20\12\2011 Venda casada de ingressos para os jogos da Copa de 2014 não deve ser ilegal Coreia do Sul adota plano para proteger instalações de energia BNDES dobra crédito a eólicas Intenção de investir cai na indústria de material de construção ALL, Triunfo e Vetorial anunciam mineradora e preveem investir R$ 7,6 bi Empresa vai buscar sócio disposto a investir R$ 2,3 bi Morumbi terá cobertura e hotel por R$ 150 milhões Leilão começa com preço de R$ 112/MWh Só 1 consórcio se apresenta para o Galeão Projeto para aeroporto privado é adiado ECTE fica com lote D em leilão de linhas de transmissão da Aneel Porto Velho recebe usina, mas fica sem obras urbanas ALL cria mineradora integrada Nordeste vira canteiro de obras com chegada da Copa Sem acordo na Justiça, trabalhadores de aeroportos podem fazer greve Vale coloca a venda frota própria de supercargueiros ECTE fica com lote D em leilão de linhas de transmissão da Aneel Confiança no setor de construção dos EUA melhora pelo 3º mês seguido Ibovespa recua 0,37%, aos 55.887 pontos; dólar segue em alta PMDB aponta crise na Caixa como risco à estabilidade Pacote de R$ 778 milhões Intenção de investir cai na indústria de construção Veículo: Jornal do Estado de Minas Data: 20/12/2011 Venda casada de ingressos para os jogos da Copa de 2014 não deve ser ilegal Erich Decat Em nota técnica, integrantes do Ministério Público Federal (MPF) afirmam que a proposta da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de venda casada de ingressos da Copa de 2014 com passagens aéreas, hospedagem não deve ser considerada ilegal. Esse tipo de comercialização é condenada por representantes de entidades que atuam na área do Direito do Consumidor. Trata-se de mais uma das polêmicas que fazem parte do projeto de Lei Geral da Copa que tramita atualmente na Câmara. Após idas e vindas na elaboração do projeto e, apesar da urgência, ele deve ser votado apenas no início do próximo ano, após o recesso parlamentar. O texto da proposta autoriza a Fifa, entidade privada e organizadora dos jogos, a dispor sobre a venda de ingressos de forma avulsa ou por pacotes turísticos ou de hospitalidade. Segundo o MPF, a venda casada de pacotes deve ser considerada infração apenas se não fosse possível a compra separada dos ingressos. ―A adoção da venda de pacotes em lei não afasta o papel das autoridades de analisar as condições em que a Fifa exerce sua política de vendas’, justifica o MPF em trecho da nota técnica. O documento será encaminhado ao relator do projeto de Lei da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP). A prática da venda casada é criticada por representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Segundo o advogado da entidade, Guilherme Rosa Varella, a prática fere o Código de Defesa do Consumidor no artigo 33 que trata sobre o tema. Contrariada com o texto do projeto que tramita na Câmara, o Idec chegou a lançar uma campanha com o tema ―Temos que mostrar que a Fifa não está acima das leis brasileiras. Envie uma mensagem à Fifa, para a Presidência da República, para o Ministério do Esporte e da Justiça‖. Além da venda casada, os órgãos de defesa do consumidor defendem a garantia da meia-entrada para estudantes e idosos conforme a legislação brasileira; plena responsabilidade da Fifa por danos causados aos torcedores-consumidores; a proibição da criação de áreas exclusivas de exploração comercial da Fifa na cidade; entre outros pontos. <inicio> Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo Data: 20/12/2011 Coreia do Sul adota plano para proteger instalações de energia CHO MEE-YOUNG – REUTERS A Coreia do Sul ativou um plano de emergência para proteger suas instalações, desde usinas de energia e refinarias até tanques de armazenamento, depois que a morte do líder norte-coreano, Kim Jong-il, provocou temores sobre o que poderia acontecer no país vizinho. Por depender inteiramente de importações para suprir as necessidades energéticas, inclusive para algumas das maiores empresas do mundo, como a Hyundai Motor Co. e a Samsung Electronics, a Coreia do Sul colocou o plano em vigor na noite de segunda-feira. A decisão requer que funcionários fiquem em alto nível de alerta e se preparem para lidar com qualquer ataque às instalações. Preocupações de segurança com a Coreia do Norte, que em 2010 bombardeou civis em uma ilha sulcoreana e é acusada de ter afundado um dos navios de guerra da Coreia do Sul no mesmo ano, aumentaram depois de o Sul informar que o Norte havia testado mísseis de curto alcance pouco depois de anunciar a morte de Kim Jong-il. "Desde a morte de Kim Jong-il, temos realizado reuniões internas diárias para rever a administração de risco", disse um porta-voz da estatal Korea Gas Corp, a maior compradora corporativa de gás natural liquefeito (GNL) do mundo. "Nós estamos intensificando a segurança sobre nossas instalações de gás e temos uma equipe de emergência em prontidão." <inicio> Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo Data: 20/12/2011 BNDES dobra crédito a eólicas Banco liberou R$ 1,6 bilhão para projetos e triplicou as aprovações de financiamentos ALEXANDRE RODRIGUES / RIO - O Estado de S.Paulo O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai terminar este ano com a liberação de pouco mais de R$ 1,6 bilhão para projetos de energia eólica, o dobro do que foi emprestado pelo banco para esse segmento em 2010. No mesmo período, o BNDES triplicou as aprovações de crédito para parques eólicos, atingindo o recorde de quase R$ 3,4 bilhões aprovados este ano. A perspectiva de crescimento do apoio financeiro do BNDES aos projetos de geração de energia elétrica em parques eólicos está ligada à participação crescente desse setor nos leilões de contratos de fornecimento como o que será realizado hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Dos 231 projetos habilitados para a disputa que somam 6,2 mil megawatts, 205 são parques eólicos que somam 5,1 mil megawatts de capacidade de oferta. Carteira de projetos. Em entrevista ao Estado, o gerente do Departamento de Fontes Alternativas de Energia do BNDES, Luiz André D'Oliveira, estimou que a carteira de projetos de energia eólica do banco já soma R$ 8 bilhões em diferentes fases de tramitação. Para ele, mantida a tendência de crescimento das eólicas nos leilões, o BNDES poderá chegar a R$ 5 bilhões aprovados para o setor em 2012. O BNDES aumentou de 12 para 16 anos o prazo máximo dos financiamentos de parques eólicos na última década como forma de aumentar a viabilidade econômica dos projetos. O banco tem apoiado entre 60% e 70% dos empreendimentos de energia eólica que vencem os leilões. "Houve um enorme ganho de produtividade nos últimos quatro, cinco anos. No começo dos leilões, o governo garantia um preço subsidiado de R$ 300 por megawatt/hora. No último leilão esse preço já caiu para R$ 100", lembra o gerente do BNDES. Segundo ele, o retorno econômico da atividade começou a crescer com a fabricação dos equipamentos em larga escala no Brasil com a redução de preço e aumento da eficiência com inovações como a construção de torres mais altas. Atualmente, 13 fornecedores já fabricam os equipamentos no Brasil. "O preço dos equipamentos é o principal custo. É o que define o retorno." Conteúdo nacional. O BNDES só pode financiar a aquisição de equipamentos de alto conteúdo nacional, o que para D'Oliveira tem contribuído para a atração de fabricantes para o País. "Essa é uma cadeia produtiva que ainda pode se desenvolver muito", diz o executivo do BNDES, acrescentando que muitas empresas buscam o Brasil como plataforma de exportação. Os últimos financiamentos para energia eólica aprovados pelo BNDES, na semana passada, somaram R$ 1,8 bilhão para 26 parques no Rio Grande do Norte. D'Oliveira explica que os desembolsos costumam acontecer nos dois anos seguintes à aprovação dos empréstimos. As operações aprovadas este ano referem-se a projetos que venceram leilões em 2009 e 2010. Os vencedores do leilão de hoje devem se somar a alguns projetos de 2010 e os aprovados na última concorrência, em agosto, entre as operações em análise no banco para provável aprovação em 2012. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o primeiro leilão de energia de 2012, marcado para março, também terá a predominância dos parques eólicos: eles representam 88% da oferta total de 25,8 mil megawatts dos 598 projetos inscritos. Produtividade. Segundo D'Oliveira, a produtividade crescente e a característica do regime de ventos brasileiro em oposição à estação de chuvas está fazendo com que os parques eólicos assumam o lugar de termelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no papel complementar à energia das grandes hidrelétricas. Assim como nos leilões, a participação desses dois segmentos nos desembolsos do BNDES vem caindo. "Além do baixo impacto ambiental, os parques eólicos ficam prontos em um ano e meio. Esse prazo é uma grande vantagem dos projetos, que não têm sobrecusto porque o preço é fechado na contratação da compra das turbinas, que são instaladas pelos fabricantes", diz o gerente do BNDES. <inicio> Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo Data: 19/12/2011 Intenção de investir cai na indústria de material de construção Segundo pesquisa da Abramat, 68% dos empresários do setor afirmaram que pretendem investir nos próximos 12 meses, ante 72% registrados em novembro Circe Bonatelli, da Agência Estado SÃO PAULO - As intenções de investimento da indústria de materiais de construção civil recuaram em dezembro, de acordo com a pesquisa Termômetro Abramat, divulgada nesta segunda-feira, 19, pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Segundo o levantamento, feito entre os associados da entidade, 68% dos empresários pretendem investir nos próximos 12 meses. O resultado representa diminuição ante o registrado em novembro, quando a pretensão de investimentos foi de 72%, e queda ante dezembro de 2010, quando a pretensão era de 73%. Em dezembro deste ano o nível atual de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais de construção ficou em 85%, mesmo patamar do mês anterior. De acordo com o Termômetro Abramat, menos da metade dos empresários (44%) estão otimistas em relação às ações do governo federal para o desenvolvimento do setor nos próximos 12 meses. O nível de otimismo ficou estável em dezembro ante novembro. Já o porcentual de empresários pessimistas subiu de 3% para 5% no período, enquanto o de indiferentes caiu de 54% para 51%. "As vendas da indústria em 2011 não foram dentro do esperado. Nosso crescimento ficou bem abaixo da estimativa inicial de 9% e devemos fechar o ano com crescimento de 3% no máximo. Nossa preocupação agora é com o próximo ano, por isso estamos pleiteando junto ao governo ações efetivas para garantir o crescimento do setor", afirmou, em nota, Walter Cover, presidente da Abramat. Dentre as reivindicações da associação, estão políticas de defesa comercial, desoneração fiscal e a aceleração das obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida. Vendas O otimismo da indústria sobre as vendas mensais no mercado interno ficou maior em dezembro, de acordo com o Termômetro Abramat. Segundo o levantamento, 54% dos empresários acreditam que as vendas de materiais no mercado interno terão um desempenho bom neste mês. O resultado é superior à avaliação sobre as vendas de novembro, consideradas boas por 51% dos empresários, e maior que as expectativas para as vendas em janeiro, estimadas como boas por apenas 47% dos entrevistados. Em relação às vendas no mercado externo, 40% dos empresários acreditam que o resultado será bom em dezembro. O resultado se mantém estável ante a avaliação das vendas no mercado externo em novembro, e acima das expectativas positivas para as vendas em janeiro, de 32%. <inicio> Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo Data: 20/12/2011 ALL, Triunfo e Vetorial anunciam mineradora e preveem investir R$ 7,6 bi Commodities. Vetria Mineração terá mina em Corumbá, operação logística para levar o minério de ferro até Santos (SP) e terminal portuário para exportar o produto; maior parte dos investimentos anunciados irá para a modernização da ferrovia RENÉE PEREIRA - O Estado de S.Paulo América Latina Logística (ALL), Triunfo e Vetorial anunciaram ontem a criação de uma nova empresa de mineração. A companhia, chamada Vetria, será responsável pela exploração, transporte e comercialização do minério de ferro extraído no Maciço do Urucum, em Corumbá (MS) - região que detém uma das maiores reservas do Brasil. A criação da empresa é o primeiro passo para um projeto bilionário que vai integrar mina, ferrovia e porto, nos moldes do que ocorre com a Vale em Carajás (PA). Nos próximos quatro anos, a nova companhia vai investir R$ 7,6 bilhões para ampliar a produção da mina e eliminar os gargalos logísticos que hoje atrapalham a exploração do minério na região, explica Paulo Basílio, presidente da ALL, que terá 50,4% de participação na nova empresa. A Vetorial terá 33,8% e a Triunfo, 15,8%. Logística. A ferrovia vai receber quase dois terços dos investimentos. Para a modernização da linha atual, que liga Corumbá ao Porto de Santos, a Vetria vai aplicar R$ 2,2 bilhões na troca de 250 mil toneladas de trilhos e 3 milhões de dormentes (as barras de madeira que sustentam os trilhos serão substituídos por barras de concreto). A frota da empresa será composta por 5,6 mil vagões e 180 locomotivas, que custarão algo em torno de R$ 2,3 bilhões. Além disso, 75 pátios de cruzamento (áreas onde os trens aguardam a passagem de outra composição) serão ampliados. O segundo maior volume de investimento, de R$ 2 bilhões, vai para a operação portuária. O terreno de 1,9 mil metros quadrados que a Triunfo detém em Santos será transformado em um terminal para o transporte de minérios. O presidente da Triunfo, Carlo Bottarelli, destaca que a união das três empresas para criar a Vetria foi a grande solução para tornar o empreendimento portuário viável. Com as limitações impostas pelo governo federal na construção de terminais privativos de contêineres, o projeto para a área foi abortado. "Ficamos com um terreno maravilhoso para plantar banana." O terminal, que já tem licença ambiental prévia, terá capacidade para movimentar 1,3 milhão de toneladas de minério. Terá um berço de atracação de 380 metros e calado de 14 metros, para navios de 125 mil toneladas. "O terminal será equipado com dois viradores de vagão, que permitirão carregar um navio em 12 horas", diz o presidente da Vetria, Alexandre Santoro. Segundo ele, os investimentos em logística permitirão o transporte de até 27,5 milhões de toneladas por ano. A capacidade é suficiente para atender a produção da Vetria e de outras mineradoras da região. A expectativa é que, em 2016, a extração de minério da empresa alcance 10 milhões de toneladas e, no ano seguinte, atinja 20 milhões de toneladas. Hoje a mina, explorada pela Vetorial, tem capacidade instalada para um milhão de toneladas por ano. Atualmente a logística feita por hidrovia limita o aumento da capacidade da mina, diz Basílio. São 25 dias para percorrer 2,5 mil km. O investimento destinado à ampliação da produção de minério soma R$ 1,1 bilhão, e inclui a construção de uma esteira de 10 km entre a mina e a ferrovia. A estimativa da empresa é que a reserva, cujo minério tem 62% de teor de ferro, tenha recursos minerais de 1 bilhão de tonelada. <inicio> Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo Data: 20/12/2011 Empresa vai buscar sócio disposto a investir R$ 2,3 bi O Estado de S.Paulo Para fazer os investimentos necessários, a mineradora Vetria vai buscar no mercado um sócio disposto a injetar R$ 2,3 bilhões - 30% do volume total previsto. "Com esses recursos, conseguiremos alavancar o restante do dinheiro para executar todos os projetos", afirma o presidente da ALL, Paulo Basílio. A entrada de um sócio é uma das quatro condições para o negócio - iniciado em fevereiro do ano passado - se tornar realidade. Outra cláusula é a comprovação da quantidade e qualidade da reserva mineral. Nos próximos meses, uma empresa fará a certificação da reserva. Outros dois pontos são a licença de instalação do porto e a aprovação dos acordos pelos órgãos reguladores. Um deles é o contrato de mais de 30 anos entre a Vetria e ALL para o transporte de minério."Esse projeto tem um impacto muito positivo na infraestrutura do País, além de elevar a capacidade de transporte da ALL." / R.P. <inicio> Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo Data: 20/12/2011 Morumbi terá cobertura e hotel por R$ 150 milhões Diretoria do São Paulo anuncia hoje acordo com a construtora Andrade Gutierrez; obra deve ser entregue em 2013 PAULO GALDIERI - O Estado de S.Paulo O São Paulo começa hoje a transformar um velho sonho em realidade. Com anúncio cheio de pompa, o clube formaliza o acordo com a empreiteira Andrade Gutierrez para a realização das obras para cobrir e modernizar o estádio do Morumbi e construir um prédio anexo, que servirá como hotel. JF Diorio/AE Pelo acordo, São Paulo não gastará com a cobertura ou com a construção do hotel A parte final de uma reforma que já vem sendo tocada aos poucos há pelo menos três anos, com a construção de camarotes e aluguel a empresas, deverá ficar pronta no primeiro semestre de 2013 e o orçamento inicial para esta fase da obra é estimado em cerca de R$ 150 milhões -metade de todo o gasto com a reforma do Morumbi. Pelo acordo, que hoje será divulgado com a assinatura simbólica de uma carta de intenções, o clube não gastará com a cobertura ou com a construção do hotel. Os custos ficarão a cargo da Andrade Gutierrez. Em troca, a empreiteira ganhará porcentagem nos lucros gerados pelo hotel (que deverá ser administrado pela Accor, dona de marcas como Ibis e Holliday Inn) e também nos eventos realizados na arena multiuso para 25 mil pessoas em uma parte do estádio, que também está nos planos da reforma e que tem a cobertura como ponto fundamental. A arena, aliás, é uma das prioridades da diretoria. Ela terá o formato móvel, podendo ser montada e desmontada atrás de um dos gols, conforme a necessidade de utilização do estádio. Segundo projeções dos são-paulinos, é a arena multiuso, que será gerida pela empresa de promoções de eventos XYZ, que fará com que a reforma valha a pena financeiramente. A ideia é abrigar não apenas shows de música -como hoje já ocorre no Morumbi- mas ficar com um filão de eventos considerados de médio porte e que não têm um lugar próprio para serem realizados na cidade. Na gama de eventos estaria até mesmo o São Paulo Fashion Week, a semana de moda que acontece anualmente em São Paulo e tem apelo internacional. Alfinetada. Para começar a obra, o São Paulo agora depende de uma reformulação na Lei de Zoneamento da cidade, a ser aprovada pela Prefeitura (leia mais no Metrópole, pág C1). A pressa sãopaulina é para provar que o estádio teria condições de ser sede da Copa das Confederações, em meados de 2013. <inicio> Veículo: Folha de S. Paulo Data: 20/12/2011 Leilão começa com preço de R$ 112/MWh País já contratou este ano 2 mil MW em geração eólica; com último leilão do ano, contratação deve ir a 4 mil MW Oferta de geração eólica negociada no país garante fluxo de encomendas para a indústria local DE SÃO PAULO O último leilão para contratação de energia em 2011 terá preço-teto de R$ 112 por MWh (megawatthora). Esse preço vale para os projetos eólicos que participam da disputa, bem como para as termelétricas movidas com bagaço de cana e as Pequenas Centrais Hidrelétricas. O governo fixou em R$ 123 por MWh o preço inicial da hidrelétrica São Roque (rio Canoas-SC) e em R$ 101 por MWh os preços-teto das usinas do rio Parnaíba (Calhoeira, Castelhano e Estreito), todas entre o Piauí e Maranhão. O governo queria incluir a hidrelétrica de São Manoel (700 MW), localizada no rio Teles Pires, em MT, mas não conseguiu obter a licença prévia do Ibama. Funcionários do governo chegaram a ficar detidos numa tribo da região, o que exigiu a mobilização da Secretarial Geral da Presidência da República para a liberação dos técnicos. A audiência pública para a discussão do tema acabou sendo cancelada, o que inviabilizou a liberação desse empreendimento para o leilão de hoje. O Brasil pode fechar o ano com um volume recorde de contratação de energia eólica. Até hoje, o país tem contratado 7.587 MW. Só em 2011, nos leilões de agosto, investidores em energia eólica venderam nos leilões promovidos pela Aneel (agência reguladora do setor energia elétrica) 1.928,7 MW. Segundo Elbia Melo, presidente da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), há indícios de que a indústria supere a meta inicial de vender cerca de 2 mil MW por ano. "Desde 2009, o setor consegue contratos para 2 mil MW. Em 2011, já havíamos alcançado esse patamar, o que garante encomenda para a indústria. Mas com esse último leilão, esse patamar pode ser superado", diz. A associação estima que deve fechar o ano com uma contratação de 4 mil MW. CONSUMIDOR Além de ser fonte renovável, a redução de preço da geração eólicas beneficia o consumidor. A queda de preço contribui para baixar a tarifa de energia paga na conta de luz. Isso não é imediato. Essa energia contratada agora começará a ser entregue em três ou cinco anos, depende do leilão. É quando o valor começa a ser considerado para o cálculo da tarifa de energia. (AB) <inicio> Veículo: Folha de S. Paulo Data: 20/12/2011 Só 1 consórcio se apresenta para o Galeão Foi a primeira obra licitada pela Infraero pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC); negócio não foi fechado Comissão queria 30% de desconto sobre o preço de R$ 192 milhões apresentado para a reforma do terminal 1 JOSÉ ERNESTO CREDENDIO DE BRASÍLIA Somente um consórcio apresentou proposta para a primeira obra licitada pela Infraero pelo RDC (Regime Diferenciado de Contratações), sistema criado pelo governo Dilma Rousseff para agilizar os projetos ligados à Copa e à Olimpíada. Pelo RDC, a licitação é realizada sem que os interessados conheçam os preços estimados pelo governo, o chamado "orçamento secreto". O valor estimado para um projeto só é divulgado ao fim da licitação. O esvaziamento da concorrência, aberta para a reforma do terminal 1 do Galeão, frustra a aposta do governo de obter preços mais baixos com o RDC. Nove grupos retiraram o edital. O RDC gerou um debate intenso no Congresso depois que a Folha revelou a existência do sigilo nos editais, o que contraria a Lei de Licitações (8.666/93). A ideia é que o orçamento secreto possa impedir a combinação prévia de preços entre as empreiteiras. O governo se inspirou em legislação adotada na União Europeia para combater fraudes. As construtoras fizeram forte lobby no Congresso contra o novo regime e chegaram a contratar pareceres jurídicos para sustentar a ilegalidade do RDC. A Infraero decidiu não fechar o contrato com o consórcio Novo Galeão, formado pelas empresas MPEProjetos, Consbem, Paulo Octavio Investimentos, IC Engenharia e Construtora RV. A estatal considerou o preço excessivo. O consórcio apresentou proposta de R$ 192 milhões, mas acabou negociando um desconto de 20,3%. Durante a análise da única proposta, a comissão consultou o consórcio sobre a possibilidade de dar um desconto de 30%, algo inusitado em licitações desse porte. O superintendente de licitações da Infraero, José Antonio Pessoa Neto, diz não acreditar que tenha havido boicote. "É uma obra de grande complexidade. Nem todos têm capacidade para executá-la. Por isso é que foram aceitos consórcios", disse. Segundo Pessoa Neto, a Infraero vai continuar a usar o mecanismo do RDC. "É um enorme avanço na legislação brasileira. O cidadão, que paga impostos, vai perceber isso." Procurado, o consórcio Novo Galeão não se manifestou. O presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Safady Simão, que pressionou contra a aprovação do RDC, diz que o sistema traz "muita insegurança". Ele não quis comentar o projeto do aeroporto. <inicio> Veículo: Folha de S. Paulo Data: 20/12/2011 Projeto para aeroporto privado é adiado MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO A participação da iniciativa privada no setor de aeroportos deve se limitar ao regime de concessões, modelo previsto para Guarulhos, Brasília e Campinas. O governo está deixando de lado a redação de um decreto com regras para o regime de autorização privada de aeroportos. "Não acredito que uma definição sobre essa questão seja dada em tempo hábil para que a gente tenha investimentos privados para a Copa", afirmou à Folha a secretária de Navegação Aérea da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Clarice Bertoni. Segundo ela, o decreto "depende de uma definição interna de governo" e esse é um processo "lento e longo". Hoje a lei prevê autorização para a construção de aeroportos de uso privativo -mas eles não podem receber voos regulares. É o caso do aeroporto de Comandatuba, na Bahia, que pertence ao hotel Transamérica. Grandes construtoras, como Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e JHSF têm projetos de investimento para o setor que dependem dessa regulamentação. Mesmo sem a publicação do decreto, a JHSF protocolou pedido de autorização para a construção de um aeroporto de R$ 400 milhões para a aviação executiva. Segundo Francisco Lyra, da C-FlyAviation, e sócio no empreendimento, se o decreto saísse em 12 meses, ainda haveria tempo de deixar a pista pronta para a Copa de 2014. "Mesmo sem o decreto, vamos seguir com o investimento, pois o aeroporto atende a um empreendimento imobiliário maior", diz Lyra. Para o advogado Carlos Marcatto, do escritório Felsberg & Associados, a autorização seria "uma oportunidade para destravar um sistema que precisa fortemente de investimentos". Para Victor Celestino, diretor da Trip, a autorização pode ajudar a impulsionar a aviação regional. <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 ECTE fica com lote D em leilão de linhas de transmissão da Aneel Por Ana Luísa Westphalen | Valor SÃO PAULO – A Empresa Catarinense de Transmissão de Energia (ECTE) ficou com o lote D oferecido no leilão de linhas de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na Bolsa de Valores de São Paulo, na sexta-feira. O lote é composto pelas subestações Abdon Batista e Gaspar. Os empreendimentos ficarão localizados no Estado de Santa Catarina, com previsão da entrada em operação comercial em 24 meses após a assinatura dos contratos. A empresa deu lance de R$ 14,423 milhões, com um deságio de 38% sobre a receita anual permitida. A informação é da Celesc, que detém 30,88% da ECTE. Segundo a Aneel, as subestações vão atender à integração das usinas hidrelétricas Garibaldi, de 175 MW, e São Roque, de 214 MW, ao Sistema Interligado Nacional, além de diversas pequenas centrais hidrelétricas (PCH´s) com solicitação de acesso ao sistema de distribuição da Celesc. As subestações também estarão envolvidas na expansão do suprimento de energia elétrica à região do Vale do Itajaí, devido ao carregamento elevado na subestação Blumenau. Os municípios atendidos no território catarinense serão Abdon Batista, Anita Garibaldi, Cerro Negro, Vargem e Gaspar. (Ana Luísa Westphalen | Valor) <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 Porto Velho recebe usina, mas fica sem obras urbanas Por Daniel Rittner | De Porto Velho Estrutura central do Trevo do Roque, um dos viadutos inacabados em Porto Velho: retomada da obra espera pelo remanejamento de linhas de energia elétrica A letargia do poder público limitou o desenvolvimento da infraestrutura urbana que a construção das usinas hidrelétricas do rio Madeira prometia levar a Porto Velho. Universalização do abastecimento de água e do tratamento de esgoto, cinco viadutos para atender o trânsito sobrecarregado e um conjunto de parques para ordenar a reurbanização da cidade eram promessas que acompanhavam o início das obras e provocavam entusiasmo nos moradores. Na última semana de dezembro, quatro anos após a licitação e um ano antes do cronograma fixado pelo governo, a primeira das 44 turbinas da usina de Santo Antônio começa a gerar energia. Mas o cenário de Porto Velho é muito parecido com o de antes: um em cada três habitantes não recebe água tratada em casa, só 2,5% da população tem acesso à rede de esgoto, o asfalto ainda é objeto de desejo de quem mora a quatro quilômetros do centro e nenhum dos parques planejados saiu do papel. "Nem a Prefeitura de Porto Velho, nem o governo de Rondônia se prepararam adequadamente para receber esses empreendimentos", afirma o promotor Aluildo de Oliveira Leite, coordenador do grupo instituído no Ministério Público Estadual para monitorar os impactos das hidrelétricas. Para ele, "má gestão" e "falta de planejamento" das autoridades impediram a região de extrair benefícios da implantação das usinas. "Infelizmente, foi um despreparo só." A paralisia das obras públicas contrasta com o dinamismo do setor privado. Grandes marcas do varejo invadiram Porto Velho. O número de empresas do setor industrial em Rondônia, independentemente do porte, subiu de 3.147 para 7.032 nos últimos cinco anos, segundo a federação das indústrias. Com isso, nunca pingou tanto dinheiro nos cofres públicos. Entre 2007 e 2011, a arrecadação da prefeitura com ISS passou de R$ 35 milhões para R$ 200 milhões por ano. No mesmo período, o recolhimento de ICMS pelo Estado cresceu de R$ 1,4 bilhão para cerca de R$ 2,8 bilhões. Além disso, Porto Velho é a capital brasileira que mais tem recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) à disposição, proporcionalmente. O repasse de verbas federais era uma forma de compensar a região pelos impactos das usinas. Esses recursos, no entanto, têm sido bloqueados. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, por exemplo, a suspensão do repasse de R$ 400 milhões para as obras de esgotamento sanitário na cidade. Foram encontrados indícios de sete irregularidades "graves", como ausência de projeto básico, restrições à concorrência na licitação e sobrepreço de até R$ 120 milhões. Com isso, as obras estão paradas há mais de um ano. O projeto de universalização da água tratada também havia sido congelado, por determinação do TCU, mas os trabalhos foram retomados na semana passada e a nova promessa do governo estadual é de ficarem prontos em dez meses. Talvez as obras deslanchem, mas é difícil convencer o borracheiro Luciano Pacheco e a empregada doméstica Iara Linda de que eles finalmente poderão fechar o poço de onde tiram água, de qualidade duvidosa, nos fundos da casa que acabaram de reformar, nas proximidades da avenida Jatuarana, a menos de quatro quilômetros do centro de Porto Velho. O casal reconhece que hoje é mais fácil ganhar dinheiro na cidade, e eles atribuem isso à onda de prosperidade trazida pelas hidrelétricas. Iara ainda se encanta com a carteira de trabalho recém-assinada e diz que nunca havia recebido um salário tão alto - R$ 800 por mês. Pacheco garante que nunca teve tanto serviço, o que permitiu ao casal terminar a casa de quatro cômodos e comprar uma máquina de lavar. Mas a sensação de que a vida melhorou, pelo lado do consumo, contrasta com a avaliação de que o básico se tornou ainda mais difícil. "Veio muita gente ruim para a cidade e a segurança piorou", diz Luciano. Para Iara, o mais incômodo é continuar pisando na lama ao voltar do trabalho. "Quando é época de campanha, os políticos vêm aqui e prometem asfaltar a rua. Mas tudo continua do mesmo jeito." Para o secretário municipal de Programas Especiais, Pedro Costa Beber, não foi só a demanda por serviços públicos que aumentou nos últimos anos. "O passivo, em qualquer área que você pensar, é gigantesco", afirma. A malha de ruas pavimentadas em Porto Velho, que era de 430 quilômetros em 2004, chegará a 2012 com 840 quilômetros. Mas novas vias foram abertas e quase 40% das ruas da cidade vão continuar sem asfalto. É da prefeitura, entretanto, o grande elefante branco da região: um complexo de cinco viadutos, idealizado para desafogar o trânsito cada vez mais pesado em torno da BR-364. A rodovia, que segue para Rio Branco de um lado e para Cuiabá de outro, tornou-se também a principal via urbana de Porto Velho. Em uma cidade cuja frota de automóveis cresceu 69% de 2007 a 2001, mais do que o dobro da média nacional (32%), o complexo sempre foi defendido pelas autoridades como uma intervenção viária urgente. Hoje, os viadutos são "a grande vergonha da cidade", lamenta o taxista Juracy Ferreira. As obras começaram em julho de 2009, com orçamento de R$ 89,7 milhões, bancadas quase integralmente pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sob gestão municipal. Menos de um mês depois, os custos aumentaram 5%. Mas o grande problema veio quando a prefeitura e a construtora responsável "descobriram" que, para completar os viadutos, era preciso remanejar a rede elétrica e cabos de fibra óptica das operadoras de telefonia. Os custos aumentaram para R$ 125 milhões, as obras foram paralisadas e a construtora rescindiu o contrato em abril deste ano. O impasse só foi resolvido quando nova licitação foi feita e outra empreiteira assumiu a execução dos viadutos, em setembro. Houve uma tentativa de retomar os trabalhos, mas com poucos efeitos: o período de chuvas já tinha começado, impedindo o avanço. No Trevo do Roque, um dos cinco viadutos visitados pelo Valor na semana passada, o cenário era um retrato da falta de planejamento: somente a estrutura central da obra havia sido construída, sem nada à direita ou à esquerda. Mendigos aproveitavam a estrutura como abrigo. O viaduto não pode ser retomado enquanto não houver a realocação da linha de energia - e não há sinal de que isso vá acontecer. "Tem culpa o Dnit, tem culpa a Eletrobras e têm culpa a prefeitura e o projetista", diz o secretário. Curiosamente, o que mais avançou foram obras e projetos executados pelas concessionárias das usinas, como forma de compensar e mitigar os impactos socioambientais. Ao contrário das previsões feitas há quatro anos, a incidência de malária diminuiu, apesar dos canteiros abertos para a construção das hidrelétricas. Em 2007, a incidência da doença em Porto Velho era de 85,9 casos a cada mil pessoas. Em 2010, havia caído para 54,7/mil habitantes. No primeiro semestre de 2011, recuou 29% em relação a igual período do ano anterior. A distribuição de dezenas de milhares de mosquiteiros, que "forram" as camas e impedem as picadas durante o sono, foi crucial na estratégia. Beber diz que as concessionárias de Santo Antônio e de Jirau construíram ou modernizaram 42 unidades de saúde para a prefeitura. Contando outras áreas, foram gastos R$ 154 milhões em compensações, o que representa oito vezes o orçamento anual do município para investimentos. O diretor de sustentabilidade da Santo Antônio Energia, Carlos Hugo de Araújo, garante que as parcerias com o poder público foram bem-sucedidas. No caso da concessionária, resultaram em 6.000 vagas a mais nas escolas de ensino fundamental e médio, além de acrescentar 800 consultas médicas por dia à capacidade de atendimento da saúde municipal. "A cidade tem outras carências, mas as usinas não vieram para suprir deficiências estruturais do município ou do Estado", diz Araújo. Nem todas as negociações são totalmente tranquilas. A concessionária investiu R$ 33 milhões na ampliação do Hospital de Cacoal, com 167 novos leitos, uma exigência do Estado para desafogar o sistema em Porto Velho e evitar que cidadãos do interior sobrecarreguem os hospitais da capital. A obra foi entregue no primeiro semestre de 2010, mas o governo estadual se recusa a recebê-la, alegando que já existem inflitrações no edifício. Para a Santo Antônio Energia, há falta de manutenção. O fato é que a obra veio antes de questões de responsabilidade do Estado, como médicos e equipamentos. Para empresários como Cézar Zoghbi, da Zoghbi Imóveis e vice-presidente do Creci em Rondônia, o dinamismo do setor privado não foi acompanhado. "A iniciativa privada fez o que se esperava dela, mas o poder público não correspondeu à expectativa que tínhamos com a infraestrutura." <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 ALL cria mineradora integrada Por Mônica Scaramuzzo | De São Paulo Santoro, presidente da Vetria Mineração: "Nova empresa vai integrar mina, ferrovia e porto e investir R$ 7,6 bilhões" Em uma estratégia agressiva, a América Latina Logística (ALL), uma das maiores ferrovias da América Latina, aliou-se aos grupos Triunfo Participações e Investimentos (TPI) e Vetorial Mineração para criar a Vetria Mineração S.A. Essa nova empresa vai extrair, transportar e comercializar minério de ferro oriundo do Maciço do Urucum, em Corumbá (MS), até o porto de Santos (SP). A nova companhia, que já nasce com uma mina em operação, que alcançará no auge capacidade para comercializar 27,5 milhões de toneladas por ano, terá garantido por contrato de longo prazo o escoamento da produção via ferrovia, além de exportação do produto por meio de um terminal portuário próprio, que será instalado em Santos. O executivo Alexandre Santoro estará à frente da nova empresa. Ex- Danone e ex- Ambev, Santoro fez carreira na ALL nos últimos dez anos. O mercado alvo para venda do minério será a Ásia, sobretudo China, Japão e Coreia, e a Europa. A aliança entre os três grupos começou a ser costurada em fevereiro. Idealizadora do projeto, a ALL terá o controle da Vetria, com 50,4% de participação. A Vetorial fica com fatia de 33,8% e a Triunfo, com 15,8%. Os investimentos estimados para colocar essa empresa em operação a partir de 2016 integrando mina, ferrovia e porto - são de R$ 7,6 bilhões nesse período. "A Vetria foi concebida com ativos que incluem o terminal portuário, a mina, as locomotivas e vagões e contrato de longo prazo [de 30 anos] para escoamento da produção, o que garante uma capacidade de 27,5 milhões de toneladas/ano", disse Paulo Luiz de Araújo Basílio, presidente da ALL. Basílio explicou que a Vetria vai investir cerca de R$ 1,1 bilhão na expansão de capacidade da mina, hoje de 1 milhão de toneladas, para 20 milhões de toneladas anuais, em uma primeira etapa. Aproximadamente R$ 2,2 bilhões vão para revitalização da ferrovia (um trecho de cerca de 1.800 quilômetros). E R$ 2,3 bilhões serão gastos em aquisições de material rodante - 5.600 vagões e 180 locomotivas, substituição de 3 milhões de unidades de dormentes de madeira por ferro. Para completar, R$ 2 bilhões serão aplicados na construção de um terminal portuário em Santos, localizado na margem esquerda do porto, projetado para ter capacidade estática de 1,3 milhão de toneladas de minério de ferro. "Os aportes serão feitos pela Vetria. Esperamos trazer 30% em equity [cerca de R$ 2,3 bilhões]. Ou seja, vamos buscar um sócio, que pode ser um fundo de investimento ou um investidor estratégico da área de mineração, mas ainda vamos conversar. Outros 70% serão dívidas, que serão tomadas pela Vetria, sem o aval dos acionistas. É um negócio separado. Além de nós três [ALL, Triunfo e Vetorial], vamos ter mais um sócio", disse Basílio. "No limite, teremos um IPO [oferta pública de ações]", completou. A região de Corumbá, onde a mina está localizada, é pouco explorada economicamente por não ter opção logística para o escoamento do minério de ferro. "Hoje, o minério sai por barcaças via hidrovia Paraguai-Paraná. Em condições normais, demora cerca de 25 dias, mas em período de seca são cerca de 30 dias para chegar até Rosário [Argentina]", disse Santoro. Por ferrovia, o trajeto de ida e volta é de 8 dias. "Ocupamos 2.800 hectares, dos quais 1.280 hectares são área mineralizada. É dentro dessa área a nossa estimativa de 1 bilhão de toneladas de reservas. Já fizemos estudos, com algumas perfurações. Agora estamos em fase de validação internacional para aferir esse volume", disse Santoro. Essa região, segundo ele, não é exatamente uma fronteira nova - outras mineradoras, como a Vale, operam no local. "O conceito do minério que exploramos é do tipo 'lump', de custos mais baixos, uma vez que é de melhor qualidade e vai direto para o alto-forno, sem precisar passar pelo processo de concentração", disse. São poucas as minas no mercado internacional com esse tipo de minério, de acordo com o executivo. "Isso nos garante um prêmio de US$ 15 a tonelada", afirmou. O minério está cotado atualmente a cerca de US$ 135 por tonelada. Se estivesse em operação hoje, a Vetria seria uma empresa com porte de US$ 3 bilhões de faturamento, considerando os 20 milhões de toneladas anuais, estimados nessa primeira fase, e os atuais preços praticados no mercado. Nos próximos 18 meses, a nova companhia deverá se dedicar ao processo de certificação da mina, obtenção de licenças e capitalização da empresa. Os outros 30 meses serão para a execução das obras. Carlo Bottarelli, presidente da Triunfo, explicou que a área disponível para a construção do terminal de Santos já possui licença prévia para operação, mas precisa obter uma autorização para operar com minério. A licença ambiental atual é para movimentar granéis líquidos (combustíveis), sólidos e contêineres.. "A TPI adquiriu esse terreno em agosto de 2008. Nosso objetivo, àquela época, era replicar em Santos o nosso projeto do porto de Navegantes (SC)." Antes de se juntar aos dois parceiros estratégicos, a Vetorial Participações, fundada em 1969, já explorava 1 milhão de toneladas/ano de minério de ferro em suas minas em Corumbá, com parte destinada para consumo próprio em suas três usinas de ferro-gusa no Mato Grosso do Sul. Maior operadora de ferrovias da América Latina, com uma malha de 21.300 quilômetros, a ALL iniciou em 2010 um plano de diversificação de seus negócios. No ano passado, a companhia criou uma nova empresa, a Brado Logística e fez a fusão dela com a Standard, empresa que também tem sede em Curitiba e com a qual já possuía parceria em cargas refrigeradas, para atuar no mercado de contêineres que chegam aos portos nos quais a ALL atua. Em julho deste ano, a companhia, por meio de sua subsidiária ALL Intermodal, criou a Ritmo Logística em parceria com a Ouro Verde Transporte e Locação, para atuar transporte rodoviário. <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 Nordeste vira canteiro de obras com chegada da Copa Por Jacílio Soares | Para o Valor, de Fortaleza Jurandir Santiago, do BNB: prioridade para atrair investimentos, implantar, ampliar e modernizar de hotéis e pousadas Pequenas e médias empresas do setor de turismo do Nordeste devem se beneficiar de investimentos do Banco do Nordeste (BNB) e do governo do Ceará. O BNB vai investir R$ 1,2 bilhão, entre 2012 e 2015, para fortalecer o segmento. No Ceará, novas obras como um centro de convenções com capacidade para 30 mil pessoas e um aquário projetado para receber 1,2 milhão de visitantes ao ano prometem movimentar os negócios. "A verba prioriza ações de financiamento, estímulo à atração de novos investimentos e a implantação, ampliação e modernização de hotéis e pousadas", afirmou o presidente do BNB, Jurandir Santiago, durante a Conferência Internacional em Turismo, realizada em Fortaleza (CE). Os recursos virão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). As taxas de juros variam de 5% a 10%, ao ano. Entre 1995 e 2011, o BNB, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Estados e a iniciativa privada, implantou 82,2 mil projetos na área de turismo na região. Somente o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste I (Prodetur NE I) aplicou US$ 729,9 milhões, entre 1995 e 2005. Os Estados mais beneficiados foram a Bahia, com 35% do total, e Ceará (23%). Entre 2002 e 2011, a segunda edição do Prodetur NE, com recursos de US$ 490,8 milhões, complementou as ações. A maioria dos contratos foi firmada em Pernambuco, com 32,9% do total, e no Ceará (21,8%). "Não há bons destinos de sol e mar sem infraestrutura", diz o secretário de turismo do Estado do Ceará, Bismarck Maia. De acordo com Santiago, o Programa de Apoio ao Turismo Regional (FNE-Proatur) reservou ainda R$ 1,1 bilhão, entre 1998 e 2010, para a implantação, ampliação e modernização de hotéis, pousadas e compra de veículos. O complexo turístico Beach Park, em Fortaleza, e o resort Villa Hípic a, em Bezerros (PE), foram beneficiados. Os principais impactos da aplicação desses recursos foram a interiorização do turismo, com o surgimento de novos destinos, e o aumento de empregos. Entre 2003 e 2010, houve um crescimento de 140% no desembarque de turistas de voos nacionais no Nordeste, atingindo um volume de 13,8 milhões de passageiros em 2010. A oferta hoteleira, em unidades, cresceu 28%, entre 2003 e 2009, nas capitais nordestinas. "Há boas perspectivas de crescimento para pequenos e médios empresários com o aumento do poder aquisitivo da classe C e a Copa do Mundo, que vai gerar empregos e maior divulgação dos destinos no exterior", diz Santiago. Quatro capitais - Fortaleza, Recife, Natal e Salvador - receberão jogos do Mundial. Até a Copa, o Ceará deve investir R$ 1,3 bilhão em turismo, segundo o governador Cid Gomes. O setor representa 11% do PIB do Estado. O aporte vai para obras de infraestrutura, duplicação de estradas e construção de grandes empreendimentos, como o Centro de Eventos do Ceará (CEC) e um aquário multiuso. "Compramos um prédio na Praia de Iracema para criar uma escola de turismo com cursos de curto e longo prazo." Até 2012, deve ser entregue o aeroporto de Aracati, a 140 quilômetros de Fortaleza. A meta do governo é tornar o litoral leste do Ceará mais acessível, por via aérea, a outros mercados. "Vamos dar apoio a empreendimentos turísticos em municípios como Beberibe, Fortim, Icapuí e na praia de Canoa Quebrada", diz Maia. No litoral oeste, uma das principais obras é o aeroporto de Jericoacora, previsto para 2013. * O repórter viajou a convite da Secretaria do Turismo do Estado do Ceará <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 Sem acordo na Justiça, trabalhadores de aeroportos podem fazer greve Por Azelma Rodrigues | Valor BRASÍLIA – Diante da falta de acordo com as empresas aéreas, representantes dos sindicatos de aeronautas e aeroviários mantiveram a ameaça de greve para esta quinta-feira, dia 22, praticamente às vésperas do Natal. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) comunicou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) que cerca de 20% das atividades serão mantidas em funcionamento. A audiência de conciliação no TST, sob comando da vice-presidente do Tribunal ministra Cristina Peduzzi, terminou em impasse, hoje. Agora, o dissídio coletivo das duas categorias será julgado. Ante os 13% de reajuste reivindicados por aeronautas e aeroviários, Peduzzi propôs que se chegasse a 8%, descendo depois a 7%. Representantes dos trabalhadores chegaram a aceitar os 7% para submeter às assembléias, mas o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) foi irredutível na proposta de reajuste de 6,17%. Peduzzi afirmou que, se deflagrada, a greve pode ser considerada ilegal pelo TST. Mas apenas se o Tribunal for provocado pelo Ministério Público. (Azelma Rodrigues e Daniela Martins | Valor) <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 Vale coloca a venda frota própria de supercargueiros Por Vera Saavedra Durão | Do Rio A Vale já começou a tocar a nova estratégia desenhada por Murilo Ferreira, presidente executivo da companhia, para a área de navegação de longo curso. A mineradora vendeu a armadores asiáticos quatro dos 19 navios encomendados a estaleiros coreanos e chineses na gestão anterior de Roger Agnelli, confirmou fonte da companhia ao Valor. A meta da Vale para 2012, adiantou o interlocutor, é colocar os restantes 15 navios a venda, mas sempre com contrato de longo prazo vinculado a transação. A nova estratégia foi aprovada na semana passada pelo conselho de administração. O recente episódio do supernavio Beijing, contratado pela Vale da coreana STX Pan Ocean, que quase afundou quando carregava minério de ferro da empresa no píer I do porto de Ponta Madeira, em São Luís, no Maranhão, e a surpreendente resistência dos portos chineses em receber as embarcações da mineradora foram a gota d'água para Ferreira colocar em prática as mudanças Em 2008, quando o mercado de mineração estava superaquecido, pouco antes de estourar a crise, a Vale tinha dificuldades de contratar navios para embarcar minério. Além disso, estava sendo prejudicada na concorrência com a commodity australiana dado ao alto preço do frete Brasil-China, no patamar de US$ 100 a tonelada, contra menos da metade do frete Austrália -China. Na época, a Vale vendia FOB, ou seja, preço no porto brasileiro e seus clientes contratavam o frete. As dificuldades conjunturais de então levaram o então presidente da empresa, Roger Agnelli, a buscar uma alternativa logística para a competitividade no mercado de minério de ferro, evitando a volatilidade do frete. Inicialmente, o executivo encomendou a construção de 12 navios na China por US$ 1,6 bilhão e, pouco depois, mais sete na Coreia, somando 19. E contratou mais 16 supercargueiros junto a armadores da Coreia. Ao todo, a frota da Vale soma 35 navios do tipo VLOC (em inglês, very large ore carries) que carregam 400 mil toneladas de minério, os maiores do mundo. A Vale, maior fornecedora de minério de ferro para a China - 45% de suas vendas do produto são para aquele país -, apostou no sucesso da venda CIF (posto no porto do comprador) e teve sucesso. Mas não contava, no médio prazo, com a retomada da crise internacional, que vem desacelerando a economia global, inclusive a China, e nem com o bloqueio dos seus Velomax (nome dado aos supercargueiros) nos portos chineses. No momento, a companhia vem operando nas linhas entre Brasil-Europa e Oriente Médio. Atualmente, seus navios gigantes têm atracado nos portos de Ponta a Madeira (Brasil), Taranto (Itália), Sonae (Omã) e Rotterdã (Holanda). Nenhuma das seis embarcações já entregues à companhia aportaram ainda em portos chineses. O que a Vale está enfrentando naquele mercado é uma resistência da Cosco, estatal que pertence ao Ministério dos Transportes da China, dos armadores locais e até de grandes siderúrgicas clientes da brasileira, temerosas de que a construção de uma frota tão grande pela Vale possa derrubar ainda mais o mercado de frete, que, ao contrário de 2008, anda deprimido com uma superoferta de navios num ambiente recessivo. Até agora, o governo da China não se manifestou em relação a questão. Com base nesse cenário incerto, a Vale decidiu virar o jogo. <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 ECTE fica com lote D em leilão de linhas de transmissão da Aneel Por Ana Luísa Westphalen | Valor SÃO PAULO – A Empresa Catarinense de Transmissão de Energia (ECTE) ficou com o lote D oferecido no leilão de linhas de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na Bolsa de Valores de São Paulo, na sexta-feira. O lote é composto pelas subestações Abdon Batista e Gaspar. Os empreendimentos ficarão localizados no Estado de Santa Catarina, com previsão da entrada em operação comercial em 24 meses após a assinatura dos contratos. A empresa deu lance de R$ 14,423 milhões, com um deságio de 38% sobre a receita anual permitida. A informação é da Celesc, que detém 30,88% da ECTE. Segundo a Aneel, as subestações vão atender à integração das usinas hidrelétricas Garibaldi, de 175 MW, e São Roque, de 214 MW, ao Sistema Interligado Nacional, além de diversas pequenas centrais hidrelétricas (PCH´s) com solicitação de acesso ao sistema de distribuição da Celesc. As subestações também estarão envolvidas na expansão do suprimento de energia elétrica à região do Vale do Itajaí, devido ao carregamento elevado na subestação Blumenau. Os municípios atendidos no território catarinense serão Abdon Batista, Anita Garibaldi, Cerro Negro, Vargem e Gaspar. (Ana Luísa Westphalen | Valor) <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 Confiança no setor de construção dos EUA melhora pelo 3º mês seguido Por Dow Jones Newswires WASHINGTON – O índice de confiança entre os empresários da construção civil americana subiu de 19 em novembro para 21 em dezembro, atingindo o ponto mais alto desde maio de 2010. Esse foi o terceiro mês consecutivo em que o indicador subiu, uma sequência que não se repetia desde meados de 2009. O índice é divulgado pela Associação Nacional dos Construtores de Imóveis Residenciais dos EUA (NAHB, na sigla em inglês) e veio melhor a marca de 20 esperada. Todos os três subíndices subiram – movimento de potenciais compradores, expectativas de vendas para os próximos seis meses e avaliação das construtoras sobre as condições de vendas atuais. ―Embora a confiança dos construtores permaneça baixa, os ganhos consistentes registrados nos últimos meses são uma indicação de que sinais de recuperação começam a aparecer de maneira dispersa no mercado de imóveis residenciais‖, disse o presidente da NAHB, Bob Nielsen. Apesar dos aumentos recentes, o índice de confiança está desde maio de 2006 abaixo de 50, o que significa que a quantidade de empresários que veem as condições como ruins supera a dos que as consideram boas. Foram ouvidas 477 construtoras na pesquisa. O indicador melhorou no Sul e no Oeste dos EUA, ficou estável no Centro Oeste e caiu no Nordeste. (Dow Jones Newswires) <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 Ibovespa recua 0,37%, aos 55.887 pontos; dólar segue em alta Por Beatriz Cutait | Valor SÃO PAULO – Passado o exercício de opções sobre ações, a bolsa brasileira segue registrando perdas modestas na tarde desta segunda-feira, na continuação do movimento visto nos últimos três pregões. Numa sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações na cena local, o mercado americano também inverteu a direção e passou a operar no campo negativo, em meio às declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Ele afirmou hoje que a perspectiva econômica para a zona do euro está sujeita a "grandes incertezas" e disse que as tensões intensas nos mercados financeiros continuam tendo impacto no crescimento. Em discurso a parlamentares europeus, Draghi comentou ainda que as medidas não ortodoxas da autoridade monetária vão garantir que os bancos "permaneçam com acesso ao financiamento estável também em vencimentos mais longos" e devem dar a eles a oportunidade de manter os empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. Em entrevista ao jornal britânico Financial Times no fim de semana, Draghi minimizou as expectativas de que o BCE venha a ampliar a compra de bônus para aliviar a crise da dívida, notando que isso não pode ir além do mandato. O mercado financeiro ainda aguarda o desfecho da teleconferência entre os ministros das Finanças da União Europeia, na qual discutem o volume dos recursos que cada país do bloco vai emprestar ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Já na Ásia, a morte do ditador norte-coreano, Kim Jong Il, pressionou as bolsas. Por volta das 15h, o Ibovespa recuava 0,37%, aos 55.887 pontos. O volume negociado estava em torno de R$ 6,4 bilhões. Dentre as ações de maior peso, Petrobras PN cedia 0,04%, a R$ 21,29, enquanto Vale PNA recuava 0,42%, a R$ 37,30. As principais quedas ainda pertenciam aos papéis Hering ON (-3,27%, a R$ 36,30), Gol PN (-4,02%, a R$ 13,35) e Gafisa ON (-5,69%, a R$ 4,80). Vanguarda Agro ON ainda perdia 10,00%, a R$ 0,36. Até sexta-feira, a ação tinha a maior queda do Ibovespa no mês, com depreciação de 24,5%. Conforme mostrou o Valor, Juliano Leite Malara, acionista e membro do conselho fiscal da Vanguarda Agro, protocolou na noite de quinta-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) denúncia de movimentações vultosas de ações, por parte de acionistas de peso da empresa, em ―períodos de vedação‖. Durante esses períodos, que normalmente antecedem a divulgação de resultados ou outros fatos relevantes, movimentações como as relatadas por Malara à CVM são proibidas. Na direção oposta, figuravam na lista de maiores altas do Ibovespa neste pregão os papéis Klabin PN (2,75%, a R$ 7,47), JBS ON (2,58%, a R$ 5,95) e LLX ON (2,43%, a R$ 3,36). No mesmo horário, em Wall Street, o índice Dow Jones caía 0,49%, o S&P 500 perdia 0,70% e o Nasdaq cedia 0,52%. Único destaque americano, o índice de confiança entre os empresários da construção civil subiu de 19, em novembro, para 21, em dezembro, o ponto mais alto desde maio de 2010. Este foi o terceiro mês consecutivo em que o indicador da Associação Nacional dos Construtores de Imóveis Residenciais dos EUA (NAHB, na sigla em inglês) subiu, uma sequência não vista desde meados de 2009. No mercado cambial, o dólar seguia em alta. A moeda americana avançava 0,64%, cotada a R$ 1,868 na venda. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato futuro de janeiro subia 0,80%, a R$ 1,873. (Beatriz Cutait | Valor) <inicio> Veículo: Valor Online Data: 20/12/2011 PMDB aponta crise na Caixa como risco à estabilidade Por Raymundo Costa | De Brasília A crise entre PT e PMDB na gestão da Caixa Econômica Federal se agravou com a denúncia de que transações com papéis da dívida pública podem causar um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O PMDB desconfia de "fogo amigo" porque não está claro que a Caixa terá efetivamente esse prejuízo, o problema teria ocorrido em função de um erro numa empresa terceirizada e a denúncia surge em meio a uma crise entre os diretores das duas siglas na Caixa. A denúncia atinge em cheio o PMDB do Rio. O departamento da Caixa onde teriam ocorrido as transações nebulosas com os títulos é vinculado à vice-presidência de Loterias e Fundo de Governo, feudo do PMDB carioca desde a gestão do governo Lula da Silva. Atualmente, a vice-presidência é de Fábio Cleto, indicado para a função pela dupla Sérgio Cabral, governador, e Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro. Cabral e Paes têm pressionado a Caixa por recursos do FGTS para obras estruturantes para a Copa do Mundo e a Olimpíada, mas sem muito sucesso. Os pemedebistas afirmam que o PT é majoritário na direção da Caixa. Não depende do partido para tomar decisões e tem se aproveitado da situação para fustigar e minar o PMDB na direção da Caixa. Exemplo citado: recentemente, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, acertou diretamente com o governador da Bahia, Jaques Wagner, a administração da folha de pagamentos do governo estadual, sem ao menos se dar ao trabalho de ouvir o responsável da área, Geddel Vieira Lima, vice-presidente de Pessoa Jurídica, adversário do governador, que é do PT. A denúncia ocorre também no momento em que o PMDB trabalha para reconduzir Fábio Cleto no conselho do FGTS. A relação de Cleto com Hereda, o presidente da Caixa, é péssima. A cúpula do PMDB pretende tratar da crise na Caixa com a presidente Dilma Rousseff. O PMDB argumenta que "entregou" todos os votos que prometeu no Congresso e tem sido um fator de estabilidade política. Mas tudo isso pode se perder se o partido achar que está sendo "apunhalado" pelas costas pelo PT. Ontem, a Caixa Econômica Federal acusou as empresas que negociaram papéis do governo desvalorizados de agir de forma estranha, em operações atípicas. "É como se alguém que ganha um salário mínimo encontrasse um milhão em sua conta e utilizasse o recurso indevidamente", diz o banco, em nota oficial. A Caixa afirma que os papéis estão bloqueados até o fim das investigações. (Com Folhapress) <inicio> Veículo: Correio Braziliense Data: 20/12/2011 Pacote de R$ 778 milhões Autor(es): Mariana Branco GDF anuncia série de obras em várias cidades do DF, além da criação de um comitê emergencial para a aprovação de projetos. Ciclovias, parques, urbanização de condomínios e até a instalação de elevadores em hospitais estão na programação Após um vazio de quase dois anos, o Governo do Distrito Federal ensaia a retomada das obras públicas na capital do país e promete injetar R$ 778 milhões na construção civil. O governador Agnelo Queiroz anunciou ontem um pacote com recursos e medidas para a implantação de infraestrutura e de equipamentos públicos (leia quadro). Do total, R$ 193,6 milhões irão para as intervenções com início imediato, antes do fim de 2011. Agnelo também assinou um decreto que cria um comitê emergencial para a aprovação de projetos, visando dar maior celeridade à liberação de licenças para construir por parte das administrações regionais. As iniciativas são resposta do GDF às pressões de empresários da construção civil. O setor está estrangulado desde 2010, quando a crise política atrasou as licitações e o cumprimento de contratos. No período, praticamente não houve obras públicas. Em 2011, o primeiro da gestão Agnelo, o jejum continuou. Os motivos alegados foram a contenção de despesas e as transições e os ajustes necessários nos órgãos públicos. Agora, segundo o governador, os tempos difíceis estão superados. "Tenho a honra de terminar o ano com esse anúncio. Isso é só o começo. Quando assumi, havia mais de 150 obras paradas", declarou ele, em discurso para um auditório lotado de representantes do segmento. Além das obras que terão início imediato — 149, ao todo, para as quais o governador assinou as ordens de serviço —, mais de 140 intervenções se encontram licitadas e terão R$ 141,6 milhões para a execução, que também deve ocorrer ainda neste ano. Outros R$ 439 milhões estão destinados a serviços que ainda não passaram por concorrência pública, entre eles a expansão e o reforço de galerias pluviais do DF e a urbanização de trechos do Condomínio Sol Nascente, em Ceilândia, e do Riacho Fundo 2. A previsão é de que os editais referentes a esses trabalhos sejam publicados em até 30 dias. De acordo com o secretário de Obras, Oto Guimarães, haverá um esforço para que as obras comecem em até 90 dias. A previsão de conclusão é para daqui a dois anos. Demora Os empresários da construção receberam com alívio o pacotão de fim de ano. "Acreditamos que esse ato é o ponto de partida para um 2012 bastante produtivo. Durante todo o ano de 2010, o ritmo das obras foi prejudicado e 2011 também foi bastante difícil", afirmou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Júlio César Peres. Peres destacou que, além da retomada das obras públicas, o setor espera que o problema da demora na concessão de autorização aos empreendimentos privados seja resolvido. Segundo levantamento realizado pela entidade, em outubro deste ano, 890 projetos de obras estavam parados à espera de liberação nas administrações regionais. A morosidade está relacionada à lentidão em diversos órgãos envolvidos no processo de aprovação. Entre eles, o Departamento de Trânsito (Detran), que trabalha com apenas seis agentes na análise do Relatório de Impacto de Trânsito (RIT), documento exigido para o início da construção. A Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), responsáveis, respectivamente, pelo orçamento da ligação de energia em novos empreendimentos e pela aprovação dos gastos, também estariam tendo dificuldades em realizar o trabalho com celeridade. Segundo Agnelo, o decreto que cria o comitê emergencial para autorização solucionará a questão. "Vamos examinar as obras prioritárias. Somadas, as paralisadas ultrapassam R$ 10 milhões em recursos privados, que são importantes para a economia do Distrito Federal", afirmou o governador. Estudo Editado pelo Executivo local, o Decreto n° 26.048/2005 prevê a necessidade de um relatório de impacto para toda a construção que possa se transformar em um polo gerador de tráfego. Recentemente, o Detran passou a exigir estudo para todo tipo de edificação, o que criou uma tensão entre o órgão e os empresários da construção civil. <inicio> Veículo: Diário do Comércio Data: 20/12/2011 Intenção de investir cai na indústria de construção São Paulo - As intenções de investimento da indústria de materiais de construção civil recuaram em dezembro, de acordo com a pesquisa Termômetro Abramat, divulgada ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Segundo o levantamento, 68% dos empresários pretendem investir nos próximos 12 meses. O resultado representa diminuição ante o registrado em novembro, quando a pretensão de investimentos foi de 72%, e queda ante dezembro de 2010, quando a pretensão era de 73%. Em dezembro deste ano o nível atual de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais de construção ficou em 85%, mesmo patamar do mês anterior. Conforme a Abramat, menos da metade dos empresários (44%) estão otimistas em relação às ações do governo federal para o desenvolvimento do setor nos próximos 12 meses. O nível de otimismo ficou estável em dezembro ante novembro. "As vendas da indústria em 2011 não foram dentro do esperado. Nosso crescimento ficou bem abaixo da estimativa inicial de 9% e devemos fechar o ano com crescimento de 3% no máximo. Nossa preocupação agora é com o próximo ano, por isso estamos pleiteando junto ao governo ações efetivas para garantir o crescimento do setor", afirmou Walter Cover, presidente da Abramat. Dentre as reivindicações da associação, estão políticas de defesa comercial, desoneração fiscal e a aceleração das obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e do programa "Minha casa, minha vida". (AE) <inicio>