UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TCE - Escola de Engenharia TEM - Departamento de Engenharia Mecânica PROJETO DE GRADUAÇÃO II Título do Projeto : VIBRAÇÕES EM PÓRTICOS PLANOS PELO MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS Autor : HENRIQUE PEREIRA GÓES RAFAEL SANCHES RANGEL Orientador : PROF.ª ÂNGELA CRISTINA CARDOSO DE SOUZA Data : 19 de Dezembro de 2013 HENRIQUE PEREIRA GÓES RAFAEL SANCHES RANGEL VIBRAÇÕES EM PÓRTICOS PLANOS PELO MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Mecânico. Orientador: Prof.ª. ÂNGELA CRISTINA CARDOSO DE SOUZA Niterói 2013 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da UFF G598 Góes, Henrique Pereira Vibrações em pórticos planos pelo método de elementos finitos / Henrique Pereira Góes, Rafael Sanches Rangel. – Niterói, RJ: [s.n.], 2013. 67 f. Trabalho (Conclusão de Curso) – Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal Fluminense, 2013. Orientador: Ângela Cristina Cardoso de Souza. 1. Vibração mecânica. 2. Método de elementos finitos. 3. Pórtico. I. Rangel, Rafael Sanches. II. Título. CDD 620.3 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TCE - Escola de Engenharia TEM - Departamento de Engenharia Mecânica PROJETO DE GRADUAÇÃO II AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO Título do Trabalho: VIBRAÇÕES PÓRTICOS PLANOS PELO MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS Parecer do Professor Orientador da Disciplina: - Grau Final recebido pelos Relatórios de Acompanhamento: - Grau atribuído ao grupo nos Seminários de Progresso: Parecer do Professor Orientador: (Comentar a relevância, contribuição e abrangência do trabalho. Se a participação dos alunos no grupo não se processou de forma homogênea, durante o desenvolvimento do trabalho, compete ao Prof. Orientador diferenciar o grau de cada aluno, de forma a refletir a sua atuação no desenvolvimento do projeto.) Nome e assinatura do Prof. Orientador: Prof.: Ângela Cristina Cardoso de Souza Assinatura: Parecer Conclusivo da Banca Examinadora do Trabalho: Projeto Aprovado sem restrições Projeto Aprovado com restrições Prazo concedido para cumprimento das exigências: / Discriminação das exigências e/ou observações adicionais: / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TCE - Escola de Engenharia TEM - Departamento de Engenharia Mecânica PROJETO DE GRADUAÇÃO II AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO (continuação) Aluno :Henrique Pereira Góes Grau : Aluno : Rafael Sanches Rangel Grau : Composição da Banca Examinadora : Prof.: Ângela Cristina Cardoso de Souza Assinatura : Prof.: Raul Bernardo Vidal Pessolani Assinatura : Prof.: João Marciano Laredo dos Reis Assinatura : Data de Defesa do Trabalho : 19/12/2013 Departamento de Engenharia Mecânica, / / 4 DEDICATÓRIA Henrique Dedico este presente trabalho a Deus, à minha família e às amizades que tive o prazer de construir ao longo da minha trajetória. Especialmente ao meu pai João, minha mãe Helena e ao meu irmão Bruno por terem me mostrado o verdadeiro significado de apoio, amor e companheirismo durante toda minha vida. Amo vocês. Rafael Dedico este trabalho à toda minha família e amigos, que sempre me acompanharam e apoiaram, ajudando com desafios e compartilhando alegrias. Dedico especialmente ao meu pai Jorge, minha mãe Lúcia, e minhas irmãs Natália e Amanda, que, além de família, são meus maiores amigos e companheiros. Obrigado por iluminarem o meu caminho sempre. Amo vocês. 5 AGRADECIMENTOS Henrique Agradeço a Deus por ter iluminado meu caminho e me ajudado ao longo de mais uma grande conquista. Agradecimento especial à minha família, meu pai João, minha mãe Helena e meu irmão Bruno por não terem poupado esforços em minha educação e construção de caráter, pelo exemplo diário de dedicação, luta e persistência, e pelo companheirismo, apoio e amor incondicional por toda a minha vida. Ao meu amigo e dupla de projeto, Rafael, pela verdadeira amizade e dedicação ao trabalho. A todos meus amigos de longa data e aos que fiz durante os anos de graduação pela verdadeira amizade, apoio e confiança. À professora orientadora Ângela Cristina pela dedicação e atenção. Foi fundamental para construção deste projeto. A todos os professores que participaram da minha graduação pela instrução e ajuda para que alcançasse esse sonho de me tornar engenheiro mecânico. 6 AGRADECIMENTOS Rafael Agradeço a minha família, pelo seu apoio incondicional, e por terem me ensinado a valorizar o caráter, a dedicação e o amor acima de tudo. Obrigado por serem meus companheiros, meus mestres e meu suporte, e pela confiança que tiveram em minha capacidade. Obrigado por tudo. Agradeço ao Henrique, amigo e dupla de projeto, pela amizade e pela companhia ao longo de minha graduação, compartilhando os momentos de descontração e as dificuldades durante estes anos. Aos meus amigos, que me ensinaram o valor do companheirismo e da solidariedade. À professora Ângela Cristina, orientadora deste projeto, pela atenção e dedicação neste desafio final como aluno. A todos os meus professores, que foram fundamementais para a minha formação como pessoa, e como engenheiro mecânico. 7 RESUMO A proposta do presente trabalho é analisar o modelo bidimensional de vibrações não amortecidas em vigas, adotando o Método de Elementos Finitos como aproximação satisfatória dos resultados. Para os diversos estudos, serão abordadas as formas, tanto diferenciais, quanto integrais de análise dos casos de diferentes carregamentos e condições de contorno. Uma das principais vertentes do projeto será escolher a melhor forma de discretizar o modelo de problema escolhido e determinar as matrizes massa e rigidez, assim como o vetor de carregamento, para aplicação do MEF. Palavras-Chave: Vibração; Não amortecida; Bidimensional; Método dos Elementos Finitos. 8 ABSTRACT The aim of the following paper is to analyze the two dimensional, undamped beam vibration case, adopting the Finite Element Method as a satisfactory result approximation. For that, both differential and integral form equations will be used to study different loading and boundary condition scenarios. One of the most important points of this project will be the best way to discretize the selected problem model and provide the mass and stiffness matrix, as well as the load vector, in order to apply FEM. Keywords: Vibration; Undamped vibration; Bidimensional; Finite Element Method. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1.1 – Sistema Massa-Mola-Amortecedor. Fonte: MENDONÇA (2006) ................................................ 14 Figura 2.1 - Discretização da viga. ...................................................................................................................... 17 Figura 3.1 - Discretização do elemento. .............................................................................................................. 24 Figura 3.2 - Exemplos de bases polinomiais ....................................................................................................... 25 Figura 3.3- Elemento de viga (Vibração Transversal). ....................................................................................... 26 Figura 3.4 - Elemento de viga (Vibração Longitudinal). .................................................................................... 29 Figura 3.5 - Viga biapoiada. ................................................................................................................................ 34 Figura 3.6 - Discretização proposta. .................................................................................................................... 34 Figura 3.7 - Resultado da discretização. .............................................................................................................. 34 Figura 3.8 – Condições de contorno. ................................................................................................................... 38 Figura 3.9 – Primeiros dois modos de vibração para a) viga engastada e b) viga biapoiada. ........................... 41 Figura 4.1- Exemplo transversal. ........................................................................................................................ 42 Figura 4.2 - Resultado estático para deformação transversal (20 elementos por viga). .................................... 43 Figura 4.3 - Ondas de deformação para modos de frequências naturais (Transversal). ................................... 45 Figura 4.4 - Exemplo longitudinal. ..................................................................................................................... 46 Figura 4.5 - Resultado estático para deformação longitudinal (20 elementos por viga). .................................. 47 Figura 4.6 - Ondas de deformação para modos de frequências naturais (Longitudinal). ................................. 49 Figura 4.7 - Carregamentos e condições de contorno (Pórtico). ....................................................................... 50 Figura 4.8 - Resultado estático para o pórtico (20 elementos por viga). ............................................................ 50 Figura 4.9 - Modos de vibração natural do pórtico (20 elementos por viga). .................................................... 51 Figura 4.10 - Carregamentos e condições de contorno (Ponte). ........................................................................ 51 Figura 4.11 - Resultado estático para a ponte metálica (10 elementos por viga). .............................................. 52 Figura 4.12 - Modos de vibração natural da ponte metálica (10 elementos por viga). ...................................... 52 10 LISTA DE TABELAS Tabela 4.1 – Resultados de Análise Estática (Transversal) ................................................................................ 43 Tabela 4.2–Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Transversal – 4 Elem.)............................................ 44 Tabela 4.3 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Transversal – 20 Elem.) ........................................ 44 Tabela 4.4 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Transversal – 40 Elem.) ........................................ 45 Tabela 4.5 – Resultados de Análise Estática (Longitudinal) .............................................................................. 46 Tabela 4.6 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Longitudinal – 4 Elem.) ........................................ 47 Tabela 4.7 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Longitudinal – 20 Elem.) ...................................... 48 Tabela 4.8 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Longitudinal – 40 Elem.) ...................................... 48 11 LISTA DE TABELAS – Força transversal por unidade de comprimento; – Força longitudinal por unidade de comprimento; – Deslocamento longitudinal; w(x, t) - Deslocamento transversal; – Deslocamento longitudinal; - Ângulo com o eixo x; - Densidade específica; - Área de seção transversal; V – Força cortante; M – Momento fletor; - Tensão normal; - Deformação específica; E - Módulo de Young; v( x) - Função arbitrária; I - Momento de inércia; l - Comprimento do elemento; u - Parâmetros nodais; N - Função de forma; K - Matriz rigidez; Q - Matriz carregamento; M - Matriz de massa; L – Matriz transformada; - Autovalores; - Autovetores; - Frequências naturais. 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 13 1.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................................................... 15 1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................................................ 15 1.3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 15 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................. 16 2 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO NO PLANO ............................................................................ 17 2.1 EQUAÇÃO DE EQUILIBRIO NA FORMA DIFERENCIAL .................................................... 17 2.2 EQUAÇÃO DE EQUILIBRIO NA FORMA INTEGRAL .......................................................... 20 3 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS .................................................................................. 23 3.1 FUNDAMENTOS........................................................................................................................ 23 3.2 DISCRETIZAÇÃO DA EQUAÇÃO DE EQUILÍBRIO ............................................................. 24 3.2.1 CASO ESTÁTICO ....................................................................................................................... 26 3.2.2 CASO DINÂMICO ...................................................................................................................... 40 4 RESULTADOS .............................................................................................................................. 42 4.1 MOVIMENTO TRANSVERSAL................................................................................................ 42 4.2 MOVIMENTO LONGITUDINAL .............................................................................................. 46 4.3 ANÁLISE DE ESTRUTURAS COMPLEXAS ........................................................................... 49 4.3.1 PÓRTICO ................................................................................................................................... 50 4.3.2 PONTE METÁLICA.................................................................................................................... 51 5 CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 53 RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 54 6 APÊNDICES .................................................................................................................................. 56 6.1 CÓDIGO MATLAB..................................................................................................................... 57 6.1.1 6.1.2 6.1.3 6.1.4 6.1.5 6.1.6 6.1.7 LIMPAR WORKSPACE .............................................................................................................. 57 DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS .................................................................................................. 57 DISCRETIZAÇÃO ....................................................................................................................... 58 MONTAGEM E SOLUÇÃO DO SISTEMA .................................................................................... 59 PLOTAR RESULTADOS ESTÁTICOS ......................................................................................... 61 PLOTAR RESULTADOS DINÂMICOS......................................................................................... 62 ANIMAR MODO DINÂMICO...................................................................................................... 64 13 1 INTRODUÇÃO A viga, assim como outros elementos mecânicos, é um equipamento estrutural projetado para suportar efeitos de carregamentos diversos que resultam em esforços tanto de cisalhamento quanto de flexão. Na esfera das engenharias, essas estruturas devem ser projetadas de modo a suportar cargas permanentes e dinâmicas geradas por fenômenos naturais como ventos, marés e terremotos, além de efeitos provocados pelo tráfego de veículos e pessoas, e operações de máquinas, motores e equipamentos, tornando-se, dessa forma, peça fundamental para setores como indústria, construção, exploração, transporte, entre outros. Analisadas como modelos, são capazes gerar estudos a cerca cálculo estrutural de colunas e lajes, cálculo de flecha máxima, localização de suportes e dimensionamento de estruturas metálicas. Relatos informam que o nascimento da teoria da vibração, um dos pilares para o desenvolvimento da matemática e estudos da mecânica geral, teve seu inicio a partir de observações dos antigos filósofos gregos. Pitágoras, após verificar as diferentes frequências sonoras produzidas a partir de forjamento de peças metálicas, abriu os olhos da humanidade para um efeito que, já na era moderna, foi formalmente modelado por Galileu (Rao, 2008). O atual contexto de austeridade de recursos naturais e uso eficiente das riquezas presentes da Terra é uma realidade mundial que direciona os engenheiros modernos a buscarem constante evolução e avanços tecnológicos de seus projetos. Tal realidade reflete a tendência do surgimento de novos materiais e técnicas de fabricação e construção capazes de produzir estruturas cada vez mais esbeltas, leves e eficientes. Nesse sentido, o estudo de vibrações e o comportamento de sistemas mecânicos submetidos a esse fenômeno se torna indispensável para projetos de engenharia, pois tais interações geram situações desgastes e fadiga, reduzindo consideravelmente tanto a vida útil quanto à confiabilidade dos elementos estruturais. 14 Visando facilitar a interpretação e análise de problemas envolvendo vibrações mecânicas é comum adotar o modelo de parâmetros concentrados. Tal modelo é caracterizado principalmente por representar cada elemento através de uma propriedade como: massa, rigidez ou amortecimento. Transformando, dessa forma, o problema apresentado em um sistema simplificado conhecido como massa-mola-amortecedor. Figura 1.1 – Sistema Massa-Mola-Amortecedor. Fonte: MENDONÇA (2006) Contudo, tratando-se do estudo de um caso particular onde o efeito vibratório não amortecido é analisado sobre um meio contínuo, os parâmetros massa e rigidezes são uniformemente distribuídos ao longo do comprimento do objeto de estudo. Dessa forma, a aplicação do modelo de parâmetros concentrados não forneceria bons resultados. Embora, no estudo de uma viga, o resultado exato possa ser encontrado através da obtenção de soluções analíticas para determinadas equações diferenciais, este procedimento pode se tornar demasiadamente complexo dependendo das condições de contorno e carregamentos aplicadas ao sistema. Felizmente, acompanhado do desenvolvimento da capacidade de cálculo computacional, veio o advento de soluções numéricas capazes de analisar e solucionar sistemas de equações mais elaborados. Nesse contexto, para contornar essas limitações impostas pelas equações diferenciais, utiliza-se o MEF, que facilita o cálculo dos resultados ao custo de sua exatidão, reduzindo a complexidade do problema e aproximando a solução para vários subespaços menores do objeto em estudo, delimitados por seus nós e chamados elementos. Este método computacional é muito utilizado para analisar o comportamento estrutural, mecânico, térmico, elétrico ou químico de sistemas quando estes são descritos por modelos matemáticos complexos. Para a correta análise numérica do problema em estudo, antes devem ser compreendidos os fundamentos e conceitos do MEF, garantindo a aplicação do método de maneira correta. Desta maneira, este trabalho terá início no estudo dos fundamentos e formulações matemáticas do MEF, posteriormente, aplicando-os à análise dinâmica de vigas. 15 1.1 OBJETIVO GERAL O objetivo deste trabalho é promover a análise e compreensão do modelo de vibração em pórticos no plano através das aproximações satisfatórias geradas pelo Método dos Elementos Finitos. 1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Visando alcançar o objetivo proposto, pretende-se: Estudar e determinar as formulações, tanto diferencial quanto integral, das equações que regem o movimento de vibrações em vigas, tomando como objeto de estudo as vigas de Euler-Bernoulli. Aplicar e desenvolver o Método dos Elementos Finitos, buscando analisar as melhores malhas e matrizes de massa e rigidez. Buscar, analisar e comparar as soluções analíticas encontradas nos problemas de vibrações estudados aos numéricos conhecidos. 1.3 JUSTIFICATIVA A compreensão e o perfeito dimensionamento de estruturas são um dos principais pilares de qualquer engenharia. A aplicabilidade contempla áreas que vão desde a engenharia civil, com projetos de estruturas metálicas para pontes, prédios e infraestruturas no geral, até sistemas de amortecimento de carros e impactos vibratórios em dutos submarinos para exploração Offshore, no caso de engenheiros mecânicos. Dessa forma, visando uma melhor otimização, um correto dimensionamento estrutural, e racionalização do uso dos recursos naturais cada vez mais escassos em nossa sociedade, promove-se o estudo de métodos satisfatoriamente aproximados aos sistemas reais conhecidos. 16 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO A estrutura deste presente trabalho seguirá a seguinte ordem de raciocínio: no capítulo 2, será apresentado o objeto de estudo, problema de análise de vibração em vigas bidimensionais. No capítulo 3, será inserindo uma breve introdução ao Método dos Elementos Finitos e as premissas adotadas para as análises dos casos estático e dinâmico. No capítulo 4, encontrar-se-á o quadro dos resultados obtidos e suas respectivas comparações pertinentes entre os analíticos e numéricos para as diferentes condições de contorno. O capítulo 5 apresenta as conclusões finais do trabalho. Por fim, no capítulo 6, estará disponível a bibliografia adotada para construção do presente material. 17 2 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO NO PLANO Nesta seção será abordada a natureza de vibração em estruturas de vigas bidimensionais. Para isso, primeiro, serão introduzidas as equações de equilíbrio, diferenciais e integrais, aplicadas a um modelo bidimensional. 2.1 EQUAÇÃO DE EQUILIBRIO NA FORMA DIFERENCIAL Devido ao foco do estudo ser a análise de estruturas bidimensionais, optou-se pelo modelo geral de análise capaz de inserir um caso complexo onde os diferentes fenômenos de oscilação, transversal e longitudinal, coincidam. Figura 2.1 - Discretização da viga. 18 Considerando o diagrama de corpo livre representado pela Figura 2.1, sujeito a um carregamento distribuído e ao longo do comprimento da viga e em movimento oscilatório transversal representado por e longitudinal por . A força de inércia transversal é dada por: 2 w x, t . A( x).dx. t 2 (2.1) A partir da aplicação da segunda lei de Newton em y, tem-se: V dV f x, t dx V . A( x)dx 2 w( x, t ) t 2 (2.2) Da mesma forma, a partir do somatório de momentos no ponto O destacado na Figura 2.1, obtém-se: M dM V dV dx f x, t dx dx M 0 2 (2.3) Podendo, ainda, reescrever os termos como sendo: dV V M dx; dM dx x x (2.4) Substituindo as diferenciações acima nas Eqs. (2.2) e (2.3). V ( x, t ) 2 w( x, t ) f x, t . A( x) x t 2 (2.5) M ( x, t ) V x, t 0 x (2.6) Aplicando a relação V M x , obtida da Eq. (2.6), tem-se: 2 M ( x, t ) 2 w( x, t ) f x , t . A ( x ) x 2 t 2 (2.7) A partir do modelo de Euller-Bernoulli, a relação entre o momento fletor M ( x, t ) e a deformação w( x, t ) pode ser expressa como (Beer, 1995): M x, t EI ( x) 2 w( x, t ) x 2 (2.8) 19 Inserindo a Eq. (2.8) na (2.7), encontra-se a equação do movimento para vibrações transversais de um corpo não uniforme. x 2 2 w x, t 2 w( x, t ) f ( x, t ) EI ( x) x 2 . A x t 2 (2.9) E, finalmente, assumindo uniformidade das características ao longo de todo o comprimento da viga. EI 2 w x, t 4 w( x, t ) . A x f ( x, t ) x 4 t 2 (2.10) A força de inércia longitudinal é dada por: . A( x).dx. 2 u x, t t 2 (2.11) Da mesma forma, aplicando da segunda lei de Newton em x, tem-se: 2u x, t P dP q x, t dx P .A.dx. t 2 (2.12) Podendo, ainda, reescrever o termo como sendo: dP P dx x (2.13) Substituindo as diferenciações acima na Eq. (2.12). 2 u x, t P q( x, t ) . A x t 2 (2.14) Contudo, sabe-se que pela Lei de Hooke. E. (2.15) Mas, P u ( x, t ) ; A x Dessa forma, podemos reescrever a Eq.(2.15) como: P E. A u ( x, t ) x (2.16) 20 Substituindo a relação acima na Eq.(2.14), encontra-se a equação do movimento para vibrações longitudinais de um corpo não uniforme. 2u x, t u ( x, t ) E . A ( x ) . A q ( x, t ) x x t 2 (2.17) Finalmente, assumindo uniformidade ao longo do corpo. .A 2.2 2 u x, t 2u ( x, t ) E . A q( x, t ) t 2 x 2 (2.18) EQUAÇÃO DE EQUILIBRIO NA FORMA INTEGRAL Seguindo o mesmo raciocínio proposto na seção anterior, serão apresentadas as formulações integrais aplicadas para o caso de vibração geral do corpo, considerando a transversal e, em seguida, longitudinal. Diferentemente das equações diferencias, que são consideradas formulações fortes e de soluções exatas difíceis e limitadas a específicos, a integral (fraca) permite a aplicação de um método único para resolver problemas físicos distintos. Deve-se ressaltar a importância da correta formulação das equações integrais que regem os movimentos (transversais e longitudinais), pois será a partir destas equações que, posteriormente, obter-se-ão as matrizes, massa e rigidez, utilizadas no estudo do MEF. Seja a equação diferencial do movimento oscilatório de vibrações transversais (Eq. (2.10)) e a função peso v( x) definida como suficientemente regular. Ou seja, possui derivada continua e finita no intervalo que está contida e satisfaz as seguintes condições: v x 0 , para pontos onde o deslocamento é definido. dv( x) dx 0 , para os pontos onde a rotação é definida. Aplica-se o principio do trabalho virtual (PVT), integrando a eq.(2.10) e multiplicando por v x Dessa forma, tem-se: l l 3 w x, t 2 w x, t EI x . v x dx . A x .v x dx 0 (2.19) 0 x x3 t 2 0 l f x, t .v x dx 0 21 Para, v x U ; EI x 3 w x, t V x3 Como a parcela w x, t não varia com o tempo, a derivada parcial se torna derivada total e desmembrando a integral referente à parcela elástica da equação, integrando-a por partes. Assim, d 3w x d EI x .v x dx 0 dx dx3 l l d 3 w x dv( x) d 3 w( x) l v x .EI ( x) EI x . dx dx3 0 0 dx3 dx (2.20) Integrando mais uma vez por partes. d 3w x d 0 dx EI x dx3 .v x dx l d 2 w x dv( x) l d 3 w( x) l v x .EI ( x) EI x . dx3 0 dx 2 dx 0 (2.21) d 2 w x dv 2 ( x) EI x . dx dx 2 dx 2 0 l E, finalmente, obtêm-se a formulação fraca. l EI x 0 d 2 w x dv 2 ( x) . dx dx 2 dx 2 l l 0 0 f x .v x dx .A x d 2w x .v x dx dt 2 (2.22) d 2 w x dv( x) l d 3 w( x) l v x .EI ( x) EI x . dx3 0 dx 2 dx 0 Seguindo o mesmo raciocínio descrito acima, aplicando o princípio do trabalho virtual de D’Alembert a equação diferencial do movimento oscilatório de vibrações longitudinais, multiplicando-a pela função peso v( x) , suficientemente regular. Tem-se: l .A 0 l l 2 u x, t 2 u x, t v ( x ) dx E . A v ( x ) 0 0q x .v x dx 0 t 2 x 2 (2.23) 22 Para, v x U ; E. A u V x Desmembrando a integral referente à parcela elástica da equação, integrando-a por partes, e lembrando que como a parcela u x, t não varia com o tempo, a derivada parcial se torna derivada total. Assim, l E.A 0 l d 2u x du l du dv v ( x ) v x E . A E. A dx 2 dx dx 0 0 dx dx (2.24) Retornando a relação acima na Eq. (2.23), finalmente, obtêm-se a formulação fraca. l l du x dv( x) d 2u x du l 0 E.A dx dx dx 0q x .v x dx 0 .A dt 2 v( x)dx E.A dx v x 0 l (2.25) 23 3 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS Em inúmeros casos de problemas de engenharia é possível encontrar a solução desejada simplesmente resolvendo o sistema de equações diferenciais (formulação forte) que regem a situação analisada. Contudo, a solução analítica dessas equações pode se tornar demasiadamente complexa e particular para o caso estudado. Nesse contexto, surgiu a necessidade de se desenvolver um método numérico para que, apesar de se distanciar parcialmente da solução analítica, seja capaz de resolver problemas envolvendo situações de engenharia mais complexas. A seção a seguir será dedicada à aplicação do Método dos Elementos Finitos (MEF), uma das formas de resolução de problemas complexos envolvendo a formulação fraca. 3.1 FUNDAMENTOS Originalmente desenvolvido para análise de casos envolvendo o setor aeronáutico e da construção civil, o MEF, atualmente, tornou-se uma ferramenta indispensável para projeto e concepção de estruturas contínuas inovadoras e arrojadas nas mais variadas áreas, como: estruturas oceânicas e navios, veículos rodoviários e ferroviários, hidro geradores, estruturas aeroespaciais e aviões, mecânica estrutural, mecânica dos fluídos, condução de calor, eletromagnetismo, entre outros (Silva, 2009). Apesar de flexível quanto à aplicabilidade, este método computacional é bastante restrito em termo de metodologia de aplicação. A ordem de execução do MEF segue a seguinte linha de execução: 1. Desenvolvimento das equações do problema; 24 2. Discretização do domínio contínuo de soluções na forma de uma malha de elementos finitos; 3. Montagem das equações do elemento; 4. Introdução das condições de contorno (restrições físicas e geométricas); 5. Solução para nós desconhecidos; 6. Cálculo da solução e quantidades (grandezas) em cada elemento. 3.2 DISCRETIZAÇÃO DA EQUAÇÃO DE EQUILÍBRIO Têm-se, como termos fundamentais da discretização de um domínio, o elemento, os nós, que delimitam as fronteiras deste elemento, e os respectivos graus de liberdade aplicados a cada nó. No caso do estudo de vibrações bidimensionais, o elemento estudado apresentará dois nós em suas extremidades e, atribuído a cada nó, três graus de liberdade conforme ilustrado na Figura 3.1. Figura 3.1 - Discretização do elemento. O racional por trás do MEF é a divisão do domínio de integração de uma estrutura em um conjunto de pequenos segmentos reduzidos. Tais subdomínios são denominados de elementos finitos e são responsáveis pela transformação do domínio contínuo em discreto. O conjunto dos elementos resultantes da discretização é denominado malha ou grid (Silva, 2009). Para cada elemento, existe uma função capaz de interpolar as funções de aproximação e as funções de peso. Tal função é conhecida como função de forma ou de interpolação. 25 Abaixo, na Figura 3.2, existem algumas formas que a função de interpolação pode assumir dependendo da base polinomial adotada. Figura 3.2 - Exemplos de bases polinomiais Dessa forma, escolhem-se funções de forma que vão determinar a influência dos parâmetros nodais (soluções para cada nó) sobre o resto do domínio. Para isso, são utilizadas aproximações do tipo: u1 u ( x) N j x u j N1 N 2 u2 j 1 (3.1) v1 v ( x) N j x v j N1 N 2 v2 i 1 (3.2) n ' n ' Onde cada função N i vale 1 no nó i , e decresce conforme se distancia deste nó. É através do produto destas funções de forma com os parâmetros nodais, então, que pode se determinar a influência de um nó sobre outras regiões do domínio, e por meio da soma da influência de todos os nós em um determinado ponto, encontra-se a solução aproximada para este ponto. Deve-se destacar que as funções de forma são de suma importância para determinação das submatrizes massa e rigidez. 26 3.2.1 Caso Estático Seguindo o mesmo raciocínio proposto na seção 2 deste material, como o foco do estudo trata da análise de vibração bidimensional em vigas, será proposto à aplicação do MEF aos casos de oscilação transversal e longitudinal para, em seguida, gerar matrizes massa e rigidez capazes de descrever o fenômeno físico de vibração. 3.2.1.1 Análise de Vibração Transversal Seja o elemento representado pela Figura 3.3, no caso da discretização de um elemento unidimensional de uma viga. A cada nó, serão atribuídos dois graus de liberdade. Enquanto as grandezas representadas por e se referem aos deslocamentos verticais, e dizem respeito aos angulares. Figura 3.3- Elemento de viga (Vibração Transversal). Dessa forma, pode-se representar o vetor deslocamento deste vetor como sendo: u1 w1 u e w 2 1 u3 w2 u4 2 Para o caso de vibração transversal, os polinômios hermetianos cúbicos serão adotados como funções de forma. Tal escolha se fez pela característica destes polinômios em considerar tanto os deslocamentos verticais, quanto os angulares. Assim, aplicados a um elemento de comprimento , tem-se o vetor função de forma como sendo (Fish, 2007): N N1 N2 N3 N4 (3.3) 27 Onde, 2 x x N1 1 3 2 l l 2 3 x x N 2 x 2l h l l 2 x x N3 3 2 l l 2 3 3 x x N 4 l l l l (3.4) 3 Utilizando a formulação integral referente à vibração transversal verificada na seção 2 deste material. d 2 w x dv 2 ( x) 0 EI x dx2 . dx2 dx l d 2w x 0 f x .v x dx 0 .A x dt 2 .v x dx l l (3.5) d 2 w x dv( x) l d 3 w( x) l v x .EI ( x) EI x 0 dx 2 . dx 0 3 dx E substituindo os valores representados pelas Eqs. (3.1) e (3.2) na parcela elástica, tem-se: l EI x 0 d 2 w x dv 2 ( x) . dx dx 2 dx 2 l l 0 0 EI N ".w)( N ".v dx EI wT .N "T )( N .v dx (3.6) l T EI N " N " dx wT v 0 Integrando a relação acima, obtêm-se a submatriz rigidez do elemento de EullerBernoulli estudado. Esta parcela é um parâmetro conservativo e responsável pela preservação da energia potencial devido à deformação. 28 N "1 N "1 N "2 N "2 N "3 N "1 N "1 N "4 N " N " N "2 N "2 N "3 N "2 N "2 N "4 K e EI 1 2 dx N " N " N " N " N " N " N " N " 1 3 2 3 3 3 3 4 0 N "1 N "4 N "2 N "4 N "3 N "4 N "4 N "4 6 6 12 12 l² l³ l² l³ 6 6 4 2 l² l l² l EI 12 6 6 12 l³ l² l³ l² 6 6 2 4 l l² l l² l (3.7) Adotando o mesmo racional e isolando a parcela da inércia da Eq.(3.5), tem-se: l .A x 0 l l d 2w x . v x dx . A N . w ")( N . v dx . A N T Ndx w "T v 2 dt 0 0 (3.8) Realizando a integração do termo acima, obtém-se a matriz massa do elemento da viga de Euller-Bernoulli. Esta parcela está relacionada a características de corpo rígido capaz de armazenar energia cinética. N1 N1 NN e M . A 1 2 N1 N3 0 N1 N 4 l N 2 N1 N3 N1 N2 N2 N 2 N3 N2 N4 N3 N 2 N3 N3 N3 N 4 N1 N 4 54 13l 156 22l N2 N4 . A.l 22l 4l ² 13l 3l ² dx (3.9) N3 N 4 420 54 13l 156 22l N4 N4 13l 3l ² 22l 4l ² Para o carregamento aplicado sobre o elemento, deve-se determinar o vetor carregamento. Tal vetor deve ser constituído pelo carregamento nodal e o carregamento distribuído. Dessa forma, a partir da parcela da contribuição do carregamento na Eq.(3.5), tem-se como vetor carregamento distribuído: l l l T T T T f x v x dx f N . v dx f v . N dx f N dx v 0 o 0 0 l (3.10) Obtendo-se, através da integração, o vetor carregamento distribuído do elemento da viga. N1 6 l N2 f .l l e Q f dx N3 12 6 0 l N4 (3.11) 29 d 3 w( x) l Finalizando, ainda restam os termos da força v x .EI ( x) e o momento dx3 0 d 2 w x dv( x) l EI x . aplicados em cada nó. Estes termos, se existirem, darão origem ao 2 dx dx 0 vetor carregamento nodal que será definido posteriormente. 3.2.1.2 Análise de Vibração Longitudinal Seja o elemento representado pela Figura 3.4, no caso da discretização de um elemento unidimensional de uma viga, a cada nó, será atribuído um grau de liberdade. Figura 3.4 - Elemento de viga (Vibração Longitudinal). Dessa forma, pode-se representar o vetor deslocamento deste vetor como sendo unicamente: u z ze 1 1 u2 z 2 (3.12) Diferentemente, da premissa adotada para o caso de oscilação transversal, para o caso de vibração longitudinal, devido à relativa simplicidade de graus de liberdade, será utilizada a forma linear da função de interpolação. Dessa forma, tem-se (Ferreira, 2008): 1 , para x x j Nj 0 , para x xi i j (3.13) Assim, pelo critério da linearidade. N1 x x2 x x N1 x 1 l l (3.14) x x1 x N 2 x l l (3.15) N2 x Utilizando a formulação integral referente à vibração longitudinal verificada na seção 2 deste material. 30 l E.A 0 l l du x dv( x) d 2u x du l dx q x .v x dx . A v( x)dx E. A v x 2 dx dx dt dx 0 0 0 E substituindo os valores representados pelas Eqs. (3.14) e (3.15) na parcela elástica, tem-se: l E . A 0 du x dv( x) dx dx dx l E. A N ' .z N ' .v dx (3.16) 0 l E. A z .N N .v dx E. AN 'T .N ' dx z T .v 0 0 l T 'T ' Integrando a relação acima, obtêm-se a submatriz rigidez do elemento estudado. l N ' N ' K e E . A 1 1 N '2 N '1 0 N '1 N '2 E. A 1 1 dx N '2 N '2 l 1 1 (3.17) Adotando o mesmo racional e isolando a parcela da inércia da Eq.(2.25), tem-se: l . A 0 d 2z x v( x)dx dt 2 l . A N .z N .v dx (3.18) 0 l . A z .N N .v dx . A N T .N dx z T .v 0 0 l T T Realizando a integração do termo acima, obtém-se a matriz massa do elemento da viga. Esta parcela está relacionada a características de corpo rígido capaz de armazenar energia cinética. N N M . A 1 1 N N 0 2 1 l e l N1 N 2 3 dx . A l N2 N2 6 l 6 l 3 (3.19) Isolando-se a parcela do carregamento aplicado, tem-se uma formulação semelhante ao caso já estudado de vibração transversal: l l l T T T T q x v x dx q N . v dx q v . N dx q N dx v 0 o 0 0 l Contudo, levando-se em conta a formulação linear: (3.20) 31 l N q.l 6 Q e q 1 dx N 12 6 0 2 (3.21) du l Finalizando, ainda resta o termo da força E. A v x aplicada em cada nó. Este dx 0 termo, se existir, dará origem ao vetor carregamento nodal que será definido posteriormente. 3.2.1.3 Montagem do Sistema Global Ao longo do estudo apresentado até o momento, foi proposta a análise distinta dos casos de vibrações transversais e longitudinais. Contudo, para a montagem do sistema global de equações, as matrizes locais dos elementos (rigidez, massa e carregamento) deverão ser agrupadas em apenas uma por natureza. Dessa forma, respeitando a ordenação dos graus de liberdade proposta, representada pela Figura 3.1, tem-se o vetor carregamento sendo: De u1 u2 u3 u4 u5 u6 u1 T w1 1 u2 w2 2 T (3.22) Totalizando, assim, um vetor 6x1 caracterizado pelos seus três graus de liberdade aplicados aos dois nós por elemento. Consequentemente, as matrizes locais de massa, rigidez e carregamento referentes ao vetor deslocamento apresentado também sofrerão ajustes, tornando-se resultado da soma, respeitando os locais de inserção de valores a partir da ordenação dos graus de liberdade, das matrizes encontradas nos casos particulares de vibrações transversais e longitudinais. Dessa forma, tem-se: e e K e Ktransversal Klongitudinal 32 0 0 0 12 E.I l ² 0 6 E.I l ² Ke 0 0 12 E.I 0 l² 6 E . I 0 l² E. A l 0 0 E. A l 0 0 u1 l² l² l ² u 2 4 E.I 2 E.I 0 6 E.I u3 l l² l . 0 0 0 0 u4 6 E.I 6 E.I u5 0 12 E.I l² l² l² u 2 E.I 4 E.I 6 0 6 E.I l l² l 0 0 E. A 0 0 u l 1 0 0 0 0 0 u2 0 0 0 0 0 u3 . 0 0 E. A 0 0 u4 l u 0 0 0 0 0 5 u 0 0 0 0 0 6 0 6 E.I 0 0 0 12 E.I 0 6 E.I Tendo, dessa forma, a submatriz rigidez para um sistema de vibração bidimensional. E. A l 0 0 e K E. A l 0 0 0 12 E.I 6 E .I l² l² 0 6 E .I l² 4 E .I l l² l² 6 E.I 2 E .I l² 0 0 l 0 0 12 E.I 6 E.I u1 l² l ² u 2 6 E.I 2 E .I l² l u3 . 0 0 u4 u 12 E.I 6 E.I 5 l² l ² u6 6 E.I 4 E.I l² l 0 l E. A 0 12 E.I 6 E .I E. A 0 l 0 (3.23) Seguindo o mesmo raciocínio para submatriz massa. e e M e M transversal M longitudinal 0 0 0 0 156 22l . A.l 0 22l 4l ² Me 0 0 420 0 0 54 13l 0 13l 3l 0 0 0 54 0 13l 0 0 0 156 0 22l 0 u1 140 0 13l u2 3l ² u3 . A.l 0 . 0 u4 420 70 0 22l u5 4l ² u6 0 0 0 0 0 0 0 0 70 0 0 0 0 0 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 u1 0 u2 0 u3 . (3.24) 0 u4 0 u5 0 u6 Tendo, dessa forma, a submatriz massa para um sistema de vibração bidimensional. 33 0 0 70 0 140 0 156 22l 0 54 22l 4l ² 0 13l . A.l 0 Me 0 0 140 0 420 70 0 54 13l 0 156 0 13l 3l 0 22l 0 u1 13l u2 3l ² u3 . 0 u 4 22l u5 4l ² u6 (3.25) Para a submatriz carregamento aplicado, uma consideração distinta será feita. Supondo uma condição geral onde existe tanto carregamento distribuído em x quanto em y e que ambos exercem influência sobre o momento aplicado. Tem-se Q 1 q 2 e Onde a parcela f f q l 6 q f f ql 6 T (3.26) se refere ao carregamento que interfere na vibração longitudinal e o , em contrapartida, na transversal. Uma vez tendo disponíveis as submatrizes massa, rigidez e carregamento, o próximo passo para execução do MEF será a obtenção das matrizes globais. Lembrando que as submatrizes são originadas a partir de elementos finitos do todo, para se determinar as matrizes globais, basta combinar suas respectivas submatrizes. Quanto maior for o número de elementos adotados na discretização, maior será o número de submatrizes e, consequentemente, mais complexa a matriz global. Portanto, a definição da malha de discretização é uma etapa importante na solução de problemas envolvendo MEF. No geral, fica a critério da experiência do analista determinar quantos elementos utilizar, porém a discretização deve satisfazer a existência de um nó nos seguintes casos: Na extremidade da estrutura a ser analisada; Onde existirem condições de contorno conhecidas; Onde existir aplicação de força ou momento; Onde exista alteração de área de seção que influencie no momento de inércia; Onde exista alteração de material que influencie o módulo de elasticidade, E, e a densidade, Como exemplo de montagem de um sistema global, considere a estrutura representada pela Figura 3.5. 34 Figura 3.5 - Viga biapoiada. Seguindo os critérios mencionados para determinação dos nós. Supondo um total de três elementos, tem-se a seguinte proposta de discretização. Figura 3.6 - Discretização proposta. Tendo, como resultado da discretização: Figura 3.7 - Resultado da discretização. Como o objeto de estudo é uniforme, de propriedades constantes, e, durante a discretização, optou-se por elementos finitos de mesmo comprimento. Tem-se que as submatrizes , e não se alteram de elemento para elemento, permanecendo idênticas às apresentadas nas Eqs. (3.23), (3.25) e (3.26). Para que a combinação das submatrizes seja feita, deve-se ter em mente que os elementos vizinhos sempre compartilharão um nó de ligação entre eles. Dessa forma, os deslocamentos nodais, , e , destes nós se repetirão nos elementos ligados. 35 Considerando a discretização proposta acima, tem-se como matriz rigidez global: K K11a a K 21 K 31a a K 41 K a 51a K 61 0 0 0 0 0 0 K12a K 22a K 32a K13a K 23a K 33a K14a K 24a K 34a K15a K 25a K 35a K16a K 26a K 36a 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 K 42a K 52a K 62a K 43a K 53a K 63a K 44a K11b b K 54a K 21 K 64a K 31b K 45a K12b b K 55a K 22 K 65a K 32b K 46a K13b b K 56a K 23 K 66a K 33b K14b b K 24 K 34b K15b b K 25 K 35b K16b b K 26 K 36b 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 b K 41 K 51b b K 61 b K 42 K 52b b K 62 b K 43 K 53b b K 63 b K 44 K11c c K 54b K 21 b K 64 K 31c b K 45 K12c c K 55b K 22 b K 65 K 32c b K 46 K13c c K 56b K 23 b K 66 K 33c K14c c K 24 K 34c K15c c K 25 K 35c 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 c K 41 K 51c K 61c c K 42 K 52c K 62c c K 43 K 53c K 63c c K 44 K 54c K 64c c K 45 K 55c K 65c 0 0 (3.27) 0 K16c c K 26 c K 36 c K 46 c K 56 K 66c 0 0 0 Seguindo o mesmo raciocínio para a matriz massa global e para o vetor carregamento. M M 11a a M 21 M 31a a M 41 M a 51a M 61 0 0 0 0 0 0 M 12a M 22a M 32a M 13a M 23a M 33a M 14a M 24a M 34a M 15a M 25a M 35a M 16a M 26a M 36a 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 M 42a M 52a M 62a M 43a M 53a M 63a M 44a M 11b b M 54a M 21 M 64a M 31b M 45a M 12b b M 55a M 22 M 65a M 32b M 46a M 13b b M 56a M 23 M 66a M 33b M 14b b M 24 M 34b M 15b b M 25 M 35b M 16b b M 26 M 36b 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 b M 41 M 51b b M 61 b M 42 M 52b b M 62 b M 43 M 53b b M 63 b M 44 M 11c b c M 54 M 21 b M 64 M 31c b M 45 M 12c b c M 55 M 22 b M 65 M 32c b M 46 M 13c b c M 56 M 23 b M 66 M 33c M 14c c M 24 M 34c M 15c c M 25 M 35c 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 c M 41 M 51c M 61c c M 42 M 52c M 62c c M 43 M 53c M 63c c M 44 M 54c M 64c c M 45 M 55c M 65c 0 (3.28) 0 0 M 16c c M 26 M 36c c M 46 c M 56 M 66c 0 0 0 36 Q1a a Q2 Q3a a b Q4 Q1 Q a Q b 2 5a b Q6 Q3 Q b Q Q1c 4 Q5b Q2c b c Q6 Q3 Q4c c Q5 Qc 6 (3.29) Restando, apenas, o vetor carregamento nodal. Neste serão representadas as cargas que estão sendo aplicadas em cada nó. No caso de exemplo estudado, 0 0 0 0 P 0 P 0 0 0 0 0 M no nó 2 e no 4. (3.30) Os vetores carregamento distribuído (3.29) e nodal (3.30) constituem o vetor carregamento, F. 37 Q1a 0 a Q2 0 Q3a 0 a b Q4 Q1 0 Q a Q b P 2 5a b Q6 Q3 0 F QP b Q4 Q1c 0 Q5b Q2c 0 b c Q6 Q3 0 Q4c 0 c Q5 0 Q c M 6 (3.31) Deve-se ressaltar que, devido ao estudo envolvido considerar vigas de orientações diferentes, prováveis desalinhamentos entre as coordenadas locais de deformação (transversal, longitudinal, e angular) e globais devem ocorrer. Na Figura 3.1, onde estão representados os vetores locais e globais de deslocamento, é possível perceber tal desalinhamento angular. Visando corrigir esta inclinação entre os dois sistemas de coordenadas, será inserida, no cálculo das submatrizes, a matriz transformada, , capaz de projetar as características locais encontradas sobre um único referencial global estipulado. Sendo os vetores , global, e , local, tem-se (Ferreira, 2008): uT u1 u2 u3 u4 u 'T u '1 u '2 u '3 u '4 u5 u '5 u6 u '6 Sendo, cos( ) sin( ) sin( ) cos ( ) 0 0 L 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 sin( ) cos( ) 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 cos( ) 0 0 0 sin( ) (3.32) 38 Logo, aplicando a transformada nos vetores e matrizes locais, tem-se: u Lu K LT K L M LT M L 3.2.1.4 Condições de Contorno As condições de contorno são particulares para cada problema. São tais características que determinam os deslocamentos nodais que já são conhecidos em determinado momento e, sem as quais, a resolução do sistema de equações seria demasiadamente complexa e trabalhosa ou, simplesmente, impossível. As condições gerais de contorno presentes em análise de vigas, representadas pela Figura 3.8 são basicamente: Engaste, Apoio e Apoio com rolamento. Figura 3.8 – Condições de contorno. Na prática, a aplicação das condições de contorno em sistemas de equações é bastante simples. Basta, para os graus de liberdade afetados, retirar o conjunto de interações que resultaria em seu deslocamento já conhecido. No caso do exemplo estudado de vibração transversal representado pela Figura 3.5, como a viga em questão está engastada na extremidade esquerda e apoiada na direita , seus respectivos deslocamentos dos graus de liberdade serão nulos. Assim, podem-se reescrever as matrizes globais de massa, rigidez e carregamento como: 39 K K11a a K 21 K 31a a K 41 K a 51a K 61 0 0 0 0 0 0 K12a K 22a K 32a K13a K 23a K 33a K14a K 24a K 34a K15a K 25a K 35a K16a K 26a K 36a 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 K 42a K 52a K 62a K 43a K 53a K 63a K 44a K11b b K 54a K 21 K 64a K 31b K 45a K12b b K 55a K 22 K 65a K 32b K 46a K13b b K 56a K 23 K 66a K 33b K14b b K 24 K 34b K15b b K 25 K 35b K16b b K 26 K 36b 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 b K 41 K 51b b K 61 b K 42 K 52b b K 62 b K 43 K 53b b K 63 b K 44 K11c c K 54b K 21 b K 64 K 31c b K 45 K12c c K 55b K 22 b K 65 K 32c b K 46 K13c c K 56b K 23 b K 66 K 33c K14c c K 24 K 34c K15c c K 25 K 35c 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 c K 41 K 51c K 61c c K 42 K 52c K 62c c K 43 K 53c K 63c c K 44 K 54c K 64c c K 45 K 55c K 65c M 12a M 22a M 32a M 13a M 23a M 33a M 14a M 24a M 34a M 15a M 25a M 35a M 16a M 26a M 36a 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 M 42a M 52a M 62a M 43a M 53a M 63a M 44a M 11b b M 54a M 21 M 64a M 31b M 45a M 12b b M 55a M 22 M 65a M 32b M 46a M 13b b M 56a M 23 M 66a M 33b M 14b b M 24 M 34b M 15b b M 25 M 35b M 16b b M 26 M 36b 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 b M 41 M 51b b M 61 b M 42 M 52b b M 62 b M 43 M 53b b M 63 b M 44 M 11c c M 54b M 21 b M 64 M 31c b M 45 M 12c c M 55b M 22 b M 65 M 32c b M 46 M 13c c M 56b M 23 b M 66 M 33c M 14c c M 24 M 34c M 15c c M 25 M 35c 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 c M 41 M 51c M 61c c M 42 M 52c M 62c c M 43 M 53c M 63c c M 44 M 54c M 64c c M 45 M 55c M 65c 0 0 0 K16c c K 26 c K 36 c K 46 c K 56 K 66c 0 0 0 M M 11a a M 21 M 31a a M 41 M a 51a M 61 0 0 0 0 0 0 Q1a a Q2 a Q3 a b Q4 Q1 Q a Q b P 5 a 2 b Q Q3 F 6b Q Q1c 4 Q5b Q2c b c Q6 Q3 Q4c Q5c Qc M 6 0 0 0 M 16c c M 26 c M 36 c M 46 c M 56 M 66c 0 0 0 40 Podendo, uma vez reduzido o sistemas de equações através da aplicação das condições de contorno, montar a equação que representa o problema de vibrações não amorcecidas em vigas. M .u K .u P(t ) (3.33) 3.2.2 Caso Dinâmico O estudo e compreensão dos casos de vibração envolvendo carregamentos dinâmicos são de suma importância pra o projeto e concepção de estruturas, sejam elas: prédios, pontes ou tubulações. Fazendo-se esta análise, é possível determinar os modos de vibração de um sistema e suas respectivas frequências naturais. A determinação das frequências naturais de vibração é justificada para se evitar o efeito indesejável da ressonância. Este fenômeno é desencadeado toda vez que determinada estrutura se sujeita a carregamentos cíclicos de frequência aproximada às naturais particulares dos modos de vibração. O efeito da ressonância confere a estrutura um aumento consistente e gradual das amplitudes de oscilação, podendo levar o conjunto a um colapso estrutural não previsto pelos estudos estáticos. Tendo em vista a importância da determinação das frequências naturais de vibração, é possível as determinar a partir da Equação de Frequência do Sistema. det K ² M 0 Onde (3.34) é a frequência natural em rad/s. As raízes da equação acima são denominadas de autovalores, λ, para os quais a relação é válida. Dessa forma, reescrevendo a Eq. (3.34). det K M 0 Em um sistema com consequentemente, graus de liberdade, pode-se determinar (3.35) modos de vibração e, frequências naturais. Para cada autovalor, , existe um autovetor, , associado, característico de um modo de vibração e determinado a partir da relação: K M 0 i i (3.36) 41 Figura 3.9 – Primeiros dois modos de vibração para a) viga engastada e b) viga biapoiada. 42 4 RESULTADOS Tratando-se de um caso complexo onde oscilações transversais e axiais ocorrem simultaneamente, torna-se necessária a validação do modelo proposto para seus casos mais simples, onde a solução analítica é conhecida. Posteriormente, uma vez comprovada a aproximação satisfatória dos resultados, sugere-se a aplicação do método para casos de estruturas complexas. Desta forma, o estudo dos resultados será apresentado, tanto para o caso estático quanto o dinâmico, separadamente para os casos de movimento transversal e longitudinal. 4.1 MOVIMENTO TRANSVERSAL Seja o perfil de viga adotado, como exemplo, W 150 13,5 , onde I 6,87 106 mm4 , E 200 GPa , A 1730 mm2 e 7860 kg / m3 . Para o carregamento descrito pela Figura 4.1, sugere-se a seguinte comparação de resultados para a flecha no ponto médio da viga: Figura 4.1- Exemplo transversal. 43 Tabela 4.1 – Resultados de Análise Estática (Transversal) Deformação (mm) Erro Analítico (Beer, 1995) -2,03 - 4 Elem. -2,03 0,0% 20 Elem. -2,03 0,0% 40 Elem. -2,03 0,0% Figura 4.2 - Resultado estático para deformação transversal (20 elementos por viga). 44 Tabela 4.2–Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Transversal – 4 Elem.) 4 Elementos Frequência Natural (Hz) Modos de Vibração Solução Analítica (Beer, 1995) Erro Solução Numérica 1º 242,08 242,20 0,05% 2º 968,31 976,27 0,82% 3º 2178,70 2216,81 1,75% 4º 3873,20 4383,57 13,18% Tabela 4.3 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Transversal – 20 Elem.) 20 Elementos Frequência Natural (Hz) Modos de Vibração Solução Analítica (Beer, 1995) Erro Solução Numérica 1º 242,08 242,08 0,00% 2º 968,31 968,32 0,00% 3º 2178,70 2178,82 0,01% 4º 3873,20 3873,86 0,02% 45 Tabela 4.4 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Transversal – 40 Elem.) 40 Elementos Frequência Natural (Hz) Modos de Vibração Solução Analítica (Beer, 1995) Erro Solução Numérica 1º 242,08 242,08 0,00% 2º 968,31 968,31 0,00% 3º 2178,70 2178,70 0,00% 4º 3873,20 3873,27 0,00% As formas dos modos de vibração natural, para uma simulação com 40 elementos, podem ser verificadas na ilustração abaixo. Figura 4.3 - Ondas de deformação para modos de frequências naturais (Transversal). 46 4.2 MOVIMENTO LONGITUDINAL Seja o perfil de viga genérico adotado, onde I 13333 mm4 , E 200 GPa , A 400 mm2 e 7870 kg / m3 . Para o carregamento descrito pela Figura 4.4, sugere-se a seguinte comparação de resultados para a flecha no ponto médio da viga. Figura 4.4 - Exemplo longitudinal. Tabela 4.5 – Resultados de Análise Estática (Longitudinal) Deformação (mm) Erro Analítico (Beer, 1995) -0,15625 - 4 Elem. -0,15625 0,0% 20 Elem. -0,15625 0,0% 40 Elem. -0,15625 0,0% 47 Figura 4.5 - Resultado estático para deformação longitudinal (20 elementos por viga). Tabela 4.6 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Longitudinal – 4 Elem.) 4 Elementos Frequência Natural (Hz) Modos de Vibração Solução Analítica (Beer, 1995) Erro Solução Numérica 1º 3959,30 3984,78 0,64% 2º 11878,00 12570,54 5,83% 3º 19796,00 22834,79 15,35% 4º 27715,00 33021,12 19,15% 48 Tabela 4.7 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Longitudinal – 20 Elem.) 20 Elementos Frequência Natural (Hz) Modos de Vibração Solução Analítica (Beer, 1995) Erro Solução Numérica 1º 3959,30 3960,31 0,03% 2º 11878,00 11905,37 0,23% 3º 19796,00 19923,89 0,65% 4º 27715,00 28065,28 1,26% Tabela 4.8 - Resultados dos Modos Naturais de Vibração (Longitudinal – 40 Elem.) 40 Elementos Frequência Natural (Hz) Modos de Vibração Solução Analítica (Beer, 1995) Erro Solução Numérica 1º 3959,30 3959,55 0,01% 2º 11878,00 11884,75 0,06% 3º 19796,00 19828,27 0,16% 4º 27715,00 27802,38 0,32% As formas dos modos de vibração natural, para uma simulação com 40 elementos, podem ser verificadas na ilustração abaixo. 49 Figura 4.6 - Ondas de deformação para modos de frequências naturais (Longitudinal). 4.3 ANÁLISE DE ESTRUTURAS COMPLEXAS Uma vez comprovada a validade do modelo gerado, já que os resultados obtidos foram satisfatoriamente aproximados para os casos simplificados de vibrações longitudinais e transversais, é possível expandir a análise para estruturas mais complexas que envolvam uma combinação de carregamentos e condições de contorno. A seguir consta a aplicação da metodologia utilizada objetivando a verificação estrutural de um pórtico e, posteriormente, a expansão para carregamento em uma ponte metálica. É importante ressaltar que, apesar da elevada complexidade em questão e objetivo principal do trabalho não envolver cálculos exaustivos para se comprovar a solução analítica destas estruturas, percebe-se que os resultados demonstrados a seguir se encontram na mesma ordem de grandeza esperada para os carregamentos desta natureza, estando em conformidade com as expectativas. 50 4.3.1 Pórtico Sendo um pórtico composto por vigas W 150 13,5 , onde I 6,87 106 mm4 , E 200 GPa , A 1730 mm2 e 7860 kg / m3 , assumindo um carregamento distribuído horizontal ao longo da viga de suporte esquerda de 2 kN / m , um momento de 15 kN .m na junção superior esquerda, considerando ligações rígidas entre as vigas e tratando a estrutura como engastada no solo, temos os seguintes resultados. Figura 4.7 - Carregamentos e condições de contorno (Pórtico). Figura 4.8 - Resultado estático para o pórtico (20 elementos por viga). 51 Figura 4.9 - Modos de vibração natural do pórtico (20 elementos por viga). 4.3.2 Ponte Metálica Considerando a mesma viga do pórtico, desta vez modelando uma estrutura semelhante à ponte treliçada, assumindo as extremidades como sendo engastadas no solo, ligações rígidas entre as vigas e atribuindo um carregamento distribuído de 2 kN / m ao longo de sua base, tem-se os seguintes resultados. Figura 4.10 - Carregamentos e condições de contorno (Ponte). 52 Figura 4.11 - Resultado estático para a ponte metálica (10 elementos por viga). Figura 4.12 - Modos de vibração natural da ponte metálica (10 elementos por viga). 53 5 CONCLUSÕES Por meio da análise e comparação dos resultados obtidos, comprova-se a convergência entre as soluções numéricas e analíticas. Sendo assim, o programa desenvolvido é, portanto, válido para diversos casos de estudo, inclusive para graus elevados de complexidade. Foi observado que a concordância entre os resultados depende diretamente do número de elementos total do sistema, ainda que, a partir de certo ponto, o aumento do refinamento não apresente significativos ganhos de aproximação. Contudo, o aumento desordenado do número de elementos, aliado à ausência de um método de numeração de nós adequado no programa, resulta em um crescimento vertiginoso e desnecessário de uso de poder computacional para a obtenção de resultados, fugindo do objetivo principal proposto de simplificação em análises complexas. 54 RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Bismarck de O. “Vibrações em Vigas – Um Estudo Analítico e Numérico utilizando o Método dos Elementos Finitos”. Departamento de Engenharia Mecânica - UFF, Rio de Janeiro, 2011. Análise Dinâmica, através do Método de Elementos Finitos, de um Compensador Síncrono de 150 MVAr de Fabricação ALSTOM”. Universidade Federal do Para, 2006. AZEVEDO, Álvaro F.M. “Fundamento dos Elementos Finitos”. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Porto, 2005. BATHE, Klaus-Jürgen. “Finite Element Procedures”.Ed. Prentice Hall, 2º Edição, New Jersey, 1996. BEER, Ferdinand P. & Johnston, E. Russell.“Resistência dos Materiais”. Editora Pearson Makron Books, 3º Edição, São Paulo, 1995. CLOUGH, Ray W. &Penzien, Joseph.“Dynamics of Strutures”. Computers & Structures, Inc., 2º Edição, Califórnia, 2005. CUNHA, Jeferson de S. “Flexão em vigas induzida por difusão de componentes químicos”. Projeto de Pesquisa PIBIC/CNPq. Departamento de Engenharia Mecânica. Universidade Federal Fluminense, 2011. FERREIRA, A.J.M.MATLAB Codes for Finite Element Analysis. Porto, Portugal : Springer, 2008. ISBN 978-1-4020-9199-5 FILHO, Avelino A. “Elementos Finitos –Análise Dinâmica”. Ed. Érica, 2° Edição, São Paulo, 2009. FISH, Jacob &Belytschko, Ted. “A First Course in Finite Elements”.Ed. Wiley, 1° Edição, Chichester, 2007. 65 INMAN, Daniel J. “Engineering Vibration”. Ed. Pearson Prentice Hall, 3° Edição, New Jersey, 2007. MENDES, Paulo & Oliveira, Sérgio. “Análise Dinâmica de Estruturas – Utilização Integrada de Modelos de Identificação Modal e Modelos de Elementos Finitos”. Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa, 2008. MENDONÇA, Paulo de T.R. “Análise Dinâmica pelo Método de Elementos Finitos”. Departamento de Engenharia Mecânica – UFSC, Santa Catarina, 2006. OLIVEIRA, José A. V. de A. “Análise Estática e Dinâmica de Estruturas Reticuladas Planas em Microcomputador”. Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto, Porto, 1987. 55 RAMALHO, Amilcar&Antunnes, Fernando J. V. “Vibrações e Ruído”. Departamento de Engenharia Mecânica – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2006. RAO, Singiresu S. “Vibrações Mecânicas”. Ed. Pearson Prentice Hall, 4º edição, São Paulo, 2008. SILVA, D. S. “Introdução ao Método dos Elementos Finitos”. UNIOESTE, Foz do Iguaçu, 2009 6 APÊNDICES 57 6.1 CÓDIGO MATLAB LIMPAR WORKSPACE ............................................................................................................................. 57 DEFINIÇÃO DE PARAMETROS ................................................................................................................. 57 DISCRETIZAÇÃO .................................................................................................................................... 58 MONTAGEM DO SISTEMA ...................................................................................................................... 59 PLOTAR RESULTADOS ESTÁTICOS ........................................................................................................ 61 PLOTAR RESULTADOS DINÂMICOS ....................................................................................................... 62 ANIMAR MODO DINAMICO .................................................................................................................... 64 6.1.1 Limpar Workspace close all clear all clc 6.1.2 Definição de Parâmetros E: módulo de elasticidades (GPa) , A: área de seção (mm^2) , I: momento de área (mm^4), rho: massa específica (kg/m^3) E=200; A=1730; I=6.87e6; rho=7860; % Definição juntas (coordenada x e coordenada y, em mm) juntas = 1e3*[0 0;1 2;2 0;3 2;4 0;5 2;6 0;7 2;8 0]; % Forças e momentos nodais e carregamentos (Magnitude e locais de aplicação) fx = []; % Em N xPos = []; % JUNTAS fy = []; % Em N yPos = []; % JUNTAS m = -[]; % Em N-m mPos = []; % JUNTAS px = []; % Em N/m, positivo para a direita pxPos = []; % VIGAS py = -2.4e3*[1 1 1 1 1]; % em N/m, positivo para cima pyPos = [3 7 11 15]; % VIGAS %Restrições (JUNTA a ser restrita) fim = length(juntas); % Ultima junta xr = [1 9]; yr = [1 9]; mr = [1 9]; % Elementos por viga elem_per = 10; vigas = [1 2;2 3;1 3;2 4;3 4;4 5;3 5;4 6;5 6;6 7;5 7;6 8;7 8;8 9;7 9]; vigas = sort(vigas,2); tic 58 6.1.3 Discretização num_juntas = length(juntas); % Distribuição de nós ao longo das vigas if isempty(vigas) % Vigas não definidas, assumir cadeia aberta vigas = [(1:num_juntas-1)' (2:num_juntas)']; end % vigas % vigas = sort(vigas,2) num_vigas = size(vigas,1); coord_nos = []; nn = 0; num_nos = 0; nos_vigas = zeros(num_vigas,elem_per+1); for i=1:num_vigas % Discretização das vigas j = vigas(i,:); nos_internos = [linspace(juntas(j(1),1),juntas(j(2),1),elem_per+1)'... linspace(juntas(j(1),2),juntas(j(2),2),elem_per+1)']; % Verificar se nós das extremidades já existem [~,ng,ne] = intersect(coord_nos,nos_internos,'rows'); % Incrementar número de nós total com número de nós novos ninc = size(nos_internos,1)-length(ne); nn = nn+ninc; % Novo número de nós total if isempty(ne) nos_vigas(i,:) = num_nos+1:num_nos+ninc; coord_nos(nos_vigas(i,1:end),:) = nos_internos(1:end,:); elseif length(ne) == 1 nos_vigas(i,:) = [ng(1) num_nos+1:num_nos+ninc]; coord_nos(nos_vigas(i,2:end),:) = nos_internos(2:end,:); else nos_vigas(i,:) = [ng(1) num_nos+1:num_nos+ninc ng(end)]; coord_nos(nos_vigas(i,2:end-1),:) = nos_internos(2:end-1,:); end num_nos = nn; for k = 1:elem_per nos_elem(k+(i-1)*elem_per,:) = nos_vigas(i,k:k+1); end end coord_nos = coord_nos*1e-3; % Coordenadas convertidas para metros num_elem = size(nos_elem,1); num_nos = size(coord_nos,1); GDL = 3*num_nos; deslocamentos = zeros(GDL,1); forca = zeros(GDL,1); cx = zeros(num_elem); cy = cx; rigidez = zeros(GDL); massa = zeros(GDL); 59 6.1.4 Montagem e Solução do Sistema % E A I Conversão de unidades = E*1e9; % GPa para Pa = A*1e-6; % mm^2 para m^2 = I*1e-12; % mm^4 para m^4 % Vetor Força (Encontrar nós remapeados e atribuir carga nodal) [~,xPos,~] = intersect(coord_nos(:,:),1e-3*juntas(xPos,:),'rows'); [~,yPos,~] = intersect(coord_nos(:,:),1e-3*juntas(yPos,:),'rows'); [~,mPos,~] = intersect(coord_nos(:,:),1e-3*juntas(mPos,:),'rows'); forca(xPos*3-2) = fx; forca(yPos*3-1) = fy; forca(mPos*3) = m; % Restrições [~,xr,~] = intersect(coord_nos(:,:),1e-3*juntas(xr,:),'rows'); [~,yr,~] = intersect(coord_nos(:,:),1e-3*juntas(yr,:),'rows'); [~,mr,~] = intersect(coord_nos(:,:),1e-3*juntas(mr,:),'rows'); restric = [xr'*3-2 yr'*3-1 ... mr'*3]; % Matriz Rigidez Global e_GDL = zeros(size(nos_elem,1),6); for e=1:num_elem; e_GDL(e,:) = [nos_elem(e,1)*3-2:nos_elem(e,1)*3 ... nos_elem(e,2)*3-2:nos_elem(e,2)*3]; % GDL nós do elemento % xa e ya: projeções do comprimento do elemento % ll: comprimento do elemento dx(e) = diff(coord_nos(nos_elem(e,1:2),1)); %#ok<*SAGROW> dy(e) = diff(coord_nos(nos_elem(e,1:2),2)); comp(e) = sqrt(dx(e)^2 + dy(e)^2); l = dx(e)/comp(e); % cos m = dy(e)/comp(e); % sen % Matriz de transformada L= [ l m 0 0 0 0 ;... -m l 0 0 0 0 ;... 0 0 1 0 0 0 ;... 0 0 0 l m 0 ;... 0 0 0 -m l 0 ;... 0 0 0 0 0 1 ]; % Submatriz rigidez ll = comp(e); k1 = [... E*A/ll 0 0 12*E*I/ll^3 0 6*E*I/ll^2 -E*A/ll 0 0 -12*E*I/ll^3 0 6*E*I/ll^2 0 -E*A/ll 0 6*E*I/ll^2 0 -12*E*I/ll^3 4*E*I/ll 0 -6*E*I/ll^2 0 E*A/ll 0 -6*E*I/ll^2 0 12*E*I/ll^3 2*E*I/ll 0 -6*E*I/ll^2 % Incrementar matriz rigidez global 0 6*E*I/ll^2 2*E*I/ll 0 -6*E*I/ll^2 4*E*I/ll ;... ;... ;... ;... ;... ]; 60 rigidez(e_GDL(e,:),e_GDL(e,:))=... rigidez(e_GDL(e,:),e_GDL(e,:))+L'*k1*L; % Submatriz Massa m1 = (rho*A*ll/420)*[... 140 0 0 0 156 22*ll 0 22*ll 4*ll^2 70 0 0 0 54 13*ll 0 -13*ll -3*ll^2 70 0 0 140 0 0 0 54 13*ll 0 156 -22*ll 0 -13*ll -3*ll^2 0 -22*ll 4*ll^2 ;... ;... ;... ;... ;... ]; % Incrementar matriz massa global massa(e_GDL(e,:),e_GDL(e,:))=... massa(e_GDL(e,:),e_GDL(e,:))+L'*m1*L; % Incrementar vetor força com carga distribuida v = ceil( e/elem_per ); % Encontrar viga atual x_ind = find(pxPos == v); % Indice da carga distribuida em x y_ind = find(pyPos == v); % Indice da carga distribuida em y cx = px(x_ind)*ll; cy = py(y_ind)*ll; % Contribuições (N) % Prevenir posições vazias no vetor carga (atribuir zero) if isempty(x_ind) cx = 0; end if isempty(y_ind) cy = 0; end f1 = [cx/2, cy/2, (cy-cx)*ll/12, ... cx/2, cy/2, (cx-cy)*ll/12]'; forca(e_GDL(e,:)) = forca(e_GDL(e,:))+... f1; end toc % Solução Estática GDL_ativo=sort(setdiff([1:GDL]',restric)); %#ok<NBRAK> deslocamentos(GDL_ativo) = rigidez(GDL_ativo,GDL_ativo)\forca(GDL_ativo); % Solução Dinâmica [Autovetores, Autovalores] = eig(rigidez(GDL_ativo,GDL_ativo),... massa(GDL_ativo,GDL_ativo)); v = diag(sqrt(Autovalores)); [v,ind] = sort(v,'ascend'); Autovetores = Autovetores(:,ind); format shortg xy = setdiff(1:GDL_ativo,3:3:GDL_ativo); % Separar autovalores e autovetores var = abs(Autovetores); 61 [~,nx] = find(var(1:3:length(GDL_ativo),:) > 1e-3); nx = unique(sort(nx,'ascend')); % Posição dos modos em x [~,ny] = find(var(2:3:length(GDL_ativo),:) > 1e-3); ny = unique(sort(ny,'ascend')); % Posição dos modos em y [~,notaveis] = sort(max(var(xy,:),[],1),'ascend'); Elapsed time is 0.145718 seconds. 6.1.5 Plotar Resultados Estáticos colormap(jet(256)) % Definir escala automática U = deslocamentos; Uabs = (U(1:3:end-2).^2+U(2:3:end-1).^2).^(1/2); if sum(Uabs) ~= 0 escala = 0.1*max([max(coord_nos(:,1))-min(coord_nos(:,1)),... max(coord_nos(:,2)-min(coord_nos(:,2)))])/... max(Uabs); else escala = 0; end deform = coord_nos+escala*[U(1:3:end-2) U(2:3:end-1)]; hold on for i = 1:num_vigas plot(coord_nos(nos_vigas(i,:),1),... coord_nos(nos_vigas(i,:),2),'.-','Color',[.8 .8 .8]) surface([deform(nos_vigas(i,:),1)';deform(nos_vigas(i,:),1)'],... [deform(nos_vigas(i,:),2)';deform(nos_vigas(i,:),2)'],... [Uabs(nos_vigas(i,:))';Uabs(nos_vigas(i,:))'],... 'facecol','no',... 'edgecol','interp',... 'linew',1,'LineSmoothing','On'); colorbar('EastOutside') end title(['Estrutura deformada (escala de deformação ',... num2str(escala,'%.2f'),')']) xlabel('x (m)') ylabel('y (m)') % Redimensionar figura xlim = [min(coord_nos(:,1)) max(coord_nos(:,1))]; dx = xlim(2)-xlim(1); ylim = [min(coord_nos(:,2)) max(coord_nos(:,2))]; dy = ylim(2)-ylim(1); if dx >= dy && dx ~= 0 set(gca,'XLim',[xlim(1)-.1*dx xlim(2)+.1*dx],... 'YLim',[(ylim(1)+ylim(2))/2-.6*dx (ylim(1)+ylim(2))/2+.6*dx]) elseif dy ~= 0 set(gca,... 'XLim',[(xlim(1)+xlim(2))/2-.6*dy (xlim(1)+xlim(2))/2-.6*dy],... 62 'YLim',[ylim(1)-.1*dy ylim(2)+.1*dy]) end 6.1.6 Plotar Resultados Dinâmicos m = 1:4; figure(2) din = zeros(4,num_vigas); for i= 1:4; subplot(2,2,i) figure(2) colormap(jet(256)) hold on U = zeros(GDL,1); U(GDL_ativo,1) = Autovetores(:,m(i)); Uabs = (U(1:3:end-2).^2+U(2:3:end-1).^2).^(1/2); escala = 0.07*max([max(coord_nos(:,1))-min(coord_nos(:,1)),... max(coord_nos(:,2)-min(coord_nos(:,2)))])/... max(Uabs); deform = coord_nos+escala*[U(1:3:end-2) U(2:3:end-1)]; caxis manual caxis([0,max(Uabs)]) for j = 1:num_vigas plot(coord_nos(nos_vigas(j,:),1),... coord_nos(nos_vigas(j,:),2),'.-','Color',[.8 .8 .8]); din(i,j) = surface(... 63 [deform(nos_vigas(j,:),1)';deform(nos_vigas(j,:),1)'],... [deform(nos_vigas(j,:),2)';deform(nos_vigas(j,:),2)'],... [Uabs(nos_vigas(j,:))';Uabs(nos_vigas(j,:))'],... 'facecol','no',... 'edgecol','interp',... 'linew',1,'LineSmoothing','On'); end title([num2str(i),'º Modo (',num2str(v(m(i)),'%.2f'),'Hz)']) xlabel('x (m)') ylabel('y (m)') % Redimensionar figura xlim = [min(coord_nos(:,1)) max(coord_nos(:,1))]; dx = xlim(2)-xlim(1); ylim = [min(coord_nos(:,2)) max(coord_nos(:,2))]; dy = ylim(2)-ylim(1); if dx >= dy && dx ~= 0 set(gca,'XLim',[xlim(1)-.1*dx xlim(2)+.1*dx],... 'YLim',[(ylim(1)+ylim(2))/2-.6*dx (ylim(1)+ylim(2))/2+.6*dx]) elseif dy ~= 0 set(gca,'XLim',[xlim(1)+(dx-1.2*dy)/2 xlim(1)+(dx+1.2*dy)/2],... 'YLim',[ylim(1)-.1*dy ylim(2)+.1*dy]) end end toc Elapsed time is 3.866980 seconds. 64 6.1.7 Animar Modo Dinâmico figure(2) arco = 0:0.1:floor(10*4.5*pi)/10; for k = arco for i= 1:4; U = zeros(GDL,1); U(GDL_ativo,1) = Autovetores(:,m(i)); Uabs = (U(1:3:end-2).^2+U(2:3:end-1).^2).^(1/2); escala = 0.07*max([max(coord_nos(:,1))-min(coord_nos(:,1)),... max(coord_nos(:,2)-min(coord_nos(:,2)))])/... max(Uabs); deform = coord_nos+sin(k)*escala*[U(1:3:end-2) U(2:3:end-1)]; for j = 1:num_vigas % Remapear cores set(din(i,j),... 'XData',[deform(nos_vigas(j,:),1)';deform(nos_vigas(j,:),1)'],... 'YData',[deform(nos_vigas(j,:),2)';deform(nos_vigas(j,:),2)'],... 'ZData',[Uabs(nos_vigas(j,:))';Uabs(nos_vigas(j,:))'],... 'CData',abs(sin(k)*[Uabs(nos_vigas(j,:))';Uabs(nos_vigas(j,:))'])) end end pause(.05) end for i=1:4 figure(2) subplot(2,2,i) colorbar('EastOutside') end Published with MATLAB® R2012b