CROP BIOTECH UPDATE Janeiro de 2014 NOTÍCIAS Mundiais IMPORTANTES MODELOS ECONÔMICOS APONTAM DIREÇÃO PARA QUAL CAMINHA AGRICULTURA MUNDIAL, MUDANÇAS CLIMÁTICAS Um novo estudo, publicado em uma edição especial da Proceedings of the National Academy of Sciences reúne nove das mais importantes equipes do mundo de desenvolvimento de modelos econômicos com um foco na agricultura para comparar seus resultados sobre o futuro da agricultura. O trabalho é o resultado de uma colaboração ao longo de vários anos entre as empresas líderes mundialmente em pesquisas sob o guarda-chuva dos projetos Agricultural Model Intercomparison and Improvement Project (AgMIP, sigla em inglês) e Inter-Sectoral Impact Model Intercomparison Project (ISI-MIP). Descobertas da análise incluem o seguinte: O efeito direto médio das mudanças climáticas nos rendimentos agrícolas é uma queda de 17 por cento, mas com diferenças substanciais por cultura, região e modelos climáticos. O efeito final médio no rendimento é uma queda de 11 por cento à medida que os agricultores respondem mudando o uso de insumos e práticas de gestão em áreas agrícolas existentes, expandindo a produção para novas áreas (um aumento de área globalmente de cerca de 8 por cento) e consumo reduzido (um declínio de cerca de 3 por cento). O efeito médio nos preços agrícolas é um aumento de 20 por cento, mas para algumas culturas em algumas regiões os preços não mudam de forma alguma, enquanto que para outras o aumento é acima de 60 por cento. Diferenças nos resultados dos modelos surgem a partir de diferentes pressuposições feitas pelos grupos de modelagem em três áreas: Quão fácil é converter terras não agrícolas em terras férteis? De que forma os produtores rurais podem responder aos preços mais altos com rendimentos maiores? E de que forma os fluxos de comércio internacional respondem aos diferentes efeitos climáticos regionais? Vide a nota à imprensa do IFPRI em http://www.ifpri.org/pressrelease/major-economicmodels-climate-change-and-agriculture-point-same-direction-differ-magnit. EQUIPE INTERNACIONAL TRABALHA PARA CONFERERIR RESISTÊNCIA À VÍRUS À TÃO IMPORTANTE ESPÉCIE VEGETAL DA CANOLA Uma equipe internacional de cientistas da Universidade de Warwick, Academia chinesa de Agronomia, e a Syngenta Seeds descreveram um mecanismo que confere resistência nas plantas de canola ao vírus do mosaico do nabo. Espera-se que esta descoberta leve à introdução de uma resistência durável em espécies agrícolas alimentares, inclusive na tão importante espécie agrícola do nabo em todo mundo, a Brassica rapa. O vírus do mosaico do nabo (TuMV, sigla em inglês) pode infectar todos os tipos de plantas, e causar danos e perdas significativas às lavouras. No seu artigo apresentado na The Plant Journal, os pesquisadores conseguiram desvendar o mecanismo atrás de uma resistência de amplo espectro, recessiva e potencialmente duradoura ao vírus. A resistência, que surge de um gene chamado de eIF4E, tem se mostrado eficaz contra estirpes diferentes de TuMV de todos os lugares do mundo. John Walsh, o investigador líder da Universidade de Warwick disse: "A natureza e o mecanismo da resistência sugerem que diferentemente de muitas formas de resistência vegetal à doença, esta resistência em especial tem o potencial de ser duradoura." Para mais informações sobre esta pesquisa, leia a nota à imprensa disponível em: http://www2.warwick.ac.uk/newsandevents/pressreleases/the_most_important/. CCAFS LANÇA DADOS CLIMÁTICOS REGIONALIZADOS, PRONTOS PARA SEREM USADOS O Programa de Pesquisas do Consórcio do CGIAR sobre Mudanças Climáticas, Agricultura e Segurança Alimentar (CCAFS, sigla em inglês) divulgou seus dados climáticos regionalizados e prontos para serem usados que incluem cerca de 25 Modelos Climáticos Globais (GCMs, sigla em inglês) para quatro Vias Metabólicas Representativas de Concentração (RCP, sigla em inglês) e quatro períodos (década dos 2030, década dos 2050, década dos 2070 e década dos 2080). Os recém-lançados dados correspondem ao 5º. Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês). Para acompanhar o lançamento dos dados climáticos, o CCAFS-Climate também está implantando uma interface nova e melhorada, de fácil uso, que melhora a funcionalidade e a aparência visual do portal. As mudanças incluem um mecanismo sofisticado novo de busca para a fácil localização de conjuntos de dados e a opção para baixar arquivos por aba geográfica ao invés do globo inteiro. Os planos futuros para o CCAFS-Climate incluem a possibilidade de abrigar dados de modelos agrícolas além de modelos climáticos e a extração de dados diários do GCM na sua resolução original. Para mais informações, visite http://ccafs.cgiar.org/blog/hot-out-oven-fresh-data-ccafsclimate#.UuhcYz2wrVQ. Américas CIENTISTAS REVELAM MECANISMO GENÉTICO PARA MELHORAR RENDIMENTO DO TOMATE Cientistas do Laboratório de Cold Spring Harbor em Nova Iorque, EUA revelaram uma maneira de aumentar o rendimento do tomate sem sacrificar o formato arbustivo especial e necessário da planta. Sua pesquisa revelou um mecanismo genético para conferência de vigor híbrido, uma propriedade do melhoramento agronômico que tem sido explorada para aumentar rendimentos desde o início do século 20. Explorando as sutilezas escondidas de um tipo de vigor híbrido que envolve apenas um gene tem dado aos cientistas os meios para aumentar o tempo que as variedades arbustivas de tomate levam para produzir flores. Nestas plantas, maior tempo de florescência aumenta significativamente a produção de frutos. Os pesquisadores descobriram que as plantas arbustivas com uma mutação em uma das duas cópias do gene florígeno, produzindo metade do florígeno que as plantas sem a mutação produzem, adiam o momento em que elas param de produzir flores. Isto, por sua vez, leva a muito mais frutos em termos gerais. Para mais informações, visite http://www.cshl.edu/Article-Lippman/genetic-discoverypoints-the-way-to-much-bigger-yields-in-tomato-other-flowering-food-plants. SEQUENCIAMENTO DO GENOMA DA AMBORELLA OFERECE INSIGHT SOBRE EVOLUÇÃO DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS ALIMENTARES A conclusão da sequência do genoma da planta da Amborella trouxe mais luz sobre um importante evento na história da vida na Terra -- a origem de todas as principais espécies agrícolas e todas as outras plantas florais. A pesquisa trata da questão do motivo das flores terem se proliferado tão de repente na Terra milhões de anos atrás. A amborella (Amborella trichopoda) é singular por ser a única sobrevivente de uma linhagem evolucionária antiga que pode ser rastreada até o último ancestral em comum de todas as plantas florais. Esta herança singular dá à Amborella um papel especial no estudo das plantas florais. Os cientistas que sequenciaram o genoma da Amborella disseram que ele fornece provas conclusivas de que o ancestral de todas as plantas florais, inclusive a Amborella, evoluiu seguindo um "evento de duplicação de genoma" que ocorreu cerca de 200 milhões de anos atrás. Alguns genes duplicados foram perdidos ao longo do tempo, mas outros assumiram novas funções, inclusive contribuições ao desenvolvimento dos órgãos florais. Para mais informações, visite http://www.jgi.doe.gov/News/news_13_12_20.html;http://news.psu.edu/story/298976/20 13/12/19/research/dna-study-gives-insight-evolution-food-crops-other-flowering-plants; e http://ucrtoday.ucr.edu/19652 PESQUISADORES FORNECEM INSIGHTS DE COMO AS PLANTAS FLORAIS EVOLUÍRAM PARA SUPORTAR O FRIO Um grupo de cientistas estudando as plantas reuniu a maior árvore evolutiva datada, a usando para mostrar a ordem na qual as plantas florais evoluíram estratégias específicas, tal como a perda de folhas sazonal, para se moverem para regiões com invernos rigorosos. O grupo de pesquisadores identificou três mudanças evolutivas repetidas que acreditam terem sido ocasionadas pelas plantas florais para combater o frio. As plantas: causavam a queda sazonal das suas folhas, fechando as vias que normalmente transportavam a água entre as raízes e as folhas; ou formavam vias de transporte de água mais estreitas, permitindo que elas mantivessem suas folhas (pense nos pinheiros no inverno) ao reduzir o risco de bolhas de ar serem criadas durante o congelamento e descongelamento, que fecharia estas vias (quanto mais grossas as vias, maior o risco); ou ainda evitavam as estações frias em geral, assim como as ervas, perdendo os caules acima do solo e as folhas e se retraindo como sementes ou órgãos de armazenamento subterrâneos, assim como as tulipas ou os tomates. Os pesquisadores também identificaram a ordem dos eventos evolutivos. Frequentemente as plantas lenhosas se tornavam ervas ou desenvolviam dutos mais finos de transporte de água antes de se mudarem para climas congelantes. Em contraste, as plantas geralmente começavam a queda de suas folhas após se mudarem para climas congelantes. Vide a nota à imprensa da Universidade de Minnesota em http://www1.umn.edu/news/news-releases/2013/UR_CONTENT_466215.html. DESCOBERTA NOVA MANEIRA DE REGULAR PRODUÇÃO DE COMPOSTOS VEGETAIS Cientistas do Laboratório de Brookhaven National (BNL, sigla em inglês) do Departamento norte americano de Energia identificaram uma nova forma de regular a produção de fenóis, uma classe de produtos vegetais com uma ampla gama de aplicações para humanos. Estes compostos servem como uma importante fonte de sabores, fragrâncias, e pigmentos; alguns de interesse pelos seus possíveis efeitos promotores de saúde; e através da sua contribuição à construção das paredes celulares vegetais, (poli) fenóis são um importante fator influenciando o quão fácil é converter biomassa em biocombustíveis. Os pesquisadores exploraram uma abordagem não convencional de alcançar este gol. A abordagem convencional está focada na regulação dos genes que instruem as células vegetais para criar enzimas envolvidas na produção de fenol. Estas enzimas são proteínas que servem como catalizadores para acelerar as reações químicas que sintetizam os fenóis. Ao invés de tentar regular como estas enzimas são produzidas, a pesquisa buscou entender como as enzimas podem ser manipuladas após a produção para controlar sua habilidade de desenvolver fenóis vegetais. Vide a nota à imprensa do BNL em http://www.bnl.gov/newsroom/news.php?a=11595. PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES NORTE AMERICANOS SOBRE TRANSGÊNICOS Especialistas da Universidade da Flórida Edward Evans e Fredy Ballen lançaram um relatório intitulado A Synopsis of US Consumer Perception of Genetically Modified (Biotech Crops) (Uma Sinopse da Percepção do Consumidor Norte Americano sobre Variedades Geneticamente Modificadas [Variedades criadas por Biotecnologia]). O relatório resume os últimos avanços nas cultivares de alimentos transgênicos e a avaliação da opinião pública norte americana sobre os alimentos transgênicos baseados em fontes secundárias. Os autores disseram que a opinião pública está lentamente se movendo rumo a aceitação de alimentos transgênicos mundialmente. Os últimos estudos têm mostrado que os consumidores estão dispostos a aceitar os alimentos transgênicos quando recebem informações sobre a segurança dos produtos. Sendo assim, é importante que o público receba informações sobre biotecnologia e produtos alimentares derivados da biotecnologia. Baixe uma cópia do relatório em http://edis.ifas.ufl.edu/fe934. CHEERIOS DA GENERAL MILLS REFORÇA SEGURANÇA DAS VARIEDADES TRANSGÊNICAS Os Cheerios da General Mills anunciaram que o cereal não "é feito com ingredientes geneticamente modificados" nas caixas do seu produto. Segundo Tom Forsythe, VicePresidente da Global Communications para a General Mills, eles na verdade não mudaram os ingredientes do cereal. Eles somente colocaram o rótulo nas caixas para agradar os consumidores. A empresa também divulgou que não é contra os produtos transgênicos. Na verdade, eles divulgaram artigos nos seus sites informando o público que os alimentos transgênicos são seguros, citando instituições reputáveis, tais como a Organização Mundial da Saúde das Nações Unidas (WHO) e FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que aprovaram as variedades transgênicas e as consideram tão seguras e aceitáveis quanto suas contrapartes convencionais. Eles também forneceram links para outros sites que oferecem mais informações sobre variedades transgênicas. Cathy Enright, Diretora Executiva do Conselho para Dados Biotecnológicos, disse que as empresas alimentares têm o direito de selecionar os ingredientes favoráveis para o seu mercado, exatamente como os produtores rurais têm a liberdade de escolher quais as sementes são melhores para os seus negócios. Sendo assim, o novo rótulo da General Mills é um bom exemplo de como as empresas de alimentos podem voluntariamente e fielmente rotular os produtos e fornecer escolhas para os seus clientes. Leia as declarações da General Mills em http://blog.generalmills.com/2014/01/the-oneand-only-cheerios,http://www.generalmills.com/Home/ChannelG/on_biotechnology.aspx, e http://cheerios.com/en/Articles/cheerios-and-gmos. As respostas dos especialistas à declaração estão disponíveis em http://gmoanswers.com/experts-respond-generalmills%E2%80%99-cheerios-announcement. PESQUISADORES DESCOBREM OUTRA VIA METABÓLICA PARA PRODUÇÃO DE AMINOÁCIDOS NAS PLANTAS Cientistas da Universidade de Purdue descobriram um caminho novo semelhante à via metabólica microbiana nas plantas que produz fenilalanina, um aminoácido que é um componente vital das proteínas em todos os organismos vivos. As plantas sintetizam a fenilalanina principalmente através de uma cadeia de reações químicas que converte o ácido orgânico arogenate em fenilalanina. Pesquisadores da Purdue mostraram que as plantas usam uma via metabólica alternativa encontrada na maioria dos micro-organismos para fazer a fenilalanina a partir do fenilpiruvato. Quando os pesquisadores bloquearam separadamente cada um dos dois estágios na via metabólica do arogenate nas flores de petúnia, os níveis de fenilalanina diminuíram. Mas quando eles bloquearam ambos os estágios simultaneamente, a produção de fenilalanina espigou. Eles descobriram que na via metabólica alternativa, o fenilpiruvato é convertido em fenilalanina retirando um grupo de nitrogênio da tirosina, outro aminoácido essencial. Vide a nota à imprensa da Universidade de Purdue em https://ag.purdue.edu/agcomm/Pages/News.aspx. EQUIPE DA TEXAS A&M DESENVOLVE FIBRA MAIS LONGA E FORTE DE ALGODÃO Uma colaboração internacional de cientistas descobriu como fazer uma fibra de algodão mais alongada—um marco que pode ter um impacto multibilionário de dólares na indústria global de algodão. Isto também ajudará os produtores de algodão a se protegerem da crescente competição das fibras sintéticas. Os cientistas usaram um cruzamento genético de uma planta de fibras longas e uma de fibras curtas, e depois se concentraram em uma região do genoma que fica localizada diretamente acima de um dos genes fitocromos. O fitocromo é um tipo de fotorreceptor que é especialmente responsivo a ondas diferentes de luz vermelha. Os fitocromos regulam muitas características botânicas, inclusive o comprimento das folhas e dos caules e a época de floração. Os cientistas então usaram uma técnica chamada de RNA de interferência para "derrubar" ou interferir na expressão daquele gene. Vide a nota à imprensa da Universidade Texas A&M em http://www.science.tamu.edu/articles/1157. SEQUENCIAMENTO DO GENOMA REVELA O QUÊ PÕE O ‘CALOR' NAS PIMENTAS O genoma da pimenta, uma das variedades de tempero mais amplamente cultivadas no mundo, foi sequenciado por uma grande equipe internacional de pesquisadores, inclusive cientistas da Universidade da Califórnia, em Davis e da Universidade Nacional de Seoul, na Coréia. Os pesquisadores sequenciaram uma variedade domesticada de pimenta do estado mexicano de Morelos conhecida como Criolo de Morelos 334. A variedade consistentemente exibiu altos níveis de resistência à doença e foi extensamente usada na pesquisa e no cruzamento da pimenta. O projeto de sequenciamento revelou que blocos de genes aparecem em posições cromossômicas bem parecidas na pimenta como no tomate, seu parente mais próximo. Descobriu-se que o genoma da pimenta, no entanto, era 3,5 vezes maior do que o genoma do tomate. O sequenciamento também descobriu provas sugerindo que a pungência ou o “calor” da pimenta tem origem na evolução de novos genes pela duplicação de genes existentes e mudanças na expressão genética após as pimentas terem se evoluído em espécies. Destaques deste esforço de sequenciamento podem ser encontrados na publicação Online Avançada de 19 de janeiro da Nature Genetics. Para mais informações, leia a nota à imprensa em: http://www.news.ucdavis.edu/search/news_detail.lasso?id=10789. PESQUISADOES DA ISU SEQUENCIAM O GENOMA DA FUSARIUM Cientistas da Universidade Estadual de Iowa sequenciaram o genoma do Fusarium virguliforme, um fungo que é culpado pela síndrome da morte súbita (SDS, sigla em inglês) na soja. Usando a sequência inicial do genoma, os cientistas identificaram os genes candidatos responsáveis pela SDS na soja. Segundo Madan Battacharyya, líder do grupo de pesquisas, a sequência inicial os levará para a descoberta dos mecanismos que o patógeno usa para causar a SDS, e irá explorar o uso da engenharia genética para desenvolver soja com resistência à SDS. O sequenciamento foi patrocinado pela Iowa Soybean Association e Soybean Research Development Council. Captação adicional de recursos do USDA National Institute of Food and Agriculture (USDA-NIFA) será usada para o desenvolvimento de soja resistente à SDS. Leia mais em http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0081832 andhtt p://www.seedquest.com/news.php?type=news&id_article=44572&id_region=&id_catego ry=&id_crop. PESQUISADORES DE WISCONSIN IDENTIFICAM UMA VIA METABÓLICA CHAVE DE CRESCIMENTO DA CÉLULA VEGETAL Um grupo de pesquisas da Universidade de Wisconsin-Madison relatou a descoberta de um hormônio e receptor que controla a expansão das células nas plantas. Liderado pelo bioquímico Mike Sussman, o grupo descreve uma via metabólica de sinalização que regula a expansão celular nas células das raízes das plantas da Arabidopsis. O estudo descreve um hormônio secretado pela planta e um receptor de superfície conhecido como proteína-cinase. O hormônio usa o receptor para influenciar a habilidade da célula de se alongar, para acomodar o crescimento e desenvolvimento das raízes, caules, folhas e outras partes da planta. Sussman explica que muito pouco se conhece sobre os mecanismos moleculares básicos que regulam o crescimento da planta. Sua descoberta é importante porque é a primeira deste tipo de via metabólica encontrado no Reino Vegetal, revelando detalhes de como um hormônio em particular se atraca a uma célula e influencia seu crescimento. A descoberta pode ser um aviso de novas formas para promover e regular o crescimento vegetal, inclusive de variedades de ampla importância econômica. Para mais informações sobre esta pesquisa, leia a nota à imprensa disponível em http://www.news.wisc.edu/22472. PESQUISADORES DESCOBREM RECEPTOR VITAL À RESPOSTA DE PLANTAS A LESÕES E PRAGAS Os pesquisadores de ciências botânicas da Universidade de Missouri descobriram um receptor nas plantas que pode ser um componente vital na forma que as plantas respondem às ameaças, inclusive de pragas, mudanças ambientais, e lesões nas plantas. Liderados pelo professor de ciências botânicas Gary Stacey, os pesquisadores estão se concentrando na molécula do trifosfato de adenosina (ATP), a principal fonte de energia dentro de uma célula. Stacey e seus colegas pesquisadores fizeram uma análise de 50.000 plantas ao longo de dois anos e descobriram o receptor que ajuda no desenvolvimento vegetal e ajuda a reparar uma planta durante importantes eventos. Stacey explicou que as plantas usam sinais químicos para determinar se elas estão sendo vítimas de algum ataque ou se está ocorrendo alguma mudança ambiental. Ele disse: "Nós temos provas de que quando o ATP está fora da célula, é possivelmente devido a um sinal central que controla a habilidade da planta de responder a toda uma variedade de estresses. Quando uma planta é lesionada, o ATP é liberado para dentro da lesão e aciona as expressões genéticas necessárias para fazer a reparação." Os pesquisadores acreditam que mais estudos podem identificar maneiras de naturalmente trabalhar com os próprios processos da planta para protegê-la de graves eventos ambientais, lesões e insetos. Para mais detalhes sobre esta pesquisa, leia a nota à imprensa disponível em http://cafnrnews.com/2014/01/self-repairing-plants/. Ásia e o Pacífico CIENTISTAS DESENVOLVEM TRIGO COM RESISTÊNCIA A CLIMAS EXTREMOS PARA SUL DA ÁSIA Cientistas do Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo (CIMMYT) desenvolveram um trigo de alto rendimento, resistente a climas extremos para os produtores rurais do sul da Ásia usando abordagens inovadoras de genotipagem vegetal. A abordagem de genotipagem-por-sequenciamento (GBS, sigla em inglês) oferece benefícios expressivos com relação ao melhoramento agronômico tradicional. A seleção de espécies vegetais através de polimorfismos de nucleotídeos únicos de abrangência genômica (GS, sigla em inglês) é uma variação da seleção assistida por marcadores(MAS, sigla em inglês) que permite que os melhoradores de espécies agrícolas classifiquem os melhores pais de forma exata e custo-eficaz. O projeto de pesquisa foi desenvolvido com base no modelo estrutural de tolerância ao calor e rendimento em potencial estabelecido pelos cientistas do CIMMYT. Cerca de 1.000 linhagens avançadas de trigo desenvolvidas no México pelo CIMMYT foram plantadas nas localizações do Borlaug Institute for South Asia (BISA) bem como em Faisalabad, Paquistão e seis ambientes na Ciudad Obregón, México, para caracterizálas para tolerância ao calor. Para mais informações, confira http://blog.cimmyt.org/?p=11671&utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter. CULTIVO DE BERINGELA TRANSGÊNICA COMEÇA EM BANGLADESH Bangladesh iniciou formalmente o cultivo da primeira espécie agrícola geneticamente modificada do país (GM), a berinjela transgênica. O Ministro de Agricultura Matia Chowdhury oficialmente distribuiu mudas de berinjela transgênica para 20 produtores rurais de Jamalpur, Gazipur, Pabna, e distritos de Rangpur em uma cerimônia no Bangladesh Agricultural Research Council (BARC) organizada pelo Bangladesh Agricultural Research Institute (BARI) em 22 de janeiro de 2014. Durante a cerimônia, o Ministro disse: "Nós decidimos começar a cultivar a berinjela transgênica após os diferentes testes necessários em casa e em outros países. Nós demoramos muito tempo para experimentar todos os prós e contras para introduzir o cultivo desta variedade." Segundo o Diretor Geral do BARI, Dr. Md. Rafiqul Islam Mondal, que também falou durante a cerimônia, as sementes da berinjela transgênica serão disponibilizadas para todos os produtores rurais no país mais tarde no ano. As novas variedades são as BARI’s transgênicas Uttara, Kajla, Nayontar e a BARI transgênica ISD006. O governo de Bangladesh abriu caminho para o lançamento da berinjela transgênica quando o Comitê Nacional de Biossegurança do Ministério de Meio Ambiente e Florestas oficialmente aprovou seu lançamento em 30 de outubro de 2013. Para mais detalhes, leia a nota à imprensa em: http://btbrinjal.tumblr.com/seedlings. TRANSGÊNICOS MELHORAM AS VIDAS DE PEQUENOS AGRICULTORES ASIÁTICOS, ESTUDO REVELA Uma publicação destacando as descobertas do projeto de pesquisa Adoption and Uptake Pathways of Biotech Crops by Small-scale Resource-poor Asian Farmers: Comparative Studies in China, India, and the Philippines, foi lançada pelo ISAAA Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas, Centro para Políticas Agrícolas, Academia Chinesa de Ciências; Sociedade Indiana de Melhoramento do Algodão; e a Faculdade de Desenvolvimento de Comunicação, Universidade das Filipinas em Los Baños. A monografia, intitulada Cadres of Change: Transforming Biotech Farmers in China, India, and the Philippines, detalhou as narrativas de produtores rurais com relação aos benefícios que eles colheram após terem adotado transgênicos. Isto incluiu rendimentos maiores, menos despesas de produção devido a menos aplicações de agrotóxicos e grãos ou cápsulas colhidas de qualidade. Consequentemente, os produtores rurais observaram um aumento na renda e uma melhor qualidade de vida. A publicação também abordou os caminhos da origem de como a adoção de transgênicos começou a se espalhar nas comunidades rurais nos três países. A monografia foi complementada por um vídeo de dez minutos que desenvolve a história consolidada de quem são os plantadores de transgênicos, como eles se beneficiaram da tecnologia, o processo de adoção e implantação e os problemas e desafios encontrados. Acesse o relatório completo em http://www.isaaa.org/programs/specialprojects/templeton/adoption/monograph/Cadres% 20of%20Change.pdf. Assista ao vídeo em http://www.isaaa.org/resources/videos/cadresofchange/default.asp. ICRISAT IDENTIFICA GERMOPLASMA DE RESISTÊNCIA A CLIMAS EXTREMOS PARA MELHORAMENTO DO GRÃO-DE-BICO Em um importante avanço na pesquisa de espécies agrícolas prontas para enfrentar as mudanças climáticas, o ICRISAT - Instituto Internacional para a Pesquisa de Produtos Agrícolas nos Trópicos Semiáridos da Índia identificou 40 linhagens de germoplasma do grão-de-bico com resistência a condições climáticas extremas tais como a seca, alta temperatura e salinidade. Estas descobertas são o resultado de um esforço de 14 anos feito pela equipe liderada pelo Dr. Hari Upadhyaya, chefe do Banco Genético no ICRISAT, e foram publicadas no artigo: "Mini Core Collection as a Resource to Identify New Sources of Variation" apresentado na prestigiosa revista Crop Science pela Sociedade de Ciências Agrícolas da América (CSSA - Crop Science Society of America). O Diretor Geral do ICRISAT Dr. William Dar disse: "As mudanças climáticas já estão aqui e em andamento. Nós temos experimentado eventos de clima extremo como inundações graves na Índia ano passado que devastaram os estados do norte e mais recentemente, o tufão Haiyan que devastou as Filipinas. As descobertas feitas pelo Banco Genético da equipe do ICRISAT irão ajudar os pequenos agricultores a fechar as lacunas no rendimento das culturas significativamente." Ele avisa que tais eventos extremos tendem só a aumentar, afetando negativamente a agricultura. Os ricos e diversos recursos do germoplasma disponíveis no Banco Genético do ICRISAT têm ajudado os melhoradores de plantas na Ásia e África subsaariana como fontes de características benéficas para desenvolver novas variedades de alto rendimento e resistentes com melhor qualidade para aumentar a produção de culturas alimentares como o grão-de-bico, mesmo sob um regime de mudanças climáticas. Para mais informações, leia a nota à imprensa do ICRISAT em: http://www.icrisat.org/newsroom/news-releases/icrisat-pr-2014-media5.htm. Europa POR QUE ALGUMAS PETÚNIAS SÃO AZUIS Um artigo na revista Cell Reports detalha a receita secreta de fazer petúnias azuis. Segundo os autores do estudo, eles descobriram uma bomba celular que era anteriormente desconhecida nas plantas. Quando a bomba não funciona corretamente, como acontece em algumas petúnias, as pétalas das flores não podem acidificar compartimentos especiais dentro de suas células. Este mal leva a criação de pétalas azuis ao invés de vermelhas ou violetas. As descobertas do estudo podem ajudar a explicar e manipular a cor de outras flores ornamentais, sem falar do sabor das frutas e do vinho. Leia o artigo científico em http://www.cell.com/cell-reports/fulltext/S22111247(13)00754-7. CONCLUÍDO TRABALHO DE CAMPO SOBRE TRIGO TRANSGÊNICO DA ROTHAMSTED Os cientistas da Rothamsted Research concluíram os testes de campo do trigo transgênico em 31 de dezembro de 2013. Os cientistas usaram as ferramentas de biotecnologia para desenvolver geneticamente o trigo que produz altos níveis de um odor que repele afídeos chamado de (E)-β-farneseno. O órgão de Inspeção Geral de Transgênicos visitou frequentemente o local do teste ao longo do experimento de dois anos e os relatórios da inspeção realizada por eles podem ser lidos em http://www.gminspectorate.gov.uk/deliberateRelease/exptreleases.cfm. Eles concluem: "A Inspeção Geral de Transgênicos está satisfeita pela liberação ter sido consistente com as condições para aprovação e não identificou quaisquer riscos à saúde humana ou o meio ambiente representados pelo organismo geneticamente modificado". O estudo é patrocinado pelo governo britânico através do Conselho de Pesquisas em Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC - Biotechnology and Biological Sciences Research). Leia mais detalhes em http://www.rothamsted.ac.uk/our-science/rothamsted-gm-wheattrial. CIENTISTAS SEQUENCIAM O GENOMA DA BETERRABA Um grupo de pesquisadores do Centro de Regulamentação Genômica (CRG) em Barcelona, na Espanha; o Max Planck Institute for Molecular Genetics (MPIMG), o Departamento de Genômica Vertebrada (H. Lehrach) e a Universidade de Bielefeld na Alemanha; juntos com outros parceiros acadêmicos e o setor privado, sequenciaram e analisaram pela primeira vez o genoma. da beterraba. A beterraba é a primeira representante de um grupo de plantas florais chamado de Caryophyllales, constituído de 11.500 espécies, que teve o seu genoma sequenciado. Este grupo é constituído de outras plantas de importância econômica, assim como o espinafre ou a quinoa, bem como plantas com uma biologia interessante, por exemplo, plantas carnívoras ou plantas do deserto. 27.421 genes de codificação de proteínas foram descobertos dentro do genoma da beterraba, mais do que são codificados dentro do genoma humano. Os pesquisadores especulam que as beterrabas podem abrigar até agora genes desconhecidos envolvidos no controle transcricional, e redes de interação genética podem ter evoluído diferentemente na beterraba em comparação com outras espécies. Confira a nota à imprensa do Max Planck Institute em http://www.molgen.mpg.de/2397262/2013_12_18_sugarbeet_genome. CIENTISTAS DESCOBREM MECANISMO EM PLANTA PARA ESTIMULAR SEU CRESCIMENTO MESMO SOB ESTRESSE Em um estudo colaborativo liderado pelo Durham Centre for Crop Improvement Technology da Universidade de Durham, e incluindo especialistas na Universidade de Nottingham, Rothamsted Research e a Universidade de Warwick na Inglaterra, os cientistas descobriram que as plantas têm uma habilidade natural de regular seu crescimento independentemente da giberelina, particularmente nos tempos de estresse ambiental. Eles descobriram que as plantas produzem uma proteína modificadora chamada de SUMO que interage com as proteínas repressoras de crescimento. Os pesquisadores acreditam que modificando a interação entre a proteína modificadora e as proteínas repressoras, eles poderão retirar os freios do crescimento vegetal, levando a rendimentos maiores, mesmo quando as plantas estiverem vivenciando estresse. A pesquisa foi realizada na Arabidopsis thaliana, um modelo para pesquisas botânicas que ocorre naturalmente em quase toda a Europa e Ásia Central, mas os cientistas dizem que o mecanismo que eles encontraram também existe nas lavouras como a cevada, milho, arroz e trigo. Para mais informações, leia a nota à imprensa da Universidade de Durham em https://www.dur.ac.uk/dccit/news/?itemno=19773. EFSA: SOJA TRANSGÊNICA 305423 É TÃO SEGURA QUANTO SUA CONTRAPARTE CONVENCIONAL O Painel sobre Organismos Geneticamente Modificados da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (Painel sobre OGMs da EFSA) divulgou um parecer científico que a soja geneticamente modificada (GM) 305423 é tão segura quanto a sua contraparte convencional com relação aos efeitos em potencial na saúde humana e animal; e o meio ambiente. O Painel sobre OGMs da EFSA comparou as características constitutivas, agronômicas e fenotípicas da soja 305423 com sua contraparte convencional e as variedades não transgênicas de referência da soja. Eles então avaliaram todas as diferenças estatisticamente expressivas entre a soja 305423 e sua contraparte convencional. Em conclusão, o Painel sobre OGMs da EFSA considera que as informações disponíveis para a soja 305423 endereçam as questões científicas indicadas pelo documento de Diretrizes do Painel sobre OGMS da EFSA e os comentários científicos levantados pelos Estados Membros da União Europeia e que a soja 305423 é tão segura quanto sua contraparte convencional. Para mais informações, visite http://www.efsa.europa.eu/en/efsajournal/pub/3499.htm. PESQUISAS GENE DA ARABIDOPSIS MELHORA TOLERÂNCIA À SECA DO ARROZ INDICA Sabe-se que o fator de transcrição DREB1A da Arabidopsis thaliana melhora a tolerância à seca. Desta forma, a equipe de pesquisas liderada por G. Ravikumar do Diretório de Pesquisas do Arroz em Hyderabade, na Índia, desenvolveu plantas transgênicas de arroz com AtDREB1A no pano de fundo da cultivar indica do arroz Samba Mahsuri através da transformação mediada pela Agrobacterium. Análises mostraram que o gene da AtDREB1A foi expresso estavelmente e passado para a primeira prole bem como para as gerações seguintes. A expressão AtDREB1A foi induzida por estresse gerado por seca em linhagens transgênicas de arroz, que eram altamente tolerantes à estresse severo de água tanto em estágios vegetativos quanto reprodutivos sem afetar suas características morfológicas ou agronômicas. Os estudos fisiológicos mostraram que a expressão do AtDREB1A estava ligada ao acúmulo do aminoácido prolina, a manutenção de clorofila, maior teor relativo de água e menos vazamento de iones sob condição de secas. Além disso, as linhagens homozigotas tinham maior rendimento de grãos e fertilidade da espigueta em comparação às suas contrapartes não transgênicas tanto em condições de estresse quanto de não estresse. Leia o resumo em http://link.springer.com/article/10.1007/s11248-013-9776-6. PROTEINA DE BACTÉRIA PATOGÊNICA CONFERE RESISTÊNCIA A INSETOS NO TABACO A Xenorhabdus nematophila é uma bactéria patogênica que produz a proteína XnGroEL, que é prejudicial à sua presa em estágio larval. A ingestão oral da proteína inseticida XnGroEL é tóxica para a lagarta Helicoverpa armigera, levando ao término do crescimento e desenvolvimento da larva. Punam Kumari da Universidade Jawaharlal Nehru na Índia e colegas desenvolveram plantas transgênicas de tabaco expressando a proteína pela transformação mediada pela Agrobacterium e testaram a eficácia inseticida da XngroEL contra a lagarta. Diversas análises confirmaram a integração e a expressão do gene codificador para a XnGroEL. As plantas transgênicas de tabaco exibiram um crescimento saudável. Os bioensaios mostraram uma redução significativa de 100 por cento na sobrevivência das larvas e uma redução de 55 a 77 por cento em danos à planta em comparação às plantas não transgênicas e de controle vetoriais. Com base nos resultados, a XnGroEL é uma candidata em potencial inusitada para conferir resistência a inseto contra a Helicoverpa armigera nas plantas. Para mais informações, confira http://link.springer.com/article/10.1007/s11248-0139734-3. ALÉM DA BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA CIENTISTAS DESENVOLVEM LEITÕES FOSFORESCENTES USANDO DNA DE ÁGUA VIVA Os cientistas da Universidade Agrícola do sul da China desenvolveram com sucesso 10 leitões que ficam verdes ao serem expostos à luz negra. Os leitões foram desenvolvidos usando uma técnica pioneira criada pela Universidade do Havaí. A cor verde simplesmente indica que o material genético florescente da água viva injetado nos embriões do porco foi incorporado à constituição natural do animal. "É só um marcador para mostrar que nós podemos usar um gene que não estava originalmente presente no animal e agora existe nele," explica Dr. Stefan Moisyadi. Este sucesso contribui para o desenvolvimento da técnica, o que ajuda a criar remédios e terapias para pacientes de uma maneira mais custo-eficaz. Os animais desenvolvidos por engenharia genética serão depois usados para produzir enzimas benéficas para tratar de doenças assim como a hemofilia. Felizmente, os leitões desenvolvidos por engenharia genética usados no estudo ainda podem esperar ter ciclos de vida completos. Leia mais em http://www.manoa.hawaii.edu/news/article.php?aId=6197. CIENTISTAS DECODIFICAM GENOMA DO GAFANHOTO Os pesquisadores do Instituto Genômico de Beijim (BGI, sigla em inglês), o Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências (CAS, sigla em inglês), e outros institutos decodificaram com sucesso a sequência inteira do genoma do Locusta migratória (gafanhoto)- a espécie mais disseminada de gafanhotos. O genoma gerado é extraordinariamente grande- em 6,5 gigabytes, que é o maior genoma animal já sequenciado até agora. O estudo mais recente foi publicado online na revista Nature Communications. Os pesquisadores decodificaram o genoma usando tecnologia de sequenciamento de próxima geração, gerando ao total 721Gb de dados, que cobriram 114 vezes a mais do que o tamanho do genoma do gafanhoto de 6,3Gb. Eles anotaram e previram cerca de 17.307 modelos de genes, e identificaram mais de 2.639 famílias de DNA repetitivo. Além disso, eles descobriram que as dez principais famílias de DNA repetitivo somente representaram 10% das sequências totais do genoma, sugerindo que não havia famílias predominantes no genoma do L. migratoria. Confira a nota à imprensa do BGI em http://www.genomics.cn/en/news/show_news?nid=99886. O artigo completo da revista está disponível em http://www.nature.com/ncomms/2014/140114/ncomms3957/full/ncomms3957.html. ANÚNCIOS International Symposium on Plant Biotechnology O quê: International Symposium on Plant Biotechnology (Simpósio Internacional sobre Biotecnologia Vegetal) Quando: 9 a 11 de abril de 2014 Onde: Jardines del Rey, Cuba Para mais detalhes, visite http://simposio.ibp.co.cu/. 5th World Congress on Biotechnology O quê: 5th World Congress on Biotechnology (5o. Congresso Mundial sobre Biotecnologia) Quando: 25-27 de junho de 2014 Onde: Valencia, Espanha Para mais detalhes, visite http://www.biotechnologycongress.com/. Melhoramento de Plantas para Tolerância à Seca O quê: Melhoramento de Plantas para Tolerância à Seca (Curso de Curta Duração Orientado para Campo) Onde: Universidade Estadual do Colorado Quando: 2-13 de junho de 2014 Este curso sobre genética, melhoramento e fisiologia da tolerância ao estresse gerado por secas foi criado para alunos de pós-graduação na área de agronomia, bem como para profissionais dos setores público e privado. Ele oferece três créditos transferíveis de nível de pós-graduação. Mais informações e detalhes para matrícula estão disponíveis em: http://www.droughtadaptation.org/summer_course.html. AVISOS SOBRE DOCUMENTÁRIOS ISAAA LANÇA VÍDEO SOBRE ADOÇÃO DE TRANSGÊNICOS NA CHINA, ÍNDIA E FILIPINAS Um vídeo de 10 minutos baseado no projeto de pesquisas Adoption and Uptake Pathways of GM/Biotech Crops by Small-scale, Resource-poor Asian Farmers in China, India, and the Philippines (Adoção e Vias de Consumo de Cultivares Transgênicas por Produtores Rurais Asiáticos Pobres na China, Índia e Filipinas) consolida as narrativas de agricultores dos três países sobre a adoção e vias de consumo das variedades transgênicas. O vídeo, intitulado Cadres of Change: Transforming Biotech Farmers in China, India, and the Philippines dá um ‘rosto humano' para a pesquisa colaborativa conforme foi documentado pelos agricultores na realidade engajados no cultivo de transgênicos. Pelos testemunhos dos produtores rurais, ele também oferece provas concretas das mudanças que os transgênicos causaram nas vidas dos agricultores. Vide o vídeo em http://www.isaaa.org/resources/videos/cadresofchange/default.asp SUPLEMENTO DE BIOCOMBUSTÍVEIS POTENCIAIS, DESAFIOS DE ÁLAMOS TRANSGÊNICOS PARA BIOCOMBUSTÍVEIS Referência da revista científica: http://www.pnas.org/content/early/2013/12/26/1321673111.full.pdf Nota à imprensa: http://www.vib.be/en/news/Pages/Field-trial-with-lignin-modifiedpoplars-shows-potential-for-bio-based-economy,-but-also-that-work-still-needs-to-bedone.aspx Os resultados dos testes de campo com árvores geneticamente modificadas (GM) de álamos na Bélgica e na França mostraram uma conversão melhorada na biomassa da madeira em açúcares para produzir bioetanol. Os álamos GM produzem baixos níveis da enzima cinamoil-CoA redutase (CCR) para suprimir a formação do polímero da lignina, que é um obstáculo no processamento de biomassa. O estudo, publicado como um artigo de acesso gratuito na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), também descobriu que uma forte regulação para baixo da CCR afetou o rendimento da biomassa. A equipe de pesquisas da Bélgica, França e Estados Unidos concluiu que a estratégia de regulação para baixo da CCR pode funcionar para melhorar o processamento de biomassa se tal penalidade ao rendimento puder ser superada. O estudo mostrou que a supressão da biossíntese de lignina em algumas árvores é mais forte do que em outras, indicado pela intensidade variável da coloração vermelha da madeira em baixo da casca. Os galhos com a maior coloração de vermelho produzem 160 por cento a mais de etanol. Em média, o rendimento de etanol por grama de madeira modificada é 20 por cento maior do que aquele da madeira não modificada. O efeito negativo da regulação para baixo da CCR aponta para o fato de que as árvores de álamo modificadas parecem crescer menos rápido do que as árvores não modificadas. À medida que os cientistas começam a entender o que causa o retardamento no crescimento, eles planejam começarem a trabalhar com álamos que crescem normalmente, mas que ainda possuem uma supressão estável da produção de lignina. Em um novo teste de campo na Bélgica em 2014, as árvores que se desenvolveram para suprimir outra enzima pela técnica moderna, para uma supressão mais uniforme da lignina serão testadas. TAILÂNDIA DEVE AUMENTAR PRODUÇÃO DA MANDIOCA PARA ETANOL Matéria de notícia: http://www.bangkokpost.com/business/news/385581/cassava-basedethanol-set-to-boom-in-2014 Matéria de notícia: http://www.biofuels-news.com/industry_news.php?item_id=7217 Na Tailândia, a quantia de mandioca usada para gerar etanol deverá dobrar para 3 milhões de toneladas em 2014 à medida que o Ministério do Comércio se mobiliza para empurrar para cima o preço da cultura. O Ministério do Comércio irá alocar 10 bilhões de bahts (306 milhões de dólares norteamericanos) para gerir um plano de garantia de renda da mandioca para a próxima estação. Mesmo se este plano de garantia de renda não se materializar em 2014, os produtores de etanol ainda poderão adquirir raízes frescas de mandioca diretamente dos produtores rurais a preços mais baixos (do que o preço garantido). Isto irá resultar em um custo menor de produção do etanol e preços menores para o etanol no mercado. Cerca de 38 por cento do etanol da Tailândia é feito da matéria prima da mandioca, com o restante vindo do melado da cana-de-açúcar. PESQUISADORES EXTRAEM ÓELO DAS ALGAS SEM DESCARTÁ-LAS Matéria de notícia: http://phys.org/news/2014-01-algal-cells-efficient-alternative.html Pesquisadores da Universidade de Murdoch (Austrália), em colaboração com contrapartes da Universidade de Tsukuba (Japão), desenvolveram um método não destrutivo de extração de óleo de algas, parecido com uma ‘ordenha’ das algas, ao invés da abordagem convencional de colheita-e-destruição. Os pesquisadores puderam extrair o óleo repetidamente da espécie de alga Bortyococcus braunii usando um solvente compatível (n-heptane). O processo de “ordenha” é menos caro em comparação às culturas convencionais de algas, já que ele elimina o acréscimo de nutrientes caros durante a extração repetida. As algas podem substituir seus hidrocarbonetos externos cinco dias após a “ordenha” com um acréscimo de um por cento de dióxido de carbono, que aumenta a produtividade externa geral dos hidrocarbonetos em 20 por cento em comparação à cultura semicontínua convencional. A equipe de pesquisa está atualmente procurando encontrar possíveis explicações da razão das células das algas exigirem um acréscimo de uma quantia limitada de nutrientes para estabilizar a cultura. Eles também estão trabalhando em um biorreator de ordenha ininterrupta. NOVA USINA DE BIODIESEL PREVISTA NA SUÍÇA Matéria de notícia: http://www.prnewswire.com/news-releases/biodiesel-no-food-for-fuelnew-plant-in-switzerland-240293831.html Informações adicionais: http://www.indiegogo.com/projects/second-generation-biodiesel Na Suíça, a BF Commodities baseada em Lugano anunciou que irá construir uma refinaria de segunda geração de biodiesel no país. As instalações estarão prontas para serem operadas em junho e deverão produzir mais de 5.000 toneladas de biodiesel por ano de óleo de cozinha reaproveitado (UCO, sigla em inglês) e sebo. Baseado no protocolo "No Food for Fuel" (Nenhum Alimento para Combustível), o projeto da empresa em Lugano irá ajudar a trazer uma redução de mais de 12.000 toneladas de dióxido de carbono, que corresponde a emissões de 3.500 carros por ano.