PERFIL GERAL DA INSTITUIÇÃO A instituição universitária hoje designada Universidade Federal da Bahia - UFBA foi criada em 18 de fevereiro de 1808, através de Carta Régia firmada pelo Príncipe Regente D. João VI, ao instituir a Escola de Cirurgia da Bahia, posteriormente Colégio Médico-Cirúrgico e depois Faculdade de Medicina da Bahia. Juntamente com a Faculdade de Direito (f. 1891), a Escola de Belas-Artes (f. 1895), a Escola Politécnica (f. 1897) e a Faculdade de Filosofia (f. 1941), constituiu o núcleo institucional que foi estabelecido como Universidade da Bahia, pelo Decreto-Lei nº 9.155, de 8 de abril de 1946. Nas décadas seguintes, desenvolveu-se amplo esforço de criação de novas unidades e órgãos complementares, em especial nas áreas das Artes e das Tecnologias, que vieram a consolidar um efetivo sistema universitário. Essa tarefa coube ao seu primeiro Reitor, Prof. Edgard Santos, nos quinze anos em que, até 1961, esteve à frente da Universidade da Bahia. Um importante passo no sentido da modernização da universidade foi o Decreto nº 62.241, de 8 de fevereiro de 1968, que definiu a sua atual organização no bojo da Reforma Universitária então empreendida nacionalmente, além de formalizar sua atual designação oficial Universidade Federal da Bahia. Com a abertura preconizada pela Lei nº 9.394/96 (LDBEN) foi aprovado um novo Estatuto para a UFBA em 2000, mas até a presente data o novo Regimento, em consonância com o Estatuto, não foi elaborado, no aguardo de novas diretrizes legais de reestruturação da educação superior. Com sede na cidade de Salvador, Estado da Bahia, a UFBA é uma autarquia com autonomia administrativa, patrimonial e financeira e didático-científica, nos termos da lei e do seu Estatuto. A UFBA conta atualmente com 30 Unidades Acadêmicas de Ensino, Pesquisa e Extensão abrangendo todos os campos do conhecimento, sendo 28 delas sediadas em Salvador e duas nos Municípios de Barreiras e Vitória da Conquista. Esses dois novos campi, instalados em 2006, resultaram do Programa de Interiorização da Universidade que, por sua vez, se inseriu no Programa de Expansão das IFES do Ministério da Educação. Em 2005, dentro desse contexto de expansão, a UFBA repassou o seu campus de Ciências Agrárias, no Município de Cruz das Almas, para a recém-criada Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), contribuindo para o fortalecimento da educação superior pública no Estado. Além das Unidades Acadêmicas a UFBA dispõe de ampla rede de órgãos complementares, suplementares e serviços que contribuem para o cumprimento da sua missão institucional de produzir, socializar e aplicar o conhecimento nos diversos campos do saber, através do ensino, pesquisa e da extensão, indissociavelmente articulados. São eles: Centro de Estudos AfroOrientais (CEAO), Centro de Estudos Baianos (CEB), Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público (ISP), Centro de Pesquisa em Geologia e Geofísica, Centro de Recursos Humanos (CRH), Editora Universitária (EDUFBA), Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), Centro Pediátrico Professor Hosanah Oliveira (CPPHO), Maternidade Climério de Oliveira (COM), Hospital Veterinário, Fazenda Experimental, Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Museu de Arte Sacra (MAS), Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) e Núcleo de Serviços Tecnológicos (NST). Na área de Artes, destacam-se a Orquestra Sinfônica, o Madrigal, o Grupo de Dança Contemporânea, a Galeria Cañizares, o Teatro Martim Gonçalves. Atualmente, a Administração Central da UFBA é composta por seis Pró-Reitorias: Graduação; Pesquisa e Pós-Graduação; Extensão; Planejamento e Administração; Desenvolvimento de Pessoas e Assistência Estudantil. Possui ainda três Conselhos Superiores: Conselho Universitário, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e Conselho de Curadores. 1 Alguns números da Universidade Federal da Bahia (ano-base 2006) dão uma idéia das suas dimensões e abrangência social: Cursos de Graduação – 65 Cursos de Mestrado – 50 Cursos de Doutorado – 31 Cursos de Especialização – 56 Especialidades da Residência Médica – 32 Matrículas na Graduação – 21.146 Matrícula na Pós-Graduação stricto sensu – 2.070 (Mestrado) e 920 (Doutorado) Matrícula na Residência Médica – 216 Professores do quadro permanente – 1.708 Professores com título de Doutorado – 952 Professores com título de Mestrado – 515 Professores substitutos – 573 Servidores – 3.126 Orçamento executado em 2006 – R$ 601.219.232,00 Orçamento aprovado para 2007 – R$ 579.889.271,00 Em números consolidados, a UFBA apresenta os seguintes dados físicos: Total de edificações – 121 Total da área construída – 287.733,25 m2 (prédios) Área total – 787.614,52 m2 (terrenos) JUSTIFICATIVA, CONCEITOS E FUNDAMENTOS A Universidade Federal da Bahia encontra-se num momento privilegiado, tanto em termos de conjuntura externa quanto de conjuntura interna, para consolidar, ampliar e aprofundar um processo de transformação já em curso. Os Conselhos Superiores da UFBA, desde a aprovação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) em 2004, haviam, em conjunto, deliberado iniciar um processo de profunda revisão da sua estrutura, função e compromisso social, visando pensar o futuro da Instituição. 2 Durante o ano de 2005, algumas iniciativas foram tomadas nesse sentido, como a apresentação de estudos preliminares do Plano Diretor. Em 2006, os Conselhos Superiores decidiram retomar e ampliar as discussões sobre a revisão do PDI. Uma Comissão bi-cameral, com a participação de dirigentes, docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes foi designada para o planejamento e organização do processo de discussão. Em seus trabalhos preliminares, a Comissão propôs uma estratégia de discussão, incluindo cronograma, com a promoção de seminários conceituais e temáticos, congressos internos nas unidades e uma instância geral de debates. Na pauta proposta e aprovada pelos Conselhos, destaca-se o item revisão da arquitetura acadêmica como uma das prioridades no processo de repensar a Universidade. O projeto de reforma da educação superior no Brasil, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, tem seu foco de mudança concentrado em aspectos macro-estruturais de financiamento e controle institucional e micro-estruturais de organização e gestão institucional. Lamentavelmente, o PL da Reforma Universitária não contempla propostas significativas de mudanças no atual modelo de formação acadêmica, seja no nível da graduação, pós-graduação ou de quaisquer modalidades de educação superior previstas na legislação em vigor. O seu foco se concentra em mecanismos regulatórios, administrativos e de financiamento para as Instituições de Ensino Superior, com a dimensão acadêmica reduzida à possibilidade de inclusão de um ciclo de estudos gerais no início dos cursos de graduação, no seu artigo 44, parágrafo 4º. Não obstante, já se registram no País iniciativas potencialmente capazes de promover uma mudança de paradigma no ensino superior no País. Dentre essas, destacam-se as da Universidade de São Paulo, ao implantar o Bacharelado em Ciências Moleculares e os cursostronco da USP-Leste, bem como a recém-criada Universidade Federal do ABC, pioneiras na proposição de modelos inovadores de ensino superior. O esgotamento do modelo profissional de graduação vigente no Brasil é hoje uma constatação. Os estreitos campos de saber contemplados nos projetos pedagógicos, a precocidade na escolha das carreiras, os altos índices de evasão de alunos por desencanto com os estudos, o descompasso entre a rigidez da formação profissional e as amplas e diversificadas competências demandadas pelo mundo do trabalho e, sobretudo, os desafios educativos da Sociedade do Conhecimento, são fatores que demandam um modelo de formação superior mais abrangente, mais flexível, mais integrador e de melhor qualidade. O movimento em defesa de uma nova arquitetura acadêmica para os cursos de graduação no Brasil foi iniciado em 2006, no âmbito da UFBA e da UnB. Rapidamente ganhou visibilidade na mídia local e nacional, angariando adeptos não somente na comunidade interna da Universidade como entre dirigentes de outras Instituições Federais de Ensino Superior. A proposta apresentada, então, pela Administração Central da UFBA visava preencher lacunas e superar problemas herdados da última reforma da educação superior, a de 1968, que havia importado modelos organizacionais de outros contextos universitários. O apoio do Ministério da Educação, representado por sua Secretaria de Ensino Superior, veio dar a esse movimento o indispensável respaldo institucional à sua viabilização, concretizado através da criação de um Grupo Técnico de Trabalho para elaboração do projeto. Em dezembro de 2006 foi realizado em Salvador o I Seminário Nacional, realizado pela UFBA e promovido pela Andifes, sob o patrocínio da SESu/MEC, seguido do II Seminário, na Universidade de Brasília, em março de 2007, eventos que atingiram de forma plena os seus objetivos de divulgação e debate de idéias no meio universitário. O Decreto Presidencial nº. 6.096/07 de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, vinculando uma significativa aplicação de recursos a propostas de renovação acadêmica, veio ao encontro das expectativas das Instituições Federais que, a exemplo da UFBA, necessitam de respaldo financeiro para se renovarem tanto no plano infra-estrutural quanto no organizacional e acadêmico. Segundo o documento de Diretrizes Gerais para o REUNI (MEC, 2007, p.22) “As universidades devem exercer sua autonomia institucional para 3 propor cursos novos, flexibilidade curricular, caminhos de formação adaptados a cada realidade local. Ao se evitar a especialização precoce, ditada por uma formação estritamente profissionalizante, torna-se possível utilizar, de forma mais eficiente, os recursos humanos e materiais existentes”. Essa ampla renovação busca maior eficiência da rede federal de educação superior, que se expressará por meio de metas e indicadores, tais como: ampliação do acesso, elevação da relação professor/aluno e aumento da taxa de diplomação dos cursos de graduação. Mais importante ainda são os aspectos substantivos do Programa como melhoria da qualidade da educação superior, adequação da formação às demandas do mundo de trabalho e benefícios à sociedade. As exigências do Decreto, assim como o prazo, de fato limitado, estabelecido para elaboração dos projetos para adesão inicial ao Programa, possibilitaram trazer à apreciação das instâncias deliberativas da universidade a presente proposta, aprovada pelo Conselho Universitário em 19/10/2007. Trata-se de um plano que, por um lado, contempla elementos de inovação, como a criação de Bacharelados Interdisciplinares (BI), a oferta de Cursos de Educação Superior Tecnológica (CEST) e a retomada e ampliação do Programa de Licenciaturas Especiais (PROLE); por outro lado, em paralelo ou em transição, permite a manutenção dos cursos atuais, com a devida articulação de suas estruturas curriculares a modelos reestruturados de arquitetura acadêmica. DIMENSÕES A. AMPLIAÇÃO DA OFERTA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA A.1 AUMENTO DE VAGAS DE INGRESSO Diagnóstico da situação atual Um país como o Brasil, que chegou ao ano de 2007 com um índice de apenas 10% dos seus jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior, precisa fazer um grande esforço no sentido da expansão desse nível de ensino. A meta definida pelo Plano Nacional de Educação projeta um índice de cobertura da educação superior de 30% (em 2010), o que nos colocará em condições minimamente comparáveis às nações social e economicamente desenvolvidas. O crescimento desproporcional do setor privado nas matrículas no ensino superior tem constituído um desafio para o Estado brasileiro, em especial para o governo federal, que reconhece o papel estratégico das universidades públicas para o desenvolvimento nacional e vem adotando, nos últimos anos, uma série de medidas cujo objetivo é retomar o crescimento do ensino superior público. Assim, a partir de 2004, foram criadas dez universidades federais (duas novas, duas pelo desmembramento de universidades existentes e seis a partir de escolas e faculdades especializadas) e 48 campi universitários em diversas regiões do País. Entretanto, há hoje um consenso de que aumentar o número de matrículas no ensino superior público é questão emergencial e essencial para o desenvolvimento do País face à constatação de que a estratégia adotada nas últimas décadas, baseada no aumento de vagas em instituições privadas - a maior parte delas com fins lucrativos – tem-se mostrado academicamente questionável e incapaz de possibilitar o atendimento da metas do PNE. Considerando o período de 1970 a 2002, portanto mais de três décadas, o número de ingressos nos cursos de graduação da UFBA teve um crescimento muito baixo, de apenas 28%, enquanto o número de candidatos ao vestibular aumentou 280%, chegando a 47.212 inscritos para 3.846 vagas. Para mudar esse quadro de estagnação a Pró-Reitoria de Graduação incluiu no seu Plano 4 de Trabalho de 2002-2006 diversas metas relacionadas ao objetivo de abrir novas vagas nos cursos de graduação. As metas de expansão da UFBA previam ações bastante diversificadas, tais como: • • • • • • Interiorização da Universidade; Criação de novos cursos nos campi de Salvador e Cruz das Almas; Aumento de vagas em cursos já existentes; Implantação de cursos noturnos; Oferecimento de cursos temporários de formação em serviço para professores da rede pública de educação básica; Preenchimento regulado de vagas ociosas. Todas essas ações foram implementadas com sucesso e o aumento de ingressos por vias alternativas chegou a 1.700 novos estudantes em 2006. A UFBA atingiu, nesse ano, em relação a 2002, o percentual de 22,1% de crescimento. Note-se que não foram incluídos nesses dados os três cursos novos criados em 2004 na Escola de Agronomia de Cruz das Almas, que passaram a pertencer à UFRB em 2006. O incremento resultante, apesar de expressivo, não chega, entretanto, a esgotar o potencial de expansão possível para a UFBA, na medida em que muitos espaços e equipamentos destinados ao ensino permanecem predominantemente ociosos nos turnos vespertino e noturno. A atual relação professor/aluno é de apenas 11,7 e ainda persiste um grande número de turmas de aulas teóricas com reduzido número de alunos. Além de aulas noturnas para alguns cursos diurnos, só há dois cursos efetivamente noturnos na UFBA: Física e Geografia. Essa situação demanda uma regulamentação interna para a otimização da oferta de disciplinas, utilização do período noturno e atribuição de encargos docentes por regime de trabalho. Tais instrumentos, somados aos recursos adicionais previstos no Programa REUNI, permitirão à Instituição cumprir sua metas de expansão, particularmente no que concerne ao aumento da relação aluno/professor para 18:1. Resta assinalar que essa regulamentação é elemento indispensável à definição da política da Universidade quanto à questão do Professor Equivalente e para o preenchimento consistente, por professores do quadro permanente, das vagas atualmente ocupadas por professores substitutos. Metas a serem alcançadas 1. Oferecer, até o final do Programa, 2.530 novas vagas em cursos noturnos de graduação, nas diversas modalidades; 2. Oferecer, até o final do Programa, 1.980 novas vagas em cursos diurnos de graduação, nas diversas modalidades; 3. Ampliar, até o final do Programa, matrículas em cursos presenciais de graduação, alcançando o total de 37.807 estudantes; 4. Elevar progressivamente, até o final do Programa, a relação professor/aluno até 1:18, considerando a dedução possibilitada pelo aumento quali-quantitativo da pós-graduação. Estratégias para alcançar as metas A expansão da oferta (prioritariamente no turno noturno) resultará do aumento das equipes docentes e de apoio da Universidade, além da conclusão de obras de ampliação e recuperação da infra-estrutura física e instalação, equipamento ou reequipamento de espaços destinados a aulas práticas e outras atividades pedagógicas. Além disso, a reestruturação curricular, com novas 5 modalidades de formação – Bacharelados Interdisciplinares (BI), Cursos de Educação Profissional Tecnológica e a retomada e ampliação do Programa de Licenciaturas Especiais (PROLE), propiciará racionalidade e flexibilidade na ampliação da oferta de vagas (ver adiante, item B.4). A ampliação de vagas na graduação dependerá também de medidas como: a) concentração da oferta dos cursos em um único turno, priorizando o turno noturno; b) melhor aproveitamento das instalações e equipamentos nos três turnos, mediante realização de atividades didáticas em espaços próximos que facilitem o deslocamento; c) fortalecimento dos Programas de Ações Afirmativas, consolidando a permanência de alunos em situação de vulnerabilidade social e econômica; d) adoção de práticas pedagógicas mais dinâmicas, atingindo maior número de alunos, viabilizadas pelo uso recorrente de tecnologias de informação e comunicação no ensino. A partir das propostas encaminhadas pelas Unidades, que implicam aumento do atual número de vagas, prevê-se a seguinte elevação global e gradativa de ingressos nos atuais cursos de graduação: da ordem de 20% para o ano de 2009, de 30% para 2010, de 40% para 2011 e de 50% para 2012. A esses percentuais de aumento serão acrescentadas 4.510 vagas em cursos novos, sendo 37.807 estudantes a estimativa de matrícula projetada total nos cursos de graduação da UFBA, para 2012, número que representa um aumento de 83 % em relação a 2007. Até o ano de 2012, prazo de conclusão do REUNI, prevê-se ainda um aumento de vagas de 20% nos cursos profissionais que se seguirão às novas modalidades de cursos: a) Bacharelados Interdisciplinares em Artes, Humanidades, Ciência e Tecnologia e Saúde; b) Cursos de Educação Profissional Tecnológica; c) Licenciaturas Especiais. Esse aumento não será linear para todos os cursos. A distribuição de vagas dependerá do comportamento da demanda observado através do acompanhamento dos estudantes nos Bacharelados, podendo ocorrer inclusive criação de novos cursos, extinção de cursos existentes, bem como redução de vagas em alguns cursos de baixa demanda. As propostas de aumento de vagas das Unidades Acadêmicas encontram-se associadas às diferentes modalidades de adesão e diversidade de cursos, conforme segue: a) implantação de 20 novos cursos de graduação; b) abertura de 21 novas turmas de cursos; c) ajuste de 22 cursos existentes ao REUNI; d) implantação de 11 Cursos de Educação Profissional Tecnológica; e) implantação de 4 Bacharelados Interdisciplinares; f) abertura de 16 turmas de Licenciaturas Especiais; g) aumento de vagas em cursos existentes. 6 Eis uma síntese das estratégias propostas neste item: 1. Contratação de 533 novos professores com equivalência em dedicação exclusiva (DDE), além de 470 professores para preencimento das vagas de substituto abertas pela Portaria Interministerial 22/2007; 2. Contratação de 426 servidores técnico-administrativos, sendo 70% de nível médio e 30% de nível superior; 3. Construção de auditórios que atendam às Unidades que ainda não possuem esse tipo de instalação, ampliação dos pequenos auditórios e recuperação dos auditórios depreciados; 4. Implantação de infra-estrutura tecnológica nos campi da Universidade, inclusive rede de videoconferência e instalação de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), de modo a atingir todos os cursos e estudantes; 5. Reestruturação da arquitetura curricular da UFBA, com a implantação de novas modalidades de cursos de graduação baseados nas Diretrizes e Dimensões do Programa REUNI; 6. Conclusão dos Pavilhões de Aulas de Ondina (PAF 3) e de São Lázaro; 7. Construção de novos Pavilhões de Aulas; 8. Construção e implantação do Centro de Idiomas; 9. Obras de construção, recuperação, reformas, ampliações e adequação de equipamentos e instalações de ensino (conforme propostas das Unidades); 10. Revisão dos atuais critérios de distribuição de encargos docentes; 11. Fortalecimento dos Programas de Ações Afirmativas e da assistência estudantil, facilitando a permanência de alunos em situação de vulnerabilidade social e econômica. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Contratação de 533 novos professores com equivalência em dedicação exclusiva (DDE). 2. Contratação de 426 servidores técnicoadministrativos, sendo 70% de nível médio e 30% de nível superior. 3. Construção de auditórios que atendam as Unidades que ainda não possuem esse tipo de instalação, ampliação dos pequenos auditórios e recuperação dos auditórios depreciados. 4. Implantação de infra-estrutura tecnológica nos campi da Universidade, inclusive rede de videoconferência e instalação de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), de modo a atingir todos os cursos e estudantes. 2008 2009 2010 X X X X X X X X X X X 2011 2012 7 5. Reestruturação da arquitetura curricular da UFBA com a implantação de novas modalidades de cursos de graduação baseados nas Diretrizes e Dimensões do Programa REUNI. 6. Conclusão dos Pavilhões de Aulas de Ondina (PAF 3) e de São Lázaro. 7. Construção de novos Pavilhões de Aulas. 8. Construção e implantação do Centro de Idiomas. 9. Obras de construção, recuperação, reformas, ampliações e adequação de equipamentos e instalações de ensino (conforme propostas das Unidades). 10. Revisão dos atuais critérios de distribuição de encargos docentes. X X X X X X X X X X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1. Oferecer, até o final do Programa, 2.530 novas vagas em cursos noturnos de graduação, nas diversas modalidades. Indicador: Mínimo de 2.600 vagas de ingresso nos cursos noturnos de graduação. Meta 2. Oferecer, até o final do Programa, 1.980 novas vagas em cursos diurnos de graduação, nas diversas modalidades. X Indicador: Mínimo de 6.200 vagas de ingresso nos cursos diurnos de graduação. Meta 3. Ampliar, até o final do Programa, o número de estudantes matriculados em cursos presenciais de graduação. X Indicador: Mínimo de 37.500 matrículas nos cursos de graduação. Meta 4. Elevar progressivamente, até o final do Programa, a relação professor/aluno até 1:18, considerando a dedução possibilitada pelo aumento quali-quantitativo da pósgraduação. Indicador: Relação professor/aluno de 1:18. X 1:14 1:16 1:18 8 A.2 REDUÇÃO DAS TAXAS DE EVASÃO Diagnóstico da situação atual A evasão de alunos em todos os níveis do sistema educacional tem se constituído num aspecto extremamente problemático na medida em que representa um prejuízo humano e social, bem como desperdício de recursos financeiros. O fenômeno da evasão no ensino superior, embora freqüentemente mencionado em documentos e estudos sobre o funcionamento desse nível educacional, tem sido pouco estudado no Brasil nos seus aspectos qualitativos de modo a que se possa conhecer adequadamente suas causas e adotar medidas capazes de corrigir essa distorção do percurso estudantil. No presente documento serão utilizadas como referência as constatações de um estudo[1] realizado em 1998 por uma comissão de professores de instituições superiores públicas, designada pela ANDIFES e SESu/MEC, sobre a evasão em 60 instituições federais e estaduais do País. As conclusões desse estudo são, em grande parte, confirmadas por trabalho[2] mais recente elaborado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Católica de Brasília, publicado em 2005. Tais estudos têm como objeto a evasão dos cursos de graduação, expressa na saída dos alunos de um curso superior sem concluí-lo. A metodologia utilizada foi a de acompanhamento de estudantes ou de fluxo, ou seja a verificação da trajetória de uma geração completa de alunos que entram num dado curso até que se complete o prazo máximo regimental para conclusão do curso. Dentre as constatações encontradas nesses estudos, destacam-se: No conjunto, os cursos com menor índice de evasão são os da área de saúde, sendo o curso de Odontologia o primeiro no ranking. Os cursos com maior índice de evasão são as licenciaturas, sobretudo os de Matemática, Física e Química. O primeiro aspecto a ressaltar no entendimento do fenômeno da evasão é que ela ocorre em três níveis: · evasão de curso; · evasão da instituição; · evasão do ensino superior. A última modalidade é a que implica maior prejuízo humano e social. Entretanto, as duas outras modalidades são também indesejáveis em função do desperdício de recursos que representam para as instituições públicas. Ademais, é importante distinguir três tipos de fatores determinantes no fenômeno da evasão no ensino superior: · referentes às características individuais dos estudantes; · internos às instituições; · externos às instituições. [1] Diplomação, Retenção e Evasão nos Cursos de Graduação em Instituições de Ensino Superior Públicas (Brasília, Andifes, 1998, mimeo).[2] O Fenômeno da Evasão na Educação Superior no Brasil (Brasília, PUC-DF, 2005, mimeo). 9 Destacaremos, neste documento, determinantes que podem ser revertidos ou atenuados através da implementação de políticas administrativas e acadêmicas. Os fatores relacionados a características individuais dos estudantes são: • formação escolar anterior; • escolha precoce da profissão; • incompatibilidade entre vida acadêmica e trabalho; • dificuldades na relação ensino-aprendizagem, traduzidas em reprovações e baixa freqüência às aulas; • desinformação sobre os cursos; • descoberta de novos interesses. Os fatores internos às instituições são: • currículos desatualizados, com rígida cadeia de pré-requisitos e falta de clareza sobre o projeto pedagógico do curso; • falta de qualificação pedagógica dos docentes na condução das aulas e das avaliações; • cultura de desvalorização da docência na graduação nas instituições universitárias; • estrutura precária e insuficiente de apoio ao ensino (laboratórios, informática, áudiovisual); • possibilidade de freqüentar dois cursos de graduação simultaneamente. Os fatores externos às instituições são: • falta de perspectiva de trabalho; • dificuldades financeiras do estudante; • desprestígio social da carreira; • percepção da desatualização da instituição face aos avanços tecnológicos, sociais e econômicos. Deve-se assinalar que nenhum desses estudos destaca devidamente a importância de precárias condições sócio-econômicas dos alunos e suas famílias como fator de evasão. Tal constatação pode ser devida à conjuntura analisada por tais estudos (em um caso, há 14 anos) ou à natureza da amostra estudada. Não obstante, nas instituições de educação superior no contexto atual, evidencia-se acelerada transformação do perfil socioeconômico e étnico-racial do corpo discente, particularmente após a implantação de políticas de inclusão social pela educação universitária (PROUNI, Programas de Ações Afirmativas etc.). Portanto, deve-se considerar esse conjunto de fatores potenciais de evasão como justificativa para reforço a políticas de assistência estudantil promotoras de permanência de jovens em vulnerabilidade sócioeconômica nas universidades públicas. A UFBA tem uma evasão média de 43%, sendo o curso de Odontologia o de menor índice e o de Física (diurno) o de maior índice. O estudo mais recente da evasão por curso na UFBA data do ano de 1995, mas os seus dados podem ser considerados válidos, para efeito de projeção quantitativa da presente proposta, tendo em vista a não ocorrência de ações significativas para reverter esse fenômeno, entre 1995 e 2004, antes da implantação de Programas de Ações Afirmativas na UFBA. 10 Metas a serem alcançadas 1. Elevar, até o final de 2010, a taxa de conclusão dos cursos de graduação da UFBA para 60%; 2. Elevar, até o final de 2011, a taxa de conclusão dos cursos de graduação da UFBA para 70%; 3. Elevar, até o final de 2012, a taxa de conclusão dos cursos de graduação da UFBA para 80%; 4. Alcançar, até o final de 2013, uma taxa de conclusão de 90% nos cursos de graduação da UFBA; 5. Reduzir, até 2012, o tempo médio de conclusão dos cursos de graduação para o tempo ideal previsto nos projetos pedagógicos, fazendo convergir a diferença atual entre o número de estudantes com direito à matrícula e a matrícula projetada. Como o cálculo da taxa de conclusão da graduação só pode ser feito após o tempo máximo de conclusão de uma geração completa de ingressantes num dado curso, prevê-se que somente em 2013 será possível constatar os efeitos globais das medidas de impacto sobre a evasão. Entretanto, será conveniente fazer um acompanhamento da evasão, ano a ano, a partir dos dados da inscrição semestral em componentes curriculares, trancamentos, cancelamentos de matrícula e transferências. Estratégias para alcançar as metas Em consonância com os achados dos estudos sobre evasão no ensino superior, as medidas para combater esse fenômeno são de natureza bastante diversificada, variando de ações assistenciais a providências no âmbito acadêmico, como realização de mudanças curriculares e adequação de horários. O estudo realizado pela Andifes (1998) levantou o seguinte conjunto de recomendações no sentido de reduzir a evasão nas instituições públicas de ensino superior: • Atualização dos currículos dos cursos de graduação de modo que respondam às mudanças culturais, artísticas, tecnológicas, organizacionais, contemplando por igual o aprimoramento do cidadão e do profissional; • Flexibilização dos currículos de graduação, redimensionando-os com menor carga horária; • Atividades de apoio pedagógico a estudantes com dificuldades de desempenho; • Melhoria da formação pedagógica do docente universitário; • Mecanismos de apoio psicopedagógico aos estudantes; • Ampliação de programas de bolsas acadêmicas; • Estímulo a projetos de aprimoramento pedagógico de cursos; • Ampliação de convênios para estágios de estudantes junto a empresas, escolas, órgãos públicos, ONGs; • Desenvolvimento de programas de cultura e lazer nas instituições; • Ações pedagógicas em disciplinas com altas taxas de reprovação; 11 • Divulgação de informações sobre os cursos de graduação e as carreiras a eles vinculadas, junto a estudantes do Ensino Médio; • Definição de um sistema de informações que impeça a duplicidade de matrícula em instituições públicas. No âmbito da UFBA, a adoção dessas recomendações, em paralelo ao reconhecimento do papel de fatores socioeconômicos e raciais nas taxas de evasão, implica desenvolver as seguintes estratégias: 1. Reforço e consolidação do Programa de Assistência Estudantil, incluindo aumento da oferta de bolsas de permanência para os estudantes socialmente vulneráveis; 2. Revisão dos currículos dos cursos profissionais, adequando-os aos princípios contidos nas diretrizes curriculares nacionais e também nas orientações do REUNI; 3. Implantação de suporte tecnológico às atividades de ensino em todas as Unidades Acadêmicas; 4. Organização da oferta de horários dos componentes curriculares de modo concentrado por turno evitando a atual dispersão; 5. Adoção de modelos de formação acadêmica caracterizados pela amplitude e integração dos campos do saber e pela flexibilidade dos percursos; 6. Adoção da modalidade Educação Superior Tecnológica, de curta duração, de acordo com a legislação vigente e em atendimento às propostas encaminhadas pelas Unidades de Ensino; 7. Implantação de um serviço de tutoria e orientação acadêmica para acompanhamento dos estudantes do Bacharelado Interdisciplinar que funcionará a partir do seu ingresso no curso, disponível também aos demais estudantes; 8. Organização da oferta dos componentes curriculares em espaços próximos, o que permitirá deslocamento mais rápido de alunos entre as salas de aula; 9. Capacitação pedagógica de professores para atualização de procedimentos didáticos e de avaliação da aprendizagem; 10. Capacitação dos servidores técnico-administrativos engajados em atividades acolhimento, procedimentos didáticos e acompanhamento do desempenho dos alunos; de 11. Oferecimento de atividades culturais e de lazer que contribuam para atrair os estudantes para a vida universitária. 12 Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Reforço e consolidação do Programa de Assistência Estudantil, incluindo aumento da oferta de bolsas de permanência para os estudantes socialmente vulneráveis. 2. Revisão dos currículos dos cursos profissionais, adequando-os aos princípios contidos nas diretrizes curriculares nacionais e também nas orientações do REUNI. 3. Implantação de suporte tecnológico às atividades de ensino em todas as Unidades Acadêmicas. 4. Organização da oferta de horários dos componentes curriculares de modo concentrado por turno evitando a atual dispersão. 5. Adoção de modelos de formação acadêmica caracterizados pela amplitude e integração dos campos do saber e pela flexibilidade dos percursos. 6. Adoção da modalidade Educação Tecnológica, de curta duração, de acordo com a legislação vigente e em atendimento às propostas encaminhadas pelas Unidades de Ensino. 7. Implantação de um serviço de tutoria e orientação acadêmica para acompanhamento do estudante do Bacharelado Interdisciplinar que funcionará a partir do seu ingresso no curso, disponível também aos demais estudantes. 8. Organização da oferta dos componentes curriculares em espaços próximos, o que permitirá deslocamento mais rápido de alunos entre as salas de aula. 9. Capacitação pedagógica de professores para atualização de procedimentos didáticos e de avaliação da aprendizagem. 10. Capacitação dos servidores técnicoadministrativos engajados em atividades de acolhimento, procedimentos didáticos e acompanhamento do desempenho dos alunos. 11. Oferecimento de atividades culturais e de lazer que contribuam para atrair os estudantes para a vida universitária. 2008 2009 2010 2011 2012 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 13 Indicadores METAS / INDICADORES 2009 ETAPAS 2010 2011 2012 2013 Meta 1. Reduzir até 2012 o tempo médio de conclusão dos cursos de graduação para o tempo ideal previsto nos projetos pedagógicos. Indicador: Tempo médio de conclusão dos cursos igual ao tempo ideal x fator de retenção. Meta 2. Elevar até o final de 2013 a taxa de conclusão dos cursos de graduação. Indicador: Taxa de conclusão dos cursos. Meta 3. Reduzir a diferença entre o número de estudantes com direito à matrícula e a matrícula projetada. Indicador: Percentual de diferença entre matrícula projetada e nº de estudantes com direito a matrícula.. X 60% 70% 80% 90% 5% 3% A.3 OCUPAÇÃO DE VAGAS OCIOSAS Diagnóstico da situação atual Conforme assinalado em A.1, desde 2003 a UFBA adotou uma nova política de aproveitamento de vagas ociosas promovendo uma série de mudanças em relação ao modelo anterior: centralização da responsabilidade do processo de preenchimento dessas vagas na Pró-Reitoria de Graduação/Serviço de Seleção, antes a cargo dos Colegiados de Curso e mudança na metodologia de cálculo, medida que resultou num aumento expressivo das vagas. As vagas são atualmente divididas em quatro categorias: transferências internas, transferências externas, reintegração em curso, portadores de diploma. Transferências internas têm prioridade em relação às demais que só têm suas inscrições abertas após o preenchimento das vagas por essa categoria. Um aspecto relacionado ao preenchimento de vagas residuais é o baixo índice de aprovação no processo seletivo. Vagas ociosas disponibilizadas e preenchidas a partir de 2003: 2003 - 1.023 / 155 2004 – 1.124 / 154 2005 – Não houve oferta. 2006 – 230 / 138 2007 - 340 / 48 14 As vagas ociosas aumentam progressivamente no decorrer dos semestres de cada curso e resultam, não somente do fenômeno da evasão, como também do atraso dos estudantes nos seus percursos acadêmicos. Um importante dado quantitativo que expressa essa situação é a diferença entre o número de estudantes com direito à matrícula e a matrícula projetada. Metas a serem alcançadas 1. Priorizar o preenchimento das vagas de graduação presenciais efetivamente disponíveis para alunos egressos de modalidades alternativas de cursos mediante processos seletivos próprios, até o fim do Programa; 2. Ampliar o preenchimento das vagas de graduação presencial, disponíveis após os processos seletivos de mobilidade interna com candidatos oriundos de outras instituições, priorizando aquelas com arquitetura curricular compatível, até o fim do Programa. Estratégias para alcançar as metas 1. Revisão da atual metodologia de cálculo das vagas ociosas para seu melhor aproveitamento; 2. Introdução, na seleção de vagas residuais para Transferência Interna, da possibilidade de acesso dos egressos dos BIs e dos cursos de Tecnológos, em cursos de formação profissional. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Rever a atual metodologia de cálculo de vagas ociosas. 2. Introduzir a seleção de vagas residuais para Transferência Interna como possibilidade de integração de egressos dos BIs e dos tecnólogos, em cursos de formação profissional. 2008 2009 2010 2011 2012 X X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta: Ampliar o preenchimento das vagas efetivamente disponíveis contemplando todas as categorias de demanda por vagas. (transferência interna, externa, portadores de diplomas e reintegração). Indicador: Vagas ociosas preenchidas em pelo menos 90%. X 15 B. REESTRUTURAÇÃO ACADÊMICO CURRICULAR B.1 REVISÃO DA ESTRUTURA ACADÊMICA BUSCANDO A CONSTANTE ELEVAÇÃO DA QUALIDADE Diagnóstico da situação atual A estrutura acadêmica vigente no Brasil caracteriza-se por marcante ambigüidade e excessiva diversificação em nomenclatura e natureza das instituições (faculdades, escolas, institutos, centros). Nessa estrutura, engessamento dos currículos dos cursos, rigidez dos pré-requisitos, impossibilidade de mobilidade interna e reduzida articulação entre campos de saber, são alguns dos fatores indicativos da necessidade de reorganização dos cursos de graduação. A esses problemas, agrega-se, por um lado, o ingresso direto aos cursos profissionais através do atual vestibular como única possibilidade de acesso à educação superior. Por outro lado, a formação acadêmica e profissional de pós-graduação mostra-se pouco articulada com os outros níveis de educação universitária. A proposta apresentada pela UFBA implica uma transformação radical da arquitetura acadêmica da Universidade, visando superar desafios e corrigir alguns dos problemas acima analisados. A manutenção da atual estrutura curricular dos cursos de graduação, tanto no plano acadêmico quanto no plano profissional, coloca a educação superior brasileira em sério risco de isolamento nas esferas científica, tecnológica e intelectual de um mundo cada dia mais globalizado e interrelacionado. A principal alteração proposta para a estrutura curricular da UFBA é a implantação dos Bacharelados Interdisciplinares (BIs) como alternativa de ingresso na educação superior. A estrutura curricular dos BIs contempla uma parte de formação geral e outra de formação específica e possibilita aos estudantes a escolha de itinerários diversificados, sendo parte dentro de um leque de componentes curriculares definidos em função da área de concentração do curso, e parte inteiramente livre. Esses cursos propiciarão formação universitária geral e terão terminalidade própria, mas poderão, também, constituir etapa prévia aos cursos profissionais que assim o prevejam. Alguns dos atuais cursos já contemplaram, durante as discussões do projeto UFBA/REUNI, a perspectiva de reserva futura (a partir de quando haja diplomados nos BIs) de parte das vagas para estudantes egressos desses cursos que desejem acesso a outros ciclos de formação universitária. Essa perspectiva possibilita, além de uma formação mais ampla desses profissionais, o aumento da taxa de graduação desses cursos e em menos tempo. Os estudantes egressos dos BIs já terão cursado, ao menos, parte dos componentes iniciais dos cursos profissionais e poderão ingressar em semestres mais avançados. Para os cursos com vagas residuais (decorrentes de evasão ou atrasos), a transferência interna de alunos dos BIs ou de CESTs é outro fator de otimização das vagas. Essa arquitetura curricular não é proposta inédita sem precedentes no Brasil ou no mundo. No Brasil, a proposta da UFBA converge, sobretudo, com os princípios filosóficos e pedagógicos que nortearam a fundação da Universidade de Brasília em 1962, sob a liderança de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro. No contexto internacional, predomina o sistema de ciclos, como adotado nas universidades norte-americanas, onde apenas 25% da carga horária do college destina-se a um campo especializado do conhecimento, geralmente não-profissional, sendo o tempo restante investido no desenvolvimento de competências gerais. No processo de reforma universitária em andamento na Europa, referido como Processo de Bolonha, embora haja diferenças entre os países, uma característica do 1º ciclo é a presença de estudos gerais. Tomando-se o exemplo da França, a licence tem a sua carga horária dividida em três terços, sendo um deles destinado aos estudos gerais e os outros dois voltados para uma área principal 16 de concentração (básica ou profissional) e uma área afim (majeure / mineure). Outros países desenvolvidos adotam modelos convergentes com um ou outro sistema. Em respeito à autonomia das Unidades Acadêmicas, quanto à adesão ao modelo de dois ciclos de graduação, foi prevista a escolha da alternativa de manutenção dos cursos nos moldes atuais, de um só ciclo e com ingresso específico. Entretanto, todos os cursos deverão adequar os seus projetos pedagógicos de forma a contemplar os princípios estabelecidos no REUNI, conforme descrito adiante no item B.2. Precisam ser previstas novas modalidades de processo seletivo, para o próprio BI e para as opções de prosseguimento da formação universitária posterior para os estudantes egressos desses cursos. O processo seletivo para todos os cursos será reavaliado em função dos novos projetos pedagógicos dos mesmos. Metas a serem alcançadas 1. Definir, junto às Unidades de Ensino, alternativas de modelos de estrutura curricular para os cursos de graduação caracterizados pela amplitude e integração dos campos do saber e pela flexibilidade dos percursos formativos; 2. Adequar, onde couber, a estrutura curricular aos novos modelos de formação na graduação; 3. Desenvolver e testar processos seletivos capazes de superar os modelos socialmente excludentes de seleção de novos estudantes para as universidades públicas. Estratégias para alcançar as metas 1. Realização de fórum interno de discussão sobre currículos de graduação, abordando aspectos teóricos e legais; 2. Elaboração dos REUNI/UFBA. projetos pedagógicos dos cursos ajustados ao Modelo 2011 2012 Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS Realização de fórum interno de discussão sobre currículos de graduação, abordando aspectos teóricos e legais. 2008 2009 2010 X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 2009 ETAPAS 2010 2011 2012 Meta 1: Definir, junto às Unidades de Ensino, alternativas de modelos de estrutura curricular para os cursos de graduação caracterizados pela amplitude e integração dos campos do saber e pela flexibilidade dos percursos formativos. Indicador: modelos de currículo definidos pelas Unidades/Colegiados. X 17 Meta 2: Adequar, onde couber, a estrutura curricular aos novos modelos de formação na graduação. Indicador: Projetos Pedagógicos elaborados. X Meta 3: Desenvolver e testar processos seletivos capazes de superar os modelos socialmente excludentes de seleção de novos estudantes para as universidades públicas. Indicador: Proposta de novos processos seletivos elaborada. X B.2 REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO Diagnóstico da situação atual A Universidade Federal da Bahia mantém inalterada a arquitetura curricular dos seus cursos de graduação, desde a Reforma Universitária de 1968. Com o REUNI, abre-se a possibilidade de implantar, em caráter experimental, o regime de ciclos na organização curricular dos cursos de graduação da UFBA. Isto implicará o ajuste da atual estrutura dos cursos de formação profissional e de pós-graduação que adotem o modelo. Algumas constatações acerca de aspectos problemáticos da estrutura e funcionamento dos cursos de graduação repetem, aprofundam e agudizam o que ocorre em instituições congêneres, tais como: 9 Os atuais cursos de graduação são orientados para a formação profissional e, mesmo aqueles que não têm essa natureza, como os bacharelados em áreas básicas, mantêm currículos concentrados sem abertura para outras áreas do conhecimento, inclusive cursos que reformaram seus currículos recentemente após a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais. 9 Há poucas propostas curriculares inovadoras, em decorrência da incompatibilidade entre essas propostas e as regras de classificação, organização e oferecimento de componentes curriculares, bem como de formas de avaliação, ainda vigentes. Dois princípios norteadores básicos dos currículos contemporâneos, flexibilidade e interdisciplinaridade, são praticados por pequeno número de cursos de graduação e os que os aplicam optam por um dos princípios, ao invés de conciliá-los. As práticas pedagógicas, adotadas nos cursos de graduação, são tradicionais, com 9 predominância de aulas expositivas e uso incipiente de recursos tecnológicos e outras formas inovadoras de ensino. 9 Os módulos de alunos são predominantemente baixos em muitos componentes curriculares cuja natureza não requer tão baixa relação professor/aluno. Metas a serem alcançadas 1. Reestruturar o modelo acadêmico atualmente vigente na UFBA, em rede ou em articulação com outras universidades públicas brasileiras, implementando uma nova arquitetura curricular, baseada nos princípios de Flexibilização, Integração, Autonomia, Atualização e Inclusão das Três Culturas; 18 2. Adequar os projetos pedagógicos de todos os cursos de graduação nos sentidos seguintes: i. ii. iii. manter regime de ciclo único, com ingresso específico para cada curso; introduzir regime de dois ciclos de graduação (BI + 1/2/3 anos); desenvolver formatos híbridos ou convergentes. Estratégias para alcançar as metas Propõe-se: · Assessoria da PROGRAD para a elaboração dos projetos pedagógicos dos cursos ajustados ao Modelo REUNI/UFBA · Realização de seminários e oficinas de trabalho visando a revisão extensiva dos currículos de graduação Como preparação, os currículos de todos os cursos da UFBA deverão ser revistos com base nos seguintes princípios norteadores: Flexibilidade – Característica que se contrapõe à rigidez dos currículos tradicionais, que só admitem possibilidades pré-fixadas de formação especializada. Estudos recentes têm demonstrado que não existe uma única ordem pela qual os sujeitos adquirem conhecimentos teóricos e práticos, contradizendo argumentos em favor de estruturas curriculares imobilizadas por conteúdos obrigatórios ordenados numa seqüência rígida. Recomenda-se hoje a inserção de uma proporção significativa de conteúdos de natureza optativa nos currículos, possibilitando ao aluno definir, em parte, o seu percurso de aprendizagem bem como reduzir ao indispensável a exigência de pré-requisito. Autonomia - O princípio da autonomia do sujeito, face ao seu próprio processo de aprendizagem, é condição básica para consolidação da competência para aprender a aprender. A conquista de tal competência é absolutamente necessária a profissionais que atuarão numa realidade em permanente transformação e que terão de enfrentar novas situações e problemas que estarão sempre emergindo nas suas experiências de trabalho. O conhecimento de técnicas investigativas constitui importante ferramenta de aquisição dessa autonomia bem como a aprendizagem de línguas estrangeiras. Articulação - Prevê o diálogo interdisciplinar entre campos de saber e se concretizam em componentes curriculares, constituindo-se na superação da visão fragmentada do conhecimento. Na prática, a articulação pode ser garantida por componentes curriculares de natureza interdisciplinar bem como do acréscimo de outros, de natureza integradora, tais como Seminários, Oficinas e Laboratórios. Atualização - É um princípio que se realiza através do adequado planejamento da oferta de componentes curriculares de modo a garantir ajustes programáticos periódicos que contemplem avanços científicos e tecnológicos, inovações artísticas e outras novidades no campo do conhecimento. A inclusão de componentes curriculares como Interdisciplinas, Tópicos Especiais em..., Trabalho de Conclusão de Curso e Atividades Complementares são exemplos de formas de atualização. Introdução às três culturas - Os currículos dos BIs deverão contemplar conteúdos dos campos artístico, científico e humanístico propiciando aos alunos a oportunidade de vivenciar experiências de aprendizagem mais abrangentes e culturalmente enriquecedoras, num nível de complexidade compatível com a educação superior. Recomenda-se a inclusão de componentes 19 curriculares que representem e articulem os três grandes campos do conhecimento elaborado. Outras modalidades alternativas de graduação além do BI poderão abrir-se a campos de conhecimento outros que não o seu eixo de formação. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Assessoria da PROGRAD para a elaboração dos projetos pedagógicos dos cursos ajustados ao Modelo REUNI/UFBA. 2. Realização de seminários e oficinas de trabalho visando a revisão extensiva dos currículos de graduação. 2008 2009 2010 2011 2012 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 X X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 Meta 1: Reestruturar o modelo acadêmico atualmente vigente na UFBA, em rede ou em articulação com outras universidades públicas brasileiras, implementando uma nova arquitetura curricular baseada nos princípios Flexibilização, Integração, Autonomia, Atualização e Inclusão das Três Culturas. Indicador: Implantação de uma nova arquitetura curricular na UFBA. Meta 2: Adequar os projetos pedagógicos de todos os cursos de graduação nos sentidos seguintes: X i. manter regime de ciclo único, com ingresso específico para cada curso; ii. introduzir regime de dois ciclos de graduação (BI + 1/2/3 anos); iii. desenvolver formatos convergentes. híbridos ou Indicador: Novos Projetos Pedagógicos dos cursos elaborados. X X 20 B.3 DIVERSIFICAÇÃO DAS PREFERENCIALMENTE COM PRECOCE E ESPECIALIZADA MODALIDADES DE GRADUAÇÃO SUPERAÇÃO DA ESPECIALIZAÇÃO Diagnóstico da situação atual A arquitetura acadêmica atualmente vigente na UFBA evidencia sérios problemas de articulação. Pode-se identificar, nesse modelo de estrutura curricular, a seguinte série (nãoexaustiva) de problemas a superar: a) Excessiva precocidade nas escolhas de carreira profissional; b) Seleção limitada, pontual e “traumática” para ingresso na graduação; c) Elitização da educação universitária; d) Viés monodisciplinar na graduação, com currículos estreitos e defasados; e) Perda de autonomia na definição dos padrões de formação, com submissão dos currículos de formação ao mercado de trabalho, mediante diretrizes curriculares oriundas das corporações profissionais; f) Enorme fosso entre graduação e pós-graduação, impossibilitando não só maior integração curricular, mas também a ampliação de atividades de pesquisa na graduação, no momento restrita ao PIBIC e estágios informais; g) Incompatibilidade quase completa com modelos de arquitetura acadêmica vigentes em outras realidades universitárias, especialmente de países desenvolvidos; h) Reduzido escopo dos referenciais curriculares, resultando em treinamento tecnológicoprofissional culturalmente empobrecido, com pouco incentivo à plena formação cidadã, artística e científica. Metas a serem alcançadas 1. Adotar, onde houver consenso quanto à sua viabilidade, o modelo de ciclos e formação em grandes áreas do conhecimento (Bacharelado Interdisciplinar) como modalidade de formação acadêmica; 2. Implantar os novos cursos profissionais reestruturados conforme o modelo REUNI/UFBA. Estratégias para alcançar as metas O Bacharelado Interdisciplinar, importante elemento da nova arquitetura curricular da UFBA cuja implantação está prevista para 2009 -, propõe equilibrar o tempo destinado à formação geral e específica e tem sua justificativa baseada na defesa de uma formação integral que possibilitará uma leitura pertinente, sensível e crítica da realidade. Tal modelo deverá formar indivíduos críticos e sintonizados com o seu tempo. Essa sintonia não poderia excluir a inserção no mundo do trabalho. Uma das principais diferenças do Bacharelado Interdisciplinar em relação ao modelo de formação superior tradicional, praticado até hoje no Brasil, diz respeito ao modo de preparação para o trabalho. Enquanto o modelo tradicional se volta de forma direta e imediata para certos campos do saber ou uma profissionalização que se expressa no desenvolvimento de competências específicas, o Bacharelado Interdisciplinar visa a preparação para o desempenho 21 de ocupações diversas que mobilizem, de modo flexível, conhecimentos, competências e habilidades. Haverá quatro áreas no Bacharelado Interdisciplinar: Artes, Humanidades, Saúde e Ciência e Tecnologia. A sua estrutura curricular prevê um curso de três anos de duração com um total de 2.400 horas distribuídas em duas etapas: a Formação Geral e a Formação Específica. A Formação Geral se dará nos três primeiros semestres com a oferta de Eixos que se dividem em Blocos que, por sua vez, são compostos por componentes curriculares. Estrutura Curricular dos Bacharelados Interdisciplinares. Elementos básicos da etapa de Formação Geral: Língua Portuguesa - constituída de dois componentes curriculares que têm por finalidade desenvolver um nível de competência que permita a compreensão e produção de textos escritos utilizando a norma culta da língua portuguesa. Componentes de natureza obrigatória, passíveis de dispensa mediante avaliação. Língua Estrangeira - será oferecida, facultativamente, aos estudantes do BI a possibilidade de aprendizagem de línguas estrangeiras num Centro de Idiomas, no qual estarão disponíveis os recursos humanos e materiais necessários. As áreas de concentração do BI poderão determinar que uma língua estrangeira seja requisito obrigatório da formação dos alunos. Linguagens Matemáticas – conjunto de componentes curriculares, facultativo, destinado a contemplar as linguagens simbólicas de natureza universal e desenvolver o raciocínio lógicoformal através de conhecimentos, técnicas e instrumentos inerentes às mesmas. Seus componentes poderão ser escolhidos livremente por qualquer estudante, bem como serem exigidos como integrantes prévios de certas áreas de concentração. Linguagens Artísticas - conjunto de componentes curriculares, facultativo, que contempla as linguagens estéticas de natureza universal, cultivando sensibilidades, conhecimentos, técnicas, instrumentos e efeitos inerentes às expressões artísticas. As áreas de concentração deverão definir os componentes curriculares prévios nos campos das artes. Estudos da Contemporaneidade - compreendem dois componentes curriculares obrigatórios que têm por finalidade proporcionar uma ampla compreensão do mundo atual nos seus múltiplos aspectos e dimensões, provendo as condições para uma participação mais eficiente e lúcida nos processos sociais. Constituem-se de conferências, palestras, seminários, mesas redondas e outros eventos sobre temas contemporâneos, coordenados e articulados por equipes formadas por docentes e monitores que atuam na graduação e pós-graduação. As áreas temáticas dos Estudos da Contemporaneidade são: a) Ambiente, Culturas e Sociedades; b) Ética, Indivíduo e Subjetividade; c) Política, Instituições e Organizações. Introdução às Três Culturas - constituído de componentes curriculares optativos que permitirão ao estudante uma aproximação inicial com as grandes áreas do conhecimento, tratadas de modo interdisciplinar, com a finalidade de garantir uma formação universitária abrangente e que também propicie a descoberta de interesses e aptidões. Os blocos das três culturas são: científico, artístico e humanístico. Orientação Profissional - constituída por um conjunto de componentes curriculares e oficinas livres, facultativos, que têm como finalidade oferecer uma visão panorâmica das diversas áreas básicas do conhecimento e suas respectivas ocupações e carreiras profissionais, orientando o estudante na escolha da área de concentração e de estudos posteriores. 22 Atividades Complementares - compreendem um conjunto de experiências acadêmicas diversificadas desenvolvidas de modo autônomo, ao longo do Bacharelado Interdisciplinar, que se constituirão de atividades de pesquisa, extensão, monitorias, cursos livres, estágios, participação em eventos culturais e acadêmicos que contribuam para o enriquecimento intelectual da formação dos estudantes. Formação Específica - corresponde a uma Área de Concentração, de livre escolha do aluno, dentro da Grande Área, constituída de componentes curriculares, em parte previamente definidos e em parte optativos que se referem a campos específicos do conhecimento. A continuidade dos estudos de graduação, após a conclusão do Bacharelado Interdisciplinar, vai requerer uma readequação dos currículos dos cursos de natureza profissional que se seguirão, na condição de segundo ciclo da graduação, com duração de 1 a 3 anos. Para a realização dessas estratégias, as seguintes etapas deverão ser cumpridas: 1. Contratação de professores e de servidores técnico-administrativos, devidamente qualificados no novo paradigma de educação superior; 2. Implantação de infra-estrutura tecnológica de apoio ao ensino, com adoção de metodologias e tecnologias pedagógicas atualizadas, dinâmicas e compatíveis com o mundo contemporâneo; 3. Criação do Instituto Interdisciplinar de Artes, Ciências e Humanidades, destinado a acolher estudantes dos Bacharelados Interdisciplinares e promover serviços essenciais à qualidade da gestão acadêmica; 4. Construção de novos Pavilhões de Aulas, bem como de novos auditórios, laboratórios e outras instalações de ensino; 5. Construção, reforma e equipamento dos auditórios, laboratórios, salas especiais e outras instalações de ensino destinadas aos cursos profissionais e às novas modalidades de formação; 6. Capacitação pedagógica e técnica de docentes e servidores técnico-administrativos; 7. Reformulação dos projetos pedagógicos dos cursos profissionais oferecidos pela UFBA. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 2008 2009 2010 2011 2012 1. Contratação de professores e de servidores técnicoX X X administrativos. 2. Implantação de infra-estrutura tecnológica de apoio X ao ensino. 3. Adoção de metodologias e tecnologias pedagógicas atualizadas, dinâmicas e compatíveis com o mundo X X X X contemporâneo. 4. Criação do Instituto Interdisciplinar de Artes, Ciências e Humanidades, destinado a acolher estudantes X X dos Bacharelados Interdisciplinares e promover serviços essenciais à qualidade da gestão acadêmica. 5. Construção de novos Pavilhões de Aulas, bem como de novos auditórios, laboratórios e outras instalações de X X ensino. 23 6. Construção, reforma e equipamento dos auditórios, laboratórios, salas especiais e outras instalações de ensino destinadas aos cursos profissionais e às novas modalidades de formação. 7. Capacitação pedagógica de docentes. 8. Capacitação técnica de servidores técnicoadministrativos. 9. Reformulação dos projetos pedagógicos dos cursos profissionais. X X X X X X X X X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1: Adotar, onde houver consenso quanto à sua viabilidade, o modelo de ciclos e formação em grandes áreas do conhecimento (Bacharelado Interdisciplinar) como modalidade de formação acadêmica. Indicador: Funcionamento dos Bacharelados Interdisciplinares. Meta 2: Implantar os novos cursos profissionais reestruturados conforme o modelo REUNI/UFBA. Indicador: Funcionamento Profissionais (em 2º Ciclo). dos Cursos X X X X X B.4 IMPLANTAÇÃO DE REGIMES CURRICULARES E SISTEMAS DE TÍTULOS QUE POSSIBILITEM A CONSTRUÇÃO DE ITINERÁRIOS FORMATIVOS Diagnóstico da situação atual Com a oportunidade de ampliação de vagas representada pelo REUNI, várias Unidades Acadêmicas apresentaram propostas de integração curricular ao regime de ciclos. Outras, mais voltadas para formação profissional propuseram cursos na modalidade Educação Superior Tecnológica, considerando o aproveitamento racional de recursos humanos, instalações e experiência já existentes dentro das respectivas áreas, bem como a identificação de demandas do mundo do trabalho por esse tipo de profissional. Propõe-se, portanto, a implantação, a partir de 2009, de mais uma modalidade de formação superior como alternativa rápida e simplificada de profissionalização. A UFBA, até o presente, nunca havia oferecido cursos superiores na modalidade de educação profissional tecnológica. Uma das razões é o fato de há mais de três décadas existirem cursos federais (CENTEC) de formação de tecnólogos na Bahia, os quais deram origem à rede CEFET que, além da sede em Salvador, estende-se atualmente por mais sete municípios de diferentes regiões do Estado. 24 A implantação do regime de ciclos não somente proporcionará mais qualidade e atualidade à formação dos estudantes de graduação como também contribuirá para a redução do desinteresse pelos estudos, situação recorrente no modelo atual, pela rigidez dos percursos curriculares. A grande flexibilidade, principal característica do novo modelo, permitirá a conclusão mais rápida da graduação em até três anos, conferindo-se os títulos de Bacharel e de Tecnólogo em variadas ofertas de formação. Ambos os cursos proporcionarão mais possibilidade de escolha aos estudantes com o atendimento do previsto no item B.2. Metas a serem alcançadas 1. Implantar os Bacharelados Interdisciplinares nas seguintes Grandes Áreas: Artes, Humanidades, Saúde, Ciência e Tecnologia; 2. Implantar Cursos de Educação Superior Tecnológica. Estratégias para alcançar as metas 1. Elaboração dos projetos pedagógicos dos cursos de Educação Superior Tecnológica; 2. Elaboração dos projetos pedagógicos dos Bacharelados Interdisciplinares, por grandes áreas de conhecimento: Artes, Humanidades, Saúde, Ciência e Tecnologia.; 3. Construção do Centro de Idiomas (Campus de Ondina), capacitando-o à oferta de componentes curriculares do Eixo Língua Estrangeira da Formação Geral do BI; 4. Implantação do Núcleo de Apoio Acadêmico destinado realização de estudos e intervenções nos processos de ensino-aprendizagem. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Elaboração dos projetos pedagógicos dos Cursos de Educação Profissional Tecnológica. 2. Elaboração dos projetos pedagógicos dos Bacharelados Interdisciplinares, por grandes áreas de conhecimento: Artes, Humanidades, Saúde, Ciência e Tecnologia. 3. Construção do Centro de Idiomas (Campus de Ondina), capacitando-o à oferta de componentes curriculares do Eixo Língua Estrangeira da Formação Geral do BI. 4. Implantação do Núcleo de Apoio Acadêmico, destinado à realização de estudos e intervenções nos processos de ensino-aprendizagem. 2008 2009 2010 2011 2012 X X X X X 25 Indicadores METAS / INDICADORES ETAPAS 2008 2009 2010 2011 2012 Meta 1: Implantar os Bacharelados Interdisciplinares nas seguintes Grandes Áreas: Artes, Humanidades, Saúde, Ciência e Tecnologia. Indicador: Funcionamento dos Bacharelados Interdisciplinares. Meta 2: Implantar Cursos de Educação Profissional Tecnológica. Indicador: Funcionamento dos cursos de Educação Profissional Tecnológica. X X B.5 PREVER MODELOS DE TRANSIÇÃO, QUANDO FOR O CASO Diagnóstico da situação atual Não se aplica Metas a serem alcançadas 1. Elaborar um plano de transição do atual modelo acadêmico, para o regime renovado que será implantado a partir de 2009, prevendo ações e procedimentos envolvendo todas as dimensões. Estratégias para alcançar as metas Com a adoção da nova arquitetura curricular, haverá um período de transição que se estenderá de 2008 a 2012. Em 2008, com a chegada da primeira parcela dos recursos financeiros do REUNI, terão início as ações de implantação das mudanças: a) ampliação e recuperação da infra-estrutura física das instalações de ensino; b) implantação de parque tecnológico para dar suporte às atividades de ensino; c) elaboração e apreciação, pelos Conselhos Superiores, dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação; d) implantação dos novos formatos, bem como das normas e projetos que se fizerem necessários. 26 Prevê-se, a partir de 2009, os seguintes processos de transição envolvendo os cursos de graduação: 1. Estudo dos fluxos de alunos dos Bacharelados Interdisciplinares e dos cursos profissionais e suas implicações para os recursos humanos (professores e servidores), espaço físico, equipamentos, gestão acadêmica e levantamento dos recursos financeiros necessários; 2. Adoção de medidas de incentivo à diplomação nos prazos estabelecidos, como horários de aulas concentrados, oferta de aulas em espaços próximos e ajustes nas regras de inscrição em disciplinas; 3. Adequação das grades curriculares dos cursos de graduação às diretrizes do REUNI; 4. Definição dos processos seletivos adequados às diferentes modalidades de cursos de graduação; 5. Estabelecimento de regras de equivalência e de transição entre os currículos atuais e os reformulados pelo REUNI; 6. Ajuste gradual do número de vagas de ingresso nos cursos profissionais que aderirem ao Programa de Reestruturação das Universidades – REUNI; 7.Implantação dos novos cursos profissionais para os egressos dos BIs e dos cursos de Tecnólogos, com reserva de vagas para essas categorias. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Estudo dos fluxos de alunos dos Bacharelados Interdisciplinares e dos cursos profissionais e suas implicações para os recursos humanos (professores e servidores) espaço físico, equipamentos, gestão acadêmica e levantamento dos recursos financeiros necessários. 2. Adoção de medidas de incentivo à diplomação nos prazos estabelecidos, como horários de aulas concentrados em espaços próximos e ajustes nas regras de inscrição em disciplinas. 3. Adequação das grades curriculares dos cursos de graduação às diretrizes do REUNI. 4. Definição dos processos seletivos adequados às diferentes modalidades de cursos de graduação. 5. Estabelecimento de regras de equivalência e de transição entre os currículos atuais e os reformulados pelo o REUNI. 6. Ajuste gradual do número de vagas de ingresso nos cursos profissionais que aderirem ao Programa de Reestruturação das Universidades – REUNI. 7. Implantação dos novos cursos profissionais para os egressos dos BIs e cursos de tecnólogo, com reserva de vagas para essas categorias. 2008 2009 2010 X X X X 2011 2012 X X X X X X X X 27 Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1: Elaborar um plano de transição do atual modelo acadêmico, para o modelo que será implantado a partir de 2009, prevendo ações e procedimentos que envolvam todas as dimensões. Indicador: Plano de transição entre os modelos acadêmicos elaborado. X C. RENOVAÇÃO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR C.1 ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR COM A EDUCAÇÃO BÁSICA, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Diagnóstico da situação atual Dez anos depois de a LDBEN determinar que todos os professores da educação básica tenham formação superior em licenciatura, e apesar do esforço dos poderes públicos, nas suas três instâncias, o Estado da Bahia apresenta, em 2006, percentual de 59 % de professores sem essa formação atuando no Ensino Fundamental e 26 % no Ensino Médio. Por outro lado, conforme quadro abaixo, dados sobre desempenho de alunos da educação básica no Estado revelam percentuais insatisfatórios de alunos proficientes. Avaliação de Desempenho de Alunos da Rede Pública no Estado da Bahia em 2004 Disciplinas Português Matemática Percentual de alunos proficientes em 2004 4ª série do EF 8ª série do EF 3ª série do EM Municipal Estado Municipal Estado Municipal Estado 38,8 % 42,2% 36,4% 41,8% 8,6% 15,4% 21,4% 23,4% 0,4% 0,3% 1,5% 3,0% Fonte: SEC/BA - Avaliação de Desempenho 2004 Repetindo tendência nacional, a situação é grave em Língua Portuguesa, mas especialmente preocupante em Matemática. Observa-se que todos os indicadores de proficiência são inferiores a 50%. Em uma análise simples, a rede pública de educação na Bahia não tem garantido os níveis mínimos de proficiência nas disciplinas da educação básica. Embora múltiplos fatores possam ser apontados como determinantes da qualidade do ensino destacam-se dentre esses a qualificação e o comprometimento dos professores associados a uma gestão escolar empenhada na obtenção de resultados. As universidades, no exercício de suas competências, através das suas funções de ensino, pesquisa e extensão, devem contribuir para reverter esse quadro ainda extremamente negativo. A partir de 2003, a Universidade Federal da Bahia passou a colaborar com políticas de qualificação superior de docentes das redes municipais e estadual, firmando convênios com a Secretaria de Educação do Estado e com as Prefeituras de Salvador e Irecê. Essa qualificação, na modalidade formação inicial, tem como objetivo promover um salto de qualidade no ensino público. Hoje essa formação vem sendo oferecida a professores que têm nível médio, 28 licenciatura curta, ou mesmo formação superior de outra natureza, para a obtenção de licenciatura plena em Letras Vernáculas, Letras Vernáculas com Inglês, Física, Química, Biologia, História e Geografia num total de 450 matrículas. Para as duas redes municipais foi oferecida Licenciatura em Pedagogia a mais de 200 professores que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Como em todo o País a rede pública de educação básica na Bahia tem carências mais acentuadas de professores de Matemática, Física, Química e Língua Estrangeira. Metas a serem alcançadas 1. Implantar Cursos de Educação Superior Tecnológica de 2009 até o final do Programa; 2. Ampliar o Programa de Licenciaturas Especiais – PROLE, oferecendo, até 2011, pelo menos 800 vagas em cursos de licenciatura para professores em exercício na rede pública de educação básica; 3. Criar uma Licenciatura Integrada em Ciências da Natureza, Matemática e Tecnologias, de modo a reduzir a carência de professores do ensino médio, nessas áreas; 4. Realizar estudos visando à elaboração de um projeto integrado de licenciaturas nas linguagens artísticas; 5. Realizar ações de qualificação de professores e gestores escolares na modalidade educação continuada, através de cursos de extensão, de pós-graduação Lato Sensu e outras atividades pertinentes; 6. Desenvolver projetos de pesquisa na área educacional com o objetivo de conhecer o funcionamento do sistema escolar público de modo a contribuir para uma maior eficácia organizacional e pedagógica; 7. Implantar, através de convênio com a Secretaria Estadual de Educação, projeto de avaliação sistemática do Ensino Médio – Projeto AVALIE. Estratégias para alcançar as metas O financiamento dos cursos de licenciatura oferecidos pela UFBA às redes públicas de educação básica, até a presente data, tem sido feito pelos poderes públicos demandantes. Com a expansão de vagas, viabilizada pelo REUNI, a UFBA poderá dar continuidade aos programas de formação inicial para professores em exercício, com recursos próprios, estabelecendo uma parceria com os órgãos públicos de educação básica no sentido de definir critérios e condições de participação. Outra medida relacionada à qualificação de professores em exercício na rede pública é a criação de uma licenciatura integrada que prepare professores para atuar no ensino da Física, Química e Matemática, visando a superação da extrema e crônica carência de professores com formação específica nessas áreas. Essa modalidade de licenciatura já vem sendo oferecida em importantes universidades como a USP e a UNICAMP. Durante o período de 1999 a 2004, a UFBA manteve convênio com a Secretaria Estadual de Educação para, através do ISP - órgão suplementar -, operar uma Agência de Avaliação para avaliação externa da educação básica no Estado da Bahia. Atualmente estão em andamento articulações entre a Secretaria e a Universidade no sentido de que esta, através do seu Serviço de Seleção, Orientação e Avaliação, retome a função de avaliação do desempenho do sistema e da aprendizagem dos alunos do ensino médio, implantando o AVALIE - Projeto de Avaliação 29 Externa do Ensino Médio, com vistas à orientação de ações mais pertinentes e eficazes por parte da Secretaria Estadual de Educação. Uma dimensão que também envolve as relações entre educação básica e superior, e que merece especial atenção, diz respeito à produção de pesquisas na área educacional, que atualmente ressente-se da falta de estudos capazes de contribuir para a elevação do desempenho do sistema escolar, sobretudo no nível micro-educacional relacionado com os processos de ensinoaprendizagem. Com o REUNI, pretende-se incentivar na UFBA o desenvolvimento de estudos e projetos que concorram para o aprimoramento das práticas pedagógicas na educação básica. Eis uma síntese dessas estratégias, como segue: 1. Convênios com a Secretaria Estadual de Educação, e Prefeituras Municipais, para oferecimento de licenciaturas a professores em exercício e de ações de formação continuada; 2. Elaboração do projeto pedagógico de um curso de Licenciatura Integrada em Ciências da Natureza, Matemática e Tecnologias; 3. Produção de estudos e projetos voltados para o aprimoramento da educação básica pública; 4. Realização de convênio com a Secretaria Estadual de Educação para implantar o Projeto AVALIE, de avaliação continuada do ensino médio; 5. Elaboração dos projetos pedagógicos dos cursos de Educação Superior Tecnológica. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Convênios com a Secretaria Estadual de Educação, e Prefeituras Municipais, para oferecimento de licenciaturas a professores em exercício e de ações de formação continuada. 2. Elaboração projeto pedagógico de um curso de Licenciatura Integrada em Ciências da Natureza, Matemática e Tecnologias. 3. Produção de estudos e projetos voltados para o aprimoramento da educação básica pública . 4. Realização de convênio com a Secretaria Estadual de Educação para implantar o Projeto AVALIE, de avaliação continuada do ensino médio. 5. Elaboração dos projetos pedagógicos dos Cursos de Educação Superior Tecnológica. 2008 2009 2010 2011 2012 ETAPAS 2010 2011 2012 X X X X X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 2009 Meta 1: Implantar cursos de Educação Superior Tecnológica, até o final do Programa. Indicador: Funcionamento dos Cursos de Educação Superior Tecnológica. X X X X 30 Meta 2: Ampliar o Programa de Licenciaturas Especiais – PROLE, oferecendo, até 2011, pelo menos 800 vagas em cursos de licenciatura para professores em exercício na rede pública de educação básica. Indicador: Mínimo de 800 professores da rede pública matriculados em licenciaturas. Meta 3. Criar uma Licenciatura Integrada em Ciências da Natureza, Matemática e Tecnologias, de modo a reduzir a carência de professores do ensino médio nessas áreas. X Indicador: Projeto pedagógico da Licenciatura Integrada. Meta 4: Realizar estudos visando à elaboração de um projeto integrado de licenciaturas nas linguagens artísticas. X Indicador: Projeto de licenciatura nas linguagens artísticas. Meta 5: Realizar ações de qualificação de professores e gestores escolares na modalidade educação continuada, através de cursos de extensão, de pós-graduação Lato Sensu e outras atividades pertinentes. X Indicador: Mínimo de trinta ações realizadas por ano, a partir de 2008. Meta 6: Desenvolver projetos de pesquisa na área educacional com o objetivo de conhecer o funcionamento do sistema escolar público de modo a contribuir para uma maior eficácia organizacional e pedagógica. X Indicador: Mínimo de dois projetos por ano, a partir de 2009. Meta 7: Implantar, através de convênio com a Secretaria Estadual de Educação, projeto de avaliação sistemática do Ensino Médio – Projeto AVALIE. Indicador: Projeto AVALIE em funcionamento. X X X X X X X X X X C.2 ATUALIZAÇÃO DE METODOLOGIA (E TECNOLOGIAS) DE ENSINOAPRENDIZAGEM Diagnóstico da situação atual Atualmente, a educação superior ainda sofre com o verbalismo da velha e pouco atraente aula expositiva ou mesmo com outros expedientes didáticos de baixa eficácia. Abordagens de aprendizagem de cunho científico, associadas ao uso recorrente das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no cotidiano do ensino na Universidade são determinantes na elevação da 31 qualidade da atividade docente. Essas tecnologias, acompanhadas por progressos nas ciências cognitivas e nos métodos educacionais, estão transformando rapidamente as estruturas, instituições e, em particular, métodos e práticas de ensino e aprendizagem em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). Ao mesmo tempo, as tecnologias de informação e comunicação têm demonstrado seu enorme potencial de ampliação do acesso à educação superior, permitido o atendimento a grupos mais numerosos de alunos, reduzindo custos - sem perda de qualidade -, facilitando vínculos internacionais e cooperação dentro das fronteiras nacionais. A educação, em todos os níveis, não pode mais ignorar o que se passa no mundo. As novas tecnologias transformaram tão espetacularmente não só a nossa maneira de comunicar, como também de trabalhar, de decidir e de pensar. Tais tecnologias permitem que sejam criadas situações de aprendizagem ricas, complexas, diversificadas, por meio de uma divisão do trabalho pedagógico que não mais impõe sobre o professor todo o investimento institucional, vez que tanto a informação quanto a dimensão interativa são assumidas pelos produtores dos instrumentos. O que se espera do professor é uma mudança de paradigma que lhe permita concentrar-se na criação e gestão das situações de aprendizagem. Segundo o Plano Institucional de Educação a Distância (2004-2008), a introdução das TIC nos processos de ensino “vai muito além da simples substituição da prática presencial de interação oral pela prática textual na web. Ele envolve a assimilação e a escolha de uma teoria de aprendizagem que estará determinando os princípios que serão aplicados na organização da situação didática e, consequentemente, em novas metodologias de ensino-aprendizagem. Para isso é importante prover meios para a capacitação das equipes encarregadas de planejar atividades de aprendizagem on line, focando não apenas a tecnologia, mas também e principalmente, os aspectos pedagógicos e comunicacionais”. No que concerne ao uso de tecnologias no ensino, há oito anos vem ocorrendo na UFBA diversas iniciativas isoladas de cursos de extensão e especialização a distância, bem como a utilização do Moodle, uma plataforma do tipo AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) por professores, no ensino de graduação e pós-graduação. Desde 2006 a UFBA obteve credenciamento do MEC para oferecer cursos de graduação a distância, tendo sido criada uma Comissão de Educação a Distância (CEAD) que vem desenvolvendo atividades de apoio a essa modalidade de ensino, particularmente às ações da Universidade Aberta do Brasil, que oferecerá, a partir de 2007, curso de Licenciatura em Matemática para 250 professores da rede pública. Entretanto, todo esse esforço da UFBA para garantir e ampliar a presença de tecnologias no ensino ainda não foi suficiente para se chegar a um patamar satisfatório de utilização dos recursos hoje disponíveis no cenário educacional. No contexto do REUNI, que aponta para uma ampliação expressiva de vagas e elevação da relação professor/aluno, urge que a Universidade invista significativamente na implantação de um parque tecnológico que dê suporte ao uso recorrente de tecnologias como ferramentas didáticas, que permitirão racionalizar e otimizar o trabalho docente. Metas a serem alcançadas 1. Atualizar os equipamentos de todas as unidades de ensino participantes do REUNI/UFBA; 2. Elaborar plano de capacitação pedagógica para os docentes da UFBA; 3. Capacitar, para utilização de tecnologias de informação e comunicação como ferramentas de ensino- aprendizagem, todos os professores admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual corpo docente; 32 4. Capacitar todos os servidores técnico-administrativos que operarão os complexos sistemas de registro acadêmico, bem como aqueles engajados no apoio aos processos de ensinoaprendizagem baseados nas novas tecnologias de informação e comunicação. Estratégias para alcançar as metas 1. Complementação do cadastro de instalações e equipamentos de ensino da UFBA, com particular foco na disponibilidade de TIC; 2. Implantação de uma política de constante renovação tecnológica nas unidades de ensino participantes do Programa REUNI/UFBA; 3. Reequipamento e reestruturação do Centro de Processamento de Dados da UFBA, tornandoo Central de Tecnologias de Informação e Comunicação da UFBA; 4. Reequipamento e reestruturação da Secretaria Geral de Cursos, tornando-a Central de Registros Acadêmicos da UFBA; 5. Promoção de seminários, treinamentos e oficinas de trabalho para capacitação técnica de servidores técnico-administrativos que operarão os complexos sistemas de registro acadêmico, bem como aqueles engajados no apoio aos novos processos de ensino e aprendizagem baseados nas novas tecnologias de informação e comunicação; 6. Realização de estudo diagnóstico das práticas pedagógicas do corpo docente da UFBA. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Completação do cadastro de instalações e equipamentos de ensino da UFBA, com particular foco na disponibilidade de tecnologias de informação e comunicação. 2. Implantação de uma política de constante renovação tecnológica nas unidades de ensino participantes do Programa REUNI/UFBA.. 3. Reequipamento e reestruturação do Centro de Processamento de Dados da UFBA, tornando-o Central de Tecnologias de Informação e Comunicação da UFBA. 4. Reequipamento e reestruturação da Secretaria Geral de Cursos, tornando-a Central de Registros Acadêmicos da UFBA. 5. Promoção de seminários, treinamentos e oficinas de trabalho para capacitação técnica de servidores técnico-administrativos que operarão os complexos sistemas de registro acadêmico, bem como aqueles engajados no apoio aos novos processos de ensino e aprendizagem baseados nas novas tecnologias de informação e comunicação. 6. Realização de estudo diagnóstico das práticas pedagógicas do corpo docente da UFBA.. 2008 2009 2010 2011 2012 X X X X X X X X 33 Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1: Atualizar os equipamentos de todas as unidades de ensino participantes do REUNI/UFBA. X X X X X X X X Indicador: Unidades devidamente equipadas. Meta 2: Elaborar plano de capacitação pedagógica para os docentes da UFBA. Indicador: Plano de capacitação pedagógica elaborado. Meta 3. Capacitar para utilização de tecnologias de informação e comunicação como ferramentas de ensino-aprendizagem, todos os professores admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual corpo docente. Indicador: 100% dos professores admitidos a partir de 2008 e pelo menos 20% do atual corpo docente, capacitados pedagógicamente e para a utilização de TIC no ensino . Meta 4. Capacitar todos os servidores técnicoadministrativos que operarão os complexos sistemas de registro acadêmico, bem como aqueles engajados no apoio aos processos de ensino e aprendizagem baseados nas novas tecnologias de informação e comunicação. Indicador: Todos os servidores técnicos – administrativos admitidos a partir de 2008 capacitados para o exercício de suas funções. X C.3 PREVER PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PEDAGÓGICA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO MODELO Diagnóstico da situação atual Nos ambientes acadêmicos há um consenso, não declarado, de que as práticas pedagógicas podem ser desenvolvidas intuitivamente, por imitação, com base no senso comum e sem qualquer suporte teórico. Segundo essa percepção, as teorias sobre o binômio ensinar-aprender se aplicariam apenas às etapas escolares da infância e adolescência. Embora nos documentos de diagnóstico e planejamento da atividade acadêmica a referência a essa lacuna seja recorrente, de fato, a maioria dos professores que atuam no ensino superior nunca se submeteram a programas de capacitação pedagógica, ou mesmo buscaram auto-didaticamente adquirir tal competência. Por inferência, pode-se afirmar que o conhecimento acumulado em décadas de pesquisa sobre os processos cognitivos, e as teorias sobre a aprendizagem que lhes dão suporte, não tem se aplicado a indivíduos que já passaram dos dezoito anos, segundo a melhor tradição universitária. 34 Alguns estudos realizados por pesquisadores da área de educação têm proporcionado uma base empírica para se afirmar o quanto essa lacuna na formação dos docentes repercute no desempenho dos estudantes. Entretanto, a simples observação de práticas pedagógicas de ensino e de avaliação tradicionais e ineficazes, realizadas de modo generalizado nas instituições de ensino superior, permite concluir que o conhecimento sistematizado sobre ensino-aprendizagem seguramente contribuiria para reverter alguns índices que comprometem o bom desempenho estudantil. Por conseqüência, comprometem também o desempenho institucional: absenteísmo, evasão, repetência, não fixação de conteúdos estudados, não articulação entre teoria e prática e, até mesmo, não valorização do conhecimento elaborado por parte dos alunos. Estão mencionadas abaixo as competências docentes, que deverão ser buscadas no contexto de profundas transformações que se espera ocorram na UFBA nos próximos anos, considerando os aspectos fundamentais do processo ensino aprendizagem e um espectro cada vez mais amplo e diversificado de estudantes: • • • • • • • Conhecimento e compreensão das diferentes maneiras de aprender dos estudantes; Conhecimentos, competências e atitudes em matéria de avaliar e acompanhar o desempenho dos estudantes em suas progressões de aprendizagens; Conhecimento das aplicações das tecnologias da informação pertinentes à sua disciplina, acesso aos materiais e documentos disponíveis no mundo, assim como aos instrumentos didáticos; Domínio dos novos avanços em matéria de ensino e de aprendizagem, incluindo o imperativo de um ensino dual: contato direto com os estudantes e ensino a distância; Capacidade de ensinar a categorias diferenciadas de estudantes, pertencentes a diferentes faixas etárias, classes sociais, grupos étnicos e outras formas de diversidade; Capacidade de assegurar, sem perda da qualidade, cursos magistrais, seminários ou oficinas freqüentados por um número maior de estudantes; Atitude de conceber estratégias de adaptação pessoais e profissionais. Metas a serem alcançadas 1. Capacitar, para atualização de procedimentos didáticos e de avaliação da aprendizagem, todos os professores admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual corpo docente; 2. Capacitar e atualizar todos os servidores técnico-administrativos admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual corpo de servidores efetivamente engajados em atividades de apoio à aprendizagem. Estratégias para alcançar as metas Para se alcançar tais objetivos, será elaborado um plano de capacitação dos docentes e servidores da UFBA, tendo como premissa a conscientização da necessidade de revisão das velhas práticas de ensino. 1. Realização de um estudo diagnóstico das práticas pedagógicas do corpo docente da UFBA; 2. Implantação de um Núcleo de Apoio Acadêmico para desenvolver estudos, avaliação, orientação e inovação do ensino de graduação; 3. Implantação de um Núcleo de Tecnologias Educacionais para dar apoio às atividades de ensino; 35 4. Implantação de Bolsas de Inovação em Docência, nos moldes das bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq, destinadas a fomentar projetos inovadores de cursos e programas de ensino; 5. Promoção de seminários e oficinas de trabalho para capacitação pedagógica de docentes da UFBA, para que se qualifiquem ao uso de métodos e práticas de ensino e aprendizagem baseados nas novas tecnologias de informação e comunicação; 6. Implantação das áreas de concentração “Processos de Avaliação Acadêmica” e “Novas Arquiteturas Curriculares”, no Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Gestão Universitária (ver F.1). Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Realização de um estudo diagnóstico das práticas pedagógicas do corpo docente da UFBA. 2. Implantação de um Núcleo de Apoio Acadêmico para desenvolver estudos, avaliação, orientação e inovação do ensino de graduação. 3. Implantação de um Núcleo de Tecnologias Educacionais para dar apoio às atividades de ensino. 4. Implantação de Bolsas de Inovação em Docência, nos moldes das bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq, destinadas a fomentar projetos inovadores de cursos e programas de ensino 5. Promoção de seminários e oficinas de trabalho para capacitação pedagógica de docentes da UFBA, para que se qualifiquem ao uso de métodos e práticas de ensino e aprendizagem baseados nas novas tecnologias de informação e comunicação 6. Implantação as áreas de concentração “Processos de Avaliação Acadêmica” e “Novas Arquiteturas Curriculares”, no Programa Interdisciplinar de PósGraduação em Gestão Universitária. 2008 2009 2010 2011 2012 X X X X X X X X X X X X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1. Capacitar, para atualização de procedimentos didáticos e de avaliação da aprendizagem, todos os professores admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual corpo docente; Indicador: Todos os professores admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual corpo docente capacitados pedagogicamente. X X 36 Meta 2. Capacitar e atualizar todos os servidores técnico-administrativos admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual corpo de servidores efetivamente engajados em atividades de apoio à aprendizagem.. Indicador: Todos os servidores técnicos administrativos admitidos a partir de 2008 e, pelo menos, 20% do atual quadro de servidores capacitados. X X D. MOBILIDADE INTRA E INTERINSTITUCIONAL D.1 PROMOÇÃO DE AMPLA MOBILIDADE ESTUDANTIL MEDIANTE O APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS E A CIRCULAÇÃO DE ESTUDANTES ENTRE CURSOS E PROGRAMAS Diagnóstico da situação atual O modelo de formação superior vigente no Brasil permanece voltado de forma direta e imediata para certos campos do saber e para uma profissionalização precoce, que se expressa no desenvolvimento de competências específicas. Esse modelo promove “engessamento” curricular, tem uma matriz fortemente profissionalizante, inviabiliza, na maioria dos casos, a circulação de estudantes entre cursos, impede quase que totalmente qualquer possibilidade de aproveitamento de créditos e consequentemente qualquer perspectiva de mobilidade estudantil intra ou interinstitucional. Num tempo marcado pelo dinamismo e pelo intenso deslocamento de pessoas no espaço virtual e real, em conseqüência de uma vasta rede de relações institucionais e pessoais que se estende por todo o planeta, é inaceitável que instituições superiores de educação preservem currículos que dificultam a mobilidade de estudantes entre cursos e instituições. As tradicionais grades curriculares devem ceder espaço a estruturas flexíveis, abertas a diversos itinerários formativos que possibilitem aos estudantes se deslocarem entre cursos e instituições com aproveitamento de estudos. A flexibilidade, característica fundamental que estará presente nas novas modalidades de formação e nos futuros cursos profissionais – ampliará a possibilidade de movimentação interna dos estudantes entre cursos e programas. Em 2003, por iniciativa da ANDIFES, foi criado o Programa de Mobilidade Estudantil entre as Universidades Federais com o objetivo de possibilitar o vínculo temporário de estudantes cursando uma ou mais disciplinas que podem ser aproveitadas para a complementação de sua formação. A UFBA desde então recebeu 60 alunos e liberou 137 para outras universidades brasileiras. No âmbito internacional, a UFBA mantém convênios para intercâmbio de estudantes com mais de 200 universidades de 32 países na Europa, África e Américas. A média anual de estudantes envolvidos no intercâmbio entre países é de 400 da UFBA para o exterior e 200 estrangeiros estudando na Universidade. Infelizmente, um importante empecilho à mobilidade estudantil entre instituições nacionais e estrangeiras é a falta de recursos financeiros. Apenas alunos em condições sócio-econômicas privilegiadas ou em situações especiais de relações familiares em outros locais, conseguem participar de tais programas. Por outro lado, o modelo de mobilidade vigente é extremamente limitado, restrito ao aproveitamento de créditos, na prática proibindo a transmigração de alunos entre IFES, mesmo congêneres.Cabe ainda assinalar que a mobilidade interna é ainda mais 37 restrita e desencorajada pelo regime curricular vigente. Nas universidades brasileiras, é praticamente impossível a um estudante mudar de curso após nele ingressar; só poderá fazê-lo mediante novo exame vestibular. Metas a serem alcançadas 1. Reestruturar o modelo acadêmico atualmente vigente na UFBA, implementando uma nova arquitetura curricular capaz de fomentar a mobilidade interna, ou inter-programas de graduação, tanto quanto a mobilidade externa, ou inter-institucional; 2. Ampliar a mobilidade estudantil, envolvendo outras instituições universitárias nacionais e estrangeiras, em pelo menos 200 %, para as áreas e unidades que optarem pela manutenção do atual regime curricular. Estratégias para alcançar as metas 1. Estabelecimento de novos convênios de intercâmbio com instituições universitárias credenciadas, nacionais e estrangeiras; 2. Criação, com apoio do MEC, de programa de apoio que possibilite a mobilidade de estudantes que não disponham de recursos próprios, com prioridade para alunos participantes de Programas de Ações Afirmativas; 3. Reestruturação acadêmica proposta no item B.4 em articulação com outras universidades públicas brasileiras, criando redes ou consórcios de IFES que adotem modelos ou arquiteturas curriculares compatíveis ou equivalentes. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Estabelecimeto de novos convênios de intercâmbio com instituições universitárias credenciadas, nacionais e estrangeiras. 2. Criação, com apoio do MEC, de programa de apoio que possibilite a mobilidade de estudantes que não disponham de recursos próprios, com prioridade para alunos participantes de Programas de Ações Afirmativas. 3. Reestruturação acadêmica em articulação com outras universidades públicas brasileiras, criando redes ou consórcios de IFES que adotem modelos ou arquiteturas curriculares compatíveis ou equivalentes. 2008 2009 2010 2011 2012 X X X X 38 Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1. Reestruturar o modelo acadêmico atualmente vigente na UFBA, implementando uma nova arquitetura curricular capaz de fomentar a mobilidade interna, ou inter-programas de graduação, tanto quanto a mobilidade externa, ou inter-institucional. Indicador: Nova arquitetura curricular implantada. Meta 2. Ampliar a mobilidade estudantil, envolvendo outras instituições universitárias nacionais e estrangeiras, em pelo menos 200 %, para as áreas e unidades que optarem pela manutenção do atual regime curricular. Indicador: Pelo menos 1.200 alunos UFBA participando de programas mobilidade estudantil a partir de 2009. da de X X X E. COMPROMISSO SOCIAL DA INSTITUIÇÃO E.1 POLÍTICAS DE INCLUSÃO Diagnóstico da situação atual O Brasil padece de uma das piores distribuições de renda do mundo, produto e efeito de profundas iniqüidades sociais, manifestas principalmente na dívida social da saúde e da educação.Essa situação decorre de um débito político histórico: 500 anos de escravatura e genocídio e 200 anos de luta de classes determinaram exclusão social e política de grande parcela da população brasileira. A dívida social brasileira e o débito histórico com as populações ameríndias dizimadas e com os povos africanos escravizados merecem superação e reparação pela via da educação, incluídas na responsabilidade social de toda instituição de ensino superior que mereça o nome de universidade. A natureza pública da instituição universitária federal, topo do sistema de educação pública, portanto, justifica priorizar (e não privilegiar) alunos de escola pública que conseguem atingir níveis de formação que os capacita a ingressar no ensino superior. Para isso, não basta redistribuir os poucos lugares no ensino superior público, retirando vagas de segmentos já contemplados para concedê-las a outros grupos socialmente necessitados, e sim será preciso ampliar a oferta de vagas. Infelizmente, a universidade brasileira, e a UFBA em particular, tem-se omitido frente a estas questões. Com a falência do ensino público de segundo grau no estado e no País, a exclusão social ocorre muito anteriormente ao momento de ingresso na universidade, fazendo com que a composição social e racial/étnica do grupo de postulantes ao ingresso na UFBA seja bastante diferente do perfil sócio-demográfico da população baiana. Por todos esses motivos, qualquer Programa de Ação Afirmativa que pretenda obter resultados concretos não pode, por um lado, ser pautado pela restauração de proporções demográficas gerais nem pode, por outro lado, ser 39 genérico e difuso. Deve ser efetivamente focalizado e dirigido aos cursos onde se observa maior defasagem entre composição da demanda e efetiva classificação de ingressantes. Após ampla discussão e depois de dois anos de elaboração, a Universidade Federal da Bahia implantou o seu Programa de Ações Afirmativas com o primeiro vestibular, em 2005, que incluiu reserva de vagas para alunos da escola pública, negros, quilombolas, índios e índiodescendentes. O Programa da UFBA dirige-se a populações socialmente carentes, afrobrasileiros e ameríndios, e estrutura-se em quatro eixos: preparação, ingresso, permanência, graduação. 1. Preparação - neste item do Programa de Ação Afirmativa, a UFBA aprovou três medidas que poderão influenciar positivamente na qualidade das escolas públicas na Bahia, melhorando a qualificação dos seus egressos como candidatos ao vestibular: I. Participação nos programas de ampliação de licenciaturas para a formação de docentes para o ensino público médio e fundamental, celebrando convênios com o Governo Estadual e com prefeituras municipais. Especial atenção deve ser concedida à formação de docentes para o ensino indígena, em programa especial a ser realizado em conjunto com a FUNAI. II. Ampliação do Programa de Avaliação do Ensino Médio, visando melhorar o nível de ensino no segundo grau. III. Reforço aos programas de preparação para excluídos socialmente, afrobrasileiros e indiodescendentes, como Instituto Steve Biko, Oficina de Cidadania, Pré-Vestibular Salvador, Fórum dos Quilombos Educacionais, União Nacional dos Índiodescendentes, e outros que se credenciem a celebrar com a UFBA convênios e acordos, com a cessão de instalações e equipamentos, além de promover o recrutamento de voluntários dentro dos quadros da universidade. 2. Ingresso - três medidas compõem este item: I. Redução da taxa de inscrição ao vestibular e ampliação da isenção concedida a alunos socialmente carentes (egressos de escolas públicas). II. Maciça ampliação de vagas para cursos de graduação na UFBA, abrindo vagas residuais, novos cursos e novas vagas em cursos pré-existentes. Isso implica abertura de novas vagas para concurso de docentes e técnicos, além de aumentar os recursos de custeio da universidade, a fim de cobrir o incremento de custos com energia, segurança e manutenção. Isto é o próprio Programa REUNI. III. Um sistema de cotas para alunos pobres, negros e indiodescendentes. Nosso sistema toma como base a proporção de candidatos que declararem origem racial/étnica negra (pretos e pardos) ou índia e forem comprovadamente carentes sociais; focalizado nos cursos que apresentam parcelas de alunos egressos de escolas públicas, afrobrasileiros e indiodescendentes defasadas em relação à proporção da demanda. O regime de cotas proposto foi implementado por tempo limitado, sendo monitorado e avaliado a cada ano. 3. Permanência - sabe-se que, além das dificuldades de acesso, o principal problema para a inclusão social de alunos egressos de escolas públicas, afrobrasileiros e indiodescendentes pela via da formação superior encontra-se nas dificuldades e falta de apoio à permanência na universidade. Portanto, para dar conta deste eixo, o Programa de Ação Afirmativa aprovado incorpora três medidas: 40 I. Uma profunda revisão da grade de horários da UFBA, regimes de estudos que permitam o atendimento àqueles sobreviver na universidade. Isso inclui também a abertura aulas concentradas em fins de semana, atendendo com programa. permitindo aos alunos optar por que necessitam de trabalhar para de cursos em horários noturnos e prioridade aos participantes no II. Implementar um programa amplo de tutoria social, reforço escolar e companhamento acadêmico para todos aqueles que necessitem de assistência, independentemente de terem ingressado pelo regime de cotas III. Ampliar a capacidade de atendimento dos programas de apoio estudantil da UFBA, com mais bolsas de trabalho, bolsas-residência e auxílio alimentação. 4. Graduação - tão importante quanto promover preparação, ampliar acesso e garantir permanência será certamente o fomento da conclusão dos cursos e a preparação para o mercado de trabalho para alunos socialmente carentes, afrobrasileiros e indiodescendentes. Todos os alunos que ingressam na universidade através do Programa de Ação Afirmativa são elegíveis para um programa especial de preparação para a vida pós-universidade, com assessoria e assistência na obtenção de estágios e empregos, e um programa de educação permanente para aqueles que se tornarem pequenos empresários. A instituição do sistema de ações afirmativas na UFBA, a partir de 2005, demonstra que a reserva de vagas implicou em aumento substancial dos estudantes oriundos da escola pública e que se auto-classificaram como pretos e pardos. O total de pretos e pardos selecionados (73,4%) na Universidade em 2005 aproxima-se do percentual da população do estado da Bahia e o percentual geral de 53% para alunos oriundos da escola pública (brancos, pretos e pardos) foi alcançado em todos os cursos. No ano de 2001, os percentuais dos oriundos da escola pública nos cursos de Medicina, Odontologia, Comunicação-Jornalismo e Direito eram respectivamente 4,4%, 5,0%, 6,7% e 8,0%. Com o início do Programa de Ação Afirmativa, nenhum desses cursos registrou menos de 43% de alunos de escola pública. O que ocorreu na UFBA foi uma revolução no ingresso em cursos considerados como de maior prestígio na sociedade brasileira, onde o número de alunos oriundos da escola pública era ínfimo. Um outro dado significativo foi que pela primeira vez na história da instituição tivemos o ingresso de três e depois de mais quatro índios aldeados. Se a democratização no acesso foi alcançada, a manutenção do mérito se manteve. O ponto de corte do Vestibular 2005 (43% do valor máximo - 12.000 pontos) foi ligeiramente maior que o dos vestibulares anteriores em 2004 e 2003 (42%). Considerando que a UFBA já tinha 19 cursos com um percentual de estudantes oriundos da escola pública acima de 38% , em 23 cursos o sistema de cotas pouco ou nadainfluenciou. A relação de selecionados foi mais ou menos a mesma, com ou sem sistema de cotas. Tais cursos apresentam menor concorrência e muitos são considerados pela sociedade como de baixo prestígio. Em relação aos cursos considerados de alta procura, as diferenças entre o desempenho médio nos vestibulares antes e depois das cotas foram pequenas, como pode ser observado em Odontologia (6,2 em 2004; 5,8 em 2005); Comunicação-Jornalismo (6,7 em 2004; 6,2 em 2005); Arquitetura (6,3 em 2004; 6,2 em 2005). Os cursos onde se observam maiores diferenças no desempenho foram Medicina (7,6 em 2004; 6,5 em 2005), Engenharia Elétrica (7,6 em 2004; 6,5 em 2005) e Direito (7,4 em 2004; 6,3 em 2005). É óbvio que políticas particularistas, como as ações afirmativas, não excluem políticas de cunho universalista, como o investimento na recuperação do nível de ensino das escolas públicas. 41 Nesse sentido, investimentos no sistema público de ensino devem ser conjugados tanto a políticas de ampliação do acesso quanto ao fomento da permanência em instituições públicas do ensino superior. A implementação de ações afirmativas mostra que as Instituições de Ensino Superior podem desafiar o secular sistema de desigualdades sócio-raciais e conter a sua reprodução nos espaços acadêmicos. Metas a serem alcançadas 1. Ampliar, gradualmente até 2012, em pelo menos 100 %, os atendimentos a estudantes em situação de vulnerabilidade social e econômica contemplados nas diversas modalidades de apoio social e acadêmico . Estratégias para alcançar as metas 1. Oferta de vagas nas unidades universitárias; 2. Distribuição de maior número de Bolsas-Moradia; 3. Aumento do atendimento em Restaurante Universitário; 4. Distribuição de Bolsas Alimentação para os Campi de Barreiras e Vitória da Conquista. Etapas Atual 2008 2009 2010 2011 2012 Var % 228 228 348 408 468 528 131,6 Programa Bolsa-Moradia (em bolsas) 178 178 228 278 328 378 112,4 Atendimento em RUs (em atendimentos/dia) 560 800 1.200 1.600 2.000 2.400 328,6 Bolsa Alimentação para os campi de Barreiras e V. Conquista (em bolsas) -- 60 80 100 120 150 *** 966 1.266 1.856 2.386 2.916 3.456 257,8 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 ESTRATÉGIAS / ETAPAS Oferta de unidades residenciais (em vagas) TOTAIS Indicadores METAS / INDICADORES 2008 Meta: Ampliar, gradualmente até 2012, em pelo menos 100 %, os atendimentos a estudantes em situação de vulnerabilidade social e econômica contemplados nas diversas modalidades. Indicador: Mínimo de 50% de estudantes em situação de vulnerabilidade social e econômica atendidos. X X X X X 42 E.2 PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL Diagnóstico da situação atual Os Programas de Assistência Estudantil da UFBA foram instituídos à época da criação da Universidade na década de 1940. Neste período o Departamento de Assistência Estudantil (DAE) assegurava aos estudantes oriundos das camadas populares da comunidade baiana programas de: residência, auxílio alimentação, acompanhamento acadêmico e auxílio saúde. Constava ainda das ações do DAE o desenvolvimento de atividades desportivas e culturais, com a finalidade de promover a integração entre os estudantes oriundos de diversos municípios do Estado da Bahia. Até o ano de 2004, a política de assistência estudantil da UFBA seguia, em linhas gerais, as diretrizes iniciais do antigo DAE, priorizando o atendimento ao estudante com perfil socioeconômico de baixa renda. Com a adoção das Políticas de Ações Afirmativas, no ano de 2005, foi acrescido ao conceito de ‘estudante de baixa renda’ a noção de ‘pertencimento étnicoracial’, buscando-se com isto ampliar as políticas de inclusão social praticadas pela Universidade pelo princípio da atenção a estudantes auto identificados como afro descendentes, descendentes indígenas, indígenas aldeados, quilombolas e originários de escolas públicas. O entrecruzamento das dimensões socioeconômicas e étnico-raciais compõe atualmente um complexo tecido de relações cujo impacto na comunidade acadêmica se tem apresentado a partir do aumento da demanda por políticas de acesso e permanência que ofereçam condições materiais e acadêmicas propiciadoras de avanço dos estudantes em seus itinerários formativos. Até início do ano de 2007, a UFBA contabilizava cerca de 5.400 estudantes oriundos de escolas públicas, cotistas, com renda familiar per capita de, no máximo, um salário mínimo. Na base de dados da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE), consta um total de 1.087 estudantes atendidos pelos programas de assistência estudantil da Universidade, número muito aquém da demanda real. Além das limitações orçamentárias a UFBA está em fase de reestruturação da sua capacidade administrativa nesse setor, a fim de garantir atendimento ao estudante em situação de vulnerabilidade social e econômica. Atualmente a equipe do Campus de Salvador conta com apenas quatro (4) assistentes sociais e duas (2) pedagogas para realizar o atendimento sociopedagógico aos estudantes. Outro exemplo de defasagem das condições administrativas da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil diz respeito ao fornecimento de alimentação aos estudantes. No Campus de Salvador, a capacidade de atendimento é de apenas quatrocentas refeições. Nos campi de Vitória da Conquista e Barreiras (ambos oriundos do processo de interiorização da UFBA, no ano de 2006) não tem havido qualquer possibilidade de atendimento a essas demandas, embora elas já constem como uma das principais pautas de reivindicação do movimento estudantil na Universidade. Outro dado relevante quanto ao contexto atual da UFBA remete aos programas de ações afirmativas e assistência estudantil mantidos pela Universidade. Existem oito programas financiados pelo MEC, instituições públicas e privadas do Estado da Bahia que asseguram cerca de 850 bolsas de permanência no valor de 300 reais por mês. Os programas de moradia atendem a cerca de 350 estudantes com oferta de 250 vagas em residências estudantis e 100 bolsasmoradia no valor de 250 reais. Apesar dos esforços empreendidos pela administração central e dos avanços obtidos nos últimos anos, estes números revelam a impossibilidade, dadas as condições atuais, de responder às reais necessidades da comunidade estudantil da UFBA. 43 A proposta aqui apresentada visa ao avanço nas políticas de acesso e permanência, em busca de consolidação do Programa de Ações Afirmativas, bem como a ampliação conceitual e política da Assistência Estudantil como instrumento de transformação das relações sociais, culturais e acadêmicas no âmbito da UFBA. Vale ressaltar que o cumprimento das metas apresentadas prevê a contemplação de estudantes ingressos pelo sistema de cotas e aqueles que, apesar de não terem ingressado pelas cotas apresentam comprovadamente o perfil de vulnerabilidade social e econômica conforme os critérios definidos pela PROAE. Metas a serem alcançadas 1. Reservar, em todos os programas de assistência estudantil, 50% das vagas para cotistas e 50% das vagas para não-cotistas em situação de vulnerabilidade social e econômica; 2. Ampliar, reequipar e reestruturar o Serviço Médico Rubens Brasil Soares, tornando-o Centro de Promoção da Saúde da UFBA. Estratégias para alcançar as metas 1. Conclusão das obras de construção do Complexo Residencial Estudantil, na Avenida Garibaldi; 2. Construção de novas unidades residenciais, em localização compatível; 3. Ampliação do Programa Bolsa-Moradia com expansão progressiva do financiamento e oferta de bolsas por ano; 4. Implantação do Restaurante Universitário do Canela; 5. Criação do Programa Bolsa-Alimentação para os campi de Barreiras e Vitória da Conquista; 6. Aumento do número de bolsas de permanência, na medida da captação de recursos, diversificando os programas pertinentes (Permanecer-SUS; Permanecer-SEBRAE etc.). Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Conclusão das obras de construção do Complexo Residencial no campus de Ondina. 2. Construção de novas unidades residenciais. 3. Implantação do Restaurante Universitário do Canela. 4. Instalação de pontos de distribuição da alimentação para os estudantes beneficiários do auxílio alimentação. 5. Criação do Programa Bolsa Alimentação para os campi de Barreiras e Vitória da Conquista. 6. Ampliação do Programa Bolsa Moradia com a expansão progressiva do financiamento e da oferta de bolsas por ano. 7. Aumento do número de Bolsas de Permanência. 2008 2009 2010 2011 X X X 2012 X X X X X X X X 44 Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1. Reservar, em todos os programas de assistência estudantil, 50% das vagas para cotistas e 50% das vagas para não-cotistas em situação de vulnerabilidade social e econômica. Indicador: Metade dos alunos carentes atendidos até 2012. Meta 2. Ampliar, reequipar e reestruturar o Serviço Médico Rubens Brasil Soares, tornando-o Centro de Promoção da Saúde da UFBA. Indicador: Centro de Promoção da Saúde da UFBA criado e em funcionamento. X X X X X X E.3 POLÍTICAS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Diagnóstico da situação atual Apesar dos avanços observados nas políticas de Extensão Universitária na UFBA, alguns pontos críticos merecem destaque: Predominância de atividades difusas e dispersas no âmbito da Instituição, sem suficiente interlocução e articulação entre projetos afins, implicando em duplicidade de ação e desperdício de esforços; Recursos escassos para manutenção de atividades básicas, a limitar a possibilidade de criação e manutenção de programas e projetos, reduzindo a participação de docentes, estudantes e técnico-administrativos em atividades de extensão; Número, qualificação e funções de técnico-administrativos insuficientes para execução das atribuições administrativas da PROEXT no atendimento às demandas atuais; Não formalização do registro de grande parte das ações de extensão, fator que impede a creditação dessas atividades no histórico de atividades acadêmicas de professores e alunos e contribui para uma sub-avaliação institucional da extensão; Sistema de Arquivo e Memória assistemático e insuficiente para preservar a memória dos projetos e programas de extensão e facilitar a realização de pesquisas e estudos acadêmicos nesta área; Pequeno número e modalidade de instrumentos de comunicação que favoreçam a circulação de informações e a difusão científica e cultural tanto interna como externamente à comunidade universitária. Diante desse contexto, revela-se a necessidade de uma política de extensão universitária capaz de ultrapassar as deficiências atuais e avançar na construção de um modelo inovador, coerente com as novas demandas acadêmicas associadas à expansão, reestruturação e qualificação do 45 ensino superior. As diretrizes do Programa REUNI exigem das instituições universitárias maior atuação e responsabilidade no campo social. Metas a serem alcançadas 1. Ampliar em 30% a média anual de ações de extensão, nas seguintes modalidades: a. novos programas ou integração de projetos em curso em programas axiais; b. novos projetos eventuais ou permanentes; c. outras ações (seminários, serviços, cursos etc.). 2. Ampliar em 20% a média anual de registro e certificação de atividades de extensão da UFBA, visando oficializar todas as atividades de Extensão realizadas na Universidade; 3. Aprimorar os canais de comunicação interna e externa da PROEXT; 4. Promover a articulação com a educação básica, profissional e tecnológica; 5. Ampliar e reestruturar a Atividade Curricular em Comunidade – ACC, de modo a atender estudantes ingressos pela nova arquitetura da graduação, durante o período de integralização curricular; 6. Implantar a Atividade Curricular em Instituição – ACI, como atividade complementar para os estudantes ingressos pelas novas modalidades de graduação; 7. Recuperar e manter equipamentos, projetos e produtos culturais da UFBA (museus, grupos artísticos, teatros, galerias, entre outros), necessários ao desenvolvimento de programas e projetos artístico-culturais; 8. Reordenar a gestão institucional da PROEXT; 9. Criar o Núcleo de Arquivo e Memória de Extensão da UFBA. Estratégias para alcançar as metas A presente proposta orienta-se pelo desencadeamento de ação inovadora que assegure a concretização dos princípios fundamentais da política extensionista da UFBA, centrada no compromisso social da Universidade e na formação dos estudantes, destinatários e partícipes tanto dos processos de formação convencionais quanto daqueles decorrentes da concretização de uma nova arquitetura curricular. Trata-se de um horizonte em que o enriquecimento da extensão revela-se imperativo e fundamental. Assim, defende-se que tal política integre as seguintes linhas programáticas: a) reordenamento institucional-administrativo; b) reestruturação de programas e projetos em curso; c) criação de programas especiais em extensão universitária. 46 Reordenamento institucional-administrativo: objetiva potencializar a estrutura organizacional da PROEXT, visando ampliar, aperfeiçoar e qualificar atribuições e as ações de extensão no âmbito da Universidade envolvendo: Reorganização estrutural da PROEXT, visando a conquista de condições estruturais para atender as demandas em termos de suficiência quantitativa e qualitativa; Procedimento do registro sistemático das diversas atividades no âmbito das unidades de ensino visando o fortalecimento, a otimização e expansão das atividades realizadas, viabilizando seu dimensionamento adequado, incremento e maior visibilidade da produção da UFBA; Processo de acompanhamento e avaliação das atividades e certificação de todas as ações de extensão; Reestruturação e recuperação de espaços e equipamentos culturais da UFBA. Reestruturação dos programas em curso: a) Adequação e expansão do Programa Atividades Curriculares em Comunidade – ACC e em Instituição - ACI, atendendo à nova estrutura curricular dos BI, às políticas de ações afirmativas e à expansão do número de matrículas na graduação; b) Articulação de programas e projetos em curso em Programas Axiais, favorecendo o diálogo, a transdisciplinaridade e a integração de esforços entre áreas temáticas afins. Criação de programas especiais: visa o estabelecimento, a consolidação e ampliação dos mecanismos de interlocução com a sociedade, através da otimização do uso dos espaços, equipamentos e recursos humanos da instituição, tanto nos períodos de aulas como em períodos de férias ou recessos acadêmicos. Estes programas objetivam estimular e incrementar: a) ações de educação continuada, capacitação e qualificação profissional; b) criação de sistemas interativos e dialógicos entre a UFBA e outras universidades públicas em âmbito regional, nacional e internacional; c) projetos que valorizem diferentes eixos temáticos (artes, cultura, educação, esporte e lazer, saúde e segurança, meio ambiente, direito e cidadania, trabalho e renda, desenvolvimento tecnológico), tendo como foco o combate à injustiça social, a valorização da arte, do saber e da cultura popular, a divulgação científica e a difusão cultural. Especificamente para o REUNI/UFBA, propõem-se as seguintes estratégias: 1. Mobilização e sensibilização da comunidade acadêmica a partir da reativação de núcleos de extensão das unidades acadêmicas e criação de novos núcleos por área de conhecimento em Artes, Humanidades, Saúde, Ciência e Tecnologia; efetivação de parcerias para implementação de novos programas e projetos de extensão; articulação sistemática entre projetos de áreas temáticas e objetivos afins, especialmente a partir da implantação da Rede de Extensão Universidade Livre (Programa Universidade de Verão, Universidade Popular e UFBA Indígena) e da Atividade Comunitária na Universidade; 2. Atualização do regulamento de extensão, definindo normas que incentivem o registro e viabilizem a incorporação de atividades de extensão nos currículos dos cursos de graduação; realização de campanhas e eventos informativos e aprimoramento de rotinas para registro de 47 atividades extensionistas, inclusive com a criação de um banco de dados da extensão, contratação de pessoal e elaboração de produtos técnicos (cartilhas, relatórios, folders etc.); 3. Levantamento e identificação dos equipamentos, projetos e produtos artístico-culturais existentes; criação de procedimentos de rotina de avaliação, acompanhamento e manutenção desses equipamentos e projetos; formalização de comissões técnicas, acadêmicas e administrativas para efetivação das atividades de recuperação e manutenção desses equipamentos e espaços artístico-culturais; oferecimento anual de cursos de formação, capacitação e aperfeiçoamento de recursos humanos para atuação em eventos e projetos culturais; 4. Instalação do Laboratório de ACC/ACI com o objetivo de organizar e sistematizar a oferta de atividades e qualificar as propostas; 5. Implantação de processo de Educação Permanente para qualificar docentes e servidores técnico-administrativos em metodologias interdisciplinares e criação de redes de articulação por área temática.. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Implantação da Rede de Extensão Universidade Livre (novos programas). 2. Instalação do laboratório de ACC/ACI. 3. Criação do Núcleo de Arquivo e Memória de Extensão da UFBA. 4. Levantamento e identificação dos equipamentos, projetos e produtos culturais da UFBA.. 5. Formação, capacitação e aperfeiçoamento de recursos humanos para atuação em eventos e projetos culturais. 6. Atualização do regulamento de extensão. 2008 2009 2010 2011 2012 X X X X X X X X X X X X X X Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1. Ampliar em 30% a média anual de ações em extensão. Indicador: Número de ações de extensão aumentado em 30%, em relação a 2007. Meta 2. Ampliar em 20% a média anual de registro e certificação de atividades de extensão da UFBA. Indicador: Número de registros aumentado em 20%, em relação a 2007. X X X X X X X X X X 48 Meta 3. Recuperar e manter equipamentos, projetos e produtos culturais da UFBA necessários ao desenvolvimento de programas e projetos artísticoculturais. Indicador: Equipamentos, projetos e produtos culturais recuperados e mantidos em funcionamento. Meta 4. Criar o Núcleo de Arquivo e Memória de Extensão da UFBA. X X X Indicador: Núcleo de Arquivo e Memória de Extensão em funcionamento. Meta 5. Aprimorar os canais de comunicação interna e externa. X X X X X X Indicador: Canais de comunicação ampliados e mais eficazes. Meta 6. Ampliar e reestruturar a Atividade Curricular em Comunidade – ACC, de modo a atender 100% dos novos estudantes ingressos no BI, cursando pelo menos uma ACC. Indicador: Oferecimento de ACC, de modo a cobrir o atendimento de todos os aluno do BI, uma vez por curso. Meta 7. Promover a articulação com a educação básica, profissional e tecnológica. Indicador: Pelo menos 30 ações de articulação com a educação básica, profissional e tecnológica, realizadas por ano. Meta 8. Reordenar a gestão institucional da PROEXT. Indicador: Nova estrutura para a PROEXT implantada.. Meta 9. Implantar à Atividade Curricular em Instituição – ACI. Indicador: Atividade implantada. Curricular em Instituição X X X X X X X X X X X X X X X X X X 49 F. SUPORTE DA PÓS-GRADUAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO APERFEIÇOAMENTO QUALITATIVO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO E F.1 ARTICULAÇÃO DA GRADUAÇÃO COM A PÓS-GRADUAÇÃO Diagnóstico da situação atual O artigo 207 da Constituição assegura a indissociabilidade entre as três funções da universidade: ensino, pesquisa e extensão. A graduação, como componente fundamental da educação superior, de um lado transmite, através do ensino, a necessária herança cultural da humanidade e, por outro lado, se enriquece com o novo revelado pela pesquisa. A pós-graduação, outro componente do ensino superior, eleva o ensino pela contínua atualização de conhecimentos propiciada pela pesquisa, garantida na utilização de metodologia rigorosa em ação e circulação de múltiplos pontos de vista. A relação de circularidade entre ambos os níveis é positiva tanto para a graduação como para a pós-graduação, sendo que a melhoria da primeira conduz a um mais alto desempenho dos diplomados em sua profissionalização e permite estudantes mais bem preparados para uma atuação dinâmica da pós-graduação. A pesquisa, elemento integrante e essencial da pósgraduação, e o ensino, elemento específico e essencial da graduação, devem caminhar juntos e articulados com o fim de permitir uma mútua valorização. A universidade será beneficiada com as suas diferenças, sua integração planejada e seus respectivos produtos, estendendo-os para o conjunto da sociedade. Um dos clássicos problemas da gestão universitária tem sido a dificuldade de articulação entre graduação e pós-graduação que funcionam como dimensões estanques a despeito dos preceitos legais. Com freqüência, professores de maior titulação não priorizam, em detrimento das atividades de pesquisa e extensão e do ensino de pós-graduação, as aulas na graduação. Embora a atividade de ensino ocorra nos âmbitos da graduação, pós-graduação e extensão, na prática, o ensino de pós-graduação está intimamente associado à atividade de pesquisa, ficando o ensino de graduação como uma instância menor na hierarquia acadêmica, embora a de maior visibilidade social. A UFBA não constitui exceção entre as IFES, submetida a uma profunda desarticulação entre os níveis de formação da graduação e da pós-graduação, bem como à flagrante dissociação entre as funções maiores da instituição universitária. A condição de etapa de formação de quadros científicos de alto nível, bem como de produção de conhecimento, confere à pós-graduação a responsabilidade de contribuir para qualificação dos demais níveis, etapas e modalidades da educação. Nesse sentido, um dos seus mais importantes desafios é incrementar a qualidade da graduação e promover maior interação entre ambos os níveis de formação. Isso será positivo tanto para a graduação como para a pós-graduação, pois a melhoria da primeira conduz ao melhor desempenho dos profissionais egressos e permite estudantes mais bem preparados para uma atuação dinâmica da pós-graduação. A UFBA destaca-se entre as IFES como uma das universidades brasileiras de maior crescimento recente na oferta de vagas e cursos de pós-graduação. Nos últimos cinco anos, conseguimos aprovar 12 novos cursos de mestrado e 15 programas de doutorado, incremento de 23% e 82%, respectivamente. Na rigorosa avaliação feita pela CAPES, mais da metade dos cursos da UFBA têm conceitos acima de 4; em 2007, quatro dos nossos programas alcançaram o Grau 6, honrosa classificação reservada somente a programas de excelência internacional. Apesar do crescimento quantitativo dos últimos anos, a pesquisa, elemento integrante e essencial da pós- 50 graduação, e o ensino, elemento específico e essencial da graduação, continuam pouco articulados em nossa instituição. Foi criado, em 1998 na UFBA, o Programa de Capacitação para o Ensino Superior (PROCES), com o objetivo de promover o aperfeiçoamento de estudantes de pós-graduação stricto sensu para o exercício da docência em nível superior, através do seu envolvimento em atividades de ensino de graduação da própria UFBA ou das universidades estaduais. Este programa buscava o desenvolvimento científico e tecnológico e contribuía na execução de pesquisas necessárias ao progresso social, econômico e cultural do Estado da Bahia. O financiamento desse Programa era de responsabilidade da CAPES e do CADCT (órgão estadual) e previa a concessão de bolsas de estudo a alunos do Mestrado e Doutorado que apresentassem projetos de ensino envolvendo inovações didáticas e/ou metodológicas, atualização de conteúdos curriculares em consonância com os avanços da ciência, da tecnologia e das artes, além do uso de bibliografia. A reativação do PROCES deverá atender os propósitos em duas sub-dimensões do REUNI: a da articulação entre graduação e pós-graduação bem como a presente sub-dimensão, voltada para a renovação pedagógica da graduação. Metas a serem alcançadas 1. Expandir até 2012 as matrículas na pós-graduação da ordem de 38 % em cursos novos, cursos atualmente existentes ou consolidados com o aumento do nível das avaliações CAPES, durante toda a vigência do Programa REUNI; 2. Reimplantar o Programa de Capacitação para o Ensino Superior (PROCES) como incentivo à inovação no ensino de graduação; 3. Estabelecer rotinas, no calendário acadêmico, de divulgação no âmbito da graduação das pesquisas produzidas nos programas de pós-graduação; 4. Incentivar a atuação de estudantes de Mestrado e Doutorado no ensino de graduação na condição de monitores, tirocínio docente e professores substitutos; 5. Incluir nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação a participação de estudantes de cursos profissionais de graduação em disciplinas e atividades oferecidas pelos programas de pós-graduação; 6. Elaborar e submeter à Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação proposta de Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Gestão Universitária. Estratégias para alcançar as metas 1. Revisão das normas definidas na Resolução de criação do PROCES em 1998 estabelecendo critérios e condições para concessão de bolsas; 2. Oferecimento de bolsas de monitoria aos estudantes dos Programas de Pós-Graduação para atuação no ensino de graduação; 3. Orientação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação para inclusão de disciplinas da pós-graduação no elenco de optativas dos cursos; 51 4. Fomento a projetos de tese/dissertação sobre temas relevantes do ensino de graduação (evasão, ações afirmativas, gestão acadêmica etc); 5. Incentivo institucional à abertura de novos programas de pós-graduação, com especial ênfase em projetos interdisciplinares que apresentem clara articulação com as novas modalidades de ensino de graduação; 6. Encaminhamento ao CONSEPE proposta de resolução tornando obrigatória, nas Unidades, a Semana de Pesquisa; 7. Encaminhamento ao CONSEPE de proposta de resolução definindo a participação de estudantes bolsistas da pós-graduação em atividades docentes na graduação; 8. Oferecimento de bolsas de monitoria aos estudantes dos Programas de Pós-Graduação para atuação no ensino de graduação; 9. Orientação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação para inclusão de disciplinas da pós-graduação no elenco de optativas dos cursos. Etapas ESTRATÉGIAS / ETAPAS 1. Revisão das normas definidas na Resolução de criação do PROCES em 1998 estabelecendo critérios e condições para concessão de bolsas. 2. Oferecimento de bolsas de monitoria aos estudantes dos Programas de Pós-Graduação para atuação no ensino de graduação. 3. Orientação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação para inclusão de disciplinas da pósgraduação no elenco de optativas dos cursos. 4. Fomento a projetos de tese/dissertação sobre temas relevantes do ensino de graduação (evasão, ações afirmativas, gestão acadêmica etc). 5. Incentivo institucional à abertura de novos programas de pós-graduação, com especial ênfase em projetos interdisciplinares que apresentem clara articulação com as novas modalidades de ensino de graduação. 6. Encaminhamento ao CONSEPE proposta de resolução tornando obrigatória, nas Unidades, a Semana de Pesquisa. 7. Encaminhamento ao CONSEPE proposta de resolução definindo a participação de estudantes bolsistas da pós-graduação em atividades docentes na graduação. 8. Oferecimento de bolsas de monitoria aos estudantes dos Programas de Pós-Graduação para atuação no ensino de graduação. 9. Orientação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação para inclusão de disciplinas da pósgraduação no elenco de optativas dos cursos. 2008 2009 2010 2011 2012 X X X X X X X X X X X X X X X X X X 52 Indicadores METAS / INDICADORES 2008 ETAPAS 2009 2010 2011 2012 Meta 1. Expandir até 2012 a matrícula na pósgraduação na ordem de 38 % nos cursos novos, atualmente existentes ou consolidados com o aumento do nível das avaliações CAPES, durante toda a vigência do Programa REUNI. Indicador: Matrículas aumentadas em 38% na pós-graduação Stricto-sensu, até 2012. Meta 2. Reimplantar o Programa de Capacitação para o Ensino Superior (PROCES) como incentivo à inovação no ensino de graduação. Indicador: Programa PROCES reimplantado em 2009. Meta 3. Estabelecer rotinas, no calendário acadêmico, de divulgação no âmbito da graduação das pesquisas produzidas nos programas de pósgraduação. Indicador: Resolução do CONSEPE determinando a obrigatoriedade da Semana de Pesquisa nas unidades. Meta 4. Incentivar a participação de estudantes de PG no ensino de graduação na condição de monitores, tirocínio docente e professores substitutos. Indicador: Participação de pelo menos um terço de estudantes de PG no ensino de graduação. Meta 5. Incluir nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação a participação, de estudantes de cursos profissionais de graduação, em disciplinas e atividades oferecidas pelos programas de pós-graduação. Indicador: Pelo menos metade dos projetos pedagógicos dos cursos profissionais de graduação com optativas de PG. X X X X X X X X X X X 3. PLANO GERAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA 3.1 Reordenação da gestão acadêmica da IFES O princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, que configura o próprio conceito de universidade, é o patamar que deve ser considerado nas análises acerca das alternativas estruturais criadas para que as IFES cumpram sua missão. Cabe considerar a hipótese de que nossas universidades ainda não conseguiram traduzir concretamente o alcance 53 desse princípio. O movimento que se percebe historicamente, refletido na própria estrutura das IFES, é exatamente no sentido contrário. Na realidade, essas funções – ensino, pesquisa e extensão -, durante muito tempo e até hoje, costumam ser consideradas como um tripé no qual se assenta o fazer acadêmico da instituição universitária. Tal metáfora, por força de sua permanência, parece ter condicionado uma compreensão corrente de que se trata de funções específicas, cuja gestão pode se dar de maneira independente, de fato comprometendo o princípio da indissociabilidade. Em paralelo, as estruturas da administração superior das universidades, assentadas em reitorias, reproduzem também esse fenômeno, uma vez que as estruturas de gestão acadêmica se subdividem em instâncias isoladas de ensino, pesquisa e extensão, sem que haja mecanismos de diálogo entre elas. É digna de destaque a freqüência com que a função pesquisa se encontra agregada à pós-graduação, o que talvez seja a expressão do trato cultural superior com que a pesquisa é considerada, afastando-a do ensino de graduação e da extensão, áreas consideradas como funções “menores” no cotidiano da vida acadêmica. As políticas públicas centrais reforçam essa valorização cultural, na medida em que se desenvolveram agências específicas de fomento à pesquisa e ao ensino de pós-graduação e o mesmo tratamento não tem sido dispensado ao ensino de graduação e à extensão, estabelecendo-se desse modo uma hierarquização entre essas funções, o que pouco contribui para a materialização dessa indissociabilidade. Assim, apesar de iniciativas louváveis de renovação de nossas universidades públicas, parece faltar uma política acadêmica global, que dê conta da missão social da universidade, capaz de se refletir nas estruturas de gestão em todos os níveis, superando a fragmentação herdada e abrindo caminho para a tão almejada perspectiva multi, inter, ou transdisciplinar. O atual momento de renovação requer a busca de um consenso em torno de um modelo estrutural capaz de contemplar a efetiva integração entre ensino, pesquisa e extensão e que se materializará em estruturas de gestão acadêmica. Nesse sentido, faz-se necessária a adoção de políticas institucionais globais, que atendam demandas da sociedade e fortaleçam o conceito de universidade como instituição cujo fazer comporta suas três grandes funções, assim como a tradução dessas políticas institucionais em desenhos estruturais capazes de assegurar, eficazmente, a gestão acadêmica da universidade. A configuração estrutural vigente não dará conta das perspectivas acadêmicas que se abrem atualmente às universidades brasileiras, particularmente com o REUNI, que supõe uma nova “arquitetura curricular”. Esse é o momento da revisão dos instrumentos normativos como Estatutos e Regimentos das IFES, das Reitorias e das Unidades Acadêmicas, que deverão promover, em suas reformulações, uma revisão histórica do percurso das instituições. Ao identificar traços culturais vinculados a contingências históricas que promovem o imobilismo e a inércia, ações concretas podem ser implementadas na direção das transformações conceituais e estruturais tão necessárias. O modelo de reordenação da gestão acadêmica em Institutos e Centros Interdisciplinares, agregando grandes áreas do conhecimento, é recomendável na medida em que possibilita, dentre outros aspectos, a intermediação entre a unidade de ponta e a gestão superior – administração central –, a interlocução de grandes campos ou áreas do conhecimento, a interdisciplinaridade, a articulação e a colaboração entre docentes de diferentes unidades, incrementando a associação entre ensino, pesquisa e extensão. A adoção do modelo de unidades interdisciplinares deve considerar soluções estruturais e formas de organização que viabilizem contextos inter, multi e trasndisciplinares, favorecendo uma estrutura limpa, enxuta, ágil e não impeditiva de interlocução, cooperação e parcerias. 54 Deste modo, a gestão acadêmica e todas as atividades-meio contribuirão para que as atividadesfim se realizem com qualidade, visando a necessária indissociabilidade entre as três funções da universidade e o cumprimento de sua missão institucional. Nesta perspectiva, o ISP – Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público, órgão suplementar da UFBA, está elaborando uma proposta de reorganização da estrutura acadêmica da universidade, a ser implementada a partir de 2009. 3.2 Formação docente para a proposta As mais recentes propostas curriculares apóiam-se, em geral, no desenvolvimento da didática, de inovações metodológicas e tecnológicas que pretendem ir muito além de uma simples mudança temática. Contudo, a investigação educacional evidencia a existência de diferenças marcantes entre o que os planejadores de currículos almejam e as práticas efetivas dos professores. Não basta planejar cuidadosamente um currículo se os professores não receberem a preparação adequada para implementá-lo, incluída aí a conscientização da necessidade de realizar mudanças nessas práticas. Para uma nova perspectiva de organização curricular é preciso compreender a necessidade de lidarmos com os aspectos singularmente pedagógicos da educação superior. Do mesmo modo, considerar que o ato de ensinar leva ao confronto com situações concretas de sala de aula, estudantes, professores, conteúdos, demandas sociais por qualificação, assim como as demandas das novas configurações do mundo do trabalho. No contexto do REUNI estão previstas, nos itens C.3 e C.4, diversas ações que deverão produzir mudança significativa no desempenho pedagógico dos docentes, com especial atenção para o quadro de novos professores que ingressarão na Universidade a partir de 2009. 3.3 Programação da transição entre modelos Informações fornecidas no item B.5 3.4 Plano de contratação de pessoal docente e técnico Plano de liberação e contratação de servidores Ano Servidores 2008 1º 2º sem sem 2009 1º 2º sem sem 2010 1º 2º sem sem 2011 1º 2º sem sem 2012 1º 2º sem sem LIBERAÇÃO Docentes (DDE) 264 116 115 85 Técnico Administrativo 147 65 51 35 nível médio Técnico Administrativo 64 28 22 14 nível superior CONTRATAÇÃO Docentes (DDE) 20 139 105 70 46 69 46 51 34 Técnico Administrativo 147 65 51 35 nível médio Técnico Administrativo 64 28 22 14 nível superior OBS: Prevê-se, a cada ano, a contratação de 60% dos professores em janeiro e 40% em junho 55 3.5 Plano diretor de infra-estrutura física A UFBA, desde 2003, havia iniciado estudos e debates visando ao ordenamento do espaço físico e das edificações dos seus campi. Para isso, realizou uma oficina de trabalho com todos os seus dirigentes, tendo como convidados responsáveis por iniciativas similares em outras universidades públicas (UFMG, USP, UFSC). Durante o ano de 2004, com apoio da SESu/MEC, uma equipe da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, coordenado pelo Prof. Antonio Heliodório Sampaio, elaborou uma Proposta Preliminar de Plano Diretor da UFBA (consultar www.ufba.br/planodiretor). Esta proposta foi apresentada aos Conselhos Superiores e, em seguida, discutida nas unidades de ensino. Aguardava apenas fonte financeira específica para sua implementação. O que se apresenta como contribuição ao Programa REUNI/UFBA resulta de princípios e diretrizes do citado estudo, atualizados frente à nova conjuntura e objetivos. Por esse motivo, encontram-se aqui indicadas apenas as hipóteses de intervenção na infra-estrutura física condizentes com as propostas de unidades de ensino que optaram pela adesão ao REUNI. As instalações da UFBA localizam-se em quatro campi, dois em Salvador (Graça/Canela e Ondina/Federação/São Lázaro) e dois no interior (Campus Reitor Edgard Santos em Barreiras e Campus Professor Anísio Teixeira em Vitória da Conquista). A instalação dos campi do interior resultou do último Plano de Expansão da Educação Superior, incluindo as obras físicas necessárias à abertura e desenvolvimento de atividades acadêmicas que, portanto, já possuem orçamento reservado para tal. Por esse motivo, as propostas de intervenções aqui indicadas restringem-se a construção, reformas, instalações e equipamentos nos campi da sede em Salvador. As indicações de obras podem ser classificadas em três Tipos: I. II. III. Projetos de intervenções estruturantes dos Campi; Projetos de instalações e equipamentos de uso coletivo; Projetos de investimentos em unidades participantes. Tipo I. Trata-se de projetos de intervenções estruturantes dos Campi, incluindo: 1) Sistema viário, com plano de vias terrestres e deslocamento de pedestres, com especial atenção à integração entre o partido do Campus Federação/São Lázaro, mais elevado, com o Campus Ondina, mediante planos inclinados, escadarias e trilhas nas encostas; 2) Revisão e expansão da rede elétrica, tanto nos espaços comuns quanto nas instalações e equipamentos de uso coletivo, bem como nas unidades de ensino e órgãos complementares; 3) Implantação de um eficiente sistema de segurança patrimonial e pessoal, com identificação e controle de acesso aos campi e às instalações das unidades e órgãos, além de vigilância eletrônica por meio de sensores, alarmes e câmeras; 4) Ampliação e atualização da rede de comunicação interna, implantando sistemas mais eficientes e de menor custo para a intercomunicação corporativa quanto para a difusão de informações intra e inter-campi; 5) Ampliação e atualização da rede lógica, reforçando o Centro de Processamento de Dados em equipamentos e recursos, implantando sistemas tipo wi-fi, com acesso regulado e controlado. 56 Estimativas de investimento Tipo I, em infra-estrutura (em R$ 1.000,00): ITEM DE INVESTIMENTO Sistema viário, com plano de vias terrestres e deslocamento de pedestres, com especial atenção à integração entre o partido do Campus Federação/São Lázaro, mais elevado, com o Campus Ondina, mediante planos inclinados, escadarias e trilhas nas encostas. (Verba Intervenções diversas). Revisão e expansão da rede elétrica, tanto nos espaços comuns quanto nas instalações e equipamentos de uso coletivo, bem como nas unidades de ensino e órgãos complementares. (reforma de 11 sub-estações e quadros gerais de distribuição). Implantação de um eficiente sistema de segurança patrimonial e pessoal, com identificação e controle de acesso aos campi e às instalações das unidades e órgãos, além de vigilância eletrônica por meio de sensores, alarmes e câmeras. (verba) Ampliação e atualização da rede de comunicação interna, implantando sistemas mais eficientes e de menor custo para a intercomunicação corporativa quanto para a difusão de informações intra e inter-campi. (verba) 2008 340,00 2009 2010 2011 1.350,00 1.350,00 2.243,00 210,00 140,00 90,00 254,00 303,00 100,00 250,00 100,00 Ampliação e atualização da rede lógica, reforçando o Centro de Processamento de Dados em equipamentos e recursos, implantando 200,00 500,00 903,00 300,00 sistemas tipo wi-fi, com acesso regulado e controlado. (verba) TOTAIS 1.004,00 2.543,00 2.543,00 2.543,00 Tipo II. Os projetos de construção e requalificação de equipamentos de acesso comum e de uso coletivo incluem: Pavilhões de aulas, pavilhões de laboratórios, Restaurantes Universitários, Residências, Bibliotecas etc. Para as estimativas de custo de obras, utilizou-se o parâmetro de R$ 1.020,00 o m2; para reforma e requalificação, o parâmetro utilizado foi de R$ 460,00 o m2.As propostas de intervenção nessa modalidade, que poderão ser ajustadas durante o desenvolvimento do Programa, incluem, no Campus Canela, o seguinte: 1. Concluir a Biblioteca Unificada de Saúde; 2. Construção de uma nova Residência Universitária; 3. Instalação do Restaurante Universitário do campus Graça/Canela; 4. Construção da Biblioteca Unificada Direito/Administração/Contábeis; 57 5. Reforma do atual prédio da Escola de Música para transformá-lo no Pavilhão de Aulas do Canela II ; 6. Reformar e equipar o Auditório da Faculdade de Direito; 7. Reforma e adequação do prédio do ICI para torná-lo Pavilhão de Laboratórios de Informática do Canela. E, no Campus Ondina/Federação/São Lázaro, as seguintes propostas preliminares: 1. Construção do Centro de Idiomas; 2. Reformar e equipar Pavilhão de Aulas Poli/Arq (atual Serviço Médico); 3. Reformar e equipar Auditório da Escola de Medicina Veterinária; 4. Reformar e equipar Auditório do Instituto de Biologia; 5. Reformar e equipar Auditório do Instituto de Química; 6. Ampliação do prédio da Biblioteca Central; 7. Construção da Biblioteca Isaías Alves em São Lázaro; 8. Construção da Biblioteca Unificada Poli/Arq (integrada às respectivas escolas por passarela/trilha); 9. Construção da Biblioteca Unificada Química/Física/Geociências; 10. Construção de módulos administrativos e de atendimento aos estudantes e servidores em Ondina; 11. Construção de um complexo de auditórios no Campus Federação12. Construção de um complexo de salas de arte e de espetáculos na entrada principal do campus Ondina. Estimativas de investimento Tipo II, em instalações de uso coletivo (em R$ 1.000,00): ITEM DE INVESTIMENTO 2008 2009 2010 2011 Tipo II – Campus Canela/Graça: Concluir a Biblioteca Unificada de Saúde. Montante estimado no orçamento da obra já em andamento. (Área total: 5.030 m2). Construção de uma nova Residência Universitária (1.430 m2). Instalação do Restaurante Universitário do campus Graça/Canela (adaptação de 1030 m2). Construção da Biblioteca Unificada Direito/Administração/Contábeis (1.850 m2). 1.226,00 1.530,00 736,00 2.040,00 58 Reformar e equipar o Auditório da Faculdade de Direito (630 m2). Reforma do atual prédio da Escola de Música para transformá-lo no Pavilhão de Aulas do Canela II (990 m2). Reforma e adequação do prédio do ICI para torna-lo Pavilhão de Laboratórios de Informática do Canela (3.075 m2). 460,00 Tipo II - Campus Ondina/Federação/São Lázaro: 2008 Construção do Centro de Idiomas (2.400 m2). Reformar e equipar Pavilhão de Aulas Poli/Arq (1.630 m2). Reformar e equipar Auditório do Instituto de Biologia (300 m2). Reformar e equipar Auditório do Instituto de Química (342 m2). Reformar e equipar Auditório da Escola de Medicina Veterinária (350 m2). Ampliação do prédio da Biblioteca Central (728 m2). Construção da Biblioteca Isaías Alves em São Lázaro (2.400 m2). Construção da Biblioteca Unificada Poli/Arq (integrada às respectivas escolas por passarela/trilha) (2.400 m2). Construção da Biblioteca Unificada Química/Física/Geociências (2.400 m2). Construção de módulos administrativos e de atendimento aos estudantes e servidores (3.850 m2). Construção de um complexo de auditórios no Campus Federação (2.895 m2). Construção de um complexo de salas de arte e de espetáculos no campus Ondina (3.500 m2). TOTAIS 460,00 2.245,00 2009 2010 2011 3.060,00 700,00 250,00 250,00 250,00 830,00 2.753,00 2.753,00 2.752,00 2.060,00 2.060,00 3.190,00 4.957,00 7.026,00 9.812,00 8.002,00 9.722,00 Propõe-se que as instalações de ensino de acesso comum e de uso coletivo (pavilhões de aulas, laboratórios e auditórios) requalificadas por meio de recursos do Programa REUNI, mesmo aquelas situadas atualmente em unidades de ensino, serão objeto de uma gestão articulada pela PROGRAD. As Bibliotecas Unificadas farão parte do Sistema de Bibliotecas da UFBA, sob gestão da Coordenação do SB-UFBA. Tipo III. A seguir, apresenta-se uma lista com uma proposta preliminar de investimentos em unidades participantes do Programa, sem qualquer indicação de prioridade, iniciando pelo Campus Canela: 1. Construção do prédio de Ciências Contábeis; 59 2. Reforma e requalificação física das seguintes unidades: Faculdade de Odontologia, Escola de Enfermagem, Escola de Administração, Faculdade de Direito; 3. Ampliação das seguintes unidades: Escola de Nutrição, Instituto de Ciência da Saúde, Instituto de Saúde Coletiva. E, no Campus Ondina/Federação/São Lázaro, as seguintes propostas preliminares: 1. Construção do prédio da Escola de Música em Ondina; 2. Adaptar e ampliar prédio da Divisão de Material para nele instalar o ICI; 3. Reforma e requalificação física das seguintes unidades: Faculdade de Comunicação, Instituto de Matemática, Faculdade de Farmácia, Instituto de Química, Instituto de Física; 4. Ampliação das seguintes unidades: Escola de Dança, Escola de Medicina Veterinária, Instituto de Letras, Instituto de Biologia, Instituto de Geociências, Escola Politécnica, Faculdade de Arquitetura, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Estimativas de investimento Tipo III, em intervenções nas unidades de ensino (em R$ 1.000,00): ITEM DE INVESTIMENTO 2008 2009 2010 2011 920,00 920,00 Tipo III - Campus Canela/Graça: Construção do prédio de Ciências Contábeis (2.900 m2) Reforma e requalificação física das seguintes unidades: Faculdade de Odontologia, Escola de Enfermagem, Escola de Administração, Faculdade de Direito (Verba - diferentes níveis e amplitudes de intervenção) 2.970,00 Ampliação das seguintes unidades: Escola de Nutrição, Instituto de Ciência da Saúde, Instituto de Saúde Coletiva (2.980 m2) Tipo III - Campus Ondina/Federação/São Lázaro: Construção do prédio da Escola de Música em Ondina (3.600 m2) Adaptar e ampliar prédio da Divisão de Material para nele instalar o ICI (3.560 m2) Reforma e requalificação física das seguintes unidades: Faculdade de Comunicação, Instituto de Matemática, Faculdade de Farmácia, Instituto de Química, Instituto de Física (Verba - diferentes níveis e dimensões de intervenção) 1.140,00 1.930,00 5.020,00 1.530,00 1.130,00 1.150,00 60 Ampliação das seguintes unidades: Escola de Dança, Escola de Medicina Veterinária, Instituto de Letras, Instituto de Biologia, Instituto de Geociências, Escola Politécnica, Faculdade de Arquitetura, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (8.893 m2) 5.080,00 4.080,00 TOTAIS 7.990,00 9.800,00 8.080,00 Estas propostas de intervenção Tipo III são preliminares. Serão desdobradas e detalhadas a partir das solicitações encaminhadas pelas respectivas unidades de ensino e órgãos suplementares. As localizações de espaço físico das unidades aqui sugeridas seguem diretrizes do Plano Diretor acima mencionado. Eis o quadro-síntese dos investimentos em obras e instalações: MODALIDADE DE INVESTIMENTO Tipo I - Infra-estrutura Tipo II - Instalações de Uso Coletivo Tipo III - Em Unidades de Ensino TOTAIS 2008 2009 2010 2011 TOTAIS 1.004,00 2.453,00 2.453,00 2.453,00 8.363,00 7.026,00 9.852,00 8.002,00 9.722,00 34.602,00 8.030,00 7.990,00 9.800,00 8.080,00 25.870,00 20.295,00 20.255,00 20.255,00 68.835,00 4. CRONOGRAMA GERAL DE IMPLEMENTAÇÃO E EXECUÇÃO AÇÕES / ESTRATÉGIAS Realização de obras de infra-estrutura física geral da UFBA. Construção e equipamentos do Centro de Idiomas. Construção de dois Pavilhões de Aulas. Construção de novas unidades residenciais para estudantes carentes. Construção, reforma e ampliação de auditórios. Ampliação o Restaurante Universitário do Canela. (HUPES). Construção de pontos de distribuição da alimentação para os estudantes beneficiários do auxílio alimentação. Construção e reforma das Unidades Acadêmicas. Implantação de infra-estrutura tecnológica nos campi da Universidade. Contratação de novos professores. Contratação de novos servidores técnicoadministrativos. Oferta de bolsas ao Programa PROCES. 2008 X X PRAZO DE EXECUÇÃO 2009 2010 2011 X X X X X 2012 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 61 Oferta de bolsas de Monitoria para estudantes de graduação. Oferta de bolsas de Permanência para estudantes carentes. Construção e equipamentos do prédio do Instituto de Artes, Ciências e Humanidades. X X X X X X X X X X X X 5. ORÇAMENTO PARCIAL E GLOBAL Plano de aplicação dos recursos de custeio Ano 2008 Custo Nº Servidores (R$) Docentes 20 276.825 (DDE) Téc. Adm. nível médio Téc. Adm. nível superior Desp. correntes - 5.922.703 6.199.528 TOTAIS 2009 Nº Custo (R$) 2010 Nº Custo (R$) 2011 Nº Custo (R$) 2012 Nº 2013 Custo (R$) Nº Custo (R$) 264 8.767.721 380 18.468.871 470 24.027.737 533 28.113.898 533 29.509.603 147 2.332.865 212 3.364.403 263 4.173.765 298 4.729.209 298 4.729.209 64 1.212.134 92 7.626.703 19.939.423 - 1.742.443 114 2.159.114 128 2.424.268 128 2.424.268 10.855.234 34.430.951 - 20.756.839 51.117.455 - 34.188.961 69.456.336 - 32.793.256 69.456.336 OBS.: Prevê-se a contratação de 60% dos servidores docentes do ano em janeiro e 40% em junho. Plano de aplicação dos recursos de investimento * Modalidades de Investimento Projetos estruturantes dos Campi: segurança, urbanização, paisagismo, iluminação, sistema viário, rede elétrica, rede de comunicação interna, rede lógica etc. Investimentos: a) em equipamentos de uso coletivo: pavilhões de aulas, auditórios, pavilhões de laboratórios, restaurantes universitários, residências universitárias, bibliotecas setoriais, módulos administrativos, centro de idiomas, núcleos de apoio didático etc. (a detalhar). b) em unidades:Obras novas, reformas, ampliações, adequações etc. (a detalhar). Aquisição de Material Permanente: equipamentos, mobiliário, veículos etc. (a detalhar). Total Percentual 10 70 20 100 * - Total estimado se a UFBA submeter projeto com 17.501 matrículas novas: R$ 85.451.000,00. Para detalhamento, ver item 3.5 acima. 62 6. PLANO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DA PROPOSTA O acompanhamento e a avaliação do REUNI na Universidade Federal da Bahia serão realizados, a partir de 2009, de forma contínua, por uma Comissão Técnica indicada pela Administração Central, em articulação com a CPA - Comissão Própria de Avaliação, que deverá orientar a montagem do Plano de Monitoramento e Avaliação do REUNI/UFBA, no âmbito interno da Instituição. Os resultados serão aferidos com base nos Indicadores apontados nesse documento, agrupados em três categorias: a) indicadores operacionais - permitem a verificação dos recursos previstos (financeiros, materiais e humanos) para o atingimento das metas; b) indicadores de desempenho - evidenciam se as metas (números, taxas, índices, condições, situações, produtos e serviços), previstas como resultados das ações, foram alcançadas; c) indicadores de efetividade social ou de impacto – constatam os benefícios, gerados pelo Programa, de maior amplitude social e de mais longo prazo, evidenciados no grau de satisfação dos envolvidos e na percepção positiva da sociedade sobre seus resultados. De acordo com as diretrizes contidas no artigo 1º do Decreto nº. 6.096/2007, serão considerados como indicadores quantitativos do REUNI/UFBA: a. Aumento de vagas de ingresso nos cursos de graduação; b. Aumento progressivo da relação professor/aluno; c. Elevação das taxas de conclusão nos cursos de graduação. O cronograma de cumprimento de tais indicadores já foi apresentado na Seção A deste formulário. 7. PLANO DE ACOMPANHAMENTO DOS INDICADORES DE QUALIDADE Os indicadores qualitativos a serem acompanhados e avaliados serão: a. Aumento da diversidade de cursos e de itinerários formativos; b. Atualização das práticas pedagógicas dos docentes; c. Mudanças na arquitetura curricular dos cursos de graduação adequando-os aos princípios de flexibilidade, integração, autonomia, atualização e integração nas três culturas; d. Implantação progressiva das novas modalidades curriculares, BI e CEST, como alternativa de compatibilização do ensino de graduação na UFBA com o de outras sociedades e de instituições brasileiras que vêm praticando modelos mais atualizados de formação superior; e. Ampliação e melhoria dos programas de Extensão; f. Ampliação e melhoria dos programas da Assistência Estudantil; 63 g. Ampliação da mobilidade estudantil; h. Maior articulação com a educação básica pública; i. Maior articulação do ensino de graduação com a pós-graduação, a pesquisa e a extensão. 8. IMPACTOS GLOBAIS adesão da UFBA ao REUNI deverá representar, a médio e longo prazo, as condições concretas para o grande salto qualitativo global que tem constituído a aspiração de todos os que acreditam que a educação tem um papel decisivo e fundamental na transformação dos indivíduos e da sociedade. Em 2012, a UFBA certamente terá atingido os indicadores previstos nesse documento: crescimento quantitativo de 83 % nas matrículas da graduação e de 38 % na pósgraduação, maior produtividade do processo pedagógico, com taxa de conclusão aproximandose cada vez mais da meta estabelecida. Tudo isso, associado à melhor qualidade científica do trabalho docente e ao indispensável suporte tecnológico de uma geração de servidores qualificados e capacitados. A Universidade contará com currículos flexíveis, interdisciplinares, atualizados, abertos à universalidade do conhecimento, produzindo não somente profissionais/trabalhadores, mas indivíduos críticos e cidadãos intelectual e socialmente qualificados. Conexões em rede de instituições de conhecimento européias e brasileiras, com animado e profícuo trânsito de docentes, pesquisadores, estudantes e gestores universitários, dinamizarão os campi universitários. Dessa forma, serão intensificadas as trocas acadêmicas e o intercâmbio científico, tecnológico, artístico e cultural. Um novo modelo de universidade poderá resultar da integração entre a rede universitária brasileira (e latino-americana) e matrizes intelectuais e culturais de outros contextos universitários. Em 2013, ao encerrar-se o Programa REUNI/UFBA, a Universidade Federal da Bahia encontrar-se-á efetivamente renovada como instituição de criação e produção crítica do conhecimento humano, em vez da instituição para elitismo e exclusão social que tem sido durante quase duzentos anos. Assim, poderemos resgatar o ensino superior e a produção criativa de tecnociência, da arte, da cultura como potencial articulador tecnológico e estético (e também econômico) da criação de redes de solidariedade intercultural. No contexto nacional de implantação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, a universidade brasileira terá enfim uma chance de se tornar instrumento para a integração social e cultural entre povos e nações, firmemente comprometida com seu ideário original de justiça, eqüidade e paz. 64 . ANEXOS 9.1 Quadro síntese de indicadores acadêmicos e de orçamento REUNI – Quadros Sintéticos Quadro 1 - Previsão da oferta de vagas novas por modalidade, turno e ano Ano Modalidade Cursos profissionais (novos cursos, turmas noturnas, ampliações) Cursos de Educação Tecnológica Bacharelados Interdisciplinares Prole Totais por turno Totais por ano e geral 2009 2010 2011 2012 Total Not Diur Not Diur Not Diur Not Diur Not Diur 375 - 135 60 90 60 315 60 1530 180 315 800 1790 400 400 135 400 400 860 90 400 460 200 515 200 260 315 1000 2530 1000 800 1980 2190 995 550 775 4510 Quadro 2 - Consolidação da oferta de vagas novas por modalidade, turno e ano Ano Modalidade Cursos profissionais (novos cursos, turmas not., ampliações) Cursos de Educação Tecnológica Bacharelados Interdisciplinares Prole Totais por turno Totais por ano e geral 2009 2010 2011 2012 Not Diur Not Diur Not Diur Not Diur 675 - 810 60 900 120 1215 180 315 800 1790 400 400 315 800 1925 400 800 1260 315 800 2015 800 800 1720 315 1000 2530 1000 800 1980 2190 3185 2735 4510 65 Quadro 3 - Acréscimo da matrícula projetada por modalidade, turno e ano Ano Modalidade Cursos profissionais (novos cursos, turmas not., ampliações) Cursos de Educação Tecnológica Bacharelados Interdisciplinares Prole Totais por turno Totais por ano e geral 2009 2010 2011 2012 Total Not Diur Not Diur Not Diur Not Diur 3362 1040 2640 7042 1320 1320 639 639 303 1320 1320 2943 404 404 269 1320 1589 1786 660 2446 224 8362 3582 Not Diur 1993 3330 6191 796 1040 3300 3300 2640 10531 6736 17267 2010 2011 2012 660 884 Quadro 4 - Matrícula projetada global por modalidade, turno e ano Ano Modalidade Cursos profissionais (novos cursos, turmas not., ampliações) Cursos de Educação Tecnológica Bacharelados Interdisciplinares Prole Totais por turno Totais por ano e geral Atual (2007) Not Diur 181 181 20359 * 20359 20540 2009 Not Diur 3543 20359 1040 2640 1320 7394 21724 29118 Not Diur 4182 20662 1040 2640 1320 2640 8033 24667 32700 Not Diur 4586 20931 1040 2640 2640 2640 8437 26256 34693 Not Diur 6372 21155 1040 3300 3300 2640 10712 27095 37807 * Não incluídos os cursos PROLE atuais uma vez que são temporários e terminarão quando os novos começarem. 66 Quadro 5 – Relação aluno/professor (Rap) por ano Ano Elementos Vagas anuais MAT Alunos pós graduação Professores em DE (DDE) Dedução pós graduação Professor corrigido RAP 2007 2008 2009 2010 2011 2012 4206 20540 3192 1844 140 1704 12,05 4246 20756 3319 1864 159 1705 12,17 6436 29118 3479 2108 128 1980 14,70 7431 32700 3670 2224 164 2060 15,87 7981 34693 3927 2312 212 2100 16,52 8756 37807 4404 2334 302 2032 18,60 Quadro 6 - Plano de liberação e contratação de servidores Ano Servidores LIBERAÇÃO Docentes (DDE) Técnico Administrativo nível médio Técnico Administrativo nível superior CONTRATAÇÃO Docentes (DDE) Técnico Administrativo nível médio Técnico Administrativo nível superior 2008 1º sem 2º sem 2009 1º sem 2º sem 2010 1º sem 2º sem 2011 1º sem 2º sem 2012 1º sem 2º sem - 264 147 64 - 116 65 28 - 115 51 22 - 85 35 14 - - - 20 - 139 147 64 105 - 70 65 28 46 - 69 51 22 46 - 51 35 14 34 - OBS: Prevê-se, a cada ano, a contratação de 60% dos professores em janeiro e 40% em junho 67 Quadro 7 - Plano de aplicação dos recursos de custeio Ano 2008 2009 2010 2011 2012 Servidores N Custo N Custo N Custo N Custo N Custo Docentes 49 20 276.825 264 8.767.721 380 18.468.871 25.135.039 580 29.082.787 (DDE) 5 Téc. Adm. 26 147 2.332.865 212 3.364.403 4.173.765 298 4.729.209 nível médio 3 Téc. Adm. 11 64 1.212.134 92 1.742.443 2.159.114 128 2.424.268 nível superior 4 Desp. 5.922.703 7.626.703 10.855.234 19.649.537 33.220.072 correntes TOTAIS 6.199.528 19.939.423 34.430.951 51.117.455 69.456.336 OBS: Prevê-se, a cada ano, a contratação de 60% dos professores em janeiro e 40% em junho 2013 Custo N 580 32.111.763 298 4.729.209 128 2.424.268 30.191.096 69.456.336 Quadro 8 - Plano de aplicação dos recursos de investimento Ano Elemento Edificações Infraestrutura Equipamentos Total 2008 2009 2010 2011 Total 7.026.618,00 1.003.800,18 2.007.600,00 10.038.018,18 17.802.631,00 2.243.232.00 5.086.464,00 25.432.327,00 17.802.631,00 2.243.232.00 5.086.464,00 25.432.327,00 17.802.631,82 2.243.232.00 5.086.464,00 25.432.327,82 60.434.511,82 8.633.496,18 17.266.992,00 86.335.000,00 68 9.2 Ata de aprovação no Conselho Superior 69