UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
HEBER LEMOS SEGURA
MÉTODOS E PROCESSOS PARA INSTALAÇÃO
DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO
SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS
SÃO PAULO
2006
2
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
HEBER LEMOS SEGURA
MÉTODOS E PROCESSOS PARA INSTALAÇÃO
DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO
SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como exigência parcial
para a obtenção do titulo de Graduação
do Curso de Engenharia Civil da
Universidade Anhembi Morumbi.
Orientador: Profª. MSc. Jane Luchtenberg Vieira
SÃO PAULO
2006
3
HEBER LEMOS SEGURA
MÉTODOS E PROCESSOS PARA INSTALAÇÃO
DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO
SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como exigência parcial
para a obtenção do titulo de Graduação
do Curso de Engenharia Civil da
Universidade Anhembi Morumbi.
Trabalho ______________ em: ____ de _________ de 2006
Profª. MSc. Jane Luchtenberg Vieira
Nome do professor da banca
Comentários: ______________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4
Agradeço, primeiramente, a Deus que me concebeu vida até o dia de hoje para
estar finalizando mais uma etapa em minha vida, à minha esposa Keila,aos meus
filhos Heber e Guilherme e aos meus pais Pedro e Maria José pela paciência e amor
que tiveram por mim em todo este tempo.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os professores da Anhembi Morumbi pela paciência e colaboração
na minha formação acadêmica, em especial a minha professora Jane Luchtenberg
Vieira, por me ajudar e enfrentar comigo mais um desafio.
Agradeço todos da empresa MM Comércio Manutenção e Instalação Ltda., pela
colaboração e paciência com minha pessoa.
6
RESUMO
No Estado de São Paulo existem mais de oito mil postos de combustíveis e
derivados de petróleo, sendo que mais de dois mil só na região metropolitana. A
resolução CONAMA nº. 273 - Conselho Regional do Meio Ambiente – e a SMA n 5
– Secretaria do Meio Ambiente – prevê a obrigatoriedade da substituição dos
equipamentos do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis - SASC
para todos os postos de combustíveis e sistema retalhista, novos ou já existentes e
também para aqueles que necessitam de reformas ou ampliação. Este trabalho
apresenta o conceito de instalação de equipamentos do sistema de armazenamento
subterrâneo de combustíveis e qualificação das empresas que prestam esses
serviços, pois com este processo ajuda e regularizar o processo licenciamento
ambiental e os documentos necessários para obtenção do licenciamento ambiental
pelos postos que estão nessas condição. Com o estudo de caso foram observados
os serviços realizados em um posto de serviço para o seu funcionamento sem que
haja danos ao meio ambiente, procedimento conforme exigência da agência
reguladora, Companhia de Tecnologia do Estado de São Paulo (CETESB),
obrigatórios na execução de reformas e/ou ampliações de postos de combustíveis.
Palavras Chave: Postos de Combustíveis. (armazenamento subterrâneo)
7
ABSTRACT
In the State of São Paulo exist more than eight a thousand fuel rank of and derivative
of oil, be that more than two a thousand only in the the region metropolitan.
Resolution CONAMA nº. 273 - Regional advice of the Environment - and SMA n 5 Secretariat of the Environment - the obligatoriness of the substitution of the
equipment of the system of underground fuel storage foresees - SASC for all the
ranks of combustiveis and retailing system, new or already existing and also for that
reforms or magnifying need. This work presents the concept of equipment installation
of the system of underground storage of fuels and qualification of the companies who
give these services, therefore with this process helps and to regularize the necessary
process ambient licensing and documents for attainment of the ambient licensing for
the ranks that are in this condition. With the case study the services carried through
in a service station for its functioning had been observed without it has damages to
the environment, in agreement procedure requirement of the regulating agency,
Company of Technology of the State of São Paulo (CETESB), obligator in the
execution of reforms and/or magnifyings of fuel ranks.
Key Worlds: Fuel ranks. (underground storage)
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1: Número de áreas contaminadas no Estado de São Paulo ..................... 17
Figura 1.2: Distribuição geográfica por tipo de atividade no Estado de São Paulo .. 18
Figura 5.1: Exemplo da planta da localização do empreendimento a ser licenciado 25
Figura 5.2: Cronograma de obra realizada ............................................................... 29
Figura 5.3: Corte esquemático do terreno mostrando a distância mínima da fundação
da cava .............................................................................................................. 34
Figura 5.4: Inclinação determinada pelas condições do solo, profundidade da
escavação e segurança ..................................................................................... 34
Figura 5.5: Distância mínima entre tanques, alinhamento longitudinalmente .......... 35
Figura 5.6: Assentamento do quadrante inferior do tanque e distância mínima frontal
entre tanques ..................................................................................................... 35
Figura 5.7: Içamento do tanque ................................................................................ 36
Figura 5.8: Compactação manual da cava ............................................................... 37
Figura 5.9: Compactação mecânica da cava ........................................................... 38
Figura 5.10: Válvula Anti-Transbordo ....................................................................... 39
Figura 5.11: Câmara de contenção da boca de visita .............................................. 40
Figura 5.12: Câmara de contenção de descarga do tanque ..................................... 41
Figura 5.13: Câmara de contenção da unidade de abastecimento .......................... 42
Figura 5.14: Válvula de retenção .............................................................................. 43
Figura 5.15: Câmara de contenção para unidade de filtragem ................................. 44
Figura 5.16: Tubulação para ligação do tanque a bomba ........................................ 46
Figura 5.17: Flange de vedação ............................................................................... 46
Figura 5.18: Tipos de tubulação em PEAD .............................................................. 47
Figura 5.19: Conexões Eletro-Fusão para PEAD ..................................................... 48
Figura 5.20: Esquema de projeto para tubulação de sucção, respiro e enchimento 49
Figura 5.21: Esquema da instalação da caixa separadora água e óleo em polietileno
de alta densidade .............................................................................................. 57
Figura 5.22: Caixa separadora água e óleo em polietileno de alta densidade ......... 57
Figura 5.23: Canaleta periférica metálica e caixa de passagem .............................. 58
Figura 5.24: Modelo de lista de materiais parcial ..................................................... 60
9
Figura 5.25: Modelo de check-list de obra ................................................................ 61
Figura 6.1: Foto do Geral do Auto Posto Leblon ....................................................... 62
Figura 6.2: Foto da quebra do piso em concreto armado ........................................ 64
Figura 6.3: Foto da cava do tanque a ser retirado e destinado .................................65
Figura 6.4: Foto da cava do tanque a ser instalado .................................................. 66
Figura 6.5: Foto da cava do tanque a ser instalado .................................................. 66
Figura 6.6: Foto da instalação do sump de tanque ................................................... 67
Figura 6.7: Foto da instalação do spill container ....................................................... 67
Figura 6.8: Foto da instalação do sump de bomba ................................................... 68
Figura 6.9: Foto da prumada dos respiros ................................................................ 69
Figura 6.10: Foto da tubulação de respiro na cava ................................................... 69
Figura 6.11: Foto da tubulação de sucção saindo sump de tanque ..........................70
Figura 6.12: Foto da tubulação de sucção chegando no sump de bomba ............... 70
Figura 6.13: Foto da caixa de passagem da tubulação de monitoramento .............. 71
Figura 6.14: Foto da tubulação de monitoramento no sump de bomba ....................71
Figura 6.15: Foto da caixa de passagem da tubulação de elétrica da bomba .......... 71
Figura 6.16: Foto do encaminhamento da tubulação de elétrica da bomba ............. 72
Figura 6.17: Foto da Instalação da caixa separadora água e óleo ........................... 72
Figura 6.18: Foto da Instalação da canaleta periférica e a ligação até caixa
separadora água e óleo ..................................................................................... 73
Figura 6.19: Foto da preparação da pista para concretagem ................................... 73
Figura 6.20: Foto da concretagem da pista .............................................................. 74
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.1: Áreas contaminadas em São Paulo – Novembro 2005 ..........................17
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A
Ampares
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANP
Agencia Nacional de Petróleo
BSP
British Standard Pipe
CADRI
Certificado de Autorização e Destinação dos Resíduos
Industriais
CETESB
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
cm
Centímetro
CONTRU
Departamento de Controle do Uso de Imóveis
CPF
Cadastro de Pessoa Física
EPAE
Equipe de Pronto Atendimento Emergencial
EPI
Equipamento de Proteção Individual
Fck
Classe de Resistência a Compressão Axial
h
Horas
IBAMA
Instituto Brasileiro do Meio do Meio Ambiente
IMA
Instituto do Meio Ambiente
kgf
Kilograma Força
KPa
Kilo Pascal
LI
Licença de Instalação
LIE
Limite Inferior de Explosividade
LP
Licença Previa
ml
Metro Linear
NBR
Norma Brasiliera
NPT
National Pipe Tamper
PEAD
Polietileno de Alta Densidade
PSI
Per Square In
PVC
Cloreto Polivinil
RG
Registro Geral
SAO
Separadora de Água e Óleo
SASC
Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível
SMA
Secretaria do Meio Ambiente
12
SSST
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
UPP
Ultra Detro Pipe
V
Volts
13
LISTA DE SÍMBOLOS
Diâmetro
µ
Micro
Ω
Ohms
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO...................................................................................................17
2
OBJETIVOS.......................................................................................................20
2.1
Objetivo Geral........................................................................................................... 20
2.2
Objetivo Específico ................................................................................................. 20
3
METODOLOGIA DO TRABALHO.....................................................................21
4
JUSTIFICATIVA ................................................................................................22
5
INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE
COMBUSTÍVEIS .......................................................................................................23
5.1
Aprovação do empreendimento .......................................................................... 23
5.1.1
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental ............................... 24
5.1.1.1 Licença Prévia ................................................................................................. 24
5.1.1.2 Licença de Instalação ..................................................................................... 26
5.1.1.3 Licença de Operação....................................................................................... 27
5.1.2
5.2
Departamento de Controle do Uso do Imóvel............................................... 28
Definição de projetos ............................................................................................. 28
5.2.1
Estudo sobre o local do empreendimento e validação da planta .............. 28
5.2.2
Definição do tipo de equipamento e quantidades ........................................ 29
5.3
Metodologia construtiva Sistema de Armazenamento Subterrâneo de
Combustíveis ........................................................................................................................ 29
5.3.1
Cronograma das obras ..................................................................................... 30
5.3.2
Início da obra...................................................................................................... 30
5.3.3
Execução da obra .............................................................................................. 30
5.3.4
Processos de retirada dos equipamentos existentes .................................. 31
5.3.4.1 Demolição de piso ......................................................................................... 31
15
5.3.4.2 Remoção e destinação do tanque subterrâneo........................................ 31
5.3.4.3 Retirada do lastro de combustível............................................................... 32
5.3.4.5 Desgaseificação............................................................................................. 32
5.3.4.6 Transporte e destinação do tanque retirado ............................................. 33
5.3.5
Processo de instalação dos equipamentos novos e acessórios................ 33
5.3.5.1 Recebimento do tanque na obra ................................................................. 33
5.3.5.2 Abertura de cavas para os tanques............................................................ 33
5.3.5.3 Colocação do tanque na cava e compactação do solo ........................... 36
5.3.5.4 Acessórios de tanque.................................................................................... 38
5.3.5.5 Acessórios da unidade de abastecimento ................................................. 41
5.3.5.6 Acessórios da unidade de filtragem............................................................ 43
5.3.5.7 Tubulação de condução de produtos ......................................................... 45
5.3.5.8 Tubulação de monitoramento e medição................................................... 49
5.3.5.9 Tubulação de automação ............................................................................. 50
5.3.5.10
Instalações elétrica.................................................................................... 51
5.3.5.11
Instalação de condutores ......................................................................... 53
5.3.5.12 Aterramento ................................................................................................... 54
5.3.5.13
Quadro de distribuição elétrica................................................................ 55
5.3.5.14
Verificação da rede elétrica...................................................................... 55
5.3.5.15
Sistema de drenagem oleosa .................................................................. 56
5.3.5.16
Canaleta de proteção na projeção da cobertura .................................. 57
5.3.6
Piso de concreto armado com tela de aço .................................................... 58
5.4
Relatório de materiais a serem utilizados......................................................... 59
5.5
Check-list de obra ................................................................................................... 60
6
ESTUDO DE CASO ...........................................................................................62
6.1
Processo necessários para a substituição total do SASC........................... 63
6.1.1
Aprovação e licenciamento do empreendimento ......................................... 63
6.1.2
Definição da quantidades de equipamentos ................................................. 63
6.1.3
Inicio das obras .................................................................................................. 63
6.1.4
Quebra do piso e retirada dos tanques existentes....................................... 64
6.1.5
Instalação dos tanques novos ......................................................................... 65
16
7
6.1.6
Instalação das tubulações de respiro e sucção............................................ 68
6.1.7
Confecção de rede elétrica e monitoramento de bomba e tanques.......... 70
6.1.8
Sistema de drenagem oleosa .......................................................................... 72
6.1.9
Piso em concreto armado................................................................................. 73
CONCLUSÕES..................................................................................................75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................77
ANEXO A ..................................................................................................................80
ANEXO B ..................................................................................................................85
ANEXO C ..................................................................................................................91
ANEXO D ..................................................................................................................92
ANEXO E ..................................................................................................................96
ANEXO F ..................................................................................................................99
ANEXO G................................................................................................................100
ANEXO H ................................................................................................................101
ANEXO I..................................................................................................................102
17
1 INTRODUÇÃO
A partir de maio de 2002, o Brasil e especialmente o Estado de São Paulo iniciaram
elaboração e revisão das normas e manuais de instalações de equipamentos em
postos de serviços de combustíveis.
A Companhia de Tecnologia de Saneamento – CETESB, divulgou em 2002 a
existência de 255 áreas contaminadas no Estado de São Paulo; em outubro de 2003
apresentou lista com 727 áreas; em novembro de 2004, 1.336 áreas contaminadas;
em maio de 2005, 1.504 e em novembro de 2005 a lista foi novamente atualizada
totalizando 1.596 áreas contaminadas. A figura 1.1 apresenta a evolução do número
de áreas contaminadas cadastradas.
Figura 1.1: Número de áreas contaminadas no Estado de São Paulo (CETESB-SP)
A tabela 1.1, apresenta a distribuição das áreas contaminadas no Estado de São
Paulo, (CETESB, 2006), com base no levantamento, realizado em novembro de
2005.
Tabela 1.1: Áreas contaminadas no Estado de São Paulo – Novembro 2005
18
Os postos de combustíveis destacam-se na lista de novembro de 2005 com 1.164
registros (73% do total), seguidos das atividades industriais com 254 (16%), das
atividades comerciais com 95 (6%), das instalações para destinação de resíduos
com 64 (4%) e dos casos de acidentes e fonte de contaminação de origem
desconhecida com 19 (1%), conforme mostra a figura 1.2.
Gráfico estatístico das áreas contaminadas no Estado de são Paulo
Data base: nov / 05
Figura 1.2: Distribuição geográfica por tipo de atividade no Estado de São Paulo (CETESBSP,2006).
Considerando que as instalações do sistema de armazenamento de derivados de
petróleo
e
outros
combustíveis
configuram-se
como
empreendimentos
potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais,
podendo causar contaminação subterrânea e superficial do solo e ar, existe a
necessidade de revisão de normas e metodologias técnicas de planejamento,
construção e manutenção dessas áreas periodicamente, visando minimizar
possíveis danos aos espaços e pessoas, uma vez que estas instalações,
geralmente, localizam-se em áreas densamente povoadas.
O processo de Licenciamento Ambiental é uma ferramenta de fundamental
importância, pois permite ao empreendedor identificar os efeitos ambientais do seu
negócio, e de que forma esses efeitos podem ser gerenciados. A Política Nacional
de Meio Ambiente, que foi instituída por meio da Lei Federal nº. 6.938/81
estabeleceu mecanismos de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do
19
meio
ambiente
visando
assegurar
em
nosso
país
o
desenvolvimento
socioeconômico e o respeito à dignidade humana. O Licenciamento é um desses
mecanismos; ele promove a interface entre o empreendedor, cuja atividade pode vir
a interferir na estrutura do meio ambiente, e o Estado, que garante a conformidade
com os objetivos dispostos na política estabelecida.
20
2 OBJETIVOS
Na
implantação
de
novos
procedimentos
de
instalação
do
Sistema
de
Armazenamento Subterrâneo de Combustível (SASC), são solicitados pelos órgãos
reguladores documentos sobre projetos de instalação de forma a adequar a obra às
normas vigentes. O presente estudo tem os seguintes objetivos:
2.1 Objetivo Geral
Estabelecer os princípios gerais da montagem e instalação do SASC em posto de
serviços e enfatizar a importância da tecnologia construtiva do sistema de
armazenamento de combustíveis em posto de serviços, visando a proteção e
preservação do meio ambiente.
O presente trabalho visa desenvolver um estudo sobre os procedimentos e técnicas
para execução e elaboração de projetos em postos de serviços no Estado de São
Paulo, obedecendo as condições exigidas pela CONAMA 273 – Conselho Nacional
do Meio Ambiente e a Resolução SMA nº. 5 – Secretaria do Meio Ambiente e as
versatilidades do sistema.
2.2 Objetivo Específico
Avaliar e viabilizar o projeto da obra AUTO POSTO LEBLON LTDA., de bandeira
ESSO, localizado na Avenida Sumaré, 658 – São Paulo – SP, de forma a atender a
legislação, com a indicação de soluções empregadas no decorrer da construção e
instalação realizada no empreendimento. Visando detalhar os passos de cada
processo aplicado na obra.
21
3 METODOLOGIA DO TRABALHO
Para efeito da realização desta pesquisa as ataividades foram divididas em duas
partes:
Na primeira parte do trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica visando
sistematizar as diferentes abordagens teóricas. Leitura e acompanhamento de
teóricos, consultando revistas e publicações, que permitem identificar estudos
correlato com o tema, bem como garantir familiarização com as novas tendências
do mercado e compreensão deste.
Na segunda parte do trabalho é apresentada uma amostra de obras realizadas
em postos de combustíveis, e que relata a evolução dos processos e métodos de
instalação do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis no
Estado de São Paulo e sua interferência no meio-ambiente.
A pesquisa em normas e leis auxilia na implantação de metodologias próprias de
cada empresa, bem como o depoimento de profissionais do ramo, visitas
técnicas e relatos. Consulta a sites específicos são apresentados.
22
4 JUSTIFICATIVA
Conforme a divisão tecnológica de riscos ambientais da Cetesb, cerca de setenta e
três por cento de todas as emergências atendidas foram causadas por vazamentos
de posto de combustíveis sendo 1164 aproximadamente em 2005 (CETESB-SP,
2006).
Este trabalho justifica-se pela necessidade de divulgação dos métodos aplicados na
construção de postos de serviços e na tecnologia empregada que, por meio de
projetos pilotos, utiliza um sistema de tanques e equipamentos de apoio para que
não venha agredir a natureza, chamado ecologicamente correto como no processo
da ISO.
23
5 INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO
SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS
A segurança e a preservação ambiental são assuntos tratados com prioridades nos
países de primeiro mundo e, crescentemente, em países emergentes como no
Brasil. O sentido é de evitar impactos negativos, recuperar áreas degradadas,
minimizar danos causados por derrames ou vazamentos, e preservando a área
urbana e histórica (CETESB-SP, 2006).
A falta de manutenção ou construção adequada acarreta em danos para os
proprietários, que além das multas impostas pode ter seu empreendimento
comprometido, fechado ou desvalorizado, sendo necessário total reconstrução, além
de viabilizar medidas compensadoras em relação ao solo.
A legislação ambiental brasileira contempla atividades de comercialização de
combustíveis, determinando normas relacionadas à construção, instalação e
manutenção de tanques, bombas e acessórios. As exigências legais também
estabelecem as responsabilidades de cada agente ligadas, diretas ou indiretamente,
à utilização do SASC, ou seja, tanto os postos revendedores como as distribuidoras
são responsáveis por tal sistema (MODESTO, 2006).
Conforme determina as sanções administrativas e penais aplicáveis a qualquer
pessoa, física ou jurídica, que infrinja o que essa lei especifica como sendo crime
ambiental (CETESB, 2006).
5.1 Aprovação do empreendimento
Para aprovação total do empreendimento é necessária a liberação e documentação
nos órgãos governamentais competentes.
24
5.1.1 Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
O Licenciamento Ambiental é uma ferramenta de fundamental importância, pois
permite ao empreendedor identificar os efeitos ambientais do seu negócio, e de que
forma esses efeitos podem ser gerenciados.
A Política Nacional de Meio Ambiente, estabeleceu mecanismos de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente visando assegurar em
nosso país o desenvolvimento socioeconômico e o respeito à dignidade humana. O
Licenciamento é um desses mecanismos; ele promove a interface entre o
empreendedor, cuja atividade pode vir a interferir na estrutura do meio ambiente, e o
Estado, que garante a conformidade com os objetivos dispostos na política
estabelecida (CETESB, 2006).
5.1.1.1 Licença Prévia
Licença Prévia – LP é o planejamento preliminar de uma fonte de poluição, que
deverá conter os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização,
instalação e operação (CETESB, 2006), figura 5.1.
Para solicitar esta licença são necessários os seguintes documentos:
•
Requerimento padrão definido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA);
•
Cadastro para o empreendimento definido pelo IMA;
•
Publicações do pedido da Licença em jornal periódico local e no Diário Oficial do
Estado, segundo modelo definido pelo IMA (anexar a página dos periódicos);
•
Planta de localização indicando a situação do terreno em relação a corpos
d’água e edificações dentro de um raio de 200 m, conforme figura 5.1;
•
Prova de propriedade ou direito de uso da área;
•
Comprovante do pagamento da taxa de concessão da Licença Prévia.
25
Figura 5.1: Exemplo da planta da localização do empreendimento a ser licenciado (MM-SP,
2006)
26
5.1.1.2 Licença de Instalação
Licença de Instalação - LI é a fase de elaboração do projeto, quando são
identificadas as entradas, os processos e as saídas, ou seja, as matérias primas a
serem utilizadas bem como os demais insumos, o processo produtivo com ênfase
nos equipamentos e nos processos de transformação que serão realizados, e,
finalmente, os produtos e resíduos gerados. Atenção especial deve ser dada às
questões referentes ao controle da poluição. No projeto, o empreendedor deve
especificar como e quanto serão gerados de poluição na água, no ar e no solo, bem
como deve referir-se aos problemas de ruídos e vibrações.
De posse da LI, o empreendedor está legalmente apto a dar início à construção,
reforma, instalação ou ampliação de seu empreendimento. Para este processo são
necessários os seguintes documentos:
•
Requerimento Padrão, definido pelo IMA;
•
Cadastro Padrão, definido pelo IMA (apenas se ocorreu alteração no cadastro
preenchido quando da solicitação da Licença Prévia);
•
Projeto Básico especificando os equipamentos e sistemas de monitoramento,
proteção, detecção de vazamentos, sistemas de drenagem, tratamento e controle
dos efluentes e estocagem de óleo usado, tanques de armazenamento de
derivados de petróleo segundo as Normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e projeto hidro-sanitário;
•
Certidão da Prefeitura Municipal declarando que o empreendimento atende à
legislação aplicável ao uso e ocupação do solo (pode ser substituída pelo
Alvará);
•
Protocolo de solicitação da outorga de uso da água fornecido pelo Órgão gestor
dos recursos hídricos;
•
Autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) para supressão de
vegetação (se couber);
•
Prova de solicitação do Certificado do IBAMA (se couber);
•
Classificação geológica e hidrogeologia da área segundo Termo de Referência
definido pelo IMA;
27
•
Prova de solicitação do Certificado do Corpo de Bombeiros;
•
Copia do Registro Geral – RG / Cadastro de Pessoa Física - CPF do responsável
legal pela empresa;
•
Copia do Ato Constitutivo ou Contrato Social da empresa;
•
Cópia da LP.
5.1.1.3 Licença de Operação
A Licença de Operação – LO é fornecida após a conclusão das obras de instalação
de equipamentos, de acordo com as exigências da LI, o controle de poluição deverá
estar garantido. Por meio de inspeção e avaliação técnica do sistema, será
verificado pelos técnicos da CETESB em São Paulo se as exigências foram
cumpridas. Para este processo são solicitados os seguintes documentos:
•
Requerimento padrão, definido pelo IMA;
•
Cópia das LP e LI;
•
Publicações do pedido da Licença de Operação em jornal periódico e Diário
Oficial do Estado, segundo modelo definido pelo IMA (anexar página dos
periódicos);
•
Comprovante de pagamento da taxa de solicitação da Licença de Operação;
•
Plano de Ação de Emergência – Equipe de Pronto Atendimento Emergencial
(EPAE);
•
Plano de Resposta a Incidentes;
•
Plano de Manutenção de Equipamento;
•
Programa de Treinamento de Pessoal;
•
Prova de disposição adequada de óleo usado;
•
Declaração de comodato fornecido pela Distribuidora (se couber);
•
Registro da Agencia Nacional de Petróleo (ANP).
28
5.1.2 Departamento de Controle do Uso do Imóvel
O Departamento de controle do uso do imóvel (CONTRU) foi criado em 1974, após a
ocorrência de dois incêndios de grandes proporções, que aconteceram em São
Paulo (CONTRU, 2006).
O órgão, que atua na prevenção e fiscalização de instalações e sistemas de
segurança de edificações do Município de São Paulo, fiscaliza a segurança de
edificações institucionais, comerciais e de serviços, concede licenças e fiscaliza a
instalação e o funcionamento de elevadores, esteiras e escadas rolantes. Também é
atribuição do órgão conceder licença para a instalação de equipamentos de
armazenagem de produtos químicos, inflamáveis e explosivos.
5.2 Definição de projetos
Segundo Modesto (2006), após a liberação pela CETESB e o CONTRU (se for
dentro do Município de São Paulo) inicia-se a fase de projeto, que corresponde:
5.2.1 Estudo sobre o local do empreendimento e validação da planta
Segundo Fernandes (2001), para viabilizar este empreendimento executa-se um
estudo de mercado, onde estuda-se a possibilidade de atrair e manter clientes, por
meio de produtos e serviços de atendimento, bem como ações de marketing com o
foco na melhoria dos resultados e atingir as metas do investimento e retorno do
capital.
29
5.2.2 Definição do tipo de equipamento e quantidades
Segundo Modesto (2006), após realizado o estudo de mercado e a verificação junto
a Secretaria de Obras se é permitido construir no local, inicia-se a definição da
quantidade de tanques e bombas a serem instalados para atender esta demanda.
Em São Paulo a facilidade de entrega de matéria prima combustível, pode viabilizar
um projeto mais otimizado, ou seja, com uma quantidade de tanques menor e
conseqüente o volume menor de combustível armazenado. E com isto economiza-se
no custo geral do empreendimento, que envolve licenciamento, compra de
equipamentos, projeto e área a ser utilizada.
5.3 Metodologia construtiva Sistema de Armazenamento Subterrâneo
de Combustíveis
Para o início da obra utiliza-se o cronograma de barra que pode ser realizado nem
software tipo: MS Project, assim definem-se as seguintes tarefas, figura 5.2:
ID
1
17 Nov '02
24 Nov '02
01 Dec '02
08 Dec '02
Duration
Start
T F S S M T W T F S S M TW T F S S M T W T F S S M TW
21 days Mon 18/11/02
Task Name
altos alphaville
2
descarte de solo
2 days
3
acerto de nivel
3 days Wed 20/11/02
4
execucao de eletrica
3 days Wed 20/11/02
5
execucao de pluvial
4 days
Mon 18/11/02
6
instalacao de canaletas
3 days
Mon 25/11/02
7
execucao de pista
5 days
Thu 28/11/02
8
execucao de ilhas
2 days
Thu 05/12/02
9
instalacao de bombas
1 day Wed 11/12/02
10
start up de bombas
1 day
Thu 12/12/02
11
cura de pista
8 days
Thu 05/12/02
12
li
d
Mon 18/11/02
M
18/11/02
Figura 5.2: Cronograma de obra realizada (MM, 2005).
30
5.3.1 Cronograma das obras
O planejamento das construções da obra será elaborado por um Supervisor de
Obras da Instaladora juntamente com um representante do cliente para que ambos
possam definir as estratégias dos serviços levando em consideração o projeto e as
prioridades.
Deverá ficar na obra uma cópia do cronograma para consulta e acompanhamento.
Todas as alterações ocorridas no cronograma deverão estar registradas no diário de
obra, com as devidas explicações e firmadas com as assinaturas do representante
técnico da instaladora e o representante técnico do cliente.
5.3.2 Início da obra
Conforme firmado no cronograma pré-estabelecidos pelas partes envolvidas o inicio
da obra dar-se-á após a liberação das licenças dos órgãos competentes.
Para início dos serviços, faz-se necessário uma cópia do projeto atualizado com
todas as mudanças solicitadas pelo cliente e uma cópia das licenças na obra.
5.3.3 Execução da obra
É de responsabilidade da empresa construtora manter o canteiro de obra reservado
em uma área para guardar e manter em pleno funcionamento seus pertences como:
ferramentas, equipamentos de segurança, equipamentos de proteção individual
(EPI), projetos, relação materiais, pessoal uniformizado e identificado.
31
5.3.4 Processos de retirada dos equipamentos existentes
Quando se trata de postos em reforma, existem algumas etapas primeiras a serem
realizadas como:
5.3.4.1 Demolição de piso
Antes de iniciar a demolição, verificam-se as interfaces existentes isola-se a área
com tapume ou tela tapume, cria-se acesso de pedestre e executa-se a sinalização
de segurança.
5.3.4.2 Remoção e destinação do tanque subterrâneo
Deve ser delimitada a área de trabalho em torno da região de acesso ao tanque,
sendo essa área definida em função do processo a ser utilizado. Esta área deve ser
isolada e sinalizada com placas ostensivas de advertência, informando a proibição
de se produzir chama ou centelha, de fumar e de acesso às pessoas não
autorizadas.
Dois extintores de incêndio de pó químico seco de 12 kg devem ser posicionados em
local acessível e próximo ao limite interno da área de trabalho.
Devem ser desconectadas, removidas ou tamponadas as linhas de sucção, de
descarga, respiro, retorno de combustível e equipamentos de medição. É necessário
certificar-se de que todas as linhas sejam drenadas.
32
5.3.4.3 Retirada do lastro de combustível
O tanque deve conter o mínimo possível de produto no momento de início desta
operação, pois o seu lastro é retirado com bomba manual e acondicionado em
tambor para um destino. No caso de postos que tenham contratos com companhias
distribuidoras leva-se estes tambores devem ser transportadas para a base a qual
dão o destino certo, caso contrario é elevado para uma empresa de destinação de
resíduo.
Todo equipamento elétrico deve ter o certificado elétrico à prova de explosão, pois
os trabalhos serão executados em uma área classificada.
5.3.4.5 Desgaseificação
A desgaseificação poderá ser feita por ventilação ou com uso de água, de modo que
a atmosfera no interior do tanque seja levada a valor igual ou inferior a 10% do
Limite Inferior de Exlposividade (LIE). Devem ser realizadas medições de
explosividade em pelo menos três pontos do tanque: no fundo, no meio e na parte
superior.
•
Por Ventilação: a ventilação deve se dar por intermédio de insuflação ou
exaustão.O equipamento de inserção de ar no interior do tanque deve estar
devidamente aterrado, de forma a eliminar a possibilidade de descarga elétrica. A
pressão não deve exceder 34,5KPa (5,0psi) no interior do tanque.
•
Por Água : O processo de lavagem é executado por meio de um hidrojateamento
e recolhido os resíduos por um auto-vacuo, o qual armazena e destina-se para
uma empresa especializada para fazer a separação da água e resíduo na
primeira etapa pela de decantação e na segunda etapa por processo químico.
Para este processo o contratante precisa ter o CADRI (Certificado de Autorização
e Destinação dos Resíduos Industriais) .
33
5.3.4.6 Transporte e destinação do tanque retirado
Após todos os processos acima realizados retira-se o tanque da cava com caminhão
tipo munck ou guindaste, encaminhando ao um sucateiro credenciado na CETESB,
em São Paulo.
5.3.5 Processo de instalação dos equipamentos novos e acessórios
Para o processo de instalação de tanques deverão ser executada as seguintes
tarefas:
5.3.5.1 Recebimento do tanque na obra
O recebimento do tanque deverá ser acompanhado por um responsável da
instaladora e a ”ficha de acompanhamento de tanque” devidamente preenchida e
assinada. O responsável determinará o melhor local para descarregar o
equipamento e o mesmo deverá ser descarregado utilizando-se caminhão tipo
munck ou guindaste.
5.3.5.2 Abertura de cavas para os tanques
Antes de iniciar as escavações, será solicitada ao contratante uma cópia do perfil
das sondagens. O inicio da cava deve distar no mínimo 1,50 m de fundações
existentes e limite da propriedade, conforme figura 5.3. Admite-se a redução da
distância mínima estabelecida quando submetido a um estudo específico para
garantir a segurança das fundações existentes ou que venham a ser construídas.
34
Figura 5.3: Corte esquemático do terreno mostrando a distância mínima da fundação da cava –
(NBR 13873)
As distâncias adicionais podem ser exigidas de modo a garantir o apoio de
fundações existentes, assim como, livrar o tanque das cargas decorrentes.
A profundidade total da escavação é determinada pelo diâmetro do tanque,
espessura do leito, altura de recobrimento e tipo de pavimentação considerada. O
fundo da cava deve ser nivelado horizontalmente, figura 5.4.
Figura 5.4: Inclinação determinada pelas condições do solo, profundidade da escavação e
segurança – (NBR 13873)
35
A distância entre tanques deve ser 0,60 m no mínimo, figuras 5.5 e 5.6.
Figura 5.5: Distância mínima entre tanques, alinhamento longitudinalmente – (NBR 13873)
Figura 5.6: Assentamento do quadrante inferior do tanque e distância mínima frontal entre
tanques – (NBR 13873)
36
A escavação profunda será feita por uma retro-escavadeira até as cotas
determinadas. A profundidade da cava deverá ser tal que permitirá instalar o tanque
sob uma camada de areia de 0,30 m e que garanta um cobrimento não inferior a
0,85 m.
O solo retirado será armazenado no local para verificação e após o laudo para a
destinação final. O solo contaminado será reutilizado no aterramento e/ou
armazenado em depósitos licenciados, para tratamento. O solo excedente e sem
contaminação, será encaminhado para um bota-fora licenciado e autorizado pelos
órgãos competentes.
5.3.5.3 Colocação do tanque na cava e compactação do solo
Em locais onde o lençol freático atingir a geratriz inferior do tanque, será adotado
método de prevenção de flutuação do mesmo através de cálculos de neutralização
da força de empuxo do tanque. Executar a camada de fundo com areia, adensar e
compactar.
O içamento do tanque deverá seguir as especificações do fabricante, ou seja, pelas
alças de içamento localizadas na geratriz superior dos tanques, conforme figura 5.7.
Figura 5.7: Içamento do tanque – (NBR 13873)
37
Antes da instalação o tanque deverá ser inspecionado para certificar-se que não
tenha ocorrido nenhum dano no revestimento e/ou na parede. O vacuômetro
também deverá ser inspecionado para constatar que não houve perda de pressão.
Caso ocorra um dos problemas acima descritos, o fabricante será imediatamente
contatado.
Com o tanque na cava, este será preenchido com um terço de seu volume com água
e iniciando-se o reaterro / compactação deve-se utilizar pó de pedra ou areia e
deverá ser executado em camadas não superiores a 0,30 m (figuras 5.8 e 5.9), até
atingir a metade da altura do tanque. Neste momento o tanque deverá ser
completamente preenchido com água, para em seguida ser finalizado o reaterro até
a geratriz superior do mesmo.
Figura 5.8: Compactação manual da cava
38
Figura 5.9: Compactação mecânica da cava
Após finalizada toda a instalação, a água do tanque será drenada, o interior do
tanque será limpo e seco.
A primeira descarga do produto será acompanhada pela instaladora.
5.3.5.4 Acessórios de tanque
Os acessórios de tanques são equipamentos instalados com o intuito de evitar que
possíveis derrames de combustíveis sejam absorvidos pelo solo.
A instalação dos acessórios de tanques deverá seguir a recomendação do fabricante
e normas que estão em vigência.
As montagens das câmaras de contenção deverão estar estanques e para isso,
deverá ser feito teste. O teste consiste em colocar água até determinada altura no
interior da câmara de contenção e monitorar para verificar se há perda de água
(Zeppini, 2006).
39
•
Válvula Anti-transbordamento: a válvula deve ser posicionada para bloqueio da
descarga quando atingido o limite de 95% da capacidade nominal do tanque e a
instalação deve seguir orientação do fabricante, figura 5.10.
Figura 5.10: Válvula Anti-Transbordo
•
Câmara de Contenção da Boca de Visita: altura livre mínima entre a tampa a
tampa de câmara de contenção da boca de visita e a tampa da câmara de
calcada, montada na pista acabada, deve ser 0,08m. A compactação em torno da
câmara de contenção da boca de visita deve ser executada em camadas de 0,10
m, de forma homogênea, de modo a evitar pressões diferenciais em torno da
parede da peça, figura 5.11.
40
Figura 5.11: Câmara de contenção da boca de visita
•
Câmara de Contenção de Descarga de Combustível: deve ser instalada em pista
de concreto armado e o aro deve ser apoiado no concreto em toda extremidade
para evitar a quebra. O nivelamento do aro deve ser feito pela face inferior, para
manter a inclinação e com isso, evitar a entrada de água no seu interior. A face
superior do colar da descarga selada deve ser posicionada a uma altura que
permita o fechamento da câmara e também permita o acoplamento perfeito do
conector da mangueira do caminhão, figura 5.12.
41
Figura 5.12: Câmara de contenção de descarga do tanque
5.3.5.5 Acessórios da unidade de abastecimento
Os acessórios das unidades de abastecimento são equipamentos instalados com o
intuito de evitar que possíveis derrames de combustíveis sejam absorvidos pelo solo.
A instalação dos acessórios de bombas deverá seguir a recomendação do fabricante
e a NBR 13873.
As montagens das câmaras de contenção deverão estar estanques e para isso,
deverá ser feito teste. O teste consiste em colocar água até determinada altura no
interior da câmara de contenção e monitorar para verificar se há perda de água
(Catalogo Técnico da Zeppini – 2006).
42
•
Câmara de Contenção de Unidade de Abastecimento: Instalar a câmara de
contenção sob a unidade de abastecimento com o tamanho correspondente para
esta unidade, conforme orientação do fabricante da câmara. A câmara deve ser
instalada sobre colchão de areia lavada, compactada, com espessura mínima de
0,10 m. O sistema de ancoragem para fixação e estruturação da câmara no
ponto de apoio da unidade abastecedora, deve ser posicionado de acordo com o
nível do piso acabado, de modo a garantir uma projeção mínima de 0,02m da
parede da câmara de contenção. Esta projeção tem como objetivo evitar a
entrada de água de lavagem de pista no interior da câmara de contenção, figura
5.13.
Figura 5.13: Câmara de contenção da unidade de abastecimento
43
•
Válvula de Retenção: Uma única válvula de retenção deve ser instalada na
tubulação, junto à sucção de cada bomba da unidade abastecedora ou filtro
prensa de óleo Diesel, figura 5.14.
Figura 5.14: Válvula de retenção
5.3.5.6 Acessórios da unidade de filtragem
Os acessórios das unidades de filtragem são equipamentos instalados com o intuito
de evitar que possíveis derrames de combustíveis sejam absorvidos pelo solo.
A instalação dos acessórios de bombas deverá seguir a recomendação do fabricante
e a NBR 13873.
44
As montagens das câmaras de contenção deverão estar estanques e para isso,
deverá ser feito teste. O teste consiste em colocar água até determinada altura no
interior da câmara de contenção e monitorar para verificar se há perda de água.
•
Câmara de Contenção de Unidade de Filtragem: a câmara deve ser instalada de
forma que todas as conexões e válvulas de interligação das tubulações de
entrada e saída da unidade de filtragem fiquem alinhadas e posicionadas no
interior da câmara de contenção. A câmara deve ser instalada sobre colchão de
areia lavada, compactada, com espessura mínima de 0,10 m, figura 5.15.
Figura 5.15: Câmara de contenção para unidade de filtragem
45
5.3.5.7 Tubulação de condução de produtos
A cava deverá ser preparada levando-se em consideração o tipo de solo e a
declividade das linhas.
O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que
possam eventualmente perfurar o tubo ou seu revestimento.
A distância mínima entre uma tubulação e a parede lateral da cava deve ser de no
mínimo uma vez o diâmetro do tubo.
A cava utilizada para instalar tubulações de condução de combustível não poderá
ser aproveitada para outros tipos de tubulações.
Depositar uma camada de 0,10 m de areia grossa ou pó de pedra e compactar o
leito.
Após a compactação do leito da cava, pode-se iniciar o lançamento das tubulações.
As tubulações deverão estar niveladas de acordo com as inclinações exigidas por
norma, não podendo haver qualquer tipo de curva no plano vertical que possa
acarretar a formação de bolsões e/ou sifões.
As tubulações em instalação devem permanecer provisoriamente tamponadas, até a
finalização da instalação das conexões, para evitar entrada de detritos, resíduos ou
corpos estranhos que prejudiquem seu funcionamento.
Para tubulação subterrânea, os tubos devem ser contínuos e sem emendas. Caso
necessário, a operação de emenda deve ser por meio de conexão eletrossoldável,
podendo assim o tubo ficar enterrado diretamente no solo. Caso a emenda seja por
conexão do tipo mecânica, esta deve estar no interior de uma caixa estanque e que
possibilite a inspeção periódica por câmara de acesso, figura 5.16.
46
Figura 5.16: Tubulação para ligação do tanque a bomba
As
tubulações
de
produto
deverão
entrar
nas
câmaras
de
contenção
preferencialmente de maneira perpendicular e obrigatoriamente pelas flanges de
vedação, figura 5.17.
Figura 5.17: Flange de vedação
47
A altura mínima de profundidade da tubulação deve ser de 0,45m em relação ao
nível do piso acabado.
Antes da interligação aos equipamentos, a tubulação deve ser submetida a ensaio
de estanqueidade, com ar comprimido ou água, a pressão mínima de 100 kPa
durante 1h. As conexões e pontos de interligação devem receber uma solução de
água e sabão. Os eventuais vazamentos devem ser identificados pela formação de
bolhas no local, reparados e novamente ensaiadas. Ao final do ensaio, a pressão
inicial deve permanecer inalterada.
No caso de sistema pressurizado, a pressão de ensaio deve ser de 1,5 vez a
pressão máxima de operação, atendendo no mínimo a 100 kPa.
•
Tipos de tubulações, figura 5.20.
Para este material temos neste seguimento dois fabricantes a Zeppine ou Ecoflex,
figura 5.18.
Figura 5.18: Tipos de tubulação em PEAD
•
Tubulação de Sucção: deverá ser em PEAD com Liner classe 10 kgf/cm2 – UPP
quando subterrânea. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade
mínima de instalação deverá ser de 2% no sentido do tanque.
•
Tubulação de Descarga: deverá ser em PEAD com Liner classe 6 kgf/cm2 – UPP.
As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade mínima de instalação
deverá ser de 4% no sentido do tanque, figura 5.19.
48
Figura 5.19: Conexões Eletro-Fusão para PEAD
•
Tubulação de Respiro: deverá ser em PEAD com Liner classe 10 kgf/cm2 – UPP
quando subterrânea. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade
mínima de instalação deverá ser de 2% no sentido do tanque.
•
Tubulação de Retorno: deverá ser em PEAD com Liner classe 10 kgf/cm2 – UPP
quando subterrânea. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade
mínima de instalação deverá ser de 2% no sentido do tanque.
•
Tubulação de Alimentação: a tubulação primária deverá ser em PEAD com Liner
classe 10 kgf/cm2 – UPP quando subterrânea. A tubulação secundária deverá ser
em PEAD com Liner classe 6kgf/cm2 – UPP. As conexões serão eletrosoldadas –
UPP. A declividade mínima de instalação deverá ser de 1% conforme aplicação.
•
Tubulação de Eliminador de Ar das Bombas: A tubulação primária deverá ser em
NYLON. A tubulação secundária deverá ser em PEAD. A declividade mínima de
instalação deverá ser de 1% conforme aplicação.
49
Figura 5.20: Esquema de projeto para tubulação de sucção, respiro e enchimento
5.3.5.8 Tubulação de monitoramento e medição
Deverá ser prevista no projeto uma rede de tubulação de monitoramento (detecção
de vazamento) e medição volumétrica do tanque.
A tubulação será em aço galvanizado segundo NBR 5598.
A
tubulação
deverá
interligar
as
câmaras
de
contenção
das
unidades
abastecedoras, das unidades de filtragem e das bocas de visitas até a edificação.
50
Não poderão existir trechos contínuos, retilíneos de tubulação maiores que 15m,
sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida em 3m para
cada curva de 90o de raio longo.
A declividade mínima da tubulação deverá ser de 1%.
A cava deverá ser preparada levando-se em consideração o tipo de solo e a
declividade das linhas.
O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que
possam eventualmente perfurar o tubo.
5.3.5.9 Tubulação de automação
Deverá ser prevista no projeto uma rede de tubulação de automação.
A tubulação será em aço galvanizado segundo NBR 5598.
A tubulação deverá interligar as câmaras de contenção das unidades abastecedoras
até o computador de pista e a edificação.
Não poderão existir trechos contínuos, retilíneos de tubulação maiores que 15 m,
sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida em 3 m para
cada curva de 90o raio longo.
A declividade mínima da tubulação deverá ser de 1%.
A cava deverá ser preparada levando-se em consideração o tipo de solo e a
declividade das linhas.
O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que
possam eventualmente perfurar o tubo.
51
5.3.5.10
Instalações elétrica
A instalação elétrica deverá seguir a NBR 14639. Para seleção dos equipamentos a
serem empregados nas instalações elétricas é necessário definir a classificação de
áreas do mesmo.
Nas áreas não cobertas pelas figuras e tabelas da NBR 14639, a classificação de
áreas.
•
Alimentação Elétrica: A alimentação elétrica deverá seguir a padronização da
concessionária local, com previsão para tantos medidores quantos forem os
consumidores.
•
Cavas para Eletrodutos: A cava deverá ser preparada levando-se em
consideração o tipo de solo e a declividade das linhas.
•
O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos
que possam eventualmente perfurar o eletroduto.
•
Instalação dos Eletrodutos: Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores
isolados, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante
exclusivo, quando tal condutor destinar-se ao aterramento.
A taxa máxima de ocupação em relação à área de seção transversal dos
eletrodutos não poderá ser superior a:
53% no caso de um condutor ou cabo;
31% no caso de dois condutores ou cabos;
40% no caso de três condutores ou cabos;
Não poderão existir trechos contínuos, retilíneos de tubulação maiores que 15m,
sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida em 3m para
cada curva de 90o de raio longo.
52
Devem ser empregadas caixas de derivação:
Em todos os pontos de entrada ou saída dos condutores da tubulação, exceto nos
pontos de transição ou passagem de linhas abertas para as linhas em eletrodutos,
os quais, nestes casos, devem ser rematados com buchas;
Em todos os pontos de junção ou derivação de condutores;
Para dividir a tubulação em trechos não maiores do que os especificados.
Só são admitidos em linha aparente eletrodutos que não propaguem à chama.
Os eletrodutos só devem ser cortados perpendicularmente ao seu eixo. Deve ser
retirada toda a rebarba suscetível de danificar as isolações dos condutores. Nas
instalações subterrâneas, onde não há pavimentação, as tubulações devem estar no
mínimo a 0,60 m de profundidade, com inclinação mínima de 0,5% no sentido da
caixa de passagem. Onde houver pavimentação a profundidade mínima devera ser
de 0,45 m.
Deve ser aplicada unidade seladora em todos os eletrodutos que chegam a
invólucros à prova de explosão, contendo chaves, disjuntores, relés, fusíveis,
resistores ou outros equipamentos que possam produzir arcos, centelhas ou altas
temperaturas (no caso de ligação inerente ao equipamento é permitido sistema
similar de selagem). Entre a unidade seladora e o invólucro, podem ser instalados
acessórios tipo união, luva e joelho, adequados ao invólucro à prova de explosão, e
conduletes à prova de explosão tipos L, T, X e C. Os conduletes não podem ter
tamanho nominal maior do que o tamanho nominal do eletroduto.
É necessária a aplicação de unidade seladora em cada eletroduto que passe de
uma área classificada para outra não classificada ou de uma zona para outra. A
unidade seladora pode ser aplicada em qualquer um dos lados da fronteira que
limita as áreas.
53
Não pode haver nenhum acessório, união, luva, ou condulete no eletroduto entre a
unidade seladora e o ponto no qual o eletroduto muda de área.
Não há necessidade de unidade seladora quando um eletroduto metálico atravessar
uma área classificada ultrapassando em 0,30 m nos dois limites desta e se não
houver nenhum acessório, união, luva, ou condulete no trecho da área classificada.
Todos eletrodutos devem estar roscados e firmemente encaixados às suas
conexões ou invólucros com no mínimo 5 fios de rosca.
Não deve haver cruzamentos ou sobreposições entre os eletrodutos e o tanque
subterrâneo, exceto os que estão indo para o tanque.
Deve se evitar a proximidade entre os eletrodutos e a tubulação de produto.
Tipos de eletrodutos a serem utilizados:
•
Em áreas não classificadas: Linha embutida: eletroduto de aço e eletrodutos de
material sintético conforme NBR 14722
•
Em áreas classificadas: Eletrodutos de aço galvanizado, com costura, com
rebarba aparada, com rosca NPT ou com roscas BSP (conforme a NBR 5598,
respectivamente) e conexões com rosca NPT ou BSP (conforme NBR 6925 ou
NBR 6943, respectivamente).
5.3.5.11
Instalação de condutores
Os cabos multipolares só devem conter os condutores de um e apenas um circuito e
se for o caso, o respectivo condutor de proteção.
Nas travessias de paredes, as linhas elétricas devem ser providas de proteção
mecânica adequada, a menos que sejam constituídas por eletrodutos rígidos.
54
As conexões prensadas devem ser realizadas por meio de ferramentas adequadas
para o tipo e tamanho de conector utilizado, de acordo com as recomendações do
fabricante.
Para alimentação de quadros, motores e unidades de abastecimento: condutores de
cobre com isolamento e capa externa de PVC, conforme NBR 7288.
Iluminação e tomadas: fio ou cabo de cobre com isolamento em PVC, classe de
isolamento 750V, sólido ou encordoado, conforme NBR 6148, para instalações
gerais embutidas ou aparentes.
Para circuitos de iluminação em instalações subterrâneas, cabo de cobre com
isolamento e capa externa de PVC, conforme NBR 7288.
Quando utilizados lubrificantes para inserção dos condutores nos eletrodutos, estes
não devem afetar a isolação dos condutores.
Em casos onde há eletrodutos, mas não há previsão imediata de instalar os
condutores, deverá ser deixado um cabo guia nos eletrodutos e as extremidades
devidamente plugadas
5.3.5.12 Aterramento
O aterramento de proteção deverá ser feito utilizando-se hastes de aço com
revestimento em cobre com 254 µm de espessura e cabo de cobre nu de no mínimo
25mm2, enterrado a 0,25 m de profundidade no mínimo. O diâmetro mínimo da haste
deve ser de 15,88 m e o comprimento mínimo deve ser 2.400 mm.
Todas as partes metálicas expostas devem estar aterradas. Os eletrodutos metálicos
de cada ilha de abastecimento devem ser aterrados na caixa de passagem mais
próxima através de buchas terminais, interligadas ao condutor de proteção dos
circuitos.
55
Os condutores de proteção devem ser de cobre nu, ou isolados nos mesmos
eletrodutos dos circuitos.
A resistência entre equipamento, ou qualquer corpo capaz de ficar eletricamente
carregado, e a terra não devem ser superior a 4 Ω.
5.3.5.13
Quadro de distribuição elétrica
Os quadros devem ser instalados em locais de fácil acesso e em área não
classificada. Todos os circuitos devem ter plaquetas de identificação das cargas
alimentadas. Deve-se sinalizar a proibição o acesso de pessoas não autorizadas
e/ou especializadas. Deve ser previsto no mínimo um ponto de serviço com disjuntor
ou mecanismo de proteção equivalente,.
5.3.5.14
Verificação da rede elétrica
Depois de concluída e antes de ser colocada em serviço, toda a instalação elétrica
deve ser verificada quanto a conformidade com as prescrições das normas.
A verificação final deve consistir em:
•
Inspeção visual;
•
A inspeção visual deve proceder os ensaios e deve ser realizada com a
instalação desenergizada;
•
A inspeção visual deve incluir no mínimo a verificação dos seguintes pontos;
•
Seleção de condutores de acordo com a sua capacidade de condução de
corrente e queda de tensão;
•
Presença
localizados;
de
dispositivos
de
seccionamento
e
comando,
corretamente
56
•
Identificação dos condutores neutro e de proteção;
•
Presença de diagramas, avisos e outras informações similares;
•
Identificação dos circuitos, dispositivos fusíveis, disjuntores, seccionadores,
terminais, quadros, transformadores, etc;
•
Correta execução das conexões;
•
Verificação de funcionamento;
Montagens
tais
como
quadros,
acionamentos,
controles,
intertravamentos,
comandos, etc devem ser submetidas a um ensaio de funcionamento para verificar
se o conjunto está corretamente montado, ajustado e instalado conforme as normas.
Dispositivos de proteção devem ser submetidos a ensaios de funcionamento, se
necessários e aplicáveis, para verificar se estão corretamente instalados e
ajustados.
5.3.5.15
Sistema de drenagem oleosa
Deve ser usada em todo posto de serviço.
A caixa separadora de água e óleo deve ser usada apenas para separar os produtos
imiscíveis na água. Deve ser projetada para receber o efluente de todas as áreas de
contribuição, conforme NBR 14605, figura 5.21.
As águas servidas e pluviais não devem ser direcionadas para a Separadora Água e
Óleo, figura 5.22.
O dimensionamento da caixa separadora dependerá do volume de contribuição.
57
Figura 5.21: Esquema da instalação da caixa separadora água e óleo em polietileno de alta
densidade
Figura 5.22: Caixa separadora água e óleo em polietileno de alta densidade
5.3.5.16
Canaleta de proteção na projeção da cobertura
Deve ser usado em todos os postos de serviço.
58
Esta canaleta impermeável destina-se a contenção de pequenos vazamentos
devidos a transbordamentos provenientes dos tanques dos veículos que abastecem
no posto. O seu conteúdo deve ser conduzido por dutos impermeável até a caixa
separadora de água e óleo, figura 5.24.
Figura 5.23: Canaleta periférica metálica e caixa de passagem
5.3.6 Piso de concreto armado com tela de aço
A confecção da pista de concreto deverá seguir o projeto executivo.
Execução de Obras de Concreto Armado ;
Será esticada uma lona em toda área a ser concretada com a finalidade de evitar a
perda de água do concreto pelo solo.
A pavimentação será em concreto desempenado, com Fck mínimo de 18 MPa,
espessura mínima de 15 cm, armado com tela tipo Telcon Q-138, com ferro de
diâmetro igual 12,5mm de ligação a cada 50 cm e comprimento de ancoragem de
60cm na espessura também determinada. Estes ferros de transição deverão estar
envoltos com graxa ou revestidos por mangueira de cloreto polivinila para permitir
que trabalhem eventualmente.
59
Nos casos onde houver tráfego constante de caminhões (principalmente em postos
de estrada), a espessura mínima da pista de concreto deverá ser de 20 cm, armada
com tela dupla (do tipo especificada anteriormente) colocada em duas etapas: uma a
5cm e outra a 15cm da base.
O concreto será plaqueado por meio de corte a serra de disco, devendo formar
placas de concreto em dimensões não superiores a 3x6m.
O acabamento é dado no próprio concreto com desempenadeira ou equipamento
próprio.
5.4 Relatório de materiais a serem utilizados
Neste documento, deverá estar relacionado todos os materiais que serão utilizados
durante a obra bem como as respectivas quantidades.
O objetivo desse relatório é auxiliar o gerenciamento na utilização de todos os
materiais, evitar que os materiais sejam empregados de maneira errada e evitar
atrasos no cronograma de obra, figura 5.24.
60
Figura 5.24: Modelo de lista de materiais parcial
5.5 Check-list de obra
Este documento deve ser utilizado ao longo da obra para auxiliar o gerenciamento e
fiscalização de todos os serviços realizados, facilitando a detecção de falhas no
processo dos serviços realizados bem como o cumprimento de todas as etapas dos
serviços contratados, figura 5.25.
61
Figura 5.25: Modelo de check-list de obra
62
6 ESTUDO DE CASO
O posto de combustível a ser mencionado neste estudo de caso está localizado na
Av. Sumaré, 658, no município de São Paulo e no Estado de São Paulo, sua razão
social é AUTO POSTO LEBLON LTDA. e sua bandeira é da ESSO BRASILEIRA DE
PETROLEO LIMITADA. – Figura 6.1.
Para este estudo de caso foi feito em cima de um posto retalhista e solicitado pela
companhia de petróleo e da CETESB para adequação do seu sistema de
armazenamento e abastecimento com troca total dos equipamentos como tanques e
bombas abastecedoras, os quais estão especificados no memorial descritivo de
equipamentos presentes neste trabalho.
A foto abaixo mostra uma visão geral do posto
Figura 6.1: Foto do Geral do Auto Posto Leblon (MM-2006)
63
6.1 Processo necessários para a substituição total do SASC
Neste estudo de caso será apresentado todos os processos necessários para a
substituição total dos equipamentos do sistema de armazenamento subterrâneo de
combustível (SASC), em um posto de serviço.
6.1.1 Aprovação e licenciamento do empreendimento
Neste estudo de caso a parte de licenciamento juntos os órgãos governamentais foi
executa por uma empresa contratada diretamente pela companhia Esso Brasileira
de Petróleo Limitada, pois foi enviado aos formulários aprovados, foi feito um
cadastro na CETESB, e foi solicitada as licenças Previa, Instalação e da Operação
pois o empreendimento já atuava a mais de 20 anos como posto no mesmo lugar, no
anexo A copia das licenças.
6.1.2 Definição da quantidades de equipamentos
A quantidade dos equipamentos a serem instalados já veio definida através de um
projeto enviado pela companhia (Esso), pois neste caso o cliente (Esso), possui uma
planilha de investimento e retorno do seu empreendimento, pode-se visualizar o
projeto no anexo B.
6.1.3 Inicio das obras
Para o início da obra executa-se uma reunião pré-obra no posto junto ao cliente e
um representante da companhia de petróleo para definir as datas para paralisarão
das atividades do posto e inícios das etapas conforme planejamento de serviços
realizado em um cronograma (anexo C).
64
6.1.4 Quebra do piso e retirada dos tanques existentes
Após ter verificado todas as interfaces como: rede elétrica, altura de cobertura,
proximidade de colunas estruturais e outros, iniciou a quebra de 492 m2 de piso em
concreto armado, para retirada dos tanques existentes, como mostra a figura 6.2 e
planta no anexo F.
Estas figuras 6.2 mostram a quebra do piso em concreto com martele elétrico, pois o
restante do piso vai ser retirado com a maquina escavadeira, e a figura 6.3 a
escavação para retirada do tanque em sua cava.
Figura 6.2: Foto da quebra do piso em concreto armado (MM-2006)
65
Figura 6.3: Foto da cava do tanque a ser retirado e destinado (MM-2006)
Este tanque retirado será enviado para desgaseificação, depois de medir a
explosividade e sua atmosfera interior atingir um valor igual ou inferior a 10% do
limite de explosividade, será levado para o sucateamento que neste caso foi feito na
Gerdau. Para este serviços foram retirados 03 tanques. Anexo D
6.1.5 Instalação dos tanques novos
Para a instalação dos tanques novos, foi feita abertura das cavas, garantindo os
procedimentos constados em normas e executando um berço com areia para
assentamento do tanque, garantindo também a segurança do local, conforme segue
abaixo figura, notas fiscais e ficha de acompanhamento no anexo E:
A figura 6.4 abaixo mostra o fundo da cava mostrando o berço de areia:
66
Figura 6.4: Foto da cava do tanque a ser instalado (MM-2006)
Esta figura 6.5 mostra o tanque na cava nivelado, conforme procedimento em
norma:
Figura 6.5: Foto da cava do tanque a ser instalado (MM-2006)
67
Terminado o processo de colocação do tanque na cava inicia-se o fechamento da
cava com areia, sendo colocada em camadas de 0,30m e compactado, ate o
fechamento total da cava.
Dado inicio à abertura da vala na boca de visita do tanque para a instalação do
sump de tanque ou caixa de contenção da boca de visita, conforme figura 6.6.
Figura 6.6: Foto da instalação do sump de tanque (MM-2006)
Executa a instalação do spill container ou câmara de calçada de descarga de
combustível, é necessário tomar muito cuidado para não ficar desnivelado, e com
isto evita a entrada de água futuramente neste tanque, conforme figura 6.7.
Figura 6.7: Foto da instalação do spill container (MM-2006)
68
6.1.6 Instalação das tubulações de respiro e sucção
Após ter verificado o tipo de bomba abastecedora, solicita a compra do câmara de
contenção da unidade abastecedora ou sump de bomba para o modelo
correspondente para não ter problemas de fixação ou acomodação da bomba em
seus apoios, veja a figura 6.8 e anexo G
Figura 6.8: Foto da instalação do sump de bomba (MM-2006)
Para tubulação de produtos foi feito abertura das cavas, ligando o sump de tanque
até o local de prumada dos respiro ou do sump de tanque ate o sump de bomba
para a confecção das linhas de sucção, antes de colocar a tubulação faz também
um berço com areia no fundo da cava, colocamos a tubulação e depois faz a solda
das conexões que vão ser ligadas no tanque, prumada do respiro e entrada da
bomba.
Na figura 6.9 verifica-se a prumadas dos respiro e a figura 6.10 mostra o
encaminhamento da tubulação na vala.
69
Figura 6.9: Foto da prumada dos respiros (MM-2006)
Figura 6.10: Foto da tubulação de respiro na cava (MM-2006)
Na figura 6.11 verifica-se a tubulação saindo do sump de tanque e a figura 6.12
verificamos a tubulação chegando no sump de bomba e também mostra o
encaminhamento da tubulação na vala.
70
Figura 6.11: Foto da tubulação de sucção saindo sump de tanque (MM-2006)
Figura 6.12: Foto da tubulação de sucção chegando no sump de bomba (MM-2006)
6.1.7 Confecção de rede elétrica e monitoramento de bomba e tanques
Confecção de tubulação seca para o monitoramento das bombas tanque, com tubo
NBR 5598, conforme as figuras 6.13 e 6.14 , conforme anexo H
71
Figura 6.13: Foto da caixa de passagem da tubulação de monitoramento (MM-2006)
Figura 6.14: Foto da tubulação de monitoramento no sump de bomba (MM-2006)
Confecção da rede elétrica neste caso foi feita toda a tubulação e cabos novos o
quadro foi reaproveitado por um exigência do cliente. As figuras 6.15 e 6.16 mostra o
encaminhamento, caixas de passagens e entrada na bomba abastecedora.
Figura 6.15: Foto da caixa de passagem da tubulação de elétrica da bomba (MM-2006)
72
Figura 6.16: Foto do encaminhamento da tubulação de elétrica da bomba (MM-2006)
6.1.8 Sistema de drenagem oleosa
A drenagem de todo o perímetro da pista de abastecimento e na área dos
enchimentos dos tanques é feita por canaleta metálica cartola “
“ com
inclinação de um por cento, ligadas a caixa separadora água e óleo (SAO), a saída
da separadora é ligada no esgoto, conforme projeto no anexo I
Figura 6.17 mostra a instalação de caixa separadora água óleo em PEAD com uma
vazão de 2000 litros por hora.
Figura 6.17: Foto da Instalação da caixa separadora água e óleo (MM-2006)
73
Figura 6.18 mostra a instalação da canaleta periférica e sua ligação para caixa
separadora.
Figura 6.18: Foto da Instalação da canaleta periférica e a ligação ate caixa separadora água e
óleo (MM-2006)
6.1.9 Piso em concreto armado
A pavimentação será em concreto desempenado, com Fck de 18MPa, espessura
mínima de 15 cm, armado com tela tipo Telcon Q-138. Conformem figuras 6.19 e
6.20
Figura 6.19: Foto da preparação da pista para concretagem (MM-2006)
74
Figura 6.20: Foto da concretagem da pista (MM-2006)
75
7 CONCLUSÕES
No Estado de São Paulo, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
(CETESB) é o órgão competente responsável pela fiscalização e pela emissão das
licenças de instalação e de funcionamento, sem as quais não é permitido o
funcionamento dos
empreendimentos
determinantes
de
impactos
e
riscos
ambientais.
A importância do licenciamento ambiental é que a partir dele a Cetesb obtém
informações precisas das condições de operações de cada posto de combustível,
podendo promover planos de manutenção para equipamentos instalados como
tanques de combustíveis e linhas de apoio, sendo esses o principais causadores de
acidentes ambientais.
Os processos constantes no estudo de caso para obtenção a substituição ou
construção de um posto de serviço apresentados neste trabalho são complexos, pois
envolvem o trabalho de diferentes profissionais com engenheiros, arquitetos,
geográficos, geólogos, entre outros.
Tendo em vista o grau de complexidade e a importância do Sistema de
Armazenamento Subterrâneo de Combustível em um posto de serviço, recomendase aos donos de postos de combustíveis que necessitem de reformas e ampliações
em seus estabelecimentos, a contratação de empresas qualificadas, evitando assim
problemas com órgãos ambientais da sua região.
Os dados fornecidos a partir da instalação dos equipamentos do SASC, contendo
todas as características do empreendimento e dos equipamentos, possibilitam á
Cesteb elaborar um plano de controle das áreas de ocupação e manutenção dos
postos de combustíveis, diminuindo assim, consideravelmente os riscos de
vazamento e outros acidentes que possam colocar em perigo á vida da população.
A partir do estudo de caso pode ser observado o grau de complexidade do processo
para a instalação do SASC, visando habilidade do engenheiro responsável para que
76
venha tomar decisões técnicas sem comprometer o sistema. O processo de
instalação de equipamentos envolve desde um simples serviço até uma substituição
total de equipamentos. E dados técnicos da grande importância para segurança e
bem estar da população local.
77
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Manutenção e Instalação Ltda., entrevista em 03 de julho de 2006.
78
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NBR 13873; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Instalação do Sistema de
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NBR 14605; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Sistema de Drenagem
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postos de serviços. São Paulo, ABNT, JUN 2001.
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Disponível
<http//www.cetesb.sp.gov.br/serviços/licenciamento/postos/resolução_sma5.htm>
Acesso em 19 de maio de 2006
em
80
ANEXO A
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
ANEXO B
91
ANEXO C
92
ANEXO D
93
94
95
96
ANEXO E
97
98
99
ANEXO F
100
ANEXO G
101
ANEXO H
102
ANEXO I
No anexo devem ser colocados elementos consultados para o desenvolvimento do
trabalho, e que, mesmo não sendo fundamentais para a compreensão do texto,
devem ser preservados como fonte de referência.
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