Water Efficient Maize for Africa (WEMA)
PERGUNTAS FREQUENTES
longo prazo é disponibilizar milho tolerante à seca aos pequenos agricultores de
África isento de royalties, através de empresas de sementes africanas. O objectivo destas variedades tolerantes à seca é produzir colheitas mais seguras para
os pequenos agricultores – a maioria dos quais são mulheres – para que possam
alimentar as suas famílias e aumentar os seus rendimentos.
O risco de perda das culturas em consequência da seca é uma das principais
razões que levam os pequenos agricultores em África a não adoptarem técnicas
de agricultura melhoradas, como sementes híbridas e adubos. Uma colheita mais
segura poderia dar aos agricultores a confiança necessária para introduzirem
outros melhoramentos nas suas técnicas agrícolas. Este esforço constitui apenas
uma parte do que é necessário fazer para ajudar os agricultores a aumentarem a
sua produção e os seus rendimentos. Os agricultores também necessitam de um
solo saudável, melhor formação e apoio, gestão de pragas e de doenças e acesso
a mercados para venderem o excedente. O sucesso dos agricultores contribui
para uma economia rural mais forte.
O que é o WEMA?
O projecto Milho com Eficiência Hídrica para África (Water Efficient
Maize for Africa – WEMA) é uma parceria público-privada dirigida
pela Fundação Africana para as Tecnologias Agrícolas (AATF) para
resolver os efeitos devastadores da seca desenvolvendo milho
tolerante à seca. Durante este projecto de cinco anos os parceiros
desenvolverão novas variedades africanas de milho tolerante à
seca, incorporando a melhor tecnologia disponível internacionalmente. O objectivo a longo prazo é disponibilizar aos pequenos
agricultores da África subsariana milho tolerante à seca isento de
royalties.
Qual a importância da tolerância à seca para os
pequenos agricultores?
A África é um continente sujeito a secas, o que torna
a agricultura uma actividade de risco para milhões
de pequenos agricultores que dependem das chuvas
para regar as suas culturas. O milho é a cultura básica
mais amplamente cultivada em África – mais de 300
milhões de africanos dependem dela como fonte
principal de alimento – e ela é gravemente afectada
por secas frequentes. A seca leva à perda de culturas,
à fome e à pobreza. As alterações climáticas apenas
agravam o problema. Para se conseguir segurança
alimentar e melhores condições de vida para o continente é fundamental identificar maneiras de mitigar
o risco da seca, estabilizar a produção e incentivar os
pequenos agricultores a adoptarem práticas de boa
gestão.
Qual é o objectivo do projecto?
Durante este projecto de cinco anos os parceiros
desenvolverão novas variedades africanas de milho
tolerante à seca, incorporando a melhor tecnologia disponível internacionalmente. O objectivo a
Quem são os parceiros?
A Fundação Africana para as Tecnologias Agrícolas (AATF) trabalhará com
o Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo (CIMMYT),
a Monsanto e os sistemas nacionais de investigação agrícola no Quénia,
Moçambique, África do Sul, Tanzânia e Uganda. Os parceiros contribuirão para o
projecto com a sua tecnologia e as suas competências. O projecto envolverá instituições locais, tanto públicas como privadas e, dentro deste contexto, alargará
a sua capacidade e experiência em melhoramento de culturas, biotecnologia
e segurança biológica. O financiamento é proporcionado pela Fundação Bill &
Melinda Gates e pela Fundação Howard G. Buffett.
Que países estão envolvidos no projecto?
Há cinco países – Quénia, Moçambique, África do Sul, Tanzânia e Uganda – a participar no projecto. Os sistemas nacionais de investigação agrícola de cada um
destes cinco países são parceiros neste projecto. Estes são o Kenya Agricultural
Research Institute (Instituto de Investigação Agrícola do Quénia – KARI), National
Agricultural Research Organization (Organização Nacional para a Investigação
Agrícola – NARO), do Uganda, Commission for Science and Technology
(Comissão para a Ciência e a Tecnologia – COSTECH), da Tanzânia, Instituto de
Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) e o Agricultural Research Council
(Conselho de Investigação Agrícola – ARC), da África do Sul.
Como garantir a segurança?
As actividades do projecto cumprirão os requisitos das autoridades científicas e
de regulamentação nacionais de acordo com a legislação estabelecida e os procedimentos de regulamentação de cada país. Há um número crescente de países
africanos a desenvolver as suas estruturas e processos de regulamentação próprios, com base em acordos internacionais como o Protocolo de Cartagena sobre
Segurança Biológica.
Que significa isento de royalties?
Uma royalty é em geral uma percentagem do lucro bruto ou líquido ou um montante fixo por venda, que o proprietário dos direitos de propriedade intelectual
tem direito a receber por contrato. Neste projecto a AATF, CIMMYT e a Monsanto
assinaram um acordo legal pelo qual qualquer variedade de milho tolerante à
seca desenvolvida durante este projecto será concedida sob licença à AATF, que
identificará multiplicadores de sementes locais para disponibilizar a semente aos
pequenos agricultores africanos ao preço normal da semente de milho, isenta de
Better tools, better harvests, better lives
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seguidos por meio de melhoramentos avançados e da biotecnologia devem ser
maiores e obtidos com maior rapidez do que os que podem ser obtidos apenas
por metodologias de melhoramento clássicas.
Quando é que os pequenos agricultores terão acesso ao milho?
O objectivo deste projecto de cinco anos é desenvolver e testar em ensaios de
campo as variedades de milho. O objectivo a longo prazo é concluir o desenvolvimento e disponibilizar o produto aos pequenos agricultores, isento de
royalties, através de empresas de sementes africanas. Os primeiros híbridos
convencionais desenvolvidos por meio de técnicas de melhoramento assistidas
por marcadores poderão estar disponíveis após seis ou sete anos de investigação e desenvolvimento. Para os híbridos de milho transgénico tolerantes à
seca, o acesso do agricultor dependerá dos resultados da investigação e desenvolvimento e da aprovação das autoridades de regulamentação. Os parceiros
calculam que os agricultores poderão ter acesso às variedades de milho transgénico tolerante à seca entre os anos 2015 e 2017.
Que contribuição trazem os parceiros para o projecto?
• A AATF contribuirá com a sua liderança, experiência única na gestão de parcerias público-privadas, gestão responsável da tecnologia e competências em
gestão de projectos.
• O CIMMYT fornecerá variedades de milho de alto rendimento adaptadas às
condições africanas e a sua experiência em técnicas convencionais de melhoramento de plantas e ensaios de tolerância à seca.
• Monsanto fornecerá o germoplasma exclusivo, ferramentas de melhoramento
avançadas e competências e transgenes tolerantes à seca desenvolvidos em
colaboração com a BASF. Estas contribuições serão fornecidas aos pequenos
agricultores isentas de royalties.
• Os sistemas nacionais de investigação agrícola, as associações de agricultores
e as empresas de sementes que participam no projecto contribuirão com as
suas competências em ensaios de campo e multiplicação e distribuição de
sementes.
O projecto envolverá instituições locais, tanto públicas como privadas e, dentro
deste contexto, alargará a sua capacidade e experiência em melhoramento de
culturas, biotecnologia e segurança biológica.
encargos de royalties. Os agricultores também têm
o direito de guardar o grão depois da colheita para
o voltar a cultivar, se assim o desejarem.
Como será desenvolvido o milho?
Já se obtiveram ganhos excelentes na tolerância
à seca utilizando os métodos de melhoramento
de culturas tradicionais. Durante este projecto os
parceiros esperam conseguir melhoramentos adicionais na tolerância à seca em híbridos adaptados
à África oriental e meridional, primeiro na forma de
híbridos convencionais produzidos por meio de técnicas de melhoramento avançadas e mais tarde na
forma de híbridos transgénicos desenvolvidos com
as ferramentas da biotecnologia. Os ganhos con-
Quando é que a AATF se interessou pela tolerância à seca?
No início da sua actividade, em 2003, a AATF identificou a seca como uma prioridade crítica, baseada em investigação que identificou secas frequentes como
o problema mais urgente para os pequenos agricultores da África subsariana.
A AATF realizou uma investigação exaustiva e participou em discussões com
organizações de investigação públicas e privadas com o objectivo de identificar
tecnologias que pudessem resolver o grave problema da seca na agricultura
africana. O projecto WEMA é a realização do objectivo da AATF, de criar uma
parceria forte que pudesse desenvolver e fornecer variedades de milho tolerantes à seca aos pequenos agricultores africanos, ao abrigo de um mandato
filantrópico. O cumprimento dos objectivos do projecto permitirá à AATF realizar a sua missão de facilitar parcerias público-privadas inovadoras que põem ao
alcance dos pequenos agricultores africanos as ferramentas necessárias para aumentarem a produtividade agrícola, para conseguirem melhores alimentos e um
rendimento seguro.
AATF is a not-for-profit organisation that facilitates and promotes public/private partnerships for
the access and delivery of appropriate proprietary agricultural technologies for use by resource-poor
smallholder farmers in Sub-Saharan Africa. AATF is a registered charity under the laws of England and
Wales and has been given a tax-exempt status in the USA. It is incorporated in Kenya and in the UK and
has been granted host country status by the Government of Kenya where it is headquartered.
P.O. Box 30709–00100, Nairobi, Kenya | Tel: 254-(0)20-422 3700 | Fax: 254-(0)20-422 3701 | Email: [email protected] | www.aatf-africa.org
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