O DISCURSO DO ANALISTA NO HOSPITAL E O (IM) POSSÍVEL DE
TRANSMITIR NA RELAÇÃO COM A EQUIPE
Vanusa Balieiro do Rego Barra1
Roseane Freitas Nicolau2
Este trabalho propõe uma discussão acerca da inserção da psicanálise no hospital
a partir do recorte da dissertação intitulada O Discurso do analista no hospital:
possibilidade de laço pela via do amor transferencial, nascida de uma experiência de
escuta, orientada pela psicanálise, no Hospital Ophir Loyola (HOL) de Belém do Pará,
onde o tratamento de uma criança enlaçou, pela transferência, os membros de uma
equipe multiprofissional. Tal experiência suscitou questões que retomamos na tentativa
de analisar e elaborar o que se passou, particularmente no que se refere ao trabalho do
analista junto a uma equipe multidisciplinar, visando construir um saber que permitisse
fazer circular o discurso da psicanálise em meio ao discurso positivista da ciência.
O enlace entre o discurso da ciência e o discurso que Lacan (1969-1970/1992)
nomeou como Discurso do Analista (DA) não se dá sem conflitos. Embasada pelo
discurso da ciência, a medicina orienta o trabalho da equipe no hospital, detendo
significativa hegemonia no campo dos cuidados em saúde. Este discurso centra-se em
uma leitura objetiva dos sintomase, portanto, volta-se principalmente para queixas
orgânicas, sem, muitas vezes, levar em consideração que é pela linguagem que os
doentes comunicam seus males para os médicos. O analista – que possui umaescuta
diferenciada para as questões da saúde – visa o sujeito e a subjetividade manifesta em
seu sintoma, ao invés de valorizar a doença propriamente dita como se esta fosse
destituída de sujeito. Escutar o sintoma é resgatar o desejo implicado com o processo
saúde-doença, apontando para os atravessamentos subjetivos que fazem fracassar o
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Vanusa Balieiro do Rego Barra é Psicóloga, Psicanalista membro da IF-EPFCL (FCL-Belém),
Especialista em Psicologia Hospitalar pelo ICHC-FMUSP, Mestre em Psicologia pela UFPA. Atua em
consultório particular e na Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde/SESAI-MS.
Contato: [email protected]
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Roseane Freitas Nicolau é Psicanalista, Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da
Universidade Federal do Pará, membro do GT da ANPEPP Dispositivos Clínicos em Saúde Mental.
Contato: [email protected]
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tratamento. Tal escuta pode provocar incômodo por apontar para as falhas do discurso
médico que faz aparecer o real impossível de dizer.
Com Freud (1930/2010) consideramos que, quando a decrepitude do corpo se
coloca como angustia real, o mal-estar em questão escapa à abordagem objetiva (ao
protocolo), exigindo escuta de um sujeito em sofrimento. Neste momento a angústia
toma conta da equipe, que comumente chama a Psicologia. Do ponto de vista
psicanalítico, uma diferença se coloca em relação a esse chamado, que já aponta uma
especificidade do trabalho do psicanalista na instituição: acolher e diferenciar as
demandas da equipe e a do paciente que será escutado.
Na instituição, algumas pessoas se encontram sedentas para falar da sua doença,
a fim de que um profissionalresolva, mas não buscam necessariamente fazer uma
análise de sua implicação nisso que lhe causa, pois sua transferência é com o saber
médico que escuta o sintoma para lhe dar um nome de doença e oferecer-lhe solução.
Essa discussão se torna importante, pois a práxis do analista no hospital não objetiva
uma psicanálise/final de análise, inclusive porque não é isso que os doentes demandam,
conforme demonstraram Alberti (2008), Moretto (2001, 2006) e Moura e Souza (2007).
Se não é para oferecer análise, o que faz um analista no hospital?
Na medida em que não constatamos demanda de análise, este outro pedido,
endereçado ao psicólogo, pode ser acolhido por um psicanalista que, em contrapartida,
oferecerá sua escuta, a partir da qual uma demanda subjetiva terá condições de
possibilidades para se decantar.
Isto nos leva a considerar com Lacan (1958/1998) que a oferta desse lugar onde
o sujeito possa falar e se manifestar, promovida pelo discurso do analista, funda a
demanda em relação à psicanálise. Esta pode vir do lado do paciente e também do lado
da equipe, pois a instituição tem suas demandas, que parecem atravessar a relação do
paciente com o analista, do analista com a equipe e da equipe com o paciente. São
demandas que devem receber tratamento analítico, levando em conta que o analista faz
parte da equipe. Como lembra Moretto (2006, p. 10), aquilo “[...] que ocorre com a
equipe é elemento constitutivo dessa experiência, e o que ocorre na clínica com o
analista tem consequências na relação do paciente com a equipe, e desta com o
analista”.
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Logo, se há a fala de alguns sujeitos, o analista exerce sua função de escuta.
Porém, essa função do analista na instituição, segundo Moretto (2006), se especifica
pela atuação na “vertente clínica” com o paciente, e na “vertente institucional” com a
equipe, pois
[...] quando tratamos das duas vertentes, estamos tratando de dois lados de
uma mesma “moeda”. Aqui, nossa “moeda” é o nosso trabalho, que, de
“cara”, não se realiza sem que o analista faça um trabalho de inserção na
equipe, e também jamais se “coroa” fora da clínica da subjetividade. Mas
assim como “cara” e “coroa” não se desvinculam para dar existência à
“moeda”, nada nos impede de analisar as nuances específicas de cada uma
delas (MORETTO, 2006, p. 18).
Sendo assim, responder a partir de um mesmo lugar para demandas diferentes,
tende a promover a manutenção de lugares fixos e instituições paralisadas em discursos
totalizantes, que podem fixar as pessoas no lugar de “doente”, excluindo todo o resto de
possibilidades que esse sujeito escamoteado pode ser.
Nesse cenário de doença, onde os diversos saberes (da medicina, enfermagem,
psicologia, fisioterapia, etc.) buscam seu espaço de atuação sobre o corpo do “doente”, a
psicanálise opera de maneira a considerar que, mais aquém da doença, há uma aposta
em um sujeito que pode ter algo a dizer sobre seu corpo. Assim, o analista é aquele que,
na instituição, sustenta um não saber sobre esse “doente”, saindo em busca do sujeito ao
oferecer escuta aos pacientes hospitalizados.
Diante do exposto, como o discurso psicanalítico pode operar nesta instituição a
fim de viabilizar uma construção subjetiva na qual o desejo de cada sujeito/paciente
apareça e seja considerado?
No fragmento de caso clínico-institucional que partirmos para articular
teoricamente tais questões, o paciente André3, uma criança de 3 anos, portador de
leucemia, foi abordado inicialmente no leito, na ocasião de uma internação, e se enlaçou
num processo analítico que se estendeu por cerca de dois anos, até o término de seu
tratamento médico contra o câncer. No “caso” em questão, não houve chamado inicial
da equipe para atendimento psicológico da criança, nem de seus acompanhantes. No
decorrer dos atendimentos psicológicos, foi surgindo o interesse da equipe pelo “caso”
da criança que começou a manifestar “sintomas estranhos” e pelo fazer da psicóloga
junto à essa criança e aos possíveis sentidos detais sintomas. Ou seja, primeiro um
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Nome fictício.
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trabalho clínico com um sujeito foi iniciado e depois as demandas foram se articulando,
em um só depois da transferência estabelecida com o discurso do analista.
André mostrou que o câncer não foi propriamente sua única fonte de sofrimento,
mas também o desejo por um olhar, vivenciado pela criança como o dilema de ser ou
não ser o objeto de desejo do Outro. Sua questão posta em ato apontou na direção de
saber o que ele significava para sua mãe (genitora), que antes da descoberta de sua
doença se distanciou dele. Supomos que a possibilidade de falar e repetir, possibilitou a
criança a um deslizamento da angústia de alguém que se posicionava como mal-amado
até um reposicionamento dentro de uma relação parental possível,na estrutura familiar
de seus avós, que o adotaram como filho e sustentaram com ele o doloroso tratamento
oncológico fora de seu domicílio.
Incialmente, André procurava neuroticamente um olhar em um lugar vazio, visto
que o desejo na pessoa de sua genitora era ausente. A partir dessa primeira relação
ambivalente, ele projetava nos outros que surgiam em sua volta essa vinculação
igualmente ambivalente. Conforme nossa análise, frente a essa falta, André atuou sua
paixão; ou seja, doente de amor, desamparado – sem amor, parado –, congelado no
campo do Outro ao qual estava alienado, foi fisgado pela oferta da psicanálise, onde
encontrou uma via de expressão para o seu mal-estar e para o seu gozo. Assim, pôde
associar via brincadeiras e repetições (via significantes), e até mesmo se deparar com o
real não simbolizável do sintoma – real que transmitiu à equipe do hospital, que passou
a querer saber, instituindo uma demanda de suposição de saber à psicanálise.
Constatamos que uma das condições para o discurso analítico operar é a
transferência, a qual se funda no binômio amor-saber, e que, dirigida pela função
essencial do analista, aponta a entrada de um sujeito em análise, abrindo a partida do
jogo analítico, dirigido conforme os princípios da separação entre sujeito e objeto –
contrariamente à alienação, à identificação ou à idealização. Assim, o desamparo e o
desejo de ser amado como filho pela sua mãe – ou seja, seu desejo de ser objeto de
desejo desse outro-mãe – constituíram-se, nesse tratamento, como a verdade particular
do sofrimento de André, o qual a equipe aos poucos foi se apropriando.
O próprio sujeito se encarregou de transmitir, via repetição (apontada pela
analista), que ele sofria de algo mais que se colocava além do princípio da doença. Ao
falar do câncer, André deslizou e falou de si, aparecendo enquanto sujeito que conflita
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com a pulsão, que goza e paga com o corpo, que repete e associa livremente na tentativa
de simbolizar seu mal-estar. Não desconsideramos que o tratamento oncológico seja
doloroso e que possa gerar mal-estar, sintomas, ansiedade e angústia nos pacientes, mas
entendemos que, na experiência, cada qual vivencia a doença e o tratamento de forma
subjetiva, carregando junto a estes, o traço e o rastro de sua constituição subjetiva.
Possibilitar que a dimensão de sujeito do doente não se apague é uma das funções do
analista em um hospital.
Nessa experiência que atravessamos, pudemos observar que o hospital é um
lugar de importantes demandas para escuta. Fazendo-se presente e necessário, o analista
está para oferecer escuta aos inúmeros sujeitos dentro de uma situação institucional: os
profissionais, os pacientes e suas famílias. Deste modo, o trabalho se dá tanto na
vertente clínica – dando encaminhamento analítico para as demandas do paciente –,
quanto na vertente institucional – na transmissão do discurso da psicanálise e circulação
junto aos demais discursos.
Dentro do contexto hospitalar, de onde pode operar seu discurso, a função do
analista difere dos demais profissionais da equipe, pois exige um reposicionamento
permanente frente aos demais. Por não se tratar somente do atendimento clínico
oferecido aos pacientes, o analista na instituição também considera a relação com a
equipe de saúde, uma vez que está dentro dela. Isto porque a função primordial do DA
em uma instituição é apontar para os furos nos demais discursos, ou seja, indicar que
discurso algum dá conta de toda verdade, que sempre algo falta. Assim, põe os
discursos para girar.
Ressaltamos que, de acordo com Lacan (1969-1970/1992, p. 11), um discurso
independe de palavras, podendo se constituir como “um discurso sem palavras”, estando
para além da enunciação. Os discursos são instrumentos que ajudam a pensar os
diversos contextos sociais, nos quais os atos adquirem o valor de dizeres essenciais,
evidenciando a insuficiência da linguagem, que remete ao campo do real e do gozo
implicados nos discursos, na medida em que estes se articulam à pulsão. De acordo com
Barroso (2012), a pulsão
[...]implica a desnaturalização do corpo a partir da incidência da linguagem
no mais íntimo do organismo. Desse modo, a função orgânica é habitada pela
pulsão. O inconsciente estruturado como linguagem tem como parceiro o
Outro enquanto corpo reduzido à gramática das pulsões. Por meio do circuito
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pulsional, os órgãos e as funções biológicas se inscrevem enquanto funções
de gozo (BARROSO, 2012, p. 2).
Seja através dos sintomas dos pacientes, seja pela questão da finitude e da
impotência que atravessam os profissionais que lidam com muitas situações
angustiantes para as quais a ciência não oferece um manual, tais manifestações do
campo do gozo e do real, muitas vezes,deixam toda a instituição sem saber o que
fazer.Neste momento em que um furo no saber da ciência médica aparece, a instituição
tende a chamar a psicologia. Para isso a transferência é fundamental, tanto no que se
refere a seu manejo junto ao paciente e aos familiares, quanto na construção da inserção
do analista em uma equipe de saúde. O analista só pode trabalhar a partir de uma
transferência de trabalho com os demais, em um trabalho onde o amor transferencial se
coloca como uma via de laço com a equipe, tal como se coloca, no processo analítico,
como a via de laço entre o paciente e o analista.
Respondemos a esse chamado a partir da psicanálise de Freud e Lacan, que
coloca o analista como uma função, a qual Lacan (1964/2008) denominará de sujeito
suposto saber (SsS). A equipe, ao supor que um psicólogo detém o saber para a situação
geradora de angústia, transfere para a pessoa deste profissional a responsabilidade de
resolvê-la, pondo em cena a transferência enquanto suposição de saber. Para Lacan
(1964/2008), se há SsS, há transferência. No entanto, Lacan (1964/2008, p. 226)
adverte: “é bem certo, do conhecimento de todos, que nenhum psicanalista pode
pretender representar [...] um saber absoluto”. Pois a relação de um analista com o saber
é outra, relativa ao lugar que ele ocupa frente ao Outro, conforme mostra Maurano
(2006):
Para que esse discurso se ponha em marcha, o analista se empresta como
objeto. Mas não como um objeto qualquer, e sim como o que falta. Através
da transferência, ele se faz de semblante do objeto que é causa do desejo para
o sujeito. Ou seja, quando convocado pela transferência, presta-se a fazer de
conta que é esse objeto que falta, e com isso descortina-se o modo de o
sujeito operar com seu desejo. (MAURANO, 2006, p. 60).
Por isso, no DA, a dominante é um objeto, o que torna impossível seu domínio
sobre o Outro, motivo pelo qual Lacan (1969-1970/1992) apontará que os discursos,
não somente o do analista, tratarão de dar conta de funções impossíveis, que são:
educar, governar e psicoanalisar. No DA, o real em jogo esbarra nessa impossibilidade
de ser recoberto simbolicamente, evidenciando uma falha na estrutura simbólica que se
propõe a obturar com saber essa mesma falta.
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Apontar o saber do lado do Outro é o que diferencia o DA dos demais discursos
propostos por Lacan (1969-1970/1992), a saber: o Discurso do Mestre (DM), o
Discurso Universitário (DU) e o Discurso da Histérica (DH). Essa diferença de posição
no discurso traz importantes consequências para o trabalho do analista junto a uma
equipe no hospital.
Dentro do HOL, o Hospital Dia ou Unidade de Atendimento Imediato Pediátrico
(UAI-PED) onde vivenciamoso referido atendimento, fazia parte da pediatria, formada
por uma equipe subordinada ao saber da medicina em primeira mão e muito sensível aos
atravessamentos
provocados
pelas
relações
com
as
crianças
e
seus
cuidadores.Entendemos que um trabalho junto a estes “sujeitos ditos crianças”
(RIBEIRO, 2012 p. 1) e suas famílias, compreendia sustentar uma função que
promovesse a clínica do sujeito do inconsciente, buscando apontar para uma lógica que
considerasse a posição subjetiva, dos sujeitos que podiam falar. A partir da escuta
clínica desses sujeitos, como transmitir o saber não-todo, específico do discurso do
analista a uma equipe multidisciplinar, eminentemente movida pelo saber-todo da
ciência?
No hospital, o discurso do analista, quando inserido, possibilita que, junto ao
aparecimento do sujeito, encoberto pelo excesso de saber dos demais discursos que ali
circulam, algo da verdade inconsciente apareça. Porém, um impasse se coloca: como
transmitir isso a uma equipe movida por outra lógica? Como transmitir que o saber da
ciência falha quando o sujeito do inconsciente aparece, trazendo consigo o sintoma que
aponta para o real?
Em concordância com a proposta de Espinoza e Besset (2009), apostamos que é
possível construir, com cada pessoa, um saber sobre o que lhe causa.
Para tal, é preciso que se produza uma mudança de posição subjetiva que
traga para o centro o sintoma como algo a partir do qual um saber se advinha.
Essa perspectiva em relação ao sintoma marca uma das especificidades em
relação à psicanálise na abordagem do mal-estar, pois vai na contramão do
apagamento da divisão subjetiva. (ESPINOZA; BESSET, 2009, p. 161).
Esboçamosuma compreensão teórico-clínico da escuta que disponibilizamos a
André, para que esta venha fundamentar o trabalho de facilitar, no caso a caso, a escuta
deoutras crianças hospitalizadas, visto que, na maioria das vezes, tais crianças não são
vistas pela equipe e seus cuidadores como sujeitos, mas como doentes. Talvez este
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tenha sido um dos impasses do trabalho junto a André. Ele veio ao hospital para tratar o
câncer e, isto feito, não pôde seguir com regularidade seu tratamento analítico por
motivos de ordem social, econômica e geográfica. Tais motivos nos impõem o limite do
tratamento psicanalítico no hospital, o qual se inflama quando se trata de um sujeito dito
“criança”, pois este depende ainda do desejo de seus cuidadores.
Todavia, apostamos que algo se transmitiu a André, que teve uma oportunidade
de iniciar um processo analítico dentro do contexto hospitalar, o qual poderá retomar em
uma outra ocasião, caso queira. Já a equipe, com essa experiência, pôde apreender que a
psicanálise tem algo a ensinar às ciências médicas: o saber falha, não é capaz de recobrir
tudo. Consequentemente, os efeitos desta constatação podem desencadear a diminuição
da angústia, mas também o sentimento de impotência que equipes como a nossa
vivenciam diariamente por, muitas vezes, se imaginarem responsáveis pela profilaxia e
cura dos acontecimentos que vêm do real.
Ao real, a psicanálise oferece um tratamento simbólico, porém “a questão toda é
saber como concluir onde o saber falta, não somente para o sujeito mas também para o
Outro” (SOLER, 2008, p. 142). Deste modo, articulamos queo não saber instituído pelo
DA propõe um lugar vazio, que a cada tempo se constitui como um palco aberto pela
possibilidade de ser ocupado por uma verdade, desde que seja a verdade de um sujeito
do inconsciente que, ao sê-lo, desaparecerá da cena para aparecer novamente,
relançando o desejo.
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IV
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