UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI HEBER LEMOS SEGURA MÉTODOS E PROCESSOS PARA INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS SÃO PAULO 2006 2 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI HEBER LEMOS SEGURA MÉTODOS E PROCESSOS PARA INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do titulo de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Orientador: Profª. MSc. Jane Luchtenberg Vieira SÃO PAULO 2006 3 HEBER LEMOS SEGURA MÉTODOS E PROCESSOS PARA INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do titulo de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Trabalho ______________ em: ____ de _________ de 2006 Profª. MSc. Jane Luchtenberg Vieira Nome do professor da banca Comentários: ______________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 4 Agradeço, primeiramente, a Deus que me concebeu vida até o dia de hoje para estar finalizando mais uma etapa em minha vida, à minha esposa Keila,aos meus filhos Heber e Guilherme e aos meus pais Pedro e Maria José pela paciência e amor que tiveram por mim em todo este tempo. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os professores da Anhembi Morumbi pela paciência e colaboração na minha formação acadêmica, em especial a minha professora Jane Luchtenberg Vieira, por me ajudar e enfrentar comigo mais um desafio. Agradeço todos da empresa MM Comércio Manutenção e Instalação Ltda., pela colaboração e paciência com minha pessoa. 6 RESUMO No Estado de São Paulo existem mais de oito mil postos de combustíveis e derivados de petróleo, sendo que mais de dois mil só na região metropolitana. A resolução CONAMA nº. 273 - Conselho Regional do Meio Ambiente – e a SMA n 5 – Secretaria do Meio Ambiente – prevê a obrigatoriedade da substituição dos equipamentos do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis - SASC para todos os postos de combustíveis e sistema retalhista, novos ou já existentes e também para aqueles que necessitam de reformas ou ampliação. Este trabalho apresenta o conceito de instalação de equipamentos do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis e qualificação das empresas que prestam esses serviços, pois com este processo ajuda e regularizar o processo licenciamento ambiental e os documentos necessários para obtenção do licenciamento ambiental pelos postos que estão nessas condição. Com o estudo de caso foram observados os serviços realizados em um posto de serviço para o seu funcionamento sem que haja danos ao meio ambiente, procedimento conforme exigência da agência reguladora, Companhia de Tecnologia do Estado de São Paulo (CETESB), obrigatórios na execução de reformas e/ou ampliações de postos de combustíveis. Palavras Chave: Postos de Combustíveis. (armazenamento subterrâneo) 7 ABSTRACT In the State of São Paulo exist more than eight a thousand fuel rank of and derivative of oil, be that more than two a thousand only in the the region metropolitan. Resolution CONAMA nº. 273 - Regional advice of the Environment - and SMA n 5 Secretariat of the Environment - the obligatoriness of the substitution of the equipment of the system of underground fuel storage foresees - SASC for all the ranks of combustiveis and retailing system, new or already existing and also for that reforms or magnifying need. This work presents the concept of equipment installation of the system of underground storage of fuels and qualification of the companies who give these services, therefore with this process helps and to regularize the necessary process ambient licensing and documents for attainment of the ambient licensing for the ranks that are in this condition. With the case study the services carried through in a service station for its functioning had been observed without it has damages to the environment, in agreement procedure requirement of the regulating agency, Company of Technology of the State of São Paulo (CETESB), obligator in the execution of reforms and/or magnifyings of fuel ranks. Key Worlds: Fuel ranks. (underground storage) 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1.1: Número de áreas contaminadas no Estado de São Paulo ..................... 17 Figura 1.2: Distribuição geográfica por tipo de atividade no Estado de São Paulo .. 18 Figura 5.1: Exemplo da planta da localização do empreendimento a ser licenciado 25 Figura 5.2: Cronograma de obra realizada ............................................................... 29 Figura 5.3: Corte esquemático do terreno mostrando a distância mínima da fundação da cava .............................................................................................................. 34 Figura 5.4: Inclinação determinada pelas condições do solo, profundidade da escavação e segurança ..................................................................................... 34 Figura 5.5: Distância mínima entre tanques, alinhamento longitudinalmente .......... 35 Figura 5.6: Assentamento do quadrante inferior do tanque e distância mínima frontal entre tanques ..................................................................................................... 35 Figura 5.7: Içamento do tanque ................................................................................ 36 Figura 5.8: Compactação manual da cava ............................................................... 37 Figura 5.9: Compactação mecânica da cava ........................................................... 38 Figura 5.10: Válvula Anti-Transbordo ....................................................................... 39 Figura 5.11: Câmara de contenção da boca de visita .............................................. 40 Figura 5.12: Câmara de contenção de descarga do tanque ..................................... 41 Figura 5.13: Câmara de contenção da unidade de abastecimento .......................... 42 Figura 5.14: Válvula de retenção .............................................................................. 43 Figura 5.15: Câmara de contenção para unidade de filtragem ................................. 44 Figura 5.16: Tubulação para ligação do tanque a bomba ........................................ 46 Figura 5.17: Flange de vedação ............................................................................... 46 Figura 5.18: Tipos de tubulação em PEAD .............................................................. 47 Figura 5.19: Conexões Eletro-Fusão para PEAD ..................................................... 48 Figura 5.20: Esquema de projeto para tubulação de sucção, respiro e enchimento 49 Figura 5.21: Esquema da instalação da caixa separadora água e óleo em polietileno de alta densidade .............................................................................................. 57 Figura 5.22: Caixa separadora água e óleo em polietileno de alta densidade ......... 57 Figura 5.23: Canaleta periférica metálica e caixa de passagem .............................. 58 Figura 5.24: Modelo de lista de materiais parcial ..................................................... 60 9 Figura 5.25: Modelo de check-list de obra ................................................................ 61 Figura 6.1: Foto do Geral do Auto Posto Leblon ....................................................... 62 Figura 6.2: Foto da quebra do piso em concreto armado ........................................ 64 Figura 6.3: Foto da cava do tanque a ser retirado e destinado .................................65 Figura 6.4: Foto da cava do tanque a ser instalado .................................................. 66 Figura 6.5: Foto da cava do tanque a ser instalado .................................................. 66 Figura 6.6: Foto da instalação do sump de tanque ................................................... 67 Figura 6.7: Foto da instalação do spill container ....................................................... 67 Figura 6.8: Foto da instalação do sump de bomba ................................................... 68 Figura 6.9: Foto da prumada dos respiros ................................................................ 69 Figura 6.10: Foto da tubulação de respiro na cava ................................................... 69 Figura 6.11: Foto da tubulação de sucção saindo sump de tanque ..........................70 Figura 6.12: Foto da tubulação de sucção chegando no sump de bomba ............... 70 Figura 6.13: Foto da caixa de passagem da tubulação de monitoramento .............. 71 Figura 6.14: Foto da tubulação de monitoramento no sump de bomba ....................71 Figura 6.15: Foto da caixa de passagem da tubulação de elétrica da bomba .......... 71 Figura 6.16: Foto do encaminhamento da tubulação de elétrica da bomba ............. 72 Figura 6.17: Foto da Instalação da caixa separadora água e óleo ........................... 72 Figura 6.18: Foto da Instalação da canaleta periférica e a ligação até caixa separadora água e óleo ..................................................................................... 73 Figura 6.19: Foto da preparação da pista para concretagem ................................... 73 Figura 6.20: Foto da concretagem da pista .............................................................. 74 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1.1: Áreas contaminadas em São Paulo – Novembro 2005 ..........................17 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A Ampares ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ANP Agencia Nacional de Petróleo BSP British Standard Pipe CADRI Certificado de Autorização e Destinação dos Resíduos Industriais CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental cm Centímetro CONTRU Departamento de Controle do Uso de Imóveis CPF Cadastro de Pessoa Física EPAE Equipe de Pronto Atendimento Emergencial EPI Equipamento de Proteção Individual Fck Classe de Resistência a Compressão Axial h Horas IBAMA Instituto Brasileiro do Meio do Meio Ambiente IMA Instituto do Meio Ambiente kgf Kilograma Força KPa Kilo Pascal LI Licença de Instalação LIE Limite Inferior de Explosividade LP Licença Previa ml Metro Linear NBR Norma Brasiliera NPT National Pipe Tamper PEAD Polietileno de Alta Densidade PSI Per Square In PVC Cloreto Polivinil RG Registro Geral SAO Separadora de Água e Óleo SASC Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível SMA Secretaria do Meio Ambiente 12 SSST Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho UPP Ultra Detro Pipe V Volts 13 LISTA DE SÍMBOLOS Diâmetro µ Micro Ω Ohms SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................17 2 OBJETIVOS.......................................................................................................20 2.1 Objetivo Geral........................................................................................................... 20 2.2 Objetivo Específico ................................................................................................. 20 3 METODOLOGIA DO TRABALHO.....................................................................21 4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................22 5 INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS .......................................................................................................23 5.1 Aprovação do empreendimento .......................................................................... 23 5.1.1 Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental ............................... 24 5.1.1.1 Licença Prévia ................................................................................................. 24 5.1.1.2 Licença de Instalação ..................................................................................... 26 5.1.1.3 Licença de Operação....................................................................................... 27 5.1.2 5.2 Departamento de Controle do Uso do Imóvel............................................... 28 Definição de projetos ............................................................................................. 28 5.2.1 Estudo sobre o local do empreendimento e validação da planta .............. 28 5.2.2 Definição do tipo de equipamento e quantidades ........................................ 29 5.3 Metodologia construtiva Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis ........................................................................................................................ 29 5.3.1 Cronograma das obras ..................................................................................... 30 5.3.2 Início da obra...................................................................................................... 30 5.3.3 Execução da obra .............................................................................................. 30 5.3.4 Processos de retirada dos equipamentos existentes .................................. 31 5.3.4.1 Demolição de piso ......................................................................................... 31 15 5.3.4.2 Remoção e destinação do tanque subterrâneo........................................ 31 5.3.4.3 Retirada do lastro de combustível............................................................... 32 5.3.4.5 Desgaseificação............................................................................................. 32 5.3.4.6 Transporte e destinação do tanque retirado ............................................. 33 5.3.5 Processo de instalação dos equipamentos novos e acessórios................ 33 5.3.5.1 Recebimento do tanque na obra ................................................................. 33 5.3.5.2 Abertura de cavas para os tanques............................................................ 33 5.3.5.3 Colocação do tanque na cava e compactação do solo ........................... 36 5.3.5.4 Acessórios de tanque.................................................................................... 38 5.3.5.5 Acessórios da unidade de abastecimento ................................................. 41 5.3.5.6 Acessórios da unidade de filtragem............................................................ 43 5.3.5.7 Tubulação de condução de produtos ......................................................... 45 5.3.5.8 Tubulação de monitoramento e medição................................................... 49 5.3.5.9 Tubulação de automação ............................................................................. 50 5.3.5.10 Instalações elétrica.................................................................................... 51 5.3.5.11 Instalação de condutores ......................................................................... 53 5.3.5.12 Aterramento ................................................................................................... 54 5.3.5.13 Quadro de distribuição elétrica................................................................ 55 5.3.5.14 Verificação da rede elétrica...................................................................... 55 5.3.5.15 Sistema de drenagem oleosa .................................................................. 56 5.3.5.16 Canaleta de proteção na projeção da cobertura .................................. 57 5.3.6 Piso de concreto armado com tela de aço .................................................... 58 5.4 Relatório de materiais a serem utilizados......................................................... 59 5.5 Check-list de obra ................................................................................................... 60 6 ESTUDO DE CASO ...........................................................................................62 6.1 Processo necessários para a substituição total do SASC........................... 63 6.1.1 Aprovação e licenciamento do empreendimento ......................................... 63 6.1.2 Definição da quantidades de equipamentos ................................................. 63 6.1.3 Inicio das obras .................................................................................................. 63 6.1.4 Quebra do piso e retirada dos tanques existentes....................................... 64 6.1.5 Instalação dos tanques novos ......................................................................... 65 16 7 6.1.6 Instalação das tubulações de respiro e sucção............................................ 68 6.1.7 Confecção de rede elétrica e monitoramento de bomba e tanques.......... 70 6.1.8 Sistema de drenagem oleosa .......................................................................... 72 6.1.9 Piso em concreto armado................................................................................. 73 CONCLUSÕES..................................................................................................75 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................77 ANEXO A ..................................................................................................................80 ANEXO B ..................................................................................................................85 ANEXO C ..................................................................................................................91 ANEXO D ..................................................................................................................92 ANEXO E ..................................................................................................................96 ANEXO F ..................................................................................................................99 ANEXO G................................................................................................................100 ANEXO H ................................................................................................................101 ANEXO I..................................................................................................................102 17 1 INTRODUÇÃO A partir de maio de 2002, o Brasil e especialmente o Estado de São Paulo iniciaram elaboração e revisão das normas e manuais de instalações de equipamentos em postos de serviços de combustíveis. A Companhia de Tecnologia de Saneamento – CETESB, divulgou em 2002 a existência de 255 áreas contaminadas no Estado de São Paulo; em outubro de 2003 apresentou lista com 727 áreas; em novembro de 2004, 1.336 áreas contaminadas; em maio de 2005, 1.504 e em novembro de 2005 a lista foi novamente atualizada totalizando 1.596 áreas contaminadas. A figura 1.1 apresenta a evolução do número de áreas contaminadas cadastradas. Figura 1.1: Número de áreas contaminadas no Estado de São Paulo (CETESB-SP) A tabela 1.1, apresenta a distribuição das áreas contaminadas no Estado de São Paulo, (CETESB, 2006), com base no levantamento, realizado em novembro de 2005. Tabela 1.1: Áreas contaminadas no Estado de São Paulo – Novembro 2005 18 Os postos de combustíveis destacam-se na lista de novembro de 2005 com 1.164 registros (73% do total), seguidos das atividades industriais com 254 (16%), das atividades comerciais com 95 (6%), das instalações para destinação de resíduos com 64 (4%) e dos casos de acidentes e fonte de contaminação de origem desconhecida com 19 (1%), conforme mostra a figura 1.2. Gráfico estatístico das áreas contaminadas no Estado de são Paulo Data base: nov / 05 Figura 1.2: Distribuição geográfica por tipo de atividade no Estado de São Paulo (CETESBSP,2006). Considerando que as instalações do sistema de armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais, podendo causar contaminação subterrânea e superficial do solo e ar, existe a necessidade de revisão de normas e metodologias técnicas de planejamento, construção e manutenção dessas áreas periodicamente, visando minimizar possíveis danos aos espaços e pessoas, uma vez que estas instalações, geralmente, localizam-se em áreas densamente povoadas. O processo de Licenciamento Ambiental é uma ferramenta de fundamental importância, pois permite ao empreendedor identificar os efeitos ambientais do seu negócio, e de que forma esses efeitos podem ser gerenciados. A Política Nacional de Meio Ambiente, que foi instituída por meio da Lei Federal nº. 6.938/81 estabeleceu mecanismos de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do 19 meio ambiente visando assegurar em nosso país o desenvolvimento socioeconômico e o respeito à dignidade humana. O Licenciamento é um desses mecanismos; ele promove a interface entre o empreendedor, cuja atividade pode vir a interferir na estrutura do meio ambiente, e o Estado, que garante a conformidade com os objetivos dispostos na política estabelecida. 20 2 OBJETIVOS Na implantação de novos procedimentos de instalação do Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível (SASC), são solicitados pelos órgãos reguladores documentos sobre projetos de instalação de forma a adequar a obra às normas vigentes. O presente estudo tem os seguintes objetivos: 2.1 Objetivo Geral Estabelecer os princípios gerais da montagem e instalação do SASC em posto de serviços e enfatizar a importância da tecnologia construtiva do sistema de armazenamento de combustíveis em posto de serviços, visando a proteção e preservação do meio ambiente. O presente trabalho visa desenvolver um estudo sobre os procedimentos e técnicas para execução e elaboração de projetos em postos de serviços no Estado de São Paulo, obedecendo as condições exigidas pela CONAMA 273 – Conselho Nacional do Meio Ambiente e a Resolução SMA nº. 5 – Secretaria do Meio Ambiente e as versatilidades do sistema. 2.2 Objetivo Específico Avaliar e viabilizar o projeto da obra AUTO POSTO LEBLON LTDA., de bandeira ESSO, localizado na Avenida Sumaré, 658 – São Paulo – SP, de forma a atender a legislação, com a indicação de soluções empregadas no decorrer da construção e instalação realizada no empreendimento. Visando detalhar os passos de cada processo aplicado na obra. 21 3 METODOLOGIA DO TRABALHO Para efeito da realização desta pesquisa as ataividades foram divididas em duas partes: Na primeira parte do trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica visando sistematizar as diferentes abordagens teóricas. Leitura e acompanhamento de teóricos, consultando revistas e publicações, que permitem identificar estudos correlato com o tema, bem como garantir familiarização com as novas tendências do mercado e compreensão deste. Na segunda parte do trabalho é apresentada uma amostra de obras realizadas em postos de combustíveis, e que relata a evolução dos processos e métodos de instalação do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis no Estado de São Paulo e sua interferência no meio-ambiente. A pesquisa em normas e leis auxilia na implantação de metodologias próprias de cada empresa, bem como o depoimento de profissionais do ramo, visitas técnicas e relatos. Consulta a sites específicos são apresentados. 22 4 JUSTIFICATIVA Conforme a divisão tecnológica de riscos ambientais da Cetesb, cerca de setenta e três por cento de todas as emergências atendidas foram causadas por vazamentos de posto de combustíveis sendo 1164 aproximadamente em 2005 (CETESB-SP, 2006). Este trabalho justifica-se pela necessidade de divulgação dos métodos aplicados na construção de postos de serviços e na tecnologia empregada que, por meio de projetos pilotos, utiliza um sistema de tanques e equipamentos de apoio para que não venha agredir a natureza, chamado ecologicamente correto como no processo da ISO. 23 5 INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEIS A segurança e a preservação ambiental são assuntos tratados com prioridades nos países de primeiro mundo e, crescentemente, em países emergentes como no Brasil. O sentido é de evitar impactos negativos, recuperar áreas degradadas, minimizar danos causados por derrames ou vazamentos, e preservando a área urbana e histórica (CETESB-SP, 2006). A falta de manutenção ou construção adequada acarreta em danos para os proprietários, que além das multas impostas pode ter seu empreendimento comprometido, fechado ou desvalorizado, sendo necessário total reconstrução, além de viabilizar medidas compensadoras em relação ao solo. A legislação ambiental brasileira contempla atividades de comercialização de combustíveis, determinando normas relacionadas à construção, instalação e manutenção de tanques, bombas e acessórios. As exigências legais também estabelecem as responsabilidades de cada agente ligadas, diretas ou indiretamente, à utilização do SASC, ou seja, tanto os postos revendedores como as distribuidoras são responsáveis por tal sistema (MODESTO, 2006). Conforme determina as sanções administrativas e penais aplicáveis a qualquer pessoa, física ou jurídica, que infrinja o que essa lei especifica como sendo crime ambiental (CETESB, 2006). 5.1 Aprovação do empreendimento Para aprovação total do empreendimento é necessária a liberação e documentação nos órgãos governamentais competentes. 24 5.1.1 Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental O Licenciamento Ambiental é uma ferramenta de fundamental importância, pois permite ao empreendedor identificar os efeitos ambientais do seu negócio, e de que forma esses efeitos podem ser gerenciados. A Política Nacional de Meio Ambiente, estabeleceu mecanismos de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente visando assegurar em nosso país o desenvolvimento socioeconômico e o respeito à dignidade humana. O Licenciamento é um desses mecanismos; ele promove a interface entre o empreendedor, cuja atividade pode vir a interferir na estrutura do meio ambiente, e o Estado, que garante a conformidade com os objetivos dispostos na política estabelecida (CETESB, 2006). 5.1.1.1 Licença Prévia Licença Prévia – LP é o planejamento preliminar de uma fonte de poluição, que deverá conter os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação (CETESB, 2006), figura 5.1. Para solicitar esta licença são necessários os seguintes documentos: • Requerimento padrão definido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA); • Cadastro para o empreendimento definido pelo IMA; • Publicações do pedido da Licença em jornal periódico local e no Diário Oficial do Estado, segundo modelo definido pelo IMA (anexar a página dos periódicos); • Planta de localização indicando a situação do terreno em relação a corpos d’água e edificações dentro de um raio de 200 m, conforme figura 5.1; • Prova de propriedade ou direito de uso da área; • Comprovante do pagamento da taxa de concessão da Licença Prévia. 25 Figura 5.1: Exemplo da planta da localização do empreendimento a ser licenciado (MM-SP, 2006) 26 5.1.1.2 Licença de Instalação Licença de Instalação - LI é a fase de elaboração do projeto, quando são identificadas as entradas, os processos e as saídas, ou seja, as matérias primas a serem utilizadas bem como os demais insumos, o processo produtivo com ênfase nos equipamentos e nos processos de transformação que serão realizados, e, finalmente, os produtos e resíduos gerados. Atenção especial deve ser dada às questões referentes ao controle da poluição. No projeto, o empreendedor deve especificar como e quanto serão gerados de poluição na água, no ar e no solo, bem como deve referir-se aos problemas de ruídos e vibrações. De posse da LI, o empreendedor está legalmente apto a dar início à construção, reforma, instalação ou ampliação de seu empreendimento. Para este processo são necessários os seguintes documentos: • Requerimento Padrão, definido pelo IMA; • Cadastro Padrão, definido pelo IMA (apenas se ocorreu alteração no cadastro preenchido quando da solicitação da Licença Prévia); • Projeto Básico especificando os equipamentos e sistemas de monitoramento, proteção, detecção de vazamentos, sistemas de drenagem, tratamento e controle dos efluentes e estocagem de óleo usado, tanques de armazenamento de derivados de petróleo segundo as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e projeto hidro-sanitário; • Certidão da Prefeitura Municipal declarando que o empreendimento atende à legislação aplicável ao uso e ocupação do solo (pode ser substituída pelo Alvará); • Protocolo de solicitação da outorga de uso da água fornecido pelo Órgão gestor dos recursos hídricos; • Autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) para supressão de vegetação (se couber); • Prova de solicitação do Certificado do IBAMA (se couber); • Classificação geológica e hidrogeologia da área segundo Termo de Referência definido pelo IMA; 27 • Prova de solicitação do Certificado do Corpo de Bombeiros; • Copia do Registro Geral – RG / Cadastro de Pessoa Física - CPF do responsável legal pela empresa; • Copia do Ato Constitutivo ou Contrato Social da empresa; • Cópia da LP. 5.1.1.3 Licença de Operação A Licença de Operação – LO é fornecida após a conclusão das obras de instalação de equipamentos, de acordo com as exigências da LI, o controle de poluição deverá estar garantido. Por meio de inspeção e avaliação técnica do sistema, será verificado pelos técnicos da CETESB em São Paulo se as exigências foram cumpridas. Para este processo são solicitados os seguintes documentos: • Requerimento padrão, definido pelo IMA; • Cópia das LP e LI; • Publicações do pedido da Licença de Operação em jornal periódico e Diário Oficial do Estado, segundo modelo definido pelo IMA (anexar página dos periódicos); • Comprovante de pagamento da taxa de solicitação da Licença de Operação; • Plano de Ação de Emergência – Equipe de Pronto Atendimento Emergencial (EPAE); • Plano de Resposta a Incidentes; • Plano de Manutenção de Equipamento; • Programa de Treinamento de Pessoal; • Prova de disposição adequada de óleo usado; • Declaração de comodato fornecido pela Distribuidora (se couber); • Registro da Agencia Nacional de Petróleo (ANP). 28 5.1.2 Departamento de Controle do Uso do Imóvel O Departamento de controle do uso do imóvel (CONTRU) foi criado em 1974, após a ocorrência de dois incêndios de grandes proporções, que aconteceram em São Paulo (CONTRU, 2006). O órgão, que atua na prevenção e fiscalização de instalações e sistemas de segurança de edificações do Município de São Paulo, fiscaliza a segurança de edificações institucionais, comerciais e de serviços, concede licenças e fiscaliza a instalação e o funcionamento de elevadores, esteiras e escadas rolantes. Também é atribuição do órgão conceder licença para a instalação de equipamentos de armazenagem de produtos químicos, inflamáveis e explosivos. 5.2 Definição de projetos Segundo Modesto (2006), após a liberação pela CETESB e o CONTRU (se for dentro do Município de São Paulo) inicia-se a fase de projeto, que corresponde: 5.2.1 Estudo sobre o local do empreendimento e validação da planta Segundo Fernandes (2001), para viabilizar este empreendimento executa-se um estudo de mercado, onde estuda-se a possibilidade de atrair e manter clientes, por meio de produtos e serviços de atendimento, bem como ações de marketing com o foco na melhoria dos resultados e atingir as metas do investimento e retorno do capital. 29 5.2.2 Definição do tipo de equipamento e quantidades Segundo Modesto (2006), após realizado o estudo de mercado e a verificação junto a Secretaria de Obras se é permitido construir no local, inicia-se a definição da quantidade de tanques e bombas a serem instalados para atender esta demanda. Em São Paulo a facilidade de entrega de matéria prima combustível, pode viabilizar um projeto mais otimizado, ou seja, com uma quantidade de tanques menor e conseqüente o volume menor de combustível armazenado. E com isto economiza-se no custo geral do empreendimento, que envolve licenciamento, compra de equipamentos, projeto e área a ser utilizada. 5.3 Metodologia construtiva Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis Para o início da obra utiliza-se o cronograma de barra que pode ser realizado nem software tipo: MS Project, assim definem-se as seguintes tarefas, figura 5.2: ID 1 17 Nov '02 24 Nov '02 01 Dec '02 08 Dec '02 Duration Start T F S S M T W T F S S M TW T F S S M T W T F S S M TW 21 days Mon 18/11/02 Task Name altos alphaville 2 descarte de solo 2 days 3 acerto de nivel 3 days Wed 20/11/02 4 execucao de eletrica 3 days Wed 20/11/02 5 execucao de pluvial 4 days Mon 18/11/02 6 instalacao de canaletas 3 days Mon 25/11/02 7 execucao de pista 5 days Thu 28/11/02 8 execucao de ilhas 2 days Thu 05/12/02 9 instalacao de bombas 1 day Wed 11/12/02 10 start up de bombas 1 day Thu 12/12/02 11 cura de pista 8 days Thu 05/12/02 12 li d Mon 18/11/02 M 18/11/02 Figura 5.2: Cronograma de obra realizada (MM, 2005). 30 5.3.1 Cronograma das obras O planejamento das construções da obra será elaborado por um Supervisor de Obras da Instaladora juntamente com um representante do cliente para que ambos possam definir as estratégias dos serviços levando em consideração o projeto e as prioridades. Deverá ficar na obra uma cópia do cronograma para consulta e acompanhamento. Todas as alterações ocorridas no cronograma deverão estar registradas no diário de obra, com as devidas explicações e firmadas com as assinaturas do representante técnico da instaladora e o representante técnico do cliente. 5.3.2 Início da obra Conforme firmado no cronograma pré-estabelecidos pelas partes envolvidas o inicio da obra dar-se-á após a liberação das licenças dos órgãos competentes. Para início dos serviços, faz-se necessário uma cópia do projeto atualizado com todas as mudanças solicitadas pelo cliente e uma cópia das licenças na obra. 5.3.3 Execução da obra É de responsabilidade da empresa construtora manter o canteiro de obra reservado em uma área para guardar e manter em pleno funcionamento seus pertences como: ferramentas, equipamentos de segurança, equipamentos de proteção individual (EPI), projetos, relação materiais, pessoal uniformizado e identificado. 31 5.3.4 Processos de retirada dos equipamentos existentes Quando se trata de postos em reforma, existem algumas etapas primeiras a serem realizadas como: 5.3.4.1 Demolição de piso Antes de iniciar a demolição, verificam-se as interfaces existentes isola-se a área com tapume ou tela tapume, cria-se acesso de pedestre e executa-se a sinalização de segurança. 5.3.4.2 Remoção e destinação do tanque subterrâneo Deve ser delimitada a área de trabalho em torno da região de acesso ao tanque, sendo essa área definida em função do processo a ser utilizado. Esta área deve ser isolada e sinalizada com placas ostensivas de advertência, informando a proibição de se produzir chama ou centelha, de fumar e de acesso às pessoas não autorizadas. Dois extintores de incêndio de pó químico seco de 12 kg devem ser posicionados em local acessível e próximo ao limite interno da área de trabalho. Devem ser desconectadas, removidas ou tamponadas as linhas de sucção, de descarga, respiro, retorno de combustível e equipamentos de medição. É necessário certificar-se de que todas as linhas sejam drenadas. 32 5.3.4.3 Retirada do lastro de combustível O tanque deve conter o mínimo possível de produto no momento de início desta operação, pois o seu lastro é retirado com bomba manual e acondicionado em tambor para um destino. No caso de postos que tenham contratos com companhias distribuidoras leva-se estes tambores devem ser transportadas para a base a qual dão o destino certo, caso contrario é elevado para uma empresa de destinação de resíduo. Todo equipamento elétrico deve ter o certificado elétrico à prova de explosão, pois os trabalhos serão executados em uma área classificada. 5.3.4.5 Desgaseificação A desgaseificação poderá ser feita por ventilação ou com uso de água, de modo que a atmosfera no interior do tanque seja levada a valor igual ou inferior a 10% do Limite Inferior de Exlposividade (LIE). Devem ser realizadas medições de explosividade em pelo menos três pontos do tanque: no fundo, no meio e na parte superior. • Por Ventilação: a ventilação deve se dar por intermédio de insuflação ou exaustão.O equipamento de inserção de ar no interior do tanque deve estar devidamente aterrado, de forma a eliminar a possibilidade de descarga elétrica. A pressão não deve exceder 34,5KPa (5,0psi) no interior do tanque. • Por Água : O processo de lavagem é executado por meio de um hidrojateamento e recolhido os resíduos por um auto-vacuo, o qual armazena e destina-se para uma empresa especializada para fazer a separação da água e resíduo na primeira etapa pela de decantação e na segunda etapa por processo químico. Para este processo o contratante precisa ter o CADRI (Certificado de Autorização e Destinação dos Resíduos Industriais) . 33 5.3.4.6 Transporte e destinação do tanque retirado Após todos os processos acima realizados retira-se o tanque da cava com caminhão tipo munck ou guindaste, encaminhando ao um sucateiro credenciado na CETESB, em São Paulo. 5.3.5 Processo de instalação dos equipamentos novos e acessórios Para o processo de instalação de tanques deverão ser executada as seguintes tarefas: 5.3.5.1 Recebimento do tanque na obra O recebimento do tanque deverá ser acompanhado por um responsável da instaladora e a ”ficha de acompanhamento de tanque” devidamente preenchida e assinada. O responsável determinará o melhor local para descarregar o equipamento e o mesmo deverá ser descarregado utilizando-se caminhão tipo munck ou guindaste. 5.3.5.2 Abertura de cavas para os tanques Antes de iniciar as escavações, será solicitada ao contratante uma cópia do perfil das sondagens. O inicio da cava deve distar no mínimo 1,50 m de fundações existentes e limite da propriedade, conforme figura 5.3. Admite-se a redução da distância mínima estabelecida quando submetido a um estudo específico para garantir a segurança das fundações existentes ou que venham a ser construídas. 34 Figura 5.3: Corte esquemático do terreno mostrando a distância mínima da fundação da cava – (NBR 13873) As distâncias adicionais podem ser exigidas de modo a garantir o apoio de fundações existentes, assim como, livrar o tanque das cargas decorrentes. A profundidade total da escavação é determinada pelo diâmetro do tanque, espessura do leito, altura de recobrimento e tipo de pavimentação considerada. O fundo da cava deve ser nivelado horizontalmente, figura 5.4. Figura 5.4: Inclinação determinada pelas condições do solo, profundidade da escavação e segurança – (NBR 13873) 35 A distância entre tanques deve ser 0,60 m no mínimo, figuras 5.5 e 5.6. Figura 5.5: Distância mínima entre tanques, alinhamento longitudinalmente – (NBR 13873) Figura 5.6: Assentamento do quadrante inferior do tanque e distância mínima frontal entre tanques – (NBR 13873) 36 A escavação profunda será feita por uma retro-escavadeira até as cotas determinadas. A profundidade da cava deverá ser tal que permitirá instalar o tanque sob uma camada de areia de 0,30 m e que garanta um cobrimento não inferior a 0,85 m. O solo retirado será armazenado no local para verificação e após o laudo para a destinação final. O solo contaminado será reutilizado no aterramento e/ou armazenado em depósitos licenciados, para tratamento. O solo excedente e sem contaminação, será encaminhado para um bota-fora licenciado e autorizado pelos órgãos competentes. 5.3.5.3 Colocação do tanque na cava e compactação do solo Em locais onde o lençol freático atingir a geratriz inferior do tanque, será adotado método de prevenção de flutuação do mesmo através de cálculos de neutralização da força de empuxo do tanque. Executar a camada de fundo com areia, adensar e compactar. O içamento do tanque deverá seguir as especificações do fabricante, ou seja, pelas alças de içamento localizadas na geratriz superior dos tanques, conforme figura 5.7. Figura 5.7: Içamento do tanque – (NBR 13873) 37 Antes da instalação o tanque deverá ser inspecionado para certificar-se que não tenha ocorrido nenhum dano no revestimento e/ou na parede. O vacuômetro também deverá ser inspecionado para constatar que não houve perda de pressão. Caso ocorra um dos problemas acima descritos, o fabricante será imediatamente contatado. Com o tanque na cava, este será preenchido com um terço de seu volume com água e iniciando-se o reaterro / compactação deve-se utilizar pó de pedra ou areia e deverá ser executado em camadas não superiores a 0,30 m (figuras 5.8 e 5.9), até atingir a metade da altura do tanque. Neste momento o tanque deverá ser completamente preenchido com água, para em seguida ser finalizado o reaterro até a geratriz superior do mesmo. Figura 5.8: Compactação manual da cava 38 Figura 5.9: Compactação mecânica da cava Após finalizada toda a instalação, a água do tanque será drenada, o interior do tanque será limpo e seco. A primeira descarga do produto será acompanhada pela instaladora. 5.3.5.4 Acessórios de tanque Os acessórios de tanques são equipamentos instalados com o intuito de evitar que possíveis derrames de combustíveis sejam absorvidos pelo solo. A instalação dos acessórios de tanques deverá seguir a recomendação do fabricante e normas que estão em vigência. As montagens das câmaras de contenção deverão estar estanques e para isso, deverá ser feito teste. O teste consiste em colocar água até determinada altura no interior da câmara de contenção e monitorar para verificar se há perda de água (Zeppini, 2006). 39 • Válvula Anti-transbordamento: a válvula deve ser posicionada para bloqueio da descarga quando atingido o limite de 95% da capacidade nominal do tanque e a instalação deve seguir orientação do fabricante, figura 5.10. Figura 5.10: Válvula Anti-Transbordo • Câmara de Contenção da Boca de Visita: altura livre mínima entre a tampa a tampa de câmara de contenção da boca de visita e a tampa da câmara de calcada, montada na pista acabada, deve ser 0,08m. A compactação em torno da câmara de contenção da boca de visita deve ser executada em camadas de 0,10 m, de forma homogênea, de modo a evitar pressões diferenciais em torno da parede da peça, figura 5.11. 40 Figura 5.11: Câmara de contenção da boca de visita • Câmara de Contenção de Descarga de Combustível: deve ser instalada em pista de concreto armado e o aro deve ser apoiado no concreto em toda extremidade para evitar a quebra. O nivelamento do aro deve ser feito pela face inferior, para manter a inclinação e com isso, evitar a entrada de água no seu interior. A face superior do colar da descarga selada deve ser posicionada a uma altura que permita o fechamento da câmara e também permita o acoplamento perfeito do conector da mangueira do caminhão, figura 5.12. 41 Figura 5.12: Câmara de contenção de descarga do tanque 5.3.5.5 Acessórios da unidade de abastecimento Os acessórios das unidades de abastecimento são equipamentos instalados com o intuito de evitar que possíveis derrames de combustíveis sejam absorvidos pelo solo. A instalação dos acessórios de bombas deverá seguir a recomendação do fabricante e a NBR 13873. As montagens das câmaras de contenção deverão estar estanques e para isso, deverá ser feito teste. O teste consiste em colocar água até determinada altura no interior da câmara de contenção e monitorar para verificar se há perda de água (Catalogo Técnico da Zeppini – 2006). 42 • Câmara de Contenção de Unidade de Abastecimento: Instalar a câmara de contenção sob a unidade de abastecimento com o tamanho correspondente para esta unidade, conforme orientação do fabricante da câmara. A câmara deve ser instalada sobre colchão de areia lavada, compactada, com espessura mínima de 0,10 m. O sistema de ancoragem para fixação e estruturação da câmara no ponto de apoio da unidade abastecedora, deve ser posicionado de acordo com o nível do piso acabado, de modo a garantir uma projeção mínima de 0,02m da parede da câmara de contenção. Esta projeção tem como objetivo evitar a entrada de água de lavagem de pista no interior da câmara de contenção, figura 5.13. Figura 5.13: Câmara de contenção da unidade de abastecimento 43 • Válvula de Retenção: Uma única válvula de retenção deve ser instalada na tubulação, junto à sucção de cada bomba da unidade abastecedora ou filtro prensa de óleo Diesel, figura 5.14. Figura 5.14: Válvula de retenção 5.3.5.6 Acessórios da unidade de filtragem Os acessórios das unidades de filtragem são equipamentos instalados com o intuito de evitar que possíveis derrames de combustíveis sejam absorvidos pelo solo. A instalação dos acessórios de bombas deverá seguir a recomendação do fabricante e a NBR 13873. 44 As montagens das câmaras de contenção deverão estar estanques e para isso, deverá ser feito teste. O teste consiste em colocar água até determinada altura no interior da câmara de contenção e monitorar para verificar se há perda de água. • Câmara de Contenção de Unidade de Filtragem: a câmara deve ser instalada de forma que todas as conexões e válvulas de interligação das tubulações de entrada e saída da unidade de filtragem fiquem alinhadas e posicionadas no interior da câmara de contenção. A câmara deve ser instalada sobre colchão de areia lavada, compactada, com espessura mínima de 0,10 m, figura 5.15. Figura 5.15: Câmara de contenção para unidade de filtragem 45 5.3.5.7 Tubulação de condução de produtos A cava deverá ser preparada levando-se em consideração o tipo de solo e a declividade das linhas. O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o tubo ou seu revestimento. A distância mínima entre uma tubulação e a parede lateral da cava deve ser de no mínimo uma vez o diâmetro do tubo. A cava utilizada para instalar tubulações de condução de combustível não poderá ser aproveitada para outros tipos de tubulações. Depositar uma camada de 0,10 m de areia grossa ou pó de pedra e compactar o leito. Após a compactação do leito da cava, pode-se iniciar o lançamento das tubulações. As tubulações deverão estar niveladas de acordo com as inclinações exigidas por norma, não podendo haver qualquer tipo de curva no plano vertical que possa acarretar a formação de bolsões e/ou sifões. As tubulações em instalação devem permanecer provisoriamente tamponadas, até a finalização da instalação das conexões, para evitar entrada de detritos, resíduos ou corpos estranhos que prejudiquem seu funcionamento. Para tubulação subterrânea, os tubos devem ser contínuos e sem emendas. Caso necessário, a operação de emenda deve ser por meio de conexão eletrossoldável, podendo assim o tubo ficar enterrado diretamente no solo. Caso a emenda seja por conexão do tipo mecânica, esta deve estar no interior de uma caixa estanque e que possibilite a inspeção periódica por câmara de acesso, figura 5.16. 46 Figura 5.16: Tubulação para ligação do tanque a bomba As tubulações de produto deverão entrar nas câmaras de contenção preferencialmente de maneira perpendicular e obrigatoriamente pelas flanges de vedação, figura 5.17. Figura 5.17: Flange de vedação 47 A altura mínima de profundidade da tubulação deve ser de 0,45m em relação ao nível do piso acabado. Antes da interligação aos equipamentos, a tubulação deve ser submetida a ensaio de estanqueidade, com ar comprimido ou água, a pressão mínima de 100 kPa durante 1h. As conexões e pontos de interligação devem receber uma solução de água e sabão. Os eventuais vazamentos devem ser identificados pela formação de bolhas no local, reparados e novamente ensaiadas. Ao final do ensaio, a pressão inicial deve permanecer inalterada. No caso de sistema pressurizado, a pressão de ensaio deve ser de 1,5 vez a pressão máxima de operação, atendendo no mínimo a 100 kPa. • Tipos de tubulações, figura 5.20. Para este material temos neste seguimento dois fabricantes a Zeppine ou Ecoflex, figura 5.18. Figura 5.18: Tipos de tubulação em PEAD • Tubulação de Sucção: deverá ser em PEAD com Liner classe 10 kgf/cm2 – UPP quando subterrânea. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade mínima de instalação deverá ser de 2% no sentido do tanque. • Tubulação de Descarga: deverá ser em PEAD com Liner classe 6 kgf/cm2 – UPP. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade mínima de instalação deverá ser de 4% no sentido do tanque, figura 5.19. 48 Figura 5.19: Conexões Eletro-Fusão para PEAD • Tubulação de Respiro: deverá ser em PEAD com Liner classe 10 kgf/cm2 – UPP quando subterrânea. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade mínima de instalação deverá ser de 2% no sentido do tanque. • Tubulação de Retorno: deverá ser em PEAD com Liner classe 10 kgf/cm2 – UPP quando subterrânea. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade mínima de instalação deverá ser de 2% no sentido do tanque. • Tubulação de Alimentação: a tubulação primária deverá ser em PEAD com Liner classe 10 kgf/cm2 – UPP quando subterrânea. A tubulação secundária deverá ser em PEAD com Liner classe 6kgf/cm2 – UPP. As conexões serão eletrosoldadas – UPP. A declividade mínima de instalação deverá ser de 1% conforme aplicação. • Tubulação de Eliminador de Ar das Bombas: A tubulação primária deverá ser em NYLON. A tubulação secundária deverá ser em PEAD. A declividade mínima de instalação deverá ser de 1% conforme aplicação. 49 Figura 5.20: Esquema de projeto para tubulação de sucção, respiro e enchimento 5.3.5.8 Tubulação de monitoramento e medição Deverá ser prevista no projeto uma rede de tubulação de monitoramento (detecção de vazamento) e medição volumétrica do tanque. A tubulação será em aço galvanizado segundo NBR 5598. A tubulação deverá interligar as câmaras de contenção das unidades abastecedoras, das unidades de filtragem e das bocas de visitas até a edificação. 50 Não poderão existir trechos contínuos, retilíneos de tubulação maiores que 15m, sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida em 3m para cada curva de 90o de raio longo. A declividade mínima da tubulação deverá ser de 1%. A cava deverá ser preparada levando-se em consideração o tipo de solo e a declividade das linhas. O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o tubo. 5.3.5.9 Tubulação de automação Deverá ser prevista no projeto uma rede de tubulação de automação. A tubulação será em aço galvanizado segundo NBR 5598. A tubulação deverá interligar as câmaras de contenção das unidades abastecedoras até o computador de pista e a edificação. Não poderão existir trechos contínuos, retilíneos de tubulação maiores que 15 m, sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida em 3 m para cada curva de 90o raio longo. A declividade mínima da tubulação deverá ser de 1%. A cava deverá ser preparada levando-se em consideração o tipo de solo e a declividade das linhas. O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o tubo. 51 5.3.5.10 Instalações elétrica A instalação elétrica deverá seguir a NBR 14639. Para seleção dos equipamentos a serem empregados nas instalações elétricas é necessário definir a classificação de áreas do mesmo. Nas áreas não cobertas pelas figuras e tabelas da NBR 14639, a classificação de áreas. • Alimentação Elétrica: A alimentação elétrica deverá seguir a padronização da concessionária local, com previsão para tantos medidores quantos forem os consumidores. • Cavas para Eletrodutos: A cava deverá ser preparada levando-se em consideração o tipo de solo e a declividade das linhas. • O leito da cava deverá ser limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o eletroduto. • Instalação dos Eletrodutos: Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal condutor destinar-se ao aterramento. A taxa máxima de ocupação em relação à área de seção transversal dos eletrodutos não poderá ser superior a: 53% no caso de um condutor ou cabo; 31% no caso de dois condutores ou cabos; 40% no caso de três condutores ou cabos; Não poderão existir trechos contínuos, retilíneos de tubulação maiores que 15m, sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida em 3m para cada curva de 90o de raio longo. 52 Devem ser empregadas caixas de derivação: Em todos os pontos de entrada ou saída dos condutores da tubulação, exceto nos pontos de transição ou passagem de linhas abertas para as linhas em eletrodutos, os quais, nestes casos, devem ser rematados com buchas; Em todos os pontos de junção ou derivação de condutores; Para dividir a tubulação em trechos não maiores do que os especificados. Só são admitidos em linha aparente eletrodutos que não propaguem à chama. Os eletrodutos só devem ser cortados perpendicularmente ao seu eixo. Deve ser retirada toda a rebarba suscetível de danificar as isolações dos condutores. Nas instalações subterrâneas, onde não há pavimentação, as tubulações devem estar no mínimo a 0,60 m de profundidade, com inclinação mínima de 0,5% no sentido da caixa de passagem. Onde houver pavimentação a profundidade mínima devera ser de 0,45 m. Deve ser aplicada unidade seladora em todos os eletrodutos que chegam a invólucros à prova de explosão, contendo chaves, disjuntores, relés, fusíveis, resistores ou outros equipamentos que possam produzir arcos, centelhas ou altas temperaturas (no caso de ligação inerente ao equipamento é permitido sistema similar de selagem). Entre a unidade seladora e o invólucro, podem ser instalados acessórios tipo união, luva e joelho, adequados ao invólucro à prova de explosão, e conduletes à prova de explosão tipos L, T, X e C. Os conduletes não podem ter tamanho nominal maior do que o tamanho nominal do eletroduto. É necessária a aplicação de unidade seladora em cada eletroduto que passe de uma área classificada para outra não classificada ou de uma zona para outra. A unidade seladora pode ser aplicada em qualquer um dos lados da fronteira que limita as áreas. 53 Não pode haver nenhum acessório, união, luva, ou condulete no eletroduto entre a unidade seladora e o ponto no qual o eletroduto muda de área. Não há necessidade de unidade seladora quando um eletroduto metálico atravessar uma área classificada ultrapassando em 0,30 m nos dois limites desta e se não houver nenhum acessório, união, luva, ou condulete no trecho da área classificada. Todos eletrodutos devem estar roscados e firmemente encaixados às suas conexões ou invólucros com no mínimo 5 fios de rosca. Não deve haver cruzamentos ou sobreposições entre os eletrodutos e o tanque subterrâneo, exceto os que estão indo para o tanque. Deve se evitar a proximidade entre os eletrodutos e a tubulação de produto. Tipos de eletrodutos a serem utilizados: • Em áreas não classificadas: Linha embutida: eletroduto de aço e eletrodutos de material sintético conforme NBR 14722 • Em áreas classificadas: Eletrodutos de aço galvanizado, com costura, com rebarba aparada, com rosca NPT ou com roscas BSP (conforme a NBR 5598, respectivamente) e conexões com rosca NPT ou BSP (conforme NBR 6925 ou NBR 6943, respectivamente). 5.3.5.11 Instalação de condutores Os cabos multipolares só devem conter os condutores de um e apenas um circuito e se for o caso, o respectivo condutor de proteção. Nas travessias de paredes, as linhas elétricas devem ser providas de proteção mecânica adequada, a menos que sejam constituídas por eletrodutos rígidos. 54 As conexões prensadas devem ser realizadas por meio de ferramentas adequadas para o tipo e tamanho de conector utilizado, de acordo com as recomendações do fabricante. Para alimentação de quadros, motores e unidades de abastecimento: condutores de cobre com isolamento e capa externa de PVC, conforme NBR 7288. Iluminação e tomadas: fio ou cabo de cobre com isolamento em PVC, classe de isolamento 750V, sólido ou encordoado, conforme NBR 6148, para instalações gerais embutidas ou aparentes. Para circuitos de iluminação em instalações subterrâneas, cabo de cobre com isolamento e capa externa de PVC, conforme NBR 7288. Quando utilizados lubrificantes para inserção dos condutores nos eletrodutos, estes não devem afetar a isolação dos condutores. Em casos onde há eletrodutos, mas não há previsão imediata de instalar os condutores, deverá ser deixado um cabo guia nos eletrodutos e as extremidades devidamente plugadas 5.3.5.12 Aterramento O aterramento de proteção deverá ser feito utilizando-se hastes de aço com revestimento em cobre com 254 µm de espessura e cabo de cobre nu de no mínimo 25mm2, enterrado a 0,25 m de profundidade no mínimo. O diâmetro mínimo da haste deve ser de 15,88 m e o comprimento mínimo deve ser 2.400 mm. Todas as partes metálicas expostas devem estar aterradas. Os eletrodutos metálicos de cada ilha de abastecimento devem ser aterrados na caixa de passagem mais próxima através de buchas terminais, interligadas ao condutor de proteção dos circuitos. 55 Os condutores de proteção devem ser de cobre nu, ou isolados nos mesmos eletrodutos dos circuitos. A resistência entre equipamento, ou qualquer corpo capaz de ficar eletricamente carregado, e a terra não devem ser superior a 4 Ω. 5.3.5.13 Quadro de distribuição elétrica Os quadros devem ser instalados em locais de fácil acesso e em área não classificada. Todos os circuitos devem ter plaquetas de identificação das cargas alimentadas. Deve-se sinalizar a proibição o acesso de pessoas não autorizadas e/ou especializadas. Deve ser previsto no mínimo um ponto de serviço com disjuntor ou mecanismo de proteção equivalente,. 5.3.5.14 Verificação da rede elétrica Depois de concluída e antes de ser colocada em serviço, toda a instalação elétrica deve ser verificada quanto a conformidade com as prescrições das normas. A verificação final deve consistir em: • Inspeção visual; • A inspeção visual deve proceder os ensaios e deve ser realizada com a instalação desenergizada; • A inspeção visual deve incluir no mínimo a verificação dos seguintes pontos; • Seleção de condutores de acordo com a sua capacidade de condução de corrente e queda de tensão; • Presença localizados; de dispositivos de seccionamento e comando, corretamente 56 • Identificação dos condutores neutro e de proteção; • Presença de diagramas, avisos e outras informações similares; • Identificação dos circuitos, dispositivos fusíveis, disjuntores, seccionadores, terminais, quadros, transformadores, etc; • Correta execução das conexões; • Verificação de funcionamento; Montagens tais como quadros, acionamentos, controles, intertravamentos, comandos, etc devem ser submetidas a um ensaio de funcionamento para verificar se o conjunto está corretamente montado, ajustado e instalado conforme as normas. Dispositivos de proteção devem ser submetidos a ensaios de funcionamento, se necessários e aplicáveis, para verificar se estão corretamente instalados e ajustados. 5.3.5.15 Sistema de drenagem oleosa Deve ser usada em todo posto de serviço. A caixa separadora de água e óleo deve ser usada apenas para separar os produtos imiscíveis na água. Deve ser projetada para receber o efluente de todas as áreas de contribuição, conforme NBR 14605, figura 5.21. As águas servidas e pluviais não devem ser direcionadas para a Separadora Água e Óleo, figura 5.22. O dimensionamento da caixa separadora dependerá do volume de contribuição. 57 Figura 5.21: Esquema da instalação da caixa separadora água e óleo em polietileno de alta densidade Figura 5.22: Caixa separadora água e óleo em polietileno de alta densidade 5.3.5.16 Canaleta de proteção na projeção da cobertura Deve ser usado em todos os postos de serviço. 58 Esta canaleta impermeável destina-se a contenção de pequenos vazamentos devidos a transbordamentos provenientes dos tanques dos veículos que abastecem no posto. O seu conteúdo deve ser conduzido por dutos impermeável até a caixa separadora de água e óleo, figura 5.24. Figura 5.23: Canaleta periférica metálica e caixa de passagem 5.3.6 Piso de concreto armado com tela de aço A confecção da pista de concreto deverá seguir o projeto executivo. Execução de Obras de Concreto Armado ; Será esticada uma lona em toda área a ser concretada com a finalidade de evitar a perda de água do concreto pelo solo. A pavimentação será em concreto desempenado, com Fck mínimo de 18 MPa, espessura mínima de 15 cm, armado com tela tipo Telcon Q-138, com ferro de diâmetro igual 12,5mm de ligação a cada 50 cm e comprimento de ancoragem de 60cm na espessura também determinada. Estes ferros de transição deverão estar envoltos com graxa ou revestidos por mangueira de cloreto polivinila para permitir que trabalhem eventualmente. 59 Nos casos onde houver tráfego constante de caminhões (principalmente em postos de estrada), a espessura mínima da pista de concreto deverá ser de 20 cm, armada com tela dupla (do tipo especificada anteriormente) colocada em duas etapas: uma a 5cm e outra a 15cm da base. O concreto será plaqueado por meio de corte a serra de disco, devendo formar placas de concreto em dimensões não superiores a 3x6m. O acabamento é dado no próprio concreto com desempenadeira ou equipamento próprio. 5.4 Relatório de materiais a serem utilizados Neste documento, deverá estar relacionado todos os materiais que serão utilizados durante a obra bem como as respectivas quantidades. O objetivo desse relatório é auxiliar o gerenciamento na utilização de todos os materiais, evitar que os materiais sejam empregados de maneira errada e evitar atrasos no cronograma de obra, figura 5.24. 60 Figura 5.24: Modelo de lista de materiais parcial 5.5 Check-list de obra Este documento deve ser utilizado ao longo da obra para auxiliar o gerenciamento e fiscalização de todos os serviços realizados, facilitando a detecção de falhas no processo dos serviços realizados bem como o cumprimento de todas as etapas dos serviços contratados, figura 5.25. 61 Figura 5.25: Modelo de check-list de obra 62 6 ESTUDO DE CASO O posto de combustível a ser mencionado neste estudo de caso está localizado na Av. Sumaré, 658, no município de São Paulo e no Estado de São Paulo, sua razão social é AUTO POSTO LEBLON LTDA. e sua bandeira é da ESSO BRASILEIRA DE PETROLEO LIMITADA. – Figura 6.1. Para este estudo de caso foi feito em cima de um posto retalhista e solicitado pela companhia de petróleo e da CETESB para adequação do seu sistema de armazenamento e abastecimento com troca total dos equipamentos como tanques e bombas abastecedoras, os quais estão especificados no memorial descritivo de equipamentos presentes neste trabalho. A foto abaixo mostra uma visão geral do posto Figura 6.1: Foto do Geral do Auto Posto Leblon (MM-2006) 63 6.1 Processo necessários para a substituição total do SASC Neste estudo de caso será apresentado todos os processos necessários para a substituição total dos equipamentos do sistema de armazenamento subterrâneo de combustível (SASC), em um posto de serviço. 6.1.1 Aprovação e licenciamento do empreendimento Neste estudo de caso a parte de licenciamento juntos os órgãos governamentais foi executa por uma empresa contratada diretamente pela companhia Esso Brasileira de Petróleo Limitada, pois foi enviado aos formulários aprovados, foi feito um cadastro na CETESB, e foi solicitada as licenças Previa, Instalação e da Operação pois o empreendimento já atuava a mais de 20 anos como posto no mesmo lugar, no anexo A copia das licenças. 6.1.2 Definição da quantidades de equipamentos A quantidade dos equipamentos a serem instalados já veio definida através de um projeto enviado pela companhia (Esso), pois neste caso o cliente (Esso), possui uma planilha de investimento e retorno do seu empreendimento, pode-se visualizar o projeto no anexo B. 6.1.3 Inicio das obras Para o início da obra executa-se uma reunião pré-obra no posto junto ao cliente e um representante da companhia de petróleo para definir as datas para paralisarão das atividades do posto e inícios das etapas conforme planejamento de serviços realizado em um cronograma (anexo C). 64 6.1.4 Quebra do piso e retirada dos tanques existentes Após ter verificado todas as interfaces como: rede elétrica, altura de cobertura, proximidade de colunas estruturais e outros, iniciou a quebra de 492 m2 de piso em concreto armado, para retirada dos tanques existentes, como mostra a figura 6.2 e planta no anexo F. Estas figuras 6.2 mostram a quebra do piso em concreto com martele elétrico, pois o restante do piso vai ser retirado com a maquina escavadeira, e a figura 6.3 a escavação para retirada do tanque em sua cava. Figura 6.2: Foto da quebra do piso em concreto armado (MM-2006) 65 Figura 6.3: Foto da cava do tanque a ser retirado e destinado (MM-2006) Este tanque retirado será enviado para desgaseificação, depois de medir a explosividade e sua atmosfera interior atingir um valor igual ou inferior a 10% do limite de explosividade, será levado para o sucateamento que neste caso foi feito na Gerdau. Para este serviços foram retirados 03 tanques. Anexo D 6.1.5 Instalação dos tanques novos Para a instalação dos tanques novos, foi feita abertura das cavas, garantindo os procedimentos constados em normas e executando um berço com areia para assentamento do tanque, garantindo também a segurança do local, conforme segue abaixo figura, notas fiscais e ficha de acompanhamento no anexo E: A figura 6.4 abaixo mostra o fundo da cava mostrando o berço de areia: 66 Figura 6.4: Foto da cava do tanque a ser instalado (MM-2006) Esta figura 6.5 mostra o tanque na cava nivelado, conforme procedimento em norma: Figura 6.5: Foto da cava do tanque a ser instalado (MM-2006) 67 Terminado o processo de colocação do tanque na cava inicia-se o fechamento da cava com areia, sendo colocada em camadas de 0,30m e compactado, ate o fechamento total da cava. Dado inicio à abertura da vala na boca de visita do tanque para a instalação do sump de tanque ou caixa de contenção da boca de visita, conforme figura 6.6. Figura 6.6: Foto da instalação do sump de tanque (MM-2006) Executa a instalação do spill container ou câmara de calçada de descarga de combustível, é necessário tomar muito cuidado para não ficar desnivelado, e com isto evita a entrada de água futuramente neste tanque, conforme figura 6.7. Figura 6.7: Foto da instalação do spill container (MM-2006) 68 6.1.6 Instalação das tubulações de respiro e sucção Após ter verificado o tipo de bomba abastecedora, solicita a compra do câmara de contenção da unidade abastecedora ou sump de bomba para o modelo correspondente para não ter problemas de fixação ou acomodação da bomba em seus apoios, veja a figura 6.8 e anexo G Figura 6.8: Foto da instalação do sump de bomba (MM-2006) Para tubulação de produtos foi feito abertura das cavas, ligando o sump de tanque até o local de prumada dos respiro ou do sump de tanque ate o sump de bomba para a confecção das linhas de sucção, antes de colocar a tubulação faz também um berço com areia no fundo da cava, colocamos a tubulação e depois faz a solda das conexões que vão ser ligadas no tanque, prumada do respiro e entrada da bomba. Na figura 6.9 verifica-se a prumadas dos respiro e a figura 6.10 mostra o encaminhamento da tubulação na vala. 69 Figura 6.9: Foto da prumada dos respiros (MM-2006) Figura 6.10: Foto da tubulação de respiro na cava (MM-2006) Na figura 6.11 verifica-se a tubulação saindo do sump de tanque e a figura 6.12 verificamos a tubulação chegando no sump de bomba e também mostra o encaminhamento da tubulação na vala. 70 Figura 6.11: Foto da tubulação de sucção saindo sump de tanque (MM-2006) Figura 6.12: Foto da tubulação de sucção chegando no sump de bomba (MM-2006) 6.1.7 Confecção de rede elétrica e monitoramento de bomba e tanques Confecção de tubulação seca para o monitoramento das bombas tanque, com tubo NBR 5598, conforme as figuras 6.13 e 6.14 , conforme anexo H 71 Figura 6.13: Foto da caixa de passagem da tubulação de monitoramento (MM-2006) Figura 6.14: Foto da tubulação de monitoramento no sump de bomba (MM-2006) Confecção da rede elétrica neste caso foi feita toda a tubulação e cabos novos o quadro foi reaproveitado por um exigência do cliente. As figuras 6.15 e 6.16 mostra o encaminhamento, caixas de passagens e entrada na bomba abastecedora. Figura 6.15: Foto da caixa de passagem da tubulação de elétrica da bomba (MM-2006) 72 Figura 6.16: Foto do encaminhamento da tubulação de elétrica da bomba (MM-2006) 6.1.8 Sistema de drenagem oleosa A drenagem de todo o perímetro da pista de abastecimento e na área dos enchimentos dos tanques é feita por canaleta metálica cartola “ “ com inclinação de um por cento, ligadas a caixa separadora água e óleo (SAO), a saída da separadora é ligada no esgoto, conforme projeto no anexo I Figura 6.17 mostra a instalação de caixa separadora água óleo em PEAD com uma vazão de 2000 litros por hora. Figura 6.17: Foto da Instalação da caixa separadora água e óleo (MM-2006) 73 Figura 6.18 mostra a instalação da canaleta periférica e sua ligação para caixa separadora. Figura 6.18: Foto da Instalação da canaleta periférica e a ligação ate caixa separadora água e óleo (MM-2006) 6.1.9 Piso em concreto armado A pavimentação será em concreto desempenado, com Fck de 18MPa, espessura mínima de 15 cm, armado com tela tipo Telcon Q-138. Conformem figuras 6.19 e 6.20 Figura 6.19: Foto da preparação da pista para concretagem (MM-2006) 74 Figura 6.20: Foto da concretagem da pista (MM-2006) 75 7 CONCLUSÕES No Estado de São Paulo, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) é o órgão competente responsável pela fiscalização e pela emissão das licenças de instalação e de funcionamento, sem as quais não é permitido o funcionamento dos empreendimentos determinantes de impactos e riscos ambientais. A importância do licenciamento ambiental é que a partir dele a Cetesb obtém informações precisas das condições de operações de cada posto de combustível, podendo promover planos de manutenção para equipamentos instalados como tanques de combustíveis e linhas de apoio, sendo esses o principais causadores de acidentes ambientais. Os processos constantes no estudo de caso para obtenção a substituição ou construção de um posto de serviço apresentados neste trabalho são complexos, pois envolvem o trabalho de diferentes profissionais com engenheiros, arquitetos, geográficos, geólogos, entre outros. Tendo em vista o grau de complexidade e a importância do Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível em um posto de serviço, recomendase aos donos de postos de combustíveis que necessitem de reformas e ampliações em seus estabelecimentos, a contratação de empresas qualificadas, evitando assim problemas com órgãos ambientais da sua região. Os dados fornecidos a partir da instalação dos equipamentos do SASC, contendo todas as características do empreendimento e dos equipamentos, possibilitam á Cesteb elaborar um plano de controle das áreas de ocupação e manutenção dos postos de combustíveis, diminuindo assim, consideravelmente os riscos de vazamento e outros acidentes que possam colocar em perigo á vida da população. A partir do estudo de caso pode ser observado o grau de complexidade do processo para a instalação do SASC, visando habilidade do engenheiro responsável para que 76 venha tomar decisões técnicas sem comprometer o sistema. O processo de instalação de equipamentos envolve desde um simples serviço até uma substituição total de equipamentos. E dados técnicos da grande importância para segurança e bem estar da população local. 77 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Agência de Petróleo Nacional – ANP, http://www.anp.gov.br . Associação Brasileira da Industria de Equipamentos para Postos de Serviços – ABIEPS, http://www.abieps.com.br. Book de Instalações de tanque da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga, Rio de Janeiro – RJ, 2006. Book de Instalações de tanque da Esso Brasileira de Petróleo Limitada., Rio de Janeiro – RJ, 2000. Brasil, Ministério do Meio Ambiente. Consselho do Meio Ambiente.Resoluções. Resolução Conama n. 273 de 29 de Novembro de 2000. Brasília, 2000. Disponível em http://www.mma.gov.br/port/conama>. Acesso em 25 de março de 2006. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, http://www.cetesb.sp.gov.br. FERNANDES, Armando W. Alves, Professor MSc. Da Universidade de São Paulo, na área de Market. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, http://www.inmetro.gov.br. MM. MM Comércio Manutenção e Instalação Ltda. Memorial descritivo das instalações de armazenamento de combustíveis. São Paulo: 2006. MODESTO,Jorge Luis; Engenheiro responsável e diretor da M.M Comércio Manutenção e Instalação Ltda., entrevista em 03 de julho de 2006. 78 NBR 13781; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Manuseio e instalação de tanque subterrâneo de combustíveis. São Paulo, ABNT, JUN 2001. NBR 13783; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Instalação do sistema de armazenamento de combustíveis - SASC. São Paulo, ABNT, ABRIL 2005. NBR 13784; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Detecção de vazamento em postos de serviços, São Paulo, ABNT, SETEMBRO 2005. NBR 13786; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Seleção de equipamentos e sistemas para instalação subterrânea de combustíveis. São Paulo, ABNT, SETEMBRO 2001. NBR 13873; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Instalação do Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível. São Paulo, ABNT, JUN 2001. NBR 14605; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Sistema de Drenagem Oleosa, São Paulo, ABNT, ABRIL 2005. NBR 14639; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Instalação elétricas em postos de serviços. São Paulo, ABNT, JUN 2001. NBR 14639; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Instalações elétricas, São Paulo, ABNT, ABRIL 2005. NBR 14722; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Instalação de tubulação nãometálica. São Paulo, ABNT, JUN 2001. NBR 14973; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Remoção e destinação de tanques subterrâneos usados. São Paulo, ABNT, JULHO 2004. NBR 5598; Norma Brasileira para edificação – Conexão de ferro maleável para tubulação. São Paulo, ABNT, ABRIL 2000. 79 NBR 5598; Norma Brasileira para edificação – Instalação elétrica eletroduto rígido de aço carbono. São Paulo, ABNT, JUN 1993. NBR 5598; Norma Brasileira para Posto de Serviço – Manuseio e instalação de tanque subterrâneo de combustíveis. São Paulo, ABNT, JUN 2001. NOTICIAS. Licenciamento ambiental de postos de combustíveis disponíveis em : <http//www.cetsb.sp.gov.br/Noticias/001/10/11postos.asp>. Acessado em 03 de julho de 2006. Resolução nº. 273 – Conselho Nacional Do Meio Ambiente, de 29 de Novembro 2000. São Paulo (Estado). Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB). Manual de procedimento para licenciamento ambiental de postos e sistema retalhista de combustíveis para empreendimento – reforma e amplianções. São Paulo: 2006. São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Resoluções. Resolução SMA n. 5bde 28 de Março de 2001. Disponível <http//www.cetesb.sp.gov.br/serviços/licenciamento/postos/resolução_sma5.htm> Acesso em 19 de maio de 2006 em 80 ANEXO A 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 ANEXO B 91 ANEXO C 92 ANEXO D 93 94 95 96 ANEXO E 97 98 99 ANEXO F 100 ANEXO G 101 ANEXO H 102 ANEXO I No anexo devem ser colocados elementos consultados para o desenvolvimento do trabalho, e que, mesmo não sendo fundamentais para a compreensão do texto, devem ser preservados como fonte de referência.