ESTIMATIVA DA CONCENTRAÇÃO DE MONÓXIDO DE CARBONO PROVENIENTE DE EMISSÃO VEICULAR NA BACIA AÉREA III DA RMRJ VIA AERMOD Bruno D'Aiuto da Cunha 1 , Davi Pegado Gomes1, Maria Francisca Azeredo Velloso1,2, Marcio S. Ferreira3, Luiz C. G. Pimentel1 RESUMO No estudo foi desenvolvida a estimativa da concentração do poluente monóxido de carbono proveniente de emissões veiculares da Bacia Aérea III da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O modelo gaussiano de qualidade do ar AERMOD foi utilizado para perfazer simulações da dispersão atmosférica de poluentes considerando a base de dados meteorológicos de superfície e altitude do aeroporto SBGL. Os dados de saída do modelo foram analisados e comparados aos padrões da resolução CONAMA 03/90. Ocorreram violações significativas em ambos padrões de 1 e 8 horas. Futuramente, pretende-se comparar estes dados simulados com dados observacionais das estações de monitoramento da FEEMA, bem como analisar as condições meteorológicas para as situações de maior concentração. ABSTRACT In this paper, the Carbon Monoxide concentration emitted from mobile sources was evaluated on Rio de Janeiro airshed III. The USEPA Gaussian Model AERMOD was used to perform simulations of the atmospheric dispersion considering the meteorological data base of surface and upper air from airport SBGL. The model outputs were evaluated and compared with the CONAMA 03/90 resolution. There were significant violation in both 1 and 8 hours patterns. The next step of this job is to compare the numerical results with real data from official monitoring network from FEEMA, and investigate the meteorological conditions linked to episodes of higher concentrations. Palavras-Chave: Modelagem da Qualidade do Ar, Dispersão de Poluentes Atmosféricos e Fontes Móveis. INTRODUÇÃO O estudo da dispersão de poluentes atmosféricos tem sido objeto de intensa pesquisa nas últimas décadas. A utilização da modelagem computacional, em conjunto com o desenvolvimento de computadores de grande velocidade de processamento tem possibilitado o estudo mais realístico do transporte de contaminantes na atmosfera, permitindo na descrição do fenômeno a incorporação 1 Núcleo Computacional de Qualidade do Ar (NCQAR), Laboratório de Modelagem e Processos Marinhos e Atmosféricos (LAMMA), Departamento de Meteorologia - Instituto de Geociências (IGEO) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Bloco G, Ilha do Fundão - Cidade Universitária, CEP: 21949-900, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Tel: (21) 2598-9470 Ramal:26 Fax: (21) 2598-9474. E-mail [email protected] , [email protected] , [email protected] 2 COPPE/UFRJ – Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cidade Universitária, Cx. Postal 68503, Rio de Janeiro, RJ, 21945-970. Tel.: (021) 2562-8406. E-mail: [email protected] 3 PETROBRAS – Gerência de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Unidade de Negócio e Produção do Rio de Janeiro – UN-RIO/SMS. Rua Moraes e Silva, 40 – 10° andar Ed. Ouro Negro – Maracanã – Rio de Janeiro CEP: 20271-030, Tel.:(021)3876-8110 ou (021)9731-3083. [email protected]. dos efeitos físico-químicos da atmosfera como a turbulência, processos de deposição seca e úmida, cinética das reações químicas, formação de nuvens e balanço de radiação na atmosfera. No Brasil, a exemplo do que ocorre com a maioria dos países em desenvolvimento, a maior parte das grandes instalações industriais como refinarias, pólos petroquímicos, centrais de geração de energia e siderúrgicas, responsáveis pelas emissões de poluentes para a atmosfera, estão concentradas em áreas urbanas. Juntamente com a industrialização nestas áreas, houve um rápido crescimento da frota veicular, que aumentou significativamente a contribuição dessa fonte emissora sobre a degradação da qualidade do ar, principalmente nas regiões metropolitanas do país. Os centros urbanos concentram as principais vias de tráfego e os maiores fluxos de veículos, onde ocorrem os grandes congestionamentos que contribuem ainda mais para o aumento da emissão de poluentes. Segundo o Inventário de Fontes Emissoras de Poluentes Atmosféricos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (FEEMA, 2004), verificou-se que as fontes móveis são responsáveis por 77% do total de poluentes emitidos para a atmosfera, enquanto as fontes fixas contribuem com 22%. Sistemas de modelagem para realizar simulações de transporte de poluentes estão sendo bastante explorados e avaliados. Os Modelos de Qualidade do Ar (MQAr) são ferramentas computacionais que podem estabelecer o impacto das emissões gasosas de um empreendimento sobre a qualidade do ar da atmosfera da região, através da estimativa da distribuição espacial da concentração desses poluentes e posteriormente a comparação desses valores com os padrões de qualidade do ar. Para a simulação desse impacto através da modelagem matemática dos processos físico-químicos que ocorrem na atmosfera são necessárias informações a respeito dos padrões de emissão, parâmetros meteorológicos, características topográficas e da categoria de uso do solo da região de estudo. Sax e Isakov (2003) apresentaram técnicas de análise de incerteza estabelecidas para demonstrar um método geral para avaliar a variabilidade e incerteza em um sistema de modelos de dispersão de poluentes gaussiano. Usando técnicas estatísticas de Monte Carlo, considerada uma extensão da Teoria de Taylor que não requer necessariamente a existência de uma turbulência estacionária e homogênea, foram propagadas as incertezas para os modelos ISCST3 e AERMOD. As contribuições de variabilidade e incerteza de quatro componentes do modelo foram estimadas: emissões, distribuição de espaço e tempo de emissões, parâmetros do modelo e meteorologia. O AERMOD predisse uma maior gama de concentrações de poluente que o ISCST3 para fontes em níveis mais baixos. Esta gama aumentou com o decréscimo da distância da fonte receptor. Recentemente o AERMOD foi recomendado pela US-EPA como o modelo apropriado para o licenciamento de atividades industriais em escala local. Segundo o EPA, este modelo deve ser utilizado como substituto do modelo Industrial Source Complex 3 - ISC3 pois apresenta uma melhoria nas parametrizações de camada limite, além de incorporar um novo algorítimo para o efeito downwash (US-EPA, 2005). Assim, motivados pela relevância e complexidade do estudo da poluição do ar e seus efeitos sobre o meio ambiente, objetivamos neste trabalho, aplicar o modelo gaussiano de qualidade do ar AMERICAN METEOROLOGY SOCIETY-ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY REGULATORY MODEL – AERMOD (EPA, 1998a) para a simulação do transporte de poluentes atmosféricos oriundos de fontes móveis na Bacia Aérea III da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). METODOLOGIA Para desenvolvimento da simulação da dispersão de poluentes, foi utilizado o modelo gaussiano AERMOD, que fornece resultados de concentraçãode poluentes atmosféricos. Tal modelo utiliza um processador de dados meteorológicos de superfície e altitude, denominado AERMOD METEOROLOGICAL PREPROCESSOR - AERMET, que estima inúmeros parâmetros da CLA. O modelo pode realizar o tratamento do transporte de poluentes sobre terrenos complexos através do pré-processador de terreno, denominado AERMOD TERRAIN PREPROCESSOR AERMAP. Assim, a partir de arquivos do modelo de elevação digital (DEM), tal código permite a geração de dados topográficos com a localização dos receptores. Além destes o modelo AERMOD possui internamente a INTERFACE meteorológica, que utiliza os parâmetros da CLA e os dados de observação meteorológica para gerar informações necessárias da distribuição vertical da atmosfera. A localização escolhida para este estudo foi a RMRJ, mais especificamente a Bacia Aérea III, por ser a área de maior número de veículos automotores do Estado do Rio de Janeiro. As informações topográficas utilizadas possuem resolução de 90 metros. A avaliação foi desenvolvida para os meses de junho, julho e agosto de 2003, por ser o período de inverno onde a atmosfera apresenta um condicionamento estaticamente estável, conseqüentemente, prejudicando ainda mais a dispersão dos poluentes. Os dados meteorológicos de superfície foram obtidos através do código Metar, e os dados de altitude através dos dados de sondagem, provenientes da estação meteorológica de superfície e altitude instaladas na Base Aérea do Galeão (SBGL). As simulações foram desenvolvidas considerando as emissões de monóxido de carbono (CO) originado da combustão incompleta de combustíveis automotivos. As estimativas dos valores das concentrações máximas horárias e para o período de oito horas são comparadas aos padrões da resolução CONAMA 03/90, que apresentam padrão primário e secundário de 40000 µg/m3, para o tempo de amostragem de uma hora e 10000 µg/m3 para o tempo de amostragem de oito horas. Foram utilizados neste estudo dados de 27 trechos de logradouros, vias e estradas (Loureiro, 2005) como mostra a Tabela 1, que representam as fontes com maior poder de emissão da Bacia Aérea III. Utilizamos a opção do AERMOD de modelagem da fonte linha como uma fonte área, sendo que a informação referente a largura dos trechos não estavam disponíveis no trabalho de Loureiro (2005). Dessa forma, utilizamos a ferramenta Google Earth para a estimativa deste parâmetro, o que pode acarretar na subestimativa ou superestimativa dessa informação. Tabela 1 – Parâmetros das fontes móveis. Fonte: modificada de (LOUREIRO, 2005) Nome da Fonte Emissora TRECHO-88A TRECHO-90 TRECHO-89 TRECHO-228A TRECHO-88 TRECHO-28A TRECHO-79 TRECHO-87 TRECHO-87B TRECHO-08 TRECHO-87A TRECHO-91 TRECH0-85 TRECHO-09 TRECHO-81 TRECHO-80 TRECHO-28 TRECHO-143 TRECHO-173 TRECHO-102 TRECHO-19 TRECHO-207 TRECHO-204 TRECHO-296 TRECHO-203 TRECHO-132 TRECHO-83 Latitude 1 22 51 16 22 53 41 22 53 41 22 47 43 22 52 0 22 52 6 22 48 45 22 49 15 22 51 09 22 38 14 22 50 06 22 51 10 22 49 17 22 40 27 22 52 13 22 50 50 22 53 13 22 54 41 22 53 09 22 48 19 22 49 27 22 53 01 22 53 09 22 54 38 22 52 21 22 54 54 22 51 48 Longitude 1 Latitude 2 43 29 33 22 52 1 43 41 34 22 51 10 43 41 34 22 52 3 43 17 0 22 42 35 43 25 22 22 51 16 43 11 58 22 52 31 43 17 33 22 50 52 43 18 57 22 50 6 43 23 21 22 51 59 43 17 01 22 40 25 43 21 41 22 51 10 43 47 02 22 51 50 43 18 56 22 48 55 43 17 05 22 42 05 43 14 53 22 53 18 43 14 50 22 52 14 43 13 08 22 52 06 43 12 30 22 54 03 43 17 28 22 52 20 43 22 01 22 51 41 43 13 49 22 48 07 43 20 32 22 54 59 43 17 28 22 53 49 43 12 39 22 56 29 43 15 52 22 52 15 43 13 04 22 54 16 43 14 15 22 53 11 Longitude 2 43 36 28 43 47 2 43 36 28 43 17 21 43 29 31 43 07 26 43 14 59 43 21 41 43 25 23 43 17 07 43 23 18 43 48 27 43 17 28 43 17 21 43 13 56 43 14 52 43 11 59 43 10 35 43 15 53 43 18 28 43 12 24 43 21 43 43 18 08 43 15 04 43 14 53 43 10 25 43 13 40 Diametro (m) 42 42 42 12 42 24 42 42 42 12 42 42 42 12 42 42 24 48 18 15 12 0 18 15 18 12 18 Altura da Fonte(m) T (ºC) 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 Nivel do solo (m) 60 7 40 12 50 55 20 40 60 40 50 30 30 15 30 50 20 40 50 55 20 80 35 80 50 45 30 CO (mg/s) CO (g/sm**2) 442928 387667 341449 301802 268456 251288 218203 183186 141636 128239 126074 100695 96611.3 96568.4 96106.3 95675.4 91081.8 82338.4 78547.4 77820.6 74531.5 64228 61264.4 58853.4 56940.8 52987.9 52488.7 0.000714099 0.000819359 0.000930054 0.000611785 0.001236344 0.000919126 0.000653419 0.00077125 0.002318921 0.001059074 0.001485627 0.002431189 0.000865809 0.000589985 0.000950133 0.001289739 0.000712841 0.00069279 0.000970994 0.000241324 0.001270085 0.000966241 0.001927111 0.00043806 0.002582888 0.000565482 0.001277984 LARGURA MÉDIA 52 45 40 52 30 35 57 48 16 30 25 15 43 54 39 29 45 34 26 37 17 16 19 25 13 20 15 COMPRIMENTO 11928.1 10514.1 9178.2 9486.8 7237.9 7811.4 5858.6 4948.3 3817.4 4036.2 3394.5 2761.2 2595 3031.1 2593.6 2558 2839.4 3495.6 3111.3 8715.5 3451.9 4154.5 1673.2 5374 1695.8 4685.2 2738.1 RESULTADOS A figura 1 ilustra o resultado obtido pelo modelo para a concentração de CO utilizando todas as fontes linhas citadas na tabela 1. Através desta podemos notar alguns focos de elevada concentração de poluição, principalmente sobre o Centro do Rio de Janeiro onde temos uma grande quantidade de emissão veicular. Também é possível perceber que nem todos esses focos estão localizados exatamente no mesmo ponto onde estão localizadas as fontes de maior emissão. Observado este fato, e tendo o conhecimento dos padrões da resolução CONAMA 03/90, foram destacados na tabela 2 os valores das cinco maiores estimativas de concentração média horária e de 8 horas. Os resultados da simulação indicaram violação dos padrões de qualidade do ar. Percebe-se que tanto pra condição horária quanto pra condição de 8 horas, as concentrações máximas atingidas se encontraram no mesmo ponto, que está localizado na Avenida Presidente Vargas nas vizinhanças da Praça Onze. No total, para o tempo de amostragem de uma hora, foram encontradas 33 violações, todas no mesmo ponto. Já para o tempo de amostragem de oito horas foram encontradas 74 violações em quatro pontos distintos. São eles: Avenida Presidente Vargas (altura da Praça Onze), Rodovia Washington Luís (Início da BR-040 Rio-Magé), Avenida Leopoldo Bulhões (próximo ao viaduto da Linha Amarela) e Final da Avenida Brasil (próximo ao trevo que inicia a Rio-Santos). Figura 1 – Resultado da simulação da concentração média de 1 hora para o poluente CO Tabela 2: Cinco maiores concentrações encontradas (µg/m3). 1 Hora 8 Horas Concentração AMMDDHH Latitude Longitude Concentração AMMDDHH Latitude Longitude 54751 3062510 22º54’24’’ 43º11’41’’ 30795 3082208 22º54’24’’ 43º11’41’’ 54437 3060307 22º54’24’’ 43º11’41’’ 30075 3070708 22º54’24’’ 43º11’41’’ 54340 3070901 22º54’24’’ 43º11’41’’ 28024 3080508 22º54’24’’ 43º11’41’’ 54094 3061706 22º54’24’’ 43º11’41’’ 28011 3082108 22º54’24’’ 43º11’41’’ 53914 3080906 22º54’24’’ 43º11’41’’ 27633 3070908 22º54’24’’ 43º11’41’’ CONCLUSÕES Através da análise dos dados de concentração estimados em relação aos padrões da resolução CONAMA 03/90, conclui-se que houve uma quantidade significativa de violações para este período. Os pontos onde ocorreram violações estão localizados em áreas de intenso tráfego, onde há uma grande emissão de poluentes. A região onde ocorreram os maiores níveis de concentração e a maioria das violações está situada no centro do Rio de Janeiro, onde existe uma intensa frota veicular e grande ocorrência de congestionamento o que acarreta numa intensificação dos níveis de emissão. As demais localidades onde ocorreram violações também estão situadas em áreas de grande tráfego com algumas ocorrências de congestionamento, que apesar de ocorrerem em menor quantidade que no centro do Rio de Janeiro também intensificam os níveis de emissão. As altas concentrações foram favorecidas pelo condicionamento estaticamente estável da atmosfera durante o período de simulação. Porém, estas violações não podem ser unicamente atribuídas aos fenômenos meteorológicos e o controle destas emissões deve respeitar os padrões de qualidade do ar. Para um trabalho futuro, pretende-se comparar estes dados simulados pelo modelo com dados reais das estações de monitoramento da FEEMA, além de uma análise criteriosa das condições meteorológicas para as situações de maior concentração onde ocorreram violações. AGRADECIMENTOS Os autores desse trabalho gostariam de agradecer a FAPERJ, CAPES e ao CNPq pelo financiamento da pesquisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Caríssimo,B., Dupont, E., Musson-Genon, L., Marchand, O., 1995. Note de Principe du Code MERCURE Version 3.1. In: EDF-DER, HE-3395007B. Cerc, 2000. ADMS-3 Technical Specification, Cambridge Environmental Research Consultants. EPA (U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY), 1998b, User's Guide for the AMS/EPA REGULATORY AERMOD, Research Triangle Park, North Carolina, November 1998 FEEMA, 2004, Inventário de Fontes Emissoras de Poluentes Atmosféricos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. In: Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 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