Casas do Zango III estão em péssimas condições Continente 11 de Janeiro de 2013 Depois de uma visita no local, puderam notar que as residências em causa, para além da falta de outras condições, não possuem água canalizada, devendo os futuros moradores depender do abastecimento do precioso líquido através de camiões cisternas. Quanto à energia eléctrica, revelaram que o seu fornecimento é deficiente, contrariamente ao que as autoridades disseram, através de Joanes André, secretário de Estado de Urbanismo e Construção, durante a reunião que manteve com os moradores. Na ocasião, aquele dirigente assegurou estarem criadas as condições para a sua transferência no Zango, não tendo a informação correspondido a verdade, deixando os domiciliados indignados, de ais de se terem com o objectivo de constatarem o estado das residências. Perante este cenário advogam que não irão mudar para o Zango, enquanto não forem criadas as condições prometidas pelas autoridades. Por seu lado, o responsável para Área Técnica da Província de Luanda, Bento Soito, reagiu a esta atitude dos moradores, reafirmando que as casas possuem água, energia eléctrica e as ruas do bairro são urbanizadas. Outro facto que preocupa os populares em causa tem a ver com a ausência de serviços de saúde e educação naquela zona, deixando-os preocupados, sobretudo, com a continuação das aulas para os seus educandos. As dimensões das moradias é outro problema que está a colocar os moradores com os nervos à flor da pele, uma vez que são inferiores em relação ao local que deverão abandonar. "As residências do Zango têm entre dois a três quatros, enquanto aquelas em que moramos actualmente chegam a ter quatro quartos", afirmaram. Disseram ainda que as fossas das casas de banho são demasiadas diminutas e as próprias casas em si apresentam insuficiências em termos de construção, por não terem as paredes rebocadas e não levarem vigas de betão armado, enquanto o chão é bruto. Por outro lado, manifestaram o seu receio de entrarem nas moradias sem que todas as condições sejam criadas, pelo facto do coordenador da comissão de moradores, Manuel Mateus, estar a tecer nos órgãos de comunicação social, declarações contrárias aos restantes moradores, por ser militante do MPLA, tendo alegado que havia consenso entre as autoridades e os residentes, em relação à sua transferência para o Zango. ''Não há complicações, tudo está a correr bem", terá dito Manuel Mateus, tendo os seus pronunciamentos não agradado os outros moradores, que pretendem reunir novamente com Joanes André, secretário de Estado de Urbanismo Construção, para uma nova ronda de negociações. Segundo apurou este jornal, no local onde estão os prédios em estado avançado de degradação, serão construídas novas infra-estruturas, cujo projecto está enquadrado no âmbito da requalificação do bairro Nelito Soares (Rangel). Os desalojados pediram para que não sejam comparados aos elementos saídos do prédio da Tchetchénia ou da Boavista. "Os moradores da Tchetchénia ocuparam o edificio onde residiam de forma ilegal e os da Boavista terão construído em zona de risco e sem autorização das autoridades naquela circunscrição, que é muito diferente do nosso caso”, disseram