PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 1 / 28 PROPOSTA DE RECONFIGURAÇÃO DO PLANO BÁSICO DE DISTRIBUIÇÃO DE CANAIS DE RADIODIFUSÃO SONORA EM FREQÜÊNCIA MODULADA – PBFM REGIÃO DE INFLUÊNCIA DA CIDADE DE CURITIBA (FASE 6) AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – ANATEL OS no 1453 – PROCESSO no 0428/2000 FUNDAÇÃO CPqD – CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TELECOMUNICAÇÕES Rodovia Campinas – Mogi Mirim (SP 340), Km 118.5 CEP 13086-902 – Campinas – SP – Brasil CNPJ: 02.641.663/0001-10 Insc. Estadual: 244.631.870.117 Insc. Municipal: 52.865-0 Contato: Renato de Mendonça Maroja Fone: (19) 3705-7042 Fax (19) 3705-5868 www.cpqd.com.br AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – ANATEL Ed. Ministro Sérgio Motta SAUS – Quadra 06, Bloco E CEP 70070-940 – Brasília – DF – Brasil Contato: Pedro Humberto de Andrade Lobo – [email protected] Fone: (61) 312-2220 Fax: (61) 312-2210 Campinas, 09 de setembro de 2003. GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 2 / 28 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................3 2 HISTÓRICO DO TRABALHO......................................................................................5 3 PREMISSAS ...............................................................................................................6 4 PROPOSTA DE RECONFIGURAÇÃO .......................................................................8 5 METODOLOGIA........................................................................................................15 6 CANAIS CONSIDERADOS NO ESTUDO.................................................................17 7 PROVIDÊNCIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO.............................................................20 7.1 Ajuste de equipamentos ......................................................................................21 7.2 Ações técnico-administrativas .............................................................................22 7.3 Divulgação...........................................................................................................23 8 CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO ..................................................................23 9 CONCLUSÃO............................................................................................................24 10 DOCUMENTOS UTILIZADOS ..................................................................................26 ANEXO 1 ...........................................................................................................................27 GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 1 3 / 28 INTRODUÇÃO A Lei no 9.612 [1], de 19 de fevereiro de 1998, instituiu no Brasil o Serviço de Radiodifusão Comunitária (RadCom), definindo-o como a radiodifusão sonora, em freqüência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita, destinada ao atendimento de determinada comunidade de um bairro e/ou vila. Portanto, suas transmissões devem estar compreendidas na mesma faixa de freqüências do Serviço de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada – FM, modalidade de serviço de radiodifusão prestada, no Brasil, no intervalo compreendido entre as freqüências de 88 e 108 MHz (canais 201 a 300). Abaixo desta faixa, situa-se o canal 6 do Serviço de Televisão, e acima do canal 300, o Serviço de Radionavegação Aeronáutica. Já, em outros países, inclusive da Europa, e no Japão, esse intervalo é mais estendido, com emissoras operando abaixo do canal 201, na sub-faixa de freqüências dos canais 5 e 6, não utilizados para Televisão. Dispôs, ainda, a mencionada lei que o Poder Concedente designaria, em nível nacional, um único e específico canal para utilização no Serviço de Radiodifusão Comunitária. No caso de manifesta impossibilidade técnica quanto ao uso desse canal em determinada região, deveria ser indicado, em substituição, um canal alternativo para utilização exclusiva nessa região. Entretanto, ressalvou que as emissoras do Serviço devem operar sem direito a proteção contra eventuais interferências causadas por estações de quaisquer outros serviços de telecomunicações ou radiodifusão regularmente instaladas. Estabeleceu ainda que a prestação do serviço deverá ser interrompida sempre que uma interferência indesejável em outro serviço não seja eliminada no prazo estipulado, mesmo estando a estação comunitária funcionando em conformidade com as prescrições da lei. Em face dos referidos dispositivos legais, a designação de um único canal dentro da própria faixa de radiodifusão sonora em FM, para utilização pelas estações de radiodifusão comunitária, tornaria incerta a continuidade da prestação do RadCom uma vez que, operando sem direito a proteção, poderia vir a sofrer interferências prejudiciais em decorrência de aumentos de potência, trocas de freqüência ou mudanças de local de instalação de emissoras de FM em operação, ou mesmo em função da introdução de novos canais no Plano Básico de Distribuição de Canais de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada – PBFM. Levando em conta tais peculiaridades, a Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, pela Resolução no 60/98 [2], de 24 de setembro de 1998, designou para uso exclusivo do Serviço de Radiodifusão Comunitária – RadCom, em nível nacional, o canal 200 (87,9 MHz), situado imediatamente abaixo da faixa de freqüências do Serviço de Radiodifusão Sonora em FM (88 a 108 MHz), de forma a reduzir as implicações acima apontadas. O extremo superior da faixa (canal 301) não foi cogitado por suas possíveis conseqüências no Serviço de Radionavegação Aeronáutica, que envolve a segurança das operações de pouso e decolagem de aeronaves. Por se tratar de um canal fora da faixa especificada de radiodifusão em FM, o Ministério das Comunicações já havia se assegurado, preliminarmente à criação da Anatel, de que o canal 200 era sintonizado por todos os receptores de FM fabricados no País. Posteriormente, em face de reclamações recebidas de algumas prestadoras de RadCom quanto à dificuldade de sintonia do referido canal, o setor de fiscalização da Agência teve oportunidade de comprovar, na prática, a sua perfeita recepção “tanto nos receptores que possuem o processo de sintonia analógico quanto digital”. GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 4 / 28 Entretanto, a operação do canal 200 pode envolver interferências com determinados canais, conforme identificado a seguir: canais 201 e 202 de FM, por adjacência; canais 253 e 254 de FM, por batimento de FI; canal 6 de TV por adjacência ao seu canal de áudio. A consideração da possibilidade dessas interferências restringiu a viabilidade técnica da designação do canal 200 a menos de 50% (cinqüenta por cento) dos municípios brasileiros. Para os municípios restantes, a Agência procurou designar canais alternativos, dentro da faixa de FM, para utilização pelo Serviço de Radiodifusão Comunitária. Estas viabilizações técnicas, que totalizaram 3.230, foram aprovadas pelas Resoluções Anatel no 124/99 [3], 213/00 [4] e 246/00 [5] e, em conjunto com mais 2.282 designações do canal 200, vieram a compor o Plano de Referência para Distribuição de Canais do Serviço de Radiodifusão Comunitária – PRRadCom, cujo sumário pode ser visto na Tabela 1. Apesar de todos os esforços, a situação atual é de 32 municípios, todos no Estado de São Paulo, sem canal designado para RadCom, por inviabilidade técnica. Canal Designado Número de municípios contemplados 200 2.282 211 1 215 8 216 4 219 16 220 5 223 8 230 4 236 1 285 2.384 288 1 290 573 292 172 300 53 Total de canais alternativos 3.230 Total 5.512 Tabela 1 – Sumário do Plano de Referência para Distribuição de Canais do Serviço de Radiodifusão Comunitária – PRRadCom Como se pode observar na Tabela 1, os canais alternativos viabilizados estão localizados ao longo de toda a faixa de FM, concentrando-se na parte superior da faixa. O uso extensivo de canais alternativos, além de contrariar os preceitos da Lei no 9.612, que dispôs sobre a utilização de um único e exclusivo canal para a execução do RadCom, ainda amplia as possibilidades de ocorrência de interferências, pela necessidade de convivência de emissoras de FM com estações comunitárias numa mesma gama de GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 5 / 28 freqüências. Enquanto o canal 200, instalado em uma determinada região, bloqueia o uso de 4 canais de FM (201, 202, 253 e 254), um canal alternativo “N” designado dentro da faixa de FM, pode bloquear até 7 canais (N, N+1, N-1, N+2, N-2, N+/-53 e N+/-54), tornando significativamente mais complexas as possibilidades de alteração das características técnicas dos canais de FM existentes, ou mesmo de introdução de novos canais, sem a conseqüente revisão das designações dos canais usados no RadCom. Pela natureza de serviço executado em caráter secundário, que lhe atribuiu a regulamentação, poder-se-á mesmo, em casos extremos, ver tornar-se necessária a descontinuidade da prestação do RadCom, por inviabilidade técnica de canal na região. Além desta questão, análises recentes realizadas pela Fundação CPqD demonstraram que os problemas de interferência nos serviços aeronáuticos se acentuam quando os canais de FM se encontram a partir da metade superior da faixa, extensivamente utilizada no PRRadCom. Estas circunstâncias levaram a Agência a iniciar um processo de reorganização do PBFM, tomando providências no sentido de remanejar, paulatinamente, os mencionados canais de Radiodifusão Sonora em FM e o canal 6 de TV e de RTV, de modo a possibilitar a liberação do uso do canal 200 em âmbito nacional. Com este escopo, foi contratada a Fundação CPqD, sob o 47o Termo Aditivo ao Convênio 005/98, para realizar o trabalho de reconfiguração do PBFM nas Regiões Metropolitanas de Curitiba, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Baixada Santista e respectivas adjacências. Estas regiões foram escolhidas por serem as de maior saturação na ocupação do espectro radioelétrico, apresentando, inclusive, vários casos de interferências mútuas entre as estações de FM existentes. O estudo técnico contratado tem como objetivo precípuo o remanejamento de freqüência das emissoras de FM que ocupam os canais 201, 202, 253 e 254, de forma a possibilitar a designação do canal 200 para uso nacional e exclusivo da Radiodifusão Comunitária. As possíveis futuras soluções para as áreas de operação do canal 6 de TV e de RTV serão estudadas no âmbito do Contrato CMPR no 012/2003, firmado com a mesma Fundação, e cujo desenvolvimento se estenderá até o final de 2004. 2 HISTÓRICO DO TRABALHO O presente relatório apresenta o trabalho desenvolvido e a metodologia empregada na elaboração da proposta inicial de reconfiguração do PBFM na Região Metropolitana1 de Curitiba e suas adjacências, submetida a comentários pela Consulta Pública no 424, de 13 de dezembro de 2002, publicada no DOU do dia 20 de dezembro de 2002, as novas opções de solução encontradas após a publicação da consulta, os resultados alcançados na análise dos ajustes necessários à proposta inicial, bem como a proposta recomendada para a efetivação da reconfiguração do PBFM, que inclui as novas soluções referidas. Nas fases anteriores, as seguintes atividades foram realizadas: cotejo das características técnicas das emissoras de FM em operação na região, constantes do Sistema de Informações Técnicas para Administração das Radiocomunicações – SITAR, com os registros nos respectivos processos de autorização de instalação, muitas vezes complementados com visitas aos locais de instalação – Fase 1; 1 Região metropolitana de Curitiba: Adrianópolis, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Contenda, Colombo, Curitiba, Doutor Ulysses, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Branco do Sul, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná. Fonte: Documento RM 05.07.01.xls, extraído do site do IBGE: ftp://ftp.ibge.gov.br/Organizacao_do_Territorio/Municipios_por_Regiao_Metropolitana/ GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 6 / 28 determinação das áreas de cobertura dessas emissoras e o levantamento das interferências existentes, constatadas entre emissoras em funcionamento, e interferências potenciais envolvendo canais vagos ou em licitação – Fase 2; elaboração e apresentação à Anatel, de três alternativas de reconfiguração – Fase 3; consolidação da proposta selecionada pela Anatel, encaminhada à Consulta Pública no 424. Esta proposta contemplou a inclusão de um novo canal de FM na Cidade de Curitiba – Fase 4; assessoria à Anatel na análise das contribuições à Consulta Pública no 424 – Fase 5. 3 PREMISSAS A proposta inicial de reconfiguração do Plano Básico de Distribuição de Canais de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada – PBFM na região de influência da Cidade de Curitiba, submetida a comentários pela mencionada Consulta Pública nº 424, foi elaborada de forma a atender às seguintes premissas: Possibilitar o futuro uso exclusivo do canal 200 para prestação do Serviço de Radiodifusão Comunitária, por meio da liberação dos canais 201, 202, 253 e 254 do PBFM, remanejando-os para outros canais; Eliminar as interferências encontradas na Fase 2, apontadas na Tabela 8; Manter as demais características técnicas das emissoras cujas freqüências devam ser remanejadas (inclusive as coordenadas geográficas do sistema irradiante); Restringir ao mínimo o remanejamento de canais de emissoras em funcionamento; Reduzir os custos do remanejamento, minimizando os deslocamentos com relação à freqüência de operação das estações em funcionamento; quando a freqüência estiver incluída na denominação comercial da emissora (nome de fantasia), manter sempre a nova freqüência de operação no mesmo intervalo de MHz da freqüência original; Remanejar, preferencialmente, canais de possibilidade de gerar novas interferências; baixa potência, minimizando a Viabilizar pelo menos um canal adicional no PBFM, para Curitiba, de classe equivalente à maior existente; e Não causar interferência no Serviço de Radionavegação Aeronáutica. A proposta mereceu comentários durante as negociações mantidas entre a Agência e os radiodifusores afetados pela alteração de freqüência de suas emissoras. Tais negociações tiveram por objetivo informar às partes envolvidas as razões que motivaram a proposta de reconfiguração do PBFM, coerentemente com a transparência que a Anatel sempre procura imprimir em todos os seus atos. A proposta também foi objeto de comentários dos radiodifusores em decorrência da citada consulta pública. A principal preocupação dos radiodifusores referiu-se à inclusão de dois novos canais para a Cidade de Curitiba, o que poderia agravar as dificuldades financeiras pelas quais atravessa o setor. GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 7 / 28 Diante da argumentação das entidades, a Anatel reuniu alguns dados que retratassem as condições econômicas do negócio Radiodifusão Sonora, na Região Metropolitana de Curitiba. Analisados os dados coletados, ficaram claras as dificuldades financeiras hoje experimentadas pelas emissoras de FM na região. Concomitantemente, os números demonstraram que a eventual introdução, mesmo de apenas uma nova emissora na localidade, viria ocasionar um decréscimo acentuado na verba publicitária potencial de cada emissora, o que evidenciou a inconveniência, neste momento, da inclusão dos canais adicionais. Outro aspecto observado pela Anatel foi ser inoportuno, no cenário atual, impor às concessionárias de radiodifusão de sons e imagens que operam no canal 6 os custos decorrentes da alteração de freqüência, face aos investimentos que serão necessários para a preparação das emissoras à introdução da tecnologia digital, a iniciar-se pela parte de produção, como condição prévia à futura prestação do serviço com tecnologia digital. É oportuno lembrar que o Plano Básico de Distribuição de Canais de TV Digital não contempla a faixa baixa de TV em VHF, onde se situa o canal 6. Portanto, futuramente, o canal 6 não deverá mais ser utilizado no Brasil, ocasião em que cessarão todas as restrições técnicas para a utilização do canal 200 pelas estações de Radiodifusão Comunitária. As novas opções de solução que surgiram para o RadCom decorreram da análise da possibilidade de sintonia do receptor de FM em freqüências inferiores à do canal 200. A Fundação CPqD, após realizar testes com inúmeros receptores nacionais, concluiu que eles podem sintonizar até 400 kHz abaixo do canal 200, ou seja, freqüências correspondentes aos canais 199 e 198. Este tema será objeto de consulta pública e os dois canais serão agregados à faixa de FM, podendo ser utilizados como opção ao canal 200, em áreas externas às áreas de interferência sobre o canal 6 de TV. Os canais do PBFM que podem ser envolvidos em interferência com o canal 198 são os canais 251 e 252 e, neste caso, estes canais precisam ser remanejados. Já, com o canal 199, os envolvidos são os canais 201, 252 e 253, sendo, neste caso, estes os canais a serem remanejados. Assim, o canal a ser designado exclusivamente ao RadCom, em cada área, decorre da análise de qual dos três canais, 198, 199 ou 200, resulta em menor impacto sobre os canais do PBFM, ou seja, qual canal permite os menores remanejamentos e o menor número possível de remanejamentos em canais do PBFM em operação. Por outro lado, com a decisão pela permanência provisória canal 6 de TV nos grandes centros, torna-se necessária a designação de canal alternativo, preferencialmente um único e exclusivo canal, a ser temporariamente utilizado em áreas de interferência sobre o canal 6. Para o canal 200, um dos canais, 253 ou 254, que seriam excluídos do PBFM em função das interferências mútuas por batimento de FI com o canal 200, seriam as melhores opções. Para o canal 199, os canais 252 e 253 seriam as melhores opções para alternativo, pelas mesmas razões. E para o canal 198, os canais 251 e 252 seriam as opções. Diante de tais considerações, e por ser a opção mais econômica, e causar o menor impacto sobre as emissoras em operação, a Anatel decidiu pelo uso exclusivo do canal 198 para a execução do RadCom na região em estudo, admitindo o uso temporário do canal 252 como alternativo para este serviço, na área de abrangência do canal 6 de TV de Curitiba/PR. GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 4 8 / 28 PROPOSTA DE RECONFIGURAÇÃO Seguindo as premissas estabelecidas pela Agência, e aplicando a metodologia detalhada no item 5, chegou-se à proposta inicial de reconfiguração do Plano Básico de Distribuição de Canais de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada – PBFM para a região de influência da Cidade de Curitiba, submetida a consulta pública. Posteriormente, adicionando a análise dos comentários recebidos e as considerações acima mencionadas, chegou-se à proposta de efetivação da reconfiguração, a qual é apresentada na Tabela 2. Conforme pode ser observado, esta proposta, assim como a inicial, prioriza o remanejamento de canais em concorrência, vagos e constantes da lista de reservas da Anatel. As emissoras em operação tiveram suas freqüências mudadas apenas em último caso e, assim mesmo, buscou-se afastá-las o mínimo possível de seus valores originais. A terceira coluna da tabela, “diferença de canais”, indica o afastamento de cada canal sugerido em relação ao canal original. A última coluna descreve a origem dos remanejamentos de cada canal, ilustrada nas Figuras 1, 2 e 3. Os remanejamentos propostos foram submetidos ao Programa de Análise de Compatibilidade entre o Serviço de Radiodifusão em FM (88 a 108 MHz) e os Serviços de Radionavegação Aeronáutica e Móvel Aeronáutico (108 a 137 MHz), utilizando a base de estações da Aeronáutica fornecida pela Anatel, não tendo sido encontrado qualquer óbice. Canal Canal Original Sugerido Dif. Classe Canais Emissora Nome de Fantasia Localidade Origem dos Remanejamentos 250 249 -1 A2 Rádio Menina do Paraná Ltda Estação Brasil FM Campo Largo/PR Viabilização do canal alternativo 252 para RadCom 254 255 1 A2 Rádio Intercontinental Ltda 98 FM Curitiba/PR Viabilização do canal alternativo 252 para RadCom 239 238 -1 C Rádio FM da Barra Ltda (congresso) - Barra Velha/SC Interferido pelo canal 239 de Piraquara /PR 249 260 11 C Concorrência - Corupá/SC Decorrente da alteração do canal 250 Campo Largo 249, para uso do canal alternativo 252 RadCom 252 232 20 C Concorrência - Mandirituba/PR Viabilização do canal 198 para RadCom 280 266 -14 B1 Concorrência - Ascurra/SC Interferido pelo canal 280 de Curitiba/PR 292 296 4 C Concorrência - Contenda/PR Interferido pelo canal 293 de Colombo/PR 204 226 22 C Vago - Ribeirão do Pinhal/PR Interferência mútua com o canal 204 de Bandeirantes/PR 229 238 9 C Vago - Agudos do Sul/PR Interferido pelo canal 229 Florianópolis/SC 251 250 -1 C Vago - Jaguariaíva/PR Viabilização do canal 198 para RadCom 259 265 6 C Vago - Mandirituba/PR Interferido pelo canal 259 de Balneário de Camboriú/SC GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA Canal Canal Original Sugerido Dif. Classe Canais Emissora Nome de Fantasia Localidade 9 / 28 Origem dos Remanejamentos 291E 292E 1 C Vago - Paranaguá/PR Interferido pelo canal 291E de Araucária /PR 291 292 1 C Vago - Rebouças/PR Interferido pelo canal 291E de Araucária/PR Tabela 2 – Proposta de Reconfiguração de Curitiba – RadCom nos canais 198 e 252 Os diagramas mostrados nas Figuras 1, 2 e 3 ilustram as razões e o grau de envolvimento de cada remanejamento proposto, no cumprimento das premissas estabelecidas. Mandirituba/PR Concorrência C - 252 232 Jaguariaíva/PR Vago C - 251 250 Figura 1 – Remanejamentos necessários para viabilizar o canal 198 para uso exclusivo do RadCom Campo Largo/PR Rádio Menina FM Ltda A2 - 250 249 Corupá/SC Concorrência C - 249 260 Curitiba/PR Rádio Intercontinental Ltda A2 - 254 255 Figura 2 – Remanejamentos necessários para viabilizar o canal 252 como alternativo para uso exclusivo do RadCom GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 10 / 28 Barra Velha/SC Rádio FM da Barra Ltda (congresso) C - 239 238 Ribeirão do Pinhal/PR Vago C - 204 226 Ascurra /SC Concorrência 266 B1 - 280 Agudos do Sul/PR Vago C - 229 238 Contenda/PR Concorrência C - 292 296 Mandirituba/PR Vago C - 259 265 Rebou ç as/PR Vago 292 C - 291 Paranaguá/PR Vago C - 291E 292E Figura 3 – Remanejamentos necessários para eliminação de interferências encontradas na Fase 2 A Tabela 3 apresenta um resumo consolidado das razões dos remanejamentos propostos. Remanejamentos Diretos Decorrentes Total Operação Concorrência Vago Reserva Viabilização do uso exclusivo do canal 198 para RadCom 0 1 1 0 2 Viabilização do canal alternativo 252 para RadCom 2 1 0 0 3 Eliminação de interferências 0 3 5 0 8 Viabilização do uso exclusivo do canal 198 para RadCom 0 0 0 0 0 Viabilização do canal alternativo 252 para RadCom 0 1 0 0 1 Eliminação de interferências 0 0 0 0 0 Viabilização do uso exclusivo do canal 198 para RadCom 0 1 1 0 2 15,4% Viabilização do canal alternativo 252 para RadCom 2 1 0 0 3 23,1% Eliminação de interferências 0 3 5 0 8 61,5% 2 5 6 0 13 15,4% 38,5% 46,1% 0% SOMATÓRIO PERCENTUAL DE CANAIS REMANEJADOS Tabela 3 – Resumo das origens dos remanejamentos GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL TOTAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 11 / 28 Com relação à proposta inicial, apresentada na Fase 4 e submetida à Consulta Pública nº 424, a situação de diversos canais foi alterada conforme indicado a seguir: Canal 239 de Barra Velha/SC: a concorrência definiu-se em favor da Rádio FM da Barra Ltda, que aguarda ratificação da outorga pelo Congresso Nacional, não se encontrando ainda em operação; Remanejamentos que foram acrescentados à proposta inicial apresentada na Fase 4: 250/A2 (para 249) de Campo Largo/PR – Rádio Menina do Paraná Ltda; 249/C (para 260) de Corupá/SC – Concorrência; 252/C (para 232) de Mandirituba/PR – Concorrência; 251/C (para 250) de Jaguariaíva/PR – Vago; Canais 226/E3 e 285/E3, propostos para inclusão na Cidade de Curitiba/PR, foram retirados, conforme mencionado anteriormente; os remanejamentos que haviam sido propostos em decorrência das inclusões daqueles canais estão listados na Tabela 4, e foram revistos, devendo os canais envolvidos retornar à sua situação original do PBFM. Canal Canal Classe Original Sugerido Emissora Localidade UF 226 227 A1 Tropical Radiodifusão Palmeira PR 280 281 A1 Rádio FM Independência Ltda Curitiba PR 277 278 C Concorrência Araucária PR 278 279 B1 SESAL - Comunicação e Informática Ltda Ponta Grossa PR 281 247 C Rádio FM Mar Azul Ltda Itapema SC 227 278 C Vago Morretes PR 279 247 C Vago São João do Itaperiú SC 285 270 C Concorrência Pomerode SC 225 277 C Rádio Monte Alegre (reserva) Colombo PR 270E 279E A4 Fund. Cult. Educ. (reserva) Schroeder SC Tabela 4 – Remanejamentos retirados da proposta inicial apresentada na Fase 4 Na situação atual do PBFM e do PRRadCom, anterior aos estudos relatados neste documento, a designação do canal 200 para o RadCom se mostrou tecnicamente inviável para alguns municípios dentro da área de estudo (círculo de raio 150 km), devido à existência dos canais 6 de TV e dos canais 201, 202, 253 e 254 de FM. Nestas regiões, GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 12 / 28 canais alternativos para RadCom foram designados pela Agência, dentro da faixa de freqüências do Serviço de Radiodifusão Sonora em FM (88 a 108 MHz). A proposta inicial, apresentada na Fase 4 deste trabalho, viabilizou o canal 200 para uso exclusivo do RadCom em todas as localidades da região de interesse, levando-se em conta o remanejamento futuro dos canais 6 de TV e RTV. Com a possibilidade de designação do canal 198 para RadCom, persiste o problema com o canal 6 de TV, mas os canais de FM envolvidos passam a ser os canais 251 e 252. Já, os canais de FM envolvidos com a designação temporária do canal alternativo 252 são: 250, 251, 253 e 254. A Figura 4 retrata as regiões de exclusão do canal 198 e do canal 252, definidas pelos contornos protegidos dos canais de FM (na cor preta) e do canal 6 de TV de Curitiba/PR (na cor vermelha). Estão assinalados em amarelo os 27 municípios para os quais o canal 200 já se encontra designado no PRRadCom, na área de estudo. Nesta proposta, estas designações passariam para o canal 198. R = 63 km R = 150 km Figura 4 – Viabilidade do uso dos canais 198 e 252 (alternativo) para RadCom antes da reconfiguração do PBFM GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 13 / 28 No que diz respeito às interferências com os canais do PBFM, a proposta de reconfiguração, aqui apresentada, elimina todos os problemas para a utilização do canal 198 como único canal de RadCom. Conforme mostra a Figura 5, além dos 27 municípios atualmente contemplados no PRRadCom, indicados em amarelo e listados na Tabela 5, outros 5 municípios, mostrados na cor azul e listados na Tabela 6, podem utilizar o canal 198 para o RadCom, totalizando 32 municípios nos quais o canal 198 pode ser designado. A região de cor verde compreende os 35 municípios, listados na Tabela 7, onde a designação do canal 198 para RadCom é atualmente inviável, por estarem situados na área de influência do canal 6 de TV de Curitiba/PR. Para esses municípios, conforme mencionado anteriormente, a Agência deliberou e determinou que fosse designado, temporariamente, um canal único alternativo para RadCom, para utilização imediata à implementação dos remanejamentos do PBFM, sendo este canal o 252, e, quando for encontrada solução para o canal 6 de TV, o canal de RadCom poderá ser transferido para o canal exclusivo 198, sem que seja necessária qualquer outra alteração no PBFM. Figura 5 – Viabilidade do canal 198 e do alternativo 252 para uso de RadCom resultante da reconfiguração do PBFM proposta para a Região de Curitiba GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA Canal Município Canal Município 14 / 28 Canal Município 200 Antônio Olinto/PR 200 Ipiranga/PR 200 Ponta Grossa/PR 200 Arapoti/PR 200 Irati/PR 200 Rebouças/PR 200 Carambeí/PR 200 Ivaí/PR 200 Rio Azul/PR 200 Castro/PR 200 Jaguariaíva/PR 200 Rio Negro/PR 200 Doutor Ulysses/PR 200 Mallet/PR 200 São João do Triunfo/PR 200 Fernandes Pinheiro/PR 200 Ortigueira/PR 200 Sengés/PR 200 Guamiranga/PR 200 Paula Freitas/PR 200 Teixeira Soares/PR 200 Guaraqueçaba/PR 200 Paulo Frontin/PR 200 Tibagi/PR 200 Imbituva/PR 200 Pirai do Sul/PR 200 Ventania/PR Tabela 5 – Municípios com canais 200 atualmente designados pela Anatel no raio de 150 km com centro em Curitiba, que poderão passar a ter designado o canal 198 Canal Município Canal Município 290 Campo do Tenente/PR 285 Pontal do Paraná/PR 285 Matinhos/PR 290 São Mateus do Sul/PR 285 Pién/PR Tabela 6 - Municípios que atualmente possuem outros canais designados para RadCom e que poderão passar a ter o canal 198 designado Canal Município Canal Município Canal Município 285 Adrianópolis/PR 285 Cerro Azul/PR 285 Pinhais/PR 285 Agudos do Sul/PR 285 Colombo/PR 285 Piraquara/PR 285 Almirante Tamandaré/PR 285 Contenda/PR 200 Ponta Grossa/PR 285 Antonina/PR 285 Curitiba/PR 285 Pontal do Paraná/PR 285 Araucária/PR 285 Fazenda Rio Grande/PR 285 Porto Amazonas/PR 285 Balsa Nova/PR 285 Guaratuba/PR 285 Quatro Barras/PR 285 Bocaiúva do Sul/PR 285 Itaperuçú/PR 285 Quitandinha/PR 285 Campina Grande do Sul/PR 285 Lapa/PR 285 Rio Branco do Sul/PR 285 Campo Largo/PR 285 Mandirituba/PR 285 São José dos Pinhais/PR 285 Campo Magro/PR 285 Morretes/PR 285 Tijucas do Sul/PR 200 Carambeí/PR 285 Palmeira/PR 285 Tunas do Paraná/PR 200 Castro/PR 285 Paranaguá/PR Tabela 7 - Municípios que poderão utilizar, temporariamente, o canal alternativo 252 A proposta de efetivação das alterações de características técnicas de canais constantes do Plano Básico de Distribuição de Canais de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada – PBFM na Região Metropolitana de Curitiba/PR e suas adjacências, na formatação adequada para o encaminhamento do ato de efetivação conseqüente à Consulta Pública no 424, está contida no Anexo 1 deste relatório. GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 5 15 / 28 METODOLOGIA Para a realização dos estudos referentes à reconfiguração do PBFM, foi definido um círculo de 150 km de raio, aqui denominado núcleo, centrado na Cidade de Curitiba e considerado, por definição, como sendo a sua região de influência. Este círculo contém os canais diretamente passíveis de remanejamento. Além dos canais 201, 202, 253 e 254, considerados inicialmente, e 251 e 252, considerados posteriormente, foram ainda selecionados como remanejáveis outros canais do núcleo, em função da sua classe, da identificação de interferências com outros canais, ou mesmo em decorrência de incompatibilidades surgidas no processamento de otimização da reconfiguração. Foi também definida uma coroa circular concêntrica ao núcleo, aqui denominada casca, com raio interno igual ao do núcleo e raio externo de 550 km, sendo este último resultante da soma do raio do núcleo com a distância mínima, de 322 km, exigida entre dois cocanais de classe E1 (pior caso), acrescida de uma margem de segurança de 20%. A Figura 6 ilustra as regiões definidas como núcleo e casca. Os canais da casca não são diretamente remanejáveis. Apenas garantem que remanejamentos propostos para o núcleo sejam compatíveis com o restante da distribuição de canais existente no PBFM. O remanejamento de um canal da casca somente acontece quando vier a favorecer o cumprimento das premissas consideradas como, por exemplo, quando reduzir a quantidade de remanejamentos necessários ou possibilitar um menor deslocamento da freqüência de operação de emissoras em funcionamento. RNÚCLEO = 150 km RCASCA = 550 km Figura 6 – Definição de núcleo e casca GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 16 / 28 Para a liberação, dos canais 201, 202, 253 e 254, inicialmente e, posteriormente dos canais 251 e 252, a Fundação CPqD desenvolveu ferramentas computacionais específicas para sistematizar e otimizar o processo de remanejamento de canais e de análise de interferências, que fizeram uso de bases de dados de relevo digitalizado e de características técnicas dos canais de FM, de RadCom e de canais 6 de TV e RTV fornecidas pela Anatel. Foram analisadas as possibilidades de ocorrência das interferências referidas no Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada [6], a saber: interferências entre canais de FM (co-canal, primeiro e segundo adjacentes e batimento de FI) e entre canais 6 de TV e de RTV e canais de FM. Também foram analisadas as interferências entre canais de FM e de RadCom e sua compatibilidade com o Serviço de Radionavegação Aeronáutica. Em uma primeira etapa de análise, foram calculados, pelo modelo ponto-área, que utiliza as curvas de propagação E (50,50) e E (50,10), os contornos interferentes e protegidos das estações de FM e de TV e RTV operando no canal 6, para os distintos tipos de interferência supracitados. Foram verificadas as ocorrências de superposição dos diferentes contornos interferentes de cada canal, com os contornos protegidos dos demais. Nos casos em que foi verificada a superposição de contornos, realizou-se uma segunda etapa de análise, desta vez com a utilização do modelo de propagação ponto-a-ponto Longley-Rice, para o cálculo de intensidades de campo elétrico. Apesar de bastante conservador, dentre três modelos testados, este foi o que apresentou maior aderência a um conjunto de medições em campo realizadas pela Fundação CPqD. Este procedimento permitiu identificar, na região interna ao contorno protegido teórico do canal interferido, as áreas nas quais a relação entre o campo elétrico desejado do canal interferido e o campo elétrico não desejado do canal interferente não atendia às relações de proteção estabelecidas. Estas áreas, denominadas “manchas de interferência”, correspondem às regiões geográficas em que o nível de interferência é considerado intolerável. O resultado do levantamento das interferências existentes no PBFM é apresentado na Tabela 8. Emissora interferente Canal Classe Emissora 204 C Vago 204 B1 229 Emissora interferida Localidade/UF Emissora Localidade/UF Tipo de Interf Canal Classe Ribeirão do Pinhal/PR 204 B1 Rádio Yara Ltda Bandeirantes/PR co-canal Rádio Yara Ltda Bandeirantes/PR 204 C Vago Ribeirão do Pinhal/PR co-canal A1 Rádio Itapema FM Florianópolis Florianópolis/SC 229 C Vago Agudos do Sul/PR co-canal 239 A4 Vago Piraquara/PR 239 C Concorrência Barra Velha/SC co-canal 259 A1 Rádio 99 FM Ltda Balneário Camboriú/SC 259 C Vago Mandirituba/PR co-canal 280 A1 Rádio FM Independência Curitiba/PR 280 B1 Concorrência Ascurra/SC co-canal 291E B2 Vago Araucária/PR 291E C Vago Paranaguá/PR co-canal 291E B2 Vago Araucária/PR 291 C Vago Rebouças/PR co-canal 293 A4 Fund. Maranata de Comun. Social Colombo/PR 292 C Concorrência Contenda/PR 1º adj. Tabela 8 – Interferências levantadas na região de interesse de Curitiba GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 17 / 28 As mencionadas técnicas de análise foram sistematizadas e incorporadas a programas de análise e viabilização de canais, desenvolvidos pela Fundação CPqD, por meio dos quais procedeu-se à elaboração dos remanejamentos de canais apresentados na Fase 4 e neste relatório. Conforme já mencionado anteriormente, a proposta foi também submetida ao Programa de Análise de Compatibilidade com os Serviços de Radionavegação Aeronáutica e Móvel Aeronáutico (108 a 137 MHz), em conformidade com a Norma no 03/95 [7], que foi cedido pela Anatel juntamente com a base de dados das estações desses Serviços. 6 CANAIS CONSIDERADOS NO ESTUDO No estudo da Região de Influência da Cidade de Curitiba, foram identificados como contidos no núcleo (150 km de raio) e, portanto, diretamente passíveis de remanejamento, 125 canais, dos quais 41 encontram-se em operação, 28 em concorrência, 49 vagos e 07 constam da lista de reservas da Anatel. A Tabela 9 apresenta a relação desses canais. Canal Classe Emissora Localidade 203 A3 Rádio Marumby Ltda Campo Largo/PR 204E B2 Fundação Fafit de Rádio e TV Educativa Itararé/SP 205 B1 Sistema Planalto de Radiodifusão Ltda São Bento do Sul/SC 207 A1 Rádio Nova Dimensão FM Ltda Lapa/PR 208 A2 COLINHALFIN - Empresa de Radiodifusão Ltda Joinville/SC 211 E3 Rede Curitibana de Radiodifusão Ltda Araucária/PR 212 B1 Rádio FM Ilha do Mel Ltda Paranaguá/PR 216 A1 Rádio Cultura de Joinville Ltda Joinville/SC 217 E3 Rede Fênix de Comunicação Ltda São José dos Pinhais/PR 222 E3 Scala FM Stereo de Curitiba Ltda Curitiba/PR 226 A1 Tropical Radiodifusão S/C Ltda Palmeira/PR 230 A2 Rádio Continental de Curitiba Ltda Curitiba/PR 232 A2 Rádio FM Stereo Cruzeiro do Sul Ltda Itararé/SP 234 A1 Rádio Vila Velha Ltda Ponta Grossa/PR 236 A1 Rádio Exclusiva Ltda Curitiba/PR 237 B1 CV - Rádio e TV Ltda Joinville/SC 240 A4 Radiodifusão Litoral Sul Ltda Paranaguá/PR 243 A1 Fundação Luterana de Comunicação Blumenau/SC 246E A1 Rádio e TV Educativa do Paraná Curitiba/PR 247 A1 Rádio Lagoa Dourada Ltda Ponta Grossa/PR 250 A2 Rádio Menina do Paraná Ltda Campo Largo/PR 251E B2 Fund. Expansão Cultural Rádio e TV Canoinhas Canoinhas/SC 253 B1 Rádio Cultura Sul FM Ltda São Mateus do Sul/PR 254 A2 Rádio Intercontinental Ltda Curitiba/PR 256 A1 Rede de Comunicações Pérola do Vale Ltda Jaraguá do Sul/SC 257 A1 Rádio Nilson de Oliveira Ltda Ponta Grossa/PR 258E A4 Fundação Champagnat Curitiba/PR 262 E3 Rádio Transamérica de Curitiba Ltda Curitiba/PR GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA Canal Classe 18 / 28 Emissora Localidade 264 B1 Sociedade Emissora Vale do Mel Ltda Irati/PR 268 E3 Fundação Nossa Senhora do Rocio Curitiba/PR 272 A1 Rádio Caiobá Ltda Curitiba/PR 274 A1 Rádio Stereo FM Telles Ltda Castro/PR 276 A2 Rádio Floresta Negra Ltda Joinville/SC 280 A1 Rádio FM Independência Ltda Curitiba/PR 282 A1 Rádio Eldorado FM de Joinville Ltda Joinville/SC 283 A4 Fundação João XXIII Mafra/SC 286 B1 Rádio Pantera FM Ltda Canoinhas/SC 288 A1 Difusora Ouro Verde Ltda Curitiba/PR 293 A4 Fundação Maranata de Comunicação Social Colombo/PR 295 B1 FM Rádio Pérola do Sul Ltda Irati/PR 298E B2 Fundação Sara Nossa Terra Araucária/PR 206 C Rádio Papanduva Ltda Papanduva/SC 210 C Concorrência Itaiópolis/SC 212 C Concorrência Imbituva/PR 213 C Concorrência Cerro Azul/PR 214 C Concorrência Carambeí/PR 214 C Concorrência Rio Negro/PR 218 C Concorrência Campo Alegre/SC 219 C Concorrência Piraí do Sul/PR 219 C Portugal Telecomunicações Ltda Rio Negrinho/SC 223 C Concorrência Massaranduba/SC 233 C Concorrência Garuva/SC 234 C Concorrência Araquari/SC 234 C Concorrência Rio dos Cedros/SC 238 C Prisma Engenharia de Telecomunicações Ltda Antonina/PR 239 C Rádio FM da Barra Ltda Barra Velha/SC 249 C Rádio Hortência Ltda Corupá/SC 251 C Concorrência Joinville/SC 252 C Concorrência Mandirituba/PR 260 C Valle & Silva Ltda Itapoã/SC 261 C Concorrência Matinhos/PR 267 A3 Concorrência Jaraguá do Sul/SC 277 C Concorrência Araucária/PR 278 B1 SESAL - Comunicação e Informática Ltda Ponta Grossa/PR 289 C DJ Comunic. e Exploração de Serv. de Radiodifusão Guaramirim/SC 292 C Concorrência Contenda/PR 294 C Rádio FM Fronteira Ltda Três Barras/SC 295 C Concorrência Pinhais/PR 297 B1 Concorrência Rio Branco do Sul/PR 204 C Vago Campo do Tenente/PR 204 C Vago São Francisco do Sul/SC 205 C Vago Ipiranga/PR GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA Canal Classe Emissora 19 / 28 Localidade 205 C Concorrência Cananéia/SP 205 C Vago Ribeirão Branco/SP 206 C Vago Guaraqueçaba/PR 206 C Vago Guaratuba/PR 206 C Vago Barra do Chapéu/SP 207 C Vago Nova Campina/SP 208 C Vago Fernandes Pinheiro/PR 208 C Vago Sengés/PR 208 C Vago Ribeira/SP 209 C Vago Pontal do Paraná/PR 209 C Vago São João do Triunfo/PR 209 C Vago Monte Castelo/SC 209 C Vago Bom Sucesso de Itararé/SP 210 C Vago Balneário Barra do Sul/SC 210 C Concorrência Cajati/SP 210 C Vago Itaoca/SP 212 C Vago Antônio Olinto/PR 214 C Vago Itapirapuã Paulista/SP 215E B2 Fundação Nova Campo Largo Rádio e Televisão Educat Lapa/PR 218 C Vago Major Vieira/SC 219 C Vago Porto Amazonas/PR 220E B2 Fundação Universidade do Contestado Canoinhas/SC 224 C Vago Pién/PR 227 C Vago Morretes/PR 228 C Vago Schroeder/SC 229 C Vago Agudos do Sul/PR 233E B1 Fund. da Univ. Federal do Paraná p/ desenv. da Ciência São José dos Pinhais/PR 233 C Vago Iporanga/SP 239E A4 Fundação Brasil de Arte e Cultura Piraquara/PR 240 C Vago Teixeira Soares/PR 244 B1 Vago São Mateus do Sul/PR 251 C Vago Jaguariaíva/PR 251 C Vago Doutor Pedrinho/SC 253 C Vago Luiz Alves/SC 259 C Vago Mandirituba/PR 260 C Concorrência Barra do Turvo/SP 275E B1 Fundação Exclusiva Educativa Campo Largo/PR 279 C Vago São João do Itaperiú/SC 285 C Concorrência Pomerode/SC 290 C Vago Apiaí/SP 291E B2 Vago Araucária/PR 291E C Vago Paranaguá/PR 291 C Vago Rebouças/PR 299E B2 Fundação Cultural e Educacional Cascage Ponta Grossa/PR GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA Canal Classe Emissora 20 / 28 Localidade 299E B2 Vago Quatro Barras/PR 300E C Vago Mandirituba/PR 212E C Fundação Cultural do Vale do R. (reserva) Tunas do Paraná/PR 220 A1 Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina (reserva) Joinville/SC 224 C Fundação Universidade do Conte (reserva) Canoinhas/SC 242 A2 FM Studio 96 Ltda (reserva) Curitiba/PR 270E A4 Fundação Cultural e Edu.de Schroeder (reserva) Schroeder/SC 273E B1 Fundação Universidade do Conte (reserva) Mafra/SC 297E B2 Fund. Cult. Educ e Desp Barra Velha (reserva) Barra Velha/SC Tabela 9 – Canais contidos na Região de Influência da Cidade de Curitiba 7 PROVIDÊNCIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO O deslocamento do canal de operação de emissoras de radiodifusão requer rápido ajuste dos sistemas de transmissão, que deve ser coordenado com as outras estações em funcionamento e precedido de ações técnico-administrativas específicas, especialmente quanto à divulgação, para anunciantes e ouvintes, da nova freqüência adotada. Como os custos vinculados serão cobertos pelas emissoras afetadas, a metodologia adotada para a realização dos estudos reflete o cuidado da administração em mantê-los baixos, dado o interesse público da convivência harmônica dos serviços de radiodifusão convencional com a radiodifusão comunitária. A preocupação com os custos foi incorporada às ferramentas computacionais de otimização desenvolvidas pela Fundação CPqD, o que minimizou os deslocamentos da freqüência de operação das emissoras em funcionamento remanejadas, visando simplificar os ajustes de sintonia de equipamentos e antenas. Buscou-se ainda conservar, sempre que fosse o caso, a nova freqüência dentro do intervalo de MHz original, de modo a manter a denominação comercial (nome de fantasia) de emissoras para as quais este requisito é importante. A Tabela 10 apresenta os deslocamentos médios de canais e de freqüências resultantes da presente proposta. Observa-se que, para as emissoras em operação, foi obtido um deslocamento médio de apenas 1 (um) canal, ao passo que, para os canais nas demais situações, os deslocamentos médios foram muito maiores, mas irrelevantes com relação a custos. Total de canais Deslocamento Médio em número de canais Deslocamento Médio em Freqüência (MHz) Emissoras em Operação 2 1,0 0,2 Em Concorrência 5 10,0 2,0 Canais Vagos 6 6,6 1,3 Total de remanejamentos 13 - - Situação do Canal Tabela 10 – Deslocamentos médios de canais remanejamentos GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 7.1 21 / 28 Ajuste de equipamentos Para efetivar a alteração de canal de uma emissora em operação, as ações para ajuste dos equipamentos de transmissão requerem o desligamento dos transmissores, ficando a estação fora do ar durante sua execução, salvo quando esta dispuser de transmissor e/ou antena auxiliar. Para efetivar a alteração da freqüência de operação de uma emissora de FM, é necessário atuar nos seguintes módulos: Oscilador Local de RF e Filtro de segundo harmônico: Estes dois itens integram o equipamento de transmissão, podendo ser ajustados por um único prestador de serviços. O Oscilador Local de RF gera a portadora na freqüência de operação. Em equipamentos modernos, é utilizado um sintetizador que admite a alteração da freqüência por programação, por teclado ou por estrapes, o que simplifica o ajuste. Em alguns equipamentos, a alteração é um pouco mais complexa, requerendo a troca do cristal que determina a freqüência de operação. Para trabalhar de modo mais eficiente, os amplificadores de potência empregados em transmissores de FM operam em saturação, gerando harmônicos em nível significativo. Para evitar interferências em outros serviços, tais harmônicos são fortemente atenuados antes do sinal de FM ser enviado para a antena transmissora, por meio de um filtro passa-baixas com corte acima da faixa de FM e de um filtro de rejeição de segundo harmônico. Ao fazer a alteração de freqüência de operação da estação, é imprescindível reajustar a sintonia do filtro de rejeição de segundo harmônico. Os ajustes necessários poderão ser implementados pela equipe de técnicos da própria emissora ou da empresa que normalmente executa serviços técnicos para a entidade. Antena e linhas de transmissão. A antena transmissora, instalada em uma torre, é sintonizada na freqüência de operação da emissora de FM, e recebe o sinal de RF dos transmissores através de uma linha de transmissão, irradiando-o para ser captado pelos receptores dos ouvintes. Dependendo da alteração de freqüência requerida pelo remanejamento previsto, pode ser necessária a realização de ajuste ou troca da antena. Entretanto, para os deslocamentos de apenas um canal, basta um pequeno ajuste da antena em campo. Já para os casos de maiores deslocamentos, será necessário o ajuste ou a troca da antena, a depender de avaliação técnica e comercial. GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 22 / 28 A Tabela 11 relaciona os equipamentos utilizados pelas duas emissoras em operação cujo remanejamento de freqüência é proposto. Canal Canal Desloc. Classe Original Sugerido Canais Emissora Localidade/UF 250 249 A2 -1 Rádio Menina do Paraná Ltda 254 255 A2 1 Rádio Intercontinental Curitiba/PR Ltda Sistema Irradiante (modelo – fabricante) Campo Largo/PR RFTFMC 06 – Telavo TTFM3A-5 – Transtel Transmissor (modelo – fabricante) RDFM-25000 A – Telavo SI-F-10 – WTK Tabela 11 – Equipamentos utilizados pelas emissoras em operação remanejadas na proposta Os sistemas irradiantes acima não exigem ajustes para deslocamentos de apenas um canal. No caso dos transmissores, devem ser seguidas as seguintes orientações, fornecidas pelos fabricantes dos equipamentos: RDFM-25000-A – TELAVO: deve-se substituir o cristal e re-sintonizar o filtro de segundo harmônico; SI-F-10 – WTK Telecomunicações Ltda: este transmissor não é mais fabricado, e segundo informações colhidas, a alteração da freqüência exige a troca do cristal ou da placa do PLL (Phase Lock Loop – Malha de Amarração de Fase), e reajustes da cavidade ressonante e do filtro de segundo harmônico. 7.2 Ações técnico-administrativas A regularização da troca da freqüência de operação de estações de radiodifusão em funcionamento exige o atendimento de exigências previstas no Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em FM. Como as modificações propostas não são de iniciativa das entidades, mas atendem a um propósito de interesse mais geral, a Anatel adotará procedimentos diferenciados, reduzindo ao mínimo tais exigências e isentando as emissoras de custos administrativos inerentes às alterações de características técnicas introduzidas no PBFM. Assim, a Agência comprometeu-se a dispensar a apresentação de novo projeto de instalação, simplificar significativamente o novo laudo de vistoria, bem como a isentar as entidades do recolhimento da Taxa de Instalação (TFF) do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) e do pagamento do Preço Público pelo Direito de Uso das Radiofreqüências (PPDUR) por ocasião da emissão da nova Licença para Funcionamento de Estação. O laudo de ensaio dos transmissores será feito de forma simplificada, apenas verificando-se se a nova freqüência de operação, seus respectivos desvios e a emissão de sinais espúrios atendem aos limites fixados na regulamentação. Considerando o interesse público, o laudo poderá ainda vir a ser executado pela Anatel, considerada a disponibilidade das equipes de Fiscalização para sua realização. GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 7.3 23 / 28 Divulgação As alterações propostas não afetam o nome de fantasia de qualquer das emissoras remanejadas, de modo que se estimam custos relativamente baixos para a divulgação da nova freqüência de operação e da data de efetivação da mudança, informações que poderão ser veiculadas na programação das próprias estações. 8 CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO Os programas de otimização utilizados na elaboração da proposta de reconfiguração não levaram em conta a seqüência temporal dos remanejamentos dos canais. A fim de evitar a ocorrência de interferências entre emissoras em operação, ou com aquelas que entrarem em operação no decorrer da implementação da proposta, é essencial estabelecer um cronograma que oriente a implementação, de forma ordenada, das mudanças de freqüência indicadas na proposta de reconfiguração. Para tanto, foi realizado um estudo de interdependência entre os remanejamentos de freqüência, com o programa “Análise de Transição”, desenvolvido pela Fundação CPqD. A análise consistiu em determinar, para cada canal remanejado, isoladamente, os canais ainda não remanejados com os quais pode vir a apresentar interferências. A avaliação do resultado indicou a seqüência na qual os canais devem ser alterados de modo a atingir o objetivo pretendido. Por exemplo, se o canal A remanejado interfere ou é interferido pelo canal B, ainda não alterado, então A não pode ser remanejado sem que a alteração de B seja realizada prévia ou simultaneamente. Quando não se verifica a possibilidade de interferência, A pode ser remanejado isoladamente, desde que não exista dependência com alterações de outros canais. Uma vez aplicado o software “Análise de Transição” e verificadas as interdependências entre os remanejamentos, foram organizados grupos, constituídos pelos conjuntos de canais cujos remanejamentos guardam entre si alguma inter-relação, sendo os grupos independentes entre si. Apenas um grupo foi constituído para a reconfiguração de canais na Região Metropolitana de Curitiba, sendo que as alterações são totalmente independentes entre si. Este grupo está mostrado na Figura 7. Os prazos para implementação da proposta de reconfiguração do PBFM serão negociados entre a Anatel e cada emissora em operação a ser remanejada, de forma a atender ao cronograma apresentado. O ato da Agência ratificando as alterações das características técnicas das estações deverá levar em conta a seqüência de alterações exposta a seguir: GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 24 / 28 Legenda: Emissoras em Operação Canais em Concorrência Canais Vagos GRUPO INDEPENDENTE Campo Largo / PR Rádio Menina do Paraná Ltda A2 – 250 → 249 Curitiba / PR Rádio Intercontinental Ltda A2 – 254 → 255 Mandirituba / PR Concorrência C – 252 → 232 Ascurra / SC Concorrência B1 – 280 → 266 Contenda / PR Concorrência C – 292 → 296 Ribeirão do Pinhal / PR Vago C – 204 → 226 Agudos do Sul / PR Vago C – 229 → 238 Jaguariaíva / PR Vago C – 251 → 250 Mandirituba / PR Vago C – 259 → 265 Paranaguá / PR Vago C – 291 → 292 Barra Velha / SC Rádio FM da Barra Ltda C – 239 → 238 Corupá / SC Concorrência C – 249 → 260 Rebouças / PR Vago C – 291 → 292 Figura 7 – Grupo 1 9 CONCLUSÃO A utilização das ferramentas computacionais e comerciais desenvolvidas pelo CPqD, associada a uma base de dados de relevo e fundamentada nos critérios e na metodologia apresentados, permitiu a execução de estudos que tiveram como resultado a proposta apresentada, que atende integralmente às premissas estabelecidas, inseridas as alterações posteriores, conforme indicado a seguir: A proposta permite a designação do canal 198 para 32 municípios na região de Curitiba; A proposta permite a utilização temporária de um único canal alternativo, o 252, na área de abrangência do canal 6 de Televisão de Curitiba/PR; Após definida a solução para o canal 6, a designação do canal 198 poderá ser estendida para toda a área com raio de 150 quilômetros em torno da Cidade de Curitiba, dentro do Estado do Paraná; O custo de implementação da proposta é minimizado, o que é evidenciado pelo pequeno número de emissoras em operação remanejadas e pelo mínimo deslocamento de freqüência determinado; GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 25 / 28 A proposta mantém todas as demais características técnicas das emissoras em operação; Todas as interferências identificadas entre canais do PBFM foram eliminadas; Não foi gerada qualquer interferência no Serviço de Radionavegação Aeronáutica. Por fim, concluímos que a proposta de reconfiguração do PBFM apresentada neste documento atinge o objetivo almejado pela Anatel, atendendo integralmente todas as premissas estabelecidas pela Agência. Campinas, 09 de setembro de 2003. Elaborado por: Eng. Armando Nahú Segond Verificado por: Eng. Edwin Antonio C. Sánchez Responsável: Eng. Renato de Mendonça Maroja Eng. Dorival Gimenes Júnior Pesq. Maria Luiza C. Braga Aprovado por: Eng. Dorival Gimenes Júnior "NÃO VÁLIDO COMO CERTIFICADO DE CONFORMIDADE" "ESTE DOCUMENTO SÓ DEVE SER REPRODUZIDO POR INTEIRO" GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 26 / 28 10 DOCUMENTOS UTILIZADOS [1] Lei no 9.612 [1], de 19 de fevereiro de 1998 www.anatel.gov.br/index.asp?link=/biblioteca/leis/Lei_9612_MC.htm?Cod= [2] Resolução Anatel no 60/98, de 24 de setembro de 1998 www.anatel.gov.br/index.asp?link=/biblioteca/resolucao/1998/res_060_98.htm?Cod=25T [3] Resolução Anatel no 124, de 05 de maio de 1999 www.anatel.gov.br/Tools/frame.asp?link=/biblioteca/resolucao/1999/res_124_1999.pdf [4] Resolução Anatel no 213, de 14 de fevereiro de 2000 www.anatel.gov.br/Tools/frame.asp?link=/biblioteca/resolucao/2000/res_213_2000.pdf [5] Resolução Anatel no 246, de 08 de agosto de 2000 www.anatel.gov.br/Tools/frame.asp?link=/biblioteca/resolucao/2000/res_246_2000.pdf [6] Anatel, “Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada”, 1998, anexo à Resolução no 67 de 12 de novembro de 1998 www.anatel.gov.br/Tools/frame.asp?link=/biblioteca/regulamentos/1998/regulamento_resolucao67_1998.pdf [7] Norma no 03/95 – Norma de Compatibilidade entre o Serviço de Radiodifusão Sonora em FM (88 a 108 MHz) e os Serviços de Radionavegação Aeronáutica e Móvel Aeronáutico (108 a 137 MHz) www.anatel.gov.br/Tools/frame.asp?link=/biblioteca/normas/normas_mc/norma_003_1995.pdf GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 27 / 28 ANEXO 1 FORMATAÇÃO DA PROPOSTA PARA EFETIVAÇÃO DA RECONFIGURAÇÃO DO PBFM NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DE CURITIBA Neste anexo, é apresentada a proposta no formato adequado para o encaminhamento da reconfiguração do PBFM na região Metropolitana de Curitiba e suas adjacências, como resultado da Consulta Pública no 424 de 2002. As tabelas que se seguem apresentam, respectivamente, a situação atual e a situação pretendida para cada canal remanejado no estudo. Nas tabelas, onde os canais aparecem agrupados por unidade da federação, as três primeiras colunas relacionam os municípios, e seus respectivos canais do PBFM e classe de emissora designada. Na quarta e quinta colunas são descritas as limitações de potência irradiada que devem ser obedecidas: a ERP (potência efetiva irradiada – coluna 5) determinada, em kW, não pode ser ultrapassada nos respectivos azimutes (coluna 4), em graus. Não constam das tabelas os canais que se encontram em reserva, por não pertencerem ao PBFM. Suas alterações deverão ser submetidas previamente aos interessados. PROPOSTA DE ALTERAÇÃO NO PBFM SITUAÇÃO ATUAL: MUNICÍPIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO POTÊNCIA EFETIVA IRRADIADA (ERP) CANAL CLASSE OBSERVAÇÃO LIMITAÇÃO PARA: AZIMUTE (GRAUS) (KW) PARANÁ PR Agudos do Sul 229 C Campo Largo 250 A2 Contenda 292 C Curitiba 254 A2 Jaguariaíva 251 C Mandirituba 252 C Mandirituba 259 C Paranaguá 291E C Rebouças 291 C Ribeirão do Pinhal 204 C SANTA CATARINA SC Ascurra 280 B1 Barra Velha 239 C Corupá 249 C GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL PD.33.10.53A.0006A/RT-04-AA 28 / 28 SITUAÇÃO PRETENDIDA: MUNICÍPIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO POTÊNCIA EFETIVA IRRADIADA (ERP) CANAL CLASSE OBSERVAÇÃO LIMITAÇÃO PARA: AZIMUTE (GRAUS) (KW) PARANÁ PR Agudos do Sul 238 C Campo Largo 249 A2 Contenda 296 C Curitiba 255 A2 Jaguariaíva 250 C Mandirituba 232 C Mandirituba 265 C Paranaguá 292E C Rebouças 292 C Ribeirão do Pinhal 226 C SANTA CATARINA SC Ascurra 266 B1 Barra Velha 238 C Corupá 260 C GERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL