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Jürgen Habermas (Düsseldorf, 18 de
Junho 1929)
É um filósofo e sociólogo alemão, inserido
na tradição da teoria crítica e do
pragmatismo. Ele era conhecido por suas
teorias sobre a racionalidade comunicativa e
a esfera pública, sendo considerado como um
dos mais importantes intelectuais
contemporâneos.
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O lugar do filósofo foi a ágora, talvez hoje a
ágora sejam as redes sociais. Aqui
pretende-se tornar certas questões mais
assertivas a própria autora por meio do
debate. Em tempos de copia e cola, o
exercício da originalidade faz-se salutar.
Ninguém pensa sozinho, mas quando todos
pensam da mesma maneira é porque estão
pensando pouco. Somos seres únicos! A
metáfora do rosto nos mostra a unicidade
de cada ser e por conseguinte a
singularidade dos nossos pensamentos.
Uma ideia puxa a outra
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Um dos mais importantes filósofos alemães do século XX,
nasceu em Gummersbach, a 18 de Junho de 1929. Fez
cursos de filosofia, história e literatura, interessou-se pela
psicologia e economia (Universidades de Gotingen- com
Nicolai Harttman-, de Zurique e de Bona). Em 1954
doutorou-se em filosofia na universidade de Bona.
Estudou com Adorno e foi assistente no Instituto de
Investigação Social de Frankfurt am Main (1956-1959). Em
1961 obtém licença para ensinar (Universidade de
Marburg) e, em seguida, é nomeado professor
extraordinário de filosofia da Universidade de Heidelberg
(1961-1964), onde ensinava Hans Geor Gadamer. Foi
nomeado depois professor titular de filosofia e sociologia
da Universidade de Frankfurt am Main (1964-1971). Desde
1971 é diretor do Instituto Max Plank para a Investigação
das Condições de Vida do Mundo Técnico-Científico, em
Starnberg.
Habermas foi durante os anos 60 um dos principais
teóricos e depois crítico do movimento estudantil. É
considerado um dos últimos representantes da escola de
Frankfurt.
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1. Ao longo da sua vastíssima obra, tem procurado de
criar uma teoria crítica social assente numa teoria da
sociedade
2. Assumindo-se como um dos defensores da
modernidade, procura igualmente criar uma teoria da
razão que inclua teoria e prática, o mesmo é dizer,
uma teoria que seja ao mesmo tempo justificativa e
explicativa.
3.A noção de interesse é nuclear no seu pensamento.
Habermas parte do pressuposto que todo o
conhecimento é induzido ou dirigido por interesses.
Mas ao contrário das Karl Marx não o reduz o
conhecimento à esfera da produção, onde seria
convertido em ideologia. Nem reduz os conflitos de
interesses à luta de classes. A sua noção de interesse é
muito ampla. Os interesses surgem de problemas que
a humanidade enfrenta e a que tem que dar resposta.
Os interesses são estruturados por processos de
aprendizagem e compreensão mútua.
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É neste contexto que Habermas afirma o
princípio da racionalidade dos interesses.
Distingue três grandes tipos de interesses,
segundo um hierarquia algo peculiar:
a)técnicos; b) comunicativos; c) emancipatórios.
4.A auto reflexão individual é inseparável da
educação social, e ambas são aspectos de
emancipação social e humana. As decisões
(práticas) são encaradas como atos racionais,
onde não é possível separar a teoria da prática.
5. Todo o seu pensamento aponta, assim, para
uma auto reflexão do espécie humana, cuja
história natural nos vai dando conta dos níveis de
racionalidade que a mesma atinge.
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Pontos relevantes de suas obras:
Os interesses técnicos surgem do desejo de domínio e controle
da natureza. Tratam-se de interesses técnicos na medida em
que a tecnologia se apoia ou está ligada à ciência. Todo o
conhecimento científico enquadra-se nesta esfera de interesses.
Os interesses comunicativos levam os membros duma sociedade
a entenderem-se (e às vezes a não entenderem-se) com outros
membros da mesma da mesma comunidade, o que origina
entendimentos e desentendimentos entre as várias
comunidades. Nesta esfera de interesses estão as chamadas
ciências do espírito (ciências humanísticas, culturais, etc).
Os interesses emancipatórios ou libertadores estão ligados à
auto reflexão que permite estabelecer modos de comunicação
entre os homens tornando razoáveis as suas interpretações.
Estes interesses estão ligados à reflexão, às ciências críticas
(teorias sociais), e pelo menos em parte, ao pensamento
filosófico. Esta auto reflexão pode converter-se numa ciência,
como ocorre com a psicanálise e a crítica das ideologias, mas
uma ciência que é capaz transformar as outras ciências. O
interesse emancipatório resulta de ser um interesse justificador,
explicativo enquanto justificador.
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O ser humano, no decorrer da sua existência na face da terra e graças à
sua capacidade racional, tem desenvolvido formas de explicação do que
há no intuito de estabelecer um nexo de sentido entre os fenômenos e as
experiências por ele vivenciados. Essas vivências, à medida que são
passíveis de expressão através das construções simbólicas contidas na
linguagem, apresentam um caráter eminentemente social.
(HANSEN, Gilvan. Modernidade, Utopia e Trabalho. Londrina: Edições CEF
Il, 1999. p.13.)
1. Com base na obra Molhe Espiral, no texto e nos conhecimentos sobre
o pensamento de Habermas, assinale a alternativa correta.
a) A linguagem, em razão de sua dimensão material, inviabiliza a
(re)produção simbólica da sociedade.
b) As construções simbólicas se valem do apreço instrumental e do valor
mercantil.
c) A importância do simbólico na sociedade decorre de sua adequação
aos parâmetros funcionais e técnicos.
d) A dimensão simbólica da sociedade é inerente à forma como o homem
assegura sentido à realidade.
e) A forma de expressão dos elementos simbólicos na arena social deve
atender a uma utilidade prática.
2. A utilização da Internet ampliou e fragmentou, simultaneamente, os nexos de
comunicação. Isto impacta no modo como o diálogo é construído entre os
indivíduos numa sociedade democrática.
(Adaptado de: HABERMAS, J. O caos da esfera pública. Folha de São Paulo, 13
ago. 2006, Caderno Mais!, p.4-5.)
A partir dos conhecimentos sobre a ação comunicativa em Habermas, considere as
afirmativas a seguir.
I. A manipulação das opiniões impede o consenso ao usar os interlocutores como
meios e desconsiderar o ser humano como fim em si mesmo.
II. A validade do que é decidido consensualmente assenta-se na negociação em
que os interlocutores se instrumentalizam reciprocamente em prol de interesses
particulares.
III. Como regra do discurso que busca o entendimento, devem-se excluir os
interlocutores que, de algum modo, são afetados pela norma em questão.
IV. O projeto emancipatório dos indivíduos é construído a partir do diálogo e da
argumentação que prima pelo entendimento mútuo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
(UEL 2012) Elaborada nos anos de 1980, em um contexto de preocupações com o
meio ambiente e o risco nuclear, a Ética do Discurso buscou reorientar as teorias
de ontológicas que a antecederam. Um exemplo está contido no texto a seguir.
De maior gravidade são as consequências que um conceito restrito de moral
comporta para as questões da ética do meio ambiente. O modelo antropocêntrico
parece trazer uma espécie de cegueira às teorias do tipo kantiano, no que diz
respeito às questões da responsabilidade moral do homem pelo seu meio
ambiente.
(HABERMAS, Jürgen. Comentários à Ética do Discurso. Trad. de Gilda Lopes
Encarnação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999, p.212.)
3. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Ética do Discurso, é correto
afirmar que a ética
a) abrange as ações isoladas das pessoas visando adequar-se às mudanças
climáticas e às catástrofes naturais.
b) corresponde à maneira como o homem deseja construir e realizar plenamente a
sua existência no planeta.
c) compreende a atitude conservacionista que o sistema econômico adota em
relação ao ambiente.
d) implica a instrumentalização dos recursos tecnológicos em benefício da redução
da poluição.
e) refere-se à atitude de retorno do homem à vida natural, observando as leis da
natureza e sua regularidade.
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4. (UEL 2010) No final do século XX, com a disseminação da Internet, o acesso à
informação passa a ser instantâneo. Com isso, novas perspectivas se abrem para
o debate político, sobretudo para a atuação dos cidadãos na esfera pública.
Tendo presente a concepção de esfera pública nos escritos recentes de Habermas,
analise as afirmativas a seguir:
I. A esfera pública constitui um espaço no qual os problemas da sociedade são
recebidos, discutidos e problematizados, e o sistema político recepciona e
sistematiza de forma especializada aqueles que considera mais importantes.
II. Pelo fato de estar vinculada à sociedade civil, a esfera pública exime-se de
efetuar mediações envolvendo o sistema político e o mundo da vida.
III. Por funcionar como uma estrutura normativa, a esfera pública efetiva-se como
um sistema institucionalizado que estabelece papéis e competências para a
participação na sociedade.
IV. A esfera pública consiste numa rede que permite que certos temas, ideias e
posicionamentos sejam debatidos, tendo como referência o agir voltado para o
entendimento.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e III são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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