FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO
FISPQ - Em conformidade com NBR 14725
Produto:
ÁCIDO FLUORÍDRICO SOLUÇÃO 70%
FISPQ nº: 010
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Data: 19/11/08
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1. Identificação do produto e da empresa
PRODUTO
ÁCIDO FLUORÍDRICO 70% BB30 - EXP0
ÁCIDO FLUORÍDRICO 70% BB 30
ACIDO FLUORÍDRICO SOLUÇÃO 70% -BB30
ACIDO FLUORÍDRICO 70%-CX25-(KG)-FR01
ACIDO FLUORÍDRICO 70%
-BB60
ACIDO FLUORÍDRICO 70%
-BB50
ACIDO FLUORÍDRICO 70%
-TQ
ACIDO FLUORÍDRICO 70%
BB30
ACIDO FLUORÍDRICO 70%
BB30
ACIDO FLUORÍDRICO 70% IMPORTADO - BB25
Nome da empresa: Quirios Produtos Químicos SA
NÚMERO INTERNO
50.02.007.12.08
50.02.007.12.05
50.02.007.12.11
50.02.007.12.82
50.02.007.12.07
50.02.007.12.06
10.01.004.70.91
10.01.004.70.08
10.01.004.70.06
10.01.004.06.06
Endereço: Rua Arnaldo n° 388 – Engenho Novo – Barueri – SP
Telefone da empresa: (11) 4161-7600
Telefone de emergência: (11) 4161-7600
Fax: (11) 4161-2036
E-mail: [email protected]
2. Composição e informações sobre os ingredientes
Substância: Este produto é uma substância pura diluída em água.
Nome químico comum ou nome genérico: Ácido fluorídrico.
Sinônimo: Ácido hidroflórico
Formula molecular: HF
Registro no chemical abstracts service (n° CAS): 7664-39-3.
Ingredientes ou impurezas que contribuam para o perigo:
Ingrediente
Faixa de Concentração N° CAS
Nº EC
Ácido fluorídrico 70 – 74%
7664-39-3
231-634-8
Sistema de classificação adotado: Comunidade Européia (Diretiva 67/548/EEC).
Clas sificação de perigo
Corrosivo e tóxico.
3. Identificação de perigos
Diamante de Hommel:
0
4
Vermelho – Inflamabilidade – 0 – O produto não queima.
Azul – Perigo para saúde – 4 – Produto letal.
2
COR
Amarelo – Reatividade – 2 – Produto reage violentamente.
Branco – Periculosidade específica – COR – Corrosivo.
Perigos mais importantes: O ácido fluorídrico é considerado uma substância extremamente tóxica e de extremo risco
Elaborado por: Thiago Silva e Luciana Pansa
Aprovado por: Fernanda Bertini
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para o organismo por qualquer via de penetração. Emana gases e vapores incolores, fortemente irritantes e corrosivos,
reage exotermicamente com água. Difere da maioria dos outros ácidos inorgânicos, especialmente com relação ao efeito
de corrosivo, pois, o íon fluoreto penetra rapidamente na pele, causando destruição profunda.
Efeitos do produto:
Efeitos adversos à saúde humana: O produto é extremamente tóxico e corrosivo à pele, olhos membranas e mucosas.
Se houver destruição dos tecidos da pele e a neutralização demorar a ser realizada, uma queimadura leve pode tornar-se
grave. Mesmo rápidas exposições a concentrações superiores a 30 ppm são imediatamente perigosas à vida e à saúde –
IPVS. A absorção de quantidades significativas deste ácido por qualquer via de penetração pode ser fatal. Não está
listado como produto carcinogênico. As condições clínicas da vítima podem ser agravadas devido a longos períodos de
exposição gerando alterações das doenças do sistema respiratório, circulatório, renal e ósseo. Os efeitos do ácido
fluorídrico podem continuar após vários dias.
Efeitos ambientais: O ácido fluorídrico é totalmente solúvel em água e mesmo em concentrações baixas se torna
prejudicial à vida aquática. Em peixes de água doce (espécie não determinada), provoca letalidade numa dose de 60
ppm, num período não especificado
Perigos físicos e químicos: Produto reage violentamente com bases e é corrosivo.
Perigos específicos: Pode reagir violentamente com muitos compostos, originando perigo de fogo e explosão. Em
contato com o ar, libera fumos corrosivos mais densos que o ar.
Principais sintomas: A exposição humana acima dos limites de tolerância (LT) pode provocar diversos sintomas tais
como: conjuntivite, queimadura na córnea, graves queimaduras na pele com ulcerações, dor atrás do externo (tórax),
tosse cuspindo sangue, dispnéia (dificuldade de respiração), broncopneumonia, cianose (coloração azul e às vezes
escura ou lívida da pele por distúrbios circulatórios), estado de choque, espasmos musculares, convulsões, icterícia,
diminuição da quantidade de urina, presença de albumina (proteína) na urina, presença de sangue na urina, náusea,
vômito, dores abdominais, diarréias, queimaduras e corrosão na boca, esôfago, estômago e intestinos (ingestão).
Classificação do produto químico: Ácido inorgânico, corrosivo, tóxico.
Visão geral de emergências: Apesar de quimicamente ser um ácido fraco, o HF é extremamente tóxico e corrosivo para
pele, olhos, e membranas mucosas devido ao íon fluoreto. São muito freqüentes os danos ocorridos nos dedos. A
extensão desses danos depende da concentração, total da superfície da pele exposta, direção e duração da exposição
bem como a presença de outros agentes químicos ou fatores físicos. Durante o contato inicial com soluções diluídas pode
não produzir dor imediata, porém, depois de horas quando HF penetra profundamente no tecido, o fluoreto juntará com o
cálcio do tecido e causará destruição ao tecido (necrose liquefeita) e dores. Em alguns casos, o osso pode ser corroído.
Sistema de absorção do fluoreto pode causar sérias alterações da química do sangue, ritmo cardíaco e em alguns casos
pode resultar em morte. O pronto e eficiente primeiro socorro pode alterar o resultado e prevenir sérios danos.
Elaborado por: Thiago Silva e Luciana Pansa
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4. Medidas de primeiros-socorros
Medidas de primeiros-socorros: Para garantir sua segurança pessoal, antes de socorrer uma vítima colocar os EPIs
necessários, procurar um médico. Enquanto isso, seguir as seguintes instruções:
Inalação: Caso haja inalação dos vapores ou material particulado do produto deve-se afastar a fonte de contaminação ou
transportar a vítima para local arejado. Se houver dificuldades respiratórias, administrar oxigênio com gluconato de cálcio
dissolvido. Manobras de ressuscitação cardiopulmonar podem ser aplicadas por pessoal habilitado se a vítima não
apresentar sinais vitais. NÃO UTILIZAR O MÉTODO DE RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA. Introduzir a respiração artificial
com uma máscara de bolso equipada com válvula de via única ou outro equipamento de respiração adequado. Manter o
paciente aquecido e não permitir que a vítima se movimente desnecessariamente. Transportar a vítima para um hospital
IMEDIATAMENTE.
Contato com a pele: Evitar o contato direto com a substância ao socorrer a vítima utilizando EPIs, se necessário. Lavar a
pele com água (ou água e sabão não abrasivo), suavemente, por pelo menos 20 minutos ou até que a substância tenha
sido removida. NÃO INTERROMPER O ENXÁGÜE. Sob água corrente (chuveiro de emergência) remover roupas,
sapatos e outros acessórios pessoais contaminados (cintos, jóias etc). Aplicar gel de gluconato de cálcio nas áreas
afetadas, dando atenção especial aos vincos da pele. Se a irritação persistir repetir o enxágüe e requisitar assistência
médica RAPIDAMENTE.
Contato com os olhos: AGIR RAPIDAMENTE. Não permitir que a vítima esfregue os olhos. Remover o excesso da
substância dos olhos rapidamente e com cuidado. Retirar lentes de contato quando for o caso. Lavar o(s) olho(s)
contaminado(s) com bastante água deixando-a fluir por, pelo menos, 20 minutos, ou até que a substância tenha sido
removida mantendo as pálpebras afastadas durante a irrigação. Cuidado para não introduzir água contaminada no olho
não afetado ou na face. Se a irritação persistir repetir o enxágüe, se ocorrer dor, inchaço, lacrimação, fotofobia, inchaço
ou queimaduras, a vítima deve ser encaminhada ao oftalmologista RAPIDAMENTE. (Fonte: HSDB).
Ingestão: Lavar a boca da vítima com água. NÃO INDUZIR VÔMITO. Oferecer a vítima consciente 2-4 copos de água
para diluir o material no estômago. Se a vítima apresentar desordens respiratórias, cardiovasculares ou nervosas fornecer
oxigênio, em caso de parada respiratória, realizar manobras de ressuscitação. NÃO UTILIZAR O MÉTODO DE
RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA. Se o vômito ocorrer naturalmente inclinar a vítima para evitar o risco de aspiração
traqueo-bronquial do material ingerido. Lavar novamente a boca da vítima. Repetir a administração de água. Nada deve
ser administrado por via oral se a pessoa estiver perdendo a consciência, inconsciente ou em convulsão. Manter o
paciente aquecido e em repouso. Transportar a vítima para um hospital IMEDIATAMENTE (Fonte: HSDB).
Depois de tomadas as medias citadas anteriormente, seguir as instruções do Anexo B da NBR 10270 - Conjunto de
Equipamentos para Emergência no Transporte Rodoviário de Ácido Fluorídrico, que se encontra junto a esta ficha.
Proteção do prestador de socorro e/ou notas para o médico: Devem-se tomar as precauções necessárias para
garantir sua segurança pessoal antes de socorrer a vítima. Evitar o contato direto com a substância utilizando EPIs, se
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necessário. Eliminar fontes de ignição no entorno. Não fumar.
Senhor médico, se não possuir familiaridade com o produto em questão e suas medidas de urgência, consultar a
empresa fabricante ou o expedidor, para maiores informações o anexo B desta FISPQ tem as orientações necessárias
para os procedimentos de urgência.
Notas para a indústria/empregador: Mantenha os produtos para neutralização do HF prontamente disponíveis no local
de trabalho, dentro da validade e em local de fácil acesso e conhecimento.
Tenha uma pessoa treinada nos procedimentos de primeiros socorros para aplicação tópica dos
produtos neutralizantes. O socorrista ou paramédico deverá prevenir se do contato com o ácido fluorídrico com uso de
luvas de procedimento cirúrgico.
“EM TODOS OS CASOS É INDISPENSÁVEL O ACOMPANHAMENTO MÉDICO POR NO MÍNIMO
72 HORAS”
5. Medidas de combate a incêndio
Ligar imediatamente para o telefone de emergência disponível neste documento. Se não estiver disponível ligar para a
PRÓ-QUÍMICA para Assistência de Emergência nos seguintes números: 0800-118270 (Brasil) ou 55-11-232-1144 (fora
do Brasil).
Medidas de extinção apropriadas: Líquido não inflamável. Devem ser utilizados métodos de extinção de incêndio de
acordo com o agente propagador. Prevenir a formação de vapores tóxicos utilizando vapor supressor de espuma álcool
resistente. O uso de neblina d’água poderá também reduzir os vapores ou afastar nuvens de fumaça, e pode ajudar a
proteger a substância derramada afastando-a de fontes de ignição. Se for possível e seguro, remova os contêineres
expostos às chamas. Combater o fogo com o vento a suas costas. Em contato com metais, ocorre a liberação de gases
inflamáveis (hidrogênio). SOMENTE UTILIZAR JATOS DE ÁGUA PARA RESFRIAR OS RECIPIENTES ENVOLVIDOS
NO FOGO e evitar que explodam mesmo após o controle do fogo. Confinar a água utilizada para combate ao incêndio
para posterior descarte. Abandone a área caso haja descoloração dos tanques ou aumento das chamas. Mantenha-se
afastado de tanques envolvidos nas chamas.
Medidas de extinção não apropriadas: Não iniciar o combate ao incêndio sem estar utilizando roupas de proteção
adequadas para a situação. Não tocar nem caminhar sobre o material derramado.
Direcionar jatos sólidos de água ao fogo pode não ser uma estratégia efetiva, pois podem propagar ainda mais o incêndio,
espalhar a substância derramada e gerar respingos do produto devido a reações exotérmicas. Não permitir que a água
penetre dentro dos recipientes que contenham a substância. Não permitir a entrada do produto ou das águas de diluição
do controle do fogo em bueiros, redes de esgotos ou áreas confinadas.
Perigos específicos: As águas residuais do controle do fogo podem ser corrosivas ou tóxicas causando poluição do
meio ambiente se atingirem cursos d’água e redes de esgoto.
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A substância é corrosiva podendo causar severas queimaduras na pele e nos olhos, podendo causar cicatrizes, danos
permanentes e até a morte.
Métodos especiais: Combater incêndios que envolvam tanques, carros ou vagões de transporte de uma distância
máxima possível ou utilizar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor; se isso não for possível
abandonar a área e deixar queimar. Resfriar lateralmente, com grandes quantidades de água, os recipientes que
estiverem expostos às chamas mesmo após a extinção do fogo. Manter-se sempre longe dos tanques envolvidos no fogo.
Manter pessoas não autorizadas afastadas das áreas de combate. Ventile áreas fechadas antes de entrar.
Proteção dos bombeiros: Utilizar óculos de proteção resistentes aos respingos das soluções ou aos vapores, a menos
que se tenham disponíveis respiradores com peça facial inteira. Deve-se utilizar proteção ocular mesmo que se esteja
usando lentes de contato. Evitar que a substância tenha contato com a pele, utilizando luvas, toucas, botas resistentes a
produtos químicos, especificamente recomendados por MSHA/NIOSH ou pelo fabricante.
Onde houver possibilidade para exposições a altas concentrações da substância, deve-se utilizar respirador aprovado
pelo fabricante ou por MSHA/NIOSH com peça facial inteira, suprimento de ar, que opere com demanda de pressão ou
outro modo de pressão positiva. Para maior proteção utilizar o respirador em combinação com equipamento de respiração
autônomo que opere com demanda de pressão ou outro modo de pressão positiva.
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento
Precauções pessoais: Dirija-se ao local do vazamento ou derramamento utilizando os EPIs adequados. Faça uma
análise visual da situação e dos riscos iminentes antes de tomar qualquer decisão, não arrisque sua vida.
Remoção de fontes de ignição: Elimine todas as fontes de ignição na área imediata. Ventile a área para dispersar os
gases. Não fume no local. Utilize equipamento de proteção individual na manipulação do derramamento. Não toque ou
ande sobre o material derramado. Evite o contato do material com metais, pois pode gerar liberação de calor e possível
formação de gases tóxicos e inflamáveis.
Controle de poeira: Não aplicável. O produto é líquido.
Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos: Na manipulação dos resíduos derramados, o
trabalhador envolvido deve estar utilizando os equipamentos de proteção individual necessários: luvas de neoprene ou
PVC, capacete, máscara facial com filtro para gases e vapores ácidos e orgânicos combinado com filtro mecânico,
macacão de proteção adequado e botas de barracha.
Precauções ao meio ambiente:
Ar: usar neblina de água para controlar e absorver os vapores emanados. Evacuar toda a área até que toda quantidade
de vapores emanados sejam dispersos.
Solo: recolher todo material (produto neutralizado) para recipientes adequados para posterior tratamento e disposição.
Água: evitar que o material caia em lagos, rios, córregos, mananciais ou bueiros. Neutralize com carbonato de sódio
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(barrilha) ou hidróxido de cálcio (cal). Atenção especial deve ser dispensada para evitar respingos do produto durante os
procedimentos.
Métodos para limpeza
Recuperação: O produto proveniente do vazamento ou derramamento deve ser neutralizado com lama de cal ou barrilha,
com grandes quantidades de água, devido à grande liberação de calor (reação exotérmica), armazenando os resíduos
para posteriores tratamento ou descarte.
Disposição: Após tratamento adequado, os resíduos deverão ser recolhidos em recipientes de polietileno e tratados ou
descartados conforme a legislação ambiental local, estadual ou federal.
Prevenção de perigos secundários: Isolar a área com fitas zebradas, cordas ou cones num raio de 150 metros e
afastar os curiosos. Evite o contato direto do produto e seus vapores com a pele, olhos e vias respiratórias. Posicionar-se
com o vento nas costas para execução dos procedimentos. Se for possível e sem riscos adicionais, pare o fluxo de
vazamento. Remova o cilindro ou recipiente com vazamento para uma área segura com boa ventilação ou sistema de
exaustão dos gases e realize o transbordo. Use neblina de água para controlar e absorver os vapores emanados. Evacue
toda a área até que toda quantidade de vapores emanados seja dispersa.
Todo material contaminado com o Ácido Fluorídrico – HF deve ser bem lavado, pois o ácido penetra nas superfícies
(plástico, concreto, madeira, etc.) tornado-se um risco por tempo indefinido.
7. Manuseio e armazenamento
Manuseio: Este produto deve ser manuseado por pessoas que possuam treinamento adequado, e devidamente
protegido, utilizando os EPIs apropriados relacionados abaixo.
Medidas técnicas:
Prevenção da exposição do trabalhador: Ao manusear o produto utilize os EPIs apropriados: luvas de neoprene ou
PVC de punho longo, macacão impermeável e de material resistente (KP, PVC, etc), óculos de proteção para produtos
químicos, proteção facial, botas de borracha e em caso de risco potencial de emanação de vapores dispor máscara
panorâmica facial com filtro para vapores ácidos em local próximo, máscara semi facial filtrante com filtro de carvão ativo
para GA pode ser fornecida somente para eventual exposição a baixas concentrações. Evite contato da substância com
materiais metálicos, devido à liberação de gases inflamáveis (hidrogênio).
Prevenção de incêndio e explosão: Material não é inflamável, mas pode se decompor quando superaquecido, liberando
vapores corrosivos e tóxicos. Trabalhar com o produto em locais bem arejados ou com exaustão local, evitando o contato
com metais para evitar a liberação de gases inflamáveis.
Precauções para manuseio seguro: Manipular em área com ventilação local de exaustão ou hermetizar o processo se
necessário para evitar a liberação de névoas e gases para o ambiente. Manter no local de trabalho as menores
quantidades possíveis em área separada da área de armazenamento. Sempre trabalhar em capelas ou locais bem
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ventilados. O assoalho da área de trabalho deve ser de fácil limpeza.
Orientações para manuseio seguro: As normas de poluição do ar locais devem ser consultadas para determinar se a
liberação dos componentes voláteis é regulamentada ou restringida na área na qual o material for usado. Não contaminar
o solo ou liberar este material em sistemas de esgoto ou águas residuais e em mananciais de água. Recipientes vazios
podem conter resíduos perigosos do produto, mantenha-os bem fechados e não reutilize as embalagens. Evitar o contato
com materiais incompatíveis.
Armazenamento:
Medidas técnicas apropriadas: O HF ataca superfícies metálicas, gerando e liberando hidrogênio, gás altamente
inflamável, que poderá explodir em caso de contato com fontes de calor. Para tanto indica-se que nos locais de
estocagem ou próximo de tubulações de aço seja proibido fumar. Procedimentos de manuteção que geram calor e
fagulhas devem ser acompanhados por profissional habilitado, fazendo-se inicialmente escoamento total da tubulação e
tanques, neutralização, limpeza e se possível avaliação com explosímetro. Isole toda a área antes de iniciar os trabalhos.
Evite danificar as embalagens – o produto é altamente corrosivo e tóxico. As embalagens podem ficar quebradiças ao
longo do uso. O produto com concentrações acima de 60% podem ser estocadas em tanques de aço. Faça inspeções
periódicas nos tanques e embalagens verificando a resistência e pontos de corrosão. Não estocar o produto próximo de
outros produtos incompatíveis tais como bases fortes, conforme NBR 14619/2004.
Condições de armazenamento
Adequadas: Armazenar em local seco, arejado (abaixo de 38ºC) e ao abrigo de radiações solares em bombonas de
polietileno. Os depósitos de ácido fluorídrico devem ser providos de chuveiro de emergência, lava olhos e hidrantes
equipados com bico de água tipo jato-neblina, deverão dispor também de uma área de segurança própria em seu
entorno, devidamente delimitada e sinalizada, provida de bacia de contenção capaz de reter vazamentos acidentais.
A evitar: Danificar as embalagens, pois o produto é altamente corrosivo e tóxico.
De sinalização de risco: Líquido corrosivo, tóxico. Uso obrigatório de EPIs.
Produtos e materiais incompatíveis: Reage explosivamente com fluoreto de cianogênio (polimeriza explosivamente);
glicerol mais ácido nítrico, ácido metanossulfônico (libera difluoreto de oxigênio); anidrido acético, 2-aminoetanol, trióxido
de amônia, trióxido de arsênio, ácido bismútico, óxido de cálcio, ácido clorossulfônico, etileno diamina, óxido de mercúrio,
óxido de mercúrio (II) mais materiais orgânicos (acima de zero grau), ácido nítrico mais ácido lático (misturas instáveis),
ácido nítrico mais propileno glicol, oleum, n-fenilazopiridina, anidrido fosfórico; permanganato de potássio, tetrafluorsilicato
de potássio (libera tetrafluoreto de silicone), beta propil lactona, propilenoglicol e nitrato de prata (liberação de gás e
formação de fulminato de prata), propileno óxido, sódio, hidróxido de sódio, tetrafluorsilicato de sódio, acetato de vinila.
(CHEMINFO, 2001).
Materiais seguros para embalagens:
Recomendadas: Pode ser estocado em tanques de aço até a temperatura de 60ºC. Pode, ainda, ser estocado em
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recipientes de chumbo ou garrafas de polietileno.
Inadequadas: Não estocar (nem mesmo em solução), em containeres ou frascos de vidro ou cerâmica.
8. Controle de exposição e proteção individual
Medidas de controle de engenharia: O processo deve ser prioritariamente enclausurado de modo a impedir que
vazamentos ou
dispersão de vapores no local de trabalho. Os tanques devem ser aterrados de modo a impedir
eletricidade estática, fagulhas e inflamação do hidrogênio. Prover o local de trabalho, de preferência, com Ventilação
Local de Exaustão – VLE, para controle na fonte dos vapores ou Ventilação Geral de Diluição – VGD, mantendo os níveis
de concentração abaixo dos permitidos. Em laboratório deve-se prover capela de fluxo laminar para controle de
aerodispersóides. Para tanques, prover dique de contenção em caso de vazamento e sistema de combate a emanação
de vapores através de água lançada em borrifos ou neblinas. Prover o local de trabalho com chuveiro e lavador de olhos
de emergência.
Limites de exposição ocupacional: Informações de limites de tolerância da substância conforme a ACGIH.
Nome Químico
Ácido fluorídrico
N º CAS
7664-39-3
TLV - TWA
TLV - STEL
3
3
ppm
mg/m
ppm
mg/m
3 (8 horas)
2,5 (8 horas)
6 (15 min)
5,0 (15 min)
Dados de acordo com a Portaria 3.214/ 78 NR 15 anexo 11 - Quadro I:
Agente Químico
Até 48 horas/
Grau de
semana
Insalubridade se caracterizada
3
Ácido fluorídrico
ppm
mg/m
MÁXIMA
2,5
1,5
Indicadores biológicos: Dados de acordo com a Portaria 3.214/78 NR 7 – Quadro I:
Agente
Químico
Flúor e
Fluoretos
Valor teto
(ppm)
+
FONTE
OSHA PELs
3 ppm
Indicador Biolágico
Material
Análise
Biológico
Urina
Fluoreto
Absorvição
tb. pela pele
NE
V.R.
IBPM
Até 0,5
mg/g
creat.
Método
Analític
o
IS
Amostragem
Interpretação
Vig
3mg/g de creat. no
PP+
EE
NE
início da jornada e
10mg/g creat. no
fim da jornada
Procedimentos recomendados para monitoramento: Utilizar instrumentos apropriados de monitoramento. A estratégia
da amostragem deve contemplar local, tempo, duração, freqüência e número de amostras. A interpretação dos resultados
das amostras está relacionada a estas variáveis e ao método analítico utilizado. A amostragem deve ser conduzida por
profissional treinado.
Equipamento de proteção individual apropriado:
Proteção respiratória: Usar máscara facial com filtro para vapores e gases ácidos (para emergências)
Proteção das mãos: Usar luvas de neoprene ou PVC cano alto.
Proteção dos olhos: Usar óculos de segurança ou protetor de peça facial inteira.
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Proteção da pele e do corpo: Usar macacão ou conjunto de calca/blusão de KP ou PVC e botas de borracha.
Precauções especiais: Evitar usar lente de contato quando manusear o produto. Para operações de emergência ou
perigosas, utilizar equipamento autônomo de respiração.
Medidas de higiene: Não fumar, comer ou beber no local de trabalho e lavar-se bem após o manuseio. Lave bem as
mãos antes de comer, beber, fumar ou ir ao banheiro. Descartar roupas contaminadas a fim de evitar futuras exposições.
Destruir sapatos contaminados.
9. Propriedades físico-químicas
Estado físico: Líquido
Cor: Sem coloração
Odor: Forte odor irritante detectável a uma concentração de 0,0333 mg/m3 tornando-se irritante a 4,17 mg/m3.
pH: < 2 (ácido) solução 0,1M.
Temperaturas nas quais ocorre mudança de estado:
Ponto de ebulição: 19,5 ºC.
Ponto de fusão: -83,8 ºC.
Ponto de fulgor: não inflamável.
Temperatura de auto-ignição: não inflamável.
Limites de explosão superior/inferior: não inflamável.
Pressão de vapor HF 70%: 150 hPa a aprox. 20ºC.
3
Densidade: 1,27 g/cm (ar = 1) a aprox. 25ºC.
Solubilidade em água: solúvel; álcool: solúvel.
Potencial de Ionização (PI): 15,98 eV
10. Estabilidade e reatividade
Condições específicas
Instabilidade: O ácido fluorídrico é estável se mantido confinado em ambiente com temperatura abaixo do
armazenamento normal e condições de manuseio. Acima de 19,5 ºC, o ácido fluorídrico libera fumos esbranquiçados
irritantes e nocivos.
Reações perigosas: Em reações com metais, o HF libera um gás tóxico e altamente inflamável (hidrogênio), reage
violentamente com bases fortes e água, liberando calor (reação exotérmica).
Condições a evitar: Luz solar direta, calor, chamas abertas, superfícies aquecidas e reações com metais.
Materiais ou substâncias incompatíveis: Vide seção 7 deste documento.
Produtos perigosos da decomposição: A decomposição térmica do ácido fluorídrico pode produzir vapores de fluoreto
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altamente corrosivos.
11. Informações toxicológicas
Informações de acordo com as diferentes vias de exposição:
Inalação: Uma absorção sistemática do produto pelas vias respiratórias poderá resultar em hipocalcemia e
hipomagnesemia ( baixa no nível de cálcio e magnésio respectivamente no sangue) com subseqüente arritmia cardíaca.
A inalação sistemática ou de altas doses, pode gerar alterações sistêmicas sobre o rim e fígado, devido à deficiência
destes elementos (cálcio e magnésio) no sangue ou devido à elevação do nível de potássio (hipercalemia).
Concentrações acima de 250 ppm por cinco minutos de exposição podem ser fatais.
Olhos: Provoca severa irritação e queimadura que podem causar cegueira permanente.
Pele: Provoca severa irritação e queimadura, que inicialmente pode não ser dolorosa ou visível. Os sintomas do contato
com a pele em soluções abaixo de 20% de concentração podem aparecer depois de 12 horas do contato. Soluções de
20% a 50% produzem sintomas de 1 a 8 horas. Soluções superiores a 50% causam dores intensas imediatamente. O
ácido flurídrico penetra na pele atacando os tecidos e ossos, o tecido subctâneo fica esbranquiçado chegando à
gangrenar. Os efeitos de hipocalcemia e hipomagnesemia também são ocasionados com o conta direto na pele.
Ingestão: É a via de penetração mais improvável para vapores ou gases. Somente a ingestão acidental ou por
sabotagem pode ocorrer provocando queimaduras em todo o trato digestivo e grave inchaço da traquéia, e até mesmo a
morte dependendo da quantidade ingerida.
Toxicidade aguda: O produto, em contato com o sistema respiratório, provoca rápida sensação de asfixia, seguido de
tossidas contínuas com pontos de ulceração nas partes do sistema respiratório superior. Depois de um período de várias
horas até 1 a 2 dias sem sintomas, provoca febre, asfixia, dificuldade respiratória, cianose (devido à baixa oxigenação da
pele e membranas mucosas pelo sangue) e edema pulmonar (fluidos aquosos no pulmão). Soluções superiores a 50%
causam queimaduras com dores intensas imediatas.
3
3
Apresenta forte odor irritante detectável a uma concentração de 0,0333 mg/m , tornando-se irritante a 4,17 mg/m .
HOMEM: LCLo ( 30 min ) = 50 ppm
Efeitos locais: O ácido fluorídrico é extremamente tóxico e corrosivo à pele, olhos, membranas e mucosas, causando
queimaduras graves. .
Toxicidade crônica: Exames periódicos devem ser realizados para dectar a concentração de fluoreto na urina para
determinação da quantidade total de fluoreto presente no organismo com objetivo de impedir a ocorrência ou
desenvolvimento de osteosclerose.
Efeitos específicos: Produto não é carcinogênico.
Experiências com animais de laboratório mostram que o ácido produz efeitos teratogênicos e reprodutivos. Em estudos
com animais, foram encontrados os seguintes resultados:
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Rato, inalação: 4980 µg/m /4 horas administrado para um fêmea de 1 a 22 dias de gravides causou a morte do feto.
3
Rato, inalação: 252 µg/m /6horas/17 semanas de modo intermitente produziu mudanças na contagem dos eritrócito e
mudanças bioquímicas na oxidação das monoaminas e hidrogenases.
Efeitos mutagênicos em humanos ou animais são desconhecidos.
12. Informações ecológicas
Efeitos ambientais, comportamentos e impactos do produto
Mobilidade: AR - Ainda que o ácido fluorídrico seja a forma mais estável dentre os compostos de fluoreto, não
permanece por longo tempo na atmosfera. Os vapores de ácido fluorídrico, por serem miscíveis com a água, podem ser
removidos da atmosfera por deposição úmida e seca, apresentando uma meia-vida de remoção de 14 e 12 h,
respectivamente (NICNAS, 2001).
ÁGUA - O HF se volatiliza rapidamente da superfície da água. No equilíbrio, espera-se que o HF se particione entre o
meio aquoso (70%) e a atmosfera (30%). Quantidades insignificantes são encontradas no solo/sedimentos, biota ou em
aerodispersóides (NICNAS, 2001).
SOLO - Espera-se que o HF liberado para o solo seja removido, em grande parte, por volatilização. O que não se
volatilizou pode ficar retido dependendo do pH do meio. O HF pode formar complexos de fluorsilicato de alumínio em
solos ácidos ou fluoreto de cálcio em solos alcalinos. Em solos arenosos, há a tendência de se formar compostos
hidrossolúveis de flúor em condições acídicas (HAZARDTEXT, 2000).
Persistência/Degradabilidade: AR - Os vapores de ácido fluorídrico, por serem miscíveis com a água, podem ser
removidos da atmosfera por deposição úmida e seca, apresentando uma meia-vida de remoção de 14 e 12 h
respectivamente (NICNAS, 2001).
ÁGUA - A precipitação do fluoreto dissolvido em água salgada pelo carbonato de cálcio é a forma dominante de remoção,
ao lado da incorporação do ânion ao fosfato de cálcio. O fluoreto não dissolvido deposita-se no sedimento, apresentando
um tempo de residência no oceano de 2 a 3 milhões de anos (NICNAS, 2001).
SOLO - Quantidades insignificantes de HF são encontradas no solo, devido a rápida volatilização. Quando o pH do meio é
inferior a 6, o fluoreto encontra-se predominantemente na forma complexada que é imóvel. Em pH maior que 6, a espécie
livre predomina (NICNAS, 2001).
Bioacumulação: Os organismos aquáticos de água doce acumulam fluoreto no exoesqueleto (crustáceos) e nos ossos
(peixes). Nos peixes, os fatores de bioconcentração relatados foram de 53 a 58 (peso seco) e < 2 (peso úmido). Nos
crustáceos, os valores encontrados foram < 1 (peso seco). Os maiores valores de bioconcentração relatados foram de 3,2
para moluscos e de 7,5 (peso úmido) para macrofita aquática.
Nos organismos de água salgada, observou-se a acumulação de fluoreto em peixes, crustáceos e plantas. Valores de
bioconcentração de 149 foram encontrados para peixes.
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Em animais terrestres, o fluoreto também se acumula no esqueleto provocando a fluorose. A biomagnificação pode
ocorrer, porém, dados confiáveis comprovando esta hipótese não foram obtidos ainda.
Comportamento esperado: Vide mobilidade e persistência/degradabilidade.
Impacto ambiental: Atenção especial deve ser dada para o excesso de flúor no solo após a neutralização do produto
especialmente se a área for usada para agricultura. Fazer controle prévio. O produto é totalmente solúvel em água e
mesmo em concentrações baixas se torna prejudicial à vida aquática. Em peixes de água doce (espécie não
determinada), provoca letalidade numa dose de 60ppm, num período não especificado. Devido à natureza corrosiva do
produto, animais expostos poderão sofrer danos nos tecidos chegando à morte, dependendo da concentração no
ambiente. As plantas contaminadas com o produto podem adversamente ser afetadas ou destruídas.
3
Ecotoxicidade: Animais expostos a 500 mg/m por 15 minutos ou mais mostram sinais de fraqueza e debilidade.
13. Considerações sobre tratamento e disposição
Produto: Dissolver cuidadosamente o material em água, neutralizar imediatamente com carbonato de sódio (primeiro
adicionar um pouco de ácido clorídrico seguido de carbonato de sódio, se o material não dissolver completamente).
Adicionar cloreto de cálcio em excesso até precipitar o fluoreto e/ou carbonato. Separar os insolúveis para a disposição
em um aterro sanitário. Recomenda-se o acompanhamento por um especialista do órgão ambiental.
Restos de produto: Os resíduos resultantes da neutralização com cal, barrilha ou calcário devem ser encaminhados
juntamente com as águas de lavagem para tratamento, reutilização ou disposição final, dependendo do caso e condições.
Dispor todo o material conforme prescrito pela legislação local, estadual ou federal.
Embalagem usada: Os recipientes, embalagens ou tanques do produto não devem ser reutilizados para outras
finalidades. Em caso de desativação de qualquer recipiente deve-se neutralizar com uma solução de carbonato de sódio
(barrilha) lavar bem e sucatear. Dispor todo o material conforme prescrito pela legislação local, estadual ou federal.
14. Informações sobre transporte
Regulamentações nacionais e internacionais: Seguir o regulamento para Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos conforme Decreto nº 96044 e 18/05/88. Instruções complementares ao Regulamento do Tranporte Terrestre de
Produtos Perigosos
conforme Resolução 420/2004. Não transportar com produtos incompatíveis conforme NBR
14619/2003. As embalagens depois de carregadas devem ser protegidas contra intempéries e ação mecânica com lonas.
O transportador deve prover a unidade de transporte com o kit de emergência preconizado na NBR 9725/2003
Terrestre: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – Resoluções n° 420 de 12/02/04, n° 701/04 de 25/08/ 04
e n° 1644/06 de 26/09/06.
Marítimo: IMO – International Maritime Organization (Organização Marítima Internacional)
International Maritime Dangerous Code (IMDG Code) Amendment 32-04.
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Aéreo: IATA – International Air Transport Association (Associação Internacional de Transporte Aéreo); Dangerous Goods
Regulation (DGR); DAC – Departamento de Aviação Civil: IAC 153-1001 (instrução de Aviação Civil).
TRANSPORTE RODOVIÁRIO TRANSPORTE MARÍTIMO
TRANSPORTE AÉREO
1790
1790
1790
ÁCIDO FLUORÍDRICO,
ÁCIDO FLUORÍDRICO,
ÁCIDO FLUORÍDRICO,
Nome apropriado
solução com mais 60% de
solução com mais 60% de
solução com mais 60% de
para embarque
ácido fluorídrico.
ácido fluorídrico
ácido fluorídrico
8
8
8
Classe de risco
6.1
6.1
6.1
Risco sub.
886
886
886
Número de risco
I
I
I
G. de embalagem
Atenção! Além da Ficha de Emergência com Envelope e simbologia de Risco, o caminhão deve portar, obrigatoriamente,
Número ONU (UN)
de acordo com a NBR 10271, “Folheto de Instrução para Atendimento de Primeiros Socorros com Ácido Fluorídrico e
“Folheto de Instrução para Tratamento Médico” e o Conjunto de emergência para o transporte de ácido fluorídrico.
Documentos de porte obrigatório:
A) Certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos a granel do veículo e do equipamento, expedido
pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada;
B) Ficha de emergência, adequada às exigências da ABNT;
C) Envelope para o transporte - NBR 7504 da ABNT;
D) Documento fiscal - deve descrever a mercadoria, seu acondicionamento, peso, valor, imposto se houve, nome e
endereço do embarcador, nome ou endereço do destinatário, condições de venda ou de transferência, meio de transporte
e data de saída, próprio para cada tipo de movimentações de bens. (consulte Portaria Nº 261/89 MT);
E) Condutores: categoria deve atender as especificações do veículo (A, B, C, D ou E), é exigida a idade mínima de 21
anos. Legislação: O usuário deve estar ciente sobre as legislações municipais, estaduais e federais vigentes.
15. Regulamentações
Regulamentações: Sistema de classificação adotado: Comunidade Européia, Diretiva 67/548/EEC, Diretiva 1999/45/EC
e Diretiva da Comissão 2001/59/CE de 6 de Agosto de 2001.
Frases de risco: R26/27/28 – Muito tóxico por inalação, em contato com a pele e por ingestão.
R35 – Provoca queimaduras graves.
Frases de segurança: S1/2 – Guardar trancado à chave e fora do alcance das crianças.
S7/9 – Manter o recipiente bem fechado em local bem ventilado.
S26 – Em caso de contato com os olhos, lavar imediata e abundantemente com água e consultar um especialista.
S36/37 – Usar vestuário de proteção e luvas adequadas.
S45 – Em caso de acidente ou de indisposição, consultar imediatamente um médico (se possível mostrar-lhe o rótulo).
Símbolo de Risco:
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C: CORROSIVO
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T+: MUITO TÓXICO
16. Outras informações
As informações contidas neste documento são apresentadas de boa fé, baseadas em informações acreditadas
disponíveis no momento de preparação do mesmo. A responsabilidade pelo uso, armazenamento, manipulação e
eliminação dos produtos acima descritos, sozinhos ou em combinação com qualquer outra substância, é do comprador
e/ou do usuário final. Estas informações estão sujeitas a mudanças sem notificação.
Siglas:
ACGIH - AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS.
CAS - Chemical abstracts service;
EC - European Community;
EEC - European Economic Community;
Nº EC - Number of European Commission;
TLV - TWA (Threshold Limit Value - Time Waighted Average) - Limite de exposição para um dia normal de trabalho (8
horas) ou semana (40 horas);
ESIS - European chemical Substances Information System);
EPI - Equipamento de Proteção Individual;
IARC - International Agency for Research on Cancer
OSHA PEL – Occupational Safety & Health Administration Permissible Exposure Limits;
IDLH - Immediately Dangerous to Life and Health;
IPVS - Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde;
HSDB – Hazardous Substance Data Bank
MSHA – Mine Safety and Health Administration;
NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health;
SCBA - Self Contained Breathing Apparatus
LC50 (Lethal Concentration – 50%) = concentração letal a 50% da população exposta ao produto;
EC50 (Effect Concentration – 50%) = concentração que causa efeito em 50% da população teste. O efeito não significa
morte, mas normalmente diz respeito à capacidade de locomoção (mover ou nadar);
LD50 (ip) (Lethal Dose – 50% Intraperitonial) = dose letal a 50% da população a qual foi administrada a substância (intra
peritonial);
LDLo (Lowest Published Lethal Dose) = Menor dose letal publicada em literatura especializada.
VR- Valor de Referência da Normalidade: encontrado em população não exposta.
IBMP- Índice Biológico Máximo Permitido - é o indicie máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria
das pessoas ocasionalmente expostas não corre risco de dano à saúde, a ultrapassar este valor levará a uma exposição
excessiva.
IS- Eletrodo íon seletivo.
PP+ - Pré e Pós a quarta jornada de trabalho da semana.
EE - O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do Limite de Tolerância, mas não possui,
isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um
efeito/disfunção do sistema biológico.
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Referências Bibliográficas:
1) THE MERCK INDEX 13th ED.
2) DANGEROUS PROPERTIES IND. MAT. IRVING SAX
3) GENIUM’SREF. COLLECTION – DATA SHEETS
4) ENCICLOPÉDIA DE QUIMICA IND. - ULLMAN
5) CHEMICAL ENGINEERING HANDBOOK 5thED
6) INTOXICAÇÕES AGUDAS – S. SCHCARTSMAN
7) INTERNATIONAL TECH.INF.INSTIT. - JAPAN
8) ROT. PREV. DE PROD. QUIM. PER. –FUNDACENTRO
9) HANDBOOK OF CHEM. AND PHYSICS 57th ED.
10) FOLHAS DE DADOS DIVERSOS.
11) FISPQ NITROQUIMICA.
ABIQUIM; Departamento Técnico; Comissão de Transporte. Manual para atendimento de emergências com produtos
perigosos. 4.ed. São Paulo: 2002. 270p.
[ACGIH] AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS. 2001 TLVs e BEIs: limites de
exposição (TLVs) para substâncias químicas e agentes físicos e índices biológicos de exposição (BEIs). Tradução:
Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais. São Paulo; 2001.
ARMOUR MA. Hazardous laboratory chemicals: disposal guide. Boca Raton: CRC Press; 1996. [ATSDR] AGENCY FOR
TOXIC SUBSTANCES AND DISEASE REGISTRY. Zinc. Atlanta; 1995.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Normas regulamentadoras aprovadas ela Portaria nº 3214; de 8 de
junho de 1978; atualizadas até 18 de julho de 1997. In: Segurança e medicina do trabalho. 38. ed. São Paulo: Atlas; 1997.
Ministério de Transporte. Portaria Nº 204 de 20 de maio de 1997. Regulamento do Transporte terrestre de Produtos
Perigosos.
Ministério de Transporte. Decreto 1797 de 25 de janeiro de 1996. Relação de Produtos Perigosos no Âmbito Mercosul.
ANEXO B - FOLHETO DE INSTRUÇÃO PARA TRATAMENTO MÉDICO EM CASO DE ACIDENTE COM ÁCIDO
FLUORÍDRICO
B-1. QUEIMADURAS DE PELE
B.1.1. Ao se expor à pele ao Ácido Fluorídrico aquoso ou anidro, imediatamente se forma uma zona eritematosa que
rapidamente se transforma em zona esbranquiçada ou nacarada; isto se deve à coagulação tissular: deve-se lavar
imediatamente a área com bastante água limpa por um período de no máximo 3 a 4 minutos; tirar a roupa que possa
estar contaminada. Iniciar a aplicação de gluconato de cálcio gel a 2,5%; na falta de gluconato aplicar no local Hidróxido
de Magnésio ou outro antiácido. A massagem firme com gluconato de cálcio permite que penetre nos tecidos lesados.
Este tratamento deve ser iniciado imediatamente e mantido por um período de 20 minutos e deve ser repetido de duas a
três vezes ao dia, por um período de dois a três dias se a queimadura for de 2º ou 3º grau.
B.1.2. O pessoal médico e de enfermagem deve saber que há possibilidade de se lesar a pele ao transportar o paciente
exposto; para evitar este risco, é importante proteger as mãos com gluconato de cálcio ou gel ou usar luvas cirúrgicas e
gluconato de cálcio gel, este, de preferência.
B.1.3. O médico encarregado do caso deve inicialmente avaliar o total de superfície corporal atingida e a profundidade da
lesão. Os pacientes com 2% a 3% de superfície lesada precisam de uma unidade de tratamento intensivo, e só aí se pode
prestar o tratamento adequado. Toda exposição grave tem um fator de inalação e deve-se avaliar o dano causado no
aparelho respiratório, sem exceção, observando por no mínimo 72 horas.
B.1.4. Ao se hospitalizar o paciente, devem-se pedir os seguintes exames, em caráter de urgência:
a) Hemograma;
b) b) Perfil Bioquímico;
c) c) Provas de função hepática;
d) d) EAS;
e) e) Eletrólitos.
B.1.5. Se houver suspeita de comprometimento respiratório, deve-se acrescentar o exame de gases arteriais. Após estes
pedidos de exames, o seguinte passo é instalar um programa de administração de medicações endovenosas, iniciando
com solução de hartmann e acrescentando 10cc. De gluconato de cálcio a 10%; se a lesão for extensa, para evitar a
morte por hipocalcemia, repetir este tratamento quantas vezes for necessário para se manter o cálcio dentro dos limites
normais.
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B.1.6. As lesões extensas devem ser infiltradas com gluconato de cálcio, usando como diluente xilocaína a 2%; isto serve
para aliviar a dor que, em certos casos, é tão intensa que os pacientes entram em choque.
B.1.7. Usar agulhas de calibre 25x ou 24x se a área for extensa. Evitar infiltrar nos dedos, nariz ou pavilhão auditivo; só
infiltrar se for muito necessário e deve ser feito com precaução para se evitar a isquemia.
B.1.8. O tratamento usado no grande queimado geralmente é de manutenção. Manter o equilíbrio eletrolítico; observar
atentamente o paciente para detectar sintomas de hepato, nefro ou nefro-toxicidade e, sobretudo dar apoio respiratório e
cardiovascular.
B.1.9. É de vital importância a manutenção de um monitor cardiológico para detectar arritmias temporárias causadas
pelas alterações do cálcio sérico com o prolongamento do intervalo QT. Mais adiante ajuda a detectar alterações no ECG
devido às alterações de outros eletrólitos.
B.1.10. Manter os níveis de cálcio sérico, em especial em pacientes que apresentam inalações e ingestão de Ácido
Fluorídrico, é de suma importância, já que nestes pacientes a eliminação de cálcio é muito rápida.
B.1.11. O uso de esteróides para manter a PA e com objetivo de exercer efeitos antiinflamatórios é de muita importância.
Tem-se usado compostos de ação curta no período agudo e de ação prolongada no período de convalescença; são
utilizados tanto por via intravenosa como por via oral.
B.1.12. Os antibióticos são às vezes necessários como profilaxia das infecções. Apesar de não se haver detectado
infecção no período agudo em pacientes do ambulatório, especialmente de classe econômica baixa, encontram-se três
casos de infecções devido à contaminação, enquanto praticavam esporte ou trabalhavam em lugar em condições
higiênicas pobres.
B.2. QUEIMADURAS NOS OLHOS
B.2.1. A córnea e a conjuntiva podem ser muito afetadas se expostas ao ácido. A córnea perde sua transparência tão
logo entre em contato com o ácido, cegando a vítima.
B.2.2. Devem-se lavar, imediatamente, os olhos com água durante 3 a 4 minutos, nunca mais que 4 minutos; em seguida,
com rapidez e usando compressas frias nos olhos, transportar o paciente para a unidade médica mais próxima.
B.2.3. Ao chegar à unidade médica, iniciar lavagem oftálmica com solução de gluconato de cálcio 1% em soro fisiológico;
a lavagem deve ser repetida duas a três vezes por dia nos próximos 2 dias.
B.2.4. As queratoconjuntivites podem ser evitadas administrando-se esteróides oftálmicos. Se a exposição for mínima, a
descamação do epitélio ocorre em um tempo que varia de 4 a 24 horas; se não houver perfuração do olho e se a
exposição for mínima, a melhora é notada nas primeiras 24 horas e o período de recuperação é de 4 a 5 dias; se a
exposição for moderada, o período de recuperação é de 12 a 15 meses; no entanto, o médico deve saber que, por
perfuração e cicatrização da córnea, pode ocorrer uma limitação da visão. Nas exposições graves não se tem conseguido
salvar os olhos, invariavelmente neste tipo de paciente é feita a enucleação dos olhos para se evitar comprometimento
dos tecidos adjacentes. Constantemente, estes pacientes são vítimas de respingos de Ácido Fluorídrico Anidro ou
Aquoso.
B.3. INALAÇÃO DE ÁCIDO FLUORÍDRICO
B.3.1. Uma pessoa exposta ao gás fluorídrico deve ser retirada da área contaminada imediatamente; em seguida
administrar O2 nasal ou máscara na quantidade de 5 litros por minuto e transportá-lo com urgência para o hospital mais
próximo.
B.3.2. Após internação do paciente deve ser administrado gluconato de cálcio por inalação; preparar uma solução de soro
fisiológico e gluconato de cálcio (a concentração de gluconato deve ser 3%) e administrar através de nebulização ou
pressão positiva intermitente (PPI). Por nebulizador o gluconato deve ser administrado inicialmente por 60 a 75 minutos;
se for PPI, durante 30 a 60 minutos.
B.3.3. Algumas exposições provocam grave irritação das vias aéreas superiores e provocam obstrução das mesmas;
nestes casos a intubação ou traqueotomia podem ser necessários.
* Texto reproduzido do original.
NORMA NBR 10271 DA ABNT – CONJUNTO DE EQUIPAMENTOS PARA EMERGÊNCIAS NO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE ÁCIDO FLUORÍDRICO.
Elaborado por: Thiago Silva e Luciana Pansa
Aprovado por: Fernanda Bertini
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Ácido fluorídrico 70% - soluções com mais de 60% de