História do Brasil Pensamento Político Brasileiro Brasil República O período da história republica brasileira (1889 - 1930) constuma ser chamado de diferentes modos: Primeira República, República do “café-com-leite”, República Velha etc. Este período pode ser divido em duas parte: República da Espada (1889-1894) – governos militares responsáveis pela instalação e consolidação do regime republicano. República Oligárquica (1894-1930) – governos civis ligados à oligarquia rural, sobretudo de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande Do Sul. Depois de 1894, os militares deixaram o centro do poder político do Brasil. Na República Velha, a política funcionava na base de troca da favores. Na economia, além da intensificação da agricultura exportadora, predominantemente cafeeira, houve significativo desenvolvimento da indústria. • Durante o Império o voto era censitário (baseado na renda) e assim, apenas uma pequena parcela da população participava das eleições. Com a República instituíndo-se o voto aberto para os brasieiros maiores de 21 anos. Foram excluídos desse direito: analfabetos, mendigos, padres, soldados, mulheres e menores de idade. A economia brasileira era fundamentalmente agrícola. Os coronéis exibiam notável poder local. O voto aberto possibilitava a interferência, por vezes violenta, dos chefes políticos. Entre eles destacam-se os coronéis. Voto cabresto = em troca de “favores”, o coronel exigia, por exemplo, que as pesoas votassem nos candidatos políticos por eles indicados. Cumprindo ordens do coronel, os jagunços controlavam o voto do eleitores. Além do voto de cabresto, os coronéis ainda utilizavam de fraudes para vencer as eleições. Café-com-leite Por meio do jogo político de alianças, as oligarquias estaduais controlavam o poder durante a República Velha. Na organização política das oligarquias destacavam-se dois grandes partidos: PRP (Partido Republicano Paulista) e PRM (Partido Republicano Mineiro). Minas Gerais e São Paulo lideravam a política do país fazendo coligações com as oligarquias dos demais estados. São Paulo era o primeiro estado produtor de café. Minas Gerais era o segundo e se destacava pela produção de leite. Revoltas Sociais na República Velha • Guerra de Canudos (1893-1897) – Eclodiu na Bahia um grande movimento de sertanejos, liderados por Antônio Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro. Euclides da Cunha interpretou a guerra de Canudos a partir de fontes orais em seu livro “Os Sertões”. • Guerra do Contestado (1912-1916) – Ocorreu na fronteira entre Paraná e Santa catarina. Este movimento ocorreu por causa das mudanças sociais provocadas pela contrução da ferrovia e pelo projeto de colonização. Os trabalhadores locais reagiram à exploração exercida pelos fazendeiros e empresas norte-americana. Sob liderança de João Maria começaram a se organizar, após sua morte assumiu a liderança José Maria. • Revolta da Vacina – foi uma reação popular nas ruas do Rio de Janeiro. A vacinação obrigatória, em 1904, proposta pelo médico Osvaldo Cruz, fez explodir uma grande revolta popular. A população acreditava que a vacinação em tempos de epidemia era um passo para contraria a moléstia. • Revolta da Chibata – Em 1910, estourou uma revolta envolvendo 2 mil marujos da Marinha Brasileira, liderada pelo marinheiro João Cândido. Queriam mudanças no códio de disciplina da Marinha, que punia as faltas graves dos marinheiros com 25 chibatadas. • Tenentismo – Início da década de 1920, crescia o descontentamentos social contra a tradicional sistema oligárquico que dominava a política brasileira. O tenentismo surge como um movimento político-militar que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na sociedade. ERA VARGAS • 1929 o Mundo foi abalado por uma grande crise do capitalismo. • O enfraquecimento econômico da oligarquia cafeeira contribuiu para desestruturar a organização do poder da República Velha. • 1930 - Júlio Prestes derrota Getúlio Vargas nas eleições presidenciais. Os líderes gaúchos, mineiros e paraibanos recusaram a aceitar o resultado das eleições. Acusavam a vitória de Júlio Prestes como uma fraude. È difícil dizer quais dos dois lados utilizou mais violência e fraude. • Clima de rebelião aumentava no país. • A luta armada estourou no Rio Grande do Sul, espalhandose por Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco. O Objetivo final era impedir Julio Prestes de tomar posse. • Reconhecendo o avanço da guerra civil os militares do Rio de Janeiro depuseram o presidente Washington Luís, poucas semanas antes do fim de seu mandato. O poder foi entregue a Getúlio Vargas. Getúlio Vargas • 1930-1934 – Governo Provisório. Ao assumir Vargas tomou algumas medidas, tais como: suspensão da constituições de 1891; fechamento do Congresso Nacional; das Assembléias legislativas e da Câmara municipais; indicação de interventores militares (ligados ao tenentismo) para chefiar os gorvenos estaduais. • O Governo Vargas foi aos poucos revelenado algumas de suas faces: a centralização do poder, o fortalecimento do estado Nacional O PERÍODO PROVISÓRIO (1930 – 1934): • Decretos-lei. • Nomeação de interventores. • Atrelamento de sindicatos ao governo. • Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (a cargo de Lindolfo Collor). • Criação de leis trabalhistas: 8hs diárias, salário mínimo, aposentadoria, férias, estabilidade... • Revolução Constitucionalista (SP – 1932): – Oligarquia paulista insatisfeita com exclusão do poder. – Classe média urbana insatisfeita com autoritarismo varguista. O PERÍODO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937): • A constituição de 1934: – Voto secreto, obrigatório, direto. – Voto feminino (excluindo-se analfabetos). – Justiça eleitoral. – Corporativismo. – Confirmação de leis trabalhistas. – Mandato presidencial de 4 anos. – 1º presidente eleito indiretamente: Getúlio Vargas. – Intervenção do Estado na exploração de minérios. • Formação de 2 correntes políticas antagônicas influenciadas pela conjuntura internacional. • AIB (Ação Integralista Brasileira): – Grupo fascista. – Plínio Salgado (líder). – Condenavam o capitalismo financeiro internacional (associado aos judeus) mas não a propriedade privada. – Totalitarismo, unipartidarismo e Estado centralizado forte. – Lema: “Deus, Pátria e Família”. – Saudação: ANAUÊ – Apoiados por setores da Igreja (combate ao “comunismo ateu”), classe média alta, empresários capitalistas e imigrantes ou descendentes de imigrantes ítalo-germânicos radicados especialmente no RS e SC. • ANL (Aliança Nacional Libertadora): – Aliança de esquerda reunindo comunistas, socialistas, democratas e simpatizantes de esquerda em geral. – Luís Carlos Prestes (líder). – Defendiam o não pagamento da dívida externa, reforma agrária e respeito às liberdades individuais (direito de greve, imprensa livre...), nacionalização de empresas estrangeiras e governo popular; • Getúlio coloca a ANL na ilegalidade (Jul/1935). • Nov/1935 - Intentona Comunista: tentativa de golpe por membros da ANL. Mal organizada, fracassou rapidamente. Seus líderes (incluindo Prestes) foram presos. • 1937: Divulgação do “Plano Cohen” (suposto plano comunista para tomar o poder). • Congresso é fechado e eleições suspensas. O ESTADO NOVO (1937 – 1945): • Nova constituição (1937): POLACA (constituição fascista). • Estado de Emergência permanente – plenos poderes ao presidente e a polícia. • Congresso fechado – decretos-lei. • Proibição de greves. • Censura permanente (DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda). • Prisão de qualquer opositor. • Apoio das forças armadas. • Simpatia ao fascismo. • Ausência de qualquer partido (até a AIB foi fechada). • 1938 - Intentona Integralista: – Golpe fracassado da AIB. – Líderes presos. – Plínio Salgado exila-se em Portugal. • Luta contra o nazifascismo estabelece contradição interna: ditadura lutando ao lado das “forças pró-democracia”. • Diversos setores sociais começam a pedir democracia interna (entre eles a UNE, criada em 1937, os meios de comunicação, apesar da censura...). • Vargas convoca eleições para 1945, acaba com a censura e anistia presos políticos. • Vargas aproxima-se até dos comunistas para permanecer no poder. • Propõe uma “Lei Anti-Truste” que desagrada os EUA. • Em 1945, é afastado do poder pelo exército (influenciado pelos EUA), que temia uma nova tentativa golpista do presidente. Vargas retorna para São Borja e é eleito posteriormente senador por dois estados ao mesmo tempo (RS e SP). • José Linhares (presidente do STF) assume o poder até que as eleições tivessem transcorrido e o novo presidente assumisse. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GOVERNO VARGAS: • POPULISMO – tipo de governo que possui as seguintes características: autoritarismo, estatismo, corporativismo, culto ao líder combinado com concessões parciais a camada mais pobre da população visando obter seu apoio. Ocorreu na América Latina entre os anos 30 e 50, e tem em Getúlio Vargas, no Brasil, Juan Domingo Perón, na Argentina e Lázaro Cardenas, no México seus mais notórios representantes. • O Estado era o “mediador” dos conflitos sociais. • Nacionalismo econômico, com criação de empresas estatais e obras públicas. • Intervenção do Estado na economia, inspirado no modelo do “New Deal” norte-americano. • Controle dos trabalhadores com criação de leis (a CLT, é um exemplo disso) e atrelamento dos sindicatos. • Utilização intensa de propaganda governamental e censura, com a criação da DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que cuidadosamente “fabrica” a imagem do “pai do trabalhador”. • Descaso com o trabalhador rural (as leis trabalhistas não chegavam no campo). • Aproximação com camadas populares urbanas. • Com o suicído de Vargas em 1954, a presidencia da república foi exercida inicialmente por Café Filho (vicepresidente), que teve que se afastar por doença. Depois pelo presidente da Câmara dos deputados e a seguir pelo presidente do Senado. • Novas eleições em 1955 Eleito Jucelino Kubitschek de Oliveira e para vice João Goulart. • O lema de Governo de JK (1956-1961) era “crescer 50 anos em 5” e para isso criou o “Plano de Metas”. • O grande número de obras realizadas pelo governo Jucelino fez-se à custa de empréstimos e investimentos estrangeiros. Gastos com as grandes obras públicas elevaram a inflação, prejudicando a classe trabalhadora. Esta por sua vez, reclamava aumento de salários. O Movimento Sindical cresceu. • Construção de estradas (Belém-Brasília) e usinas (Furnas, Três Marias). • Construção de Brasília (1960). • Empréstimos – endividamento externo. • Urbanização intensa e desordenada. • SUDENE (fracasso). • Inflação e concentração de renda. • 1960 – Rompimento com FMI. – Emissão monetária. UMA NOVA CAPITAL SURGE DO NADA • Jânio Quadros (1961) – Na sucessão de Jucelino, Jânio ganhou as eleições pela UDN e o vice-presidente foi reeleito João Goulart (PTB). • Governo Goulart (1961-1964) – A UDN tenta impedir a posse do vice a presidência acusando de ser um “perigoso comunista”. Dois grupos políticos se formaram: um que apoiava Goulart e outro contra. Chegarma a um acordo: o vivepresidente assumiria o poder, desde que aceitasse o sitema parlamentarista. João Goulart aceitou e em 1963, realizou um plebiscito para referendar o sistema parlamentarista. Porém 10 milhões de brasileiros votaram contra e Goulart assumiu plemanemte o poder presidencial. • 31/3/1964: Golpe militar derruba o presidente e institui a ditadura no país. 1 - Antecedentes: • Esgotamento do populismo: manifestações de massa, greves, agravamento de tensões sociais. • Temor dos EUA com a possibilidade de “novas revoluções cubanas” na América Latina. • Apoio de setores civis conservadores ao golpe militar. • Doutrina de Segurança Nacional é assimilada pelo exército: – Guerra total contra o comunismo. MUITOS APOIARAM O GOLPE MILITAR... O Brasil após o golpe: • Ranieri Mazzili (presidente da Câmara) assume interinamente. • Poder de fato = Comando Supremo Revolucionário (exército). • 09/04/1964: Ato Institucional nº 1 (AI – 1): – Demissão de funcionários públicos (civis ou militares) leais ao antigo governo. – Cassações de mandatos de opositores do golpe. – Prisões de opositores. – Eleições indiretas para presidente. • Divisões entre os militares: – SORBONNE: oriundos da ESG (Escola Superior de Guerra – 1948), intelectuais, veteranos da 2ª Guerra, próximos da UDN, alinhados ideologicamente com os EUA, anticomunistas, partidários de um poder executivo forte e soluções econômicas técnicas. – LINHA DURA: também anticomunistas, sem ligações diretas com os EUA, nacionalistas, avessos a políticos e a qualquer tipo de democracia. OS PRESIDENTES MILITARES: MÉDICI COSTA E SILVA GEISEL FIGUEIREDO CASTELLO BRANCO O governo CASTELLO BRANCO (Sorbonne 1964 – 1967): • PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo): – Corte de gastos. – Aumento de tarifas e impostos. – Fim da Lei da Estabilidade. – Criação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). – Aumento salarial (1X ao ano) abaixo da inflação. – Restrição de crédito. – Arrocho salarial, recessão e desemprego. • Fim da Lei de Remessa de Lucros (1962). • Desvalorização monetária (cruzeiro novo). – Compra de empresas nacionais por estrangeiras. • Renegociação da dívida externa. • Novos empréstimos. • Aproximação cada vez maior com EUA. – “O que é bom para os EUA é bom para o Brasil” (Juracy Magalhães – Ministro das Relações Exteriores) • Jul/64 – prorrogação do mandato presidencial até mar/67. • Impopularidade do governo. • 1965: eleições em 11 Estados. – Candidatos governistas perdem em vários. • Out/65 – AI – 2: Bipartidarismo – Extinção dos antigos partidos. – ARENA (Aliança Renovadora Nacional) – partido do governo. – MDB (Movimento Democrático Brasileiro) – oposição ao governo. – Autorização para fechar órgãos legislativos. • Fev/66 – AI-3: Eleições indiretas para governadores e indicação de prefeitos de capitais e cidades estratégicas. • Tentativa frustrada de formação de uma frente oposicionista composta por antigos rivais: Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek e João Goulart – FRENTE AMPLA. • Constituição de 1967: – Fortalecimento do Executivo. – Emendas constitucionais a cargo exclusivo do presidente. – Incorporação de Atos Institucionais. • LSN (Lei de Segurança Nacional) – defesa da pátria contra o “perigo comunista” (repressão consentida). O governo COSTA E SILVA (Linha Dura 1967 – 1969): • Manifestações estudantis contra o governo (68). – Oposição ao acordo MEC-USAID. – Melhor qualidade e preço nos RU’s. – Assassinato do estudante Édson Luís (RJ mar/68) em confronto com a polícia. • Passeata dos 100 mil (RJ jul/68). • Greves em Osasco (SP), Contagem e Belo Horizonte (MG). • Ampla repressão do governo. MANIFESTAÇÕES CONTRA O GOVERNO: Estudante Édson Luís Missa de 7º dia de Édson Luís Greve em Contagem - MG Passeata dos 100 mil Manifestação estudantil CCC = Comando de Caça aos Comunistas Atritos entre estudantes da USP (oposição aos militares) e MACKENZIE (conservadores e anticomunistas) A REPRESSÃO DO GOVERNO: • Dez/68: AI – 5: – Maior instrumento de repressão da ditadura militar. – Pretexto: discurso do deputado Márcio Moreira Alves (MDB). – Fechamento do Poder Legislativo (presidente assume sua função). – Suspensão dos direitos políticos e individuais (HÁBEAS CORPUS). – Intervenção em Estados e municípios. – Permissão para cassar mandatos, demitir, prender, editar leis. – Prazo de validade indeterminado. O AI – 5: Deputado Márcio Moreira Alves • Início da ação armada contra o governo: – ALN, AP, MR-8, VPR, VAR-PALMARES, PCBR. – Guerrilha urbana (seqüestros de embaixadores e diplomatas estrangeiros, assaltos a banco). – Guerrilha rural (Araguaia – PA) Marighella - ALN Assista!!! Capitão Carlos Lamarca VAR - PALMARES A GUERRILHA DE ESQUERDA: C. B. Elbrick – embaixador dos EUA seqüestrado pelo MR-8 e ALN em troca da soltura de presos políticos. Assista!!! Prisioneiros libertados em troca do embaixador alemão. • Ago/69: Costa e Silva adoece e é afastado. • Vice Pedro Aleixo é impedido de assumir. • Ago-out/1969 – Junta militar assume o poder e escolhe novo presidente. JUNTA MILITAR BOLETIM MÉDICO DE COSTA E SILVA O governo E. G. MÉDICI (Linha Dura 1969 – 1974): • Auge da ditadura. • Prisões, torturas, assassinatos (“desaparecidos”). Pau de arara • Repressão intensa e eliminação da guerrilha de esquerda (SNI, DOICODI, OBAN, DOPS...) Assassinato de Marighella Repressão a qualquer manifestação anti-governista Carlos Lamarca assassinado • Popularidade: censura e propaganda. • Slogans ufanistas e otimistas: A IMPRENSA VIGIADA: • Valorização de conquistas esportivas: futebol e automobilismo (associação de vitórias com o sucesso do governo). SELEÇÃO TRICAMPEÃ MUNDIAL (1970) Carlos Alberto, Presidente Médici e Zagallo • Tentativa fracassada de ocupação da região Norte (Amazonas): – objetivo – evitar inchaço das cidades do centro-sul, atrair investimentos. – conseqüências – dizimação de indígenas, lutas pela posse da terra, desmatamento, assassinato de seringueiros, instalação do tráfico de drogas. Presidente Médici e João B. Figueiredo vistoriando construção da rodovia transamazônica. • Milagre Econômico (1969 – 1974): – Delfim Netto (Ministro da economia). – Crescimento de 10% ao ano. – Facilidades de crédito (bens de consumo duráveis). – Arrocho salarial. – Investimentos externos (favorecimento do governo). – Grandes empréstimos. CONSEQÜÊNCIAS DO “MILAGRE”: DÍVIDA EXTERNA DESVALORIZAÇÃO SALARIAL • Obras faraônicas: – Rodovia Transamazôn. (jamais concluída). – Rodovia RioSantos. – Ponte RioNiterói. – Ponte Colombo-Salles (SC). – Hidrelétricas de Solteira (SP) e Passo Fundo(RS). Rio-Niterói Colombo-Salles Transamazônica O governo ERNESTO GEISEL (Sorbonne 1974 – 1979): • Abertura “lenta, gradual e segura”. • Crise econômica. • Programa PROÁLCOOL. • 2º PND (Plano Nacional de Desenvolvimento): – Manutenção de modelo anterior. – Novos empréstimos – Mais importações. – Busca de novos mercados para exportação. – Tentativa de substituir importações. • Mais obras faraônicas ou projetos de utilidade questionável: – Usinas siderúrgicas de Tubarão (ES) e Açominas (MG). – Ferrovia do Aço (MG) – interrompida em 1979. – Usinas hidrelétricas de Itaipu (PR), Tucuruí (PA), e Sobradinho (BA). – Acordo nuclear com ALE para construção de 8 usinas nucleares (apenas uma realmente começou a funcionar – ANGRA I). • Eleições parlamentares (1974): vitória do MDB. • Fim da censura prévia aos meios de comunicação (1975). • OUT/1975: assassinato do jornalista Wladimir Herzog sob tortura. • JAN/1976: assassinato do operário Manoel Fiel Filho, também torturado. – Demissão de Ednardo D’Ávila Filho (comandante do 2º Exército). • Lei Falcão (1976): limitação da propaganda política. Wladimir Herzog Assista!!! • ABR/77: Pacote de Abril: – Fechamento do Congresso. – Mandato presidencial de 6 anos. – Criação dos “senadores biônicos”. • OUT/78: Fim do AI – 5. • Início das greves dos sindicatos do ABC paulista (Lula). 6 - O governo JOÃO BAPTISTA FIGUEIREDO (1979 – 1985): • Conclusão do processo de abertura política. • Crise econômica permanente (inflação, desemprego, empréstimos com altos juros). – Desgaste do governo. • AGO/1979: Lei da Anistia. – Exceto para envolvidos com luta armada e atos terroristas. – Retorno de exilados políticos : Brizola, Prestes, Miguel Arraes... Retorno de Brizola • NOV/1979: Pluripartidarismo PDS (Partido Democrático Social) ARENA 1984 PFL (Partido da Frente Liberal) PP (Partido Popular) – Tancredo Neves 1982 PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) MDB – Ulysses Guimarães PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) – Ivete Vargas PDT (Partido Democrático Trabalhista) – Leonel Brizola 1980: PT (Partido dos Trabalhadores) – sindicatos paulistas • Reação da “Linha Dura” do exército à abertura política: – Atentados terroristas em bancas de revistas, contra a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). – Atentado do Riocentro (30/04/1981). – Desmoralização da “Linha Dura” • 1982: Eleições diretas para governador (vitória de candidatos oposicionistas em 10 estados, incluindo SP, RJ e MG). • MAR/84: Emenda Dante de Oliveira (PMDB – MT): – Eleições diretas para Presidente da República. – Mobilização nacional – campanha das “Diretas Já” – Vetada pelo congresso por 22 votos de diferença. • JAN/85: Eleições indiretas para presidente: PDS Paulo Maluf – presidente Mário Andreazza - vice Paulo Maluf X ALIANÇA DEMOCRÁTICA* (PMDB + PFL) Tancredo Neves – presidente José Sarney - vice Tancredo Neves • 21/04/1985: Tancredo Neves morre. – José Sarney (vice), assume definitivamente a presidência. Funeral de Tancredo Neves José Sarney