CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH PERÍODO: 2015.1 DEPARTAMENTO: LETRAS LET2504 Aliteraturacontemporâneabrasileirae aintervençãodesuacrítica SEMINÁRIOS AVANÇADOS: CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito L581 Prof. Karl Erik Schollhammer 5as feiras, 13.00-16.00 Início: 13.03.25 OBJETIVOS Examinar e discutir as complexas relações constitutivas entre literatura e crítica na sociedade brasileira contemporânea. EMENTA A partir de um mapeamento das tendências principais da prosa contemporânea a proposta do seminário é investigar o papel da própria critica literária no reconhecimento e elaboração deste campo de investigação. Procuraremos seguir os caminhos da canonização critica e desvendar a cumplicidade entre a criação e seu reconhecimento do qual o próprio seminário se entende como parte. Nesse sentido há um cerne ético e também politico na pesquisa proposta que propõe discutir o papel da critica literária na academia, na imprensa, na educação e na intervenção social. O papel contemporâneo da literatura não pode ser entendido sem a compreensão de sua complexa inserção institucional garantida e promovida pela atividade critica. Assim, a discussão não abandonará seu fundamento na prosa brasileira das ultimas duas décadas, muito pelo contrario, vai considerar ativamente o espelhamento de reconhecimento mutuo entre criação, critica e teoria a partir da década de 60 quando a discussão da literatura contemporânea ganha corpo nos estudos da literatura brasileira. PROGRAMA O seminário se realiza com a participação de críticos e escritores convidados e se organiza em função de 5 tópicos principais 1. História recente da crítica literária brasileira Na década de 70 e 80 começamos a registrar na crítica literária brasileira um esforço coerente para entender as mudanças na produção nacional em função do momento histórico do país. Passado o reconhecimento do realismo engajado do Romance de 30 e do auge da realização modernista celebrado em torno dos autores Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Graciliano Ramos nas décadas de 50 e 60 começava a surgir uma geração de novos críticos que se dedicava a analisar a nova safra de ficcionistas cujo tema girava em torno da realidade urbana e que viria a ser conhecida como geração 70. Mapearemos como um fundamento principal para a pesquisa as principais contribuições de críticos que marcaram a compreensão da literatura brasileira das últimas décadas do século 20: Silviano Santiago, Alfredo Bosi, Luiz Costa Lima, Flora Süssekind, Roberto Schwartz, Haroldo de Campos, Davi Arrigucci, Raul Antelo, Beatriz Resende, Renato Cordeiro Gomes, Eneida Maria de Souza entre muitos outros. 2. Criatividade dialética entre crítica e seu corpus reconhecido Procuramos rastear a influência direta da crítica sobre as tendências contemporâneas e os parâmetros de sua descrição diferenciada da “tradição modernista” e os caminhos de sua canonização. Já nos trabalhos iniciais da Flora Süssekind (1982) se refletia uma clara consciência de certas preferencias profissionais que se manifestavam de modo efetivo nas mudanças literárias, por exemplo, a migração de vários jornalistas para a ficção em função da censura da ditadura militar. Da mesma forma podemos salientar mais recentemente a presença de um número crescente de professores de literatura e de outros profissionais das letras e da mídia entre os principais autores contemporâneos e sua expressão num certo didatismo nas propostas literárias. Mas também reconhecemos uma migração recente entre as diferentes artes e a literatura, artistas plásticos, músicos, atores e cineastas que começam a escrever ficção e mobilizam a literatura a partir dessas outras linguagens artísticas. (Chico Buarque, Nuno Ramos, Rodrigo Naves, Fernanda Torres etc.) 3. O diálogo entre a crítica brasileira e as tendências da literatura mundial. O diálogo entre a crítica brasileira e a literatura mundial não tem sido transparente e normalmente não é objeto de maior interesse analítico. Tentaremos mostrar o impacto de um mecanismo internacional de canonização que se instala no contexto brasileiro através da internacionalização do mercado editorial e para a crítica em consequência da emergente colaboração acadêmica globalizada que se inicia na década de 80. Um exemplo claro disso é a discussão em torno da Literatura Comparada no seio da ABRALIC ou o impacto dos estudos culturais e do pós-colonialismo sobre os estudos de cunho nacional, a emergência dos estudos de gênero e das questões identitárias, a polémica em torno da escrita historiográfica, a emergência do interesse pela literatura africana etc. Mais recentemente podemos destacar o interesse pela “cultura do trauma” e por um novo memorialismo, pela “escrita de si” e pela disseminação dos gêneros literários tradicionais e da pós-autonomia vinda do contexto latinoamericano. Um aspecto importante desta pesquisa é desenhar e discutir o perfil da crítica internacional da literatura brasileira, em particular, europeia e norte- americana a partir de uma leitura criteriosa dos principais veículos de divulgação acadêmica internacionais. 4. O experimentalismo ensaístico na crítica literária (meta-ficção em suas formas contemporâneas). Desde os primeiros romances de Silviano Santiago – Em Liberdade e Stella Manhattan – instala-se na literatura brasileira uma vertente meta-ficcional que se situa criticamente no universo da criação literária e transforma a literatura em meta-comentário aos contemporâneos. Em livros recentes de Veronica Stigger, Joca Terrón, Nuno Ramos, Ronaldo Bressane, Evando Nascimento, Julián Fuks, Alberto Martins, Juliano Garcia Pessanha e Teixeira Coelho percebemos a articulação influente de um experimentalismo ensaístico que dialoga com a crítica ou converte a própria literatura em nova atribuição crítica. Não se trata propriamente de uma nova forma de meta- literatura a pesar de sua incessante auto-reflexão. É mais uma expressão de uma escrita literária num campo expandido da literatura que abre as fronteiras modernas entre realidade e ficção e convoca a literatura para um envolvimento mais direto na realidade atual sem necessariamente ser por via da representação discursiva. Os recentes debates teóricos em torno do testemunho, do arquivo e da memória contribuem decisivamente para esta vertente que começa a ganhar sua silhueta conceitual nos estudos da literatura contemporânea. 5. Os mecanismos de canonização da literatura contemporânea A crítica literária atual não acontece apenas na imprensa e na academia, novas formas de divulgação e distribuição promovem a literatura de modo mais eficiente embora não por critérios criticamente claros. Discutiremos esses mecanismos de feiras literárias, divulgação digital, mega-livrarias, saraus, performances e outros eventos midiáticos da literatura como ferramentas de reconhecimento que contribuem na moldura de nossa ideia do que é a literatura hoje. As características do mercado editorial brasileiro será analisadas para completar este componente da análise. AVALIAÇÃO Monografia final BIBLIOGRAFIA CORDEIRO, Rogério (Org). A crítica Literária em Perspectiva. Rio de Janeiro. Ateliê Editorial. 2013 PRINCIPAL (no máximo 5) SCRAMIN, Susana. (Org) O contemporâneo na crítica literária. Iluminuras. São Paulo. 2013. SOUZA, Eneida Maria.. Tempos de Pós-crítica – Ensaios. Veredas e Cenários. Belo Horizonte. 2012 VIOLA, Alan Flávio. (Org) Crítica literária contemporânea. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 2012 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AHMAD, Aijaz. “Jameson ́s rhetoric of Otherness and the “National Allegory””. Social Text, no. 17. Duke University Press, 1987, p 3-25. 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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2516 PERÍODO: 2015.1 GÊNEROS NARRATIVOS E MERCADO CULTURAL Tópico: Declínio da paixão negativa, estética dos usos e mercado cultural CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Prof. Vera Follain de Figueiredo OBJETIVOS Analisar as metamorfoses da mescla entre arte e vida na ficção literária e cinematográfica brasileira das duas últimas décadas, à luz do vazio deixado pela ausência da dimensão de projeto e do papel assumido pelo mercado como grande mediador da esfera cultural. Estabelecer relações entre a primazia da categoria de espaço sobre a de tempo e o tratamento dado ao passado nas narrativas ficcionais contemporâneas, considerando a hegemonia da narrativa em primeira pessoa. Discutir os desdobramentos do culto do cotidiano na dramaturgia midiática, levando em conta o propósito manifesto, em textos teóricos recentes, de estabelecer distinções entre a reivindicação do banal pela arte e a representação da banalidade em outros campos da produção cultural. Estabelecer relações entre mudanças ocorridas no estatuto da ficção a partir da última década do século XX e os regimes de visibilidade instaurados pelo avanço das tecnologias de comunicação. EMENTA Ficção contemporânea e mercado de bens culturais. Convenções genéricas e estratégias de comunicabilidade. Declínio dos procedimentos radicais de vanguarda e estética híbrida. Diluição das fronteiras entre o campo da arte e o da cultura de massa. Literatura e entretenimento. PROGRAMA Declínio da paixão negativa, estética dos usos e mercado cultural O sonho da revolução estética, na modernidade, associou-se com frequência ao da transformação radical da realidade. Por esse viés, pode-se afirmar que a arte moderna caracterizou-se pela tensão entre os polos da arte pura e o da produção cultural para as massas, sem deixar, entretanto, de manter uma relação intrínseca com os grandes projetos universais de emancipação do homem. A própria recusa da função social da arte não deixava de se caracterizar como um gesto político, já que a resistência às demandas externas ao campo inseria-se no quadro dos ideais emancipatórios que agitaram a vida cultural e política na alta modernidade. Nesse sentido, fazer da arte uma forma autônoma e com isso identificá-la com um processo de transformação do mundo é, para Rancière, a contradição constitutiva da estética moderna: ou seja, o paradigma estético da modernidade se constituiria na tentativa desesperada de fundar o próprio da arte atando-o ao ideal de uma nova vida. Tendo, como corpus, narrativas ficcionais literárias e audiovisuais das duas últimas décadas, pretende-se, no curso, discutir o declínio do paradigma da negatividade radical e sua gradativa substituição por uma “estética do pequeno”, circunscrita pelo horizonte do cotidiano. Trata-se de discutir as possíveis relações entre tal estética e a proposta vanguardista de fusão entre arte e vida. Caberá ainda analisar como esta “estética da modéstia”, privilegiando outros modos de interação entre autor e leitor/espectador, favorecida pela tecnologia digital, tem sido aproveitada pelo mercado de bens culturais. AVALIAÇÃO Trabalho monográfico final. BIBLIOGRAFIA AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007. BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: EDUSP, 2008. BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. São Paulo: Martins Fontes, 2009. CROW, Thomas. El arte moderno en la cultura de lo cotidiano. Madrid: Akal, 2002. FOSTER, Hal. 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EMENTA Diante do fracasso das tecnologias e da ciência para reverter o quadro de infelicidade e morte que assola as relações sócio-políticas dos povos na aldeia global, propor a consideração da emergência de uma espiritualidade laica que entenda a secularização da ética como herança do nascimento do amor moderno que abriu portas para a liberdade de consciência e o entendimento do sagrado com o rosto humano. PROGRAMA A denuncia do vazio, e da ausência de trocas afetivas no mundo das relações de mercado. O processo de perda e busca de sentido para a vida ao lado com o advento de humanização do divino sendo substituído pela divinização do homem, colocando questões como as da heteronomia e da autonomia frente a um percurso do reconhecimento do outro que condiciona saídas para o impasse. A superação de dicotomias da perspectiva metafísica em favor de uma espiritualidade imanente. AVALIAÇÃO Seminários em aula e monografia final BIBLIOGRAFIA Badiou, Alain. O Elogio ao Amor. 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Nesta moldura, a criação de espaços limiares e inespecíficos entre sistemas artísticos em expansão será explorada a partir do enfoque de conceitos de intermedialidade e transmedialidade no contexto em que se justapõem repertórios teóricos vinculados a modernidades heterogêneas e suas relações complexas com questões pós-modernas. EMENTA O curso objetiva responder – alternadamente – aos desafios e interrogações do presente, investigando os códigos culturais da contemporaneidade e suas expressões artísticas e literárias. Será discutida criticamente a coexistência, hoje, de quadros conceituais distintos, de opções epistemológicas heterogêneas e de agendas políticas dissonantes, testando novas racionalidades e sensibilidades na elaboração de saber na esfera dos estudos literários e culturais. Neste âmbito, serão avaliadas, ainda, apropriações de repertórios teóricos e de ferramentas metodológicas elaboradas em domínios diversos das humanidades, ensaiando-se cruzamentos e trocas inter e transdisciplinares. PROGRAMA 1. Questões pós-modernas: novas sensibilidades emergentes entre teoria e prática 2. Pós-modernismo e performance: repertórios teóricos em construção 3. Expansão do fenômeno literário 4. Intermedialidade e Transmedialidade AVALIAÇÃO Monografia BIBLIOGRAFIA HERZOGENRATH, Bernd (ed.).Travels in Intermediality. Re-Blurring the Boundaries. Dartmouth: University Press of New England, 2012. HOFFMANN, Gerhard. The Aesthetic Attitude in the Postideological World: History, Art, Literature, and Museum-mentality in the Cultural Enviroment. Amerikastudien/American Studies, v.34, n.4, 1989, p.423-479. HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo. Rio de Janeiro: Imago, 1991. HUYSSEN, Andreas. After the Great Divide. Bloomington: Indiana UP, 1986. OOSTERLING, Henk e Ewa Plonowska Ziarek (eds.). Intermedialities. Philosophy, Arts, Politics. Lanham: Lexington Books, 2011. PRINCIPAL (no máximo 5) BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AUSLANDER, Philip. From Acting to Peformance. Essays in Modernism and Postmodernism. London/New York: Routledge, 1997. BARTH, John. (1981) The Literature of Replenishment. In__.The Friday book. Baltimore; Johns Hopkins UP, 1984, p. 193-206. BARTH, John.(1967) The Literature of Exaustion. In: The Friday book. Baltimore; Johns Hopkins UP, 1984, p. 62-76. BARTH, John. Dunyazadíada. In: ____. Quimera. São Paulo: Marco Zero, 1986, p.7-49. BIRRINGER, Johannes. Postmodernism and Theatrical Performance. In: Hans Bertens e Douwe Fokkema. International Postmodernism: Theory and Literary Practice. Amsterdam/Philadelphia:John Benjamins, 1997, p.129-140. BIRRINGER, Johannes. Theatre, theory, postmodernism. Bloomington: Indiana University Press, 1993. BUTLER, Judith. Bodies that Matter: On the Discoursive Limits of Sex. London /New York: Routledge, 1993. CHAPPLE, Freda e Chiel Kattenbelt (eds.). Intermediality in Theatre and Perfor mance. Amsterdam/ New York: Editions Rodopi B.V., 2006. COMPAGNON, Antoine. Os cinco paradoxos da modernidade. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1996. CROWTHER, Paul. The Kantian Sublime, the Avant-Garde, and the Postmodern. A critique of Lyotard. New Formations, 1989, n.7, p.67-75. EILITTÄ, Leena. From Interdisciplinarity to Intermediality. In: _____. Liliane Louvel e Sabine Kim (eds.). Intermedial Arts: Disrupting, Remembering and Transfor ming Media. Cambridge: Cambridge Scholars Publishing, 2012, p.viixiii. ELLESTRÖM, Lars (ed.). Media Borders, Multimodality and Intermediality. Hound mills/Basingstoke: Palgrave MacMillan, 2010. FIEDLER, Leslie A. Cross the Border – Close that Gap: Post-Modernism. In: M. Pütz e P.Freese (eds.). Postmodernism in American Literature. Darmstadt: Thesen Verlag, 1984, p.151-166. FISCHER-LICHTE, Erika. Estética de lo performativo. Madrid: Abada Editores, 2011. FOKKEMA, Douwe. The Semantic and Syntactic Organization of Postmodernist Texts. In: ____ e Hans Bertens. Approaching Postmodernism. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1986, p.8198. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Modernização dos sentidos. São Paulo: Ed. 34, 1998. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença. O que o destino não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto/Editora PUC-Rio, 2010. HASSAN, Ihab. Fazer sentido: As atribulações do discurso pós-moderno. Revista Crítica de Ciências Sociais, 1988, n.24, p.47-73. HUTCHEON, Linda. The politics of Postmodernism. London/New York: Routledge, 2002. HUYSSEN, Andreas The Fate of Difference: Pluralism, Politics, and the Postmodern. Amerikastudien/ American Studies, 38, 1993, p. 303-311. HUYSSEN, Andreas. Memórias do modernismo. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. JAMESON, Fredric. Pós-modernismo. A lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 1997. JAMESON, Fredric. Fear and Loathing in Los Angeles. In: Hans Bertens. The Idea of the Postmodern: A History. London/New York, 1996, p.160184. JENCKS, Charles. What is postmodernism? London: Academic Editions, 1986. KELLNER, Douglas. Postmodernism as Social Theory: Some Challenges and Problems. Theory, Culture and Society, 1988, v.5, p.239-269. KLICH, Rosemary e Edward Scheer (eds.). Multimedia Performance. Houndmills/Basingstoke: Palgrave MacMillan, 2012. LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac Naify, 2007. LYOTARD, Jean-François. La condition postmoderne. Paris: Minuit, 1979. LYOTARD, Jean-François. O pós-moderno explicado às crianças. Lisboa: Dom Quixote, 1987. McHALE, Brian. Constructing Postmodernism. London /New York: Routledge, 1992. MUSSARA, Ulla. Narrative Discourse in Postmodernist Texts: The Conventions of the Novel and the Multiplication of Narrative Instances. In: Matei Calinescu e Douwe Fokkema. Exploring Postmodernism. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1990, p.215-231. MUSSARA, Ulla. Duplication and Multiplication: Postmodernist Devices in the Novels of Italo Calvino. In: Matei Calinescu e Douwe Fokkema. Exploring Postmodernism. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1990, p.135-155. OLINTO, Heidrun Krieger. Reflexões sobre uma falsa dicotomia: moderno/pós-moderno. Travessia, 1996, n. 31, p.39-63. OOSTERLING, Henk e Ewa Plonowska Ziarek (eds.). Intermedialities. Philosophy, Arts, Politics. Lanham: Lexington Books, 2011. SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005. SCHECHNER, Richard. Performance and the Social Sciences. The Drama Review, 1973, p.5-36, vol.17. SCHMIDT, Siegfried J. Literary Studies from Hermeneutics to Media Culture Studies. CLCWeb: Comparative Literature and Culture 12.1(2010): http://docs.lib.purdue.edu/clcweb/vol12/iss1/1 SMART, Barry. Modernity, Postmodernity and the Present. Theory, Culture and Society, 1990. SONTAG, Susan. Contra a interpretação. Porto Alegre: L&PM, 1987. CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2526 PERÍODO: 2015.1 A “ESCRITA DE SI” NA COMUNICAÇÃO LITERÁRIA Tópico: Escrita, vida, subjetivação – “eu é um outro” CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Profª. Marília Rothier Cardoso OBJETIVOS 1- Examinar as noções de ‘sujeito’ e de ‘linguagem’, levando em conta as transformações nos fundamentos epistemológicos do sentido, do século XVIII à virada do século XX para o XXI; 2- Investigar os modos de construção de ensaios, confissões, autobiografias, diários que se tornaram referências no panorama histórico das “escritas de si”, através da leitura crítica de especialistas; 3- Reconsiderar o estatuto do sujeito, questionando as formulações apoiadas em noções de origem e desenvolvimento, para operar com o conceito de “devir”; 4- Combinar a análise do tecido escritural como “intertextualidade” com o modo de operação da história da arte que pesquisa a “sobrevivência” de fórmulas do pathos; 5- Observar a construção de exemplos brasileiros modernos e atuais de “escritas de si”, confrontando-os com a tradição ocidental e com relatos vindos de culturas ágrafas;. 6- Elaborar fragmentos experimentais de diário, autobiografia, autoficção, ensaio de crítica (auto)biográfica. EMENTA PROGRAMA Discursos (auto)biográficos e autoficcionais contemporâneos. Novos repertórios literários e teóricos de “escritas de si”. Afetos na construção de conhecimento no sistema literário. Auto-encenação de intelectuais (de letras). Histórias de literatura no limiar entre escrita de memória, biografia, autobiografia, ficção e autoficção. Experimentos autobiograficcionais. 1- A frase de Rimbaud – “eu é um outro” – discutida em contraponto às investigações pós-estruturalistas sobre os processos de subjetivação; 2- A produção de “hypomnemata”, ensaios, confissões, autobiografias e diários situados num panorama histórico dos regimes de significação (relação entre “as palavras e as coisas”); 3- Amostras de alguns dos clássicos da autobiografia a partir de leituras críticas de Foucault, Blanchot, Barthes, Derrida e Deleuze; 4- Leitura crítica de diferentes exercícios de “escritas de si” na literatura brasileira do modernismo (Murilo Mendes, Jorge de Lima, Darcy Ribeiro) e da atualidade (Silviano Santiago, Luiz Ruffato, Alberto Mussa). Possível participação no Grupo de Pesquisa (CNPQ) “Vida, arte, literatura: bioescritas”, coordenado pela Profª Ana Cristina Chiara da UERJ. AVALIAÇÃO Participação em seminários e produção de monografia, ao final do curso (um experimento de autoficção ou equivalente e/ou considerações teórico-críticas sobre questões discutidas no curso). BIBLIOGRAFIA BLANCHOT, Maurice. A parte do fogo. Trad. Ana Maria Scherer Rio de Janeiro: Rocco, 2011. ---------------. O livro por vir. Trad. Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2005. DELEUZE, Gilles. Foucault. Trad. Claudia Martins. São Paulo: Brasiliense, 2005. -------------------- & GUATTARI, Félix. Devir-intenso, devir-animal, devir-imperceptível; Acerca do ritornelo. In: ------. Mil platôs. Trad. Sueli Rolnik. São Paulo: Ed. 34, 1997, v. 4. DUQUE-ESTRADA, Elizabeth Muylaert. Devires autobiográficos. A atualidade das escritas de si. Rio de Janeiro: Nau; Ed. PUC-Rio, 2009. PRINCIPAL (no máximo 5) FOUCAULT, Michel. O que é um autor? Trad. António F. cascais e Edmundo Cordeiro. Lisboa: Veja, 1992. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A imanência do inimigo; Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. In: -------. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AGAMBEN, Giorgio. Ninfas. Trad. Renato Ambrósio. São Paulo: Hedra, 2012. -------------. Profanações. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2007. BENNINGTON, Geoffrey & DERRIDA, Jacques. Jacques Derrida. Trad. Anamaria Skinner. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. BLANCHOT, Maurice. A conversa infinita. A palavra plural. Trad. Aurélio Guerra Neto. São Paulo: Escuta, 2001. --------------------. O espaço literário. Rio de Janeiro: Rocco, 1987. BARTHES, Roland. Roland Barthes par Roland Barthes. Paris: Seuil, 1975. BENJAMIN, Walter. Rua de mão única. Trad. Rubens Torres Filho e José Carlos M. Barbosa. São Paulo: Brasiliense, 1987. DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Ed. 34, 1997. ------------- & GUATTARI, Félix. Kafka. Por uma literatura menor. Trad. Julio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Imago, 1977. DERRIDA, Jacques. La dissémination. Paris: Seuil, 1972. ---------------. Otobiographies. Paris: Galilée, 1984. ---------------. The ear of the other. Trad. Peggy Kamuf. Lincoln: Univ. Nebraska Press, 1988. DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente. História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro : Contraponto, 2013. FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Trad. António Ramos Rosa. Lisboa: Portugália, 1968. -----------------. O pensamento do exterior. São Paulo: Princípio, 1990. KLINGER, Diana. Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada etnográfica. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007. LEVY, Tatiana Salem. A experiência do fora. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2003. OLINTO, Heidrun Krieger. Pequenos ego-escritos intelectuais. Palavra. 10: 24 – 44, 2003. SANTIAGO, Silviano. As escrituras falsas são. 34 Letras. Nº 5/6: 304 -308, 1989. --------------------------. Epílogo em 1ª pessoa; Eu & as galinhas d’angola. In: -------. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004. VERSIANI, Daniela Beccaccia. Autoetnografias. Rio de Janeiro: 7 letras, 2005. (As leituras de textos literários serão indicadas durante o curso). CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2529 PERÍODO: 2015.1 ESCRITA E CULTURA CONTEMPORÂNEA CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Profa. Ana Paula Veiga Kiffer OBJETIVOS EMENTA PROGRAMA Mapear leituras contemporâneas acerca da corporalidade no âmbito estético dando ênfase ao conceito de performance. A conjuntura contemporânea, caracterizada pelo avanço da tecnologia das comunicações e do controle, pelo intercâmbio cosmopolita e pela assimetria entre as relações interculturais. A produção de diferentes escritas conectadas em rede. Os questiona-mentos e transformações do conceito de “escrita”. O curso quer promover leituras e contato com obras da segunda metade do século XX ao contemporâneo que tomem o corpo como questão primordial. Tais leituras visam traçar uma cartografia inicial, assim como tomar como horizonte de discussão a noção de performance. Tal noção, como sabemos, vem pautando (e cada vez mais) toda manifestação artística que privilegie questões relativas à corporalidade, razão suficiente para que seja repensada pelo universo crítico atual. O curso investe também na ideia de que tanto as leituras teóricas quanto as investigações práticas devem ser tomadas como ambiente de propagação sensorial e conceitual, ao mesmo tempo. Por isso busca uma bibliografia que tenha como tarefa essa espécie de ‘desconstrução’ do peso que vem representando a atividade do pensar do ocidente, assim como busca manifestações estéticas que não hesitam em dialogar com constructos abstratos (mas nem por isso menos criativos), como o são um certo número de conceitos no horizonte do pensamento contemporâneo. AVALIAÇÃO Trabalho final e participação das discussões em sala de aula BIBLIOGRAFIA UNO, Kunichi. A gênese de um corpo desconhecido. São Paulo, N-1 Edições, 2012. TADA, Michitarõ. Karada, el cuerpo em la cultura japonesa. Buenos Aires, Adriana Hidalgo Edotores, 2010. KIFFER, Ana. Escrita e Corpo – inscrições, excreções, exceções. In: Demoras na Aporia, bordas do pensamento e da literatura (org,) EYBEN, Piero. Vinhedo, Edotora Horizonte, 2012. PRINCIPAL (no máximo 5) BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CASTRO, Eduardo Viveiros. A inconstância da alma selvagem – e outros ensaios de antropologia. São Paulo, CosacNaify, 2002. _________. Métaphysiques Cannibales. Paris, PUF, 2009. CUNNINGHAM, Merce. O Dançarino e a Dança. Conversas com Jacqueline Lesschaeve. Rio de Janeiro, Cobogó, 2014. FISCHER-LICHTE, Erika. Estética de lo performativo. Madrid, Abada Editores, 2011. FOUCAULT, Michel. El cuerpo utópico, las heterotopías. Buenos Aires, Nueva visíon, 2010. GIL, José. Metamorfoses do Corpo. Portugal, Relogio D’àgua, 1997. GIUNTA, Andrea. Escribir las imágenes. Ensayos sobre arte argentino y latinoamericano. Buenos aires, siglo Veintiuno Editores, 2011. GIORGI, Gabriel. El animal y el cadáver:escrituras del abandono. . In: Experiencia, Cuerpo y Subjetividads: nuevas reflexiones. (orgs.) CÁMARa, M., TENNINA, L., LEONE, Luciana Di. Literatura argentina y brasileña do presente. Argentina, Santiago Arcos, 2011. GREINER, Christine. O corpo em crise. Novas pistas e o curto-circuito das representações. Sâo Paulo, Annablume, 2010. JACQUET, Chantal. Le corps. Paris, PUF, 2011. KIFFER, Ana. Dos corpos intensivos. In: Experiencia, Cuerpo y Subjetividads: nuevas reflexiones. (orgs.) CÁMARa, M., TENNINA, L., LEONE, Luciana Di. Literatura argentina y brasileña do presente. Argentina, Santiago Arcos, 2011. LE LIVRE D’ARTISTE : Quels projets pour l’art ? Actes du Colloque, 19-20 mars 2010. Université Rennes 2. Rennes, Éditions Incertains Sens, collection Grise, 2013. L’UNIVERSITÉ DES ARTS, Paris I, Paris III, Paris IV, Paris VIII. L’art dans tous ses extrêmes. Seminaires Interarts de Paris, 2009-2010. Paris, Klincksieck, 2012. O’REILLY, Sally. Le corps dans l’art contemporain. Paris, thames and Rudson, l’univers de l’art, 2010. WARR, Tracey (org.). Le corps de l’artiste. Paris, Phaidon, s/d. Atenção: versão preliminar (a bibliografia sofrerá alterações e cortes) CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2533 PERÍODO: 2015.1 Estudos da narrativa Tópico: Narrativas do devir; devires narrativos CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Profª. Helena Martins OBJETIVOS Em face do (difuso mas inequívoco) anseio contemporâneo por novas formas de vida, multiplicam-se hoje discursos e saberes que deflacionam o lugar do humano – que buscam, de diferentes maneiras, renunciar à atitude antropocêntrica. Observa-se um interesse renovado pelo vivente em estado de fluxo e devir, para além das delimitações e partições organizadoras, típicas da nossa história. Isso vem colocando em estado produtivamente periclitante algumas oposições antes mais pacíficas, tais como aquelas que separam o humano do animal, o animado do inanimado, o natural do sobrenatural, o natural do cultural, e assim por diante. Este curso responde a esta atmosfera e tem por objetivos: (1) examinar um conjunto (deliberadamente eclético) de obras ficcionais que reagem com força singular ao antropocentrismo, desorganizando as oposições acima mencionadas; (2) explorar, em tais escritos, não apenas os modos como afrontam os embaraços antropocêntricos, mas também os modos como, simultaneamente, deslocam as expectativas em torno do que seja narrar. Assim orientado, o curso se organiza em três eixos (artificialmente separados): (i) narrativas do devir-animal; (ii) narrativas do devir-coisa; (iii) narrativas do devirsobre/contranatural. Serão privilegiadas as narrativas curtas e os fragmentos. Para uma exploração inventiva dos escritos selecionados, será trazido ao curso um conjunto também eclético de intercessores no sentido deleuziano: ensaios teóricos e críticos, poemas, peças, filmes, objetos, coisas garimpadas no facebook etc. Encoraja-se a inclusão da produção artística dos próprios alunos (quando houver e quando for pertinente ao movimento do curso). EMENTA A produção contemporânea de narrativas nos espaços da literatura, da música popular e do áudio-visual. O trabalho de apropriação e reprocessamento das tradições orais e escritas. A narratividade e a produção de pensamento. A potência da fabulação em práticas do corpo, da religião e da política. A narrativa em situações institucionalizadas e circunstanciais, nas rotinas cotidianas e em ritos iniciáticos. Aulas 1 e 2: apresentação do curso e das questões que o norteiam PROGRAMA DELEUZE: A literatura e a vida DELEUZE E GUATTARI: Devir-intenso, devir-animal, devir-imperceptível VIVEIROS DE CASTRO: O chocalho do xamã é um acelerador de partículas JOHN BERGER Por que olhar os animais? REVISTA LANDA (2014.2, v. 2) Aulas 3 a 6 – (nós) e os animais KAFKA: Um relatório para a academia; O abutre; Investigações de um cão MACHADO DE ASSIS: Ideias do canário; Conto alexandrino GUIMARÃES ROSA: Conversa de bois; Meu tio, o Iauaretê; o Burrinho pedrês JOHN COETZEE: A vida dos animais NUNO RAMOS: Monólogo para um cachorro morto; Onde um bicho cabe; Um coelho chora POSSÍVEIS INTERCESSORES: WALTER BENJAMIN (CAÇANDO BORBOLETAS; A LONTRA) ∗ JEAN-CRISTOPHE BAILY (LE PARTI PRIS DES ANIMAUX) ∗ JACQUES DERRIDA (O ANIMAL QUE LOGO SOU) ∗ BENEDITO NUNES (O ANIMAL E O PRIMITIVO) ∗ GRACILIANO RAMOS (BALEIA) ∗ RENÉ CHAR (A BESTA DE LASCAUX) ∗ FRANCISCO ALVIM (O ELEFANTE) ∗ PAULO BRITTO (BIODIVERSIDADE) ∗ ALICE SANT’ANNA (RABO DE BALEIA) ∗ LUCAS VIRIATO (AS MOSCAS DE RAMESWARAM) ∗ DAVID CRONENBERG (A MOSCA) ∗ JEAN-LUC GODARD (ADEUS À LINGUAGEM) ∗ ... Aulas 7 a 10 – (nós) e os objetos VIRGINIA W OOLF: Objetos sólidos; Momentos de ser: “pinos de telhas não têm ponta” KAFKA: A preocupação de um pai de família; O pião; A ponte BECKETT: Primeiro amor; O expulso; O despovoador CAMPOS DE CARVALHO: O púcaro búlgaro LAURA ERBER: Bénédicte vê o mar; Bénédicte não se move POSSÍVEIS INTERCESSORES: WALTER BENJAMIN (LUVAS; CAIXA DE COSTURA; CANTEIRO DE OBRA; ANTIGUIDADES) ∗ OSWALD DE ANDRADE (O RELÓGIO) ∗ DECIO PIGNATARI (INTERESSERE) ∗ ANDRÉ BRETON ∗ MARTIN HEIDEGGER (A COISA) ∗ JEAN-LUC NANCY (DIÁLOGO I) ∗ MURILO MENDES (VÁRIOS DE MICROLIÇÕES DAS COISAS) ∗ FRANCIS PONGE (VÁRIOS DE O PARTIDO DAS COISAS) ∗ WILLIAM CARLOS WILLIAM (UMA ESPÉCIE DE CANÇÃO) ∗ FRANK O’HARA (INTERIOR, WITH JANE) ∗ SAMUEL BECKETT (ATOS SEM PALAVRAS I; ROCKABY) ∗ LEOS CARAX (HOLY MOTORS) ∗ ... Aulas 11 a 14 – (nós) e o sobre/contra-natural LOVECRAFT: A coisa na soleira da porta; O chamado de Cthulhu BECKETT: Not I; That time; fragmentos de O inominável GUIMARÃES ROSA: Uma vela ao diabo; fragmentos do Grande Sertão BORGES E GUERRERO: O livro dos seres imaginários WILSON BUENO: Manual de zoofilia POSSÍVEIS INTERCESSORES: RAUL BOPP (COBRA NORATO) ∗ FLÁVIO DE CARVALHO (O HOMEM-ÁRVORE; A ORIGEM ANIMAL DE DEUS) ∗ G. DELEUZE (CONVERSAÇÕES) ∗ DONNA HARAWAY (SIMIANS, CYBORGS AND WOMEN) ∗ SILVIANO SANTIAGO (A AMEACA DO LOBISOMEM) ∗ SUELY ROLNIK (ANTROPOFAGIA ZOMBI/ZOMBIE ANTHROPOPHAGY) DE CASTRO (A FLORESTA DE CRISTAL) ∗ A TENNYSON (O KRAKEN) ∗ JOSÉ GIL ∗ E. V. (MONSTROS) ∗ JULIO CORTÁZAR (BESTIÁRIO) ∗ CARL DREYER (VAMPYR) ∗ DAVID LYNCH (O HOMEM ELEFANTE) ∗ ENRIQUE DIAZ (ENSAIO.HAMLET) ∗ HENRY MILLER (HAMLET) ∗ LAURA ERBER, LUCÍA RUSSO E MARCELA LEVI (NATUREZA MONSTRUOSA) ∗ ... Aula 15 – encerramento do curso AVALIAÇÃO BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL (no máximo 5) ANTOLOGIA DE CONTOS E FRAGMENTOS de: Franz Kafka, Machado de Assis, João Guimarães Rosa, Samuel Beckett, John Coetzee, Nuno Ramos, Virginia Woolf, Campos de Carvalho, Laura Erber, H. P. Lovecraft, Jorge Luís Borges, Wilson Bueno. (Fontes em verde na bibliografia abaixo) BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR OBS : versões originais dos textos em língua estrangeiras serão indicadas posteriormente OBS 2: Faltam as referencias completas aos poemas e aos filmes ASSIS, Machado de. Obra completa. Vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985. AVELAR, Idelber; GARRAMUÑO, Florência (orgs). Antropocentrismo em questão: revisitando a fronteira natureza/cultura, REVISTA LANDA, 2014.2. BAILLY, Jean-Christophe. Le parti pris des animaux, Bourgois, 2013. BECKETT, Samuel. O despovoador. Trad. Eloísa A. Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2008. ___. Novelas. Eloísa A. Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2006. ___. O inominável. Trad. Ana H. Souza. São Paulo: Globo, 2009. ___. Samuel. Primeiro Amor. Trad. Célia Euvaldo Editora: Cosac Naify, 2004. BENJAMIN, Walter. Luvas. Canteiro de obra. Antiguidades. Caixa de costura. Caçando borboletas. A lontra. Rua de mão única. Trad. R. R. T. Filho e J. C. M. Barbosa. São Paulo: Brasiliense, 1995. BERGER, John. Por que olhar os animais? Sobre o olhar. Trad. Lya Luft. Barcelona: Gustavo Gili, 2003. BOPP, Raul. Cobra Norato e Outros Poemas. Rio de janeiro: Civilização Brasileira,1976. ___. Coisas de idioma e folclore. In. Sopro: Panfleto Político e Cultural, n. 74, Agosto, 2014. BORGES, Jorge Luis; GUERREIRO, Margarita. O livro dos seres imaginários. Trad. Carmen V. C. Lima. São Paulo: Globo, 2006. BRETON, André. Introduction au discours sur le peu de réalité (1927), Œuvres Complètes, Tome 1 : Chronologie. 4 tomes, Bibliothèque de la Pléiade, Gallimard, Paris, 1988-2008. BUENO, Wilson. Jardim zoológico. São Paulo: Iluminuras, 1999. BUENO, Wilson. Manual de zoofilia. Paraná: Editora da Universidade Estadual de Ponta Grossa,1997. CARVALHO, Campos de. O púcaro búlgaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964. CARVALHO, Flávio de. A Origem Animal de Deus. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1973. CARVALHO, Flávio de. O Homem-Árvore. In. Sopro: Panfleto Político e Cultural, n. 66, 02/2012. CASTRO, Eduardo B. Viveiros de. A floresta de cristal: notas sobre a ontologia dos espíritos amazônicos. Cadernos de Campo (USP), v. 14/15, p. 319-338, 2007. CASTRO, Eduardo Viveiros de. O chocalho do xamã é um acelerador de partículas ____. e SZTUTMAN, Renato. Coleção Encontros. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008. COETZEE, J. M. A vida dos animais. Trad. José Rubens Siqueira. São Paulo: Cia. das Letras, 2003. CORTÁZAR, Julio. Bestiario. Buenos Aires: Suma das Letras, 2003. DELEUZE, Gilles. A literatura e a vida. Crítica e clínica. São Paulo: Ed. 34, 2004. ___. Conversações. Trad. de Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Graal, 1992. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Devir-intenso, devir-animal, devir-imperceptível. Trad. Suely Rolnik. Mil platos – capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995. v. 4. DERRIDA, Jacques. O animal que logo sou. Trad. Fábio Landa. São Paulo: Ed. Unesp, 2002. ERBER, Laura. Bénédicte não se move. Selo Formas breves. e-galáxia, 2014. ___. Bénédicte vê o mar, Ed. da casa, 2011. Em http://www.editoradacasa.com.br/BENEDICTE_PDF_O_ULTIMO.pdf ___. Livro das silhuetas. Vídeo instalação, 2004. Em https://www.youtube.com/watch?v=L_2mCHAzZsQ ___.Uma história antiga. Vídeo Instalação, 2005. Em https://www.youtube.com/watch?v=8Sz-onTVslw GIL, José. Monstros. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2006. HARAWAY, Donna. Simians, cyborgs and women: the reinvention of nature. London: Free A. Books, 1991. HEIDEGGER, Martin. A coisa. Ensaios e conferências. Trad. Márcia S. C. Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002. KAFKA, Franz. Narrativas do espólio. Trad. M. Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. ___. Um médico rural. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. LOVECRAFT, H. P. O chamado de Cthulhu e outros contos. Trad. Guilherme da Silva Braga. São Paulo: Hedra, 2009. MENDES, Murilo. Poliedro. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972. MILLER, Henry. Hamlet. Em processo de tradução para a Editora Rocco. NANCY, Jean-Luc. El sentido del mundo. Trad. Jorge Manuel Casas. Buenos Aires: La Marca, 2003. NUNES, Benedito. O animal e o primitivo: os Outros de nossa cultura. Revista História,Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 14, nº 4. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2007. PONGE, Francis. O partido das coisas. Trad. Ignácio A. Reis e M. Peterson. São. Paulo: Iluminuras, 2000. RAMOS, Graciliano. Baleia. Vidas secas, Rio de Janeiro: Record. 2001. p. 85-91. RAMOS, Nuno. Monólogo para um cachorro morto (2008). Em: http://www.nunoramos.com.br/portu/obras.asp ___. Onde um bicho cabe. Selo Formas breves. e-galáxia, 2014. Em http://www.egalaxia.com.br/ ___. RAMOS, Nuno. Um coelho chora. Fevereiro, n. 6, set. 2013. RAMOS, Nuno. Urubu com peixe (2009) Bandeira Branca (2010). O globo da morte de tudo. Textos, áudios e vídeos disponíveis em: http://www.nunoramos.com.br/portu/obras.asp ROLNIK, Suely. "Antropofagia zombi/Zombie Anthropophagy", Brumaria, No. 7, d 2006. ROSA, João Guimarães. Ficção Completa. Dois volumes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. SANTIAGO, Silviano. A ameaça do lobisomem. Revista Brasileira de Literatura Comparada, Florianópolis, p. 31-44, 1998. WOOLF, Virginia. Objetos sólidos. Momentos de ser: “pinos de telha não têm pontas”. Contos Completos. Trad. Leonardo Fróes. São Paulo: Cosac Naify, 2005. CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2534 PERÍODO: 2015.1 Tópicos em teorias do texto e da escrita Curso: Escritas em tempos de contracultura(s) CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Prof. Frederico Coelho OBJETIVOS O objetivo do curso é explorar a produção intelectual sobre (e da) contracultura no Brasil e no mundo. Um dos pilares de nossas conversas, porém, será justamente a expansão do termo contracultura para além de seus balizamentos históricos e estéticos convencionais - isto é, os anos 1960/1970. Assim, iremos pôr em movimento a centralidade do termo cultura e as possíveis formas transgressoras (contra) que escapam, esburacam ou ampliam o tema. Essa operação de pesquisa e experimentação será feita a partir do texto, isto é, das produções textuais de invenção e das múltiplas escritas (expandidas para o cinema, o teatro, a música e as artes visuais) que nos apresentem possíveis caminhos de pensamento para ampliarmos perguntas (e, quem sabe, respostas) dos debates. O corpus central será formado por textos fundadores sobre o tema da cultura em suas perspectivas contemporâneas e textos ligados à contracultura brasileira e internacional. Esses, serão utilizados como estudos de caso para analisarmos formas transgressoras de se pensar uma “Modernidade nos trópicos”. Serão aulas e leituras cujas bases podem cruzar o rock, o crime, o Barroco, o mito, a Natureza, a ciência, a revolta, o corpo, a imagem, o delírio, o matriarcado, a margem, o cartesianismo tropical e outros temas decorrentes das leituras e ideias que possam surgir ao longo do curso. EMENTA Ementa: Propostas teóricas e debate crítico sobre teorias contemporâneas do texto e da escrita. (Ler objetivos do curso) PROGRAMA ATENÇÃO: Os temas das aulas e as bibliografias que os acompanham podem sofrer alterações ao longo do curso. Aula 1 (2 de março) - Apresentação do curso SANTIAGO, Silviano. Texto da palestra na Argentina, 2014 (PDF) Aula 2 (9 de março) - Inventar um pensamento: construindo ferramentas de percurso RANCIERE, Jacques. A Partilha do Sensível. GUATTARI, Félix. “Cultura: um conceito reacionário?” In: GUATTARI, Félix e ROLNIK, Suely. Cartografias do Desejo. Petrópolis: Editora Vozes, 2008. WILLIANS, Raymond. Verbete “Cultura” in: Palavras-Chaves (2007) Aula 3 (16 de março) - Cultura (s) e Modernidade (s) SANTIAGO, Silviano. “A democratização no Brasil – cultura versus arte”. CAMPOS, Haroldo: “Da Razão Antropofágica: diálogo e diferença na cultura brasileira”. Aula 4 (23 de março) – Cultura, modernidade e transgressão no Brasil ANTELO, Raul. “Trangressão e estudos culturais” e “Politicas canibais”, In: Transgressão e Modernidade. (2001) ROCHA, Marília Librandi. “Maranhão-Manhattan”, In: Maranhão-Manhatan – ensaios de literatura brasileira (2009) Aula 5 (30 de março) –Contracultura: hipóteses transgressoras do moderno ANDRADE, Oswald: Manifestos e “A crise da filosofia messiânica”, In: A Utopia Antropofágica. (2011) DUARTE, Pedro. “A alegria é a prova dos nove”, In: A Palavra Modernista (2014) Aula 6 (6 de abril) - Contracultura: hipóteses transgressores do moderno 2 Textos Antonio Risério (livro Cores Vivas) Textos de Lina Bo Bardi Textos Glauber Rocha (“Estética da Fome”, cartas) Aula 7 (13 de abril) - Contracultura no mundo WILSON, Collin. “Terra de cego” e “Mundo sem valores”, In: Outsiders (1985) MAILER, Norman Mailler – “The White Negro”. SARTRE, Jean-Paul. “O existencialismo é um humanismo”. Poemas Beat (Kerouac, Ginsber, Corso, Watts e outros) Poemas Roberto Piva Aula 8: (20 de abril) - Contracultura no mundo: rupturas (a crise do individuo e o místico) BROWN, Norman. Vida e Morte. Textos de Jorge Mautner Entrevista coletiva de poetas e gurus em 1968 (Alain Ginsberg, Allan Watts, Gary Snyder, Timothy Leary): “Drop out”. Aula 9 (27 de abril) - Contracultura no Mundo: rupturas 2 (A sociedade de controle): MARCUSE, Herbert. “O problema da violência na oposição”. In: O Fim da Utopia (1969) Guy Debord e os situacionistas (texto de Stevie Home) Textos de Waly Salomão (“Apontamentos do Pav Dois”) FOUCAULT, Michel. As verdades e as formas jurídicas. (1999) Aula 10 (4 de maio) – Escrita, loucura e contracultura Texto: Deleuze e Guattari: Anti-Edipo Textos de Torquato Neto SALOMÃO, Waly: “Torquato marginalia Neto”, In: Armarinho de Miudezas (2005) Cartas de Glauber Rocha Texto de Hélio Oiticica: “Cultura e Loucura – 1968”. Aula 11 (11 de maio) – Brasil: a convergência entre “racionalistas” e “irracionalistas” VELOSO, Caetano Veloso: Trecho de Verdade Tropical Textos das Revistas Navilouca / Pólen AGUILAR, Gonzalo. “Concretos no tropico”, In: Poesia Concreta Brasileira (2005) Aula 12 (18 de maio) - Corpos da contracultura 1: cenário GARRAMUÑO, Florencia. “Os restos do real”, “Um contexto: o desencanto do moderno” e “A cultura como margem”, In: A Experiência Opaca. (2012) SANTIAGO, Silviano. “Os abutres”, In: Uma Literatura nos Trópicos ( SUSSEKIND, Flora. “Brasil no final dos anos 60”, In: Tropicália (catalogo), Aula 13 (25 de maio): Corpos da Contracutura 2: escritas do Experimental CAMARA, Mário. “Modernidades – Autoritarismo e contracultura”, In: Corpos Pagãos. (2014) COELHO, Frederico. "Escrever". In: Livro ou livro-me – os escritos babilônicos de Héiio Oiticica (2010) Textos de Hélio Oiticica LOPES, Fernanda. Capítulos 1 e 2 Iin: Área Experimental. (2014) Aula 14 (01 de junho) – Escritas da contracultura 1 – (O caso da “poesia marginal”) COELHO, Frederico. “Poesia Marginal” (Catálogo IMS) HOLANDA, Heloísa Buarque. 26 poetas hoje SUSSEKIND, Flora. Literatura e Vida Literária Aula 15 (8 de junho) – Escritas da contracultura 2 – (o caso Leminski) LEMINSKI, Paulo. Catatau. CAMPOS Haroldo. “Leminskada barrcodélica” Aula 16 (15 de junho) – Balanço do curso AVALIAÇÃO Trabalho monográfico final, que se relacione efetivamente com as questões tratadas durante o desenvolvimento do curso. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL (no máximo 5) DELLEUZE, Giles e GUATTARI, Félix. O Anti-Édipo – Capitalismo e Esquizofrenia.. São Paulo: Editora 34, 2010 GARRAMUÑO, Florencia. A Experiência opaca – Literatura e desencanto. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012. SALOMÃO, Wally. Me segura que eu vou dar um troço. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AGUILAR, Gonzalo. Poesia concreta brasileira – As Vanguardas na encruzilhada modernista. São Paulo: EdUSP, 2005. ANDRADE, Oswald. A Utopia Antropofágica. São Paulo: Globo, 2011. ANTELO, Raul. Transgressões da Modernidade. Florianópolis: UFSCAR, 2001. BARDI, Lina. Lina por escrito – Textos escolhidos de Lina Bo Bardi. São Paulo: Cosac Naify, 2009. Texto: “Cultura e não-cultura” BECKETT, Samuel. “Dante... Bruno. Vico... Joyce”, in: NESTROVSKI, Arthur (org.). Riverrun – ensaios sobre James Joyce. São Paulo: Imago, 1992. BENSE, Max. Inteligência Brasileira. São Paulo: Cosac Naify, 2009. BENTES, Ivana (org.) Glauber Rocha - Cartas ao mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. BRITO, Antonio Carlos de (Cacaso) e HOLLANDA, Heloísa Buarque de. “Literatura: nosso verso de pé quebrado”. Argumento – revista mensal de cultura. São Paulo: Paz e Terra, janeiro de 1974, Ano I, n.3, p.81. CALIESCU, Matei. As cinco faces da modernidade – Modernismo, Vanguarda, Decadência, Kitsch, Pós-Modernismo. Lisboa: Vega, 1999. CAMARA, Mário. Corpos Pagãos – Usos e figurações na cultura brasileira (1960-1980). Minas Gerais: UFMG, 2013. (Capítulos 2 e 3) CAMPOS, Augusto de e CAMPOS, Haroldo de. Revisão de Souzândrade. São Paulo: Perspectiva, 2002. CAMPOS, Augusto de e CAMPOS, Haroldo de. Panorama do Finnegans Wake. São Paulo: Perspectiva, 2001. CAMPOS, Haroldo de. A Arte no Horizonte do Provável. São Paulo: Perspectiva, 1969, p.15. CAMPOS, Haroldo de. Metaliguagem e outras metas. São Paulo: Perspectiva, 4° ed., 2006. Textos: “Uma leminskada barrocodélica” e “Da Razão Antropofágica: diálogo e diferença na cultura brasileira”. CESAR, Ana Cristina. Crítica e Tradução. Rio de Janeiro: Ática/IMS, 1999. COELHO, Frederico e FILHO, César Oiticica. Conglomerado-Newyorkaises. Rio de Janeiro: Azougue, 2013. COELHO, Frederico. Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado – Cultura Marginal no Brasil 1960-1970. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: 2010. COELHO, Frederico. Livro ou Livro-me: os escritos babilônicos de Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010. (Capítulo: “Escrever”) COELHO, Frederico. “Quantas margens cabem em um poema? Poesia marginal ontem, hoje e além”. In FERRAZ, Eucanaã (org.) Poesia Marginal – Palavra e livro. Rio de Janeiro: IMS, 2013. COHN, Sergio (org.). Poesia Beat. Rio de Janeiro: Azougue, 2012. COHN, Sergio e PIMENTA, Heyk (org.). Série Encontros- Maio de 68. Rio de Janeiro: Azougue, 2009. Texto: “Drop out”. De CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano – modos de fazer. Petrópolis: Vozes, 1996. DAVID, Catherine. “O Grande Labirinto”. In: Hélio Oiticica – catálogo. Rio de Janeiro: Centro de Arte Hélio Oiticica/RIOARTE, 1997. DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O Que é a filosofia? São Paulo: 34, 1992 (Texto “Percepto, afecto e conceito”) DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992. DELEUZE, Gilles. Crítica e Clínica. São Paulo: Editora 34, 1997. DELEUZE, Gilles e PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998. DUARTE, Rogério. Tropicaos. São Paulo: Azougue, 2003. DUARTE, Pedro. A Palavra Modernista – Vanguarda e Manifesto. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014. Texto: “A alegria é a prova dos nove”. FERREIRA, Glória (org.). Escritos de Artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. (Texto “Da Supressão do Objeto”, de Lygia Clark) FIGUEIREDO, Luciano (org.). Lygia Clark – Hélio Oiticica, cartas 19641974. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1998. FILHO, Armando Freitas; HOLLANDA, Heloísa Buarque de; GONÇALVES, Marcos Augusto. Anos 70: literatura. Rio de Janeiro: Europa, 1980. GERBER, Raquel. O Mito da Civilização Atlântica – Glauber Rocha, Cinema, Política e a Estética do Inconsciente. Petrópolis: Vozes, 1982. GEVER, Martha e FERGUNSON, Russel (org.) Marginalization and Contemporany Cultures. New York: the New Museum of Contemporany Art, 1997. GUATTARI. Félix. Caosmose – Um Novo Paradigma Estético. São Paulo: editora 34, 2006. GUATTARI, Félix e ROLNIK, Suely. Cartografias do Desejo. Petrópolis: Editora Vozes, 2008. GULLAR, Ferreira. Vanguarda e Subdesenvolvimento – ensaios sobre arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. HAMALIAN, Leo e KARL, Frederick R. (org). The Radical Vision – Essays for the Seventies. New York: Thomas Crowell, 1970. HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Impressões de viagem - CPC, vanguarda e desbunde. São Paulo: Brasiliense, 1980. HOLLANDA, Heloísa Buarque de e PEREIRA, Carlos Messeder. Patrulhas Ideológicas. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1980. HOME, Stewart. Assalto à Cultura – Utopia subversão guerrilha na (anti)Arte do século XX. São Paulo: Conrad, 2005. Texto: “A Internacional Situacionista em sua fase heroica”. LADAGA, Reinaldo. Estética de la Emergencia. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2010. Texto: “Redes y culturas de las artes”. LEMINSKI, Paulo. Ensaios e Anseios Cripticos. Campinas: Editora Unicamp, 2011. LEMINSKI, Paulo. Catatau. LEMINSKI, Paulo e BONVICINO, Régis. Envie meu dicionário – Cartas e alguma crítica. São Paulo: Editora 34, 1999. LIMA, Luiz Costa. Dispersa Demanda. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981. LIMA, Luiz Costa. A aguarrás do tempo. Rio de Janeiro: Rocco, 1989. LIMA, Marisa Álvares. Marginália – arte e cultura na idade da pedrada. Rio de Janeiro: Salamandra, 1997. LIPPARD, Lucy R. Six Years: the dematerealization of the art object from 1966 to 1972. California: University of California Press, 1997. LOPES, Rodrigo Garcia. Vozes e Visões – Panorama da arte e cultura norte-americana hoje. São Paulo: Iluminuras, 1996. MAILLER, Norman. “The White Negro”. (PDF) MALINA, Judith. Diário de Judith Malina – O Living Theatre em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 2008. MARCUSE, Herbert. One-Dimensional Man. Boston: Beacon Press, 1991. MARCUSE, Herbert. O Fim da Utopia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1969. MAUTNER, Jorge. Mitologia do Kaos – 2 volumes. Rio de Janeiro: Azougue, 2002. Texto: “Panfletos da nova era” e, Artigos na imprensa e entrevistas. MERQUIOR, José Guilherme. O fantasma romântico e outros ensaio. Petrópolis: vozes, 1980. NETO, Torquato. Os últimos dias de Pauperia (org. por Ana Araújo Duarte e Waly Salomão). Rio de Janeiro: Max Limonad, 1982. NETO, Torquato. Torquatalia – 2 volumes. (org. Paulo Roberto Pires). Rio de Janeiro: Rocco, 2004. OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. PERLOFF, Marjorie. O Momento Futurista – Avant-Garde, Avant-Guerre, e a Linguagem da Ruptura. São Paulo: Edusp, 1993. PIVA, Roberto. Paranóia. (1961). São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2009. RAMOS, Nuno. Ensaio Geral. Rio de Janeiro: Globo, 2007. RISÉRIO, Antonio. Cores Vivas. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1989. RISÉRIO, Antonio. Série Encontros. Rio de Janeiro: Azougue, 2009. ROCHA, Glauber. Riverão Sussuarana. Rio de Janeiro: Record, 1977. ROCHA, Glauber. Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra, 1981. ROCHA, Marilia Librandi. Maranhão-Manhattan – Ensaios de literatura brasileira. Textos: “Maranhão-Manhattan: uma visão dissonante da literatura e da cultura brasileiras” e “Leminski versus Descartes: Outras palavras”. ROSZAK, Theodore. A Contracultura. Rio de Janeiro: Vozes, 1972. SALOMÃO, Wally. Hélio Oiticica: qual é o parangolé? Rio e Janeiro: Relume Dumará/Rioarte, 1996. SALOMÃO, Waly. Armarinho de miudezas. Salvador: Fundação Jorge Amado, 1993. SALOMÃO, Waly. Gigolô de bibelôs. Rio de Janeiro: José Álvaro editor, 1981. SANTIAGO, Silviano. Salto. Minas Gerais: edição do autor, 1971. SANTIAGO, Silviano (org.). Glossário de Derrida. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976. SANTIAGO, Silviano. Vale o quanto pesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos - ensaios sobre dependência cultural. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. SANTIAGO, Silviano. O Cosmopolitismo do Pobre. Minas Gerais: UFMG, 2004. Texto: “A democratização no Brasil: cultura versus arte”. SCHWARZ, Roberto. Pai de família e outros ensaios. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1980. SONTAG, Susan. Contra a interpretação. Porto Alegre: LP&M, 1987. STUTZMAN, Renato. Série Encontros – Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Azougue, 2008. Texto: “Temos que criar outro conceito de criação”. SÜSSEKIND, Flora. Literatura e vida literária – Polêmicas, diários e retratos. Belo Horizonte: UFMG, 2004. (2°ed). VELHO, Gilberto. “Duas categorias de acusação na cultura brasileira contemporânea” in: Individualismo e Cultura – Notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1987 (3° ed.) VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das letras, 1997. Texto: Parte 2 VELOSO, Caetano. Alegria, Alegria. Rio de Janeiro: Pedra Q Ronca, 1977. WILLIANS, Raymond. Palavras-chave – um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007. WILSON, Colin. O Outsider – O drama moderno da alienação e da criação. São Paulo: Martins Fontes, 1985. Artigos de periódicos RISÉRIO, Antonio. “Mais um carnaval”. Verbo Encantado, nº 16, fevereiro de 1972. MAUTNER, Jorge. “Sobre a tolerância”. Verbo Encantado, nº 21, junho de 1972. ROCHA, Glauber. “Glauber Rocha falou”. O Pasquim, nº68, outubro de 1970. Programa Preliminar CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2544 PERÍODO: 2015.1 Literatura, história e política na África lusófona CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Prof. Alexandre Montaury Baptista Coutinho Prof. Lara Leal OBJETIVOS O curso tem como objetivo central articular conceitos teóricos necessários para a formulação de argumentos em torno das práticas coloniais portuguesas e do processo de descolonização ocorrido na África. Esses argumentos serão estruturados em perspectiva com a leitura de um corpus literário produzido antes e depois do 25 de Abril de 1974. Objetiva-se ainda examinar do ponto de vista estético, cultural e político as ideias anticoloniais, pós-coloniais e descoloniais, tal como aparecem na ficção produzida em língua portuguesa nos últimos 60 anos. EMENTA Continuidades e descontinuidades entre a história colonial e a contemporaneidade nacional em diferentes autores e obras das literaturas africanas em língua portuguesa. Reelaborações pós-coloniais nos planos estético, cultural e político. PROGRAMA (ainda em forma preliminar) 1 - Retratos do Império: Os Cus de Judas e as memórias de guerra; 2 - A Revolução dos Cravos: O Vinte e Zinco de Mia Couto e as vozes coloniais; 3 - Os Retornados: O Caderno de Memórias Colonias e o conceito de Pós-Memória; (a ser complementado no primeiro dia de aula) AVALIAÇÃO Avaliação baseada em participação nos debates em aula, na leitura e na sistematização da bibliografia proposta. Realização de pelo menos um seminário. Entrega, no prazo, de monografia final, desenvolvida a partir de tópico trabalhado em aula. BIBLIOGRAFIA ANTUNES, António Lobo. Os cus de Judas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. BORGES COELHO, João Paulo. Campo de Trânsito. Lisboa: Caminho, 2004. COUTO, Mia. Vinte e zinco. 2 ed. Lisboa: Editorial Caminho, 2004. FIGUEIREDO, Isabela. Caderno de Memórias Coloniais. Angelus Novus, 2009. PRINCIPAL (no máximo 5) BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ABDALA, Jr., Benjamin. Literatura, história e política. São Paulo: Ed: Ática, 1989. GUERRA, João Paulo. Descolonização Portuguesa – O Regresso das Caravelas. Lisboa: Dom Quixote, 2009. LEITE, Ana Mafalda. Pós-colonialismo, um caminho crítico e teórico. In: Oralidades e escritas pós-coloniais. Rio de Janeiro: UERJ, 2012. p.129-160. LOURENÇO, Eduardo. O Labirinto da Saudade. Lisboa: D. Quixote, 1978. RIBEIRO, Margarida Calafate (2004) Uma História de Regressos: Império, Guerra Colonial e Pós-Colonialismo. Porto: Afrontamento. SAID, Edward W. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. SANTOS, Boaventura Sousa (2001)- “Entre Próspero e Caliban: Colonialismo, póscolonialismo e inter-identidade”, in RAMALHO, Irene e RIBEIRO, António Sousa (org.s) (2001) Entre Ser e Estar – Raízes, Percursos e Discursos da Identidade. Porto: Afrontamento, pp. 23-85. SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2007. (a bibliografia será ampliada a partir do início do curso). CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2554 PERÍODO: 2015.1 TÓPICOS EM CULTURA BRASILEIRA Título: Cartografias da palavra cantada – a interface literatura/música no espaço da crítica cultural contemporânea CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Profs. Júlio Diniz e Miguel Jost OBJETIVOS • • • • EMENTA PROGRAMA Mapear e discutir, no espaço dos estudos contemporâneos de cultura, os conceitos de materialidade, presença e campo estético expandido. Problematizar a canção popular brasileira de acepção urbana a partir de distintas forças constitutivas: música, letra, intérprete, ouvinte, performance e reprocessamento nos suportes tecnológicos atuais. Investigar o processo de produção, recepção e mediação das manifestações artísticas que possuem a palavra cantada como repertório constituído. Analisar criticamente as representações musicais brasileiras com ênfase na discussão de questões centrais no debate contemporâneo – corpo, identidade, mercado, mídia, ética, política e nação. Textos representativos da Cultura Brasileira que tematizam e problematizam a Nação. Construção da identidade nacional: o Romantismo e o Modernismo. Nação e narração: a narrativa de fundação na Literatura Brasileira. Nacionalismo e cosmopolitismo; as tensões entre o local e o global. A cultura brasileira no contexto da globalização. A representação da Nação como problema na narrativa brasileira contemporânea. • • Leitura de textos fundamentais para o entendimento dos processos de construção simbólica da música popular na cultura brasileira. Discussão dos múltiplos circuitos, cenas e cenários que constituem as cartografias da palavra cantada e suas configurações na cultura contemporânea. AVALIAÇÃO Categoria 12 Presença e participação ativa nos debates em sala. Entrega de uma monografia no final do curso. BIBLIOGRAFIA ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre a música brasileira. São Paulo: Martins, 1962. DUARTE, Paulo Sérgio e NAVES, Santuza Cambraia (org.) Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2003. WISNIK, José Miguel. Sem receita. Ensaios e canções. São Paulo: Publifolha, 2004. PRINCIPAL BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALMIRANTE. No tempo de Noel Rosa. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977. ALVARENGA, Oneyda. Música popular brasileira. Porto Alegre: Ed. Globo, 1978. ANDRADE, Mário de Pequena História da Música. São Paulo: Martins, 1980. ARAÚJO, Paulo César. Eu não sou cachorro, não: música popular cafona e ditadura militar. Rio de Janeiro: Record, 2002. BAHIANA, Ana Maria. Nada será como antes - MPB nos anos 70. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. BORGES, Márcio. Os sonhos não envelhecem: histórias do Clube da Esquina.São Paulo: Geração Editorial, 1999. CABRAL, Sérgio. A MPB na era do Rádio. São Paulo: Editora Moderna, 1996. CALADO, Carlos. Tropicália - A história de uma revolução musical. São Paulo: Ed 34, 1997. CAMPOS, Augusto de. Balanço da bossa e outras bossas: antologia crítica da moderna música popular brasileira. São Paulo: Perspectiva, 1968. COELHO, Frederico. Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. CUNHA, Eneida Leal. Estampas do imaginário; literatura, história e identidade cultural. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006. DAGHLIAN, Carlos (org.). Poesia e música. São Paulo: Perspectiva, 1985. DAPIEVE, Arthur. BRock: o rock brasileiro dos anos 80. Rio de Janeiro: Ed 34. 1995. DEALTRY, Giovanna. No fio da navalha – Malandragem na literatura e no samba. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009. DINIZ, Júlio. “Música popular – leituras e desleituras” In OLINTO, H. e SCHOLLHAMMER, K. (org.). Literatura e mídia. Rio de Janeiro: Editora PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, pp.173-186. DINIZ, Júlio, GIUMBELLI, Emerson e NAVES, Santuza Cambraia.(org.) Leituras sobre música popular: Reflexões sobre sociedade e cultura. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008. DUARTE, Rogério. Tropicaos. São Paulo: Azougue, 2003. DUNN, Christopher. Brutalidade jardim. São Paulo: UNESP, 2009. ESSINGER, Silvio. Punk: anarquia planetária e a cena brasileira. São Paulo: Ed 34, 1999. FAVARETTO, Celso F. “Tropicália: alegoria, alegria”. 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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS LET 2500 Período: 2015.1 TEORIAS DA LITERATURA E DA CULTURA CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS 2ª-feira, de 16h às 19h; ou 4ª.feira de 16h às 19h) CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Prof. Renato Cordeiro Gomes (turma 1DA, 2a-feira, de 16h às 19h) Profa. Eneida Leal Cunha (turma 1DB, 4ª-feira, de 16h às 19h) OBJETIVOS Ler e confrontar formulações teórico-metodológicas relativas aos campos da literatura e da cultura. Pesquisar e atualizar a bibliografia teórica pertinente aos tópicos do programa que possam funcionar como ferramentas para equacionar temas, conceitos e questões relativos às diversas dimensões da cultura na contemporaneidade. Estabelecer nexos entre os discursos literários, culturais e midiáticos, e uma política da escrita Formular argumentos crítico-teóricos, tendo em vista os textos da bibliografia do curso, as discussões em sala da aula e os respectivos projetos de dissertação. EMENTA Autores e textos representativos do pensamento contemporâneo nos campos da teoria da literatura, da crítica literária e da crítica cultural, com ênfase nas noções de discurso, representação, recepção, autoria, subjetividade, oralidade, performance e na problematização de campos instituídos tais como literatura e cultura, estética e política PROGRAMA I Análise de textos e autores representativos das principais vertentes teóricas e de contribuições críticas relevantes no âmbito da literatura e da cultura no século XX e início do século XXI. II Discussão sobre as premissas que orientam os estudos da arte e da dimensão cultural na contemporaneidade: • desconstrução, descentramento, reversão de valores, distanciamento; • do estético ao ético-político-cultural; • autonomia da arte: das vanguardas ao contemporâneo; • a literatura na era transmidiática III Formulação de um quadro teórico preliminar que permita identificar o estado da arte nos campos dos estudos literários, culturais e midiáticos. Nesta perspectiva, para maior organicidade das questões que os tópicos acima abrem, o curso será desenvolvido em torno de eixos que se interconectam, centrados em alguns teóricos. OBS.: Em cada eixo eserão, no decorrer do curso, indicados textos complementares. 1- O contemporâneo em questão. Textos: Agambem: O que é o contemporâneo? Nietzsche: “Segunda consideração extemporânea” Beatriz Resende: “O contemporâneo na literatura brasileira” (inédito) Pedro Erber: “A moda e o medo do contemporâneo” 2- Regime estético: arte e política - contribuições de Jacques Rancière Textos: Rancière: “Em que tempo estamos?” “Estética como política” A partilha do sensível O espectador emancipado As distâncias no cinema 3- Imagem, outro paradigma Textos: Didi-Huberman: A sobrevivência dos vagalumes O que vemos, o que nos olha A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg (trechos) Philipe-Alain Michaud: Aby Warburg e a imagem em movimento Eneida Maria de Souza: “Ficções impuras” Marilia Rothier Cardoso: “ A noção de ‘sobrevivência’ e o refinamento das tarefas críticas” 4- A reconquista do cotidiano. O banal revisitado. Textos: Michel de Certeau: A invenção do cotidiano George Perec: L’infra-ordinaire François Jost: Le culte du banal Arthur Danton: A transfiguração do lugar comum 5- Stuart Hall e o contemporâneo Textos:“The spectacle of the ‘other’ “A raça como significante flutuante”, in Revista Z “The work of representation” 6- Contribuições de Silviano Santiago ao pensamento crítico contemporâneo: Textos: “O entre-lugar do discurso latino-americano” “O cosmopolitismo do pobre” Eneida Leal Cunha: “Os entre-lugares de Silviano Santiago”, Renato CordeiroGomes. “Cosmopolitismo(s) em tempos midiáticos: um desafio contemporâneo” AVALIAÇÃO Categoria 12. Apresentação de pelo menos um seminário em sala de aula,presença e participação ativa nos debates em sala, entrega de uma monografia no final do curso, que se relacione efetivamente com as questões tratadas durante o desenvolvimento do programa. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL (no máximo 5) AGAMBEM, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009. DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Ed. 34, 1998. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes, 1974 HALL, Stuart. Estudos culturais e seu legado teórico. In: Da diáspora: identidade e mediações culturais. Belo Horizonte: Ed UFMG, 2003 RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. 2 ed. São Paulo: Ed 34. 2009. SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Ed UFMG, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR APPADURAI, Arjun. Soberania sem territorialidade: notas para uma geografia pós-nacional. In: Novos Estudos, Nº 49, São Paulo: CEBRAP, nov, 1997. APPIAH, Kwame Anthony. Cosmopolitanism: Ethics in a World of Strangers. New York: W.W. Norton, 2006. (Trad. esp.: Cosmopolitismo. La ética en un mundo de extraños, Buenos Aires/Madrid: Katz editores, 2007. BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix. 1979. DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Felix. Kafka; por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago, 1977. 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