AULA 04 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 1- QUANTIDADE DE MOVIMENTO r Q dada por: Um corpo de massa m e velocidade quantidade de movimento r tempo ∆t , o impulso I desta força é dado pela área do gráfico força versus tempo. r V tem uma r r Q = m.V A quantidade de movimento ou momento linear de um corpo é uma grandeza vetorial que tem mesma direção (tangente à trajetória) e sentido da velocidade vetorial r V. A quantidade de movimento é definida para um determinado instante, ou seja, é uma grandeza instantânea. A segunda lei de Newton pode ser expressa em função da variação da quantidade de movimento: r r r r r r ∆V ∆Q FR = m.a ⇒ FR = m. ⇒ FR = ∆t ∆t 6- TEOREMA DO IMPULSO De acordo com a segunda lei de Newton temos: r r r r ∆V FR = m.a ⇒ FR = m ∆t r r r r FR .∆t = m.∆V ⇒ I = ∆Q r r I = ∆Q r r ∆Q FR = ∆t O impulso de uma força sobre uma partícula mede a variação da quantidade de movimento desta partícula. Um sistema constituído de vários corpos, a quantidade de movimento do sistema será dada pela soma vetorial da quantidade de movimento de cada corpo. r r r r Q(sistema) = Q1 + Q2 + K + Qn 2UNIDADE DE QUANTIDADE MOVIMENTO No Sistema Internacional de Unidades temos: DE [Qr ] = kgs.m 7- SISTEMA MECANICAMENTE ISOLADO Sistema é uma dada região do espaço onde concentramos a nossa atenção, para analisar, observar, etc. O bloco A da figura está sobre o bloco B, numa superfície plana. Se analisarmos somente o bloco A, o nosso sistema será o bloco A, se analisarmos somente o bloco B, o nosso sistema será somente o bloco B, e se analisarmos os blocos A e B, o nosso sistema será (A+B). r F constante é aplicada num corpo r durante um intervalo de tempo ∆t , o impulso I desta 3- IMPULSO Quando uma força força é dado por : r r I = F .∆t Uma força é considerada externa quando a mesma e sua reação estiverem contidas em sistemas diferentes. Uma força é considerada interna quando a mesma e sua reação estiverem contidas num mesmo sistema. 4- UNIDADE DE IMPULSO No Sistema Internacional de Unidades temos: [Ir ] = N .s Considerando o bloco A como sistema, as forças r PA e r FBA são externas, pois suas respectivas reações estão 5IMPULSO DE UMA INTENSIDADE VARIÁVEL r FORÇA DE Quando uma força F de intensidade variável é aplicada num corpo, durante um intervalo de contidas em outro sistema. Considerando os blocos A e B como sistema, as forças r r FAB e FBA são internas, pois é um par ação e reação que está contido num mesmo sistema. Nos choques inelásticos não há a fase de restituição, a dissipação de energia é máxima e os corpos permanecem unidos após a colisão. 9-COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO r r VA e VB , respectivamente,para que haja colisão devemos ter uma aproximação , sendo VA > VB , a Antes da colisão os corpos A e B têm velocidades velocidade relativa de aproximação é dada por: V( aproximação ) = VA − VB Um sistema é mecanicamente isolado quando a resultante das forças externas é nula ou desprezível comparada com as forças internas. r r r FR = 0 ⇒ I R = 0 ⇒ ∆Q(sistema) = 0 r r r r Q( final) − Q(inicial) = 0 ⇒ Q( final) = Q( inicial) r r Q( final) = Q(inicial) São exemplos de sistemas isolados: a) Tiros b) Explosões c) Colisões, etc. Após a colisão os corpos A e B têm velocidades r VA′ e r VB′ , a velocidade relativa de afastamento é dada por: V( afastamento ) = VB′ − VA′ Define-se coeficiente de restituição (e) como sendo a razão entre a velocidade relativa de afastamento e a velocidade relativa de aproximação. e= V( afastamento ) V(aproximação) 8- FASES DA COLISÃO Durante uma colisão, tem-se duas fases distintas, a de deformação e a de restituição. Na fase de deformação, energia cinética se transforma em energia potencial elástica, quando a velocidade dos corpos se igualam, termina-se a fase de deformação e inicia-se a fase de restituição onde, energia potencial elástica se transforma em energia cinética. EXERCÍCIOS DE AULA Quanto à fase de restituição o choque pode ser classificado em três tipos, Perfeitamente Elástico, Parcialmente Elástico e Perfeitamente Inelástico. A restituição é total nos choques elásticos, ou seja, toda energia potencial elástica é transformada em energia cinética, neste tipo de colisão não há dissipação de energia. QUESTÃO 01 • O módulo da quantidade de movimento de uma partícula é o produto da massa da partícula pelo módulo da velocidade da partícula. • A quantidade de movimento de um sistema isolada de partículas não é constante. • O impulso da resultante de um sistema de forças que age numa partícula durante um intervalo de tempo é igual à variação da • • quantidade de movimento da partícula, nesse intervalo de tempo. Se num sistema não agem forças externas, a quantidade de movimento não varia. O impulso de uma força é igual à quantidade de movimento do sistema. QUESTÃO 02 • Um corpo em equilíbrio tem quantidade de movimento necessariamente nula. • A quantidade de movimento de um corpo é numericamente igual ao impulso neces sário para fazê-lo, parar. • Dois corpos com igual velocidade têm necessariamente a mesma quantidade de movimento. • Num choque perfeitamente elástico os corpos mantêm suas quantidades de movimento. • Se a quantidade de movimento de um sistema é constante, então não pode variar a quantidade de movimento dos seus componentes. • O coeficiente de restituição é expresso por um número puro. QUESTÃO 05 • O coeficiente de restituição depende das massas dos corpos participantes • Se a resultante de um sistema de forças atuantes num corpo é nula, podemos afirmar que o corpo está recebendo impulso. • O impulso é uma grandeza essencialmente escalar. • O produto N.s (Newton vezes segundo) dimensionalmente é quantidade de movimento. • r Numa experiência, uma força F constante desloca um corpo ao longo de uma reta durante t segundos.Com apenas estes dois dados , o único resultado experimental a ser avaliado é a variação da quantidade de movimento. QUESTÃO 06 • Dada uma partícula de massa m, dotada de r V , chama -se quantidade de r movimento da partícula o vetor Q , o qual r tem a direção e o sentido de V , e cujo velocidade QUESTÃO 03 • A indicação da figura satisfaz ao teorema do impulso. • • • • • r r I r r A relação Vo + = V onde Vo é a m r velocidade inicial I o impulso resultante e r V a velocidade final, é verdadeira. Qualquer partícula dotada de massa apresenta quantidade de movimento. No choque perfeitamente elástico a variação da energia cinética do sistema é máxima. Pode-se expressar o impulso em Kg m . s QUESTÃO 04 • A quantidade de movimento de uma partícula depende do referencial adotado. • No choque inelástico os corpos apresentam a mesma velocidade ao se separarem. • O coeficiente de restituição não pode ser negativo. • Quando dois corpos entram em contato iniciando a fase de deformação os impulsos das forças atuantes nos corpos são opostos. • • módulo é igual ao produto mV. A quantidade de movimento de um sistema de partículas é a soma das quantidades de movimento das partículas constituintes do sistema. O princípio da conservação da quantidade de movimento diz que a quantidade de movimento de um sistema isolado de partículas é constante. r Quando uma força constante F age numa partícula, durante um intervalo de tempo ∆t, r r F o vetor I , que r tem a direção e o sentido de F , e cujo chama-se impulso da força • módulo é o produto F.∆t. O teorema do impulso diz que o impulso da resultante de um sistema de força que age numa partícula durante um intervalo de tempo é igual a variação da quantidade de movimento da partícula desse intervalo de tempo. QUESTÃO 07 • O impulso total de um sistema isolado de partículas é igual a zero. • Chama-se coeficiente de restituição à razão entre o valor do impulso após a colisão e o valor do impulso antes da colisão. O valor • • • desse coeficiente dependa da natura dos corpos que se chocam. Nos choques inelásticos, após a colisão, os corpos possuem velocidades iguais. Na colisão frontal elástica de dois corpos idênticos, após a colisão, há uma troca de velocidade entre os corpos. Numa colisão frontal inelástica de corpos idênticos, após a colisão, a velocidade do conjunto é a média aritmética dos corpos antes da colisão. QUESTÃO 08 • Nas colisões inelásticas os corpos se fundem num único corpo, como um projétil alojandose num bloco de madeira, nessas colisões a perda de energia cinética é a máxima possível. • Nas colisões elásticas não há perda de energia cinética num sistema. • • • r Você aplica uma força F a determinado corpo durante um certo intervalo de tempo ∆t, mas esse corpo não se desloca, logo, não houve impulso. Um barco a vela pode se mover com o vento produzido por um ventilador colocado no próprio barco. Um jovem desesperado está se afundando na areia movediça de um pântano. Se puxar os cabelos para cima ele poderá se salvar. QUESTÃO 09 • Se os módulos das quantidades de movimento de dois corpos são iguais, necessariamente eles possuem módulos das velocidades inversamente proporcionais a suas massas. • Um corpo em movimento colide inelasticamente com outro de igual massa, inicialmente em repouso. A energia cinética do sistema após a colisão é a metade da energia cinética do mesmo antes da colisão. • O impulso da força de gravidade é sempre vertical e dirigido para baixo. • Impulso não é uma grandeza instantânea, isto é, não é definido para um dado instante, e sim para um certo intervalo de tempo ∆t. • Quantidade de movimento é uma grandeza instantânea, isto é, definida para um dado instante. QUESTÃO 10 r Q de uma • A quantidade de movimento • partícula é constante quando a partícula está em repouso ou em MRU. No movimento circular e uniforme a quantidade de movimento r Q é constante. • • • r A força resultante F que age em uma partícula de massa m é igual à taxa de variação da quantidade de movimento com o tempo. Para um corpo extenso a quantidade de movimento é definida como produto de sua massa pela velocidade vetorial pelo seu centro de massa. _ N .s = Kg m s QUESTÃO 11 • A relação entre a energia cinética e o módulo da quantidade de movimento de uma partícula Q2 de massa m é Ec = 2m • • • • Numa MCU, somente a quantidade de movimento é constante. Toda vez que a energia cinética de um móvel for constante sua quantidade de movimento também será. Dois corpos iguais que se cruzam a 80 km/h, cada um, têm mesma quantidade de movimento e energia cinética. No MCU a quantidade de movimento e a energia cinética são ambas constantes. QUESTÃO 12 Um avião a jato se encontra na cabeceira da pista com a sua turbina ligada e com os freios acionados, que o impedem de se movimentar. Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar é expelido a uma razão de 100kg por segundo, a uma velocidade de 600m/s em relação ao avião. Nessas condições: a) a força transmitida pelo ar expelido ao avião é nula, pois um corpo não pode exercer força sobre si mesmo. b) as rodas do avião devem suportar uma força horizontal igual a 60kN. c) se a massa do avião é de 7x103 kg o coeficiente de atrito mínimo entre as rodas e o piso deve ser de 0,2. d) não é possível calcular a força sobre o avião com os dados fornecidos. e) nenhuma das afirmativas anteriores é verdadeira. QUESTÃO 13 carrinho? (Cesgranrio) De acordo com um locutor esportivo, em uma cortada do Negrão (titular da Seleção Brasileira de Voleibol), a bola atinge a velocidade de 108 km/h. Supondo que a velocidade da bola imediatamente antes de ser golpeada seja desprezível e que a sua massa valha aproximadamente 270 g, então o valor do impulso aplicado pelo Negrão à bola vale, em unidade do S.I., aproximadamente: a) 8,0 b) 29 a) 6,0 m/s c) 80 b) 8,0 m/s d) 120 c) 10 m/s e) 290 d) 12 m/s e) 14 m/s QUESTÃO 14 QUESTÃO 16 (Mackenzie) Um atirador, com uma metralhadora, pode resistir a uma força média de recuo de, no máximo, 160 N. As balas têm massa 40 g cada uma e saem da metralhadora com velocidade de 800 m/s. O número máximo de projéteis que podem ser atirados por segundo é: (Mackenzie) Um bloco de madeira de massa M = 490g encontra-se em repouso num plano horizontal. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano é Uma bala de massa 10g, com velocidade horizontal v = 400 m/s, é atirada contra o bloco, que ao receber o impacto do projétil incorpora-o à sua massa, deslocando-se. Sendo g = ,a distância D que o conjunto percorre até parar é: a) 16. b) 10. c) 8. d) 5. e) 4. a) 16 m. b) 8 m. c) 4 m. d) 2 m. e) 1 m. QUESTÃO 15 (Cesgranrio) Um carrinho de massa M = 3,0 kg movese em linha reta sobre um piso horizontal sem atrito. A velocidade do carrinho é de 6,0 m/s. Sobre o carrinho, encontra-se fixada uma mola que é comprimida por um objeto de massa m = 0,50 kg. Inicialmente, tal objeto se desloca solidário ao carrinho, atado ao mesmo por um fio. Em um dado instante, o fio é rompido e a mola empurra o objeto para trás, projetando-o, horizontalmente, para fora do carrinho com uma velocidade de 6,0 m/s em relação ao piso. Uma vez livre do objeto de massa m, qual a velocidade do QUESTÃO 17 (Mackenzie) A esfera A, de massa 2 kg e velocidade 10 m/s, colide com outra B de 1 kg, que se encontra inicialmente em repouso. Em seguida, B colide com a parede P. Os choques entre as esferas e entre a esfera B e a parede P são perfeitamente elásticos. Despreze os atritos e o temp o de contato nos choques. A distância percorrida pela esfera A entre o primeiro e o segundo choque com a esfera B é: a) 0,8 m b) 1,0 m c) 1,2 m d) 1,6 m e) 2,0 m QUESTÃO 18 (Cesgranrio) O gráfico posição-tempo a seguir ilustra o movimento de dois corpos A e B, de massas 2,0 kg e 3,0 kg, respectivamente, imediatamente antes de uma colisão, após a qual saem juntos. Eles se deslocam numa trajetória plana e retilínea. Supondo todos os atritos desprezíveis, a diferença de energia antes e depois da colisão será de: a) 0,0 J b) 4,0 × 10 J c) 6,0 × 10 J d) e) GABARITO 1 2 3 4 5 VFVVF FVFFF VVFFV VFVVV FFFVF 6 7 8 9 10 VVVVV VVVVV VVFVF VVVVV VFVVV 11 12 13 14 15 VFFFF B A D B 16 17 18 A D C