ISBN 978-85-8015-053-7
Cadernos PDE
VOLUME I I
Versão Online
2009
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
PRÁTICAS E ATIVIDADES EDUCATIVAS COM MAPAS: UMA POSSIBILIDADE A
MAIS NO ENSINO DA GEOGRAFIA
PROFESSOR JOSÉ AIRTO FOGAÇA
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
CADERNO PEDAGÓGICO
IRATI
2010
“Para isto existem as escolas: não para ensinar as
respostas, mas para ensinar as perguntas. As
respostas nos permitem andar sobre a terra firme.
Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo
mar desconhecido.”
(Rubem Alves)
SUMÁRIO
IDENTIFICAÇÃO............................................................................................................................. 5
ÁREA................................................................................................................................................. 5
PROFESSOR PDE............................................................................................................................. 5
PROFESSOR ORIENTADOR........................................................................................................... 5
IES E NRE ......................................................................................................................................... 5
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO................................................................................................... 5
PÚBLICO ALVO ............................................................................................................................... 5
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 6
DA ROCHA AO COMPUTADOR ................................................................................................... 7
UNIDADES
1 ORIENTAÇÃO E AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS..................................................... 8
ORIENTAÇÃO .................................................................................................................................... 8
ATIVIDADES.................................................................................................................................... 12
COORDENADAS GEOGRÁFICAS ................................................................................................ 19
ATIVIDADES.................................................................................................................................... 21
2 ESCALA ...................................................................................................................................... 24
ATIVIDADES.................................................................................................................................... 25
3 PROJEÇÃO................................................................................................................................. 36
ATIVIDADES.................................................................................................................................... 38
4 AS CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS E A LEGENDA..................................................... 40
ATIVIDADES.................................................................................................................................... 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................... 67
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................... 69
IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE:
José Airto Fogaça
Área PDE: Geografia
NRE: Irati
Professor Orientador IES: M.sc Luiz Carlos Basso
IES vinculada: UNICENTRO
Escola de Implementação:
Colégio Estadual João XXIII – Ensino Fundamental, Médio e Profissional.
Público: alunos, professores e comunidade.
6
APRESENTAÇÃO
PRÁTICAS E ATIVIDADES EDUCATIVAS COM MAPAS: UMA POSSIBILIDADE A
MAIS NO ENSINO DA GEOGRAFIA
Este caderno pedagógico leva à comunidade escolar, em especial aos alunos e professores do
Ensino Fundamental, noções básicas, teóricas e práticas de orientação, escala, projeção e legendas
dos mapas. E também motivar os alunos para aprender Geografia através da realização de
atividades com mapas, interagindo os conhecimentos teóricos com atividades práticas.
O trabalho foi realizado a partir de pesquisa bibliográfica de diversos autores da disciplina
de Geografia. Esta publicação mostra uma versão simplificada e de fácil entendimento das ciências
geográficas, em especial a cartografia.
Para o desenvolvimento do trabalho com esses temas, propomos a utilização de diversos
recursos como mapas, laboratório de informática, bússolas, internet, softwares educativos, entre
outros.
O caderno pedagógico constitui-se em um material didático de intervenção/implementação
pedagógica, sendo uma das atividades realizadas pelos professores PDE. A implementação dessa
produção pedagógica acontecerá no Colégio Estadual João XXIII, Ensino Fundamental, Médio e
Profissional, localizado em Irati – PR, prevista para o segundo semestre do ano 2010, elaborado
pelo professor José Airto Fogaça, e orientado pelo professor M.Sc Luiz Carlos Basso da
Universidade Estadual do Centro Oeste-Unicentro.
7
DA ROCHA AO COMPUTADOR
UM POUCO SOBRE OS MAPAS
Alguns tempos atrás o homem fazia mapas para registrar o que mais interessava a ele e uma
pequena parcela da população, demarcava o seu território e fazia o seu desenho numa rocha, pois
nesse tempo ainda o homem não tinha inventado a escrita.
Segundo Marcelo Martinelli:
Foi na antiguidade clássica, principalmente na civilização grega, que teve início uma cartografia
verdadeiramente científica. Foram os matemáticos gregos que descobriram que a Terra era redonda e
calcularam suas dimensões (Eratóstenes, 276 a 194 a.C.). Eles também estabeleceram as projeções
cartográficas, os cálculos para se passar a superfície curva da Terra para o plano do mapa, e definiram
os paralelos e meridianos como coordenadas geográficas. Mas, certamente, foram as necessidades
militares e de deslocamentos, não só terrestres como também marítimos de caráter comercial, que
estimularam esse saber geográfico.1
No período das navegações (trocas comerciais), o homem desenhava mapas para se
localizar, tanto em terra como nos mares e registrava nos mapas os lugares que visitava.
Com o desenvolvimento das navegações o homem procurou desvendar novos caminhos,
porém, para seguir suas novas rotas, ele precisou de mapas, bem como de instrumentos de
navegação para poder se orientar. Com isso, começaram a surgir mapas mais avançados.
Um registro histórico.
Quando desenhamos um mapa utilizamos as informações válidas em nossa época. Os mapas antigos
nos mostram o que se sabia do mundo no passado e as idéias tidas como importantes. Ao examiná-los,
constatamos que se sabia bem menos sobre a Terra do que sabe hoje. Alguns cartógrafos antigos
excluíam grandes partes do mundo de seus mapas. Eles preenchiam esses espaços com desenhos de
monstros ou nuvens, por desconhecerem o que realmente havia ali...2
Sabemos que a cartografia é a técnica, a arte de produzir mapas, os mapas falam de pessoas,
de onde vivem, de como trabalham, de como o homem faz as suas plantações, fazem-se mapas de
cidades, montanhas e até do céu. Ainda hoje o homem faz mapas para sua orientação.
Com a chegada das novas tecnologias, a cartografia passou a ter auxilio dos computadores
para desenhar seus mapas. Hoje, ela entra na era digital, pois tem como aliado os satélites que
informam sobre o que se pretende desenhar. Não basta somente desenhar mapas, mas é preciso
dizer qual a sua finalidade, para quem é destinado e para quê poderá ser utilizado.
1
MARTINELLI, Marcelo. Gráficos e mapas: construa-os você mesmo. São Paulo: Moderna, 1998. p.
66/67.
2
HASLAM, Andrew; TYLOR, Bárbara. Mapas. São Paulo: Scipione, 1999. p. 4.
8
UNIDADE 1
ORIENTAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Orientação
A palavra “orientação” significa procurar o oriente, isto é, o nascente. Porém, num sentido
amplo, orientação significa determinar pontos no horizonte. Estes são representados em uma figura
conhecida como rosa-dos-ventos e denominados, cardeais, colaterais e subcolaterais. Segundo
Schäffer[... et.al.]:
Orientar-se é ir de um lugar para outro sempre sabendo sua posição. É reconhecer, na superfície da
Terra, os pontos cardeais. A necessidade de deslocar-se implica imaginar e repetir caminhos, o que é
muito difícil em áreas onde não temos muitas referências visuais, como nos desertos, no mar e no ar.
Toda orientação parte de dois eixos centrais: o norte-sul e o leste-oeste. A orientação norte-sul deve
ser considerada sobre todos os meridianos do globo e a leste-oeste, sobre qualquer paralelo. A figura
da rosa-dos-ventos mostra, graficamente, num plano horizontal, a orientação por meio dos pontos
cardeais, colaterais e subcolaterais.3
A orientação pode ser feita no espaço geográfico ou nos mapas.
Espaço geográfico
Vários processos podem ser usados para a orientação no espaço geográfico. Todos consistem
na determinação de um dos cardeais do horizonte, achando um deles, será fácil determinar os
demais. Os processos de orientação podem ser reunidos em dois grupos.
1. De utilização direta dos astros (Sol, estrelas e Lua);
2. De utilização de instrumentos ( relógio, bússola e GPS).
O mais importante em orientação é sabermos onde estamos indo e que mesmo sem bússola,
podemos verificar a direção em relação ao caminho aparente do Sol durante o dia, às estrelas
e a Lua durante a noite.
A orientação pelo Sol é conhecida desde os tempos mais remotos, sendo muito simples
realizá-la. Basta que você coloque o braço direito em direção à nascente, sempre correspondente ao
ponto cardeal leste; o braço esquerdo indicará o oeste; a frente ficará o norte e, às costas o sul.
À noite, a orientação no Hemisfério Sul pode ser feita pelas estrelas. Trace uma linha
imaginária a partir do pé do Cruzeiro do Sul, no mesmo sentido, cerca de quatro vezes e meio o seu
3
SCHÄFER, Neiva Otero [...et.al.]. Um globo em suas mãos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p.
69.
9
tamanho. O Pólo Sul Celeste estará nesse ponto e o Pólo Sul Terrestre, encontra-se traçando uma
linha perpendicular à linha do horizonte. Duas estrelas brilhantes próximas do Cruzeiro do Sul,
podem ajudá-lo a encontrar o Pólo Sul Celeste.
Ainda à noite a orientação pode ser feita pela Lua, de preferência na Cheia. As regras são as
mesmas usadas na orientação pelo Sol.
Usando o relógio e o Sol
A orientação pelo relógio só pode ser feita em conjunto com o Sol, razão pela qual não é
muito prática. Posicione-se de frente para o Sol ou, se estiver nublado, é possível obter uma
indicação razoável alinhado com a área mais brilhante do céu.
No Hemisfério Sul
Aponte a marcação de meio-dia do seu relógio para o Sol. O norte está entre o meio-dia e o
ponteiro das horas.
No Hemisfério Norte
Aponte o ponteiro das horas para o Sol. O Sul está entre o ponteiro das horas e a marca do
meio-dia.
A orientação pela bússola
Uma bússola é essencial longe da cidade. Sem ela, é fácil ficarmos desorientados. Mas
devemos tomar alguns cuidados, pois objetos metálicos ou magnéticos próximos podem distorcer as
leituras.
Diferença entre o norte magnético e o norte verdadeiro:
Norte verdadeiro: é uma direção geográfica representada nos mapas pelas linhas de
longitude (meridianos), cada linha começa e termina nos pólos.
Norte magnético: o pólo norte magnético é um ponto localizado aproximadamente a 1.400
km do pólo norte verdadeiro, numa ilha no Canadá. Este ponto atrai a agulha da bússola em sua
direção devido ao magnetismo terrestre.
A direção angular entre esses dois pólos (norte verdadeiro e norte magnético) é chamado de
declinação magnética.
Orientação pela bússola transferidora
A bússola transferidora (do tipo Silva) é leve, muito confiável e precisa o suficiente para
orientação e navegação básica. Ela permite que calculemos uma posição num mapa, selecionando
10
uma direção em graus (azimute) em relação ao Norte magnético para então encontrarmos o caminho
certo sem fazer cálculos adicionais.
Orientação pela bússola de visada
Esta é mais precisa do que a transferidora, tanto para navegação quanto para tirar visadas. O
mostrador luminoso e a escala travável a torna preferível para navegação ou orientação noturna.
O GPS
O GPS (Sistema de Posicionamento Global), alterou a navegação radicalmente. Utiliza uma
rede mundial de 24 satélites, cujos sinais de rádio podem ser recebidos virtualmente dos que se
encontram acima da linha do horizonte, em qualquer ponto do Planeta, fornecendo um registro claro
de seu posicionamento ou deslocamento.4
Mapas
A orientação pelos mapas pode ser feita utilizando-se um dos seguintes processos:
1. Pela observação da seta indicativa da direção dada ao lado do mapa;
2. Pelos meridianos (linhas verticais) orientados na direção norte-sul;
3. Pelos paralelos (linhas horizontais) orientados na direção leste-oeste;
4. Pelas convenções cartográficas representados por símbolos: cidades, vilas, povoados,
fronteiras, estradas, etc.
5. Pelo uso da escala do mapa que possibilita calcular distâncias entre quaisquer pontos
desejados.
Os pontos cardeais
Observando a natureza, o homem percebeu que o Sol, aparece todas as manhãs,
aproximadamente num mesmo lado do horizonte e se põe, ao entardecer, no lado oposto. Tomando
esses dois lados como referência, foram estabelecidos os pontos cardeais.
Observe as figuras abaixo:
4
Para as definições a respeito de orientação no espaço geográfico, nos valemos do trabalho de LOPES, Mário
Cezar. “Orientação”. IN: Universidade livre do meio ambiente. História e geografia do Paraná: textos e metodologias
de mapas e maquetes. Curitiba: Universidade livre do meio ambiente, 2002. pp 193-194.
11
Os pontos cardeais
Os pontos cardeais são em número de quatro, sempre representados por uma letra maiúscula,
que são: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O).
Figura 1: Pontos cardeais (Fonte: do próprio autor)
Os pontos colaterais
Entre os pontos cardeais, foram criados mais quatro pontos, que são: Nordeste (NE); Sudeste
(SE); Noroeste (NO); Sudoeste (SO), chamados de pontos colaterais.
Obs.: Sempre representados por duas letras maiúsculas.
Figura 2: Pontos Colaterais (Fonte: do próprio autor)
A determinação dos pontos cardeais, colaterais, subcolaterais, depende do ponto de referência, isto
é, do referencial.
Obs.: os pontos cardeais mais os pontos colaterais, formam a rosa-dos-ventos.
12
Atividades
1- Orientação na sala de aula
Aspectos metodológicos
Após a aula sobre orientação, onde o aluno aprendeu a orientar-se, primeiramente pela
observação dos astros (posição do Sol), em seguida pelos pontos cardeais e colaterais, nessa
primeira atividade ele vai observar o mapa de uma sala de aula e responder algumas questões
referentes ao assunto: orientação.
Atividades (somente com os pontos cardeais e colaterais)
1) Tomando como base os pontos cardeais (Leste, Oeste, Norte, Sul) e os colaterais (Nordeste,
Sudeste, Noroeste, Sudoeste), observe o mapa da sala e responda:
Figura 3: Mapa de uma sala de aula (Fonte: do próprio autor)
*O Sol está aparecendo a direita de quem olha a sala
a) Qual a direção que o aluno “X” tomaria se quisesse sair do seu lugar e ir até a mesa do
Professor ? Resposta.:_______________.
b) Quais as direções que o aluno “A” tomaria para sair da sala de aula?_________________.
c) As janelas estão voltadas para o: __________.
d) A parede do lado esquerdo (de quem olha a figura) corresponde o: ____________.
e) A frente da sala corresponde o: ____________.
f) O fundo da sala corresponde o: ___________.
13
2- Orientação no mapa do Paraná e do Brasil
Figura 4: Mapa Político do
http://www.pampaonline.com.br
Paraná.
Fonte:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
in
Aspectos metodológicos
Esta atividade tem por objetivo trabalhar a rosa dos ventos (pontos cardeais e colaterais), através de
um ponto de referência nos mapas do Paraná Político e do Brasil.
A atividade proposta que é movimentar uma rosa dos ventos em cima dos mapas e observá-los, para
em seguida resolver as atividades.
Atividade com o mapa do Paraná.
a) Sobreponha o centro da rosa-dos-ventos na cidade de Irati. Tomando como ponto de
referência o município de Irati, dê a localização das seguintes cidades.
Curitiba: ________________________
Ponta Grossa:____________________
Castro: _________________________
Pato Branco: ____________________
Foz do Iguaçu: ___________________
Guarapuava: ____________________
Apucarana: ______________________
b) Agora, coloque a rosa-dos-ventos bem no centro do mapa e responda. Em relação ao Estado
do Paraná, sua cidade está localizada a:____________________.
14
Atividade com o mapa do Brasil:
Figura 5: Mapa do Brasil. Fonte: www.diaadia.pr.gov.br in http://culturanegra.com.br
a) No mapa, coloque a rosa dos ventos em cima de Goiás e depois sobre o Amazonas (AM).
Em relação ao Estado de Goiás, responda:
•
O Estado de Tocantins (TO) está ao __________________
•
O Estado de São Paulo (SP) está ao __________________
•
O Estado de Minas Gerais (MG) está a _____________, ______________ e
_____________
•
Os Estados da Bahia (BA), Pernambuco (PE) e Ceará (CE) estão a ________________, mas
também parte da Bahia está a ________________
•
O Estado do Mato Grosso do Sul (MS) está a ___________________
•
O
Estado
do
Mato
Grosso
(MT)
está
a
___________________
e
parte
a
__________________
•
Os Estados do Amazonas (AM), do Pará (PA) e de Roraima (RR) estão a
__________________
b) Ao utilizarmos o Estado do Amazonas como referencial, ocorrem várias alterações. Veja:
•
Roraima (RR) está ao _______________ (em relação ao Estado de Goiás estava
a__________________)
15
•
Mato
Grosso
(MT)
está
ao
_______________
(estava
a
______________
e
_______________ de Goiás).
•
Pará (PA) está a _________________, __________________ e ___________________
(estava a ___________________ de Goiás).
c) Cite um Estado que gostaria de conhecer. Depois observe no mapa e descubra a direção em
que este estado está em relação ao lugar em que você vive.
Resposta:___________________
Obs.: clique em cima da rosa dos ventos e arraste até o local desejado.
3- Orientação no Mapa Urbano da cidade de Irati – PR.
Aspectos metodológicos.
O objetivo desta atividade é que o aluno saiba movimentar-se no espaço e no tempo em que
vive, propor ao aluno variados exercícios utilizando alguns pontos de referência.
Primeiro ele vai construir uma rosa dos ventos em papel vegetal (3x3 cm), após, vai
observar o mapa, previamente distribuído, de sua cidade para responder as questões.
Nesta atividade, o professor poderá trabalhar com o mapa de sua cidade, priorizando assim a sua
localização.
a) Partindo do centro de sua cidade, quais as ruas você poderia percorrer para chegar até a Colina
Nossa Senhora das Graças? Qual a direção a ser tomada? (coloque a rosa-dos-ventos sobre o
centro da cidade).
Resp.:
b) Agora imagine se você partisse do bairro Rio Bonito, que direção se tomaria para chegar na
Colina Nossa Senhora das Graças? ( Coloque a rosa-dos-ventos sobre o bairro Rio Bonito).
Resp.:
c) Saindo da Colina Nossa Senhora das Graças que direção deve-se tomar para voltar ao centro
da cidade? (coloque a rosa-dos-ventos sobre a Colina Nossa Senhora das Graças).
Resp.:
d) Qual é a importância dos pontos de referências no momento de se localizar um endereço?
Resp.:
e) Posicione a rosa-dos-ventos no centro do mapa e defina o que está: a norte, ao sul, a leste e ao
oeste.
Resp.:
16
f) Posicione a rosa-dos-ventos no centro da cidade e indique a localização das seguintes ruas:
Dr. Munhoz da Rocha
Marechal Deodoro
19 de Dezembro
Nossa Senhora de Fátima
g) A partir do centro da cidade, siga para o sul pela rua 19 de dezembro, até chegar na Trajano
Grácia. A partir da Trajano, ande cinco quadras, vire para leste, ande mais três quadras. Vire
para a esquerda.
Onde você chegou?
4- Bússola transferidora
A bússola é um instrumento usado para orientação. Atualmente, existe uma grande variedade
de formatos e tamanhos de bússola para atender às mais diversas necessidades.
A bússola transferidora (do tipo Silva) é leve, muito confiável e precisa o suficiente para
orientação e navegação básica. Ela permite que calculemos uma posição num mapa, selecionando
uma direção em graus (azimute) em relação ao norte magnético para então encontrarmos o caminho
certo sem fazer cálculos adicionais.
Alguns componentes de uma bússola transferidora:
•
Direção da seta de viagem
•
Moldura da bússola (com mostrador giratório)
•
Agulha da bússola (o vermelho aponta para o norte)
•
Cápsula
Obs. As linhas da bússola devem estar alinhadas com as da quadrícula do mapa.
Aspectos metodológicos
Esta atividade tem por objetivo proporcionar aos alunos uma oportunidade de manusear a
bússola transferidora do tipo silva, percorrendo alguns pontos no pátio da escola e dando o azimute5
desses pontos.
Os alunos serão divididos em equipes, receberão o mapa da escola e uma planilha a ser
preenchida.
5
Distância angular, medida sobre o horizonte, a partir de um ponto de origem. No sentido dos ponteiros do relógio.
17
Como determinar o azimute?
- Coloca-se a seta de direção de viagem apontada na direção do ponto de referência escolhido no
terreno.
- Gira-se o limbo móvel até que a seta de orientação coincida com a agulha que aponta para o norte.
- Quando isso acontecer faça a leitura em graus no limbo móvel (mostrador giratório) no ponto da
sete de direção. O valor encontrado é o azimute.
18
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Figura 6: Mapa do Colégio. Fonte: próprio autor
Com o auxilio da bússola transferidora, dê o azimute e os passos dos pontos assinalados no mapa do
colégio.
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Ponto
Azimute
Passos
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Coordenadas geográficas
As coordenadas geográficas ou terrestres são dadas por linhas imaginárias: os paralelos e os
meridianos. O cruzamento entre o paralelo e o meridiano de um lugar dará a sua posição exata na
superfície terrestre.
Paralelos: são linhas imaginárias traçadas paralelamente ao equador, círculo máximo que divide a
terra em dois hemisférios.
Os paralelos importantes
Entre os vários paralelos que podem ser traçados no globo terrestre, quatro se destacam : O
Círculo Polar Ártico, o Círculo Polar Antártico, o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio.
Observe a figura abaixo:
20
Figura 7: Paralelos. Fonte: próprio autor.
Os meridianos
São linhas imaginárias que cortam perpendicularmente os paralelos e vão de um pólo a
outro. O meridiano principal é o de Greenwich, ele divide a terra em dois hemisférios: ocidental e
oriental.
Os meridianos e os paralelos nos fornecem as coordenadas geográficas de um ponto: a
latitude e a longitude.
Latitude: é a distância, medida em graus, de um ponto qualquer da superfície da terra ao equador.
Ela varia de 0° a 90° (graus) tanto para o norte como para o sul.
Longitude: é a distância, medida em graus, de um ponto qualquer da superfície da terra ao
meridiano principal ou de Greenwich. A longitude vai de 0º a 180º (graus) tanto para o oeste como
para o leste.
Rosângela Doin de Almeida faz o seguinte comentário sobre orientação e localização:
os referenciais geográficos de localização foram definidos a partir da observação dos astros e deram
origem ao sistema de coordenadas geográficas. Este foi construído historicamente, resultando da
necessidade de maneiras mais seguras de determinar a localização, tanto ao elaborar mapas, quanto
durante as navegações e jornadas por terra. Este caráter imposto pela necessidade social e histórica
traz, para a abordagem do tema na escola, uma discussão sobre seu significado na formação atual dos
alunos. Hoje, ninguém precisa apoiar-se nessas coordenadas para deslocar-se de um lugar para outro
(exceto nas navegações aéreas e marítima, apoiadas por instrumentos sofisticados). Por que, então, o
21
cidadão precisa saber o que são paralelos, meridianos, latitude e longitude?
Penso que há apenas uma razão realmente pertinente para que alguém tenha que aprender esses
conceitos : eles estão envolvidos no conceito de mapas. Um mapa é obtido por meio da malha de
coordenadas que amarra a superfície representada com a superfície da Terra, envolvendo, também,
projeção e escala.6
Atividades: Coordenadas geográficas
1. Localizar os pontos no quadro abaixo, utilizando os conceitos e latitude e longitude
Aspectos Metodológicos
Esta atividade consiste em fazer com que o aluno dê as coordenadas localizadas na figura em seus
respectivos pontos.
Ponto A: latitude______________ longitude ___________________
Ponto B: latitude______________ longitude ____________________
Ponto C: latitude______________ longitude ____________________
Ponto D: latitude _____________ longitude ____________________
Ponto E: latitude______________ longitude ____________________
Ponto F: latitude ______________ longitude ____________________
Ponto G: latitude _____________ longitude ____________________
Ponto H: latitude _____________ longitude ____________________
Ponto I: latitude ______________ longitude ____________________
Ponto J: latitude ______________ longitude ____________________
Ponto K: latitude _____________ longitude ____________________
Ponto L: latitude______________ longitude ____________________
Ponto M: latitude _____________ longitude ____________________
6
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. – 4ª ed. -. São Paulo:
Contexto, 2009. p. 51.
22
Figura 8: Quadro de Latitude e Longitude. Fonte: próprio autor.
2- Mapa Mundo-Político
Aspectos metodológicos
Esse mapa você encontra em qualquer geoatlas e também na internet.
Cada aluno receberá um mapa, vai observá-lo para responder as questões.
a) Em que lugar você está na latitude 30º S e longitude 120º L.
b) A coordenada de 30º S 60º O passa por qual continente?
c) Descubra os países situados entre as coordenadas 30º N e Oº e 30º S e 30ºL.
3- pesquisando na internet
Digite no google http://mapas.mma.gov.br
Neste site educativo você vai usar a ferramenta BARRA DE ZOOM (é uma ferramenta que
permite o aumento ou diminuição da área visível do mapa.). A ferramenta localiza xy que mostra
o par de coordenadas X (longitude) e Y (latitude) da posição onde se encontra o cursor do mapa no
I3geo. Além de mostrar o par de coordenadas ela permite localizar qualquer ponto no mapa a partir
de suas coordenadas XY (formato graus, minutos e segundos), bastando incluir os valores na caixa
de texto da ferramenta.
A ferramenta INFO que permite que o usuário tenha acesso as informações (atributos) das
camadas adicionadas no I3geo. É só dar um clique com o mouse no local desejado e
automaticamente o I3geo abrirá uma janela contendo todas as informações disponíveis sobre a
camada.. Note que na esquerda da janela estão as camadas ativas e na direita são listadas as
informações disponíveis sobre a camada selecionada.
A janela de identificação do I3geo também permite que o usuário possa complementar as
informações disponíveis sobre as camadas a partir do acesso a outras fontes de dados: Municípios –
23
IBGE, escolas censos 2006, saúde, SIGEPRO – ações do MMA, Scielo.
Aspectos metodológicos
Vá até o mapa do Brasil, digite no quadro à esquerda o nome da cidade desejada; clicar na
ferramenta info; volta no quadro e clica ao lado (), vai aparecer um quadro de informação em
cima do mapa (busca rápida); clica no quadrinho (), localiza, fecha o quadro e vai aparecer um
ponto vermelho na tela, clica novamente na ferramenta info, logo após, clica duas vezes no ponto
vermelho vai aparecer um quadro de informações para fazer a pesquisa.
Agora apresente informações sobre:
a) sua cidade
b) sua escola
Obs.: coordenadas geográficas da cidade de Irati : lat. 25° 27´56´´ - long. 50° 37´ 51´´.
24
UNIDADE 2 – ESCALA
Para o aluno compreender o espaço geográfico é fundamental que ele tenha noção de escala.
Como fazer uma representação em que os objetos conservam entre si as mesmas relações de
proporção que mantém na realidade? Usando a escala.
Mas para fazer isso, é preciso que o aluno faça a leitura de mapas, que ele saiba ler e
transformar em metros ou quilômetros todas as escalas apresentadas neste capítulo. Ter uma noção
de escala facilita para que o aluno tenha uma percepção de distância, permitindo-lhe situar-se
melhor no espaço.
Conceito de escala
A escala é uma proporção, ou uma fração, que indica quantas vezes as medidas são menores
do que as medidas verdadeiras. De acordo com Schäfer [et.al.] “a escala é fundamental para
verificarmos o quanto um desenho foi reduzido ou ampliado, isto, é, o quanto está diferente do
tamanho real. Ela permite a análise das relações de proporção entre a área e sua representação.
Sua função é, sobretudo, o cálculo de distâncias.”7
Tipos de Escalas
Existem duas formas de escala: a gráfica e a numérica, representam dois fatores, o real e o
gráfico. Na numérica, o espaço é representado em centímetros, na gráfica, em quilômetros.
Exemplo de escala numérica: na escala 1:5.000.000 (lemos que 1cm vale cinco milhões) ou seja, 1
centímetro no mapa equivale a 5.000.000 de cm na realidade, sendo muito difícil de avaliar essa
distância, em vista disso podemos transformar.
A seguir, mostramos como fazer essa transformação: a sequência do sistema métrico é o
centímetro (cm), o decímetro (dm), o metro (m), o decâmetro (dam), o hectômetro (hm) e o
quilômetro (Km).
Veja o quadro abaixo:
Km
hm
dam
m
dm
cm
Escala
Na distância
real 1 cm
corresponde
a:
1/5.000.000
7
SCHÄFER, Neiva Otero [...et.al.]. Um globo em suas mãos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p.
79.
25
Para transformar (na escala 1/5.000.000) de:
(cm) para (m) andamos duas casas
Para (Km) caminhamos mais três casas
(cm) para metro (m) cortamos dois zeros que fica 50.000 – agora 1 cm corresponde a 50, ou seja, 50
Km.
Assim, no mapa 1cm corresponde a 50 Km.
Escala gráfica
Esse tipo é mais fácil, sendo representada através de uma linha reta dividida em partes como
se fosse uma régua. As dimensões se encontram indicadas na própria reta.
Exemplo:
0
250
500
750
1000
/_____/_______/______/______/
Quilômetro
Nessa escala 1cm no papel corresponde a 250 Km na superfície representada.
Grande e pequena escala
O fato de se expressar por uma fração pode provocar a confusão entre grande e pequena
escala.
Uma grande escala representa um espaço restrito com muitos detalhes, enquanto a pequena
escala mostra um amplo espaço com poucos detalhes. Uma grande escala seria, por exemplo,
1/10.000 e uma pequena escala 1/10.000.000. A primeira reação é considerar o contrário porque
10.000.000 é maior que 10.000, porém, a fração inverte esta proporção: 1/10.000.000 é menor que
1/10.000, como ¼ é menor que ½.
Atividades
Aspectos metodológicos
A escala dá a ideia de proporção entre o mapa e o tamanho da região que representa. Estas
atividades têm por objeto desenvolver noções de escala, cálculo de escala (reduzir a escala de um
mapa a partir de outro com escala), cálculos com distâncias lineares, utilizando a régua e fazer
medidas de distância no 13Geo.8
8
O 13Geo, Interface Interativa para Internet de Ferramentas de Geoprocessamento, é um aplicativo desenvolvido pela
CGTI (Coordenação Geral de Tecnologia de Informação) do Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de agrupar
e organizar os dados geográficos produzidos pelas diversas áreas do Ministério, possibilitando não só o acesso, mas
também diversas análises provenientes desses dados.
26
1- Relação das proporções representadas na escala
a) Peça para o aluno desenhar o seu lápis igual ao tamanho real, ele vai perceber que não mudou
nada, então, neste caso, a escala é: 1/1.
b) Desenhe sua mão numa folha do caderno, neste caso, a escala também vai ser 1/1.
c) Agora peça para ele desenhar numa folha a carteira da sala de aula, ele vai perceber que vai haver
mudança no tamanho do desenho.
Como fazer?
Com o auxílio de um rolo de barbante, pegamos o fio, medimos o comprimento da carteira,
dobrando-o várias vezes até ficar num tamanho ideal para pôr no papel. Vamos ver quantas vezes
dobramos 1, 2, 3, 4, 5, isso significa que diminuímos 5 vezes o tamanho real da carteira e
colocamos no papel, então a escala vai ser 1:5.
d) O “mapa do aluno”
Como calcular a escala?
Medimos o tamanho da representação do “mapa do aluno” que é a distância gráfica que chamamos
(d) minúsculo e a altura real (D) maiúsculo que, neste caso, é a altura do aluno.
Exemplo:
(d)= 4cm
1= 4
(D)= 1,6 m
4M = 160
= 160 = 40
M 160
4
=
160 cm
Neste caso a escala é 1:40, isso significa que o
aluno diminuiu 40 vezes.
Escala : 1:40
4cm
Medimos o tamanho do aluno
4cm
4cm
4cm
Figura 9: Aluno. Fonte: próprio autor
2- O cálculo de escalas
Aspectos metodológicos
Alguns livros não apresentam a escala dos seus mapas. O exercício consiste em reduzir a
escala de um mapa a partir de outro com escala, representando a mesma região.
27
Mapa 1
Escala gráfica é a seguinte: 1 cm corresponde a 250 Km, (ou seja a escala numérica é
1/25.000.000).
Para reduzir a escala do mapa 2, é preciso medir uma distância correspondente nos dois
mapas, de preferência a maior possível, para reduzir a margem de erros de medição. A distância é
medido do estremo Sul do Brasil ( no Rio Grande do Sul) ao extremo Norte do Brasil ( no território
de Roraima). Esta distância A----B corresponde a 17 cm no mapa 1. Essa mesma distância no mapa
2 corresponde a 9,5 cm.
Se a medida A----B corresponde a 17 cm no mapa 1, a sua escala sendo 1/25.000.000, essa
distância no terreno corresponde a 17X250 Km ou seja 4.250 Km. A medida A----B, no mapa 2
corresponde também a 4.250 Km. O cálculo da escala no mapa 2 fica simples.
Se 9,5 cm corresponde a 4.250 Km, 1 cm corresponde a X Km ou
4 . 250 x1
= 447 , 36
9,5
ou 447 km para simplificar,
no mapa 2, 1 cm corresponde a 447 Km,
portanto, a sua escala é 1/44.700.000
Agora, calcule a escala para os mapas: 3 e 4.
Obs.: para realizar os cálculos utilize o Google. ( multiplicação: * - divisão: /).
28
Mapa 1
ESCALA
1:25.000.000
A----B 17 cm
Figura 10: Mapa mudo do Brasil. Fonte: próprio autor
29
Mapa 2
A-B 9,5cm
Escala : 1/44.700.000
Figura 11: Mapa mudo do Brasil. Fonte: próprio autor
30
Mapa 3
A-B 8cm
Calcule a escala
Figura 12: Mapa mudo do Brasil. Fonte: próprio autor
Mapa 4
A-B 5,8 cm
Calcule a escala
Figura 13: Mapa mudo do Brasil. Fonte: próprio autor
31
3- Calculando distâncias lineares
Aspectos metodológicos
Utilizando a régua, o aluno deverá fazer cálculos de distâncias lineares nos mapas abaixo:
Observe o mapa 1: Brasil Político, o mapa 2: Brasil divisão política e o mapa 3: Brasil: capitais de
estados e responda na tabela a seguir.
Figura 14: Mapa Brasil Político. Fonte: próprio autor
32
Figura 15: Mapa Brasil Divisão Política. Fonte: próprio autor
Figura 16: Mapa Brasil Capitais/Estados. Fonte: próprio autor.
33
Usando o que aprendeu sobre escalas, meça e calcule a distância em quilômetros entre
Curitiba, capital do Paraná e Belém, capital do Pará, nos três mapas. Registre os resultados no
quadro abaixo.
Também para Florianópolis capital de Santa Catarina e Manaus, capital do Amazonas.
Mapa
Escala
Distância calculada
1
2
3
1
2
3
Olhando os resultados, o que você conclui?
4- Pesquisando na internet
Aspectos metodológicos
No google digite: mapas.mma.gov.br/i3geo/aplicmap/geral,htp?t. Aparecerá um site
educativo do ministério do meio ambiente que tem a finalidade de agrupar e organizar dados
geográfico.
Vá até a ferramenta mede, esta ferramenta possibilita ao usuário fazer medidas de distância
no I3GEO, para utilizá-la o usuário deve ativá-la na barra de ferramentas (mede) e clicar na área
desejada do mapa, após o primeiro clique uma janela aparecerá no canto superior esquerdo do
I3GEO e a partir da movimentação do cursor do mouse o valor da distância aparecerá na janela. Se
o usuário clicar novamente no mapa a ferramenta mostrará a distância acumulada (entre o primeiro
e o segundo ponto) e a atual (do segundo ponto até a localização do cursor do mouse). Para
desativar a ferramenta é só clicar novamente no ícone da barra de ferramentas.
Agora,
a) Faça as medidas dos seguintes Estados:
PR_______________TO
RS________________MG
PR_______________AC
AM________________SP
34
5- Prática9
Faça uma escala:
Material necessário: ripas de madeira, linha, pregos, cola, martelo, fita adesiva, serra manual,
canetas coloridas, pequenos objetos ou cartões em forma de figuras.
Procedimento:
1. Usando a serra, corte duas ripas de madeira de 40cm cada e duas de 42 cm para a moldura.
2. Monte a moldura
Figura 17: Moldura. Fonte: próprio autor
3. Com a fita adesiva fixe pedaços de linha na moldura, horizontal e verticalmente, a cada 5
cm, para montar uma quadrícula como é mostrado na foto acima. Em seguida, coloque
números ou letras em duas das bordas da moldura.
4. Coloque alguns objetos embaixo da moldura. Desenhe um quadrado de 20cm x 20cm numa
folha de papel e faça nele quadrícula – como a da moldura menor.
5. Olhando os objetos por cima, desenhe o que você vê em cada quadrado no quadrado
equivalente no papel. Como a quadrícula desenhada no papel tem a metade do tamanho da
moldura, seu desenho terá uma escala de 1: 2.
9
A presente atividade pode ser encontrada em HASLAM, Andrew; TYLOR, Bárbara. Mapas. São Paulo:
Scipione, 1999. p. 09.
35
Figura 18: Moldura em dois
tamanhos. Fonte: próprio autor.
Eis aqui um desenho de objetos numa escala 1:2, o que significa que todas as distâncias no desenho
têm metade do tamanho dos objetos reais.
Obs.: esta prática permite comparar o tamanho dos desenhos numa escala.
36
UNIDADE 3 – PROJEÇÃO
Uma definição aproximada do que seria a projeção é dizer que esta é o trabalho de transpor a
rede de meridianos e paralelos de uma superfície redonda, ou geóide, para uma superfície plana.
Trabalhar com projeção em mapas é sempre um grande desafio. A dificuldade se dá
primeiramente com relação ao formato da terra (geóide) e a necessidade de transpor a representação
da mesma em uma superfície plana. Obviamente, isso vai causar inúmeras distorções, ou a nível de
escala, ou a nível de forma. De acordo com Cêurio de Oliveira “... não existe nenhuma projeção
que elimine todos os tipos de deformações advindas da transformação da esfera num plano.”10
A primeira vista, isto poderia servir para desestimular iniciativas desse tipo, principalmente
em sala de aula, onde as dificuldades são acrescidas por fatores de ordens diversas, como o número
excessivo de alunos, por exemplo. No entanto, é extremamente importante que isso seja feito, de
forma que os resultados podem sim compensar as dificuldades. Aprender a se localizar, a
reconhecer as distâncias e explorar um mapa são conhecimentos que podem ser muito úteis na vida
de qualquer pessoa.
Sobre o domínio da noção de escala, por exemplo, Le Sann é enfática, para ela “o domínio
do conceito de escala facilita muito a vida cotidiana porque ajuda à percepção das distâncias,
portanto do tempo provavelmente gasto para um deslocamento e permite ao cidadão situar-se no
espaço à vários níveis, local, regional e até mundial.”11 Uma vez que ter uma boa noção de escala é
extremamente importante para quem se propõe trabalhar com projeção – a título de corrigir, ou, ao
menos, limitar, as distorções da mesma – podemos afirmar também que se o aluno conseguir uma
compreensão razoável sobre escalas e sobre o trabalho com projeção, esse conhecimento com
certeza será de muita utilidade para ele.
Basicamente, existem três tipos de projeção: cilíndrica, cônica e azimutal. As projeções
cilíndricas mais conhecidas são as de Mercator e de Peters. Refletindo um pouco sobre a
importância da geopolítica nas representações cartográficas, podemos tomar a projeção de Mercator
como um claro exemplo de eurocentrismo.12 De acordo com Andrew Haslam e Barbara Tylor:
10
OLIVEIRA, Cêurio de. “Projeções cartográficas”. IN: Universidade livre do meio ambiente. História e
Geografia do Paraná: textos e metodologias de mapas e maquetes. Curitiba: Universidade livre do meio ambiente,
2002. p. 122.
11
LE SANN, Janine Gisele. “A noção de escala em cartografia”. IN: Revista Geografia e Ensino. 5: 56-66 2 jun.
Belo Horizonte: UFMG, 1984. p. 135.
12
Por eurocentrismo entendemos uma visão de mundo na qual a Europa aparece como o centro, irradiando-se
para todos os outros. Mercator fez sua projeção no século XVI, época das grandes navegações e da conquista de grande
parte do mundo pelos europeus.
37
As projeções cilíndricas criam mapas retangulares. São feitas com se uma luz atravessasse o globo e
refletisse sobre um tubo de papel enrolado à sua volta. Esse tipo de projeção pode mostrar quase o
mundo todo, mas faz os países próximos aos pólos, como a Groelândia, parecerem muito grandes ou
muito esticados. Os países mais distantes dos pólos, como a Índia parecem pequenos demais.13
A projeção de Peters foi lançada em 1973 e, assim como a de Mercator, refletia o momento
histórico vivido por seu autor, ou seja, a Guerra Fria. Peters denominou seu trabalho de “Mapa para
um mundo mais solidário” e conservava mais ou menos a área real dos continentes. Talvez por isso,
Castrogiovanni afirme que “a melhor projeção para nós, brasileiros, parece ser a do alemão Arno
Peters, nascido em Berlim em 1916.”14
Na projeção cônica o globo é projetado em um cone tangente que depois é planificado. É
como se uma luz atravessasse todo o globo terrestre, indo projetar-se em um cone enrolado à sua
volta. A parte mais precisa de mapas construídos assim é justamente no ponto onde o cone toca o
globo, sendo que a medida em que a projeção se afasta desse ponto ela vai perdendo precisão.
Haslam e Tylor apontam que esse tipo de projeção é mais útil para mapear países “... localizados no
meio do globo, como os Estados Unidos.”15
A projeção azimutal é elaborada a partir de um ponto tangente sobre a superfície terrestre.
Esse ponto tangente torna-se o centro do mapa construído dessa maneira e pode ser qualquer parte
do globo. Segundo Haslam e Tylor ela mostra apenas metade do mundo de cada vez e é feita “...
como se um ponto do globo se apoiasse sobre uma superfície plana e uma luz fosse projetada a
partir do centro desse globo.”16
Podemos pensar, entretanto, que uma representação cartográfica nunca é inteiramente
inocente. Como no caso da projeção de Mercator, a maneira como as coisas são projetadas em um
mapa, pode evidenciar relações de poder e ideologias. O texto “A Geopolítica das representações”
nos dá a medida desse fato:
A geopolítica é um saber estratégico a serviço dos Estados, mas também é uma ferramenta para
compreensão mais profunda e refinada das relações entre a Política e a Geografia. A análise
geopolítica do espaço geográfico descortina novas e inusitadas formas de enxergar o mundo.
Tradicionalmente a Cartografia oferece uma imagem do planeta focalizada na linha do Equador e
centrada na Europa e África. Essa imagem, reproduzida à exaustão nos planisférios, tende a perpetuar
noções simplistas, ou mesmo enganosas. Esses mapas “marginalizam” espacialmente as molduras
continentais e insulares do oceano Pacífico, que atualmente constituem um dos centros mundiais do
poder econômico e político. Eles também criam a falsa impressão de que a América do Norte e a Ásia
estão muito distantes entre si.
A geopolítica opera com mapas e projeções cartográficas manos usuais, capazes de revelar
13
HASLAM, Andrew; TYLOR, Barbara. Mapas. São Paulo: Scipione, 1999. p. 27.
CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. [et.al.]. Geografia em sala de aula. -4ª ed.-. Porto Alegre: Editora da
UFRS, 2003. p. 46.
15
HASLAM, Andrew; TYLOR, Barbara. Op. Cit. p. 27.
16
Idem. p. 26.
14
38
determinadas realidades pouco enfatizadas. Uma delas é a extraordinária proximidade entre
superpotências nucleares (EUA e Rússia, herdeira militar da União Soviética) e a importância
estratégica do Pólo Norte e das terras geladas que o circundam. O simples uso da projeção polar-norte
mostra os motivos que determinam a instalação de uma série de bases militares na parte setentrional
da Rússia, no Canadá, no Alasca e na Groelândia.
A Geopolítica não serve apenas para os Estados. Serve para todas as pessoas interessadas em entender
melhor um mundo marcado por disputas de poder, mudanças de fronteiras, tensões étnicas,
desequilíbrios de poder econômicos e ambientais.17
Atividades
1- Projeção
Aspectos metodológicos
Para desenhar a Terra em uma folha de papel, os cartógrafos se utilizam das projeções
cartográficas. Sua construção envolve muitos cálculos matemáticos. Mas para entender como é
feito, vamos fazer uma experiência com as três projeções básicas.
Esta atividade prática tem como objetivo fazer com que o aluno compreenda como os
espaços tridimensionais podem ser representados no papel, bem como demonstrar as projeções
básicas; e que o aluno perceba as distorções e as dificuldades encontradas em projetar a Terra
(tridimensional) no plano (bidimensional).18
Material necessário: garrafa de plástico larga, tesouras, cordão preto, papel, lanterna, papel
vegetal, cola, lâmpada e um prendedor de lâmpada, clips, arame e pilhas.
Procedimento:
1. Corte o fundo e o gargalo da garrafa plástica pet para fazer a metade de um globo.
2. Cole pedaços do cordão nessa metade, formando linhas de latitude e de longitude.
3. Para uma projeção azimutal, coloque a metade do globo sobre um papel, acenda a lanterna
no meio dele. Você verá as sombras das linhas de latitude e longitude refletidas ou
projetadas sobre o papel.
4. Conecte a lâmpada à pilha usando o arame e os clips. Apóie a lâmpada sobre o lado liso da
pilha.
5. Para uma projeção cônica, coloque a metade do globo de ponta cabeça sobre a lâmpada.
Faça um cone com o papel vegetal, de modo que se ajuste bem sobre a metade do globo. As
sombras indicam os anéis de latitude e as linhas retas de longitude.
6. Para uma projeção cilíndrica, ajuste um tubo de papel vegetal sobre a base do globo. As
17
MAGNOLI, Demétrio. “O que é geopolítica: Geografia e estratégia.” IN: Atlas Geopolítica. São Paulo:
Scipione, 1996. p. 7.
18
Esta prática é baseada na atividade “faça projeções cartográficas” contida em HASLAM, Andrew; TYLOR,
Barbara. Op. Cit. p. 26.
39
sombras produzem linhas horizontais de latitude e as verticais de longitude.
Veja as ilustrações abaixo:
Ilustrações do próprio autor.
40
UNIDADE 4
AS CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS E A LEGENDA
As convenções cartográficas são um conjunto de símbolos e cores nos mapas, e por meio
dos quais podemos interpretar informações que eles contém. Para representar o que existe ma
superfície da Terra: rodovia, ferrovia, capital de Estado, cidade, vila, indústria, relevo, rio, os
cartógrafos criaram estes símbolos pela dificuldade de representar num mapa tudo o que existe num
lugar. Esses símbolos são estabelecidos por meio de convenções universais.
A legenda de um mapa explica o significado dos símbolos. Elas podem vir representadas por
meio de cores, hachuras, símbolos ou ícones de diversos tipos. Os símbolos devem formar uma
imagem que possa ser interpretada pelas pessoas sem dificuldades.
No uso da legenda por cores, é necessário seguir algumas regras determinadas pelas
convenções cartográficas. As cores são usadas para dar vida aos mapas e destacar aspectos
diferentes. Por exemplo, a água é quase sempre representada pelo azul, as florestas são
representadas pelo verde. As cidades e as estradas são representadas pelo vermelho e preto. Nos
mapas políticos os Estados são coloridos em todas as cores. Nos mapas do relevo, as planícies ou as
baixas altitudes, pelo verde. O amarelo e o alaranjado se referem a altitudes médias. Quanto maior a
altitude, mais escura a cor. As montanhas são marrons ou vermelhas. Mas, além de cores, um mapa
tem ainda muitos pontos e sombras. As linhas são usadas para representar os rios, as estradas, as
fronteiras, os paralelos e os meridianos, elas podem ser simples, duplas, e para saber o seu
significado é necessário recorrer à legenda.
É preciso saber o que os símbolos significam na linguagem cartográfica. Principalmente
porque o mapa, sendo apenas uma representação em escala menor, da superfície terrestre, se
apresenta carregado de simbologia. Para Pino, “um símbolo é um signo que se refere ao Objeto que
denota em virtude de uma lei, normalmente uma associação de idéias gerais que opera no sentido
fazer com que o Símbolo seja interpretado como se referindo àquele Objeto.”19
Uma tabela de convenções cartográficas decodifica os símbolos explicando seu sentido. O
signo é um meio de comunicação, logo a palavra é um signo. É o homem que dá significação às
coisas e, como o significado está sempre mudando, mudam também as representações cartográficas.
Os instrumentos semióticos ou simbólicos relacionados à atividade humana acabam se
constituindo em construções humanas que se modificam, permitindo ao homem construir o seu
19
PINO, Angel; GÓES, Maria Cecília. Pensamento e Linguagem, Cadernos Cedes, 24. Campinas: Papirus,
1991. p. 33.
41
próprio conhecimento e transformar a natureza.
Segundo Pino:
Os seres humanos criaram instrumentos e sistemas de signos cujo uso lhes permite transformar e
conhecer o mundo, comunicar suas experiência e desenvolver novas funções psicológicas. A mediação
dos sistemas de signos constitui o que denominamos mediação semiótica.20
Ainda, para o mesmo, os signos são sinais utilizados para se referir a um objeto. E essa
referência é estabelecida exclusivamente por um trabalho humano de relação. Relação esta que é
sempre artificial e variável, portanto sujeita a interpretações diferentes, isto seja, um signo nunca
significa exatamente uma coisa, é sempre uma construção sujeita a interpretações.
A importância dos signos para a Cartografia é explicitada por Pino, que a descreve como um
sistema de análise da representação codificada de signos, que tem no mapa seu instrumento
representativo com alto poder de sintetização. A Cartografia torna-se extremamente útil para a
Geografia e sua tarefa de organizar e dar sentido ao espaço. Pode-se dizer que os signos são tão
importantes para a Cartografia quanto esta o é para a Geografia.
Vygotsky atenta para a importância dos signos em um âmbito mais geral. Mais que uma
relevância localizada para a cartografia ou mesmo a geografia, estes são de grande relevância para
seres humanos de todas as sociedades. Para o autor, os signos podem ajudar a modificar o
comportamento humano, deslocando suas atitudes de uma resposta biológica ao meio e aos
estímulos, para atitudes psicológicas baseadas na cultura aprendida.21
Os mapas, portanto, são de extrema importância para o aprendizado do aluno e não apenas
em Geografia. Nessa disciplina específica, ele se tornará apto a conhecer e organizar o espaço que o
cerca e mesmo outros que não conhece. Mas essa manipulação simbólica dos espaços, como coloca
Vygotsky, é importante também para outros processos mentais e pode-se afirmar que o ensino da
cartografia adquire um aspecto transdisciplinar.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de geografia “hoje, vive-se
uma reaproximação do ensino de Geografia com a linguagem cartográfica. Não basta defender,
entretanto, o uso da linguagem cartográfica nas aulas de Geografia. É necessário pensar em como
aproveitá-la, sob quais determinantes teórico-metodológicos, com que objetivos.”22
20
PINO, Angel. APUD FRANCISCHETTI, Mafalda Nesi. A cartografia no ensino da geografia: construindo os
caminhos do cotidiano. Rio de Janeiro: Kroart, 2002. p. 21.
21
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. Psicologia e Pedagogia. – 4ªed. -. São Paulo:
Martins Fontes, 1991.
22
ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza (org.). Diretrizes curriculares de geografia para a educação básica.
Curitiba: SEED, 2006. p. 48.
42
Aspectos metodológicos
Para utilizarmos um mapa é preciso fazer sua leitura e sua interpretação. A leitura inicia com
a identificação do tema, que está indicado no título do mapa e detalhado na legenda. Já a legenda
mostra o significado das figuras, cores, símbolos, entre outros, entender esses símbolos é fazer uma
leitura do mapa, cabe ao professor preparar o aluno para essa leitura.
Neste capítulo, sugerimos várias atividades com mapas, e o professor tem um papel de
induzir os alunos, mostrando que os conteúdos estão presentes no seu cotidiano.
Essas atividades tem como uma alternativa metodológica, a qual permite aos alunos
interpretar as informações contidas nos mapas através da legenda.
É necessário metodologias alternativas para a alfabetização cartográfica além de mapas,
como o globo, softwares, imagens, fotos.
Sempre iniciar as atividades apresentando os objetivos da unidade que se pretende estudar e
conversar com os alunos sobre os mesmos.
O professor tem um papel fundamental, como facilitador das ações propostas, que devem ser
adaptadas à realidade de cada escola.
Atividades
As Grandes Regiões do Brasil
O IBGE, órgão do governo federal responsável por realizar diversos estudos do território
brasileiro em aspectos como clima, relevo, vegetação, recursos humanos, população, entre outros,
divide oficialmente o território nacional em cinco grandes regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e
Centro-Oeste. Além desta divisão regional, há ainda a divisão político-administrativa em 27
unidades federadas, sendo 26 estado e um distrito federal.23
A divisão que criou as cinco grandes regiões levou como critérios de classificação
características físicas e/ou naturais comuns ao território demarcado. No entanto, segundo Adas, o
caso da região sudeste é único porque levou em conta principalmente o fator econômico, para o
autor “...essa é uma região que se diferencia das demais pela força de sua economia (é a principal
região industrial, centro financeiro do país, tem agropecuária moderna etc.)”.24
A delimitação das regiões geográficas toma como base as fronteiras entre as divisões
23
O IBGE foi fundado em 1938, no governo do presidente Getúlio Vargas.
ADAS, Melhem (org.). Geografia – construção do espaço geográfico brasileiro – 5ªed. -. São Paulo: Moderna,
2006. p. 46.
24
43
político-administrativas. Isso acontece porque o levantamento de dados estatísticos acaba sendo
facilitado. Esses dados, como por exemplo o número de hospitais construídos, são importantes para
que os governos possam ter um melhor planejamento dos seus investimentos nas mais diferentes
áreas.
1- Divisão política do Brasil
Objetivos:
1. Que os alunos entendam que a delimitação de regiões depende de critérios preestabelecidos;
no caso das regiões definidas pelo IBGE, o critério obedece os limites das unidades
administrativas (Estados), além de outros de caráter sócio-econômico;
2. Facilitar para que os alunos tenham maior conhecimento dos estados brasileiros e suas
respectivas capitais;
3. Habituar os alunos no trato com símbolos, uma vez que estes estão presentes em grande
quantidade nos mapas.
1. Pesquise na internet um mapa político do Brasil (site do IBGE). Distribua um mapa mudo para
cada aluno para responder as seguintes questões:
a) Escreva no mapa mudo os nomes dos Estados brasileiros.
b) Faça uma legenda para as regiões.
c) Pinte as regiões, usando para cada uma a mesma cor no mapa e na legenda.
d) Circule o Distrito Federal
e) Trace a linha do Equador e o Trópico de Capricórnio.
2. Responda:
a) Quais são os Estados cortados pelo Equador? E pelo Trópico de Capricórnio?
b) Quais Estados não têm litoral?
c) Que Estado têm maior número de fronteiras com outros Estados?
d) Em que região está o Estado onde você mora?
e) Qual região tem o maior número de Estados?
f) Identifique os cinco Estados de maior área e os cinco de menor área.
3. Complete o quadro com o nome das capitais dos Estados, utilize o google para esta atividade.
(google) digite “capitais” – Acre.
Aí você têm o nome da capital.
44
Brasil: regiões geográficas e estados.
Região
Unidade Federação
Nome
Norte
AC
Acre
AM
Amazonas
AP
Amapá
PA
Pará
RO
Rondônia
RR
Roraima
TO
Tocantins
AL
Alagoas
BA
Bahia
CE
Ceará
MA
Maranhão
PB
Paraíba
PE
Pernambuco
PI
Piauí
RN
Rio Grande do Norte
SE
Sergipe
ES
Espírito Santo
MG
Minas Gerais
RJ
Rio de Janeiro
SP
São Paulo
PR
Paraná
SC
Santa Catarina
RS
Rio Grande do Sul
GO
Goiás
MS
Mato Grosso do Sul
MT
Mato Grosso
DF
Distrito Federal
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Capital
4. Observe os símbolos e complete a tabela da sua direita com os nomes dos Estados.
Certamente você já experimentou pôr símbolos em desenhos para facilitar a interpretação. Não
basta usar somente símbolos, é preciso explicar o que cada símbolo corresponde, fazendo uma
leitura. É assim com os mapas.
45
Figura 19: Símbolos. Fonte: próprio autor.
46
Migrações no Brasil
Movimentos Migratórios Internos.
De acordo com Johnson pode-se definir migração como o movimento físico de indivíduos
dentro e entre sistemas sociais. Para ele, a migração é importante também pelos efeitos que acarreta,
como o crescimento demográfico de áreas para as quais as pessoas se deslocam, e a diminuição de
população nos locais de saída. O mesmo afirma que “... historicamente, tem sido a principal causa
da urbanização.25
No Brasil pode-se verificar o fato de que a urbanização está diretamente ligada a processos
migratórios, sendo que a forma mais comum de migração interna no país é o Êxodo Rural, que é o
movimento da população das áreas rurais para as áreas urbanas.
Como consequência do Êxodo Rural, tivemos o grande crescimento da população urbana e a
diminuição proporcional da população rural em nosso país. Outra consequência é o surgimento de
uma grande massa de excluídos e marginalizados nos grandes centros urbanos de nosso país.
Além do Êxodo Rural existem os movimentos da população de áreas rurais para áreas rurais,
de áreas urbanas para áreas rurais (Êxodo Rural) e de áreas urbanas para áreas rurais.
Podemos citar entre os movimentos migratórios brasileiros as migrações intra-regionais
(migração de pessoas dentro de uma mesma região) e as inter-regionais (migrações de pessoas entre
as regiões brasileiras).
Para Paul Singer:
Uma vez iniciada a industrialização de um sítio urbano, ele tende a atrair populações de outras áreas
(…) O crescimento demográfico da cidade torna-a, por sua vez, um mercado cada vez mais
importante para bens e serviços de consumo, o que passa a constituir um fator adicional de atração de
atividades produtivas.(...)É claro que qualquer processo de industrialização implica uma ampla
transferência de atividades (e, portanto, de pessoas) do campo às cidades. Mas, nos moldes
capitalistas, tal transferência tende a se dar a favor de apenas algumas regiões em cada país,
esvaziando as demais.(...)
Se se admite que a migração interna é um processo social, deve-se supor que ela tenha causas
estruturais que impelem determinados grupos a se pôr em movimento. Essas causas são quase sempre
de fundo econômico – deslocamento de atividades no espaço, crescimento diferencial da atividade em
lugares distintos e assim por diante – e atingem os grupos que compõem a estrutura social do lugar
de origem de um modo diferenciado.
Assim, se numa determinada área a mecanização da agricultura reduz sua demanda por mão-de-obra,
os desempregados têm de migrar para outra área em busca dos meios de vida. Esse desempregados
que migram são, em sua grande maioria, ex-assalariados, diaristas, peões, isto é, constituem um grupo
que não possui direitos de propriedades sobre o solo. Os proprietários e arrendatários não são forçados
a migrar, num primeiro momento, embora alguns possam ser induzidos a fazê-lo mais tarde, por não
possuírem os recursos necessários para acompanhar a mudança da técnica de produção. É de se
25
JOHNSON, Allan G. Dicionário de sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1997. p. 148.
47
esperar que haja aumento da produção e baixa de preços, arruinando os pequenos estabelecimentos
cujos custos de produção se mantêm mais elevados que os grandes que se mecanizam. Neste exemplo,
a primeira onda de emigrantes é constituída por desempregados, a segunda por pequenos proprietários
proletarizados. (...)
Convém sempre distinguir os motivos (individuais) para migrar das (estruturais) da migração. É óbvio
que os motivos, embora subjetivos em parte, correspondem a características dos indivíduos: jovens
podem ser mais propensos a migrar que velhos, alfabetizados mais que analfabetos, solteiros mais que
casados, e assim por diante. O que importa é não esquecer que a primeira determinação de quem vai e
de quem fica é social ou, se se quiser, de classe. Dadas determinadas circunstâncias, uma classe social
é posta em movimento. Num segundo momento, condições objetivas e subjetivas determinam quais
26
membros desta classe migrarão antes e quais ficarão para trás.
2- Atividades com mapas: Brasil migrações internas
Objetivo: mostrar que as migrações internas no Brasil implicam uma redistribuição pelo território
brasileiro; que o aluno perceba que milhares de pessoas são deslocadas pelo espaço brasileiro.
Observe os mapas 1, 2 e 3 e os movimentos indicados pelas setas e responda.
Professor, esses mapas você encontra no Geoatlas da Maria Elena Simielli, página 121, (2006).
1. O que as flechas e suas ramificações representam.
Resp.:_____________________________________________________________________
______________________________________________________________
2. Por que elas têm diferentes espessuras?
Resp.:____________________________________________________________________
____________________________________________________________________.
3. Analise os mapas 1,2 e 3 (um de cada vez) e registre, para cada época, o movimento migratório.
O que representa? (de que região partem as setas, para que região se dirigem os fluxos
migratórios?).
Resp._____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
4. Em qual década predominam os fluxos de longa distância?
Resp.:_____________________________________________________________________
5. Observe o Estado do Paraná nos três mapas e verifique o movimento de migração nas várias
décadas (se recebe migrantes ou não).
Resp._____________________________________________________________________.
6. Observe o mapa 4, sobre as migrações na década de 2000. O que você conclui?
Resp._____________________________________________________________________
26
SINGER, Paul. Motivos e condições das migrações. IN: PORTELLA, Fernando; VESENTINI, José Wilson.
Êxodo rural e urbanização. -9ed.-. São Paulo: Ática, 1996. p. 220.
48
7. Quais são os principais fluxos migratórios atuais (década de 2000) e suas direções?
Resp.:____________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.
Globalização
A globalização é um processo histórico recente, ligado ao desenvolvimento das
multinacionais após a II Guerra Mundial. Esse processo acelerou-se na década de 70 e deu um
grande salto nos anos 80 e 90, com o fim das economias socialistas do leste europeu e da URSS, o
que permitiu que o capitalismo atingisse praticamente todo o globo.
Segundo Dulce Garrido e Rui Costa, podemos definir globalização como:
Conjunto de processos que torna possível a concepção, desenvolvimento, produção, distribuição e
consumo de processos, produtos e serviços à escala mundial, utilizando instrumentos organizados e
tornados acessíveis numa base também mundial (...) Funciona para satisfazer os diversificados e
crescentes mercados globais regulados por Normalizações e Estandartizações quase universais.
Baseia-se em organizações (redes de firmas, atuando em bases mundiais, cujo capital pertence cada
vez mais a uma multiplicidade de acionistas de diversos países, cuja cultura está aberta a uma
contexto mundial e obedece a uma estratégia também mundial(...)27
Para além da internacionalização da técnica e da produção, é importante pensar
também na chamada globalização das idéias, o que faz com que as vezes se diga, como Marshall
Mcluhan, que vivemos em uma “aldeia global”. Para Octávio Ianni, a idéia de aldeia global se
refere principalmente à socialização em escala planetária de padrões, valores sociomundiais e
imaginários. Para ele, também, é preciso ver inclusive como uma cultura que massifica,
homogeneíza um mercado de bens culturais em escala mundial, onde se trocam linguagens e
significados que povoam as mentes e os comportamentos.28
Essas
características
criam
impactos
nos
territórios
e
sociedades
dos
países
subdesenvolvidos, tornando-os mais dependentes dos centros do capitalismo mundial (Estados
Unidos, Europa Ocidental e Japão, a chamada tríade do capitalismo).
Portanto, a globalização é um conjunto de mudanças que estão ocorrendo na esfera
27
28
GARRIDO, Dulce; COSTA, Rui. Dicionário breve de geografia. Lisboa: Editorial Presença, 1996. p. 82.
IANNI, Octávio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995. p. 95.
49
econômica, financeira, comercial, social e cultural, intensificando a relação entre os países, os
povos e os sistemas produtivos. É uma tentativa de uniformização global de padrões econômicos e
culturais.
Viver num mundo globalizado indica, entre outras coisas, que hoje há grande
interdependência entre os diferentes espaços. O avanço das telecomunicações pôs em contato
imediato e permanente as áreas mais longínquas da terra.
O processo de globalização vem se caracterizando, entre outras coisas, pela difusão de
termos e expressões do idioma inglês. No quadro a seguir, estão alguns termos e expressões da
língua inglesa que são comumente encontrados no vocabulário dos brasileiros. Preencha o quadro
com o auxílio do google para saber o significado desses termos.
Inglês
Português
Fast-Food
Self-Service
Delivery
Shopping Center
Hobby
Homepage
Show
Office-Boy
Play Ground
E-mail
Milk Shake
Sugestão de filme:
Tempos Modernos (EUA), 1996; mostra o dia-a-dia de um operário de uma indústria.
3- Atividades com mapas:
Objetivo: que os alunos conheçam, de modo geral, como se dão as relações entre os países dentro
de uma economia globalizada.
Para entender o mundo atual é necessário saber como ocorrem as relações entre os países.
Observe o mapa que indica a geopolítica atual e responda:
Professor!
Esse mapa você encontra no Geoatlas da Maria Elena Simielli, página 36. (2006).
50
a) Como está organizada a legenda deste mapa?
b) Que informação você pode obter sobre o Brasil?
c) Qual é a esfera de influência direta?
d) Quais são os grandes conjuntos econômicos?
e) Onde estão localizadas as áreas de produção de drogas?
f) Quais regiões ou continentes têm uma forte pressão migratória?
g) Onde estão concentrados os pólos emergentes?
h) Os grandes conjuntos econômicos atingem o planeta inteiro, ou seja, todos os lugares?
i) Os retângulos azul e verde correspondem a:
j) A globalização é realmente global?
k) O que representa o pequeno mapa que aparece no canto inferior esquerdo da página? E o que está
a direita?
Pesquisando na internet
Procedimento:
No google digite dia a dia da educação, nesse site na primeira página no lado direito em cima,
clique em educadores, no lado esquerdo procure mapas, clique em cima do mapa mundi interativoIBGE e responda as questões.
O mundo que eu conheço.
Observe o mapa interativo no site do dia a dia da educação e responda:
a) Localize no mapa os países relacionados abaixo e faça uma pesquisa dos indicadores sociais de
cada país:
- Estados Unidos
- Um outro país da América
51
- Um país do Oriente Médio
- China
- Japão
- Países africanos de modo geral
b) Escolha um dos países sobre os quais você escreveu. Que semelhanças e que diferenças você
pensa que ele tem com o Brasil. Esse país é mais rico ou mais pobre? Por quê? Nele também há
desigualdades sociais? Dar exemplo. Essas desigualdades são maiores ou menores do que o Brasil?
O relevo do Paraná29
Características do Relevo do Paraná
Na maior parte do relevo do Paraná predominam áreas de planalto, porém a faixa litorânea é
representada por planície. No Paraná, o Planalto Brasileiro é representado pelo Planalto Atlântico e
Planalto Meridional ou Arenito Basáltico, atualmente conhecidos como Serras e Chapadas do Borda
Leste do Paraná. Vários fatores foram responsáveis pela modelagem do relevo paranaense , entre
eles o hidrográfico, o vulcanismo e a ação do clima. Fazendo um perfil do litoral rumo ao interior,
ou seja, de leste para oeste, vamos encontrar:
1. Litoral
Duas regiões distintas caracterizam o litoral : a montanhosa e a baixada costeira.
A montanhosa abrange morros isolados, algumas cadeias de morros e as encostas da serra do
mar. Esta zona é constituída de rochas cristalinas onde predominam os granitos e os gnaisses.
A baixada costeira forma uma pequena planície, onde predominam areias e argilas.
2. Serra do Mar
É formada por terrenos da era azóica, portanto, muito antigos, onde aparecem em grande
quantidade os granitos e gnaisses. É nessa porção do relevo paranaense que estão localizadas as
maiores altitudes do Estado merecendo destaque a Serra dos Órgãos, com os picos Caratuba,
Ferraria, Taipabuçu, Ciririca e Paraná. Esse último com 1922 metros de altitude é o ponto
culminante do relevo paranaense. No complexo cristalino da Serra do Mar o relevo aparece como
escarpa (farinha seca e graciosa) e do Marumbi, onde fica o pico Marumbi com 1547 metros de
altitudes.
29
As definições sobre o relevo paranaense são baseadas nas obras de WONS, Iaroslaw. Geografia do Paraná. 4ªed. -. Curitiba, Ed. Ensino Renovado, 1982 e PALHARES, José Mauro. Paraná: aspectos da Geografia. – 2ªed. – Foz
do Iguaçu: O Autor, 2001.
52
3. Primeiro Planalto ou de Curitiba
Começa junto à Serra do Mar, estendendo-se para o oeste até a escarpa devoniana ( Serrinha,
Serra de São Luiz, Purunã, etc.).
4. Segundo Planalto
O Segundo Planalto Paranaense, denominado Planalto de Ponta Grossa, compreende a
região ocupada pelos Campos Gerais. Seus limites naturais são dados : a leste pela Escarpa
Devoniana; a oeste pela Escarpa da Esperança (Serra Geral).
5. Terceiro Planalto
As terras situadas a oeste da Escarpa da Esperança formam o Terceiro Planalto Paranaense ,
denominado de Guarapuava que ocupa 2/3 da área do Estado.
4- Passeando pelo mapa do relevo do Paraná.
Objetivos: interpretar os símbolos da legenda do mapa, identificar o relevo do Paraná e desenvolver
noções de localização.
Complete o enunciado abaixo com base no mapa.
Figura 20: Mapa Relevo Paraná. Fonte: próprio autor.
53
Complete o enunciado com base no mapa.
“Saímos de uma cidade a leste do Paraná conhecida como capital ecológica do Brasil, localizada no
primeiro planalto que é ______________, passamos pela Escarpa Devoniana que é a passagem do
primeiro para o segundo planalto e paramos no Parque Estadual de Vila Velha em Ponta Grossa,
localizado no ___ planalto. Dali pegamos um carro e fomos até uma cidade banhada pelo Rio
Iguaçu, esta separa-se por uma estrada de ferro da cidade gêmeas de Porto União. Aonde estou
________________, qual o Planalto? ___________. Saímos do sul para o norte e chegamos na
segunda maior cidade paranaense que é ________________, e fica no ___ Planalto. De lá partimos
para o oeste em direção a uma cidade que abriga as Cataratas do Iguaçu no ___ Planalto, que é
______________, e finalmente, pegamos um avião em direção ao leste do Paraná. Saímos em linha
reta do ___ Planalto, atravessamos a Serra Geral ou ________________, o segundo ________, a
Escarpa ____________, o primeiro __________, e chegamos no litoral. Resolvi parar ali por alguns
dias. Marque no mapa onde estou.”
Onde está a população?
Introdução
O estudo dos aspectos demográficos de um território qualquer são objeto freqüente de
estudos por parte de diversos tipos de especialistas, ligados à geografia ou às ciências humanas em
geral, como demógrafos e economistas. Interessa a estes saber da distribuição da população no
território, as faixas etárias, as características da migração no interior do mesmo – entrada e/ou saída
de pessoas, as taxas de crescimento vegetativo (diferença entre o número de pessoas que nascem e
que morrem). Estes aspectos interessam também, aos detentores do poder público.
De acordo com Terra e Coelho:
a análise de dados demográficos e a comparação destes dados socioeconômicos permitem conhecer a
realidade quantitativa e qualitativa da população e elaborar medidas de ordem prática, como por
exemplo traçar estratégias para desenvolver um planejamento de interesse social (incluindo aspectos
relativo a saúde, educação, transportes, habitação, empregos, etc.).30
Alguns conceitos importantes no estudo da geografia e da dinâmica populacionais dos
territórios são:
30
TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral e geografia do Brasil: o espaço natural e
socioeconômico. - 1ed. -. São Paulo: Moderna, 2005. p.230.
54
•
Densidade demográfica ou população relativa: é a média de habitantes por quilômetro
quadrado (hab./Km2), ou seja, a quantidade de pessoas que habitam em uma determinada
área ou região.
•
População absoluta: número total de habitantes de um determinado espaço geográfico.
•
Área povoada: espaço onde há um grande número de habitantes por Km2. Ex.: Mônaco
(l7.436) Hab. Km2.
•
Área populosa: espaço onde a população absoluta é alta, ou seja, onde há um grande número
de habitantes. É importante lembrar que nem sempre uma área considerada populosa pode
ser considerada povoada e vice versa. Algumas regiões da terra se destacam por serem
consideradas Regiões Populosas, como o Leste e Sudeste Asiático, Nordeste dos EUA e o
Nordeste da Índia. Outras, pelo contrário, são consideradas Regiões pouco populosas, como
a Amazônia, a Patagônia e a Sibéria.
Distribuição Geográfica da População:
Ao observar um planisfério com as densidades demográficas, podemos perceber que existem
áreas de grandes concentrações ao lado de vazios populacionais. A desigual distribuição da
população explica-se pela conjugação de diversos fatores (naturais, históricos e socioeconômicos)
que favorecem ou restringem a ocupação humana dos territórios.
5- Onde está a população – leitura de mapas
O objetivo desta atividade é fazer uma análise da distribuição da população brasileira com base na
leitura do mapa, bem como perceber os fatores que explicam a distribuição desigual da população
brasileira.
1- Para responder essas atividades, vá até o site do IBGE, procure o mapa do Brasil – Densidade
Demográfica e utilize a sua observação para realizar a leitura desse mapa.
a) Onde a população está mais concentrada?
b) Quais são as principais cidades brasileiras?
c) Preencha os retângulos abaixo com as cores que, na legenda do mapa, correspondem:
áreas mais povoadas
uma das áreas de povoamento médio.
Áreas menos povoadas.
55
d) As regiões mais densamente povoadas são_________________________________________,
enquanto as menos povoadas são___________________________________________________.
e) Viajando de avião do extremo norte do Brasil para o Rio de Janeiro, sobrevôo estados bem
populosos e outros bem mais vazios, por exemplo, sobrevôo o Estado______________________,
pouco
populoso,
o
Estado____________________,
de
população
mediana
e
o
______________________________ que é muito populoso.
f) Qual é o Estado da Região Sul que é o mais populoso, mas, ao mesmo tempo, é o menos
povoado. Seu nome é:_____________________________________________.
g) Depois do quê você observou no item anterior, podemos concluir que :
A área com o maior número de habitantes é sempre a mais povoada..
Nem sempre a área mais povoada é a que tem o maior número de habitantes.
A área menos povoada é sempre a que tem o menor número de habitantes.
h) Por que as maiores densidades estão no Sudeste?
i) Por que a população brasileira está distribuída de tal forma?
j) Quais foram as circunstâncias históricas de aglomeração de pessoas nessas regiões?
k) Por que a região Norte tem uma população menor que a região Sul?
l) Por que a região Centro-Oeste tem uma população menor que a região Nordeste?
2- Densidade demográfica: é o número de habitantes de uma certa área.
Objetivos: analisar a distribuição geográfica da população brasileira, bem como discernir os fatores
que explicam a distribuição desigual da população brasileira.
Calcule a densidade demográfica de seu município.
População total
Densidade = ____________________________________
(Hab./Km2)
Área territorial (em Km²)
Procure saber qual é a área e a população do seu Município em que você mora e calcule a densidade
demográfica
dessa
localidade.
Essas
informações
estão
disponíveis
na
sala
cidades
56
@www.ibge.gov.br.
Ou no site da prefeitura de seu município.
Rede Urbana
A rede das cidades
As cidades têm papéis diferentes, não são todas iguais nem possuem o mesmo grau de
importância. As atividades desempenhadas nos diversos setores da economia e a infra-estrutura de
que dispõem transformam certas cidades em grandes centros que exercem verdadeira atração sobre
os habitantes de outras.
Nesse caso, dizemos que polarizam o espaço, isto é, atraem, devido aos deslocamentos que
provocam: têm poder econômico e político. Assim, as cidades se ligam por laços funcionais e
organizam a vida regional no plano econômico, social e cultural, inserindo-se numa verdadeira
hierarquia que integra cidades grandes, médias e pequenas: é a chamada rede urbana.
De acordo com o Novo Atlas Geográfico do Estudante de Gisele Girardi e Jussara Vaz
Rosa31, as cidades brasileiras podem ser classificadas em: metrópole global, metrópole nacional,
metrópole regional e vários centros regionais.
A importância de cada cidade é definida pela maior ou menor influência exercida num
determinado espaço, através de alguns aspectos tais como rede viária e movimento de pessoas,
comércio, prestação de serviços de saúde, educação, bancos, etc.
6- Observe o mapa que indica a integração do território brasileiro e responda:
Este mapa você encontra no Novo Atlas Geográfico do Estudante de Gisele Girardi e Jussara Vaz
Rosa, página 39. (2005). Editora FTD.
O objetivo dessa atividade é identificar o mapa os principais ramos de integração do território
brasileiro.
31
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Novo atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2005. p.
39.
57
1. Qual é o objetivo deste mapa?
2. O que representam as legendas?
3. Localize a metrópole nacional do seu Estado. Qual é? E o centro regional?
4. Por que Londrina recebe outra classificação, de acordo com a legenda (centro regional).
5. Qual o eixo de desenvolvimento de Curitiba?
6. Quantas metrópoles nacionais estão representadas no mapa?
7. Quantas metrópoles globais estão representadas no mapa? Quais
8. Descreva as cores que estão representando os eixos de desenvolvimento no mapa.
9. Qual o principal eixo de circulação no mapa? Quais suas direções?
Representação do Relevo por meio de cores
Segundo Garrido e Costa, relevo seria o “termo que descreve a paisagem quanto à variação
de altitude, forma e dimensão (dos vales, forma e inclinação das vertentes)”.32
A superfície da Terra apresenta desigualdade de formas e grande variedade de aspectos:
montanhas, grandes cordilheiras (cadeia de montanhas) e planaltos com diferentes altitudes.
Apresenta também planícies e depressões, isto é, áreas que se encontram em altitudes mais baixas
do que as terras ao seu redor. Essa desigualdade de formas existentes na superfície da Terra recebe o
nome de relevo.
De acordo com Ross, “o relevo terrestre é fruto da atuação de duas forças opostas – a
endógena (interna) e a exógena (externa) -, sendo que as internas são as geradoras das grandes
formas estruturais do relevo e as externas são as responsáveis pelas formas esculturais.”33
A cartografia faz uso de cores para facilitar a interpretação dos mapas e do globo. Essas
32
33
GARRIDO, Dulce; COSTA, Rui. Dicionário breve de geografia. Lisboa: Editorial Presença, 1996. p. 155.
ROSS, Jurandir L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da USP, 2005. p. 33.
58
cores não são colocadas ao acaso, elas obedecem a padrões internacionais convencionados. A cor
azul, por exemplo, é sinônimo de água, o marrom, de altitude.
07- Atividades
1. Observe o mapa Brasil físico e responda as questões
O objetivo desta atividade é compreender melhor a leitura de mapas através de sua legenda.
Esse mapa você encontra no Geoatlas da Maria Elena Simielli pág. 102.
a) Qual é o título do mapa?
b) O que significa as cores deste mapa?
c) Quais são as áreas mais altas? Diga as cores?
d) Qual das Planícies apresenta as maiores altitudes?
e) Qual é a informação de cada cor?
f) Localize aproximadamente, o município onde você mora, em seguida, responda em que intervalo
de altitude encontra-se o seu município.
g) Localize o Rio São Francisco, passe o dedo sobre a nascente do rio e vá acompanhando o curso
do rio até a sua foz. Observe como a altitude varia.
2. Observe o mapa altimétrico da região Norte do Brasil, classificação do IBGE, e responda:
Esse mapa você encontra no livro: Construindo Consciências, São Paulo: Scipione, 2006, pág. 112.
(altimetria da região Norte do Brasil. Construindo Consciências, São Paulo: Scipione, 2006, página
112).
a) Quais são as altitudes da região Norte?
b) Qual é a altitude predominante nos estados do Amazonas e do Acre?
59
c) Observe o mapa a responda: quais são os pontos mais elevados da região Norte? Onde estão
localizados?
d) Qual é o principal rio da região? Que altitude ele corre?
3. Atividade prática34
Como os mapas indicam as altitudes?
Curvas de nível.
Material necessário: um tanque de plástico, plastilina, um palito, linha colorida, papelão, uma placa
grossa de madeira, tinta acrílica.
(O objetivo desta prática é demonstrar para os alunos como os mapas indicam as altitudes através
das curvas de nível.)
Procedimento:
1. Sobre a madeira, molde um terreno com a plastilina, pinte-o com tinta acrílica e coloque-o dentro
do tanque.
2. Cole num lado do tanque o papelão com linhas traçadas de 2cm em 2cm. Despeje água até a
marca mais baixa. Com o palito, trace no terreno uma linha para indicar o nível da água.
3. Despeje novamente água até a marca seguinte e torne a desenhar o contorno com o palito. Repita
o processo até o terreno estar todo coberto de água.
4. Retire do tanque o terreno contornado. Em seguida, encaixe a linha colorida nas ranhuras feitas
pelo palito.
Obs.; observe as curvas de nível de cima para ver que aparência elas têm num mapa.
Urbanização e Grandes Cidades
Após a Revolução Industrial o mundo tem presenciado um acelerado crescimento de
grandes concentrações populacionais em espaços urbanos. Essas cidades têm crescido de forma
34
Atividade prática presente no livro de HASLAM, Andrew; TAYLOR Barbara. Mapas. São Paulo: Scipione, 1999.
p. 11.
60
desigual mas acelerada por todo o espaço terrestre. Segundo Ross, pode-se definir cidade como:
(...) todo aglomerado permanente cujas atividades não se caracterizam como agrícolas. A grande
concentração das atividades terciárias públicas e privadas do aglomerado e a forma contínua dos
espaços edificados onde se dá a proximidade das habitações da população que vive dessas atividades
são atributos que permitem caracterizar melhor o termo cidade.35
Urbanização é quando a população das cidades cresce mais que as zonas rurais.
Cidades grandes como São Paulo, Xangai, Londres e Tóquio são denominadas como
metrópoles. Nelas, a concentração dos itens que definem uma cidade é exagerada em relação às
cidades mais próximas, de forma que acabam influenciando os espaços ao seu redor. São centros de
decisão onde se localizam grandes empresas, bancos, sedes de governos, grandes institutos de
pesquisas, universidades, serviços especializados, casas de espetáculos e teatros, principais agências
de informação, etc.
As metrópoles também são um espaço onde as desigualdades sociais ficam mais visíveis e
se manifestam de modo mais chocante. O crescimento exagerado dessas grandes cidades causa
problemas como favelização, desemprego, enchentes, poluição e deslizamentos de encostas.
Portanto, ao lado positivo de ser um grande centro, soma-se um lado negativo, decorrente dos
excedentes populacionais.
O estudo comparativo do mapa “urbanização e grandes cidades”, com os planisférios de
“alfabetização” e “crescimento vegetativo”, permitirão que os alunos percebam a relação entre esses
três indicadores: os espaços mais urbanizados apresentam maiores taxas de alfabetização e menores
taxas de crescimento natural.
Antes de iniciar a atividade, vamos dar o significado de taxa de alfabetização e crescimento
vegetativo.
Crescimento vegetativo.
É a diferença entre a taxa de natalidade e taxa de mortalidade.
Crescimento vegetativo = natalidade – mortalidade.
Taxa de alfabetização.
É uma avaliação pelos estados ou por instituições como a ONU da porcentagem de pessoas
com capacidade de ler e escrever na população de um país. Essa medida é um dos indicadores de
desenvolvimento de um país, A ONU serve-se alias deste fator para calcular o IDH.
35
ROSS, Jurandir L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da USP, 2005. p. 399.
61
08- Leitura de mapas
Atividades com os mapas: Urbanização e Grandes Cidades, Crescimento Vegetativo e
Alfabetização.
Objetivo:
O objetivo desta atividade é fazer um comparativo entre as taxas de urbanização e alfabetização.
Que os alunos percebam a relação entre os indicadores dos mapas.
Esses mapas você encontra no Geoatlas da Maria Elena Simielli, pág. 33 e 35.
A) Observe o planisfério urbanização e grandes cidades: leia o título e as legendas. Que perguntas
você pode fazer olhando o mapa? Que informações você pode conseguir? Como essas informações
estão representadas?
Resp.:
B) Identifique as áreas onde mais da metade da população ainda vive no campo (onde a taxa de
urbanização é menor que 50%).
C) Faça o mesmo para as áreas onde a maior parte da população vive nas cidades.
D) Os círculos que indicam a localização das cidades mais populosas aparecem apenas nas áreas
com taxas mais alta de urbanização? Cite exemplos?
E) No planisfério alfabetização, você consegue identificar os países com alta taxa de alfabetização
(acima de 95%). Quais são eles? (Geoatlas Maria Elena Simielli pág. 35.
F) Qual a taxa de adultos alfabetizados no Brasil?
G) Comparando os dois planisférios, que relação você vê entre a taxa de adultos alfabetizados e a de
urbanização?
62
H) Compare o planisfério de urbanização com o de crescimento vegetativo. As taxas de crescimento
correspondem a maior ou menor taxa de urbanização? (Geoatlas Maria Elena Simielli, pág. 33.).
I) Pesquise no google o total de habitantes de sua cidade. Quantos habitantes tem? Quantas vezes
sua população é menor do que a das cidades com 15 milhões de habitantes?
Vegetação Brasileira
Uma das maneiras de agressão ao meio ambiente é a devastação vegetal. Isso ocorre no
Brasil através das queimadas, dos desmatamentos, da mineração, entre outros.Essa destruição trás
danos irreparáveis, já que provoca o desequilíbrio ao meio ambiente.
As práticas indiscriminadas do extrativismo vegetal (retirada dos recursos vegetais da
natureza pelos seres humanos), do desmatamento para uso agrícola, do comércio de madeiras, entre
outras, destruíram milhões de hectares de matas nativas e dezenas de valiosas espécies vegetais.
Apesar do grande desmatamento, ainda é possível dizer que os imensos domínios vegetais
são parte importante da paisagem brasileira, segundo Ross:
O Brasil é um país de grande extensões territoriais. São 8,5 milhões de Km² submetidos a diferentes
condições climáticas, de relevos e solos que permitem o desenvolvimento de uma grande diversidade
de ambientes. As formações vegetais que ocupam maior extensão territorial são as florestas. Há uma
grande variedade dessas formações na bacia amazônica, na região costeira, no sul do país e nas
36
regiões subtropicais.
Essas grandes concentrações vegetais, no entanto, estão desaparecendo por conta de uma
variada gama de fatores. Entre eles o avanço da agropecuária sobre a floresta, e o crescimento
desordenado de cidades e áreas de pastagem e cultivo. As formações vegetais das regiões mais
industrializadas ou de ocupação mais antiga foram muito atingidas pela devastação, como exemplo
podemos citar a Mata Atlântica e da Mata dos Pinhais.
O sistema de desenvolvimento econômico, o crescimento das cidades, o aumento das áreas
agrícolas, a grande procura pelos recursos naturais, criou alguns problemas ambientais no Brasil e
36
ROSS, Jurandir L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da USP, 2005. p. 155.
63
um destacamos que é o desmatamento das florestas nativas que é o que mais ganha repercussão a
nível mundial.
Uma das formas de amenizar essa situação é apoiar o uso sustentável.
9- Leitura de mapas
O objetivo desta atividade é fazer com que o aluno realize uma leitura do conjunto de dados
apresentados nos mapas (legenda).
1. Observe o mapa Brasil Vegetação Natural do Geoatlas da Maria Elena Simielli pág. 110 e
responda:
a) Quais são as principais paisagens naturais existentes, no estado em que você mora?
b) Essas paisagens também são encontradas em outros estados? Em qual (is)?
c) Pesquisando na internet.
- Quais são as principais espécies nativas do seu Município?
Como proceder:
a) google
b) IBGE mapas interativos
c) Selecione o tema: mapa de vegetação dê OK.
d) Clique na ferramenta aproximar ( no mapa do Paraná).
e) Clique na ferramenta identificar, no quadro a esquerda aparecerá o resultado de sua
pesquisa.
2. Agora observe os mapas: evolução da vegetação – 1960 e evolução da vegetação – 2005, também
do Geoatlas da Maria Elena Simielli pág. 111 e responda:
a) De acordo com o mapa, quais são as paisagens naturais brasileiras que mais sofreram alterações?
b) No lugar onde você mora, existem paisagens naturais ainda preservadas? Descreva a situação
dessas paisagens.
c) Você acha importante preservar as formações vegetais do nosso país?
d) Observe novamente os mapas e cite os Estados onde ocorrem as devastações.
64
3. Para essa atividade você vai decodificar e (re)codificar o mapa da vegetação.
a) observe novamente o mapa Brasil Vegetação Natural e responda:
- Qual é o título do mapa?
- A escala é grande ou pequena?
- Como está representado a legenda do mapa?
- Agora, decodifique/descreva o mapa, observe bem as cores da legenda, onde estão localizadas.
Exemplo.
Na região Norte encontra-se em sua maior parte a Floresta Amazônica. Ela faz fronteira com os
Estados..., é a maior floresta do mundo...
- Agora você vai receber um mapa mudo para fazer a (re)construção do mapa, ou seja, (re)codifique
as informações descritas anteriormente no mapa mudo, sem ter a presença do mapa inicial, apenas
com a sua descrição.
Obs.: compare o mapa (re)construído com o mapa inicial e estabeleça as diferenças buscando as
justificativas.
Pesquisando na internet
Faça um passeio pela vegetação do Brasil.
Vá para o google, digite Youtube, após abrir, digite na janela de pesquisa: vídeos da vegetação do
Brasil.
Vai aparecer vários vídeos, clique no primeiro (Vídeo produzido para fins didáticos, recomendado
na aulas de Geografia) e assista.
Leitura do globo terrestre
Quando caminhamos a Terra parece plana sobre a superfície, mas notamos que é redonda
quando olhamos fotografias tiradas do espaço.
O globo é a melhor representação da Terra, por ele ser esférico, ele nos dá uma idéia da real
aparência da Terra, é como se nós estivéssemos vendo-a de cima para baixo. Ele permite ainda as
simulações dos movimentos da mesma. Nele estão representados os continentes, oceanos, as
cadeias de montanhas, rios, lagos, países, os meridianos e os paralelos. Ele também apresenta
algumas pequenas desvantagens em relação aos mapas: não permite ver toda a Terra ao mesmo
tempo, não apresenta detalhes como vilas, estradas, áreas agrícolas, etc.
Para Schäffer et al. o globo é a única forma que possibilita ver a terra em todas as suas,
dimensões enquanto que o mapa, ao representar curvas em uma superfície plana, sempre apresenta
deformações. Portanto, o que determina o melhor momento para usar um ou outro é ter claros os
65
propósitos que se espera alcançar com a aula.37
Para lermos o globo terrestre é necessário compreender a legenda que mostra os símbolos
que ele contém. Como exemplo podemos citar: a cor azul representa as águas superficiais terrestre e
oceânicas; o verde as florestas; o vermelho as rodovias, o marrom para as maiores altitudes, etc.
A leitura do globo terrestre é feito a partir de seus símbolos e pela descrição da legenda.
A seguir apresentamos uma atividade com o globo terrestre.
Objetivo: ler o globo terrestre com o auxílio da legenda.
10- Leitura da legenda do globo
Objetivo: ler o globo terrestre a partir de sua legenda.
1. Observe o globo e escolha sete cidades que gostaria de conhecer. Elas devem estar situadas
em países diferentes.
2. Faça um roteiro de viagem com as sete cidades a serem visitadas. Anote numa folha.
3. Troque a folha com o colega ao lado e peça para ele localizar as cidades do seu roteiro,
identificando os países onde se situam.
4. Pesquise na internet um símbolo ou figuras que identifiquem cada país listado no roteiro,
justificando a escolha do símbolo.
5. Apresente para o colega o roteiro.
37
SCHÄFFER, Neiva Otero [et al.]. Um globo em suas mãos: práticas para a sala de aula. Porto Alegre: Editora
da UFRGS, 2003. p. 39.
66
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação é um processo coletivo que se dá em determinado espaço, principalmente na
escola.
A participação do professor e da família é primordial para que o educando se desenvolva
como estudante, pois, há um mundo lá fora que o espera.
É muito importante que o professor participe dessa caminhada, orientando e estimulando os
alunos de forma a desenvolver suas potencialidades para que ele possa estar preparado para
enfrentar os desafios que a vida os espera.
A elaboração deste caderno pedagógico está baseado na pesquisa bibliográfica em especial
na leitura cartográfica (algumas práticas e atividades com mapas). E também, contribuir para
melhorar o ensino e aprendizagem de cartografia e tornar este mais interessante e eficaz.
É necessário que o aluno seja incentivado para desenvolver essas atividades indispensáveis
no entendimento geográfico e na sua vida cotidiana.
Esperamos que os professores orientem os seus alunos para a importância dessas atividades
citadas neste caderno, bem como estimulem e motivem os educandos para que ele possa chegar ao
aprendizado.
Sabemos que os resultados desse trabalho só será alcançados se houver a participação de
todos.
67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAS, Melhem (org.). Geografia – construção do espaço geográfico brasileiro – 5ªed. -. São Paulo:
Moderna, 2006.
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. – 4ª ed. -.
São Paulo: Contexto, 2009.
CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. [et.al.]. Geografia em sala de aula. -4ª ed.-. Porto Alegre:
Editora da UFRS, 2003.
FRANCISCHETTI, Mafalda Nesi. A cartografia no ensino da geografia: construindo os caminhos
do cotidiano. Rio de Janeiro: Kroart, 2002.
GARRIDO, Dulce; COSTA, Rui. Dicionário breve de geografia. Lisboa: Editorial Presença, 1996.
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Novo atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2005.
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http://mapas.mma.gov.br/i3geo/aplicmap/geral.htp?t. Acesso em 05/03/2010.
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Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
LE SANN, Janine Gisele. “A noção de escala em cartografia”. IN: Revista Geografia e Ensino. 5:
56-66 2 jun. Belo Horizonte: UFMG, 1984.
LOPES, Mário Cezar. “Orientação”. IN: Universidade livre do meio ambiente. História e geografia
do Paraná: textos e metodologias de mapas e maquetes. Curitiba: Universidade livre do meio
ambiente, 2002.
MAGNOLI, Demétrio. “O que é geopolítica: Geografia e estratégia.” IN: Atlas Geopolítica. São
Paulo: Scipione, 1996.
68
MARTINELLI, Marcelo. Gráficos e mapas: construa-os você mesmo. São Paulo: Moderna, 1998.
OLIVEIRA, Cêurio de. “Projeções cartográficas”. IN: Universidade livre do meio ambiente.
História e Geografia do Paraná: textos e metodologias de mapas e maquetes. Curitiba:
Universidade livre do meio ambiente, 2002.
PALHARES, José Mauro. Paraná: aspectos da Geografia. – 2ªed. – Foz do Iguaçu: O Autor, 2001.
PINO, Angel; GÓES, Maria Cecília. Pensamento e Linguagem, Cadernos Cedes, 24. Campinas:
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ROSS, Jurandir L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da USP, 2005.
SCHÄFER, Neiva Otero [...et.al.]. Um globo em suas mãos. Porto Alegre: Editora da UFRGS,
2003.
SINGER, Paul. Motivos e condições das migrações. IN: PORTELLA, Fernando; VESENTINI, José
Wilson. Êxodo rural e urbanização. -9ªed.-. São Paulo: Ática, 1996.
TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral e geografia do Brasil: o espaço
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Paulo: Martins Fontes, 1991.
WONS, Iaroslaw. Geografia do Paraná. -4ªed. -. Curitiba, Ed. Ensino Renovado, 1982.
.
69
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Pontos cardeais ................................................................................................................... 10
Figura 2: Pontos colaterais................................................................................................................. 11
Figura 3: Mapa de uma sala de aula................................................................................................... 12
Figura 4: Mapa do Paraná .................................................................................................................. 13
Figura 5: Mapa do Brasil ................................................................................................................... 14
Figura 6: Mapa da escola ................................................................................................................... 17
Figura 7: Paralelos ............................................................................................................................. 19
Figura 8: Quadro de latitude e longitude ........................................................................................... 20
Figura 9: Aluno .................................................................................................................................. 24
Figura 10: Mapa mudo do Brasil ....................................................................................................... 26
Figura 11: Mapa mudo do Brasil ....................................................................................................... 27
Figura 12: mapa mudo do Brasil........................................................................................................ 28
Figura 13: Mapa mudo do Brasil ....................................................................................................... 28
Figura 14: Mapa Brasil político ......................................................................................................... 29
Figura 15: Mapa Brasil divisão política............................................................................................. 30
Figura 16: Mapa Brasil Capitais/Estados........................................................................................... 30
Figura 17: Moldura ............................................................................................................................ 32
Figura 18: Moldura em dois tamanhos .............................................................................................. 32
Figura 19: Símbolos ........................................................................................................................... 42
Figura 20: Mapa Relevo Paraná......................................................................................................... 49
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VOLUME I I - Secretaria de Estado da Educação do Paraná