ou não, que interfiram
nos serviços executados, assegurando seu perfeito funcionamento nas novas
posições.
Todas as instalações deverão ser cadastradas.
As sustentações deverão ser projetadas e programadas com a devida antecedência
e de acordo com a Fiscalização e/ou concessionárias, devendo-se tomar, na
execução dos serviços, os cuidados e precauções que se fizerem necessários, a fim
de se evitarem danos às instalações existentes, cadastradas ou não.
A Fiscalização fornecerá as indicações que dispuser sobre as interferências
existentes, podendo, entretanto, ocorrer outras, não cadastradas, cuja sustentação
deverá ser programada de forma a não prejudicar o início previsto, nem o
cronograma das obras.
Não havendo possibilidade de sustentação, a critério da Fiscalização, proceder-se-á
ao remanejamento da interferência, que poderá ser definitivo ou provisório.
1.11.
TRANSPORTE E ASSENTAMENTO DE TUBOS E PEÇAS
1.11.1. Transporte, Estocagem e Mobilização de Tubos e Peças
Carregamento dos Tubos
O manuseio dos tubos e peças especiais em seu carregamento deverá ser feito com
o auxílio de tiras de lona ou náilon suficientemente fortes para resistirem ao peso
dos tubos e peças especiais. As tiras de lona ou náilon deverão estar perfeitamente
ajustadas a seu diâmetro, a fim de não danificarem a pintura de proteção.
Não será permitido o uso de cabos, correntes, ganchos, barras ou alavancas que
possam afetar o revestimento dos tubos durante o manuseio e o transporte.
Os tubos ou peças especiais que forem danificados por quedas durante as
operações de manuseio e carregamento serão rejeitados e deverão ser repostos ou
recuperados sem ônus para a CAGECE.
Transporte dos Tubos
Os tubos a serem transportados deverão ser acondicionados sobre berços
almofadados com feltro ou borracha na parte curva, que forneçam proteção
adequada contra amassamentos e outros danos passíveis de ocorrer.
O feltro ou borracha de proteção dos berços deverá ter dimensões suficientes para
evitar o contato do tubo com qualquer outra parte do berço.
38
Os berços deverão ter curvatura adequada ao diâmetro dos tubos e largura
suficiente para o assentamento dos mesmos, evitando qualquer tipo de dano.
Os berços deverão ser fixados no caminhão ou na carreta, de modo a
proporcionarem segurança durante o transporte. Os tubos deverão ser
convenientemente acomodados, a fim de evitar choques ou contato com superfícies
abrasivas.
Para o transporte, os tubos deverão ser reforçados internamente com cruzetas nas
extremidades livres de revestimento, a fim de evitar as deformações ou
"ovalizaçðes".
Descarga dos Tubos
A descarga dos tubos, sempre que possível, será feita próxima ao local de
assentamento.
Não será permitido que os tubos sejam jogados no solo diretamente do caminhão ou
da carreta. Deverão ser utilizados equipamentos mecânicos apropriados e suportes
de lona ou náilon suficientemente largos para o manuseio da descarga, a fim de
evitar marcas constantes no revestimento. Esses suportes terão uma largura mínima
de 40 cm e deverão ser utilizados no ponto de equilíbrio do tubo.
A retirada dos tubos dos caminhões ou carretas deverá ser feita por equipamentos
adequados, permitindo-se o uso de guinchos providos de correntes com duas
patolas nas pontas, desde que essas suspendam o tubo pelas extremidades não
revestidas e não entrem em contato direto com os revestimentos interno e externo.
Quando os tubos forem deixados sobre o terreno, deverão ser colocados em peças
de madeira situadas sob as extremidades não revestidas, respeitando-se as
indicações previstas para armazenamento e estocagem dos mesmos.
Armazenamento ou Estocagem dos Tubos
Os tubos deverão ser estocados, preferencialmente, ao lado da diretriz das linhas,
de forma a permitir fácil movimentação para o local de assentamento.
Os tubos poderão ser estocados em pilhas, com peças de madeira intercaladas
entre eles. As pilhas não deverão ultrapassar 3,50 m de altura, compatíveis com a
utilização de equipamentos simples para sua movimentação, sem risco de danificar
o revestimento.
Para a estocagem, os suportes deverão ser bastante largos ou acolchoados com
material elástico, para evitar deformações no revestimento. Isso deverá ser
arranjado de maneira que a tubulação revestida descanse sobre a largura total do
suporte.
39
Não será permitido a trabalhadores ou outras pessoas andarem sobre os tubos ou
interior dos mesmos.
Movimentação dos Tubos
Toda a movimentação dos tubos de sua posição de estocagem deverá ser feita com
equipamentos apropriados previamente aprovados pela Fiscalização.
Não será permitido o arraste ou rolamento direto dos tubos no solo, nem o uso de
alavancas, correntes ou cabos de aço sem proteção de lona.
Berços de Apoio
O leito das valas deverá ser revestido com um lastro, para apoio dos tubos, a ser
definido pela Fiscalização, de acordo com as recomendações a seguir. Casos
especiais não contemplados nestas especificações deverão ser submetidas à
análise e aprovação da Fiscalização.
De Areia
Deverá ser empregada areia grossa e apresentar um grau de compacidade relativa
de 50%. A espessura das camadas deverá ser igual a 20 cm.
De Pedra Britada
Para assentamento de tubulação, deverão ser executadas duas camadas: a
primeira, de brita nº 3, com espessura de 10 cm, e a segunda, de brita nº 2, também
com 10 cm de espessura.
De Concreto Pobre
A execução deste tipo de lastro deverá atender onde couber às especificações de
"Estrutura de Concreto", descritas adiante. A execução do lastro, propriamente dita,
será em camada única de 11 cm, conformada por fôrmas de madeira e
adequadamente vibrada.
Deverá ser utilizado concreto com consumo mínimo de cimento de 110 kg por metro
cúbico.
De Cascalho de Cava
O material a ser empregado será o cascalho comum, em seu estado natural. O
lastro será executado em camadas de 10 cm de espessura, com o material
previamente umedecido e posteriormente compactado. O número de camadas será
determinado pela Fiscalização, para cada local, e a compactação será mecânica.
1.11.2. Assentamento de Tubulações e Peças
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Tubos de Ferro Fundido e PVC
A montagem das juntas dos tubos de ferro fundido deverá ser processada de acordo
com a NBR-11185 (NB-126) e a dos de PVC, em conformidade com a NBR-5647-1
da ABNT.
O apoio e a fixação dos mesmos obedecerão ao detalhamento do projeto executivo
da tubulação, o mesmo ocorrendo com o tipo e dimensões das peças utilizadas. As
alterações somente serão permitidas com o consentimento prévio da Fiscalização.
No caso de tubos enterrados, deverão ficar apoiados ao longo de todo o corpo
cilíndrico, e as juntas, acomodadas em cachimbos escavados.
Em terrenos acidentados, o assentamento deverá ser iniciado pela extremidade
mais baixa.
Para o caso de ocorrer interrupção do assentamento da tubulação, a extremidade
aberta deverá ser tamponada com peças provisórias, para evitar a penetração de
água, animais ou outros materiais.
A tubulação assentada será mantida na posição correta, iniciando-se o aterro e
compactação simultaneamente em ambos os lados e, posteriormente, nos
cachimbos.
A limpeza interna do tubo, após o assentamento, será feita através de uma bucha
amarrada a uma corda previamente colocada em posição, sendo que esta, ao ser
passada no interior do tubo, não deverá soltar fiapos, danificar o revestimento ou
deslocar o tubo de sua posição.
A ligação entre os tubos ou entre esses e peças especiais será feita através de
juntas elásticas, mecânicas ou flangeadas.
a) Juntas Elásticas
As bolsas deverão ser limpas, removendo-se completamente todo o material
estranho, ou excesso de revestimento, na ranhura que irá receber a junta, em todo
perímetro, na distância recomendada para a penetração na bolsa. As bordas
externas não deverão apresentar arestas vivas, sendo que, quando o tubo for
cortado no campo, a ponta será convenientemente chanfrada. Os anéis de borracha
deverão ser colocados com a face perfurada voltada para dentro do tubo, sendo a
posição correta verificada com o auxílio de ferramenta adequada. A ponta do tubo
deverá estar nivelada e centralizada para a sua introdução na bolsa.
Após a aplicação do lubrificante adequado e verificado o perfeito ajuste em todo o
perímetro do anel, a ponta será introduzida com pressão uniforme até atingir o fundo
da bolsa, recuando-se o tubo, no máximo, 10 mm, a fim de permitir a mobilidade da
junta dentro das tolerância normalizadas.
41
b) Juntas Mecânicas
Consideram-se juntas mecânicas os acoplamentos efetuados entre peças que,
garantindo a vedação, conservem a descontinuidade entre as peças ligadas. Estas
juntas poderão ser do tipo "Dresser", "Gibault", "Alvenius" ou Straub-flex", sendo que
o projeto indicará o tipo de junta e sua localização.
Deverão ser verificados os mesmos cuidados previstos para limpeza no item
anterior.
As juntas mecânicas efetuadas com o uso de parafusos e porcas deverão ser
apertadas de modo alternado, defasadas 180o, para proporcionar aperto
uniformemente distribuído.
c) Juntas Flangeadas
Para a montagem de juntas flangeadas, deverá ser observado que o plano da face
dos flanges esteja perpendicular ao eixo da peça. O plano vertical que contiver o
eixo da peça deverá passar pelo meio da distância que separa os dois furos dos
parafusos superiores, sendo que esta condição deverá ser verificada com nível de
bolha.
Do mesmo modo que para as juntas mecânicas, os parafusos, após colocação da
arruela entre os ressaltos, deverão ter aperto gradual e diametralmente oposto.
d) Casos Especiais
Não serão aceitas soldagens em peças de ferro fundido executadas no campo,
sendo que, na impossibilidade e a critério da Fiscalização:
- A peça deverá ser executada em aço;
- Poderão ser aceitas peças soldadas em oficina que disponha de forno para préaquecimento e meios para o resfriamento controlado da peça.
Tubos de Aço
ASPECTOS GERAIS
As escavações para descobrimento das tubulações existentes nos pontos de
interligação com trechos projetados deverão ser realizadas manualmente e com o
máximo cuidado, de forma a evitar danos no material.
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Antes do assentamento dos tubos novos, dever-se-á proceder ao corte das
tubulações existentes nos pontos de encontro e derivações.
Os trechos desses tubos deverão ser especialmente preparados, conforme previsto
para as soldas de campo.
A preparação desses trechos deverá ser muito rigorosa, com o objetivo de se
otimizar o tempo.
Casos se constate ferrugem em grau avançado, que possa comprometer o restante
da linha, dever-se-á comunicar à Fiscalização, para se proceder à pesquisa de todo
o trecho existente.
A parte do trecho existente que apresentar ferrugem avançada deverá ser
totalmente retirada e substituída por tubos ou peças especiais novas. As
substituições deverão ser submetidas à Fiscalização, quanto á retirada e aos novos
materiais.
• SOLDAGEM
PREPARO DA TUBULAÇÃO
Antes do início da soldagem, as superfícies de todas as chapas a serem soldadas
deverão ser completamente limpas de escamas e ferrugem, por meio mecânico
adequado, uma distância nunca inferior a 1” (2,5 cm) das bordas da chapa e, em
casos de óleo ou graxa, numa distância não inferior a 3” (7,5 cm) das bordas das
chapas e de ambos os lados.
Graxa e óleo serão removidos com gasolina, lixívia ou outros meios adequados. O
uso de querosene ou solventes mais pesados à base de petróleo não será permitido.
A limpeza das bordas a serem soldadas deve ser feita preferencialmente antes da
união das chapas por ponto de solda. Se uma inspeção revelar uma porosidade na
solda por ponteamento maior que a permitida para o cordão final, tais pontos
deverão ser removidos antes da soldagem automática.
Quando for necessário efetuar mais de um passe de solda numa mesma junta ou
reinicio de solda, no caso de alguma parada, qualquer carepa, escória ou fluxo de
solda existente dever ser removido com uma ferramenta desbastadora, manual ou
pneumática, ou outro meio adequado, para evitar que as impurezas se incorporem
ao metal de solda.
SOLDAS
No processo de soldagem, soldadores e operadores devem ser qualificados de
acordo com a seção IX das “Qualificações de Solda”, do código ASME para Vasos
de Pressão, com exceção dos métodos que adotem processo de arco submerso, os
quais serão feitos de acordo com AWS-AR-1.
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Esses testes de qualificação serão apresentados em formulário similar àquele
mostrado na seção IX do ASME.
Os soldadores serão reavaliados periodicamente, a critério da Fiscalização, sendo
vedados ao trabalho, se a Fiscalização assim o julgar.
Todas as provas de qualificação de processo ou qualificação de soldadores, ou
quaisquer provas de requalificação serão executadas por um laboratório idôneo de
testes.
Toda costura longitudinal e circular dos anéis deverá ser feita com máquina de solda
automática.
A solda manual será permitida quando o uso de solda automática se tornar
impraticável. Em seções retas, a única solda manual permitida será a de
ponteamento para a união das extremidades das chapas, em reparos de defeitos na
chapa e no cordão de solda automática.
Todas as soldas feitas automaticamente devem satisfazer às exigências de teste
desta Especificação.
Cada passe de solda deverá ser cuidadosamente limpo antes que outro passe de
solda seja depositado na superfícies. Soldas sobrepostas acabadas devem ficar
centradas na costura, e a junta acabada deve ficar livre de depressões, mordeduras,
derramamentos, irregularidades e valetas. A limpeza dos passes deverá ser feita
com equipamento escolhido de comum acordo com a Fiscalização.
A superfície interna deve estar livre de derramamento e outras irregularidades
resultantes de solda, a não ser a sobrespessura necessária.
Toda as soldas devem ter uma fusão completa com o metal de base e serem livres
de trincas, óxidos, inclusão de escórias e bolsas de gás.
Se, por um motivo ou por outro, a soldagem for interrompida, deve-se tomar cuidado
especial ao reiniciá-la, para conseguir uma penetração completa entre o metal de
solda, a chapa e o metal de solda anteriormente depositado.
Ao remover parcial ou totalmente uma solda por meio de corte ou de
esmerilhamento, o corte ou o esmerilhamento não deve atingir o metal de base além
da profundidade de penetração da solda.
Ao remover parcial ou totalmente a solda, não se deve queimar ou danificar o metal
de base. Depois dessa operação, o metal queimado deve ser removido por
completo, até as bordas das chapas ficarem limpas, perfeitas e novamente
preparadas para a nova solda.
As chapas a serem soldadas serão acuradamente ajustadas e presas em sua
posição durante a operação de soldagem. A solda por pontos poderá ser aplicada
para segurar as bordas em uma posição alinhada, desde que a espessura da solda
44
por pontos se funda completamente e se incorpore no cordão de solda final, sem
prejuízo de sua resistência.
O método empregado deverá produzir um anel acabado com uma seção transversal
circular em toda a sua extensão.
Deve-se tomar cuidado especial no alinhamento das bordas a serem unidas, para
que haja penetração e fusão total no fundo das juntas.
OPERAÇÃO DE SOLDAGEM
Os tubos deverão ser soldados quando alinhados dentro da vala ou quando
colocados nos apoios, deixando-se, pelo menos, uma “junta aberta” a cada 100 m,
para atender aos problemas de dilatação térmica enquanto a vala estiver aberta. Os
trechos preparados fora da vala deverão exceder 48 m de comprimento.
As “juntas abertas” só serão executadas após o reaterro da vala, tendo-se, então,
protegido a tubulação dos efeitos de variação de temperatura.
A soldagem dos tubos será feita pelo processo do arco elétrico, aplicando-se as
normas da American Welding Society, AWS D7.0, e American Water Works
Association, AWWA C206, com eletrodos da série E-60 e E-70, com classificação
em concordância com a corrente elétrica, posição de soldagem e outras
características impostas pelas condições locais (tipo de costura, etc.).
A soldagem deve ser executada com máquina de solda adicionada por motor a
gasolina ou diesel, assentada em conjunto próprio para transporte ou reboque que
facilite sua movimentação.
As máquinas de solda e de corte devem permitir que se obtenham soldagens que
atendam aos testes da Seção 8-5 da AWWA C-206-62.
Cada conjunto será operado por um ou mais soldadores e deverá dispor de cabo
com extensão suficiente para permitir um campo de trabalho de 40 a 50 m, se
necessário deslocar a máquina de solda.
Quando for necessário o corte do tubo no campo, com chama oxiacetileno, os
revestimentos interno e externo deverão ser removidos previamente, numa faixa de
cerca de 20 cm. É indispensável a recomposição posterior do revestimento.
As soldas de campo serão do tipo de topo com chanfro duplo e soldagem externa.
As peças especiais para solda deverão ter seus chanfros preparados à máquina, em
ângulos e dimensões de acordo com a ASA-B 16.9.
Os chanfros das extremidades dos tubos serão feitos com máquina de esmeril.
As superfície das juntas a soldar devem estar isentas de rebarbas, escamas soltas,
escórias, ferrugem grossa, graxas, tintas, cimento ou qualquer outro material
estranho, exceto escamas de usina fortemente aderidas.
45
Resíduos de óleo de linhaça provenientes da aplicação da tinta primária podem ser
desprezados. Não há necessidade da remoção de películas leves de ferrugem que
permaneçam após a limpeza com benzol ou outro solvente equivalente não sendo,
contudo, admitido o querosene.
As soldas de campo não serão permitidas quando as superfícies estiverem expostas
a chuvas e durante as ocasiões de ventanias, a menos que os serviços estejam
adequadamente protegidos.
Cada passe de cordão de solda constituído de vários passes deve ser livre de
escórias e materiais estranhos antes da aplicação do passe seguinte.
É dispensável a remoção dos ponteamentos de soldas utilizados para o préalinhamento dos tubos, desde que eles realizem uma perfeita fusão com os cordões
de solda.
Para impedir a distorção indevida, pede-se martelar os cordões de solda (passes).
Os cordões superficiais e o primeiro passe, nas soldas com juntas chanfradas, não
devem ser martelados. O martelamento, quando exigido, deve ser efetuado com
leves batidas de um martelo de bola, usando-se a parte arredondada.
O passe superficial, nas soldas em juntas chanfradas, deve ser o mais central
possível em relação à junta, razoavelmente liso e isento de pressões. Rebaixos
(“undercuttings”) do metal de base no tubo adjacente à solda serão considerados
com defeito, devendo ser reparados se excederem a 1/32” em cada beirada do
cordão de solda.
Nas juntas de topo-a-topo, nenhuma parte da superfície de acabamento, na área de
fusão, deve ficar abaixo da superfície do tubo adjacente. O reforço de solda não
deve ser superior a 1/13” acima da superfície do tubo. Os tubos devem ser alinhados
com precisão, de modo que, na junta acabada, nenhum se projete além do
adjacente mais de 20% da espessura do tubo.
A Fiscalização poderá exigir que seja cortado um segmento da primeira junta
soldada por cada operador, para efeito de teste de qualidade; se esse não for
aprovado, pode exigir o corte de segmentos adicionais do trabalho do mesmo
operador. A Critério da Fiscalização, caso não sejam aprovados os novos
segmentos, será exigida a substituição da soldagem efetuada pelo respectivo
operador. Os locais de corte de segmento deverão ser adequadamente soldados.
Todo o processo de soldagem no campo deverá ser acompanhado por processo de
verificação: ultra-som ou radiografia segundo a API-1104.
Ao ser aplicado o último passe de soldagem em cordões circunferenciais, deve-se,
no caso de se encontrar cordões longitudinais, prosseguir com aquele passe cerca
de 5 cm além do cordão longitudinal, para evitar vazamento nas interseções das
soldas.
46
Durante a operação de soldagem, os tubos devem ser cuidadosamente alinhados e
fixados, para que, no acabamento das juntas, os tubos não se projetem dentro dos
outros mais que 20% de sua espessura e, no mínimo, 1/8”.
Todos os trabalhos executados obedecerão, obrigatoriamente, às normas C-206 da
AWWA.
REVESTIMENTO COM ESMALTE BETUMINOSO
Serão utilizados no revestimento das tubulações em campo os seguintes materiais:
-
Tinta primária betuminosa (“primer”);
Esmalte betuminoso (“enamel”);
Feltro de amianto ou fibra de vidro embebidos em esmalte.
APLICAÇÃO DA TINTA PRIMÁRIA BETUMINOSA (“PRIMER”)
A zona onde será aplicado o (“primer”) deverá estar inteiramente limpa - limpeza
feita com espátula e escova de aço - livre de óleo ou graxa e seca.
A solda deverá ser inteiramente limpa com picadeira e escova, ficando livre de
escória e apresentando-se brilhante.
A tinta, antes de usada, deve ser bem misturada, até apresentar-se como líquido de
viscosidade uniforme. Não deve ser adicionado qualquer solvente.
A aplicação deve ser feita com trinchas de cabelo, ficando a tinta bem espalhada e
atingindo até uns 3 ou 5 cm da parte já revestida do tubo.
Em condições normais de tempo, esta tinta estará seca em 24 horas. Em dia seco e
de vento, a secagem poderá reduzir-se a 6 horas. Depois de 72 horas de sua
aplicação, o “primer” perde sua propriedade de ligar o ferro ao esmalte.
Se, por quaisquer circunstância o esmalte não for aplicado antes de decorridas 72
horas da aplicação do “primer”, a junta deverá ser novamente pintada. Depois de
seco, o “primer” apresenta superfície fosca. Se a tinta não escorrega sob a pressão
moderada do polegar, ela pode ser considerada como seca.
PREPARO DO ESMALTE BETUMINOSO
O esmalte, fornecido em tambores, deverá ser cortado com machado, em pedaço,
com peso não excedente de 8 kg. Inicialmente, com um machado, são feitos nas
extremidades do tambor cortes circunferenciais para remover a tampa e o fundo.
Corta-se, depois longitudinalmente a chapa do tambor e essa é, então, desenrolada,
ficando inteiramente livre o cilindro de esmalte. O corte do esmalte em pedaço deve
ser feito em lugar limpo, de preferência sobre um tablado, para evitar a aderência de
qualquer sujeira aos pedaços de esmalte. O esmalte deve estar completamente
limpo.
47
Com fogo brando, o esmalte é colocado na caldeira ou panelão, em quantidades
compatíveis com a capacidade do mesmo.
Depois que parte do esmalte estiver derretida, cobrindo inteiramente o fundo, o fogo
pode ser aumentado para acelerar a fusão. Estando o esmalte todo derretido,
deverá ele ser mexido com uma pá de ferro a cada 15 minutos, assim como
imediatamente antes de ser usado.
A temperatura de aplicação do esmalte é de 250°C a 265°C. A temperatura máxima
que deverá atingir o esmalte é de 275°C. Sendo ultrapassada essa temperatura, o
lote deverá ser jogado fora. A emanação de fumaça branca e intensa indica que a
temperatura adequada está sendo atingida. A fumaça amarela indica esmalte muito
quente. Quando derretido à temperatura entre 250°C e 265°C e tendo sido agitado
convenientemente, este material apresenta-se como um líquido de fluidez quase
igual à da água.
A proporção que é usado, mais pedaços de esmalte são adicionados à parte já
derretida, mantendo, assim, uma fusão contínua e evitando-se o aquecimento
excessivo. A caldeira ou panelão, a cada período de três a seis dias, deverá ser
inteiramente limpa, pois que aos poucos vai havendo decantação, formando-se no
fundo uma crosta carbonizada isolante do calor.
APLICAÇÃO INTERNA DO ESMALTE
Estando a junta interna já pintada com o “primer” e inteiramente limpa e seca, é
feita a aplicação do esmalte com as escovas de cabo longo. Munido de máscara
contra gases, óculos protetores, luvas, mangas, botinas, uma lata com alça
contendo o esmalte derretido e escova de cabo comprido (30 cm - 40 cm), de fibra
mexicana, o operário entra no tubo, alcançando a junta a revestir. O primeiro
trabalho consiste em cobrir, usando a escova, as soldas longitudinais e a
circunferencial com uma camada de mais ou menos 2 mm de espessura e 5 cm de
largura, ficando a solda no meio. A seguir, é aplicado uma primeira camada de
esmalte, trabalhando a escova em pequenas seções retangulares de mais ou menos
10 cm x 25 cm e movimentando-a em direção perpendicular à do escoamento da
água. As diversas seções devem recobrir umas às outras.
Quando aplicado sobre a solda, o movimento da escova deve ser feito ao longo do
cordão. O esmalte aplicado na junta deve recobrir uma camada de 3 a 5 cm o
revestimento original da fábrica.
Uma segunda camada é aplicada do mesmo modo que a primeira, movimentandose, entretanto, a escova na direção do escoamento da água, formando, pois, ângulo
reto com a primeira camada. O trabalho deve ser iniciado da parte superior do tubo
48
para os lados e para baixo. Deve ser colocado, nesta ocasião, um pedaço de lona
na parte inferior da junta onde cairão pingos de esmalte revestido.
Não são usados fibras de vidro ou feltro de amianto no revestimento interno.
APLICAÇÃO EXTERNA DO ESMALTE
Estando o “primer” seco e a junta inteiramente limpa e seca, é aplicada uma primeira
camada de esmalte do mesmo modo com que se procedeu ao revestimento interno,
tendo-se, inicialmente, o cuidado de se recobrir as soldas.
A seguir, toma-se um pedaço de feltro de asbesto cortado em comprimento cerca de
20 cm maior que a circunferência do tubo, e com ele envolve-se a parte inferior da
junta, deixando-se uma folga de mais ou menos 10 cm. Com um canecão, derramase na parte mais inferior da fibra de vidro ou feltro de amianto esmalte derretido,
imediatamente levando-se de encontro ao tubo, com ligeiro movimento de vaivém.
Estando a parte inferior deste material já fixa ao tubo, vai-se, aos poucos,
derramando o esmalte e apertando de um lado e do outro de encontro ao tubo.
A metade superior da junta é facilmente revestida, pois que o esmalte é diretamente
derramado sobre ela. O feltro de asbesto aos poucos vai sendo aplicado.
Nenhum vazio deve ser deixado sob o tecido de asbesto.
Depois de estar a junta completamente envolvida, nova camada de esmalte é
aplicada; na metade superior, derramando-se o esmalte; na parte inferior, aplicandose uma escova.
Este revestimento externo deve recobrir com uma camada de 3 a 5 cm o
revestimento original de fábrica. Nesta operação de revestir externamente a junta, é
necessário o concurso de três operários, protegidos devidamente com luvas,
mangas, botinas, etc.
Se a junta revestida não for a seguir coberta de terra, deverá levar uma demão
abundante de caiação: 100 litros de água, 2 litros de óleo de linhaça, 35 kg de cal
queimada, 2,5 de sal grosso. A cal e o óleo devem ser adicionados à água aos
poucos, simultaneamente.
A mistura deve ser feita três dias antes de ser usada.
OPÇÃO PARA REVESTIMENTO INTERNO DAS JUNTAS SOLDADAS EM CAMPO
COM “COAL-TAR EPOXI”
Poderá ser adotado opcionalmente, a critério da Fiscalização, como revestimento
interno das juntas soldadas em campo, um esquema de revestimento com “coal-tar
epoxi” (poliamida), conforme a seqüência de procedimento a seguir indicada:
49
Todo o “coal-tar epoxi” a ser utilizado deverá estar de acordo com a Norma SSPC16-T do “Steel Structures Painting Council” (Paint Specification n° 16).
A sua aplicação deverá estar baseada na Norma SSPC-PC-11-1 e de acordo com
as recomendações do fabricante, no que diz respeito às proporções de mistura,
agitação e intervalo para aplicação após o preparo da mistura. O “primer” e as tintas
do acabamento serão necessariamente do mesmo fabricante.
Todo o serviço deverá ser executado de maneira esmerada e de modo que as
superfícies acabadas fiquem isentas de escorrimentos, pingos, rugosidades, ondas,
recobrimento e marcas de pincel.
Todas as demãos serão aplicadas de forma a produzir uma película de espessura
uniforme, cobrindo completamente todos os cantos e reentrâncias.
Nenhum revestimento poderá ser aplicado quando a umidade relativa do ambiente
for maior que 85%.
As superfície metálicas deverão receber a primeira demão do revestimento tão logo
seja praticável, mas, em qualquer circunstância, antes da deterioração da superfície
preparada. O intervalo máximo entre a preparação das superfícies e a aplicação
nunca deverá exceder o período de 6 horas.
O revestimento deverá ser aplicado em três demãos, de forma a se obter uma
espessura final mínima de 0,02” (500 micra) em todos os pontos da superfície
revestida.
A aplicação poderá ser feita a pistola convencional “airless” ou a pincel, devendo a
primeira demão ser aplicada a pincel.
A segunda demão deverá ser aplicada após 12 horas da aplicação da primeira
demão e não poderá ultrapassar 72 horas.
Para a terceira demão, proceder-se-á como na segunda.
Em tempo excepcionalmente quente, o intervalo de aplicação das camadas poderá
ser, no máximo, de 24 horas.
Quando aplicada corretamente, a superfície revestida se apresentará lisa e lustrosa.
Deverá ser verificada a presença de vazios (porosidade) ou descontinuidade com o
detector de falhas (Holiday-Detector) do tipo “baixa corrente/alta-tensão”.
Válvulas
A montagem das válvulas será precedida de verificação do posicionamento correto
dos flanges, de tal maneira que o plano de face do flange fixo esteja, forçosamente,
perpendicular ao eixo da tubulação. O plano vertical que contiver o eixo do tubo
deverá passar pelo meio da distância que separa os dois furos superiores. Esta
50
condição poderá ser verificada com adequado nível de bolha de ar, aplicado aos
dois furos superiores.
As válvulas deverão ser montadas totalmente abertas nas linhas de juntas soldadas
e totalmente fechadas nas demais; as válvulas montada abertas somente poderão
ser acionadas após limpeza prévia.
Durante a montagem das válvulas, o operador deverá protegê-las contra eventuais
danos e sujeiras.
As válvulas serão entregues montadas, ou em subconjuntos próprios para seu
manuseio.
Estando o conjunto da válvula completamente instalado, limpo e lubrificado e tendo
sido verificado todo o seu mecanismo, a válvula deverá ser operada em todos os
cursos.
Feitas as ajustagens necessárias, deverá funcionar suavemente, de acordo com as
características próprias do equipamento.
Não deverão ser efetuadas modificações ou ajustagens de peças fixas e móveis
sem prévia autorização da Fiscalização.
1.11.1. Ensaio das Linhas
Caberá à Contratada providenciar todos os recursos e coordenar todas as atividades
necessárias à execução dos testes de linha, destinados a determinar possíveis
falhas de material, mão - de - obra e/ou métodos de construção.
Todas as tubulações deverão ser submetidas a teste hidrostático, de acordo com os
procedimentos descritos a seguir:
- A Contratada competirá apresentar um método para execução do teste
hidrostático, para prévia aprovação, no qual deverá constar, no mínimo: a
pressão, o tempo de duração, os trechos a serem ensaiados, os locais para
medição e os critérios de operação;
- A Contratada poderá propor à Fiscalização a divisão da linha em outros trechos
ou seções, não previstos inicialmente, para efeito de teste, caso esse
procedimento seja justificável para a obtenção de melhores condições ou maiores
facilidades para a realização dos testes. Nesse caso, a Contratada deverá
apresentar uma especificação completa e uma descrição detalhada dos testes a
serem efetuados, para aprovação prévia da Fiscalização;
- Os trechos de tubulação utilizados nas travessias aéreas deverão, conforme o
método e o critério exclusivo da Fiscalização, ser submetidos aos mesmos testes
específicos para as travessias subterrâneas;
51
- A Fiscalização e a Contratada deverão determinar, de comum acordo, os pontos
em que deverão ser instalados os instrumentos registradores de pressão.
A execução dos trabalhos de correção das eventuais falhas verificadas será de
responsabilidade da Construtora e elas deverão ser imediatamente reparadas.
Todos os recursos de mão-de-obra, materiais, equipamentos, ferramentas,
instrumentos, etc., necessários à completa realização dos testes, bem como à
execução dos trabalhos de correção das eventuais falhas verificadas, serão de única
e exclusiva responsabilidade da Contratada.
A Contratada montará os instrumentos de pressão numa derivação conectada à
tubulação em teste, submetendo-os a um ensaio de pressão, a fim de verificar seu
funcionamento e respectiva calibração.
Durante a execução do teste hidrostático, a Contratada efetuará leituras a cada
hora, anotando os resultados em relatório apropriado.
Após a execução do teste, a Contratada fará uma análise dos resultados obtidos e
apresentará à Fiscalização para aprovação.
1.12.
FUNDAÇÕES
1.12.1. Generalidades
Este item tem o objetivo de estabelecer os procedimentos e rotinas para execução
das fundações nas obras localizadas, definindo os quesitos mínimos a serem
atendidos durante a confecção das mesmas.
O fornecimento de todos os materiais, mão-de-obra e equipamentos necessários à
locação e execução das fundações das estruturas previstas será de inteira
responsabilidade da Contratada e deverá atender às características exigidas no
projeto.
Caberá à Contratada a realização de todos os serviços necessários à completa e
perfeita execução das fundações das estruturas.
Os projetos e execução das fundações deverão obedecer às instruções contidas na
NBR 6122.
1.12.2. Blocos, Sapatas e Baldrames
De um modo geral, os blocos, sapatas e baldrames deverão ser executados sobre
um leito de concreto magro (consumo mínimo de cimento = 150 kg/m 3), de
regularização do terreno, com pelo menos 5 cm de espessura. Tanto o emprego de
concreto magro quanto a confecção propriamente dita do elemento estrutural
52
deverão ser realizados em locais drenados, não se permitindo nenhum
bombeamento durante o período de concretagem.
Uma vez feita a camada de regularização, a Contratada deverá ter condições para,
logo após, proceder à colocação de fôrmas e armaduras e à concretagem das
peças, efetuando, em seguida, o reaterro da cava até a altura determinada pela
Fiscalização, de modo a evitar atuação de agentes de intemperismo no local.
A execução de fôrmas, ferragens, concretagem, cura, desforma e correção de
defeitos deverá obedecer ao disposto nas especificações pertinentes, apresentadas
neste volume.
No caso de suspeita de mau desempenho de partes das peças concretadas, a
Fiscalização poderá, a qualquer tempo, promover a realização de provas de cargas
nas mesmas.
1.12.3. Estaca
As estacas deverão ser locadas de acordo com o projeto, não devendo ocorrer
deslocamento ou inclinação na sua posição por ocasião da perfuração ou cravação.
Ocorrendo excentricidade ocasionada por locação, perfuração ou cravação incorreta
que possa comprometer a estabilidade da obra, deverá ser consultado o autor do
projeto que apreciará o problema e determinará a solução, a qual correrá por conta
da Contratada, sem nenhum ônus para a CAGECE.
Eventuais danos a pessoas ou propriedades correrão por conta da Contratada.
O tipo de estaca, sua capacidade nominal de carga e o comprimento médio
estimado serão fornecidos pelo projeto, sendo que qualquer alteração necessária na
obra só poderá ser efetuada com autorização prévia do autor do projeto.
O concreto a ser utilizado deverá atender a resistência característica especificada
em projeto.
Em geral, a critério da Fiscalização, não será permitido o uso destas estacas em
solo que acusem presença de lençol freático.
Sendo autorizado o uso, deverão ser tomados cuidados especiais quanto a
dosagem do concreto e esgotamento da água.
1.12.4. Tubulão
Os tubulões terão dimensões definidas em projeto, rigorosamente centrada e
emprego de ar comprimido.
As tolerâncias quanto a prumada, locação e deslocamento dos tubulões ficarão a
critério da Fiscalização, que se orientará com base nas informações do projetista.
53
Atingida a camada de terreno prevista, e constatada a qualidade de resistência
especificada no projeto, a Fiscalização autorizará o alargamento da base do tubulão,
conforme dimensões indicadas no projeto.
A critério da Fiscalização, a escavação deverá prosseguir até ser encontrada a
camada de solo com a resistência adequada, ou a base será aumentada em relação
ao diâmetro previsto. Caso a variação da cota de assentamento dos tubulões
acarrete diferenças no comprimento do fuste maiores que 20%, a armação de
projeto deverá ser confirmada pela Fiscalização.
Na cota de base definitiva, o terreno será nivelado, permitindo-se depressões
máximas de 50 mm em relação ao plano horizontal teórico.
Antes da colocação das armaduras de alargamento, será feita, no fundo, uma
camada de regularização em concreto magro.
Com a base liberada, deverá ser executada em concretagem contínua, incluindo um
trecho de fuste com 1,50 m de comprimento. As bases serão concretadas com
concreto auto adensável.
Na execução de bases de tubulões contíguos, situados a uma distância inferior a
2,00 m, entre as bordas mais próximas, deve-se proceder a abertura das bases,
uma de cada vez. Somente após a concretagem de uma é que será executada a
escavação da base adjacente.
O enchimento do fuste será com concreto convencional conforme indicado no
projeto.
Os tubulões a céu aberto serão escavados sem revestimento, se o caso assim o
permitir; se não serão sempre revestidos com camisas-de-aço ou pré-moldadas em
concreto.
Quando da colocação da ferragem do fuste, deverão ser tomados cuidados
especiais para se evitar queda de solo sobre o concreto da base.
1.13.
ESTRUTURAS DE CONCRETO
A execução de concreto deverá obedecer rigorosamente ao projeto, especificações
e detalhes, assim como às Normas Técnicas da ABNT, sendo de exclusiva
responsabilidade da Contratada a resistência e a estabilidade de qualquer parte da
estrutura executada.
Para as obras em contato com água (reservatórios, poço de sucção, adensadores,
etc.) será exigido cimento de Alto Forno, com brita granítica e adição de microsílica.
Normas a se considerar:
54
-
NBR-5732/91 - Cimento Portland Comum - Especificação;
-
NBR-5733/91 - Cimento Portland de Alta Resistência Inicial - Especificação;
-
NBR-5735/91 - Cimento Portland de Alto-Forno - Especificação;
-
NBR-5736/91 - Cimento Portland Pozolânico - Especificação;
-
NBR-5737/92 - Cimento Portland Resistente a Sulfatos - Especificação;
-
NBR-7211/83 - Agregados para Concreto - Especificação;
NBR-11768/92 - Aditivos para Concreto de Cimento Portland - Especificação;
-
NBR 7480/96 - Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras para Concreto
Armado - Especificação;
-
NBR-7481/90 - Telas de Aço Soldadas para Armadura de Concreto –
Especificação;
-
NBR-7482/83 - Fios de Aço para Concreto Protendido - Especificação;
-
NBR-7483/83 - Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido - Especificação;
-
NBR-7212/84 - Execução de Concreto Dosado em Central - Procedimento;
-
NBR-7681/83 - Calda de Cimento para Injeção - Especificação;
-
NBR-6118/80 - Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado;
-
NBR-7187/87 - Cálculo e Execução de Pontes de Concreto Armado;
-
NBR-7197/82 - Cálculo e Execução de Obras de Concreto Protendido;
-
NBR-5738/94 - Moldagem e Cura de Corpos-de-Prova Cilíndricos de Concreto;
-
NBR-5739/94 - Ensaios de Compressão de Corpos-de-Prova Cilíndricos de
Concreto;
-
NBR-5740/77 - Análise Química de Cimento Portland - Disposições Gerais;
-
NBR-7223/92 - Consistência de Concreto - Abatimento de Tronco de Cone.
1.13.1. Materiais Componentes do Concreto
Cimento
55
O cimento deverá atender às exigências das seguintes Normas Brasileiras:
- Cimento Portland Comum (CP): NBR-5732/91:
- Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (ARI): NBR-5733/91:
- Cimento Portland de Alto-Forno (AF): NBR-5735/91;
- Cimento Portland Pozolânico (POZ): NBR-5736/91;
- Cimento Portland de Resistentes a Sulfatos (ARS): NBR-5737/92.
O teor das adições de pozolana ou escória nos cimentos a serem utilizados será
definido pela Fiscalização a partir de ensaios realizados com os materiais.
Apesar dos diversos tipos normalizados, está prevista em toda a obra a utilização de
um único tipo de cimento: o cimento pozolânico (POZ), inclusive para a calda de
preenchimento das bainhas dos cabos de proteção. O teor recomendado de
pozolana no cimento é da ordem de 20%, sendo, entretanto, aceitos valores
situados na faixa de 15 a 40%, que é a normalizada. O ensaio de controle para
identificação da atividade pozolânica consta da Norma NBR-5736.
Nas peças protendidas e na calda para preenchimento das bainhas dos cabos de
proteção, não poderá ser utilizado cimento com escória de alto-forno (AF).
A utilização de outros tipos de cimento dependerá de prévia e expressa autorização
por parte da Fiscalização.
Os ensaios das amostras de cimento deverão ser executados de acordo com as
normas relacionadas.
Não deverá ser utilizado cimento quente, tampouco cimento de marcas diferentes
em um mesmo elemento estrutural.
O volume de cimento a ser armazenado na obra deverá ser suficiente para permitir a
concretagem completa das peças programadas, evitando interrupções no
lançamento por falta de material.
O armazenamento deverá ser feito de maneira tal, que permita uma operação de
uso em que se empregue, em primeiro lugar, o cimento mais antigo antes do recémarmazenado.
Nas peças de concreto aparente, o cimento a ser empregado será de uma só marca
e tipo, a fim de ser garantida a homogeneidade de textura e coloração.
O armazenamento do cimento deverá ser feito com proteção total contra
intempéries, umidade do solo e outros agentes nocivos às suas qualidades.
Para as obras em contato com água (reservatórios, poço de sucção, adensadores,
etc.) será exigido cimento de Alto Forno.
56
Agregados
Os agregados deverão atender à especificação NBR-7211da ABNT.
Caso o agregado não se enquadre nas exigências da norma acima citada, a
liberação ficará a cargo da Fiscalização.
- Armazenamento dos Agregados
Os diferentes agregados deverão ser armazenados em compartimentos separados,
de modo a não haver possibilidade de se misturarem agregados de tamanhos
diferentes. Igualmente, deverão ser tomadas precauções, de modo a não permitir
mistura com materiais estranhos que venham a prejudicar sua qualidade.
Os agregados que estiverem cobertos de pó ou materiais estranhos e que não
satisfizerem às condições mínimas de limpeza deverão ser lavados ou, então,
rejeitados.
Pelas causas acima apontadas, a lavagem ou rejeição não implica em ônus para a
Contratante, correndo seu custo por conta da Contratada.
- Areia
A areia deverá ser natural, quartzosa, de grãos angulosos e áspera ao tato, ou
artificial, proveniente do britamento de rochas estáveis, não devendo, em ambos os
casos, conter quantidades nocivas de impurezas orgânicas ou terrosas, ou de
material pulverulento.
Deverá ser sempre evitada a predominância de uma ou duas dimensões (formas
achatadas ou alongadas), bem como a ocorrência de mais de quatro por cento de
mica.
A areia deverá ser lavada sempre que for necessário, com ônus exclusivo da
Contratada, devendo estar de acordo com a Especificação NBR-7211 da ABNT.
Pequenas variações de granulometria deverão ser compensadas na dosagem do
concreto.
- Agregados Graúdos
Como agregado graúdo poderá ser utilizado o seixo rolado da vaza de rios ou pedra
britada de rocha estável, com arestas vivas, isento de pó-de-pedra ou materiais
orgânicos ou terrosos e não reativos com os álcalis de cimento. Deverão ser feitos
ensaios para a verificação de acidez dos agregados, principalmente se for utilizado o
seixo. O teor de acidez não poderá comprometer as características alcalinas do
concreto.
57
Havendo os dois materiais e não havendo grande diferença de preço, será preferida
a pedra britada. Entre pedra britada de granito e pedra britada de basalto, está
deverá ser preferida, desde que os grãos sejam globosos, não lamelares.
Os materiais deverão ser duros, resistentes e duráveis.
Os grãos dos agregados deverão apresentar-se com forma normal, ou seja, as três
dimensões espaciais da mesma ordem de grandeza.
Após a britagem, o material deverá ser lavado para eliminação de materiais
estranhos uma ou mais vezes, de acordo com a Fiscalização. .
Serão consideradas impurezas ou elementos nocivos:
·
·
·
Pó-de-pedra;
Materiais orgânicos, carvões, sais, em quantidades superiores a 1%;
Argila que, quando não aderente aos grãos do agregado e estiver uniformemente
distribuída, poderá ser tolerada até 3%.
A resistência própria de ruptura dos agregados deverá ser superior à resistência do
concreto.
O armazenamento do agregado graúdo deverá
recomendações relativas ao armazenamento da areia.
obedecer
às
mesmas
Deverão ser utilizados três tipos de agregados graúdos:
- Brita com diâmetro máximo de 19 mm (brita um);
- Brita com diâmetro máximo de 38 mm (brita dois);
- Brita com diâmetro máximo de 50 mm (brita três), o mesmo se aplicando quando
do emprego de seixos rolados.
Periodicamente, ou quando se fizerem necessários, serão feitos ensaios de
caracterização para comprovação da qualidade e da manutenção das características
das britas.
Água de Amassamento
Deverá ser tal que não apresente impurezas que possam vir a prejudicar as reações
da água com os compostos do cimento, como sais, álcalis ou materiais orgânicos
em suspensão. A água potável da rede de abastecimento será considerada
satisfatória para ser utilizada como água de amassamento.
Caso seja necessária a utilização de água de outra procedência, deverão ser feitos,
no laboratório, ensaios com esta, em argamassa; as resistências obtidas deverão
ser iguais ou superiores a 90% das obtidas com água de reconhecida boa qualidade
58
e sem impurezas aos sete e vinte e oito dias. Os ensaios químicos deverão atender
ao especificado no item 8.1.3 da NBR-6118.
Nas obras em contato com água (reservatórios, poço de sucção, adensadores, etc.)
deverá ser utilizada obrigatoriamente brita granítica.
Aditivos
Mediante aprovação prévia e por escrito da Fiscalização, poderão ser empregados
aditivos destinados a melhorar a pega e/ou a resistência do concreto, e também
outras características tais como: plasticidade, homogeneidade, pelo específico,
impermeabilidade, resistência a compressão, etc., sempre precedidos de ensaios de
dosagem. Os aditivos dêem atender às Normas NBR-11768/92 (EB-1763/92) e
NBR-12317/92 (NB-1401/92).
Estes aditivos, que poderão ser líquidos ou em pó, somente serão utilizados
segundo o especificado pela Fiscalização sendo indicada a qualidade e o tipo a ser
utilizado. O fornecimento, a conservação e o armazenamento em local adequado,
dos aditivos, ficará a cargo da Contratada, devendo obedecer a NBR-9837.
A resistência do concreto aditivado, na idade de 72 horas ou maior, não poderá ser
menor que a resistência do concreto sem aditivos.
Os aditivos deverão ser estocados em local abrigado das intempéries e serão
considerados os tipos indicados a seguir:
a) Plastificantes
Terão por finalidade melhorar a plasticidade das argamassas e concreto, permitindo,
em conseqüência, melhor compactação com menor dispêndio de energia ou, então,
redução da quantidade de água, diminuindo a retração, aumentando a resistência e
economizando aglomerante.
b) Incorporadores de Ar
Terão por finalidade principal aumentar a durabilidade das argamassas e concretos,
melhorar também a plasticidade, facilitando sua utilização. Exigirão, para seu
emprego, o controle de volume de ar incorporado.
c) Dispersores
Produtos que, por sua absorção à superfície dos grãos de cimento e elementos mais
finos de areia, defloculam os grãos ou os mantêm num estado de dispersão estável,
em face das ações repulsivas de natureza elétrica. Serão utilizados quer para
melhorar a resistência, quer para obtenção de argamassas injetáveis.
d) Impermeabilizantes
Trata-se de produtos que agirão por obturação dos poros ou por ação repulsiva com
relação à água. Ver microssílica.
59
e) Aceleradores de Endurecimento
Terão por finalidade reduzir o tempo de desforma das peças, podendo, inclusive, ser
empregados quando a concretagem for efetuada a temperaturas mais baixas. Não
será permitido o emprego de aceleradores contendo em sua composição cloreto de
cálcio.
f) Expansores
São compostos convenientemente dosados de materiais ferrosos granulados,
agentes plastificantes, oxidantes e expansivos, que permitirão compensar a retração
das argamassas e concretos. Não será permitido o uso de expansores à base de pó
de alumínio.
g) Microssílica
A microssílica é um subproduto da fabricação de ferro ligas, consistindo de
partículas de sílica amorfa extremamente finas. Por ser de grande superfície, reage
com grande rapidez com o Ca(HO)2, formando um gel resistente de cálcio hidratado
(C-S-H), semelhante ao obtido pela própria hidratação do cimento Portland. Como
conseqüência direta, obtemos um concreto menos permeável e mais resistente aos
ataques químicos, características interessantes à área de recuperação estrutural.
No que diz respeito às propriedades reológicas do concreto, as alterações que se
obtêm quando adicionada a microssílica são significativas, sendo as mais
importantes o acréscimo de resistência a compressão e de aderência. Sobre esta
última propriedade, vale dizer que a capacidade resistente, obtida em ensaios de
tração na flexão, de peças ligadas através de concreto com microssílica, atinge
cerca de 90% das peças monolíticas, comprovando a sua adesividade.
Atualmente a microssílica está disponível no mercado sob três diferentes formas. A
microssílica comercializada pela Elkem Participações Ltda é apresentada em pó. Já
a produzida pela Sika (Sikacrete 950), é dispersa em solução aquosa e aditivada,
resultando numa maior facilidade de homogeneização do concreto. Um terceiro e
último produto foi recentemente lançado pela CIMINAS, tratando-se de um cimento
ARI-RS-MS (tipo V) com adição de microssílica. A perfeita homogeinização dos
grãos da microssílica e dos grãos de cimento conferem, ao ARI-RS-MS, um
excelente desempenho. Para uso quando se deseja alta resistência ao sulfato,
recomenda-se o uso de cimento Portland classe CP V resistente aos sulfatos com
adição de microssílica (ARI-RS-MS).
A quantidade de microssílica a ser utilizada no concreto varia de acordo com as
propriedades desejadas, estando compreendida no intervalo de 5 a 15% sobre o
peso de cimento, sendo que a percentagem ideal deverá ser definida através de
ensaios laboratoriais através de um controle tecnológico do cimento. Caso a
microssílica escolhida seja a dispersa em solução aquosa, deve ser considerada
como água no cálculo do fator água-cimento.
60
A utilização da mistura cimento/microssílica fabricada pela CIMINAS (ARI-RS-MS)
tem, como única desvantagem, não permitir variações na dosagem da microssílica.
Deve-se ressaltar que os concretos com microssílica tornam-se extremamente
coesos. Se por um lado este fato é benéfico, por eliminar quase que completamente
a exsudação e segregação, por outro, faz necessário uma maior energia nas
operações de lançamento e adensamento, sendo recomendável a utilização de
concretos mais plásticos que os convencionais.
Em síntese, o uso de microssílica em concretos está vinculado à utilização de
aditivos superplastificantes, tais como o Sikament 300 ou 320 (Sika), Adiment (Otto
Baumgart), Conplast 430 (Fosroc), RX 525 (Reax) ou Duroplast super (Wolf Hacker).
A dosagem do aditivo superplastificante está compreendida no intervalo de 0,5 a
3,0% sobre o peso de cimento da mistura, dependendo fundamentalmente dos
efeitos desejados e do produto escolhido.
Para que se obtenha a aderência desejada, a utilização’de microssílica exige que o
substrato encontre-se na condição de “saturado superfície seca”, além de
devidamente apicoado. A cura deverá ser criteriosa, seguindo-se os procedimentos
já conhecidos e normalmente adotados para os concretos e argamassas
convencionais, lembrando que curas mal executadas resultam, via de regra, em
falhas de aderência.
Aço
O metal destinado às armaduras das estruturas de concreto armado, comumente
designado ferro, será o aço doce homogêneo cujos tipos e bitolas constam das
plantas específicas.
As barras de aço deverão, para suas classes e/ou categorias, estender às
exigências da Norma NBR-7480 da ABNT.
Para o concreto propendido, serão utilizados fios ou cordoalhas de aço duro, de
acordo com as normas NBR-7482 e NBR-7483. As telas de aço deverão obedecer à
NBR-7481.
A estocagem de aço é fundamental para a manutenção de sua qualidade; assim
sendo, este deverá ser colocado em local abrigado das intempéries, sobre estrados
a 7,5 cm, no mínimo, do piso, ou 30 cm, no mínimo, do terreno natural. Recomendase cobri-lo com plástico ou lona, protegendo-o da umidade e do ataque de agentes
agressivos. Serão rejeitados os aços que se apresentarem em processo de corrosão
e ferrugem, apresentando redução na seção efetiva de sua área.
Será retirada, para ensaio, uma amostra de cada partida de material que chegar à
obra.
61
Os resultados dos ensaios serão analisados pela Fiscalização, a quem competirá
aceitar ou rejeitar o material de acordo com a especificação correspondente.
1.13.2. Execução do Concreto
Dosagem do Concreto
A Contratada submeterá à aprovação da Fiscalização a dosagem de concreto que
pretende adotar para atingir a resistência mínima à compressão (fck) indicada nos
desenhos. Para isso, deverá apresentar um certificado de garantia comprovando
que tal dosagem cumpre esse requisito.
A dosagem terá que ser feita sempre de modo racional, de acordo com a NBR-6118,
item 8.3, não se admitindo dosagens empíricas.
A dosagem terá que ser feita sempre de modo racional, de acordo com a devida
antecedência, antes de proceder à concretagem, promovendo testes de prova com
misturas de diferentes composições. Os corpos de prova resultantes dessas
diversas misturas, devidamente catalogados e individualizados, depois de
submetidos aos ensaios especificados nos Métodos NBR-5738 e NBR-5739 da
ABNT, determinarão quais as dosagens a serem adotadas e aprovadas pela
Fiscalização.
Uma vez determinada a dosagem, esta deverá ser obedecida integralmente na
execução do concreto. Só poderá sofrer alterações se, em ensaios sucessivos, a
critério da Fiscalização, ou sob proposta da Contratada devidamente aprovada, tais
mudanças conduzirem ao mesmo resultado ou a resultados melhores que os obtidos
no primeiro ensaio.
Sempre que houver modificação nas características dos materiais componentes do
concreto, deverão ser feitos os ajustes necessários na dosagem.
A proporcionalidade dos materiais deverá resultar em um concreto com
trabalhabilidade compatível com as características das peças a serem concretadas,
considerando-se suas dimensões, densidade e espaçamento das armaduras.
Para se obter a resistência e a durabilidade requeridas e dar a adequada proteção
às armaduras contra os efeitos de um meio ambiente desfavorável, as quantidades
de cimento não poderão ser inferiores aos valores mínimos, e a relação águacimento não poderá ultrapassar os valores máximos, os quais são apresentados a
seguir.
As quantidades mínimas de cimento, fixadas de acordo com os tipos de estruturas e
influência do meio ambiente, salvo modificações determinadas pela Fiscalização,
deverão ser:
- Estruturas de concreto simples: 250 kg de cimento por m3 de concreto;
62
- Estruturas expostas à ação de meios agressivos e reservatórios: 320 kg de
cimento por m3 de concreto (consumo mínimo);
- Concreto submerso lançado sob água: 400 kg de cimento por m3 de concreto;
- Concreto magro: 150 kg de cimento por m3 de concreto;
- O consumo máximo de cimento por m3 não poderá exceder o valor de 400 kg em
qualquer peça da estrutura.
Somente a Fiscalização poderá autorizar o emprego de cimento em quantidade
superior a 450 kg por m3 de concreto.
A relação água-cimento será fixada levando-se em conta os seguintes fatores:
- Resistências (fck) especificadas no projeto;
- Características e necessidades da estrutura, sua exposição ao meio ambiente,
durabilidade, impermeabilidade, etc.;
- Outros requisitos, tais como resistência à ação de desgastes, modo de evitar
contrações excessivas, etc.;
- Natureza e forma dos agregados miúdos.
A relação água-cimento a ser adotada deverá ser a menor possível para alcançar os
objetivos acima citados e apresentar trabalhabilidade compatível com a aplicação,
bem como atender aos Limites Máximos:
- Reservatórios de água bruta e tratada: 0,57 l/kg
- Estações de Tratamento de Água: 0,52 l/kg
O teor de umidade dos agregados miúdos deverá ser determinado por meio de
higrômetros atuados eletricamente, ou por qualquer outro processo indicado ou
aprovado pela Fiscalização, de modo a poder corrigir a relação água-cimento
sempre que necessário.
Mistura e Amassamento do Concreto
• Generalidades
O traço do concreto a ser utilizado deverá obedecer ao resultado obtido nos ensaios
preliminares.
O cimento será sempre medido em peso, tomando-se como unidade o saco de
cimento, previamente aferido, não sendo permitido o uso de frações de saco.
No caso de cimento a granel, a mistura deverá ser feita utilizando-se dosadores em
peso, rigorosamente controlados e aferidos conforme as normas da ABNT, para
fornecer a quantidade exata de cimento requerida.
Quando for utilizado o "controle rigoroso" na execução do concreto, os agregados,
tantos miúdos como graúdos, deverão ser medidos em peso.
63
O controle da água poderá ser feito em peso ou volume, não devendo apresentar
diferenças maiores que 2% sobre o índice estabelecido.
O teor de umidade dos agregados miúdos e graúdos deverá ser determinado antes
da aplicação, para permitir a manutenção do fator água-cimento adotado.
No caso do "controle razoável" na execução do concreto, a medição dos agregados
poderá ser feita em volume, utilizando-se caixas de dimensões capazes de fornecer
volume de agregados cujo peso seja correspondente ao necessário à mistura. Essas
caixas deverão ser vistoriadas e aprovadas pela Fiscalização.
Qualquer que seja o tipo de controle adotado, em função das características finais
do concreto a que se pretende atingir e a critério da Fiscalização, o concreto só
deverá ser preparado nas quantidades necessárias para o uso. Excessos ou sobras
de massa preparada e não aplicada serão rejeitados.
Do mesmo modo, o concreto em início de pega, devido à demora em sua aplicação,
não poderá ser remisturado para novo aproveitamento; deverá ser retirado da obra
sem ser aplicado, não cabendo à Contratada nenhuma indenização por essa perda.
A operação de mistura e amassamento do concreto poderá ser efetuada de três
modos:
- Mistura do concreto em betoneira mecânica na obra;
- Mistura do concreto em central de concreto na obra;
- Mistura do concreto em central de concreto fora da obra, por empresa
especializada.
Em qualquer um dos casos, a Contratada será a única responsável, perante a
Fiscalização, pelo concreto aplicado na obra.
- Operação de Mistura com Betoneira Mecânica na Obra
Antes de iniciar a operação de concretagem, o tambor rotativo da betoneira deverá
se encontrar perfeitamente limpo e sem resquícios de materiais das betonadas
anteriores. Proceder-se-á a um ligeiro umedecimento do tambor e, em seguida,
despejar-se-á nele parte do agregado graúdo. Em seguida, será colocado todo o
cimento e o agregado miúdo (areia), devendo a betoneira continuar em movimento.
Despejar-se-á, então, parte da água e o restante do agregado graúdo. O restante da
água deverá ser completado antes de transcorrer 1/4 do tempo total da mistura. O
tempo de duração da mistura, depois da última adição de agregado, para
capacidade de até 1 m3, será de 2,0 minutos; para cada 0,4 m3 de acréscimo na
capacidade, o tempo de mistura será de mais 15 segundos. Findo este tempo, a
mistura será despejada da betoneira, podendo então ser levada para a obra. A
mistura será julgada homogênea quando:
- Apresentar cor e consistência uniformes;
64
-
A variação no abatimento das amostras, no ensaio de tronco de cone, tomada no
primeiro e no último quarto de descarga, não exceder 3 cm a média dos dois
valores;
- A variação no peso do agregado graúdo, por metro cúbico de concreto, nas
amostras no primeiro e no último quarto de uma betonada, não exceder 65 kg por
m³ de concreto, na média dos dois valores.
Estes ensaios serão feitos diretamente pela Fiscalização, e a Contratada deverá
permitir o fácil acesso para retirada das amostras.
O movimento rotativo do tambor da betoneira deverá estar situado entre quatorze e
dezoito rotações por minuto, salvo se houver indicações diferentes para o tipo de
betoneira usada.
A temperatura dos componentes, bem como a da mistura durante a operação,
deverá estar dentro de limites razoáveis, de modo a não afetar a resistência, nem
provocar a fissuração do concreto.
A betoneira não deverá ser carregada além da capacidade indicada pelo fabricante.
No final de cada betonada, o tambor deverá ser rigorosamente limpo.
-
Mistura do Concreto em Central de Concreto na Obra
A operação de mistura em central de concreto na obra deverá obedecer a todas as
especificações do caso anterior da NBR-7212 da ABNT.
O funcionamento da central, sua capacidade e seus elementos de controle do
abastecimento serão vistoriados e aprovados pela Fiscalização, que poderá mandar
substituir qualquer elemento julgado não satisfatório por outro em condições de
preencher sua função.
- Mistura do concreto em Central de Concreto Fora da Obra, por Empresa
Especializada
Quando o concreto for fornecido por empresa especializada, qualquer entrega na
obra deverá ser acompanhada de um certificado da fonte produtora, no qual deverá
constar: atestado de dosagem feita, hora de saída da central e quantidade de
mistura, além de outros dados necessários ao perfeito controle do material
transportado, a critério da Fiscalização.
O fornecimento deve obedecer ao especificado na NBR-7212.
A Fiscalização poderá, ainda, manter um técnico na central de concreto para
controlar os traços preparados, com a finalidade de confirmar os dados fornecidos
pela empresa produtora.
65
O fornecimento do concreto deverá ser programado de tal maneira que se possa
realizar uma concretagem contínua, calculando-se intervalos de tempo nas entregas,
de modo a impedir o início de pega das camadas já colocadas antes de receber
nova camada.
Quando necessário, poderá ser adicionado ao concreto um retardador de pega, com
ou sem efeito plastificante, conforme a conveniência.
O transporte do concreto deverá ser feito através de caminhões betoneiras, e o
prazo entre a saída da central e a conclusão de lançamento será de, no máximo, 90
minutos, salvo os casos de utilização de aditivo retardador de pega, em que deverá
ser observado o início de pega do concreto.
A carga do caminhão betoneira não deverá exceder 80% do volume do tambor, e a
velocidade de rotação do mesmo deverá ser, no mínimo, de quatro revoluções por
minuto.
Os caminhões deverão estar equipados com contadores de voltas e hidrômetros,
para permitir a verificação desta especificação.
Lançamento do Concreto
• Generalidades
A Fiscalização deverá ser notificada, no mínimo, 24 horas antes do lançamento do
concreto, para poder vistoriar o estado das fôrmas, armações e espaçamento das
pastilhas, verificar as providências tomadas para fornecimento do concreto, conferir
se no canteiro existe material e equipamento suficientes para a execução do serviço
e designar pessoa autorizada para acompanhar a concretagem. Sendo satisfatória a
vistoria, será autorizada a operação, desde que já sejam conhecidos os resultados
dos testes para a determinação da resistência para cada traço de concreto a ser
utilizado e a respectiva relação água-cimento.
O lançamento do concreto, exceto quando autorizado pela Fiscalização, só poderá
ser feito durante as horas do dia, subordinado à temperatura ambiente, que não
poderá ser inferior a 10oC, nem superior a 40oC, e levando-se em consideração o
estado do tempo. Essa operação não poderá ser feita em caso de chuva muito forte.
Quando a chuva se iniciar durante a operação de concretagem, a Fiscalização
poderá autorizar a continuação do trabalho, desde que não venha a prejudicar o
concreto, removendo as partes afetadas pela chuva até então incidentes sobre o
mesmo.
A Fiscalização poderá autorizar a execução de lançamento nas horas noturnas,
desde que a Contratada tenha instalado no local um sistema de iluminação eficiente,
seguro e suficiente, para o bom andamento da operação e do controle por parte da
Fiscalização.
66
No caso de temperatura ambiente superior a 40oC, deverão ser tomados cuidados
especiais com respeito ao esfriamento dos agregados e conservação da relação
água-cimento.
Em dias muito quentes e ventilados, deverá ser evitado o início da concretagem de
lajes no período da manhã, de modo a não permitir que a pega se inicie nas horas
mais quentes do dia, o que facilmente se pode traduzir em fissuramento de retração.
Esse tipo de serviço, de comum acordo com a Fiscalização, deverá ser iniciado no
meio da tarde, após se certificar da baixa possibilidade de ocorrência de chuvas.
Em nenhum caso poderá ser excedido o prazo de 45 minutos entre o início e o fim
do lançamento de carga completa de um caminhão betoneira, para evitar possíveis
segregações, salvo o concreto com utilização de aditivo retardador de pega. Além
desse prazo, a massa pronta e ainda não aplicada será rejeitada e deverá ser
removida do canteiro, não cabendo à CAGECE nenhum pagamento por essa perda
de material.
Em nenhuma hipótese se fará lançamento após o início da pega, conforme o item
13.2 da NBR-6118.
O uso de grandes extensões de canaletas ou calhas afuniladas para conduzir o
concreto até as fôrmas será permitido somente quando autorizado pela Fiscalização.
Se esse sistema for adotado, e a qualidade do concreto ao chegar à fôrma e seu
manuseio não forem satisfatórios, a Fiscalização poderá interditar seu uso,
substituindo esse método por outros adequados. Nos locais de grande inclinação, as
canaletas ou calhas deverão ser equipadas com placas de choque ou defletores, ou
ser dispostas em trechos curtos com alteração na direção do movimento. Todas as
canaletas, calhas ou tubos deverão ser mantidos limpos e livres de quaisquer
resíduos de concreto endurecido. As canaletas e as calhas abertas deverão ser
metálicas ou revestidas de metal, devendo-se aproximar o máximo possível do
ponto de despejo.
Quando a descarga tiver que ser intermitente, deverá ser instalada uma comporta ou
outro dispositivo de regulagem de descarga.
A altura máxima para lançamento do concreto será de 1,5 m de peças esbeltas,
como, por exemplo, paredes, e de 2,0 m nos demais casos.
A distância entre dois pontos de lançamento do concreto não poderá ser maior que
2,0 m.
Ao se concretar a laje inferior, também deverá ser obrigatoriamente concretado o
arranque das paredes, numa altura de 30 a 40 cm, incluindo também todo o chanfro.
Deverá ser elaborado e apresentado com antecedência mínima de 24 horas o plano
de concretagem a ser aprovado pela Fiscalização.
• Lançamentos em Fundações
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A superfície destinada a receber o concreto deverá estar perfeitamente nivelada,
limpa e compactada. Havendo água, a mesma terá que ser retirada antes do início
da concretagem. Qualquer fluxo de água corrente sobre a camada de concreto
depositado deverá ser evitado para impedir o empobrecimento do teor de cimento da
massa. Caso a superfície da fundação esteja seca, deverá ser umedecida antes da
concretagem, evitando o empoçamento de água.
Se a superfície apresentar rochas detonadas, todas as fendas e rachaduras
aparentes deverão ser preenchidas com argamassa de cimento e areia, antes de se
iniciar o lançamento do concreto.
Adensamento do Concreto
Todo o concreto lançado nas fôrmas deverá ser adensado por meio de vibração, ou
na forma ordenada pela Fiscalização. O número e tipo de vibradores requeridos,
bem como sua localização, serão determinados pela Fiscalização.
O concreto deverá ser lançado nas fôrmas em camadas horizontais, nunca
superiores a 3/4 do comprimento de agulha dos vibradores, sendo logo em seguida
submetido à ação dos mesmos.
A vibração deverá ser feita com aparelhos de agulha de imersão, com freqüência de
5.000 a 7.000 rpm, tomando-se o cuidado de não prejudicar as fôrmas, nem
deslocar as armaduras nelas existentes.
A distância de imersão da lança, entre um ponto e o sucessivo, não deverá ser
maior que 40 cm; a duração de cada vibração deverá ser de, no máximo, 30
segundos; findo esse tempo, a lança deverá ser retirada lentamente, para evitar a
formação de vazios ou bolsas de ar. De modo algum a lança do vibrador deverá ser
usada para empurrar ou deslocar o concreto nas fôrmas.
Em elementos estruturais muito delgados, ou de armaduras muito densas, a critério
da Fiscalização, a vibração poderá ser feita por vibradores externos ou de placas
vibratórias, tendo-se os mesmos cuidados em relação às fôrmas e ferragens.
Cura do Concreto
As superfícies de concreto serão protegidas contra as condições atmosféricas
causadoras de secagem prematura, de forma a se evitar a perda de água do
material aplicado.
A cura do concreto deverá ser cuidadosa, e a aspersão de água deverá prolongar-se
por quatorze dias. Nas superfícies das lajes deverá ser previsto o represamento de
uma delgada lâmina d'água, assim que se verifique o início de pega do concreto.
O período de cura, seus métodos e tempos de duração são a seguir especificados:
68
• Cura pela Água
O concreto, depois de lançado, deverá ser conservado úmido por um período de
tempo nunca inferior a sete dias. A cura pela água poderá ser executada por
irrigação, lençol de água, camada de areia úmida ou panos de saco, molhados e
espalhados em toda a superfície. A cura deverá ser iniciada logo após a verificação
do início de pega nos trechos concretados. A água deverá ser do tipo da que foi
empregada na concretagem. O período de cura deverá ser aumentado até em 50%
a mais quando:
-
A menor dimensão da seção da viga ou laje for maior que 75 cm;
A temperatura ambiente for muito alta, ou o clima muito seco;
houver contato com líquidos ou solos agressivos.
Cura por Pigmentação ou por Membranas
A cura por pigmentação ou por membranas só poderá ser executada com ordem da
Fiscalização e quando for absolutamente necessário reduzir o tempo de cura
normal. A Fiscalização determinará os métodos e os materiais a serem empregados.
• Produtos de Cura
São substâncias pulverizáveis sobre o concreto logo após o seu lançamento, para
obturar os capilares da superfície e impedir a evaporação da água de amassamento
nos primeiros dias; de uso apropriado nos lugares de baixa higrometria ou em
concretos sujeitos a insolação e ventos fortes.
• Cura a Vapor
O método de cura a vapor só poderá ser utilizado quando for absolutamente
necessária a redução do tempo de cura e desforma e autorizado pela Fiscalização.
A cura a vapor só será iniciada depois de transcorrido o tempo de pega inicial.
Empregando-se cimento de alta resistência inicial, o período de cura poderá ser
reduzido, a critério da Fiscalização.
1.13.3. Armaduras de Aço
Generalidades
Esta seção referir-se-á a tudo que for relativo à montagem das barras, fios e malhas
de aço para armaduras das estruturas de concreto, inclusive aço para proteção, de
acordo com a classificação, diâmetro e quantidades de detalhes mostrados nos
desenhos ou ordenados pela Fiscalização. Deverá ser obedecida a norma NBR6118 e as condições aqui estabelecidas.
Armadura Frouxa
69
• Corte e Dobramento
As barras, antes de serem cortadas, deverão ser endireitadas, sendo que os
trabalhos de retificação, corte e dobramento deverão ser efetuados com todo o
cuidado, para que não sejam prejudicadas as características mecânicas do material.
Os dobramentos das barras deverão ser feitos obedecendo-se ao especificado nos
itens 6.3.4 e 10.3 da NBR-6118 e serão executados sempre que possível, a frio. As
barras de aço classe B deverão ser sempre dobradas a frio.
As tolerâncias de corte e dobragem serão as seguintes:
- Comprimento total da barra + 2 cm
- Cateto vertical das barras dobradas, estribos em vigas ou pilares não
cintados + 1 cm
• Emendas das Barras
As emendas das barras, seja por transpasse, solda ou outro processo, deverão ser
feitas obedecendo-se rigorosamente aos detalhes dos desenhos do Projeto.
A Contratada poderá propor a localização das emendas quando não indicadas
especificamente nos desenhos do projeto, assim como substituir emendas de
superposições por emendas soldadas ou por barras contínuas, desde que aprovado
pela Fiscalização.
Nas lajes, deverá ser feita a amarração dos ferros em todos os cruzamentos, sendo
que a montagem deverá estar terminada antes do início da concretagem.
• Emendas com Solda
As emendas das malhas soldadas deverão ser feitas com superposição não menor
que a distância entre as barras correspondentes, soldando-se as bordas de modo a
assegurar resistência uniforme.
Os eletrodos empregados na soldagem deverão ser constituídos por metais de
características adequadas às do metal de base das barras.
Deverão possuir revestimento básico, para evitar fissurações pela absorção de
nitrogênio.
Na execução da soldagem, tanto de topo como de lado, deverão ser tomadas as
seguintes precauções:
-
evitar aquecimento excessivo, para impedir aparecimento de compostos de
têmpera frágil, que viriam a diminuir a tenacidade das barras;
70
-
nas barras de grande diâmetro, a solda deverá ser feita em X, sendo as
extremidades das barras chanfradas a serra ou com esmeril;
-
a soldagem deverá ser feita em etapas sucessivas, não iniciando uma segunda
etapa antes que a precedente esteja completamente esfriada;
-
a soldagem deverá ser feita com arco curto, para evitar a absorção de nitrogênio;
-
a soldagem de barras de aço CA-50A, quando autorizada pela Fiscalização, será
feita com eletrodos adequados, pré-aquecimento e resfriamento gradual.
-
a Fiscalização supervisionará as operações de emendas com solda, para
verificar se estas instruções são obedecidas, de acordo com os requisitos
estabelecidos nos itens 6.3.5.4 e 10.4.1 da NBR-6118.
• Montagem
Na montagem das armaduras, deverá ser observado o prescrito na NBR-6118.
A armadura deverá ser montada no interior das fôrmas, na posição indicada no
projeto e de modo que se mantenha firme durante o lançamento do concreto,
conservando-se inalteradas as distâncias das barras entre si e nas faces internas
das fôrmas.
Permitir-se-á, para isso, o uso de arame e de tacos de concreto. Nunca, porém, será
admitido o emprego de aço cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, tenha
uma espessura menor que a prescrita na NBR-6118. Na montagem das peças
dobradas, a amarração deverá ser feita utilizando-se arame recozido ou, então,
pontos de solda, a critério da Fiscalização.
• Substituição das Barras
Só será permitida a substituição das barras indicadas nos desenhos por outras de
diâmetros diferentes com autorização expressa da Fiscalização, sendo que, para
este caso, a área de seção das barras, resultante da armadura, deverá ser igual ou
maior do que a área especificada nos desenhos.
• Instalação nas Fôrmas
Deverão ser obedecidas todas as especificações contidas nos desenhos, dentro das
seguintes tolerâncias:
- Recobrimento da armadura
+ 0,5 cm
- Localização das barras no sentido da correspondente dimensão "d" dos
diferentes elementos estruturais
. d = 20 cm ------------------------------------ + 0,5 cm
. 20 cm < d < 60 cm ------------------------- + 1,0 cm
71
. d
60 cm ------------------------------------
+ 1,5 cm
- Localização das barras no sentido de seu comprimento + 5 cm
- Espaçamento entre barras principais de lajes e muros + 0,5 cm
- Espaçamento entre barras de armadura de distribuição + 3 cm
Qualquer barra da armadura, inclusive de distribuição, de montagem e estribos,
deve ter cobrimento de concreto pelo menos igual ao seu diâmetro, mas não menor
que:
a)
b)
c)
d)
Para concreto revestido com argamassa de espessura mínima de 1cm:
- em lajes no interior de edifícios
- em paredes no interior de edifícios
- em lajes e paredes ao ar livre
- em vigas, pilares e arcos no interior de edifícios
- em vigas, pilares e arcos ao ar livre
0,5cm
1,0cm
1,5cm
1,5cm
2,0cm
Para concreto aparente:
- no interior de edifícios
- ao ar livre
2,0cm
2,5cm
Para concreto em contato com o solo
3,0cm
- se o solo não for rochoso, sob a estrutura deverá ser interposta uma camada de
concreto simples, não considerada no cálculo, com o consumo mínimo de 250kg
de cimento por metro cúbico e espessura de pelo menos 5cm.
Para concreto em meio fortemente agressivo 4,0 cm
Para cobrimento maior que 6cm deve-se colocar uma armadura de pele
complementar, em rede, cujo cobrimento não deve ser inferior aos limites
especificados neste item.
No caso de estruturas que devem ser resistentes ao fogo, o cobrimento deverá
atender às exigências da NBR-503, além das especificadas neste item.
A fim de manter as armaduras afastadas das fôrmas, não deverão ser usados
espaçadores de metal, sendo, para tal, usadas semicalotas de argamassa com traço
1:2 (concreto: areia, em volume) com raio igual ao recobrimento especificado, as
quais deverão dispor de arames para fixação às armaduras.
Poderão também, alternativamente, ser usadas pastilhas de forma piramidal, desde
que sejam mantidas as dimensões do recobrimento e o contato pontual com a
fôrma. Blocos de madeira não serão admitidos como espaçadores.
Para travamento das fôrmas, será permitido o uso de parafusos ou tirantes de aço
passantes, desde que os mesmos recebam tratamento posterior.
72
As telas de armação, quando recebidas em bobinas, deverão ser esticadas em
folhas planas antes de serem colocadas.
A Fiscalização deverá inspecionar e aprovar a armadura em cada elemento
estrutural depois de colocada, para que se inicie o lançamento do concreto.
• Limpeza das Armaduras
As armaduras, antes do início da concretagem, deverão estar livres de
contaminações, tais como incrustações de argamassa, salpicos de óleo ou tintas,
escamas de laminação ou de ferrugem, terra ou qualquer outro material que,
aderindo às suas superfícies, reduza ou destrua os efeitos da aderência entre o aço
e o concreto.
1.13.4. Fôrmas
Generalidades
As fôrmas poderão ser feitas de tábuas de madeira, em bruto ou aparelhadas, de
madeira compensada, madeira revestida de placas metálicas ou de chapas de aço
ou de ferro.
A madeira utilizada deverá apresentar-se isenta de nós fraturáveis, furos ou vazios
deixados pelos nós, rachaduras, curvaturas ou empenamentos.
A espessura mínima das tábuas a serem usadas deverá ser de 2,5 cm. No caso de
madeira compensada, esta mesma espessura será de 1,0 cm. Casos onde haja
necessidade de materiais de espessuras menores serão julgados pela Fiscalização.
Os pregos serão de arame de aço, admitindo-se também o grampeamento.
A execução das fôrmas deverá obedecer ao item 9 da NBR-6118.
Fôrmas Comuns
Entende como fazendo parte da "fôrma" não apenas a madeira em contato com o
concreto, mas também toda aquela que for necessária à transferência das cargas
para as cabeças das peças verticais de escoramento.
As fôrmas serão usadas onde houver necessidade de conformação do concreto
segundo os perfis de projeto, ou de impedir sua contaminação por agentes
agressivos externos.
As fôrmas deverão estar de acordo com as dimensões indicadas nos desenhos do
projeto. Qualquer parte da estrutura que se afastar das dimensões e/ou posições
indicadas nos desenhos deverá ser removida e substituída, sem ônus adicional para
a Contratante.
73
Deverão ter resistência suficiente para suportar pressões resultantes do lançamento
e da vibração do concreto. Deverão ser mantidas rigidamente na posição correta e
não sofrer deformações.
Deverão ser suficientemente estanques, de modo a impedir a perda de nata de
cimento durante a concretagem e deverão ser untadas com produto que facilite a
desforma e não manche a superfície do concreto.
Os arames ou tirantes para a fixação das fôrmas deverão ter suas pontas
posteriormente cortadas no interior de uma cavidade no concreto com 3,0 cm de
diâmetro e 3,0 cm de profundidade. O uso de barras metálicas com rosca também
será permitido, desde que essas fiquem totalmente embutidas no concreto, isto é,
desde que suas extremidades se distanciem, no mínimo, 3 (três) centímetros da face
interna das fôrmas.
No momento da concretagem, as superfícies das fôrmas deverão estar limpas e
isentas de nata ou quaisquer outros materiais incrustados. As calafetações que se
fizerem necessárias somente poderão ser executadas com materiais aprovados pela
CAGECE.
As fôrmas, desde que não sejam fabricadas com peças plastificadas, deverão ser
saturadas com água, em fase imediatamente anterior à do lançamento do concreto,
mantendo as superfícies úmidas e não encharcadas.
Deverão ser executadas "janelas" ou aberturas nas fôrmas que ultrapassarem a
altura máxima permitida para o lançamento do concreto. As posições das "janelas" e
suas dimensões deverão ser compatíveis com as dimensões da peça a ser
concretada e adequadas ao processo de lançamento. O uso dessas aberturas
estará sempre condicionado à prévia aprovação da CAGECE.
Não será permitido na construção das fôrmas o uso de pequenas peças de madeira
que venham a ocasionar impressão de concreto remendado, mesmo que esse
venha a ser revestido posteriormente.
Na face que receberá o concreto, as juntas das madeiras deverão apresentar-se
rigorosamente concordantes entre si.
A Contratada será responsável pela execução dos projetos das fôrmas e de sua
estrutura de sustentação. Esse projeto deverá ser encaminhado à CAGECE para
aprovação, o que não virá a eximir, em hipótese alguma, a responsabilidade da
Contratada sobre a execução dos serviços.
Os escoramentos e as fôrmas para concreto deverão ser calculados e executados
levando-se em conta o método de trabalho a ser adotado e o tipo de equipamento a
ser empregado. Mesmo considerando todas as imperfeições e flexões inevitáveis, a
superfície final de concreto não poderá afastar-se mais de 1 (um) centímetro da
74
inicialmente prevista em lajes e paredes. Os pilares não poderão apresentar
diferenças superiores a 4 (quatro) milímetros por metro nas prumadas finais.
A Fiscalização não liberará as concretagens sem que tenham sido cumpridos os
requisitos mínimos aqui indicados.
A critério da Fiscalização e/ou por exigência de métodos construtivos específicos,
poderão ser exigidas fôrmas especiais.
Escoramentos
As escoras deverão ser de madeira ou metálicas (tubulares ou não) e providas de
dispositivos que permitam o descimbramento controlado, segundo plano
estabelecido pela Fiscalização.
A retirada dos escoramentos deverá ser feita de maneira progressiva, conforme
plano de descimbramento e observando os seguintes prazos mínimos:
- Faces laterais 03 dias
- Faces inferiores, deixando-se pontaletes bem cunhados e convenientemente
espaçados 14 dias
- Faces inferiores, sem pontaletes 21 dias
Fôrmas para Concreto Aparente
Na execução das fôrmas de peças de concreto aparente, será levado em conta que
as mesmas deverão satisfazer não somente aos requisitos indicados nos itens
anteriores, onde pertinentes, mas também às condições inerentes a um material de
acabamento, ou seja, um rigoroso controle de qualidade, uniformidade de materiais
e serviços, objetivando homogeneidade de textura e regularidade das superfícies
das peças concretadas.
As fôrmas de escoramentos deverão apresentar resistência suficiente para não se
deformarem sob a ação das cargas e das variações de temperatura e umidade.
As fôrmas serão de madeiras aparelhadas ou de chapas de madeira compensada,
plastificada ou metálica.
Na hipótese do emprego de madeira aparelhada, será efetuada sobre a superfície a
aplicação de produto com a finalidade de evitar aderência com o concreto.
Será vedada a untagem com óleo queimado ou materiais outros que posteriormente
venham a prejudicar a uniformidade da coloração e/ou da resistência.
As fôrmas serão estanques, de maneira a impedir as fugas de nata de cimento.
Após a retirada das fôrmas, as extremidades dos tensores de fôrma serão obturados
com argamassa de cimento e areia traço 1:2 (em volume).
75
Será objeto de particular cuidado a execução das fôrmas de superfícies curvas.
Desforma
Quando da remoção das fôrmas, os planos de descimbramento deverão ser
apresentados à Fiscalização para prévia aprovação.
1.13.5. Juntas de Concretagem
As juntas de concretagem deverão ser feitas somente nos pontos assinalados nos
desenhos ou indicados pela Fiscalização.
As seqüências de concretagem deverão ser submetidas previamente à aprovação
da Fiscalização.
O lançamento do concreto deverá ser executado de modo contínuo, de junta a junta.
As bordas da face de todas as juntas expostas deverão ser cuidadosamente
acabadas, em alinhamento e greide.
Quando o lançamento do concreto for interrompido por razões de emergência, as
juntas de construção deverão ser localizadas conforme determinação da
Fiscalização; deverão ser tomadas providências para proporcionar interligação com
a camada seguinte, não dando acabamento à superfície e instalando ressaltos,
ferros de espera ou medidas similares determinadas pela Fiscalização.
Todas as juntas de concretagem deverão ser cuidadosamente tratadas. Para essa
finalidade, deverá ser utilizado um dos seguintes métodos:
- "Corte Verde", que consiste na aplicação de jato de água sob pressão na
superfície do concreto, num intervalo de tempo onde se verifique que o
endurecimento superficial do concreto (cerca de quatro a cinco horas após a
concretagem). Dever-se-á garantir que toda água possa escoar para fora da
superfície tratada, carregando o material removido;
- "Apicoamento" manual ou mecânico da superfície da junta, de modo a remover
toda a camada superficial da nata de cimento.
Em ambos os processos, o agregado graúdo deverá estar aparente em 30% da sua
extensão em profundidade.
Ao se lançar concreto novo sobre o concreto já endurecido da etapa anterior, deverá
ser observado que:
- O intervalo de tempo não deverá ser inferior a 48 horas;
- A superfície da junta deverá estar tratada conforme o item anterior;
76
- A superfície da junta, as armaduras e as fôrmas deverão ser lavadas com jato de
água limpa sob pressão;
- A superfície da junta deverá estar saturada de água, operação essa que deverá
ser iniciada pelo menos uma hora antes do início da concretagem;
- Não poderá haver água empoçada na superfície da junta por ocasião da
concretagem.
1.13.6. Condições Específicas das Estruturas de Concreto
Além de todas as condições gerais estabelecidas nas especificações, relacionadas à
boa técnica de execução e ao atendimento das Normas Brasileiras, dever-se-á
também obedecer às condições específicas enunciadas a seguir, relativas à
execução de estruturas hidráulicas.
Generalidades
As estruturas hidráulicas, bem como todas as estruturas auxiliares em contato
permanente com a água, deverão apresentar as seguintes características básicas:
- Absoluta Estanqueidade
A Contratada deverá esmerar-se no que diz respeito à qualidade dos serviços e
materiais empregados na obra, no sentido de construir uma estrutura de concreto
impermeável que, independentemente da aplicação posterior de sistemas
impermeabilizantes de qualquer natureza, se apresente sem vazamentos ou
infiltrações de qualquer magnitude, como, por exemplo, através de:
.
.
.
.
.
Porosidade ou segregações no concreto;
Juntas de concretagem;
Trincas;
Interface entre o concreto e tubulações;
Juntas de dilatação.
- Resistência e Estabilidade Estruturais
Reservatórios e tanques são, em geral, estruturas esbeltas e sensíveis,
principalmente a movimentações da fundação. O conseqüente aparecimento de
trincas ou fissuras se reflete de imediato na perda da estanqueidade.
Uma criteriosa e cuidadosa execução das fundações e da estrutura, com aplicação
de materiais de qualidade e resistência comprovadas e a fiel obediência ao projeto e
às especificações, são requisitos indispensáveis para a construção de uma obra
estruturalmente resistente e estável.
- Durabilidade
As águas superficiais da Região do Distrito Federal são naturalmente ácidas, e a
adição de cloro e outros produtos químicos no processo de tratamento resultará na
77
formação de ambiente agressivo no interior dos tanques (filtros, floculadores, etc.). A
durabilidade da obra ficará, assim, condicionada à sua resistência a ambientes
agressivos.
A resistência do concreto armado ou propendido a ambientes agressivos está
intimamente ligada aos seguintes principais fatores:
− Recobrimento das armaduras, com especial atenção para a face inferior da laje
de cobertura, onde as falhas de recobrimento ocorrem com grande freqüência;
− Fator água/cimento. Quanto maior quantidade de água, maior a porosidade do
concreto;
− Tipo do cimento;
− Qualidade dos agregados, sendo que os de origem cristalina são, em geral, os
mais resistentes;
− Cura. Uma cura bem feita evita o fissuramento do concreto;
− Qualidade da superfície e estanqueidade das fôrmas. Fôrmas lisas e estanques
resultam numa superfície menos porosa do concreto.
Acabamento Superficial
Todas as superfícies de concreto deverão ter acabamento liso, limpo e uniforme e
apresentar a mesma cor e textura das superfícies adjacentes. Concreto poroso e
defeituoso deverá ser retirado e refeito, em conformidade com as determinações da
Fiscalização.
Nenhum serviço de reparo deverá ser levado a cabo sem que a superfície aparente
da concretagem tenha sido anteriormente inspecionada pela Fiscalização. Todos os
reparos deverão ser feitos efetivamente no prazo estabelecido pela Fiscalização.
Nas superfícies aparentes, a critério da Fiscalização, poderá ser feito o acabamento
por fricção. Esse será executado com pedra de carborundo, de aspereza média,
esmerilhando as superfícies previamente umedecidas, até se formar pasta. A
operação deverá eliminar os sinais deixados pela fôrma, partes salientes e
irregularidades.
A pasta formada pela fricção deverá, em seguida, ser cuidadosamente varrida e
retirada.
O acabamento do concreto fresco será feito com desempenadeira apoiada nas
guias, ou juntas colocadas na concretagem, e depois de ter-se verificado, por meio
de um gabarito apropriado, a regularidade da superfície.
78
1.13.7. Reparos no Concreto
Após a desmoldagem e antes de qualquer reparo, a Fiscalização inspecionará a
superfície do concreto e indicará os reparos a serem executados, podendo mesmo
ordenar a demolição imediata das partes defeituosas para garantir a qualidade
estrutural, a impermeabilidade e o bom acabamento do concreto.
As pequenas cavidades e falhas superficiais porventura resultantes nas superfícies
serão regularizadas com argamassa de cimento e areia, no traço que lhe confira
estanqueidade e resistência, bem como coloração semelhante à do concreto
circundante.
As trincas deverão receber tratamento específico definido pela Fiscalização em
concordância com a projetista da obra.
Os arames e ferros da armação, cujas pontas forem visíveis, deverão ser cortados 5
cm abaixo da superfície, e as cavidades produzidas serão recobertas com
argamassas de cimento e areia pelo processo "dry-pack" (argamassa seca socada).
A superfície deverá ter acabamento liso e uniforme e, ao término da operação,
apresentar a mesma cor e textura das superfícies adjacentes. As rebarbas e
saliências maiores que acaso ocorram serão eliminadas ou reduzidas a escopo ou
por outro processo aprovado pela Fiscalização.
Ficará a critério da Fiscalização determinar a limpeza de parte ou de todas as
superfícies de concreto aparente, por um dos seguintes processos:
- Lavagem com água e escova de cerdas duras;
- Lavagem com solução fraca de ácido clorídrico, a qual deverá ser inteiramente
removida da face do concreto após a limpeza da superfície.
Essa limpeza terá como objetivo igualar cor e aparência do concreto aparente.
Sob esse aspecto, todos os reparos necessários, causados por eventual falha de
construção, inclusive demolições, correrão por conta da Contratada, sem ônus para
a CAGECE.
Argamassa Seca Socada ("Dry-Pack")
Consiste em uma mistura de cimento e areia na proporção 1:3, em volume, feita a
seco. Dever-se-á adicionar água aos poucos até a obtenção de uma mistura
homogênea e úmida com consistência semelhante a uma "farofa".
Utilizar areia peneirada na peneira nº 16 da ABNT.
A aplicação será feita em camadas de 1,0 cm, socadas energicamente, com soquete
de madeira precedida da saturação da cavidade e remoção de eventuais
empoçamentos.
79
1.13.8. Controle Tecnológico
O controle tecnológico não se limitará ao prescrito pelas Normas Brasileiras,
devendo também ser atendidas as especificações do projeto e solicitações da
Fiscalização.
Os serviços de controle tecnológico serão executados por empresa especializada,
de comprovada capacidade técnica e idoneidade, às expensas da CAGECE e por
ela contratada.
Será facultada à Contratada a realização de seus próprios testes e ensaios, às suas
próprias custas.
No caso de eventual divergência entre resultados de ensaios realizados pela
Fiscalização e outros executados pela Contratada, esta poderá solicitar a realização
de novos ensaios de contraprova. Os ônus dessa atividade correrão por conta da
parte que não obtiver a confirmação dos resultados dos ensaios iniciais.
Caberá exclusivamente à Fiscalização a indicação da empresa que realizará os
testes comprobatórios, podendo esta ser, inclusive, a mesma já por ela contratada.
Poderá, entretanto, a CAGECE, abrir mão dessa exclusividade, escolhendo, de
comum acordo com a Contratada, um terceiro, laboratório para a realização desses
testes.
Concreto
Esse controle de qualidade dos concretos deverá ser feito em três fases,
especificadas adiante.
a) Controle de Execução de Concreto
Sua finalidade será verificar, durante a execução do concreto, se estarão sendo
obedecidas as prescrições e satisfeitos os valores fixados pela dosagem.
Este controle reunirá: gravimetria do traço, umidade dos agregados, sua
granulometria e o consumo de cimento. Pelos resultados obtidos, serão feitas,
quando necessário, as correções na dosagem, para alcançar os índices
predeterminados. Competirá à Fiscalização indicar a freqüência necessária desse
ensaios, em face do tipo da obra e do volume de concreto a executar.
b) Controle de Verificação da Resistência Mecânica
O controle será feito pelos métodos NBR-5738 e NBR-5739 da ABNT. O número dos
corpos-de-prova nunca será inferior a quatro para cada 30 m³ de concreto. Havendo
mudança de traço ou de tipo de agregado, será necessário fazer o ensaio de mais
quatro corpos-de-prova.
80
Caso venha a ser retirada uma série de corpos-de-prova para cada caminhão
betoneira, o controle estatístico tornar-se-á desnecessário.
c) Controle Estatístico dos Resultados
O controle estatístico de resistência do concreto deverá ser efetuado de acordo com
o item 15 da NBR-6118.
d) Padrão de Qualidade da Obra
O grau de controle exercido na obra durante a execução
especificado no item 8.3.1.2 - a da NBR-6118.
do concreto está
e) Consistência do Concreto
A consistência do concreto deverá ser verificada utilizando-se o método de ensaio
NBR-7223. Este ensaio deverá ser feito paralelamente à moldagem dos corpos-deprova.
f) Amostras e Ensaios
A observância dos requisitos estabelecidos para os materiais componentes do
concreto, ou para o processo, deverá ser verificada de acordo com as prescrições
fixadas.
A Contratada deverá preparar e entregar, às suas expensas, amostras de materiais
em quantidades tais que permitam a realização dos ensaios segundo as normas
indicadas nestas indicações.
g) Água para Concreto
A água deverá ser retirada para amostragem periodicamente e submetida a testes
de análises químicas e de ensaios de argamassa. A quantidade mínima para cada
amostra deverá ser de dois litros. Os ensaios de argamassa incluirão o controle do
tempo de endurecimento e de resistência.
h) Corpos-de-Prova Cilíndricos
O concreto retirado para confecção de cilindros de prova deverá ser fornecido pela
Contratada sem ônus para a CAGECE.
A retirada do condicionamento e os ensaios deverão obedecer aos métodos NBR5738 da ABNT.
2.13.8.2 Aparelhos de Apoio
Neoprene fretado em cabeças de pilares.
81
a) Elastômero Empregado
O elastômero empregado deverá apresentar as seguintes características mínimas:
-
Módulo de elasticidade transversal (10 + 2) kgf/cm²
Dureza "shore" A: 60 + 5 pontos
Tensão de ruptura: 160 kgf/cm²
Alongamento de ruptura: 350%
Resistência ao rasgamento: 30 kgf/cm²
Envelhecimento ao ozônio ausência de fissuras
Força de adesão: 36 kgf/cm²
Porcentagem máxima de deformação permanente, após compressão, à
deformação constante de 25% durante 22 h a 100oC 25%
Sobre os corpos-de-prova envelhecidos artificialmente em estufa a 70ºC durante 70
h, as características acima especificadas poderão sofrer as seguintes variações:
- Dureza "shore" A : + 15 pontos
- Tensão de ruptura: + 15%
- Alongamento de ruptura: - 40%
b) Chapas de Aço
Terão que apresentar um limite de escoamento de 24 kgf/mm² e obedecer à NBR6649 (EB-276) da ABNT.
c) Aparelho de Apoio Fretado Acabado
Deverão ser executados quatro ensaios mecânicos em amostras colhidas
aleatoriamente entre os aparelhos de apoio fornecidos à obra. Os ensaios deverão
ser executados em laboratório idôneo e aprovado pela Fiscalização.
Os ensaios exigidos serão os seguintes:
-
Compressão simples: ensaios realizados até uma pressão de 1.000 kgf/cm²,
segundo uma velocidade de 10 kgf/cm²/minuto, em aparelhos envelhecidos em
estufa a uma temperatura de 70ºC durante o período de 70 h.
- Compressão combinada com força cortante: ensaio executado em corpos-deprova de 150 x 200 mm envelhecidos em estufa a 70ºC durante 70 h.
O corpo-de-prova será inicialmente comprimido a uma pressão de 50 kgf/cm².
Mantendo-se a tensão compressiva, será aplicado o carregamento horizontal em
estágios até a obtenção de uma distorção angular de 0,7 (limite de utilização do
aparelho), prosseguindo até uma distorção de 0,9. O incremento de aplicação da
carga não poderá exceder 1 kgf/minuto. O módulo de elasticidade transversal (g)
será o módulo secante obtido entre as distorções angulares de 0,2 e 0,9.
82
-
Adesão a elastômetros/chapas de aço: a tensão de adesão entre o elastômetro e
as chapas de aço deverá ser superior a 30 kgf/cm2 e poderá ser comprovada
através do mesmo ensaio de compresso com força cortante combinada.
Nos aparelhos de apoio deverão ser verificadas as seguintes tolerâncias de
fabricação:
- Paralelismo entre as chapas de aço fretantes - até 20% da espessura de uma
camada de neoprene;
- Alinhamento entre as chapas de aço fretantes - 40% do revestimento;
- Ausência de bolhas superficiais com mais de 3 mm na maior dimensão ou 3 mm
de profundidade;
- Variação nas dimensões em pauta + 5 mm;
- Variação de espessura total + 3 mm;
- Variação de espessura de uma camada de neoprene
+ 2 mm.
Testes de Estanqueidade
Concluídas as obras, a estrutura hidráulica deverá ser submetida a um teste de
estanqueidade, do seguinte modo:
- Encher lentamente a estrutura, mantendo-a sob permanente vigilância durante
esse período, que deverá durar de 36 a 48 horas;
- Atingindo o nível máximo de projeto, este deverá ser mantido por dez dias
consecutivos;
- Durante esse período, o nível de água interno deverá ser medido diariamente, e a
unidade, mantida sob permanente observação quanto ao comportamento
estrutural, estanqueidade da estrutura de concreto e estanqueidade do sistema
hidráulico;
- Decorrido esse último prazo, a unidade deverá ser esvaziada, e todos os
problemas eventualmente constatados deverão ser corrigidos.
Caso as correções necessárias estejam ligadas à estanqueidade, novos testes de
estanqueidade deverão ser feitos após a conclusão dos reparos. Durante a
operação de esvaziamento, deverá ser avaliado o desempenho do sistema de
drenagem. O teste de estanqueidade deverá ser realizado antes de aplicada a
impermeabilização.
Peças Embutidas em Paredes de Concreto
Os tubos, equipamentos e peças especiais a serem embutidos nas paredes deverão
ser escorados internamente, segundo as exigências da Fiscalização, a fim de
impedir a ocorrência de deformações e de variação de diâmetro acima de 0,5%, isso
para o caso de material flexível.
83
As escoras, todas de madeira, serão colocadas nos tubos e nas peças especiais.
Serão providos de blocos terminais, apropriados para acompanhar as curvaturas das
superfícies interiores.
Essas escoras ficarão montadas até que sua remoção seja autorizada pela
Fiscalização. Em qualquer caso, porém, nunca serão removidas em prazo inferior a
12 (doze) horas após o término da concretagem.
A fixação definitiva das peças embutidas deve sempre ser acompanhada por
pessoal de montagem, tomando-se cuidados preliminares para protegê-las contra
respingos de nata de cimento, terra ou lama.
Escadas Pultrudadas de Acesso
As escadas tipo marinheiro serão executadas com perfis estruturais fabricados pelo
processo de Pultrusão nas dimensões indicadas nos desenhos de projeto. Deverão
ser em resina ESTER VINÍLICA reforçado com fibra de vidro; acabamento com véu
de superfície. A resina deverá ser aditivada com retardante de chamas e com
inibidor de raios ultravioleta. As escadas deverão ter total uniformidade de espessura
com excelente acabamento interno / externo.
1.14.
ENSAIO DAS TUBULAÇÕES
Caberá à Contratada providenciar todos os recursos e coordenar todas as atividades
necessárias à execução dos testes de linha, destinados a determinar possíveis
falhas de material, mão-de-obra e/ou métodos de construção.
Todas as tubulações deverão ser submetidas a teste hidrostático, de acordo com os
procedimentos descritos a seguir:
-
A Contratada compete apresentar um método para execução do teste
hidrostático, para prévia aprovação, no qual deverá constar, no mínimo: a
pressão,o tempo de duração, os trechos a serem ensaiados, os locais para
medição e os critérios de operação;
-
A Contratada poderá propor à Fiscalização a divisão da linha de outros trechos
ou seções não previstas inicialmente, para efeito de teste, caso esse
procedimento seja justificável para a obtenção de melhores condições ou
maiores facilidades para a realização dos testes. Nesse caso, a Contratada
deverá apresentar uma especificação completa e uma descrição detalhada dos
testes a serem efetuados, para aprovação prévia da fiscalização.
-
A Fiscalização e a Contratada deverão determinar, de comum acordo, os pontos
em que deverão ser instalados os instrumentos registradores de pressão;
84
Durante o teste não deverá haver vazamentos; o aparecimento de umidade, durante
o ensaio, não será considerado vazamento.
A execução dos trabalhos de correção das eventuais falhas verificadas é de
responsabilidade da Contratada e deverão ser imediatamente reparadas.
Todos os recursos de mão-de-obra, materiais, equipamentos, ferramentas,
instrumentos, etc., necessários à completa realização dos testes, bem como à
execução dos trabalhos de correção das eventuais falhas verificadas, serão de única
e exclusiva responsabilidade da Contratada.
A Contratada montará os instrumentos de pressão numa derivação conectada à
tubulação em teste, submetendo-os a um ensaio de pressão, a fim de verificar seu
funcionamento e respectiva calibração.
Durante a execução do teste hidrostático, a Contratada efetuará leituras a cada
hora, anotando os resultados em relatório apropriado.
Após a execução do teste, a Contratada fará uma análise dos resultados obtidos e
apresentará à Fiscalização, para aprovação.
1.15.
FECHAMENTOS
1.15.1. Generalidades
Os fechamentos em alvenaria deverão atender à NBR-8545 e obedecer fielmente às
dimensões, alinhamentos, espessuras e demais detalhes constantes no projeto, não
sendo permitido o corte das peças para formar as espessuras requeridas.
Serão levantadas simultaneamente, não devendo ser executados painéis ou
esquinas isoladas. As rebarbas das juntas deverão ser retiradas a colher. No caso
de alvenarias aparentes, as juntas deverão ser rebaixadas com ferro, perfeitamente
em linhas retas, horizontais contínuas e linhas verticais contínuas ou descontínuas,
conforme especificado no projeto. As juntas verticais deverão ser completamente
cheias com argamassa.
Nos locais onde as alvenarias estiverem ligadas à estrutura de concreto, deverão ser
deixadas pontas de ferro (de amarração) embutidas no concreto.
Durante o levantamento das alvenarias os vãos serão ultrapassados por meio de
vergas de concreto pré-moldado ou moldado in loco, convenientemente
dimensionadas com apoio mínimo de 30 cm para cada lado. Nas partes inferiores
dos vãos das janelas ou guichês, serão executadas contravergas nos moldes acima
descritos para as vergas.
85
Para perfeita estabilidade das paredes as alvenarias deverão ser cunhadas. A
cunhagem deverá ser feita com material de sobra em diagonal, salvo em caso de
alvenaria aparente, e somente poderá ser feita quando:
a) As argamassas de assentamento estiverem completamente secas;
b) Todas as alvenarias
completamente levantadas;
do
pavimento
imediatamente
superior
estiverem
c) Estiver concluído o telhado ou proteção térmica da laje de cobertura para as
alvenarias do último pavimento;
d) Decorridos, no mínimo, três dias da conclusão do levantamento das alvenarias.
Em regiões muito úmidas não deverá ser adicionado, em hipótese alguma, cal nas
argamassas de assentamento.
As alvenarias baixas livres (platibandas, muretas, parapeitos, guarda-corpos, etc.),
além da cinta de concreto, terão pilares também de concreto armado distantes no
máximo 2 m entre si.
Os casos especiais deverão ser executados conforme os desenhos detalhados da
execução.
1.15.2. Alvenaria com Tijolos Maciços
Os tijolos maciços a serem utilizados nas alvenarias deverão atender às normas
NBR-7170 e NBR-8041 da ABNT.
Os tijolos deverão ser requeimados e previamente umedecidos antes do seu
assentamento, sem, entretanto, ficar encharcados.
O assentamento será feito com argamassa de cimento e areia no traço 1:6, com
juntas verticais desencontradas a cada fiada.
A critério da Fiscalização, poderá ser adotada argamassa de cimento, cal e areia no
traço 1:2:5.
1.15.3. Alvenaria de Blocos de Concreto
Os blocos de concreto a serem utilizados nas alvenarias deverão atender à NBR6136 e à NBR-7173.
Só poderão ser recebidos os blocos já completamente curados e secos, que serão
depositados cuidadosamente na obra, em local protegido da chuva, livre do contato
direto com o solo ou outros materiais, evitando-se choques.
86
Os blocos de concreto deverão ser de primeira qualidade, duros, com faces planas,
tamanho e cor uniformes (principalmente para o caso de assentamento de blocos
aparentes).
O assentamento será feito com argamassa de cimento e areia no traço 1:6.
A construção da parede deverá se iniciar com o assentamento dos blocos dos
cantos que servirão de guias, tomando-se a precaução de verificar se a distância
entre eles é múltipla de um número inteiro de blocos, inclusive juntas.
Eventuais reforços horizontais e verticais deverão ser executados, conforme forem
levantadas as paredes, aproveitando os orifícios para os reforços verticais ou peças
especiais de bloco para os horizontais. Se a dimensão das peças não for suficiente,
deverão ser usadas vergas de concreto pré-moldadas ou moldadas In loco,
convenientemente dimensionadas e de forma a atenderem às exigências estéticas,
no caso de alvenarias à vista.
1.15.4. Alvenaria com Tijolos Furados
Os tijolos furados a serem utilizados nas alvenarias deverão atender à norma NBR5711 da ABNT.
Os tijolos deverão ser, antes de seu assentamento, previamente umedecidos, porém
sem encharcamento.
A argamassa de assentamento será executada ao traço 1:6 de cimento e areia.
A critério da Fiscalização, poderá ser adotada argamassa mista de cimento, cal e
areia no traço 1:2:5.
1.15.5. Alvenaria com Elemento Vazado
Serão utilizados elementos vazados prensados, confeccionados com cimento e
areia.
O assentamento far-se-á simplesmente pelo uso, nas juntas, de nata de cimento
cuja função será atuar como adesivo.
Antes de iniciada a pintura, os mesmos deverão receber uma ou duas demãos de
óleo de linhaça.
Os limites dos vãos individuais a serem feitos com elementos vazados não deverão
ultrapassar 4 m².
1.15.6. Divisórias em Granilite
87
As divisões dos sanitários serão em placas de granilite pré-moldadas, nas
dimensões exatas indicadas no projeto. A montagem será executada no local
indicado.
As peças com cantos quebrados ou outros defeitos deverão ser reparadas de modo
perfeito ou substituídas, se for necessário.
O granilite será composto de uma parte de cimento "Portland" e duas partes de
agregado.
Deverão ser apresentadas amostras de 15 x 30 cm, que deverão ser aprovadas
antes de iniciada a execução dos serviços. Terão 30 mm e 50 mm de espessura,
conforme indicado nos detalhes, e serão de cimento branco com "grana" fina, 1:3 em
volume.
Serão lustradas com sal de azedas (ácido oxálico), e serão empregadas ferragens
conforme especificado no item "Ferragens".
1.16.
REVESTIMENTOS
1.16.1. Generalidades
Os revestimentos de argamassa deverão ser executados com máxima perfeição e
serão constituídos por camadas contínuas, superpostas e uniformes.
As superfícies deverão ser limpas e abundantemente molhadas antes do início de
cada operação.
Todas as superfícies destinadas a receber revestimento serão chapiscadas.
Os revestimentos somente poderão ser iniciados após a completa pega da
argamassa da alvenaria e do revestimento anterior.
Toda argamassa que apresentar vestígios de endurecimento será rejeitada para
aplicação.
Deverão ser afixadas arestas de madeira, de forma a garantir o perfeito desempeno
das superfícies.
Os materiais utilizados na execução dos revestimentos deverão obedecer às
mesmas especificações apresentadas para as estruturas de concreto.
1.16.2. Chapiscos
O revestimento em chapisco far-se-á tanto nos paramentos de alvenaria quanto nos
de estruturas de concreto, que receberão revestimentos posteriores.
88
O revestimento desse tipo será feito com argamassa de cimento e areia no traço 1:3
e sua espessura deverá ficar entre 1,5 e 2,5 mm.
1.16.3. Emboço
O emboço será constituído por uma camada de argamassa de cimento e saibro no
traço 1:6 e sua espessura não poderá exceder 2 cm.
A superfície final deverá apresentar-se áspera, a fim de possibilitar a aderência de
rebocos.
1.16.4. Reboco
O reboco apenas poderá ser executado 24 horas após a pega completa do emboço
cuja superfície deverá ser limpa, livre de pedaços soltos e suficientemente molhada.
Nos locais sujeitos à ação direta e intensa do sol ou do vento, o reboco deverá ser
protegido de forma a impedir que a sua secagem se processe demasiadamente
rápida.
O reboco deverá ser regularizado com desempenadeira e apresentar aspecto
uniforme, com superfícies claras, não sendo tolerado qualquer desempeno.
O reboco será constituído de argamassa no traço 1:2:5 (cimento, cal e areia) e sua
espessura não poderá exceder 5 mm.
A critério da Fiscalização, poderá ser utilizada argamassa para massa fina
industrializada.
1.16.5. Revestimento com Cerâmica ou Pastilhas
Os revestimentos na cor especificada em projeto, de primeira qualidade, de faces
planas e arestas vivas.
Serão escolhidos na obra, não se utilizando peças com defeitos, desempenos e
dimensões irregulares. As juntas serão a prumo e terão espessura constante não
superior a 1,5 mm.
As peças cortadas não poderão apresentar rachaduras nem emendas, sendo as
bordas dos cortes esmerilhadas de forma a torná-las lisas e regulares.
As buchas de fixação dos aparelhos sanitários serão colocadas antes do
assentamento do revestimento.
Os revestimentos ficarão imersos em água potável limpa durante o período de 24
horas antes do assentamento. As paredes também deverão ser abundantemente
89
molhadas antes do assentamento, que deverá ser feito com massa no traço
adequado.
O rejuntamento será feito após 48 horas com pasta de cimento branco, removendose todo o excesso da mesma.
Será permitido o assentamento dos revestimentos com cimento-resina, colas, etc.,
desde que o material e o processo sejam aprovados pela Fiscalização.
Os revestimentos que, por percussão, soarem ocos deverão ser substituídos.
1.16.6. Forro de Laje de Concreto
Este item trata apenas das lajes de concreto usadas como forro aparente.
A laje deverá ser muito bem concretada, de modo que a superfície do forro
apresente acabamento liso e uniforme, evitando-se, tanto quanto possível,
preenchimentos posteriores.
A laje deverá ser lixada e escovada. Serão corrigidos eventuais buracos (ninhos),
pequenos defeitos (extravasamentos) e rebarbas de fôrmas, de modo a se obter um
acabamento perfeito da superfície do forro.
O forro receberá, então, tratamento de pintura à base de silicone ou outro material,
de acordo com o projeto, após estar completamente isento de poeira e gordura, e
ser cuidadosamente limpo.
1.17.
PISOS
1.17.1. Generalidades
Na execução dos pisos em geral, deverão ser observadas as
seguintes prescrições básicas:
- Nivelamento da superfície;
- Apiloamento e umedecimento da superfície;
- Verificação dos caimentos e locais previstos para escoamento das águas
indicadas no projeto;
- Afastamento das juntas de dilatação, conforme apresentado nos desenhos de
projeto ou nestas especificações;
- Obediência, sempre que couber, às especificações apresentadas no item
"Estruturas de Concreto".
1.17.2. Piso de Concreto
Nos pisos de concreto, tanto internos quanto externos, serão utilizadas "juntas frias"
retilíneas, ou seja, após a formação de um painel semelhante a um tabuleiro de
damas serão concertados, alternadamente, cada um dos cubículos resultantes.
90
Uma vez processada a cura, serão removidas as fôrmas e aplicada, nas superfícies
verticais, uma pintura com emulsão asfáltica betuminosa, sem carga.
Posteriormente, será então concretado o restante do piso.
Os cubículos formados terão, em planta, arestas iguais a, no máximo, 2,50 m.
O caimento indicado em projeto será obtido pelo sarrafeamento, desempeno e
moderado alisamento do concreto, quando este estiver em estado plástico.
Se o afloramento da argamassa for insuficiente, serão adicionados a esta mais
cimento e areia no traço 1:3, antes de terminada a pega do concreto.
A espessura final da camada deverá ser de, no mínimo, 5 cm.
A cura do cimento será feita obrigatoriamente pela conservação da superfície
permanentemente molhada durante pelo menos sete dias após a sua execução.
1.17.3. Piso de Borracha
O piso de borracha será aplicado sobre laje de concreto, que deverá ter idade
mínima de dez dias e estar com a superfície completamente livre de incrustações,
áspera e perfeitamente limpa.
Sobre esta laje de concreto previamente umedecida será aplicado um chapisco
(água de cimento e areia grossa, traço 1:2) com espessura média de 0,5 cm. Sobre
este chapisco ainda fresco (mole) deverá ser lançada a camada de argamassa do
contrapiso de correção. Essa argamassa deverá ter traço 1:3 (cimento e areia
média), na espessura média de 3 cm, e deverá ser perfeitamente nivelada,
cuidando-se para que a superfície não fique muito lisa.
Até dois dias depois de feito o contrapiso, este deverá ser molhado com água de
maneira uniforme.
Preparar uma argamassa mais ou menos consistente no traço 1:2 (cimento e areia
fina). Essa argamassa deverá ser espalhada na parte inferior das chapas do piso de
borracha em quantidade suficiente para que sejam preenchidas todas as cavidades
existentes. Espalhar a mesma argamassa sobre o contrapiso em uma espessura
uniforme de até 1 cm.
Colocar as chapas uma a uma em seu lugar definitivo, batendo levemente com uma
desempenadeira para eliminar o ar eventualmente existente. Após 72 horas, poderse-á permitir a passagem de pessoas isoladas, sendo a livre utilização aconselhada
somente após seis dias.
A colocação das chapas do piso de borracha também poderá ser feita
simultaneamente com a preparação do contrapiso, bastando, para isto, a colocação
91
da chapa de borracha, com suas cavidades previamente preenchidas de argamassa
sobre o contrapiso bem desempenado e nivelado.
Para limpeza recomenda-se usar água e escova, evitando o uso de detergentes ou
derivados.
1.17.4. Piso de Ladrilho Cerâmico
Devido ao processo de fabricação, as placas de ladrilho cerâmico poderão
apresentar pequenas diferenças de medidas, cortes e tonalidades. Por este motivo,
será recomendável que se proceda a uma classificação final no local da obra,
sobretudo no que se refere ao comprimento das placas, separando-as em duas ou
três medidas principais.
Usar para eventuais cortes as peças danificadas no transporte, com medidas
anormais ou pequenos defeitos. Deverão ser substituídas, pelo Fornecedor, todas as
peças que forem absolutamente inaproveitáveis.
A cerâmica será aplicada sobre laje de concreto, que deverá ter idade mínima de
dez dias, com superfície completamente livre de incrustações, áspera e
perfeitamente limpa. A aplicação do piso será feita da seguinte maneira:
-
Sobre a laje de concreto previamente umedecida será aplicado um chapisco
(água de cimento e areia grossa, traço 1:2). Sobre este chapisco ainda fresco
(mole) deverá ser lançada a camada de argamassa do contrapiso de correção.
Essa argamassa deverá ter traço de 1:3 (cimento e areia grossa) e ser de uma
consistência "pouco plástica". A superfície do contrapiso de correção deverá ser
bem áspera;
-
Colocar então as placas (com a cor, o formato e o acabamento especificados no
projeto) no piso: usar o nível, espalhar a argamassa de assentamento (cimento e
areia média lavada, traço 1:3), numa espessura média de 1,5 cm, e assentar as
placas batendo com firmeza.
-
Dever-se-á deixar juntas de 7 a 9 mm de largura nos dois sentidos e de, no
mínimo, 6 mm de profundidade;
-
As peças de acabamento ocas deverão ser preenchidas de argamassa antes do
seu assentamento;
-
O rejuntamento deverá ser feito com cimento comum e pó de quartzo traço 1:1,5.
-
Quando o piso estiver sujeito ao ataque de álcalis e de ácidos deverão ser
utilizadas argamassas anticorrosivas.
1.18.
VIDRAÇARIA
92
1.18.1. Generalidades
A espessura dos vidros para envidraçamento será determinada em função das áreas
dos vãos, nível dos mesmos em relação à exposição a ventos fortes dominantes,
tipo de esquadrias móveis ou fixas, e do aspecto decorativo que se deseja obter.
Os vidros, de preferência, serão fornecidos nas dimensões dos vãos, procurando,
sempre que possível, evitar o corte no local da construção.
O assentamento das chapas de vidro será efetuado com emprego de baguetes de
Neoprene ou de alumínio.
No dimensionamento das chapas de vidro não deixarão de ser considerados os
efeitos da dilatação decorrentes da elevação de temperatura.
1.18.2. Transparentes e Comuns
Terão classificação "A", de acordo com a NBR-11706 (EB-92), espessura de 5 mm,
com tolerância de 0,03 a + 0,01 mm e peso de 12,5 Kg/m².
Serão empregados nas esquadrias em geral, exceto nos locais onde estiverem
especificados outros materiais.
1.18.3. Vidro Temperado
Será liso, transparente, com espessura em função dos vãos. Deverá ser de
comprovada qualidade, ter superfície uniforme.
Será fixado em perfis auxiliares de alumínio onde estiver indicado no projeto.
1.19.
PINTURAS
1.19.1. Generalidades
As superfícies a pintar deverão estar completamente secas. Deverão ser
cuidadosamente limpas e ficar isentas de poeira e gordura, tomando-se precauções
especiais contra o levantamento de pó durante os trabalhos de pintura até que as
tintas sequem completamente.
Cada demão de tinta só poderá ser aplicada quando a precedente estiver
perfeitamente seca, convindo observar um intervalo de 24 horas entre demãos
sucessivas, salvo especificações em contrário ou quando o mau tempo interferir.
Igual cuidado haverá entre as demãos de tinta e as de massa, convindo observar um
intervalo mínimo de 48 horas após cada demão de massa, salvo especificações em
contrário.
93
1.19.2. Tintas
Deverão ser obedecidas todas as cores e tipos de acabamento (fosco ou brilhante)
indicados nos desenhos do projeto arquitetônico.
As tintas utilizadas deverão ser entregues na obra em embalagens perfeitamente
fechadas e lacradas, não se admitindo latas que tenham sido anteriormente abertas.
Serão recusadas todas as embalagens que, quando da sua abertura para utilização:
- Apresentarem excesso de sedimentação, coagulação, gaseificação,
empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele (nata);
- Não se tornarem homogêneas mediante agitação manual;
- Apresentarem odor pútrido e/ou expelirem vapores tóxicos;
- Contiverem sinais de corrosão nas suas superfícies internas.
Deverão, ainda, apresentar adequados conceitos de rendimento e cobertura, a
critério da Fiscalização.
O local para armazenamento deverá ser seco, ventilado e não sujeito a grandes
variações térmicas.
1.19.3. Pintura em Látex (com massa corrida) sobre Paredes Revestidas
As superfícies deverão ser lixadas e escovadas para a completa eliminação de todo
resíduo de pó, bem como qualquer resíduo de óleo ou graxa.
Serão então aparelhadas com uma demão de selador e, a seguir, a superfície será
inteiramente emassada à desempenadeira de aço no número de demãos
necessárias. Cada demão de massa corrida deverá ser lixada até se obter um
acabamento liso.
Após a remoção de todo resíduo de pó serão aplicadas as demãos necessárias,
para um perfeito acabamento, de tinta nas cores indicadas no projeto.
1.19.4. Pintura de Esmalte sobre Esquadrias de Madeira
As superfícies deverão estar completamente limpas, isentas de qualquer resíduo de
óleo, graxa ou cal, secas, lisas e lixadas, antes de receberem a pintura.
Todas as tintas serão rigorosamente agitadas dentro das latas e periodicamente
mexidas com espátula limpa, evitando-se a sedimentação dos pigmentos e
componentes densos.
As tintas só poderão ser diluídas com solventes apropriados e de acordo com as
instruções do respectivo fabricante.
94
Cada demão deverá ser lixada e espanada antes da aplicação da seguinte.
A aplicação da pintura contará, no mínimo, com: lixamento, demão de aparelho,
demão de massa corrida, lixamento a seco, demão intermediária, demão leve de
massa em eventuais defeitos, lixamento a seco e duas demãos de acabamento.
1.19.5. Pintura de Silicone
As superfícies a pintar deverão estar completamente secas e regularizadas.
Deverão ser lixadas e escovadas para a completa eliminação de todo resíduo de pó,
bem como qualquer resíduo de óleo ou graxa.
A tinta poderá ser aplicada com pistola "Air Less", pistola convencional, a rolo ou
brocha.
A forma de aplicação e o número de demãos dependerão do produto a ser aplicado,
devendo ser rigorosamente seguidas todas as especificações do fabricante.
1.20.
ESQUADRIAS E FERRAGENS
1.20.1. Esquadrias de Alumínio
Os caixilhos deverão ser fabricados com perfis extrudados, especialmente
desenhados para satisfazer às necessidades de estabilidade conforme a ABNT e
para proporcionar uma perfeita e completa vedação à esquadria. As junções dos
perfis, bem como as linhas de contato entre o caixilho e o concreto ou alvenaria,
deverão ser protegidas por massa. Para vedação de ar condicionado deverão ser
utilizadas guarnições de Neoprene nos caixilhos.
Os perfis serão extrudados em liga de alumínio tipo ALCAN-50 S ou similar, liga,
esta, própria para anodização de alta resistência mecânica e à corrosão.
Os contramarcos, quando de alumínio, deverão ter a superfície, que fica em contato
com o concreto ou argamassa, protegida por verniz especial. Quando forem de ferro
deverão ser galvanizados eletroliticamente com espessura mínima de 20 micra e
pintados por imersão em banho de cromado de zinco. Os parafusos de fixação dos
contramarcos deverão ser de aço zincado.
Na formação dos quadros das folhas, as peças serão unidas por meio de machos de
conexão extrudados de alumínio na mesma liga dos perfis.
Nas "requadraçðes" onde não seja possível a utilização de macho de conexão,
serão utilizados parafusos, que serão fixados em nervuras especialmente previstas
para esta finalidade, nos próprios perfis. Tais parafusos serão de latão cromado (ou
aço inoxidável, no caso de fixação de vidro temperado) e não poderão, de maneira
nenhuma, ficar aparentes.
95
Para movimentação das folhas deverão ser utilizados exclusivamente elementos de
alumínio anodizado ou aço inoxidável polido de acordo com exigências técnicas de
cada caso. Os elementos de manobra, tais como puxadores, alavancas e fechos
deverão ser de alumínio anodizado. Somente deverão ser utilizadas ferragens de
primeira qualidade, dimensionadas de acordo com a finalidade a que se destinam.
Os perfis deverão ser polidos por processo mecânico para a remoção de riscos, vias
e sulcos. Todos os perfis deverão ser anodizados com película anódica mínima de
12 micra, com o acabamento e a cor especificados pelo projeto.
1.20.2. Esquadrias de Madeira
As dimensões e detalhes construtivos de portas, batentes e guarnições estão
indicados no projeto executivo.
As portas serão de 3,5 cm de espessura, executadas com folhas lisas de
compensado de cedro ou outra madeira de lei, montadas sobre um requadro rígido
de madeira. O miolo das portas poderá ser de madeira aglomerada ou outro material
similar aprovado pela Fiscalização.
Os batentes e as guarnições também deverão ser de madeira de lei, recebendo o
acabamento especificado no projeto.
As portas deverão ser à prova d'água. As superfícies não deverão conter sinais de
ferramentas ou máquinas, proporcionando ao acabamento o melhor aspecto
possível. Todas as portas deverão se apresentar em condições de receber o
acabamento especificado no projeto, devendo ser lixadas, perfeitamente limpas de
pó de lixamento e ter removidos todos os resíduos antes de receberem o
acabamento final.
Não será aceita qualquer peça de esquadria que apresente sinais de empenamento,
rachaduras, lascas, desigualdades de madeira ou outros defeitos. Não serão aceitas
peças cuja madeira não esteja perfeitamente seca.
1.20.3. Ferragens
As ferragens deverão ser fornecidas completas com fechaduras, maçanetas,
espelhos, dobradiças e demais acessórios pertinentes ao conjunto.
Serão fabricadas em latão conforme indicado no projeto.
As ferragens de todas as portas, com exceção das portas de banheiros, serão
mestradas. O sistema de mestragem deverá ser tal que se tenha para cada porta
apenas uma única chave, uma chave mestra para cada setor desejado e uma chave
grã-mestra que abra todas as portas de um único ou vários edifícios.
96
O sistema de mestragem utilizará fechaduras com tambores que permitam futura
expansão do mesmo.
A Contratada deverá fornecer dois exemplares de todas as chaves mestras e grãmestra.
Deverá também fornecer e instalar molas hidráulicas para todas as portas de
entrada dos conjuntos sanitários e/ou onde indicado no projeto.
1.21.
IMPERMEABILIZAÇÃO
Para as áreas de concreto que deverão sofrer pressão líquida ou ataques de gases
(lajes internas dos tanques), deverá ser aplicado um impermeabilizante formulado a
partir de resinas elastoméricas de poliuretano. Esta deverá proporcionar altas
propriedades mecânicas, não deverá ter juntas nem emendas e obter um perfeito
estancamento à penetração d’água.
Suas propriedades físicas deverão obedecer as seguintes normas:
NORMA
ASTM-D412-83
ASTM-D412-83
ASTM-D412-83
ASTM-D624C-81
ASTM-D2240-81
ASTM-D570-81
ASTM-D792-79
NBR-9954-87
NBR-9955-87
NBR-9953-87
NBR-9956-87
NBR-9952-87
ENSAIO
Resistência à tração
(mínimo)
Alongamento
ruptura
(mínimo)
Def.
Perm/te.
Após
ruptura (máximo)
Resistência ao rasgo
(mínimo)
Dureza (mínimo)
Absorção d’água
Densidade à 25ºC
Resistência ao Impacto
Puncionamento Estático
Flexibilidade 0ºC
Estanqueidade
Escorrimento 80ºC
REFERÊNCIAS
3,5 Mpa
120%
5%
20kN/m
65 Shore A
0,79%
1,49 – 1,51 g/cm³
Aprovado
Aprovado
Aprovado
Estanque
Não Escorre
Deverá ter uma espessura mínima de 1,5mm, com consumo de 2,8 kg/m². O produto
após curado, deverá ser atóxico, sem agressão à natureza.
Para as lajes externas deverá ser aplicado um revestimento protetor formulado a
partir de resinas de poliuretano. Que proporcione um acabamento semi-brilho na cor
branca, com excelente resistência à abrasão. Que forme um filme com alta
flexibilidade dificultando o aparecimento de rachaduras e proporcione perfeito
estancamento à penetração de água, com excelente resistência à intempéries, raios
ultravioleta. Deverá ser aplicado em duas demãos, com um consumo de 200 g/m².
97
Nos tanques de contenção do ácido fluossilícico e do sulfato de alumínio, deverá ser
feita uma impermeabilização com um sistema de poliuretano para revestimento
elastomérico de 2 componentes (Tuff Stuff da Rhino Linings). Esta deverá suportar
a corrosão, caso haja um vazamento, dos produtos acima citados, impedindo que os
mesmos atinjam a contenção de concreto. Suas propriedades físicas deverão ser
conforme normas:
PROPRIEDADES
Dureza, Shore A
Gravidade específica
Resistência à tensão
Alongamento, %
Módulo cortante à
200% - Alongamento 400%
Alongamento
Resistência ao rasgo Die C
Resistência à abrasão
Taber perda de peso
usando-se 100g de peso à
1000 ciclos) CS-17
ROSS
FLEX
(%
crescimento da ruptura por
50.000 ciclos)
Módulo Flexural
Absorção de água (24
horas)
Resistência di-elétrica
Resistência volumétrica
Constante di-elétrica
Fator de dissipação
-
MÉTODO ASTM
D-2240
D-792
D-412
D-412
D-412
RESULTADOS
90 – 95 Shore A
1,08 – 1,10 g/m³
2.700 – 2.900 PSI
375 – 400 %
D-624
D-1044
700 – 800 psi
1200 – 1300 psi
140 – 150 psi
10 – 15 mg
FIA - 308
0 (zero)
D-790
D-570
5600 – 6400 psi
<= 1,60%
ASTM D-149
ASTM D-257
ASTM D-150
ASTM D-150
300 volts/mil
6x10 (12) ohm - polegadas
5,4 MGh
0,058 (MGh)
A temperatura dos componentes, deverão estar entre 23,9 a 29,4ºC.
A temperatura da superfície do substrato deverá estar entre 15,6 a 43,3ºC.
A espessura do revestimento deverá ser de 3mm.
A Relação entre os componentes deverão ser de:
A/B em peso: 61/100
Volume: 1/1,88
1.22.
INSTALAÇÃO DE ÁGUA
1.22.1. Condições Gerais
Será executada rigorosamente de acordo com projeto de Instalações Hidráulicas e
com as especificações abaixo.
As colunas de canalização correrão embutidas nas alvenarias, salvo quando em
chaminés falsas ou outros espaços para tal fim previsto, devendo, neste caso, serem
fixadas por braçadeiras de 3 em 3 metros.
98
As derivações correrão embutidas nas paredes, vazios ou lajes rebaixadas,
evitando-se sua inclusão no concreto.
As canalizações serão assentes antes da execução das alvenarias de tijolos.
As furações, rasgos, e aberturas necessárias em elementos de estrutura de concreto
armado, para passagem de tubulações, serão locadas com tacos, buchas ou
bainhas antes da concretagem.
Para facilidade de desmontagem das canalizações serão colocadas uniões ou
flanges nas sucções das bombas, recalques, barriletes ou onde convier.
As deflexões das canalizações serão executadas com auxílio de conexões
apropriadas.
Nas canalizações de sucção ou recalque só será permitido o uso de curvas nas
deflexões a 90o, não sendo tolerado o emprego de joelhos.
As juntas rosqueadas nos tubos e conexões serão vedadas com fio apropriado, de
sisal, e massa de zarcão, ou calafetador à base de resina sintética.
As canalizações de distribuição de água nunca serão inteiramente horizontais,
devendo apresentar declividade mínima de 1% no sentido de escoamento.
Com exclusão dos elementos niquelados, cromados ou de latão polido, todas as
demais partes aparentes da instalação, tais como canalizações, conexões,
acessórios, braçadeiras, suportes, tampa, etc., deverão ser pintadas, depois de
prévia limpeza das superfícies, com benzina.
Nos casos em que as canalizações devam ser fixadas em paredes e/ou suspensas
em lajes, os tipos, dimensões e quantidades dos elementos suportantes ou de
fixação - braçadeiras, perfilados "U", bandejas, etc. - serão determinados pela
FISCALIZAÇÃO (de acordo com o diâmetro, peso e posição das tubulações).
1.22.2. Proteção e Verificação
Durante a construção e até a montagem dos aparelhos, as extremidades livres das
canalizações serão vedadas com bujões rosqueados ou plugues, convenientemente
apertados, não sendo admitido o uso de buchas de madeira ou de papel, para tal
fim.
As tubulações de distribuição de água, antes do fechamento dos rasgos das
alvenarias ou de seu envolvimento por capas de argamassa, ou de isolamento
térmico, serão submetidas à pressão hidrostática, igual ao dobro da pressão do
trabalho normal prevista, sem que acusem qualquer vazamento.
De um modo geral, toda a instalação de água será convenientemente vedada pela
FISCALIZAÇÃO quanto às suas perfeitas condições técnicas de execução e
funcionamento.
99
1.22.3. Serviços Complementares
Executará a CONTRATADA todos os trabalhos complementares ou correlatos com a
instalação de água, tais como construção de reservatórios, sua impermeabilização,
abrigos para hidrômetros e ou conjuntos motor bomba, aberturas e recomposições
de rasgos para canalizações, isolamentos de aparelhos ou canalizações contra
vibrações, etc.
1.23.
INSTALAÇÕES CONTRA INCÊNDIO
1.23.1. Condições Gerais
Salvo especificação em contrário, a proteção e defesa dos edifícios contra incêndio
será assegurada por sistema de combate por agentes químicos, assegurado por
extintores portáteis.
Obriga-se a CONTRATADA a executar todos os trabalhos necessários à instalação
dos extintores e demais equipamentos relativos às instalações contra incêndio.
1.24.
INSTALAÇÕES DE ESGOTOS
1.24.1. Condições Gerais
A instalação de esgotos será executada rigorosamente de acordo com as posturas
sanitárias locais vigentes, com a NB-19, com a NB-41, com o regulamento vigente
da própria CAGECE e com o projeto de instalações hidráulicas e com as
especificações que se seguem.
As colunas de esgotos correrão embutidas nas alvenarias, quando não passarem
por chaminés falsas ou outros espaços adrede preparados, observando-se o
disposto nas especificações de estrutura.
As derivações de esgotos (ramais de descarga ou de esgoto) correrão embutidas,
conforme indica o projeto, nas paredes, não podendo, jamais, estender-se
embutidas no concreto da estrutura.
As cavas abertas no solo, para assentamento das canalizações, só poderão ser
fechadas após a verificação, pela FISCALIZAÇÃO, das condições das juntas, tubos,
proteção dos mesmos, níveis de declividade, observando-se o disposto no art. 36 da
NB-19.
Conforme art. 26 da referida norma, serão terminantemente vedadas as seguintes
aplicações de tubos :
a)
De aço galvanizado, em canalizações que conduzam efluentes de bacias
sanitárias ou mictórios.
100
b)
De chumbo, em canalizações que conduzam efluentes de bacias ou vasos
sanitários.
c)
De cerâmica vidrada ou concreto, em canalizações aparentes ou embutidas
em alvenarias ou concreto.
d)
De cimento-amianto, em canalizações sujeitas a choques ou vibrações.
As deflexões ou derivações das canalizações de ferro fundido ou de barro serão
executadas com conexões apropriadas.
Serão observadas as seguintes declividades mínimas :
a) Ramais de Descargas - 1% (um por cento)
b) Ramais de Esgotos e Subcoletores
De acordo com o quadro abaixo :
Diâmetro do Tubo
(mm)
100 ou menos
125
150
200
250 ou mais
Declividade
%
mm/m
1,00
1,00
0,70
0,50
0,40
10
10
07
05
04
As declividades indicadas no projeto serão consideradas como mínimas, devendo
ser procedida uma verificação geral do níveis, até a fossa séptica.
As juntas dos tubos de ferro fundido ou de barro serão cuidadosamente executadas,
de modo a evitar penetração de material das mesmas no interior dos tubos,
deixando saliências ou rebarbas que facilitem futuras obstruções.
Os coletores de esgotos serão assentes sobre leito de concreto, cuja espessura será
determinadas pela natureza do terreno.
Os tubos serão assentes com a bolsa voltada em sentido oposto ao do escoamento.
A instalação será dotada de todos os elementos de inspeção necessários.
O esgotamento dos bebedouros se fará de acordo com as indicações do fabricante
dos aparelhos.
1.24.2. Proteção e Verificação
101
As extremidades das tubulações serão vedadas, até a montagem dos aparelhos
sanitários, com bujões de rosca ou plugues, convenientemente apertados, sendo
vedado o emprego de buchas de papel ou madeira, para tal fim.
As canalizações serão submetidas à prova de estanqueidade a impermeabilidade,
conforme estatuído na NB-19.
1.24.3. Instalações De Esgotos
A instalação de esgotos compreendendo a execução de todo o serviço de captação
e escoamento dos refugos líquidos do prédio, com exceção das águas pluviais, será
realizada rigorosamente de acordo com as indicações do projeto respectivo.
O sistema de ventilação será constituído por colunas de ventilação, tubos
ventiladores primário e/ou secundário - e ramais de ventilação.
Na execução da instalação de esgotos da casa de química e guarita serão
empregados os materiais especificados no projeto.
Os ramais de ventilação serão ligados às respectivas colunas em pontos situados 15
(quinze) centímetros, no mínimo, acima do nível máximo de água do mais elevado
aparelho sanitário da peça.
A instalação, ademais, será dotada de todos os elementos de inspeção necessários.
1.24.4. Ralos
- Simples
. Os ralos simples serão dos tipos especificados em projeto.
. O somatório das seções dos furos das grelhas dos ralos será, no mínimo, igual a
uma vez e meia a seção do condutor ou ramal respectivo.
- Sifonados
. Os ralos sifonados, herméticos ou não (com grelha), serão dos tipos especificados
em projeto.
. Serão de PVC, sem emendas, com inspeção do tipo bujão e grade de segurança.
. Os ralos sifonados herméticos - com tampa cega - receberão bolsa de chumbo em
lençol.
1.24.5. Elementos de Inspeção
As caixas de gordura e de inspeção, quando não especificadas de modo diverso,
serão executadas em anéis de concreto, e receberão tampa de fechamento
hermético. As caixas de inspeção deverão ter um diâmetro interno mínimo de 60 cm
e, quando profundas, serão dotadas de escada.
102
As tampas das caixas de gordura ou de inspeção, localizadas no interior da casa de
química, receberão sobre-tampa de material idêntico ao das pavimentações
adjacentes.
As caixas sifonadas, caso necessário, serão de concreto e receberão tampa de
fechamento hermético, observado o disposto no item anterior.
1.24.6. Fossas e Sumidouros
Conforme projeto, padrão SANO ou similares.
1.24.7. Montagem de Aparelhos
Serão cuidadosamente montados - de forma a proporcionar perfeito funcionamento,
permitir fácil limpeza e remoção, bem como evitar a possibilidade de contaminação
de água potável.
1.24.8. Serviços Complementares
Serão executados pela CONTRATADA todos os serviços complementares da
instalação de Esgotos, tais como fechamento e recomposição de rasgos para
canalizações com as tampas de caixas de inspeção e de gordura e outros pequenos
trabalhos de arremate.
1.25.
INSTALAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS
1.25.1. Condições Gerais
Compreenderá os serviços e dispositivos a serem empregados para a captação e
escoamento, rápido e seguro, das águas das chuvas e será executada de acordo
com as prescrições abaixo.
Serão tomadas todas as precauções para se evitar infiltrações em paredes e tetos,
bem como obstrução de calhas, ralos, condutores, ramais ou redes coletoras.
1.25.2. Canaletas
As canaletas deverão apresentar declividade uniforme, orientadas para os pontos de
coleta.
A declividade mínima das calhas será a seguinte :
- Calhas de piso = 1,00%
Serão executadas em concreto simples ou tijolo maciço, com revestimento,
devidamente impermeabilizadas.
Serão protegidas por grelhas chapeadas, assentes sobre caixilhos de ferro.
103
1.25.3. Condutores
Das canaletas partirão condutores, localizados de acordo com o projeto, que
conduzirão as águas às caixas de areia.
1.25.4. Elementos de Inspeção
- Caixas de Areia
. Serão de alvenaria de tijolo maciço, ou de concreto ou constituída por anéis de
concreto pré-moldado, tampa de inspeção de fechamento, escada de marinheiro
para fácil limpeza.
. As tampas das caixas de areia, quando localizadas no interior da casa de química,
serão constituídas por grelhas conforme projeto.
1.25.5. Rede Coletora
Ramais
As águas pluviais captadas pelos condutores e ralos de piso serão levadas às caixas
de areia ou de visita.
Coletores Prediais
As águas pluviais captadas pelas caixas de areia ou de visita serão levadas à sarjeta
da rua ou a um emissário geral tributário da rede pública de águas pluviais ou a local
adequado, de acordo com a Fiscalização da CAGECE.
1.25.6. Rufos
Todas as concordâncias de telhados com paredes serão guarnecidas por rufos de
concreto à guisa de pingadeira, conforme mostrado em projeto.
1.25.7. Proteção e Verificação
Durante a execução das obras serão tomadas especiais precauções para evitar-se a
entrada de detritos nos condutores de águas pluviais.
Serão tomadas todas as precauções para se evitarem infiltrações em paredes e
tetos, bem como obstruções de canaletas,condutores, ramais de manilhas ou redes
coletoras.
104
Antes da entrega da obra, será
FISCALIZAÇÃO, toda a instalação.
1.26.
convenientemente
experimentada,
pela
INSTALAÇÃO DE BOMBAS
1.26.1. Condições Gerais
Obedecerá às indicações e características constantes do projeto de instalações
elétricas e hidráulicas e ao especificado no PROJETO.
O equipamento dos motores-bomba incluirá todos os dispositivos necessários à sua
perfeita proteção e acionamento : chaves térmicas, acessórios para comando
automático de bóia, etc.
As canalizações das instalações de bombas obedecerão ao prescrito nos Capítulos
correspondentes - Instalação de Água, Instalação de Esgotos, etc. - e serão dotadas
de todos os acessórios adequados : registros, válvulas de retenção e de pé, ralos
de crivo, etc.
Caso as canalizações de recalque sejam projetadas em ferro fundido, serão sempre
empregados tubos com flanges, rosqueados, válvulas de retenção, também com
flanges, vedação de bronze e registros de gaveta de ferro, com haste e guarnição de
bronze, com flanges.
Quando indicado em plantas, a ligação de duas bombas a uma única tubulação de
recalque, a instalação será efetuada de tal forma que, através de jogo de registros,
possa ser usada, indiferentemente, uma ou outra bomba, sem prejuízo para o
perfeito funcionamento das mesmas.
1.26.2. Serviços Complementares
À CONTRATADA caberão, igualmente, todos os serviços complementares de
instalação de bombas, inclusive ligações flexíveis das bombas às colunas de sucção
e de recalque, abrigo para as bombas, etc.
1.27.
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
A instalação elétrica do prédio, compreendendo as instalações de força, luz e outras,
abaixo indicadas, será executada rigorosamente de acordo com o respectivo projeto
e com as especificações que se seguem :
1.27.1. Condições Gerais:
Normas e Posturas
105
A instalação Elétrica deverá satisfazer às prescrições gerais da NB-3 e prescrições
da Companhia de Eletricidade de Fortaleza.
Condutos (tubulação)
- Deverão satisfazer ao especificado em projeto, sendo obrigatório o emprego de
eletrodutos em toda a instalação
- Todos os condutos correrão embutidos nas paredes e lajes ou em chaminés
falsas, intervalos de lajes e outros espaços adrede preparados.
- Os condutos serão instalados antes da concretagem, assentando-se trechos
horizontais sobre as armaduras das lajes. As partes verticais serão montadas
antes de executadas as alvenarias de tijolos.
- A instalação dos tubos será feita por meio de luvas e as ligações dos mesmos
com as caixas através de arruelas apropriadas, sendo todas as juntas vedadas
com adesivo "não secativo".
- Eletroduto de diâmetro igual ou superior a 25 mm levarão conexões curvas, préfabricadas, em todas as mudanças de direção. Os demais poderão ser curvados,
desde que as curvas não tenham raios inferiores a 6 (seis) vezes seu diâmetro.
- Serão descartados os tubos cuja curvatura tenha ocasionado fendas ou redução
de seção.
- Os tubos poderão ser cortados à serra, sendo porém escariados à lima para
remoção das rebarbas.
- A tubulação será instalada de modo a não formar cotovelos, apresentando,
outrossim, uma ligeira e contínua declividade para as caixas.
- Quando do emprego de tubos de cimento-amianto ou barro vidrado, haverá
particular esmero na vedação das juntas e rigorosa verificação das perfeitas
condições dos mesmos, após o assentamento.
Condutores (barramento e enfiação)
- Os condutores deverão satisfazer rigorosamente ao especificado em projeto.
- Os barramentos indicados no projeto serão constituídos por peças rígidas de
cobre eletrolítico nu, cujas diferentes fases serão caracterizadas por cores
convencionais: verde, amarelo, azul, ou outras, a critério da FISCALIZAÇÃO.
- A instalação dos condutores, sem prejuízo do estabelecimento no art. 48 da NB-3,
só poderá ser procedida, depois de executados os seguintes serviços:
a) Limpeza a secagem interna da tubulação, pela passagem de buchas
embebidas em verniz ou parafina.
b) Pavimentações que levem argamassa (cimentados, ladrilhos, tacos, marmorite,
etc.)
c) Telhados ou impermeabilizações de cobertura;
d) Assentamento de portas, janelas e vedações que impeçam a penetração de
chuva;
e) Revestimento de argamassa ou que levem argamassa.
-
A fim de facilitar a enfiação serão usados, como lubrificantes, talco, diatomita ou
pedra-sabão.
106
- O desencapamento dos fios, para emendas, será cuidadoso, só podendo ocorrer
nas caixas. Os fios serão limpos e revestidos com fita adesiva ou isolante.
Caixas
- Serão empregadas de acordo com o seguinte:
a) Octogonais de fundo móvel - para centros de luz.
b) Octogonais de 75x75mm (3"x3"), nos extremos dos ramais de distribuição
c) Quadradas, de 100x100mm (4"x4"), quando o número de interruptores ou
tomadas exceda 3 (três), ou quando usadas para caixas de passagem.
d) Retangulares, de 50x100mm (2"x4"), para conjunto de interruptores ou tomadas
igual ou inferior a 3 (três)
e) Retangulares, de 100x200mm (4"x8"), de fabricação especial, para pisos,
compartimentos separados, para tomadas de luz ou telefone.
f) Especiais, em chapa nº 16, no mínimo, de aço zincado, com pintura anti-oxidante
e isolante, com tampa lisa e aparafusada e nas dimensões indicadas no projeto.
- As caixas embutidas nas lajes serão firmemente fixadas nos moldes.
- Só poderão ser abertos os olhais destinados a receber ligações de eletrodutos.
- As caixas embutidas nas paredes deverão facear o parâmetro da alvenaria - de
modo a não resultar excessiva profundidade depois de concluído o revestimento e serão niveladas e aprumadas.
- As alturas das caixas em relação ao piso acabado serão as seguintes :
a) Interruptores e botões de campainha (bordo superior da caixa) - 1,10m
b) Tomadas baixas, quando não indicadas nos rodapés ou em locais úmidos (bordo
inferior da caixa) - 0,20m
c) Tomadas em locais úmidos (bordos inferior da caixa) - 0,80m
d) Caixas de passagem (bordo inferior da caixa) 0 - 0,20m
- As caixas de arandelas e de tomadas altas serão instaladas de acordo com as
indicações do projeto ou, se este for omisso, em posição adequada, a critério da
FISCALIZAÇÃO.
- As caixas de interruptores, quando próximas de alizares, serão localizadas a, no
mínimo, 0,10m dos mesmos.
- As diferentes caixas de uma mesma sala serão perfeitamente alinhadas e
dispostas de forma a não apresentarem discrepâncias sensíveis no seu conjunto.
- Os pontos de luz dos tetos serão rigorosamente centrados ou alinhados nas
respectivas salas.
Quadros
- O nível dos quadros de distribuição será regulado por suas dimensões e pela
comodidade de operação das chaves ou inspeção dos instrumentos, não
devendo, de qualquer modo, ter o bordo inferior a menos de 0,50m do piso
acabado.
107
- A profundidade será regulada pela espessura do revestimento previsto para o
local, contra o qual deverão ser assentes os alizeres das caixas.
1.27.2. Proteção e Verificação
Todas as extremidades livres dos tubos serão, antes da concretagem e durante a
construção, convenientemente obturadas, a fim de evitar a penetração de detritos e
umidade.
A tubulação não terá solução de continuidade e será ligada à "terra" de modo a não
apresentar resistência inferior a 20 omhs, em qualquer ponto da rede.
Quando concluída, a enfiação deverá apresentar uma resistência de isolamento
mínima de 100 megaohms, entre condutores e entre estes a terra, não devendo a
mesma baixar aquem de 2 megaohms, com equipamento instalado.
1.27.3. Serviços Complementares
A CONTRATADA executará os trabalhos complementares ou correlatos da
instalação elétrica, tais como: preparo, fechamento de recintos para cabinas e
medidores, abertura e recomposição de rasgos para condutos e canalizações, bem
como todos os arremates decorrentes da execução das instalações elétricas.
1.28.
EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS
1.28.1. Condições Gerais
Os aparelhos sanitários, equipamentos afins e respectivos pertences e peças
complementares serão fornecidos e instalados pela CONTRATADA, com o maior
apuro e de acordo com o disposto nos Capítulos 25 e 31 e indicações dos projetos
de instalações hidráulicas.
Salvo especificação em contrário, os aparelhos serão de grês porcelânico branco e
os metais cromados, acabamento brilhante.
O perfeito estado dos materiais empregados será verificado pela CONTRATADA,
antes de seu assentamento.
1.28.2. Grupamento
Os aparelhos estão agrupados conforme a seguir:
Aparelhos/Peças Principais
Vaso Sanitário
Acessórios/Peças Complementares
Tampo, válvulas de fluxo ou caixa de descarga, portapapel e cabide alto (para vaso isolado).
108
Mictório
Válvula de
intermitente.
Chuveiro
Saboneteira de embutir e cabide alto.
Pia
Banca, respingadouro, saboneteira de embutir e sifão
cromado.
Lavatório
descarga
ou
caixa
de
descarga
Espelho, porta-toalhas de rolo ou distribuição de
papel (por unidade ou nas extremidades de cada
conjunto), saboneteira (por unidade) ou (n-1)
unidades para conjunto de (n) unidades e sifão
cromado.
1.28.3. Posições Relativas
As posições relativas das diferentes peças sanitárias serão para cada caso,
resolvidas na obra pela FISCALIZAÇÃO, devendo contudo, orientar-se pelas
indicações gerais constantes dos desenhos do projeto e pelo seguinte, tomando-se
por base azulejos de 150 x 150mm.
As peças de embutir coincidirão sempre com um azulejo certo, ficando por cima do
fecho de meio azulejo, quando sua altura for inferior a um azulejo inteiro.
Os porta papéis de embutir serão colocados:
a) Na 5a fiada horizontal de azulejos, a contar do piso.
b) Na 4a fiada vertical da parede lateral, a contar do canto, quando o eixo do vaso
sanitário distar menos de 5 fiadas, desse canto.
c) Na 4a fiada vertical da parede do fundo, a contar do eixo do vaso, quando este
distar mais de 5 fiadas da parede lateral.
As saboneteiras de chuveiros ficarão na 9a fiada horizontal, ou, para revestimento de
menos de 9 fiadas, na fiada imediatamente abaixo da dos azulejos terminais.
As saboneteiras de pias e bancas ficarão na 2a fiada inteira acima da banca ou,
quando a banca tiver respingadouro, na fiada imediatamente acima deste.
Os cabides, quando de embutir, ficarão na 10a fiada de azulejos, ou quando o nível
deste for mais baixo, na fiada imediatamente abaixo da de terminais.
Os cabides de ferro esmaltado ficarão com o gancho inferior a cerca de 1,75 m do
piso.
Os porta-toalhas de lavatórios deverão ficar mais ou menos no nível da borda
destes, na 5a fiada horizontal.
109
Os espelhos de lavatório terão 0,45 m no mínimo, de altura e ficarão com o bordo
inferior distante de 1,20 a 1,30 m do piso.
Os lavatórios serão colocados com a borda externa da bacia a 0,80 m do piso
acabado e de modo a permitir uma folga de 4mm em relação à parede acabada.
Os crivos de chuveiros ficarão a 1,90 m, no mínimo, do piso acabado, devendo ser
levada em conta as diferenças de dimensões entre os diversos tipos.
As torneiras para lavagem serão colocadas a cerca de 0,60 m do piso acabado.
Os mictórios de parede terão o bordo a 0,55 m do piso acabado.
Os septos para mictórios medirão, no mínimo, 0,40 x 0,80 m (largura x altura) e
terão o bordo inferior a 0,50 m do piso acabado.
1.29.
INSTALAÇÕES DE PÁRA-RAIOS
1.29.1. Projetos e Normas
O projeto da instalação de pára-raios integra-se no de instalação elétrica, referido no
capítulo 30, retro.
A instalação deverá satisfazer ao art.29 da NB-3 e aos detalhes do projeto.
1.30.
ARMÁRIOS DE MADEIRA E FÓRMICA
1.30.1. Generalidades
A execução dos armários obedecerá em geral ao especificado para as esquadrias
de madeira, naquilo que couber (ver item 23.2), bem como os desenhos de projeto.
O revestimento será com laminado melamínico.
1.30.2. Revestimento de Madeira com Laminado Melamínico
As chapas serão de 1a qualidade e deverão ser armazenadas na obra - de
preferência no próprio cômodo em que serão aplicadas - 48 a 60 horas antes de sua
aplicação.
As chapas serão estocadas intercaladas com ripas de 20 x 20mm de seção, de
modo a permitir a livre circulação de ar entre as mesmas.
As chapas serão cuidadosamente cortadas com o emprego de serra circular (lâmina
de 60 a 80 dentes calcados com metal duro), ou riscador apropriado.
110
As bordas de corte deverão se apresentar retas, lisas e sem quaisquer
irregularidades.
As placas serão coladas sobre a madeira, a qual deverá se apresentar bem
desempenado sem saliências ou reentrâncias e isento de manchas, poeira, graxa,
óleo ou quaisquer outras impurezas porventura existentes no momento da aplicação.
A colagem da chapa será efetuada após a limpeza completa com solvente
apropriado, da face secundária da chapa e posterior aplicação sobre a mesma, com
espátula, de uma camada lisa, uniforme e de espessura adequada, de adesivo.
Igual tratamento - e no mesmo momento -, deverá ser aplicado às superfícies de
madeira a serem revestidas. Só deverá ser untada com cola a área correspondente
à placa a ser colocada.
Decorrido o tempo de secagem recomendado pelo fabricante da cola, a chapa será
cuidadosamente colocada sobre a superfície da madeira.
Partindo-se do centro para a extremidade das chapas, aplicar-se-á, então, uma
pressão instantânea, com rolete manual, sobre toda a área da placa, de modo a
expulsar todo o ar existente entre ela e a superfície de madeira. Nas bordas, ou
onde julgado necessário, a operação deverá ser completada com emprego de
martelo de borracha.
A primeira placa deverá ser perfeitamente colocada, a fim de servir de guia para o
correto alinhamento das placas subsequentes.
Serão adotadas precauções especiais contra o levantamento de poeira no decorrer
dos trabalhos.
1.31.
SERVIÇOS GERAIS COMPLEMENTARES
1.31.1. Reposições
A Contratada deverá proceder às diversas reposições, reconstruções e reparos de
qualquer natureza, empregando todos os meios e recursos (pessoal, material,
equipamento e boa técnica) aptos a tornar o executado melhor ou, no mínimo, igual
à obra removida, demolida ou rompida.
-Recomposição dos Pavimentos das Ruas ou Acessos
A recomposição das superfícies das ruas dever ser realizada de modo a reconstruir
a camada asfáltica da forma mais aproximada possível da camada original. O
projeto dessa recomposição deverá ser previamente apresentado à Fiscalização
para aprovação;
Nos eventuais recalques de camadas de aterro, proceder-se-á ao tratamento das
superfícies, por imprimação, ou de outra forma, de modo a permitir sua utilização,
111
sem comprometer a estrutura ou tubulação subterrânea, devendo ser posteriormente
concluída a recomposição;
- Sempre deverão ser obedecidas as normas da SOSP/GDF para cortes e aterros
de valas em pistas e calçadas.
- Recomposição de Dutos e Tubulações Diversos
Na recomposição de dutos e tubulações diversos, a Contratante deverá observar o
que segue:
- Para a recomposição de tubulações e respectivas obras complementares de
redes de água e esgoto, obedecer-se-á às normas e especificações adotadas
pela CAGECE;
- Para a reposição de tubulações e respectivas obras complementares de redes de
águas pluviais, serão adotadas as normas e especificações da Secretaria de
Obras e Serviços Públicos do GDF - SOSP/GDF;
- Para a reposição das demais tubulações de utilidades públicas, serão cumpridas
pela Contratada as instruções para cada tipo, provindas das companhias
concessionárias e da Fiscalização.
1.31.2. Execução e Assentamento de Meio-Fio Reto
Os meios-fios de concreto pré-moldados serão fabricados com cimento Portland,
areia e pedregulho, ou pedra britada.
Os materiais constituintes deverão obedecer às normas da ABNT pertinentes.
Os meios-fios deverão apresentar as seguintes dimensões:
-Comprimento (cm) = 100 +- 2;
-Altura
(cm) = 30 +- 1;
-Base
(cm) = 15 +- 0,5;
-Piso
(cm) = 13 +- 0,5;
- A redução da espessura do meio-fio, de 15 cm na base para 13 cm no piso,
deverá ser feita nos 15 cm superiores, na face lateral aparente ou espelho;
- A aresta formada pelo piso e pelo espelho será arredondada, inscrevendo-se um
arco de 3 cm de raio.
Os meios-fios de concreto deverão apresentar as superfícies aparentes lisas, bem
como ser isentos de fendilhamentos. Uma régua apoiada ao longo do piso e em toda
a extensão não poderá acusar flecha superior a 4 mm.
O concreto para fabricação deverá apresentar uma resistência mínima de 30 MPa
no ensaio de compressão simples, a 28 dias de idade.
112
O assentamento dos meios-fios de concreto consistirá dos seguintes serviços:
-Execução de base de concreto;
-Assentamento de meios-fios;
-Encostamento de terra.
Os meios-fios serão assentes sobre base de concreto pobre, traço 1:4:8, largura de
30 cm e espessura uniforme de 10 cm.
O concreto deverá ter consistência suficiente para assegurar aos meios-fios um
assentamento estável, ainda antes do endurecimento.
O concreto deverá ser contido lateralmente por meio de fôrmas de madeira,
assentadas em conformidade com os alinhamentos e perfis do projeto.
Depois de umedecer ligeiramente o terreno de fundação, o concreto deverá ser
lançado e apiloado convenientemente, de modo a não deixar vazios.
O assentamento dos meios-fios deverá ser feito antes de decorrida uma hora do
lançamento do concreto da base.
Os meios-fios serão escorados, nas juntas, por meio de blocos de concreto (bolas).
As juntas serão tomadas com argamassa de cimento e areia de traço 1:3. A face
exposta da junta será dividida ao meio por um friso de aproximadamente 3 mm de
diâmetro, normal ao plano do piso.
A faixa de 1 (um) metro, contígua aos meios-fios, deverá ser aterrada com material
de boa qualidade.
O aterro dever ser feito em camadas paralelas de 15 cm, compactadas com
soquetes manuais com peso mínimo de 10 kg e seção não superior a 20 x 20 cm.
1.31.3. Drenagem de Águas Pluviais
A tubulação será de concreto armado, de ponta e bolsa, juntas tomadas com
argamassa de cimento e areia, classe CA-2, obedecendo às disposições prescritas
na norma EB-103 da ABNT.
Os poços de visita, bocas-de-lobo e/ou grelhas deverão ser locados nos pontos
indicados no projeto executivo e executados conforme detalhes inclusos no mesmo.
1.31.4. Plantio de Grama em Placas
O terreno deverá ser preparado com solo sílico-argiloso, com espessura de 0,20 m
e perfeitamente nivelado, incorporando-se a esse solo, durante o nivelamento,
adubo orgânico, mineral ou químico.
113
Para adubação orgânica, deverão ser utilizados 50 l de adubo de industrialização, do
liso, por metro quadrado de área; ou 20 l por metro quadrado de adubo mineral de
estrume curtido de curral; ou, ainda, adubo químico, na proporção de 100 g de
adubo por metro quadrado a ser plantado.
O adubo químico deverá ter em sua composição o NPK 6-10-6.
A grama do tipo Paspallum notatum (Batatais) deverá
ser fornecida pela
Contratada, em placas que serão colocadas justapostas na superfície do solo
adubado e nivelado.
Após sua colocação, as placas de grama deverão ser compactadas com rolo
compressor de, no máximo, 1 t.
Após essa operação, as placas deverão ser cobertas por uma camada de solo
argiloso, com 1 ou 2 cm de espessura.
Decorridos três meses de execução dos serviços, a Contratada deverá providenciar
o corte do gramado, substituindo as placas de grama que não vicejarem.
Serão rejeitadas as placas de grama que contiverem pragas (ervas daninhas) ou
doenças.
1.31.5. Limpeza da Obra
Após a conclusão dos trabalhos de construção e de montagem, caberá à Contratada
remover do local da obra e depositar em local adequado todo o entulho, tapumes,
barracões, instalações provisórias, sobras de materiais, equipamentos e outros.
Toda a área afetada pelas obras deverá ser restituída às condições iniciais, de
modo a eliminar todo o vestígio dos serviços de construção.
1.32.
PAVIMENTAÇÃO ASFALTICA
1.32.1. Generalidades
Este item apresenta as especificações básicas, para execução da pavimentação
asfáltica das pistas e estacionamentos, indicadas no projeto.
Caberá a Contratada, antes da execução dos serviços de pavimentação asfáltica,
apresentar um projeto, para aprovação pela fiscalização da CAGECE, definindo as
cotas e materiais a serem empregados que deverão, entretanto, obedecer as cotas
de greides acabados, indicados nos projetos de arquitetura e/ou terraplanagem, bem
como observar as especificações a seguir
114
1.32.2. Regularização do Subleito
Generalidades
Entende-se por regularização do subleito, para efeitos destas especificações, a
operação destinada a conformar o leito estradal, quando necessário, transversal e
longitudinalmente, compreendendo cortes ou aterros até 20cm de espessura. O que
exceder a 20cm será considerado como terraplenagem.
A regularização é uma operação que será executada prévia e isoladamente da
construção de outra camada do pavimento.
Materiais
Os materiais empregados na regularização do subleito serão os do próprio subleito.
No caso de substituição ou adição de material. estes deverão ter um diâmetro
máximo de partícula igual ou inferior a 76mm; um índice de suporte Califórnia,
determinado com a energia do método DNER-ME 47-64, igual ou superior ao do
material considerado no dimensionamento do pavimento, e expansão inferior a 2%.
Execução
Toda a vegetação e material orgânico, porventura existentes no leito da rodovia,
serão removidos.
Após a execução de cortes e adição de material necessário para atingir o greide de
projeto, proceder-se-á a uma escarificação geral na profundidade de 20cm, seguida
de pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento.
Os aterros, além dos 20 cm máximos previstos, serão executados de acordo com as
especificações de terraplenagem.
No caso de cortes em rocha, deverá ser previsto o rebaixamento em profundidades
adequadas, com substituição por material granular apropriado. Neste caso,
proceder-se-á a regularização pela maneira já descrita.
O grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100% em relação a massa
específica aparente seca, máxima, obtida no ensaio DNER-ME 47-64, e o teor de
umidade deverá ser a umidade ótima do ensaio citado +/- 2%.
1.32.3. Aterros
Generalidades
Entende-se como aterro, para efeito destas especificações, todo depósito de
materiais, quer provenientes de cortes, quer de empréstimos, para a regularização
do leito nas cotas previstas em projeto.
115
As operações de aterro compreendem:
- Descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração, e compactação
dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo do
aterro, até 0,60 m abaixo da cota correspondente ao greide da terraplenagem. As
condições a serem obedecidas para a compactação serão objeto do item
Execução.
- Descarga, espalhamento, homogeneização, conveniente umedecimento ou
aeração, e compactação dos materiais selecionados oriundos de cortes ou
empréstimos, para a construção da camada final do aterro até a cota
correspondente ao greide da terraplenagem. As condições a serem obedecidas
para a compactação serão objeto do item Execução.
- Descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração, e compactação
dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, destinados a substituir
eventualmente materiais de qualidade inferior, previamente retirados, a fim de
melhorar as fundações dos aterros.
Materiais
Os materiais de aterro deverão ser selecionados dentre os de 1 a, 2a categorias,
atendendo a qualidade e a destinação prevista no projeto.
Os solos para os aterros provirão de empréstimos ou escavação da própria obra,
devidamente selecionados.
Os solos para os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas, micácea e
diatomácea. Turfas e argilas orgânicas não devem ser empregadas.
Na execução dos aterros não será permitido o uso de solos que tenham baixa
capacidade de suporte e expansão maior do que 4%.
A camada final dos aterros deverá ser constituída de solos selecionados, entre os
melhores disponíveis. Não será permitido uso de solos com expansão maior que
2%.
Em regiões onde houver ocorrência de materiais rochosos, na falta de outros
materiais, admitir-se-á, desde que haja autorização da Fiscalização, o emprego
destes, desde que satisfeitas as condições descritas no item Execução.
Execução
A execução dos aterros será precedida dos serviços de desmatamento,
destocamento e limpeza.
116
A primeira camada do aterro deverá ser de material granular permeável, a qual
atuará como dreno para as águas de infiltração no aterro.
No caso de aterros assentes sobre encostas com inclinação transversal acentuada,
as encostas naturais deverão ser escarificadas com um trator de lâmina, produzindo
ranhuras, acompanhando as curvas de nível. Se a natureza do solo condicionar a
adoção de medidas especiais para a solidarização do aterro ao terreno natural, a
Fiscalização poderá exigir a execução de degraus ao longo da área a ser aterrada.
O lançamento do material dos aterros deve ser feito em camadas sucessivas, em
toda a largura da seção transversal, e em extensões tais que permitam seu
umedecimento e compactação. Para o corpo dos aterros, a espessura da camada
compactada não deverá ultrapassar de 0,30 m. Para as camadas finais essa
espessura não deverá ultrapassar de 0,20 m.
Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas. Para o corpo dos
aterros, deverão sê-lo na umidade ótima, mais ou menos 3%, até se obter a massa
específica aparente seca correspondente a 95% da massa específica aparente
máxima seca, do ensaio DNER-ME 47-64. Para as camadas finais, aquela massa
específica aparente seca deve corresponder a 100% da massa específica aparente
máxima seca, do referido ensaio. Os trechos que não atingirem as condições
mínimas de compactação e máxima de espessura deverão ser escarificados,
homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente compactados, de
acordo com a massa específica aparente seca exigida.
A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá ser procedida a sua
conveniente drenagem e obras de proteção, mediante a plantação de gramíneas,
com o objetivo de diminuir o efeito erosivo da água.
Durante a construção, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa
conformação e permanente drenagem superficial.
1.32.4. Base
Lateríticos
Estabilizada
Granulometricamente
com
utilização
de
Solos
Generalidades
As bases serão granulares constituídas de solos lateríticos. Esses solos podem ser
empregados como se encontram “in natura”, ou beneficiados por um ou mais dos
seguintes processos:
- mistura com outros solos;
- rolagem e desagregação na pista;
- peneiramento, com ou sem lavagem;
- britagem.
Para fins desta especificação, admitir-se-á o valor de expansão até 0,5%, medida no
ensaio ISC, DNER-ME 49-74.
117
Materiais
As bases poderão ser com materiais que preencham os seguintes requisitos:
a) O índice de Suporte Califórnia (ISC) deverá obedecer aos seguintes valores,
relacionados ao número N de operações do eixo padrão de 8,2 t:
ISC >ou = 60% para N < ou = 5 x 106
ISC >ou = 80% para N >5 x 106
b) Os materiais deverão apresentar:
LL < ou = 40% e IP < ou = 15%
c) Os solos lateríticos com IP > 15% poderão ser usados em misturas com outros
materiais de IP < ou = 6%, satisfazendo a mistura resultante aos seguintes
requisitos:
LL < ou = 40% e IP < ou = 15%
d) O agregado retido na peneira de 2mm deve ser constituído de partículas duras e
duráveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de matéria
vegetal ou outra substância prejudicial e apresentando valores de abrasão “Los
Angeles” menores ou iguais a 65%.
e) os materiais devem satisfazer a seguinte faixa granulométrica em peso, por cento:
PENEIRAS
1”
3/8”
Nº 4
Nº 10
Nº 40
Nº 200
FAIXA (%)
100
60-95
30-85
15-60
10-45
5-30
Execução
Compreende as operações de espalhamento, mistura e pulverização, umedecimento
ou secagem, compactação e acabamento dos materiais importados, realizados na
pista devidamente preparada na largura desejada, nas quantidades que permitam,
após compactação, atingir a espessura projetada.
A compactação será executada com o teor de umidade dentro dos limites para os
quais se verifica o valor mínimo do ISC especificado pelo projeto.
118
O grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100% em relação à massa
específica aparente, seca, máxima, obtida segundo o método adotado.
1.32.5. Sub-Base Estabilizada Granulometricamente com utilização de Solos
Lateríticos
Generalidades
As sub-bases serão granulares constituídas de solos lateríticos. Esses solos podem
ser empregados como se encontram “in natura”, ou beneficiados por um ou mais dos
seguintes processos:
- mistura com outros solos;
- rolagem e desagregação na pista;
- peneiramento, com ou sem lavagem;
- britagem.
Para fins desta especificação, admitir-se-á o valor de expansão até 0,5%, medida no
ensaio ISC, DNER-ME 49-74.
Materiais
Os materiais a serem empregados em sub-base devem apresentar um índice de
suporte Califórnia igual ou superior a 20%.
O agregado retido na peneira de 2mm deve ser constituído de partículas duras e
duráveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de matéria
vegetal ou outra substância prejudicial.
Execução
Compreende as operações de espalhamento, mistura e pulverização, umedecimento
ou secagem, compactação e acabamento dos materiais importados, realizados na
pista devidamente preparada na largura desejada, nas quantidades que permitam,
após compactação, atingir a espessura projetada.
A espessura mínima da camada de sub-base será de 10 cm após a compactação.
O grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100% em relação à massa
específica aparente, seca, máxima, obtida segundo o método adotado.
1.32.6. Imprimação
Generalidades
119
Consiste a imprimação na aplicação de uma camada de material betuminoso sobre
a superfície da base concluída, antes da execução do revestimento betuminoso,
objetivando:
a) aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do material
betuminoso empregado;
b) promover condições de aderência entre a base e o revestimento;
c) impermeabilizar a base.
Materiais
Podem ser empregados asfalto diluído, tipo CM-0, CM-1 e CM-2 e alcatrão tipos
AP-2 e AP-6.
A escolha do material betuminoso adequado deverá ser feita em função da textura
do material de base.
A taxa de aplicação é aquela que pode ser absorvida pela base em 24 horas,
devendo ser determinado experimentalmente no canteiro de obra. A taxa de
aplicação varia de 0,8 a 1,6 l/m 2, conforme o tipo e textura da base e do material
betuminoso escolhido.
Execução
Após a perfeita conformação geométrica da base, proceder-se-á à varredura de sua
superfície. de modo a eliminar o pó e o material solto existentes.
Aplica-se, a seguir, o material betuminoso adequado, na temperatura compatível
com o seu tipo, na quantidade certa e da maneira mais uniforme. O material
betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente estiver abaixo
de 10oC, ou em dias de chuva, ou quando esta estiver eminente.
A temperatura de aplicação do material betuminoso deve ser fixada para cada tipo
de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. Deve ser escolhida a
temperatura que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento.
Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la sempre
que possível, fechada ao trânsito. Quando isto não for possível, trabalhar-se-á em
meia pista, fazendo-se a imprimação da adjacente, assim que a primeira tiver
permitida a sua abertura ao trânsito.
A fim de evitar a superposição, ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações,
devem-se colocar faixas de papel transversalmente, na pista, de modo que o início e
o término da aplicação do material betuminoso situem-se sobre essas faixas, as
quais serão, a seguir retiradas. Qualquer falha na aplicação do material betuminoso
deve ser imediatamente corrigida. Na ocasião da aplicação do material betuminoso,
a base deve se encontrar levemente úmida.
120
1.32.7. Revestimento com Concreto Betuminoso
Generalidades
Concreto betuminoso é o revestimento flexível, resultante da mistura a quente, em
usina apropriada, de agregado mineral graúdo, material de enchimento (filler) e
material betuminoso, espalhada e comprimida a quente.
Sobre a base imprimada, a mistura será espalhada de modo a apresentar, quando
comprimida uma espessura mínima de 3 cm.
Material Betuminoso
Podem ser empregados os seguintes materiais betuminosos: Cimentos asfálticos de
penetração 50/60, 85/60 e 100/60 ou, Alcatrão tipo AP-12.
Agregado Graúdo
O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória britada, seixo rolado, britado
não. O agregado graúdo deve se constituir de fragmentos sãos, duráveis, livres
torrões de argila e substâncias nocivas. O valor máximo tolerado, no ensaio
desgaste Los Angeles, é de 50%. Deve apresentar boa adesividade, e o índice
forma não deve ser inferior a 0,5.
ou
de
de
de
Agregado Miúdo
O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas
partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade,
livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar u m
equivalente de areia igual ou superior a 55%.
Material de Enchimento (filler)
Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, inertes em relação
aos demais componentes da mistura, não plásticos, tais como cimento Portland, cal
extinta, pós calcários, etc., que atendam à seguinte granulometria:
PENEIRAS
Nº 40
Nº 80
Nº 200
(%) MÍNIMA
PASSANDO
100
95
65
Quando da aplicação, deverá estar seco e isento de grumos.
Composição da Mistura
121
A composição da mistura do concreto betuminoso deve satisfazer os requisitos do
quadro seguinte:
PENEIRAS
1”
½”
3/8”
Nº 10
Nº 40
Nº 80
Nº 200
(%) PASSANDO EM
PESO
100
85-100
75-100
50-85
30-75
15-40
8-30
5-10
Betume Solúvel CS2(+) % 4,5-9,0
A percentagem de betume se refere à mistura de agregados, considerada como
100%. A fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4%
do total.
A curva granulométrica poderá apresentar as seguintes tolerâncias máximas:
PENEIRAS
3/8”- 3/4”
N 40 - N0 4
NO 80
NO 200
O
(%) PASSANDO EM
PESO
+ ou - 7
+ ou - 5
+ ou - 3
+ ou - 2
Execução
Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do
revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou,
ainda, ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deverá ser feita
uma pintura de ligação.
A temperatura de aplicação do concreto asfáltico deve ser determinada para cada
tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade.
A mistura de concreto betuminoso deve ser preparada em suína apropriada, e
transportada ao ponto de aplicação em caminhões basculantes também
apropriados.
A mistura do concreto betuminoso deve ser distribuída somente quando a
temperatura ambiente se encontrar acima de 10oC, e com tempo não chuvoso.
A distribuição do concreto betuminoso deve ser feita por máquinas acabadoras.
122
Quando o espalhamento do concreto betuminoso for manual, este deverá ser
efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.
Imediatamente após a distribuição do concreto betuminoso, tem início a rolagem.
Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura
betuminosa possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada
caso.
A temperatura recomendável, para a compressão da mistura, e aquela na qual o
ligante apresenta uma viscosidade Saybolt-Furol, de 140 + ou - 15 segundos, para o
cimento asfáltico ou uma viscosidade específica, Engler, de 40 + ou - 5, para o
alcatrão.
Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem
com baixa pressão, a qual será aumentada à medida que a mistura for sendo
compactada, e, conseqüentemente, suportando pressões mais elevadas.
A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em
direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão
deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo
deve ser recoberta, na seguinte, de, pelo menos, a metade da largura rolada. Em
qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja
atingida a compactação especificada.
Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas
de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recémrolado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar
a aderência da mistura.
Os revestimentos recém-acabados deverão ser mantidos sem trânsito,. até seu
completo resfriamento.
1.33.
RECEBIMENTO DAS OBRAS
O termo de Recebimento Definitivo das Obras e serviços contratados será lavrado
trinta dias após terem sido atendidas todas as reclamações da Fiscalização
referentes a defeitos ou imperfeições que venham a ser verificadas em qualquer
elemento das obras e serviços executados, e se estiverem solucionadas todas as
reclamações porventura feitas quanto à falta de pagamento a operários ou a
fornecedores de materiais e prestadores de serviços empregados na edificação.
O termo de Recebimento Definitivo será lavrado em três vias de igual teor,
assinadas por um representante da Contratante pela Contratada.
As duas primeiras vias ficarão em poder da Contratante destinando-se a terceira à
Contratada.
123
Este termo de Recebimento Definitivo deverá conter formal declaração de que o
prazo mencionado no artigo 1.245 do Código Civil será contado, em qualquer
hipótese, a partir da data desse mesmo termo.
1.34.
SERVIÇOS COMPLEMENTARES
1.34.1. Condições Gerais
Esta especificação apresenta as condições técnicas necessárias ao
desenvolvimento de serviços complementares destinados a garantir a adequada
implantação e o posterior funcionamento das instalações, e propiciar à CAGECE e a
seus técnicos as condições necessárias à operação adequada da ETA Contagem.
Os serviços objeto desta especificação, compreendem:
−
−
−
−
−
Assessoria Técnica à Obra pela Equipe de Projeto
Elaboração do Manual de Operação e Manutenção
Pré Operação da ETA
Treinamento dos Técnicos da CAGECE
Treinamento dos Técnicos da CAGECE na Operação de Equipamentos
1.34.2. Assessoria Técnica à Obra pela Equipe de Projeto
A Contratada deverá, durante a fase de execução das obras, nos últimos 12 (doze)
meses, contar com os serviços de assessoria e consultoria da equipe responsável
pela elaboração do projeto das instalações, conforme venha a ser solicitado pela
Fiscalização.
Esta assessoria compreenderá a visita periódica às obras do consultor responsável
pela concepção dos processos de tratamento, e por engenheiros (sênior)
especializados da projetista, arcando a Contratada com todos os custos inerentes,
incluindo-se remuneração dos profissionais, despesas de viagem e estadia, além de
outros custos eventuais.
A participação dos referidos técnicos no período em questão, está estimada, em
princípio, como se segue:
A participação dos referidos técnicos no período em questão, está estimada, em
princípio, como se segue:
− Consultor: visitas bimestrais com permanência de 3 (três) dias
− Engenheiros: visitas mensais com permanência de 2 (dois) dias
1.34.3. Elaboração do Manual de Operação e Manutenção da ETA
A Contratada deverá elaborar e entregar à CAGECE, antes do início das atividades
de treinamento dos seus técnicos, um manual de operação e manutenção, que, em
conjunto com manual do sistema digital de supervisão e controle a ser elaborado
124
pelo fornecedor do sistema, venha a dotar a operação de documentos que permitam
a adequada operação e conservação das instalações de tratamento.
O manual a ser elaborado compreenderá todas as unidades de tratamento e seus
respectivos equipamentos, e deverá contemplar de maneira detalhada todos os
procedimentos a serem adotados em cada operação unitária dos processos de
tratamento e dosagem, assim como os testes e ensaios a serem rotineiramente
executados pelas equipes operacional e de manutenção.
Este documento deverá também ser ilustrado com figuras, desenhos, e fluxogramas
que possibilitem a melhor compreensão dos procedimentos recomendados.
O documento deverá ser submetido à Fiscalização para aprovação em 3 (três) vias
impressas, e, em sua emissão final, deverá ser entregue em 3 (três) vias impressas
conjuntamente com os arquivos magnéticos correspondentes.
1.34.4. Pré-operação da ETE
Após a conclusão das obras, a Contratada será responsável pela operação da
estação por período de 2 (três) meses, durante o qual avaliar-se-á o adequado
funcionamento das instalações antes de sua entrega definitiva á CAGECE.
Esta operação será feita conjuntamente com a equipe operacional da CAGECE, que
fornecerá os seus operadores e laboratoristas, devendo a Contratada manter à
disposição durante todo o período de uma equipe para atender às eventuais
necessidades de se executar reparos, substituições de peças e equipamentos, e
outras providências que se fizerem necessárias.
A equipe mínima a ser alocada para esta atividade deverá estar constituída por:
−
−
−
−
−
−
Engenheiro Chefe da Obra
Engenheiro Mecânico (1)
Engenheiro Eletricista (1)
Técnico Civil (1)
Técnico Mecânico (1)
Técnico Elétrico (1)
1.34.5. Treinamento dos Técnicos da CAGECE
A Contratada deverá promover cursos de treinamento para os técnicos da CAGECE,
destinados a instruí-los nos procedimentos operacionais das novas instalações.
Estes cursos deverão ser realizados nas instalações da CAGECE, devendo a
Contratada arcar com todos os custos inerentes à sua realização, incluindo-se
despesas de remuneração e estadia dos professores, equipamentos, material
gráfico e outros.
125
A equipe de professores a ser alocada deverá ser previamente submetida à
aprovação da Fiscalização.
Eventuais testes e ensaios de laboratório necessários poderão ser efetuados nas
próprias instalações da CAGECE que disponibilizará os equipamentos, materiais,
reagentes e pessoal especializado para esta finalidade.
Objetivando minimizar os problemas decorrentes da realização dos cursos
simultaneamente com a operação da unidade de tratamento, será necessário dividir
os “alunos” em turmas distintas.
Para tanto, os cursos deverão ser ministrados em 2 (duas) turmas de 10 (dez)
alunos, com duração de 5 (cinco) dias cada.
1.34.6. Treinamento dos Técnicos da CAGECE na Operação de Equipamentos
Tendo em vista a diversidade de novos equipamentos a serem implantados na
estação, serão necessário familiarizar os técnicos da CAGECE na sua operação.
Para tanto a Contratada deverá incluir nos custos de instalação destes
equipamentos, todas as despesas necessária para que técnicos das empresas
fornecedoras dos mesmos ministrem cursos específicos de treinamento para a
equipe operacional da CAGECE.
Estes cursos, em cada caso, deverão ser ministrados para 2 (duas) turmas
separadamente, com duração de 5 (cinco) dias cada.
Estes cursos deverão ser realizados nas instalações da CAGECE, que, na
eventualidade de se necessitar de testes e ensaios de laboratório, disponibilizará os
equipamentos, materiais, reagentes e pessoal especializado para esta finalidade.
126
2.
2.1.
MATERIAIS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Todos os materiais a empregar nas obras deverão ser novos, e satisfazer
rigorosamente essas especificações, salvo disposição expressa da fiscalização.
A CONTRATADA só poderá usar qualquer material depois de submetê-lo ao exame
e aprovação da Fiscalização, a quem caberá impugnar seu emprego, quando em
desacordo com estas especificações.
Cada lote ou partida de material deverá - além de outras constatações - ser
cadastrado com a respectiva amostra previamente aprovada.
As amostras de materiais aprovados pela FISCALIZAÇÃO, depois de
convenientemente autenticados por esta e pela CONTRATADA, deverão ser
cuidadosamente conservadas no canteiro da obra até o fim dos trabalhos, de forma
a facultar, a qualquer tempo, a verificação de sua perfeita correspondência aos
materiais fornecidos ou já empregados.
Se as circunstâncias ou condições locais tornarem, porventura, aconselhável a
substituição de alguns dos materiais adiante especificados por outros equivalentes,
esta substituição só poderá efetuar mediante expressa autorização por escrito da
FISCALIZAÇÃO, para cada caso particular.
Obriga-se a CONTRATADA a retirar do recinto das obras os materiais porventura
impugnados pela FISCALIZAÇÃO, dentro de 72hs (setenta e duas horas), a contar
do recebimento da ordem de serviço atinente ao assunto.
Será expressamente proibido manter no recinto das obras quaisquer materiais que
não satisfaçam a estas Especificações.
Estas Especificações de Materiais, constituindo um conjunto padronizado, contém
prescrições básicas, não só para os materiais a serem empregados nas obras
projetadas, como também para outros mais, cuja aplicação, embora não prevista,
poderá porventura, tornar-se necessária.
Nestas Especificações deve ficar perfeitamente claro que em todos os casos de
caracterização de materiais ou equipamentos por determinada marca, denominação
ou fabricação - fica subentendida a alternativa "ou rigorosamente equivalente" "ou
similar".
127
2.2.
2.2.1.
ABRASIVOS
Para Pisos Antiderrapantes
Os abrasivos empregados para execução de pisos antiderrapantes, quer por
incorporação às argamassas e mesclas diversas, quer por esparzimento da
superfície de pavimentações, poderão ser dos seguintes tipos :
a) Carborundum
Sob esta denominação comercial corrente será designado o Carboneto de Silício SIC - em cristais de granulometria apropriada.
b) Óxido de Alumínio
Será constituído por cristais de Al 203, de granulometria adequada, não sendo
conveniente o uso de material de cor branca, indicadora de grande pureza.
2.2.2.
Para Esmerilhamento ou Acabamento
Os abrasivos usados para aperfeiçoamento, esmerilhamento, lixamento ou
polimento - quer aplicados em pó, quer integrados a pedras de esmeris - serão,
conforme a necessidade, objeto de especificação na Parte Terceira, para cada caso
particular.
Além dos dois tipos definidos no item procedente, serão fixadas as seguintes
denominações comerciais :
a) Potéia
Designação usual do óxido de estanho, finamente pulverizado.
b) Sal de Azedas
Ácido oxálico granulado.
2.3.
AÇO
Vide especificações de serviços.
2.4.
ADESIVOS
Vide Materiais de Fixação.
2.5.
ADITIVOS
Vide especificações de serviços.
128
2.6.
AGLOMERANTES
Os aglomerantes ou elementos ativos para confecção de mesclas, pastas,
argamassas e concretos deverão obedecer ao seguinte :
2.6.1.
Cal
Cal Virgem
a) A cal virgem (cal aérea não hidratada) deverá satisfazer às seguintes condições :
- Perda ao fogo, % máxima : 12
- CaO + MgO, % relação aos compostos não voláteis : 88
- Resíduos de extinção, % máxima : 15
b) Os métodos de ensaio para verificação das condições acima são os estabelecidos
na E-57 (Especificação de cal virgem para construção) do IPT.
c) A cal virgem deverá satisfazer às normas NBR-6453 (P-EB-172), NBR-6473 (PMB-342) e NBR-6471 (MB-266).
Cal Extinta
a) Para a obtenção de cal extinta (cal aérea hidratada), no canteiro, serão
observadas as recomendações constantes do apêndice à supracitada E-57.
b) A cal extinta deverá satisfazer às normas NBR-7175 (P-TB-25), NBR-6837 (MB266), NBR-6472 (P-MB-341) e NBR-6473 (P-MB-342).
2.6.2.
Cimento
Todo o cimento deverá ser de fabricação recente, só podendo ser aceito na obra
quando chegar com acondicionamento original, isto é, com a embalagem e a
rotulagem de fábrica intactos :
Cimentos Portland
a) Branco
Empregar-se-á cimento portland branco, da Cimento Portland Branco do Brasil S.A.
b) Comum
129
O cimento portland comum, para concretos, pastas e argamassas, deverá satisfazer
rigorosamente a NBR-5732 (EB-1) e A NBR-6118 (NB-1).
c) De Alta Resistência Inicial
O cimento portland de alta resistência inicial deverá satisfazer a NBR-5733.
d) De Alto Forno
O cimento portland de Alto Forno deverá satisfazer a NBR-5735.
Cimentos Especiais
a) Metalúrgico Sulfatado
O cimento metalúrgico sulfatado ainda não normalizado será um aglomerante
hidráulico especial, sulforesistente, constituído pela mistura de escória granulada e
moída com pequena proporção de cimento artificial ou de cal extinta, adicionandose, em qualquer caso, sulfato de cálcio em proporção tal que o teor de anidrido
sulfúrico - da mistura seja superior a 5%.
Na prática, tal aglomerado será obtido por uma mistura de 80% de escória, 15% de
sulfato de cálcio, sob a forma de SO 3 Ca anidro, e 4 a 5% de clinquer.
O cimento metalúrgico sulfatado apresentará as seguintes características :

pega lenta, mas endurecimento rápido;

grande finura;

resistência mecânica elevada, sob certas condições de emprego;

resistência química excepcional, sobretudo à corrosão por água do mar ou por
águas seleníticas (não computada sua fraca resistência a certos ácidos);

ausência de ataque às armaduras;

baixo calor de hidratação.
b) Outros Cimentos
Outros cimentos especiais (cimentos portland de baixo calor de hidratação, cimentos
aluminosos, cimentos puzzolânicos, etc.) serão especificados para cada caso
particular.
O cimento portland de alto forno deverá satisfazer a NBR-5735 (P-EB-208).
2.6.3.
Gesso
130
Gesso Calcinado
Será obtido de gesso natural fortemente desitratados por aquecimento,
correspondendo, aproximadamente, à fórmula CaSO4 + 0,5 H2O, em caso de
verificação, serão adotados os métodos de ensaio referidos na Especificação C 59 =
40 ASTM.
Gesso para Estuque
a) O material para estuque, molduras e ornatos conterá, no mínimo, 70% de gesso
calcinado.
b) O gesso para estuque deverá ter pega compreendida entre 20 e 40 minutos de
seu preparo.
Gesso para Revestimento
O gesso para revestimento não conterá menos de 60% de gesso calcinado.
Gesso-Cré
Vide Gesso-Cré.
2.7.
AGREGADOS
Os agregados ou elementos inertes para confecção de mesclas, argamassas ou
concretos deverão satisfazer às seguintes especificações:
2.7.1.
Areia
Para Argamassas
a) Será quartzoza, isenta de substâncias nocivas em proporções prejudiciais, tais
como: torrões de argila, gravetos, mica, grânulos tenros e friáveis, impurezas
orgânicas, cloreto de sódio, outros sais deliquescentes, etc.
b) Os ensaios de qualidade e de impurezas orgânicas satisfarão à NBR-7221
(MB-95).
c) Para Argamassas de Alvenaria, Emboços e Obras Diversas
Será de granulometro média, entendendo-se como tal a areia que passa na
peneira de 2 mm e fica retida na peneira de 0,5mm, sendo Dmáx = 2,4mm.
d) Para Argamassa de Rebocos
Será fina, entendendo-se como tal a areia que passa na peneira de 0,5mm,
sendo Dmáx = 1,2mm.
e) Para Rebocos de Acabamento Esmerado
131
Deverá, a critério da FISCALIZAÇÃO, satisfazer ao seguinte :
-
Será calcinada, antes do peneiramento;
-
A granulometria deverá corresponder a material compreendido entre as
peneiras nº 4 (4760 micra) e nº 100 (149 micra), tipo E 11.39, ASTM, sendo
tolerada uma porcentagem máxima de 10% de material mais fino.
Para Concretos
a) Deverá satisfazer a NBR-7211 (EB-4) e as necessidades da dosagem para cada
caso.
2.7.2.
Brita
A pedra britada para confecção de concretos deverá satisfazer a NBR-7211 (EB-4) Agregados para concreto - e as necessidades das dosagens adotadas para cada
caso.
2.7.3.
Granilha
De Mármore
a)
A granilha de mármore para preparo de mármore artificial ou marmorite ou
"terrazo" será constituída por mármore natural, triturado, da qualidade que for
especificada, isenta de pó impalpável, dolomita, argila ou outras substâncias
nocivas.
b) A existência de lascas, escamas ou fragmentos lamelares só será admitida
quando em reduzidas proporções e unicamente, para atender ao aspecto
decorativo.
De Granito
a) A granilha de granito para preparo de granitina será constituída por granito,
triturado, de qualidade que for especificada, isenta de pó impalpável.
2.7.4.
Pedregulho
Será admitido, a juízo da CONTRATADA, o emprego de pedregulho como agregado
graúdo para concreto armado, desde que sua qualidade seja satisfatória e que as
dosagens dos concretos sofram as correções necessárias.
132
2.7.5.
Pó de Pedra
a) Resíduos de britamento mecânico de granito ou gnaisse, será isento de argila,
materiais orgânicos ou outras impurezas nocivas aos fins a que se destine.
b) O uso de pó de pedra - sujeito a expressa prescrição paca cada particular - será
limitado aos rebocos, ficando terminantemente proibida sua inclusão ou adição
como agregado fino de concreto ou de argamassa que não sejam de rebocos.
c) Será igual e estritamente vedada a adição de pó de pedra aos rebocos préfabricados.
2.7.6.
Quartzo Moído
Produzido por trituramento do quartzo puro, hialino ou leitoso, deverá ser peneirado
de modo a apresentar a granulometria adequada, bem como ser isento de pó
impalpável em proporção nociva.
2.7.7.
Saibro
a) Sob essa designação, compreendemos as rochas em decomposição que se
apresentam, principalmente, com grãos de quartzo (areia) de feldspato (muito
pouca quantidade) e de argila.
b) Deverá ser áspero ou macio, conforme o fim a que se destine, claro, isento de
matéria orgânica, podendo conter em peso, no máximo, 25% de argila e, no
mínimo 20% de areia.
2.8.
ÁGUA
A água destinada ao amassamento das argamassas e concretos deverá obedecer
ao disposto na NBR-6118 (NB-1) e na NBR-6587 (PB-19).
Presume-se satisfatória a água potável fornecida pela rede de abastecimento
público da cidade.
2.9.
ALUMÍNIO
O alumínio puro será do tipo H - metalúrgico - e obedecerá ao disposto na DIN-1712.
As ligas de alumínio - considerados os requisitos de aspecto decorativo, inércia
química ou resistência à corrosão e resistência mecânica - serão selecionadas entre
os seguintes grupos :
a) Grupo Binário
133
Ligas de Al-Mn, Al-Si e Al- Mg 2 Si.
b) Grupos Ternários ou mais Complexos
Liga do tipo Al-Mg-Si; Al-Mn-Mg; Al-Mn-Si; Al-Cu-Si; Al-Mg-Mn; etc.
c) As listas a empregar em cada caso particular deverão ser perfeitamente
caracterizadas, seja pela indicação das proporções relativas a cada componente,
seja pela sua designação industrial patenteada, sempre, porém, acompanhada
do indispensável sufixo designativo do tipo escolhido, conforme exemplos
seguintes : "Hidumínio 66"; "Noral 322"; "Duralumínio B"; Peraluman 30"; "3 S";
etc.
2.10.
APARELHOS SANITÁRIOS
2.10.1. Esmaltado
a) Os aparelhos e acessórios, de ferro fundido esmaltado ou de chapa esmaltada,
não poderão apresentar quaisquer defeitos de fundição, moldagem, laminação,
usinagem ou acabamento; as arestas serão perfeitas, as superfícies de metal
serão isentas de fendilhamentos, esfoliações, rebarbas, desbeiçamentos, bolhas
e, sobretudo, de depressões, abaulamentos ou grânulos.
b) Os esmaltes serão perfeitos, sem escorrimentos, falhas, grânulos ou ondulações
e a coloração será absolutamente uniforme. Nas peças coloridas haverá
particular cuidado na uniformidade de tonalidades das diversas unidades de cada
conjunto.
c) As peças sujeitas a condições mais severas levarão esmalte do tipo resistente a
ácido, sempre designadas nas especificações particularizadas pela referência
"RA".
d) Serão do tipo da Fundação Brasil S.A. ou Metalúrgica Douat S.A.
2.10.2. De Louça
a) A louça sanitária para os vasos sanitários, bidês, lavatórios, lava-mãos, despejos,
semicúpios, caixas de descarga e outros aparelhos sanitários e acessórios serão
de grés branco (grés porcelânico), salvo quando expressamente especificado de
modo diverso na Parte Terceira.
b) O material cerâmico ou louça deverá satisfazer rigorosamente a NBR-6452 (EB44).
c) As peças serão bem cozidas, desempenadas, sem deformações e fendas, duras,
sonoras, resistentes e praticamente impermeáveis.
134
d) O esmalte será homogêneo, sem manchas, depressões, granulações ou
fendilhamentos.
e) Os vasos sanitários e os lavatórios obedecerão às padronizações NBR-6498
(PB-6) e NBR-6499 (PB-7) naquilo que não colidir com os modelos
expressamente especificados na Parte Terceira.
f) Serão do tipo da Cerâmica Sanitária Porcelite S.A. (Celite), da Ideal Standard
S.A. Indústria e Comércio e Vitri, de Deca S.A. Indústria e Comércio.
2.10.3. Metais
a) Os artigos de metal para equipamento sanitário serão de perfeita fabricação,
esmerada usinagem e cuidadoso acabamento; as peças não poderão apresentar
quaisquer defeitos de fundição ou usinagem; as peças móveis serão
perfeitamente adaptáveis às suas sedes, não sendo tolerado qualquer empeno,
vazamento, defeito de polimentos, acabamento ou marca de ferramentas.
b) A galvanoplastia dos metais será primorosa, não podendo ser tolerado qualquer
defeito na película de recobrimento especialmente falta de aderência com a
superfície de base.
2.11.
AREIA
Vide Agregados.
2.12.
ARGAMASSAS
Vide Mesclas.
2.13.
ARGAMASSADAS DE ALTA RESISTÊNCIA
a) As argamassadas de alta resistência serão constituídas por argamassas de
cimento portland comum e agregado de alta dureza.
b) O cimento portland, comum, deverá ser submetido a um tratamento prévio com o
objetivo de aumentar a sua plasticidade.
c) O agregado da argamassa apresentará uma dureza mínima de 08 (oito) mohs e
conterá óxido de alumínio - 15% (quinze por cento) - diabásio e quartzo.
d) São consideradas satisfatórias as argamassas de alta resistência fabricadas por
Indupiso - Indústria e Comércio de Pisos e Agregados Ltda., Montada S.A.
("Korodur") e Pisos de Alta Resistência Cretox Ltda ("Oxicret").
135
2.14.
ARTEFATOS
2.14.1. De Concreto
Os artefatos de concreto simples ou armado, sem função estrutural, tais como
lajotas, placas, colunas, moirões, caixilhos, pequenas caixas de água, de inspeção,
de gordura, tanques, etc., deverão, que executados em fábrica, quer pré-moldados
no canteiro da obra, satisfazer as seguintes condições :
a) Os agregados para o concreto deverão obedecer a NBR-7211 (EB-4) e às
necessidades de dosagem.
b) Será dada preferência às peças concretadas com vibração ou pervibração.
c) Todas as peças serão submetidas a cura, convenientemente conservadas à
sombra e ao abrigo de correntes de ar e de temperaturas inferiores a 10oC,
continuamente irrigadas durante, pelo menos, os primeiros quatro dias completos
sucessivos a montagem.
d) Os blocos vazados de concreto especificam-se adiante - vide Blocos.
2.14.2. De Ferro
a) Os artefatos de ferro fundido ou batido não apresentarão defeitos de fundição,
moldagem, usinagem ou acabamento; as superfícies serão isentas de oxidação
pronunciada, fendilhamentos, esfoliações, bolhas, rebarbas, desbeiçamentos,
protuberâncias ou grânulos.
b) A matéria prima para os artefatos de ferro obedecerá ao adiante especificado
para ferro fundido.
2.15.
ASFALTO
Vide Materiais Betuminosos : Betume Asfáltico.
2.16.
AZULEJOS
Vide Faiança
2.17.
BLOCOS
2.17.1. De Cerâmica
136
Vide ladrilhos cerâmicos
2.17.2. De Concreto
Os Blocos Vazados de Concreto Simples, sem função estrutural, obedecerão a
NBR-7173 (EB-50) e a NBR-7184 (MB-116).
2.18.
COBRE
2.18.1. Cobre Eletrolítico
a) É o cobre obtido a partir de produtos deste metal ou de seus componentes mediante um processo eletrolítico de separação. Deverá ter um teor mínimo de
99,90% (noventa e nove vírgula noventa por cento) de Cu, incluindo o teor de
prata.
Sua condutibilidade elétrica mínima no estado recozido deve ser de 100% ( cem
por cento) IACS.
b) Os fios de cobre nu, de seção circular, para fins elétricos deverão satisfazer a
NBR-5111 (EB-11).
2.19.
COLAS
2.19.1. Para Fixação
Vide Materiais de Fixação.
2.19.2. Para Pintura
Vide Materiais para Pintura.
2.20.
CORANTES
2.20.1. Para Tintas
Vide Materiais para Pintura.
2.20.2. Para Anodização
Os corantes para anodização de perfis e ligas de alumínio serão de base de anilina isto é, aminobenzeno ou fenilamina - da maior pureza, havendo preferência pelos de
fabricação alemã.
137
2.21.
ELASTÔMEROS E CORRELATOS
Sob esta designação genérica serão entendidos determinados polímeros - os quais
deverão satisfazer ao NBR-7462 (MB-57) e a NBR-6565 (P-MB-394) compreendidos no grupo de produtos vulgarmente denominados borrachas
sintéticas.
2.22.
FAIANÇA
2.22.1. Azulejos
a) Serão comprovadamente de primeira qualidade, brancos ou coloridos,
apresentando esmalte liso, vitrificação homogênea e coloração perfeitamente
uniforme, dureza, sonoridade característica e resistência suficiente.
b) Serão rejeitados as peças empenadas, deformadas, fendilhadas ou de
superfície esmaltada granulosa.
c)
As dimensões, para cada tipo de azulejo, serão perfeitamente uniformes.
d) A massa será pouco porosa, branca ou levemente amarelada, e dificilmente
raiável por ponta de aço.
e) Os azulejos de 150 x 150 mm serão do tipo "petit-biseau", quando brancos;
quando coloridos, poderão ter arestas vivas, sem bisel.
f)
Serão dos tipos "Klabin", de Klabin Irmãos e Cia., "Emprenand", de Indústria de
Azulejos S.A. (PE), "Incepa", de Indústria Cerâmica do Paraná S.A.
2.22.2. Arremates e Acessórios de Faiança
a) Todos os arremates de azulejos, tais como calhas, cantos, conchas e sapatas
internas ou externas, filetes, meio holeados, gregas, etc., bem como os
acessórios de faiança, como sejam saboneteiras, porta-papéis, porta-copos,
porta toalhas, puxadores, cabides, etc., serão de faiança nacional,
comprovadamente de primeira escolha, brancos ou coloridos, apresentando
esmalte liso, vitrificação homogênea e coloração perfeitamente uniforme.
b) Quando da mesma cor dos azulejos do revestimento, os arremates ou acessórios
não deverão apresentar diferença apreciável de matriz em relação ao daqueles.
c) Serão rejeitadas quaisquer peças empenadas, deformadas, fendilhadas ou com
a superfície esmaltada granulosa.
d) A massa será pouco porosa, branca ou levemente amarelada e dificilmente
raiável por ponta de aço.
138
2.23.
FERRO
2.23.1. Forjado
Será homogêneo, fibroso, dúctil e maleável a quente e a frio.
2.23.2. Fundido
Será homogêneo, resistente e compacto, isento de fendas, falhas, bolhas ou areia,
fácil de trabalhar com buril ou lima.
2.24.
GESSO-CRÉ
Será de carbonato de cálcio destinado a ser usado no preparo da massa de
vidraceiro ou na confecção de tintas, devendo satisfazer à EB-30 - carbonato de
cálcio.
2.25.
HIDRÓFUGOS
2.25.1. 3.27.1
Hidrófugos de Massa
a) Serão produtos ditos impermeabilizantes, do tipo colmador integral, que se
adicionam a concretos ou argamassas por ocasião de seu amassamento.
b) Serão considerados satisfatórios os seguintes hidrófugos :
- Sika nº 1, de Sika S.A. Produtos Químicos para Construção.
- Proko Normal, nº 1, de Isolamentos Modernos Ltda e de Impermeabilizadora
Abbott Ltda (RS).
-"Aquasit W", da Casa Hilpert S.A.
2.25.2. Hidrófugosa Superficiais.
a) Serão produtos hidro-repelentes ou refratários à molhaduras, constituindo endutos
ou pinturas para tratamento ou proteção de superfícies porosas ou absorventes,
não constituindo, entretanto, produtos impermeabilizantes.
b) Serão considerados satisfatórios os seguintes tipos :
b.1 - De Base de Silicone
- "Kaurisil", solução de silicone da Union Carbide Co-preparada por Produtos
Químicos Kauri Ltda.
139
- "Pluviol 56", da Casa Hilpert S.A.
- "Repel-Face" de Isolamentos Modernos Ltda.
b.2 - De Base de Cimento Branco
-"Never-CVem", pintura hidrófuga de base de cimento branco, especialmente
tratado, acrescido de pigmentos alcalino-resistentes e de elemento
endurecedor, fabricado por Neve-Cem Indústria e Comércio Ltda. (SP).
- "Conservado P" idem, idem, de Sika S.A. Produtos Químicos para
Construção.
2.26.
LÃ DE VIDRO
a) O material genericamente designado "lã de vidro" será especificado para cada
caso particular, indicando-se sua finalidade (silamento térmico, absorção
acústica, camada antivibrátil, enchimento, etc.), seu tipo de apresentação (a
granel, em colchão, em cordão, em placas, etc.), sua qualidade, coeficientes
impostos, recobrimento e outros elementos necessários à perfeita identificação.
b) Quando apresentado sob a forma de “véu”, será tecido de tecido tênue, fornecido
em rolos de trama aberta de lá de vidro.
c) São considerados satisfatórios, observando o disposto no item seguinte
produtos fabricados por:
a
- Indústrias Reunidas Vidrobrás Ltda, sob a marca “Fibravid”;
- Vibrosa Fabricação Brasileira Fibras de Vidro S.A.
d) Para textura de membranas impermeáveis, é considerado satisfatório o “véu”
produzido por Fiberglass Limited (England), com 0,305 mm de espessura,
distribuído no Brasil, por Norton, Mwegaw & Co Ltda.
2.27.
LADRILHOS
2.27.1. Hidráulicos
a) Seção nacionais, de cimento e areia, isentos de cal; prensados, perfeitamente
planos, de arestas vivas, cores firmes e uniformes, perfeitamente maduros,
desempenados e isentos de umidade.
2.27.2. Cerâmicos
140
a) Os ladrilhos, placas, blocos e pastilhas, quer os de terracota, quer os de grês
cerâmico ou de porcelana, ou de feldspato, serão bem cozidos, de massa
homogênea e perfeitamente planos.
b) Quando fraturados, não deverão apresentar camadas ou folhetos.
c) A uniformidade de coloração dos ladrilhos destinados a um mesmo local será
objeto de cuidadosa verificação sob condições e iluminação adequadas,
recusando-se todas as peças que apresentem a mais leve diferença de
tonalidade.
d) Serão dos tipo fabricados por:
. Companhia Cerâmica Brasileira (C.C.B).
. Cerâmica São Caetano S.A. (C.S.C).
. Gressit S.A. Indústria e Comércio.
. Cerâmica Jatobá S.A.
. Cerâmica Sul Americana S.A.
2.28.
LÁTEX
O látex concentrado de borracha natural deverá satisfazer ao disposto nas NBR11598 (EB-226) e MB-396.
2.29.
LIGAS METÁLICAS
2.29.1. De Alumínio
Vide Alumínio.
2.30.
MADEIRA
a) Toda a madeira para emprego definitivo será de lei, abatida há mais de 02 (dois)
anos, bem seca, isenta de brancos, caruncho ou broca; não ardida e sem nós ou
fendas que comprometam sua durabilidade, resistência ou aparência.
b) A de emprego provisório, para andaimes, tapumes, moldes e escoramentos será
pinho do Paraná, ou equivalente em pranchões, tábuas, couçoeiras ou pernas,
com as dimensões necessárias aos fins a que se destine, sendo admitido o uso
de roliços desde que resistentes.
2.30.1. Normas
141
a) A madeira serrada e beneficiada satisfará à NBR-7190 (NB-11).
b) A madeira para estruturas obedecerá à NBR-7190 (NB-11).
c) Os ensaios de madeira se regularão pelo MB-26.
d) A terminologia obedecerá a TB-12.
2.30.1. Nomenclatura
A fim de dirimir dúvidas, serão adotadas as seguintes equivalências de terminologia
vulgar e botânica:
NOME VULGAR
1 - Acapu
2 – Angelim amargoso
3 – Aroeira do sertão
4 – Braúna
5 - Cabriuva vermelha
6 – Canela parda
7 – Canela sassafrá
8 - Cedro aromático
9 - Cedra vermelho
10 - Cerejeira amarela
11 - Gonçalo Alves
12 - Imbula
13 - Ipê tabaco
14 – Jacarandá caviuna
15 – Jacarandá preto
16 – Louro pardo
17 – Louro rosa
18 - Massaranduba
19 - Óleo vermelho
20 - Pau marfim do Pará
21 - Pau cetim
22 - Pequiá cetim
23 - Peroba do campo
24 - Peroba rosa
25 – Pinho do Paraná
26 - Sucupira parda
27 – Vinhático
2.31.
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
Voucapua americana
Andira anthelmintica
Astronium urundeuva
Melanoxylon braúna
Myroxylon balsamum
Nectandra amara
Ocotea pretiosa
Cedrela odorata
Amburana fissilis
Amburana acreana
Astronium fraxinfolium
Phoebe porosa
Tecoma leucoxylon
Dalbergia violacea
Machaerium incorruptibile
Cordia excelsa
Aniba parviflora
Mimuscops rufula
Myrospemum erythroxylon
Agonandra brasiliensis
Aspidosperma eburneum
Aspidosperma parvifolium
Paratecoma peroba
Aspidosperma polyneuron
Araucaria angustifolia
Bowdichia racemosa
Plathymonia reticulaya
MANILHAS
Vide Tubos Cerâmicos Vidrados, em materiais para Instalações Hidráulicas.
2.32.
MÁRMORES E GRANITOS
Vide Pedras para Construção.
142
2.33.
MÁRMORE ARTIFICIAL
a) A pedra plástica, mármore artificial, "terrazzo", granitina, pedrite ou marmorite
será constituída de cimento branco e granilha de mármore ou granito, do tipo
supra especificado em Agregados, de granulometria apropriada.
b) O modo de preparo da mescla, seu traço volumétrico e outros detalhes serão
especificados na Parte Terceira.
2.34.
MASTIQUES E MASSAS PLÁSTICAS
Os mastiques elásticos, também denominados massas e cimentos plásticos, serão
produtos de consistência plástica, à temperatura ambiente, que devem conservar
sua elasticidade após a aplicação, geralmente procedida a frio, com espátula.
2.34.1. Massas Betuminosas
Vide Materiais Betuminosos.
2.34.2. Massas de Gesso-Cré
a) Massa de Vidraceiro
Será composta de gesso-cré e óleo de linhaça, acrescidos, ou não, de zarcão ou
alvaiade de chumbo, conforme a necessidade.
b) Massa para Canalizações
A massa para vedação de canalização de água, gás e outras será composta de
gesso-cré, óleo de linhaça e zarcão, que satisfarão ao especificado para esses
materiais.
2.34.3. Massas e Mastiques Diversos
Serão objeto de especificação para cada caso particular.
2.35.
MATERIAIS BETUMINOSOS
2.35.1. Terminologia
A terminologia de materiais betuminosos para pavimentação obedecerá a NBR-7208
(TB-27).
2.35.2. Métodos de Ensaios
Os métodos de ensaio dos materiais betuminosos são os seguintes :
143
a) Penetração dos betumes : NBR-6576 (MB-107)
b) Viscosidade dos produtos de petróleo : NBR-10441 (MB-1890)
c) Ponto de fulgor : NBR-14598 (MB-48) e NBR-11341 (MB-50)
d) Determinação de betume total.
e) Ponto de amolecimento : NBR-6560 (P-MB-164)
f) Ductibilidade
g) Perda por volatilização.
2.35.3. Asfalto
a) É o material sólido ou semi-sólido, de cor entre preta e parda escura, que ocorre
na natureza ou é obtido pela destilação do petróleo, que se funde gradualmente
pelo calor e no qual os constituintes predominantes são os betumes.
b) Entende-se por asfalto natural ou nativo o asfalto encontrado em depósitos
naturais. É, em geral, muito duro e não totalmente solúvel no
indicativo de baixo teor de betume.
S2 C
, fator
c) Entende-se por asfalto oxidado o asfalto obtido por sopro de ar, à alta
temperatura, através do resíduo da destilação fracionada do petróleo.
d) Considera se satisfatório, para emprego em impermeabilização, o asfalto oxidado
produzido por Ondalit S.A. Materiais de Construção, sob a marca “Oxidado 094”.
2.35.4. Soluções Asfálticas
a) Entende-se por solução asfáltica o asfalto líquido pela dissolução em gasolina,
ou em querosene, ou em óleos voláteis.
b) O asfalto dissolvido em gasolina é de cura rápida : RC (rapid curing) ou "cutback".
c) O asfalto dissolvido em querosene é de cura média : CM (médium curing).
d) O asfalto dissolvido em óleos voláteis : SC (slow curing).
e) Consideram-se satisfatórias as seguintes soluções :
- "Igol I", de Sika S.A. Produtos Químicos para Construção;
- "Congolina A", da Sociedade Recuperadora de Óleos Ltda.;
144
- "Palesit" da Casa Hipert S.A., em pasta ou líquido;
- "Necanol - Pintura", de Isolamento Modernos Ltda. e de Impermeabilizadora
Abbott Ltda (RS).
- "Isofirm CB" e "Isofirm 56", da Prema - Preservação de Madeira S.A.
- "Impermol-B", da Indústria de Impermeabilizantes Paulsen S.A.
2.35.5. Emulsões Asfáltica
a) Entende-se por emulsão asfáltica a dispersão de asfalto em água, obtida com
auxílio de agente emulsificador.
b) As emulsões podem ser :
- de rutura rápida : RS-1 (rapid setting)
- de rutura média : MS-1, MS-2 e MS-3 (médium setting)
- de rutura lenta : SS-1 e SS-2 (slow setting).
2.35.6. Emulsões Betuminosas
a) Entende-se por emulsão betuminosa a dispersão de ligantes betuminosos em
água, obtida com o auxílio de agente emulsificador.
b) O grau de estabilidade das emulsões será condicionado às conveniências de
cada caso, isto é, as emulsões terão estabilidade suficiente para permitirem o
transporte e armazenamento de produto e apresentarão instabilidade bastante
para que sua rutura não seja demorada, após a aplicação.
c) As emulsões deverão satisfazer à AFNOR-P 84-303, apresentando resistência à
reemulsificação superior a 50º e teores mínimos de betume puro de 40%
(quarenta por cento) para os materiais usados na impregnação e de 60%
(sessenta por cento) para os destinados à impermeabilização.
d) Emulsões Comuns
Poderão ser usados os seguintes produtos ou outros rigorosamente equivalentes:
- "Impermulsão", da Indústria de Impermeabilizantes Paulsen Ltda.
- "Hydrasfalt", da Casa Hilpert S.A.
- "Neosin", de Isolamentos Modernos Ltda. e de Impermeabilizadores Abbott (RS),
em pasta ou líquido.
145
"Igol 2", da Sika S.A. Produtos Químicos para Construção.
-
e) Emulsões Especiais
e.1 - Apresentarão as seguintes condições especiais :
- teor de betume puro de 95 (noventa por cento);
- alto grau de dispersão, com partículas asfálticas inferiores a 0,008mm (oito
micra);
- agente emulsionante mineral, formado, após a rutura, delgadíssima película
celular envolvendo as partículas betuminosas;
- resistência à reemulsificação superior a 150oC;
- resistência à oxidação : estabilidade química.
e.2 - Considera-se satisfatório o produto fabricado por Wamex S.A. Indústria
Química e Impeco Ltda. - Impermeabilizantes, Engenharia e Comércio, sob a
marca "Wadimex-A".
2.35.7. Mastiques Betuminosos
a) Com as propriedades básicas dos mastiques em geral, acima especificados,
serão complexos geralmente constituídos de substâncias betuminosa, de
solvente ou fluidificante, de plastificante e de material inerte granular ou fibroso.
2.36.
MATERIAIS DIVERSOS
2.36.1. Materiais Auxiliares
a)
Os materiais e equipamentos auxiliares da obra serão, quando necessários,
objeto de especificação para cada caso.
b)
Os materiais e produtos auxiliares ou complementares, tais como os de
limpeza, imunização, desinfecção, filtração e outros, como os combustíveis e
lubrificantes, serão selecionados de acordo com as finalidades e armazenados,
tendo-se em vista sua estabilidade química, durabilidade, resistência mecânica,
inflamabilidade, sensibilidade ao calor e umidade, toxidez, vulnerabilidade a
roedores, insetos, micro-organismo e outros fatores de deterioração.
2.36.2. Materiais de Enchimento
146
a)
Os materiais destinados a simples enchimento de espaços e vazios serão
determinados para cada caso particular, levando-se em conta as seguintes
propriedades:
-
Peso específico;
-
Resistência mecânica mínima (em alguns casos, máxima);
-
Inderformabilidade (limites de expansão e de retração);
-
Inércia Química suficiente, quer própria, quer em relação a materiais vizinhos
(casos de imcompatibilidade);
-
Teor máximo de umidade;
-
Imputrescibilidade e imunidade a serem vivos - (cogumelos e microorganismos nocivos, térmitas e insetos diversos, roedores, etc.);
-
Incombustibilidade.
b) Será considerada a forma de apresentação e aplicação dos materiais de
enchimento e as condições inerentes a cada caso :
a.1 - A Granel
-
Em fragmentos : cacos de tijolos, concreto fragmentado, cascalho, escórias
diversas, cuidando-se sempre as exigências contidas no item 0.52.2:1, supra,
como exemplo, incompatibilidade química de escórias de alto forno com
canalizações metálicas;
-
Em grão ou pó
correspondentes.
:
areia,
diatomito,
vermiculita,
etc.,
vide
itens
b.2 - Em Lençol ou Colchão
-
Conglomerados leves : concretos celulares (que não devem ser usados
antes de 90 (noventa) dias de cura, em razão de sua elevada retração),
argamassa ou concretos constituídos por aglomerados (cimento comum,
cimento magnesiano, etc.) e agregados leves (diatomito, verniculita, escórias,
pedra-pomes , cortiça, serragem, fibras diversas, etc.). Considera-se
satisfatório o concreto celular da Eteco - Empresa Técnica Auxiliar de
Construção Ltda., sob a marca "Ar-Beton".
-
Lã de Vidro : Vide Lã de Vidro
c.3 - Em Blocos ou Placas
Vide adiante.
147
2.36.3. Materiais de Fixação
a) Os diferentes materiais e elementos de fixação, tais como adesivos (Colas,
Gomas e Cimentos; asfálticos, de borracha, de caseínas, resinosos, plásticos,
etc.), Arames e Cabos, Parafusos e Porcas, Pregos (arestas, grampos, tachas,
etc.), Escápulas, Ganchos, rebites e Soldas serão escolhidos com critério,
tendo-se em vista o seguinte :
-
Destinação : uso auxiliar, provisório ou definitivo;
-
Estabilidade : física e química;
-
Resistência mecânica;
-
Resistência às intempéries : calor, umidade, etc;
-
Incompatibilidade : corrosão pela ação eletrolítica de pares elétricos (cobre e
zinco, etc.);
-
Aspecto : coloração, brilho, rugosidade, etc.;
-
Proteção : galvanização, cromagem, metalização, pintura, etc.
b) Arame
b.1 - De Aço Galvanizado
O arame galvanizado para fins diversos será fio de aço estirado, brandoe
galvanizado a zinco, de bitola adequada a cada caso.
b.2 - De Aço Recozido
O arame para armaduras de concreto armado será fio de aço recozido, preto, nº 16
ou 18 SWG.
b.3 - De Cobre
O cobre para amarração de telhas e outros fins análogos será fio de cobre puro,
estirado, nº 18 SWG.
b.4 - Diversos
Os arames diversos ou especiais, como os de aço inoxidável, alumínio, latão e
outros, serão objeto de especificação para cada caso particular.
c) Buchas
148
Serão de nylon, considerando-se satisfatório o produto fabricado por Plásticos
Fischer do Brasil Ltda.
d) Parafusos
d.1 - Parafusos para Madeira
Obedecerão, na falta de norma específica, ao P-NB-45-R, publicado no "Boletim da
ABNT", nº 17, de agosto/1953.
d.2 - Parafusos - Retém
Satisfação, na falta de norma específica, ao P-NB-39-R.
e) Pregos
- A designação de pregos com cabeça será feita por dois números : a x b.
- O primeiro deles - referente ao diâmetro- é o número do prego comercial:
comercial
Nº Diâm. (mm)
Nº) Diâm. (mm)
Nº
Diâm. (mm)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
4,9
5,4
5,9
6,4
7,0
7,6
8,2
8,8
9,4
10,0
0,6
0,7
0,8
0,9
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,7
3,0
3,4
3,9
4,4
- O segundo número representa o comprimento medido em "linhas" - 2,3mm unidade que corresponde a 1/12 da polegada antiga.
f) Soldas
Vide Materiais para Instalações Elétricas e Materiais para Instalações Hidráulicas.
149
2.36.4. Materiais Isolantes ou Absorventes
Os materiais com propriedades de isolamento ou de absorção para tratamento
térmico, acústico ou antivitrátil, serão selecionados para cada caso particular,
levando-se em conta, primordialmente, suas características para o fim em vista, a
saber :
a) Para Tratamento Térmico
Condutibilidade térmica do material, expressa em Kcal x m/m2xhxoC (quilocalorias
metro, por hora, por metro quadrado, por grau centígrado).
b) Para Tratamento Acústico
Coeficiente de absorção acústica em função da função da freqüência, expressa em
decibéis (db).
c) Para Tratamento Antivibrátil
-
Os materiais para tratamento antivibrátil (aparelhos e máquinas, vibrações
infra ou ultra sonoras), serão selecionadas para cada caso particular.
-
Para a redução de vibrações poderão ser usados dispositivos resilientes dos
tipos : molas, cortiça, borracha, lã de vidro, fibras vegetais, massas de
concreto em leitos de asfalto, etc.
-
Poderão ser, igualmente, usados os calços antivibráteis especiais do tipo
"Vibra-Stop", fabricado por Indústria e Comércio de Artefatos de Metal e
Borracha Este Ltda.
d) Densidade e Grau de Umidade
No emprego de materiais de isolamento ou absorção, será considerado que suas
propriedades dependem, essencialmente, da densidade aparente e do teor de
umidade.
e) Formas de Apresentação
Será considerada, igualmente, a forma de apresentação e aplicação dos materiais, a
granel, em lençóis e em blocos.
e.1 - A Granel
e.2 - Em Fragmentos
Escórias diversas (com reservas de emprego das que possam afetar canalizações),
cacos de tijolos, controle fragmentado, cascalho, brita, entulho escolhido, etc.
150
e.3 - Em Grão ou Pó
Vermiculita, areia, diatomito (vide itens correspondentes), etc.
e.4 - Em Lençol ou Colchão
-
-
Conglomerados Leves
Concretos celulares (que não devem ser usados antes de 90 (noventa) dias
de cura, em razão de sua elevada retração), argamassas ou concretos
constituídos por aglomerantes (cimento comum, cimento magnesiano, etc.) e
agregados leves (diatomito, vermiculita, escória, pedra-pomes, cortiça,
serragem, fibras diversas, etc.);
Lã de vidro : Vide Lã de Vidro.
2.36.5. Materiais de Vedação
a) Os materiais de vedação de vãos - blocos, chapas, placas ou folhas - serão
especificados para cada caso, levando-se em conta as propriedades gerais
acima indicadas para os Materiais de Enchimento, e mais o seguinte :
-
Dureza;
-
Facilidade de Fixação - (colas, argamassas, pregos, grampos, etc.);
-
Aderência - (revestimento, pintura, etc);
-
Facilidade de corte - (serrote, etc).
b) Os materiais de vedação serão selecionados por sua natureza (vidro, cimentoamianto, plástico, madeira, chapas metálicas, fibras, etc.) e de acordo com as
condições requeridas (simples vedação, aspectos decorativos, isolamento
térmico ou acústico).
c) Madeira
As chapas ou placas de madeira - maciças, contraplacadas, compensadas,
folheadas, celulares, etc. - serão determinadas para cada caso.
As chapas de fibras de madeira prensadas obedecerão ao NBR-10024 (P-NB-139).
d) Metal
151
As chapas metálicas serão igualmente, especificadas para cada caso, considerandose as prescrições constantes destas Especificações, para os metais ou ligas
correspondentes.
e) Fibra Vegetal
Serão chapas, painéis ou placas de fibra vegetal tratadas e comprimidas, dos tipos
"Duratex" e "Duraplac", da Duratex S.A. Indústria e Comércio.
f) Conglomerados Lenhosos
Serão blocos, placas ou chapas constituídos por conglomerados de raspas ou fitas
de madeira, previamente tratadas e comprimidas com um cimento magnesiano ou
aglomerante equivalente.
Os conglomerados lenhosos, deverão apresentar imunidade ao ataque por insetos,
vermes e outros parasitas.
Consideram-se satisfatórios os seguintes produtos:
-
"Eraklit", da Eraklit Ltda - Indústria Brasileira de Materiais de Construção.
-
"Conisol", da Empresa de Comércio Sul_americana Ltda.
-
"Solidor", da Solidor Indústria de Beneficiamento de Madeiras S.A.
2.37.
PRODUTOS QUÍMICOS
2.37.1. Polieletrólito em Pó
Características do produto
a) Residual do monômero da acrilamida do polieletrólito: máximo admissível 500
ppm.
b) Limites de toxicidades: O polieletrólito pode apresentar no máximo os seguintes
residuais:
- Arsênio – 5000mg/kg
- Cádmio – 500mg/kg
- Cromo – 5000mg/kg
- Chumbo – 5000mg/kg
- Selênio – 1000mg/kg
- Prata – 5000mg/kg
- Mercúrio – 100mg/kg
OBS.: Os limites de toxicidades são definidos segundo cálculos, para uma dosagem
máxima de 1,0 mg/l de polieletrólito.
152
c) Condição sanitária: o polieletrólito, de base acrilamida, não pode conter
substâncias orgânicas e/ou inorgânicas, que possam provocar efeitos tóxicos ou
nocivos prejudiciais a saúde.
Especificações do polieletrólito catiônico em pó:
a) Polieletrólito Catiônico em pó para Desidratação de lodos de ETE’S, utilizado nas
Prensas Desaguadoras e na Centrífuga:
-
Caráter iônico – catiônico de alto peso molecular
Densidade – 0,85g/cm3
Viscosidade – 5,0g/l – 750 CPS
2,5g/l – 300 CPS
1,0g/l – 90 CPS
Aparência – pó branco granulado
b) Polieletrólito Aniônico em pó:
-
Densidade (20º) – 0.8 mais ou menos 0,05g/ml
PH(sol.1%) – 6.5 a 7.0
Viscosidade – 60 cps em concentração de 1.0g/l
Aparência – pó branco granulado
2.37.2. Cal Hidratada
Fórmula Química – Ca (OH)2
1. Características do Produto:
Limite (em massa)
Forma disponível
Óxido de Cálcio
Hidróxido de Cálcio
Granulometria
89,0% - Mínimo
pó branco, leve, denso e seco.
CaO – mínimo 66%
Ca (OH)2 mínimo 89%
Máximo 2,2% material retido na
Peneira de malha 100 Mesh.
2. Considerações Tecnológicas: Com base numa dosagem de 650 mg CA (OH)2 por
litro de água:
Impurezas (conteúdo máximo)
(mg/Kg de Ca (OH)2)
AS
10
Cd
2
Cr
10
F
-
Pb
10
Se
2
Ag
10
3. Acondicionamento: Seu acondicionamento far-se-á em sacos reforçados de
papel Kraft multifoleados de 20 kgs. Não serão aceitos produtos cujas
embalagens estejam danificadas.
153
NOTA 1: A cal hidratada deve ter pureza otimizada para o fim a que se destina, não
devendo conter substâncias tóxicas aos seres vivos em geral e que venham a ser
conferidos tanto à água, quanto aos resíduos originários do tratamento, e não deve
ferir legislações pertinentes existentes, especialmente 1469/2000 do Ministério da
Saúde.
NOTA 2: As Empresas Fornecedoras do Cal deverão:
− Comprovar os devidos registros de inscrição e participação no programa de
monitoramento de cal, instituída pela instrução normativa nº 10 do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento, dentre eles a dioxina e o furanos,
reconhecidamente cancerígenos.
− Apresentar mensalmente laudos de análises para detecção de dioxinas/furanos
de amostras compostas representativas da produção mensal de cal hidratada.
2.37.3. Cloreto Férrico
Fórmula Química – FeCl3
Características do Produto:
- Líquido Corrosivo(pH ácido);
- Cor: Marrom avermelhado;
- Odor: ácido / pungente;
- Solução de Cloreto Férrico a granel concentração 38% a 40%;
- Densidade entre 1.38 a 1.40;
- Acidez livre de 0,7 a 1,0%;
- Tolerância para insolúveis entre 0,1 a 0,5% no máximo;
- Teor de Ferro ferroso de 0,5 a 2,5% máximo.
2.37.4. Cloro
1. Propriedades químicas e físicas:
Cloro liquído tem a cor âmbar e é, aproximadamente, 1,5 vezes mais pesado do que
a água.
-
Símbolo atômico
Peso atômico
Número atômico
Símbolo molecular
Peso molecular
Ponto de ebulição (760 m/m Hg)
Ponto de fusão
Peso específico a 0ºC gás (760 m/m Hg)
Cl
35,45
17
Cl
70,9
-34,05ºC
-100,98ºC
3,214
154
-
Densidade (cloro líquido)
1,560
Um volume de cloro líquido, quando evapora, produz 457,6 volumes de gás.
Cloro é um gás perigoso, de cor verde-amarelada, aproximadamente 2,5 vezes mais
pesado do que o ar, tem cheiro característico extremamente forte, irritante e
sufocante. Em caso de vazamento, o gás se encaminhará para o ponto mais baixo
do edifício ou área onde o escape de cloro ocorrer.
2. Inflamabilidade:
Cloro no estado líquido ou gasoso não é inflamável, nem explosivo, entretanto, como
o oxigênio, é capaz de suportar a combustão de certas substâncias.
3. Características do Produto:
Cloro
Ferro
Resíduo não volátil
Umidade
Item
Limite
> 99,5% v/v Cl2
< 10,0 ppm de Fé
< 75 ppm de RNV
< 50 ppm de H2O
I
Unidade
Kg
Especificações
Cloro gasoso (líquido), acondicionado em carreta tanque
Com capacidade para 18.000 kg
II
Kg
Cloro gasoso (líquido),
capacidade
Para 50/68 kg cada.
III
Kg
Cloro gasoso (líquido), acondicionado em cilindros com
Capacidade para 9000 kg cada.
acondicionado
em
cilindros
4. Transporte de cilindros de cloro cheio, composto de carga máxima de 12 cilindros
grandes e 10 pequenos, com peso unitário de aproximadamente 1.700 e 120 kg.
Respectivamente, no percurso compreendo entre o local de entrega da firma
fornecedora de cloro até o local de recebimento pela CAGECE em Brasília-DF.
5. Transporte de cilindros de cloro vazio, composto de carga máxima de 12 cilindros
grandes e 10 pequenos, com peso unitário de aproximadamente 900 e 60 kg,
respectivamente, no percurso de Brasília-DF até o fornecedor.
•
•
•
A firma deverá estar capacitada a atender as exigências do Decreto nº
96.044, bem como as normas que regulam o transporte dessa natureza.
Todos os cilindros terão que sair e retornar à CAGECE, com os respectivos
capacetes.
Os cilindros pequenos deverão ser transportados em posição vertical e os
cilindros grandes em posição horizontal.
155
•
•
•
O veículo a ser utilizado no transporte, deverá ser próprio e exclusivo para
transporte do Cloro em cilindros.
O veículo a ser utilizado no transporte, deverá ser inspecionado e aprovado
pelo fornecedor do produto, mediante declaração por escrito.
O motorista deverá ter treinamento ministrado pelo fornecedor para manuseio
do Cloro, em caso de emergência, com componente ou certificado.
6. Ficha de emergência:
Cada Nota Fiscal terá que vir acompanhada da ficha de emergência, com
identificação comercial do fornecedor, conforme exigência da ONU nº 1.017.
7. Substituição de peças e colocação do “Ponto de Orvalho”:
•
As peças que eventualmente forem substituídas nos cilindros,
obrigatoriamente, deverão ser de Marca “PARVA”.
•
Deverão ser efetuados serviços de “PONTO DE ORVALHO” nos cilindros se
fizer necessário.
8. Manuseio:
•
•
•
•
•
Todos os trabalhadores que manuseiam o produto devem receber
treinamento específico sobre o cloro.
Evitar de respirar o vapor ou gás.
Evitar contato com os olhos, com a pele ou com as roupas.
Nunca aquecer qualquer recipiente que contenha cloro.
Usar os equipamentos de proteção.
9. Armazenagem:
•
•
•
•
•
A área de armazenagem de recipientes (tanques, carretas ou cilindros) deve
ser bem ventilada, com baixo risco de incêndio e isolada de materiais
incompatíveis.
A área também deve ser isolada de fontes de calor e de ignição.
Os recipientes devem ser protegidos das intempéries e de danos físicos.
Preferencialmente, a área deve ser coberta.
Inspecionar regularmente tubulações e outros equipamentos usados em
serviços com cloro.
Recipientes carregados com cloro líquido devem conter, no máximo, 80% da
sua capacidade volumétrica.
10. Precaução:
O cloro gasoso provoca graves irritações nas mucosas do nariz, boca, garganta e
vias respiratórias, bem como nos olhos. Em concentrações mais fortes também são
afetadas as vias respiratórias mais profundas com o aparecimento de forte
156
mucosidade, com mistura de sangue e conseqüente falta de ar, podendo chegar á
formação de um edema pulmonar. Inalação de concentrações acima de 50 ppm em
volume, dependendo da dosagem, pode levar à morte rapidamente.
2.38.
MATERIAIS PARA INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
Além dos já especificados em outros itens por não serem de uso restrito a este
serviço, serão empregados nas instalações hidráulicas os materiais a seguir
especificados, os quais deverão também satisfazer ao disposto nas normas da
ABNT NBR-8160 (NB-19), NBR-7229 (NB-41), NBR-5645 (EB-5), NBR-9814 (NB37), NBR-10155 (P-NB-77) e NBR-7198 (R-NB-128) e no Regulamento da
Companhia de Saneamento da localidade.
Braçadeiras
a)
Todas as braçadeiras para fixação de canalização de cimento amianto,
ferro fundido ou aço, galvanizado ou não, serão de aço galvanizado ou
metalizado, bem assim os respectivos parafusos, porcas e arruelas.
b)
Para o caso de tubulações de cobre, serão usadas braçadeiras de
bronze, latão, cobre ou outro material preconizado pelo fabricante dos tubos
ou, ainda, dispositivos de isolamento.
2.38.1. Buchas
As buchas para passagens através de paredes de concreto, etc., serão de aço
galvanizado, com flanges soldados nos casos de canalizações de metal ferroso. Nos
casos de tubulações de cobre, serão tomadas precauções análogas às
especificadas para as braçadeiras, acima.
2.38.2. Caixas de Gordura
Serão do tipo aprovado pela Companhia de Saneamento local, com capacidade
suficiente, de concreto pré-moldado, devendo satisfazer ao seguinte:
a) Separação situada a 200 mm, no mínimo, abaixo da superfície de líquido;
b) Sem septo removível;
c) Fecho híbrico não sifonável;
d) Fechamento hermético, com tampa de ferro removível, que permita receber
pavimentação igual à do piso circundante.
2.38.1. Caixas de Incêndio
157
Serão de chapa de aço estampado de tipo aprovado pelo Corpo de Bombeiros local
e observarão o preceituado no Capítulo "Instalação contra Incêndio", na Parte
Terceira deste Caderno.
2.38.2. Caixa de Inspeção
Será de concreto pré-moldado, apresentando seção circular, com diâmetro mínimo
de 600mm, com tampa de ferro, facilmente removível, permitindo perfeita vedação e
facultando composição com pavimentação idêntica a do piso circundante. O fundo
deverá assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos.
2.38.3. Caixas Sifonadas
a) Fechadas
Serão do tipo aprovado pela Companhia de Saneamento local, de concreto,
cerâmica vidrada ou ferro, com bujão para limpeza e tampa de fechamento
hermético, devendo satisfazer às seguintes características :
a.1 - fecho hídrico com altura mínima de 200mm;
a.2 - diâmetro interno mínimo de 400 mm;
a.3 - tampa de ferro fundido removível;
a.4 - orifício de saída com diâmetro igual ao do ramal correspondente, nunca inferior,
todavia, a 75mm.
b) Com Grelha
Vulgarmente denominadas "Ralos sifonados", serão do tipo aprovado pela
Companhia de Saneamento local, de chapa de cobre nº 18 B.W.G., no mínimo, com
seção circular, caixilho de forma poligonal, com respectiva grelha, ambos de bronze
niquelado, satisfazendo, ainda, ao seguinte :
b1) fecho híbrido, com altura mínima de 50mm, garantido por septo, com olhal de
rosca e bujão, para limpeza;
b2) diâmetro interno mínimo de 100mm;
b3) orifício de saída com diâmetro igual ao do ramal correspondente;
2.38.1. Conexões
Vide Tubos, adiante.
2.38.2. Ralos
Serão de fabricação nacional, dos seguintes tipos :
a) Cerâmica
158
Serão de barro cozido sifonado, de 200x200mm, com saídas de 76,2mm (3") e
grelha de ferro fundido.
b) De Cobre
b.1 - Comuns
Serão executados com chapa nº 25 B.W.G., com cerca de 4,27 kg/m2 (14
onças/pés2), tendo seção circular, caixilho quadrado de 10x10cm e grelha de latão
fundido niquelado.
b.2 - Sifonados
Vide Caixas sifonadas com grelhas, supra.
b.3- De Concreto
Serão sifonados, de forma cilíndrica, tipo "City" com saída de 76,2mm (3") e 3
entradas de 38,1mm (1 1/2"), grelha e sobre grelha de metal niquelado.
2.38.3. Solda
a) A solda para instalações hidráulicas, quando não especificado de modo diverso,
será liga de chumbo e estanho, na proporção de 66:33, com pureza de 99%.
b) A solda para tubulação de cobre obedecerá às prescrições do fabricante desta.
2.38.4. Tampões
Os tampões para a caixa de inspeção serão constituídos por caixilhos e tampa de
ferro fundido, com alças para suspensão.
2.38.5. Tubos
a) De Cerâmica
As manilhas de cerâmica, em geral, obedecerão à NBR-5645 (EB-5), NBR-6582
(MB-12), NBR-6549 (MB-13), NBR-7529 (MB-14) e NBR-7689 (MB-210).
b) De Cimento-Amianto
b.1 - Os tubos e conexões de cimento-amianto satisfarão a NBR-10155 (NB-77),
NBR-8056 (EB-69), NBR-8061 (MB-140), NBR-8062 (MB-142), NBR-6464 (MB-143),
NBR-8063 (MB-144), NBR-8064 (MB-241), NBR-8065 (MB-242) e NBR-8075 (MB245).
b.2 - Os tubos de cimento-amianto para emprego na instalação de esgotos serão de
Classe A, de acordo com a NBR-8056 (EB-69).
159
c) De Cobre
c.1 - Os tubos serão do tipo leve, fabricados com cobre de alta qualidade de
medidas exatas, de acordo com a NBR-13206 e com a B.S. 659-1944, devendo
satisfazer às seguintes características:
DIÂMETRO
DIÂMETRO
BITOLA NOMINAL EXTERNO INTERNO
(pol)
(mm)
(mm)
(mm)
1/2"
3/4"
1"
1 1/4"
1 1/2"
2"
15
20
25
38
40
50
15,1
21,5
28,2
34,6
40,9
54,0
13,1
19,4
25,8
32,1
38,5
51,2
ESPESSURA DA
PAREDE
PESO
(mm)
(S.W.G.)
(kg/m)
1,016
1,016
1,219
1,219
1,422
1,422
19
19
18
18
17
17
0,402
0,580
0,922
1,131
1,570
2,083
CARGA DE
RUTURA
CALCULADA
(kg/cm2)
414
281
253
202
200
149
c.2 - Os elementos não indicados no presente quadro, correspondentes aos
diâmetros 2 1/2" e superiores, ficarão na dependência dos fabricantes, que os
executarão por encomenda especial.
d) De Concreto
d.1 - As manilhas ou tubos de concreto simples deverão obedecer a NBR-8890 (EB969).
d.2 - A escolha do método de ensaio deverá obedecer a NBR-8890 (EB-969).
d.3 - Os tubos de concreto armado obedecerão a NBR-8890 (EB-969).
e) De Ferro Fundido
e.1 - Os tubos de ferro fundido, de fabricação da Cia. Metalúrgica Saint-Gobain ou
similar, serão centrifugados, de ponta e bolsa, pintados externa e internamente com
tinta anticorrosiva e satisfarão a NBR-126 (NB-126), a NBR-11688 (EB-43), a NBR7669 (PB-15), a NBR-7662 (P-EB-137), a NBR-7587 (P-MB-137), a NBR-7587 (PMB-311), a NBR-7666 (P-MB-312) e a NBR-7588 (P-MB-313).
f) De Ferro ou Aço Galvanizado
f.1 - Serão do tipo sem costura, satisfazendo a NBR-5580 (P-EB-182).
f.2 - O aço será do tipo aço ao carbono, com teor inferior a 0,25% de carbono. A
galvanização, obtida por imersão a quente, deverá ser contínua, interna e
externamente.
160
f.3 - Serão rejeitados os tubos que não sejam novos ou cuja galvanização ou rosca
não se apresente em perfeito estado.
f.4 - Os tubos serão testados com pressão mínima de 32 Kg/cm2
f.5 - As espessuras e pesos deverão satisfazer ao seguinte :
Tolerância :
BITOLA
DIÂMETRO
NOMINAL
(mm)
1/2"
3/4"
1"
1 ¼"
1 ½"
2"
2 ½"
3"
4"
15
20
25
30
40
50
60
75
100
ESPESSURA PESO
DA PAREDE
(mm)
(kg/m)
2,75
2,75
3,25
3,25
3,50
3,75
3,75
4,00
4,25
1,35
1,75
2,60
3,40
4,20
5,70
7,30
9,15
12,75
Espessura - 10%
Peso - 7,5%
f.6 - As conexões para canalizações de ferro galvanizado obedecerão, no que lhes
for aplicável, às características gerais dos tubos, devendo apresentar bom
acabamento nas cúpulas de deflexão; as uniões terão vedação do tipo metal contra
metal.
g) De Plástico
g.1 - Obedecerão às NBR-7372 (P-NB-115), NBR-5680 (PB-277), NBR-7665 (EB1208) e NBR-5647 (P-EB-183).
g.2 - Os tubos serão testados com a pressão mínima de 50 kg/cm2.
g.3 - As espessuras e pesos deverão satisfazer ao seguinte :
161
BITOLA
DIÂMETRO
NOMINAL
(mm)
ESPESSURA
DA PAREDE
(mm)
(kg/m)
15
20
25
30
40
50
60
75
100
2,80
3,00
3,70
4,00
4,50
4,80
4,90
5,00
5,00
0,23
0,33
0,49
0,68
0,89
1,24
1,58
1,80
2,45
1/2"
3/4"
1"
1 ¼"
1 ½"
2"
2 ½"
3"
4"
PESO
g.4 - Os tubos serão fornecidos em varas de 5,0m com rosca e luva.
g.5 - As conexões para canalizações de plástico obedecerão, naquilo que lhes for
aplicável, às características gerais dos tubos. Serão fabricados pelo sistema de
injeção em se tratando de bitolas até 50mm (2"), ou pelo de solda.
2.38.6. Válvulas e Registros
As válvulas e registros serão dos seguintes tipos :
a) Válvula de Bóia
Tipo reforçado, com flutuador esférico de chapa de cobre ou latão repuxado, válvula
de vedação e haste de metal fundido.
b) Registro de Gaveta
Para 10 kg/cm2 de pressão de serviço, gaveta dupla, corpo e haste inteiramente de
bronze, com rosca e volante de ferro fundido.
c) Válvula Globo
Para 8,8 kg/cm2 (125 1b/po12), disco substituível, inteiramente de bronze, com
roscas.
d) Válvula de Pé
Inteiramente de bronze, vedação perfeita de metal contra metal, ligação em rosca,
crivo de proteção, também de bronze.
e) Válvula Purgadora
Tipo Termostático ou de flutuador, para 8,8 kg/cm2 (125 lb/po12), ligação com
roscas.
162
f) Válvula de Redução de Pressão
-Para usos diversos, será de regulagem ajustável e para 8,8 kg/cm2 (125 lb/po12).
g) Válvula de Retenção
g.1 - Com Rosca
Inteiramente de bronze, vedação de metal contra metal tipo vertical ou horizontal.
g.2 - Com Flanges
De ferro, vedação de borracha ou bronze.
2.39.
MATERIAIS PARA PINTURA E LUSTRAÇÃO
Os materiais para trabalho de pintura, lustração e encerramento, tais como tintas,
pigmentos, essências, solventes, diluentes, secantes, óleos, colas, vernizes, ceras e
massas, serão da melhor qualidade, devendo obedecer ao seguinte :
2.39.1. Água-Rás
a) Vegetal
Deverá satisfazer a EB-38 - Água-rás vegetal (essências de terebentina).
b) Mineral
Deverá satisfazer a EB-38 - Água-rás vegetal (essências de terebentina).
2.39.2. Alvaiade
a) De Chumbo
Vide Pigmentos - Carbonato Básico de Chumbo
b) De Zinco
Vide Pigmentos - Óxido de Zinco
2.39.3. Colas
As colas para pintura serão de origem animal, de couro ou peixe. As primeiras
deverão inchar em água fria, sem se dissolver e secar, sem perda de peso. As
segundas (gelatinas) serão transparentes, de brilho nacarado, dissolvendo-se em
água quente sem deixar resíduos.
163
2.39.4. Goma-Laca
Não deixará resíduo superior a 1% (um por cento) quando dissolvida em álcool
metílico, nem conterá resina.
2.39.5. Óleo de Linhaça
a) Cru
Será de primeira qualidade, devendo satisfazer a EB-7 e ao MB-20.
b) Cozido
Também de primeira qualidade, satisfará a EB-140.
2.39.6. Pigmentos
Os pigmentos satisfarão, no que for aplicável, ao MB-61 e às especificações :
- EB-23 Carbonato Básico de Chumbo (alvaiade de chumbo).
- NBR-12823 Azul Ultramar
- EB-25 Negro de Fumo (pó leve)
- EB-26 Óxido Verde Cromo
- EB-27 Óxido de Zinco (alvaiade de zinco)
- EB-28 Óxido de Ferro Natural
- EB-29 Óxido Vermelho de Chumbo (zarcão)
- EB-31 Ocre
- EB-32 Verde Cromo Concentrado
- EB-33 Verde Cromo Reduzido
- EB-34 Litopônio
- EB-35 Amarelo Cromo
- EB-36 Azul da Prússia
2.39.7. Massas
a) As massas para amassamento de superfícies serão do tipo apropriado ao gênero
de pintura a ser usado em cada caso e cuidadosamente preparadas.
b) As massas para pintura a óleo e esmalte serão compostas de gesso-cré e óleo de
linhaça (vide especificações correspondentes acima).
2.39.8. Secantes
Os secantes deverão incorporar-se às tintas sem as manchar. Poderão ser líquidos
ou sólidos, de acordo com a tinta, sendo preferíveis os primeiros para as tintas
164
escuras e os segundos para as tintas claras. A percentagem máxima de secante a
juntar às tintas será fixada pela FISCALIZAÇÃO. Os secantes em pó deverão
satisfazer a EB-37 (secante em pó).
2.39.9. Tintas e Vernizes
a) Os componentes das tintas e vernizes em geral deverão obedecer ao disposto
nestas especificações para material de pintura.
b)As tintas e vernizes não deverão, depois de preparadas, apresentar granulações
quando estendidas sobre a superfície de um vidro plano.
c) As tintas preparadas com base de óleo obedecerão ao MB-119.
d) Salvo casos especiais, a juízo do CONTRATANTE, serão empregados tintas e
vernizes já preparados, dos fabricantes relacionados no item 0.54.3, supra.
2.39.1. Zarcão
O zarcão, para ser usado como pigmento de tintas de proteção ou no preparo da
massa de vedação para Instalações Hidráulicas e Elétricas, será óxido vermelho de
chumbo, conterá 90%, no mínimo, de Pb3O4 e deverá satisfazer a EB-29.
2.40.
MESCLAS
As diversas misturas ou mesclas, tais como argamassas, pastas e concretos,
deverão satisfazer às seguintes especificações:
2.40.1. Argamassas Usuais
a) Preparo Dosagem
a.1- As argamassas serão preparadas mecanicamente ou manualmente.
a.2 - O amassamento mecânico deve ser contínuo e durar pelo menos 90 (noventa)
segundos a contar do momento em que todos os componentes de argamassa,
inclusive a água, tiverem sido lançados na betoneira ou misturados.
a.3 - Quando a quantidade de argamassa a manipular for insuficiente para justificar
a mescla mecânica, será permitido o amassamento manual.
a.4 - O amassamento manual será de regra para as argamassas que contenham cal
em pasta.
a.5 - O amassamento manual será feito sob coberta e de acordo com as
circunstâncias e recursos do canteiro da obra, em masseiras, tabuleiros ou
superfícies planas impermeáveis e resistentes.
165
a.6 - Misturar-se-ão, primeiramente, a seco, os agregados (areia, saibro, quartzo,
etc.), com os aglomerados ou plastificantes (cimento, cal, gesso, etc.), revolvendo-se
os materiais à pá, até que a mescla adquira coloração uniforme, será então disposta
a mistura em forma de coroa e adicionada, paulatinamente, à água necessária no
centro da cratera assim formada.
a.7 - Prosseguir-se-á o amassamento, com o devido cuidado para evita-se perda de
água ou segregação dos materiais até conseguir-se uma massa homogênea de
aspecto uniforme e consistência plástica adequada.
a.8 - Serão preparadas quantidades de argamassa na medida das necessidades dos
serviços a executar em cada etapa, de maneira a ser evitado o início de
endurecimento antes de seu emprego.
a.9 - As argamassas contendo cimento deverão ser usadas dentro de 2 ½ (duas e
meia)horas, a contar do primeiro contato do cimento com a água.
a.10 - Nas argamassas de cal contendo pequena proporção de cimento, a adição do
cimento deverá ser realizada no momento do emprego.
a.11 - Será rejeitada e inutilizada toda a argamassa que apresentar vestígios de
endurecimento, sendo expressamente vedado tornar a amassá-la.
a.12 - A argamassa retirada ou caída das alvenarias e revestimentos em execução
não poderá ser novamente empregada.
a.13 - As dosagens especificadas adiante serão rigorosamente observadas, salvo
quanto ao seguinte:
- Nas argamassas contendo areia e saibro poderá haver certa compensação das
proporções relativas desses materiais, tendo-se em vista a variação do grau
de aspereza do saibro e a necessidade de ser obtida determinada consistência
- De qualquer modo, não poderá ser alterada a proporção entre o conjunto dos
agregados e dos aglomerantes.
a.14 - Jamais será admitida a mescla de cimento Portland e gesso, dada a
incompatibilidade química desses materiais.
3.42.2 - Traços
Serão adotados, conforme o fim a que se destinem, os seguintes tipos de
argamassas definidos pelos seus traços volumétricos:
a)
b)
c)
d)
Argamassa A.1 - Traço 1:1, de cimento e areia;
Argamassa A.2 - Traço 1:2, idem, idem;
Argamassa A.3 - Traço 1:3. idem. idem;
Argamassa A.4 - Traço 1:4, idem, idem;
166
e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)
m)
n)
o)
p)
q)
r)
s)
t)
u)
v)
w)
x)
Argamassa A.5 - Traço 1:5, idem, idem;
Argamassa A.6 - Traço 1:6, idem, idem;
Argamassa A.7 - Traço 1:8, idem, idem;
Argamassa A.8 - Traço 1:6 de cimento e saibro áspero;
Argamassa A.9 - Traço 1:8, idem, idem;
Argamassa A.10 - Traço 1:2:3 de cimento areia e saibro macio;
Argamassa A.11 - Traço 1:3:3, idem, idem;
Argamassa A.12 - Traço 1:3:5. idem, idem;
Argamassa A.13 - Traço 1:1:6, de cimento, cal em pasta e areia fina peneirada;
Argamassa A.14 - Traço 1:2:3, idem, idem;
Argamassa A15 - Traço 1:2:5. idem, idem;
Argamassa A.16 - Traço 1:2:7, idem, idem;
Argamassa A.17 - Traço 1:2:9, idem, idem;
Argamassa A.18 - Traço 1:3:5, de cimento, cal em pó e areia fina peneirada;
Argamassa A.19 - Traço 1:3:5:4,5, idem, idem;
Argamassa A.20 - Traço 1:6:6, idem, idem;
Argamassa A.21 - Traço 1:0,5, de cal em pó e areia fina peneirada;
Argamassa A.22 - Traço 1:1. idem, idem;
Argamassa A.23 - Traço 1:2:5, de cimento branco, cal em pó e areia;
Argamassa A.24 - Traço 1:0,5:6, de cimento branco, cal em pasta e quartzo
moído, de granulometria apropriada ã rugosidade desejada, com adição de
corante mineral e impermeabilizante;
y) Argamassa A.25 - Traço 1:1, de gesso calcinado em pó e areia;
z) Argamassa A.26 - Traço 1:2 e 1:4, de gesso, calcinado, e areia fina peneirada,
variando a proporção de areia com o tipo de emboço adotado.
2.40.2. Argamassas Especiais
a) Tipo
Haverá os seguintes tipos de argamassas especiais:
a.1 - Mescla de Carborundum
Será constituída pela mistura de Argamassa A.2 e Carborundum, em cristais de
granulometria apropriada, na proporção de 1:5, em peso.
a.2 - Mescla de Óxido de Alumínio
Será constituído pela mistura de Argamassa A.2 e Óxido de Alumínio, em cristais de
granulometria apropriada, na proporção de 1:4, em peso.
a.3 - Mesclas de Vermiculita
:- Traços
-
Argamassa AE.1 - Traço 1:4, de cimento e vermiculita granulada, tipo “Iizo-Flok”,
da Vermiculite Industria Brasileira S.A;
167
-
Argamassa AE.2 - Traço 1;6, idem, idem;
-
Argamassa AE.3 - Traço 1:8, idem, idem.
:- Preparo e Dosagem
Quanto ao preparo e dosagem, aplicar-se-á o especificado no item 42.1.1, retro,
naquilo que for aplicável ao caso, observando-se, outrossim, as prescrições dos
fornecedores da vermiculita.
2.41.
PEDRAS DE CONSTRUÇÃO
Sob a denominação genérica de Pedras de Construção, serão considerados todos
os fragmentos de rochas cortadas dos maciços originais para emprego em
construção, compreendendo Pedras Eruptivas, Sedimentares ou Metamórficas.
2.41.1. Granitos
a) Sob a denominação de uso comercial corrente de granitos, serão entendidas as
pedras provenientes de rochas eruptivas de profundidade, felspáticas e/ou
quartzíferas compreendendo os granitos propriamente ditos, os dioritos, os
sienitos e outras; rochas efusivas como diabásios, basaltos e outras;
metamórficas como gnaisses e outras.
b) A natureza do material a empregar será mais precisamente determinada para
cada caso particular pela indicação específica da pedra, sua textura, coloração e
demais características.
c) Para maior clareza, deverão ser previamente preparadas amostras de cada tipo
de pedra a empregar.
2.41.2. Mármores
a) Serão designados como mármores as rochas calcáreas metamórficas suscetíveis
de receber e conservar polimento.
b) Para fins das presentes especificações serão considerados os mármores de
construção e não os mármores estatuários.
c) Os mármores deverão ser resistentes, compactos, de espessura uniforme, sem
fendas ou falhas e isentos de veios que possa comprometer sua resistência.
2.41.3. Arenitos
Serão constituídos por rochas areníticas, vulgarmente denominadas “grés”, e terão
textura homogênea, grânulos finos, coloração uniforme, não apresentando fendas e
168
podendo ser serradas em placas ou formas de 10 mm de espessura e receber
polimento.
2.41.4. Brita
Vide Agregados.
2.41.5. Pedra para Cantaria
Salvo especificado em contrário, será granito verdadeiro, claro, de grã-fina, textura
homogênea, compacto e sem fendas, ou gnaisse, também composto e sem fendas.
2.41.6. Para Mosaico
Os materiais para mosaico de pedra (calçadinha à portuguesa) serão diabásio para
as partes pretas, calcáreo branco para as partes claras e granito rósseo para as
partes coloridas, podendo, ainda, ser usadas outras pedras apropriadas, a juízo do
CONTRATANTE.
2.41.7. Para Pavimentação ou Revestimento
Serão usados granitos, mármores, arenitos ou outras pedras, conforme especificado
para cada caso em particular.
2.42.
TELHAS
2.42.1. De Cimento Amianto
As telhas de chapas onduladas de cimento-amianto e suas peças acessórias
obedecerão à NBR-7581 (EB-93), à NBR-7196 (P-NB-94) e NBR-6468 (MB-234),
bem como ao especificado em Cimento-Amianto, acima.
2.43.
TIJOLOS
Serão de barro, de preferência furados, de primeira qualidade, bem cozidos, leves,
duros, sonoros, de dimensão unidorme e não vitrificados. Apresentarão faces placas
e arestas vivas. Porosidade específica inferior a 20%.
2.43.1. Furados
Deverão satisfazer a NBR-6461 (MB-53) e a NBR-7171 (EB-20), com exclusão dos
itens 6 e 7 e da parte do item 2 referente a dimensões. As resistências mínimas à
compressão em kg/cm² constantes do item 10 da especificação citada, serão
respectivamente de 45, 30 e 5 para os tipos 1, 2 e 3 da Tabela 1.
2.43.2. Maciços
169
Deverão obedecer a NBR-6460 (MB-52) para o tipo 2, com exclusão dos itens 3, 4 e
7.
2.44.
TUBOS
Vide materiais para Instalações Hidráulicas.
2.45.
VERNIZES
Vide Materiais para Pintura e Lustração.
2.46.
VIDROS E CRISTAIS
2.46.1. Vidros
a) Definição
Para os fins deste Caderno de Encargos, vidros são complexos químicos resultantes
da combinação de dois silicatos - um alcalino (potássio ou sódio) e outro terroso ou
metálico (cálcio, bário, chumbo, etc.) - nos quais a sílica atua como elemento ácido e
os óxidos agem como elementos básicos.
b) Planos, Lisos, Transparentes, Comuns
b.1 - Características Gerais
Os vidros planos, lisos, transparentes, comuns, recebem, unicamente, "polimento ao
fogo", não sofrendo as suas superfícies, após o resfriamento qualquer tratamento.
Deverão satisfazer a NBR-11706 (EB-92).
O peso dos vidros planos é de 2,5 kg por mm de espessura.
b.2 - Classificação
Conforme disposto no artigo 5 da NBR-11706 (EB-92), os vidros planos, lisos,
transparentes, comuns serão classificados de acordo com o seguinte :
- Qualidade A : vidro plano, transparente, selecionado. Impropriamente denominado
"cristal".
- Qualidade B : vidro plano, para envidraçamento comum.
- Qualidade C : qualidade inferior destinada a usos secundários.
b.3 - Espessuras
170
Conforme disposto no artigo 6 da NBR-11706 (EB-92), os vidros planos, lisos,
transparentes, comuns terão as seguintes espessuras, com tolerância, em mm, de 0,03 a + 0,01:
- Simples : com 2mm de espessura
- Duplos : com 3mm de espessura
- Triplos : com 4mm de espessura
- Espesso : com espessura superior a 4mm.
c) Planos, Rugosos
Serão vidros translúcidos, laminados, por cilindros de impressão, terão espessura
mínima de 2,8 mm e não poderão apresentar empenamento. A determinação de
padrão de relevos será especificada para cada caso particular.
d) Planos, Especiais
Os vidros planos especiais tais como os inactínicos, luz solar, prismáticos, vitrolite,
coloridos, laminados e temperados, serão especificados, quando ocorrem, para cada
caso particular.
2.46.1. Cristais
a) Definição
Para os fins deste Caderno de Encargos, cristais são complexos químicos
resultantes da combinação de dois silicatos - um alcalino e outro terroso ou metálico
- com outros elementos, destinados esses últimos a conferir ao produto qualidades
éticas especiais.
b) Planos, Lisos, Transparentes
b.1 - Características Gerais
-
Os cristais planos, lisos, transparentes - produtos obtidos por fundição e
laminação.
após recozimento são submetidos a um trabalho mecânico suplementar, a frio,
de desbastamento e polimento. Dito trabalho, destina-se a desempenar as duas
faces do cristal, tornando-as, praticamente, planas, paralelas e polidas.
A tolerância de planimetria é de 2% (dois por cento) de mm.
Não poderão apresentar distorção ou ondulação aparentes, quando examinados
a um ângulo superior a 5o.
O peso dos cristais planos será de 2,5 (dois e meio) kg/m2 e por mm de
espessura.
171
b.2 - Espessuras e Tipos
Os cristais planos, lisos, transparentes, terão as seguintes espessuras:
ESPESSURAS E TIPOS
TIPOS
Cristal nº 1
Cristal nº 1
Cristal nº 3
Cristal Espesso
Lâminas ou Placas
2.47.
ESPESSURA
NOMINAL
(mm)
ESPESSURA
MÉDIA DE FABRICAÇÃO
(mm)
5a7
7a8
4 a 5,5
8 a 10
10 a 12
12 a 15
15 a 18
5,7
7,2
4,2
8,7
ZARCÃO
Vide Materiais para Pintura e Lustração.
2.48.
ZINCO
O zinco para fins diversos, chapas, bobinas, etc., será do tipo metalúrgico, com
pureza mínima de 97,5%, conforme DIN 1706.
O pó de zinco, para tintas, satisfará ao P-EB-243 e ao P-MB-446.
2.49.
EXTINTORES
2.49.1. Tipos
Será constituído por extintores portáteis, tipos pulverização gás pó químico seco,
gás carbônico ou espuma, de acordo com a categoria do incêndio possível e
conforme indicado no projeto.
2.49.2. Disposição
A quantidade de extintores está determinada em projeto.
Nos locais destinados aos extintores, deverá ser pintados um círculo vermelho com
bordos amarelos de raio mínimo de 10 cm, acima do aparelho. A parte superior do
extintor deverá estar a 1,80 m do piso acabado.
Os extintores deverão ser colocados onde:
172
-
haja menor probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso;
-
sejam visíveis, para que todos os empregados do estabelecimento fiquem
familiarizados com sua localização;
-
se conservem protegidos contra golpes;
-
não fiquem encobertos ou obstruídos por pilhas de material de qualquer tipo.
2.49.3. Condições Gerais
A carga dos extintores a ser utilizada obedecerá normas da ABNT pertinentes.
A CONTRATADA executará todos os trabalhos necessários à instalação dos
extintores.
Somente serão aceitos extintores que possuírem o selo de “Marca de
Conformidade”, da ABNT, seja de Vistoria ou Inspecionado, respeitadas as datas de
vigência.
173
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