alentejo > região reCeBe 1,3 MiL MiLHÕeS De eUroS ATÉ 2020
2015.01.09 • edição quinzenal
FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 9 // N: 363
€0,70
IVA Incluído
SOLIDARIEDADE. >p04
FAMÍLIA AMEIXA
POMBOS DE BEJA
VOAM NA HUNGRIA
CERCICOA TEM
NOVOS PROJECTOS
NO HORIZONTE
PUB
COLUMBOFILIA. >p13
Somincor produz mais
zinco que cobre em 2015
NEVES-CORVO > Lundin Mining, proprietária da Somincor, revelou as projecções de produção para o período 20152017. De acordo com a empresa sueco-canadiana, em 2015 sairão das lavarias de Neves-Corvo entre 68.000 e 73.000
toneladas de concentrado de zinco. No cobre, a produção deste ano andará entre as 50 e as 55 mil toneladas.
 O futebol é para todas as idades e
Pitico e José Varela continuam a dar
pontapés na redondinha mesmo
já entrados na casa… dos 50! O primeiro é o “patrão” do FC São Marcos
na 1ª divisão distrital, enquanto o segundo assume
o papel de “goleador” no
Naverredondense, na 2ª
divisão. Juntos somam 105 anos de
vida e uma inabalável
paixão
pelo
futebol.
Um amor que
(também) serve de adrenalina! >p12
ANTóNIO
ZAMBUJO
21 CONCERTOS
EM TRêS MESES
ULSBA tem
87 médicos
em formação
 O Hospital José Joaquim Fernandes,
em Beja, recebeu no início deste ano
mais 21 médicos internos e oito médicos
em formação nas especialidades de Medicina Interna, Medicina Geral e Familiar, Ortopedia, Pediatria e Ginecologia/
Obstetrícia (que não tinha internos há 22
anos). Ao todo, são 87 os médicos actualmente em formação em Beja. >p03
pub.
Craques
depois
dos 50!
> hOSpItAL DE BEjA
2
2015.01.09
regiÃO
>Ourique
FEIRA DO PORCO ALENTEJANO 2015 ENTRE OS DIAS 20 E 22 DE MARÇO
 A edição de 2015 da Feira do Porco Alentejano em Ourique vai realizar-se entre os dias 20 e
22 de Março, adianta ao “CA” fonte oficial da Cã-
mara de Ourique, que organiza o certame. Ao
longo dos três dias de feira, Ourique assume-se
como a “Capital do Porco Alentejano”.
BAiXOALENTEJO
> Lundin Mining reveLA previsões OperAciOnAis pArA 2015-2017
Em 2015 a mina de NevesCorvo vai produzir mais
concentrado de zinco do que
de cobre.  DR
Mais zinco em Neves-Corvo
> SOMINCOR. Perspectivas de produção de zinco revistas em baixa pela proprietária da Somincor, que prevê
investir 12,3 milhões de euros
em Neves-Corvo em 2015.
 A produção de zinco na mina de
Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, vai continuar a aumentar nos próximos anos, mas menos
do que estava previsto no final de
2013. A informação é avançada
pela Lundin Mining, proprietária
da Somincor – Sociedade Mineira
de Neves-Corvo, que divulgou no
seu sítio na Internet as projecções
de produção das minas que tem
espalhadas pelo mundo no período 2015-2017.
De acordo com a empresa sue-
co-canadiana, em 2015 sairão das
lavarias do complexo mineiro de
Neves-Corvo entre 68.000 e 73.000
toneladas de concentrado de zinco. Será mais que no último ano,
mas um valor abaixo das 75.00080.000 toneladas que eram previstas no final de 2013 pela Lundin
Mining.
Já para os anos de 2016 e 2017,
a proprietária da Somincor estima
dois cenários opostos para o zinco: em 2016 a produção cairá para
as 65.000-70.000 toneladas e em
2017 voltará a aumentar, passando para as 70.000-75.000.
Quanto ao concentrado de cobre, não há qualquer alteração
face à estimativa do último ano
e a produção da Somincor será a
mesma até 2017: entre 50.000 a
55.000 toneladas anuais.
Sem tanta expressão em Neves-
Corvo como o zinco e o cobre,
mas a crescer, está a produção de
chumbo. Em 2015 a Somincor deve
chegar às 4.000 ou 5.000 toneladas,
valor que aumentará nos dois anos
seguintes: 5.000-6.000 toneladas
em 2016 e 7.000-8.000 toneladas
em 2017. Recorde-se que no final
de 2013 a Lundin Mining previa
que a produção de concentrado de
chumbo se mantivesse nas 2.0002.500 toneladas até 2016.
Quanto a novos investimentos,
2015 vai ser um ano de contenção
na Lundin Mining. Ainda assim,
a empresa estima gastar perto de
12,3 milhões de euros em NevesCorvo. Deste montante, um terço
(4,1 milhões) destina-se ao desenvolvimento do projecto Lombador
e outro terço para estudos para a
expansão da produção de concentrado de zinco.
73
Mil toneladas é o máximo de
produção de concentrado de zinco
previsto pela Somincor para o ano
de 2015. Há um ano, as estimativas
apontavam para uma produção que
podia chegar às 80 mil toneladas.
12,3
Milhões de euros é o valor do investimento em Neves-Corvo previsto
pela Lundin Mining ao longo de 2015.
Desta verba, um terço será para o
desenvolvimento do projecto Lombador e outro terço para estudos
ligados à produção de zinco
a Maior
eMpresa do
alentejo
 A Somincor explora as minas
de Neves-Corvo desde a década de
80 e é a maior empresa de todo o
Alentejo. Trabalham no couto mineira cerca de 2.500 pessoas e o
minério produzido vai todo para
exportação.
2015.01.09
BAIXO ALENTEJO
3
REGIÃO
> SERvIçO dO HOSpItAl dE BEjA já cOntA cOm SEIS médIcOS
Hospital de Beja
abre internamento
para Psiquiatria
> SAúde. Internamento disponibiliza um total de 17 camas e abre
no primeiro trimestre deste ano,
provavelmente durante o mês de
Fevereiro.
 Depois de dois anos de longa espera, a
Unidade de Psiquiatria e Saúde Mental do
Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja,
vai finalmente abrir o internamento. Concluído no Verão de 2012, o novo edifício não
pode receber doentes para internamento
devido à falta de médicos psiquiatras, situação que está resolvida e que permitirá a
abertura da valência até ao final do primeiro trimestre deste ano.
“Contamos que [o internamento] seja
aberto durante o primeiro trimestre de
2015, provavelmente no mês de Fevereiro”,
revela a presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo
Alentejo (ULSBA), Margarida Silveira.
Há muito que o internamento em Psiquiatria é considerado prioritário em Beja,
distrito que apresenta uma das maiores
taxas de suicídio em toda a Europa. Apesar deste quadro “negro”, a abertura da
nova valência, que conta com um total de
17 camas, sempre esbarrou na dificuldade
sentida pela ULSBA em recrutar médicos
para região. Um cenário que segundo a responsável pela unidade de saúde demorou
dois anos a ser alterado, com o quadro de
clínicos do Serviço de Psiquiatria do hospital bejense a passar entretanto de dois para
seis médicos.
“Neste momento temos no nosso mapa
de pessoal seis médicos psiquiatras. E temos
também a decorrer mais um procedimento
concursal para recrutamento de mais dois
médicos de Psiquiatria Geral. Portanto, neste momento conseguimos de facto reunir o
número de médicos mínimo indispensável
para poder constituir a equipa para abrirmos brevemente o internamento de Psiquiatria”, explica Margarida Silveira.
A obra da nova Unidade de Psiquiatria e
Saúde Mental do Hospital de Beja foi lançada em meados de 2010 e concluída dois
anos depois, num investimento que rondou os três milhões de euros e teve financiamento comunitário, através do QREN
2007–2013. Para trás ficaram duas décadas
em que o serviço funcionou de forma transitória em vários apartamentos alugados
nas imediações do hospital de Beja.
Margarida Silveira reconhece estarem reunidas as condições para
o internamento em Psiquiatria
abrir finalmente em Beja.  DR
MArgAridA SiLveirA
Presidente da ULSBA
Contamos que [o internamento] seja aberto durante o primeiro trimestre
de 2015, provavelmente no
mês de Fevereiro.
A abertura do internamento marcará o
ponto final num longo e moroso processo, assim como o início de uma nova era
na assistência aos doentes com problemas
psiquiátricos e/ ou mentais na região. É que
até hoje o distrito de Beja é o único do país
sem esta valência, o que obriga a que os doentes tenham de ser internados em Lisboa.
“O grande propósito de abrirmos este
serviço é promover o acesso aos cuidados
de saúde – neste caso de Psiquiatria – em
internamento que até à data não existem. E
por outro lado, optimizar em pleno um edifício que foi construído de raiz com investimento comunitário. É nesse sentido que
temos de trabalhar para podermos oferecer
esta acessibilidade o mais perto possível da
residência e das suas comunidades aos doentes que carecem de internamento psiquiátrico”, conclui a presidente da ULSBA.
> SAúdE
ULSBA tem
87 médicos
em formação
 O Hospital José Joaquim Fernandes, na
cidade de Beja, recebeu no início deste ano
mais 29 médicos internos, contando actualmente com um total de 87 clínicos em formação.
“A vinda dos médicos internos para a
ULSBA é um acontecimento muito importante, uma vez que estimula a dinamização
dos serviços clínicos e cria a possibilidade
de fixação de médicos na região”, explica ao
“CA” fonte oficial da ULSBA – Unidade Local
de Saúde do Baixo Alentejo, a que pertence o
hospital bejense.
De acordo com a mesma fonte, na passada segunda-feira, 5 de Janeiro, chegaram a
Beja 21 médicos internos e oito médicos em
formação nas especialidades de Medicina
Interna, Medicina Geral e Familiar, Ortopedia, Pediatria e Ginecologia/ Obstetrícia (que
não tinha internos há 22 anos).
Este grupo de médicos veio juntar-se aos
58 internos actualmente em formação na
instituição, sublinha a ULSBA, lembrando
que dos 19 clínicos que fizeram a sua formação em 2014 em Beja, “cinco optaram por
continuar a sua formação específica nesta
unidade”.
O internato médico realiza-se após a licenciatura em Medicina, sendo o primeiro
ano de formação denominado ano comum.
Após o ano comum, os médicos candidatamse a um concurso nacional para a escolha de
uma especialidade, que corresponde ao período de formação específica cuja duração
varia consoante a especialidade.
> E AIndA...
dePUtAdo do PSd
coM BiSPo coAdjUtor
 O deputado do PSD eleito por Beja reuniu no
dia 2 de Janeiro com o novo bispo coadjutor de
Beja. Durante a reunião, Mário Simões e D. João
Marcos abordaram diversos assuntos, “com
particular destaque para os problemas sociais do
distrito”.
vereAdoreS do PS
eM BejA criticAM cdU
 Os vereadores do PS eleitos na Câmara de
Beja criticam o executivo da CDU por este não ter
realizado em 2014 obras prometidas no valor de
sete milhões de euros.
BAIXO ALENTEJO
4
2015.01.09
REGIÃO
> AntónIO MAtIAs fOI REcOnduzIdO pARA O tRIénIO 2015-2017
”
António Matias foi reeleito
presidente da Cercicoa no
passado dia 6 de Janeiro.  Dr
> pROjEctO nO cARREGuEIRO
edP apoia hortas
solidárias de aljustrel
 O projecto “Hortas Solidárias/
Centro de Interpretação de Produtos Hortícolas e Ervas Aromáticas”, que a Câmara de Aljustrel
está a implementar na aldeia do
Carregueiro, foi premiado pelo
programa EDP Solidária, promovido pela Fundação EDP. A
empresa vai atribuir um apoio de
12 mil euros para a execução do
projecto, que no total está avaliado em 21.360 euros.
Dinamizado pela autarquia
mineira, o projecto “Hortas Solidárias/ Centro de Interpretação
de Produtos Hortícolas e Ervas
Aromáticas” visa a criação na pequena aldeia ferroviária, situada
entre Aljustrel e Castro Verde, de
uma horta para a comunidade,
em que os talhões serão atribuídos às famílias carenciadas que
se candidatem.
Em simultâneo, a Câmara de
Aljustrel vai também criar um
centro ligado à produção hortícola e às ervas aromáticas, no
sentido de realizar iniciativas de
sensibilização ambiental e permitir a investigação científica associada à produção agrícola em
modo ecológico.
Cercicoa tem
novos projectos
> solidariedade.
Direcção eleita esta semana
quer garantir sustentabilidade da instituição e avançar
com novos equipamentos.
 A Cercicoa quer continuar a crescer e a melhorar a sua oferta de respostas sociais através da criação de
novos equipamentos. Os objectivos
são traçados pelo presidente da instituição, António Matias, que foi reeleito esta semana para continuar a
liderar a Cooperativa de Educação e
Reabilitação de Crianças Inadaptadas e Solidariedade Social dos Concelhos de Castro Verde, Ourique e
Almodôvar até 2017.
“As nossas prioridades assentam
na visão orientada não só pelo plano estratégico, como na recolha e
sistematização de informação para
sustentar os diversos documentos
fundamentais”, assume António
Matias, garantindo que no topo dos
objectivos a alcançar pela direcção
está “a viabilização e sustentabilidade da organização, visando continuar a constituir uma oferta cada
vez mais diversificada de serviços de
qualidade para a comunidade”.
“Este mandato deverá também
ser orientado para a inovação e modernização dos serviços e para a promoção da actualização e adequação
às necessidades dos cidadãos”,
acrescenta o presidente da Cercicoa.
Em matéria de novos projectos,
António Matias destaca as iniciativas
planeadas na área da “auto-determinação e auto-representação”, no
sentido de “assegurar o acesso das
pessoas com limitações funcionais a
diversos serviços, relações, deveres e
direitos que habitualmente lhes são
vedados ou dificultado o acesso”.
Ao mesmo tempo, a Cercicoa
vai dar “especial atenção” nos próximos anos às suas estruturas residenciais, “que têm uma grande lista
de espera”, e ao Centro de Actividades Ocupacionais, “que está lotado”. “Portanto, no que diz respeito
a obras e ampliações, estão já em
curso estudos e projectos para novas
edificações”, garante o presidente da
cooperativa.
Outra das ideias que a Cercicoa pretende colocar em prática
até 2017 é a criação de residências
autónomas fora de Almodôvar, nomeadamente em Castro Verde e/
ou Ourique. “Pensamos poder enquadrar estas respostas neste novo
quadro comunitário de apoio e assim, neste triénio, pelo menos ser
possível assegurar a aprovação de
orçamentos para construir novos
equipamentos”, afirma António Matias, sem entrar em pormenores.
Quanto à hipótese da Cercicoa
vir a abrir novas valências ou novas
respostas sociais, António Matias
admite ser “uma possibilidade equacionável”.
“Considero que as respostas já
existentes são já amplamente abrangentes e respondem a uma grande
diversidade de necessidades, pelo
que devemos centrar grande parte
da nossa atenção no seu funcionamento e na qualidade dos serviços
que prestam”, conclui.
329 utentes apoiados
 Fundada em 1979 em Almodôvar, a Cercicoa conta actualmente com 60
colaboradores e apoia um total de 329 utentes em Almodôvar, Castro Verde, Mértola, Odemira e Ourique através das suas nove valências: Formação
Profissional (16), Lar-residencial (24), Residência Autónoma (seis), Centro
de Actividades Ocupacionais (25), fórum Ocupacional (55), Centro de Recursos para a Inclusão (95), Centro de Recursos para o Emprego (64), Intervenção Precoce (40) e Serviço de Atribuição de Produtos de Apoio (quatro).
> cIclO dE pAlEstRAs dEcORRE Até 25 dE fEvEREIRO
odemira debate inclusão
 A inclusão social e a educação inclusiva vão estar no centro das atenções durante o ciclo de palestras que
a Associação de Paralisia Cerebral de
Odemira (APCO), o Agrupamento de
Escolas de Odemira e o Colégio de
Nossa Senhora da Graça (Vila Nova
de Milfontes) vão promover até final
de Fevereiro.
A iniciativa, que conta com o
apoio da Câmara de Odemira, arrancou quarta-feira, 7, com a palestra
“Inclusão e a Multideficiência” em
Vila Nova de Milfontes. No próximo
dia 14 de Janeiro (quarta-feira), pelas
16h30, será a vez da sede do Agrupamento de Escolas de São Teotónio
receber a conferência “Práticas de
educação inclusiva”, que contará
com a participação de Francisco Vaz
da Silva, professor na Escola Superior de Educação de Lisboa.
“Paradoxos da Educação – A Educação Especial” será o tema da palestra a realizar no dia 4 de Fevereiro
na sede do Agrupamento de Escolas
de Odemira, com a presença de Pedro Morato, professor da Faculdade
de Motricidade Humana.
O ciclo termina no dia 25 de Fevereiro, na sede do Agrupamento
de Escolas de Colos, com a palestra “Uma experiência contada na
primeira pessoa”, onde vai estar
Manuela Gomes, professora de educação especial.
2015.01.09
BAIXO ALENTEJO
5
REGIÃO
> AnO dE 2014 fOI EXcElEntE pARA O tuRIsmO REGIOnAl
Alentejo bate recordes!
> turismo. Em 2014 a
actividade turística na região
cresceu em receitas e dormidas, movimentando 250
milhões de euros.
Milhões de euros é a receita que
a Agência Regional de Promoção
Turística do Alentejo estima ter sido
gerada em 2014 pelo turismo na
região. Deste montade, cerca de
62 milhões de euros são relativos a
gastos com alojamento.
47,5
Euros foi o gasto médio de um
turista por cada noite dormida na
região, valor abaixo do registado em
2013: 49,8 euros. Para a ARTPA, esta
diminuição ilustra a a necessidade
de os empresários adaptarem os
seus preços ao contexto actual.
Praias do litoral são cada
vez mais um atractivo
turístico do Alentejo.  Dr
alojamentos locais e parques de
campismo), a ARPTA anuncia que
a receita foi “cerca de nove por
cento superior”, o que permitiu
“um encaixe directo nas unidades
de mais cinco milhões de euros” e,
para a região, “uma receita acrescida de mais 20 milhões de euros”.
No que toca às dormidas, a
> tuRIsmO dO AlEntEjO
Ceia da silva
nomeado para
prémios “Amadeus”
 Depois da vitória em 2013, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo está
novamente nomeado para os prémios “Amadeus Brighter Awards”.
Há um ano António Ceia da Silva conquistou o prémio na categoria “Ideia do Ano” e em 2014
surge indicado pelos jurados na categoria “Empreendedor do Ano”, devido ao
trabalho desenvolvido na instituição
“ao nível da promoção e estruturação
da oferta e pelas dinâmicas criadas
com os empresários”.
Os prémios “Amadeus Brighter
Awards” visam distinguir personalidades que se destacaram
pelo seu contributo positivo no
turismo em Portugal, sendo que
os vencedores da edição 2014
vão ser revelados numa cerimónia agendada para a próxima terça-feira, 13 de Janeiro,
no Teatro Tivoli, em Lisboa.
agência espera que, no ano transacto, a região tenha totalizado
“460 mil noites de estrangeiros”.
Um número que, a confirmar-se,
representa “um aumento de dormidas de estrangeiros a rondar
os 25%” e ao qual corresponderá
“uma receita gerada nas unidades,
pela presença de turistas estran-
geiros, na ordem dos quase 22 milhões de euros”.
Estes valores “indicam-nos que
estamos no bom caminho e deixam pistas para a estratégia a seguir nos próximo anos”, sublinha
o presidente da ARTPA, Vítor Silva,
chamando a atenção para a quebra no valor médio por noite, nos
alojamentos turísticos.
“Em 2014, registámos um valor médio por noite de 47,5 euros,
claramente inferior ao verificado
em 2013 (49,8 euros), revelando
a necessidade de os empresários
adaptarem os seus preços ao contexto de dificuldades económicas
que continuam a existir”, alerta.
pub.
 O Alentejo bate, em 2014 os
recordes de receitas e dormidas,
tendo a actividade turística na região gerado uma receita a rondar
os 250 milhões de euros. Segundo
a Agência Regional de Promoção
Turística do Alentejo (ARPTA), no
ano há pouco terminado os proveitos globais dos alojamentos na
região (excluindo turismo rural,
pousadas da juventude, alojamentos locais e parques de campismo) rondaram o valor de 62
milhões de euros.
Atendendo a que “os gastos
com o alojamento significam 24%
dos gastos totais efectuados pelos
turistas”, a agência responsável
pela promoção externa da região
alentejana estima que a actividade turística, no ano passado, tenha “gerado uma receita a rondar
os 250 milhões de euros”.
Quanto aos proveitos globais
dos alojamentos (excluindo turismo rural, pousadas da juventude,
250
BAIXO ALENTEJO
6
2015.01.09
REGIÃO
> POlítIcA
> PS vOtOu cOntRA OS dOcumEntOS
câmara de Moura sem
orçamento para 2015
Socialistas criticam
orçamento em Serpa
pub.
 A Câmara de Moura será gerida este ano com um orçamento
igual ao de 2014, no valor de 20,2
milhões de euros, após a Assembleia Municipal ter chumbado
duas propostas orçamentais da
autarquia.
A situação “vai causar dificuldades”, mas o executivo municipal “arranjará maneira de
ultrapassar algumas”, diz o autarca da CDU, referindo que o
chumbo das propostas de orçamento para 2015 pela Assembleia
Municipal de Moura, o último
dos quais a 30 de Dezembro,
“pode pôr em causa novos projectos e investimentos” da autarquia, os quais “ficam sujeitos a
revisão orçamental”.
Segundo o líder da bancada
do PS na Assembleia Municipal
de Moura, Rui Apolinário, o voto
contra dos deputados socialistas
deveu-se ao facto de a segunda
proposta, à semelhança da primeira, “não incluir nenhuma das
propostas apresentadas pelo PS”.
Já o líder da bancada PSD/
CDS-PP, Amílcar Mourão, justificou o voto contra com o facto
de a segunda proposta ser “basicamente igual à primeira” e, por
isso, “não fazia sentido um sentido de voto diferente”.
Finalmente, o deputado independente, António Gonçalves,
também presidente da Junta de
Amareleja, assumiu que votou
contra a segunda proposta porque inclui “verbas exageradas”
para empresas municipais e a autarquia recusa-se a delegar determinadas competências na Junta.
Correio Alentejo n.º 363 de 09/01/2015 Única Publicação
> política. Partido
Socialista lembra que a
Câmara de Serpa está
entre as dez piores do país
na gestão orçamental.
 O Orçamento e Grandes Opções do Plano da Câmara de Serpa para 2015 é “um dos piores”
apresentados pela CDU. A opinião
pertence aos eleitos do PS na Assembleia Municipal, que votaram
contra o documento, à imagem do
já tinham feito os vereadores socialistas na autarquia.
Em declarações ao “CA”, o vereador socialista Noel Farinho vinca
que dois documentos são fruto
“de uma má gestão continuada e
de um despesismo que conduziu a
Câmara [de Serpa] a uma situação
de extrema dificuldade financeira,
que inclusivamente originou uma
sanção no início do ano passado
por ter sido ultrapassado o limite
de endividamento”.
“A Câmara de Serpa está entre
as dez piores do país na gestão orçamental”, lembra o eleito do PS.
Para este responsável, o orçamento apresentado pelo executivo do comunista Tomé Pires “não
tem projectos mobilizadores nem
perspectivas de médio-prazo, com
a agravante de se ter deixado aumentar as dívidas de curto-prazo”,
o que, argumentam, será “extremamente negativo para o comércio e indústria local”.
Noel Farinho e o Partido Socialista lamentam igualmente que o
orçamento da Câmara de Serpa
para 2015 assuma “a diminuição
das receitas, das verbas oriundas
dos fundos comunitários, o endividamento excessivo e o aumento das despesas, o que se afigura
como uma tempestade perfeita
em termos financeiros e orçamentais, com repercussões negativas
óbvias na qualidade de vida dos
munícipes”.
Bastante crítico, o vereador socialista acusa ainda o executivo da
Câmara de Serpa de continuar “a
não dar resposta a um conjunto
de questões essenciais, que são
fundamentais para o desenvolvimento do concelho e o bem-estar
das populações”.
“A Câmara [de Serpa] continua
a não ter como estratégia central
alcançar os objectivos de fixar e
atrair pessoas e investimentos,
atrair empresas e criar empregos,
gerar riqueza e investimento reprodutivo”, conclui Noel Farinho.
CONVOCATÓRIA
ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL
Nos termos do disposto no artigo 40° do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia
de Ourique e do artigo 59° A do Decreto Lei 172-A/2014 de 14 de Novembro, convocam-se os Irmãos a reunir em ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL, no próximo dia 23
de Janeiro de 2015, acto eleitoral que decorrerá entre as 16H00 e as 20H30 (horário
de abertura e encerramento da mesa de voto), no Lar da Terceira Idade, sito na Rua
dos Bombeiros Voluntários, N.º 1, em Ourique,
Com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto único:
Eleição dos corpos sociais, Mesa da Assembleia Geral, Mesa Administrativa e
Conselho Fiscal, para o mandato social do quadriénio 2015 a 2018.
Informam-se os Irmãos que:
a) O acto eleitoral decorrerá ininterruptamente no horário acima indicado em sistema de voto de urna aberta;
b)ArelaçãoeleitoraldosIrmãosemplenogozodosseusdireitosseráafixadana
sede da Instiuição no próximo dia 12 de Janeiro de 2015;
c) As listas concorrentes têm de dar entrada na sede social da Instituição até ao
dia 15 de Janeiro de 2015, devendo conter os nomes completos dos efectivos
e suplentes com a sua expressa aceitação para o exercício do cargo a que se
candidatam.
d) Nos termos do artigo 33° n.º 1 do compromisso da Santa Casa da Misericórdia
de Ourique, os Irmãos não se podem fazer representar por outros Irmãos na
votação;
e) Após a contagem e apuramento de votos, os resultados da eleição serão proclamados de imediato;
f) Nos termos do artigo 21° C n.º 1 do Decreto lei 172-A/2014 de 14 de Novembro,
a duração do mandato é de quatro anos.
g) A tomada de posse dos orgãos sociais eleitos é dada pelo Presidente da Assembleia Geral cessante e deverá ocorrer até ao 30° dia posterior ao da eleição;
h) Os efeitos da posse reportar-se-ão ao dia 01 de Janeiro de 2015.
Apresentando os melhores cumprimentos a todos os irmãos,
Ourique, 07 de Janeiro de 2015
A Secretária em substituição do Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
(assinatura ilegível)
Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro
Eleitos do PS criticam duramente a gestão feita nos últimos
anos pela CDU na Câmara de
Serpa.  Dr
O orçamento apresentado não tem
projectos mobilizadores nem perspectivas de médioprazo.
A Câmara de Serpa
está entre as dez
piores do país na
gestão orçamental.
[Câmara de Serpa]
continuar a não dar
resposta a um conjunto de questões
fundamentais para o
concelho.
2015.01.09
BAIXO ALENTEJO
7
REGIÃO
> PROCESSO DE EXTINçÃO DA ASSEmBlEIA DISTRITAl DE BEjA “EmPERRADO”
Trabalhadores da assembleia
e museu com futuro indefinido
> Beja. CIMBAL só vai decidir se aceita património
e trabalhadores da Assembleia Distrital de Beja
durante Janeiro.
 A Comunidade Intermunicipal do
Assembleia Distrital de Beja
quer que gestão do Museu
Regional passe para as mãos
da CIMBAL.  Dr
proposta pelo conselho executivo”.
Por outro lado, “não havendo
ainda resposta da CIMBAL”, a sessão serviu também para “chamar à
atenção” dos restantes autarcas para
a necessidade de se convocar, logo
no início de Janeiro, uma nova sessão da ADB para a aprovação de um
orçamento para 2015.
O orçamento, “ainda que venha
a ter um carácter meramente transitório, é necessário para a ADB
poder continuar a assegurar a sua
actividade e o pagamento dos salários dos funcionários”, frisa Santiago Macias.
Na proposta, a ADB pede à CIMBAL para assegurar os interesses, as
posições remuneratórias e as carreiras dos seus 14 funcionários, dois
administrativos e 12 ao serviço do
museu. A ADB pede também a manutenção das actuais contribuições
financeiras dos municípios e a redistribuição por todos da participação
da Câmara de Odemira, que integra
a ADB mas não a CIMBAL.
Segundo Santiago Macias, a ADB
“não faz sentido com o enquadramento que tem actualmente” e a sua
actividade “resume-se, praticamente, à gestão” do Museu Regional de
Beja. Por outro lado, “a lei não deixa alternativa” e a transferência do
património e dos funcionários da
ADB e da gestão do museu para a
CIMBAL é “a única solução possível
actualmente”.
Baixo Alentejo (CIMBAL) vai decidir
durante este mês de Janeiro se aceita o património, os funcionários e a
gestão do Museu Regional, actualmente a cargo da Assembleia Distrital de Beja (ADB).
A ADB aprovou, em Setembro de
2014, uma proposta de transferência
do seu património, dos seus funcionários e da sua competência de
gestão do Museu Regional de Beja
para a CIMBAL, a qual ainda não se
pronunciou.
Segundo explica o presidente da
CIMBAL, João Rocha, a instituição
“optou por ter primeiro uma reunião com o secretário de Estado da
Cultura” para analisar a questão do
museu, que já se realizou, e, “em
princípio”, vai tomar uma decisão
sobre a proposta da ADB “em meados de Janeiro”.
“A CIMBAL tem efectivamente
que decidir, com urgência, se aceita
ou não” o património, os funcionários e a gestão do museu, segundo a
proposta que a ADB lhe enviou em
Setembro e foi “reiterada” em Novembro, sublinha o presidente da
ADB, o autarca de Moura, Santiago
Macias.
A proposta da ADB foi aprovada
após ter sido publicada, no passado
dia 26 de Junho, uma lei que dava
120 dias para cada assembleia distrital decidir e comunicar ao Governo a
que entidade vai afectar o património e quadro de pessoal.
“O prazo já terminou, mas como
a Secretaria de Estado da Administração Local ainda não notificou for-
malmente a ADB, ainda podemos
resolver o assunto, mas obviamente
já estamos no vermelho”, alerta Santiago Macias.
Devido a toda esta situação, a
ADB reuniu no final de Dezembro.
De acordo com Santiago Macias, na
sessão os restantes autarcas com assento na ADB foram informados de
que “seguirá um novo ofício para a
CIMBAL, o terceiro, a pedir o agendamento urgente da discussão da
"STarTing-Up CieBal"
em CaSTro verde
Beja reCeBe 25
merCadoS em 2015
palma riTa lidera
iefp do alenTejo
TrêS morToS naS
eSTradaS no ano novo
aljUSTrel deClara
CanTe paTrimónio
 A Câmara de Castro Verde promove
na segunda-feira, 12, o workshop
“Starting-Up CIEBAL”. A iniciativa vai
decorrer a partir das 9h30 no Fórum
Municipal daquela vila e será conduzido pelo consultor Paulo Alves. Fonte
municipal explica que a iniciativa tem
por base a política da autarquia “de
apoio ao desenvolvimento económico”,
antecedendo a entrada em funcionamento do CIEBAL – Centro de Iniciativas Empresariais do Baixo Alentejo.
Durante o workshop serão abordadas
as temáticas “Eco-sistema Empreendedor Territorial: Relevância e Principais
Componentes”, “As Incubadoras de
Empresas: Organização, Funcionamento
e Desafios” e “O Contexto Estratégico
2020 e as Novas Tendências no Apoio
Empresarial”.
 O mercado quinzenal de Beja em
 José Palma Rita vai continuar a
 Depois de um Natal sem vítimas, as
 O cante alentejano vai em breve ser
2015 vai realizar-se no Parque de Feiras
e Exposições nos segundos e quartos
sábados de cada mês, à excepção dos
meses de Abril e Dezembro. Segundo
a Câmara de Beja, em Dezembro irão
realizar-se três edições consecutivas
do mercado antes do Natal, ou seja,
nos primeiros três sábados do mês, e
em Abril, devido ao feriado de dia 25, o
mercado irá decorrer no segundo e no
terceiro sábado do mês. De acordo com
a calendarização, em 2015 o mercado vai
realizar-se nos dias 10 e 24 de Janeiro,
14 e 28 de Fevereiro, 14 e 28 de Março,
11 e 18 de Abril, 9 e 23 de Maio, 13 e 27 de
Junho, 11 e 25 de Julho, 8 e 22 de Agosto,
12 e 26 de Setembro, 10 e 24 de Outubro,
14 e 28 de Novembro e 5, 12 e 19 de
Dezembro.
desempenhar o cargo de delegado
regional do Alentejo do Instituto do
Emprego e Formação Profissional (IEFP)
até ao ano de 2020. Em funções desde
2012, por nomeação do actual Governo,
Palma Rita foi agora reconduzido por
mais cinco anos no âmbito do processo
concursal promovido pela Comissão
de Recrutamento e Selecção para a
Administração Pública, entidade independente que assegura o recrutamento
e selecção de candidatos para cargos
de direcção superior da administração pública. José Palma Rita é natural
do concelho de Alandroal (distrito
de Évora) e tem uma licenciatura e
mestrado em Sociologia, na variante de
Recursos Humanos e Desenvolvimento
Sustentável.
estradas do Baixo Alentejo registaram
três mortos durante os cinco dias da
operação de fiscalização rodoviária
“Ano Novo Seguro 2015”. A operação
decorreu entre 31 de Dezembro e 4 de
Janeiro, período em que a GNR registou
nas estradas do distrito um total de 22
acidentes (mais um que no ano
anterior), que causaram três
mortos, três feridos graves e quatro feridos
leves.
Fonte da Guarda
adianta ao “CA”
que a operação
contou com
321 militares, que
fiscalizaram 1.120
condutores.
declarado como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal no concelho
de Aljustrel. O projecto é da responsabilidade da autarquia e visa a salvaguarda
e valorização do cante alentejano e dos
seus grupos no concelho. Nesse sentido,
além da declaração do cante como
Património Cultural Imaterial de Interesse
Municipal – que será aprovada em
Assembleia Municipal –, a autarquia pretende dinamizar aulas de cante junto dos
mais jovens, promover anualmente um
encontro concelhio de cante alentejano
e realizar um levantamento dos grupos
corais existentes. Criar uma equipa que
acompanhe as actividades dos grupos
existentes e, ao mesmo tempo, auxilie a
formação de novos grupos é outro dos
objectivos da Câmara de Aljustrel.
SanTiago maCiaS
Presidente da Assembleia Distrital
Ainda podemos
resolver o assunto,
mas obviamente já
estamos no ‘vermelho’!
8
BAIXO ALENTEJO
2015.01.09
REGIÃO
> COMERCIALIZAÇÃO DE PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS E MÁQUINAS AGRÍCOLAS
> ESTUDO DO INE
Castro tem quarto
maior salário médio
Henrique Revés [à direita] gere
a Peçamodôvar juntamente
com Luís Fernandes.  Dr
 O concelho de Castro Verde
apresenta o quarto maior salário médio mensal de todo o país,
ficando apenas atrás dos montantes registados em Alcochete,
Sines e Oeiras.
De acordo com os dados do
Instituto Nacional de Estatística
(INE) referentes a 2012, Castro
Verde apresenta um salário médio nacional de 1.622,28 euros,
bastante acima da média nacional, que é de 1.095 euros, e à
frente de cidades como Lisboa,
Porto ou Faro.
Na frente deste ranking surge
o concelho de Alcochete, com
Peçamodôvar
está a crescer
> ECONOMIA. Crescimento de 12% nos negócios e planos para abrir novo espaço
testemunham vitalidade da
empresa de Almodõvar.
 Depois de um ano “muito bom”
em 2014, a empresa Peçamodôvar
encara este novo 2015 com notório
optimismo e “muita confiança”. O
seu gerente, Henrique Revés, admite
continuar numa linha de crescimento e, muito provavelmente, avançar
de modo ponderado para a abertura
de um novo espaço comercial.
Com sede na vila de Almodôvar
e produtos direccionados para o
sector das peças para automóveis
e máquinas agrícolas, a empresa
arriscou forte nesta última área no
último ano. E a “colheita” foi animadora! Henrique Revés assinala o
crescimento “em termos de volume
de negócio” e, acrescenta, também
em “quota de mercado” que não
estava na “carteira de clientes” da
Peçamodôvar.
“A lista de novos clientes teve um
aumento importante para encarar o
ano de 2015 com muita confiança.
Em relação ao sector automóvel,
mantivemos a mesma dinâmica,
mantendo os principais clientes que
nos ajudaram a crescer ao longo destes 12 anos”, explica o empresário.
Apesar do “satisfatório” crescimento de 12 por cento no volume
de negócios, Henrique Revés ressalva que “as margens em 2014 foram
mais pequenas” e, de algum modo,
não foram cumpridas algumas expectativas que… “eram maiores”.
“Não nos podemos queixar”,
admite Henrique Revés, que sublinha “todas as dificuldades que as
empresas atravessam e uma carga
fiscal que também não ajuda ao
crescimento” desejado pelos empresários.
Com um universo comercial focado em todo o Baixo Alentejo, na
península de Setúbal e nalgumas
zonas do Alto Alentejo, Henrique
Revés destaca ainda o site da empre-
HENRIQUE REVÉS
Sócio-gerente da Peçamodôvar
Há uma ideia que poderá passar, em 2015
ou 2016, pela abertura de um novo espaço.
sas na Internet [www.pecamodovar.
pt] que, com uma dinâmica “bastante activa”, tem permitido levar os
produtos comercializadas “a todos
os pontos” de Portugal continental
e aos Açores que, revela Henrique
Revés, “começa a ser um mercado
muito atractivo” para a Peçamodôvar.
Com um quadro de pessoal de
três funcionários e um quarto em
part-time, assente “desde sempre”
na estrutura familiar, a empresa
almodovarense registou “uma melhoria significativa neste último
semestre do ano de 2014” nos seus
negócios. Uma linha positiva que
Henrique Revés acredita “com esperança” que vai manter-se e, por isso,
a aposta da Peçamodôvar passará
sempre por continuar a tratar os
seus clientes “de forma séria e profissional”.
“A nossa proximidade no terreno
tem ganho muitos pontos, e será assim que estaremos junto dos nossos
clientes e amigos, eles sabem com o
que contam de nós”, afiança o empresário, que não esconde os novos
desafios e sonhos para o futuro: “Há
uma ideia que poderá passar, em
2015 ou 2016, pela abertura de um
novo espaço, pois aí o nosso volume
de negócio tem registado grande
crescimento! Vamos aguardar com
muita calma e serenidade”, conclui.
uma remuneração de 1.883 euros, seguida de Sines (1.790,04
euros) e Oeiras (1.704,88 euros).
Este resultado de Castro Verde nos Anuários Estatísticos Regionais do INE referentes a 2012
deve-se à presença da Somincor
– Sociedade Mineira de NevesCorvo no concelho.
> MOURA
> VINhO
Novo centro
para acolher
empresas
Alentejo com
ano de ouro
em 2014
 O Centro de Acolhimento de
Micro-empresas de Moura começa a funcionar em Fevereiro,
após um investimento de 600 mil
euros para acolher empresas que
queiram instalar-se e desenvolver
actividade no concelho. O centro é
uma iniciativa da Câmara de Moura em parceria com a associação
Rota do Guadiana e assume-se
como “uma espécie de ninho de
empresas”. “O objectivo é que as
empresas nasçam e se desenvolvam no centro e depois ganhem
asas e sigam o seu caminho em
espaço próprio”, explica o autarca
Santiago Macias
 O volume de exportações
dos vinhos do Alentejo aumentou 5,6% para a Europa
no primeiro semestre do último ano e 5,1% para fora da
União Europeia, desde o início
de 2014. Os dados são da Comissão Vitivinícola Regional
Alentejana (CVRA), que na
antecipação do balanço de
2014 perspectiva “um crescimento em volume de 5% e um
aumento da quota de mercado de 1,3%”. Tudo isto leva a
CVRA a considerar que 2014
foi “um ano de ouro” para os
vinhos do Alentejo.
> TURISMO
Guia sugere visitas
ao Alentejo em 2015
 O guia turístico internacional
“Rough Guides”, editado desde
1982, colocou a região do Alentejo
no top ten dos destinos mundiais
a visitar em 2015.
“O Alentejo está a colocar Portugal no mapa da gastronomia
e a ajudar a mudar a percepção
internacional sobre a comida
portuguesa, para além de ser um
destino tão barato quanto ‘batatas fritas’”, justificam os editores
do guia, destacando o “marisco
super-fresco, as azeitonas subli-
mes, a carne, o vinho e os queijos”.
O “Rough Guides” sublinha ainda
que a “paisagem rude” do Alentejo “fica a um mundo de distância
do que se encontra no turístico
Algarve”.
Além do Alentejo, o “Rough
Guides” sugere para 2015 visitas ao Kosovo, Peak District (em
Manchester – Inglaterra), Canárias, Karnataka (Índia), Irlanda do
Norte, Delta do Mekong (Vietname), noroeste da China, Oaxaca
(México) e Queens (Austrália).
publicidade
2015.01.09
BAIXO ALENTEJO
REGIÃO
> NOvO pAcOtE dE fuNdOs cOmuNItáRIOs
Alentejo recebe
1,3 mil milhões
até ao ano 2020
> desenvolvimento. Programa operacional regional até
2020 vai privilegiar áreas como a
competitividade, desenvolvimento
urbano, emprego e inclusão social.
 A região do Alentejo vai receber um total
de 1,3 mil milhões de euros durante os próximos cinco anos, até 2020, no âmbito do
novo quadro comunitário de apoio aprovado pelos 28 países membros da União
Europeia.
Grande parte do pacote financeiro do
novo programa operacional regional chega de Bruxelas (898,2 milhões através do
FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e mais 184,7 milhões pelo
FSE – Fundo Social Europeu), tendo como
principal objectivo “promover a competitividade da economia regional e o desenvolvimento urbano sustentável”, assim como
“a coesão interna da região”.
Nesse sentido, o programa já consultado pelo “CA” terá nove áreas prioritárias:
competitividade e internacionalização de
PME’s; educação e qualificação; investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação; desenvolvimento urbano sustentável;
emprego e valorização económica dos
recursos endógenos; coesão e inclusão
social; eficiência energética e mobilidade;
ambiente e sustentabilidade; e o reforço da
capacidade institucional e modernização
da administração.
Bruxelas espera igualmente que com
este programa seja possível, entre outros
impactos, permitir que 92% dos alunos
da região Alentejo beneficiem de escolas
primárias e secundárias actualizadas, que
haja infra-estruturas de educação ou de
acolhimento para mais 4.777 crianças, que
seja facilitada a entrada de 6.400 pessoas
em empregos “socialmente necessários” e
que 5.000 PME’s sejam apoiadas com subvenções e outras formas de apoio reembolsáveis.
Contribuir para a criação de cerca de
4.250 empregos directos na região é outra
das metas do Programa Operacional Regional do Alentejo até 2020.
Alentejo recebe mais
apoios da União Europeia até 2020.  Dr
898,2
9
Milhões de euros chegam de Bruxelas para o
Programa Operacional Regional do Alentejo
2014-2020 através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Já o Fundo
Social Europeu contribui para o novo pacote
de apoios comunitários com um total de 184,7
milhões de euros. No total, a região contará
com 1,3 mil milhões de euros!
Áreas são prioritárias até 2020: educação e
qualificação; investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação; desenvolvimento urbano
sustentável; emprego e valorização económica;
coesão e inclusão social; eficiência energética e
mobilidade; ambiente e sustentabilidade; reforço da capacidade institucional e modernização
da administração.
10
2015.01.09
TEMPO LIVRE
CULTURA
ESPECTÁCULOS
CINEMA e TV
AGENDA E SERVIÇOS
PESSOAS
> música
PAULO RIBEIRO EDITA DISCO COM CANÇÕES GRAVADAS ENTRE 1998 E 2002
 O bejense Paulo Ribeiro acaba de editar
“Paulo Ribeiro – Canções 1998-2002”, que reúne
20 temas (nove dos quais inéditos) gravados
em casa naquele período. “Estas canções
apresentam-se de uma forma muito rudimentar,
só com voz e a guitarra”, revela o músico.
FIMSEMANA
DE
> ExPOsIçãO PaRa VER na BIBLIOTEca MunIcIPaL jOsé saRaMagO, EM ODEMIRa
Ciência em forma de arte
> ODEMIRA. Mostra “Sul
– Sal” reúne os trabalhos de
15 artistas, uma dezena dos
quais estrangeiros, e pode
ser vista até 17 de Janeiro.
10
Artistas estrangeiros têm peças
na exposição “Sul – Sal”: Ad van
Buuren e Martin uit den Bogaard
(ambos da Holanda), Boo Chapple
(Austrália), Carolyn Angleton (Estados Unidos da América), Chelsea
Greenwell (Canadá), Erich Berger
(Áustria), Jef Faes (Bélgica), Laura
Beloff (Finlândia), Lena Ortega e
María Antonia Gonzáles Valerio (as
duas do México).
 A ciência também pode ser arte.
E vice-versa! O exemplo está na
exposição colectiva “Sul – Sal”, que
reúne trabalhos de 15 artistas de
várias latitudes do mundo e que
pode ser visitada até ao próximo
dia 17 de Janeiro (sábado) na Biblioteca Municipal José Saramago,
em Odemira.
Comissariada por Marta Menezes, a mostra conta com obras
de robótica, vídeo-arte, performance, arte digital e sound-art de
“alguns dos artistas internacionais
mais influentes que exploram a
relação entre artes visuais, ciência
e tecnologia”, explica ao “CA” fonte
oficial da Câmara de Odemira.
Ad van Buuren e Martin uit den
Bogaard (ambos da Holanda), Boo
Chapple (Austrália), Carolyn Angleton (Estados Unidos da América), Chelsea Greenwell (Canadá),
Erich Berger (Áustria), Jef Faes
(Bélgica), Laura Beloff (Finlândia), Lena Ortega e María Antonia
Gonzáles Valerio (as duas do Mé-
xico) são os artistas internacionais
com obras para ver em Odemira.
A estes juntam-se os portugueses
António Caramelo, Maria Manuela Lopes, Marta de Menezes, Paulo
Bernardino e Ana Sousa.
A exposição “Sul – Sal” foi produzida pela Associação Cultivamos Cultura e conta com o apoio
da Câmara Municipal de Odemira.
Algumas das obras resultam
das residências artísticas que de-
correram na Primavera e no Verão
de 2014 na Associação Cultivamos
Cultura, na freguesia de São Luís.
Outras são peças seleccionadas
na área dos novos media entre
o espólio de colecções de refe-
rência do Museu Estremenho e
Ibero-americano de Arte Contemporânea, na cidade espanhola de
Badajoz, e da prestigiada Fundação Verbeke, na cidade belga de
Antuérpia.
DOCUMENTáRIO SOBRE
BARRANCOS EM LISBOA
ALjUSTREL RECEBE
REVISTA à PORTUGUESA
PEqUENOS CONCERTOS
PARA VER EM CASTRO
jORNALISTA DA SIC NO
MUSEU EM ENTRADAS
ExPSIÇãO DE DESENhO
NA CASA MáRIO ELIAS
 O documentário “Os Refugiados de
 “A Revista à Cunha” é o espectáculo
de revista à portuguesa que vai subir ao
palco do Cine Oriental, em Aljustrel, no
próximo dia 24 de Janeiro, pelas 21h30.
Com encenação dos conhecidos Marina
Mota e Carlos Cunha e textos de Francisco Nicholson, Mário Rainho e Flávio Gil,
o espectáculo conta com as interpretações do próprio Carlos Cunha, dos
actores João Duarte, Sara Brás, Bruno
Pópulo e Érika Mota e da fadista Filipa
Cardoso. Os bilhetes para “A Revista à
Cunha” custam nove euros e já podem
ser adquiridos no Espaço Oficinas ou em
www.bilheteiraonline.pt. No dia
do espectáculo, as entradas poderão
ser compradas na bilheteira do Cine
Oriental a partir das 17h00.
 Os portugueses do Quinteto Dinâmico
Jazz “abrem” no próximo dia 16 de Janeiro (sexta-feira) a terceira temporada
de Pequenos Concertos de Inverno em
Castro Verde, uma iniciativa da autarquia
local. O espectáculo está agendado
para as 21h30 no cine-teatro municipal.
Fonte da Cãmara explica ao “CA” que
este ciclo propõe “mais uma série de
apresentações musicais de pequeno
formato e grande qualidade artística
em que músicos e público voltam a
partilhar o palco num momento intimista
e de grande cumplicidade”. Depois do
Quinteto Dinâmico Jazz, vão passar por
Castro Verde o Duo Edan (6 Fevereiro), os Terylene (6 de Março) e o Duo
Encore (27 de Março).
 O jornalista da SIC José Manuel
 A Casa da Artes Mário Elias, em Mértola, tem patente até ao final deste mês
(29 de Janeiro) a exposição de pintura
“Desenhar sem apagar”, da autoria
de Amílcar Abreu. A mostra pode ser
visitada de terça a sábado, das 9h00 às
13h00 e das 14h00 às 17h00. A entrada
é gratuita. Alentejano de Arronches
(distrito de Portalegre), Amílcar Abreu
nasceu na década de 20 do século
passado e viveu boa parte da sua vida
em Portalegre. Conhecido pela sátira
e originalidade dos seus desenhos, o
artista foi durante muito tempo ilustrador do jornal infantil “Pim Pam Pum”,
editado semanalmente por “O Século”,
um dos jornais que tinha maior tiragem
em Portugal.
Barrancos” vai ser exibido esta sextafeira, 9 de Janeiro, às cinco da tarde, na
sala de conferências do Arquivo Nacional
da Torre do Tombo, em Lisboa. Segundo
a Câmara de Barrancos, a exibição do
documentário vai decorrer no âmbito
da exposição “Entre Margens: 150 anos
do Tratado de Limites Portugal-Espanha
(1864)”. Após a exibição, haverá um
debate com o presidente da Câmara de
Barrancos, António Tereno, e da investigadora Dulce Simões. O documentário
foi realizado pela Asociación Cultural
Mórrimer (de Llerena/ Badajoz) e conta
com os testemunhos de 10 refugiados
que viveram nos campos de concentração da Coitadinhas e de Russianas.
5
Ana Sousa, António Caramelo,
Maria Manuela Lopes, Marta de
Menezes e Paulo Bernardino são
os artistas portugueses presentes
naexposição organizada pela Associação Cultivamos Cultura.
Exposição “Sul – Sal” reúne obras
de robótica, vídeo-arte, performance, arte digital e ‘sound-art’
de 15 artistas.  LUíS GUERREIRO
Mestre, natural do concelho de Castro
Verde, é o convidado da próxima “Tertúlia a 13” do Museu da Ruralidade, em
Entradas. A iniciativa está agendada
para a próxima terça-feira, 13, a partir
das 18h30. José Manuel Mestre
é uma cara conhecida dos
noticiários da SIC, onde
acompanha a política
nacional. Ao longo da
sua carreira já passou
também pelas redacções do “Diário
do Alentejo”, “Record”, “Expresso”,
Rádio Comercial,
TSF e RTP.
2015.01.09
fiMSEMANA
11
de
teMPo liVre
> CiClo de ConferênCias arranCa este sábado, 10 de Janeiro
mestres do jazz para
(re)descobrir em Beja
> música. Sessões vão
decorrer entre Janeiro e
Abril na Biblioteca Municipal
de Beja, sob a “batuta” de
António Branco.
antóniO BrancO
Especialista em jazz
Este ciclo pretende
também constituirse como ensejo para
reunir os apreciadores do género.
 Quatro sessões para os bejenses
“redescobrirem” quatro mestres
do jazz contemporâneo! É este o
mote do ciclo de conferências que
António Branco vai promove entre
Janeiro e Abril na Biblioteca Municipal José Saramago, na cidade de
Beja, dando a descobrir a vida e
(sobretudo) obra dos norte-americanos “Jelly Roll” Morton, Lennie Tristano, Eric Dolphy e George
Russell.
Este ciclo “visa centrar atenções
na vida e no legado de quatro figuras, que apesar de enaltecidas
pelo seu espírito visionário e decisivos impulsos que deram ao
jazz, contam-se entre aquelas que
inequivocamente mereciam um
outro patamar de reconhecimento”, explica ao “CA” o promotor da
iniciativa, António Branco.
A primeira conferência está
agendada para as 16h30 deste sábado, 10 de Janeiro, e vai ser dedicada ao “jazz condimentado” de
“Jelly Roll” Morton.
Depois, no dia 14 de Fevereiro
será a vez de serem abordados os
“caminhos paralelos” de Lennie
Primeira sessão abordará
a vida e obra do pianista
norte-americano “Jelly Roll”
Morton.  Dr
”
Tristano e a 14 de Março será a vez
de ser dado a conhecer o “jazz do
lado de fora” de Eric Dolphy. As
conferências de jazz terminam no
dia 11 de Abril, com uma sessão
sobre a “terceira via” de George
Russell.
“Este ciclo surge na sequência
de um conjunto de actividades de
divulgação do jazz que tenho vindo a promover, no Alentejo e não
só, pretendendo também constituir-se como ensejo para reunir
os apreciadores do género”, acrescenta António Branco.
> teatro
arte Pública
estreia nova
peça em Beja
 A companhia de teatro Arte
Pública, de Beja, estreia no próximo dia 24 de Janeiro a peça
“Para Além do Muro”, encenada por Gisela Cañamero e inspirada no muro de Berlim e no
Holocausto. A peça sobe pela
primeira vez ao palco do Pax
Julia Teatro Municipal a partir
das 22h00, repetindo no mesmo
horário nos dias 27, 28 e 29 de
Janeiro.
O texto de “Para Além do
Muro” situa-se na cidade de
Berlim, durante a construção
do muro, dando vida e corpo à
“trágica vivência a que foram
sujeitas milhares de pessoas
durante o Holocausto – e, mais
precisamente, no Gueto de Varsóvia”.
Dirigida por Gisela Cañamero, a produção conta com as interpretações dos actores Isabel
Mões, Telmo Mendes, João Vasco Henriques, Luzia Paramés
e João Carracedo. Os cenários
e figurinos são de Inês de Carvalho e Helena Calvet, a direcção técnica de José Manhita, a
assistência de Laura Del Rio e
Rúben Trombinhas e a produção-executiva de Raúl Bule.
No âmbito da peça, a Biblioteca Municipal de Beja recebe
no dia 27, pelas 18h00, uma
palestra com António Sousa Ribeiro sobre o tema “A Contemporaneidade do Holocausto”,
seguida do lançamento do texto
dramático que serve de guião a
“Para Além do Muro”.
> ProJeCto da assoCiação de defesa do PatriMónio Cultural da região de beJa
> orquestra do sul
História de Beja em imagens
Espectáculo
em Ourique
> LiVrO. ADPBeja está a
receber subscrições para
poder avançar com a edição
da obra “Beja, 100 Anos de
Imagens”.
 A Orquestra Clássica do Sul
(OCS) actua no próximo dia 16
de Janeiro (sexta-feira) no cineteatro Sousa Telles, em Ourique.
O espectáculo tem início marcado para as 21h30 e inclui peças
de Felix Mendelssohn (“Abertura
para Sopros - O.P. 24”), Johann
M. Hummel (“Concerto para
Trompete”) e de Wolfgang Amadeus Mozart (“Sinfonia n.º 40”),
sob a direcção de José Eduardo Gomes e com a presença de
Francisco López no trompete. A
iniciativa é uma organização da
autarquia local e da OCS e as entradas custam quatro euros.
 A Associação para a Defesa do
Património Cultural da Região de
Beja (ADPBeja) está a aceitar subscrições para angariar a verba necessária para produzir e editar um
livro para contar e mostrar a história recente da cidade.
Em comunicado, a associação
explica que através do livro Beja,
100 Anos de Imagens, que reunirá fotografias tiradas entre 1866
e 1974 e textos, pretende contar e
mostrar a história recente e analisar as alterações urbanísticas, sociais e culturais da cidade.
A ADPBeja refere que são necessárias 500 subscrições para poder
produzir e editar o livro em Abril
deste ano e por isso está a pedir aos
interessados na obra para a subscreverem no sítio de Internet da
associação, em www.adpbeja.pt.
Segundo a associação, a subscrição do livro custará 20 euros até
segunda-feira, 12 de Janeiro, e a
partir desse dia 30 euros.
Uma imagem do Jardim do
Bacalhau, no centro de Beja,
no início do século XX.  Dr
12
2015.01.09
FUTEBOL E MODALIDADES
FUTEBOL E MODALIDADES
> futebol feminino
FC CASTRENSE RECEBE BOAVISTA NOS OITAVOS-DE-FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL
 A equipa do FC Castrense vai receber o “histórico” Boavista nos oitavos-de-final da Taça de
Portugal em futebol feminino, em jogo agendado
para as 15h00 do dia 25 de Janeiro. A equipa de
Castro Verde já eliminou o Ponte Frielas (5-1), o
Pasteleira (3-2) e o Canelas 2010 (6-3).
DESPORTO
> PITIcO E JOSé VARELA cOnTInUAM A JOgAR DEPOIS DOS 50 AnOS
Craques depois dos 50!
> FUTEBOL. Aos 51 anos,
Pitico continua a ser o
“maestro” do FC São Marcos. Mais três anos tem
José Varela, o goleador do
Naverredondense.
 O futebol é para todas as idades, mas são poucos os jogadores que continuam a jogar depois
dos 40. Pitico e José Varela são a
excepção à regra, continuando a
dar pontapés na redondinha mesmo já entrados na casa… dos 50!
O primeiro é o “patrão” do FC São
Marcos na 1ª divisão distrital, enquanto o segundo assume o papel
de “goleador” no Naverredondense, na 2ª divisão. Juntos somam
105 anos de vida e uma inabalável
paixão pelo futebol. Um amor que
serve de adrenalina!
“Isto é o meu elixir da juventude. Quando chego aos jogos acaba-se todo o stress da semana”, diz
Pitico. “Ando no futebol há muitos
anos e isto é uma coisa que realmente me faz correr”, acrescenta
José Varela.
Pitico – de nome verdadeiro
Manoel Inácio Silva Filho – é o
mais conhecido dos dois.
Natural da gigantesca São
Paulo, onde nasceu a 1 de
Julho de 1963, chegou
a Portugal em 1988
para representar o
Farense e rapi-
damente conquistou admiradores
no Estádio de São Luís… e fora
dele. Sousa Cintra quis mesmo
contratá-lo para o Sporting, mas o
presidente dos algarvios, Fernando Barata, travou a transferência.
“Como eu era o ídolo dos adeptos,
diziam-me que eles iam armar
confusão se eu fosse embora”,
lembra ao “CA”.
Ao todo, Pitico passou seis
épocas no Farense. Até ao final da
carreira como profissional ainda
representou o Beira-Mar, o Olhanense e o Imortal de Albufeira.
Seguiram-se algumas experiências como treinador em equipas
PITICO
Jogador do FC São Marcos
Isto é o meu elixir da
juventude. Quando
chego aos jogos acaba-se todo o stress
da semana!
JOSé VARELA
Jogador do Naverredondense
Sinto-me bem fisicamente e por isso
tenho esta força de
vontade e este querer! Enquanto puder vou continuar.
algarvias, até ao dia em que uma
conversa numa esplanada de Albufeira o trouxe para São Marcos
da Atabueira. Desde então passaram-se 11 anos e o que começou
por ser uma brincadeira tornou-se
numa relação de amor e, sobretudo, de amizade. Mas tudo na vida
tem princípio, meio e fim. E lá
para Maio chegará a hora de Pitico
dizer adeus ao FC São Marcos e ao
futebol dentro das quatro linhas.
“A cabeça manda, mas o corpo
já não obedece. Por isso este ano
vai mesmo ser a minha despedida”, anuncia o brasileiro do FC São
Marcos.
”
Pitico nasceu no Brasil há 51 anos e
é médio no FC São Marcos.  Dr
José Varela tem 54 anos e é avançado na Nave Redonda.  Dr
“COTA” DA NAVE REDONDA
Nascido em Santa Catarina (Cabo
Verde) a 15 de Dezembro de 1960,
José Varela tem mais três anos que
Pitico e é actualmente o jogador
federado mais velho de todo o
país. Nos campos da 2ª divisão
distrital defronta algumas equipas
orientadas por treinadores mais
novos que ele e na maior parte das
vezes mede forças com defesas
com idade para serem seus filhos.
Nada que lhe cause transtorno.
“Sinto-me bem fisicamente e
por isso tenho esta garra, esta força
de vontade e este querer! Jogo ao
sábado e no domingo estou bem,
não sinto dores”, revela ao “CA”
este pai de oito filhos (seis raparigas e dois rapazes) e avô de cinco
netos, que vive em São Bartolomeu
de Messines (Algarve) e trabalha na
construção civil.
José Varela regressou esta temporada ao Naverredondense, depois de aí ter jogador entre 2006
e 2008, mudando-se depois para
Luzianes-Gare. Mas a sua carreira
começou há mais de três décadas,
ainda corria o ano de 1978. O primeiro clube que representou foi
o Damaiense, na zona de Lisboa.
Depois rumou a Sul, onde representou nos nacionais da 2ª e 3ª
divisões emblemas como o Messinense, Quarteirense, Salir ou
Lagoa. Pelo meio ainda teve
a oportunidade de integrar
o plantel do Portimonense,
então na 1ª divisão, mas não
foi feliz.
“Faltou algo em mim
para me afirmar. Então
voltei ao distrital, fui
para o Quarteirense e aí
ganhei grandes amizades. Aliás, andei sempre no
futebol por amor à camisola, nunca por amor ao
dinheiro”, revela.
Hoje, com 54 anos, José
Varela continua a ser um
avançado temível e ao
contrário de Pitico garante que está para as
“curvas”! “Enquanto puder vou continuar. É um
bichinho que me morde
[risos]”, afiança.
2015.01.09
DESPORTO
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FUTEBOL E MODALIDADES
> ExPOSIçãO NAcIONAL E PRé-OLíMPIcA DEcORREU NAS cALDAS DA RAINhA
José ameixa campeão nacional
> Columbofilia. Baixo
Alentejo vai ter quatro pombos nas Olimpíadas, que se
realizam na próxima semana
em Budapeste (Hungria).
Dois viCe-CamPeões
Beja”, que viu o seu pombo “Pata
Torta” sagrar-se campeão nacional
na classe Sport em Fundo. Ameixa
subiu ainda ao terceiro lugar do
> cAMPEONATO DE ESTRADA EM cASTRO
Carlos Papacinza
e ana Catarina Dias
campeões distritais
 Os atletas Carlos Papacinza, do Clube da Natureza de
Alvito, e Ana Catarina Dias, do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira (NDCO), sagraram-se campeões distritais de estrada em seniores no passado domingo, 4, em
Castro Verde. Na prova masculina, Papacinza não deu
hipóteses à concorrência e cortou isolado a meta depois
de gastar apenas 21m44 a percorrer os 6.000 metros do
percurso. Já a odemirense Ana Catarina Dias gastou 13
minutos nos 3.000 metros da prova feminina.
Nos escalões jovens sagraram-se campeões distritais
de estrada os infantis José Miguel Moreno (do BAC – Beja
Atlético Clube) e Ana Catarina Godinho (Bairro da Conceição); os iniciados Sandro Gonçalves (NDCO) e Ana
Morais (Bairro da Conceição); os juvenis João Silva (NAR
Messejana) e Ana Filipa Silva (NDCO); e os juniores Luís
Paulino (FC Castrense) e Maria Rosário Silva (NAR Messejana). Já Paula Laneiro (NDCO), Custódio António (BAC),
Sérgio Silva (NDCO), João Gonçalves (BAC), Peter Knight
(NDCO), Luís Pereira (BAC) e Inácio Faias (BAC) são os
novos campeões distritais de estrada nos diversos escalões de veteranos femininos e masculinos.
O Campeonato Distrital de Estrada decorreu no âmbito do III Grande Prémio do Campo Branco, organizado
pela Associação de Atletismo de Beja com o apoio da autarquia local.
pódio na mesma categoria com o
pombo “Zero Oitenta”, que também vai estar em concurso na
Hungria.
Além de José Ameixa, também
subiram ao pódio nas Caldas da
Rainha os columbófilos das equipas Asas do Enxoé e Melrinitas
– Turismo Rural, que se sagraram
vice-campeões nacionais nas categorias Sport de Velhos e Yearlings, respectivamente.
A comitiva bejense presente na
Exposição Nacional e Pré-Olímpica obteve ainda um oitavo lugar
em Sport Meio-fundo (pela equipa
Os Benitos, que foram também 19º
O filho João [à esquerda] e o em Sport Velocidade) e a 10ª posipai José Ameixa com os pom- ção em Sport Velhos (novamente
bos que vão às Olimpíadas na pela equipa Asas do Enxoé).
Por seu lado, António Lampreia
Hungria.  Dr
viu um pombo seu ser 16º classificado na categoria Sport Velocidade, enquanto José Francisco
“Temos expectativas elevadas”
Lampreia obteve o 17º e o 20º lupara as Olimpíadas, revela João
gares na classe Standard Olímpica
Ameixa, que ajuda o pai a tratar
– Fêmeas.
da colónia, garantindo ao mesmo
pub.
 Na cosmopolita e bela Budapeste, a mais de 2.400 quilómetros de Beja, também se vai falar
alentejano dentro de alguns dias!
A capital da Hungria recebe na
próxima semana, entre 14 e 18
de Janeiro, mais uma edição das
Olimpíadas de columbofilia, que
junta pombos vindos de vários
países, entre os quais quatro do
Baixo Alentejo.
José Ameixa (com dois pombos
na categoria de Fundo) e as equipas Asas do Enxoé (em Velhos) e
Melrinitas – Turismo Rural (em
Yearlings) são os columbófilos do
distrito com presença garantida
no país magiar, depois de terem
estado em bom plano na Exposição Nacional e Pré-Olímpica, que
decorreu pouco antes do Natal
nas Caldas da Rainha.
O grande destaque vai mesmo
para o “veterano” José Ameixa, da
Sociedade Columbófila “Asas de
tempo a continuidade na modalidade de um nome com “peso, história e títulos”.
“Não é fácil estarmos 40 anos
na columbofilia e andarmos sempre no topo. Tem sido muito complicado, mas muito prestigiante”,
refere João Ameixa.
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“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015
“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015
Joaquim M. V. Ruivo | Notário
Joana Raquel Prior Neto | Notária
Cartório Not. em Beja
Cartório Notarial de Moura
Joaquim Manuel Vital Ruivo, notário
em regime de substituição, CERTIFICA NARRATIVAMENTE, que no dia
vinte e três de Dezembro de dois mil
e catorze, a folhas catorze do livro de
notas para escrituras diversas, número
quatro – B, deste Cartório foi outorgada escritura de justificação do seguinte
teor:
Maria
Antónia
Martins,
NIF
105786217, divorciada, natural da
freguesia e concelho de Ourique, residente na Rua António Enes número
25 – A, em Castro Verde, portadora do
B.I. número 1008607 emitido em 19 de
Janeiro de 2004 pelos S.I.C. de Beja
Que DECLAROU que é dona e legítima proprietária dum prédio urbano
sito no Beco do Canto à Rua do Poço,
lugar Aldeia de Palheiros, confrontando a norte com casas de António José
Catarino, a sul casas de Maria Antónia,
nascente Beco e poente com casas de
Inácio Atanásio, freguesia e concelho
de Ourique, composto de arrecadação
e arrumos, com a superfície coberta e
total de vinte e sete metros quadrados,
não descrito na Conservatória do Registo Predial de Ourique, inscrito na
matriz respetiva sob o artigo 1143 em
nome da justificante, com o valor patrimonial de dois mil novecentos e dez
euros, que é o atribuído.
Que o referido prédio pertencia a Maria da Palma, solteira, residente que
foi em Ourique, a quem no ano de mil
novecentos e noventa e três, a adquiriu por contrato meramente verbal pelo
preço à altura de cinquenta mil escudos, a qual no ato lhe entregou o único
documento que possuía respeitante à
casa, um original de Caderneta Predial
EXTRACTO
urbana emitida pela então Secção de
Finanças do Concelho de Ourique, em
31 de Dezembro de 1937 – e por isso
está isenta de licença de utilização,
não se sabendo o seu paradeiro.
Assim, desde o ano de mil novecentos e noventa e três, o prédio, entrou
na posse da justificante, usufruindo o
identificado imóvel, pois nele guardava
lenhas e materiais e para isso fazendo
um arranjo nas paredes e telhado, e
depois conservando o prédio, pagando os respectivos impostos e gozando
todas as utilidades por ele proporcionada, com ânimo de quem exercita um
direito próprio, de boa-fé, por ignorar
usar direito alheio, pacificamente –
porque adquirida e exercida sem qualquer violência – contínua – porque
sem interrupções – e publicamente
– porque exercida à vista e com possibilidade de ser conhecida por qualquer
pessoa – e sem a menor oposição de
quem, quer que seja, tendo durado
mais de vinte anos, e sendo a actuação dela, no exercício de tal posse,
correspondente à de única proprietária
do prédio.
Que, dadas as circunstâncias da indicada posse, atrás enunciadas, adquiriram aqueles imóveis por USUCAPIÃO, não dispondo porém de título e
que o mesmo não é susceptível de ser
comprovado pelos meios extrajudiciais
normais, impossibilitando-o, assim e
por natureza, de verem reconhecido
o seu direito de propriedade perfeita.
Está de conformidade com o original.
O Notário
(assinatura ilegível)
Certifico que no dia quatro de Dezembro de dois mil e catorze, de folhas 73
a folhas 75 verso, do livro de notas para
escrituras diversas número 22-E, deste
Cartório, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, pela qual,
DIONíSIA FORTUNATA MILHO PERÚ,
NIF 182.129.551, e marido José Manuel
Passinhas Pólvora, NIF 179.140.965,
casados sob o regime da comunhão de
adquiridos, naturais da freguesia Pedrógão, concelho de Vidigueira, residentes
na Rua António Sérgio, número 15,. résdo-chão esquerdo, Baixa da Banheira,
concelho de Moita, declara que, na qualidade de única interessada nas heranças
abertas por óbito de seus pais, Mariana
da Conceição Milho Mestre Perú, falecida em vinte de Fevereiro de dois mil e
treze, conforme consta do procedimento
simplificado de habilitação de herdeiros
e registos número seiscentos e oitenta/
dois mil e treze, de dez de Julho de dois
mil e treze, da Conservatória do Registo
Civil de Serpa, e de Joaquim do Carmo Borrelfo Perú, falecido em treze de
Agosto de dois mil e catorze, conforme
consta da escritura de habilitação de
herdeiros outorgada neste Cartório Notarial em nove de Outubro de dois mil e
catorze, exarada a folhas quarenta e um,
do livro de notas para escrituras diversas
número vinte dois -E, é dona e legítima
possuidora, de trinta e três / cento e
vinte avos indivisos, do prédio misto,
denominado “Herdade do Carvalhal
ou Carvalhal”, sito na freguesia de Pias,
concelho de Serpa, confrontando a norte
com Albertino Mendonça Gaidão e Ludo-
vina Bilouro Braga Grou, a sul com João
Baltazar Carapinha, José Andrade Carapinha, Gertrudes do Nascimento Matado
e António Manuel Burrico, a nascente
com Ludovina Bilouro Braga Grou e a
poente com Francisco Natividade Fialho,
descrito na Conservatória do Registo
Predial de Serpa sob o número mil cento e setenta, daquela freguesia, inscrito
na respectiva matriz, a parte rústica sob
o artigo 22 da Secção G, e a parte urbana, destinada a habitação, sob o artigo
1397, com o valor patrimonial total efeitos de IMT correspondente à fracção de
4.361,40€ (à parte urbana corresponde
o valor de 2.879,25€ e à parte rústica o
valor de 1.482, 15€), valor igual ao que
atribuem para efeitos deste acto.
Que, apesar do referido direito a trinta e
três/cento e vinte avos indivisos, estar
ali inscrito a favor de Filipa Rosa Moreno, viúva, e José Romão Charrua, à data
solteiro, menor, conforme apresentação
dois, de oito de Maio de mil novecentos
e cinquenta e um, desconhecendo-se
actualmente o paradeiro deste, tendose procedido à sua notificação edital e
pessoal, bem como dos seus herdeiros
incertos, nos termos do artigo noventa e
nove, do Código do Notariado, já arquivadas neste Cartório, no maço referente
às notificações avulsas do corrente ano,
arquivados sob documentos números
trinta e oito, trinta e nove, quarenta e
quarenta e um, o mesmo é pertença exclusiva da aqui justificante.
Que, aproximadamente no ano de mil
novecentos e noventa e três, mas seguramente há mais de vinte anos, os indi-
cados falecidos Mariana da Conceição
Milho Mestre Perú e Joaquim do Carmo
Borrelfo Perú, adquiriram o referido direito sob o imóvel por compra verbal feita
ao titular inscrito José Romão Charrua,
á data solteiro, maior, e aos herdeiros
da titular inscrita Filipa Rosa Moreno,
que são José Charrua e mulher Teresa
Maria, Romana da Conceição Charrua e
marido António Romão do Cabo, Manuel
Moreno Cereja e mulher Luzia Ganhão
Matado, Maria José Moreno Charrua e
marido Agostinho Filipe Batardo, Idalina
Rosa Moreno Charrua e marido Manuel
Mansos Charrua Lopes, António Moreno
Charrua Cerejo e mulher Maria da Conceição Lopes, Manuel da Cruz Moreno
Cerejo e mulher Mariana Benedita Barão, Francisco Moreno Cerejo e mulher
Maria das Candeias Valadas Pires, Joaquim Manuel Moreno Cerejo e mulher
Maria Francisca Morais e José Romão
Moreno Cerejo, solteiro, maior, conforme
escritura de habilitação de herdeiros outorgada neste Cartório Notarial em vinte
e nove de Junho de mil novecentos e
oitenta e nove, exarada a folhas noventa
e quatro verso, do livro de notas para escrituras diversas número B-cento e trinta
e cinco, cujo paradeiro se desconhecese, tendo pago o respectivo preço,
compra essa nunca reduzida a escritura
pública, razão pela qual a justificante não
possui documento formal para prova da
sua aquisição,
Que, desde aquela data de aproximadamente de mil novecentos e noventa
e três, e até à data do seu falecimento,
os referidos Mariana da Conceição Mi-
lho Mestre Perú e Joaquim do Carmo
Borrelfo Perú, se comportaram como
verdadeiros proprietários do mencionado direito sob o prédio misto, no gozo
pleno das utilidades por ele proporcionadas, cultivando a parte rústica e habitando a parte urbana, conservando-o,
considerando-se e sendo considerados
como seus únicos donos, na convicção
que não lesavam quaisquer direitos de
outrem, tendo; a sua actuação e posse,
sido de boa fé, sem violência e oposição
de quem quer que seja e com conhecimento da generalidade das pessoas da
indicada freguesia de Pias e vizinhas.
Que a posse efectiva destes, juntamente
com os demais com proprietários Francisco Vargas Nunes e mulher Ludovina
Bilouro Braga Grou, de boa fé, em nome
próprio, pacífica, contínua e pública do
mencionado prédio, posse esta continuada pela aqui justificante, após a
morte daqueles, Mariana da Conceição
Milho Mestre Perú e Joaquim do Carmo
Borrelfo Perú, com as mesmas características, durou mais de vinte anos, pelo
que a justificante o adquiriu por USUCAPIÃO, que expressamente invoca, justificando o seu direito de propriedade para
efeito do registo, dado que esta forma
de aquisição não pode ser provada por
qualquer outro título formal extrajudicial.
Que, desta forma, justifica a aquisição
do mencionado direito por usucapião.
Está conforme o original, Cartório Notarial de Moura, quatro de Dezembro de
dois mil e catorze.
A Notária
(assinatura ilegível)
“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015
“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015
“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015
Joana R. Prior Neto | Notária
Joana R. Prior Neto | Notária
Joana R. Prior Neto | Notária
Cartório Not. de Serpa
Cartório Not. de Serpa
Cartório Not. de Serpa
EXTRACTO
EXTRACTO
Certifico para efeitos de publicação
que, no dia 19 de Dezembro de 2014,
iniciada a folhas 140 do livro de notas
número 43 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação,
pela ANSELMO MOITA PICA, NIF
190.422.068, e mulher MARIA DE
FÁTIMA PÓS DE MINA TEIXEIRA
PICA, NIF 204.128.072, casados no
regime da comunhão de adquiridos,
naturais da freguesia de Pias, concelho de Serpa, onde residem na Rua
Alegre, número 18, alegam que são
donos e legítimos possuidores, com
exclusão de outrem, do prédio rústico de olival e de cultura arvense em
olival, denominado ” Olivais da Rua
de Moura “, sito na freguesia de Pias,
concelho de Serpa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número três mil oitocentos
e dez, daquela freguesia, inscrito na
matriz sob o artigo 328, da secção P,
com o valor patrimonial tributário para
efeitos de IMT de € 3.700,38, a que
atribuem igual valor.
Que apesar de o citado imóvel se
encontrar registado na mencionada
Conservatória a favor dos titulares inscritos, Manuel Martins Moita
Baião, casado com Clementina Moita
Coelho Baião, no regime da comunhão geral, com morada em Pias,
Serpa, pela apresentação dois, de
vinte e um de Novembro de mil novecentos e setenta e sete, desconhecendo-se actualmente o seu paradeiro, tendo os mesmos e respectivos
herdeiros incertos sido previamente
notificados editalmente através da
notificação avulsa, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já arquivada neste Cartório
como documento número duzentos e
noventa e um, do maço referente às
notificações avulsas do corrente ano,
o mesmo é pertença dos justificantes.
Que o identificado prédio rústico veio
à sua posse por o haverem adquirido através da compra verbal efectuada, em dia e mês que ignoram do
ano de mil novecentos e noventa e
três, a Francisco Afonso Rosa e mulher Luzia Moita Rosa, casados na
comunhão geral e com morada na
dita freguesia de Pias, tendo pago o
ajustado preço, não tendo, sido celebrada a competente escritura, motivo
pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o
seu domínio sobre o mesmo, imóvel
este que os mencionados Francisco
Afonso Rosa e Luzia Moita Rosa,
adquiriram também por compra aos
citados titulares inscritos – Manuel
Martins Moita Baião e mulher Clementina Moita Coelho Baião, em dia
e mês que se ignora, do ano de mil
novecentos e oitenta e três, desconhecendo-se, porém, qual o Cartório
onde foi lavrada a competente escritura de compra e venda, apesar das
várias buscas a que se procedeu,
encontrando-se por isso impossibilitados de, pelos meios extrajudiciais
normais de comprovar aquela transmissão.
Porém, desde aquele ano de mil
novecentos e noventa e três e sem
interrupção, os justificantes, entraram na posse do referido imóvel,
cultivando-o e usufruindo de todas
as suas utilidades e suportando os
respetivos encargos, tendo adquirido
e mantido a sua posse sem a menor
oposição de quem quer que fosse e
com conhecimento de toda a gente,
agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo, por isso, uma posse
pública, pacífica, contínua e de boafé, que dura há mais de vinte anos,
pelo que o adquiriram por usucapião,
não tendo, todavia, dado o modo de
aquisição, documento algum que lhes
permita fazer a prova do seu direito
de propriedade.
Que, desta forma, justificam a aquisição do mencionado imóvel por usucapião.
Está conforme o original.
Cartório Notarial de Serpa, a cargo
da Notária Joana Raquel Prior Neto,
dezanove de Dezembro de dois mil e
catorze.
A Notária,
(assinatura ilegível)
Certifico para efeitos de publicação
que, no dia 19 de Dezembro de 2014,
iniciada a folhas 138 do livro de notas
número 43 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela
qual BENTO RAMALHO VITÓRIA,
NIF 119.210.258 e mulher LUDOVINA
ROSAIRINHO PIRONGA VITÓRIA,
NIF 161.124.470, casados no regime
da comunhão de adquiridos, naturais da
freguesia de Pias, concelho de Serpa,
onde residem na Rua de São Bento,
número 40; e BENTO GARROTE CARDADEIRO, NIF 111.384.702, e mulher
ISABEL BATISTA CARRASCO, NIF
111.384.710, casados no regime da comunhão geral, naturais da dita freguesia
de Pias, onde residem na Rua 1º de
Maio, número 5, alegam que são donos
e legítimos possuidores, com exclusão
de outrem, em partes iguais, do direito
a dois/terços indivisos do prédio rústico de olival e cultura arvense em olival,
denominado “ Courelas da Bota Serva
“, sito na freguesia de Pias, concelho de
Serpa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número mil
seiscentos e noventa e um, daquela
freguesia, direito este sem qualquer inscrição de transmissão, direito ou posse,
inscrito na matriz sob o artigo 17, da
secção P, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT correspondente à fracção de € 3.639,96, direito a que
atribuem igual valor.
Que o citado direito a dois/terços indivisos do identificado imóvel vieram à sua
posse por o haverem adquirido por volta
do ano de mil novecentos e noventa,
mas seguramente à mais de vinte anos,
por partilhas verbais efectuadas com os
demais interessados, em relação aos
indicados em UM por óbito de Joaquim
Cardadeiro Vitória, casado com Ludovina Ramalho, e em relação aos indicados em DOIS por óbito de Perpétua
Garrote, casada com Estevão Caeiro
Cardadeiro, ambos na comunhão geral,
já falecidos, residentes que foram na
aludida freguesia de Pias, não tendo,
todavia, sido celebradas as respectivas
escrituras.
Que, porém, desde aquela data e sem
interrupção, os justificantes entraram na
posse do referido prédio rústico, com os
demais compossuidores Manuel Caeiro
Janeiro e mulher Rita Rações Caeiro e
Francisca Caeiro Janeiro e marido Joaquim Ramalho Cardadeiro, cultivandoo, usufruindo todas as suas utilidades
e suportando os respectivos encargos,
tendo adquirido e mantido a sua posse
sem a menor oposição de quem quer
que fosse e com conhecimento de toda
a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de
propriedade, tendo por isso uma posse
pública, pacífica, contínua e de boa-fé,
que dura há mais de vinte anos, pelo
que o adquiriram por usucapião, não
tendo, todavia, dado o modo de aquisição documento algum que lhes permita
fazer a prova do seu direito de propriedade.
Que, desta forma, justificam a aquisição de dois/terços indivisos do mencionado imóvel por usucapião.
Está conforme o original.
Cartório Notarial de Serpa, a cargo
da Notária Joana Raquel Prior Neto,
dezanove de Dezembro de dois mil e
catorze.
A Notária,
(assinatura ilegível)
EXTRACTO
Certifico para efeitos de publicação que
no dia 25 de Novembro de 2014, iniciada a folhas 84 do livro de notas número
43 - A, deste Cartório, foi lavrada uma
escritura de justificação, pela qual ANTÓNIO JOAQUIM ESTEVENS LASCAS, NIF 113.257.830, e mulher ROSA
ASCENSÃO CHARRAZ MIGUEL, NIF
113.257.821, casados no regime da
comunhão geral, naturais da freguesia
de Brinches, concelho de Serpa, onde
residem no Bairro de Nossa Senhora,
número 9, alegam que são donos e
legítimos possuidores, com exclusão
de outrem, de dois/quintos indivisos
do prédio rústico de olival, denominado “ Pombeiro “, sito na freguesia de
Brinches, concelho de Serpa, descrito
na Conservatória do Registo Predial
de Serpa sob o número 792, daquela
freguesia, inscrito na matriz sob o artigo
283, secção H, com o valor patrimonial
correspondente à fracção de € 1.933,57,
direito a que atribuem igual valor.
Que o referido direito a dois/quintos
indivisos do identificado imóvel encontra-se registado na competente Conservatória do Registo Predial a favor
dos titulares inscritos Noémia Augusta
Estevens Lascas, casada com António
Manuel Colaço Lascas, no regime da
comunhão geral, Boa Água, lote 628,
Quinta do Conde, Castelo, Sesimbra,
pela apresentação 4, de 27 de Maio de
1985, tendo os mesmos, cujo paradeiro
se desconhece, e respectivos herdeiros
incertos sido previamente notificados
pessoalmente e editalmente através
das notificações avulsas, o mesmo é
pertença dos justificantes.
Que o citado direito a dois/quintos indivisos veio à sua posse por o haverem
adquirido por compra verbal, em dia e
mês que ignoram do ano de mil novecentos e oitenta e seis, aos titulares inscritos, residentes que foram na indicada
morada da Boa Água, tendo pago o preço, não tendo, todavia, sido celebrada a
respectiva escritura.
Que, porém, desde aquele ano de mil
novecentos e oitenta e seis, e sem interrupção, os justificantes entraram na
posse do referido prédio rústico, com
os demais compossuidores – Ana das
Neves Charraz Lascas, solteira, maior,
e António Joaquim Charraz Lascas,
casado com Maria Antónia Bule Pires
Lascas, na comunhão de adquiridos,
cultivando-o, usufruindo de todas as
suas utilidades e suportando os encargos, tendo adquirido e mantido a sua
posse sem a menor oposição de quem
quer que fosse e com conhecimento de
toda a gente, agindo sempre por forma
correspondente ao exercício do direito
de propriedade, tendo por isso uma
posse pública, pacífica, contínua e de
boa-fé, que dura há mais de vinte anos,
pelo que o adquiriram por usucapião,
não tendo, todavia, dado o modo de
aquisição documento algum que lhes
permita fazer a prova do seu direito de
propriedade.
Que, desta forma, justificam a aquisição do direito a dois/quintos indivisos
do mencionado imóvel por usucapião.
Está conforme o original.
Cartório Notarial de Serpa, a cargo da
Notária Joana Raquel Prior Neto, vinte
e cinco de Novembro de dois mil e catorze.
A Notária,
(assinatura ilegível)
SANTIAGO DO CACÉM
OURIQUE
EMPREGADO DE ESCRITÓRIO (M/F)
TRABALHADOR CONST. EDIFÍCIOS (M/F)
REMUNERAÇÃO OFERECIDA: 850 euros / mês + 4.27 subs. refeição
REMUNERAÇÃO OFERECIDA: 545 euros / mês + 3.81 subs. refeição
OFERTA nº 588510463 - IEFP
OFERTA nº 588507298 - IEFP
2015.01.09
“
oPiNiÃo
15
>palavras
AnA Cid GonçAlves
pAulA sAntos
> Rádio Renascença 06.01.2015
joão Adelino fARiA
> expresso.pt 07.01.2015
> “dinheiro vivo” 03.01.2015
“mais do que os problemas económicos, o maior problema que os portugueses enfrentam é uma cultura
anti-natalista em toda a sociedade.”
“este governo e a sua política conseguiram tirar ao povo qualquer
perspetiva, esperança ou confiança
no futuro. e isso constata-se na
indignação sentida por milhares
de trabalhadores, reformados e
jovens.”
“quase por magia vejo, literalmente de um dia para o outro, políticos
enfiarem no bolso os discursos do realismo e iniciarem uma corrida à volta
do país das maravilhas.”
> oPiNiÃo
> Editorial
OitO DesejOs
para O nOvO anO
recuperar a confiança
e
ntrados no novo ano, não há ninguém que não diga: - Que este corra melhor que o passado! Todos o desejam e no Baixo Alentejo são poucos (ou
nenhuns) os que não esperam que 2015 traga muito melhores notícias que
aquelas que fomos tendo ao longo de 2014. Nomeadamente:
– Que recomecem finalmente as obras de requalificação do IP2 e de construção do IP8/ A22, pondo fim à aberração com que nos deparamos ao circular por estas vias, completamente abandonadas e altamente inseguras;
– Que o aeroporto de Beja tenha finalmente um plano estratégico com cabeça, tronco e membros, que permita a rentabilização de um investimento
tão mal-amado no país mas que pode ser decisivo para o distrito;
– Que o projecto do Alqueva seja efectivamente concluído e que a nova agricultura crie cada vez mais emprego e gere
riqueza na região;
Que o estado deixe de
– Que cheguem mais clínicos ao distrito,
olhar apenas para as
colocando termo ao grave problema que
é continuarem a existir populações sem
estatísticas e estabeacesso a médico de família;
leça mais acordos de
– Que se façam as obras reivindicadas
parceria com as ipss
em inúmeras escolas, do ensino básico ao
do Baixo Alentejo.
secundário, permitindo que os jovens baixo-alentejanos tenham todas as condições
no seu percurso escolar;
– Que o Politécnico de Beja aumente o número de alunos e se assuma cada
vez mais como pilar indispensável para a fixação de jovens na região;
– Que o Estado deixe de olhar apenas para as estatísticas e estabeleça mais
acordos de parceria com as instituições de solidariedade social do Baixo Alentejo, permitindo reforçar o apoio a idosos e famílias carenciadas;
– Que muitos baixo-alentejanos deixem o conforto do lar e emprestem algum do seu tempo livre à causa pública, permitindo um novo fôlego ao associativismo local e uma renovada dinâmica nas suas comunidades.
Se tudo isto se cumprir, certamente que 2015 será um bom ano para o
Baixo Alentejo. Caso contrário, continuaremos a lamentar-nos daqui por 12
meses.
Jornal regional editado no distrito de Beja
Redacção, administração e publicidade
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Cândido, Catarina Cardoso da Palma, Napoleão Mira,
Vítor Besugo e Vítor Encarnação.
Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+G
Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António
José Brito, António Sebastião, Jorge Pulido Valente,
Luís Dargent, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo
Arsénio, Teresa Chaves.
Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+G
Departamento Comercial:
[email protected]
Impressão: Empresa Gráfica Funchalense.
Distribuição: Jota CBS // VASP
ISSN 1647-1334
D. ANtóNIo VItAlINo DANtAS
Bispo de Beja
a
época de Natal e o início de ano civil, mesmo
para quem não professa nenhuma confissão
cristã, desperta nas pessoas e grupos da nossa sociedade uma grande nostalgia pelo agregado familiar e
abre feridas profundas nas pessoas quando faltam
manifestações de proximidade e afeto entre os seus
membros. Nas diversas festas de Natal em que participei, em lares e instituições, vi muitas lágrimas nas
faces rugosas de vários idosos, ou porque perderam
recentemente alguém da família ou porque não tiveram nenhuma manifestação de carinho por parte dos
seus familiares.
Isto fez-me reflectir uma vez mais sobre a estrutura relacional do ser humano, apesar da afirmação
crescente do individualismo e relativismo reinante no
mundo atual. Há em todos os seres, e muito especialmente nos humanos, uma necessidade de múltiplas
relações, que exigem muita atenção e cuidado para
não serem defraudadas e levarem a uma desilusão
profunda e à solidão insuportável. Isto significa que
precisamos de curar muitas feridas e recuperar a
confiança uns nos outros, nas instituições sociais e
na própria família.
Como curar estas feridas, para estabelecer um
clima de confiança à nossa volta? Sem pretensão de
apresentar nesta breve nota todos os remédios, vou
apontar alguns, que nos podem ajudar a viver um ano
com mais alegria e esperança, apesar das imensas dificuldades com que nos deparamos na construção do
nosso bem-estar.
Em primeiro lugar, temos de fazer o nosso exame
de consciência, pois muitas das causas da desconfiança estão em nós mesmos e os remédios também
ao nosso alcance. O Papa Francisco fez uma parte
desse exame no discurso aos membros da Cúria do
Vaticano, a 22 de Dezembro, apontando um elenco
de 15 pecados ou deficiências que nos impedem de
exercer com alegria e eficiência a missão da Igreja,
e não apenas os colaboradores do Papa. Não os vou
repetir aqui um a um, mas resumi-los nas palavras
amor e paixão pelo bem das pessoas, à luz da nossa
fé em Jesus Cristo, que se fez um de nós e se entregou
para a salvação de todos. Se temos fé em Deus, não
podemos deixar de amar os nossos irmãos. De contrário, estamos a mentir, a dizer uma coisa e a fazer
outra, temos dupla personalidade ou somos esquizofrénicos ou então sofremos de Alzheimer, perdemos a
memória do que somos, da nossa dignidade.
Em segundo lugar, temos de reconhecer que sofremos de algumas deficiências, não somos perfeitos,
nem sequer no cumprimento dos dez mandamentos,
um código fundamental para a convivência humana
pacífica. Mas também não desesperamos, porque
nos sabemos amados por Deus apesar do nosso pecado e temos a possibilidade de implorar o perdão e
de o conceder a quem nos ofendeu, como rezamos
no Pai Nosso, a oração que Jesus ensinou aos apóstolos.
Em terceiro lugar, embora conscientes da liberdade do ser humano, que o pode fazer enveredar por
caminhos de desencontro e também conhecedores
dos meandros da nossa justiça, que tem dificuldade
em desvendar o mistério do mal e da corrupção, não
deixamos de acreditar nos homens de boa vontade e
de criar laços de confiança, para que o trigo se fortaleça em relação ao joio, o bem prevaleça sobre o mal e a
nossa sociedade se torne mais humana, justa, fraterna, livre e solidária.
temos de fazer o nosso exame de
consciência, pois muitas das causas da
desconfiança estão em nós mesmos e
os remédios também ao nosso alcance.
Felicito as pessoas que fazem voluntariado nas
nossas comunidades e instituições, dando uma parte do seu tempo e das suas vidas a visitar, apoiar e
consolar aqueles que vivem sós e esquecidos da sociedade, isolados nas casas, nos hospitais, nos lares,
nas prisões, etc. São os reis magos dos nossos tempos,
guiados pela estrela do amor de Deus, que os leva até
às grutas daqueles para quem não há lugar nas nossas estalagens. Neste sentido desejo um bom e abençoado ano a todos os diocesanos e pedimos a todos
para que se deem as mãos, fazendo cada um o que
está ao seu alcance para o bem daqueles com quem
vivemos, sobretudo dos mais débeis.
Assim construímos a nova sociedade da confiança
e também a nossa diocese em sínodo.
www.correioalentejo.com
ÚLTIMAS
sexta. 2015.01.09
> MÚsICO bejeNse COM AgeNdA CheIA NO INíCIO de 2015
António Zambujo faz
digressão em França
> músicA. Zambujo faz
13 concertos em França
até final de Janeiro. Vai
também passar pelos coliseus e pelo EUA.
> A FeChAR...
EntrudAnçAs 2015
dEdicAdo às gErAçõEs
 A edição deste ano do Festival
Entrudanças vai decorrer entre os dias
13 e 15 de Fevereiro na vila de Entradas
(Castro Verde) e será dedicada à
temática “Gerações”. O festival, que
celebra o Carnaval “de forma diferente
e alternativa”, é organizado pela
PédeXumbo, uma associação para a
promoção de música e dança, em parceria com a Câmara de Castro Verde e
a Junta de Freguesia de Entradas.
 António Zambujo não vai ter
mãos a medir nos próximos três
meses! O músico bejense anda
na estrada a promover “Rua da
Emenda”, disco editado no final
de 2014, e até final de Março já
tem garantidos 21 concertos entre
palcos de Portugal, França e EUA.
Na última semana de Janeiro Zambujo vai andar por terras
gaulesas, onde tem 13 espectáculos agendados. O primeiro será
no dia 23 em Paris, na conhecida
sala La Cigale. Depois, o bejense
segue para a Côte D’Azur, onde
actuará uma dúzia de vezes na cidade de Nantes: a 24 e 25 na Folle
Journée en Région (duas vezes por
dia) e depois no pavilhão Cité des
Congres nos dias 27, 28, 29 (duas
vezes), 30 (duas vezes), 31 e 1 de
Fevereiro.
Seguem-se sete espectáculos
em Portugal, começando por Viana do Castelo no dia 7 e Évora no
dia 14. A 19 e 20 de Fevereiro António Zambujo actua no Coliseu
dos Recreios, em Lisboa, e no dia
21 no Coliseu do Porto. No dia 28
de Fevereiro será a vez de Torres
Novas conhecer ao vivo as novas
canções de “Rua da Emenda”.
Em Março, António Zambujo
vai atuar no dia 7 no Teatro Aveirense, em Aveiro, e depois cruzará
o Atlântico, a caminho de um espetáculo agendado para o dia 19
AlmodôvAr rEcEbE
voltA Ao AlgArvE
 O concelho de Almodôvar vai estar
de novo na rota da Volta ao Algarve
em bicicleta, recebendo a partida do
pelotão para a última etapa da edição
de 2015 da prova. A Volta ao Algarve
2015 vai realizar-se entre 18 e 22 de
Fevereiro, começando com a etapa
Lagos-Albufeira. Seguem-se as tiradas
Lagoa-Monchique (dia 19), Vila do
Bispo-Cabo de São Vicente (contrarelógio no dia 20), Tavira-Alto do
Malhão (dia 21) e, a fechar, AlmodôvarVilamoura (dia 22).
António Zambujo lançou “Rua
da Emenda”, o seu sexto
álbum, no final de 2014.  Dr
A 19 e 20 de Fevereiro Zambujo actua
no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e
no dia 21 no Coliseu
do Porto
no Kennedy Center, em Washington (EUA).
Lançado no final de 2014, “Rua
da Emenda” conta com 15 temas
em que António Zambujo canta
letras saídas da pena de nomes
como Miguel Araújo, João Monge,
Maria do Rosário Pedreira, José
Eduardo Agualusa, Pedro da Silva
Martins, Samuel Úria ou José Fia-
> NINhO de eMPResAs ACOLhe MAIs TRês PROjeCTOs
novas empresas em Ferreira
 O Ninho de Empresas da Câmara de Ferreira do Alentejo tem
mais três projectos a funcionar
nas suas instalações, dois de incubação física e um de incubação
virtual.
Fonte da autarquia adianta ao
“CA” que uma das novas empresas
está ligada à área de instalação e
manutenção de extintores, sendo
promovida por Jorge Aniceto.
A outra empresa com incuba-
Próxima
edição
23 DE
JANEIRO
Ninho de Empresas de Ferreira
foi inaugurado em 2012.  Dr
ção física é a Firstgreen – Green
Energy and Computer Center Lda,
que desenvolve um projecto inovador de comércio sustentável e
pertence a Silvestre Aranha.
Finalmente, a empresa de incubação virtual pertence a Daniel
Costa e chama-se Transportes Flor
do Alentejo, Lda, estando direccionada ao transporte rodoviário
de mercadorias e comércio de farinhas, cereais e derivados.
FEstivAl dE bAndA
dEsEnhAdA Em odEmirA
 A Bibioteca Municipal de Odemira
recebe até Março mais uma edição da
BDTECA – Mostra de Banda Desenhada de Odemira, iniciativa promovida pela autarquia e pela Sopa dos
Artistas – Associação Local de Artistas
Plásticos. A mostra tem por objectivo
divulgar este género artístico, estimular a criatividade e afirmar Odemira
como um dos principais centros de
desenvolvimento da banda desenhada
no país. Nesse sentido, a BDTECA volta
a incluir um concurso, cujas trabalhos
podem ser entregues entre os dias
12 de Janeiro e 20 de Fevereiro. O
vencedor receberá 300 euros.
vErEAdor psd com
FunçõEs Em AlmodôvAr
 O presidente da Câmara de Almo-
dôvar, o socialista António Bota, delegou esta semana competências nas
áreas da Higiene e Limpeza Urbana e
dos Espaços Verdes ao vereador eleito
pelo PSD, Ricardo Colaço. Recorde-se
que na Câmara de Almodôvar o PS
tem dois eleitos (incluindo o presidente), o PSD um e os independentes dois.
> CONTRAKAPA
RECOMEÇAR
Vítor
Encarnação
Escritor
E
ncerrámos o ano como
quem atira um calendário velho para o lixo. Sem
remorsos. Ano novo, vida
nova. Podemos então
recomeçar. Saciados de bolo-rei e
de filhoses, fazemos de conta que
nascemos há apenas nove dias.
Uns velhos e outros novos, somos
todos crianças a colorir folhas em
branco. Estamos contentes, as
janelas do tempo têm vista para
o futuro, a porta da nossa vida
está escancarada e os caminhos
estão desobstruídos. Penduramos o novo calendário na parede
e por tudo ser ainda tão distante,
sentimos que temos a vida em
aberto. É tão bom ter a vida
O ano novo, coisa para
durar para aí uns quinze
dias, é algo de mágico.
em aberto, estudar hipóteses,
escolher rumos, tomar decisões,
poder optar, não se entregar ainda definitivamente a nada. É tão
agradável comprar uma agenda
nova e ir preenchendo os dias de
coisas boas. Os aniversários da
família, o dia dos namorados, um
jantar com amigos, o início das
férias, uma viagem. O ano novo
é sempre tão confortável, deve
ser da roupa nova e dos perfumes que nos deram pelo Natal.
Quando regressamos ao trabalho
há sempre gente com roupa
nova e perfumes novos. Aliás, as
pessoas até parecem todas mais
novas, mais disponíveis, mais
alegres. São novamente crianças
a brincar com o tempo. Apesar de
já se terem despedido de filhos,
pais, avós e netos que foram para
longe, os homens e as mulheres
ainda têm sorrisos nos lábios e
rostos descansados. Beijam-se,
desejam um bom ano e sentemse em harmonia uns com os outros. O ano novo, coisa para durar
para aí uns quinze dias, é algo de
mágico. É um coração ao alto.
Um encantamento. Um brinquedo novo. O primeiro amor.
Só temos nove dias de idade. Por
enquanto ainda ninguém quer
saber que em cada ano a vida dá
uma volta de 365 graus.
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Somincor produz mais zinco que cobre em 2015