Simulador Guia Pedagógico Título: Monte um Átomo Autores: (Equipe do projeto) Kelly Lancaster (líder e designer principal) Jonh Blanco (desenvolvimento do software) Sam Reid (desenvolvimento do software) Jack Barbera Suzanne Brahmia Julia Chamberlain Yuen-ying Carpenter Patricia Loeblein Emily B. Moore Robert Parson Ariel Paul Kathy Perkins Sharon Siman-Tov Conteúdos: átomo, estrutura atomica, elétron, próton, estabilidade, carga Tempo: 50 minutos Objetivos: Montar átomos a partir de suas partículas fundamentais (prótons, neutrons e eletrons). Reconhecer o elemento químico a partir de informações e modelos de átomos Identificar o número atômico, número de massa e a carga de um átomo Predizer como a adição ou subtração de um p´roton, neutron ou eletron mudará o elemento químico, a carga e a massa. Definir próton, neutron e elétron, átomo, elemento químico e íon. Simulador Guia Pedagógico Descrição: Simulador que permite montar um átomo a partir de suas partículas fundamentais (prótons, neutrons e eletrons), identificando o elemento químico e visualizando seus parâmetros como o número atômico, número de massa e carga. Permite ainda estabelecer uma relação entre prótons e nêutrons de modo a conferir estabilidade ao núcleo atômico. Produções Relacionadas: Fonte: Versão em Java: http://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/build-an-atom Versão em Html: http://phet.colorado.edu/sims/html/build-an-atom/latest/build-anatom_en.html 1. Introdução Vá ao site e clic no link para chegar a este simulador. Este simulador foi produzido em Java e em linguagem HTML. Esta última implica na possibilidade de uso direto do navegador (browser), sem a necessidade de download. Por isso, pode ser aberto em tablets e celulares com sistema Android. Na versão em Java, clic em “Copiar” (download) ou “Use Já”. Na versão em Html, clic no link e siga o procedimento abaixo. Como o grupo PhET atualmente está convertendo seus simuladores para Html aos poucos, ainda não existe a versão com tradução do inglês para o português para os termos empregados no simulador. Porém, a versão em Java, encontra-se traduzida para o português. Na versão em Html, a tela inicial do simulador “Monte um Átomo” (Build na Atom) está representada na Figura 01 e apresenta três links para atividades: “Atom”, “Symbol” e “Game”. As três opções ficam acessíveis na barra preta na base das telas de cada opção. Na versão para Java, são disponibilizadas duas abas: Construir Átomo e Jogo. Simulador Guia Pedagógico Figura01: Tela inicial do simulador Ao clicar em Atom, abre-se a tela da figura 02 Figura 02 - Janela da opção Atom Os prótons, nêutrons podem ser arrastados diretamente para a região central do átomo, onde se encontra um “X”, e os elétrons para as camadas. À medida que o átomo vai sendo construído, as informações que aparecem na tela vão sendo alteradas, como o símbolo do elemento na tabela periódica, a carga do átomo e o número de massa. O número máximo de prótons que podem ser Simulador Guia Pedagógico adicionados ao núcleo do átomo é dez, o que corresponde a um átomo do elemento neônio (Ne). Na caixa “Show” é possível selecionar as opções de visualização do nome do elemento químico (Element Name), classificação do átomo quanto a sua carga (Neutral/Ion) e a estabilidade do átomo (Stable/Unstable). A estabilidade está relacionada ao número de neutros necessária para estabilizar os prótons no núcleo do átomo. Também é possível optar entre o modelo com orbitas ou níveis de energia (Orbits) ou o modelo de nuvens (Cloud). A qualquer momento pode-se voltar ao início do simulador, apagando-se todas as informações e o átomo construído, utilizando-se o botão voltar: Clicando em Symbol, abre-se a tela da figura 03. Figura 03 – Janela da opção Symbol A diferença entre a janela Atom e a janela Symbol, é que esta última apresenta uma caixa Symbol que representa o átomo construído através do símbolo do elemento, do número atômico (à esquerda e abaixo do símbolo do elemento, na cor vermelha), do número de massa (canto superior esquerdo) e da carga (canto superior direito). Simulador Guia Pedagógico Na janela Game, existem quatro opções de jogos, como mostra a figura 04. Além das imagens que dão acesso aos jogos, existem dois botões: um relógio que habilita/desabilita a contagem de tempo para a resposta, e um alto-falante que habilita/desabilita o som. Na versão para Java, os mesmo jogos são identificados respectivamente por nível 1, 2, 3 e 4. Figura 04 - Janela da opção Game O primeiro jogo é “Encontre o elemento” (Find the element) e consiste em indicar na tabela o elemento químico a partir das informações sobre o átomo que podem estar em formato de número ou através do modelo com orbitas. Após selecionar o elemento, deve-se clicar no botão “Check” e aguardar a resposta. Para retornar a tela incial Game, clic no botão voltar: O segundo jogo é “Qual é o número de massa?” (What is the mass number?). Consiste em selecionar o número de massa a partir das informações sobre o átomo que podem estar em formato de número ou através do modelo com orbitas. Após selecionar o elemento, deve-se clicar no botão “Check” e aguardar a resposta. Para retornar a tela incial Game, clic no botão voltar: O terceiro jogo também é destinado para a seleção do número de massa, na janela de representação do elemento químico, a partir das informações sobre o átomo que podem estar em formato de número ou através do modelo com orbitas. Após selecionar o elemento, deve-se clicar no botão “Check” e aguardar a resposta. Para retornar a tela incial Game, clic no botão voltar: O quarto jogo mescla os jogos anteriores permitindo variações sobre as características de cada átomo. Ao final de cada jogo um escore é apresentado com o número de acertos e tentativas. Simulador Guia Pedagógico Como posso usar esse simulador na minha classe? Aqui estão algumas idéias: Você pode usar o simulador Construindo um Átomo: Na aula, os seus estudantes trabalham individualmente ou em pares em computadores. Como demonstração, projetando a simulação em uma tela. Você pode manipular a simulação, ou você pode selecionar os alunos para vir para frente e simular diferentes soluções para a classe. Como um jogo para avaliar os conhecimentos dos estudantes, cronometrando o tempo e registrando o número de acertos, usando os quatro tipos de jogos do simulador. Como lição de casa através de questões que problematizem o uso do simulador de forma que os estudantes joguem os jogos do simulador. O que se pode aprender jogando com o simulador? Muito! Os estudantes podem aprender: O número de prótons do átomo identifica o elemento químico, A carga do átomo está relacionada a diferença entre o número de seus prótons e de seus eletrons. O número de massa do átomo é a soma do número de seus prótons e de seus elétrons. Existe um número mínimo de neutrons que confere estabilidade ao núcleo atômico. Os alunos também podem: 3. Sugestões de atividades Para obter dicas sobre como usar o simulador do grupo PhET com seus estudantes, veja: Ideias para Aula (Guidelines for Inquiry Contributions e Using PhET Sims). Simulador Guia Pedagógico As simulações têm sido utilizados com sucesso, com trabalhos de casa, palestras, atividades em sala de aula, ou atividades de laboratório. Use-os para introdução aos conceitos, aprender novos conceitos, reforço de conceitos, como ajudas visuais para demonstrações interativas, ou perguntas durante a aula. Para ler mais, consulte Ensino de Física utilizando simulações PhET. Para as atividades e planos de aula escritos pela equipe PhET e outros professores, ver: Idéias & Atividades Professor 4. Questões para reflexão e discussão As simulações foram usadas com sucesso com trabalhos de casa, palestras, atividades em sala de aula, ou atividades de laboratório. Use-os para introdução aos conceitos, aprender novos conceitos, reforço de conceitos, como ajudas visuais para demonstrações interativas, etc. O núcleo está ampliado para permitir a interação – isso pode ser abordado em uma discussão em classe ou através de perguntas questionários. Os raios das órbitas no modelo de Bohr também não estão na proporção correta. Apesar de alguns íons não serem susceptíveis de ocorrer na natureza como H9-, uma vez que não existe um acordo claro quanto com isótopos, decidimos deixar os estudantes explorarem qualquer número de elétrons. Usamos a notação -3 em vez de 3 - para indicar a carga dos íons. O simulador não permite estados excitados, assim, se um estudante remover um elétron de uma camada interna, um elétron de uma camada eletrônica externa vai ocupar o espaço do elétron retirado, na realidade, seria também emitido um fóton. O jogo está disponível para ajudar os estudantes a desenvolver habilidades. Alguns estudantes ao participar dos jogos, podem alternar para a primeira guia para testar suas idéias e isso parece útil. Os níveis são projetados para ajudar os estudantes através de todas as metas de aprendizagem, mas não precisa ser feito em seqüência. 5. Fontes complementares / Referências No site do grupo PhET existem idéia para aulas que são enviadas por professores colaboradores de várias partes do mundo. Você também pode enviar sugestões de atividades para este simulador, através do link disponibilizado na página Simulador Guia Pedagógico (http://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/build-an-atom). 6. Avaliação Tendo como referencial teórico a Teoria da Aprendizagem Significativa, proposta por Ausubel (1968), propomos como avaliação, o uso deste recurso com as seguintes funções: 6.1 – Função Diagnóstica 6.2 – Função Facilitadora da Assimilação 6.3 – Função Consolidadora 6.1 - Função Diagnóstica Essa função consiste em levantar o conhecimento prévio dos estudantes. Quando o professor intenciona conhecer o que o estudante já sabe, usualmente, executa o recurso no início da aula, antes de abordar o conteúdo específico. A partir do uso do simulador, o professor pode estimular a memória do estudante com questões que levam à interpretação, a partir da construção de hipóteses fundamentadas em conceitos pré-existentes na estrutura cognitiva do estudante. 6.2 – Função Facilitadora da Assimilação O simulador pode ser executado concomitantemente à abordagem do conteúdo. Por exemplo, quando o simulador é executado visando destacar características gerais das moléculas associáveis a conceitos gerais e, a partir dessas características, buscar conceitos mais específicos que explicam o modelo. Dessa forma, o princípio da diferenciação progressiva pode ser contemplado. Este princípio está ligado ao próprio caminho que normalmente é traçado ao se observar um fenômeno. As características mais gerais são inicialmente percebidas pelos sentidos (alterações de cor, estrutura, temperatura, desprendimento de gases, etc.) e a partir dessas primeiras informações, a sequência pode ser planejada para levar a questionamentos cada vez mais específicos, que exijam a abstração, como o emprego de modelos explicativos. Entretanto, o principio nos parece mais facilmente aplicável ao uso do simulador é a reconciliação integrativa. O simulador pode ser usado para explorar relações entre idéias, apontar similaridades e diferenças significativas (principalmente por permitir a comparação entre moléculas diferentes), reconciliando discrepâncias reais ou aparentes. O estudante pode estabelecer relações, diferenciações, similaridades, e ainda, estabelecer novas hipóteses oriundas do desenvolvimento conceitual a partir de sua estrutura cognitiva. A interpretação pode ser feita através das relações de idéias e de comparações entre o estado inicial e o final Simulador Guia Pedagógico de uma transformação ou, entre sistemas semelhantes ou ainda, entre variáveis que influenciam a transformação. Dessa maneira, a reconciliação integrativa e a diferenciação progressiva podem ser favorecidas e o uso do simulador assume a função de Facilitadora da Assimilação do novo conhecimento. Tendo como objetivo essa função, o professor pode usar o simulador como um recurso que avalia o processo de ensino durante o próprio processo. Através das hipóteses e das relações estabelecidas pelo estudante diante do simulador é possível obter um retorno imediato sobre como estão se desenvolvendo os processos de ensino e de aprendizagem. Permite, portanto, ajustes durante o processo visando a consolidação dos conceitos abordados. Na função de Facilitadora da Assimilação, o conhecimento teórico é abordado de maneira a proporcionar um desenvolvimento de conceitos a partir do resultado das interações entre as observações do fenômeno e a estrutura cognitiva do estudante. Este pode confrontar as suas próprias representações e hipóteses sobre o fenômeno com explicações e modelo teóricos. Promovendo meios para a explicitação dos resultados dessa confrontação, o professor pode ter uma avaliação de sua ação ou desempenho, bem como de todos os recursos e estratégias utilizadas no processo de ensino. Ao mesmo tempo, pode ser realizada uma análise de como ocorreu o processo de aprendizagem, principalmente, dos fatores que favorecem ou dificultam os resultados esperados. 6.3 – Função Consolidadora Depois de abordado o conteúdo, o simulador pode ser usado pelo professor para obter uma idéia sobre a clareza, estabilidade e organização do novo conhecimento, constituindo assim, um alicerce para um conhecimento posterior. Ou seja, obter uma idéia sobre a consolidação do conhecimento. O simulador pode ser utilizado com a função Consolidadora do novo conhecimento também para permitir ao professor realizar uma avaliação global sobre o processo de ensino e de aprendizagem. Desse modo, é possível levantar dados que permitirão realizar ajustes e obter informações para novos planejamentos. Em geral, é possível obter tal avaliação global colocando o estudante diante de um fenômeno novo, ainda não estudado ou comentado, constituindo uma situação nova. A explicação desse fenômeno à luz da teoria abordada, ou dos conceitos abordados, consiste em um instrumento poderoso para o professor avaliar se houve ou não uma aprendizagem significativa, na medida em que o estudante revela o domínio desses conhecimentos assimilados. O fenômeno ou situação deve ser inédita, pois, essa é uma condição sine qua Simulador Guia Pedagógico non para avaliar se a aprendizagem foi significativa. Colocar o estudante diante de uma nova situação ou de um novo problema é a base do conceito de competência de Perrenound (2000) quando se refere a mobilização de recursos em uma situação prática nova. Se o problema proposto já é de conhecimento do estudante, a atuação do professor não está na zona de desenvolvimento proximal proposta por Vigotsky (2007), pois, para tal, deveria atuar entre o nível de desenvolvimento real, que já faz parte da estrutura cognitiva do estudante, e o nível de desenvolvimento potencial. Essas concepções sobre a aprendizagem distanciam-se da aprendizagem mecânica e implicam na necessidade de se avaliar o que pode ser elaborado pelo estudante a partir do que existe na sua estrutura cognitiva. As três funções propostas, na verdade, são formas de avaliação do processo de ensino e de aprendizagem que diferem quanto aos objetivos e o momento propício para sua aplicação. A concepção de avaliação que subsidia essa assertiva é de que esta é indissociável do processo, como define Hoffmann (2008), a “avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação” (HOFFMANN, 2008, p. 15). Avaliar através das três funções significa que: a avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento (ibid., p.19). Provavelmente, sob uma concepção de que avaliar significa classificação, caberia uma quarta função (possivelmente uma função chamada avaliativa) que atribuiria ao simulador o papel de compor a nota que vai representar o desempenho do estudante. Porém, essa função não seria coerente com a própria Aprendizagem significativa, pois, estaria mais adequada a aprendizagem por memorização, por tudo que já foi exposto até aqui. 7. Tempo previsto para a atividade Dependendo dos objetivos, o simulador poderá ser usado em uma aula (50 minutos), ou mais aulas. Também é possível incentivar que os alunos usem o simulador em casa a qualquer momento, explorando a interatividade proporcionada pelo simulador. 8. Requerimentos técnicos Simulador Guia Pedagógico Windows: Microsoft Windows XP/Vista/7 Sun Java 1.5.0_15 or later Macintosh: OS 10.5 or later Sun Java 1.5.0_19 or later Linux: Sun Java 1.5.0_15 or late