13/09/13
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UFRJ produzirá energia solar para carros elétricos e hospital pediátrico
A energia solar vai abastecer parte da demanda do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) na Ilha do Fundão, zona norte do Rio.
A gência Brasil
mancheteonline.com.br
A instalação de painéis solares na área dos estacionamentos e na cobertura do hospital pediátrico poderá gerar
até 200 quilowatts de energia, que será aproveitada nas instalações universitárias e também injetada na rede da
companhia distribuidora Light. A montagem dos painéis começa nos próximos meses e a expectativa é que a
produção de energia começará no início de 2014.
Uma das aplicações será destinada a abastecer frota de carrinhos elétricos utilizada para transporte dentro do
campus. Na cobertura do hospital pediátrico, também haverá painéis com a finalidade de gerar energia e de
aquecer a água utilizada dentro da unidade.O recurso virá do Fundo Verde, criado pela UFRJ a partir da renúncia
fiscal do governo estadual, que deixará de cobrar IC MS da conta de luz da universidade, um total de R$ 7
milhões por ano, segundo explicou o secretário estadual do Ambiente, C arlos Minc. No total, a universidade
gasta R$ 25 milhões em luz por ano.
"O Rio criou um fundo sustentável verde para a UFRJ. Nós abrimos mão de R$ 7 milhões por ano do IC MS
cobrado em cima da energia. C riou-se um conselho e projetos são aprovados. A UFRJ vai se converter em uma
pequena geradora de energia", disse Minc.O secretário, que foi ministro do Meio Ambiente no governo do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, acredita que o uso da energia solar terá a mesma aceleração na matriz
nacional que registrou a energia eólica.
"Em breve, vai acontecer com a energia solar o que já aconteceu com a eólica: um grande salto rumo à energia
limpa e renovável. C omo temos a energia hidrelétrica barata, as pessoas achavam que a eólica nunca ia se
popularizar sem subsídio. Hoje a eólica é competitiva sem subsídio, porque o governo retirou os impostos,
garantiu leilão todo ano, simplificou o licenciamento e criou vários estímulos. Na energia solar, vai acontecer a
mesma coisa", declarou. Minc explicou que em alguns casos o uso da energia solar já é financeiramente viável,
como em locais afastados, com poucos moradores, onde se torna muito caro a instalação de postes e fios
conectados à rede principal ou de geradores a combustível fóssil.
O projeto da UFRJ inclui cinco painéis solares com 20 metros quadrados cada, que ficarão instalados nos
estacionamentos produzindo energia e gerando sombra para os carros. Em cima do hospital pediátrico, serão
aproximadamente 300 metros quadrados de painéis, sendo 100 metros quadrados para gerar energia elétrica e
200 metros quadrados para energia térmica, produzindo aquecimento de água.
A coordenação do projeto é do engenheiro eletrônico Edson Watanabe, vice-diretor do Instituto Alberto Luiz
C oimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (C oppe). "O objetivo básico [dos painéis nos
estacionamentos] é fazer sombra, gerar energia elétrica na rede. Também é uma boa oportunidade de dar
visibilidade para aumentar o conhecimento sobre a energia solar e mudar a forma como as pessoas encaram
esse tipo de energia", disse Watanabe. O engenheiro relatou que os painéis solares precisarão ser importados,
provavelmente da C hina. Outro equipamento vital para o projeto é o conversor, que vai conectar a energia de
corrente contínua na rede, com particicpação de empresas nacionais na produção.
"É possível produzir os painéis aqui. Já visitei um laboratório no Sul que tem tecnologia para fabricar. Acredito
que é preciso uma política de governo e a conscientização das pessoas, começando a usar mais a energia solar,
o que ajuda a baixar os custos", disse o engenheiro. Watanabe explicou que as placas solares são feitas em
silício, material presente inclusive na areia e muito abundante no Brasil. "O desafio é o processamento, que
ainda é caro e gasta muita energia. Mas já estão sendo desenvolvidos outros tipos de materiais, que gastam
menos energia no processo. O problema não é tanto como fazer, mas sim fazer barato", explicou.
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UFRJ produzirá energia solar para carros elétricos e hospital