COMUNICADO Nº 38
26/03/2011
DEFENSOR MOURA: CORRUPÇÃO E DESPESISMO SÃO MUITO MAIORES NO
CENTRALISMO
(COM GALERIA DE FOTOS)
“A corrupção e o despesismo existem em muito maior escala na administração central, onde tudo é
opaco e pouco transparente na gestão dos dinheiros públicos. Só nessa diferença, o país terá muito
a ganhar com a Regionalização!” – esta foi uma das afirmações de Defensor Moura, o excandidato à presidência da República, e actual deputado à Assembleia da República, durante a
intervenção que proferiu durante o jantar-palestra promovido pelo Movimento Cívico “Regiões,
Sim!”, ontem à noite, em Faro, na sede desta associação, que congrega regionalistas de todo o país.
O tema da dissertação do antigo presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo desenvolveuse à volta de “A asfixia provocada pelo centralismo”.
Mais disse Defensor Moura: “Não sou um teórico da Regionalização, mas a minha experiência de
vida é um exemplo prático dos malefícios do centralismo. Quer como director hospitalar, quer como
autarca, senti na pele a asfixia de um poder sem rosto, que tudo pode, tudo quer, e em tudo e em
todos quer mandar, até nas decisões mais insignificantes. Há comissões ditas de defesa do território
público, cujos membros olham para um autarca sentado à sua frente, como se de um criminoso se
tratasse, que lhes quisesse roubar algo que lhes pertence. Parecem tribunais da Santa Inquisição.”
Mais adiante, Defensor Moura afirmou: “A falta da Regionalização é uma das principais causas das
crises, quer a presente, quer as passadas, que têm levado Portugal a flutuar entre altos e baixos,
sem estabilidade política nem uma política coerente de desenvolvimento minimamente equilibrada
para todo o país. A Bélgica está há 9 meses sem governo, mas as regiões não deixaram o país parar.
Infelizmente, Portugal é hoje a única excepção centralista da Europa. Até a Grécia, parceiro da
desgraça centralista até há pouco tempo, teve que fazer a reforma da Regionalização, diz-se até que
por imposição do FMI. Oxalá que não tenhamos que chegar a esse ponto!”
O presidente do Movimento Cívico “Regiões, Sim”, Mendes Bota, fez a apresentação do orador
convidado, deu conta das últimas iniciativas da associação junto dos grupos parlamentares na
Assembleia da República, apelou a “que os partidos políticos mantenham nos seus programas
eleitorais pelo menos os compromissos com a regionalização manifestados, quer nas eleições de
2009, quer nas propostas de revisão constitucional, cuja apreciação e discussão tinha começado
recentemente.”
E finalizou dizendo: “Mais uma vez, a regionalização foi adiada num momento crucial. Há sempre
uma boa desculpa para adiar. A questão que se nos coloca é: manifestamos publicamente a nossa
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convicção de que a Regionalização faz falta a Portugal, ou calamo-nos, silenciamos e baixamos os
braços? Ao revisitar as 10 razões principais pelas quais pensava há 20 anos atrás, que a
Regionalização fazia falta a Portugal, constatei que todas elas permanecem, infelizmente, válidas.
Nenhum dos problemas então apontados foi resolvido e, pelo contrário, alguns ainda se agravaram
dramaticamente. O modelo de desenvolvimento falhou em toda a linha, e só interessa à aliança de
interesses entre o centralismo económico e o centralismo político que se apoderou do país há muito
tempo, e não o quer largar.”
Neste jantar-palestra, que reuniu cerca de setenta regionalistas convictos, registaram-se 18 novas
adesões ao Movimento Cívico “Regiões, Sim!”, entre as quais, a do próprio Defensor Moura, do
ex-presidente da Câmara Municipal de Faro, João Botelheiro, e de outras individualidades
presentes.
O animado debate que se seguiu, durou até cerca da meia-noite, com intervenções de Luis Filipe
Madeira, João Botelheiro, Maria João Portela, José Castro, João Santos Simões e Maria
Emília Curado, a que responderam Mendes Bota e Defensor Moura.
A MESA DE HONRA
ASPECTO DA SALA
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FILIPE MADEIRA E JOÃO BOTELHEIRO
GROSSO CORREIA OUVE ATENTAMENTE
BOA DISPOSIÇÃO
JOÃO ALVES GOMES E IRMÃO
MESA FARENSE
DEFENSOR MOURA ASSOCIOU-SE AO “REGIÕES, SIM!”
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DEFENSOR MOURA NO USO DA PALAVRA
JOÃO BOTELHEIRO NO DEBATE
JOÃO SANTOS SIMÕES TAMBÉM
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