ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NAS DIRETRIZES PARA O TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Autor: Amur Ferreira Neto Segundo Orientador: Dr. Emilton Lima Junior Coautor: Amanda Geara Introdução Resultados Um dos maiores desafios do homem está ligado a tomada de decisões. Em algumas situações um erro pode vir a ser algo desastroso. Para tentar minimizar esses erros, em 1980 foi criada a medicina baseada em evidências (MBE). A principal referência utilizada para a MBE, atualmente, é a Universidade de Oxford, que criou uma classificação para os níveis de evidência científica nos enfoques do tratamento. Utilizando essa classificação, abordaremos a questão: Estariam as diretrizes para o tratamento da Insuficiência Cardíaca (IC) baseadas em níveis de evidência de boa qualidade? As 2 diretrizes que se destacaram pelo maior grau de evidência de suas referências foram a do National Institute for Health and Care Exellence (NICE) e a da sociedade europeia. E entre elas, a que possui a maior porcentagem de referências categorizada como níveis 1 e 2 foi a europeia com 94,11% de suas referências e é também a que possui menor número percentual de referências de nível 5, apenas 3,92%. Comparação entre os graus de evidência adotados pelas diretrizes em análise: Obje6vo e Metodologia Avaliar e comparar a qualidade das diretrizes Brasileira, Americana, Europeia e Britânica para o tratamento da IC através da classificação dos níveis de evidência de suas referências. Após a adoção dos níveis de evidência e recomendações elaboradas pelo Center for Evidence-Based Medicine (CEBM), da Universidade de Oxford, as últimas edições das Diretrizes de Insuficiência Cardíaca Brasileira, Americana, Européia e Britânica foram selecionadas. Essas, por sua vez, foram avaliadas de acordo com a qualidade das evidências das citações que sustentam suas orientações quanto ao tratamento da IC. As quatro Diretrizes foram então comparadas entre si. Conclusão As diretrizes americana e brasileira apesar de serem as com o maior número de artigos utilizados, deixaram a desejar na qualidade dos mesmos. No outro lado estão as diretrizes do NICE e da Sociedade Europeia de Cardiologia, as quais utilizaram um número mais enxuto de referências porém mantendo a qualidade alta, e assim nos dando maior segurança para seguir suas indicações. Referências 1-OCEBM Levels of Evidence Working Group*. "The Oxford 2011 Levels of Evidence". Oxford Centre for Evidence-Based Medicine. http://www.cebm.net/index.aspx?o=5653 2-ESC Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure 2012 3-National Clinical Guideline Centre (2010) Chronic heart failure: the management of chronic heart failure in adults in primary and secondary care. London: National Clinical Guideline Centre. Available from: http://guidance.nice.org.uk/CG108/Guindance/pdf/English