ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 1 - AO1 GERÊNCIA SETORIAL DO COMPLEXO QUÍMICO Data: 31/03/95 No.3 RHÔNE- POULENC A Rhône - Poulenc ( R-P), atualmente uma empresa de controle privado, posiciona-se entre as dez maiores do Mundo no setor químico. Constitui um interessante exemplo das potencialidades oferecidas pela associação entre uma intervenção governamental responsável e a competência e dinamismo privados. A Empresa foi estatizada em princípios de 1982, no bojo de uma crise financeira que resultou em prejuízos acumulados de US$ 650 milhões durante três anos consecutivos. No período em que permaneceu sob controle estatal, a R-P foi reequilibrada financeiramente e sofreu uma reestruturação organizacional e estratégica, que a tornou um dos mais sólidos grupos químicos mundiais, retornando ao controle privado saneada e fortalecida. Histórico A R-P é uma empresa de origem francesa constituída em 1928, a partir da fusão da Societé Chimique des Usines du Rhône (SCUR) e da Poulenc Frères, fundadas respectivamente, em 1895 e 1858. Essa união possibilitou a soma das vocações básicas da SCUR, de produção de especialidades químicas (como, por exemplo, corantes para a indústria têxtil) com as da Poulenc, voltadas à produção de remédios. A partir da sua formação, a R-P desenvolveu novos remédios, incluindo-se antibióticos e anti-histamínicos, e dedicou-se à produção de fibras. Após a 2a Guerra Mundial, a Empresa cresceu rapidamente através de aquisições, entre as quais se destacam a Theraplix (farmacêutica) em 1956, a participação de 51% no Instituto Mérieux ( vacinas e remédios) em 1968 e dos segmentos de produtos químicos básicos e agroquímicos da Progil e Pechiney-St. Gobain em 1969. Nos anos 70, a R-P já se destacava como a mais importante indústria química na França e entre as maiores da Europa. No início da década de 80, toda a indústria química francesa sofreu pesadas perdas, decorrentes da combinação de diversos fatores adversos: redução de tarifas protecionistas na França, crise do petróleo em 79 e a condição da própria indústria, que se encontrava empresarialmente fragmentada e geograficamente dispersa em unidades de porte inadequado. Os elevados prejuízos sofridos pelas empresas químicas as tornavam especialmente vulneráveis à aquisição por parte de empresas estrangeiras. Diante da resistência política e cultural interna à possibilidade de perda de controle nacional, sobre um setor considerado estratégico pelos franceses, o governo optou pela nacionalização de toda a indústria química. Nesse contexto, a R-P passou ao controle do Estado em 11/02/82, sendo reprivatizada praticamente onze anos depois, em 02/02/93. A reprivatização foi efetuada em duas etapas: na primeira, em princípios de fevereiro, foram colocados à venda ao público apenas 20 % do total previsto, equivalentes a 25,8 milhões de ações a um preço de FF125 por unidade; em novembro do mesmo ano foi vendido o restante do lote ofertado, composto por 103,2 milhões de ações a preços, em média, 20% superiores, de cerca de FF150 por ação. O total arrecadado com a privatização atingiu, aproximadamente, US$ 3,2 bilhões. A estrutura de capital total apresentou a seguinte evolução: Gráfico 1 - Pré-Privatização (em 31.12.92) P R IV A D O 22% E S T A T A IS 2 1% G O V ER N O 57% Gráfico 2 - Pós-Privatização (em 31.12.93) EMPREGADOS 6% ESTATAIS 25% PRIVADO 67% GOVERNO 2% Fonte: Relatório Anual - 1993 - Rhône - Poulenc Sob controle estatal, ocorreram três fases distintas de desenvolvimento: 1982 a 1986, racionalização interna, com redução de empregados, de 89.000 para 81.600, em um ano, fechamento de plantas e corte de despesas; 1986 a 1990, reestruturação interna e adoção de estratégia de crescimento via aquisições, no total de US$ 9 bilhões, realizadas principalmente nos EUA (onde sua presença era insignificante). As mais significativas foram: - divisão de agroquímicos da Union Carbide, em 1986, por US$ 1,0 bilhão; - divisão de especialidades químicas da RTZ ( Rio Tinto Zinc - inglesa) em 1989, por US$ 803 milhões; - controle, pelo Instituto Mérieux ( 51% R-P), do Laboratório Connaught (americano), em 1989, por US$ 2,2 bilhões; - controle do Laboratório Rorer (americano) por US$ 3,2 bilhões em 1990. Em decorrência destas aquisições, o endividamento chegou a níveis elevados no período, atingindo o máximo de quase 100 % do patrimônio líquido. É possível ainda que esta estratégia, de compras de ativos via aumento do endividamento, só tenha sido possível pela sua condição de empresa estatal, que tornou aceitáveis pelo mercado financeiro os elevados níveis atingidos; 1990 ao presente, se caracteriza pelo esforço de consolidação das aquisições, redução do endividamento e crescimento baseado mais na capacitação interna de geração de recursos e novos produtos. Como resultado destas ações, a R-P cresceu a taxas elevadas ( ver tabela 1) e passou da 12a posição no “ranking” mundial, em 1981, para a 8a, em 1993. EMPRESA / PAÍS Posição no Mundo em 1993 Maiores Crescimentos SEKISUI CHEM.-JAPÃO ASAHI CHEM.-JAPÃO SUMITOMO CHEM-JAPÃO NORSK HYDRO-NORUEGA CIBA-GEIGY-SUIÇA RHÔNE-POULENCFRANÇA MITSUBISHI KAISEI JAPÃO Maiores Decréscimos UNION CARBIDE-EUA DU PONT - EUA(2) MONSANTO - EUA DOW CHEMICAL - EUA Fonte: FORTUNE (August 23, 1982 e July 25, 1994) Faturamento. em 1981(1) Faturamento em 1993 Crescimento real ( %) US$ MM US$ MM 12 9 14 13 7 8 2.452 5.840 5.000 5.318 11.174 10.521 8.841 10.672 8.419 8.814 15.323 14.223 260,4 82,7 68,3 65,7 37,1 35,1 10 7.625 9.982 30,9 26 5 17 6 16.089 36.094 10.992 18.787 4.640 21.327 7.902 18.060 -71,1 -40,9 -28,1 -3,8 (1) Valores corrigidos para o ano-base 1993, com base na inflação de 58,2% nos EUA ocorrida no período (2) Somente atividades químicas. CARACTERÍSTICAS E ESTRATÉGIA 1) Rhône-Poulenc A R-P opera em 140 países através de 315 subsidiárias e 62 empresas afiliadas. Embora o seu “portfólio” de produção seja extremamente diversificado, abrangendo mais de 400 itens, pode-se distinguir 4 setores básicos de atuação: QUÍMICOS FIBRAS E POLÍMEROS SAÚDE CIÊNCIAS DA VIDA AGRICULTURA A evolução da repartição das vendas entre estes setores, no período 1 981-93, está ilustrada no Gráfico 3. Destaque-se o significativo avanço do segmento ligado às ciências da vida no total do faturamento, que passou a participar com 53,3 % deste total em 1993 (saúde com 41,2% e agricultura com 12,1 %) . PARTICIPAÇÃO FATURAMENTO (%) Gráfico 3 - Vendas setoriais da Rhône-Poulenc ( % das vendas totais) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1981 1984 1987 1990 1993 Q U ÍM IC O S F IB R A S /P O L IM E R O S C IÊ N C IA S D A V ID A Por atuação geográfica verifica-se que, embora a França responda ainda por metade do total produzido, em valor, sua importância, como mercado final, vem declinando significativamente. Em 1993, os EUA ocuparam a posição de principal mercado, com 22,8% das vendas quando, em 1986, atingia apenas 3%. Para conseguir lidar com a diversidade de produtos e ainda manter uma posição de liderança em um ambiente fortemente competitivo, a R-P adotou uma estrutura organizacional descentralizada, segundo um enfoque setorial. Estes setores são divididos em um total de cerca de 56 unidades de negócios (“sbu - strategic business unit” ) organizadas segundo a lógica da similaridade dos mercados atendidos, da base tecnológica comum e das estratégias empresariais adotadas. Cada setor ou unidade administra suas operações de forma independente e em bases globais; possui autonomia para definir e decidir sobre projetos de investimento, estratégias e políticas de P&D e é responsável pela obtenção de resultados em nível mundial; as bases regionais da R-P contribuem com o seu conhecimento do ambiente local de negócios, mas se subordinam às prioridades e diretrizes básicas estabelecidas pela administração superior do setor. Portanto, o grupo R-P tem como estratégia raciocinar em termos de resultados muito mais por setor ou unidade de negócio do que por país ou região. As diretrizes estratégicas mais relevantes, na maioria estabelecidas em 1986, e, ainda mantidas, podem ser assim resumidas: - situar-se entre as 5 líderes mundiais de cada segmento de negócio, produto a produto; como exemplos de resultados já alcançados dentro destes objetivos, ressalte-se a posição de 3o maior produtor mundial de agroquímicos, a 1a posição em derivados de terras raras e a liderança mundial em enzimas láticas para a indústria de alimentos; - aumentar a participação, no “mix” de produtos, de itens pertencentes aos segmentos menos cíclicos da indústria química, em especial os farmacêuticos e as especialidades químicas, retirando-se, gradativamente, da produção daqueles mais sujeitos às flutuações da economia; - manter a produção de químicos básicos e intermediários apenas quando oferecerem perspectivas de diferenciação de produto via pesquisa de aplicação, caso da sílica , do dióxido de titânio e dos fosfatos, ou servirem de matéria-prima em outras etapas da cadeia produtiva da R-P, como, por exemplo, o cloro-soda e a cadeia do fenol, que é empregado em cerca de 50 outros produtos da R-P. A recente venda das operações de TDI (matéria-prima para produção de espumas rígidas de poliuretana, juntamente com polióis), apesar de sua condição de 3o maior produtor mundial, foi realizada justamente devido à falta de integração com uma base produtora de polióis; - internacionalizar as operações, de modo a viabilizar o porte requerido para se manter competitivo em determinados segmentos, transferindo a produção e até a direção de algumas unidades de negócios e atividades de P&D para localidades situadas fora da França. A pesquisa em agroquímicos, por exemplo, é dividida por quatro países: França - fungicidas e reguladores de crescimento; Reino Unido - herbicidas; EUA - inseticidas e acaricidas; Japão - culturas asiáticas; a direção mundial de algumas unidades de negócios foi transferida para os EUA, entre as quais cabe citar os tensoativos (detergentes e emulsificantes), aditivos alimentares, o tratamento de resíduos químicos e a produção de sementes selecionadas; - foco no cliente: essa postura, iniciada em 1990, foi formalizada em 1994 pela criação de departamentos voltados ao atendimento de mercados específicos de grupos de produtos da Empresa, (exemplos: R-P Papel, R-P Detergentes, R-P Pneus e Borracha, R-P Aditivos Alimentares , etc). Estes departamentos evitam que o mesmo cliente de vários produtos da R-P tenha de recorrer a múltiplos contatos com diferentes áreas da empresa; possibilita também a realização de trabalhos de parceria com o consumidor final no desenvolvimento de aplicações e melhor compreensão de suas reais necessidades; - comprometimento firme com a inovação em todos os aspectos do negócio como elemento essencial de suporte à consecução das outras estratégias. Para tanto, a Empresa atua em todo o espectro de atividades de pesquisa, desde a científica de base até a ponta de aplicação final. Os resultados desta postura se manifestam no constante lançamento de novos produtos em todos os segmentos de atuação, em especial os ligados às ciências da vida, e na constância e magnitude dos recursos alocados à atividade de P&D, que podem ser apreciados no Gráfico 4 e na Tabela 2. Gráfico 4 - Evolução do lucro líquido e dos dispêndios em P & D da Rhône-Poulenc (em valores correntes) 1200 1000 US$ MILHÕES 800 600 400 200 0 -20 0 -40 0 -60 0 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 L U C R O L ÍQ U ID O D IS P ÊN D IO P & D Tabela 2 - Dispêndios em P&D - evolução por setor - valores correntes 1988 SETOR QUIMICOS FIBRAS&POLIMEROS CIENCIAS DA VIDA SAÚDE AGRICULTURA TOTAL GERAL US$MM 157 43 440 328 112 640 VALOR % 24,5 6,7 68,8 51,3 17,5 100,0 1993 % VENDAS 2,90 2,60 19,30 12,50 6,80 5,79 VALOR US$MM % 181 16,7 75 6,9 824 76,4 677 62,7 147 13,7 1.080 100,0 % VENDAS 4,0 3,9 20,5 11,8 8,7 7,95 A elevada concentração dos recursos de P&D, nos segmentos ligados às ciências da vida, é reflexo da opção estratégica da R-P pelo direcionamento aos produtos mais intensivos em conhecimento e tecnologia, que proporcionam margens e retornos mais elevados, porém demandam taxas de inovação mais altas e implicam riscos maiores. 2) Rhodia A subsidiária da R-P no Brasil, Rhodia S.A., foi fundada em 19/12/1919 sob controle da SCUR e se tornou, desde então, a maior empresa química operante no país, com faturamento de US$ 1,2 bilhão em 1994 e perfil de produção diversificado, com mais de quatrocentos produtos. É curioso registrar que a Rhodia nasceu em função de um produto lançado em 1897 pela SCUR : o cloreto de etila, componente do lança-perfume. Malsucedido na Europa, este produto alcançou enorme sucesso de vendas no Brasil devido ao Carnaval. Estes resultados , aliados a dificuldades para importação do produto, a partir de 1914, animaram a SCUR a efetuar a produção do lança-perfume no Brasil, iniciada em 1921. Atualmente, a Rhodia opera através de 19 subsidiárias atuantes em 13 municípios de 6 Estados. Possui 10 unidades industriais e 2 minas de extração de cassiterita. É uma das empresas químicas no Brasil que apresenta o maior grau de diversificação e verticalização. Além disso, atua em linhas de produção e com uma lógica organizacional semelhantes às da matriz, mas com adaptações eventuais às condições locais , de que são exemplos: - a plantação de cana e produção de álcool etílico na fazenda que abriga o Complexo Industrial de Paulínia, iniciada em 1944 devido às dificuldades para transporte do álcool produzido no Nordeste (provocadas pela 2a Guerra Mundial) e que se estendeu até 1967; - a produção de artigos de lingerie, em associação com a Valisére, iniciada em 1934 para ajudar a difundir a utilização da seda artificial ( viscose) produzida pela Rhodia e que só foi transferida em 1986; - a produção do ácido tereftálico (PTA), matéria-prima básica da cadeia de poliéster, em associação com a Amoco, através da Rhodiaco, e com planos de duplicação. Alguns dados comparativos entre as duas empresas estão contidos na tabela a seguir Tabela 3 - Dados comparativos - Rhodia (Rh) e Rhône-Poulenc (R-P) valores monetários correntes 1991 14.860 218 1.177 89.051 13.650 162 Dispêndio em P&D US$ MM 1.080 Rh 810 75 14 10.227 960 58 18,1 8.738 % Rh / R-P 5,45 34,40 1,19 11,48 7,03 35,80 1,67 10,70 EMPRESA R-P Vendas US$ MM Lucro Líquido US$ MM 1993 Dispêndio em P&D US$ MM Pessoal total Vendas US$ MM Lucro Líquido US$ MM Pessoal total 81.678 Quanto à distribuição setorial das vendas, verifica-se uma situação inversa entre a R-P e a Rhodia. Na R-P predominam as ciências da vida (saúde e agro), com 53% das vendas em 1993, enquanto, na Rhodia, o setor predominante é o de fibras e polímeros, com 52% das vendas no mesmo ano, justamente o segmento de menor participação no faturamento da R-P, detendo o percentual de 13,8%. Na Rhodia, as ciências da vida representaram em 1993 apenas 20% do faturamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo da R-P permite identificar os seguintes fatores de sucesso: 1- Forte cultura tecnológica e de inovação, existente já antes mesmo da estatização, que foi reforçada e ampliada posteriormente; 2- Administração profissional, com respeito aos princípios de mercado, sem interferências políticas, apesar da condição de estatal; 3- Continuidade administrativa - durante todo o período de intervenção estatal, a R-P teve apenas dois presidentes, o 1o de 1982 a 1986, e o 2o que foi mantido após a reprivatização; 4- Respeito às vocações básicas - apesar da enorme diversificação de produtos, a R-P mantém-se dentro dos setores nos quais tinha maior conhecimento e tradição, adquiridos no processo natural de evolução da empresa ou via aquisição de empresas detentoras desta experiência; Os dados comparativos da R-P e da Rhodia indicam que o mercado brasileiro, para a linha de produção da RP, é mais concentrado em setores de menor conteúdo e sofisticação tecnológica e mais intensivos em mão-deobra, determinando menor relação faturamento/ empregado. Os dispêndios da Rhodia em P&D, de cerca de 1,9 % do faturamento, são elevados em termos de conjuntura brasileira, onde a maior parte das empresas químicas dificilmente dedica mais de 1% do faturamento a esta rubrica. Mas a participação de apenas 1,67 % no total de gastos com P&D da matriz é extremamente reduzida, quando comparada com sua contribuição para o faturamento total, de 7,5 % ,ou de 35,8 % para o lucro líquido. Quando cotejados com os percentuais de P&D, aplicados sobre o faturamento de cada setor, também os valores verificados para a Rhodia se mostram desfavoráveis, mesmo nos setores menos dinâmicos, como os de fibras e polímeros ou químicos, com valores de 3,9% e 4,0%, respectivamente em 1993. A longa vinculação com o desenvolvimento industrial brasileiro e a condição de líder do setor químico no país permitem conjecturar que seria viável realizar negociações com a Rhodia visando a obter sua contribuição para o fortalecimento da estrutura empresarial e o incremento da atividade de pesquisa tecnológica, mediante a transferência de núcleos decisórios de unidades de negócio para o Brasil. Alguns setores se afiguram particularmente indicados, tais como os de fibras poliéster e de produtos para a agricultura, dadas as vocações naturais e as especificidades que o país apresenta. Outros fatores que reforçam a factibilbidade das sugestões apresentadas são a política de globalização e descentralização de atividades, adotada pela R-P , o seu irrestrito compromisso com o desenvolvimento tecnológico e a posição de destaque do Brasil como a 3a principal área de negócios da empresa, abaixo apenas dos EUA e da França. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RHÔNE-POULENC, Annual Reports, 1983, 1984, 1989, 1991,1992,1993. RHODIA.Sinopse 93. São Paulo,1994, 19 p.. REVISTA RHODIA ATUALIDADES.São Paulo,no.305,dez.1989,35 p. “RHÔNE-POULENC - Consolidation a taille mondiale”, Le Figaro, 26 Fév., 1990. HOOVER’S HANDBOOK OF WORLD BUSINESS. Austin(Texas): The Reference Press Inc.,1992 STORCK, William J. Diversified Rhône-Poulenc Inc. on fast growth path .Chemical and Engineering News , p. 19-21, ApR. 16,1990. ROTMAN, David. Rhône-Poulenc stays bullish on chemical R&D.Chemical Week, New York, p.46-47, May 16, 1994. LEBLOND, Doris. R-P Chimie hones its customer focus.European Chemical News, Surrey, v.63, n.1650, p.1619, 16-22 Jan. 1995.