MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO 4ª Edição Maringá Sthampa Editora Gráfica 2013 FICHA TÉCNICA Título Capa Diagramação Tiragem : MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO : PROJETO DO NOVO LABORATÓRIO SÃO CAMILO : MARCIA LANG : 1.000 EXEMPLARES Copyright © 2013 para Laboratório São Camilo Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização do autor. IMPRESSÃO TELEFAX: |44| 3302-4411 MARINGÁ - PR [email protected] MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO GRUPO SÃO CAMILO divisão divisão (Biologia Molecular e Genética) Ciência em Benefício da Vida Ciência em Benefício da Vida divisão divisão Alimentos e Água Anatomia Patológica e Citopatologia Ciência em Benefício da Vida Ciência em Benefício da Vida divisão divisão Apoio a Laboratórios Centro Infantil Ciência em Benefício da Vida Ciência em Benefício da Vida divisão divisão Análises de Veterinária Diagnóstico por Imagem Ciência em Benefício da Vida Ciência em Benefício da Vida (Medicina Nuclear - Cintilografia) EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maringá Compromisso ético com os laboratórios apoiados. Apresentação Apresentação Apresentamos aos colegas, nossos parceiros dos laboratórios apoiados, a nova edição do nosso Manual de Procedimentos São Camilo, que traz de forma resumida os principais tópicos sobre exames em Análises Clínicas, Biotecnologia, Anatomia Patológica e Citopatologia, Toxicologia e Análises Veterinárias. Dados sobre coleta, envio, interpretação e interferências são tratados de forma objetiva, para consultas rápidas e precisas sobre os testes aqui apresentados. João Pedro Jock Piva CRF-Pr 17542 Diretor Laboratório de Alimentos e Água Léo Sérgio Ruggeri-TEAC CRF-Pr 1005 LR-CNEN Diretor Administrativo Karen Izumi Takeda de Sá - MSc CRBio 50886 Sergio Piva-Med.Pat.Clin CRM 5900 Diretor Científico Karina Maia Ruggeri Donita CRF-Pr 10714 Diretora de Qualidade Valério A. Balani-MSc CRBio 50.887 Maio 2013 MANUAL DE PROCEDIMENTOS GRUPO SÃO CAMILO MEDICINA DIAGNÓSTICA UNIDADES DE ATENDIMENTO MARINGÁ - PR UNIDADE CENTRO Centro, Rua Santos Dumont, 3430 UNIDADE CLINIPREV Rua Ver. Primo Monteschio 436 (Exclusivo para pacientes Cliniprev) UNIDADE PRES. KENNEDY UNIDADE CIDADE SHOPPING Vila Nova, Av Tuiuti 710, loja Q10 Centro, Prç. Presidente Kennedy, 16 UNIDADE HOSPITAL SÃO MARCOS(*) (Exclusivo para pacientes internados) UNIDADE HOSPITAL MARINGÁ(*) (Exclusivo para pacientes internados) UNIDADE TEIXEIRA MENDES Zona 5, Rua Dr. Luiz Teixeira Mendes, 1981 UNIDADE ALVORADA I J. Alvorada, Av. Pedro Taques, 1926 UNIDADE ALVORADA II J. Alvorada, Av. Pedro Taques, 2286 UNIDADE RIO BRANCO Zona 5, Av. Rio Branco, 886 UNIDADE INFANTIL Centro, Rua Santos Dumont, 3385 UNIDADE MANDACARU Mandacaru, Av. Mandacaru, 214-2 (*) unidades hospitalares com funcionamento 24 horas. DIVISÕES DIVISÃO DE ANATOMIA, PATOLOGIA E CITOPATOLOGIA Zona 5 - Av. Luiz T. Mendes, 1981 - 1º Andar DIVISÃO DE BIOTECNOLOGIA Zona 4 - Rua Conselheiro Tobias, 57 DIVISÃO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Zona 2 - Rua Santos Dumont, 3452 DIVISÃO DE APÓIO À LABORATÓRIOS Zona 2 - Rua santos Dumont, 3452 - 2º andar DIVISÃO DE VETERINÁRIA Centro - Rua Santos Dumont 3386 REPRESENTANTES Em vários estados . Contacto com a Divisão de Apoio. V GRUPO SÃO CAMILO GRUPO SÃO CAMILO MEDICINA DIAGNÓSTICA Nossa Central de Relacionamento está estruturada em dois Serviços, que tem a finalidade de padronizar e centralizar as informações, assim como informar com precisão. Para tanto, conta com equipamentos de tecnologia de ponta, através de transmissão por fibra ótica e via rádio, que proporcionam rapidez e segurança nos processos. SEALC- Serviço de Atendimento a Laboratórios Conveniados Estruturado para o melhor atendimento a Laboratórios apoiados. Tel: (44) 3221-5570 - Atendimento Tel: (44) 3221-5557 - Comercial e-mails gerais: [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] logí[email protected] e-mails específicos: a) Logística: [email protected] b) Gerência comercial: [email protected] c) Gerência técnica: [email protected] NOVIDADE: NOVAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO A PARTIR DE JULHO DE 2010. SEAGIMN – Serviço de Agendamento de exames de Imagem e Medicina Nuclear (este serviço entará em funcionamento em Agosto de 2010 e terá o seu início divulgado em tempo hábil). Telefone: (número será divulgado em tempo hábil) VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Índice Índice EXAMES Adenovirus - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 1,25-Dihidroxi-Vitamina D3 (Ver Vitamina D) . . . . . . . . . . . 1 Adenovírus Pesquisa nas Fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 2,5-Hexanediona na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 1 Adenovírus - Sorologia - Anticorpos IgG. . . . . . . . . . . . . . . . 22 17-OH-Pregnenolona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Adennovírus - Sorologia - Anticorpos IgM . . . . . . . . . . . . . . 22 17-OH-Progesterona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Aglutininas ABO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 25-OH-Vitamina D3 (Ver Vitamina D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Albumina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3-Alfa-Diol-Glucoronídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Alanina Aminotransferase-ALT (TGP) 5-Nucleotidase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 (Ver Transaminases). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Acanthamoeba SSP - Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Aldolase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Acetilcolina-Anticorpos Anti-Receptor de . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Aldosterona sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Acetona na urina (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 5 Aldosterona urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Ácido 2-Tio-Tiazolidina 4-Carboxílico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Alfa Fetoproteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Ácido 5-Hidroxiindolacético – (5HIAA) . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Alfa-1-Antitripsina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Ácido Cítrico Urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Alfa-1-Antitripsina fecal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Ácido Cítrico no esperma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Alfa-1-Antitripsina – Diagnóstico Molecular de Mutação . . 27 Ácido Delta Aminolevulínico (Toxicologia ocupacional) . . . 7 Alfa-1-Glicoproteína Ácida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Ácido Delta Aminolevulínico Desidratase – Ativividade Alfa-2-Macroglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Alimentos Transgênicos – Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Ácido Fenilglioxílico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 8 Alumínio sérico (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 28 Ácido Fólico Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Alumínio na urina (inclui Toxicologia ocupacional) . . . . . . 29 Ácido Fólico Hemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Amebíase – Sorologia – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Ácido Hipúrico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . 9 Amilase sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Ácido Homogentísico / Alcaptonúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Amilase urinária – 24 horas ou 2 horas . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Ácido Homovanílico – Urina de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . 10 Amilóide - Proteína. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Ácido Lático / Lactato – Plasmático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Aminoácidos totais (nitrogênio alfa-amínico) . . . . . . . . . . . 31 Ácido Lático – Prova Isquêmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Aminoácidos – cromatografia – plasma ou urina . . . . . . . . . 31 Ácido Mandélico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 12 Amônia plasmática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Ácido Metil-hipúrico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 13 Amônia urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Ácido Oxálico / Oxalato na urina de 24 horas . . . . . . . . . . . 13 AMP cíclico plasmático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Ácido Pirúvico Sérico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 AMP cíclico urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Ácidos Graxos-Pesquisa nas Fezes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Anatomia Patológica (solicitar manual específico) . . . . . . . 35 Ácidos Graxos Livres (Nefa) Séricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Androstenediona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Ácidos Orgânicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Aneuploidias dos Cromossomos - Estudo Genético. . . . . . . . 35 ÁcidoTrans-Trans Mucônico (Toxicologia Ocupacional) . . 15 Algeman-Prader-Willi-Síndrome . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Ácido Tricloracético (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 16 Anticoagulante lúpico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Ácido Úrico Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Anticorpos anti-cardiolipina (IgG, IgA ou IgM) . . . . . . . . . . 37 Ácido Úrico na urina de 24 horas ou ao acaso . . . . . . . . . . . 17 Anticorpos anti-caxumba – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Ácido Úrico no líquido sinovial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Anticorpos anti-caxumba – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Ácido Úrico – Pesquisa de cristais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Anticorpos anti-células parietais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Ácido Valpróico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Anticorpos anti-CCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Ácido Vanilmandélico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Anticorpos anti-DNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Acondroplasia – Diagnóstico Molecular . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Anticorpos anti-endomísio (IgG, IgA ou IgM) . . . . . . . . . . . 39 ACTH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Anticorpos anti-GAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Actina-Autoanticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Anticorpos anti-gliadina (IgA,IgG ou IgM) . . . . . . . . . . . . . 40 Adenosina Deaminase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Anticorpos anti-histona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 VII GRUPO SÃO CAMILO VIII Anticorpos anti-HIV I/II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Barbituratos – Pesquisa (ver drogas de abuso – pesquisa) . . 64 Anticorpos anti-HIV confirmatório – Western Blot . . . . . . . 42 Bartonella henselae - Anticorpos Anti-IgG e IgM . . . . . . . . . 64 Anticorpos anti-ilhotas de Langerhans . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Bence-Jones – Proteína de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Anticorpos anti-insulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Benzodiazepínicos – Pesquisa (ver drogas de abuso Anticorpos anti-mitocôndria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 – pesquisa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Anticorpos anti-músculo liso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Benzoilecgonina (cocaína) – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Anticorpos anti-Mycoplasma pneumoniae – IgG . . . . . . . . . 44 Beta-2-Glicoproteina I - Anticorpos IgG e/ou IgM . . . . . . . . 65 Anticorpos anti-Mycoplasma pneumoniae – IgM . . . . . . . . 44 Beta-2 - Microglobulina Sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Anticorpos anti-neutrófilos ( C-ANCA e P-ANCA) . . . . . . 45 Beta-Caroteno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Anticorpos anti-ovário – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Beta-HCG no LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Anticorpos anti-peroxidase (TPO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Beta-HCG Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Anticorpos anti-RNP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Beta-HCG quantitativo gestacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Anticorpos anti-sarampo – IgG Big-Prolactina (ver macroprolactina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 (ver Sarampo – IgG sorologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Bilirrubinas totais e frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Anticorpos anti-sarampo – IgM Bismuto sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 69 (ver Sarampo – IgM sorologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Bismuto urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 69 Anticorpos anti-SCl-70 (anti-DNA-Tropoisomerase) . . . . . 47 Biotinidase – ver teste do pezinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Anticorpos anti-SSA/RO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Blastomicose - PCR (Paracoccidioides Brasiliensis) . . . . . . 70 Anticorpos anti-SSB/LA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Blastomicose - PCR Qualit. (P. Brasiliensis) BIOMOL SC . . 70 Anticorpos anti-tireoglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Blastomicose – Pesquisa (Paracoccidioidomicose) . . . . . . . 70 Anticorpos anti-tirosino-fosfatase – IA2 . . . . . . . . . . . . . . . 48 Blastomicose (Paracoccidioidomicose) – sorologia . . . . . . . 71 Anticorpos anti-nucleares (FAN) – anticorpos contra Borrelia burgdorferi – Anticorpos anti- (ver Lyme – antígenos celulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 anticorpos para doença de) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Antifungigrama. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Borrelia burgdorferi – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Antimulleriano - Hormônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Borrelia burgdorferi – Cultura para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Antioxidantes Totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 BRCA1 e BRCA2 – pesquisa de mutações . . . . . . . . . . . . . 72 Antitrombina III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Brucelose – aglutinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Apolipoproteína A1 (APO A1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Brucelose – Prova lenta veterinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Apolipoproteína B (APO B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 CA – 125 II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Apolipoproteína E – estudo genético . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 CA – 15-3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Aptidão Esportiva - Teste do Geneactn3 e Teste Plus . . . . . . 55 CA – 19-9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Aquaporina-4 - Anticorpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 CA – 72-4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Arilsulfatase A e B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Cádmio sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 76 Arsênico no Sangue (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . 56 Cádmio urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 77 Arsênico na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 57 Cálcio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 ASLO – Antiestreptolisina 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Cálcio iônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Aspartato Aminotransferase – AST (TGO) Cálcio urinário – urina ao acaso ou urina de 24 horas . . . . . 78 (Ver Transaminases) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Calcitonina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Aspergillus Fumigatus - PCR - BIOMOL-SC . . . . . . . . . . . . 57 Cálculo Biliar - Análise Físico-Química. . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Aspergillus SPP PCR - BIOMOL-SC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Cálculos urinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Aspergilose – Sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Canabinóides (THC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Ataxias – Estudo molecular do painel de - . . . . . . . . . . . . . . 59 Canal de Cálcio - Anticorpos Anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 BAAR – Bacilos Álcool Ácido Resistentes – Pesquisa . . . . 59 Candida albicans ou Candida ssp - PCR QUALITATIVO . . . 81 Bacterioscopia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Capacidade de fixação do ferro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Bacterioscopia de fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Carbamazepina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Bacterioscopia de Hansen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Carboxihemoglobina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 83 Bacterioscopia para Mycobacterium tuberculosis e outros Cariótipo com bandeamento G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 BAAR (exclui bacilo de Hansen) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Cariótipo para pesquisa, de cromossomo X-frágil . . . . . . . . 85 Bacterioscopia para bacilo diftérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Catecolaminas plasmáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Bandas oligoclonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Catecolaminas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Caxumba – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Cloro / Cloretos – sangue, LCR, suor, urina . . . . . . . . . . . . 112 CCR5 - Gene - Detecção - Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Cobalto na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 113 CD4, CD8 e CD3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Cobre no sangue (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 113 CEA – antígeno carcinoembriogênico . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Cobre na urina (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 114 Células LE – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Cocaína – Pesquisa (ver benzoilecgonina) . . . . . . . . . . . . . 114 Células orangiófilas no líquido amniótico . . . . . . . . . . . . . . 90 Coccídios – Pesquisa ( Ver Criptosporidium ssp) . . . . . . . . 115 Ceruloplasmina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Colesterol – HDL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 Cetonemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Colinesterase (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 115 Chagas – doença de – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92 Complemento e Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Chagas - PCR - Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 Composto S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 Charcot-Marie-Toothia - Síndrome - Diagnóstico Molecular 93 Contagem sedimentar de Addis-Hamburger . . . . . . . . . . . . 118 Chlamydia pneumoniae (Chlamydophila pneumoniae) – Coombs Direto – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Coombs Indireto – teste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 Chlamydia pneumoniae (Chlamydophila pneumoniae) – Coprológico funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 anticorpos IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Coproporfirinas urinárias (inclui Toxicologia Ocupacional) . 121 Chlamydophila psittaci - Anticorpos IgG e IgM . . . . . . . . . . 95 Corpos cetônicos na urina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Chlamydophila psittaci - PCR Qualit. Biomol. SC . . . . . . . . 95 Corpúsculos de Heinz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoeae – PCR Cortisol sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 Qualitatito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 Cortisol livre urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 Chlamydia trachomatis – PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Cortisol salivar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Chlamydia trachomatis – pesquisa EIE . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Creatina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Chlamydia trachomatis – pesquisa IFD . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Creatinina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Chlamydia trachomatis – IgG, IgA ou IgM – sorologia . . . . 97 Creatinina urinária de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Chumbo no sangue total ( toxicologia ocupacional) . . . . . . 98 Creatinina urinária – amostra ao acaso . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Chumbo urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 98 Creatinina no líquido amniótico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Ciclosporina A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Creatinina Clearance (depuração) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Cistatina C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Creatinofosfoquinase – CK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Cisticercose – sorologia (ELISA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Creatinofosfoquinase – fração MB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 Cisticercose – LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Crioaglutininas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 Cistinúria – Dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Criofibrinogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Citograma nasal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Crioglobulinas – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Citologia conjuntival . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Cryptococcus ssp – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Citológico do líquido prostático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Criptococos – polissacarídeos – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . 131 Citologia hormonal seriada Criptosporídeos e outros protozoários fecais . . . . . . . . . . . 131 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Citologia hormonal uma amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Cristais - Pesquisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Citologia oncótica cérvico-vaginal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Cromatina sexual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Citológico de lesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Cromatografia de aminoácidos – neonatal/qualitativa Citológico de escarro / lavado brônquico . . . . . . . . . . . . . . 106 (ver Aminoácidos–cromatografia–plasma, urina) . . . . . . . . 133 Citológico de líquido ascítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Cromo sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 133 Citológico de líquido sinovial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Cromogranina - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 Citomegalovírus – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Cromo na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 134 Citomegalovírus - PCR quantitativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Cromossomo Philadelphia – Translocação BCR-AL . . . . . 134 Citomegalovírus – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Cromossomo Y – microdeleções – estudo genético – PCR . 134 Citomegalovírus – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 C-Telopeptídeo - CTX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 Citomegalovírus – antigemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 Cultura de escarro – qualitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 Citomegalovírus – IgG e/ou IgM no LCR . . . . . . . . . . . . . 110 Cultura de fungos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Citomegalovírus – Avidez (IgG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Cultura de urina (ver urina cultura com contagem Citosol Hepático Tipo 1 - Anticorpos Anti . . . . . . . . . . . . . . 111 de colônias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Clements – Teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 Cultura em geral (ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Clostridium difficile - Pesquisa de Toxina A e b. . . . . . . . . . 112 Especiais do Laboratório São Camilo – páginas 15 a 43) . 136 IX GRUPO SÃO CAMILO X Cultura para anaeróbios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 Eritropoietina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Cultura para BAAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 EЯЯos inatos do metabolismo – teste de triagem . . . . . . . 163 Cultura para Campylobacter ssp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Escherichia Coli - Detec. e Genot. (Epec, Stec, Eac e Eiec) Cultura para Coqueluche (Bordetella pertussis) . . . . . . . . . 138 Biomol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164 Cultura para Garderella vaginalis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 Escherichia Coli - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . 165 Cultura para Helicobacter pylori . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 Espermograma (Semiograma ou análise do líquido Cultura para Leptospiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 espermático) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 Cultura para Vibrio cholerae e outros vibrios . . . . . . . . . . . 140 Estanho Urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Cultura para Yersinia enterocolitica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 Esteatócrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Curva insulínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 Estradiol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Curva de resistência dos eritrócitos à hemólise . . . . . . . . . 142 Estriol Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169 D-Dímero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 Estrona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170 D-Xilose – teste de absorção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Exame a fresco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171 Dehidropiandorsterona – DHEA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Exame de urina – rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 Dehidroepiandrosterona Sulfato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 Fator V (Fator Lábil) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Desidrogenase lática – LDH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 Fator V de Leiden . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Dengue - Detec. e Genotipagem PCR RT - Biomol SC . . . . 147 Fator VII (Proconvertina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177 Dengue – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 Fator VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177 Dengue – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Fator IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 Dengue – pesquisa do antígeno NS1 . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 Fator X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 Deoxipiridinolina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 Fator XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 Diazepan – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Fator XII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 Diclorodifenildicloroetileno Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Fator XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 Diclorodifeniltricloroetano Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Fator anti-nuclear (FAN) – (ver Anticorpos contra antígenos Difenilhidantoína – (ver Fenitoína) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 celulares) Difteria - Anticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Fator Du – Rh fraco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 Digoxina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Fator Intrínseco - Anticorpos Anti-. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 Distrofia de Becker-Duchenne – diagnóstico molecular . . 153 Fator natriurético atrial (ver pro-BNP) . . . . . . . . . . . . . . . . 180 Doença Celíaca - Perfil Genético Básico - Biomol SC . . . . 153 Fator Reumatóide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 Doença de Charcot-Marie-Tooth 1ª – diagnóstico Fenilalanina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 molecular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Fenitoína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 Doença de Gaucher – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . 154 Fenobarbital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182 Doença de Hutington – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . 154 Fenol urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 182 Doença de Kennedy – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . 154 Ferritina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183 Drogas de abuso – triagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 Ferro Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 DST - Painel Masculino Ampliado, PCR . . . . . . . . . . . . . . . 155 Fibrinogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 DST - Painel Masculino Básico, PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Fibrose cística – pesquisa microbiológica . . . . . . . . . . . . . 185 DST - Painel Masculino Intermediário. . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Fibrose cística – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . . . . . 185 Eletroforese de hemoglobina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Filária – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186 Eletroforese de lipoproteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 Fluoretos / Flúor na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . 186 Eletroforese de proteínas séricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 Formoldeído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186 Eletroforese de proteínas no LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Fosfatase ácida próstata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 Eletroforese de proteínas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Fosfatase ácida total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 Enolase neurônio específica (ENS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 Fosfatase alcalina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188 Enterovírus - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . . . . . 160 Fosfatase alcalina – frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188 Enzima conversora da angiotensina (ECA) . . . . . . . . . . . . . 161 Fosfatase alcalina – leucocitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189 Eosinófilos - Pesquisa em Muco Nasal - Ver Fosfolípides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189 Citograma Nasal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 Fósforo sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 Epstein-Barr vírus – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 Fósforo urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 Epstein-Barr vírus – Sorologia IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . 162 Frutosamina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Frutose – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 Hepatite B - anti HBs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224 Frutose – dosagem no esperma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 Hepatite B – HbsAg (antígeno de superfície do vírus da FSH – hormônio folículo estimulante . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 Hepatite B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224 FTA-ABS – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 Hepatite B – Perfil Sorológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 FTA-ABS – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 Hepatite C – anti-HCV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 Gabapentina – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 Hepatite C – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226 Galactosúria – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 Hepatite C – PCR quantitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226 Gama-Glutamil-Transferase (Gama GT) . . . . . . . . . . . . . . 196 Hepatite C – Genotipagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 Gasometria (arterial ou venosa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Hepatite D – IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 Gastrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Hepatite E – anticorpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228 Gaucher - Doença de (N370s, L444P e R463C). . . . . . . . . . 198 Herpes Plus - (HHV - 1,2,3,4,5,6,8) Biomol . . . . . . . . . . . . 228 Glicose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198 Herpes Simples - 1 e 2, Deter. + Genoti. - Biomol . . . . . . . . 229 Glico-Hemoglobina (ver Hemoglobina Glicada) . . . . . . . . 200 Herpes Simples I/II - IgG e/ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230 Glicose pós-prandial ou glicose potencializada . . . . . . . . . 200 Herpes Simples - PCR, Vírus 1 e 2 - Biomol SC . . . . . . . . . 230 Glicose 6-Fosfato Dehidrogenase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 Herpes Tipo 6, PCR (HHV-6, Roseola), Biomol . . . . . . . . . 231 Glicose 6-Fosfato Dehidrogenase – mutação 202 (G6PD) . 201 Herpes Tipo 7, PCR (HHV-7, Roseola), Biomol SC . . . . . . 231 Glicosúria – pesquisa qualitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Herpes Tipo 8, PCR (HHV-8, Sarcoma de Kaposi) . . . . . . . 232 Glicosúria – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Herpes Tipo 6 e 7, PCR (HHV-6,7, Roseola), Genotipagem Globulina Transportadora de Hormônios Sexuais – SHBG . 202 Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232 Glucagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 Hexaclorociclohexano Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233 Glutationa Peroxidase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 Hexosaminidase - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233 Glutationa Redutase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204 HGH – hormônio do crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233 Gonadotrofina Coriônica Testicular . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204 Hidatidose – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235 Gordura Fecal – pesquisa ou dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . 204 Hidroxiprolina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235 Haemophilus ducreyi – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 Hipertensão - Perfil Genético Básico para Pré-disposição . . 236 Ham – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206 Histona – anticorpos- anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 Haptoglobina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206 Histoplasma capsulatum - Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 Helicobacter pylori – anticorpos IgG, IgA ou IgM . . . . . . 207 Histoplasmose - PCR - Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . 237 Helicobacter pylori – PCR – RT qualitativo . . . . . . . . . . . 207 Histoplasmose – sorologia para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 Hemácias dismórficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 HIV-1, PCR Qualitativo (DNA Pró-Viral) - Biomol SC. . . . 238 Hematozoários – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 HIV – anticorpos anti (ver anticorpos anti-HIV I/II) . . . . . 238 Hemocromatose – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . . . . 208 HIV – anticorpos anti- confirmatório – Western Blot Hemocultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 (ver anticorpos anti-HIV – confirmatório – Western Blot) . 238 Hemoglobina A2 (ver Eletroforese de hemoglobina) . . . . . 209 HIV – PCR carga viral (quantitativo) . . . . . . . . . . . . . . . . . 238 Hemoglobina fetal (ver Eletroforese de Hemoglobina) . . . . 209 HIV – teste de resistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239 Hemoglobina glicada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 HLA-B27 – PCR Tempo Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240 Hemoglobina H (ver Eletroforese de Hemoglobina) . . . . . 212 HOMA (avaliação de modelo homeostático) (BcC e %RI) 241 Hemoglobina S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 Homocisteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241 Hemograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 Homocisteína – após estímulo de metionina . . . . . . . . . . . 242 - Morfologia Eritrocitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218 Homocisteína - Mutação do Gene A1298C - Biomol SC. . . 242 Hemossedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 Homocisteína, Gene da MTHFR - Mutação Hemossiderina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 C667T e a 1298C - PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 Hepatite A – IgG (HVA-IgG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 HPV – papilomavírus humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 Hepatite A – IgM (HVA-IgM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 HTLV I/II – anticorpos anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 Hepatite B – HbeAg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 HTLV I/II PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245 Hepatite B – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 Identificação de helmintos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245 Hepatite B – PCR quantitativo (carga viral) . . . . . . . . . . . . 222 IgA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245 Hepatite B – anti-HBc-IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222 IgA salivar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 Hepatite B – anti-HBc-IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223 IgD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 Hepatite B – anti-HBe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223 IgE total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248 XI GRUPO SÃO CAMILO IgE específico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249 Líquido sinovial – rotina básica (LS) . . . . . . . . . . . . . . . . . 276 IgF-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250 Liquor (LCR) – análise de rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278 IgFBP-3 (proteína ligadora de IgF-1) . . . . . . . . . . . . . . . . . 251 Listeriose – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279 IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252 Lítio – dosagem para controle terapêutico . . . . . . . . . . . . . 280 IgG – subclasses da – (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) . . . . . . . 253 LKM-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253 Lyme (Borreliose) – anticorpos para doença de – - Propriedades principais de cada classe de IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 imunoglobulina e das sub-classes das IgG . . . . . . . . . . . . . 255 Maconha – pesquisa de (ver tetrahidrocanabinol ou Imunocomplexos circulantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255 drogas de abuso) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282 Imunofixação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255 Macroprolactina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282 Inclusão citomegálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256 Magnésio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283 Influenza A (H1N1) - PCR Qualitativo - Biomol SC . . . . . . 256 Magnésio urinário – urina de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . . 283 Inibidor da C1 estearase – funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 Magnésio urinário – amostra ao acaso . . . . . . . . . . . . . . . . 284 Inibidor da C1 estearase – quantitativa . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Malária – pesquisa de antígeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284 Inibina - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Maloilaldeído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285 Inibina - B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Manganês urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 285 Insulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259 Manganês sérico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 286 Interleucina 28B (IL28-B), Polimorf. - Biomol SC . . . . . . . 259 MCAD – diagnóstico molecular da mutação . . . . . . . . . . . 286 Isopropanol na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 260 MCAD - Mutação do Gene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286 Isospora belli – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260 MCAD – neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 Kleinhauer – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261 Melanina – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 KPC, Detecção Molecular Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . 261 Mercúrio urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 288 Lactato ( ver ácido lático) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262 Metahemoglobina (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . 288 Lactose - Det. Genética da Intolerância - Biomol SC. . . . . . 262 Metanfetamina – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289 Lactose - Asiáticos - Det. Genética da Intolerância - Metanefrinas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289 Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262 Metanol urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 290 Lamotrigina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263 Metiletilbutilacetona – urinária (ver Metiletilcetona) . . . . . 290 LDH (ver dehidrogenase lática) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263 Metilenotetrahidrofolato redutase – mutação . . . . . . . . . . . 290 Legionella dumoffi – PCR – qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 263 Metiletilcetona – urinária (Toxicologia Ocupacional) . . . . 291 Legionella pneumophilla – anticorpos – IgG . . . . . . . . . . . 264 Micetomas – pesquisa de (Teste Especial) . . . . . . . . . . . . . 291 Legionella pneumophilla – anticorpos – IgM . . . . . . . . . . . 264 Micológico (ver fungos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292 Legionella pneumophilla – PCR qualitativo Micoplasmas – antibiograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292 (vide Legionella dumoffi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265 Micoplasmas (Ureaplasma urealyticum, Leishmaniose – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265 Mycoplasma hominis) – cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293 Leishmaniose – sorologia IgG e IgM humanas . . . . . . . . . 265 Microalbuminúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293 Leptospira interrogans – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . 266 Mielograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294 Leptospirose – aglutinação microscópica . . . . . . . . . . . . . . 266 Mineralograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296 Leptospirose – pesquisa em líquidos biológicos . . . . . . . . 267 Mioglobina – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297 Leucócitos nas fezes, pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267 Mioglobina na urina – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297 Leveduras – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268 Mononucleose – anticorpos heterófilos . . . . . . . . . . . . . . . . 298 LH- hormônio luteinizante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269 Morfologia Estrita dos Espermatozóides . . . . . . . . . . . . . . . 298 LH-RH teste de estímulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270 MRSA – qualitativo ou quantitativo (Staphylococcus Licopeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271 aureus – resistente à Meticilina) PCR em tempo real . . . . . 299 Lipase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271 Mucopolissacaridose – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300 Lípides totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272 Mycobacterium tuberculosis – EIE anticorpos totais . . . . . 300 Lipoproteína (a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272 Mycobacterium Tuberculosis, PCR Qual. - Biomol. SC . . . 301 Líquido amniótico – espectrofotometria e outros testes XII . . 273 Mycoplasma genitalium – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . 302 Líquido amniótico – relação lecitina/esfingomielina . . . . . 273 Mycoplasma hominis – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 302 Líquido ascítico – rotina básica (LAsc) . . . . . . . . . . . . . . . 274 Mycoplasma pneumoniae – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . 303 Líquido pleural – rotina básica (LP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275 Mycoplasma pneumoniae – sorologia IgG ou IgM . . . . . . 303 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Neisseria gonorrhoeae – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . 304 Prolactina – teste de estímulo com TRH . . . . . . . . . . . . . . 322 Níquel urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 304 Proteína C funcional (coagulação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322 Níquel sérico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . 305 Proteínas de Bence-Jones (ver Bence-Jones – proteínas) . . 323 N-Metilformamida na urina (Toxicologia Ocupacional) . . 305 Proteína S funcional (coagulação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323 Nucleossomo - Anticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305 Proteína S - Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323 Opiáceos – pesquisa (ver Drogas de abuso) – pesquisa . . . . 306 Proteína C Reativa – quantitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324 Osmolalidade sérica ou urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 Proteína C Reativa ultrassensível (ver PCR ultrassensível) . . 324 Osteocalcina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 Proteínas total e frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324 Oxalatos (ver ácido oxálico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Proteinúria de 24 horas / de 12 horas / e ao caso . . . . . . . . 325 Oxazepan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Protoporfirina livre eritrocitária (Toxicologia Oxcarbazepina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326 Painel de trombofilia – ver itens isolados : Fator V de Leiden, Protrombina – mutação G20210A – PCR qualitativa . . . . . 326 Mutação G20210A do gene da Protrom-bina e Mutação do Prova de Gilbert (restrição calórica – teste de) . . . . . . . . . . 327 gene da Metilenotetrahidrofolato redutase . . . . . . . . . . . . . 308 PSA – antígeno prostático específico – total . . . . . . . . . . . 327 Painel ginecológico Ampliato (DSTs) HPV, Detecção e PSA – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328 Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neiseria gonorrhoeae, Reabsorção tubular de fósforo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328 Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma Renina plasmática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329 urealyticum; Trichomonas vaginalis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308 Resistência globular à hemólise (ver curva de resistência Painel ginecológico Básico (DSTs) HPV, Detecção e à hemólise) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329 Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Restrição calórica – teste de (ver Prova de Gilbert) . . . . . . 329 Neiseria gonorrhoeae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308 Reticulócitos – contagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329 Para-aminofenol – urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . 308 Retração do coágulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330 Papilomavírus (ver HPV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Risco de cárie dentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330 Paracoccidioides (ver Blastomicose) . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Rotavírus – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331 Paratormônio – molécula intacta (PTH) . . . . . . . . . . . . . . . 309 Rubéola IgG avidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331 Parvovírus B19 – sorologia IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . 310 Rubéola - PCV Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . 332 Parvovírus B19 – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310 Rubéola – sorologia IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 332 Parietais – anticorpos anti- células . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311 Rubéola – sorologia IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333 Pasteurella Multocida, PCR Qualita., Biomol SC Novo . . . 311 Salmonella SPP - PCR Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . 333 PCR – ultrassensível (PCRus) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312 Salmonella typhi - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334 Pentaclorofenol (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . 312 Sangue oculto humano – ac.monoclonais – EIE . . . . . . . . . 334 Peptídeo C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313 Sangue oculto humano – complexo HB – HP . . . . . . . . . . 334 pH fecal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313 Sangue oculto – teste químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335 Piridinolina D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314 Sarampo IgG – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335 Plaquetas (inclui morfologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315 Sarampo IgM – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336 Plaquetograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315 Sarcoptes scabiei – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336 Plasmodium – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316 Selênio na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 336 Pneumococos - Anticorpos - IgG (Streptococcus Selênio no sangue (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 337 pneumoniae) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316 Serotonina na urina (ver Ácido 5-Hidroxiindolacético) . . . 337 Pneumocystis jirovesi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316 Serotonina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337 Pneumocystis jirovesi - PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 317 Sexagem Fetal - Teste de Amostra Materna . . . . . . . . . . . . . 338 Porfobilinogênio – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317 Sézary - Células de - Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338 Porfobilinogênio – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318 SHBG (ver globulina transportadora de Potássio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318 hormônios sexuais) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338 Potássio urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319 Síndrome de Gilbert – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . 338 Primidona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319 Síndrome de Turner – pesquisa de cromossomo Y . . . . . . . 339 Pro-BNP – Peptídeo Natriurético Cerebral . . . . . . . . . . . . . 319 Sirio Limus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 Progesterona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320 Sódio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 Prolactina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321 Sódio urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 340 Prolactina – macro (ver macroprolactina) . . . . . . . . . . . . . 322 Somatomedina C ( ver IgF-1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341 XIII GRUPO SÃO CAMILO XIV Sub-classes de IgG (ver IgG subclasses) . . . . . . . . . . . . . . 341 Treponema – anticorpos - ELISA IgG ou IgM . . . . . . . . . 365 Substâncias redutoras nas fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341 Trichomonas vaginalis - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . 365 Superóxido dismutase (SOD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341 Triclorocompostos totais na urina T3 – Triiodotironina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342 (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365 T3 – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342 Tricograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 366 T4 – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 Triglicérides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368 T4 – Neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 Tripsina neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 370 T4- tiroxina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 Trombofilias - Painel Ampliado - PCR - Biomol SC . . . . . . 370 Tacrolimus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 Trombofilias - Painel Básico - PCR - Biomol SC . . . . . . . . 371 TBG (globulina transportadora de tiroxina) . . . . . . . . . . . . 345 Trypanossoma cruzi – pesquisa direta . . . . . . . . . . . . . . . . 371 Tempo de lise das euglobulinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346 Troponina T ou I - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372 Tempo de protrombina automatizado (TP) . . . . . . . . . . . . . 346 TSH – neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372 Tempo de tromboplastina parcial ativado TSH – ultrassensível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373 (KPTT automatizado) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347 TSH – teste do estímulo com TRH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 374 Teofilina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348 Ureaplasma ssp – (ver Micoplasmas – cultura) . . . . . . . . . 374 Testes de estímulo (Ver Manual de coleta de Ureaplasma SPP - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . 374 materiais clínicos especiais do laboratório São Camilo, Ureaplasma parvum ou U.urealyticum – PCR a partir da página 55) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349 qualitativo (vide item abaixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375 Teste de paternidade (investigação de paternidade) . . . . . . 349 Ureaplasma urealyticum + U.parvum – PCR qualitativo . . 375 Testosterona livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350 Uréia sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375 Testosterona total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351 Uréia urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376 Testosterona biodisponível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353 Uréia - teste de depuração (clearance) . . . . . . . . . . . . . . . . 376 Tetrahidrocanabinol – THC (metabólito da maconha) . . . . 354 Urina cultura + contagem de colônias + antibiograma Tiocianato urinário (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . 355 (se necessário) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377 Tireoglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355 Urocitograma seriado (1 a 4 amostras) . . . . . . . . . . . . . . . . 377 Tirosinúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 356 Varfarina - Sensibilidade a - Polimorfismos . . . . . . . . . . . . . 378 Toxocaríase – sorologia – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . 356 Varicella-zoster – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378 Toxoplasmose – IgA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357 Varicella-zoster – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379 Toxoplasmose - IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357 Vasopressina - Hormônio anti-diurético . . . . . . . . . . . . . . . . 379 Toxoplasmose – IgG avidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359 VDRL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380 Toxoplasmose neonatal - IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359 Vigabatina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380 Toxoplasmose - PCR – qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360 Vitamina A (retinol) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380 TPO – anticorpos anti peroxidase tireoidiana Vitamina B12 (cobalamina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 (ver anticorpos anti-peroxidase) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360 Vitamina C (ácido ascórbico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382 Trab – anticorpos anti-receptores de TSH . . . . . . . . . . . . . 360 Vitamina D – 1,25 dihidroxi ou Vitamina D 25-Hidroxi . . 383 Transglutaminase tecidual IgA ou IgG . . . . . . . . . . . . . . . . 361 Vitamina E (tocoferol) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384 Transaminases glutâmico oxalacética (AST) e Waaler Rose – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384 glutâmico pirúvica (ALT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 361 Weil Felix – Reação de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385 Transferrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363 Widal – Reação de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385 Translocação BCR-ABL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364 X-Frágil - Pesquisa - MTP-PCR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 386 Translocação BCR-ABL-PCR (P210 - transcritos Zinco sérico (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 386 b2as;b3a2). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364 Zinco urinário (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 386 Treponema – IFI (ver FTA-ABS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365 Zinco – Protoporfirina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 387 MANUAL DE PROCEDIMENTOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Andriolo, A. – Medicina Laboratorial, 2ª Ed. Manole, São Paulo, 2007. Carrazza, F.R. e Andriolo, A. – Diagnóstico Laboratorial em Pediatria, 1ª Ed. Sarvier, São Paulo, 2000. Ciriades, P.G.J. – Manual de Patologia Clínica, 1ª Ed., Atheneu, São Paulo, 2009. Dieusaert,P – Guide Pratique des Analyses Medicale, Ed. Maloine, Paris, 2ª Ed., 2001. Ferreira, A.W. e Ávila, S.L.M. – Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e Auto-Imunes, 2ª Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001. Focaccioa, R. – Tratado de Hepatites Virais, 2ª Ed., Atheneu, São Paulo, 2007. Gayotto, L.C.C. e Alves, V.A.F. et al – Doenças do Fígado e Vias Biliares, Atheneu, São Paulo, 2001. Grevers, G. e Röcken, M. – Atlas de Alergologia – Fundamentos, diagnóstico e clínica, 1ª Ed. Artmed, Porto Alegre, 2003. Guedes, E.P. et al. – Endocrinologia, 1ª Ed. Editora Rubio, Rio de Janeiro, 2006. Henry, J.B. – Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratórios, 20ª Ed., Manole, São Paulo, 2008. Kaushanstky, K. et al.- Williams Hematology – 8ª Ed. – MacGraw Hill – Medical, New York – USA, 2010. Lee, G.R. et al. Wintrobe – Hematologia Clínica, 9ª Ed., Ed. Manole, São Paulo, 1ª Ed. Brasileira, 1998. Lopes, A.C. – Tratado de Clínica Médica, 1ª Ed. Roca, São Paulo, 2006. Martins, N.V. – Patologia do Trato Genital Inferior, 1ª Ed. Roca, São Paulo, 2005. Melmed, S. et al. – Wlliams Textbook of Endocrinology – 12ª Ed., Saunders-Elservier, Philadelphia-USA, 2011. Murray, P.C. – Manual Clinical Microbiology, 9ª Ed. ASM Press, Washington, D.C., 2007. Naoum, P.C. – Doenças que alteram os exames Laboratoriais, 1ª Ed., Atheneu, São Paulo, 2009. Naoum, P.C. – Eletroforese – Técnicas e Diagnóstico, Ec. Santos, São Paulo, 2ª Ed. Santos, São Paulo, 1999. Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas- INCA, Rio de Janeiro, 2006. Pherson, Richard, A. and Pincus, Matthew, R. – Henry's – Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods – Elservier-Saunders, Philadelphia-USA, 2011. Schor, N. e Heilger, I.P. – Calculose Renal – Fisiopatologia, Diagnóstico, Trata-mento, 1ª Ed. Sarvier, São Paulo, 1995. Soares, J.L.M.F. et al – Métodos Diagnósticos – 1ª Ed. Artmed, Porto Alegre, 2002. XV GRUPO SÃO CAMILO Soldin, S.J. et al – Pediatric Reference Ranger - 2ª Ed. AACC Press, Washington, D.C., 1997. Solomon, D. e Nayar R. – Sistema Bethesda para Citopatologia Cervicovaginal, Reinter, 2ª Ed. Rio de Janeiro, 2010. Strasinger, S.K e Di Lorenzo, M.S. – Urinálise e Fluídos Corporais - 5ª Ed. Editora LPM, Rio de Janeiro, 2009. WHO – Laboratory Manual for the Examination and processing of human sêmen, 5ª Ed., Washington, D.C., 2010. Young, D.S. editor - Effects of Drugs on Clinical Laboratory Tests, 4ª Ed., AACC Press, Washington, D.C., 1995. Williamson, Mary, A. and Snyder L. Michael – Wallch's Interpretation of Diagnostic Tests – 9ª Ed. LippincottWilliams and Wilkins, Philadelphia, 2011. Xavier, Ricardo, M. et al – Laboratório na Prática Médica – 2ª Ed. Artmed, São Paulo, SP. 2010. XVI MANUAL DE PROCEDIMENTOS 1,25 - DIHIDROXI-VITAMINA D3 (ver Vitamina D) _______________________________________________________________________________________ 2,5 - HEXANODIONA NA URINA (Toxicologia Ocupacional) Sinônimo mais comum: 2,5-Hex Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração. Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada em sanitário afastado do local de trabalho ao final da jornada. Não coletar na primeira jornada de trabalho, ou conforme orientação médica. Coletar em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: IBMP: 5,0 mg/g de creatinina. Interferências: falhas na conservação e coleta fora do local indicado. Indicações: monitoração laboral da exposição ao n-hexano. Informações importantes: se houver exposição concomitante ao tolueno o laboratório deve ser avisado, pois o tolueno inibe a depuração renal da 2,1-hexanodiona. O 2,5-Hexanodiona é metabólito do n-hexano, da metiletilcetona e da metil n-butilcetona. _______________________________________________________________________________________ 17 - OH-PREGNENOLONA Sinônimo mais comum: Delta 5 Material e conservação para envio: 2 mL de soro a 2-8 C. Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio. Valores de Referência: 1 mês a 1 ano.......................................... ...: 0,14 a 5,70 ng/mL 1 ano a 13 anos .........................................: 0,10 a 1,43 ng/mL Fases da puberdade P2 a P3.................... ...: 0,20 a 2,51 ng/mL Fases da puberdade P4 a P5.................... : 0,30 a 2,11 ng/mL : 0,70 a 3,70 ng/mL Adultos: Homens................................................... : 0,38 a 3,50 ng/mL Mulheres................................................. : 0,31 a 3,80 ng/mL Pós-menopausa....................................... : 0,18 a 0,50 ng/mL Interferências: utilização de medicações que interferem na regulação da córtex adrenal. Indicações: Para o estudo das deficiências das enzimas 17,20 desmolase e da 3-beta-ol desidrogenase. Insuficiência suprarrenal primária. Sofre pouca ação do ACTH. Usada para o diagnóstico da hiperplasia adrenal congênita. Aumenta muito nos casos de tumores virilizantes adrenais. Podem apresentar elevações moderadas nos casos de Síndrome de Cushing, ACTH-dependente. Informações importantes: informar a medicação atual, DUM, sexo e idade. _______________________________________________________________________________________ 17 - OH-PROGESTERONA Sinônimo mais comum: 17-Alfa-Progesterona 1 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes devem colher imediatamente antes da próxima mamada. Pode-se coletar amostra basal e após aplicação E.V. lenta de ACTH, geralmente após 60 minutos, ou conforme orientação do(a) médico(a)- assistente. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio. Valores de Referência: Mulheres: Fase Folicular .............................: 0,11 a 1,08 ng/mL Fase Luteínica.............................: 0,95 a 5,00 ng/mL Menopausa .............................. : 0,20 a 1,72 ng/mL Gravidez : 1° Trimestre ............................... : 2,50 a 9,78 ng/mL 2° Trimestre ................................: 3,40 a 8,50 ng/mL 3° Trimestre .............................. .: 4,33 a 18,86 ng/mL Anticoncepção oral ................... .: 0,18 a 2,51 ng/mL Homens: 20-59 anos ................................. .: 0,59 a 3,44 ng/mL Valores pediátricos (em ng/mL): Faixa etária Homens Mulheres 1 a 30 dias 0,53 – 1,86 0,17 – 2,04 1 a 6 meses 0,35 – 1,57 0,25 – 1,10 6 a 12 meses 0,06 – 0,40 0,05 – 0,47 1 a 3 anos 0,02 – 0,19 0,03 – 0,51 4 a 6 anos 0,01 – 0,34 0,04 – 0,44 7 a 9 anos 0,11 – 1,45 0,13 – 1,33 10 a 12 anos 0,11 – 1,34 0,13 – 1,33 13 a 18 anos 0,18 – 2,10 0,12 - 2,50 ng/mL x 3,03 = nmol/L Valores Neonatais: Peso ao nascimento em gramas ≤ 1249 1250 a 1749 1750 a 2249 ≥ 2250 17-OH-Progesterona Neonatal 42 ng/mL 26 ng/mL 20 ng/mL 12 ng/mL Interferências: Lipemia pode provocar diminuições dos resultados e gonadotrofinas podem elevar os níveis hormonais. Indicações: Diagnóstico de deficiência de 21-Hidroxilase, cujos valores podem alcançar níveis superiores a 100 ng/mL (Hiperplasia supra-renal). Informações Importantes: informar medicação atual, sexo, DUM e idade. _______________________________________________________________________________________ 25 - OH-VITAMINA D (ver Vitamina D) _______________________________________________________________________________________ 3 - ALFA-DIOL-GLUCORONÍDEO Sinônimo mais comum: 3-Alfa Androstenediol Glucuronide Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. VI 2 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio. Valores de Referência: Homens: ........................................... 3,4 a 22 ng/mL Mulheres: - Pré-menopausa: ........... 0,5 a 5,4 ng/mL - Pós-menopausa: .......... 0,1 a 6,0 ng/mL - Hirsutismo: ................. 1,3 a 9,4 ng/mL Interferências: medicamentos a base de andrógenos ou anti-andrógenos. Indicações: É um marcador da ação androgênica periférica. Está aumentado nas mulheres com hirsutismo e nas que apresentam a Síndrome de Ovários Policísticos. Informações importantes: informar a medicação atual, idade, sexo, DUM e mês de gestação. _______________________________________________________________________________________ 5-NUCLEOTIDASE Sinônimo mais usado: ribonucleotídeo fosfo-hidrolase. Material e conservação para envio: 1 mL de soro não hemolisado, enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imedia-mente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: cinético-enzimático. Valores de Referência: até 9 UI/mL. Interferências: Elevações: Ácido acetilsalicílico, asparaginase, drogas que causam colestase (vide em Fosfatase Alcalina), hemólise. Diminuições: lipemia Indicações: 5-Nucleotidase com níveis normais em concomitância a FAL elevada: a) Crescimento da criança e puberal. b) Idade avançada. c) Gravidez. d) Osteopatias. 5-Nucleotidase elevada e FAL elevada: a) Quadros de colestases hepáticas: (o aumento da atividade destas enzimas pode anteceder a elevação das bilirrubinas: 1) Câncer da cabeça do pâncreas, 2) Câncer da árvore biliar, 3) Cirrose biliar primária, 4) Colestase por hepatite viral. Informações importantes: os níveis de 5-Nucleotidase costumam ser paralelos aos da Fosfatase Alcalina nas enfermidades hepatobiliares, mas nas osteopatias esse paralelismo deixa de existir, com níveis mais elevados da FAL. _______________________________________________________________________________________ ACANTHAMOEBA SSP - CULTURA Sinônimo mais usado: cultura de amebas. Material e conservação para coleta: a coleta é sempre realizada pelo médico oftalmologista solicitante, sob lâmpada de fenda. Com o olho afetado anestesiado, orientar o oftalmologista para coletar no mínimo dois swabs sobre o local da lesão (ou locais das lesões). Introduzir imediatamente os swabs no meio de cultura de transporte, 3 GRUPO SÃO CAMILO ou colocar4 a 5 gotas de salina estélil no tubo de transporte dos swabs. Para Bacterioscopia, citologia e pesquisa de Acanthamoeba ssp, e outros parasitas que podem causar lesões corneanas, solicitar que o material seja coletado através de raspados da córnea, feitos com lâmina de bisturi (lâmina pequena), pelo médico oftalmologista. O material assim obtido deve ser estendido gentilmente sobre uma ou mais lâminas de microscopia seca e esterilizada com álcool a 95%. O raspado da córnea deve ser espalhado somente em torno do ponto que tocou a lâmina, já que estando seca, propicia a sua aderência ao vidro. A partir do ponto inicial de contato, espalhe, sem deixar o material se romper, de modo a formar uma área estendida, uniforme em espessura. Em seguida coloque 1 a 2 gotas de salina estéril sobre o material clínico e cubra com uma lamínula de 22 X 22 mm. As lamínulas devem ser antecipadamente esterilizadas. Lacrar a lamínula com esmalte de unha para se evitar dessecação. Transportar em porta lâminas a temperatura ambiente. Quando e pedido médico indicar cultura para Acanthamoeba ssp, coletar o material clínico como acima, e transferi-lo a um frasco cônico tipo Eppendorf, com 0,2 mL de salina estéril. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: 2 dias a temperatura ambiente. Valores de Referência: ausência de crescimento de Acanthamoeba ssp. Indicações: confirmar suspeita clínica de infecção corneana por Acanthamoeba ssp. Informações importantes: A - Parasitas que podem produzir ceratites ou úlceras de córnea: Organismos Encephalitizonn hellen Nosema ssp Vittaforma cornae Microsporidium ssp Clínica Ceratoconjuntivites e conjuntivites Ceratite Ceratite Úlcera de córnea Morfologia 2 a 2,5 x 1 µm - Tubo polar com 5 a 6 espirais 3 a 5 x 1 a 3 µm - Tubo polar com 6 a 12 espirais 3 a 4,6 x 1 µ - Tubo polar com 5 a 7 espirias 3,5 a 4,5 x 1 µm - Tubo polar com 11 a 23 espirais B - Ameba (somente em exame a fresco em microscopia de fase) Acanthamoeba ssp Ceratite 10 a 12 µm _______________________________________________________________________________________ ACETILCOLINA - ANTICORPOS ANTI-RECEPTOR DESinônimo mais usado: Anti-Receptor de Acetilcolina Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: inferior a 0,2 nmol/L Interferências: lipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: resultados não reagentes possam ocorrer nas fases iniciais, nas formas leves o oculares da Miastenia gravis. Estes auto-anticorpos do epítopo IgG estão relacionados com o prognóstico da doença, pois valores elevados são encontrados nas formas mais graves da Miastenia. A sua presença é constante nas formas hiperplásicas do timo e podem estar presentes no soro de RN de mães miastênicas. Em alguns casos grupos de HLA, como B8, DW3 e HLA1 podem estar presentes nestes pacientes. Cerca de 25 a 45% dos pacientes podem apresentar anticorpos anti-músculo estriado, incluindo nas formas com hiperplasia tímica. Informações importantes: variações intra-pessoais são muito comuns nestes pacientes, pois o sistema imunológico normalmente apresenta deficiências importantes. _______________________________________________________________________________________ VI 4 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ACETONA NA URINA (Toxicologia ocupacional ) Sinônimo mais usado: acetonúria Material e conservação para envio: urina pós-jornada, colocada em frasco cônico com tampa de rosca, de tal forma cheio, a não deixar espaço vazio no frasco, sob refrigeração. Volume mínimo de 50 a 100 mL. Instruções para coleta: coletar amostra pós-jornada de pelo menos uma semana (anotar se o indivíduo é diabético). Coletar em frasco cônico, fornecido pelo Laboratório São Camilo. Preencher o frasco totalmente, de tal forma a não deixar espaço vazio. Fechar muito bem a tampa. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob congelamento ou 24 horas sob refrigeração. Método: cromatografia em fase gasosa. Valores de Referência: I.B.P.M. 50 mg/L (ACGIH 2003). Interferências: falhas durante a conservação e transporte, principalmente por temperatura maior que a recomendada ou presença de ar no frasco de transporte. Indicações: monitoração laboratorial da exposição ocupacional à acetona ou isopropanol, geralmente por inalação (meia-vida de 6 horas). Os efeitos deletérios advindos da toxicicidade afeta principalmente o sistema nervoso central , podendo ainda causar bradicardia, hipotermia e broncoespasmo. Informações importantes: local de trabalho e possíveis ocorrências anormais do contato. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO 2-TIO-TIAZOLIDINA 4-CARBOXÍLICO Sinônimo mais usado: TTCA, TIOTIA Material e conservação para envio: 5º mL de urina recente sob refrigeração Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada em sanitário afastado do local de trabalho, ao final da jornada diária, após completada uma semana de jornada contínua. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: I.B.P.M. 5,0 mg/g de creatinina. Interações: densidade urinária baixa, por uso de diuréticos. Alguns pesquisadores solicitam aos colaboradores não comerem couve-flor e/ou repolho pelo menos uma semana antes do exame. Indicações: estudo dos níveis de intoxicação pela exposição ao Dissulfeto de Carbono. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO 5-HIDROXINDOLACÉTICO Sinônimo mais comum: 5 HIAA Material e conservação para envio: coletar urina de 24 horas. Estocar na geladeira desde a primeira amostra coletada, que serão estocadas, em conjunto sob refrigeração. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: paciente deverá se submeter a regime alimentar antes e durante a coleta da urina: a) Realizar 3 dias de dieta isenta de doces, sorvetes, tomates, abacaxi, berinjela, nozes, chocolate, banana e outros alimentos e ingredientes que contenham Vanilina (Baunilha). b) Estão proibidos o uso de cosméticos, café, refrigerantes do tipo cola, bebidas alcoólicas e qualquer tipo de chá. c) A medicação atual deverá ser informada, para posterior avaliação da Comissão de Controle de Qualidade, frente aos resultados obtidos, caso não seja possível suspensão dos medicamentos em uso. São totalmente proibidos: os xaropes (que contenham guaiacol), Paracetamol ou acetominofen, corticosteróides sistêmicos ou tópicos, Imipramina, Isoniazida, Levodopa, Metildopa, 5 GRUPO SÃO CAMILO Metenamina ou Mandelamina, salicilatos ou ácido acetil salicílico, Guanetidina, Histamina, Lítio, derivados da nitroglicerina, oxitetraciclina, fenolftaleína, Clonidina, Dissulfiran, Morfina e derivados opióides, Reserpina e clofibrato. d) No quarto dia iniciar a coleta de urina de 24 horas, mantendo-se a dieta também neste dia. Coleta de urina de 24 horas: Coletar em frascos próprios, limpos, sem qualquer resíduo químico ou orgânico. Enviar alíquota de 200 mL da urina homogeneizada. Informar o volume total da amostra de 24 horas. - Ao levantar desprezar toda a urina no vaso sanitário, anotar a hora desta micção. - Guardar todas as micções obtidas no período de 24 horas, colocando-as nos frascos próprios, inclusive a primeira urina da manhã seguinte, de deverá ser coletada no mesmo horário marcado como fim da primeira micção do dia anterior. - Todas as micções obtidas podem ser misturadas aos frascos que estão na geladeira. Estes frascos deverão estar sempre muito bem tampados, e estocados sob refrigeração (2 a 8 C). - Não encostar os genitais nos frascos de coleta. Se for necessário utilize um urinol bem limpo para proceder as coletas, guardando as urina imediatamente nos frascos refrigerados. Estabilidade da amostra: 4 dias sob refrigeração ou um mês sob congelamento. Método: Espectrofotométrico - UV-VIS. Valores de Referência: Normais : até 9 mg/24 horas. Suspeito : 10 a 14 mg/24 horas. Sugestivo : > 14 mg/24 horas. Interferências: substâncias e medicamentos indicados nas Instruções de Coleta. Indicações: Confirmação de casos de Síndrome Carcinóide, com ou sem tumoração. Há uma certa correlação entre os níveis de 5 HIAA e a intensidade das metástases. Informações importantes: informar a utilização dos medicamentos acima indicados. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO CÍTRICO URINÁRIO Sinônimo mais comum: citratúria. Material e conservação para envio: urina de 24 horas, com alíquotas mantidas sob refrigeração todo o tempo de coleta. Enviar alíquota de 200 mL da urina de 24 horas, bem homogeneizada. Informar o volume total de 24 horas. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas conforme instruções descritas no exame de 5 HIAA. Evitar o uso de frutas cítricas no período de coleta. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração e 30 dias sob congelamento. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: Valores segundo Ambulatório de Litíase Renal da EPM. Até 4 anos : 0,43 a 1,15 mmol/24 horas. 5 a 6 anos : 0,67 a 1,39 mmol/24 horas. 7 a 8 anos : 0,81 a 1,63 mmol/24 horas. 9 a 10 anos : 0,91 a 1,87 mmol/24 horas. 11 a 12 : 1.06 a 5,28 mmol/24 horas. Valores adultos : 1,20 a 5,28 mmol/24 horas. Valores segundo Ambulatório de Litíase Renal da EPM. Schor, N, et. al Calculose Renal, pq. 172 1995, Ed. Sarvier. SP. Ambos os Sexos: > 1,44 mmol/24 horas > 300mg/24 horas Interferências: uso de diuréticos pode provocar baixos níveis de citratúria. VI 6 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Indicações: estudo dos casos de nefrolitíase de repetição, já que baixos níveis de Ácido Cítrico na urina predispõe a produção de cálculos renais. Informações importantes: Anotar a medicação em uso e idade. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO CÍTRICO NO ESPERMA / CITRATO Sinônimo mais usado: Citrato espermático Material e conservação para envio: 2 mL de esperma sob refrigeração. Se somente este exame for realizado, pode-se congelar o material até o momento de transporte, que será feito sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar o material pela manhã, através de masturbação, com abstinência sexual de 3 a 5 dias. Estabilidade da amostra: 1 dia sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotométrico . Valores de Referência: 3,0 a 6,8 mg/mL. Interferências: Ingestão de frutas cítricas . Indicações: O Ácido Cítrico é um marcador espermático, com produção principalmente prostática. Elevações ocorrem em processos inflamatórios e/ou infecciosos da próstata. Informações importantes: período de abstinência e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO DELTA-AMINOLEVULÍNICO - ALA-U (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: ALA-U Material e conservação para envio: coletar e enviar um mínimo de 100 mL de urina recente, que pode ser coletada no início ou fim da jornada de trabalho, ou coletar os dois materiais. Acrescentar Ácido Acético 8M na proporção de 10 mL do Ácido Acético para cada litro de urina coletada. Instruir o paciente sobre os cuidados que deve ter ao manipular os frascos de coleta. O pH final deve ficar entre 4,0 a 4,5. Proteger da luz . É recomendado que a monitoração se inicie após um mês de exposição de forma ininterrupta. Coletar em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra : até 5 dias sob refrigeração. Método: Espectrofotometria UV/Vis. Valores de Referência: Valores de Referência ................ .: 4,5 mg/ g de creatinina I.B.P.M ..................................... .: 10,0 mg/ g de creatinina Interferências: uso de medicamentos como cisplatina, penicilinas, glucosaminas e exposição à amônia. Indicações: Monitoração de pacientes ou indivíduos expostos ao chumbo. O chumbo está presente nas indústrias de extração do chumbo, na metalurgia, na fabricação de baterias automotivas, fábrica de tintas, vernizes, esmaltes, pigmentos, fábrica de vidros, fotocopiadoras, fábrica de munições e fábrica de jóias. Informações importantes: dados sobre atividade profissional do paciente, com tempo de exposição, quadro clínico, etc . _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO DELTA-AMINOLEVULÍNICO DESIDRATASE – ATIVIDADE (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: ALA-D Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado sob refrigeração. 7 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: momento da coleta não é crítico, em qualquer hora do dia, desde que coletado a partir da 4ª semana seguida de exposição, sem afastamentos maiores que 4 dias. Transportar e conservar sob refrigeração. Evitar ingestão de sorbitol durante a coleta. Proteger da luz. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria VIS-UV. Valores de Referência: até 20U/L I.B.P.M : nada consta. Interferências: hemólise, ingestão de sorbitol, terapêutica com barbitúricos, clordiazepóxido, cloroquina, diazepam, ergotamina, hormônios femininos, etanol, hidantoína e derivados de sulfa. Indicações: a ALA-D é uma enzima que liga 2 moléculas de ALA em uma molécula de Por-fobilinogênio, levando a síntese dos derivados porfirínicos, na síntese do heme. A ALA-D é inibida pelo chumbo, causando uma elevação do ALA no quadro de saturnismo. Além da ALA-D outras enzimas são inibidas pela ação do chumbo, como a coproporfirinogênio descarboxilase e a ferro-quelastase, elevando também os níveis do coproporfirinogênio e da protoporfirina. Essas inibições ocorrem a partir da concentração de 35 mcg/dL de chumbo no sangue. Pode ser utilizada no diagnóstico laboratorial de porfirias e no monitoramento da exposição ocupacional e intoxicação por chumbo. Informações importantes: medicação atual, utilização de sorbitol. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO FENILGLIOXÍLICO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: PGA Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina coletada no final da jornada, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina no final da jornada, após a primeira semana de trabalho sem interrupções. Coletar em sanitário afastado do local de trabalho, em frasco plástico fornecido pelo Laboratório. Em alguns casos pode-se fazer a diferença entre a amostra de pré e pós-jornada. Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração. Método: Cromatografia em fase gasosa. Valores de Referência: I.B.P.M. 240 mg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/Br). Interferências: coleta em local inadequado (próximo ao local de trabalho) e bebidas alcoólicas, que inibem o metabolismo do estireno. Indicações: É um indicador da exposição ao estireno acima dos Índices de Tolerância Biológica. O estireno é utilizado nas indústrias que produzem polímeros plásticos, borrachas e resinas. Seu controle biológico deve-se as suas ações hepatotóxica e neurotóxica. Durante o metabolismo hepático, formam-se dois metabólitos principais que são o Ácido Mandélico (80 a 85%) e o Ácido Fenilglioxílico (10 a 15%). Informações importantes: tempo de trabalho sem interrupções e uso de bebidas alcoólicas. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO FÓLICO SÉRICO Sinônimo mais usado: folato. Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: Colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. VI 8 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: Valores em ng/mL: Faixas etárias Até 10 anos 11 a 14 anos 15 a 19 anos Adultos Homens 7,2 a 22,0 1,5 a 11,0 1,2 a 18,0 3,1 a 20,5 Mulheres 1,7 a 22,0 1,0 a 10,0 1,2 a 17,0 3,1 a 20,5 ng/mL x 2,26 = nmol/L Interferências: Hemólise produz resultados falsamente elevados. Contraceptivos orais podem produzir resultados baixos. A dieta pode influenciar nos resultados, normalizando provisoriamente resultados em pacientes deficientes. A acentuada ferropenia pode mascarar a folatopenia. Indicações: Classificação do tipo de anemia megaloblástica. Informações importantes: informar a medicação atual, principalmente a administração de folatos, ferro e vitamina B12; idade e sexo. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO FÓLICO HEMÁTICO Sinônimo mais comum: folato hemático Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA. Enviar sob refrigeração. Manter papéis separando o tubo com o sangue e o gelo renovável. Instruções para coleta: colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de referência: 126,0 a 651,1 ng/mL (para nível de confiança de 97,5%) Interferências: vide exame anterior. Indicações: deficiências de folato nas hemácias é o exame mais fiel da comprovação real da deficiência de folatos ou deficiência real de Vitamina B12. Informações importantes: estudo do metabolismo de pacientes com suspeita de anemia megaloblástica. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO HIPÚRICO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: A.H. Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada, sob refrigera-ção. Instruções para coleta: coletar toda urina obtida no final da jornada, coletada em sanitário afastado do local de trabalho, após a primeira semana de trabalho sem interrupções. Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração. Método: Cromatografia em fase gasosa. Valores de Referência: até 1,5 g/g de creatinina ( NR-7, 1994, MT/Br) I.B.P.M. : 2,5 g/g de creatinina ( NR-7, 1994, MT/Br) Interferências: dietas muito ricas em ácido benzóico: alimentos com conservante de benzoatos, como massa de tomate, sucos engarrafados, mostarda, refrigerantes, algumas frutas. Substâncias que elevam os níveis de ácido hipúrico: alguns antidepressivos, cocaína, dietilpropiona e femprobamato. Substâncias que diminuem os níveis de ácido hipúrico: etanol, tabaco e paracetamol. Indicações: apesar do ácido hipúrico ser um metabólito normal, é também o principal metabólito urinário do tolueno, que é utilizado como solventes de borrachas, óleos e tintas, indicando a sua exposição acima dos limites de tolerância biológica. 9 GRUPO SÃO CAMILO ÁCIDO HOMOGENTÍSICO – PESQUISA Sinônimo mais comum: Alcaptonúria – pesquisa Material e conservação para envio: urina coletada ao acaso. Enviar sob proteção da luz, sob refrigeração. Evitar o contacto com o ar. Instruções para coleta: preferencialmente pela manhã. Colocar a urina em frasco âmbar ou coberto com papel alumínio ou preto, preenchendo totalmente o conteúdo do frasco, para se evitar ao máximo o contacto com o ar. Paciente não pode estar utilizando uma série de medicamentos (vide Interferências). Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração, sob proteção da luz e do contacto com o ar. Método: Teste do Cloreto Férrico, Teste da redução do Nitrato de Prata amoniacal, ou Cromatografia de Camada Delgada, da urina, com revelação com Nitrato de Prata. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: Elevações : Ácido Ascórbico, Ácido Gentísico, Salicilatos, Aspirina, L-Dopa, Levodopa, Melanina e Metabólitos e Fenóis. Indicações: diagnóstico diferencial de urina escura. Pacientes com deficiência da enzima Áci-do Homogentísico Oxidase tem acúmulo deste ácido, o que resulta em urina escura e alcalina. Esta peculiariedade ocorre desde o nascimento, mas os quadros de artrite e a ocronose vão se manifestar na idade adulta. Diagnóstico de Alcaptonúria. Informações importantes: informar medicação atual, hora da coleta e data do envio. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO HOMOVANÍLICO – URINA DE 24 HORAS Sinônimo mais comum: AHV Material e conservação para coleta: urina de 24 horas . Coletar em frasco plástico fornecido pelo Laboratório, contendo 20 mL de HCl 6N, sendo mantido sob refrigeração durante todo o período de coleta. Enviar alíquota de 200 mL da urina de 24 horas, bem homogeneizada, sob refrigeração. Informar o volume total da amostra de 24 horas. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, conforme orientação já descrita. Pedir para que o paciente não toque com os genitais no frasco de coleta. Juntar todas micções em frasco fornecido pelo Laboratório, que serão mantidas sob refrigeração. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, com a urina com conservante. Método: Cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: 3 a 6 anos ................: 1,4 a 4,3 mg/24 horas. 6 a 10 anos ................: 2,1 a 4,7 mg/24 horas. 10 a 16 anos ................: 2,4 a 8,7 mg/24 horas. Adultos ....................... : 1,4 a 8,8 mg/24 horas. Interferências: principalmente descongestionantes nasais, metildopa, tetraciclina, aspirina, reserpina, levodopa, piridoxina e broncodilatadores. Os mesmos alimentos que alteram o VMA ou o 5HIAA devem ser evitados. Bebidas alcoólicas e drogas devem ser evitadas. Indicações: Diagnóstico de Neuroblastoma, Feocromocitoma, Ganglioneuroblastomas e Síndrome de Riley-Day. Informações importantes: informar idade e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ VI 10 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ÁCIDO LÁTICO / LACTATO - PLASMÁTICO Sinônimo mais comum: Lactato Material e conservação para envio: 2 mL de plasma fluoretado, rigorosamente sem hemólise, enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: O paciente deve repousar por pelo menos 30 minutos antes da coleta. O garroteamente deverá ser muito breve. Evitar movimentos com a mão antes de durante a coleta de sangue. Separar o plasma imediatamente. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração, ou 5 dias sob congelamento. Método: Espectrofotometria enzimática . Valores de Referência: Valores de Adultos Plasma : Venoso Arterial mg/dL 4,5 – 19,8 4,5 – 14,4 mmol/L 0,5 – 2,2 0,5 – 1,6 Valores Pediátricos plasma venoso Faixas etárias mg/dL 1 a 12 meses 10 – 21 1 a 7 anos 7 – 14 7 a 15 anos 5 – 11 mmol/L 1,1 – 2,3 0,8 – 1,5 0,6 – 1,2 Valores Pediátricos – plasma arterial Faixas etárias mg/dL 1 a 12 meses 6,0 – 13,0 1 a 7 anos 4,5 – 8,4 7 a 15 anos 3,0 - 7,0 mmol/L 0,66 – 1,44 0,50 – 0,93 0,30 – 0,80 Interferências: Medicamentos como: Anti-retrovirais, Biguamidas, Isoniazida e Nitroprussiato de Sódio. Etanol e Tabaco. Indicações: indicar a presença de hipóxia tecidual anaeróbica, determinar seus níveis e seguir ou monitorar os efeitos terapêuticos. Diagnóstico diferencial da acidose metabólica. Casos do aumento do ânion-gap, que pode estar aumentado devido à acidose láctica. Informações importantes: informar medicação atual, idade e sexo. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO LÁTICO – PROVA ISQUÊMICA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de plasma fluoretado, de cada tempo de coleta, rigorosamente sem hemólise, sob refrigeração. Deixar sob congelamento até o momento do envio. Instruções para coleta: Deixar o paciente em repouso por pelo menos 5 minutos na própria cadeira de coleta. Medir a pressão arteril e calcular a média aritmética das pressões sistólica e diastólica, no mesmo braço onde será feita a coleta. Seguir as instruções abaixo: 1 - Soltar o ar do aparelho de pressão (ApP) e deixar o sangue circular livremente por 3 minutos. 2 - Aplicar um escalpe heparinizado em uma boa veia do antebraço a ser coletado. 3 - Coletar a amostra basal. 4 - Fechar o escalpe. 5 - Encher de ar o manguito do ApP e deixar na pressão arterial média, por 1 (um) minuto. Pedir para o paciente 11 GRUPO SÃO CAMILO ficar abrindo e fechando a mão, cronometrando este tempo. 6 - Após este tempo de 1 minuto, coletar a 2ª amostra. 7 - Mantendo o exercício com a mão, coletar a 3ª, 4ª e 5ª amostras, respectivamente aos 3, 4 e 5 minutos após o início do garroteamento. 8 - No final da prova: retirar o aparelho de pressão e o escalpe. Pressionar o local onde estava o escalpe por pelo menos 3 minutos, para se evitar hematomas. OBS.: se ocorrer dor, cãimbras ou forte sensação de formigamento, ou se o paciente parar o exercício por não conseguir prosseguir, anote este tempo e encerre o teste. Nota 1: casos de fragilidade capilar e/ou plaquetopenia, podem aparecer petéquias ou hematomas no antebraço. Alertar os pacientes que neste teste podem aparecer pequenos extravasamentos de sangue, principalmente no local da punção e que poderão levar por volta de até 10 dias para desaparecer. Estabilidade da amostra: vide Ácido Lático. Método: espectrofotometria enzimática. Valores de Referência: Coleta: Basal Após isquemia com exercícios (em pelo menos um dos tempos) mg/dL 4,5 – 19,8 13,5 – 27,0 mmol/L 0,5 – 2,2 1,5 – 3,0 Conversão: mg/dL x 0,1199 = mmol/L Interferências: qualquer grau de hemólise e erros na conservação do material clínico. Indicações: diagnóstico diferencial de miopatias e processos isquêmicos. O aumento do ácido lático será proporcional ao quadro isquêmico envolvido. Informações importantes: quadro clínico, medicações utilizadas. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO MANDÉLICO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Ácido D-alfa-hidroxifenilacético. Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar o volume total de urina no final da jornada, após a primeira semana de jornada, em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar em frasco plástico fornecido pelo Laboratório. Manter sob refrigeração. Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração. Método: Cromatografia em fase gasosa. Valores de Referência: V.R não definidos pela NR-7, 1994, MT/Br. I.B.P.M.: a) para estireno: 0,8 g/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) b) etil-benzeno: 1,5 g/g de creatinina (NR-7,1994,MT/Br) Interferências: etanol. Indicações: tanto o estireno como o etil-benzeno são metabolisados no fígado, que produz dois metabólitos: o ácido mandélico (85%) iniciando a eliminação urinária após 6 horas da exposição e o ácido fenilglioxílico (15%), que inicia a sua excreção urinária após 15 horas da exposição. O ácido mandélico é um indicador mais sensível que o ácido fenilglioxílico para a exposição ambiental. VI 12 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso de bebidas alcoólicas. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO METIL-HIPÚRICO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: metil-hipurato Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar volume total da urina de final de jornada, após a primeira semana, em sanitário afastado do local de trabalho. Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração. Método: cromatografia em fase gasosa. Valores de Referência: não definido pela NR-7, 1994, MT/Br. I.B.P.M.: 1,5 g/ g de creatinina. Interferências: etanol. Indicações: o xileno e derivados são utilizados nas indústrias de tintas e agentes de limpeza. É utilizado com indicador da exposição acima dos limites biológicos permitidos. Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso de bebidas alcoólicas. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO OXÁLICO / OXALATO NA URINA DE 24 HORAS Sinônimo mais comum: Oxalatúria. Material de conservação para envio: Alíquota de 200 mL de urina de 24 horas. Enviar sob refrigeração.Informar o volume total da amostra. Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, juntando todas as micções em frasco plástico próprio , mantido sob refrigeração o período todo da coleta. Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração. Método: Espectrofotometria UV-VIS Valores de Referência: até 40 mg/24 horas. Interferências: Vitamina C até 48 horas antes da coleta deve ser evitada. Deve-se evitar também, limão, laranja, tomate, acerola, abacaxi, morango, espinafre, gelatinas, medicamentos a base de cálcio, etc. Indicações: Determinação de estados de hiperoxalatúria primários ou secundários. Níveis muito elevados ocorrem na intoxicação crônica ou aguda com polietilenoglicol. Estudos de quadros metabólicos ligados à nefrolitíase. Informações importantes : informar medicação atual, idade e sexo. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO PIRÚVICO SÉRICO Sinônimo mais usado: piruvato Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: soro: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. refrigeração. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: 1 a 2 mg/dL Interferências: a) variações fisiológicas: os valores do Ácido Pirúvico é mais elevado em crianças com menos de 10 13 GRUPO SÃO CAMILO anos. Durante a digestão os seus valores se elevam. Elevações podem ocorrer após esforço físico. O Ácido Pirúvico é formado pela degradação da glicose. Após se transformar em ácido lático, sob anaerobiose, e em acetilcoenzima A, sob aerobiose, pela ação da enzima descarboxilase que é catalisada pela Vitamina B1. Assim, o Ácido Pirúvico sérico é uma forma indireta de avaliar os níveis de lactato e de vitamina B1. b) Variações Patológicas: um aumento do ácido pirúvico ocorre nos quadros de hipovita-minose B1, que se origina na carência nutricional, cirrose, malabsorção intestinal e alcoolismo. Na maioria dos casos associados a acometimentos neurológicos. O ácido pirúvico também se eleva (hiperpiruvicemia) nos casos de acidose diabética e vômitos acetônicos, uremia, diastrofias musculares, ICC, deficiência de tiamina, anemia falciforme, neoplasias, principalmente pulmonares e hepáticas e embolia pulmonar. Indicações: avaliação de estados nutricionais teciduais (e aporte de oxigênio em tecidos), de gravidade de alterações circulatórias, estados de estresse oxidativo, etc., (vide Interferências). _______________________________________________________________________________________ ÁCIDOS GRAXOS - PESQUISA NAS FEZES Sinônimo mais usado: gorduras fecais. Material e conservação para envio: 2 a 5 gramas de fezes recentes, coletadas após 3 dias sob regime de gorduras, como segue abaixo. Refrigerar. Instruções para coleta: coletar as primeiras fezes do dia, após 3 dias de regime normal, com 2 colheres de sobremesa de manteiga em cada refeição. Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração. Método: coloração pelo Sudan III Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: regimes ricos em gorduras. Indicações: avaliação de pacientes com malabsorção e diarreia crônica. Informações importantes: medicação atual, principalmente as que alteram o trânsito intestinal. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDOS GRAXOS LIVRES (NEFA) SÉRICOS Sinônimo mais usado: NEFA Material e conservação para envio: 1 mL soro sem hemólise sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imeditamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: 0,09 a 0,6 mmol/L. Interferências: Elevações: Catecolaminas, ACTH, cortidosteróides, Jejum prolongado, glucagon e Hormônio do Crescimento. Diminuições: Insulina(ação lipolítica), ingestão hipercalórica e medicamentos, como ácido acetilsalicílico, citratos, clofibratos, neomicina e propranolol. Variações patológicas: Aumentos: diabetes mellitus, feocromocitoma, hipercorticismo e hiper-tireoidiano. Diminuições: adenoma das ilhotas pancreáticas e hipotireoidismo. Indicações: os NEFA, representam de 5 a 7% dos ácidos graxos totais em circulação. Os ácidos graxos livres são transportados pela albumina e representa uma forma de reserva de lípides de rápida utilização. Informações importantes: medicamentos atuais, tipo de regime e patologias associadas. _______________________________________________________________________________________ VI 14 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ÁCIDOS ORGÂNICOS Sinônimo mais usado: Estudos de acidemias Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina recente sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar amostra ao acaso Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia de massa. Valores de Referência: a metodologia pesquisa os seguintes ácidos orgânicos: Ácido Acetoxiacético, Ácido Adípico, Ácido Etilmalônico, Ácido Glutárico, Ácido-3-hidroxibutírico, Ácido-2-hidroxiglutárico, Ácido-2hidroxivalérico, Ácido-hidróxi-3-metilglutárico, Ácido hidroxifenil lático, Ácido hidroxifenil pirúvico, Ácido cetoisocapróico, ácido cetoisovalérico, Ácido ceto 3-metilvalérico, Ácido lático, Ácido 3-metilglutárico, Ácido metilmalônico, Ácido orótico, Ácido Sebácico, Ácido Subérico e Ácido Pirúvico. Interferências: não há referências Indicações: as acidemias ou distúrbios do metabolismo dos ácidos orgânicos formam um conjunto heterogêneo de patologias metabólicas de fundo hereditário das vias metabólicas da degradação dos aminoácidos, ácidos graxos e carbohidratos. São patologias de acúmulo de ácidos orgânicos e derivados, que ocorre no sangue, urina, líquidos biológicos e principalmente tecidos. O aumentos das acilcarnitinas específicas são provenientes de quadros de acidemias orgânicas por acúmulo de ésteres de Acil-CoA em nível de mitocôndrias. Essas alterações podem ser detectadas pelo Perfil Tandem e confirmadas pelo perfil de Acilcarnitinas quantitativo, no período Neonatal. As acidemias mais frequentes são a propiônica (Defici12 dependente), a isovalérica, a glutárica (déficit de Desidrogenase Glutaril-CoA) e a deficiência da 3-OH-3-metilglutaril-CoA liase. Por outro lado, a degradação dos aminoácidos isoleucina, valina, treonina, metionina e dos ácidos graxos de número ímpar de carbonos e ainda da cadeia lateral do colesterol resulta na formação de propionil-CoA, que por sua vez é convertido a metilmalonil-CoA, que são introduzidos no ciclo de Krebs e são fosforilados oxidativamente. Nas Acidúrias propiônica e metilmalônica estes produtos acabam por se acumular no sangue periférico e principalmente nos tecidos, sendo finalmente secretados em grandes concentrações na urina dos pacientes. Essas patologias apresentam grande variabilidade de quadros clínicos e de severidade entre os pacientes. Nas formas mais graves os sintomas já aparecem no período neonatal que podem ser como inapetência, vômitos, hipotonia, letargia, convulsões, coma e morte súbita. Todos apresentam cetoacidose metabólica, hiperamonemia e hipoglicemia. Aplasia medular pode ocorrem em mais de 50% dos casos. Mesmo pacientes em tratamento podem ter recaídas em quadros infecciosos e patologias gastrointestinais. Os sintomas são anorexia, hipotonia, vômitos, convulsões e retardo do desenvolvimento. Quadros leves podem cursar sub-clinicamente até um episódio súbito por quadro infeccioso. (Bibliografia-DLE). Informações importantes: suspeita e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO TRANS-TRANS-MUCÔNICO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: ATTM Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina pós-jornada, sob refrigeração. Instruções para coleta: uma amostra de urina pós-jornada de trabalho, coletada após um mínimo de dois dias seguidos de exposição. A portaria 34 de 20-12-2001 recomenda a coleta da urina a partir do terceiro dia seguido de exposição. Coletar em frasco fornecido pelo Laboratório. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: HPLC Valores de Referência 0,5 mg/g de creatinina (ACGIH/BEI) A NR-7, 1994, MT/Br não contempla VR, segundo a portaria n° 34 de 20-12-2001. O 15 GRUPO SÃO CAMILO valor de 1,6 mg/g de creatinina correlaciona-se com uma exposição ocupacional de 1 ppm de benzeno. Interferências: sorbitol (como aditivo de alimentos) e tabaco, que diminuem os níveis do ácido na urina. Indicações: a determinação do ácido trans-trans-mucônico na urina é recomendado como indicador biológico da exposição a baixas concentrações de benzeno, sendo muito mais sensível que o fenol como indicador desta exposição. Informações importantes: local de trabalho, uso de sorbitol como aditivo alimentar, tipo de exposição, tempo de exposição e hábito do tabagismo. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO TRICLORACÉTICO (Toxicologia ocupacional ) Sinônimo mais usado: TCA Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina pós jornada sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar todo o volume de urina em sanitário afastado do local de trabalho ao final da última jornada da semana. Manter sob refrigeração. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectroscopia UV-VIS. Valores de Referência: Não definido pela NR-7, 1994, MT/Br I.B.P.M. 3,5 mg/L Interferências: fenobarbital. Indicações: Indicador da exposição ao tetracloetileno, tricloroetileno, tricloroetano e hidrato de cloral acima do limite de tolerância biológica. Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso terapêutico de fenobarbital. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO ÚRICO SÉRICO Sinônimo mais comum: Uricosemia. Material e conservação para envio: 1 mL de soro. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotométrico enzimático automatizado. Valores de Referência: mcmol/L = mg/dL x 59,5 Valores em mg/dL Faixa etária Masculino Feminino 0 a 12 meses 1,7 a 7,9 1,9 a 7,9 1 a 4 anos 2,2 a 5,7 1,7 a 5,1 5 a 11 anos 3,0 a 6,4 3,0 a 6,4 12 a 14 anos 3,2 a 7,4 3,2 a 6,1 15 a 17 anos 4,5 a 8,1 3,2 a 6,4 17 a 59 anos 3,7 a 9,2 3,1 a 7,8 60 a 69 anos 3,7 a 8,1 1,2 a 6,5 70 a 79 anos 3,4 a 8,1 3,4 a 9,2 80 a 89 anos 3,0 a 8,7 2,7 a 8,1 = ou > 90 anos 3,0 a 9,0 2,8 a 8,5 VI 16 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: Elevações: diuréticos em geral, Adrenalina, Noradrenalina, Salicilatos, Ácido Nicotínico, Corticosteróides, agentes anti-neoplásicos, Triptofano (V.O.), Ácido Ascórbico, Metildopa e Metabólitos da Cafeína. Diminuições: corticotrofina, Azatioprina, Ácido Etacrínico e Diuréticos mercuriais. Indicações: Gota e outros estados de Hiperuricemia, como nas Nefrolitíase, Insuficiência Renal, Neoplasias e doenças linfoproliferativas, toxemia gravídica e psoríase. Diabetes, Acromegalia e Sarcoidose. Pode haver diminuições da uricemia nas Síndromes de Fanconi e Wilson. Informações importantes:informar a medicação atual e doenças atuais. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO URICO NA URINA DE 24 HORAS OU AO ACASO Sinônimo mais comum: uricosúria Material e conservação para envio: Alíquota de 200 ml de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar o volume total da amostra coletada. Enviar sob refrigeração. Para urina ao acaso, coletar mínimo de 50 mL de urina recente, sem horário crítico para a coleta. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, juntando as micções em frasco próprio, mantidas sob refrigeração. Para urina ao acaso, vide item anterior. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico enzimático automatizado. Valores de Referência: em mg/24 horas: Valores para adultos: Com dieta protéica normal Com dieta pobre em purinas 250 – 750 < 600 Faixa etária Pré-escolar (0 a 5 anos) Escolar (6 a 10 anos) Adolescentes (11 a 18 anos) Valor médio 615 580 430 Valores Pediátricos: Variação 32 – 1225 60 – 800 65 – 610 Urina ao acaso: 30 a 125 mg/L. Interferências: vide Ácido Úrico sérico. Indicações: vide Ácido Úrico sérico. Informações importantes: medicação atual, informar volume total da urina de 24 horas. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO URICO NO LÍQUIDO SINOVIAL Sinônimo mais comum : Material e conservação para envio: Líquido sinovial enviado colhido pelo(a) médico(a) – assistente. Pode ser enviado na seringa de coleta, com agulha lacrada com rolha de borracha , sob refrigeração . Instruções para coleta: material enviado colhido. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria enzimática automatizada. Valores de referência: 85 a 90 % dos valores séricos. Recomenda-se ensaiar uma amostra sérica concomitantemente ao teste do líquido sinovial. 17 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: vide Ácido Úrico sérico. Indicações: Artrite gotosa, diagnóstico diferencial com pseudo-gota. Informações importantes: informar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO ÚRICO – PESQUIDA DE CRISTAIS DE Sinônimo mais comum: Material e conservação para envio: líquido sinovial enviado colhido pelo(a) médico(a) – assistente. Enviar na própria seringa com agulha lacrada com rolha de borracha. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: material enviado colhido. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração. Método: microscopia de fase com luz polarizada. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: Não há referências. Indicações: Atrite gotosa, diagnóstico diferencial com pseudo-gota. Informações importantes: informar medicação atual e quadros de artrite anteriores. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO VALPRÓICO Sinônimo mais comum: valproato de sódio. Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. O melhor momento de coleta pode ser o imediatamente antes da próxima dose, ou conforme orientação do(a) médico(a) – assistente. Pode-se coletar uma amostra no vale e/ou no pico. O pico sérico ocorre entre 1 a 8 horas dependendo da apresentação farmacêutica. A meia-vida varia de 6 a 16 horas. O equilíbrio terapêutico ocorre após 2 a 3 dias de tratamento V.O.. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Valores de Referência: Concentração terapêutica mínima : 50 µg/mL Concentração terapêutica eficaz : 50 a 100 µg/mL Concentração potencialmente tóxica : > 100 µg/mL Interferências: Interações com outras drogas anti-convulsivantes. Hiperlipemia. Indicações: Monitoração de crises mal controladas e casos de intoxicação medicamentosa. Informações importantes: toda a medicação atual. Nome do medicamento anti-convulsivante com Ácido Valpróico, dia e hora da última dose, concentração da dose tomada. _______________________________________________________________________________________ ÁCIDO VANILMANDÉLICO Sinônimo mais usado: VMA Material e conservação para envio: Urina de 24 horas, com HCl a 50% : adultos : 20 mL por litro de urina coletada e, crianças: 10 mL por litro de urina coletada. ATENÇÃO LÍQUIDO CORROSIVO – não deixar ao alcance de crianças e tomar cuidado para não encostar na pele durante a coleta. Refrigerar durante a coleta de 24 horas. Enviar sob refrigeração, alíquota de 200 mL, homogeneizada, da urina de 24 horas. Anotar o volume total de 24 horas. VI 18 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Instruções para coleta: seguir instruções para coleta de 24 horas. Vide Material e conservação para envio. Anotar hora do início e do fim da coleta. Paciente deve se submeter à dieta abaixo e ficar, sob conhecimento médico, pelo menos 7 dias sem medicação (vide abaixo), antes de iniciar a coleta. Estabilidade da amostra: com conservante ácido até 20 dias sob refrigeração. Método: HPLC Valores de Referência: Crianças : ......... até 12 mg/24 horas Adultos : ...........até 8 mg/24 horas Interferências: Alimentares: elevações: chás, café, chocolate, baunilha/vanilina, banana, abacaxi, sucos de frutas, sorvetes e refrigerantes. Medicamentos: a) elevações: alfa-bloqueadores, antagonistas do cálcio, antidepressivos, anti-histamínicos, anti-psicóticos, beta-bloqueadores, drogas com ação semelhante às catecolaminas, diuréticos, inibidores da MAO, estimulantes, simpaticomiméticos, vasodilatadores, algumas drogas, como cocaína, morfina, etc. b) diminuições: anti-hipertensivos, agonistas dopaminérgicos, anti-psicóticos como haloperidol, dissulfiram e metirosina. Indicações: sendo o principal metabólito das catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), encontra-se elevado nos quadros com produção patológica das catecolaminas, como no Feocromocitoma, Ganglioneuroblastoma, Neuroblastoma e Ganglioneuroma. É menos sensível que a dosagem das metanefrinas. Informações importantes: medicamentos de uso contínuo e dieta recomendada. _______________________________________________________________________________________ ACONDROPLASIA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: Estudo genético para Acondroplasia Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total de EDTA, coletado e mantido esterilmente, a temperatura ambiente. Coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausência das mutações. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico molecular das mutações G1138A e G1138C para Acondroplasia. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ ACTH Sinônimo mais comum: Hormônio Adrenocorticotrófico Material e conservação para envio: 1 mL de plasma de EDTA. Congelar o mais rapidamente possível. Enviar congelado. Instruções para coleta: Colher entre 6 e 8 horas da manhã (níveis máximos) ou às 16:00 horas (segundo pico do dia) ou às 22:00 e às 2:00 horas (níveis mínimos). O paciente deverá repousar por 30 minutos antes da coleta. 19 GRUPO SÃO CAMILO Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio. Valores de Referência: adultos e crianças : 8 horas : até 46 pg/mL. 16 horas : até 25 pg/mL. 23 horas : até 17 pg/mL. Interferências: Elevações: Insulina, Levodopa, Metapirona, Vasopressina e Pirogênios. Diminuições: Dexametasona. Indicações: Teste de Estímulo do ACTH com Propranolol e testes de supressão com Dexametasona para ACTH e Cortisol. Informações importantes: informar a medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ACTINA - AUTOANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: anti-Actina Material e conservação para envio: 1 mL soro sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente Interferências: Lipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: esses anticorpos podem estar presentes em pacientes portadores de Hepatite auto-imune do tipo I. A actina em sua sub-unidade F-actina é um derivado do músculo liso. Esses anticorpos apresentam especificidade para o componente actina do citoesqueleto e podem ser encontrados, por imunofluorescência de tecidos de ratos, como fígado, estômago e rins. Os anticorpos anti-actina são encontrados em 50 a 85% dos pacientes com Hepatite Auto-Imune (HAI) ou hepatite crônica ativa (HCA) e em aproximadamente 25% dos pacientes com cirrose biliar primária (CBP). Anticorpos anti-actina podem ser detectados, em títulos baixos em até 20% da população normal. É mais sensível e específico que os anticorpos anti-músculo liso para o diagnóstico de HAI. Outra indicação deste exame é que cerca de 20% dos pacientes com HAI e anticorpos anti-actina não respondem a corticoidoterapia. Informações importantes: exames anteriores, quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ADENOSINA DEAMINASE Sinônimo mais comum: ADA Material e conservação para envio: 2 mL do material coletado. (LCR, outros líquidos Biológicos). Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Material coletado pelo(a) médico(a) - assistente. Pode ser recebido na própria seringa , com agulha lacrada com tampa de borracha. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. LCR pode ser congelado por até 2 meses. Método: espectrofotométrico. VI 20 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: Sugestivo para tuberculose : LCR ................................... : < 5 UI/L. Liquido Plural ..................... : < 4 UI/L. Outros líquidos................... : > 40 UI/L Interferências: não há referências. Indicações: A ADA é uma enzima que acelera a transformação blástica de linfócitos e macrófagos durante uma reação imunológica. Valores elevados sugerem etiologia tuberculosa na formação ou coleção líquida com sensibilidade de 100% e especificidade de 92% . Altos valores podem aparecer nas fases iniciais da AIDS. Informações importantes: informar a medicação atual e quadro clínico. Não esquecer de informar o material coletado. _______________________________________________________________________________________ ADENOVÍRUS – PESQUISA – PCR / AGLUTINAÇÃO Sinônimo mais usado: adenovírus por PCR Material e conservação para envio: 3 mL de plasma de EDTA ou lavado brônquico, coletado pelo(a) médico(a)-assistente, separados esterilmente, congelados imediatamente após a separação. Enviar sob refrigeração. Para as fezes: coletar pelo menos 5 gramas de fezes, colocar no frasco de conservação. Instruções para coleta: sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Coleta médica para o lavado brônquico. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento. Método: PCR. Para as fezes a metodologia é a aglutinação com partículas de látex. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: contaminações durante a coleta ou separação dos materiais. Indicações: Os adenovírus são responsáveis por quadros infecciosos geralmente inaparentes ou benignos, comprometendo as mucosas dos olhos e do aparelho respiratório. Raramente atinge os tratos cardíacos, renais ou hepáticos. O quadro ocular se manifesta principalmente por conjuntivite aguda, geralmente acompanhada de faringite viral ou de forma epidêmica, pelo vírus tipo 8. Os quadros geralmente são agudos, febris, podendo se desenvolver pneumonias e broncopneumonias. Quadros de diarréia podem ser concomitantes aos quadros oculares ou respiratórios . Os testes para fezes geralmente são feitos com aglutinação do látex. Informações importantes: medicação atual, quadros virais . _______________________________________________________________________________________ ADENOVÍRUS – PESQUISA NAS FEZES Sinônimo mais usado: Adenovírus nas fezes. Material e conservação para envio: fezes recentes, sob refrigeração. Instruções para coleta: as amostras devem ser coletadas, aleatoriamente, assim que os sinto-mas se iniciarem. A quantidade de partículas virais vão diminuindo a partir do 8º dias de doen-ça, diminuindo a sensibilidade do teste. Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração, estando o frasco muito bem tampado pa-ra se evitar evaporação e dessecação das fezes. Método: imunocromatografia, com anticorpos monoclonais, contra antígeno Hexon, presente em todos os subtipos de adenovírus. Valores de Referência: teste negativo. Interferências: número de cópias de vírus. Um resultado negativo não exclui uma possível in-fecção pelo vírus. Indicações: A adenovirose é a segunda causa gastroenterites de origem viral em crianças (varia de 10 a 15%), 21 GRUPO SÃO CAMILO podendo ainda causar doenças respiratórias, diarreia, conjuntivite, cistite, etc. Já foram identificados 47 sorotipos de adenovírus, todos com o antígeno hexon. Os sorotipos mais frequentes, causadores de gastroenterites são 40 e 41. Os principais sintomas são a diarreia, febre e vômitos, geralmente ocorrendo entre o 9º e o 12º dia após o contágio. Informações importantes: tempo do aparecimento dos sintomas e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ADENOVÍRUS – SOROLOGIA – ANTICORPOS IgG Sinônimo mais usado: Adenovírus – IgG Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: adultos podem coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. Método: Enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Reagente:.................... superior a 1,1 (Índice) Não Reagente:............. inferior a 0,9 (Índice) Indeterminado:............ 0,9 a 1,1 (Índice) Interferências: Lipemia e terapia com corticosteroides. Indicações: estudo das infecções por adenovírus. Exames com resultados indeterminados devem ser repetidos, com nova coleta, de 7 a 15 dias após o primeiro ensaio. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ADENOVÍRUS – SOROLOGIA – ANTICORPOS IgM Sinônimo mais usado: Adenovírus – IgM Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: adultos podem coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio Valores de Referência: Reagente:..................... superior a 1,1 (Índice) Não Reagente:............. inferior a 0,9 (Índice) Indeterminado: ............ 0,9 a 1,1 (Índice) Interferências: Lipemia e terapia com corticosteroides. Indicações: estudos de casos agudos de infecção por adenovírus. Informações importantes: quadro clínico, tempo de doença e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ AGLUTININAS ABO Sinônimo mais usado: iso-hemaglutininas Material e conservação para envio: 2 mL de sangue total em EDTA e 2 mL de soro, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente antes da próxima mamada. VI 22 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Estabilidade da amostra: Sangue Total em EDTA: 5 dias sob refrigeração; soro: 2 meses sob congelação ou 20 dias sob refrigeração. Método: micro-hemaglutinação. Valores de Referência: Isoaglutinina A : 1/16 a 1/32. Isoaglutinina B : 1/16 a 1/32. Interferências: transfusões sanguíneas e baixa idade. Indicações: imunidade humoral. Pacientes que já se alimentam de cereais e leguminosas apresentam níveis superiores a 1/16 para isoaglutininas A ou B , ou ainda A e B. Informações importantes: idade correta do paciente, sexo, medicação atual, etc. _______________________________________________________________________________________ ALBUMINA SÉRICA Sinônimo mais comum: Albuminemia Material e conservação para envio: 1 ml de soro enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: colher pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotométrico automatizado. Valores de Referência: Valores pediátricos (g/dL): Neonatos 2,6 – 4,4 6 meses a 3 anos 2,9 – 4,8 3 a 9 anos 4,1 – 5,2 10 a 17 anos 4,0 – 5,4 Até 59 anos 3,4 – 5,4 60 – 69 anos 3,6 – 4,5 70 a 79 anos 3,6 – 4,5 80 a 95 anos 3,5 – 4,3 Valores para adultos (g/dL): Interferências: Elevações: Ampicilina , Heparina sódica, Fenazopiridina e Lipemias. Diminuições: Estrógenos, anticoncepcionais orais, Penicilina, Cefalotina, Aspirina, Sulfonamídicos e Hiperbilirrubinemia. Informações importantes: informar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ALANINA AMINOTRANSFERASE – ALT (TGP) (ver Transaminases) _______________________________________________________________________________________ ALDOLASE Sinônimo mais comum: ALD Material e conservação para envio: 1 ml de soro, enviado sob refrigeração. 23 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Espectrofotométrico enzimático. Valores de Referência: Adultos : até 7,6 U/L Crianças : RN .....................:até 19,6 U/L 10 a 24 meses......: 3,4 a 11,8 U/L 2 a 16 anos........: 1,5 a 8,8 U/L Interferências: Elevações: Ácido Épsilon Aminocapróico, Inseticidas Órgano-Clorados e Órgano-Fosforados, Clofibrato, Tiabenzadol, infecções intra-musculares e quadros de hemólise. Indicações: Diagnóstico e seguimento das miopatias, como na distrofia muscular progressiva e dermatopolimiosites. Há elevações em casos de infartos do miocárdio, hepatopatias e algumas neoplasias, como carcinoma de próstata, carcinoma mestastático de fígado, etc. Patologias hematológicas, como anemia megaloblástica e crise da anemia falciforme. Informações importantes: informar medicação atual, sexo, idade . _______________________________________________________________________________________ ALDOSTERONA SÉRICA Sinônimo mais utilizado: Mineralocorticóide. Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 8 horas. Lactentes poderão coletar imediatamente antes da próxima mamada. O exame poderá ser feito sob as seguintes condições: a) Dieta normossódica: 2 horas após posição ortostática ou em repouso absoluto de pelo menos 4 horas. b) Dieta Hipersódica: teste de supressão. c) Dieta Hipossódica: teste de estímulo. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzima Imunoensaio. Valores de Referência: Para dieta normossódica : Em ng/dL: em pé: em repouso: 4,0 – 31,0 1,0 – 16,0 Interferências: Elevações: Angiotensina, Furosemide, uso crônico de laxantes que provocam perda de Sódio, anticoncepcionais orais, restrição de sódio e potássio e uso de Espirolactona. Diminuições: Corticosteróides, infusão EV de solução fisiológica e uso crônico de Salasarina. Indicações: Diagnóstico e seguimentos de casos de Hiperaldosteronismo Primário (Síndrome de ConnAdenoma secretor), Hiperaldosteronismo Pseudoprimário (Síndrome Suprarrenal Bilateral) e Hiperaldosteronismo Secundário. Deficiências sem hipertensão, como Doença de Addison e outras formas de Hipoaldosteronismo. Deficiências com Hipertensão, com Hipersecreção de Desoxicorticosterona, Diabetes, etc. Informações importantes: informar a medicação atual, informar o tipo de dieta sódica, como normal, rica ou pobre em sal (Uma dieta normal , para 2000 Kcal. Diárias, segundo a OMS, contém 2,35 g de sódio ou 6,0 g de NaCl). Informar a forma de preparo do paciente, se coletou em pé ou deitado, o tempo de preparo e se há e qual é a patologia associada. _______________________________________________________________________________________ VI 24 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ALDOSTERONA URINÁRIA Sinônimo mais comum: Mineralocorticóide urinário. Material e conservação para envio: urina de 24 horas. Usar 20 mL /L de Ácido Acético 8 M, manter sob refrigeração. Enviar alíquota de 200 mL da urina de 24 horas. Homogeneizar bem antes de medir o volume total, que deve ser informado. Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, em frasco plástico próprio, reunindo as micções em um mesmo recipiente, mantido sob refrigeração. Não fornecer o conservante ao paciente. Este deverá ser colocado na urina no momento que chegar ao laboratório apoiado. Como o Ácido Acético é controlado pela Polícia Federal, os laboratórios que não tem acesso ao produto, deverão estocar, sob refrigeração a urina, e envia-la o mais breve possível ao Laboratório São Camilo. Informar o tipo de dieta salina, se normal, hipo ou hipersódica. Informar o volume total da amostra de urina de 24 horas. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: Enzima Imunoensaio. Valores de Referência : tipo de dieta salina em mcg/24 horas Dieta Hipossódica 17,0 – 44,0 Dieta Hipersódica Até 6,0 Dieta Normossódica 6,0 – 25,0 Interferências: vide Aldosterona Sérica. Informações importantes: vide Aldosterona Sérica. _______________________________________________________________________________________ ALFA FETOPROTEÍNA Sinônimo mais comum: AFP Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar o sangue imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: Adultos (masculino e feminino): inferior a 8,4 ng/mL Valores Pediátricos em ng/mL Faixa Etária Gestantes Masculino Feminino 0,49 a 13.343,00 0,49 a 16.672,00 1 a 12 meses 0,49 a 23,4 1 a 3 anos 0,49 a 4 a 6 anos 0 a 1 mês Semanas Valores de Referencia 6ª a 12ª 1,0 a 25,0 0,49 a 63,6 13ª a 18ª 1,0 a 71,0 6,54 0,49 a 9,1 19ª a 21ª 21,0 a 96,0 0,49 a 4,6 0,49 a 3,5 22ª a 27ª 51,0 a 170,0 7 a 12 anos 0,49 a 3,1 0,49 a 4,6 13 a 18 anos 0,49 a 3,2 0,49 a 3,5 Interterências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia. Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Carcinoma Hepatocelular, Coriocarcinomas, Carcinomas 25 GRUPO SÃO CAMILO Embrionários e em alguns casos de pulmão, pâncreas, cólon e estômago. Casos de doenças hepáticas graves e casos obstétricos, como Anencefalia, tubo neural aberto, atresia de esôfago, etc. Em casos de Síndrome de Down, há aumento da AFP no soro materno e no líquido amniótico. Informações importantes: informar idade, mês de gestação, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ALFA-1-ANTITRIPSINA SÉRICA Sinônimo mais comum: normalmente não é utilizado sinônimos. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes poderão coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunoturbidimetria. Valores de Referência: 0 a 1 mês . . . . . . . . : 124 a 348 mg/dL 2 a 6 meses . . . . . . : 111 a 297 mg/dL 7 meses a 2 anos . . : 95 a 251 mg/dL 3 a 19 anos . . . . . . . : 110 a 279 mg/dL Adultos . . . . . . . . . : 78 a 200 mg/dL Interferências: Elevações: Ácido Épsilon–Aminocapróico, Estreptoquinase, Estreptodornase, Contraceptivos orais e injeções intramusculares. Indicações: Transtornos inflamatórios, processos malignos, alterações hormonais, Infarto Cerebral, LES e Tireoidite de Hashimoto, elevam os níveis da Alfa-1-Anti-Tripsina. Baixos níveis: Síndrome Nefrótica por perdas. Diminuição da síntese: Hepatite aguda, prematuridade. Aumento do uso: Síndrome da dificuldade respiratória e pancreatite aguda, deficiências congênitas, como Enfisema Pulmonar e Hepatite Criptogênica. Informações importantes: informar medicação atual, idade e sexo. _______________________________________________________________________________________ ALFA-1-ANTITRIPSINA FECAL Sinônimos mais comuns: Anti-Tripsina fecal. Material e conservação para envio: fezes recentes coletadas sem conservante, manter sob refrigeração. Enviar pelo menos 5 g de fezes. Se não for possível obter a quantidade mínima necessária, manter o coletado sob refrigeração e ajuntar o material de uma próxima coleta. Instruções para coleta: sem conservante, sem uso de qualquer tipo de medicamentos que possam alterar o trânsito intestinal, coletar amostra de fezes ao acaso. Imediatamente colocar sob refrigeração. Estabilidade da amostra: até 4 dias sob refrigeração. Método: Imunodifusão Radial Valores de referência: até 30 mg/g de fezes secas. Interferências: medicamentos que podem alterar o trânsito intestinal. Indicações: diagnóstico laboratorial dos quadros de enteropatias perdedoras de proteínas, como enterite regional, Doença de Whipple, Carcinoma gástrico, linfagectasia intestinal, hipogamaglobulinemia congênita, gastroenteropatia alérgica, intolerância do leite de vaca e intolerância à Lactose. Informações importantes: informar quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ VI 26 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ALFA-1 ANTITRIPSINA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE MUTAÇÃO Sinônimo mais usado: Mutação da Alfa-1 Antitripsina Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausência de mutação. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico molecular da mutação do gene PI – Inibidor da Protease – com detecção dos alelos mutantes S e Z, determinantes da deficiência desta proteína. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ ALFA-1-GLICOPROTEÍNA ÁCIDA Sinônimo mais comum: seromucóide. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunoturbidimetria. Valores de Referência: Homens: 50 a 130 mg/dL Mulheres: 40 a 120 mg/dL Interferências: diminuições : anticoncepcionais orais, estrógenos e derivados. Indicações: avaliação e classificação dos estados inflamatórios. Sendo uma proteína de fase aguda, está mais elevada no início dos quadros inflamatórios. Pode estar elevada nas colagenoses, como LES, AR, ileíte de Crohn. Neoplasias, queimaduras, traumas e infartos. Informações importantes: informar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ALFA-2 MACROGLOBULINA Sinônimo mais usado: A2M Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação ou 20 dias sob refrigeração. Método: Nefelometria. Valores de Referência: > 19 anos : 130 a 300 mg/dL 3ª idade : 120 a 350 mg/dL Interferências: Medicamentos: anti-inflamatórios não hormonais, corticosteróides, etc, Alterações fisiopatológicas: Aumentos: Agamaglobulinemia, ataxia-telangiestasia, bronquite crônica, cirrose hepática, dermatite atópica, diabetes , estrógeno-terapia, gestação, Síndrome de Down e Síndrome Nefrótica. 27 GRUPO SÃO CAMILO Diminuições: artrite reumatóide em atividade, Doença de Waldenström, gastrites, infarto do miocárdio, litíase biliar, litíase renal, Mieloma Múltiplo, pneumopatias agudas, pleuresia, tumores hepáticos primários, úlceras gastrointestinais. Interpretação: indicada nas alterações fisiopatológicas vistas acima. Representa aproximadamente 4% do total das proteínas de um indivíduo normal adulto. Tem um papel importante no transporte e regulação de uma série de substâncias, como insulina, esteróides, PSA, HGH, e ALT. Tem papel importante na regulação de processos inflamatórios, inibindo a ação proteolítica da Plasmina, Calicreína e da Tripsina. Tem um efeito anti-trombínico de caráter progressivo, atuando na fibrinólise de trombos. Tem um efeito moderador sobre a rejeição do feto pela mãe, inibindo em nível placentário a transformação blástica dos linfócitos killer. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ ALIMENTOS TRANSGÊNICOS – ANÁLISE Sinônimo mais usado: Análise de alimentos geneticamente modificados – OGM Material e conservação para envio: grãos, farelos, produtos primários de milho ou soja. Instruções para coleta: coletar pelo menos um quilo de cada amostra a ser analisada, ou dos grãos, farelo, etc. Embalar em frasco plástico bem fechado evitando umidade. Estabilidade da amostra: até 7 dias a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: modificações genéticas ausentes. Interferências: umidade nos grãos ou sub-produtos. Indicações: pesquisa de alimentos geneticamente modificados. Informações importantes: dia, hora e local de coleta. Tipo de produto. _______________________________________________________________________________________ ALUMÍNIO SÉRICO (Também para toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Al. Material e conservação para envio: 3 a 5 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: para pacientes em hemodiálise, recomenda-se coletar nos últimos 60 minutos da sessão de diálise. Não coletar e manipular a amostra com luvas de látex. Coletar o sangue em frasco livre de traços de metais. Após a retração do coágulo e centrifugação, passar o soro para outro frasco livre de traços de metais, sem gel separador. Dar preferência de transferência de tubo para tubo, com cuidado com contaminações ambientais. Refrigerar imediatamente. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 7 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica Valores de Referência: até 10 mcg/L, segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Portaria n°82 de 03-012000): para pacientes com doença renal crônica: a) para valores inferiores a 30 mcg/L: controles anuais. b) para valores superiores a 30 mcg/L: realizar teste da Desferroxamina (DFO). Segundo o Clinical and Analytical Handbook 2nd ed 1992 UK – ed. A.W.Walker: < 60 mcg/L para baixo risco de toxicidade para indivíduos com IRC. > 60 mcg/L acúmulo excessivo, risco de toxicidade em crianças. > 100 mcg/L preocupantes- alto risco de toxicidade em crianças. > 200 mcg/L alto risco de toxicidade em todas as faixas etárias. VI 28 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Segundo Norbert W. Tietz 3 rd ed. P 38, 1998: Pacientes em hemodiálise: de 20 a 550 mcg/L Pacientes em terapia antiácida com géis de Al: até 30 mcg/L. Interferências: contaminações durante a coleta (uso de luvas de látex). Indicações: acompanhamento clínico-toxicológico de pacientes submetidos à hemodiálise. - Teste de infusão da deferroxamina: os pacientes renais crônicos que são submetidos à hemodiálise podem apresentar intoxicações por alumínio que são contidos nos líquidos de diálise e devido à ingestão de Hidróxido de alumínio por via oral. O Alumínio provoca osteomalácia prejudicando ainda mais o hiperparatireoidismo próprio da doença renal. Antes da sessão de hemodiálise coletar uma amostra de sangue. Nos últimos 60 minutos da sessão de hemodiálise aplica-se Desferol EV, na concentração de 5mg/kg de peso em soro glicosado a 5% para pacientes não diabéticos, pacientes diabéticos devem receber em soro fisiológico. Após 44 horas após a infusão da Desferroxamina , antes da próxima sessão de diálise coletar nova amostra de sangue para determinação do Alumínio Sérico. Um teste positivo apresenta um aumento superior a 150 mcg/L em relação aos valores basais. Isto representa a remoção do Al do tecido ósseo. O complexo forma a aluminoxamina que é secretado totalmente pelas fezes e pela urina. Informações importantes: horários das sessões de hemodiálise, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ALUMÍNIO NA URINA (Também para toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Al na urina. Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico. Coletar a urina em frasco especial fornecido pelo laboratório ou tratado com Ácido Nítrico a 5%: Deixar frasco e tampa mergulhados em solução aquosa de Ácido Nítrico a 5% por 48 horas. Repassar em água reagente por 3 vezes, utilizando luvas de PVC. Secar sobre papel de filtro grosso livre de Al. Refrigerar. Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: não há referência na NR-7, 1994, MT/Br Não expostos: até 15 mcg/L Com exposição ocupacional: até 200 mcg/L (DFG/DAT) Interferências: contaminação do material clínico durante coleta ou manipulação. Indicações: avaliação e seguimento laboral da exposição ao alumínio. ________________________________________________________________________ AMEBÍASE – SOROLOGIA – IgG ou IgM Sinônimo mais comum: anticorpos anti-Entamoeba histolytica. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: IgG: Hemaglutinação e IgM: imunofluorescência Indireta. Valores de Referência: IgG: até 1/16. IgM: até 1/10 29 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: lipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Entamoeba histolytica. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. ________________________________________________________________________ AMILASE SÉRICA Sinônimo mais comum: amilasemia Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Salvo casos de urgência. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotometria enzimática automatizada. Valores de Referência: (Em U/L): Para intervalo de confiança de 97,5% Recém-nascidos ............ : 5 a 65 U/L Adultos ......................... : Até 100 U/L > 70 anos ...................... : 20 a 160 U/L Interferências: Elevações: drogas que causam constricção do esfíncter de Oddi (narcoanalgésico, betanecol, secretina). Anticoncepcionais orais, Sulfonamídas, diuréticos tiazídicos, Oxalatos e Citratos. Antiácidos que contenha alumínio podem interferir nos resultados. Indicações: Diagnóstico de casos de Pancreatites, Parotiditis, obstrução ou infarto intestinal, peritonite, alguns tumores pulmonares e ovarianos, Macroamilasemia. Informações importantes: informar a medicação atual, quadro clínico . _______________________________________________________________________________________ AMILASE URINÁRIA - 24 HORAS OU 2 HORAS Sinônimo mais usado: amilasúria Material e conservação para envio: Urina de 2 horas enviado sob refrigeração ou urina de 24 horas, enviar alíquota de 200 mL do volume total, coletado e enviado sob refrigeração. Anotar o volume total. Instruções para coleta: coletar urina por período cronometrado de 2 horas. Pode ser coletado no laboratório, pedindo para o paciente desprezar a urina quando chegar ao laboratório. Oferecer um copo de água de 250 mL para pacientes adultos e 125 mL para crianças. Cronometrar 2 horas exatas quando o paciente terminar de beber o copo de água. Coletar todo o volume de urina de 2 horas. Orientar o paciente para não perder urina. Crianças pequenas necessitam colocar saco coletor . Trocar o saco coletor a cada 30 minutos para se evitar perdas urinárias . Para a urina de 24 horas, seguir o protocolo de coleta de urina de 24 horas, coletada e enviada sob refrigeração. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria enzimática. Valores de Referência: 50 a 140 UI/hora. Até 700 UI/24 horas Interferências: vide Amilase Sérica. Informações importantes: vide Amilase Sérica. _______________________________________________________________________________________ AMILÓIDE A – PROTEÍNA Sinônimo mais usado: Proteína Amilóide VI 30 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Material e conservação para envio: 3 mL soro sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum é dispensável. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. Método: Nefelometria. Valores de Referência : < 15 mg/L Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: Confirmação de casos de Amiloidose Primária. Informações importantes: quadro clínico e órgãos alvos. _______________________________________________________________________________________ AMINOÁCIDOS TOTAIS (NITROGÊNIO ALFA AMÍNICO) Sinônimo mais usado: Nitrogênio Alfa Amínico. Material e conservação para envio: 200 mL de alíquota de urina de 24 horas , enviada sob refrigeração. Informar o volume total da urina de 24 horas. Instruções para coleta: urina de 24 horas com as micções juntadas e mantidas sob refrigeração . Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: Colorimétrico Valores de Referência: Adultos ..........: 50,0 a 200,0 mg/24 horas. Crianças .........: 150,0 a 400,0 mg/24 horas. Interferências: Elevações: glicina, metenamina, asparaginase, barbitúricos e diuréticos. Diminuições: acetazolamida, mafenida, Kanamicina e Neomicina. Indicações: Constatação de aminoacidúrias totais, tanto nas aminoacidopatias específicas como na Cistinúria, ou generalizadas como na Síndrome de Fanconi. Informações importantes: informar tipo de alimentação (se hiperprotéica), e informar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ AMINOÁCIDOS – CROMATOGRAFIA – PLASMA OU URINA Sinônimo mais usado: cromatografia de aminoácidos. Material e conservação para envio: urina ao acaso para os testes qualitativos ou urina de 24 horas para os testes quantitativos. Para o envio, alíquota de 50 mL de amostras ao acaso , ou alíquota de 200 ml do volume total de 24 horas, para o teste quantitativo. Informar o volume total da amostra de 24 horas. Enviar sob refrigeração. Plasma heparinizado enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: para análise qualitativa a primeira urina da manhã é um ótimo material. Para análise quantitativa, coletar urina de 24 horas, mantendo-se as micções juntas, em um só frasco, sob refrigeração, durante todo o período de coleta. Não utilizar conservantes. No plasma heparinizado, coletar em jejum mínimo de 4 horas. Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração. Método: qualitativo: cromatografia de camada delgada em base de microcelulose. Cromatografia quantitativa: HPLC. Valores de Referência: Método qualitativo: são analisadas as seguintes frações: a) Leucina e Isoleucina; b) Fenilalanina; c) Valina e Metionina; d) Triptofano; e) Ácido beta-amino isobutírico; f) Tirosina; g) Prolina; h) Alanina e Etanolamina; i) Treonina e Ácido Glutâmico; j) Homocitrulina e Hidroxiprolina; 31 GRUPO SÃO CAMILO k) Glicina, Serina e Citrulina; l) Ácido Aspártico e Glutamina; m) Homocistina e Asparagina; n) Ácido Argininosuccínico e Histidina; o) Arginina, Lisina e Ornitina; p) Cistationina e Cistina e q) Cisteína e Hidroxilisina. A análise das frações é realizada em comparação a padrões e conjuntos de soros normais. Para exames na urina são utilizados os mesmos padrões acima e conjuntos de urinas normais para comparação qualitativa. Na metodologia quantitativa, por HPLC, as frações são analisadas, focando-se principalmente as aminoacidopatias mais freqüentes: AMINOACIDOPATIA Alcaptonúria Aminoacidemia de cadeia ramificada Anomalias do ciclo da uréia. CLÍNICA Ocronose e artrite Cetose com convulsão e retardo mental Vômitos, convulsos, letargia e retardo mental. Cistationúria Assintomático Cistinúria Calculose Renal Doença de Hartnup Ataxia com retardo mental Fenilalaninemia benigna Assintomático Fenilalaninemia maligna Retardo mental com alterações psiquiátricas Fenilcetonúria clássica Idem Glicinúria Assintomático Hiperglicinemia cetótica Cetose, neutropenia e retardo mental Hiperglicinemia não-cetótica Retardo mental Histidinemia Defeito da fala e audição Homocistinúria Retardo mental e tromboembolismo Síndrome de Fanconi Acidose e raquitismo Tirosinemia hereditária Cirrose hepática e disfunção tubular renal ACHADOS LABORATORIAIS Ac. Homogentísico na urina. Aminoácidos de cadeia ramificada no plasma e urina. Glutamina e citrulina no plasma e urina. Aumento da amônia plasmática Cistationina urinária Cistina urinária aminoácidos neutros na urina. fenilalanina plasmática Idem Fenilalaninemia > 15 mg/dL. da glicina, prolina e Hidroxiprolina glicina e Ac. Propiônico plasmáticos e urinários. glicina plasmática e urinária. Histidina no plasma e urina. Homocistina e Metionina plasmáticas e urinárias Aminoacidúria total, fosfatúria e hiperglicinemia tirosina plasmática No plasma os Valores de Referência são: ( em nmol/mL) Ácido Aspártico Ácido Glutâmico Asparragina Serina Glutamina + Histidina Glicina Treonina Arginina Alanina Tirosina Metionina Valina Triptofano Fenilalanina Isoleucina Leucina Ornitina Lisina Taurina VI 32 CRIANÇAS (µmol/L) 4 a 20 23 a 250 18 a 99 79 a 206 510 a 933 110 a 319 42 a 95 23 a 150 137 a 665 31 a 141 0 a 39 116 a 373 21 a 82 26 a 91 25 a 120 56 a 222 27 a 107 71 a 81 35 a 270 ADULTOS (µmol/L) 11 a 54 3 a 120 26 a 86 61 a 206 451 a 880 81 a 490 75 a 331 23 a 150 170 a 552 31 a 96 11 a 43 120 a 330 19 a 73 34 a 120 34 a 121 69 a 201 30 a 130 90 a 260 35 a 250 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: Alimentação hiperprotéica . Indicações: estudo e diagnóstico de hiperaminoacidemias. Informações importantes: informar o tipo de dieta habitual, principalmente proteínas. Valores de referência para urina (material: urina ao acaso): Como os valores são calculados em nmol/mg de creatinina e a creatinina é excretada em concentrações sempre iguais, a urina recente, em amostra isolada, rapidamente conservada sob refrigeração apresenta melhor conservação, sem grande crescimento bacteriano. Quando o transporte é demorado, para o laboratório, pode-se colocar uma pedra de Timol, aproximadamente 3 g para cada 200 mL de urina coletada. Ácido Aspártico Ácido Glutâmico Serina Histidina Glutamina Glicina + Treonina + Arginina Alanina Tirosina Triptofânio Metionina Valina Fenilalanina Isoleucina Leucina Ornitina Lisina FAIXA ETÁRIA 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos 2 a 18 anos µmol/g creatinina 0 a 120 0 a 176 362 a 1100 644 a 2430 369 a 1014 1049 a 4998 231 a 915 122 a 517 91 31 a 16 a 114 58 a 143 61 a 314 10 a 126 30 a 500 91 31 a 153 a 634 Informações importantes: medicação de uso contínuo, suspeita clínica e tipo de dieta. _______________________________________________________________________________________ AMÔNIA PLASMÁTICA Sinônimo mais usado: Nitrogênio amoniacal Material e conservação para envio: 1 mL plasma em EDTA. Enviar refrigerado. Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 6 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração, ou 5 dias sob congelamento. Método : Seg. Berthelot, espectrofotométrico. Valores de Referência: Valores em μg/dL: R.N. 0 a 10 dias Até 338 R.N 10 a 30 dias 36 – 160 1 mês a 14 anos 32 – 117 Homens adultos 12 – 47 Mulheres adultas 10 – 47 Interferências: Heparina , medicamentos hepatotóxicos. Indicações: Erros inatos do metabolismo, com alterações do ciclo da amônia. Insuficiência hepática crônica. 33 GRUPO SÃO CAMILO Síndrome de Reye, tabagismo, nutrição parenteral, sangramento gastrointestinal, choque, choque hipovolêmico, hemólise, etc. Informações importantes: tabagismo, etilismo, clínica e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ AMÔNIA URINÁRIA Sinônimo mais usado: amoniúria. Material e conservação para envio: Urina ao acaso, se possível a primeira da manhã, sob refrigeração(10 mL volume mínimo) Instruções para coleta: coletar uma amostra ao acaso, se possível a primeira urina da manhã, e colocar em frasco ou seringa lacrada, preenchendo totalmente o espaço do recipiente de transporte utilizado, não restando espaço com ar. Estabilidade da amostra: em frasco sem espaço vazio, 48 horas sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento. Método: espectrofotométrico UV-VIS. Valores de Referência: 8,7 – 187,0 mg/dL. Interferências: antibioticoterapia com ação sobre a flora intestinal principalmente. Dieta rica em proteínas. Etilismo e tabagismo. Indicações: a) Hiperamoniúrias: fase final de gestação, acidose respiratória, hiperaldosterenisno primário, dieta rica em proteínas e pobre em glicídios, acidose metabólica, como nos quadros de jejum, diabetes, desidratação com diarréia e vômitos. b) Hipoamoniúrias: Nefropatia distal, doença de Addison e alcalose metabólica ou respiratória. Informações importantes: quadro clínico, etilismo, tabagismo, etc. _______________________________________________________________________________________ AMP CÍCLICO PLASMÁTICO (SUSPENSO) Sinônimo mais usado: AMPC plasmático. Material e conservação para envio: 2 mL de plasma de EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: RIE. Valores de Referência: 5 a 25 nmol/L Interferências: Elevações: Corticosteróides, Fenotiazídicos, Prostaglandinas, TSH, TRH, Xantinas, Teofilina, Cefalosporinas e corpos cetônicos. O PTH pode ser interferente dependendo dos níveis alcançados. Indicações: Ação do PTH nos casos de hiperparatireidismo sobre os túbulos renais, calciúria renal, em casos de nefrolitíase, etc. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ AMP CÍCLICO URINÁRIO Sinônimo mais usado: AMPC urinário Material e conservação pra envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sem qualquer tipo de conservante. VI 34 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Colher urina de 24 horas, guardando todas as alíquotas sob refrigeração durante todo o período de coleta. Informar o volume total da coleta. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: RIE Valores de Referência: 2,0 a 6,0 mg/24 horas. Interferências: vide o exame anterior. Informações importantes: vide o exame anterior. _______________________________________________________________________________________ ANÁTOMO-PATOLÓGICO (solicitar manual especial) _______________________________________________________________________________________ ANDROSTENEDIONA Sinônimo mais usado: Delta 4 Material e conservação para envio: 1 mL de soro, enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: colher pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: RIE. Valores de Referência: Adultos: Masculino............. : 0,4 a 3,5 ng/mL Feminino ............... : 0,3 a 2,4 ng/mL Crianças: 1 a 12 meses ........... : até 0,80 ng/mL 1 a 5 anos ............... : até 0,51 ng/mL 6 a 12 anos ............. : até 0,68 ng/mL Estágio sexual n° 2 a 3: Masculino ............. : 0,82 ng/mL Feminino............... : 0,43 a 1,82 ng/mL Estágio sexual n° 4 a 5: Masculino ............. : 0,57 a 1,50 ng/mL Feminino ............... : 0,73 a 2,20 ng/mL Interferências: Elevações : corticotrofina, Clomifeno, Ciproterona, Metapirona e Clonidina. Situações de Hiperandrogenismo, tais como: A) Síndrome dos ovários policístico. B) Situações com os valores elevados até 50% dos níveis normais: tumores adrenais ou ovarianos virilizantes. C) Valores muito elevados: Puberdade precoce masculina, Hiperplasia adrenal congênita. Informações importantes: Medicações atuais, Data da última Menstruação. _______________________________________________________________________________________ ANEUPLOIDIAS DOS CROMOSSOMOS – ESTUDO GENÉTICO Nome mais usado: Material e conservação para envio: material de aborto ou restos ovulares, acompanhados de 5 mL de Sangue Total em EDTA materno. Instruções para coleta: jejum é dispensável. O material de aborto ou restos ovulares devem ser acondicionados em frasco estéril com solução fisiológica e refrigerados. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração. Método: PCR com reestruturação dos microssatélites em fluorescência e genotipagem das regiões dos 35 GRUPO SÃO CAMILO cromossomos X, Y, 13, 16, 18 e 21. Valores de Referência: ausência de aneuploidias. Interferências: conservação do material e tempo da morte fetal antes do abortamento. Indicações: Este estudo não substitui, em casos de alterações estruturais, a citogenética clássica. O método é realizado através da extração do DNA do material do abortamento, possibilitando a identificação de aneuploidias dos cromossomos acima citados, que são os mais comumente encontrados em casos de abortamentos espontâneos. Interferências: amostras não padronizadas podem provocar a não amplificação do DNA. Informações importantes: data do abortamento e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ ANGELMAN-PRADER-WILLI – SÍNDROME Sinônimo mais usado: Síndrome de Prader-Willi-Angelman Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue total em EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum dispensável. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR Valores de Referência: ausência de deleção 15 (15q11-13). Interferências: hemólise ou coleta com outro anticoagulante. Indicações: Estudo de alterações genéticas da Síndrome de Angelman-Prader-Willi, de frequência de 1:25.000 na população em geral. O quadro clínico clássico consistem em hipotonia neonatal com dificuldade de sucção, atraso neuropsicomotor, dismorfismos faciais, deficiência cognotiva, obesidade infantil, Hipogonadismo e baixa estatura. Há perda da função ou ausência de função do cromossomo paterno 15(15q11-13), por deleção ou por dissomia uniparental materna (paciente fica com dois genes de origem materna). Outros achados clínicos são a microcefalia, ataxia, afonia, convulsões e riso espontâneo. No projeto genoma detectou-se que o gene envolvido é o UBE3A do cromossomo 15 paterno. Informações importantes: quadro clínico e medicação utilizada. _______________________________________________________________________________________ ANTICOAGULANTE LÚPICO Sinônimo mais usado: inibidor do KPTT (ACL) Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado. Enviar sob refrigeração. A temperatura de envio e chegada ao laboratório não deve ser superior a 10 ° C. Instruções para coleta: coletar pela manhã, com pelo menos 4 horas de jejum. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. A quantidade de sangue colocada no tubo de citrato de sódio, deve ser exatamente na proporção de 1 mL de citrato de sódio para 9 mL de sangue total. Centrifugar a altíssima velocidade por pelo menos 15 minutos, para que o plasma fique muito pobre em plaquetas. O plasma deverá ser imediatamente congelado. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração ou 15 dias sob congelamento. Método: coagulométrico com suplementação do KPTT. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: Uso de heparina e anticoagulantes orais. Respectivamente a heparina deve ser suspensa por 48 horas antes da coleta deste exame, e 2 semanas de suspensão dos anticoagulantes orais. Indicações: Síndrome dos anticorpos anti-fosfolípides, obliterações venosas e arteriais, abortamentos de VI 36 MANUAL DE PROCEDIMENTOS repetição, etc.. O ACL faz parte do grupo dos anti-fosfolípides. Deve-se sempre ter em mente, que somente um teste de fosfolipídeos não é suficiente para se fechar este diagnóstico. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-CARDIOLIPINA (IgG, IgA ou IgM) Sinônimo mais usado: Anti-fosfolípides Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Colher pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio em microplaca. Valores de Referência: (em Unidades/mL) Valores de referência (IgG) Não Reagente Inconclusivo Reagente Valores de referência (IgA) Inferior a 10 GPL/mL Não Reagente Valores de referência (IgM) < 10 APL/mL Não Reagente 10 a 14 GPL/mL Indeterminado entre 10 a 15 APL/mL Inconclusivo Superior a 14 GPL/mL Reagente > 15 APL/mL Reagente Inferior a 7,0 MPL/mL 7,0 a 10,0 MPL/mL Superior a 10,0 MPL/mL Interferências: Não há referências. Indicações: A Cardiolipina é um antígeno fosfolípede, que está presente em muitos tecidos humanos, principalmente no coração e membranas coriofetais. O aparecimento ocorre em homens predispostos a produzir anticorpos, em mulheres grávidas, com abortamento de repetição, trombose, trombocitopenia, etc. Podem ocorrer quadros de enxaqueca, Síndrome de Buddchiari e Froemmell, anemia hemolítica autoimune e necrose avascular da cabeça do fêmur, etc. Níveis elevados podem ocorrer de 20 a 30 % dos níveis séricos na população em geral. Informações importantes: Relatar a medicação utilizada e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-CAXUMBA – IgG Sinônimo mais usado: Caxumba IgG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum de no mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio em microplacas. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise. Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Caxumba da classe IgG. Nos casos de envolvimento clínico das meninges pode-se pesquisar estes anticorpos no LCR. Informações importantes: Quadro clínico , quadro vacinal. É muito importante ser relatado o estado vacinal dos pacientes, pois o aparecimento destes anticorpos em indivíduos não vacinados é um alerta para levantamentos de saúde pública. _______________________________________________________________________________________ 37 GRUPO SÃO CAMILO ANTICORPOS ANTI-CAXUMBA – IgM Sinônimo mais usado: Caxumba IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio em microplaca. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise. Indicações: Detecção de anticorpos da classe IgM, que sugerem infecção recente. Informações importantes: quadro clínico e estado vacinal dos pacientes É muito importante ser relatado o estado vacinal dos pacientes pois o aparecimento destes anticorpos em indivíduos já vacinados, é um alerta para levantamentos de saúde pública. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-CÉLULAS PARIETAIS Sinônimo mais usado: Células parietais- anticorpos. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência indireta, utilizando cortes de estômago de ratos obtidos em crioscopia. Valores de Referência: até 1/10 da diluição do soro. Interferências: Lipemia, Hemólise. Indicações: teste auxiliar para diagnóstico de gastrite atrófica com ou sem acloridria. Estes anticorpos são encontrados em 89% dos pacientes com gastrite atrófica. Níveis elevados destes anticorpos também podem ser encontrados em pacientes com Síndrome de Sjögren, Câncer Gástrico e úlcera gástrica. Podem ser encontrados em até 10% de indivíduos saudáveis. Geralmente é associado à deficiências de Vitamina B12, Fator Intrínseco e ácido clorídrico. Aproximadamente 92% dos pacientes com Anemia Perniciosa apresentam esses anticorpos, que também podem ser encontrados em casos de Síndrome de Zollinger-Ellison. Informações Importantes: quadro clínico , medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-CCP Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-Peptídeo Citrulinado Cíclico Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções de coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente ...................... : < 5,0 U/ml Reagente ............................ : >/= 5,0 U/mL Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise. Indicações: Os anticorpos anti-Peptídeos Citrulinados (estruturas com citrulina) são pesquisados principalVI 38 MANUAL DE PROCEDIMENTOS mente nas fases iniciais da Artrite Reumatóide, quando o Fator Reumatóide não está positivada. Alguns trabalhos científicos demonstram que o Anti-CCP podem aparecer muitos anos antes da instalação do quadro reumático. Na AR foram encontrados anticorpos contra componentes perinucleares que são ricos em filagrina, que é rica em componentes de citrulina. Muitos pacientes com Artrite Reumatóide podem cursar a doença sem ter o Fator Reumatóide positivo, porém apresentando anticorpos anti-Filagrina e anti-CCP, sendo este último muito mais sensível e mais específico que os demais anticorpos. Informações importantes: informar exames anteriores, medicação atual, sexo e idade dos pacientes. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-DNA Sinônimo mais usado: Anti-DNA dupla hélice. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio em microplaca. Valores de Referência: (em UI/mL) Não Reagente................... < a 15 UI/mL Inconclusivo..................... 15 a 25 UI/mL Reagente .......................... 25 a 200 UI/mL Altamente Reagente ......... > a UI/mL Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise. Terapêutica com corticosteróides pode, dependendo de dose e tempo de tratamento, produzir resultados negativos. Indicações: O Lupus Eritematoso Sistêmico pode cursar com níveis elevados de anti-DNA. Outras doenças auto-imunes mais raramente apresentam positividade deste teste, e geralmente com baixos níveis séricos. Os anticorpos anti-DNA são indicadores de atividade da doença autoimune. Torna-se positivo muito antes da recidiva do quadro clínico. Informações Importantes: Medicação atual, quadro clínico e idade dos pacientes. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-ENDOMÍSIO (IgA,IgG e IgM) Sinônimo mais usado: Anticorpos anti – DC Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência indireta . Valores de Referência: IgG : < 1/10 IgA : < 1/5 IgM : < 1/10 Interferências: Não há referências. Indicações: Diagnóstico e Monitoração laboratorial da Doença Celíaca e da Dermatite Herpetiforme. Os anticorpos anti-endomísio são mais específicos e sensíveis que os testes anti-gliadina. Podem estar presente em 90% dos pacientes com DC . Aproximadamente 1% das pessoas normais podem apresentar níveis baixos destes 39 GRUPO SÃO CAMILO anticorpos. Após a suspensão da ingestão de glúten, pode-se levar de 6 a 12 meses para que os níveis séricos comecem a cair. Entre os pacientes com DC, 2 a 10% podem apresentar deficiência de IgA. O melhor teste para o diagnóstico da DC (padrão ouro) é a biópsia intestinal. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, regime alimentar. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-GAD Sinônimo mais usado: Anti-Decarboxilase do Ácido Glutâmico Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de pelo menos 4 horas. Lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Positivo : > 5,0 Unidades /mL Negativo : 5,0 Unidades /mL Interferências: Lipemia, Hemólise e Hiperbilirrubinemia. Indicações: A positividade dos anticorpos anti-GAD pode ser utilizada para o diagnóstico precoce do Diabetes Mellitus em parentes (irmãos e filhos) de diabéticos, ou na monitoração de doenças neurológicas que se desenvolvem com diabetes associada, como na Síndrome de Stiff-Mann. Pode ainda ser utilizada na pesquisa neonatal de diabetes e nos pacientes com arranjo gênico de alelos do sistema HLA que está ligado à possibilidade de desenvolvimento da doença. O anti-GAD pode estar presente em até 80% dos indivíduos com intolerância (pré-diabéticos) à Glicose e diabéticos do tipo 1 e em até 10% dos indivíduos que vão desenvolver a doença na idade adulta, com até 10 anos de antecipação. Estes anticorpos podem ser encontrados em doenças auto-imunes, como nas tireoidites auto-imunes, Doença de Graves, vitiligo, amiloidose secundária, anemia perniciosa e mais raramente no LES e outras doenças autoimunes. Informações importantes: se o paciente é portador ou parente próximo de portadores de diabetes mellitus. Medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-GLIADINA (IgA,IgG,IgM) Sinônimo mais usado: Gliadina (IgG,IgA ou IgM) Material e conservação de uso: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método : imunoenzimaensaio em microplaca (ELISA): Valores de Referência: Negativo.........................................: < 12 Positivo ..........................................: > ou = 12 Para anticorpos da classe IgA,IgG e IgM. Interferências: Outras doenças gastro-intestinais inflamatórias, uso de corticosteróides, presença de anticorpos contra componentes do kit de teste. Indicações: É relativamente freqüente a deficiência de IgA em pacientes com D.C., sendo, nestes casos, útil a pesquisa de anticorpos da classe IgG para D.C.. Os anticorpos anti-Gliadina podem estar presentes em pacientes com outras patologias gastro-intestinais inflamatórias. A principal indicação para pesquisa de anticorpos antiVI 40 MANUAL DE PROCEDIMENTOS gliadina da classe IgA, é para o diagnóstico de D.C. em crianças que apresentam enteropatia de leve a moderada, uma vez, que estes pacientes podem ter resultados falso-negativos biológicos para anticorpos anti-Endomísio e anti-Transglutaminase tecidual-IgA. Informações importantes: Este exame pode ser utilizado como parâmetro de acompanhamento terapêutico , devido principalmente à retirada do glúten da alimentação, com quedas acentuadas dos níveis séricos dos anticorpos, ou mesmo até a sua negativação. Anotar idade dos pacientes , medicação atual e regime alimentar. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-HISTONA Sinônimo mais usado: Anti-Histona, Histona. Material e conservação para envio: 1 ml de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses congelado. Método: Imunofluorescência Indireta, com substrato tratado com HCl. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: O uso de Procainamida é o medicamento que mais torna este teste positivo. Indicações: As Histonas são compostas de sub-unidades chamadas nucleossomas. Anticorpos anti-Histona aparecem geralmente no Lúpus induzido por drogas. Cerca de 95 % dos pacientes apresentam anticorpos antiHistonas, ou anti-Nucleossomos ou anti-DNA. Cerca de 60% dos pacientes com LES e 20% dos pacientes com Artrite Reumatóide têm anticorpos anti-Histonas positivos. Informações importantes: anotar medicação e idade dos pacientes. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-HIV I/II Sinônimo mais usado: HIV sorologia Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio (M.S. 800.749.506.75) DUO, que inclui a pesquisa do antígeno p24. ELISA (M.S.103.211.705.55) para vários antígenos recombinantes (vide resultados). OBS.: A confirmação mediante o Western Blot test deve ser recomendada (RD 59 de 28/01/03 – ANVISAM.S. e RD 151 de 16/10/09 – ANVISA - M.S.) Valores de Referência: Não Reagente/Negativo. Interferências: presença de anticorpos heterófilos, lipemia, hemólise, hiperbilirrubinemia são os interferentes mais comuns. Resultados falso-positivos podem ocorrer em pacientes que tenham anticorpos anti-HLA-DR4, em outras imunodeficiências, mulheres multíparas, pacientes politransfundidos, pacientes com hepatite crônica ativa alcoólica, outras viroses em atividade e pacientes pós-vacinados para gripe. Indicações: pesquisa de anticorpos anti-HIV I/II. Informações importantes: fornecer dados clínicos e resultados anteriores, se houver, em outros serviços. OBS: 41 GRUPO SÃO CAMILO Segundo a RD 59 de 28/01/03 da ANVISA, M.S. e da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica deve-se sempre colocar a seguinte observação nos casos positivos: “ Este resultado pode não ser definitivo, devendo ser correlacionado com dados clínicos. Seu (sua) médico(a) determinará exames “confirmatórios necessários” . _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-HIV-I CONFIRMATÓRIO – WESTERN BLOT Sinônimo mais usado: Western Blot para HIV Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Western Blot. Valores de Referência: Padrões de Positividade (presença de anticorpos específicos) assim definido pela ANVISA e CDC: 1) Reatividade para p24 ou p31. 2) Reatividade para gp41 ou gp120/gp160. De forma alternativa o CDC recomenda que pelo menos uma das duas: P24 ou gp120/160 sejam positivas. Outros padrões, resultando em teste indeterminado podem indicar a necessidade de repetição do teste após certo período para confirmação do teste. Na AIDS avançada pode cessar a reatividade para o antígeno p24. Em resumo: ( para HIV-1): Negativo: ausência de bandas positivas, principalmente p24 e gp41. Positivo fraco: presença de bandas p24 e/ou gp41, e gp120/gp160. Positivo forte: presença de bandas p15,p24, p31, gp41, p53, p55, gp64, gp120 e gp160. OBS.: a ausência de gp41 e a presença de gp36 podem ser indicativas de infecção pelo vírus HIV-2. Interferências: sobreposições de patologias e doença avançada (estados de anergia). Pacientes com doença em estado avançado podem não apresentar reatividade a este teste por falência do sistema imunológico e queda acentuada na produção de anticorpos em geral. Aproximadamente 20% da população não infectada podem apresentar resultados indeterminados para o teste Western Blot. Indicações: teste confirmatório para anticorpos anti HIV-1. Resultados indeterminados devem ser seguidos em função do tempo com correlação do quadro clínico, epidemiológico e sorológico dos pacientes. Informações importantes: informar quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-ILHOTAS DE LANGERHANS Sinônimo mais usado : ICA Material e conservação para envio: 2 ml de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência indireta. VI 42 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: após o uso de terapêutica com insulina exógena, é comum o aparecimento deste tipo de anticorpo na maioria dos pacientes com DM I. Indicações: Diagnóstico laboratorial dos casos de auto-imunidade no Diabetes mellitus do tipo I (tipo infantojuvenil). Pode ser usado na predição do DM I, em fase pré-clínica, em parentes de primeiro grau de diabéticos do tipo I, para diagnóstico de adultos com DM I, virgens de tratamento, nos casos de hiperglicemia transitória da infância. Informações importantes: anotar medicação de uso contínuo. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-INSULINA Sinônimo mais usado: Anti-insulina Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente (níveis de D.O. inferiores ao Cut-off). Interferências: uso de corticosteróides. Indicações: Estes anticorpos são encontrados com mais freqüência em pacientes diabéticos que fazem uso de insulinas de vaca ou porco. Pacientes com predisposição ao DM podem raramente apresenta-los. Na maioria dos pacientes com sorologia positiva, apresentam reações locais. A pesquisa de anticorpos da classe IgE, específicos contra a insulina podem auxiliar no diagnóstico . Informações importantes: informar a medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-MITOCÔNDRIA Sinônimo mais usado: AMA Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã , em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência Indireta. Valores de Referência: até 1/10 . Interferências: uso de corticosteróides ou qualquer outra droga imunossupressora. Indicações: Os anticorpos anti-mitocôndria estão presentes em aproximadamente 90% dos pacientes com cirrose biliar primária, 30 a 35% dos pacientes com hepatite crônica ativa e mais raramente em outras doenças do fígado, como cirrose de outras etiologias, hepatites virais e induzidas por drogas, Hepatoma primário de fígado, obstrução biliar extra-hepática e colestase crônica intra-hepática. A presença destes anticorpos não define prognóstico, tempo de evolução, gravidade da doença, etc. Indivíduos normais, embora raramente podem apresentar estes anticorpos presentes. Fator anti-nuclear (FAN), pesquisado em células Hep-2 com padrão fluorescente Citoplasmático Pontilhado Reticulado, são mais sensíveis (100%) e mais específicos (100%) que os AMA. Informações importantes: informar hipóteses diagnósticas e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ 43 GRUPO SÃO CAMILO ANTICORPOS ANTI-MÚSCULO LISO Sinônimo mais usado: ASMA, AML Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência Indireta Valores de Referência: Reagente até 1/10. Títulos ≥1/80 são significativos. Interferências: medicamentos imunossupressores. Indicações: Diagnóstico laboratorial das hepatites crônicas auto-imunes, encontrado em 87% dos pacientes, sendo de modo isolado em 37% ou em conjunto com o Fator Anti-Nuclear, atingindo até 54%, produzindo anticorpos antiacena, anti-troponina, anti-vimetina e anti-tropomiosina. Podem ser positivos em até 10% dos pacientes com hepatites virais crônicas, sem componente auto-imune e em até 45% dos pacientes com doenças biliares crônicas. Como toda a pesquisa de anticorpos auto-imunes, raros pacientes com outras doenças do colágeno podem apresentar certa positividade para o ASMA. Indivíduos normais, sem indicação de preditividade futura, podem apresentar estes anticorpos positivos. Nos pacientes com hepatites crônicas auto-imunes podem apresentar o FAN reagente de forma isolada em apenas 13% dos casos, cujos padrões nucleares não são específicos. Geralmente os títulos significativos são elevados, mas sem relação com a gravidade ou prognóstico da doença. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI- MYCOPLASMA PNEUMONIAE - IgG Sinônimo mais usado: Micoplasma-IgG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Positivo : > 1,10 Negativo : < 0,90 Indeterminado : 0,90 a 1,10 Interferências: não há referências. Indicações: Cerca de 20 a 25% das pneumonias comunitárias são produzidas pelo Mycoplasma pneumoniae. Testes falso-positivos podem ocorrer em pacientes com infecções estreptocócicas, quadros de infecção aguda, como meningites e encefalites. Quadros de pancreatite aguda também podem produzir reações falso-positivas. Pacientes imunodeprimidos podem ter resultados falso-negativos. A pesquisa de crioaglutininas tem menor sensibilidade que a procura dos anticorpos específicos. O M.pneumoniae está ligado a quadros de pneumonia atípica primária, traqueobronquite aguda, inflamação timpânica aguda e faringite. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-MYCOPLASMA PNEUMONIAE – IgM Sinônimo mais usado: Micoplasma IgM 44 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabibilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio. Valores de referência: Positivo : > 1,10 Negativo : < 0,90 Indeterminado : 0,90 a 1,10 Interferências: Vide item anterior. Indicações: vide item anterior. Informações importantes: anotar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-NEUTRÓFILOS (C-ANCA E P-ANCA) Sinônimo mais usado: ANCA Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método : Imunofluorescência Indireta. Valores de Referência: C-ANCA : Negativo P-ANCA : Negativo Interferências: uso de medicação imunossupressora. Indicações: Os anticorpos anti-neutrófilos tem como alvo o citoplasma de neutrófilos e aparecem processos de vasculites necrotizantes sistêmicas. Existem dois padrões fluorescentes do ANCA : a) C-ANCA – é um anticorpo anti-Pr3 ou Proteinase-3, presente frequentemente na Granulomatose de Wergener . b) P-ANCA – é um anticorpo anti-Mieloperoxidase e está presente em 50% dos casos de Colite Ulcerativa, 20% de pacientes com doença de Crohn e mais raramente em casos de Vasculites Sistêmicas Necrotizantes, como nas poliarterites microscópicas, glomerulonefrites crescênticas, Síndrome de Churg-Strauss, LES e vasculite reumática e Colangite Primária Esclerosante. Informações importantes: informar medicação e quadro clínico se possível. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-OVÁRIOS – IgG Sinônimo mais usado: Anti-Ovário. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência Indireta. Valores de Referência: até 1/20 Interferências: endometriose com presença de CA-125 positivo. Indicações: Geralmente estes anticorpos agem sobre as células foliculares. Casos de infertilidade feminina podem ser explicados pela presença destes anticorpos. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e tempo de infertilidade. 45 GRUPO SÃO CAMILO ANTICORPOS ANTI-PEROXIDASE (TPO) Sinônimo mais usado: Anti-TPO Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 4 semanas sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: (Percentil de 97,5%) até 5,61 UI/mL Interferências: presença de anticorpos heterófilos . Indicações: O TPO é encontrado em 95% dos pacientes com Tireoidite de Hashimoto e 85% dos pacientes com Doença de Graves, ambas com títulos elevados de TPO. Até 10% de indivíduos normais podem apresentar estes anticorpos, em títulos baixos, o mesmo podendo acontecer em pacientes com carcinoma tireoidiano , adenomas e bócio multinodular. TPO positivo (com títulos elevados) em pacientes hipo ou eutireoidianos indicam bócio difuso ou nódulo de tireóide com etiologia de tireoidite de Hashimoto. TPO positivo (com títulos variáveis ) em pacientes hipertireoidianos sugere Doença de Graves ou sua associação com a tireoidite de Hashimoto (excluindo o bócio multinodular tóxico) indicando a possibilidade de falência tireoidiana por destruição linfocítica. Pode diferenciar Doença de Graves sem oftalmopatia dos eutireoidianos com oftalmopatias. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-RNP Sinônimo mais usado: RNP Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: outras doenças auto-imunes e medicação imunossupressora. Indicações: Estes anticorpos estão presentes no LES e na DMTC (Doença Mista do Tecido Conectivo), sendo que nesta nosologia os títulos geralmente são muito elevados. No Fator Anti-nuclear o padrão fluorescente é o Nuclear Pontilhado Grosso. Pode ser encontrado em pacientes com associação de doenças auto-imunes com plasmocitomas. Informações importantes: informar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-SARAMPO – IgG (ver Sarampo - IgG - Sorologia) _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-SARAMPO – IgM (ver Sarampo - IgM - Sorologia) _______________________________________________________________________________________ VI 46 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ANTICORPOS ANTI- SCL-70 (ANTI-DNA-TROPOISOMERASE) Sinônimo mais usado: Anti-Escleroderma. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não reagente. Interferências: outras doenças autoimunes concomitantes. Indicações: diagnóstico laboratorial da Esclerose Sistêmica Progressiva Difusa. Antes de se completar o quadro clínico, pacientes com fenômeno de Raynaud podem apresentar este anticorpo positivo. Informações importantes: informar a medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-SSA/RO Sinônimo mais usado: Anti-SSA/RO Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: medicação imunossupressora. Indicações: Estes anticorpos são encontrados em 60% dos pacientes com Síndrome de Sjögren e em 35 a 40% dos pacientes com LES. Em pacientes com LE neonatal e em pacientes com bloqueio A-V total podem apresentar estes anticorpos. Informações importantes: informar a medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-SSB/LA Sinônimo mais usado: Anti-SSB/LA Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: medicação imunossupressora. Indicações: é um teste útil para diagnóstico de LE associado a quadros de vasculite ou LE com superposição da Síndrome de Sjögren. Informações importantes: informar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ 47 GRUPO SÃO CAMILO ANTICORPOS ANTI-TIREOGLOBULINA Sinônimo mais usado: AAT Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: até 4,11 UI/mL Interferências: presença de anticorpos heterófilos, Hiperbilirrubinemia, Hemólise e Lipemia. Indicações: geralmente estes anticorpos podem estar presentes na tireoidite autoimune, em pacientes com outras doenças autoimunes, e em indivíduos idosos. Cerca de 55 % dos pacientes com tireoidite de Hashimoto e 25% dos pacientes com doença de Graves apresentam altos títulos destes anticorpos, além de pacientes com carcinoma de Tireóide e outras doenças tireoidianas. Cerca de 15 % de indivíduos normais podem apresentar baixos níveis destes anticorpos. Os anticorpos anti-Tireoglobulina podem estar associados a outros anticorpos contra estruturas da tireóide, como o TPO, o TRAB, etc.. Informações importantes: informar a medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-TIROSINO FOSFATASE – IA2 Sinônimo mais usado: IA2 Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente antes da próxima coleta. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorimetria Valores de Referência: até 1,8 ng/mL Interferências: presença de anticorpos heterófilos. Indicações: é um exame que serve para predição, controle e diagnóstico do diabetes mellitus. Juntamente com outros anticorpos, como o GAD, os anticorpos anti-Insulina e os anticorpos anti-ilhotas de Langerhans, forma um arsenal de testes que auxiliam as ações diagnósticas e de controle dos pacientes, principalmente com DM I. Informações importantes: informar medicação atual e quadro clínico ou hipóteses diagnósticas. _______________________________________________________________________________________ ANTICORPOS ANTI-NUCLEARES (FAN) – ANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS CELULARES PESQUISA Sinônimo mais usado: FAN Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência Indireta, com padrões fluorescentes definidos conforme o III° Consenso Nacional para a Padronização dos Laudos de FAN em células HEp-2. Testes controlados com soros padrões AF/CDC ANA 48 MANUAL DE PROCEDIMENTOS reference Sera, Atlanta,GA-USA. Valores de Referência: são de significado clínico os valores superiores a 1/40. Títulos baixos : resultados até 1/80. Títulos moderados : resultados de 1/160 a 1/320 Títulos elevados : resultados acima de 1/640 Entre indivíduos hígidos, as seguintes porcentagens de testes positivos foram encontradas : 1/40 em aproximadamente 21%, 1/80 em 10%, 1/160 em 5% e 1/320 ou mais em 3% das pessoas sem nenhum sinal ou sintoma de doença auto-imune. Assim, devido à alta sensibilidade do teste, todas as associações clínicas dos autoanticorpos devem ser valorizadas de acordo com a análises do quadro clínico com o sorológico, feitas pelos médicos. Interferências: hiperlipemia, uso de imunossupressores, pacientes fora do período de atividade da doença. Indicações: o leque de indicações é muito grande, quando se considera os 5 compartimentos celulares, como Nuclear, Nucleolar, Citoplasmático, Aparelho Mitótico, Placa Cromossômica Metafásica e padrões mistos. Nuclear tipo membrana de aspecto contínuo Sem PCM fluorescente : anticorpos anti-lâmina e componentes do envelope nuclear, encontradas na Cirrose biliar primária (anticorpos anti-gp210), hepatites autoimunes (raramente associado a doenças reumáticas, e mais raramente no LES, Esclerodermia linear e na Síndrome dos anticorpos antifosfolipídeos.Outros anticorpos associados a esse padrão são: anti-p-62 (nucleoporina), anti-lamin A, anti-lamin B, anti-lamin A,B e C, além do anti-LBP. Pode ser observado em indivíduos sem evidência aparente de autoimunidade, principalmente com baixos títulos. O padrão é caracterizado por uma fluorescência em toda a membrana nuclear. Não se observa fluorescência em nucléolos e citoplasma. Nuclear tipo Sem PCM e nucléolos fluorescentes : anticorpos anti-lâmina de aspecto pontilhado podendo ser encontrado Membrana Nuclear de em raros casos de LES e Esclerodermia linear. Idem ao item anterior. aspecto Pontilhado Nuclear Homogêneo Com PCM fluorescente : anticorpos anti-DNA nativo (marcador de LES) , anti-Histonas (marcador de LES induzido por drogas, LES idiopático, artrite reumatóide, artrite idiopática juvenil) e Anti-Cromatina (DNA/Histonas, Nucleossomo) encontrado no LES (estes anticorpos são marcadores do LES), Artrite Reumatóide, Artrite Idiopática Juvenil (associada à uveíte), Síndrome de Felty e Cirrose Biliar Primária. Nucleoplasma fluorescente de forma homogênea e regular.Não sendo possível distinguir a área de nucléolo, por isso ele é considerado Não Reagente. Citoplasma normalmente não fluorescente. Nuclear Pontilhado Grosso Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes: Nucleoplasma com grânulos de aspecto grosseiro, heterogêneos, em tamanho e brilho, sendo que sobressaem alguns poucos grânulos maiores e mais brilhantes (1 a 6 por núcleo), que correspondem ao corpo de Cajal, rico em ribonucleo-proteínas do spliceossomo. Nucléolos não fluorescentes. Anticorpos anti-antígeno Sm ( marcador de LES) e anti-RNP (critério obrigatório para DMTC- doença mista do tecido conectivo), LES, Esclerose Sistêmica e AR. Pequenas diferenças entre a morfologia das figuras de mitose podem auxiliar a diferenciação entre Sm e RNP. Nuclear Pontilhado Grosso reticulado. Sem PCM,e nucléolos e citoplasma fluorescentes: tem o mesmo significado do padrão Nuclear Pontilhado Grosso. Não é mais referido no 3◦ Consenso Brasileiro para pesquisa de autoanticorpos em células Hep-2 (FAN). Nuclear Pontilhado Fino Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes: apresenta o nucleoplasma com granulação fina. Anticorpos anti SSA/Ro são encontrados na Síndrome de Sjögren Primária, LES, Lupus Neonatal, Lupus Cutâneo Subagudo, esclerose sistêmica, poliomiosite e cirrose biliar primária. Anticorpos anti-SS-B/La são encontrados na Síndrome de Sjögren primária, LES e Lúpus neonatal. Nuclear Pontilhado Fino Denso Com PCM fluorescente e nucléolos não-fluorescentes. O citoplasma não é fluorescente: anticorpos antiproteína p75 (cofator de transcrição), também denominado LEDGF/p75, são encontrados em maior freqüência na rotina ,em processos inflamatórios específicos e não-específicos, sem uma relação clínica bem estabelecida e em doenças reumáticas auto-imunes e mas raramente em Cistites Intersticiais, Dermatite Atópica e Asma. Muito freqüentemente presente em indivíduos sem evidências objetivas de doença sistêmica. Nuclear Pontilhado Pontos Isolados Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes. O nucleoplasma apresenta pontos fluorescentes isolados (podendo ser fornecida como informação adicional o número de pontos ≥ 10 ou < 10 pontos por núcleo: anticorpos anti-p80 coilina não tem uma associação clínica definida, e anti-Sp 100 (anti p95) encontrados em cirrose Biliar Primária e em várias outras condições clínicas. Nuclear Pontilhado Centromérico Com PCM apresentando concentração característica de pontos. O nucleoplasma apresenta-se pontilhado cm um número constante de 46 pontos. Nucléolos normalmente não fluorescentes. Anticorpos anticentrômero (proteínas Cenp-A, B e C), encontrados na Esclerose Sistêmica tipo CREST (Calcinose, fenômeno de Raynaud, disfunção motora do esôfago, esclerodactilia e talangectasia) Cirrose Biliar Primária 49 GRUPO SÃO CAMILO e Síndrome de Sjögren. Pode preceder a forma CREST por anos. Raramente observados em outras condições clínicas. Nuclear Pontilhado Pleomórfico Com PCM fluorescente (na fase G1 é totalmente não fluorescente, mas passa a pontilhado com grânulos que variam de grosso, fino a fino denso a medida que a célula evolui para as fases S e G2: anticorpos anti-núcleo de células em proliferação (PCNA) encontrados especificamente no LES. Nucleolar Homogêneo Sem PCM e citoplasma fluorescentes. Nucléolos homogêneos e fluorescentes: Anticorpos anti-To/Th: ocorre na esclerose sistêmica. Anticorpos anti-nucleolina : muito raro, descrito no LES, doença do enxerto versus hospedeiro e na mononucleose infecciosa . Anticorpo anti B-23 (nucleofosmina): Esclerose Sistêmica, alguns tipos de câncer, Síndrome do anticorpo antifosfolípides e doença enxerto versus hospedeiro. Nucleolar Aglomerado Com PCM fluorescente porém amorfa, com coloração delicada em volta dos cromossomos da placa metafásica. Os nucléolos se apresentam com grumos de intensa fluorescência (como cachos de uva). Citoplasma e núcleo não fluorescentes : Anticorpos anti-fibrilarina (U3-nRNP), encontrados na Esclerose Sistêmica, especialmente se houver comprometimento visceral intenso, frequentemente com hipertensão pulmonar. VI 50 Nucleolar Pontilhado Decoração pontilhada nucleolar e 5 a 10 pontos distintos e brilhantes ao longo da placa metafásica cromossômica. Núcleo e citoplasma não corados: Anticorpos anti-NOR 90: atualmente descrito em outras doenças do tecido conjuntivo, porém sem relevância clínica definida. Anticorpos anti-RNA polimerase I, encontrados na Esclerose Sistêmica Difusa, com comprometimento visceral mais freqüente e grave, e Anticorpos anti-ASE (anti-sense to ERCC-1): freqüentemente encontrado em associação a anticorpos anti-NOR-90. A associação mais freqüente parece ser o LES. Citoplasmático Fibrilar Linear Presença de fibras de estresses que constituem o citoesqueleto, decoradas de forma retilínea, cruzando toda a extensão da célula e não respeitando os limites nucleares. Núcleo e nucléolos não fluorescentes. Anticorpos anti-Actina: encontrados na hepatopatias, como Hepatite autoimune e Cirrose. Anticorpos antimiosina: Hepatite C, Hepatocarcinomas e Miastenia Gravis. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80 ). Citoplasmático Fibrilar Filamentar Decoração de filamentos com acentuação uni ou bipolar, em relação à membrana nuclear. Núcleos e nucléolos não são fluorescentes: Anticorpos anti-Vimentina e anti-Queratina, encontrados na Doença Hepática Alcoólica (é o anticorpo mais importante). Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80). Descrito em diversas doenças inflamatórias e infecciosas. Citoplasmático Fibrilar Segmentar Apenas segmentos curtos das fibras de estresse se encontram fluorescentes. Núcleo e nucléolos não são fluorescentes. Nas células em divisão, podemos observar eventualmente múltiplos grânulos intensamente fluorescentes que correpondem à forma globular das proteínas do citoplasma. Anticorpos anti-Alfa Actinina, Anti-Vinculina e anti-Tropomiosina, encontrados na Miastenia Gravis, Doença de Crohn e Colite Ulcerativa. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80). Citoplasmático Pontilhado Polar Evidencia Cisternas do aparelho de Golgi. A decoração é apenas citoplasmática em pontos agrupados de situação perinuclear, normalmente em apenas um pólo nuclear. Núcleo, nucléolos e células em divisão não são fluorescentes. Anticorpos antigolginas (cisternas do aparelho de Golgi) encontrados raramente no LES, Síndrome de Sjögren Primária e outras patologias auto-imunes sistêmicas. Podem ainda ser encontrados na Ataxia Cerebelar idiopática, Degeneração Cerebelar Paraneoplásica e infecções virais como Epstein Barr, e pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Quando em títulos baixos ou moderados podem não ter relevância clínica definida. Citoplasmático Pontilhado Pontos Isolados Pontos definidos de número variável por toda a extensão do citoplasma. Núcleo, nucléolo e células em divisão não fluorescentes. Anticorpos anti-EEA 1, anti-Fosfatidilserina: não há associações clínicas bem definidas. Anticorpos anti-GWB, encontrados na Síndrome de Sjögren Primária em outras condições clínicas diversas. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80). Citoplasmático Pontilhado Fino Denso Fluorescência de pontos finos, densos e confluentes, chegando à quase homogeneidade. O núcleo não está corado, mas pode ou não apresentar uma leve decoração homogênea nas áreas do nucléolos. As células em divisão não são fluorescentes. No caso de haver fluorescência concomitante de citoplasma e nucléolo, o padrão é classificado como misto. Anticorpos anti-PL7/PL12: são raramente encontrados na Polimiosite. Anticorpos anti-proteína P-ribossomal: esse padrão ocorre no LES. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80). Citoplasmático Pontilhado Fino Pontos definidos em grande número e densidade, células em divisão e nucléolo não são fluorescentes. Anticorpos anti-Histidil tRNA Sintetase (Jo-1), encontrados na Polimiosite do adulto (melhor marcador) e mais raramente na Dermatomiosite. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80). Outros anticorpos anti-tRNA sintetases podem gerar o mesmo padrão. Citoplasmático Pontilhado Reticulado Apresenta fluorescência em múltiplos pontos dispostos sob forma de retículo irradiando a partir da periferia do núcleo por todo o citoplasma. Núcleo, nucléolos e células em divisão não fluorescentes. Anticorpos antiMitocôndria, que são marcadores da Cirrose Biliar Primária (M2) e mais raramente da Esclerose Sistêmica. É relativamente comum o encontro deste padrão na ausência de anti-Mitocôndria, pois devido ao encontro MANUAL DE PROCEDIMENTOS relativamente comum de padrão semelhante e não relacionado a anticorpos anti-mitocôndria, é fundamental a confirmação por teste específico. Aparelho Mitótico tipo Centríolo. Ponto fluorescente isolado no citoplasma em um pólo na célula em repouso (interfase) que se divide em dois e migra ao pólo oposto do núcleo à medida que a célula entra em divisão. Anticorpos anti-alfa Enolase. Em títulos elevados (> 1/160), sugere Esclerose Sistêmica. Em baixos títulos não tem associação clínica definida. Aparelho Mitótico tipo Ponte Intercelular. Antígenos que formam a união entre células mãe/filha ao final da telófase. Podem ser observados com fluorescência intensa na ponte citoplasmática que sofrerá clivagem ao final da divisão celular. Anticorpos anti-beta tubulina, encontrados no LES, Doença Mista do Tecido Conjuntivo. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80). Outros anticorpos ainda não definidos podem gerar o mesmo padrão. Aparelho Mitótico tipo Fuso Mitótico (NuMa 2) Células em intérfase se encontrar não fluorescentes em todas as sua estruturas. Há decoração extensa e grosseira nos pólos mitóticos das células em metáfase e as pontes intercelulares são positivas na telófase. Citoplasma não fluorescente. Anticorpos anti-HsEg-5/NuMa-2 são encontrados em várias patologias atuo-imunes. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80). Misto do tipo Nucleolar Homogêneo e Nuclear Pontilhado Grosso com Placa Metafásica em anel. Células com interfase apresentam o núcleo corado como pontilhado grosso e os nucléolos corados de forma homogênea. Na metáfase há coloração ao redor da placa metafásica (decorada em anel muito característico). Anticorpos anti-Ku, encontrados nas superposições de Polimiosite e Esclerose Sistêmica. Podem ocorrer também no LES e na Esclerodermia. Misto do tipo Nuclear e Nucleolar Pontilhado fino com placa metafásica corada. Células em interfase apresentam o núcleo corado de forma pontilhada fina e os nucléolos sobressaem também com padrão pontilhado fino. Na metáfase a placa metafásica apresenta padrão pontilhado fino. Anticorpos antiDNA Topoisomerase I (Scl-70), encontrados na Esclerose Sistêmica forma difusa em que indica formas de maior comprometimento visceral, e mas raramente na Síndrome CREST e na superposição da Polimiosite e Esclerodermia. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80). Misto do tipo Citoplasmático Pontilhado Fino Denso e Nucleolar Homogêneo O núcleo é totalmente não corado e os nucléolos são corados fracamente. O citoplasma apresenta intensa coloração com pontilhado muito fino e muito denso, quase homogêneo. As células mitóticas não são coradas. Anticorpos anti n-RNP (anti-proteína P-ribossomal), considerados como marcadores do LES e mais freqüentemente relacionado ao LES com alterações psíquicas. Parece estar associado à atividade da doença. Misto do tipo Nuclear Pontilhado Fino com fluorescência do Aparelho Mitótico (NuMa 1) As células em interfase apresentam o núcleo corado como um pontilhado bem fino, geralmente em altos títulos. Células mitóticas em metáfase e anáfase apresentam colocação bem definida e delicada da região pericentrossômica e das partes proximais do fuso mitótico. Na telófase já se vê novamente a coloração pontilhada dos núcleos neoformados e não se vê coloração da ponte intercelular. Anticorpos anti-NuMa 1, encontrados na Síndrome de Sjögen e em outras patologias autoimunes ou inflamatórias crônicas. Podem não ter significado clínico em baixos títulos ou moderados (<1/80 ou < 1/160). Misto do tipo nuclear pontilhado fino e nucleolar pontilhado Células em intérfase apresentam o núcleo corado de forma pontilhada fina delicada e sobressaindo o nucléolo corado com padrão pontilhado (pontos individuais) O citoplasma não é corado. Na metáfase, observam-se 5 a 10 pontos isolados e brilhantes na placa metafásica correspondentes às regiões organizadoras de nucléolo (NOR). Anticorpos anti-RNA polimerase I e II: Esses dois anticorpos usualmente aparecem em combinação, sendo a RNA polimerase I a responsável pela distribuição nucleolar e em NOR, enquanto a RNA polimerase II responde pela distribuição nuclear. Anti-RNA polimerase I : é considerado marcador de esclerose sistêmica e o Anti-RNA Polimerase II aparece em diversas condições autoimunes. NOVOS PADRÕES FLUORESCENTES: Nuclear Pontilhado Fino Apresenta um padrão fluorescente Nuclear, com placa cromossômica corada, com o mesmo padrão das tendendo a homogêneo células comuns, tem associação clínica e identidade imunológica não definidas. Não pode ser confundida com o padrão Nuclear Pontilhado fino denso. O quadro clínico deverá ser sempre avaliado frente a este quadro sorológico. Neste tipo de padrão a placa de metáfase se apresenta com a estrutura pontilhada, da mesma forma que as células fluorescente, o que não acontece nos padrões Nuclear homogêneo e Nuclear Pontilhado fino denso, que as placas metafásicas são homogêneas. Citoplasmático em forma de pequenos bastões (rods) e círculos (rings) Este padrão fluorescente se apresenta em forma de pequenos bastões (rods) e círculos (rings), que aparentemente está associado à infecção pelo HCV. Como ainda não estão totalmente caracterizados, esse novo padrão foi considerado preliminar durante o 3° Consenso Brasileiro , quando serão novamente apreciados durante o 4° Consenso. PCM = Placa Cromossômica Metafásica. Referência Bibliográfica: 3◦ Consenso Brasileiro para pesquisa de autoanticorpos em células Hep-2 (FAN). Recomendações para padronização do ensaio de pesquisa de autoanticor pos em células Hep-2, controle de qualidade a associações clínicas. Dellavance,A. et al. Revista Brasileira de Reumatologia, 2009;49 (2): 89-109. Informações importantes: sexo, idade, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ 51 GRUPO SÃO CAMILO ANTIFUNGIGRAMA Sinônimo mais usado: Teste de sensibilidade aos anti-fúngicos Material e conservação para envio: colônia isolada de Leveduras de interesse médico, sem contaminações bacterianas e/ou fungos filamentosos, sob temperatura ambiente. Instruções para coleta: vide item acima. Estabilidade da amostra: até 48 horas a temperatura ambiente. Método: Kirby e Bauer. Valores de Referência: Sensibilidade aos anti-fúngicos utilizados. Interferências: contaminações bacterianas e fúngicas filamentosas. Indicações: escolha do antifúngico mais adequado para tratamento das leveduroses, principalmente produzidas por Candida ssp e Cryptococcus ssp. São testados os seguintes anti-fúngicos: Anfotericina B, Cetoconazol, Clotrimazol, Econazol, Fluconazol, Itraconazol, Miconazol e Nistatina. Informações importantes: medicação atual. Nota: as Candida ssp, podem alterar a sua sensibilidade aos anti-fúngicos. A Candida glabrata pode se tornar resistente ao fluconazol, após o início da terapêutica. A Candida krusei é naturalmente resistente ao Fluconazol. O Trichophyton asahii é naturalmente resistente à anfotericina B e o Cryptococcus neoformas pode se tornar resistentes à 5 Fluoroxitosina. _______________________________________________________________________________________ ANTIMULLERIANO – HORMÔNIO Sinônimo mais usado: AMH Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum dispensável. Geralmente as amostras devem ser coletadas entre o 2º e o 7º dia do ciclo ou de acordo com as instruções médicas. Estabilidade da amostra: 2 a 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio (ELISA) Valores de Referência: 1,2 a 9,6 mcg/L entre o 2º e o 7º dias do ciclo. Interferências: lipemia. Indicações: No homem o AMH tem grande importância quando as células de Sertoli, durante o desenvolvimento embrionário produz a inibição do desenvolvimento dos dutos de Muller que são os precursores da vagina, útero e trompas e que ajuda no desenvolvimento normal do trato genital masculino. A produção do AMH nos homens ocorre durante toda a vida. No sexo feminino, os níveis de AMH são baixos até o começo da puberdade. Após a puberdade o AMH apresenta variações durante os ciclos menstruais, caindo após a menopausa. No homem ele pode ajudar na avaliação da Síndrome da Persistência do Duto Mulleriano, anorquia ou ectopia testicular e nas mulheres classificação da puberdade precoce com níveis baixos ou tardia com níveis elevados, assim como nos casos de estados intersexuais-hemafroditismo e pode servir de marcador tumoral quando da exerece de tecido gonadal neoplásico. Após a puberdade pode ser um bom marcador do potencial de óvulos em pacientes que estão sendo submetidas à fertilização in vitro. Informações importantes: suspeita clínica, idade dos pacientes e medicação utilizada. _______________________________________________________________________________________ VI 52 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ANTIOXIDANTES TOTAIS Sinônimo mais usado: ANTOX Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum dispensável. Estabilidade da amostra: um mês sob congelação. Método: espectrofotometria. Valores de Referência: 1,3 a 1,8 mmol/L Interferências: hemólise, lipemia e medicação anti-oxidante recente. Indicações: avaliação dos níveis de antioxidantes séricos. Os antioxidantes são componentes que inibem a ação de oxidação de substratos normalmente presente no corpo e protegem células e tecidos da ação dos radicais livres. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ANTITROMBINA III Sinônimo mais usada:ATIII Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado congelado. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelamento. Método: Turbidimetria. Valores de Referência: Indivíduos normais : 83 a 119% Deficiência hereditária : 27 a 45% Os Recém-Nascidos têm valores 50% inferiores em relação aos valores de adultos. Interferências: anticorpos heterófilos, terapia com heparina e terapia com estrógenos e progestágenos. Variações patológicas : Aumento dos valores : Processos inflamatórios, terapia com Penicilina G (I.M.) e uso de anabolizantes. Diminuições dos valores : Deficiência genéticas : Transmissão autossômica dominante com freqüência de 1/3000. Nas doenças tromboembólicas de repetição a freqüência chega a 3%. Nos casos de indivíduos heterozigóticos os valores podem variar de 30 a 60% dos normais. Essas pessoas podem desenvolver quadros de trombose nos casos de pós-parto, intervenções cirúrgicas, uso de pílulas anticoncepcionais e tabagismo. Deficiências adquiridas: Perda urinária por queda da seletividade glomerular (Síndrome Nefrótica), terapia com estrógenos e progestágenos com diminuição da atividade da proteína. Diminuição da síntese da ATIII, como na insuficiência hepática. Consumo elevado da ATIII, como nas CIVD, trombose venosa, cirurgias, partos complicados. Terapia com Heparina, que pode diminuir a atividade da ATIII em até 30% e terapia com L-Asparaginase, que pode diminuir a atividade da ATIII em até 40%. Indicações: A ATIII é uma glicoproteína produzida no fígado que tem a função de inibir a coagulação. Tem uma grande afinidade pela heparina devido a resíduos de Lisina na parte N-terminal da molécula. A associação de ATIII-Heparina favorece o seu acesso às proteínas da coagulação que são inibidas pela Antitrombina III. A ação 53 GRUPO SÃO CAMILO efetiva da ATIII é exercida sobre a Trombina, o Fator X a, o Fator IX a, a plasmina, a calicreína e alguns fatores do complemento que estão associados à coagulação. A deficiência hereditária ou adquirida pode causar tromboses ou a ineficiência da ação da heparina. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e sexo. Nota: Adeterminação da atividade da ATIII tem vantagens sobre a dosagem da ATIII, pois determina sua atividade, mesmo na presença de moléculas inativas, casos de deficiências do tipo 2 e em casos de presença do cafator da Heparina inibidor da ATIII. Resultados mais confiáveis devem ser realizados na ausência de terapia com heparina, anticoncepcionais orais e L-Asparaginase. _______________________________________________________________________________________ APOLIPOPROTEÍNA A1 (APO A1) Sinônimo mais usado: Apo A Material e conservação para envio : 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunoturbidimetria. Valores de Referência: em mg/dL: Adultos Homens : 110 a 170 mg/dL Mulheres : 120 a 190 mg/dL Valores Pediátricos: 5 a 10 anos : 104 – 160 mg/dL 11 a 15 anos : 102 – 160 mg/dL 16 a 20 anos : 102 – 165 mg/dL Interferências: Modificações da dieta habitual, ganho de peso corporal elevado em 15 dias, atividade física nas 24 horas que antecedem a coleta. Medicamentos: Elevações: ácido ascórbico, atenolol, captopril, carnitina, cetoconazol, cimetidina, clofibrato e derivados, cloroquina, colestiramina, contraceptivos orais, enalapril, estrogenos em geral, fenitoína, fenobarbital, furosemide, hidroclortiazidas, insulina, lovastatina, metformina, minoxidil, niacina, pravastatina, prednisona, salbutamol, sinvastatina, verapamil. Diminuições: clorpropamida, danazol, dehidroepiandrosterona, D-tiroxina, espirolactona, levonorgestrel, levotiroxina, medroxiprogesterona, metildopa, nadolol, noretindrona, propranolol, tamoxifeno. Indicações: Diagnóstico laboratorial de risco da doença aterosclerótica. Sendo o principal componente protéico do HDL, participa da remoção do excesso de colesterol dos tecidos, sendo responsável pela ativação da colesterolaciltranferase. É pois um fator de proteção arterial. Informações importantes : medicação atual e pregressa. Atividade física , etc. _______________________________________________________________________________________ APOLIPOPROTEÍNA B (APO B) Sinônimo mais usado: Apo B Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. VI 54 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Método: Imunoturbidimetria. Valores de Referência: em mg/dL: Valores Pediátricos: Adultos Mulheres : 75 a 150 mg/dL Homens : 75 a 150 mg/dL 5 a 10 anos : 50 – 90 mg/dL 11 a 15 anos : 48 – 88 mg/dL 16 a 20 anos : 48 – 110 mg/dL Interferências: não há referências . Indicações: É o maior constituinte protéico das frações VLDL, LDL e Lipoproteína (a), sendo que a maior parte está ligada ao Colesterol LDL, tornando-se assim um bom marcador de risco para doença coronariana, principalmente aos pacientes com níveis de triglicérides elevados. Informações importantes: medicação atual, idade e sexo dos pacientes. _______________________________________________________________________________________ APOLIPOPROTEÍNA E – ESTUDO GENÉTICO Sinônimo mais usado: Estudo genético da Apo E Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração.Não separar o plasma. Colocar papel entre o frasco com o sangue e o gelo renovável. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: Extração e amplificação com primers específicos do gen da Apolipoproteína. Análise de restrição (RFLP) com enzima Afill e Haell. Valores de Referência: Ausência da mutação E4 que está associada à doença de Alzheimer. Interferências: não há referências. Indicações: As Apolipoproteína E (Apo E) é sintetizada no fígado e localizada nos quilomícrons, VLDL e HDL. Tem um papel de regular o metabolismo de lípides e lipoproteínas, ligando-se ao LDL através de receptor específico. Apresenta 3 alelos que em associação produzem 6 fenótipos divervos. O principal alelo é o E3, mas o E2 está relacionado com LDL baixo e triglicérides alto. O alelo E4 está relacionado com LDL e Colesterol Total altos. O Fenótipo E4/4 está relacionado com alto risco coronariano (IAM) em pacientes jovens. Hiperlipidemia familiar do tipo III (disbetalipoproteinemia familiar) tem como fenótipo E2/2. Estes pacientes têm dificuldade no metabolismo dos quilomícrons e aumento do risco cardiovascular e vasculopatia periférica. Informações importantes: medicação anterior e atual. _______________________________________________________________________________________ APTIDÃO ESPORTIVA – TESTE DO GENE ACTN3 e TESTE PLUS Material e conservação para envio: _______________________________________________________________________________________ AQUAPORINA-4 – ANTICORPOS Sinônimo mais usado: neuromielite óptica-anticorpos IgG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da 55 GRUPO SÃO CAMILO próxima mamada. Estabilidade para coleta: 7 dias sob refrigeração ou 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não reagente. Interferências: Lipemia e hemólise. Indicações: A neuromielite óptica, também conhecida como Síndrome de Devic, é um processo inflamatório de característica desmielinizante crônica do SNC, que se caracteriza por um tipo de neurite óptica e mielite aguda. O diagnóstico diferencial entre a neuromielite óptica e a esclerose múltipla é por vezes muito difícil de ser realizado nas fases iniciais da síndrome, principalmente nos pacientes em fase precoce, quando o tratamento é mais efetivo. Há um paralelismo entre Neuromielite óptica e a presença de anticorpos anti-Aquaporina. Informações importantes: quadro clínico e suspeitas químicas. _______________________________________________________________________________________ ARILSULFATASE A e B Sinônimo mais usado: - Mucossulfatidose A e Mucossulfatidose B. Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue Total heparinizado sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. A coleta deve ser realizada nos três primeiros dias da semana e deve-se evitar a coleta em vésperas de feriados. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: a) Arilsulfatase A: 5 a 20 nmol/hora/mg de proteína. B Arilsulfatase B: 72 a 176 nmol/hora/mg de proteína Interferências: lipemia e hemólise. Indicações: pacientes com leucodistrofia metacromática, de caráter metabólica e hereditária, apresentam níveis diminuídos da arilsulfatase A, que é uma enzima lisossômica. Em consequência é o acúmulo de galactosil sulfato na mielina de células do sistema nervoso central, nervos periféricos e alguns outros órgãos. Alguns pacientes podem apresentar níveis diminuídos da atividade das arilsulfatases , sem apresentar sintomas clínicos. Informações importantes: dados clínicos, hora da coleta e medicação atual _______________________________________________________________________________________ ARSÊNICO NO SANGUE (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Arsênico sangüíneo Material e conservação para envio: 5 ml de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Utilizar frascos próprios sem traços de metais. Não coletar no ambiente de trabalho. Retirar todos os EPI, incluindo aventais. Lavar as mãos e braços antes da coleta. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 5 dias sob refrigeração. Método: Espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: não expostos: valores inferiores a 0,16 mcmol/L mcg/L = mcmol/L x 200 Não definidos pela NR-7, 1994, MT/Br Interferências: não comer frutos do mar por pelo menos três dias antes da coleta. Indicações: Presentes em atividades indústriais como galvanoplastia, mineração, petroquímica, fotocopiadoras, VI 56 MANUAL DE PROCEDIMENTOS indústria da borracha, cerâmica, cimento e baterias. Composto altamente tóxico, produzindo irritações em pele e mucosas, neurites, paralisia, anemia e câncer. A presença alterada na urina demonstra exposição recente. Informações importantes: medicação atual e atividade profissional. _______________________________________________________________________________________ ARSÊNICO NA URINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Arsênico urinário Material e conservação para envio: Coletar uma amostra urinária no final de semana de trabalho, com volume mínimo de 100 mL. Instruções para coleta: vide material e conservação para envio. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: - Pessoas não-expostas: até 10 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br). - Pessoas expostas (IBPM): < 50 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br). Interferências: frutos do mar, que não devem ser ingeridos por três dias antes da coleta. Indicações: Processos de intoxicações agudas e crônicas com Arsênico. Informações importantes: medicação atual e ocupação profissional. _______________________________________________________________________________________ ASLO – ANTIESTREPTOLISINA O Sinônimo mais usado: ASO Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração . Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunoturbidimetria. Valores de Referência: até 200 UI/mL Interferências: Lipemia. Indicações: Diagnóstico laboratorial das infecções estreptocóccicas. Títulos em elevações entre duas ou mais determinações indicam infecção aguda. Na febre reumática 85 a 90% dos pacientes apresentam títulos elevados. O pico sorológico ocorre entre a segunda e quarta semanas após o início da infecção. Os títulos começam a se normalizar após 8 a 12 semanas após a cura. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual e início da terapêutica. _______________________________________________________________________________________ ASPARTATO AMINOTRANSFERASE – AST (TGO) (ver Transaminases) _______________________________________________________________________________________ ASPERGILLUS FUMIGATUS – PCR – BIOMOL-SC Sinônimo mais usado: Aspergilose. Material e conservação para envio: Escarro, lavado broncoalveolar, líquido pleural, fragmento de biópsia (enviar em etanol), 5,0 mL de sangue total em EDTA. O material deve ser transportado refrigerado (4° C). 57 GRUPO SÃO CAMILO Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Quando houver suspeita de infecção na pele, no pulmão, ou infecção fúngica sistêmica. A aspergilose é causada pelo fungo Aspergillus fumigatus, que causa no ser humano um grande número de doenças alérgicas, como asma e rinite alérgica, e invasivas, sendo as doenças broncopulmonares as manifestações mais frequentes, podendo se espalhar para o cérebro e medula. A infecção ocorre por meio da inalação dos esporos do fungo presentes no solo, em sementes ou material fecal. A Aspergilose é geralmente benigna, mas assume particular importância clínica em infecções sitêmicas malignas em doentes imunossuprimidos. Os diagnósticos sorológicos podem apresentar reações cruzadas com Histoplasmose, Blastomicose e Paracoccidioidomicose, a identificação por cultura é laboriosa e frequentemente contaminada por outros fungos, já, a detecção molecular por PCR é rápida, sensível e específica. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ ASPERGILLUS SPP PCR – BIOMOL-SC Sinônimo mais usado: Aspergilose. Material e conservação para envio: Escarro, lavado broncoalveolar, líquido pleural, fragmento de biópsia (enviar em etanol), 5,0 mL de sangue total em EDTA. O material deve ser transportado refrigerado (4° C). Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Vide Asperillus fumigatus, PCR. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ ASPERGILOSE – SOROLOGIA Sinônimo mais usado: Sorologia para Aspergilose Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunodifusão simples bidimensional segundo Oüchterlony. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: dados da literatura tem demonstrado que terapia com anti-micóticos podem negativa resultados sorológicos ou dependendo da época da instituição o paciente pode até deixar de desenvolver anticorpos específicos anti-Aspergillus. Indicações: Sorologia para o diagnóstico laboratorial de infecção por Aspergillus sp. Informações importantes: relatar medicação atual e anterior até 2 meses. VI 58 MANUAL DE PROCEDIMENTOS ATAXIAS – ESTUDO MOLECULAR DO PAINEL DE Sinônimo mais usado: Painel de Ataxias. Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausência de expansão na seqüência de trinucleotídeos determinantes das mutações. Interferências: hemólise. Indicações: a) Ataxias autossômicas recessivas: Ataxia de Friedreich; b) Ataxias autossômicas dominantes: Ataxias espinocerebelares SCA1, SCA2, SCA3 e SCA10. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ BAAR – BACILOS ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTES – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de BAAR. Material e conservação para envio: Vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Instruções para coleta: idem. Estabilidade da amostra: idem. Método: Bacterioscopia com coloração de Ziehl-Neelsen. Valores de Referência: Ausência de BAAR nos percursos laminares. Interferências: Indicações: Diagnóstico bacteriológico dos BAAR. Informações Importantes: terapia específica anterior. OBS.: Os escarros devem ser analisados logo após o período de liquefação. No Laboratório São Camilo utilizamos Fluimucil em ampolas, na proporção de ½ ampola para cada 5 mL de escarro. O material é homogeneizado e colocado a 37 C, em estufa, por 2 horas. Após este período colocamos o material entre lâmina e lamínula e fazemos contagens por campo de 400 X para leucócitos e células descamativas. Através destes dados avalia-se a qualidade do material em relação a um escore : Neutrófilos (por campo) Células descamativas (por campo) 0 1a9 10-24 > 25 0 -1 -2 -3 1 a 9 Escore + 1 0 -1 -2 10 a 24 Escore + 2 +1 0 -1 > 25 Escore + 3 +2 +1 0 0 Escore Escores de valor +3 são considerados Excelentes. Escores de valor +2 são considerados Bons. Escores de valor +1 são considerados Regulares. Escores de valor 0 devem ser analisados com reservas. Escores inferiores a 0 devem ser novamente coletados – forte contaminação com saliva. 59 GRUPO SÃO CAMILO BACTERIOSCOPIA Sinônimo mais usado: Bacterioscópico. Materiais e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Estabilidade da amostra: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Método: Gram, Ziehl-Neelsen, Azul Algodão, Fontana-Tribondeau , Albert Laybourn,etc. Valores de Referência: descrição da Microbiota presente nos materiais clínicos coletados. Dependendo do material, pode ser um exame muito útil no tratamento de certas patologias bacterianas ou fúngicas. Interferências: antibioticoterapia anterior, local de coleta, contaminantes da Microbiota Anfibionte (normal), etc. Indicações: Teste de triagem e orientação para tratamento e/ou para a cultura em andamento. Informações importantes: informar medicação prévia e atual, local e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ BACTERIOSCOPIA DE FEZES Sinônimo mais usado: idem Material e conservação para envio: As fezes devem ser coletadas antes de qualquer terapia com antibióticos orais ou sistêmicos, antidiarréicos ou contrastes radiológicos (prazo de 5 dias). a) Evacuação : Coletar o material em pote próprio, estéril. Sempre enviar fezes recentes. Pode-se utilizar solução salina tamponada para manter as fezes umedecidas. Enviar sob refrigeração. b) Swab anal: pode-se coletar swab rico em fezes, mergulhado em tampão PBS, pH=7,4. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: inferior a 24 horas sob refrigeração, em solução salina tamponada. Método: coloração pelo método de Gram e coloração tipo Romanosky. Valores de Referência: dependendo da idade do paciente e do tipo de alimentação, pode haver grande variação da Flora Normal (Microbiota Anfibionte). Desde um predomínio de Lactobacillus ssp,nos lactentes ao predomínio de Bacilos Gram-Negativos (enterobactérias). Ausência de Leucócitos, protozoários e leveduras. Interferências: uso de antimicrobianos, antidiarréicos etc. Indicações: Diagnóstico presuntivo de algumas infecções do trato intestinal. a) Infecções no Intestino Delgado: E.coli – Enteropatogênica clássica: Presença ou não de leucócitos. E.coli – Enterohemorrágica (O157): Hemácias e Leucócitos nas fezes. Vibrio cholerae: Raros leucócitos nas fezes (fase inicial da infecção). Vibrio parahaemolyticus: Raros leucócitos nas fezes nas fases iniciais da infecção. Campylobacter jejuni: Freqüentes leucócitos nas fezes . Clostridium perfringens: Raros leucócitos nas fezes. b) Infecções nos Intestinos delgado e grosso: Salmonella sp.: Grande quantidade de leucócitos nas fezes. Yersinia enterocolitica: Raros leucócitos nas fezes. VI 60 MANUAL DE PROCEDIMENTOS c) Infecções no Intestino Grosso: Shigella sp: Grande número de leucócitos E.coli - Invasora: Leucócitos em número razoável. Clostridium difficile: Raros leucócitos. Informações importantes: informar quadro clínico . _______________________________________________________________________________________ BACTERIOSCOPIA PARA HANSEN Sinônimo mais usado: Pesquisa de BH Material e conservação para envio: A coleta deve se realizar sempre nas áreas indicadas pelo(a) Médico(a) – Assistente, geralmente da linfa das bordas das áreas de hipostesia ou anestesia, eritêmato-hipocrômicas, áreas com madarose ou perdas de pelos, lesões de mucosa ,áreas de infiltrações difusas, placas eritêmato-infiltradas e de bordas difusas, placas com tubérculos e nódulos, placas eritêmato-violáceas edematosas, placas de localização palmar, plantar e periorificial., lesões pré-faveolares (eritêmato-planas com centro claro e lesões eritemato-pigmentares ferrúgea ou pardacenta). Com o material assim obtido, são produzidos esfregaços em lâminas de microscopia, que devem ser fixadas ao fogo, e enviadas em recipientes protetores, sem corar, a temperatura ambiente. Instruções para coleta: colher linfa, por escarificação, dos locais acima descritos e com indicação médica. Produzir esfregaços em lâminas de microscopia. Estabilidade da amostra: até 6 meses a temperatura ambiente, sob proteção da luz e do calor, após terem, as lâminas fixadas ao fogo. Método: coloração pelo método de Ziehl-Neelsen . Valores de Referência: De acordo com o número de microrganismos encontrados, por campo microscópico podemos ter: Acima de 1000 BAAR por campo ou muitas globias : Positivo 6+ 11 a 100 BAAR por campo ou raras globias : Positivo 5+ 1 a 100 BAAR por campo ou raras globias : Positivo 4+ Até 1 BAAR por campo : Positivo 3+ Até 1 BAAR por 10 campos microscópicos : Positivo 2+ Até 1 BAAR por 100 campos microscópicos : Positivo 1+ Ausência de BAAR por 200 campos microscópicos : Negativo 61 GRUPO SÃO CAMILO Classificação da Hanseníase: Interferências: terapia específica ativa. Indicações: diagnóstico laboratorial da Hanseníase. Informações importantes: tratamento e tempo de tratamento. Casos familiares. _______________________________________________________________________________________ BACTERIOSCOPIA PARA Mycobacterium tuberculosis E OUTROS BAAR (exclui moléstia de Hansen) Sinônimo mais usado: Bacterioscopia para BAAR. Material e conservação para envio: Os materiais podem ser os mais diversos possíveis, sendo os mais comuns: Urina (primeira da manhã), escarro, sangue menstrual, LCR. Para outros materiais entrar em contacto com o Departamento Científico do Laboratório São Camilo. Instruções para coleta: Urina: coletar 3 amostras da primeira urina da manhã em dias seqüenciais (há diminuição de contaminantes, facilitando o preparo das lâminas). Centrifugar a 2500 RPM imediatamente após a coleta. Desprezar o sobrenadante. Preparar esfregaços finos em 4 lâminas. Esperar secar e fixa-las no bico de Bunsen. Repetir o processo com as novas coletas. Enviar todas as lâminas para o laboratório, protegidas em frascos tipo Papanicolaou ou caixa de plástico. Escarro: coletar o escarro antes do paciente se levantar pela manhã. Se o paciente tiver dificuldade de coletar o escarro, pode-se induzi-lo com inalação por 15 minutos com água destilada estéril. O escarro pode ser enviado ao laboratório no frasco de coleta, sob refrigeração, ou ser submetido a liquefação com Fluimucil (0,15 mL da ampola do medicamento, para cada mL de escarro). Deixar a temperatura de 37º C por 2 a 4 horas. Lâminas finas podem ser preparadas e fixadas ao fogo. Sangue menstrual: coletar sangue menstrual no primeiro dia da menstruação (quando o fluxo é maior). Coletar com pipeta estéril, tipo Pasteur, de plástico e descartável. Preparar esfregaços finos. Deixar secar a temperatura ambiente. Enviar as lâminas, sem fixa-las. LCR: Centrifugar todo o material e preparar lâminas, fixando-as ao fogo. Estabilidade da amostra: 5 dias para lâminas com sangue menstrual e 30 dias para materiais fixados ao fogo. Método: coloração seg. Ziehl-Neelsen. Valores de Referência: ausência de BAAR nos materiais clínicos. Interferências: Materiais não significativos e terapêutica específica anterior. Indicações: diagnóstico laboratorial para a presença de BAAR em materiais clínicos. VI 62 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: descrever a coleta e informar o uso de medicações . _______________________________________________________________________________________ BACTERIOSCOPIA PARA BACILO DIFTÉRICO Sinônimo mais usado: Pesquisa de Bacilos Diftéricos Material co conservação para envio: Raspado de pseudomembranas da orofaringe e material da nasofaringe (coletado com swab): preparar lâminas de microscopia, com esfregaços finos e fixa-los ao fogo, no bico de Bunsen. Enviar a temperatura ambiente dentro de protetores de lâminas. Instruções para coleta: vide a página 33 do Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Estabilidade da amostra: após a fixação sob fogo, no bico de Bunsen, a lâmina pode ficar a temperatura ambiente por até 30 dias. Método: Colorações segundo Albert-Laybourn e Gram. Valores de Referência: ausência de bacilos com corpúsculos ou granulações metacromáticas. Interferências: vigência de terapia com antibióticos. Indicações: suspeita clínica de infecção por Corynebacterium diphtherithicum (difteria). Informações importantes: descrever a coleta e informar o uso de medicações. _______________________________________________________________________________________ BANDAS OLIGOCLONAIS Sinônimo mais usado: Bandas oligoclonais no LCR Material e conservação para o envio: mínimo de 3,0 mL de LCR sem contaminação com sangue no momento da coleta. Recomenda-se que o Neurologista que fizer a punção colete 3 frascos em seqüência, com no mínimo 5 mL cada, para que no terceiro não haja nenhuma interferência de sangue, de possível acidente de punção. Enviar sob refrigeração. Recomenda-se a contagem de hemácias no material. Estas não podem ultrapassar a contagem de 50 por mm³. Deve-se coletar uma amostra de soro-sangüíneo para comparação eletroforética de controle. Instruções para coleta: além das instruções acima citadas no item “Material e conservação para envio”, deve-se solicitar ao médico coletador que faça somente punção lombar. Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Deve-se alertar que as bandas oligoclonais são bastantes sensíveis aos processos de congelamento e descongelamento. Método: eletroforese multi-separativa. Valores de Referência: Ausência de Bandas Oligoclonais no material clínico. É relativamente comum o aparecimento de somente uma Banda Oligoclonal da classe IgG em algumas patologias, não relacionadas à Esclerose Múltipla, sem o correspondente aumento no soro. São bandas oligoclonais sintetizadas no ambiente liquórico, com migração extra-tecal não sendo possível detecta-la no sangue por eletroforese. A positividade do teste está na presença de no mínimo duas Bandas Oligoclonais, que devem estar ausentes ou em concentrações inferiores no soro do que no LCR, provando-se a sua produção no ambiente liquórico ou intra-tecal. Interferências: as encefalites, de qualquer etiologia e algumas doenças infecciosas, como sífilis, micoses profundas, etc, podem cursar com a presença de Bandas Oligoclonais, mas geralmente apresentam a sua correspondência sérica. Indicações: diagnóstico laboratorial da Esclerose múltipla, auxiliando o clínico principalmente nos pacientes sem quadro radiológico definido. _______________________________________________________________________________________ 63 GRUPO SÃO CAMILO BARBITURATOS – PESQUISA (vide Drogas de Abuso – Pesquisa) _______________________________________________________________________________________ Bartonella henselae – ANTICORPOS ANTI-IgG e IgM Sinônimo mais usado: - Bartonella IgG e/ou IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação Método: enzimaimunoensaio Valores de Referência: IgG :não reagente: < 1/64 IgM: não reagente: < 1/32 Interferências: lipemia, hemólise e hiperlipemia. Indicações: Diagnóstico sorológico da doença da arranhadura do gato. Informações importantes: medicação atual, início da doença e epidemiologia. _______________________________________________________________________________________ BENCE – JONES, PROTEÍNAS DE Sinônimo mais usado: Proteínas de Bence – Jones. Material e conservação para envio: Enviar alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, bem homogeneizada, sob refrigeração. Não utilizar nenhum conservante. Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, refrigerando durante a coleta. Estabilidade da amostra: até 20 dias sob refrigeração. Não se deve congelar este material. Método: método químico com diferencial de temperatura e confirmação por eletroforese focal. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: Não há referências. Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de proteínas de cadeia leve (Proteínas de Bence – Jones) na urina, para casos de Mieloma. Informações importantes: enviar as hipóteses clínicas. _______________________________________________________________________________________ BENZODIAZEPÍNICOS - PESQUISA - (vide Drogas de Abuso - Pesquisa) _______________________________________________________________________________________ BENZOILECGONINA (COCAÍNA) - PESQUISA Sinônimo mais usado: pesquisa de cocaína Material e conservação para envio: urina recente, horário não é crítico. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: o horário da coleta não é crítico. O material deve ser coletado somente nos próprios do laboratório , para que se tenha certeza da origem do material, não se deve permitir que o indivíduo não entre na sala de coleta, com bolsas, frascos, sacolas , etc. Ao pegar na mão o frasco colhido, tentar perceber a temperatura que está a urina, pois logo após a coleta, deverá estar por volta de 36°C. . Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Deve-se guardar sempre uma amostra congelada para possíveis contra-provas. 64 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: pesquisa negativa.(Sensibilidade analítica mínima: a partir de 15 ng/mL). Interferências: não há referências. Indicações: diagnóstico clínico-laboratorial do uso da cocaína, para tratamento especializado. Geralmente a droga é detectada na urina dos usuários até 48 a 96 horas após o uso ilícito, porém, o tempo em que a droga é detectada na urina depende de alguns fatores, como tipo de usuário, se crônico ou ocasional, tipo de droga, dose, via de uso, fatores individuais, como estado físico, idade, alimentação e dose. De uma forma geral, podemos considerar: uso ocasional: 2 a 4 dias de permanência da droga na urina, e 10 a 14 dias para uso crônico. Em algumas universidades foram feitas duas amostras semanais em estudantes, tanto para pesquisa de maconha , como para cocaína. Os testes eram efetuados às segundas e quartas-feiras. Os estudantes que apresentavam positividade somente em algumas segundas-feiras foram considerados usuários ocasionais ou de fins-de-semana. Os que apresentavam várias pesquisas positivas às segundas e quartas-feiras, foram considerados drogaditos crônicos. Nota: Estes testes não tem valor médico-legal e/ou pericial, por não ter posse legal. O indivíduo pesquisado deve preencher uma autorização sua, ou de seu representante legal, declarando que foi por livre e expontânea vontade que realizou este teste, e que em momento algum foi coagido a realizá-lo. Informações importantes: o indivíduo pesquisado ou o seu representante legal deve informar se houve uso ou suspeita de uso da droga, e há quanto tempo isto ocorreu. Informar todos os medicamentos que estão sendo utilizados . _______________________________________________________________________________________ BETA-2-GLICOPROTEÍNA I – ANTICORPOS IgG e/ou IgM Sinônimo mais usado: Beta-2-Glicoproteína G ou M Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imedia-tamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente: < 5,0 U/mL Indeterminado: 5,0 a 8,0 U/mL Reagente: > 8,0 U/mL Interferências: lipemia e hemólise. Indicações: esses anticorpos são muito mais estáveis e apresentam mais especificidade clínica do que os anticorpos anti-cardiolipina, para o diagnóstico laboratorial da síndrome dos anticorpos anti-fosfolipídeos. Assim, a presença destes anticorpos estão ligados à morbidade gestacional, como abortamentos, eclampsia e préeclâmpsia e também quadros de trombose. Alguns indivíduos podem apresentar estes anticorpos sem quadro clínico associado. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ BETA-2- MICROGLOBULINA SÉRICA Sinônimo mais usado: Beta-2-Micro Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar 65 GRUPO SÃO CAMILO imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: em ng/mL: Adultos: Homens .............................. : 604 - 2286 Mulheres ............................ : 607 - 2454 Crianças: < 30 dias de vida ................ ..: 1160 - 4790 31 dias a 1 ano de vida .........: 830 – 3095 > 1 ano (valores de adultos) OBS.: os valores de referência para adultos referem-se a mulheres não-grávidas e homens entre 20 a 70 anos, para um percentil de 97,5% populacional. Interferências: quimioterápicos, hiperlipidemia e hiperbilirrubinemais . Indicações: A Beta-2-Microglobulina forma parte das cadeias leves dos antígenos de Histocompatibilidade HLA (A,B e C), que aparece nas células nucleadas, principalmente presentes nos linfócitos. Devido ao seu baixo peso molecular 95% de sua forma livre é filtrada nos glomérulos e é reabsorvida, aproximadamente 99,9% nos túbulos proximais. É também produzida por células mononucleares tumorais, elevando-se nos casos de Síndromes Linfoproliferativas benignas ou malignas. Seu aumento urinário é relacionado à disfunções tubulares. Aumentos da excreção urinária têm-se observado numa grande variedade de condições, como na doença de Wilson, ns Síndrome de Fanconi, galactosemia congênita não tratada, nefrocalcinose, cistinose, deficiência crônica de potássio, nefrite intersticial, doenças do tecido conjuntivo, como a AR, Síndrome de Sjögren, exposição profissional a metais pesados como cádmio e mercúrio, infecções do trato urinário superior, transplantes renais e nefrotoxicidade por ciclosporina, aminoglicosídeos ou cisplatina. Pode ser um bom teste para diferenciar infecção renal alta da infecção baixa. Elevadas concentrações no soro, na presença de função renal normal, sugerem produção ou liberação excessivas de Beta-2-Microglobulina. Níveis elevados poderão ser encontrados em doenças linfoproliferativas, como no mieloma múltiplo, leucemia linfóide crônica, doença de Hodgkin, outros linfomas, LES, AR, Sjögren, Doença de Crohn, e algumas infecções virais, como as Hepatites, citomegalovírus, mononucleose, HIV, etc. Aumenta também nos quadros de insuficiência renal aguda e crônica e no Lúpus Eritematoso Sistêmico, independente dos níveis de função renal. Informações importantes: informações sobre quadro clínico e medicação atual pode ajudar o laboratório. _______________________________________________________________________________________ BETA-CAROTENO Sinônimo mais usado: Caroteno Material e conservação para envio: 1 mL de soro, em frasco âmbar sob congelação. Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediata-mente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação. Método: espectrofotomético. Valores de Referência: 50 a 300 µg/dL Interferências: diminuições: alguns antibióticos, contraceptivos orais, metformina e uso crônico de óleos minerais. Hemólise. VI 66 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Indicações: seus níveis são paralelos aos da vitamina A, já que o beta-caroteno é a pró-vitamina A. Níveis elevados são encontrados em indivíduos que ingerem grande quantidade de alimentos ricos em beta-caroteno, como cenoura, espinafre, nas dislipidemias, diabetes mellitus e hipotireoidismo. Valores diminuídos podem ser encontrados nos estados de carência alimentar, malabsorção, tabagismo, pós-gastrectomia e cirrose hepática. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ BETA-HCG NO LCR Sinônimo mais usado: beta-HCG no Líquor Material e conservação para envio: 2mL de LCR sob refrigeração. Instruções para coleta: material coletado pelo(a) médico(a) – Assistente, por punção lombar. Se a primeira porção vier com sangue, coletar mais um frasco. Enviar o segundo frasco ou o terceiro conforme o caso. Coletar uma amostra de sangue para controle. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Não congelar. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: Indetectável. Interferências: Hiperproteicorraquia, contaminação com hemácias . Indicações: Seguimento de tumores produtores de HCG que podem apresentar metástases cerebrais. Nestes casos, frequentemente, os valores liquóricos são maiores ou muito próximos aos valores séricos. Informações importantes: medicação dos últimos 30 dias. _______________________________________________________________________________________ BETA-HCG SÉRICO Sinônimo mais usado: Beta-HCG Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Não há horário específico para coleta. A paciente deverá estar em jejum mínimo de 4 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. Valores de referência: Resultado Inconclusivo : 20,0 a 30,0 mUI/mL Resultado Negativo : Inferior a 20,0 mUI/mL Resultado Positivo : Superior a 30,0 mUI/mL OBS.: Os casos inconclusivos devem ser repetidos após uma semana, pois podem refletir estados hipohormonais transitórios a serem confirmados. Os métodos utilizados pelo Laboratório São Camilo, seguem o padrão de referência WHO-3rd – International Standard of HCG (75/537). Os resultados devem sempre ser comparados com dados da paciente, como atraso menstrual, sintomas e história clínica e resultados de outros testes. Níveis baixos podem não excluir a possibilidade de gestação, dependente do atraso menstrual, principalmente. Interferências: Medicamentos a base de HCG, como o Pregnil, Hiperlipemia, Hemólise e Hiperbilirrubinemia. Indicações: Indicado no diagnóstico precoce da gravidez (desde 1 a 2 dias de atraso menstrual). Devido a grande faixa de variação, o teste não tem como avaliar o tempo gestacional. De uma forma geral, mas não como regra absoluta, os níveis de Beta-HCG podem duplicar a cada 36/48 horas. O Beta-HCG pode ser um exame a ser utilizado como marcador tumoral de tumores trofoblásticos e outros de produção ectópica de HCG. Os tumores testiculares serão tratados no exame GONADOTROFINA 67 GRUPO SÃO CAMILO CORIÔNICA TESTICULAR, mais a frente. Informações importantes: informar corretamente a Data da Última Mestruação, medicações utilizadas no período prévio de 30 dias. _______________________________________________________________________________________ BETA-HCG QUANTITATIVO GESTACIONAL Sinônimo mais usado: Beta-HCG Gestacional. Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: em UI/mL: IDADE GESTACIONAL 1ª a 2ª semanas 2ª a 3ª semanas 3ª a 4ª semanas 4ª a 5ª semanas 5ª a 6ª semanas 6ª a 7ª semanas 7ª a 11ª semanas 11ª a 16ª semanas 16ª a 21ª semanas 21ª a 39ª semanas Beta-HCG 25,0 a 150,0 mUI/mL 100,0 a 4.800,0 mUI/mL 1.100,0 a 31.500,0 mUI/mL 2.500,0 a 82.000,0 mUI/mL 23.000,0 a 150.000,0 mUI/mL 27.000,0 a 230.000,0 mUI/mL 20.000,0 a 290.000,0 mUI/mL 6.500,0 a 103.000,0 mUI/mL 4.700,0 a 80.000,0 mUI/mL 2.700 a 78.000,00 mUI/mL Padrão internacional: WHO 3 rd IS HCG 75/537 OBS.: Casos que não se encaixem nestes valores acima, devem ser repetidos após uma semana da última coleta. Dúvidas sobre a DUM, alterações fisiológicas no desenvolvimento fetal e local de nidação podem alterar estes resultados. Interferências: medicamentos a base de HCG (Pregnil), hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise. Indicações: Estudo da evolução gestacional, com caráter quantitativo. Quedas abruptas dos níveis séricos podem refletir problemas na evolução da gestação. Informações importantes: informar a medicação atual e a D.U.M.. _______________________________________________________________________________________ BIG-PROLACTINA (VER MACRO-PROLACTINA) _______________________________________________________________________________________ BILIRRUBINAS TOTAIS E FRAÇÕES Sinônimo mais usado: Bilirrubinas séricas. Material e conservação para envio: 2 mL de soro protegido da luz (em tubo âmbar ou coberto com papel alumínio), sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar no período da manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar VI 68 MANUAL DE PROCEDIMENTOS imediatamente antes da próxima mamada, com exceção de casos de urgência. Proteger da luz. Estabilidade da amostra: até 10 dias sob refrigeração ou por 2 meses sob congelamento. Método: colorimétrico automatizado. Valores de Referência: BD BI BT ( mg/dL) ____________________________________________________________. Adultos até 0, 2 até 1,0 até 1,2 ____________________________________________________________. RN / dias de nascidos 0-1 dia 1 a 2 dias 3 a 5 dias ____________________________________________________________. Prematuros até 8,0 até 10,0 até 12,0 ____________________________________________________________. A termo até 5,0 até 7,0 até 8,0 ____________________________________________________________. BD = Bilirrubina Direta ou Conjugada BI = Bilirribina Indireta ou Não-Conjugada BT = Bilirrubina Total RN = Recém – nascido Interferências: Elevações: Quadros hemolíticos como eritroblastose fetal, hemorragias internas, drogas que podem causar hemólise, altas concentrações de fenotiazídicos, Ácido Ascórbico, Nitritos (infecções urinárias), antibióticos como Cefalosporinas de qualquer geração, contraceptivos, androgênios esteróides, Indometacina, Isonizida, Metildopa, outras formulações de Dopamina e Pirazinamida. Alguns autores tem relacionado o uso de Amiodarona com surtos de hiperbilirrubinemia e alterações concomitantes de hiperamilasemia, Hepatopatias como cirroses, neoplasias, obstruções biliares, viroses , Síndrome de Gilbert, jejum prolongado acima de 36 a 48 horas (nos casos de Síndrome de Gilbert, os valores da Bilirrubina Indireta torna-se bastante acentuado durante período de jejum). Diminuições: pirídio. Indicações: Diagnóstico de hepatopatias e quadros hemolíticos em RN por outras causas de hiperbilirrubinemias, como icterícia fisiológica, hipotiroidismo, obstruções das vias biliares, Esferocitose, deficiência de G-6-PD, Rubéola, Toxoplasmose, Citomegalovírus, Reabsorção de hematomas, Galactosemia, Histiocitoses, etc. Informações importantes: anotar medicação atual, idade e sexo . _______________________________________________________________________________________ BISMUTO SANGÜÍNEO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Bismuto no sangue Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: População não exposta : indetectável. População exposta : até 240 nmol/L Interferências: presença de outros metais pesados na circulação periférica. Indicações: controle da saúde do trabalhador com exposição aos produtos. Informações importantes: se o paciente é exposto, qual o horário da coleta e quanto tempo trabalha no setor em exposição. _______________________________________________________________________________________ BISMUTO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Bismuto na urina 69 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: enviar alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar o volume total da amostra. Instruções para coleta: coleta de urina de 24 horas, em frasco plástico novo, fornecido pelo laboratório, sem conservantes. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica . Valores de Referência: até 24 nmol/L. Interferências: vide Bismuto Sangüíneo . Indicações: vide Bismuto Sangüíneo. _______________________________________________________________________________________ BIOTINIDASE – VER TESTE DO PEZINHO _______________________________________________________________________________________ BLASTOMICOSE – PCR QUALIT. (P. brasiliensis) BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Escarro, 2,0 mL de lavado bronco-alveolar, 5,0 mL da 1ª urina da manhã, líquido pleural, secreção de orofaringe, 1,0 mL de líquor, outros fluidos corporais, fragmentos de biópsia, exsudado/raspado da borda da lesão. Enviar sob refrigeração. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: O fungo patogênico Paracoccidioides brasiliensis, causador da micose sistêmica, denominada paracoccidioidomicose, apresenta o fenômeno do termo-dimorfismo, crescendo na forma miceliana a 25°C e na forma de levedura a 37°C. A forma de levedura é a infectante. Em humanos, a infecção se inicia por inalação de propágulos do fungo, os quais aderem no epitélio alveolar pulmonar e se transformam na forma patogênica de levedura. Informações importantes: Indicar medicamentos utilizados pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ BLASTOMICOSE – PESQUISA (PARACOCCIDIOIDOMICOSE) Sinônimo mais usado: Blastomicose sulamericana-pesquisa. Material e conservação para envio: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, página 47. Estabilidade da amostra: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais, do Laboratório São Camilo, Página 47. Método: Microscópico após clarificação do material clínico. Valores de Referência: ausência de células em gemulação múltipla, características da fase leveduriforme do Paracoccidioides brasiliensis. Interferências: formas incorretas de coleta e medicação anti-fúngica. Indicações: diagnóstico laboratorial de Paracoccidioidomicose . Informações importantes: medicação atual e localização correta do local ou locais de coleta. VI 70 MANUAL DE PROCEDIMENTOS BLASTOMICOSE (PARACOCCIDIOIDOMICOSE) SOROLOGIA Sinônimo mais usado: Reação de Fava Neto Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunodifusão simples, tipo Oüchterlony, para triagem. Nos casos Reagentes são realizados testes de Imunoprecipitação em tubos, seg. Heildelberg e contra-imunoeletroforese (CIE). Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: Hiperlipemia . Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis) ou Blastomicose Sulamericana. 1) Casos com menos de 1 ano de evolução de formas localizadas : a) Reação de Precipitação: Reagente em 100% dos casos. b) Imunodifusão simples ou CIE: Reagente em 66% dos casos. 2) Com mais de 1 ano de evolução de formas localizadas: a) Reação de Precipitação: Reagente em 50% dos casos. b) Reação de Imunodifusão Simples ou Contraimunoeletroforese: Reagente em mais de 75% dos casos. 3) Paracoccidioidomicose disseminada: a) Reação de Precipitação: Reagente em 78% dos casos. b) Reação de Imunodifusão Simples ou Contraimunoeletroforese: Reagente em mais de 98% dos casos, a maioria com títulos elevados. Informações importantes: Informar a medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Bordetella pertussis IgG e IgM Sinônimo mais usado: Bordetella IgG e/ou IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sob congelação. Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente para ensaios de anticorpos do epítopo IgG ou IgM. Interferências: lipemia e hemólise. Indicações: estudo dos quadros por infecção pela Bordetella pertussis. Comprovação de viragem sorológica após vacinação. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, estado vacinal recente. _______________________________________________________________________________________ Borrelia burgdorferi - ANTICORPOS ANTI (VER LYME - ANTICORPOS PARA DOENÇA DE) _______________________________________________________________________________________ Borrelia burdorferi - PESQUISA Sinônimo mais usado: pesquisa de Borrelias no sangue periférico 71 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: preparar esfregaços com sangue periférico em lâminas de microscopia novas. Corar pelo método Panótico ou fixá-las por 1 minuto no primeiro corante do teste Panótico. Deixar secar naturalmente e envia-las a temperatura ambiente em caixas de proteção de lâminas. Instruções para coleta: não há período e hora crítica para a coleta. Coletas digitais podem ser realizadas. Evitar a coagulação do sangue antes de realizar os esfregaços. As coletas digitais geralmente preservam melhor a morfologia dos espiroquetídeos. Estabilidade da amostra: após fixadas, as lâminas podem ser estocadas a temperatura ambiente por longos períodos. Método: microscópico com coloração tipo Romanovsky. Valores de Referência: ausência de espiroquetídeos no material clínico. Interferências: níveis de bacteremia e/ou período da doença. Indicações: diagnóstico precoce das borrelioses. A negatividade do teste não afasta o diagnóstico da doença de Lyme. _______________________________________________________________________________________ Borrelia burgdorferi - CULTURA PARA Sinônimo mais usado: Cultura para borreliose Material e conservação para envio: LCR e sangue periférico, coletado em ACD (peça frasco especial para o Laboratório São Camilo). Tanto o LCR como o sangue total em ACD devem ser enviados a Temperatura Ambiente, sem ultrapassar os 30°C, num prazo máximo de 12 horas. As amostras devem ser protegidas da luz. Instruções para coleta: coleta normal de LCR, se possível sem contaminação de sangue. O sangue periférico deve ser coletado em frasco com anticoagulante ACD. Estabilidade da amostra: vide "Material e conservação para envio". Método: Cultura em meio anaeróbio Spirocult. Valores de Referência: ausência de crescimento de espiroquetídeos. Interferências: terapia com antibióticos específicos. Indicações: suspeita de fase de bacteremia da Doença de Lyme e diagnóstico diferencial da fibromialgia. Geralmente as borrelias são isoladas nas primeiras 3 semanas de infecção, principalmente em pacientes com sintomas, como dermatológicos (eritema migrans), etc. Informações importantes: medicações atuais e anteriores a data da coleta. _______________________________________________________________________________________ BRCA1 E BRCA2 – PESQUISA DE MUTAÇÕES Sinônimo mais usado: BRC1 e BRC2 – PCR Material e conservação para envio: 3 tubos de sangue total em EDTA, coletados e mantidos esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somentes às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatemente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR e sequenciamento de DNA. Valores de Referência: ausência das mutações. Interferências: hemólise. Indicações: Predisposição genética para câncer de mama e câncer de ovário, associada às mutações BRCA1 eBRCA2, em dominância autossômica. VI 72 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ BRUCELOSE- AGLUTINAÇÃO Sinônimo mais usado: Sorologia para Brucelose Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método : aglutinação rápida com antígenos padronizados de Brucella abortus. Valores de Referência: Não Reagente ou Negativo. Interferências: terapia com antibióticos podem mascarar o aparecimentos dos anticorpos. Indicações: diagnóstico sorológico da brucelose. O aparecimento dos anticorpos geralmente ocorre após a segunda semana de infecção aguda , com pico máximo entre a terceira e sexta semanas. Títulos iguais ou superiores a 1/80 são considerados sugestivos de doença ativa. Elevações de pelo menos 4 vezes aos níveis da primeira amostra, colhidas com intervalo de 2 semanas, é diagnóstico de infecção aguda. Sendo um antígeno gênero-específico, pode cruzar com anticorpos contra outras Brucelas . Os títulos inferiores a 1/80 podem aparecer após período de cura e persistir por muitos anos. Podem também revelar reações cruzadas com outros anticorpos, como em pacientes vacinados contra febre tifóide, cólera ou infecções por Yersinia enterocolitica. Os resultados de indivíduos que trabalham diariamente com gado ou cabras devem ser interpretados estritamente sob o quadro clínico. Informações importantes: medicação usada, outras hipóteses diagnósticas. _______________________________________________________________________________________ BRUCELOSE – PCR – QUALIT. – BIOMOL SC (ST OU URINA) Sinônimo mais usado: Febre de Malta, Febre de Gilbratar, Febre Mediterrânea ou Febre Ondulante. Material e conservação para envio: Sangue total em EDTA: 5 mL (adultos) e 2,0 mL (crianças); urina recente (5 mL);. O material deve ser transportado refrigerado (4° C). Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Hemólise; Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: A Brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes espécies da bactéria Brucella: B. abortus (gado), B. suis (suínos), B. melitensis (caprinos) e B. cannis (canino), transmitida dos animais para o homem. É uma doença sistêmica que, nos quadros mais graves, pode afetar o sistema nervoso central, coração, ossos, articulações, fígado, aparelho digestório. O diagnóstico para Brucelose tem sido realizado tradicionalmente por cultura. O diagnóstico molecular por PCR pode fornecer um resultado mais sensível, específico e rápido. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ 73 GRUPO SÃO CAMILO CA – 125 Sinônimo mais usado: marcador tumoral CA – 125 Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: em 95% dos casos os valores normais são ≤21 UI/ mL. Interferências: com exceção de neoplasias, podem ocorrer interferências com elevações: Gestações, Mestruação, doenças inflamatórias peritoniais, doenças inflamatórias pleurais, doenças inflamatórias intestinais, pancreatites, peritonites, Mola Hidatiforme, Endometriose, doenças granulomatosas em geral, como Sarcoidose, Tuberculose, etc. Hemólise, Hiperbilirrubinemia e Hiperlipemia podem interferir na reação de Quimioluminescência. Indicações: Avaliações de massas pélvicas e monitorações de pacientes com adenocarcinoma de ovário. Além do adenocarcinoma de ovário, o CA-125 pode estar elevado em neoplasias do colo e corpo uterino, Trompas, Fígado e vesícula biliar, pâncreas, estômago, Rins, Cólon e Pulmão. De forma geral o CA – 125 está presente nos adenocarcinomas serosos e nos cistomucinosos. Correlações com a massa tumoral somente acontece nos casos de estadiamentos III e IV. A sensibilidade do teste é muito grande, podendo seus valores se alterar em casos pósoperatórios muito antes dos sintomas reaparecerem. Informações importantes: sexo, idade, hipóteses diagnósticas, situação de controle de neoplasias ou outras doenças não neoplásicas, medicação atual. OBS.: O CA 72-4 detecta carcinomas mucinosos dos ovários e a sua associação com o CA – 125 pode representar um aumento da sensibilidade diagnóstica dos tumores ovarianos. _______________________________________________________________________________________ CA – 15-3 Sinônimo mais usado: MCA Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: Para intervalo de confiança de 97,5% Mulheres sem patologias.................: Até 31,0 U/mL Mulheres Pré-menopausa ................: Até 36, U/mL Mulheres Pós-menopausa................: 7,4 a 42,9 U/mL Grávidas ..........................................: Até 42,6 U/mL Grupo com Adenoma Benigno.........: Até 42,6 U/mL Interferências: algumas doenças benignas podem cursar com valores médios de CA 15-3, como doenças benignas da mama, Doenças inflamatórias pélvicas, gestação, lactação, infecções urinárias, doenças hepáticas, como cirrose (15% dos casos), Hepatite crônica, infecciosa ou auto-imune, endometriose, doenças auto-imunes, principalmente no LES, doenças granulomatosas, como Sarcoidose e Tuberculose, pancreatite crônica, etc. Lipemia, Hemólise e Bilirrubinas podem interferir na reação quimioluminescente. Alguns casos de hipogonadismo, principalmente os tardios podem VI 74 MANUAL DE PROCEDIMENTOS cursar com valores menores de CA 15-3. As patologias benignas geralmente apresentam valores de 25 a 50 UI/mL. Indicações: a principal indicação para a determinação deste marcador tumoral, que é uma glicoproteína que se encontra nas membranas dos tumores de mama, produzidas por genes chamados MUC1. Atualmente é considerado o melhor marcador tumoral para mama. Sendo de baixa sensibilidade nas fases iniciais da doença (15 a 35%) este marcador tumoral não deve ser utilizado para triagem ou diagnóstico do câncer de mama e somente na monitoração do tratamento e detecção de redicivas. Informações importantes: informar medicação atual utilizada, cirurgias recentes, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CA – 19-9 Sinônimo mais usado : GI-MA. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência Automatizada. Valores de Referência: 97,5% da população em geral tem valores ≤37 UI/mL. Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise podem interferir na reação quimioluminescente. Doenças benignas como doenças hepáticas, calculose biliar, cirrose, colangite intra-hepática e pancreatites e malignas como linfoma do pâncreas, carcinoma embrionário dos testículos podem elevar os níveis deste marcador tumoral. Indicações: CA – 19-9 é um monosialogangliosídeo, que faz parte das glicoproteínas mucosas produzido principalmente pelas membranas das células tumorais de carcinomas pancreáticos, do cólon, ductos biliares, gástricos, endométrio e salina. Esse marcador também é produzido por esses tecidos normais. A sensibilidade varia de 68 a 94% e a especificidade varia de 68 a 90% para o adenocarcinoma pancreático. Para cólon e reto a sensibilidade é de 70% e a especificidade varia de 75 a 90% .Câncer de vias biliares podem em 80% dos casos produzirem valores elevados do CA – 19-9. Neoplasias de endométrio, Próstata, pelve renal e mama, cistadenocarcinomas mucinosos de ovário e adenocarcinomas uterinos, também podem ter valores elevados. A Alfa Fetoproteína é mais específica que o CA 19-9 nos carcinomas hepáticos. O CA 19-9 não é indicado para triagem diagnóstica entre patologias benignas e malignas do pâncreas. Quando os valores são muito elevados , > 120 UI/mL é mais provável que a patologia seja maligna. Talvez seja o único marcador tumoral que guarda estreita relação entre os seus valores séricos e o tamanho tumoral. É muito sensível para detectar precocemente recidivas pós-operatórias, e essa sensibilidade é tanto maior quanto menor for o valor da estabilização inicial pós-cirúrgica. A associação da determinação do CEA aumenta a sensibilidade diagnóstica de recidivas nos carcinomas de cólon e reto , e pulmão. Aproximadamente 5% dos tumores de pâncreas não produzem este carboidrato. Informações importantes: sexo do paciente, idade, hipóteses diagnósticas, acompanhamento cirúrgico, etc. OBS.: o CA 72-4 diagnostica tumores mucinosos, que não são pegos pelo CA 19-9. A associação destes dois marcadores tumorais aumenta muito a sensibilidade diagnóstica. _______________________________________________________________________________________ 75 GRUPO SÃO CAMILO CA – 72 – 4 Sinônimo mais usado: TAG 72. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento. Método: Eletroquimioluminescência. Valores de Referência: até 6,9 U/mL. Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise podem interferir na reação quimioluminescente. Praticamente não há referências de interferências por patologias benignas. Indicações: de uma forma mais geral é utilizado como marcador tumoral de carcinomas de ovários e gástricos. De forma diferente dos outros marcadores, ele é uma glicoproteína mucinosa de células epiteliais. É o melhor marcador tumoral de tumores mucinosos do ovário. A especificidade e sensibilidade nos tumores mucinosos de ovário chega a 95%. Assim, em associação ao CA 125, que não detecta tumores mucinosos, propicia um aumento da capacidade diagnóstica de forma muito relevante. Aumenta também nos carcinomas gástricos e a sensibilidade fica muito elevada quando associado às determinações do CEA de do CA 19-9. Informações importantes: sexo, idade, medicação atual, quadro clínico, controle pós-operatório, etc. _______________________________________________________________________________________ CÁDMIO SANGUÍNEO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Cádmio plasmático Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado, sob refrigeração. Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico, em qualquer horário ou dia, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias . É recomendado iniciar a monitoração após 6 meses de exposição. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Método: Espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: não fumantes : < 1,2 mcg/L. fumantes : < 3,9 mcg/L. níveis tóxicos : > 10,0 mcg/L. Interferências: não há referências. Indicações: monitoração de indivíduos expostos profissionalmente ou ocupacionalmente, ou para diagnóstico de intoxicação por este elemento. Distribuído por todo meio ambiente, por isso a exposição nem sempre é por motivos profissionais. As exposições podem ser divididas em: a) ocupacionais : fábrica de baterias de automóveis, galvanoplastia, fábrica de pigmentos, esmaltes, semicondutores, retificadores, estimuladores de lasers, tinturas têxteis, fábrica de tubos de televisão e fotografias., etc. b) exposição doméstica: medicamentos, bebidas, água potável. A exposição aguda é de difícil diagnóstico, estas podem ser por edema pulmonar provocando dispnéia, nefropatia tubular, com necrose tubular aguda, e sintomas digestivos e neurológicos . A exposição crônica provoca sintomas gastrointestinais, anemia, eosinofilia, rinite, alterações das cores de dentes. Síndrome de ToniDebré-Fanconi, com hipercalciúria, hiperfosfatúria e aminoacidúria. Microfraturas ósseas com áreas de litíases cálcicas. Osteomalácia, Síndrome respiratória com enfisema e lesão tubular renal, pode ser a continuação do quadro agudo já descrito. Todas as alterações aparecem após um período acumulativo. VI 76 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Uma das principais fontes de cádmio é a fumaça de cigarros, daí os fumantes terem maiores concentrações de cádmio. No sangue periférico o cádmio fica principalmente nos eritrócitos. Informações importantes: anotar medicação atual, tabagismo, local de trabalho e tipo de profissão, tempo de exposição e uso de sonda urinária. _______________________________________________________________________________________ CÁDMIO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: CD urinário. Material e conservação para envio: amostra ao acaso de urina recente. O horário de coleta não é crítico. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: 100 mL de urina em frasco novo de PVC. Manter sob refrigeração. O trabalhador deve estar em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Recomenda-se o monitoramento a partir do 6 mês de trabalho. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração . Método: Espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: até 2,0 mcg/g de creatinina.(NR-7, 1994, MT/Br). IBPM: 5,0 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br). Interferências: tabagismo, utilização de sondas urinárias. Indicações: vide o item anterior. Informações importantes: vide o item anterior . _______________________________________________________________________________________ CÁLCIO SÉRICO Sinônimo mais usado: calcemia Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Espectrofotometria, com Arsenaso III Valores de Referência: Adultos até 59 anos : 8,6 a 10,3 mg/dL. 3ª Idade : 8,6 a 10,0 mg/dL Faixa etária Até um ano 1 a 6 anos 7 a 11 anos 12 a 15 anos 16 a 19 anos 20 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos > a 80 anos Masculino 7,8 a 10,7 mg/dL 8,8 a 10,1 mg/dL 8,8 a 10,1 mg/dL 8,8 a 10,7 mg/dL 8,9 a 10,7 mg/dL 8,6 a 10,3 mg/dL 9,1 a 10,1 mg/dL 8,7 a 10,3 mg/dL 8,8 a 10,0 mg/dL Feminino 7,9 a 10,7 mg/dL 8,8 a 10,1 mg/dL 8,8 a 10,1 mg/dL 8,8 a 10,6 mg/dL 8,9 a 10,8 mg/dL 8,6 a 10,3 mg/dL 8,8 a 10,3 mg/dL 9,0 a 10,4 mg/dL 8,6 a 10,2 mg/dL Interferências: Elevações: Proteínas séricas elevadas, coleta demorada, com hemoconcentração, Hiponatremia. 77 GRUPO SÃO CAMILO Diminuições: Hiperfosfatemia, Hemodiluição, Hipoalbuminemia e Hipomagnesemia Indicações: Diagnóstico de disfunção da glândula paratireóide, investigação de litíase renal e investigação de alterações neuromusculares, controles dos pacientes renais crônicos. Alterações da fisiologia óssea: osteopenia e osteosporose. Pancreatite crônica, síndrome da lise tumoral e alterações dos pós operatórios de tireoidectomia e paratireoidectomia. Informações importantes: medicamentos atuais, idade,sexo, hipóteses diagnósticas,etc. _______________________________________________________________________________________ CÁLCIO IÔNICO Sinônimo mais usado: Cálcio ionizado Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: íon específico – ISE. Valores de Referência: para percentil de 95%: < 1 mês : 3,9 a 6,0 mg/dL < 1 mês : 1,0 a 1,50 mmol/L 1 a 6 meses : 3,7 a 5,9 mg/dL 1 a 6 meses : 0,95 a 1,50 mmol/L 1 a 19 anos : 4,9 a 5,5 mg/dL 1 a 19 anos : 1,22 a 1,37 mmol/L Adultos : 4,0 a 5,4 mg/dL Adultos : 1,00 a 1,35 mmol/L Interferências: vide item anterior. Indicações: vide item anterior. Informações importantes: vide item anterior.. _______________________________________________________________________________________ CÁLCIO URINÁRIO – URINA AO ACASO OU URINA DE 24 HORAS Sinônimo mais usado: calciúria Material e consevação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração, ou alíquota de 50 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração Instruções para coleta: urina ao acaso coletar a qualquer momento. Refrigerar imediatamente. Urina de 24 horas: juntar todas micções em frasco grande, sob refrigeração, durante todo o período de 24 horas. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotometria com Arsenaso III. Valores de Referência: a) Urina ao acaso: 36,0 a 216,0 mg/g de creatinina. até 150 mg/L b) Urina de 24 horas: (em mg/24 horas) Adultos 9 a 17 anos Homens: até 300 Mulheres: até 250 até 317 Nota: Em alguns casos é possível, em urinas de coleta de 2 horas, calcular a relação Cálcio Urinário e Creatinina Urinária, para triagem de casos de osterosporose ativa, cuja relação é superior a 0,11. VI 78 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: vide Cálcio sérico. Indicações: a) Hipercalciúria: secundárias às hipercalcemia e primárias: alterações na reabsorção tubular do cálcio, corticoterapia, endocrinopatias: acromegalia, Cushing, feocromocitoma, hipertireoidismo, osteoporose. b) Hipocalciúria: secundárias às hipocalcemias e primárias: alcalose crônica, com reabsorção óssea, insuficiência renal crônica, osteomalácia, raquitismo, uso de diuréticos, Informações importantes: medicação atual, horário da coleta. _______________________________________________________________________________________ CALCITONINA Sinônimo mais usado: Tireocalcitonina Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio. Valores de Referência: (pg/mL) Para faixa de confiança > 95% Homens até 8,4 Mulheres até 5,0 3ª Idade Homens até 9,3 Mulheres até 6,7 Interferências: hiperlipemia, hemólise e hiperbilirrubinemia. Indicações: a principal indicação para a dosagem da calcitonina é o diagnóstico e seguimento pós-operatório de casos de câncer da glândula tireóide, como o Carcinoma Medular da Tireóide. Como existem outras patologias que podem cursar com níveis moderadamente elevados de Calcitonina, deve-se proceder testes provocativos, ou com infusão de cálcio, ou injeção de pentagastrina. a) para valores moderadamente elevados, entre 100 a 500 pg/mL: As principais indicações clínicas destes testes para estes níveis de calcitonina são: - Massa calcificada na tireóide. - Hiperparatireoidismo a esclarecer - Fácies de síndrome neuroma-mucóide. - Feocromocitoma - Hipercalcemia sem diagnóstico. - Histórico familiar de Carcinoma de Tireóide, mesmo com níveis normais. - Metástases de tumores hipercalcemiantes, como tumores de seio, intestino, Pâncreas e Pulmão. b) Valores fortemente elevados, > 500 pg/mL: Com estes níveis os testes provocativos são dispensáveis. - Carcinoma medular de tireóide. - Produção ectópica de calcitonina. - Insuficiência Renal Crônica. - Algumas neoplasias de mama e pulmão. 79 GRUPO SÃO CAMILO - Tumores Carcinóides - Tumores endócrino pancreáticos. Informações importantes: hipóteses diagnósticas, medicação atual, dados sobre a função renal, sexo e idade. _______________________________________________________________________________________ CÁLCULO BILIAR – ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA Sinônimo mais usado: Análise de Cálculo Biliar Material e conservação para envio: enviar os cálculos biliares secos e sob temperatura ambiente. Instruções para coleta: material coletado pelo médico-solicitante. Estabilidade da amostra: indefinida a temperatura ambiente. Método: análises físico-química para colesterol, bilirrubina, fosfatos, ferro, biliverdina, bilicianina, cálcio. Valores de Referência: a maioria dos cálculos biliares são formados por Bilirrubinato de Cálcio e Colesterol. Interferências: contaminações com sangue e líquidos biológicos. Indicações: estudo da etiopatogenia da litíase biliar. Informações importantes: data da cirurgia e tempo de estoque do material clínico. _______________________________________________________________________________________ CÁLCULOS URINÁRIOS Sinônimo mais usado: cálculo renal. Material e conservação para envio: coletar o(s) cálculo(s) ou fragmentos em frasco tipo coletor de urina. Tampar bem. Anotar o número de cálculos ou fragmentos (se possível) no rótulo do frasco. Enviar a temperatura ambiente. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: indeterminada. Método: químico qualitativo. Valores de Referência: Interferências: medicamentos atuais de eliminação urinária. Indicações: auxiliar no estabelecimento da natureza química dos constituintes, em relação aos testes metabólicos. Há mais de 80 tipos de cálculos renais catalogados. A sua formação está ligada à alterações metabólicas, hábitos alimentares e ingestão líquida diária. Os principais tipos de cálculos são: - Oxalato de Cálcio - Oxalato de Sódio - Pirofosfato de Cálcio - Cálcio associado ao ácido úrico. - Cálculos de ácido úrico - Fosfato de Cálcio - Struvite (fosfato-amoniacomagnesianos) - Cálculos de Cistina - Cálculos medicamentosos - Cálculos de colesterol Informações importantes: medicamentos atuais, principalmente os de eliminação urinária. _______________________________________________________________________________________ VI 80 MANUAL DE PROCEDIMENTOS CANABINÓIDES (THC) Sinônimo mais usado: pesquisa de maconha (THC) Material e conservação para envio: 10 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina até 48 após o uso da substância suspeita. Ter certeza que este material pertence a pessoa indicada para a pesquisa. Momento da coleta não é crítico. Não aceitar materiais enviados colhidos. Este material não tem valor médico-legal por carecer de posse jurídica. O indivíduo pesquisado ou o seu responsável legal deve assinar uma declaração que está coletando o material clínico sem nenhuma coação, de livre e expontânea vontade (solicitar ao Laboratório São Camilo cópias das declarações). Medir a temperatura da urina, imediatamente após a coleta para se evitar frude. Urinas com temperatura ambiente devem ser descartadas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método : Imunoenzimático (triagem semi-quantitativa) Valores de Referência: ausência de substâncias ilícitas na urina. Este teste tem sensibilidade analítica mínima a partir de 15 ng/mL. Interferências: Inalação passiva de THC pode provocar concentrações de até 25 ng/mL. Podem ocorrer reações falsamente-positivas com o uso de Barbitúricos, Benzodiazepínicos e anti-inflamatórios não-hormonais. As reações falso-negativas podem ocorrer com amostra de urina diluída, com pH muito alcalino ou muito ácido e em casos de adulteração intencional. Indicações: suspeita de uso ilícito de maconha, com finalidade clínica. Informações importantes: medicamentos em uso atual, tempo entre o possível uso e o momento da coleta. _______________________________________________________________________________________ CANAL DE CÁLCIO – ANTICORPOS ANTI Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-canal de cálcio regulado por voltagem Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum dispensável. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação Método: Radioimunoensaio Valores de Referência: inferior a 23.000 fmol/L Interferências: hemólise e lipemia Indicações: diagnóstico da Síndrome miastênica de Lambert-Eaton ou Síndrome Imunomediada da transmissão neuromuscular pré-sináptica, na forma neoplásica, para-neoplásica ou não para-neoplásica. Ocorre mais na década de 40 anos, com hiporreflexia ou arreflexia com melhora após exercícios. O exame pode ajudar o controle do paciente com imunossupressores. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Candida albicans ou Candida ssp – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Candidíase. Material e conservação para envio: Secreção/Raspado de colo uterino, cervical, vaginal, uretral, orofaringe (enviados em kit de coleta próprio enviados pelo laboratório ou enviar em salina refrigerado a 4°C); Fezes, urina 1º jato e de jato médio, esperma, fragmento de pele, unha, raspado de lesão específica (enviar refrigerado a 4ºC em coletor universal). Instruções de Coleta: Os pacientes devem estar a pelo menos 5 dias sem utilização de medicação tópica, 3 dias 81 GRUPO SÃO CAMILO de abstinência sexual e 5 dias de procedimentos médicos como US trans-vaginal, trans-retal, toque ou colposcopia, etc. Não realizar assepsia tanto em locais externos como internos, pelo menos com 18 horas de antecedência. Se houver pedido concomitante de citologia cérvico-vaginal pelo método de Papanicolau, a citologia deverá ser coletada em primeiro lugar, sendo que não se deve usar lubrificantes para a introdução do especulo. Se testes como Schiller ou aplicação de ácido acético tiver que ocorrer durante a colposcopia, deverão ser realizados após a coleta para HPV. Estabilidade da amostra: 3 dias, refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Candida albicans é uma espécie de fungo diplóide que causa, oportunamente, alguns tipos de infecções oral e vaginal. As infecções causadas por fungos emergiram como uma das principais causas de morte em pacientes com algum tipo de imunodeficiência (como é o que caso dos portadores da AIDS e das pessoas que estão passando por algum tipo de quimioterapia). O teste molecular por PCR é importante para pesquisa e identificação do agente causal. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ CAPACIDADE DE FIXAÇÃO DO FERRO Sinônimo mais usado: Capacidade de ligação do ferro Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar somente pela manhã., até às 12:00 horas, devido ao caráter circadiano que o ferro tem. O jejum é de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotométrico e turbidimétrico (transferrina). Valores de Referência: a) Capacidade Latente de Ligação do Ferro : 140 a 280 mcg/mL b) Dosagem da Transferrina (turbidimetria) : Homens : 170 a 340 mg/dL Mulheres : 250 a 380 mg/dL c) Índice de Saturação da Transferrina : 20 a 50 % d) Capacidade livre de fixação do ferro : 80 a 140 mcg/dL Interferências: - Transferrina: - Variações Fisiológicas: (ligadas principalmente à impregnações estrogênicas) : gestação: chega até a 50% de aumento na 2ª metade da gravidez. Com anticoncepcionais orais, este aumento pode chegar a 30%. - Variações Patológicas: a) Hipertransferrinemias com diminuição da saturação: hemorragias agudas e anemias ferroprivas; b) Hipotransferrinemias com aumento da saturação : hemocromatose, transfusões crônicas, porfiria cutânea tardia e processos inflamatórios crônicos. Cirrose, hepatite aguda, atransferrinemia, síndrome nefrótica, síndromes de malabsorção, estados finais de insuficiência hepática, anemias de infecções crônicas e doenças crônicas, desnutrição, estados catabólicos agudos e crônicos de longa duração. Medicamentos: Diminuições: cloranfenicol, corticotropina e cortisona. Elevações: Estrógenos. Indicações: Diagnóstico diferencial das anemias. Avaliação do estado nutricional. VI 82 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: medicação atual, idade, sexo e hipóteses diagnósticas. _______________________________________________________________________________________ CARBAMAZEPINA Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento, ou conforme orientação do(a) médico(a)-assistente. Pode-se coletar no pico ou vale terapêutico, isto é, 4 a 8 horas após a medicação (pico) ou imediatamente antes da próxima dosagem (vale). Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimiluminescência automatizada. Valores de Referência: valores terapêuticos : 4 a 12 mcg/mL. Interferências: - Alterações ¨in vitro¨: hiperbilirrubina, Hemoglobina livre no soro, Triglicérides com valores acima de 800 mg/dL. Hiperproteinemia. - Alterações por interações medicamentosas: a carbamazepina diminui a ação dos seguintes medicamentos: anticoagulantes orais, doxiciclina, diazepam e derivados, ácido valpróico, primidona, difenilhidantoína, estrógenos e progestágenos. - Medicamentos que aumentam a concentração sérica da carbamazepina: eritromicina, TAO, nicotinamida e INH. - Medicamentos que diminuem a concentração sérica da carbamazepina: fenobarbital, primidona, difenilhidantoína e etosuximida. OBS.: Associações da carbamazepina com antidepressivos imipramínicos favorecem crises convulsivas e com Inibidores da MAO são totalmente contra-indicadas. Informações importantes: medicação utilizada, concentração usada, dia e hora da última dose tomada antes da coleta. Informar outros medicamentos tomados concomitantemente. _______________________________________________________________________________________ CARBOXIHEMOGLOBINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Carbo HB Material e conservação para o envio: 5 mL de sangue total heparinizado sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar amostra de sangue pré e pós-jornada de trabalho, após dois dias seguidos de exposição. Proteger da luz. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria UV-VIS. Valores de Referência: não expostos ou não fumantes: < 1,0% ( NR-7, 1994, MT/Br). IBPM para não fumantes expostos ao diclorometano e monóxido de carbono: < 3,5 % (NR-7, 1994, MT/Br). Fumantes: até 2 maços por dia : até 5% > 2 maços por dia : 8,0 a 9,0% Interferências: hiperlipemia, uso de azul de metileno, anilina, dapsona, naftaleno, nitratos e derivados de sulfas. Recém natos podem ter valores superiores que adultos não expostos. Indicações: indicador da exposição ao Monóxido de Carbono e ao Diclorometano. Pacientes que tem 83 GRUPO SÃO CAMILO persistência da HbFetal ou a presença de Hemoglobinas instáveis podem apresentar resultados de Carboxihemoglobina elevados. Informações importantes: diagnóstico de Hbpatias conhecidas, tipo de exposição, tempo de exposição. _______________________________________________________________________________________ CARIÓTIPO COM BANDEAMENTO G Sinônimo mais usado: Bandeamento G Material e conservação para envio: coleta em qualquer horário, não há necessidade de jejum. Coletar 2 frascos de 5 mL com Heparina. Manter a temperatura ambiente, enviar a temperatura ambiente. O envio deve ser feito o mais rapidamente possível. Instruções para coleta: vide item anterior e ainda pode ser feito em medula óssea, em sangue fetal, no líquido amniótico, na placenta, restos ovulares e biópsias de trofoblastos, gônadas e cutâneas. Não colher após a quartafeira. Estabilidade da amostra: 6 a 8 horas após a coleta. Método: Os linfócitos são cultivados na presença de um mitógeno (fitohemaglutinina), em seguida eles são bloqueados em metáfase pela ação da colchicina. As células são submetidas a um choque hipotônico. Após é feito o espalhamento das células que são imediatamente fixadas. Todo o material é submetido a coloração específica. As metáfases mais conservadas são fotografadas. O sistema é apresentado a um sistema de softwear que pareia os pares de cromossomos e classifica-os. Valores de Referência: O prazo de resposta é geralmente superior a 1 mês. O resultado normal das células somáticas corresponde à fórmula 46 XX para mulher e 46 XY para o homem. São 22 pares de cromossomos autossômicos e 2 pares de cromossomos sexuais. Cada cromossomo é definido pelo seu tamanho, posição do centrômero, faixas de material cromático, deleções, etc. - Variações patológicas: - Trissomia do 21 ( síndrome de Down) = 47 XY + 21. - Trissomia do 18 = 47 XY, + 18 - Trissomia do 13 = 47 XY, + 13 - Trissomia do 8 = 47 XY, + 8 - Monossomia 5p (síndrome do chiado de gato) = 45 XY , 5p - Síndrome de Klinefelter = 47XXY - Síndrome de Turner = 45 X0 - Reorganizações intracromossômicas, como X frágil e intercromossômicas como fusões. - As alterações adquiridas ocorrem por mutações clonais, como: - Leucemia mielóide crônica = cromossomo Filadélfia (translocação 9/22) - Leucemia linfoblástica aguda ( translocação 4/11) - Linfoma de Burkitt ( translocação 8/14) - Leucemias linfóides por células T ( translocação 11/14). Interferências: as principais interferências são pré-analíticas, como morte fetal nas análises de restos ovulares, pois é difícil precisar em que dia ocorreu a morte fetal. Uso de medicamentos, como antiblásticos, colchicina, etc. Indicações: a) Feto ou RN : - retardo de crescimento intra-uterino ou anomalia na ecografia. - quadro clínico suspeito de trissomia ou monossomia . - ambigüidade sexual (deleção ou translocação do X ou anormalidades do cromossômo Y) b) Nos adultos: - pais de uma criança sindrômica, - abortamentos de repetição, 84 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS - esterilidade, impuberismo, amenorréia primária. c) Na mulher grávida: - amniocentese nas mulheres com mais de 35 anos, ou se em gravidez anterior houve concepto com anormalidades genéticas. _______________________________________________________________________________________ CARIOTIPO PARA PESQUISA DE CROMOSSOMO X-FRÁGIL Sinônimo mais usado: X-Frágil Material e conservação para ensaio: sangue total em heparina sódica, coletar um tubo com o anticoagulante indicado. Pode-se coletar em seringa com 0,1 mL de Liquemine. O material pode ser enviado na própria seringa, desde que se lacre bem a agulha, com rolha de borracha. Para adultos coletar 10 mL e crianças 5 mL. O tubo de coleta tem de ser estéril. O sangue pode ser refrigerado para estocagem como para o envio. Colocar dentro da caixa isotérmica, longe do gelo renovável, que deverá ser embrulhado com papel. Nenhuma outra forma de coleta será aceita. Instruções para coleta: o horário da coleta não é crítico e jejum é dispensável. Estabilidade da amostra: enviar o material somente das terças às quintas-feiras, nunca ultrapassando 24 horas entre a coleta e a chegada ao laboratório. Método: Citogenético tradicional. Valores de Referência: ausência de X-frágil. Interferências: uso de medicamentos que alterem a divisão celular, anti-blásticos, colchicina, fitohemaglutinina, etc. Indicações: A pesquisa do Cromossomo X-frágil está indicada para o diagnóstico da Síndrome do X-frágil ou Síndrome de Martin-Bell, freqüente causa de retardo mental e/ou infertilidade ligada ao Cromossomo X. Informações importantes: informar dia e hora da coleta. Informar medicação em uso e idade do paciente. _______________________________________________________________________________________ CATECOLAMINAS PLASMÁTICAS Sinônimo mais usado: epinefrina e norepinefrina. Material e conservação para envio: programar a coleta, solicitando primeiramente frasco com heparina + glutationa reduzida. Enviar plasma congelado (vide Instruções para coleta). Instruções para coleta: Coletar pela manhã, preferencialmente entre 8 e 9 horas , com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Os pacientes devem evitar, por 24 horas antes do teste, o uso do tabaco, café, chá mate ou chá preto, refrigerantes e medicamentos (com conhecimento do médico-assistente). Colocar cateter heparinizado na veia do paciente. Deixar o paciente em repouso por 30 minutos. No momento da coleta descartar os primeiros 0,5 mL de sangue para tirar a heparina do cateter. Coletar 5 a 10 mL de sangue, homogeneizando-o, transferindo rapidamente para frasco de vidro, pré-congelado, contendo 120 mcL de glutationa reduzida. Inverter o tubo fechado lentamente com alguns minutos. Centrifugar rapidamente e separar o plasma que será imediatamente transferido para tubo de plástico (pré-congelado). Congelar. Estabilidade da amostra: até 20 dias sob congelamento. Método: HPLC 85 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência : Deitado : Em é: : Sentado : Adrenalina : Inferior a 50,00 pg/mL Noradrenalina : 110 – 410 pg/mL Dopamina : Inferior a 87,00 pg/mL Adrenalina : Inferior a 90,0 pg/mL Noradrenalina : 125,00 – 700,00 pg/mL Dopamina : Inferior a 87,00 pg/mL Adrenalina : Inferior a 60,00 pg/mL Noradrenalina : 120,00 – 680,00 pg/mL Dopamina : Inferior a 87,00 pg/mL Interferências: I) Terapêuticas: a) Aumento da secreção: adrenalina, café, nifedipina, L-Dopa e nicotina. b) Diminuição da secreção: clonidina, captopril, guanabenz, guanfacina, reserpina, guanetidina, antidepressivos tricíclicos, dissulfiran, Inibidores da Monoaminooxidase, haloperidol, bromocriptina, octreotida, dissulfiram e metirosina. c) Interferências analíticas, com aumento dos valores das catecolaminas: eritromicina, tetraciclina, salicilatos, ácido nalidíxico, propranolol e paracetamol. II) Alimentares: banana, café, chás, baunilha, chocolate. Indicações: A adrenalina, noradrenalina e a dopamina são catecolaminas produzidas na medular adrenal, cérebro e sistema nervoso simpático. Seu uso clínico mais freqüente ocorre no diagnóstico de feocromocitoma, produzindo quadros de hipertensão severa. Sensíveis a alterações pré-analíticas, principalmente pela alimentação e produtos farmacêuticos. Valores de epinefrina superiores a 200 pg/mL e de norepinefrina superiores a 2000 pg/mL chega a ter 85% de sensibilidade e 95% de especificidade para o diagnóstico de feocromocitoma. Atualmente valores abaixo dos níveis mínimos têm muita importância para avaliação da atividade da suprarrenal, principalmente para tratamentos orto-moleculares. Informações importantes: data e hora da coleta. Relacionar toda a medicação que cada paciente tem. _______________________________________________________________________________________ CATECOLAMINAS URINÁRIAS Sinônimo mais usado: Catecolaminas totais e frações na urina. Material e conservação para envio: Coletar urina de 24 horas, com HCl 50% , 20 mL por litro de urina, para adultos e 10 mL por litro de urina coleta, para crianças, como conservante, refrigerando a urina durante a coleta. Todas as demais orientações do item anterior são utilizadas neste processo. Antes de enviar alíquota de 100 mL da urina de 24 horas, homogeneizar bem o material, verificar o pH que deverá ser inferior a 6,0. Instruções de coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração se estiver convenientemente acidificada. Método: HPLC. Valores de Referência: Idade < 1 ano 1 a 2 anos 2 a 4 anos 4 a 7 anos 7 a 10 anos 10 a 15 anos > 15 anos VI 86 Epinefrina 0,0 a 2,5 0,0 a 3,5 0,0 a 6,0 0,2 a 10,0 0,2 a 10,0 0,5 a 20,0 < 27,0 Norepinefrina Dopamina 0,0 a 10,0 Até 85,0 1,0 a 17,0 Até 140,0 4,0 a 29,0 Até 260,0 8,0 a 45,0 Até 400,0 13,0 a 65,0 Até 400,0 15,0 a 80,0 Até 400,0 < 98,0 Até 540,0 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: vide Catecolaminas Plasmáticas. Indicações: vide Catecolaminas Plasmáticas Informações importantes: vide Catecolaminas Plasmáticas. _______________________________________________________________________________________ CAXUMBA – IgG ou IgM Sinônimo mais usado: Sorologia para Caxumba Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento Método: ELISA. Valores de Referência: Não Reagente. Nota: Exames Indeterminados devem ser repetidos com nova amostra, após 15 dias da primeira coleta. Resultados Indeterminados por pelo menos duas vezes seqüenciais são considerados, por alguns serviços, como Reagentes. Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise. Indicações: Como a Caxumba tem vacina, o seu uso serve para estudo da resposta vacinal ou em relação a quadros naturais, mais raros, devido a falha vacinal. A presença de anticorpos da classe IgM indicam infecção primária recente, que normalmente não ocorre com os indivíduos vacinados. Os filhos de mães vacinadas ou que tiveram infecção natural na infância, terão por seis meses a positividade para anticorpos da classe IgG. A presença de anticorpos da classe IgM no sangue de RN indica infecção gestacional. O diagnóstico laboratorial está melhor indicado para acometimentos extra-parotidianos. Afeta principalmente crianças e adolescentes. Trata-se de doença contagiosa benigna, causada por um paramixovírus, que pode ser inaparente em aproximadamente 30% dos casos. O quadro clássico é uma parotidite que aparece 15 a 20 dias após o contágio, podendo em 25 a 45% dos casos, apresentar complicações: testículos (orquite), pâncreas (pancreatite), tireóide (tireoidite viral), supra-renais, prostáticas e menígeas. A meningite urliana é freqüente, com LCR límpido e com reação celular linfocitária. O doente é contagioso a partir de 2 dias antes do quadro de parotidite até 7 dias após o fim do quadro clínico. Devido a proteção dos anticorpos maternos a doença é rara antes de um ano de idade. Informações Importantes: quadro clínico e vacinação anterior. É muito importante ser relatado o estado vacinal dos pacientes pois o aparecimento de anticorpos da classe IgG em pacientes não vacinados e IgM em indivíduos vacinados, servem de parâmetros para levantamentos de saúde pública. _______________________________________________________________________________________ CCR5 – GENE – DETECÇÃO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Pesquisa da deleção do Gene CCR5. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). 87 GRUPO SÃO CAMILO Valores de referência: Não detectado. Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Diagnóstico diferencial. A presença de deleção homozigota do gene CCR5 leva à resistência à infecção pelo HIV-1 por cepas macro/monocitotrópicas. A deleção heterozigota está relacionada com um melhor prognóstico no paciente infectado. Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ CD4, CD8 e CD3 Sinônimo mais usado: alguns usam a nomenclatura de OKT4, 8, etc. Material e conservação para envio: coletar em heparina. Tubo de tampa verde. Enviar a temperatura ambiente. Instruções para coleta: Há horário crítico para coleta. Por volta de 12:00 horas há uma diminuição dos valores relativos do CD4. Deste horário em diante, há um aumento discreto, hora a hora, até o pico das 20:00 horas. Desta forma deve-se recomendar aos pacientes sempre coletar o sangue para este teste nos mesmos horários. Estabilidade da amostra: 48 horas a temperatura ambiente, se coletado em heparina. Método: Citometria de fluxo. Valores de Referência: Faixa etária 0a 6m 6 a 12 m 12 a 18 m 18 a 24 m 24 a 30 m 30 a 36 m > 3 anos CD3 % 55 a 82 55 a 82 55 a 82 55 a 82 55 a 82 55 a 82 55 a 82 CD3 mm3 3500 a 5000 3400 a 4600 3200 a 3900 2800 a 3500 2300 a 3300 1900 a 3100 1000 a 3900 CD4 % 50 a 57 49 a 55 46 a 51 42 a 48 38 a 46 33 a 44 27 a 57 CD4 CD8 mm3 % 2800 a 3900 8 a 31 2600 a 3500 8 a 31 2300 a 2900 8 a 31 1900 a 2500 8 a 31 1500 a 2200 8 a 31 1200 a 2000 8 a 31 560 a 2700 14 a 34 CD8 mm3 350 a 2500 350 a 2500 350 a 2500 350 a 2500 350 a 2500 350 a 2500 330 a 1400 Relação CD4/CD8: 0 a 36 meses : 1,17 a 6,22 > 3 anos : 0,98 a 3,24 Interferências: Valores elevados : Pacientes submetidos à esplenectomia e infecção concomitante pelo HTLV-1. Valores diminuídos: doenças crônicas e agudas intercorrentes, principalmente as que causam anergia (tuberculose, sarampo, blastomicose, etc.). Hepatites virais agudas, citomegalia aguda, Histoplasmose, Corticoterapia crônica, doenças virais e bacterianas agudas, em geral, grandes cirurgias, Herpes simples, corticoterapia de pulso. Indicações: Acompanhamento da terapêutica anti-retroviral para pacientes com HIV. Avaliação da imunidade celular dos pacientes. O CD4 é expressado por 55 a 65 % dos linfócitos T circulantes, principalmente no sub-tipo de linfócitos auxiliares ou Helpers. Reduções maiores que 30% entre duas determinações são altamente determinantes na decisão de mudanças na terapêutica anti-viral. O CD8 é expressado por 25 a 35% dos linfócitos T do sub-tipo supressor/citotóxico. Informações importantes: enviar sempre cópia do hemograma junto ao sangue. Enviar a causa da solicitação do exame em medicação ou intercorrências clínicas concomitantes. _______________________________________________________________________________________ 88 MANUAL DE PROCEDIMENTOS CEA- ANTÍGENO CARCINOEMBRIOGÊNICO Sinônimo mais usado: CEA Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Qumioluminescência. Valores de Referência: (Intervalo 95%) Fumantes: Homens até 6,2 ng/mL Mulheres Não Fumantes: Homens até 4,9 ng/ml Mulheres até 2,5 ng/ml n° de individuos 0-3 até 3,4 ng/mL 3-5 Porcentagem (%) 5-10 >10 ng/mL Indivíduos saudáveis Fumantes Não-Fumantes Total 159 149 308 74,2% 83,2% 78,6% 18,2% 11,4% 14,9% 6,9% 5,4% 6,2% 0,6% 0,0% 0,3% 50 78 60 110 60 20 72,0% 83,3% 61,7% 47,3% 70,0% 60,0% 20,0% 10,3% 20,0% 30,0% 16,7% 15,0% 4,0% 5,1% 13,3% 15,5% 11,7% 15,0% 4,0% 1,3% 5,0% 7,3% 1,7% 10,0% 150 37 110 117 41 24,0% 62,2% 47,3% 62,4% 78,0% 10,7% 5,4% 19,1% 11,1% 7,3% 10,7% 10,8% 9,1% 10,3% 2,4% 54,7% 21,6% 24,5% 16,2% 12,2% Doenças não-malígnas Colite Ulcerosa Polipose Retal Pulmonar Cirrose Hepatites Renais Doenças Malígnas Colorretal Gástrica Pulmonar Mamária Ovários Interferências: O tabagismo é o maior interferente fisiológico deste exame. Alguns serviços tem como valores de referência para fumantes os níveis de 5 a 10 ng/mL. Valores podem estar elevados, nas doenças acima descritas e: Neoplasias de: Pâncreas, Fígado, Glândulas salivares, Tumores da medular tireoidiana, Testículos, Útero, Bexiga e Melanomas. Linfomas, Diverticulites, Úlcera péptica e Doença fibrocística da mama. Indicações: Avaliação prognóstica pré-operatória em câncer colorretal. Seguimento dos pacientes com câncer pós-operatório, para controle de metástases. Informações importantes: medicação atual, tabagismo, cirurgias recentes. _______________________________________________________________________________________ 89 GRUPO SÃO CAMILO CÉLULAS LE - PESQUISA DE Sinônimo mais usado: LE, Célula de Hargraves. Material e conservação para envio: sangue total sem anticoagulante. Coletar em frasco 13 X 100 mm, deixar coagular e não separar o soro. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração. Método: segundo Hargraves modificado por Zimmer. Valores de Referência: pesquisa negativa (ausência de células LE). Interferências: diversas drogas terapêuticas podem provocar a formação de células LE: a) Drogas com risco elevado de produzir testes falso-positivos: Hidralazina e Procainamida. b) Drogas com baixo risco de produzir testes falso-positivos : Etosuximida, Fenitoína, Isoniazida, Lítio, Quinidina, Tiouracil, Trimetoprina e Ácido Valpróico. c) Drogas de risco indeterminado para produzir testes falso-positivos : Clorpromazina, D-Penicilamina, Reserpina. Indicações: As células LE podem ser positivas em 70% dos pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), 21% dos pacientes com Doença Mista do Tecido Conjuntivo, aproximadamente 15% dos pacientes com Artrite Reumatóide do adulto e até 5% dos pacientes com outras doenças auto-imunes, como Síndrome de Sjögen, Poliarterite Nodosa, Dermatopolimiosite, Espondilite Anquilosante e Artrite Reumatóide Juvenil. Aproximadamente 1% dos indivíduos normais podem apresentar LE positivo. Logo, um teste de LE positivo não é patognomônico de LES. Informações importantes: informar sexo, idade e medicação atual e prévia imediata. Por sugestão do Colégio Americano de Reumatologia, este teste foi eliminado como critério diagnóstico para LES, sendo indicado os testes de FAN Hep-2 (anticorpos anti-nucleares) e anticorpos anti-DNA (este último mais para indicação de atividade da doença do que para diagnóstico de doença auto-imune). _______________________________________________________________________________________ CÉLULAS ORANGIÓFILAS NO LÍQUIDO AMNIÓTICO Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: Líquido amniótico coletado pelo(a) médico(a)-assistente . Mínimo de 5 mL. Proteger da luz. Enviar sob refrigeração. Não deixar o frasco de coleta encostar no gelo renovável. Instruções para coleta: responsabilidade do(a) médico(a) – assistente. Estabilidade da amostra : até 2 dias sob refrigeração. Método: coloração de Azul de Nilo. Valores de Referência: < 1 %.............. : inferior a 34 semanas de gestação 1 a 10 % ............. : de 34 a 38 semanas de gestação 10 a 50 %.............. : de 38 a 40 semanas de gestação > 50 % .............. : > 40 semanas de gestação Interferências: sangue na amostra por acidente de punção. Indicações: teste auxiliar para avaliação da maturidade fetal. Informações importantes: intercorrências da amniocentese, tempo de gestação em semanas e data provável do parto. _______________________________________________________________________________________ VI 90 MANUAL DE PROCEDIMENTOS CERULOPLASMINA Sinônimo mais usado: cobre oxidase Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poder colher imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunoturbidimetria automatizada. Valores de referência: 1 a 5 dias : 5,0 a 26,0 mg/dL até 1 ano : 14,0 a 44,0 mg/dL 1 a 3 anos : 24,0 a 46,0 mg/dL 4 a 6 anos : 24,0 a 42,0 mg/dL 7a 9 anos : 24,0 a 40,0 mg/dL 10 a 13 anos : 22,0 a 43,0 mg/dL 14 a 19 anos : 14,0 a 45,0 mg/dL Adultos : 22,0 a 61,0 mg/dL Interferências: a) Medicamentosas: estrogenoterapia b) Fisiológicas: idade e gestação (baixos níveis nos RN e altos níveis durante a gestação). c) Alterações patológicas: - Elevações: Processos inflamatórios agudos e crônicos Hepatopatias graves Neoplasias Tireotoxicoses - Diminuições: Doença de Wilson (somente 2 a 5% dos pacientes podem ter níveis normais de Ceruloplasmina , evidenciando defeito protéico). Portadores sãos do gene da doença de Wilson Hepatopatias crônicas Hepatopatias colestáticas Desnutrição Síndrome Nefrótica Malabsorção intestinal Hipoceruloplasminemia hereditária Indicações: suspeita da doença de Wilson Informações importantes: idade, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CETONEMIA Sinônimo mais usado: Acetonemia Material e conservação para envio: Soro. Coletar quantidade de sangue total, sem anticoagulante, de tal forma que não sobre espaço vazio no tubo de envio. Enviar sob refrigeração. Instruções de coleta: salvo urgências, coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração. Método: determinação direta do beta-hidroxibutirato (BHB) por impedância específica. 91 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: até 0,6 mmol/L. Interferências: a) interferências metabólicas: - Diabetes mellitus - Doenças do armazenamento do glicogênio. - Glicosúria renal b) Interferências nutricionais: - Jejum - Dieta hiperlipídica c) Aumento do metabolismo (catabolismo) - Hipertireoidismo - Estados febris - Gestação - Lactação d) Interferências medicamentosas: - ácido acetilsalicílico (intoxicação) - Bromossulfaleína - Intoxicação por isopropanol - Intoxicação por ácido valpróico - Excesso de ácido ascórbico O beta-hidroxibutirato é a principal cetona no sangue periférico. Na cetoacidose diabética cerca de 75% das cetonas é representada pelo beta-hidroxibutirato. Na acidose alcoólica ele representa certa de 90%. Na ocorrência de acidose láctica concomitante, os níveis de BHB podem até dobrar. e) Fatores que desencadeiam a cetonemia: 1) Jejum prolongado 2) Vômitos 3) Dietas hiperlipêmicas e hipocalóricas. 4) Início do tratamento com insulina 5) Rehidratação nos casos de cetoacidose diabética. Indicações: descompensação de casos de diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 (esta mais rara). Acidose metabólica com ânion gap aumentado. Alcoolismo crônico (principalmente quando da ingestão recente e excessiva de álcool). Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CHAGAS – DOENÇA DE – SOROLOGIA Sinônimo mais usado: tripanosomíase sulamericana Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. No período neonatal pode-se coletar em cartão tipo PKU no teste do pezinho MASTER. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: ELISA (enzyme linked immunoassay) Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: - Reações falso-positivas podem ocorrer em pacientes com Malária, Sífilis, Doenças auto-imunes, Leishmaniose e outras doenças parasitárias. VI 92 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Indicações: Diagnóstico sorológico da Tripanosomiase Sulamericana. A fase aguda requer a demonstração do parasita, pois os testes sorológicos tem valor limitado nesta fase. Os níveis de anticorpos da classe IgM tornamse positivos por volta de 20 a 40 dias após o início dos sintomas. Na fase crônica a presença de anticorpos específicos, da classe IgG e mais quadro clínico completam o diagnóstico. Esta fase apresenta parasitemia intermitente. Os testes reagentes devem ser testados por outras técnicas antes de serem considerados definitivamente Positivos. Segundo a literatura, somente 25% dos pacientes soro-positivos para Chagas vão desenvolver alguma doença. Daí vem o conceito de Chagas doença e Chagas infecção. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CHAGAS – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Doença de Chagas – detecção por PCR Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração Instruções para coleta: jejum é dispensável. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: PCR Valores de Referência: Ausência de DNA de Tripanossoma cruzii Interferências: hemólise Indicações: Diagnóstico da Doença de Chagas e acompanhamento do tratamento específico, substituindo com vantagens o xenodiagnóstico. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CHARCOT-MARIE-TOOTH IA – SÍNDROME – DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: PCR para Síndrome de Charcot-Marie-Tooth Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum dispensável. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: PCR, como a doença é “multi-genética”, com muitos gene envolvidos as técnicas em biologia molecular também podem variar. Valores de Referência: pesquisa dos seguintes tipos sindrômicos e seus genes correspendentes: Tipos 1AA 1B 1C 1D,4E e 4F 1E 1F 2Aª2 2B1 2D 2H/4ª 4D 4E 4F X1-conexina 32 Gene Duplicação em área específica no Cromossomo 17 (17p11.2p2) MPZ LITAF Ligada à Síndr. Dejernie -Sottas gene ERDZ Gene PMP22Z Gene NEFL Gene MFN2 Gene LMNA Gene GARS Gene GDAP Gene NDRG1 Gene EGR2 Gene PRX Gene CHD7 Mutação Mutação p.ARG148x 93 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: hemólise Indicações: Esta síndrome é conhecida como Atrofia Peronial muscular, é uma neuropatia periférica dismielinizante autossômica dominante, com sintomatologia bastante diversa. A Síndrome atinge nervos periféricos que ligam a medula a músculos, levando a atrofia muscular, geralmente em membros inferiores –pernas e pés. Geralmente ocorre na primeira infância por volta dos 5 anos, mas pode aparecer até aos 25 anos. As alterações podem ser motoras e sensitivas. É a doença neuropática hereditária motora e sensitiva mais frequente, podendo atingir 1:2500 indivíduos de diversas etnias. Informações importantes: quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ Chlamydophila pneumoniae – PCR Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: Swab de orofaringe, escarro, lavado bronco-alveolar, aspirado de nasofaringe, líquido pleural e biópsia de pulmão, swab combinado de orofaringe e nasofaringe. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes de próxima mamada. Os demais materiais clínicos não tem horário crítico para coleta. Não enviar às vésperas de feriados. Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado. Método: PCR qualitativo. Valores de Referência: Pesquisa negativa. Interferências: fator reumatóide pode interferir nos resultados do teste. Informações importantes: medicação atual e prévia. _______________________________________________________________________________________ Chlamydophila penumoniae – ANTICORPOS IgG E IgM Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: ELISA (enzyme linked immunoassay). Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: infecções por outras espécies de Chlamydia. Indicações: diagnóstico sorológico de infecções crônicas ou agudas por C. pneumoniae. Os anticorpos da classe IgM aparecem geralmente na terceira semana (10 a 30 dias) de doença . Os anticorpos da classe IgG surgem por volta da sexta e oitava semana. Desta forma, um resultado Não Reagente, tanto para anticorpos da classe IgG como IgM, não exclui o diagnóstico. Cerca de 50% dos adultos podem apresentar anticorpos da classe IgG anti- Chlamydophila pneumoniae. Alguns pesquisadores tem relacionado a presença destes microrganismos em placas ateroscleróticas. Informações importantes: medicação atual. Doenças concomintantes. _______________________________________________________________________________________ VI 94 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Chlamydophila psittaci – ANTICORPOS IgG e IgM Sinônimo mais usado: psitacose e ornitose IgG-IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 3 meses sob congelação. Método: IFI Valores de Referência: IgG: Não Reagente: < 1/80 ; IgM: Não Reagente: < 1/10 Interferências: hemólise, lipemia. Indicações: diagnóstico das fases sorológicas da Psitacose-Ornitose. Informações importantes: quadro clínico, epidemiologia e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CHLAMYDOPHILA PSITTACI – PCR QUALIT. – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Psitacose, Ornitose. Material e conservação para envio: Swab de orofaringe, escarro, lavado bronco-alveolar, aspirado de nasofaringe, líquido pleural e biópsia de pulmão; swab de combinado de orofaringe e nasofaringe; (enviados em kit de coleta próprio enviados pelo laboratório ou enviar em salina refrigerado a 4°C). Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias, refrigerado. Método: PCR em Tempo Real. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: O agente causal da psitacose é a bactéria Chlamydophila psittaci, parasita intracelular obrigatório. A transmissão para humanos dá-se por meio do contato com pássaros, sendo adquirida pela inalação do microorganismo presente nas secreções e fezes secas dos pássaros infectados, bicadas, contato bico-boca, manuseio de penas e tecidos infectados. Caracteriza-se por doença de início insidioso, sintomas brandos e inespecíficos, lembrando infecção de vias aéreas superiores. Métodos para diagnósticos sorológicos estão disponíveis, bem como a detecção por cultura, que demanda tempo. Entretanto, o diagnóstico molecular por PCR é rápido, específico e altamente sensível. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoeae – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Clamídia e Neisseiria - Biologia Molecular Material e conservação para envio: Raspado cervical, vagina ou vulvul. Urina: 1º jato da manhã, secreção uretral, secreção conjuntival, esperma (volume mínimo de 0,5 mL), etc. Solicitar kits para coleta. Instruções para coleta: vide Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR-RT Valores de Referência: ausência de DNA das bactérias pesquisadas. Interferências: contaminação com sangue. 95 GRUPO SÃO CAMILO Indicações: Diagnóstico de infecções pelas bactérias em tela. Informações importantes: local de coleta, quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Chlamydia trachomatis – PCR Sinônimo mais usado: Pesquisa de C.trachomatis por PCR. Material e conservação para envio: Raspado cervical, vaginal e vulvar, urina 1º jato da manhã, secreção uretral, secreção endocervical, secreção vaginal, secreção conjuntival, esperma. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta : a) Coleta ocular: o paciente deve comparecer ao laboratório pela manhã sem ter lavado os olhos. Retirar, com gaze estéril o excesso de secreções. Com alça de coleta, descartável, coletar por raspagem, material da conjuntiva inferior e tarsal, transferindo o material para o frasco de coleta. Caso o(a) paciente sentir dor, pode-se solicitar ao oftalmologista solicitante a utilização de colírio anestésico. A sua utilização não interfere no exame. b) Coleta uretral masculina : o paciente deverá comparecer ao laboratório pela manhã , sem urinar, ou qualquer outro horário desde que esteja pelo menos por 4 horas sem urinar. Pedir para o paciente fazer uma expressão de toda a uretra peniana. Recolher este material com gaze (desde que não haja outra solicitação de exame) e desprezar no lixo hospitalar. Com alça microbiológica estéril e descartável, proceder raspados uretrais que serão transferidos para frasco de transporte-coleta. Caso haja solicitação médica específica, pode-se coletar a primeira urina da manhã, todo o volume. Após a centrifugação, transferir o sedimento para o frasco de coleta. c) Coleta uretral Feminina: com a paciente em posição ginecológica, através da vagina, proceder a expressão da uretra. Desprezar o material expelido em gaze, a ser descartada em lixo hospitalar. A coleta de toda a primeira urina da manhã também é uma possibilidade de material clínico, que será manipulado de forma igual à urina masculina. d) Secreção endocervical: com a paciente em posição ginecológica e especulo colocado, limpar com swab o excesso de secreção da entrada do colo uterino. Com novo swab estéril, coletar o material endocervical, que deverá ser transferido diretamente para o frasco de coleta. Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado. Método: PCR em tempo real. Valores de Referência: pesquisa Negativa. Interferências: não há referências. Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis . Os testes por PCR apresentam uma sensibilidade que pode variar de 90 a 100%, e especificidade de 97%. Informações importantes: relatar a medicação atual, mesmo a tópica. _______________________________________________________________________________________ Chlamydia trachomatis – PESQUISA - EIE Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: secreções oculares, uretrais masculinas, uretrais femininas e secreções endocervicais (Utilizar frasco de coleta especial). Seguir os dados de coleta de Material do item anterior . Instruções de coleta: seguir as instruções do item anterior. Estabilidade da amostra: 7 dias a temperatura ambiente. Método: pesquisa do antígeno por enzima imunoensaio. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: como é um teste com 75% de sensibilidade e de 95% de especificidade, pode agregar um certo número de casos falso positivos, ou falso-negativos devido a baixa quantidade de material coletado. VI 96 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis em nível de antígeno. Informações importantes: informar medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Chlamydia trachomatis – PESQUISA – IFD Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: a) material ocular: coletar com alça descartável e estéril da conjuntiva tarsal, após a retirada do excesso de secreções com gaze estéril, através da expressão das pálpebras, pelo próprio paciente. O material obtido é transferido para uma lâmina limpa. Logo após a secagem da secreção, colocar algumas gotas de acetona, bem em cima da secreção. Levar à geladeira e deixar evaporar toda a acetona. Colocar as lâminas em protetor de lâmina para o envio, a temperatura ambiente. b) Secreções: seguir a forma de coleta do item anterior. As fixações são realizadas conforme o item a. Instruções para coleta: ver Material e conservação dos item anteriores. Estabilidade da amostra: depois de fixadas as lâminas com os materiais clínicos, podem ficar a temperatura ambiente por 1 mês. Método: Imunofluorescência Direta com conjugado de anticorpos anti-Chlamydia trachomatis marcado com fluoresceína . Valores de Referência: pesquisa Negativa. Interferências: Medicação específica prévia. Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis. Informações Importantes: Medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Chlamydia trachomatis – IgA, IgG ou IgM Sinônimo mais usado: Clamidia IgA, IgG ou IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Para 2 testes enviar 3 mL e para os três testes enviar 4 mL. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzima-imunoensaio de captura. Valores de Referência: Não Reagente Interferências: Medicação antibiótica prévia pode mascarar a produção de anticorpos específico. A presença de anticorpos heterófilos ou a presença de Fator Reumatóide podem produzir resultados falso-positivos para as provas para anticorpos da classe IgM específicos. Indicações: Estes teste não são de uso rotineiro para diagnóstico de infecções genitais por Chlamydia trachomatis, principalmente em adultos. A melhor indicação é para quadros sistêmicos e em neonatos. Os anticorpos da classe IgM não são bons marcadores de infecção aguda, já que freqüentemente estão ausentes, pois a grande maioria dos indivíduos já tiveram infecções anteriores por outras espécies ou sorovares de clamídias. Está positiva em diagnósticos de pneumonia em neonatos e no Linfogranuloma venéreo – doenças sistêmicas. Mulheres com síndrome abdominal, com infecções genitais altas, como salpingite ou endometrite, produzem títulos bastante elevados de anticorpos da classe IgM. A sensibilidade deste teste para pneumonia de neonatos e para Linfogranuloma venérea é de 100% , enquanto para infecções urogenitais é de 17 a 19%. Em relação aos anticorpos da classe IgG anti-Chlamydia trachomatis pode ser encontrado em 100% dos casos de pneumonia e em conjuntivites de inclusão em crianças. Como a prevalência dos anticorpos anti-Clamídias é muito alta em 97 GRUPO SÃO CAMILO mulheres, a sua presença no sangue de neonatos pode ser devido a passagem placentária destas imunoglobulinas, e sua importância pode ser desprezível no sangue das mulheres devido a freqüência das infecções inaparentes. Os anticorpos da classe IgA estão ligados à fase aguda da doença, e são mais presentes nestes casos que os anticorpos da classe IgM , nas doenças sistêmicas. Nas infecções de âmbito genital a sensibilidade não passa de 60%. Informações importantes: antibioticoterapia prévia. _______________________________________________________________________________________ CHUMBO NO SANGUE TOTAL (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: chumbo no sangue Material e conservação para envio: 10,0 mL de sangue total em heparina, coletado em tubo a vácuo próprio para toxicologia (solicitar), sob refrigeração. Instruções de coleta: coletar em tubo à vácuo heparinizado (específico para metais/toxicologia). Não centrifugar. A coleta pode ser feita a qualquer dia e horário desde que o funcionário esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias. Jejum é dispensável. Conservar e transportar sob refrigeração. A monitoração deve ser iniciada após um mês de exposição. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: Espectrofotometria de absorção atômica em câmara de grafite. Valores de Referência: até 40 µg/dL (NR-7, 1994, MT/Br) I.B.M.P.: 60 µg/dL (NR-7, 1994, MT/Br) Interferências: uso de tubos de coleta não apropriados. Indicações: O chumbo nas hemácias inibe a produção da heme e pode ser inalado sob a forma de vapores, ingerido através de bebidas ou alimentos contaminados. A sua ação toxicológica inclui toxicidade hematológica, neurológica, renal e digestiva. É o exame de escolha para pesquisa e controle do saturnismo, que pode ser auxiliado por outros testes, como a dosagem do Ácido Delta Aminolevulínico urinário, que apresenta proporcionalidade à exposição ao chumbo, ou o zinco-protoporfirina plasmática que demonstra o tempo de exposição e também a atividade da Ácido Delta Aminolevulínico Dehidratase. Para intoxicações infantis, pode-se utilizar a classificação de Atlanta, que utiliza o sistema de classes para determinar a urgência e gravidade dos quadros. Classe I Classe IIa Classe IIb Classe III Classe IV Classe V < 40 mcg/L: ausência de exposição 40 a 60 mcg/L: repetir a dosagem 60 a 150 mcg/L: pesquisar fonte de contaminação e pesquisar carência marcial. 150 a 250 mcg/L: encaminhar para tratamento 250 a 450 mcg/L: tratamento clínico imediato > 450 mcg/L: risco de neurotoxicose (encefalopatia) Valores adaptados aos níveis de I.B.M.P. da legislação brasileira. Informações importantes: medicação atual, profissão e local da atividade laboral. _______________________________________________________________________________________ CHUMBO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: chumbo na urina Material e conservação para envio: momento da coleta não é crítico, estando o colaborador em trabalho contínuo, ou em exposição nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias. Coletar amostra de urina VI 98 MANUAL DE PROCEDIMENTOS em sanitário afastado da área de trabalho, ao final da última semana de jornada. Conservar e transportar sob refrigeração. Instruções de coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica em câmara de grafite. Valores de Referência: CHUMBO ORGÂNICO: < 50 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) I.B.M.P.: 100 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) CHUMBO INORGÂNICO: < 40 mcg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/BR) I.B.M.P.: 60 mcg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/BR) Interferências: ambiente contaminado no local da coleta (vapores de chumbo), material de coleta inapropriado. Informações importantes: tempo de trabalho nas últimas 4 semanas, afastamento do serviço no último mês, idade, sexo e possíveis focos de contaminação. _______________________________________________________________________________________ CICLOSPORINA A Sinônimo mais usado: ciclosporina. Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue total em EDTA, sob refrigeração. Instruções de coleta: Coletar com 8 horas de jejum, 12 horas após a administração do medicamento, ou imediatamente antes da próxima dose, ou conforme orientação médica. Anotar nome da mediação, dose, dia e hora da última tomada. Coletar de 2ª a 4ª feira. Não enviar às vésperas de feriados. Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: Concentração terapêutica ideal Transplante Renal : 150 a 300 ng/mL Transplante Cardíaco : 150 a 400 ng/mL Transplante Pancreático : 150 a 400 ng/mL Transplante Hepático : 150 a 400 ng/mL Interferências: Interações com outras drogas: a) Com drogas que aumentam a toxicidade renal da Ciclosporina: Aminoglicosídeos, Anfotericina B, Trimetoprina, Ciprofloxacina, algumas cefalosporinas, Melfalano e anti-inflamatórios não-hormonais. b) Drogas que são potencializadas pela Ciclosporina: Quinidina e seus derivados, Teofilina e derivados, Ácido Valpróico e derivados. c) Drogas que potencializam o efeito da Ciclosporina: Andrógenos, Fluconazol, Imidazólicos sistêmicos, Glicocorticóides, Antibióticos Macrolídeos (Eritromicina e derivados), Cimetidina e Anticoncepcionais Orais. d) Droga que tem seu efeito diminuído pela Ciclosporina: Primidona. e) Drogas que reduzem o efeito da Ciclosporina: Anti-convulsivantes, Barbitúricos, Benzodiazepínicos, Carbamazepina, Fenotiazínicos, Fenitoína, Progestágenos, Rifampicina e Metamizol. f) Substâncias que não devem ser aplicadas concomitantemente à Ciclosporina: Vacinas para Sarampo, Caxumba, Rubéola e Vacina Sabin. g) Drogas não recomendáveis em associação à Ciclosporina: Inibidores da MAO, inibidores da HMG, CoRedutase e drogas anti-neoplásicas. 99 GRUPO SÃO CAMILO h) Associação de drogas que exigem maior monitoração dos níveis de Ciclosporina: Actinomicina-D, Cefalosporinas de 1ª a 3ª geração, Anti-neoplásicos, diuréticos, Griseofulvina, Isoniazida e seus derivados, Mercaptopurina, Tioguanina, Sais de ouro, Potássio, Somatostatina, Trimetoprina e correlatos. Indicações: A Ciclosporina é uma das principais drogas imunossupressora, utilizada muito em pacientes transplantados. Por ser potencialmente tóxica, principalmente no tecido renal, a sua dosagem tem grande importância no acompanhamento dos pacientes que fazem uso da Ciclosporina. Os níveis mais elevados geralmente são utilizados nas fases iniciais pós-transplante, nas primeiras semanas, sendo a dose adaptada com a evolução clínica do paciente, principalmente em relação à função renal. O sangue total permite uma maior estabilidade da amostra. Informações importantes: dose e horários da medicação. _______________________________________________________________________________________ CISTATINA C Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: Nefelometria Valores de Referência: RN : 1,35 a 1,90 mg/L 1 a 2 meses : 0,70 a 1,21 mg/L 1 ano : 0,50 a 0,95 mg/L Interferências: hemólise e lipemia. Indicações: a concentração sérica da proteína Cistatina C depende praticamente da capacidade de filtração glomerular (CFG), independente da massa muscular e por isso do sexo ou da dieta a que está submetido o paciente em estudo. Há uma boa e sensível correlação ente a diminuição da CFG e a elevação das taxas de Cistatina C séricas. A elevada sensibilidade da Cistatina C, em relação aos resultados da Depuração da Creatinina, tem capacidade de detectar antecipadamente diminuições da capacidade de filtração glomerular de um paciente, antes de algum sinal de doença. Informações importantes: Alguns pacientes podem apresentar elevações dos níveis de Cistatina C, sem ter relação com a diminuição da CFG. São pacientes que tem Mieloma Múltiplo, cirrose hepática, neoplasias malignas, alguns diabéticos com proteinúria e alguns pacientes hipertensos. _______________________________________________________________________________________ CISTICERCOSE – SOROLOGIA (ELISA-Enzyme-linked immunoassay) Sinônimo mais usado: Sorologia para Cisticercose. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento. Método: ELISA (Enzyme-Linked Immunoassay). Valores de Referência: Não Reagente/Negativo : Índice < 0,9 Indeterminado.............. : Índice 0,9 a 1,1 Reagente (Positivo) ..... : Índice > 1,1 100 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS O índice é o cálculo: DO do teste DO do padrão. Não Reagente pode ser relatado como Não Reativo e Reagente pode ser relatado com Reativo. Interferências: lipemia e infestações por Echinocochus granulosus e Hymenolepis nana. Alguns pesquisadores tem relatado reações falso-positivas em pacientes com infestação por Ascaris lumbricoides e Strongiloydes estercoralis. Indicações: diagnóstico sorológico da Cisticercose. Informações importantes: dados clínicos. _______________________________________________________________________________________ CISTICERCOSE –LCR Sinônimo mais usado: Neurocisticercose Material e conservação para envio: 2 mL de LCR coletados pelo neurologista sob refrigeração. Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta. A coleta ficará a cargo do(a) médico(a) – assistente. Evitar acidente de punção. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelação. Método: ELISA (Enzyme-Linked Immunoassay). Valores de Referência: Não Reagente/Negativo. Muitos autores apontam como significativo a relação entre o resultado do LCR/resultado do soro, realizados simultaneamente, como superior a 1,0 . Interferências: pacientes com lesão cerebral única podem apresentar o teste positivo somente em 30% dos casos. Nos casos de neurocisticercose com mais lesões, a reação imunológica pode chegar a 80% de sensibilidade. Acidentes de punção. Indicações : diagnóstico laboratorial da neurocisticercose. Informações importantes: dados clínicos. _______________________________________________________________________________________ CISTINÚRIA – DOSAGEM Sinônimo mais usado: cistinúria Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL da urina de 24 horas bem homogeneizada, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, sem conservantes, sendo mantida sob refrigeração durante a coleta e o transporte. Utilizar as instruções de coleta de 24 horas no final do manual. Informar o volume total de 24 horas. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico Valores de Referência: Adultos : de 20 a 100 mg/24 horas Crianças : até 40 mg/24 horas. mg x 4,16 = µmol Interferências: não há referências. Indicações: A presença de cristais de cistina na urina é considerada patológica e com suas presenças, geralmente as concentrações de cistina são superiores a 100 mg/L. A litíase renal precoce e grave é encontrada na criança com cistinúria familiar. Nesta doença há eliminação intensa de lisina, ornitina e arginina. É uma alteração genética recessiva autossômica, que causa uma deficiência do sistema de transporte dos aminoácidos nas células do intestino delgado e também nos túbulos contornados renais. A pesquisa deve ser realizada na avaliação de uma litíase renal do adulto. Informações importantes: idade do paciente, volume total de 24 horas e histórico de litíase renal. 101 GRUPO SÃO CAMILO CITOGRAMA NASAL Sinônimo mais usado: teste de Mygind-Hansel Material e conservação para envio: Raspado de mucosa nasal, distribuído em pelo menos 4 lâminas de microscopia, sendo uma fixada ao fogo, no bico de Bunsen e as demais fixadas por 5 minutos, somente no primeiro líquido do corante panótico, ou 60 segundos em Metanol PA. Enviar a temperatura ambiente em caixas de transporte de lâminas. Instruções para coleta: pedir para o paciente assoar o nariz. Se a mucosa estiver muito seca, pingar algumas gotas de solução fisiológica estéril e aguardar 1 a 2 minutos. Com uma escovinha endocervical, coletar material da mucosa nasal, rodando lentamente a escovinha. Não há necessidade de se aprofundar muito. Pode-se usar como parâmetro a própria sensação de desconforto do paciente. Preparar as lâminas passando o material das escovas em uma só direção, não realizando movimentos de vai-e-vem, para não aglomerar demais as células. Fixar imediatamente conforme item anterior. Estabilidade da amostra: depois de fixadas as lâminas se conservam até 30 dias ao abrigo da luz, a temperatura ambiente. Método: Coloração tipo Romanovsky e Coloração de Gram. Valores de Referência: Critérios de Mygind-Hansel (Contagem percentual de Eosinófilos nas lâminas): - Até 5% : Sem Eosinofilia (Negativo) - 5 a 10% : Eosinofilia leve (Positivo +) - 11 a 50% : Eosinofilia moderada (Positivo ++) - > 50% : Eosinofilia acentuada (Positivo +++) Contagem absoluta de Eosinófilos por lâmina: até 20 Eosinófilos por lâmina. Interferências: Uso de medicações nasais e anti-alérgicos sistêmicos. Indicações: teste auxiliar no diagnóstico etiológico das rinites. Informações importantes: informar mediação atual, tópica e/ou sistêmica. _______________________________________________________________________________________ CITOLOGIA CONJUNTIVAL Sinônimo mais usado: Citologia ocular Material e conservação para envio: raspado de mucosa de fundo de saco conjuntival e tarsal superior. Coletar com alça descartável, diretamente para lâminas de microscopia, fixando-as imediatamente (antes de secar) em etanol a 95%, como para Papanicolaou. Anotar em cada lâmina o local de coleta (fundo de saco ou tarsal) e utilizar uma alça descartável para cada um local. Preparar no mínimo 2 lâminas de cada local (o ideal é coletar o material com Cureta de Kimura). Instruções para coleta: O paciente deve suspender a medicação 24 a 48 horas antes da coleta e não lavar os olhos pela manhã. A coleta deve ser realizada no período matinal. Deve-se remover o excesso de secreções acumuladas durante a noite, pois geralmente contém material necrótico pouco significativo. A remoção pode ser feita com lenço de papel descartável. Ver o item anterior. Estabilidade da amostra: fixadas as lâminas, o material tem estabilidade por 60 dias. Método: Coloração tipo Romanosky (Coloração seg.Rosenfeld) Valores de Referência: (Uma coleta considerada excelente tem um número equilibrado de células da conjuntiva, entre células superficiais, células intermediárias e células profundas, com discreto predomínio das células superficiais sobre as intermediárias e estas sobre as profundas.) Presença de raros leucócitos, com 102 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS predomínio de células mononucleares. Interferências: uso de medicamentos antibióticos ou anti-inflamatórios tópicos ou sistêmicos. Indicações: Diagnóstico auxiliar da etiologia das afecções conjuntivais, através das análises dos tipos celulares predominantes: linfócitos nos processos virais, Neutrófilos nos processos bacterianos e fúngicos e Eosinófilos nos processos alérgicos. Geralmente quadros alérgicos propiciam infecções bacterianas e/ou fúngicas produzindo processos mistos, com grande número de polimorfonucleares e eosinófilos. Informações importantes: informar uso de antibióticos e antiinflamatórios. _______________________________________________________________________________________ CITOLOGIA PROSTÁTICA Sinônimo mais usado: Citológico Prostático Material e conservação para envio: Líquido prostático, coletado por massagem prostática, recolhido em frasco estéril, com tampa hermética, sob refrigeração. O material deve ser encaminhado em até 24 horas após a coleta. Se o tempo da coleta e o envio resultarem em tempo maior que o preconizado, preparar 4 a 6 lâminas tipo esfregaço e fixa-las em metanol por 1 minuto. Após secagem colocar as lâminas e protetores de lâminas. Instruções para coleta: a coleta é realizada através da massagem digital da próstata, estando o paciente com pelo menos três dias de abstinência sexual, se, urinar, com a ampola retal livre, sem utilizar medicamentos antibióticos ou hormônios por pelo menos 5 dias, em posição andrológica. Proceder à anti-sepsia de toda a glande e meato urinário. O líquido expelido é recolhido em frasco estéril. O paciente deve estar com as mãos muito bem lavadas, pois na maioria dos casos é necessária a sua ajuda no momento final da coleta do material. Estabilidade da amostra: vide item Material e conservação para envio. Método: colorações segundo Papanicolaou e tipo Romanosky (seg.Rosenfeld) para a análise citológica, Gram para análise bacterioscópica, Ziehl-Neelsen para pesquisa de BAAR. Recomenda-se agregar a este teste, pesquisa de Chlamydia trachomatis, cultura para Micoplasma hominis,Mycoplasma fermentans, Mycoplasma genitalium e Ureaplasma urealyticum. O exame a fresco pode detectar a presença de Tricomonas e Leveduras. A cultura pode detectar bactérias aeróbias, microaerófilas e anaeróbias facultativas. Não se recomenda a cultura para anaeróbios, já que a uretra é portadora de grande número de microrganismos anaeróbios da flora anfibionte. Valores de Referência: o único dado quantitativo está relacionado ao número de leucócitos: até 4 por campo microscópico de 400 X. Geralmente há discreto predomínio de neutrófilos sobre as demais formas. Interferências: medicação antinflamatória e/ou antibiótica sistêmicas. Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções prostáticas mais comuns. Informações importantes: medicação pregressa e atual. _______________________________________________________________________________________ CITOLOGIA HORMONAL SERIADA Sinônimo mais usado: citologia hormonal Material e conservação para envio: raspado cérvico-vaginal, colhido como Papanicolaou. Imediatamente após a coleta, colocar as lâminas em etanol a 95%. Deixar fixar por pelo menos 2 horas. Pode-se enviar as lâminas no frasco para Papanicolaou com etanol ou em protetor de lâminas. Enviar a temperatura ambiente. Instruções para coleta: Anotar a DUM. Colher no 7°, 14° e 21° dia do ciclo menstrual, o material clínico descrito acima. Se a paciente não menstruar até o 28° dia do ciclo, coletar mais uma amostra desta data. Estabilidade das amostras: dentro do etanol a 95%, a temperatura ambiente, 30 dias. Método: coloração segundo Papanicolaou. 103 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: Classificação dos Colpocitogramas: Tróficos: +++ células eosinofílicas ++ células eosinofílicas + células eosinofílicas > 60% 40 a 59% 15 a 39% Hipotróficos: + células eosinofílicas 1 a 14% ++ ausência de células eosinofílicas, presença de células cianofílicas superficiais e células intermediárias. Atróficos: + Presença de células cianofílicas intermediárias e profundas ++ Presença de células cianofílicas profundas, eosinofílicas profundas. Classificação dos ciclos anovulatórios: a) Ciclo anovulatório com cornificação hipotrófica acíclica: Predomínio de células intermediárias, com 1 a 10% de células eosinofílicas e raras células profundas em todas as lâminas coletadas. (Fundo sujo). b) Ciclo anovulatório com curva hipotrófica cíclica: É o ciclo anovulatório mais comum, caracterizado pela presença de células eosinofílicas em percentagens inferiores que o normal, mas com variações diárias que podem oscilar entre 1 a 10%. As células eosinofílicas podem chegar a um pico entre 30 a 50%, mas que cai para valores inferiores a 15% na segunda metade do ciclo, não apresentando as variações progestacionais. Na fase menstrual podem-se encontrar células profundas, que é um achado excepcional nos ciclos ovulatórios. Este tipo de curva mostra, já, uma atividade hormonal melhor que o item a, com produção de estrógenos quase normal, mas o folículo não consegue completar o seu desenvolvimento. c) Ciclo anovulatório com cornificação eutrófica: Aqui as variações da curva de células eosinofílicas são semelhantes às da curva normal, com pico intermenstrual normal, com produção normal de estrógenos. Entretanto a ovulação não ocorre, com folículo entrando em involução. A falta dos fenômenos progestacionais demonstra um ciclo imperfeito. d) Ciclo anovulatório com curva elevada: Este tipo de curva é muito rara, e se caracteriza por uma elevação pronunciada da eosinofilia, durante todo o ciclo, sem nenhuma imagem de atividade pro gestacional na segunda metade daquele. Este caso está relacionado com a presença de folículo maduro persistente com transformação cística. Indicações: diagnóstico de ciclos ovulatórios ou anovulatórios. Interferências: processos infecciosos, utilização de medicação tópica de qualquer qualidade, uso de hormônios tópicos ou sistêmicos. Informações importantes: Data da última menstruação. _______________________________________________________________________________________ CITOLOGIA HORMONAL (UMA AMOSTRA) Sinônimo mais usado: citologia hormonal única. Material e conservação para envio: vide exame anterior. Instruções para coleta: coleta de uma amostra isolada, em pacientes sem ciclo menstrual. Vide exame anterior. Estabilidade da amostra: vide exame anterior. Método: coloração segundo Papanicolaou. Valores de Referência: vide exame anterior. O resultado priorizará condições citológicas Tróficas, Hipotróficas ou Atróficas. Interferências: Vide exame anterior. 104 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Indicações: estudo da repercussão hormonal sobre a mucosa vaginal. Informações importantes: idade da paciente, Data da última menstruação, medicação atual, suspeita clínica. _______________________________________________________________________________________ CITOLOGIA ONCÓTICA CÉRVICO-VAGINAL Sinônimo mais usado: Papanicolaou, preventivo de câncer de colo. Material e conservação para envio: esfregaços cervicais, endocervicais e vaginais, coletados em lâminas de microscopia, enviados a temperatura ambiente, em caixas protetoras de lâminas. Instruções para coleta: coletar com espátula de Ayre e escava citológica, fornecidas pelo Laboratório. Coletar com pelo menos três dias de abstinência sexual, sem uso de medicação vaginal. Evitar coletas em períodos menstruais. Preparar esfregaços com as coletas endocervicais, cervical e vaginal em uma única lâmina, na seqüência da cauda para a parte fosca da lâmina, onde irá as iniciais e número da paciente. Anotar DUM e medicação atual. Imediatamente após a coleta mergulhar as lâminas no álcool a 95%. Estabilidade da amostra: 30 dias após a coleta a temperatura ambiente. Método: coloração segundo Papanicolaou. Valores de Referência: negativo para lesão intra-epitelial ou malignidade. Avaliação segundo Sistema Bethesda 2001. Interferências: uso de medicações tópicas, duchas vaginais, relações sexuais com menos de três dias antes da coleta, período menstrual. Indicações: teste de triagem para prevenção do câncer ginecológico. Informações importantes: DUM, fase de pré-menopausa, medicação atual e dados clínicos pertinentes. OBS.: Haverá sempre avaliação da adequação da amostra: - Satisfatório para avaliação, com presença ou ausência de componentes endocervicais, zona de transição ou outros indicadores de qualidade como parcialmente obscurecido por hemácias, grande quantidade de elementos inflamatórios, etc. - Insatisfatório para a avaliação, por baixa celularidade, excesso de hemácias ou elementos inflamatórios, etc. Estas amostras podem ser rejeitadas e não processadas ou, podem ser processadas e avaliada com chancela de insatisfatória para avaliação da anormalidades. Nota: Segundo Sistema Bethesda 2001 / Nomenclatura Brasileira de Laudos Cervicais - INCA, 2006. _______________________________________________________________________________________ CITOLÓGICO DE LESÃO Sinônimo mais usado: pesquisa de inclusões virais ou células de Tzanck. Material e conservação para envio: raspado de lesões de diversos locais. Após fixa-las, enviar a temperatura ambiente, em protetor laminar. Instruções de coleta: coletar sempre das bordas das lesões, após remover o excesso de material necróticoinflamatório que as cobre. Coletar com alça diretamente para as lâminas, que são imediatamente fixadas em etanol a 95% por pelo menos 2 horas. Quando houver a formação de vesículas, rompe-las e coletar o líquido e o raspado interno das lesões. Produzir lâminas imediatamente e rapidamente mergulha-las no fixador (etanol a 95%). Estabilidade da amostra: após a fixação pode-se conservar o material por muito tempo. Método: colorações segundo Papanicolaou e segundo Rosenfeld. Valores de Referência: pesquisas negativas. 105 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: uso de antibióticos ou anti-virais, ou nas fases de cura das lesões. Informações importantes: quadro clínico, tempo de lesões e história de repetições dos quadros e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CITOLÓGICO DE ESCARRO / LAVADO BRÔNQUICO Sinônimo mais usado: citologia de escarro ou citologia de lavado brônquico. Material e conservação para o envio: escarro recente coletado em frasco estéril ou lavado brônquico, coletado em frasco estéril pelo(a) médico(a)-assistente. Enviar sob refrigeração, em caixa isotérmica separados do gelo renovável por papel ou plástico. Instruções para coleta: escarro deve ser colhido antes do paciente se levantar , pela manhã, de expectoração profunda, se necessário após inalação com água estéril. Fornecer ao paciente frasco estéril e instrui-lo para deixar a tampa do frasco virada para o lado de cima sobre toalha bem limpa, à cabeceira do leito. Se possível o paciente deve lavar a cavidade bucal através de bochechos com água filtrada. Lavado brônquico coletado em frasco estéril pelo(a) médico(a)-Assistente. Estabilidade da amostra: 24 horas sob leve refrigeração. Método: colorações de Papanicolaou, tipo Romanovsky, Gram e Ziehl-Neelsen, após liquefação do escarro com L-Cisteína em solução e preparo da amostra em cito-centrífuga. Valores de Referência: pesquisas negativas. Interferências: uso de antibióticos antes da coleta. Indicações: além de diagnósticos específicos, este exame serve para observar o número de leucócitos para estabelecer a significância do material, principalmente para culturas quantitativas, tanto do escarro como do lavado brônquico: - Material significativo: mais de 25 leucócitos e menos de 10 células descamativas por campo microscópico de 100 X. - Material não-significativo por contaminação com saliva: menos de 25 leucócitos e mais de 10 células descamativas por campo microscópico de 100X. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CITOLÓGICO DE LÍQUIDO ASCÍTICO Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: no mínimo 3 mL de Líquido Ascítico, coletado pelo(a) médico(a)Assistente. Coletar em frasco estéril sob refrigeração. Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta. Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração. Método: contagem global em câmara de Neubauer, diferencial e pesquisa de outros tipos celulares por coloração tipo Romanosky (coloração seg. Rosenfeld), coloração seg. Papanicolaou para pesquisa de células neoplásicas, coloração seg. Ziehl-Neelsen para BAAR e coloração seg. Gram, para bactérias em geral. Valores de Referência: a) Aspecto: Límpido: Normal; Opalescente: Ascite quilosa. Turvo: infecção. Aspecto hemorrágico: crase hemorrágica, acidente de punção ou malignidade. b) Coloração: Amarelo citrina: Normal; Esverdeado: coleperitôneo; Branco-acinzentado: Purulento. c) Contagem diferencial: Neutrófilos e outros polimorfonucleares: infecções bacterianas; Mononucleares: 106 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS predomínio de linfócitos pode ser peritonite tuberculose ou malignidade (carcinomatose peritonial). Interferências: uso de antibióticos e anti-inflamatórios. Indicações: diagnóstico diferencial de ascite. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CITOLÓGICO DE LÍQUIDO SINOVIAL Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: coletado pelo(a) médico(a)-assistente, em dois frascos estéreis, volume mínimo de 2 mL, um frasco sem anticoagulante e outro com 0,3 mL de Heparina Sódica. Manter sob refrigeração. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração. Método: coloração seg. Gram, Ziehl-Neelsen, Rosenfeld, Papanicolaou, para Bacterioscopia, Pesquisa de BAAR, Diferencial de leucócitos e pesquisa de células como Ragócitos e histiócitos, pesquisa de células neoplásicas respectivamente e contagens em câmaras hemocitométricas. O material coletado com heparina é utilizado para as análises quantitativas em câmaras de contagens. Valores de Referência: a) Aspecto: límpido b) Viscosidade: normal c) Cor: amarelo claro d) Fibrina: ausente e) Leucócitos: até 180/mm³ f) Neutrófilos: até 25% g) Hemácias: ausentes g) Histiócitos: raros h) Pesquisa de Ragócitos: Negativa e i) Pesquisa de Cristais em microscopia de fase: Negativa. Interferências: medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos. Indicações: teste auxiliar para classificação dos tipos de patologias sinoviais. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico. Principais grupos de patologias sinoviais: Tipo 1 - Não inflamatórias: < 2000 leucócitos por mm³: Edema, Neuroartropatia de Charlot, Traumática, Doenças degenerativas das articulações, Osterocondromatosis, e Osteo-condrite dissecante e necrose asséptica. Tipo 2 - Inflamatórias não infecciosas leves e/ou hemorrágicas: 2000 a 5000 leucócitos por mm³: LES, Escleroderma, Sinovite vilonodular hemorrágica e osteoartropatia hipertrófica. Tipo 3 - Inflamatórias não infecciosas severas: 5000 a 50.000 leucócitos por mm³: Gota, Pseudogota, Febre Reumática, Artrite Reumatóide e Doença de Reiter. Tipo 4 - Inflamatórias infecciosas: > 50.000 leucócitos por mm³: Infecções bacterianas, Tuberculose, Micoses profundas. _______________________________________________________________________________________ CITOMEGALOVÍRUS – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: PCR para Citomegalovírus. 107 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 3 mL de plasma em EDTA, 2 mL de líquido amniótico, 2 mL de líquor coletado pelo(a) médico(a)-assistente, 2 mL de lavado bronco-alveolar. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Todos os demais materiais líquidos precisam estar sob refrigeração, com exceção dos materiais obtidos por biópsia que deve ser imediatamente congelado e deve ser enviado em gelo seco. Todos os frascos de coleta necessitam estar esterilizados. Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), plasma (6 meses congelado), líquido amniótico e líquor (1 mês congelado). Método: PCR Qualitativo. Valores de Referência: Negativo Interferências: contaminações durante a coleta dos materiais. Indicações: A grande importância dos CMV ocorre durante a gestação, quando pode ocorrer transmissão vertical, mesmo que a gestante tenha anticorpos específicos, prévios à gravidez. Em pacientes imunodeprimidos podem ocorrer manifestações graves. O teste de PCR qualitativo está indicado para os casos de meningoencefalites, com coleta do LCR. Durante a gravidez para elucidar quadro infeccioso agudo, com possibilidade de infecção intrauterina, com coleta do líquido amniótico. Nos RN, até as três primeiras semanas de vida para definição de infecção congênita, com pesquisa no sangue, e finalmente para diagnóstico em órgãos alvo, sendo pesquisados líquidos cavitários ou materiais de biópsia. Informações importantes: informar os locais de coleta e os materiais obtidos. Informar quadro clínico, se pertinente. Por ser um método qualitativo, não pode definir se o quadro infeccioso é agudo ou fruto de uma reativação. Os níveis de sensibilidade da metodologia para a detecção de quantidades diminutas de DNA viral, podem produzir reações falso-negativas, princípio que vale para todas as reações biológicas laboratoriais. _______________________________________________________________________________________ CITOMEGALOVÍRUS – PCR QUANTITATIVO Sinônimo mais usado: CMV- PCR-QUANTI Material e conservação para envio: vide Citomegalovírus PCR qualitativo Instruções para coleta: idem Estabilidade da amostra: idem Método: PCR-RT Valores de Referência: ausência do DNA do vírus. Interferências: hemólise nos materiais sanguíneos. Indicações: diagnóstico qualitativo da infestação do CMV em humanos. Informações importantes: sensibilidade analítica a partir de 150 cópias de DNA de CMV/mL. _______________________________________________________________________________________ CITOMEGALOVÍRUS – IgG Sinônimo mais usado: CMV-IgG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzima-imunoensaio de captura. 108 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: Negativo (Não Reagente) : < 0,9 S/CO Indeterminado : 0,9 - 1,1 S/CO Positivo (Reagente) : > 1,1 S/CO Interferências: não há referências. Indicações: O CMV é um herpes vírus que produzem infecções, na sua maior parte, sub-clínicas, que são transmitidos através do sangue, saliva, secreções vaginais, esperma, urina, leite materno, etc. É tão difundido entre a população que a partir dos 60 anos, mais de 75% dos indivíduos tem anticorpos da classe IgG anti-CMV. Além dos materiais clínicos acima citados, o CMV pode ser transmitido por transfusões, órgãos de transplantes e medula óssea. Após a disseminação sangüínea os vírus podem ser encontrados em quase todos os tecidos e órgãos do corpo, com predisposição maior para o encéfalo, rins, fígado, coração, olhos, etc. Passa a ser eliminado por diversas líquidos humanos. Os quadros clínicos são inaparentes tipo mononucleose símile e de uma hepatite anictérica. Nos RN o quadro é de septicemia, com hepatoesplenomegalia, icterícia, trombocitopenia e envolvimento de vários órgãos. Com o desenvolvimento do quadro ocorrem pneumonias intersticiais. Pode ocorrer reativação viral, pois na fase aguda o Citomegalovírus pode inverter a relação CD4/CD8 com diminuição da atividade citotóxica das células NK. Informações importantes: uso de medicação anti-viral. Nota: CO = CUT OFF; S = Valor obtido com o Soro em teste. _______________________________________________________________________________________ CITOMEGALOVÍRUS – IgM Sinônimo mais usado: CMV-IgM Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzima Imunoensaio de captura. Valores de Referência: Negativo (Não Reagente).....: < 0,9 S/CO Indeterminado......................: 0,9 a 1,1 S/CO Positivo (Reagente)..............: > 1,1 S/CO Interferências: uso de medicação antiviral prévia. A presença de fator reumatóide ou a presença de anticorpos heterófilos podem causar reações falso-positivas neste método. Indicações: investigação laboratorial da infecção aguda pelo citomegalovírus. Com as novas tecnologias sorológicas muito mais sensíveis, os anticorpos da classe IgM anti-CMV pode persistir por semanas a meses após a primoinfecção. Durante a reativação viral (reexpressão viral) da infecção, os níveis de anticorpos podem estar muito baixos. Informações importantes: informar a medicação atual, quadro clínico se possível. CO: CUT-OFF S. Valor obtido com o soro em teste. _______________________________________________________________________________________ CITOMEGALOVÍRUS – ANTIGENEMIA Sinônimo mais usado: CMV – Ag Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA a temperatura ambiente. Coletar de segunda a quarta feira. Não coletar as vésperas dos feriados. 109 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 8 horas a temperatura ambiente. Método: Imunofluorescência indireta com anticorpos monoclonais anti-fosfoproteína (pp65). Valores de Referência: Negativo Interferências: medicação antiviral prévia. Indicações: diagnóstico precoce da infecção pelo CMV e controle terapêutico anti-viral. Informações importantes: medicação antiviral atual ou prévia. _______________________________________________________________________________________ CITOMEGALOVÍRUS – IgG E IgM NO LCR Sinônimo mais usado: CMV no LCR Material e conservação para envio: 2 mL de LCR e 2mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Não há horário crítico para coleta, desde que os dois materiais sejam coletados no mesmo momento. Estabilidade da amostra: LCR: 10 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzima-imunoensaio por captura. Valores de Referência: Não Reagente (Negativo) : índice LCR / índice soro < 0,9 Indeterminado : índice LCR / índice soro 0,9 a 1,1 Reagente (Positivo) : índice LCR / índice soro > 1,1 Interferências: presença de anticorpos heterófilos ou Fator reumatóide, que podem interferir nas reações, principalmente nas pesquisas de anticorpos da classe IgM, produzindo reações falso-positivas. Pode ocorrer estes anticorpos somente no soro, produzindo, assim resultados falso-negativos para a relação índice LCR / índice soro, para anticorpos da classe IgM. Indicações: Pesquisa de infecções do CMV no LCR. Informações importantes: informar medicação anti-viral e quadro clínico _______________________________________________________________________________________ CITOMEGALOVÍRUS – AVIDEZ IgG Sinônimo mais usado: CMV avidez IgG Material e conservação para uso: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: ELFA - Enzyme Linked Fluorescent Assay. O método baseia-se no princípio que os anticorpos de baixa avidez são deslocados da reação antígeno-anticorpo pela ação de Solução aquosa de Uréia a 5M. Valores de Referência: Tipo de Avidez Baixa Inconclusivo Alta Porcentagem < 30% 30 – 60% > 60% Sugere (quadro clínico): Sugere infecção ocorrida até 3 meses . Sugere período de infecção indifinido. Sugere infecção ocorrida há mais de 3 meses. Interferências: uso de medicação anti-viral prévia. Indicações: Este teste é indicado para diferenciar anticorpos de alta avidez, que ocorrem nas infecções crônicas 110 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS dos anticorpos da classe IgG de baixa avidez, que ocorrem em infecções recentes. Informações importantes: idade gestacional, data de provável contágio, uso de medicação anti-viral. _______________________________________________________________________________________ CITOSOL HEPÁTICO TIPO 1 – ANTICORPOS ANTI Sinônimo mais usado: Anti-LC1 Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum dispensável. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio Valores de Referência: Não Reagente Interferências: lipemia e hemólise. Indicações: diagnóstico sorológico da Cirrose Biliar Primária (CBP). Informações importantes: hepatite autoimune é dividida em dois grupos: o tipo 1: ocorre mais em mulheres, geralmente acima de 16 anos e pode cursar com hepatite aguda ou sub-aguda. apresentam a pesquisa de anticorpos anti-citosol hepático negativo, FAN positivo(50%) (padrão pontilhado fino ou homogêneo), anticorpos anti-músculo liso positivo(85%) e p-ANCA também positivo(90%). O tipo 2: ocorre geralmente em pacientes com menos de 16 anos e apresenta positividade do anti-LKM1 (70%) e do Anti-Citosol Hepático (LC1)(30%). Alguns pacientes com doença clínica florida só tem os anticorpos anti-citosol hepático positivo. _______________________________________________________________________________________ CLEMENTS – TESTE DE Sinônimo mais usado: teste das bolhas Material e conservação para envio: 5,0 mL de líquido amniótico coletado pelo(a) médico(a) – assistente, sob refrigeração. Proteger da luz. Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta. Coletar de segunda a quinta-feira. Não coletar às vésperas de feriados, salvo urgências. Evitar acidentes de punção. Se na primeira seringa vier sangue juntamente com o Líquido Amniótico, coletar uma segunda seringa ou mais, se possível, até “limpar” o material do sangue, pois pode haver alteração dos resultados. Estabilidade do material: até 4 dias sob refrigeração. Método: segundo Clements, baseado na propriedade da Lecitina produzir bolhas na presença de meio alcoólico, após agitação intensa dos tubos de teste. Quanto maior for a relação Lecitina/Esfingomielina maior será a produção de bolhas nas diluições seqüenciais preparadas, após agitação. Valores de Referência: A maturidade pulmonar fetal é alcançada quando as bolhas estáveis permanecem pelo menos cinco minutos nos três primeiros tubos do teste. Com este resultado fica afastada a Síndrome do Desconforto Respiratório em aproximadamente 94% dos casos. Interferências: acidentes de punção durante a coleta, uso de corticóides sistêmicos, presença de mecônio na amostra e diabetes materna. Indicações: avaliação da maturidade pulmonar fetal para se evitar a Síndrome do Desconforto Respiratório. Informações importantes: semanas de gestação, condições da coleta e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ 111 GRUPO SÃO CAMILO Clostridium difficile – PESQUISA DE TOXINA A e b Sinônimo mais usado: toxina de Clostrídio nas fezes Material e conservação para envio: 1 a 2 gramas de fezes recentes refrigeradas. Instruções para coleta: coleta ao acaso Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: aglutinação do látex. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: Indicações: diagnóstico da presença de toxinas A e/ou B de Clostridium difficile, nos casos de suspeita de colite pseudomembranosa, em pacientes internados, com uso de antibióticos de largo espectro. A toxina A produz lesões na mucosa intestinal e as manifestações clínicas. A toxina B tem ação citotóxica. Informações importantes: fezes diarréicas podem ser utilizadas para o teste. _______________________________________________________________________________________ CLORO/CLORETOS – SANGUE, LCR, SUOR, URINA Sinônimo mais usado: Cl Material e conservação para envio: 2 mL de soro, ou 2 mL de LCR ou 50 mL de urina ao acaso , ou alíquota de 100 mL de urina de 24 horas ou suor coletado por iontoforese. Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento, LCR: 5 dias sob refrigeração e 1 mês sob congelamento; urina: 10 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento e suor: 4 dias sob refrigeração ou 10 dias sob congelamento. Método: íon seletivo (ISE). Valores de Referência: soro (adultos) . . . . . . . . : 99 a 109 mEq/L soro (crianças) . . . . . . . . : 95 a 112 mEq/L LCR . . . . . . . . . . . . . . . . : 118 a 132 mEq/L Urina ao acaso . . . . . . . . : até 100 mEq/L Urina de 24 horas . . . . . . : 110 a 250 mEq/24 horas Suor . . . . . . . . . . . . . . . . : < 40 mEq/L - Indeterminado . . . . . . : 40 a 80 mEq/L - Patognomônico . . . . . : > 80 mEq/L Interferências: hiperproteinemia, hiperlipemia, diluições de amostra no momento da coleta, realizada próximo de locais de infusão venosa. Indicações: Fornece dados sobre o equilíbrio hídrico-eletrolítico e ácido-básico. a) Hipocloremia: Acidose metabólica com ânions orgânicos, Acidose respiratória crônica, Hipervolemia, Nefropatia perdedora de sódio, Insuficiência adrenal, grandes queimados, hiperaldosteronismo primário e pacientes com sonda naso-gástrica ou gastrostomia. b) Hipercloremia: Iatrogenia (excesso de administração de soro fisiológico, estrógenos, salicilatos), Acidose metabólica, alcalose respiratória, diabetes insípidos, hiperparatireoidismo, desidratação e desvio ureteral para intestino grosso. c) No LCR geralmente reflete os níveis sérico de cloro. Somente na neuro-tuberculose e na meningite tuberculosa apresenta valores baixos, geralmente 25 a 30% dos valores séricos. d) Na urina, o cloro pode ser útil no diagnóstico da alcalose metabólica que responde aos níveis salinos. Informações importantes: quadro clínico, tratamento atual e prévio. _______________________________________________________________________________________ 112 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS COBALTO NA URINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: todo o volume de urina de final de jornada da semana. Coletar em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho ao final da última fornada da semana. Conservar e transportar sob refrigeração. Estabilidade do material: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: indivíduos expostos : < de 15,0 mcg/L (ACGIH) Indivíduos não-expostos : < de 2,4 mcg/L (FIOH) Interferências: coleta em ambiente de trabalho contaminado por cobalto. Indicações: monitoração de colaboradores expostos ou em outros casos de exposição. Como o cobalto é utilizado nas indústrias metalúrgica, eletrônica, bebidas (cervejarias) e química (fertilizantes, corantes e pesticidas), os colaboradores expostos nos ambientes de trabalho necessitam ser rastreados sistematicamente. Os quadros clínicos de exposição são polimórficos, mas geralmente formam uma síndrome tóxica caracterizada pela tétrade de bócio, policitemia, cardiomiopatia e acidose metabólica, podendo ainda apresentar pnemoconiose, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e asma. Informações importantes: profissão, tempo de exposição e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ COBRE NO SANGUE (inclui toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: dosagem do cobre Material e conservação para envio: 3 a 4 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Para Toxicologia Ocupacional não é necessário jejum e o horário da coleta não é crítico. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: RN . . . . . . . . . . . . . . . . : 12 a 67 µg/dL Até 10 anos . . . . . . . . . : 30 a 150 µg/dL Homens - Adultos . . . . : 80 a 155 µg/dL Mulheres - Adultas . . . : 80 a 140 µg/dL OBS.:Pacientes Afro-descendentes podem ter valores de 8 a 12 % mais elevados. Interferências: O medicamento que mais altera os resultados do cobre é a cisplatina. Mais dados sobre interferências vide Indicações. Indicações : por ser um elemento essencial, a falta do cobre produz diversas doenças. Porém, em grandes concentrações, produz efeitos tóxicos. O Cobre pode sofrer variações fisiológicas e patológicas: a) Variações fisiológicas: pode ocorrer hipocupremia nos recém-nascidos. Nas mulheres ele geralmente é até 10% mais elevados que nos homens. Pode ocorrer hipercupremia no fim da gestação, com uso de estrógenos e anticoncepcionais orais, com um aumento compensatório da Ceruloplasmina. b) Variações patológicas: Avaliação ocupacional: valores de cupremia acima do IBPM, indica exposição ambiental, acima do limite de tolerância (com ou sem significado clínico ou toxicológico – os principais sinais de alerta são depósitos oculares, eczemas e sinais digestivos). Ligados às patologias: há um aumento da 113 GRUPO SÃO CAMILO cupremia nos processos infecciosos, nas hemopatias, como nas anemias Megaloblástica clássica ou gestacional, na anemia ferropriva, nas anemias aplásticas, nas doenças linfoproliferativas, como leucemias e linfomas, na hemocromatose, nos processos inflamatórios, no hipertireoidismo, hepatopatias como hepatites, cirrose e cirrose biliar. Ainda pode se apresentar elevado nas colagenoses, como LES, AR, GNDA e Febre Reumática. A hipocupremia pode ocorrer na Síndrome Nefrótica, na enteropatias que cursam com malabsorção, como espru e doença celíaca, no hipotireoidismo, nas carências nutritivas, principalmente nos RN, nos quadros de queimaduras, remissão de quadros de leucemia aguda, tratamento com ACTH e corticóides e nutrição parenteral sem reposição do elemento. c) Variações metabólicas: A doença de Wilson é talvez o quadro mais conhecido de alteração metabólica levando a uma hipocupremia patológica, com degeneração hepatolenticular, com acúmulo de cobre no fígado, devido à queda de sua excreção hepática e biliar. A ceruloplasmina está, nestes casos, diminuída, e há um aumento da eliminação de cobre na urina, que é proporcional ao dano renal desencadeado pelo cobre. A doença que é hereditária tem como manifestações principais a cirrose, distúrbios renais, neuropsíquicos e pigmentares, principalmente na retina. A fisiopatologia da doença deve-se ao erro inato na produção de Ceruloplasmina. Esta alteração pode ser por deficiência de produção da ceruloplasmina ou de sua produção molecular defeituosa, sem capacidade de se ligar ao cobre. A Doença de Mendes tem as mesmas características laboratoriais, tanto sangüíneas como urinárias. Também de origem hereditária a sua fisiopatologia deve-se a um distúrbio da absorção do cobre e do metabolismo do cobre nas células hepáticas. Informações importantes: medicação atual, profissão, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ COBRE NA URINA (inclui toxicologia ocupacional) Sinônimo mais comum: cobre urinário Material e conservação para coleta: para avaliação ocupacional: amostra de urina (no mínimo de 100 mL), sem horário crítico. Alguns autores recomendam a coleta de amostra ao acaso, no final do último dia da semana. Para avaliação clínica: coletar urina de 24 horas. A conservação deve ser feita sob refrigeração. Instruções de coleta: vide item anterior. Deve-se sempre utilizar frasco novo de PVC, para se evitar contaminações desnecessárias. Não coletar no ambiente de trabalho. Pode ser coletado em sanitário afastado do local de trabalho. Retirar o uniforme e os EPI's e lavar as mãos e os genitais antes da coleta. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: 15,0 a 60,0 mcg/24 horas. Para amostras ao acaso: 2,0 a 80,0 mcg/L. IBPM : nada consta . Interferências: contaminações ambientais durante a coleta. Uso de cisplatina. Indicações : avaliação ocupacional e complementação para diagnóstico da doença de Wilson e Menkes. Vide exame anterior (Cobre na urina) Informações importantes: profissão e tempo de trabalho sem interrupções. _______________________________________________________________________________________ COCAÍNA – PESQUISA DE (ver Benzoilecgonina). _______________________________________________________________________________________ VI 114 MANUAL DE PROCEDIMENTOS COCCÍDIOS – PESQUISA (Ver Criptosporidium) _______________________________________________________________________________________ COLESTEROL – HDL Sinônimo mais usado: HDL Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Recomenda-se que os pacientes não coletem as segundas-feiras, para se evitar quadros de hipertrigliceridemia, devido ao aumento de ingestão dos fins de semana. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Valores de Referência: Sociedade Brasileira de Cardiologia - IVDiretriz Brasileira sobre Dislípidemias e Prevenção da Aterosclerose - Abril 2007. Pacientes reconhecidamente dislipidêmicos devem coletar os exames de jejum não inferior a 14 horas. Até 9 anos . . . . . . . . . . : > 35,0 mg/dL 10 a 13 anos . . . . . . . . : 36,0 mg/dL 14 a 19 anos . . . . . . . . : Ver valores adultos Valores adultos Baixo . . . . . . . . . . . . . . : < 40,0 mg/dL Limítrofe . . . . . . . . . . . : 40,0 a 60,0 mg/dL Desejável. . . . . . . . . . . : 60,0 mg/dL Na realidade deve-se considerar somente o valor mínimo para cada faixa de idade, já que são considerados valores mínimos para proteção arterial. Alguns serviços adotam índices de aterogenicidade (IA) para controle dos pacientes dislipidêmicos: Colesterol total = IA < 5,0______________ LDL-Colesterol = IA< 3,5 ______________ HDL-Colesterol HDL-Colesterol Interferências: utilização de drogas que diminuem o colesterol. Indicações: estudo e prevenção de dislipidemias, segundo a IV Consenso Nacional de Hiperlipemias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2007. Informações importantes: sexo, idade e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ COLINESTERASE (inclui toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: pseudo-colinesterase sérica Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Separar e refrigerar o soro o mais rapidamente que for possível. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento. Método: espectrofotométrico enzimático. Valores de Referência: avaliação ocupacional: IBPM: redução de 50% em relação à atividade inicial. Indivíduos não expostos: Feminino: 3.930 a 10.800 U/L Masculino: 4.620 a 11.500 U/L Colinesterase eritrocitária: Normal: > 36,0 UI/g de Hb. 115 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: uso de drogas: andrógenos, antibióticos, principalmente cefalosporinas e rifampicina, benzodiazepínicos e insulina. Alterações patológicas: a) diminuições: hipocolesterolemia, desnutrição, hepatites virais, cirrose hepática, distrofia muscular, IRC, ICC, AR, policitemia vera, hipoproteinemia, plasmaferese, período pós-operatório, gravidez, tuberculose, doenças inflamatórias, uremia, colagenoses, doença de Crohn, quadros de queimaduras, uremia. b) elevações: hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipertireoidismo, hemocromatose, síndrome nefrótica, tireotoxicose, diabetes, polineurites, doença de Parkinson, infarto do miocárdio, Esquizofrenia, doença de Alzheimer e Carcinoma hepatocelular. Indicações: intoxicações por agentes organofosforados e carbamatos. Informações importantes: idade, gravidez, medicação atual, profissão. _______________________________________________________________________________________ COMPLEMENTO E FRAÇÕES Sinônimo mais usado: CH50%, C1q, Inibidor da C1 estearase, C2, C3, C3a, C4, C5, C9 e CH100% Material e conservação para envio: 2 mL de soro congelado. Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 2 meses sob congelamento. Método: teste hemolítico de Kent e Fife a 50% de hemólise para o Complemento total (CH50%) e imunoturbidimetria automatizada, para as demais frações. Valores de Referência: Teste: CH50% CH100% C1q Inibidor da C1 estearase-quantitativo Inibidor da C1 estearase-qualitativo C2 C3a C5 Complemento C4: Para percentil de 97,5%: Valores pediátricos: em mg/dL: Homens ( 1 a 14 anos): 14 a 34 Mulheres ( 1 a 14 anos): 13 a 36 Valores de adultos: 9 a 36 mg/dL (IFCC) Complemento C3: Para percentil de 97,5%: 116 VI 12 a 36 Valores de Referência: 90 a 290 UCH 50% ≥ 60 µ/CAE 10 a 25 mg/dL 15 a 34 mg/dL 80 a 130% 1,7 a 3,1 mg/dL 10 a 40 mg/dL 4,0 a 15,0 mg/dL Método: Kent e Fife Imunoensaio Imunohemólise radial Nefelometria Cromogênico Nefelometria Nefelometria Imunoturbidimetria MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de infantil: em mg/dL: Recém nascidos 1 a 3 meses 4 a 6 meses 7 a 9 meses 1 a 18 anos 58 – 108 67 – 124 74 – 138 78 – 144 80 – 150 Valores para adultos: em mg/dL: ≥ 20 anos 75 a 135 mg/dL (IFCC) OBS: as demais frações do complemento C6, C7, C8 e C9 são raramente solicitadas aos laboratórios de análises clínicas, e geralmente são determinadas em centros de pesquisa do complemento em algumas universidades. Interferências: utilização de corticosteróide pode inibir a formação de imunocomplexos . Indicações: o sistema do complemento é um sistema protéico complexo, que é formado pela participação de 20 proteínas, que são ativadas por um sistema em cascata, através de duas vias, a via clássica e a via alternativa. A ativação ocorre com o contacto com os imunocomplexos imunes ou de membranas celulares modificadas ocasionando citólise e fagocitose, desencadeando atividades como anafilotoxicidade, opsonização, quimiotactismo e fagocitose. A função principal da dosagem do complemento e frações para pesquisa de deficiência genéticas ou estados de ativação, por doenças que cursam com consumo do complemento. A maioria das frações podem se elevar em processos inflamatórios, e diminuir nos processos patológicos com consumo de complemento, como LES, GNDA, etc. O Inibidor da C1 estearase está ligado ao diagnóstico do edema angioneurótico. Informações importantes: dados clínicos e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ COMPOSTO S Sinônimo mais usado: 11-Deoxicortisol Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Nos casos de estímulo com ACTH sintético as coletas podem ser realizadas em jejum (0'), aos 30 minutos (30') e 60 minutos (60') após a injeção E.V. lenta (1 a 2 minutos). Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: até 8,0 ng/mL Com administração do ACTH: aumento de 3 a 5 em relação ao basal. Interferências: uso de corticosteróides. Indicações: O Composto S, pela ação da enzima 11-beta hidroxilase forma o Cortisol. Com deficiência da enzima, há um aumento da secreção do ACTH, com aumento dos níveis de Composto S ou 11-Desoxicortisol. A conseqüência deste aumento são quadros de hipertensão e aumento dos níveis de andrógenos, com quadro de virilização que ocorre na hiperplasia adrenal congênita. Essa anormalidade ocorre em 5% dos casos de hiperplasia congênita adrenal. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, idade e sexo. _______________________________________________________________________________________ 117 GRUPO SÃO CAMILO CONTAGEM SEDIMENTAR DE ADDIS-HAMBURGER Sinônimo mais usado: Contagem de Addis. Material e conservação para envio: urina de 12 horas (vide Instruções para Coleta) sob refrigeração. Enviar todo o volume. Instruções para coleta: O paciente deverá urinar às 20:00 horas e desprezar essa urina. Daí em diante, recolher todas as urinas até às 8:00 horas (da manhã) do dia seguinte, inclusive a última micção das 8:00 horas. Durante este período exato de 12 horas, toda a urina recolhida, em frasco fornecido pelo Laboratório, conservando o frasco de coleta, com as micções sob refrigeração. Logo após a última coleta, enviar o material clínico sob refrigeração. Uma outra opção pode ser: o paciente após acordar, permanecendo deitado toma 250 mL de água (um copo tipo americano bem cheio), e esvazia a bexiga completamente. Permanece deitado por 3 horas, após urinar completamente em frasco limpo fornecido pelo laboratório. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: método microscópico para avaliação do débito de hemácias e leucócitos. Valores de Referência: Segundo Addis : (por minuto, em 3 horas de intervalo) para adultos: Hemácias : < 2000/minuto ( valores patológicos > 5000/minuto) Leucócitos : < 4000/minuto ( valores patológicos > 5000/minuto) Cilindro : < 3/minuto Para crianças : Leucócitos : < 2.400/minuto Segundo Addis – Hamburger (para valores absolutos para adultos) modificado por Kerp et al. Leucócitos : 30.000 a 1.000.000 Hemácias : 0 a 400.000 Cilindros Hialinos : 0a 4.000 Interferências: erros de preparo do paciente ou vide Exame de Urina Rotina. Indicações: Hematúria: afecções nefrológicas e/ou urológicas . Vide Exame de Urina Leucocitúria: vide Exame de Urina Informações importantes: tempo de coleta, idade, sexo, quadro clínico, corrimento vaginal, menstruação, etc. _______________________________________________________________________________________ COOMBS DIRETO – TESTE DE Sinônimo mais usado: anticorpos bloqueadores. Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total coletado em EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Pode-se coletar sangue do cordão umbilical. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: imunohematológica segundo Coombs, em meio gel. Valores de Referência: negativo. Interferências: alguns medicamentos podem induzir a produção de anticorpos que sensibilizam as hemácias e produzem o teste de Coombs Direto Positivo, como metildopa, penicilina, cefalosporinas, rifampicina, sulfonamidas, insulina e dipirona. Indicações: investigação das anemias hemolíticas auto-imunes. Detecta geralmente hemácias sensibilizadas 118 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS por imunoglobulinas da classe IgG e complemento (anticorpos quentes a 37°C). Infecções virais agudas podem produzir testes positivos, como Sarampo, Gripe, CMV, etc, assim como quadros de pneumonia por micoplasma, leucoses, linfomas, plasmocitomas, LES, etc. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ COOMBS INDIRETO – TESTE DE Sinônimo mais usado: pesquisa de anticorpos irregulares. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Método: Pesquisa de antiglobulinas circulantes anti-Rh, em meio gel. Valores de Referência: Negativo Interferências: não há referências. Indicações: é um teste de triagem semi-quantitativo para segurança imunológica nas transfusões sangüíneas, nas gestações e pesquisas de estados auto-imunes contra hemácias. A titulação é feita por diluições seriadas a 1/2, 1/4, 1/8, etc. Informações importantes: nos acompanhamentos de gestações de risco deve-se anotar o tempo de gestação, intercorrências, tipo sangüíneo, etc. _______________________________________________________________________________________ COPROLÓGICO – TESTE Instruções para Coleta Condições Gerais: Fezes recentes a fresco (todo o volume fecal após a dieta específica). INSTRUÇÕES: a) É recomendável a suspensão de toda a medicação que possa alterar o trânsito intestinal, como laxantes, supositórios, medicamentos anti-diarréicos, etc., mas somente com conhecimento médico. b) Não utilizar bebidas com gás (refrigerantes ou água gaseificada). c) Não utilizar bebidas alcoólicas durante os três dias que antecedem a coleta das fezes. d) Dieta: (deve ser seguida por três dias antes da coleta das fezes). 1) Lactentes e até 1 ano de idade: dieta habitual acrescida de uma colher de chá de azeite de oliva, em pelo menos três refeições diárias, durante três dias seguidos, ou conforme orientação médica. 2) 1 a 2 anos de idade: dieta habitual acrescentando creme de leite e queijo prato (mínimo de 3 colheres de chá de creme de leite, por dia, em pelo menos duas fatias de queijo prato, dividido entre as refeições diárias), ou conforme orientação médica. 3) 2 a 5 anos: 1/3 da dieta do adulto (vide abaixo), ou conforme orientação médica. 4) 6 a 12 anos: Dieta habitual, com introdução no almoço e jantar: a) Quantidade usuais de carne vermelha mal passada (mínimo de 180 gramas diárias), batata assada e feijão (são marcadores obrigatórios de fragmentos de mastigação e digestão). PARA CADA REFEIÇÃO ACRESCENTAR: 1,5 colheres de sopa de azeite + 1 colher de sopa de creme de leite + 1/2 colher de sopa de manteiga + 1 fatia grossa de queijo prato. b) No café da manhã e lanche da tarde: dieta habitual, com o uso da manteiga e creme de leite do item a) acima. Todos esses tipos de alimentos servirão como indicadores para as observações microscópicas dos resíduos 119 GRUPO SÃO CAMILO fecais e para as dosagens coprológicas solicitadas pelo(a) médico(a)-assistente. Essa dieta deve ser feita por três dias seguidos e todo o volume fecal da primeira evacuação do quarto dia, deverá ser coletado em frasco fornecido pelo Laboratório São Camilo. Antes de coletas as fezes é necessário urinar no vaso sanitário, para evitar a contaminação das fezes com a urina. Para crianças que não têm ainda continência urinária, é recomendado o uso de coletores de urina, até o momento da evacuação no quarto dia. (EVITAR O USO DE TALCO). As fezes podem ser refrigeradas, até a entrega do material ao laboratório, o que deverá ser possível, ocorrer logo após a evacuação do quarto dia. O tempo entre a coleta e a entrega do material no laboratório deverá ser de no máximo de 2 horas a temperatura ambiente. Após este período, obrigatoriamente as fezes deverão ser refrigeradas. (NÃO CONGELAR). Nota Importante: O regime deverá ser observado durante 4 dias, colhendo-se no quarto dia todas as evacuações de um período de 24 horas, em vasilha de boca larga, fornecida pelo Laboratório. Durante todo o dia de coleta, a partir da primeira evacuação, manter as fezes em refrigeração (pode-se manter em caixa de Isopor com gelo renovável, desde que a troca do gelo seja feita a cada 2 horas). Encaminhar o material para o laboratório na manhã do quinto dia. Este material pode ser estocado por 24 horas no máximo após a coleta. - Caso o paciente sofra de obstipação intestinal, prolongar o regime por mais um ou dois dias e proceder conforme instruções acima. Se ainda assim, não conseguir evacuar, pode-se utilizar supositórios de glicerina. - As fezes não poderão se misturar com urina, devendo o paciente tomar esse cuidado. - Ficam proibidas as bebidas alcoólicas, refrigerantes e água mineral com gás. - Água pode ser bebida à vontade em qualquer fase do regime. - Os medicamentos que possam alterar o trânsito intestinal, devem ser suspensos com a concordância médica. - Dependendo da idade dos pacientes, variações do regime devem ser analisadas, de acordo com a dieta atual, caso a caso. Estabilidade da amostra: até 2 4 horas sob refrigeração. Método: segundo M.Padua Vilela. Valores de Referência: I) 120 VI Caracteres Organolépticos: a) Aspecto: Homogêneo b) Consistência: Formada e macia c) Cor: Parda d) Odor: próprio e) pH: 6,0 a 7,0 II) Elementos Macroscópicos: a) Fragmentos de cenoura: ausentes b) Fragmentos de batatas: ausentes c) Tecido conjuntivo animal: ausentes d) Fragmentos de carne: ausentes e) f) g) h) III) Elementos Microscópicos: IIIA) Elementos corados pelo Lugol: a) Amido amorfo: ausente b) Amido incluído: ausente c) Amido cru: ausente d) Flora Iodófila: Ausente Muco: ausente Sangue: ausente Pus: ausente Gordura (óleo): ausente MANUAL DE PROCEDIMENTOS IV) Elementos não corados pelo Lugol: a) Celulose digerida: Ausentes b) Celulose não-digerida: Ausentes ou Raras c) Fibras musculares: 1 - Mal digerida: ausentes 2 - Bem digerida: ausentes d) e) f) g) Cristais: Ausentes Tecido conjuntivo liso: Ausentes Leucócitos: Ausentes Hemácias: Ausentes PRINCIPAIS SÍNDROMES COPROLÓGICAS SEG. GOIFFON Síndromes Coprológicas Evacuação Normal Obstipação Odor Cor Pr 1 P.S pH Est Bil. FM TC Cel.Dig/ Amido AG Indigest. N >7 + - R - -/+ - GN M FI - - - - - Evacuação Prematura (conteúdo normal) Evacuação Prematura Conteúdo Int.delgado Insuficiência Gástrica Insuficiência Pancreática Insuficiência Biliar Colite com Diarréia Colite com Obstipação Falsa diarréia But 1 2 A D >7 6-7 + + - R R - ++ ++ +/- - - ++ F 3 D =7 - ++ + - +++ +++ ++ ++ - + P 1 N >7 + - + ++ - - - - - - But 2 N >7 + +/- +++ - +++ +++ +/- +++ - - But 4 N >6 - - +/- - - - +++ +/- - - D >7 - +/- - ++ + - - +/- + + - +/- - - - - - + - 5-7 +/- +/- +/- + + - - - Fet + + +++ Ulceração Intestinal - - >7 - +/- Az + + +/- Fermentação +++ + F But 1 Put 5 A >7 Fet 5 2 4 D D D >7 1 - Castanha 2 - Amarela 3 - Amarelo-escura 4 - Branca + Pr - próprio But - Butírico Fet - Fétido Az - Azedo +/- A - aumentado D - Diminuído N - Normal PS - peso seco Est - Estercobilina FM - Fibras Musculares TC - Tecido conjuntivo GN - Gorduras Neutras M - Muco Cel Dig/Indigest. – Celulose Digestível/Indigestível. +/++ +++ - Ausente Traços Moderada Abundante Bil - Bilirrubina AG - Ácidos Graxos FI - Flora Iodófila Interferências: uso de medicamentos que alterem a absorção ou motilidade intestinais. Indicações: identificação das principais síndromes coprológicas, como distúrbios motores intestinais (constipação, diarréia do cecum, diarréia do delgado), distúrbios motores com reação de mucosa (quadros de fermentação, colites e falsas diarréias) e insuficiências digestivas gástricas, biliares e pancreáticas. Informações importantes: idade, sexo, medicações em uso e tipo de seguimento da dieta. _______________________________________________________________________________________ COPROPORFIRINAS URINÁRIAS (inclui Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Copro P. Material e conservação para envio: urina (mínimo de 100 mL) ao acaso ou urina de 24 horas (alíquota de 100 mL do volume total). Informar o volume total coletado. Enviar sob refrigeração. Para toxicologia ocupacional o horário da coleta não é crítico. Proteger da luz. Instruções para coleta: é recomendado a coleta ao final da jornada de trabalho, após pelo menos 15 dias de exposição. 121 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria UV-VIS. Valores de Referência: não expostos : até 150 mcg/L IBPM : 200 mcg/L Interferências: não há referências específicas e de importância. Indicações: o chumbo inibe a coproporfirinogênio descarboxilase aumentando os níveis de coproporfirina nas hemácias e na urina. A coproporfirina se eleva tardiamente quando os níveis de chumbo no sangue ultrapassa o valor de 40 mcg/dL. Como a coproporfirina pode se elevar em hepatopatias, febre reumática, intoxicações por vários outros metais pesados, como Mercúrio, Zinco, Prata, Ouro, etc e ainda consumo elevado de bebidas alcoólicas, ela tem baixa especificidade e sensibilidade para monitorar intoxicações por chumbo. Eleva-se nos quadros de porfirinas, que são doenças relacionadas à deficiência enzimática da biosíntese da heme, provocando sinais e sintomas variáveis, cutâneos, nervosos e abdominais. A produção do heme passa por 6 passos, com 6 enzimas. Variações Patológicas: Porfiria aguda intermitente, Porfiria variegata, Coproporfirina hepática, Porfiria cutânea tardia, Porfiria eritropoiética ou doença de Gunther, Protoporfiria eritropoiética, Coproporfiria, saturnismo, anemias refratárias, acometimentos hepáticos, deficiência de vitamina B2 e PP. Informações importantes: tempo de exposição, quadro clínico, medicação utilizada. _______________________________________________________________________________________ CORPOS CETÔNICOS NA URINA Sinônimo mais usado: cetonúria Material e conservação para envio: urina ao acaso, no mínimo 10 mL, colocado em frasco, de tal forma não deixar espaço vazio interno, para se evitar a evaporação dos elementos cetônicos(transformação principalmente do ácido acetoacético em acetona), sob refrigeração. Instruções para coleta: vide Material e conservação para envio. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração em frasco bem tampado. Método: fitas reagentes, com reação do nitroprussiato de sódio, em meio ácido, que reage com o acetoacetado e acetona (as tiras de urina não reagem bem com o beta-hidroxibutirato das dosagens sangüíneas). A reação é positiva com a mudança para a cor roxa, sendo a intensidade proporcional à concentração: Intensidade da reação + ++ +++ valores aproximados 0,10 g/L a 0,30 g/L 0,30 g/L a 0,80 g/L > 0,80 g/L Valores de referência: reação negativa. Interferências: bromossulfaleína, intoxicações por ácido acetilsalicílico, fenformina e ácido valpróico. Indicações: a acetona, o ácido acetilacético e o ácido beta-hidroxibutírico são formados no tecido hepático e são produtos da quebra dos ácidos graxos de cadeia longa. São encontrados sob ação cetogênica de uma série de hormônios, como o cortisol, o glucagon, as catecolaminas, o HGH, o ACTH e o TSH, que estimulam a lipólise e a entrada dos ácidos graxos livres no fígado. A insulina, a vasopressina, a ocitocina e a glicose têm ação inversa e são considerados antilipolíticos. A hiperprodução dos corpos cetônicos torna-se um quadro grave, quando estes ácidos tornam-se ionizados e no diabetes descompensado, o grande afluxo de íons H+ e a correspondente acidose metabólica podem ser rapidamente mortais. Na cetoacidose diabética a presença de corpos cetônicos traduz a insuficiência do tratamento insulínico. A 122 MANUAL DE PROCEDIMENTOS cetoacidose grave do DM produz uma polipnéia de Kussmaul e os sinais laboratoriais se apresentam com uma hiperglicemia superior a 400 mg/dL, com cetonemia e cetonúria. Neste quadro o pH arterial está baixo, com queda do bicarbonato e um ânion gap elevado. Outras situações com corpos cetônicos na urina: Jejum prolongado, exposição prolongada ao frio, exercícios muito intensos. Nos quadros febris, de pacientes debilitados, cujas reservas glicogênicas hepáticas estejam diminuídas. Vômitos intensos. Gravidez, doenças metabólicas congênitas, como Síndrome de Fanconi, doença de Von Gierke (glicogênese do tipo I). Na acidose láctica a transformação do acetoacetado em beta-hidroxibutirato leva a um teste urinário fraco ou negativo, com cetonemia elevada. Informações importantes: idade e sexo, medicação atual, possíveis estados tóxicos e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CORPÚSCULOS DE HEINZ Sinônimo mais usado: corpos de Heinz (Heinz bodies) Material e conservação para envio: sangue total em EDTA, sob refrigeração. Recomenda-se a produção de dois esfregaços em lâmina de microscopia, fixados por 5 minutos só com o primeiro reagente da coloração panótica. Enviar no porta-lâminas. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: coloração de azul de cresil brilhante ou coloração de violeta de metila. Valores de referência: corpúsculos de Heinz ausentes. Interferências: não há referências. Indicações: os corpúsculos de Heinz são formados dentro das hemácias pela denaturação e precipitação das cadeias de globinas que se separam do núcleo heme, quando a hemoglobina sofre oxidação. São inclusões pequenas, arredondadas, próximas à membrana eritrocitária, podendo estar isoladas ou coalescentes. A maior parte das hemácias com corpúsculos de Heinz são rapidamente seqüestradas pelo baço. Podem-se encontrar corpúsculos de Heinz nas anemias hemolíticas de diversas etiologias, deficiência de G6PD, com hemoglobinas instáveis, nas intoxicações por drogas, principalmente por sulfa e seus derivados, em pacientes esplenectomizados, talassemia major, etc. Informações importantes: quadro hematológico e clínico do paciente. _______________________________________________________________________________________ CORTISOL SÉRICO Sinônimo mais usado: 17-Hidroxicorticosterona Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 6 horas, entre 7 e 9 horas da manhã, após repouso de no mínimo 30 minutos, no próprio laboratório. Outros horários podem ser solicitados, como às 16:00 horas e 24:00 horas. Em todos os horários o repouso de 30 minutos antes da coleta deve ser observado. Em testes realizados no nosso laboratório, com pacientes com veia cateterizada por escalpe e pacientes com coleta realizada sem escalpe durante o repouso, não se observou variações significativas entre as duas formas de colheita. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. 123 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: (em mcg/dL): Faixas etárias Neonatal 1 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 19 anos Adultos Homens 6,9 – 50,0 3,5 – 27,0 4,8 – 27,0 6,5 – 28,0 4,3 – 22,4 Mulher 7,4 – 40,0 4,1 – 26,0 5,5 – 27,0 6,6 – 27,0 4,3 – 22,4 Cortisol conforme o horário de coleta: (mcg/dL) 16:00 horas 17:00 horas 18:00 horas 3,1 – 16,6 2,0 – 11,5 2,0 – 10,7 ACTH e Cortisol após estímulo com Desmopressina: Coletas : Basal, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos: Resposta positiva ocorre quando é observado um incremento maior que 50% do valor basal para o ACTH e/ou maior do que 20% para o Cortisol. Interferências: outros horários de coleta que não tem valores referenciais definidos, falta de repouso antes da coleta, uso de certos medicamentos como Fenitoína, Fenobarbital, Primidona, Ácido Valpróico, alcoolismo, gestação, obesidade, estados de depressão, mesmo sem medicação específica, stress, estados infecciosos, dor, pós-operatório imediato. Alteração do ciclo circadiano no início e primeiros dias do término do horário de verão. Outros medicamentos elevam os níveis do cortisol em qualquer dos horários prescritos, como anfetaminas, corticotrifinas, Cortisona, Hidrocortisona, Nicotina, anticoncepcionais orais, Prednisolona, Prednisona e estrógenos. Diminuições podem ocorrer com a Dexametasona, Levodopa, Lítio e Metirapona. Indicações: diagnóstico laboratorial dos estados de hiperfunção adrenal, como síndrome de Cushing e na Hipofunção adrenal, como a Síndrome de Addison. Níveis elevados à meia-noite (> 7,5 mcg/dL) são patognomônicos de Cushing, enquanto níveis inferiores a 5 mcg/dL a excluem. Níveis inferiores a 5 mcg/dL nas coletas entre 8 e 9 horas da manhã são patognomônicos de insuficiência adrenal. Informações importantes: medicação atual, idade, sexo, estado gestacional, horário da coleta, tempo de repouso, etc. _______________________________________________________________________________________ CORTISOL LIVRE URINÁRIO Sinônimo mais usado: Cortisol livre Material e conservação para o envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar o volume total da coleta. Não utilizar qualquer tipo de conservante. Coletar e enviar em frasco plástico. Instruções para coleta: coletar o volume urinário de 24 horas, mantendo-se todos os volumes urinários em um só frasco, sob refrigeração por todo o período de coleta. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: a) urina de 24 horas: Crianças 12,0 – 90,0 mcg/24 hs Adolescentes 25,0 – 187,0 mcg/24 hs Adultos 55,5 – 286,0 mcg/24 hs 124 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS b) urina ao acaso mcg/g de creatinina: Adultos : 33 a 39 mcg/g de creatinina ou 6,0 a 60 mcg/dL. Crianças : 30 a 99 mcg/g de creatinina Interferências: somente o alcoolismo crônico é capaz de produzir valores falsamente elevados do cortisol livre. Indicações: é o melhor exame para confirmação da presença ou ausência de hipercorticalismo. Alguns autores recomendam que sejam feitas de 2 a 3 dosagens do cortisol livre urinário, pois pode haver erro de coleta e variação diária do cortisol livre. Informações importantes: quadro clínico, estado gravídico, idade, sexo, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CORTISOL SALIVAR Sinônimo mais usado: cortisol na saliva Material e conservação para envio: pode-se coletar com tampão de algodão que é colocado entre o maxilar superior e a bochecha, próximo da saída do canal de Stenon. Deixar em impregnação por 30 minutos. Colocar o tampão dentro de um tubo de coleta e centrifugar por 10 minutos a 2000 rpm. Separar o sobrenadante para outro tubo de coleta. Enviar refrigerado. Outra possibilidade é recolher por 30 minutos a saliva, diretamente em uma placa de Petri, sempre tampando-a anos intervalos de coleta. Todo o volume obtido deve ser centrifugado e enviar, sob refrigeração, somente o sobrenadante. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento. Método: eletroquimioluminescência. Valores de Referência: 7:00 às 9:00 horas : 3,30 a 32,00 nmol/L às 16:00 horas : 0,56 a 6,20 nmol/L às 23:00 horas : < 3,60 nmol/L Interferências: estados de stress, gravidez, exercício físico, tabagismo, estados de má-nutrição, alcoolismo e obesidade podem elevar os níveis do cortisol. Este teste foi desenvolvido para coletas noturnas. Indicações: diagnóstico laboratorial da síndrome de Cushing . Informações importantes: horário da coleta, sexo, idade e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CREATINA SÉRICA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: Feminino Masculino Até 30 dias . . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL Até 30 dias . . . . . . : 0,5 a 1,2 mg/dL Até 03 anos . . . . : 0,4 a 0,7 mg/dL Até 03 anos . . . . . : 0,4 a 0,7 mg/dL 04 a 09 anos . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL 04 a 09 anos . . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL 10 a 15 anos . . . . : 0,6 a 1,1 mg/dL 10 a 15 anos . . . . . : 0,6 a 1,2 mg/dL 16 a 18 anos . . . . : 0,8 a 1,2 mg/dL 16 a 18 anos . . . . . : 0,8 a 1,4 mg/dL 19 a 59 anos . . . . : 0,4 a 1,3 mg/dL 19 a 59 anos . . . . . : 0,4 a 1,3 mg/dL > 59 anos . . . . : 0,6 a 1,5 mg/dL > 59 anos . . . . . : 0,6 a 1,5 mg/dL 125 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: hemólise e lipemia. Indicações: a creatina é uma proteína muscular cujos índices séricos são diretamente dependentes da massa muscular e da atividade da enzima creatinofosfoquinase. A creatina é filtrada pelos glomérulos e depois é quase totalmente reabsorvida pelos túbulos renais. Fisiologicamente a creatina varia com regime de carnes, perdas ou ganhos de massa muscular, diminui com a idade, varia com o crescimento do indivíduo e se eleva na gravidez. Suas variações patológicas apresentam elevações dos níveis na mionecrose, miopatias (miosites), hipertireoidismo e corticoterapia. Diminuições ocorrem no hipotireoidismo. Informações importantes: medicação atual (principalmente corticosteroides). _______________________________________________________________________________________ CREATININA SÉRICA Sinônimo mais usado: creatininemia Material e conservação para o envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotometria. Valores de Referência: Faixa etária Até 30 dias Até 03 anos 04 a 09 anos 10 a 15 anos 16 a 18 anos 19 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos > 79 anos Masculino 0,5 a 1,2 mg/dL 0,4 a 0,7 mg/dL 0,5 a 0,9 mg/dL 0,6 a 1,2 mg/dL 0,8 a 1,4 mg/dL 0,4 a 1,3 mg/dL 0,7 a 1,4 mg/dL 0,8 a 1,5 mg/dL 0,6 a 1,5 mg/dL Feminino 0,5 a 0,9 mg/dL 0,4 a 0,7 mg/dL 0,5 a 0,9 mg/dL 0,6 a 1,1 mg/dL 0,8 a 1,2 mg/dL 0,4 a 1,3 mg/dL 0,6 a 1,1 mg/dL 0,6 a 1,5 mg/dL 0,6 a 1,4 mg/dL Interferências: drogas nefrotóxicas: ciclosporina, metais pesados como arsênico, bismuto, cobre, ferro, lítio, mercúrio, ouro, chumbo e tálio, analgésicos como fenacetina, salicilatos, fenilbutazona, antimicrobianos, como aminoglicosídios, cefalosporinas, anfotericina B, colistina, eritromicina, solventes orgânicos, ciclofosfamida, furosimide, manitol, quinina, ácido ascórbico em altas doses, levedopa, metildopa, glicose EV, Frutose EV, corticosteróides e nitrofuranos. Indicações: avaliação e seguimento de pacientes com insuficiência renal. Informações importantes: idade, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CREATININA URINÁRIA DE 24 HORAS Sinônimo mais comum: creatininúria Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Não esquecer de anotar o volume total de 24 horas. Instruções para coleta: coletar todo o volume urinário por período de 24 horas, em frasco plástico, mantido sob refrigeração durante todo o período de coleta. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. 126 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Método: espectrofotometria Valores de Referência: Para intervalo de confiança de 97,5% Valores para adultos: Homens Mulheres 800 – 2000 mg/24 horas 600 – 1800 mg/24 horas Valores pediátricos: em mg/dL: 3 a 8 anos 9 a 12 anos 13 a 17 anos 110 – 680 mg/24 horas 170 – 1410 mg/24 horas 290 – 1870 mg/24 horas Interferências: vide Creatinina sérica. Indicações: auxiliar no estudo da função renal. Informações importantes: idade, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CREATININA URINÁRIA – AMOSTRA AO ACASO Sinônimo mais usado: Creatininúria ao acaso Material e conservação para envio: 10 mL de urina sob refrigeração. O horário de coleta é livre. Instruções para coleta: vide item acima. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: Homens : 80 a 260 mg/dL ou 14 a 26 mg/kg/dia. Mulheres : 55 a 180 mg/dL ou 10 a 20 mg/kg/dia. Interferências: vide o item de Clearance de creatinina Indicações: vide o item de Clearance de Creatinina. Informações importantes: vide o item de Clearance de Creatinina. _______________________________________________________________________________________ CREATININA NO LÍQUIDO AMNIÓTICO Sinônimo mais comum: creatinina amniótica. Material e conservação para envio: 2 mL de LA sob refrigeração sob proteção da luz. Instruções para coleta: material coletado pelo(a) médico(a)-assistente . Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: espectrofotométrico Valores de Referência:(em mg/dL): Feto imaturo Valores limítrofes Maturidade fetal < 1,5 1,5 – 2,0 > 2,0 Interferências: acidentes de punção. Indicações: avaliação da maturidade renal fetal. Informações importantes: idade gestacional, condições de punção, idade da gestante. _______________________________________________________________________________________ 127 GRUPO SÃO CAMILO CREATININA – CLEARANCE Sinônimo mais usado: Depuração da creatinina. Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração e 2 mL de soro sob refrigeração, coletados no final do período de coleta de 24 horas. Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, sob refrigeração sem conservantes. Coletar o sangue pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Como os valores do Clearance de Creatinina podem variar muito, resultados não condizentes com o quadro clínico podem ser rapidamente conferidos, com Clearance de 2 horas, colocando-se o paciente em repouso absoluto, e fornecendo-lhe 10 mL de água por kg de peso, até o volume máximo de 750 mL. Recolher todas as amostras de urina emitidas neste período, pedindo para o paciente esvaziar totalmente a bexiga antes da ingestão da água e solicitando que colete totalmente o volume de 2 horas, principalmente a última coleta aos 120 minutos após a ingestão da água. Coletar o sangue no final do período de coleta (2 horas). Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração e 2 meses de congelamento. Urina: 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: Homens : 85 a 125 mL/minuto/1,73 m² Mulheres : 75 a 115 mL/minuto/1,73 m² Crianças : 70 a 140 mL/minuto/1,73 m² Nota: após os 40 anos pode-se perder até 6 a 7 mL/minuto/1,73 m² para cada 10 anos de idade. Interferências: Elevações: Furosemide, Metilprednisona, Carbenoxolona, Levodopa, Etanol. Períodos prolongados de estocagem da urina, pois contaminações bacterianas podem transformar a creatina em creatinina elevando falsamente os seus níveis. Diminuições: tiazídicos, efeitos transitórios do tetrahidrocanabinol (THC), Heroína, metais pesado, analgésicos, alguns antibióticos e solventes orgânicos. Indicações: Avaliação da função renal. Informações importantes: peso e altura, sexo, idade, medicação atual e período de coleta. _______________________________________________________________________________________ CREATINOFOSFOQUINASE – CK Sinônimo mais usado: CPK Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Método: cinético-enzimático UV. Valores de Referência: Faixa etária Masculino Feminino Valores Pediátricos (UI/L): Até 1 ano 2 – 183 2 – 150 1 a 9 anos 2 – 180 2 – 145 10 18 anos 2 – 220 2 – 144 Valores de adultos (UI/L): 128 VI Faixa etária 19 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos > 79 anos Masculino 26 a 189 U/L 50 a 192 U/L 39 a 185 U/L 44 a 182 U/L Feminino 26 a 155 U/L 37 a 154 U/L 37 a 148 U/L 32 a 158 U/L MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: a) Variações fisiológicas: esforço muscular : pode aumentar 2 a 3 vezes os níveis basais, injeções intramusculares antes da coleta do sangue (aumento de até 2 vezes do valor basal do paciente), biópsias musculares (aumento de 2 a 3 vezes). b) Variações patológicas: no hipotireoidismo a fração MM está aumentada, assim como nos acometimentos musculares como traumatismos, processos inflamatórios, miosites, etc, nos tumores a fração BB está elevada, como em tumores cerebrais, pulmonares, musculares, prostáticos, vesicais, adenocarcinomas do seio, estômago, intestinos e nas infecções meníngeas. Indicações: as principais indicações para a determinação do CK é o infarto do miocárdio (com pico máximo entre 9 e 24 horas após o infarto, podendo atingir até 5 vezes os valores normais, com retorno aos valores normais em 3 a 6 dias (o aumento da CK-MB, para caracterizar processo miocárdico deve ser superior a 5% do CK total). Miopatias do tipo Duchenne-Boulogne apresenta aumento da CK-MM detectável desde os primeiros dias de vida. Informações importantes: medicação utilizada e via de aplicação, idade, sexo e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CREATINOFOSFOQUINASE – FRAÇÃO MB Sinônimo mais usado: CK-MB Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas; lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada, salvo urgências. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: cinético-enzimático UV. Valores de Referência: até 24 UI/L Interferências: vide Creatininofosfoquinase. Indicações: inicia a elevação 4 a 8 horas após o infarto do miocárdio, com pico máximo entre 12 a 24 horas. Sua normalização ocorre entre 2 a 3 dias. Representa 20% do CK total no músculo cardíaco. Macro-CK-MB é um complexo de imunoglobulina e CK-MB pode produzir valores de CK-MB acima do CPK total, geralmente sem significado clínico. Informações importantes: sexo, idade, quadro clínico e medicação atual. Índice relativo de CK - MB = (CK-MB x 100) ÷ CK (total) Valores de Referência: até 5% _______________________________________________________________________________________ CRIOAGLUTININAS Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro e 2 mL de sangue total em EDTA, a temperatura ambiente. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 horas a temperatura ambiente. Com temperatura ambiente abaixo de 15°C, coletar com a seringa e tubo de coleta pré-aquecidos, separar o soro o mais rapidamente possível, e manter o soro em banha-maria a 37°C , até o momento do envio, que deve ser feito a temperatura ambiente. Método: microaglutinação. Valores de Referência: até 1/32 da diluição do soro. Interferências: baixas temperaturas ambiente, conservação do soro sob refrigeração, uso de antibióticos. Indicações: Infecções por Mycoplasma pneumoniae, pneumonia atípica, mononucleose, doenças auto-imunes, Mieloma múltiplo, Doença de Waldenstron, algumas neoplasias, etc. 129 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: sexo, idade, medicação e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CRIOFIBRINOGÊNIO Sinônimo mais usado: Fibrinogênio crio. Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado a temperatura ambiente. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poderão coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 horas a temperatura ambiente. Método: coagulométrico Valores de referência: < 0,5 g/L. Interferências: temperaturas inferiores a 15°C . Indicações: coagulopatias, doenças malignas, esclerodermia, doenças linfoproliferativas, infecções, etc. Informações importantes: quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CRIOGLOBULINAS- PESQUISA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro a temperatura ambiente. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 24 horas a temperatura ambiente. Método: precipitação reativa. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: manutenção do material em temperatura inferior a 15°C. Indicações: as crioglobulinas podem aparecer no Mieloma Múltiplo, Mieloma de Waldenstron, Doença da cadeia pesada, doença linfoproliferativas, leucoses, neoplasias, doenças auto-imunes, processos infecciosos, principlamente infecções pulmonares. As Crioglobulinas podem ser divididas em 3 tipos principais: a) Tipo I (monoclonal): Composição: IgM, IgG , IgA ou Proteínas de Bence-Jones (cadeias leves tipo Kappa ou Lambda): Mieloma e Macroglobulinemia de Waldenströn. b) Tipo II (Mista): Composição IgM-IgM, IgG-IgG ou IgA-IgG: Artrite Reumatóide, Síndrome de Sjögreen, Crioglobulinemia essencial mista. c) Tipo III (Policlonal Mista): Composição: IgG-IgM,IgG-IgA-IgM: LES, A.R. Síndrome de Sjögreen, Mononucleose, Citomegalia, Hepatite viral aguda e crônica ativa. Cirrose Biliar Primária, GNDA pós-estreptocóccica, Cirrose Biliar Primária, Endocardite, Hanseníase, Síndrome esplenomegálica Tropical, Pneumonite Intersticial por Micoplasma. Informações importantes: sexo, idade, medicação e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CRIPTOCOCCUS - PESQUISA Sinônimo mais usado: criptococcose 130 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Material e conservação para envio: 2 mL de LCR ou 2 mL de escarro, ou raspado de lesões de mucosa e/ou pele, coletados em swabs de alginato, bastante umidecido, sob refrigeração. Os tubos de coleta devem estar muito bem tampados, reforçados com fita adesiva. Instruções para coleta: O LCR deve ser coletado esterilmente, em frasco estéril fornecido pelo Laboratório, pelo médico-solicitante. O escarro deve ser coletado pela manhã, antes do paciente levantar, após inspiração profunda, com ou sem inalação, recolhido em frasco estéril de boca larga. Após liquefação do escarro, passa-lo para tubo de coleta, estéril e bem tampado. Para ser aceito o escarro, como material significativo, deverá ser mais leucócitos que células descamativa, 4:1. Os raspados de lesões de mucosa e/ou pele , devem ser feitos com o swabs de alginato e haste de plástico, principalmente nas bordas das lesões. Nestes casos a cultura em meio próprio, com antibióticos para inibir o crescimento bacteriano, deverá ser mais significativa que a pesquisa direta. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: a criptococose no SNC, pode ser evidenciada através do LCR, que geralmente é positiva na pesquisa direta, com tinta Nankin. Os casos negativos devem ser cultivados em Sabouraud com cloranfenicol e gentamicina a temperatura ambiente e a 36°C. O escarro (Blastomicose Européia) deverá ser sempre cultivado em meio próprio. As lesões mucosas e/ou pele serão sempre cultivadas, pois dificilmente dão positivas na pesquisa direta. Valores de Referência: pesquisa e cultura negativas. Interferências: uso de medicação anti-fúngica. Indicações : diagnóstico de infecções por Cryptococcus sp, principalmente Cryptococcus neoformans. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual ou pregressa. _______________________________________________________________________________________ CRIPTOCOCCUS – POLISSACARÍDEOS - PESQUISA Sinônimo mais usado: Polissacarídeos de Criptococcos. Material e conservação para envio: líquor por coleta médica, escarro (primeiro escarro do dia, coletado antes do paciente se levantar pela manhã). Manter sob refrigeração. Instruções para coleta: vide Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: aglutinação de látex sensibilizado. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: não há referências. Indicações: pesquisa dos polissacarídeos dos criptococos em casos onde o número de fungos é inferior à sensibilidade das pesquisas diretas. Informações importantes: dados clínicos. _______________________________________________________________________________________ CRIPTOSPORÍDIOS E OUTROS PROTOZOÁRIOS FECAIS Sinônimo mais usado: pesquisa de criptosporidiose. Material e conservação para envio: fezes recentes, principalmente líquido-pastosas ou líquidas. “In natura” pode ser conservadas sob refrigeração por 4 horas, transportadas em caixas de Isopor. Para períodos maiores, deve-se preparar 4 a 5 lâminas de microscopia, produzindo esfregaços não espessos, que devem ser fixados em álcool-ácido (o mesmo da coloração de Ziehl-Neelsen) por 5 a 10 minutos. Enviar lâminas em protetores de plástico. Instruções para coleta: coletar fezes recentes em potes estéreis fornecidos pelo laboratório. Não há dieta e horário crítico para a coleta. Paciente não pode estar utilizando medicamentos específicos contra protozoários fecais ou medicamentos que bloqueiem o trânsito intestinal. Alguns autores recomendam o mínimo 131 GRUPO SÃO CAMILO de três coletas com intervalo de 3 a 4 dias. Deve-se evitar conservar em formol, devido à retração que o formol produz nos protozoários em questão. Estabilidade da amostra:“In Natura” até 4 horas sob refrigeração. Fixadas às lâminas, tempo indeterminado. Método: coloração segundo Ziehl-Neelsen modificada. Valores de Referência: pesquisa Negativa. Interferências: vide instruções para coleta. Indicações: diagnóstico de criptosporidiose. Os criptosporidios podem causar diarréias tanto em pacientes imunocompetentes como em imunodeprimidos, porém, nestes últimos o quadro é mais severo e toma características de cronicidade, podendo em pacientes com AIDS, produzir quadros graves de colangiopatias, com febre, dor e colestase. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CRISTAIS – PESQUISA Sinônimo mais usado: cristais urinários Material e conservação para envio: mínimo de 10 mL de urina ao acaso, refrigerada. Instruções para coleta: urina ao acaso. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração. Método: M.O.C. Valores de Referência: ausência de cristais patológicos. Interferências: contaminação bacteriana e presença de cristais medicamentosos. Indicações: alguns pesquisadores consideram o seu estudo como parte da avaliação prognóstica de indivíduos com litíase frequente ou portador de doença litogênica de fundo hereditário. Outros acreditam que a presença de cristais de forma frequente ou permanente possa ser um fator de risco a ser considerado nos quadros de litíase renal ou mesmo na nefrocalcinose que pode anteceder insuficiência renal. Os cristais podem ser divididos em três grupos: a) Cristais não patológicos: são cristais que são frequentemente encontrados no sedimento urinário e que não representa risco de litíase renal. São esses: uratos e fosfatos amorfos, oxalato de cálcio, fosfatos de cálcio, ácido úrico, carbapatitas, Fosfato de Magnésio e Amônio. b) Cristais medicamentosos: ribavirina, sulfonamidas, quinolonas, aminopenicilinas, contrastes radiológicos, etc. c) Cristais patológicos: a sua presença está fatalmente ligada a uma doença renal ou associada: cistina (cistinúria-lisinúria), tirosina (tirosinose), Leucina (doença de Hartnup), xantina (xantinúria familiar), Oxalato de cálcio hidratado (dependente da concentração do cristal na urina). Informações importantes: medicação atual e litíase renal anterior. _______________________________________________________________________________________ CROMATINA SEXUAL Sinônimo mais usado: Pesquisa de cromossomo X. Material e conservação para coleta: pedir que o paciente faça vários buchechos com água filtrada. Secar a mucosa com gaze. Se o paciente for muito pequeno, limpe a mucosa oral com gaze umedecida e depois seque-a com gaze. Coletar o raspado de mucosa oral, com escovinha do tipo endocervical, montando os esfregaços nas lâminas, sempre na mesma direção, rodando lentamente a escovinha, tanto para coletar, como na montagem do esfregaço. Deve-se coletar em jejum pela manhã. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Fixar as lâminas imediatamente após a coleta, em etanol a 95%, por 2 a 4 horas. Deixar secar e transportar em porta-lâminas de plástico. 132 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Instruções para coleta: vide item anterior. Método: Harris-Schorr modificado e coloração de Tiamina após digestão celular. Valores de Referência: segundo a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia: Homens : até 5% de células com corpúsculos de Walker-Barr. Mulheres : acima de 17%. Interferências: infecções orais ou acúmulo de bactérias não removidas na limpeza ou ainda restos alimentares, incluindo leite. Indicações: diagnóstico laboratorial de anomalias do cromossomo X. Informações importantes: suspeita clínica. _______________________________________________________________________________________ CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS - NEONATAL/QUALITATIVA ( Ver Aminoácidos – Cromatografia – Plasma – Urina) _______________________________________________________________________________________ CROMO SANGÜÍNEO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: cromo no sangue. Material e conservação para envio: 5 mL de soro, em tubo próprio para toxicologia. Não utilizar frascos com gel separador. Manter refrigerado. Instruções para coleta: Jejum não é obrigatório. Para análise operacional o colaborador deve estar há pelo menos um mês na função, sem afastamento. O horário da coleta não é crítico. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: Espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: 0,05 a 0,50 mcg/L Interferências: amostras inadequadas, como baixo volume de soro, coleta em tubo não específico, coágulos ou falta de refrigeração. Indicações: O cromo é um oligoelemento, que sempre está em concentrações muito baixas no sangue humano. Valores mais elevados indicam exposição ambiental, geralmente funcional, em galvanoplastia, indústrias petroquímicas, da borracha, nas cerâmicas, fotocopiadoras, fábricas de baterias e cimento. O Cromo costuma causar dermatites de contacto, eczemas, úlceras de pele e mucosas, broquiolites e nefrites do tipo intersticial. Informações importantes: profissão, tempo de trabalho e freqüência de contacto. _______________________________________________________________________________________ CROMOGRANINA - A Sinônimo mais usado: secretogranina I Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum é dispensável. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: radioimunoensaio. Valores de Referência: até 6 nmol/L Interferências: não há referências. Indicações: forma um grupo de proteínas que estão presente em tecidos neuroendócrinos. Tem uma função de marcador tumoral para neoplasia endócrinas como feocromocitoma, síndrome carcinoide, carcinoma medular 133 GRUPO SÃO CAMILO da tireóide, carcinoma de células da ilhota do pâncreas, neoplasia endócrina múltipla, adenomas hipofisários, etc. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CROMO NA URINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: cromo urinário. Material e conservação para envio: mínimo de 100 mL de urina em frasco novo de PVC, sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar a urina no final da jornada semanal de trabalho, fora do ambiente de trabalho. O funcionário deve trocar de uniforme, lavar bem as mãos e genitais, e coletar a urina sem encostar na boca do frasco de coleta. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: População em geral (não-exposta) : até 5 mcg/g de creatinina Indivíduos expostos ..........: IBMP: 30 mcg/g de creatinina. Interferências: alterações no modo de coleta. Indicações: monitoramento de indivíduos expostos ao cromo. Informações importantes: profissão, tempo de trabalho, freqüência de contacto, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CROMOSSOMO PHILADELPHIA – TRANSLOCAÇÃO BRC-ABL Sinônimo mais usado: cromossomo philadelphia. Material e conservação para envio: 3 mL de sangue da medula óssea em EDTA ou sangue total periférico em EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, de segunda a quarta-feira, jejum não é necessário. Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração. Método: Reação em Cadeia da Polimerase Reversa. Valores de Referência: ausência da translocação. Interferências : uso de medicação específica. Indicações: A detecção da translocação entre os cromossomos 9 e 22 (cromossomo Philadelphia) caracteriza geneticamente a Leucemia Mielóide Crônica (LMC). O exame serve para monitoramento do tratamento dos pacientes com translocação. Informações importantes: dados do último hemograma, quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CROMOSSOMO Y – MICRODELEÇÕES – ESTUDO GENÉTICO –PCR Sinônimo mais usado: Microdeleções do Cromossomo Y Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR 134 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: ausência das microdeleções no cromossomo Y. Interferências: Hemólise. Indicações: homens que apresentam azoospermia e oligozoospermia resistente a tratamento devem ser submetidos a Pesquisa das Microdeleções do Cromossomo Y. Por volta de 12%, em média dos azoospérmicos tem microdeleções, e 7%, em média acontece em homens com oligozoospermias refratárias a tratamentos. Informações importantes: dados laboratoriais dos exames andrológicos, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ C-TELOPEPTÍDEO – CTX Sinônimo mais usado: Telopeptídeo Material e conservação para envio: 1 mL de plasma de EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Homens: até 50 anos : 0,016 – 0,590 ng/mL 50 a 70 anos : até 0,700 ng/mL Acima de 70 anos : até 0,860 ng/mL Mulheres: Pré-menopausa : 0,025 – 0,570 ng/mL Pós-menopausa : 0,100 – 1,000 ng/mL Interferências: hemólise e lipemia. Indicações: o CTX é um metabólito da degradação do colágeno e funciona como um marcador de reabsorção óssea. Valores elevados são encontrados em crianças, pacientes com osteroporose, osterodistrofia renal, osteomalácia, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo e Doença de Paget. O seu uso como seguimento de pacientes em tratamento tem demonstrado que as respostas à terapia de reposição é muito mais rápida que a densitometria óssea. Informações importantes: entre 5 e 8 horas da manhã os valores do C-Telopeptídeo são os mais elevados do dia. _______________________________________________________________________________________ CULTURA DE ESCARRO – QUANTITATIVA Sinônimo mais usado: cultura de escarro Material e conservação para envio: Mínimo de 1 mL de escarro em tubo de coleta estéril, bem tampado, reforçado com fita adesiva. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: O paciente deverá coletar o escarro pela manhã antes de levantar. Bochechar água filtrada por 3 a 4 vezes, antes da coleta para diminuir a flora microbiota oral. O paciente deverá tossir com energia e profundamente para se obter material significativo, do trato respiratório inferior. Caso não consiga, o paciente pode tentar novamente, fazendo moderada pressão com o dedo indicador, sobre a faringe, exatamente na fúrcula do externo, com movimentos laterais, para estimular a tosse. Se mesmo assim não conseguir um bom material, pode-se recorrer à inalação, com 10 mL de água destilada e ½ ampola de Fluimucil, durante 15 minutos, sem interrupções, antes de novas tentativas de coleta. Evitar a coleta de saliva. Todo o escarro antes de ser processado no Laboratório, é analisado para contagem de leucócitos e células descamativas. Escarros com maior número de neutrófilos por campo de 400 X, em relação às células descamativas, maior é o significado do material. Quanto maior o número de neutrófilos >25 por campo de 400X e mais próximo de zero as células descamativas forem, mais é representativo o material. 135 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração. Método: Microbiológico com semeadura através de diluições decimais significativas do escarro, até 1:100.000.000, pode indicar a maior probabilidade de se diagnosticar o agente patológico, em meios aeróbios e anaeróbios. Valores de Referência: ausência de crescimento de bactérias patogênicas. Interferências: medicação antibiótica atual. Indicações: infecções de vias aéreas inferiores. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CULTURA DE FUNGOS Sinônimo mais usado: micológico completo. Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 45 a 52. Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 45 a 52. Estabilidade da amostra: idem. Método: dependendo do fungo suspeito e do material coletado há uma gama grande de metodologias micológicas, seguindo o princípio de cultura em meios de Saboraud, com ou sem antibióticos (para inibir a flora bacteriana agregada) , meios próprios como Mycosel, Agar Alpiste, etc., exame bacterioscópico direto, que pode auxiliar o diagnóstico e muitas vezes realiza-lo de forma definitiva, como encontro de corpos de frutificação em micológico direto, Paracoccidioides brasiliensis no escarro ou lesões de pele ou mucosas, Cryptococcus sp no exame do LCR com tinta nanquim, etc., anátomopatológico de lesões fúngicas, etc. Valores de Referência: ausência de fungos . Interferências: uso de antifúngicos sistêmicos e/ou tópicos, uso de soluções anti-sépticas tópicas. Indicações: indicado para o diagnóstico laboratorial de fungos superficiais ou micoses profundas. Os fungos mais freqüentes são: os dermatófitos, as leveduras com predomínio da Candida albicans, Cryptococcus neoformans, Aspergillus sp, Paracoccidioides brasiliensis, Histoplasma capsulatum,etc. Informações importantes: uso de medicamentos atuais, quadro clínico e a possibilidade de reinfecção . Nota: quando a suspeita for leveduras, deve ser solicitada a sua identificação especificamente, pois os prazos de entrega destes exames passam a ser menores. Tanto quanto possível o Laboratório São Camilo emite os laudos de pesquisa ou cultura de fungos ao nível de espécie. _______________________________________________________________________________________ CULTURA DE URINA (Ver Urina Cultura com contagem de colônias) _______________________________________________________________________________________ CULTURA EM GERAL (Vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 15 a 43). _______________________________________________________________________________________ 136 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS CULTURA PARA ANAERÓBIOS Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: os materiais clínicos para cultura de bactérias anaeróbicas são basicamente os que não passam por vias normais que têm flora bacteriana própria. Os materiais clínicos aceitáveis para cultura de anaeróbios, são: Aspirados com seringa e agulha de locais fechado, como coleções líquidas ou lesões rocim fechadas, Punção de glândulas de Bartholin, Bile, Sangue para hemocultura, Escovado brônquico protegido, aspirado de fundo de saco vaginal (culdocentese), aspirado de trompa de Fallopio, DIU para cultura de Actinomyces sp., aspirado de material de ovário, Placenta via cesareana, aspirado sinusal, fezes para cultura de Clostridium difficile, swabs obtidos intracirurgicamente, tecidos obtidos em cirurgias, aspirado transtraqueal, urina por aspiração suprapúbica, aspirado endometrial. Os materiais inaceitáveis são: lavados e aspirados bronco-pulmonares, pela contaminação final do oro-faringe, Secreções cervicais, pela contaminação vaginal, Material endocervical, pelo mesmo motivo, Swabs do nasofaringe, pela flora normal local, Materiais perineais abertos, escarro expectorado, induzido, pela flora da cavidade bucal, fezes ou amostras retais, Swabs da garganta, aspirado por traqueostomia, pela flora local, secreções uretrais devido pela flora local, urina por sonda ou por micção, devido a flora da uretra. Outros materiais podem ser considerados utilizáveis devido à alternativas : Materiais Swabs de queimaduras ou ferimentos Descarga de colostomia Swabs de úlceras de decúbito Secreção ou líquido de cateter de Foley Locos placentários Lesões periodontais Abscessos periretais Swabs de úlceras varicosas Vômitos Alternativa ou comentário tecido subcutâneo ou aspirado de serosidade recomenda-se não processar o material tecido subcutâneo ou aspirado de serosidade recomenda-se processar com restrições semeando o material clínico em diluições. Idem aspirados de abscessos fechados idem aspirados de serosidades subdérmicas recomenda-se não processar os matérias Instruções para coleta: vide tabela acima. Estabilidade da amostra: em meio de cultura pré-reduzido fornecido pelo Laboratório São Camilo, o material poderá ficar até 48 horas a temperatura ambiente. Materiais obtidos por punção em seringa e agulha podem permanecer por 6 a 12 horas a temperatura ambiente. Método: microbiológico em ambiente sem oxigênio. Valores de Referência: negativo para bactérias anaeróbicas. Interferências: uso de antibióticos específicos. Indicações: diagnóstico laboratorial de bactérias anaeróbicas. Informações importantes: local de coleta dos materiais clínicos. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA BAAR Sinônimo mais usado: Cultura para BK Material e conservação para envio: a) secreções pulmonares: escarro (expectorado, induzido), lavado 137 GRUPO SÃO CAMILO brônquico. Enviar em 48 horas, em frasco muito bem tampado, sob refrigeração. b) Urina: jato médio da primeira urina da manhã. Colocar o conteúdo de uma cápsula de Ácido Bórico para cada 50 mL de urina. Homogeneizar bem a urina, sem formar espuma. Desta forma a urina, sob refrigeração, pode se conservar por até 48 horas. c) Líquidos corporais ou coleções líquidas: LCR, líquido sinovial, ascítico, amniótico, esperma, coleções pleurais, pericárdicas, etc. Enviar até 48 horas sob refrigeração. d) Sangue menstrual : coletar nos primeiros dias da menstruação, com seringa, com a paciente em posição ginecológica. Enviar até 48 horas sob refrigeração.d) Lavado gástrico: geralmente utilizado em crianças que não conseguem expectorar. Adicionar solução aquosa de Bicarbonato de Sódio a 10% para alcalinizar o lavado (adicionar aproximadamente 1 mL de solução aquosa de Bicarbonato para cada mL de lavado gástrico). Para outros materiais entrar em contacto com o laboratório. Instruções para coleta: vide item acima. Estabilidade da amostra: vide item acima. Método: cultura em meio de Lowenstein-Jensen após liquefação, descontaminação e concentração dos matérias. Valores de Referência : ausência de crescimento de BAAR. Interferências : medicação específica, contaminação na coleta. Indicações: diagnóstico laboratorial de micobactérias e avaliação de pacientes em tratamento. Informações importantes : medicação atual, local de coleta , etc. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA Campylobacter ssp. Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: as fezes devem ser colocadas em meio de Cary-Blair e em temperatura ambiente até 48 horas. Instruções para coleta: não há horário crítico para a coleta. Paciente deve estar sem medicação específica por pelo menos 48 horas. Colocar 2 gramas de fezes no meio de Cary-Blair, escolhendo preferencialmente materiais diarréicos, com muco, sangue e pus. Estabilidade da amostra: vide item anterior. Método: cultura em meios específicos e classificação sorológica de gênero. Valores de Referência: ausência de crescimento de Campylobacter ssp. Interferências: uso de antibióticos específicos. Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Campylobacter ssp. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA COQUELUCHE (Bordetella pertussis) Sinônimo mais usado : cultura de Bordet-Gengou Material e conservação para envio: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 33 e 34. Manter sempre a temperatura ambiente. Instruções de coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 33 e 34. Estabilidade da amostra: uma vez semeado no meio de Bodet-Gengou, a amostra pode ficar a temperatura ambiente por 48 horas. Enviar também o swab utilizado para a coleta. Método: cultura em meio de Bordet-Gengou e identificação bioquímica e sorológica da Bordetella pertussis. Valores de Referência: auseência de crescimento da bactéria. 138 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências:uso de antibióticos e dificuldades de coleta. Indicações: confirmação de síndrome clínica com aparência coqueluchosa. Informações importantes: como é uma doença de notificação compulsória é muito importante saber sobre a vacinação do paciente, quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA Gardnerella vaginalis Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: secreção vaginal. Enviar um swab de alginato com haste de plástico, com meio de Stuart e um swab sem o meio, sendo que este deve estar muito carregado com o material clínico. Enviar em período de no máximo 24 horas, a temperatura ambiente; e duas lâminas da secreção vaginal fixadas em etanol a 95% por pelo menos 2 horas, ou enviada em protetor de lâminas com o etanol. Instruções para coleta: As lâminas devem ser montadas através de coleta com escova cervical, do colo uterino e do fundo de saco vaginal. Os swabs devem ser coletados posteriormente ao uso da escova. As lâminas devem ser imediatamente mergulhadas em etanol a 95%. Não deixar o esfregaço secar para se evitar a retração celular. Os swabs devem ser bem carregados da secreção para se evitar ressecamento e perda da cultura. Estabilidade da amostra: a amostra em swab tem estabilidade por 48 horas. As lâminas fixadas em álcool devem ser enviadas até 7 dias após a coleta. Método: coloração tipo Papanicolaou e Gram das lâminas fixadas. Cultura em meio anaeróbio e em meio microaerófilo. Análise bioquímica e morfológica completam o diagnóstico bacteriológico. Valores de Referência: cultura e bacterioscópico negativos para a Gardnerella vaginalis. Interferências: uso de antibióticos sistêmicos ou tópicos específicos. Indicações: diagnóstico bacteriológico das vaginoses. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA Helicobacter pylori Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: coletas obtidas através de biópsias gástricas no antro e bordas de úlceras, duodenais e no esôfago. O meio de transporte é enriquecido com soro de cavalo, uréia e indicador de pH (viragem para pH alcalino) que é utilizado para o teste da uréase, fortemente produzida pela bactéria. Amostras fecais devem ser colocadas em meios especiais, suplementados com soro de cavalo e antibióticos inibidores da flora normal. O transporte é feito a temperatura ambiente sob proteção da luz. Instruções para coleta: as amostras obtidas por biópsias são coletadas pelo médico-assistente e imediatamente colocadas em meio de transporte. As fezes devem ser recentes, sem horário crítico para coleta e imediatamente colocadas em meio de transporte fornecido pelo laboratório. Conservar e enviar a temperatura ambiente. Estabilidade da amostra: em meio de transporte, tanto os materiais de biópsias como as fezes têm estabilidade de 24 a 36 horas. Método: cultura em meio Colúmbia enriquecido com sangue de cavalo e antibióticos como vancomicina, anfotericina B ou cetoconazol e ácido nalidíxico. A coloração de Hiss para flagelos irá demonstrar uma bactéria espiralada, geralmente em forma de “S” possuindo de 4 a 6 flagelos unipolares. É Gram-negativa. A caracterização é bioquímica, sendo a grande produção de uréia uma das características da espécie. Valores de Referência : ausência de crescimento de bactérias. Interferências: medicações específicas, como amoxicilina e metronidazol. Indicações: diagnóstico diferencial das gastrites crônicas. 139 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: hora da coleta, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA LEPTOSPIRAS Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: LCR, Sangue em EDTA e urina recente.Sob refrigeração pode-se conservar por até 24 horas. Todas as amostras são submetidas a concentração e observação em campo escuro. Este método pode auxiliar nos casos de perda da viabilidade das bactérias. Instruções para coleta: o sucesso do cultivo das Leptospiras depende da fase da doença : Primeira semana de doença : presença de Leptospiras no LCR e sangue. Coletar 2 a 5 mL de LCR em frasco estéril e protegida da luz. Manter e enviar sob refrigeração. O sangue deve ser coletado em dois tubos de EDTA estéreis e pode ser conservado, um a temperatura ambiente e outro sob refrigeração. Segunda semana de doença: presença de leptospiras na urina. Coletar urina recente e colocar 2 mL de solução de bicarbonato a 8,4 % (ampolada) para cada 18 mL de urina. Manter e enviar sob refrigeração. Convalescença: nesta fase os pacientes podem eliminar Leptospiras pela urina por até três meses após a cura clínica. A coleta e conservação da urina é igual a da segunda semana. Quando o período for maior que 48 horas, o material pode ser semeado em meio líquido de Fletcher por até 15 dias a temperatura ambiente. Estabilidade da amostra: vide item anterior. Método: pesquisa direta dos materiais concentrados em microscopia de campo escuro e cultivo em meio líquido de Fletcher e EMJH, por 15 dias. As leptospiras crescidas são submetidas a sorologia para aglutinação microscópica em campo escuro. Valores de Referência: ausência de crescimento de leptospiras. Interferências: medicação antibiótica prévia principalmente por tetraciclina e penicilina. Informações importantes: medicação atual, hora da coleta e quadro clínico. Geralmente na doença de Weil, produzida pela Leptospira interrogans sorovar ictero-hemorragiae, a urina no fim da primeira semana e início da segunda, apresenta-se intensamente colúrica, com presença de sangue, poucos leucócitos e freqüentes cilindros hemáticos. A partir da segunda semana há uma evidente melhora do quadro urinário. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA Vibrio cholerae e outros vibrios Sinônimo mais usado: cultura para cólera. Material e conservação para envio: fezes colhidas logo aos primeiros sinais clínicos suspeitos, como diarréia líquida tipo água de arroz. Enviar em água peptonada alcalina, em até 24 horas, a temperatura ambiente. Se o período for maior solicitar ao laboratório placas de meio TCBS, onde após o enriquecimento por algumas horas, na água peptonada alcalina, o inoculo é semeado no TCBS e assim pode ser transportado, a temperatura ambiente por 48 horas. Instruções para coleta: vide item acima. Estabilidade da amostra: vide Material e conservação para envio. Método: enriquecimento em água peptonada alcalina e semeadura em TCBS e aglutinação com anti-soros específicos polivalentes. A classificação por soros monoespecíficos para os sorotipos Ogawa, Inaba e Hikojima é encaminhada para laboratórios de saúde pública. Os soros polivalentes podem apresentar reações cruzadas com Brucella ssp, Salmonella e Yersinia enterocolitica. Os testes bioquímicos podem diferenciar as bactérias. Valores de Referência: ausência de crescimento de Vibrios patogênicos para o homem. Interferências: antibióticos, tempo de transporte do caldo peptonado . 140 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: tempo de doença, quadro clínico e quadro diarréico. _______________________________________________________________________________________ CULTURA PARA Yersinia enterocolitica Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: as fezes devem ser coletadas com swab alginatado com haste de plástico, que devem ser mergulhados profundamente nas fezes e introduzido no meio de transporte tipo Cary-Blair, a temperatura ambiente. Ao mesmo tempo semear as fezes previamente diluídas em salina estéril, em meio de Mac Conkey e Hecktoen, que podem ser transportados a temperatura ambiente. Instruções para coleta: obter fezes recentes. Não há horário crítico para a coleta. Imediatamente semear as fezes nos meios indicados e introduzir swabs no meio de transporte tipo Cary-Blair. Manter e enviar à temperatura ambiente. Estabilidade da amostra: até 48 horas nos meios indicados acima, à temperatura ambiente. Método: cultura, testes bioquímicos e sorológicos indicados pela Associação Americana de Microbiologia. Valores de Referência: ausência de crescimento de Yersinia ssp. nas fezes . Interferências: medicação antibiótica prévia. Problemas de coleta e transporte, como validade dos meios de cultura e temperatura de envio. Indicações: diagnóstico microbiológica da presença de Yersinia ssp. nas fezes. Informações importantes: quadro clínico, tempo de doença e medicação prévia e atual. _______________________________________________________________________________________ CURVA INSULÍNICA Sinônimo mais usado: teste de reserva de insulina. Material e conservação para envio: 2 mL de soro de cada tempo, sob refrigeração. Instruções de coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 65 e 66. Variações nos tempos e quantidade de glicose ficam a cargo dos médicos-assistentes. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência . Valores de Referência: ( em mUI/mL): Jejum Após 30 minutos Após 60 minutos Após 90 minutos Após 120 minutos Após 180 minutos Após 240 minutos Após 300 minutos 2,5 a 25,0 µIU/mL 25,0 a 230,0 µIU/mL 18,0 a 275,0 µIU/mL 27,0 a 180,0 µIU/mL 16,0 a 165,0 µIU/mL 4,0 a 80,0 µIU/mL 2,0 a 25,0 µIU/mL Até 25,0 µIU/mL Interferências: dieta hipercalórica nos dias que antecedem o teste. Uso de medicação específica oral. Indicação: acompanhamento da reserva da insulina durante curva de tolerância à glicose. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ 141 GRUPO SÃO CAMILO CURVA DE RESISTÊNCIA DOS ERITRÓCITOS À HEMÓLISE Sinônimo mais usado: Resistência Globular à Hemólise Material e conservação para envio: 2 frascos com sangue total com EDTA (p/ adulto) e pelo menos 3 lâminas com esfregaço com sangue periférico, sem anticoagulante. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Isolar os frascos deste exame, com papel, de modo a não encostar os frascos diretamente no gelo. Método: Dacie. Valores de Referência: Pode ser solicitada curvas de 30 minutos e/ou 24 horas de incubação. Concentração de NaCl a 37ºC/30 minutos a 37°C / 24 horas 0,10% 0,20% 0,30% 0,35% 0,40% 0,45% 0,50% 0,55% 0,60% 0,65% 0,70% 0,75% 0,85% 97 - 100% 97 - 100% 97 - 100% 90 - 99% 50 - 95% 5 - 45% 0 - 6% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 97 - 100% 97 - 100% 97 - 100% 75 - 100% 65 - 100% 55 - 95% 40 - 85% 15 - 70% 0 - 60% 0 - 10% 0 - 5% 0% 0% Interferências: quadros de hemólise em atividade, quadros infecciosos em atividade. Indicações: o que determina a fragilidade osmótica das hemácias é a sua forma. Primordialmente o teste serve para confirmação laboratorial do diagnóstico de esferocitose hereditária. O aumento da fragilidade osmótica ou desvio à direita da curva também pode ocorrer na esferocitose adquirida, na eliptocitose hereditária e na anemia hemolítica do recém-nascido. O aumento da resistência se encontra em casos de pós-esplenectomia, nas hepatopatias, na talassemia, na anemia ferropriva e na leptocitose. Informações importantes: idade e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ D-DÍMERO Sinônimo mais usado : Dímero D Material e conservação para envio: 1 mL de plasma citratado sob refrigeração (vide Instruções para coleta). Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Coletar o sangue em tubo de coleta com Citrato de sódio, respeitando a proporção de 4,5 mL de sangue total, para 0,5 mL do anticoagulante (tubos de coleta com tampa azul claro). Separar imediatamente o plasma após a coleta, por centrifugação de 15 minutos a 3000 rpm. Congelar imediatamente o plasma, mantendo a -20° C até o momento do envio, que será feito sob refrigeração. Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelamento. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: até 250 ng/mL. 142 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: outras patologias não cursando com tromboses ou micro-tromboses. Indicações: como o D-Dímero é um produto da degradação da fibrina pela plasmina, após a ativação do plasminogênio, sua determinação tem sido utilizada no diagnóstico laboratorial das tromboses venosas profundas (TVP) e dos quadros de tromboembolismo pulmonar (TEP). O D-Dímero é detectado uma hora após a formação do trombo, permanecendo elevado até 8 dias após o início do quadro clínico. Apesar da sua alta sensibilidade para a detecção de TVP ou TEP, ele tem baixa especificidade, podendo ser positivo nos casos de infarto agudo do miocárdio, neoplasias, coagulação intravascular disseminada, anemia falciforme, pneumonias, sepses, insuficiência cardíaca e nos quadros pós-operatórios. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ D-XILOSE – TESTE DE ABSORÇÃO Sinônimo mais usado: teste de absorção da xilose. Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 67 e 68. As urina coletadas, a Basal e 5 horas após a ingestão da D-Xilose devem ser enviadas sob refrigeração. Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo, páginas 67 e 68. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico Valores de Referência: Crianças : Normal : excreção superior a 1,2 g/5 horas. Indeterminado : 0,9 a 1,2 g/5 horas. Má absorção : excreção inferior a 0,9 g/5 horas. Adultos : 4,0 a 9,0 g/5 horas. Interferências: Elevações da absorção: etanol Diminuições: Aspirina, Colchicina, Kanamicina, Inibidores da MAO, Ácido Nalidíxico, Neomicina, Alcalóides do ópio, Atropina, digitálicos e sais de ouro. Indicações: diagnóstico das Síndromes Coprológicas de má absorção intestinal. Informações importantes: medicação atual, idade e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ DEHIDROEPIANDROSTERONA Sinônimo mais usado: DHEA. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio - Enzimaensaio. 143 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: Mulher Homem Idade Nível Idade Nível 20 - 29 106 - 300 pg/mL 20 - 29 137 - 336 pg/mL 30 - 39 77 - 217 pg/mL 30 - 39 82 - 287 pg/mL 40 - 49 47 - 200 pg/mL 40 - 49 68 - 221 pg/mL 50 - 59 38 - 136 pg/mL 50 - 59 49 - 177 pg/mL 60 - 69 36 - 107 pg/mL 60 - 69 40 - 158 pg/mL 70 - 79 32 - 99 pg/mL 70 - 79 35 - 135 pg/mL >80 33 - 90 pg/mL >80 37 - 106 pg/mL Interferências: o clomifeno e a corticotrofina elevam os níveis séricos de DHEA. Indicações: o córtex da supra-renal secreta 3 grupos de esteróides, entre os quais os andrógenos Dehidroepiandrosterona e androstenediona. Nos homens as gônadas também são fontes de sua produção. Eles são sintetizados a partir do colesterol através da cisão da sua cadeia lateral, para formar a Pregnenolona. Por sua vez esta sofre oxidação e várias hidroxilações até a formação da 17-Hidroxiprogesterona. Mais um corte na cadeia lateral permite a síntese da DHEA e da Androstenediona. A principal indicação de sua dosagem é o diagnóstico laboratorial dos quadros de hirsutismo e virilização. Variações patológicas podem ser encontradas no Hipercortisolismo androgênico por deficiência enzimática. A hiperplasia supra-renal congênita é uma patologia relativamente freqüente com proporção de 1/5000 casos, transmissão autossômica recessiva e maior prevalência para o sexo feminino (4:1). Deficiência da 21-Hidroxilase representa mais de 90% dos casos. Esta deficiência leva a uma queda do cortisol e de seus metabólitos e da 17-hidroxiprogesterona. Quando a DHEA, a Androstenediona e a Testosterona total estão acima dos valores normais : Deficiência da 11-Beta-Hidroxilase (5% dos casos). Ocorre sinais de hiperandrogenia, porém menos intensos que na deficiência da 21-Hidroxilase. Valores do cortisol diminuídos: deficiência da 17-Hidroxilase, que leva a uma deficiência na via dos glicocorticóides e dos andrógenos, com ausência de menstruações na puberdade e nos meninos a feminização dos órgãos sexuais. A Hiperandrogenia ovariana ocorre com 30% da testosterona circulante produzida pelo ovário e a dosagem feita no início do ciclo menstrual, permite detectar os valores elevados, nem sempre presentes nas outras fases do ciclo. Os tumores andrógenos-secretores, quando ovarianos, com aumento da produção da androstenediona ou quando supra-renais com hiperprodução de testosterona associada a um aumento do Sulfato de Dehidroepiandrosterona. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ DEHIDROEPIANDROSTERONA SULFATO Sinônimo mais usado: DHEA-Sulfato Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. 144 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: MULHERES Pré-puberal Adulta Pós-menopausa 3ª Idade 11,0 35,0 10,0 3,9 HOMENS Adultos (17 a 49 anos) Adultos (> 50 anos) 3ª Idade 80,0 – 560,0 65,0 – 255,0 30,0 – 200,0 CRIANÇAS Neonatos 1 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 17 anos Homens 37,0 – 3770,0 5,0 – 186,0 18,0 – 344,0 47,0 – 441,0 – 67,2 – 430,0 – 190,0 – 150,0 Mulheres 44,0 – 367,0 6,0 – 160,0 12,0 – 301,0 39,0 – 339,0 Interferências: Variações Fisiológicas: No sangue de cordão umbelical os níveis são tão elevados quanto os da mãe. Os níveis vão diminuindo progressivamente até um ano de idade. Aos 6 anos aproximadamente há um aumento devido ao aumento da atividade da supra-renal. Na puberdade os níveis vão se elevando lentamente acompanhando o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. As dosagens do DHEA-Sulfato devem ser realizadas entre o segundo e sexto dia do ciclo. Variações Patológicas: Na puberdade precoce os níveis de DHEA-Sulfato estão moderadamente elevados. Na deficiência da 21-Hidroxilase os seus níveis não estão elevados, mesmo após estímulo com o Synacten. Na deficiência da 11-beta-Hidroxilase, com hiperplasia congênita, os seus valores estão elevados. Tumores virilizantes da supra-renal. Quando os valores são elevados e não inibidos pela ação da dexametasona podemos ter quadros de deficiência suprarenal e retardos pubertários. Valores geralmente diminuídos podemos encontrar na deficiência da 17-Hidroxilase. Informações importantes: idade e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ DEHIDROGENASE LÁTICA - LDH Sinônimo mais usado: LDH/DHL Material e conservação para envio: 2 mL de soro totalmente sem hemólise, sob refrigeração. 2 mL de líquido ascítico sem acidente de punção, sob refrigeração. 2 mL de líquido pleural sem acidente de punção, sob refrigeração. 2 mL de LCR sem acidente de punção. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Método: espectrofotométrico enzimático a 37° C. 145 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: sangue: Valores pediátricos (em UI/mL): Faixa etária Até 30 dias Até 1 ano 1 a 6 anos 7 a 12 anos 13 a 18 anos Homens 125 – 735 170 – 450 155 – 345 120 – 325 105 – 220 Faixa etária Até 60 anos 60 a 79 anos 80 anos Homens 200 – 480 105 – 440 125 – 385 Mulheres 145 – 765 190 – 420 135 – 395 140 a 280 100 – 275 Valores de adultos (em UI/mL): Mulheres 200 – 480 120 – 450 123 - 465 Outros materiais clínicos (em UI/mL): Líquido Pleural Líquido Ascítico soro LCR Líquido abdominal soro Exsudato : > 200 Transudato: < 200 até 0,6 (>0,6 indica exsudato) ± 10% dos níveis séricos(*) > 0,6: efusões neoplásicas 0,4 a 0,6: Peritonite bacteriana (*) sempre ensaiar uma amostra sérica em paralelo. Interferências: fisiológica: gravidez (pode haver aumento de 25 a 100% dos níveis normais na segunda metade da gestação); medicamentosa: anti-epiléticos: chegam a elevar em até 25% os níveis basais e penicilamina (aumento de até 200% dos níveis normais). Indicações: Infarto agudo do miocárdio, com atividade máxima após 72 horas , podendo atingir até 5 vezes os valores basais, com 7 a 14 para a volta aos valores normais. O aumento ocorre por conta da Isoenzima LDH-1. Embolia pulmonar, dor torácica com valores de CK normais e LDH elevados. O aumento se dá pela elevação das Isoenzimas LDH-2 e LDH-3. Infarto Renal: aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2. Nas anemias megaloblásticas, anemias hemolíticas, em pacientes com uso de válvulas cardíacas, principalmente as metálicas e eritroblastose fetal, o aumento da LDH deve-se pelo aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2. Nas miopatias temos aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2 na distrofia de Duchenne e uma elevação da Isoenzima LDH-5 nas necroses, nos traumatismos e miopatias inflamatórias. A Isoenzima LDH-5 apresenta uma grande aumento nas cirroses, Hepatomas , metástases hepáticas, colestases e nas hepatites agudas virais. Nos linfomas o aumento da LDH deve-se ao aumento da Isoenzima LDH-3. A LDH total elevada também se encontra nos quadros de estado de choque, queimaduras, quadros póscirúrgicos, quadros hipocalêmicos com coma, rejeições de transplantes e nas colagenoses. Nos tumores todas as frações podem estar aumentadas: Células germinativas ( de ovários ou testículos): LDH-1. Próstata, seio, cólon, estômago, pulmão e útero: frações elevadas LDH-4 e LDH-5. Neuroblastomas, feocromocitomas e câncer brônquico: Isoenzimas LDH-2, 3 e 4. A análise no Líquido Pleural ajuda a diferenciar exsudato e transudato: a relação LDH pleural/sérica > 0,6 e o LDH pleural > 200 U/L, indicam exsudato.Valores de 8 a 10 vezes os valores basais séricos, no Líquido pleural 146 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS indicam quadros neoplásicos e empiemas. No Líquido Ascítico: normalmente os níveis de LDH são até 50% mais elevados que os níveis séricos. Está elevado nas carcinomatoses , tuberculose peritonial e nas peritonites em geral. No LCR a LDH é mais ou menos 10% dos valores séricos e valores elevados são encontrados nos AVCs isquêmicos, meningites, encefalites e tumores do sistema nervoso central. Em todos os casos ensaiar a medida no LDH sérico em paralelo. Informações importantes: medicação atual, hora e dia da coleta e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ DENGUE – DETEC. E GENOTIPAGEM PCR RT – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: n.a. Material e conservação para envio: 2,0 mL de plasma (EDTA) congelado (-20° C); O material congelado deve ser transportado em gelo seco ou refrigerado (gelo reciclável); Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias, congelado. Método: PCR semi-Nested específico para Den1, Den2, Den3 e Den4. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Quando apresentar febre alta (normalmente entre 38° e 40° C) de início abrupto, mal-estar, anorexia (pouco apetite), cefaléias, dores musculares e nos olhos; Descrição: O Dengue é uma doença infecciosa aguda causada por um flavivírus transmitido por meio da picada do mosquito vetor Aedes aegypti. Não é transmitido por contado direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimentos. Após a transmissão, existe um período de incubação de dois a sete dias. Existem quatro sorotipos causadores de dengue (Den1, Den2, Den3 e Den4), que não oferecem proteção cruzada entre si e que apresentam os mesmos sintomas, a diferença é que a pessoa não pode ser reinfectada por um mesmo sorotipo. Em determinadas situações, a evolução pode dirigir-se para a forma hemorrágica, que raramente ocorre na infecção primária, sendo mais comum na reinfecção, geralmente quando o agente é o Den2 ou Den3. A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido à infecção passada já resolvida são infectadas por outro sorotipo, os anticorpos produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A confirmação do diagnóstico de dengue pode ser realizada por meio de exames sorológicos (ELISA) ou de PCR. A PCR é útil durante o período de viremia, em geral, antes de surgirem os sintomas até o sétimo dia da infecção. É possível realizar a genotipagem e definir o sorotipo do vírus da dengue, por meio da utilização de marcadores específicos. Informações importantes: Este exame depende da antigenemia do vírus, é qualitativo e deve ser pedido na fase aguda da viremia, de preferência nos primeiros 5 dias de evolução; Reações falso-negativas ocorrem quando a quantidade de RNA está abaixo da sensibilidade de detecção do teste, após 10 dias do início dos sintomas ou na presença de inibidores da PCR na amostra. _______________________________________________________________________________________ DENGUE – IgG Sinônimo mais usado: Sorologia para Dengue – G Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher imediatamente antes da próxima mamada. 147 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio tipo ELISA. Valores de Referência: Não Reativo ( Negativo) : < 9,0 U Reativo ( Positivo) : > 11,0 U Indeterminado ( zona cinza) : 9,0 a 11,0 U Interferências: reações com outros Flavivírus. Uma causa comum de reação falso-positiva ocorre em pacientes vacinados contra Febre Amarela. Deve-se tem em conta possíveis ocorrências de transferências verticais de IgG materna. Indicações: diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Dengue da classe IgG. Os vírus da Dengue apresentam 4 sorotipos distintos, como o Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4. Esses vírus pertencem à família dos Flavivírus, que é formada por mais de 70 espécies, das quais destaca-se os vírus da Febre Amarela e da Dengue. Atenção: todos os vírus da família dos Flavivírus compartilham epítopos comuns localizados no envelope protéico, o que possibilita reações cruzadas em testes sorológicos de alta sensibilidade. É muito importante a determinação de anticorpos da classe IgG e IgM, para o diagnóstico, pois hoje em dia é muito comum a reinfecção, que pode não apresentar positividade para anticorpos anti-IgM. Na reinfecção os níveis de anticorpos anti-IgG se elevam já no segundo dia de doença. Informações importantes: quadro clínico, vacinações recentes e história recente de estar em locais epidemiológicos de interesse para o caso. _______________________________________________________________________________________ DENGUE – IgM Sinônimo mais usado: sorologia para Dengue – IgM Material e conservação para envio: 2mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio tipo ELISA. Valores de Referência: Não Reativo ( Negativo) : < 9,0 U Reativo ( Positivo) : > 11,0 U Indeterminado ( zona cinza) : 9,0 a 11,0 U Interferências: vide Dengue IgG Indicações: diagnóstico sorológico da infecção primária da Dengue. Aproximadamente 75% dos pacientes apresentam positividade do teste após 3 dias de doença. Após 6 a 10 dias , por volta de 90% dos pacientes apresentam a viragem sorológica.Um pequeno grupo de pacientes apresentam a viragem sorológica somente após 10 a 22 dias do início da doença. Como são quatro os sorotipos de vírus da Dengue, a infecção com um sorotipo não protege o paciente contra outro sorotipo, e em casos de reinfecção com ou outro sorotipo pode haver novamente a presença de anticorpos da classe IgM. Os níveis destes anticorpos são geralmente baixos na infecção secundária. Nas infecções primárias os anticorpos anti-IgM podem ficar presentes no sangue por até três meses. Na grande maioria dos pacientes esta presença persiste por até 45 a 60 dias. Como todo teste sorológico, este teste pode apresentar resultados falso-positivos ou falso-negativos. A causa mais comum de teste falso-positivo são reações cruzadas com anticorpos contra outros Flavivírus, e a causa mais comum de teste falso-negativo deve-se a coletas realizadas muito precocemente, antes do sexto dia de doença. Informações importantes: dados epidemiológicos, quadro clínico e vacinação recente. _______________________________________________________________________________________ 148 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS DENGUE – PESQUISA DO ANTÍGENO NS1 Sinônimo mais usado: NS1 Material e conservação para envio: 1mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar a qualquer período, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 1 mês sob congelamento ou 7 dias sob refrigeração. Método: Imunocromatográfico. Valores de Referência: Negativo. Interferências: vacinação recente para febre amarela, hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: o teste precoce para o diagnóstico sorológico da Dengue ou ELISA para Dengue Inicial, é um teste imunológico para Captura do antígeno NS1 da Dengue. O teste está indicado para a detecção qualitativa do antígeno NS1 no soro, usando como auxiliar no diagnóstico clínico-laboratorial de pacientes com sintomas clínicos compatíveis com a febre da Dengue. Este teste, em conjunto com testes sorológicos tradicionais, pode ampliar e tornar mais rápido o diagnótico laboratorial desta arbovirose, além de estadiar seu início. O vírus da Dengue é uma flavivírus amplamente encontrado nas regiões tropicais e sub-tropicais, com mais da metade da população mundial potencialmente sujeita ao risco de contrair Dengue, sendo assim, a mais importante arbovirose em termos de morbidade e mortalidade. Os quatro sorotipos conhecidos são antigenicamente relacionados, e os seus principais vetores são os mosquitos: Aedes aegypti, A. albopictus e A. polinesiensis. As manifestações clínicas são muito amplas e podem ir desde uma infecção sub-clínica (principalmente na primo-infecção) até a morte. A doença pode ser classificada conforme a sua gravidade: a) Doença Febril Inespecífica b) Febre da Dengue Clássica c) Febre Hemorrágica da Dengue (Graus I ou II) d) Síndrome do Choque da Dengue (Graus III ou IV). A Febre da Dengue Clássica é de início repentino, geralmente seguida de pelo menos dois sintomas abaixo: Cefaléia, dor retro-ocular, mialgia, artralgia, erupção cutânea, manifestações hemorrágicas, leucopenia e plaquetopenia. Período febril bifásico, insônia e anorexia (acompanhada de perda da sensibilidade ao sabor ou gosto amargo na boca) são sintomas paralelos comuns à Dengue. Tanto a Febre Hemorrágica como a Síndrome do Choque da Dengue são complicações graves e potencialmente fatais, frequentemente associadas à infecções por um segundo sorotipo. A detecção do antígeno NS1 é um procedimento valioso pois permite a detecção da infecção pelo vírus da Dengue, antes da soro-conversão (aparecimento dos primeiros anticorpos específicos). O antígeno NS1 pode ser detectado no soro a partir do primeiro dia do início da febre, ficando em circulação sangúnea, até o 9º dia da doença. Se considerarmos que os anticorpos da classe IgM somente serão detectados entre o 3º e o 5º dia, a pesquisa do antígeno NS1, nos casos suspeitos de Dengue, proporciona uma grande vantagem diagnóstica laboratorial. O diagnóstico precoce da Dengue permite a implementação rápida do monitoramento e da terapia de suporte, reduzindo a probabilidade de complicações, como os quadros hemorrágicos ou a Síndrome de Choque, principalmente onde a doença é endêmica. 149 GRUPO SÃO CAMILO Interpretação dos Resultados: Resultados Negativo ou Não Reagente Interpretação Antígeno NS1 não detectável: o resultado não exclui a infecção pela Dengue. Uma segunda amostra deve ser avaliada por testes sorológicos no prazo de 7 a 14 dias, dependendo dos sinais e sintomas dos pacientes. Propriedades específicas da relação agente-hospedeiro, tamanho do inóculo, etc, podem determinar alterações nos resultados. Duvidoso Amostras duvidosas são aquelas cujos sintomas se situam na "zona cinza", entre 9 e 11 Unidades e devem ser repetidas com a nova coleta de sangue. As amostras que persistirem duvidosas devem ser submetidas a teste de Biologia Molecular em nosso Laboratório de Biotecnologia, sob pedido médico especial. Positivo ou Reagente Presença detectável do antígeno NS1 da Dengue. Dependendo do quadro clínico dos pacientes outros testes sorológicos devem ser indicados para a confirmação do diagnóstico laboratorial. Limitações do teste: Todo teste sorológico só tem valor quando interpretado à luz do quadro clínico e sob supervisão médica. O valor preditivo positivo depende da probabilidade do vírus estar presente na amostra. O teste só deve ser realizado em pacientes com sintomas clínicos semelhantes ou quando houver forte suspeita de exposição à doença. É comum a reatividade sorológica cruzada entre os membros do grupo dos flavivírus (Dengue sorotipos 1, 2, 3 e 4), e ainda de outros flavivirus como os da Febre Amarela, doença pelo vírus do Nilo Ocidental, etc. O Antígeno NS1 da Dengue é detectado no soro somente nas fases iniciais da doença, entre o 1º e o 9 º dia após o início dos sinais clínicos. Uma vez iniciada a produção de IgG anti-NS1 (o que corresponde à deverfescência), o NS1 não é mais detectável no soro. Assim, o presente teste é um marcador de infecção aguda ativa da Dengue. Fora desta fase deve-se esperar a soro-conversão para as provas sorológicas rotineiras. A infecção primária da Dengue caracteriza-se pela elevação características dos níveis de IgM por volta do TERCEIRO AO QUINTO DIA após o estabelecimento da infecção, e que pode persistir por três a cinco meses no plasma dos pacientes. A infecção secundária é caracterizada pelo aumento de IgG específica em um a dois dias após o início do quadro clínico, o qual também é acompanhado pelo aumento dos níveis de IgM. Nas infecções iniciais em alguns casos de infecção secundária, os níveis de IgM detectados podem ser baixos. Alguns pacientes não produzem níveis suficientes de IgM para serem detectados, outros somente o fazem após sete a dez dias. Nestes casos a utilização da detecção do NS1 pode auxiliar. A presença de altos níveis de Fator Reumatóide pode produzir reações falso-positivas. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual e quadro vacinal recente. _______________________________________________________________________________________ DEOXIPIRIDINOLINA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina ao acaso, de 24 horas ou outro período por determinação médica. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: A urina deve ser acidificada com HCl a 50%, 20 mL por litro de urina para adultos ou 10 mL por litro de urina para crianças. Estocar em refrigeração. Como a liberação pela urina não é constante, sendo maior durante a noite do que de dia, a maioria dos pesquisadores recomenda a coleta de 24 horas. Estabilidade da amostra: estando acidificada a urina pode ficar sob refrigeração por 20 dias. 150 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: (em nmol/mmol de creatinina): Faixa etária 2 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 17 anos Adultos Adultos 30 a 110 17 a 100 59 12,8 a 25,6 16,0 a 37,0 Interferências: medicamentos que possam modificar a fisiologia óssea, sangue menstrual ou secreções genitourinárias no momento da coleta de urina. Evitar dieta hiperprotéica nos três dias que antecedem o dia da coleta. Indicações: a atividade dos osteoclastos, que realizam a reabsorção óssea pode ser observada pela eliminação urinária da deoxipiridinolina, que em conjunto com a piridinolina constituem-se nas ligações da estrutura do colágeno, do tipo I, sendo a primeira 3 vezes mais concentrada que a piridinolina. Como a deoxipiridinolina é mais sensível que a piridinolina e não sofre influência da dieta, este exame é mais solicitado. São indicadas para estudo da resposta terapêutica para doenças ósseas, permitindo uma avaliação mais rápida que a densitometria óssea, para patologias como Doença de Paget, osterosporose simples, hipertireoidismo e hiperparatireoidismo. O hipotireoidismo pode diminuir os níveis da deoxipiridinolina e piridinolina na urina. Informações importantes: medicação atual, dados da densitometria. _______________________________________________________________________________________ DIAZEPAN – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de Diempax Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta:coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento, estando o paciente em jejum de pelo menos 8 horas. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração. Método: HPLC Valores de Referência: Níveis terapêuticos: 100 a 1000 ng/mL. Interferências: a) Diminuições: fenitoína, fenobarbital, rifampicina e tabagismo, diminui a meia vida do diazepan (meia vida de 20 a 50 horas). b) Aumentos: Anticoncepcionais orais, cimetidina e isoniazida. Indicações: controle terapêutico da droga em tela. Informações importantes: medicação em uso, dosagem utilizada, dia e hora da última dose. _______________________________________________________________________________________ DICLORODIFENILDICLOROETILENO SÉRICO Sinônimo mais usado: DDE Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração Instruções para coleta: jejum dispensável. Horário de coleta não é crítico. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: IBMP: nada consta. Interferências: não há referências. Indicações: contaminação de colaboradores pelo DDE. Informações importantes: coletar no período da manhã. 151 GRUPO SÃO CAMILO DICLORODIFENILTRICLOROETANO SÉRICO Sinônimo mais usado: DDT Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração Instruções para coleta: jejum dispensável. Horário de coleta não é crítico. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: IBMP: nada consta. Interferências: não há referências. Indicações: contaminação de colaboradores pelo DDT. Informações importantes: coletar no período da manhã. _______________________________________________________________________________________ DIFENILHIDANTOÍNA – vide Fenitoína. _______________________________________________________________________________________ DIFTERIA – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: Anticorpos anti-Corynebacterium diphtheriae. Material e conservação para envio: 2 mL soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum é dispensável. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: não imune : < 0,1 UI/mL Imune após 5 anos de vacinação : 1,0 a 1,5 UI/mL Imune após 7 anos de vacinação : 1,5 a 2,0 UI/mL Imune após 10 anos de vacinação : acima de 2,0 UI/mL Interferências: lipemia e hemólise Indicações: avaliação do estado imune dos indivíduos vacinados. Informações importantes: tempo de vacinação. _______________________________________________________________________________________ DIGOXINA Sinônimo mais usado : Digoxinemia Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar preferencialmente antes da próxima dose do medicamento ou seguindo instruções médicas. Na maioria dos casos orienta-se a coletar 6 horas após a última dose. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.Não coletar em tubos contendo gel separador. Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Eletroquimioluminescência. Valores de Referência: Níveis terapêuticos Crianças : 1,1 a 1,7 ng/mL Adultos : 1,0 a 2,0 ng/mL Interferências: Há uma correlação estreita entre dose e níveis séricos, porém fatores gastrointestinais e renais podem influenciar na absorção e eliminação da droga. Outros fatores, como características individuais e uso de outras medicações podem também influenciar a absorção da digoxina. Derivados da colestiramina, neomicina, 152 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS kanamicina e pectina diminuem a absorção da digoxina. Síndrome de malabsorção, gastroenterites e medicamentos que aumentam o trânsito intestinal. Medicamentos que inibem a motilidade intestinal elevam a absorção do medicamento. As espirolactonas que diminuem o clearance renal podem manter uma digoxinemia elevada por diminuição da eliminação tubular. A amiodarona promove uma remoção da digoxina dos tecidos elevando os seus níveis séricos. Verapamil diminui o clearance da digoxina elevando os seus níveis séricos. As quinidinas e derivados atua na diminuição do volume de distribuição e de excreção renal elevando a digoxinemia. Informações importantes: informar outros medicamentos em uso, dia e hora da última dose e dosagem utilizada. _______________________________________________________________________________________ DISTROFIA DE BECKER-DUCHENNE - DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: Distrofia de Duchenne, Pesquisa de Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somentes às segunda, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausência das deleções gênicas das mutações da distrofina. Interferências: Hemólise. Indicações: diagnóstico molecular das mutações do dez principais “exons” do gene da distrofina, cobrindo até 80% dos casos nacionais. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ DOENÇA CELÍACA - PERFIL GENÉTICO BÁSICO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Intolerância ao glúten. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR qualitativo. Valores de referência: Qualquer heterodímero detectado (DR4-DQ8 e/ou DR3-DQ2) apresenta o risco de desenvolvimento da doença celíaca. Nenhum heterodímero detectado: não apresenta perfil genético para o desenvolvimento da doença celíaca. Interferência: Contaminações durante a coleta. Indicações: Familiares de primeiro grau de pacientes com a doença celíaca; indivíduos com anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral; indivíduos que apresentam desconforto intestinal na ingestão de alimentos que contenham glúten. Informações importantes: _______________________________________________________________________________________ DOENÇA DE CHARCOT-MARIE-TOOTH 1A - DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: Doença de Charcot-Marie PCR Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. 153 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausência da duplicação do gene PMP22. Interferências: Hemólise. Indicações: diagóstico molecular da doença de Charcot-Marie-Tooth 1A, com neuropatia periférica desmielinizante. A progressão é bastante lenta e o ínicio pode acontecer dos 5 aos 25 anos. O exame consegue detectar por volta de 80% dos casos da doença, que apresenta no teste molecular a duplicação do gene PMP22. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ DOENÇA DE GAUCHER – DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: Doença de Gaucher, PCR Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, sob refrigeração. As coleta devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 48 a 72 horas sob refrigeração. Método: PCR Valores de Referência: ausência das mutações L444P, N370S e R463C. Interferências: Hemólise. Indicações: diagnóstico molecular da Doença de Gaucher, uma esfingolipidose, com mutações L444P, N370S e R463C, no gene da glicocerebrosidase lisossomal. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ DOENÇA DE HUNTINGTON – DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: Doença de Huntington por PCR Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente sob refrigeração. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 72 hora sob refrigeração. Método: PCR-STR com Fluorescência. Valores de Referência: ausência da mutação no gene HD. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico molecular para doença de Huntington, que leva a degenerações neurológicas, com início tardio, entre os 35 a 45 anos, produzindo alterações motoras, cognotivas e psiquiátricas ocorre pela mutação do gene HD, por expanção da seqüência de trinucleotídoes CAG. A transmissão genética é autossômica dominante. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ DOENÇA DE KENNEDY – DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: Doença de Kennedy – PCR Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. 154 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausência de mutação no gene para receptor de androgênio em braço longo do cromossomo X. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico molecular para a Doença de Kennedy, que apresenta uma mutação no gene do receptor da androgênios, no braço longo do cromossomo X, com herança recessiva. Os sintomas aparecem mais frequentemente por volta dos 30 anos e são principalmente fraqueza muscular proximal progressiva, oligozoospermia, atrofia testicular, ginecomastia, atrofia muscular e fasciculações. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ DROGAS DE ABUSO Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: urina ao acaso sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar até 48 a 72 horas após a suspeita de uso de drogas de uso proibido. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunocromatográfico. Valores de Referência: analito não detectado. Interferências: coletas acima do período de sensibilidade do teste. Indicações: suspeita de uso inícito de drogas de abuso. O tempo que a droga permanece na urina, depende do tipo de usuário. O casual ou social apresenta a droga por 2 a 3 dias no máximo. O usuário crônico apresenta positividade por maior tempo, ou permanentemente, dependendo da freqüência do uso. Geralmente o usuário social ou casual tem positividade até segunda ou terça-feira, não mais apresentando positividade nos demais dias. O usuário crônico tem positividade em todos os dias da semana, ou na maioria deles. Informações importantes: informar, se possível qual o tempo entre a coleta e o possível uso da droga ilícita. Níveis de sensibilidade por droga: Quantidades mínimas detectáveis: 1000 ng/mL 500 ng/mL 300 ng/mL Drogas testadas: Anfetamina, Antidepressivos tricíclicos, Ecstasy, Metanfetamina Tetrahidrocanabinóides Barbitúricos, Benzodiazepínicos, Benzoilecgonina (cocaína), Metadona, Morfina. OBS.: Este exame carece de valor médico-legal por não ter posse jurídica. Sua função é dar orientação médica para o tratamento do paciente. _______________________________________________________________________________________ DST - PAINEL MASCULINO AMPLIADO, PCR (HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum – sífilis) Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de lesões. 155 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: Vide em HPV. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo. Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum. Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos. Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum. Informações importantes: _______________________________________________________________________________________ DST – PAINEL MASCULINO BÁSICO, PCR (HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae) Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de lesões. Instruções para coleta: Vide em HPV. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo. Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos. Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Informações importantes: _______________________________________________________________________________________ DST – PAINEL MASCULINO INTERMEDIÁRIO (HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum) Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de lesões. Instruções para coleta: Vide em HPV. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo. Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum. Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos. Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum. Informações importantes: _______________________________________________________________________________________ ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 a 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração. Não enviar nos fins de 156 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS semanas e vésperas de feriados. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração. Método: eletroforese em acetato de celulose a pH 8,6 e gel de agarose em pH ácido. Valores de Referência: Hemoglobina A1 : 95,0 a 97,0 % Hemoglobina A2 : 1,0 a 3,5 % Hemoglobina Fetal : 1,0 a 2,0% (níveis a partir de 1 ano) Interferências: transfusões sangüíneas podem ocultar ou diminuir a concentração da hemoglobina patológica durante período que pode chegar até 120 dias. Indicações: Diagnóstico das principais Hemoglobinopatias, com aumento de HbF na Talassemia Minor, Hemoglobinopatias homozigóticas, como Talassemia Major, Anemia Falciforme HbSS, raros casos de HbCC, etc. Nos casos de persistência hereditária de HbFetal, algumas síndromes mielóides, etc. A HbA2 está geralmente elevada nos casos de Beta-Talassemia Minor e na Talassemia Major. A Hemoglobina S está presente nos casos de portadores do traço falciforme (HbAS), nos casos da doença falciforme (HbSS), nas formas mistas como HbSC, Talassemia –S, etc. Os casos mais raros são encaminhados ao Centro Nacional de Diagnóstico de Hemoglobinopatias. Informações importantes: idade, sexo, raça e quadro clínico são dados muito importantes para auxiliar no diagnóstico laboratorial. _______________________________________________________________________________________ ELETROFORESE DE LIPOPROTEÍNAS Sinônimo mais usado: Lipidograma eletroforético Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Para os pacientes com diagnóstico prévio de dislipidemia recomenda-se período de jejum não inferior a 14 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Em casos de presença de quilomícrons formará uma camada na superfície do soro, após refrigeração, o que não altera a qualidade do material para envio. Método: eletroforético Valores de Referência : Fração Alfa : 100 a 200 mg/dL Fração Pré-Beta : 80 a 100 mg/dL Fração Beta : 220 a 500 mg/dL Interferências: Elevações: Clorpromazina, Adrenalina, Estrógenos, Anticoncepcionais. Diminuições: Asparaginase, Aspirina, Colesterolamina, Clofibrato, Etanol (na cirrose) e Tiroxina. Indicações : a eletroforese de lipoproteínas é um dos principais elementos para classificação das dislipidemias para a Classificação de Fredrickson. Fenótipo I IIa IIb III IV V N= normal Lipoproteína Elevada QM LDL LDL e VLDL IDL VLDL QM e VDRL QM= quilomícrons Colesterol Sérico Na↑ Triglicérides Sérico Normal Na↑ Na↑ ∆= nível de : aterogênese Potencial Aterogênico ∆ ∆∆∆ ∆∆∆ ∆∆∆ ∆ ∆ Prevalência Rara Comum Comum Intermediária Comum Rara Elevação 157 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: idade, sexo, medicação atual, repouso antes da coleta. _______________________________________________________________________________________ ELETROFORESE DE PROTEÍNAS SÉRICAS Sinônimo mais usado: Proteinograma Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método : eletroforético Valores de Referência: Valores para adultos em g/dL: Frações Pré-albumina Albumina Alfa-1 Globulina Alfa-2 Globulina Beta-Globulina Gama-Globulina Proteínas Totais Intervalo de normalidade 0,01 – 0,04 3,50 – 5,00 0,10 – 0,50 0,40 – 0,90 0,50 – 1,20 0,70 – 1,60 6,00 – 8,00 Em % 50,0 a 65,0 1,0 a 5,7 5,8 a 11,5 8,0 a 14,7 11,8 a 20,2 OBS.: os valores infantis são liberados juntamente com os resultados de rotina. Nota: As proteínas séricas são agrupadas de acordo com o fracionamente eletroforético, como segue: Fração Pré-Albumina: pré-albumina Fração Albumina: Albumina Fração Alfa-1: Alfa-1-Antitripsina, Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Alfa-1-Lipoproteína. Fração Alfa-2: Alfa-2-Macroglobulina, Alfa-2-Haptoglobina, Hemopexina e Apolipoproteínas. Pequeno grupo de Gama-Globulina com maior carga negativa. Fração Beta: Transferrina, C3, Apolipoproteína B, pequeno grupo de Gama-Globulina com mediana carga negativa. Fração Gama: Imunoglobulinas, com maior predominância da IgG (maior carga positiva) Proteína C Reativa e Fibrinogênio (quando a coagulação for parcial). Interferências: Elevações: Albumina: quadros de desidratação. Alfa-1: fase aguda inflamatória, uso de estrogênios e gestação. Alfa-2: fase aguda inflamatória, síndrome nefrótica, hipertireoidismo e insuficiência renal crônica. Beta: A fração pode se elevar devido a aumento da transferrina e pode mimetizar um pico monoclonal. Hiperlipidemias que cursam com Colesterol elevado podem aumentar a fração Beta pela presença de Beta-Lipoproteína. Gama: Doenças autoimunes, Doenças linfoproliferativas, Doenças hepáticas (padrão policlonal) e Gamopatias (plasmocitomas), com picos monoclonais. Diminuições: Albumina: problemas de hidratação, desnutrição. Alfa-1: quadros em homozigoze para deficiência de Alfa-1-Antitripsina. Alfa-2: asparaginase. Beta: raramente apresenta-se diminuída. Gama: quadros de Hipogamaglobulinemia ou agamaglobulinemia de origem primária ou secundária. 158 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: idade, sexo, estado alimentar , quadro clínico e estado nutricional. _______________________________________________________________________________________ ELETROFORESE DE PROTEÍNAS NO LCR Sinônimo mais usado: Proteinograma do LCR Material e conservação para envio: 5 a 7 mL de LCR sob refrigeração. Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico. Coleta médica. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Não congelar. Método: eletroforese após concentração do material clínico. Valores de Referência: Proteínas totais : Lombar: ............... 15 a 45 mg/dL Cisternal: ...............15 a 25 mg/dL Ventricular:............ 5 a 15 mg/dL Eletroforese: Pré-Albumina : 0,3 a 3,1 mg/dL 3a 7% Albumina : 8,4 a 34,0 mg/dL 48 a 68 % Alfa-1 : 0,3 a 3,1 mg/dL 3a 7% Alfa-2 : 0,6 a 5,4 mg/dL 4 a 12 % Beta e Tao : 0,4 a 2,0 mg/dL 8 a 10 % Gama : 0,4 a 5,4 mg/dL 5 a 13 % Interferências: acidentes de punção. Indicações: Pré-Albumina: nem sempre presente em todas as separações, tem origem ventricular e sua diminuição pode ser um bom marcador de bloqueio da circulação liquórica. A Albumina apresenta-se aumentada nas alterações da barreira hematoencefálica. As Alfa-1 aumentam nos AVC isquêmicos. As Alfa-2 se apresentam elevadas nos processos infecciosos e nos processos tumorais, benignos ou não. As Beta-Globulinas se elevam nas doenças degenerativas do SNC. As Gama-globulinas se elevam em processos infecciosos e degenerativos do SNC. Informações importantes: local e condições de punção, idade e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ ELETROFORESE DE PROTEÍNAS URINÁRIAS Sinônimo mais usado: Proteinograma urinário Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Instruções de coleta: coletar urina de 24 horas, juntando-se todas as micções em um só frasco, que será mantido por todo o período da coleta sob refrigeração. Homogeneizar, antes de medir o volume de 24 horas e separar a alíquota. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: eletroforético após concentração do material clínico. Valores de Referência: Geralmente as urinas normais contém somente baixas concentrações de Albumina e traços de globulinas nas posições beta/gama. Com proteinúrias superiores a 300 mg/L já é possível realizar a concentração urinária. A urina concentrada pode permitir as dosagens de Imunoglobulinas (IgG,IgA,IgM), além de algumas frações alfa e beta. Com densidade urinária inferior a 1.010 pode-se ter resultados falso-negativos, principalmente em casos de eliminação de cadeias leves. Interferências: contraste radiológico, medicamentos a base de penicilinas, Hematúrias, processos infecciosos urinários. Indicações: pesquisa de gamopatias e seu acompanhamento, como Mieloma Múltiplo, Macroglobulinemia de Waldestron, Doença da cadeia pesada, Doença da Cadeia Leve, Amiloidose, Síndrome Nefrótica. 159 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: volume urinário de 24 horas. Sexo e idade do paciente. _______________________________________________________________________________________ ENOLASE NEURÔNIO ESPECÍFICA (ENS) Sinônimo mais usado: NSE. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Fluoroimunoensaio. Valores de Referência: Como marcador tumoral ...................... : < 16,3 ng/mL Como marcador de coma post-anoxia Mal prognóstico nas primeiras 72h ...... : > 33,0 ng/mL Interferências: lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise. Indicações: a Enolase é uma das 13 enzimas neuronais que agem na cadeia glicolítica intracitoplasmática , levando a formação do lactato, catalisando a transformação do 2-fosfoglicerato em fosfo-enol-piruvato, formada por dímeros das cadeias alfa, beta e gama. A sub-unidade beta é encontrada no tecido muscular esquelético e as sub-unidades alfa e gama são encontradas no tecido nervoso. As isoenzimas (formadas com sub-unidades, duas a duas) , alfa-alfa são produzidas pelas células gliais e as isoenzimas gama-gama e alfa-gama provêm das células neuronais. Como a Enolase Neurônio Específica também está presente nas células endócrinas do sistema APUD (Amine Precursor Uptake and Decarboxylation), tumores destes tipos celulares, nos insulinomas, tumores carcinóides intestinais, feocromocitomas, neuroblastomas, carcinomas de pequenas células pulmonares e carcinomas medulares da tireióide, produzem altos níveis desta proteína. No câncer brônquico de pequenas células, os níveis do NSE são muito mais elevados que nos demais carcinomas brônquicos. Há uma relação direta entre os níveis da enzima sérica e a quantidade de metástases. A elevação dos seus níveis durante a quimioterapia é sinal que o processo está produzindo lise celular e que está sendo efetivo para o tratamento daquele tumor. Informações importantes: quadro clínico, hipóteses diagnósticas e tratamento atual. _______________________________________________________________________________________ ENTEROVÍRUS – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: PCR para ECHO virus, Coxsakievirus e Poliovirus Material e conservação para envio: Swab de orofaringe; Swab retal; em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C. 1ml de Líquor; 1ml soro; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Diagnóstico diferencial. O enterovirus (EnV) humano é adquirido através de transmissão fecal-oral e, de forma menos comum pela via respiratória. Esses vírus são responsáveis por uma variedade de manifestações clínicas, afetando diversos órgãos do corpo. Uma vez presente, as manifestações clínicas, variam desde doença febril indiferenciada até paralisias graves e permanentes, algumas vezes fatais. A maior parte das infecções por EnV são assintomáticas. Dentre as síndromes clínicas causadas por EnV destacam-se aquelas que 160 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS afetam o sistema nervoso central, pulmões e coração. Síndromes como poliomielite, meningite, conjuntivite e doenças respiratórias, gastrointestinais e ulcerações de mão, pé e boca são as mais frequentemente associadas aos EnVs. O diagnóstico laboratorial considerado padrão ouro é o isolamento viral, contudo demanda tempo (3 a 10 dias) e tem uma sensibilidade de 65 a 75%. A técnica de PCR é rápida, sensível e específica, otimizando assim o diagnóstico em pacientes com complicações. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (ECA) Sinônimo mais usado: ECA Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade para coleta: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Método: Enzimático automatizado. Valores de Referência: Adultos................. : 35,0 a 90,0 U/L 6 meses a 17 anos..: 3,0 a 100,0 U/L (a unidade é convenção do fabricante dos reagentes, portanto, o Laboratório deve levantar os seus próprios valores referenciais que podem depender da população atendida). Interferências: além das interferências analíticas, como hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia, algumas alterações patológicas podem interferir nos resultados, como : asbestose, diabetes com complicações microangiopáticas retinianas, doença de Gaucher, hanseníase, tuberculose crônica, pneumopatias imunoalérgicas e silicoses. Indicações: a ECA converte a Angiotensina I em Angiotensina II. A ECA está especialmente elevada nos casos de Sarcoidose, Psoríase e Hipertireoidismo, havendo relação direta entre níveis e severidade da patologia. As demais alterações patológicas que podem alterar a ECA tem níveis não tão elevados. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ EOSINÓFILOS – PESQUISA EM MUCO NASAL – Ver Citograma Nasal _______________________________________________________________________________________ EPSTEIN BARR VÍRUS – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: pesquisa do DNA do Epstein Barr vírus Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, swab orofaringe, 2 mL de líquor, coletado pelo(a) médico(a)-assistente. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima coleta. LCR: não necessita de jejum e não tem momento crítico para coleta. Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), líquor (1 mês congelado). Método: PCR qualitativo. Valores de Referência: Negativo Interferências: não há referências. Indicações: confirmação da presença viral, em casos sorológicos e reações imunológicas inconclusivas, no LCR, para o diagnóstico da mononucleose infecciosa. Pode ser utilizado em casos indeterminados de Síndrome da Mononucleose símile. O EBV pode ser encontrado em baixos níveis em portadores sãos do vírus. 161 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ EPSTEIN BARR VÍRUS – SOROLOGIA IgG E IgM Sinônimo mais usado: EBV-G ou EBV-M Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Razão > = 1,1 ......... : Reagente Razão < 0,9 ......... : Não Reagente Razão 0,9 a 1,1........: Indeterminado Interferências: hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: diagnóstico e seguimento da Mononucleose infecciosa. Informações importantes: quadro clínico. Nota: Razão = CPS amostra ÷ CPS Cut-off Os resultados indeterminados devem ser confirmados com novo exame 15 dias após esta data. _______________________________________________________________________________________ ERITROPOIETINA Sinônimo mais usado: EPO Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, entre às 7:00 e 12:00 horas, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Quando a indicação é para controle terapêutico, a coleta deve preferencialmente ser realizada ser imediatamente antes da próxima dose. Anotar a quantidade terapêutica, o horário da última dose. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio Valores de Referência : 2,6 a 18,5 mUI/mL. Interferências: Hemólise, Lipemia e Hiperbilirrubinemia. Indicações: A Eritropoetina é um importante fator de crescimento que atua na produção e controle da produção dos glóbulos vermelhos. A produção da eritropoetina ocorre no terceiro trimestre da gravidez, após um período inicial no fígado. Sua função inclui o recrutamento de células eritróides, sobrevivência e sua diferenciação. Em 1985 o gene da EPO foi seqüenciado passando a ser produzido em escala comercial, por DNA recombinante, propiciando a sua utilização terapêutica e desenvolvendo métodos de dosagem. A principal indicação, hoje, para a determinação da EPO, é o seu controle terapêutico, porém, é longa a lista de variações patológicas que podem ser avaliadas por sua dosagem sérica: Elevações: nas anemias, nas hemoglobinopatias, como na anemia falciforme, talassemia, etc, anemias hemolíticas transfusionais, anemias por doenças crônicas, anemias por insuficiência renal crônica, em anemais por doenças auto-imunes, anemias por doenças inflamatórias, anemias mielodisplásicas, doenças cardíacas cianóticas, shunts artério-venosos, doenças hipoxêmicas, principalmente as pulmonares, síndrome de Cushing, cistos renais, feocromocitomas, hepatomas, 162 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS leiomiomas, adenocarcinomas renais, hemangioblatomas centrais, flebotomias, uso de anabolizantes, etc. Diminuições: poliglobulias, alguns cânceres do pulmão, seios, ovário, tubo digestivo, transfusoes de sangue e estrogenioterapias. A diminuição da produção da EPO, principalmente na IRC propicia uma terapêutica com a EPO recombinante. Informações importantes: medicação atual, horário e dose da medicação, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ EЯЯOS INATOS DO METABOLISMO – TESTE DE TRIAGEM Sinônimo mais usado: Triagem para Erros Inatos Material e conservação para envio: 20 mL de urina coletada ao acaso, sem horário crítico para a coleta, sob refrigeração. Instruções para coleta: vide item acima. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Análises químicas e microscópicas diversas. Valores de Referência: Pesquisas negativas, dos testes realizados. Interferências: presença de corpos cetônicos, glicosúria, proteinúria intensa, uso de analgésicos (principalmente Ácido Acetilsalicílico), uso de ácido ascórbico, antibióticos como ampicilina, cloranfenicol e tetraciclina, sulfonamídicos, bilirrubinúria, salicilatos, fenotiazinas, e alimentação rica em proteínas em dias imediatamente antes do teste. Indicações: a) Alterações hereditárias do metabolismo dos hidratos de carbono, como substâncias redutoras, pesquisa de Sacarose, pesquisa de Lactose, pesquisa de Galactose, pesquisa de Frutose e pesquisa de Glicose. A glicosúria mais frequentemente na diabetes, Síndrome de Fanconi, Síndrome de Lowe e Doença de Wilson. A Lactosúria aparece nos quadros de deficiências de lactase. A Frutosúria ocorre nos quadros de Frutosemia, intolerância hereditária à frutose, frutosúria essencial e intolerância transitória à Frutose. A Galactosúria ocorre na Galactosemia Hereditária e nas variantes conhecidas. b) Pesquisa de aminoacidúrias pela reação direta com Ninhidrina: pesquisa de aminoácidos totais, Fenilcetonúria, Homocistinúria, Tirosinose, Alfa-cetoácidos (Maple Syrup Disease), etc, com confirmação em cromatografia qualitativa em camada delgada. c) Teste da Dinitrofenilhidrazina (DNFH): positiva nos casos de alfa-cetoácidos, principalmente nos casos de Maple Syrup Disease (reações mais fortes, com precipitado avermelhado na reação). Provas positivas, mais fracas podem ocorrer em outras aminoacidúrias, como na Fenilcetonúria, Histidinemia, Tirosinose e em várias quadros de acidose. d) Reação do Cianeto de Potássio – Nitroprussiato de Potássio: Positiva nos casos de Cistinúria e Homocistinúria. Pode se positivar na presença de outros aminoácidos sulfurados, e devem ser confirmados com Cromatografia Qualitativa de Aminoácidos, em Camada Delgada. e) Reação da para-Nitroanilina: positiva na presença de Ácido Metilmalônico na urina, nos quadros de Acidúria Metilmalônica. f) Reação do Nitrosonaftol: positiva na presença de tirosinúria. Pode ser positiva na Frutosúria, Galactosúria e com bilirrubinúria acentuada. g) Reação do Brometo de Cetiltrimetilamônio (CTBA): positivas nas Mucopolissacaridoses. Todas as patologias com eliminação pela urina de ácido condroitin-sulfato e correlatos, podem positivar este teste, como nas carcinomatoses, Síndrome de Marfan, etc. h) Teste do Azul de Toluidina: teste complementar para as pesquisas de Mucopolissacaridoses. 163 GRUPO SÃO CAMILO i) Reação de Erlich para detecção de urobilinogênio e porfobilinogênio. j) Reação do Cloreto Férrico: para detecção de Fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, que devem ser confirmados pela cromatografia qualitativa de aminoácidos. Informações importantes: idade correta dos pacientes, medicação atual, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ ESCHERICHIA COLI – DETEC. E GENOT. (Epec, Stec, Etec, Eac e Eiec) BIOMOL SC Sinônimo mais usado: n.a Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Fezes em coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para coleta ao laboratório. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C. Método: PCR Multiplex Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Quando houver suspeita de toxicação alimentar, apendicite, septicemia. E. coli é a bactéria simbionte mais comum do homem, fazendo parte da microbiota normal no intestino. A doença é devida à disseminação, em outros órgãos, das estirpes intestinais normais, ou nos casos de enterite ou meningite neonatal à invasão do lúmen intestinal por estirpes diferentes daquelas normais no indivíduo. A maioria das doenças é devido a E. coli vindas de indivíduos diferentes e portanto, de estirpe diferente, não reconhecida pelos linfócitos. As intoxicações alimentares em particular são quase sempre devidas a bactérias de estirpes radicalmente diferentes. E. coli pode ser tipificada em EPEC, STEC, ETEC, EAEC e EIEC. O diagnóstico pode ser realizado por cultura de amostras dos líquidos infectados e observação microscópica com análises bioquímicas. O diagnóstico molecular por PCR demonstra ser altamente sensível, específico e rápido para a tipificação de E. coli. - EPEC (E.coli Enteropatogênica): causa diarréias não sanguinolentas epidêmicas em crianças, especialmente em países pobres. Têm um fator de adesão aos enterócitos e produzem enterotoxinas, resultando em destruição dos vilos do intestino delgado, com má absorção dos nutrientes e conseqüente diarréia osmótica. Há também febre, náuseas e vômitos. - STEC (E.coli produtora de toxina Shiga): é um tipo entero-hemorrágica podendo causar doenças que variam de dores intestinais leves a doenças renais graves. Os sintomas típicos incluem cólicas abdominais graves, início súbito de diarréia aquosa, freqüentemente com sangue, e às vezes vômito e febre baixa. Complicações mais graves, tais como colite hemorrágica, síndrome urêmica hemolítica (HUS), ou púrpura trombocitopênica trombótica (TTP) pode ocorrer em até 10% dos casos. - ETEC (E.coli Enterotoxinogênica): é a causadora mais comum de diarréia do turista, sendo ingerida em grandes números em comida mal cozida ou água contaminada com detritos fecais. Infecta principalmente o intestino delgado. Sintomas adicionais são dores violentas abdominais, vômitos, náuseas e febre baixa. Produzem enterotoxinas semelhantes à toxina da cólera, com atividade de adenilato ciclase. O aumento do GMPc (um mediador) dentro do enterócito causa aumento da secreção de eletrólitos, como cloro e sódio, para o lúmen intestinal, seguidos de água por osmose. O resultado é diarréia profusa aquosa, tipo água de arroz, sem sangue. A doença é perigosa para crianças pequenas devido à desidratação. - EAEC (E.coli Enteroagregativa): apresenta fímbrias, produz toxinas semelhantes às da ETEC, resultando em diarréia aquosa ou hemorrágica persistente em crianças. As bactérias têm aparência característica, aglutinando-se umas às outras em "muros de tijolos". 164 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS - EIEC (E.coli Enteroinvasiva): é invasiva e destrutiva da mucosa intestinal, causando úlceras e inflamação. O resultado é diarréia aquosa inicial seguida em alguns doentes de diarréia com sangue e muco, semelhante à da disenteria bacteriana. Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ ESCHERICHIA COLI – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Colibacilose Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Fezes em coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para coleta ao laboratório. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Quando houver suspeita de toxicação alimentar, apendicite, septicemia. E. coli é a bactéria simbionte mais comum do homem, fazendo parte da microbiota normal no intestino. A doença é devida à disseminação, em outros órgãos, das estirpes intestinais normais, ou nos casos de enterite ou meningite neonatal à invasão do lúmen intestinal por estirpes diferentes daquelas normais no indivíduo. A maioria das doenças é devido a E. coli vindas de indivíduos diferentes e portanto, de estirpe diferente, não reconhecida pelos linfócitos. As intoxicações alimentares em particular são quase sempre devidas a bactérias de estirpes radicalmente diferentes. O diagnóstico pode ser realizado por cultura de amostras dos líquidos infectados e observação microscópica com análises bioquímicas. O diagnóstico molecular por PCR demonstra ser altamente sensível, específico e rápido para a identificação e tipificação de E. coli (Ver Detecção e Genotipagem de Escherichia coli). Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ ESPERMOGRAMA Sinônimo mais usado: Análise do líquido seminal. Material e conservação para envio: esperma coletado a menos de 60 minutos. Conservar a temperatura ambiente, evitando baixas e altas temperaturas. Proteger da luz direta. COMO PODE-SE CONCLUIR ESTE MATERIAL NÃO PODE SER ENVIADO PARA ESPERMOGRAMA, SE O TRANSPORTE DEMORAR MAIS QUE UMA HORA. ASSIM O LABORATÓRIO SÃO CAMILO DISPONIBILIZA ESTÁGIOS PARA LABORATÓRIOS APOIADOS. Instruções para coleta: paciente deve estar entre 3 a 5 dias de abstinência sexual, e a coleta deverá ser preferencialmente feita no Laboratório, em frasco próprio, que não iniba a motilidade dos espermatozóides. A coleta é realizada por automasturbação solitária e o paciente deve ser orientado a não utilizar nenhum tipo de lubrificante (incluindo saliva). Ao laboratório cabe disponibilizar períodos para coleta do material, por exemplo, das 7:00 às 11:00 horas, para que seja factível a realização de todos os testes, sem solução de continuidade, devido ao grande número de provas e curto período para as realizar, após a liquefação. Estabilidade da amostra: todos os testes devem ser realizados logo após a liquefação total do material e devem estar prontos em até 3 horas após o término do período de liquefação. Manter o material a 32 °C desde a sua coleta. 165 GRUPO SÃO CAMILO Método: Análises Físico-Químicas, análises citológicas, fornecendo o número de espermatozóides, número de formas vivas, motilidade (tipo a, tipo b, tipo c e tipo d), morfologia normal, concentração total de espermatozóides funcionais, índice de motilidade e análises microscópica, incluindo contagens de hemácias , leucócitos, pesquisas de Macrófagos, formas jovens, pesquisa e aglutinação e Teste Hiposmótico. Valores de Referência: Classificação dos espermas e valores referenciais segundo a O.M.S. (5ª Edição - 2010): Notações: Normozoospermia : 15 milhões de espermatozóides/mL. Oligozoospermia : < 15 milhões de espermatozóides/mL Oligozoospermia leve : 10 a 14 milhões de espermatozóides/mL Oligozoospermia moderada : 5 a 9 milhões de espermatozóides/mL Oligozoospermia acentuada : < 5 milhões de espermatozóides/mL Criptozoospermia : < 1 milhão de espermatozóides no ejaculado Astenozoospermia : < 32% de somatória de espermatozóides com progressão a + b Teratozoospermia : < 50% de espermatozóides com morfologia normal e clássica Oligoastenoteratozoospermia : Significa distúrbio nas três variáveis (combinações de apenas dois prefixos podem ser utilizados). Azoospermia : Ausência de espermatozóides no ejaculado (em pelo menos 2 análises realizadas no espaço mínimo de 7 dias e máximo de 3 semanas). Azoocitospermia : Ausência de qualquer tipo de células germinativas no sedimento do ejaculado . Polizoospermia : > 250 milhões de espermatozóides/ mL. Aspermia : Ausência de ejaculado. Hiperzoocitospermia : > 3 milhões de formas jovens por mL. Hipospermia : volume ejaculado < 1,5 mL Hiperespemia : volume ejaculado > 8,0 mL Globozoospermia : Tipo morfológico predominante (> 50%) com cabeças redondas. Leucospermia : > 1.000.000 de leucócitos/mL Hematospermia : > 1.000.000 de hemácias/mL. Liquefação primária : Ausência de coagulação do esperma após ejaculação. Liquefação secundária : Liquefação normal após período normal de coagulação, após a ejaculação. Valores referenciais (mais baixo limite referencial – 95% de intervalo de confiança): Volume : 1,5 mL (1,4 – 1,7 mL) pH : 7,2 (acima de 8,0 pode ser prejudicial ao semen) Concentração de espermatozs : 15.000.000/mL (12 – 16 x106/mL) Motilidade Total (Progressiva e Não Progressiva) : 40% (38 – 42) Motilidade Progressiva : 32% (31 – 34) motilidade a + b. Morfologia clássica : 30% de espermatozóides com formas normais. Morfologia estrita (Kruger) (*) : 4% de formas com morfologia estrita normal. (*) alguns pesquisadores têm alertado para a importância de se descriminar todos os tipos de anormalidades dos espermatozóides na morfologia estrita, pois a presença de formas como bicefálicos, bicaudais, triplóides, etc, podem estar relacionados à gestações com alterações cromossômicas como trissomias, anencefalias , etc. Vitalidade Leucócitos Hemácias Teste hiposmótico 166 VI : : : : > 58% (55 – 63) < 1.000.000/mL. < 1.000.000/mL > 60 % de formas edemaciadas: normal MANUAL DE PROCEDIMENTOS Índice de degradação do DNA: Tempo de Redução do azul de metileno Penetração espermática (2 horas a 35°C) (todos os meios tem vitamina E como suplemento. MAR-Test Frutose Ácido Cítrico Alfa-glucosidase neutra Zinco 50 a 60% de formas edemaciadas: Intermediário < 50% de formas edemaciadas: anormal ou negativo até 30% de espermatozóides com DNA degradado (método fluorescente pela Alaranjado de Acridina) : : : : 45 minutos (para a redução do Azul de Metileno) Em Ringer Frutose: >500.000 espermatozóides/mL Em meio de Ham F-10 : > 550.000/ mL Em Ham F-10+Frutose+Pentoxifilina:> 660.000/mL : : : : : < 50% de formas com partículas aderentes. 1,5 a 3,5 mg/mL (ou 13μ mol/ejaculado) 3,5 a 6,8 mg/mL. 20 mU/ejaculado 2,4μ mol/ejaculado) Interferências: Período insuficiente ou excessivo de abstinência. Perda de material durante a coleta. Temperaturas altas ou baixas durante o transporte do material até o laboratório, nos casos de coleta em domicílio. Utilização de frasco de coleta com potencial inibidor da motilidade. Exposição do material clínico à luz solar direta. Medicamentos (listagem dos mais comuns): - Medicamentos que aumentam as contagens de espermatozóides ¨in vivo¨: Clomifeno e Tamoxifeno - Medicamentos que não aumentam as contagens de espermatozóides ¨in vivo¨: Mezalazina, Naproxeno, Pentoxifilina, Ranitidina. - Medicamentos que diminuem as contagens dos espermatozóides¨in vivo¨: Acetato de Leuprolida, Acetato de Megestrol, Azatioprina, Bicalutamida, Bissulfano, Captopril, Cetoconazol, Cimetidina, Ciproterona, Clorambucil, Cloridrato de Procarbazina, Colchicina, Danazol, 17- Decanoato de Nandrolona, Decanoato de Testosterona, Democlociclina, Espirolactona, Estrógenos, Etanol, Finasterida, Fluconazol, Fluoxymesterona, Flutamida, Goserelina, Gossypol, Griseofulvina, Haloperidol, Itraconazol, Menotrofina, Metiltestosterona, Metrotexato, Mezalazina, Nitrofurantoina, Pimozida, Pirimetamina, Reserpina, Ribavirina, Ritornavir, Tabaco, Trimetoprina, Undecanoato de Testeosterona. - Medicamentos que aumentam a motilidade dos espermatozóides¨in vivo¨: Pentoxifilina, Tamoxifeno. - Medicamentos que diminuem a motilidade dos espermatozóides¨in vivo¨: Acetato de megestrol, Acetato de leuprolida, Ácido Valpróico, Fenitoína, Gossypol, Griseofulvina, Haloperidol, Reserpina, Tabaco e Trimetoprina. - Medicamentos que diminuem a motilidade dos espermatozóides ¨in vitro¨: drogas ilegais, Gossipol. - Medicamentos que aumentam a motilidade dos espermatozóides ¨in vitro¨: Pentoxifilina. Jejum: quando há solicitação da dosagem de Frutose espermática há necessidade do paciente estar em jejum alimentar de 8 horas. Evitar excesso de frutas cítricas se houver solicitação da dosagem de Ácido Cítrico no esperma. Com o desenvolvimento excepcional dos exames de ultrassonografia, a dosagem de alguns ”Marcadores Espermáticos” caíram em desuso. Indicações : avaliação dos estados de fertilidade masculina. Informações importantes: medicação atual e pregressa, profissão e local de trabalho, tempo de abstinência, resultados anteriores, cirurgias urológicas 167 GRUPO SÃO CAMILO ESTANHO URINÁRIO Sinônimo mais usado: SN Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar urina em sanitário afastado do local de trabalho. Horário e dia de coleta não são críticos. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica. Valores de Referência: até 16,6 µg/L (Cassarett e Doull – 2001) IBMP: nada consta. Interferências: coleta em local de trabalho e tempo de conservação maior que o preconizado. Indicações: controle de colaboradores em contato com estanho. Informações importantes: local e tempo de trabalho em contato com o estanho. _______________________________________________________________________________________ ESTEATÓCRITO Sinônimo mais usado: micrométodo para gorduras nas fezes Material e conservação para envio: 2 gramas de fezes recentes sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar em frasco limpo e seco, fornecido pelo Laboratório São Camilo, fezes ao acaso, estando o paciente submetido a sua dieta habitual. Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração Método: micrométodo segundo Phuapardit modificado por Tran et al. Valores de Referência: primeira semana de vida : até 25% 1 a 4 semanas : até 13% 1 a 3 meses : até 7% Acima de 3 meses : até 2% Adultos : até 2% Interferências: fezes contaminadas com urina, sangue, uso de medicamentos que alterem o trânsito intestinal. Indicações: A avaliação da esteatorréia é clinicamente útil em pacientes com fibrose cística e com outras síndromes de malabsorção intestinal, que pode compremeter seu estado nutricional devido à insuficiente produção de lipase pancreática, principalmente. O método apresenta vantagens em relação aos métodos de Van Kramer, por acidificar as amostras obtendo-se técnica de maior sensibilidade. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ ESTRADIOL Sinônimo mais usado : E2 Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. As mulheres em idade que tem ciclo menstrual devem, preferencialmente coletar entre o 13° e 15° dias do ciclo, salvo outra orientação médica, conforme o quadro clínico. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência. 168 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: intervalo de confiança de 97,5% Valores Pediátricos (pg/mL): Feminino: RN ...................................................... até 10 anos........................................... 11 a 14 anos......................................... Fase Folicular (-12 a -4 dias) .............. Meio do ciclo (-3 a +2 dias) ................ Fase Lútea (+4 a +12 dias) ................. Pós menopausa ................................... : : : : : : : 0 a 36 pg/mL 0 a 46 pg/mL 0 a 136 pg/mL 19,5 a 144,2 pg/mL 63,9 a 356,7 pg/mL 55,8 a 214,2 pg/mL 0 a 32,2 pg/mL Masculino: até 14 anos ........................................... : 0 a 24 pg/mL 15 a 19 anos ........................................ : 0 a 29 pg/mL > 20 anos ............................................ : 0 a 39,8 pg/mL Estradiol Biodisponível: (pg/mL): Homens: Mulheres: - Fase folicular - Meio de ciclo - Fase luteínica - Pós-menopausa 3,8 – 30,0 7,0 – 47,0 35,0 – 118,0 8,2 – 52,0 0,0 – 6,0 Interferências: Elevações: Fatores externos: contracepção, tratamentos substitutivos, uso de indutores da ovulação. Fatores orgânicos: Gravidez, Tumores secretores de estradiol, que podem ser Adrenais, Ovarianos ou Testiculares, Puberdade precoce e ginecomastia. Diminuições: Insuficiência ovariana, ciclos curtos devido a diminuição da fase lútea, amenorréia primária ou secundária, Tumores da hipófise, Síndrome de Stein-Leventhal e anorexia nervosa. Indicações: vide interferências. Nos casos de insuficiência ovariana pode-se utilizar da associação da dosagem do Estradiol, com as dosagens do FSH e mesmo do teste da Gonadorolina (LHRH) : FSH elevado: pode ocorrer em Amenorréia primária por disgenesia ovariana. Amenorréia secundária ou adquirida, como na menopausa, normal ou precoce, castração ou radioterapia, etc. FSH Normal: craniofaringioma, fim de tratamento com estrógenos e progestágenos, amenorréia psicogênica, anorexia nervosa (geralmente com aumento da Prolactina), Síndrome de Morsier, etc. FSH baixo: hipopituitarismo. Informações importantes: medicação atual, cirurgias, data da última menstruação, menopausa e idade. _______________________________________________________________________________________ ESTRIOL LIVRE Sinônimo mais usado: E3-livre Material e conservação para envio: 2 ml sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Em mulheres não grávidas os níveis podem não ser detectados pelos métodos usuais. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. 169 GRUPO SÃO CAMILO Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Homens (adultos) . . . . . . . . . . . : < 0,2 ng/mL Mulheres (adultas) . . . . . . . . . . : < 0,2 ng/mL Mulheres Grávidas: 06 a 10 semanas : 0,0 a 1,6 ng/mL 11 semanas . . . . : 0,1 a 2,8 ng/mL 14 semanas . . . . : 0,2 a 3,0 ng/mL 15 semanas . . . . : 0,2 a 3,5 ng/mL 16 semanas . . . . : 0,3 a 4,2 ng/mL 17 semanas . . . . : 0,4 a 5,2 ng/mL 18 semanas . . . . : 0,4 a 5,8 ng/mL 19 semanas . . . . : 0,4 a 6,2 ng/mL 20 semanas . . . . : 0,4 a 6,8 ng/mL 22 semanas . . . . : 0,4 a 9,1 ng/mL 24 semanas . . . . : 0,4 a 9,1 ng/mL 26 semanas . . . . . . 28 semanas . . . . . . 30 semanas . . . . . . 32 semanas . . . . . . 34 semanas . . . . . . 36 semanas . . . . . . 37 semanas . . . . . . 38 semanas . . . . . . 39 semanas . . . . . . 40 semanas . . . . . . 41 semanas . . . . . . : : : : : : : : : : : 1,9 a 9,5 ng/mL 1,9 a 9,5 ng/mL 2,0 a 10,8 ng/mL 2,5 a 11,3 ng/mL 2,2 a 12,7 ng/mL 2,5 a 25,0 ng/mL 3,6 a 25,3 ng/mL 6,6 a 29,7 ng/mL 6,7 a 25,3 ng/mL 7,2 a 22,9 ng/mL 8,8 a 31,5 ng/mL Interferências: Durante a gestação, diabetes, hipertensão, tabagismo, etilismo e obesidade podem diminuir os níveis de estriol livre. As gestantes podem apresentar baixos níveis de estrio livre com fetos pequenos, em alterações cromossômics, como na Síndrome de Down e outras trissomias, na Mola Hidatiforme, anencefalia e perda fetal. Medicamentos como corticoides, diuréticos, penicilina e derivados e estrógenos podem tambem diminuir os níveis de Estriol. A gemelaridade e o uso de ocitocina podem elevar os seus níveis. Nas doenças renais e nas alterações do perfil protéico sérico, o estriol total pode sofrer alterações, preferindo-se, atualmente, a dosagem do estriol livre. Indicações : O estriol é o resultado da hidroxilação do estradiol e estrona. É o principal catabólito dos estrógenos urinários. Durante a gestação há um aumento da síntese do estriol, pela unidade feto-placentária, através da ação da 6-alfa Hidroxilase, sobre o Sulfato de Dehidroepiandrosterona, no fígado fetal, sendo a sua atividade estrogênica 100% mais fraca que o estradiol. Compete com os receptores do estradiol, agindo como um antiestrogênio. Assim, há uma correlação estreita entre os valores gestacionais do estriol livre e a vitalidade fetal, assim como o peso no nascimento e o tamanho placentário. Uma queda nos níveis do Estriol Livre pode ser uma indicação de indução do parto ou senescência placentária. Análises seriadas do estriol ajudam no seguimento gestacional. Informações importantes: A paciente deve informar sobre tabagismo, semanas de gestação, medicação atual, etilismo, uso de medicamentos, uso de drogas, etc. _______________________________________________________________________________________ ESTRONA Sinônimo mais usado: E1 Material e conservação para envio: 2mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Mulheres não grávidas, com ciclo menstrual, devem coletar entre o 13° e 15◦ dias do ciclo, ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelação ou 2 meses sob congelamento. Método: Radioimunoensaio. 170 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: (em pg/mL) Mulheres: 1◦ trimestre de gestação : 61,7 a 715,4 2◦ trimestre de gestação : 166,8 a 1861,0 3◦ trimestre de gestação : 1040,0 a 3209,0 Pós-menopausa com TRH : 40,0 a 346,0 Pós-menopausa sem TRH : 14,1 a 102,0 Fase folicular : 15,0 a 100,0 Fase lútea : 15,0 a 130,0 Menopausa : 15,0 a 65,0 Pré-Puberal : até 25,0 Homens Adultos Pré-Puberal : : 30,0 a 55,0 até 25,0 Interferências : medicação estrogênica ou anti-estrogênica, tumores ou hiperplasia adrenal. Indicações: Na mulher aproximadamente 30% da estrona é produzida pela conversão do estradiol e da delta-4androstenediona e 70% são produzidos pelos ovários. Na menopausa, com o fim da atividade ovariana, toda estrona circulante provém da conversão da delta-4-androstenediona. A sua potência estrogênica é muito inferior ao do Estradiol. A estrona praticamente não sofre alterações com o ciclo menstrual, mas apresenta um ciclo diurno devido à ativação adrenal. Sua eliminação é rápida, pois não se liga ao SHBG. Serve como indicador da maturação adrenal na puberdade. Uma das principais indicações para a dosagem da Estrona são os casos suspeitos de hiperplasia congênita virilizante ou tumores de produção independente, das supra-renais, que apresentam elevados níveis de Estrona. Informações importantes: idade, sexo, medicação atual, semanas de gestação. _______________________________________________________________________________________ EXAME A FRESCO Sinônimo mais usado: Material e conservação para o envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo (ed.2008). Instruções para coleta: vide item acima. Estabilidade da amostra: vide item acima. Método: o Laboratório São Camilo utiliza na observação em lâmina/lamínula, solução salina estéril, coloração de Steinheimer-Malbin, Fenol-azul algodão ou tinta Nanquin, conforme o objetivo do exame a fresco, como para observações bacteriológicas, citológicas ou micológicas. As observações são realizadas em Microscopia óptica comum ou em Microscopia de fase, ou campo escuro (para pesquisa de espiroquetídeos, como treponemas ou leptospiras). Valores de Referência: negativo para agentes patológicos. Interferências: local da coleta, quantidade significativa de material, conservação pré-analítica, medicação anterior ou atual, fase menstrual, etc. Indicações: muitos diagnósticos são fechados por exames a fresco, como pesquisa positiva de treponemas em lesões genitais, ou leptospiras em urina de pacientes com quadro clínico sugestivo, ou presença de leveduras ou agentes da vaginites bacterianas, ou ainda presença de Criptococos no sedimento de LCR com contraste com tinta Nanquim. Algumas micoses subcutâneas e mesmo profundas podem ser diagnosticadas com exames a fresco, como a presença de Paracoccidioides brasiliensis em escarro ou lesões mucosas. 171 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: local correto da coleta, informações sobre a lesão, ou lesões, medicação atual ou pregressa, sexo, tempo de doença, etc. _______________________________________________________________________________________ EXAME DE URINA- ROTINA Sinônimo mais usado: Urina I, Parcial de urina Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. 2ª Edição. Instruções para coleta: são várias as opções de materiais para este exame, desde amostra recente ao acaso ou aleatória, principalmente nos casos infantis ou urgências, ou primeira urina da manhã ( jato médio) ou ainda segunda urina da manhã. - Para amostras ao acaso ou aleatórias, segue as normas pré-analíticas da ABNT CB-36, geralmente para casos agudos, mas pode oferecer resultados falsos-positivos ou negativos. - Primeira urina da manhã: atualmente alguns clínicos referem-se a primeira micção após repouso no leito, pois está aumentando o número de profissionais que trabalham a noite. É necessária uma retenção urinária mínima de 4 horas. Apresenta uma maior concentração dos elementos usuais da urina, e o número de bactérias é mais significativo nestes materiais. É o material de escolha para pacientes hospitalizados. Como o número de enterobactérias que possam estar colonizando uma urina dobra a cada 20 minutos, a entrega deste material coletado em casa deve ser o mais breve possível. Com a colocação de 500 mg de Ácido Bórico estéril para cada 50 mL de urina emitida, o número bacteriano permanece o mesmo, e o material pode ser entregue, ao laboratório, até um período de 24 horas após a micção. Melhor ainda é utilizar lâmino-cultivo e enviar a temperatura ambiente (solicitar o Lâmino-Cultivo). - Segunda micção após repouso no leito: o período de retenção urinária deve variar de 2 a 4 horas após a primeira micção, após período de repouso. É o material mais indicado para pacientes atendidos em regime de ambulatório. Para se evitar interferências pré-analíticas, algumas instruções devem ser seguidas: a) manutenção do jejum b) hidratação controlada em até 200 mL de água após a primeira coleta. c) manter o paciente sentado ou deitado para se evitar resultados falso-positivos para proteinúria (por esforço físico). Em qualquer tipo de coleta utilizar sempre o jato médio. Instruir o paciente para eliminar aproximadamente metade da urina retida na bexiga, e coletar por volta de 50 mL de urina, e desprezar o restante da micção. Lavar bem as mãos com sabonete e seca-las com papel toalha absorvente, ou toalha limpa. Os genitais devem ser lavados com água e sabonete, e enxutos com papel absorvente ou toalha limpa. Os homens devem retrair bem o prepúcio durante a higiene e a coleta. As mulheres devem abrir bem os lábios vaginais, para que a micção possa sair em jato. Nota: as mulheres que estiverem menstruadas ou que apresentarem corrimento vaginal, deverão colocar um absorvente interno (tipo OB, Tampax, etc.) aguardar 10 minutos antes de proceder a higiene dos genitais para posterior coleta. Não deixar de retirar o absorvente interno logo após a coleta. Estabilidade da amostra: vide instruções para coleta e o Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Método: Físico-químico, automatizado e Microscópico em câmaras de Neubauer. Valores de Referência: Caracteres Adultos Crianças Cor : amarelo-citrina amarelo-palha a amarelo-citrina Aspecto : límpida límpida Densidade : 1016 a 1025 1001 a 1030 172 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS pH Pesquisa de Nitritos Proteínas Corpos cetônicos Urobilinogênio Bilirrubinas Hemoglobina Vitamina C : 4,5 a 8,0 : Negativa : < a 30 mg/L : < 490 mg/L(*) : < 50 mg/L(*) : < 80 mg/L(*) : Ausentes : Ausentes : inferior a 1 mg/dL : Ausentes : Ausente : Ausente 4,5 a 7,5 Negativa R.N Primeiros dias R.N ( 15 dias) Até 16 anos Glicose Ausentes Ausentes Inferior a 1 mg/dL Ausentes Ausente Ausente (**) (*) = No R.N de poucos dias a relação Albumina/Globulina atinge valores de 1/3 ; Após os 15 dias de vida esta relação passa a ser de 1/10. (**) = A vitamina C, assim como tetraciclina ou Ácido Homogentísico podem produzir resultados falso-positivos. Nestes casos a suspensão da medicação pode definir o diagnóstico, e a pesquisa de Ácido Homogentísico também define o diagnóstico. Valores de Referência para Sedimento Urinário: Eritrócitos : < 10.000/mL ( geralmente íntegros) Leucócitos : < 10.000/mL ( geralmente íntegros) Células descamativas : raras Filamentos de muco : raros Cilindros (Hialinos) : < 110/mL Bactérias : ausentes Indicações: Cor: a urina tem uma variação normal que vai do amarelo palha ao amarelo-citrina. As variações mais comuns são: Incolor: geralmente por urina de baixa densidade, por polidipsia ou poliúria, comuns no diabetes. Leitosa: presença de grande quantidade de cristais de fosfatos na urina alcalina, quilúria, devido à obstrução do sistema linfático. Verde-azulada: presença de biliverdina ou cor medicamentosa. Amarelo-avermelhado: medicamentosa, principalmente por Complexo B e outros medicamentos. Amarelo-ouro: alta densidade ou cor medicamentosa. Amarelo-esverdeada: bilirrubinas Âmbar: altas concentrações de bilirrubinas. Densidade: varia de acordo com o estado de hidratação e capacidade de concentração renal. Os limites fisiológicos ficam entre 1.005 e 1.040. Acima de 1.020 a capacidade de concentração renal está preservada. A presença de altos níveis de corpos cetônicos pode interferir na reação de cor da área da densidade em tiras reativas. pH urinário: com o jejum a urina tende a ser ácida. A ingesta tende a torna-la alcalina. O pH ácido ocorre nos quadros de diarréia, na perda urinária de potássio, nas desidratações, febre alta, nos quadros de acidose e em intoxicações com hidrocarbonetos. O pH alcalino pode ocorrer em quadros de hiperemese, alcalose metabólica, medicamentos alcalinos, como bicarbonatos e presença, na urina, de bactérias que quebram a uréia. Proteinúria: posição ortostática prolongada pode gerar proteinúrias seletivas. Alterações morfológicas da membrana basal dos glomérulos alteram a proteinúria quantitativa e qualitativamente. Necrose tubular, com queda da reabsorção protéica, insuficiência cardíaca. Nitritos: aparecem nas infecções urinárias por enterobactérias, devido a conversão do nitrato urinário em nitrito .Infecções bacterianas com mais de 100 mil Bacilos Gram-Negativos, produtores de redutase/mL apresentam o teste de Nitritro positivo. 173 GRUPO SÃO CAMILO Glicose: em condições renais normais, a glicosúria ocorre somente quando a glicemia ultrapassa a concentração de 180 mg/dL (TM-renal). Ocorre no Diabetes Mellitus, na Glicosúria renal, na Síndrome de Cushing, hipertireoidismo, acromegalia, feocromocitoma, acidose metabólica, gestação, síndrome nefrótica, síndrome de Fanconi, etc. Corpos cetônicos: a cetonúria ocorre nos estados de catabolismo intenso, jejum prolongado ou no Diabetes Mellitus descompensado. Bilirrubinas: a bilirrubina eliminada pela urina é a Conjugada ou Direta e seu aparecimento ocorre nos casos de obstrução pós-hepática e hepática. Urobilinogênio: pode se elevar na urina nos surtos hemolíticos, em alguns outros quadros hepáticos Hemoglobina: a sua pesquisa é geralmente utilizada como controle da presença de hemácias ou hemoglobina livre na urina ou mioglobina. As principais causas de hematúrias patológicas são: diáteses da coagulação, infecções urinárias, litíase renal, necrose papilar renal, nefrite intersticial, rins policísticos, traumatismos renais e de vias renais, tumores dos rins, vias urinárias e bexiga, e tumores do retro-peritônio.(Hemácias dismórficas tem item específico). Limitações dos testes: Densidade: para cada 1% de proteína a densidade se eleva em 0,003. Para cada 1% de glicose a densidade se eleva em 0,004. Contrastes de Raio-X e conservantes podem elevar a densidade urinária falsamente. pH: atinge-se valores de 5 a 9. Alterações podem ocorrer com medicações que alteram a coloração urinária ou excesso de material que pode escorrer de uma para outra área de teste. Proteínas: o limite de detecção deste método é de 10 mg/dL . Resultados falso-positivos são encontrados com pH acima de 9, na presença de drogas anti-maláricas, trimetoprina e com o uso de expansores plasmáticos. Nitritos: o teste detecta nitritos a partir da concentração mínima de 0,03 mg/dL, em densidade urinária normal e com níveis de até 20 mg/L de Ácido Ascórbico. O teste é específico. Podem ocorrer reações falsonegativas com micções freqüentes, já que a urina não fica muito tempo da bexiga, não dando tempo da transformação dos nitratos em nitritos pela enterobactérias. Períodos prolongados de jejum podem diminuir a quantidade de nitrato oriundo da alimentação para a urina, que também pode ocorrer nas alimentações parenterais ou dietas isentas de vegetais. A urina armazenada por períodos maiores que 4 horas, podem, sem refrigeração adequada, ou mal manipulada ou colhida, apresentar resultados falsopositivos ou falso-negativos. Deve-se ter em mente, que um resultado negativo não é garantia de ausência de bacteriúria significativa. Glicose: em condições normais nenhuma glicose é detectada na urina, embora uma pequena quantidade, sempre seja eliminada pelos rins. O limite mínimo de detecção da glicose é de 100 mg/dL de glicose, sendo um teste específico. As fitas reagentes não reagem cruzadamente com lactose, galactose ou frutose, nem reduz os metabólitos de salicilatos ou ácido nalidíxico. Resultados falso-negativos com concentração baixa de glicose, podem ocorrer com densidades maiores que 1.020 e pH elevado. Concentrações elevadas (> 50 mg/dL) de Ácido Ascórbico também interferem negativamente nas urinas com baixas concentrações de glicose, fato que também é produzido por elevadas taxas de corpos cetônicos (> 40 mg/dL). Corpos cetônicos: a reação é específica para ácido acetoacético, não ocorrendo reações com a acetona ou ácido betahidroxibutírico. A presença de medicamentos que alteram a cor da urina pode prejudicar a leitura da reação. O nível mínimo de detecção é de 5 mg/dL. Metabólitos da Levodopa podem produzir reações falso-positivas. Jejum, gestação e exercícios físicos intensos podem produzir corpos cetônicos detectáveis na urina. Alta densidade e pH baixo podem produzir reações fracas (traços) na área do teste. Urobilinogênio: o teste detecta o urobilinogênio a partir de 0,1 Unidade de Erlich/dL. Medicamentos baseados na azo-Gastrina podem provocar reações falso-negativas. Bilirrubinas: Normalmente a bilirrubina não é detectada na urina pelos métodos mais sensíveis. Logo resultados em traços de bilirrubina são considerados anormais e devem orientar para investigações adicionais sobre o achado. O teste detecta bilirrubina a partir de 0,5 mg/dL. Medicamentos que dão cor em 174 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS urinas ácidas, como Piridium, Selenium, etc, podem produzir resultados falso-positivos ¨in vitro¨. Concentrações de ácido ascórbico superiores a 25 mg/dL podem produzir reações falso-negativas. Hemoglobina (presença de sangue na urina): a reação é específica para hemoglobina livre ou mioglobina. A presença de pontos verdes na área de reação indicam a presença de eritrócitos intactos. A sensibilidade analítica mínima é de 0,015 mg/dL de Hb-livre ou de 5 15 eritrócitos íntegros por mcL, com densidade urinária de no mínimo 1.005 e concentrações de ácido ascórbico inferiores a 40 mg/dL. Densidade elevada e presença de ácido ascórbico (> 40 mg/dL) pode levar a reação falsopositiva. Densidade elevada ou proteína elevada podem reduzir a reação do teste de sangue. Contaminantes oxidantes como o hipoclorito de sódio ou a peroxidase microbiana associada à cistite infecciosa podem produzir resultados falso-positivos. Dependendo da cor da urina, do resultado da tira teste e da presença de hemácias no sedimento urinário, podemos diferenciar hematúria, de hemoglobinúria e de mioglobinúria. As três condições apresentam o teste para hemoglobina positivo na fita. Na hematúria há a presença de hemácias no sedimento. Na hemoglobinúria, a cor da urina é vermelha, sem hemácias no sedimento e na mioglobinúria a urina tem a coloração marron (ficando exposta à luz tende a ficar mais escura), sem hemácias no sedimento. Sedimento urinário: (interferências) Cilindros Hialinos (sua presença ocasional é normal): Elevações com Anfotericina, Cefaloridina, Ácido Etacrínico e Furosemide. Ocorre nos quadros de estase urinária. Cilindros Granulosos: Elevações no uso de Sais de Bismuto, Calcitonina, Kanamicina, Indometacina e Anfotericina. Aparecem nas lesões tubulares. Cilindros hemáticos: podem aparecer nas nefrites intersticiais, GNDA e na associação de presença de cilindros hialinos com medicações que podem levar a quadros de hematúria. Cilindros leucocitários: não sofrem interferências medicamentosas, e podem aparecer durante quadros de piolonefrite. Cilindros epiteliais: ocorrem em lesões tubulares, sem interferências outras. Cilindros Céreos: ocorrem em lesões tubulares e insuficiência renal, com longos períodos de estase tubular. Cilindros lipídicos: ocorrem na Síndrome nefrótica grave. Hemácias: elevações: Alopurinol, Anfotericina, Anticoagulantes orais, Heparina, Colchicina, Ciclofosfamida, Indometacina, Levodopa, Oxifenbutazona, Penicilina, Fenilbutazona, substâncias radiográficas de eliminação renal, sulfonamidas e fenóis. Células tubulares (de presença ocasional): Elevações: Alopurinol, Acetominofeno, Salicilatos, Sais de Bismuto, Cafeína, Calcitonina, Óleo de Rícino, Corticosteróides, Fenacetina e intoxicação por Tálio. Células tumorais e células descamativas: não sofrem qualquer interferência. Cristais: Com menor importância clínica, os cristais de fosfatos, uratos e oxalato de cálcio são muito comuns na urina normal. O pH urinário é um dos fatores importantes na formação de cristais na urina. Cristais que podem indicar doença são: cristais de cistina (cistinúria), leucina e tirosina. Os cristais de Oxalato de Cálcio podem aparecer em dietas ricas em vegetais, doença renal crônica grave, ressecção do intestino delgado, intoxicação por etilenoglicol e metoxiflurano. Os cristais de Fosfato triplo amoniacal-magnesiano pode aparecer na ingestão elevada de frutas. Cristais de tirosina e leucina podem ser encontrados em doenças hepáticas graves. Colesterol : infecções graves das vias urinárias, nefrites, ruptura ou obliterações de vasos linfáticos da pelve renal. Cristais de Ácido Úrico ocorre somente em 10 a 20% dos pacientes com gota clínica. Pode ocorrer em pacientes com linfoma maligno e leucoses. Informações importantes: tipo do material: primeira ou segunda urina após período de repouso. Medicação atual, idade e sexo do paciente. Se a paciente está menstruada, se há corrimento vaginal. 175 GRUPO SÃO CAMILO FATOR V (Fator Lábil) Sinônimo mais usado: Proacelerina Material e conservação para envio: frasco com citrato de sódio, tampa azul (preferência BD ou Vacuette), respeitando a proporção de 4,5 de sangue total e 0,5 de anticoagulante. Homoneizar o tubo imediatamente após a coleta. Separar imediatamente o plasma, centrifugando a 3000 rpm por 15 minutos. Estocar sob congelamento até o momento do envio. Enviar congelado em gelo seco. Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Evitar garroteamento prolongado. Pacientes reconhecidamente hiperlipêmicos devem coletar após jejum não inferior a 12 horas. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação. Método:: coagulométrico. Valores de Referência: 70 a 140% (concentrações de 5 a 10% são suficientes para se manter a homeostasia). Indicações: O Fator V é estruturalmente uma glicoproteína produzida no fígado, independente da Vitamina K, não é afetado por medicação coumarínica. Sua deficiência pode ser congênita ou adquirida. A deficiência congênita severa produz um quadro clínico hemorrágico conhecido por para-hemofilia, podendo produzir quadros de hemartrose, hemorragia cerebral e hematomas profundos. Os quadros adquiridos são produzidos por insuficiência hepática grave, CIVD. Em aproximadamente 35% dos casos o tempo de sangramento é prolongado. Nos testes de triagem o KPTT e o TAP se apresentam elevados. Informações importantes: quadro clínico, terapêutica atual. OBS.: não confundir com Fator V de Leiden (vide abaixo) _______________________________________________________________________________________ FATOR V DE LEIDEN Sinônimo mais usado: FQ 506 Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C. Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método : PCR em tempo real. Valores de Referência: Negativo (homozigoto normal). Interferências: como é um teste em PCR para detecção da mutação gênica, não sofre interferências da anticoagulação . Os níveis de falso-positivos atingem níveis inferiores a 5% e se devem a outras mutações com estrutura gênica semelhante. Indicações: a presença de resistência à Proteína C, que é uma mutação que leva a resistência do Fator V à ação do complexo Proteína C/Proteína S, pode levar a produção de trombose. Esta mutação pode ser responsável por aproximadamente 20 a 62% dos casos de tromboembolismo recorrente, principalmente se associada a outra alteração, como deficiência da Proteína C, Proteína S ou AT-III. Geralmente ocorre em pacientes com menos de 45 anos, que tem histórico familiar, trombose recorrente e em sítios pouco comuns, como trombose mesentérica e trombose de veias cerebrais. Pacientes com Fator V de Leiden associados à hiper-homocisteinemia, ou estado gestacional ou em uso de anticoncepcionais orais, tem maior probabilidade de quadros de trombose que a população em geral. Informações importantes: histórico familiar e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ 176 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS FATOR VII (Proconvertina) Sinônimo mais usado: Fator estável. Material e conservação para envio: vide Fator V. Instruções para coleta: coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Pacientes reconhecidamente dislipidêmicos devem coletar com jejum não inferior a 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação. Método: coagulométrico. Valores de Referência: 60 a 140% (Uma concentração de 5 a 10% de Fator VII é suficiente para manter a hemostasia). Interferências: antibióticos que inibem a absorção da Vitamina K. Indicações: A deficiência congênita do Fator VII provoca, dependendo do nível da deficiência, uma Síndrome hemorrágica de severidade condizente com os níveis circulantes do fator. Os quadros geralmente se apresentam com equimoses, epistaxes e sangramentos menstruais aumentados. As deficiências adquiridas são associadas à doenças hepáticas, como insuficiência hepática, cirrose, etc., ou excesso de consumo, como na CIVD e nos quadros de fibrinolise. Pode haver associação com deficiências dos fatores II, IX,X e Proteína C e S. O Fator VII é vitamina K dependente. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. Acima dos níveis normais pode estar relacionado a fenômenos troboembólicos. _______________________________________________________________________________________ FATOR VIII Sinônimo mais usado : Fator anti-Hemofílico A Material e conservação para envio: vide Fator V. Instruções para coleta: vide Fator V. Estabilidade da amostra: vide Fator V. Método: coagulométrico. Valores de Referência: Para a população não afetada geneticamente. : 50 a 150% Hemofilia A : Grave ....................................: < 1% Moderadamente grave.....................................: 1 a 5% Leve......................................: 5 a 30% Interferências: Medicamentos que impedem a absorção ou ação da Vitamina K, já que o Fator VIII é dependente desta Vitamina. Indicações: a deficiência do Fator VIII é suspeitada, laboratorialmente, quanto temos um KPTT anormal, TP normal , TT normal , TS e TC (Quick) normais. A determinação dos níveis do Fator VIII, abaixo de 30% permite o diagnóstico de Hemofilia A. Atualmente níveis elevados de Fator VIII, acima de 170% podem estar relacionados com hipercoagulabilidade do sangue, ou trombofilia. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. Nota: Por ser uma proteína de fase aguda, o fator VIII deve sempre ser realizado na ausência de processos inflamatórios. A determinação da atividade do fator VIII necessita sempre ser correlacionado com a proteína C reativa ou a dosagem da Alfa-1-Glicoproteína Ácida. Alguns pacientes do grupo sanguíneo O podem apresentar níveis mais baixos de fator VIII, mas ainda dentro da faixa de referência. 177 GRUPO SÃO CAMILO FATOR IX Sinônimo mais usado: fator anti-hemofílico B Material e conservação para envio: vide Fator V. Instruções para coleta: vide Fator V. Estabilidade da amostra: vide Fator V. Método: coagulométrico. Valores de Referência: na população não afetada : 60 a 135% Hemofilia B .........Grave : < 1% Moderada : 1 a 5 % Leve : 5 a 30% Interferências: como é dependente da Vitamina K, qualquer medicamento que possa interferir na sua absorção ou metabolismo, pode interferir na produção hepática deste Fator. Indicações: diagnóstico laboratorial das deficiências de Fator IX. O Fator IX tem menor importância que o Fator VIII nos casos de Trombofilia, mas valores superiores a 135% devem ser investigados. Informações Importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ FATOR X Sinônimo mais usado: Fator de Stuart-Prower Material e conservação para envio: vide Fator V Instruções para coleta: vide Fator V. Estabilidade da amostra: vide Fator V. Método: coagulométrico. Valores de Referência: na população em geral encontramos valores de 80 a 140% OBS.: Nível homestático mínimo é de 10% (necessário para manter a homeostasia). Interferências: como o Fator X é dependente da Vitamina K, qualquer medicamento que impeça a sua absorção ou ação pode interferir nos resultados. Indicações: pacientes com deficiência de Fator X apresentam o KPTT e o TP elevados, com TT normal. A deficiência congênita grave é muito rara e geralmente os pais tem consanguinidade. As deficiências adquiridas geralmente são por deficiência de Vitamina K, anticoagulação oral e hepatopatias graves. Os casos de defeitos de síntese são raríssimos. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ FATOR XI Sinônimo mais usado :Fator antecedente da Tromboplastina plasmática. Material e conservação para envio: vide Fator V. Instruções para coleta: vide Fator V. Estabilidade da amostra: vide Fator V. Método: coagulométrico. Valores de Referência: 80 a 130% Nota: Nível homeostático mínimo é de 20% a 30%. 178 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: como não depende da Vitamina K, é isento da ação de anticoagulantes orais. Indicações : Somente são conhecidos casos de deficiências congênitas. Os quadros clínicos podem ocorrer com a mesma intensidade tanto nos casos homo como heterozigóticos autossômico-recessivos. Os sangramentos podem ser leves a moderados e sempre pós-traumáticos, o mesmo ocorrendo com os quadros graves. Os pacientes heterozigóticos podem não apresentar hemorragias após intervenções cirúrgicas. Todos os pacientes com deficiência do Fator XI apresentam o KPTT elevado, com TP e TT normais. Informações importantes: quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ FATOR XII Sinônimo mais usado: Fator de Hageman Material e conservação para envio: vide Fator V Instruções para coleta: vide Fator V. Estabilidade da amostra: vide Fator V. Método: vide Fator V Valores de Referência: 70 a 130% Nota: O nível homeostático mínimo é desconhecido. Interferências: não há dados confiáveis. Indicações: A deficiência do Fator XII é geralmente um achado laboratorial, uma vez que não se relaciona a quadros hemorrágicos, somente um KPTT alterado, com TP e TT normais. A explicação para este fenômeno é que o Fator XII somente é utilizado para iniciar a coagulação in vitro e não in vivo. Informações importantes: quadro clínico _______________________________________________________________________________________ FATOR XIII Sinônimo mais usado: Fator Estabilizador da Fibrina Material e conservação para envio: vide Fator V Instruções para coleta:vide Fator V. Estabilidade da amostra: vide Fator V. Método: coagulométrico. Valores de Referência: 55 a 140%. Interferências: o Fator XIII não é Vitamina K- dependente e não sofre ação de coumarínicos. Indicações: diagnóstico laboratorial das deficiências do Fator XIII. As deficiências podem ser congênitas (muito raras) ou adquiridas, como na insuficiência hepática, na insuficiência renal aguda, em algumas leucemias, nas cardiopatias em geral, nos períodos pós-operatórios, nas intoxicações agudas com venenos, mercúrio e fósforo, e nas CIVD. Informações importantes: quadro clínico e medicação recente. _______________________________________________________________________________________ FATOR ANTI-NUCLEAR (FAN) - VER ANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS CELULARES PESQUISA _______________________________________________________________________________________ 179 GRUPO SÃO CAMILO FATOR Du (Rh FRACO) Sinônimo mais usado : Du Material e conservação para envio: 2 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração. Método: Imunohematológico, em gel. Valores de Referência: Interferências: hiperlipemia pode ser uma interferência a ser considerada, apesar das hemácias serem lavadas antes do teste. A presença de geléia de Wharton, nos sangues obtidos de cordão umbilical, pode inviabilizar o teste. Indicações: o teste de Du ou Rh Fraco serve para confirmatório de sangue Rh positivo. Os pacientes Du-positivos, devem ser considerados Rh positivos como doadores e Rh negativos como receptores. Informações importantes: se o paciente sofreu transfusão sangüínea recentemente. _______________________________________________________________________________________ FATOR INTRÍNSECO – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: Anticorpos anti-fator intrínseco Material e conservação para envio: 1,5 mL soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente : até 6 U/mL Reagente : 6 U/mL Interferências: hemólise e lipemia. Indicações: o fator intrínseco(FI) é uma glicoproteína produzida pelas células do fundo do estômago. A absorção da Vitamina B12 só é possível quando o Fator Intrínseco formam um complexo, para que a absorção ocorra no íleo. Na anemia de Biermer a presença de auto-anticorpos anti-fator intrínseco inibe a sua ligação com a vitamina B12, impedindo a sua absorção. Existem também auto-anticorpos que são específicos contra o complexo FI-B12. Tanto um como o outro tipo de anticorpos produzem quadros de anemia megaloblástica. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e perfil hematológico. _______________________________________________________________________________________ FATOR NATRIURÉTICO ATRIAL - VER PRO-BNP _______________________________________________________________________________________ FATOR REUMATÓIDE Sinônimo mais usado : FR. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima coleta. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: turbidimetria quantitativa. 180 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: até 20 UI/mL Interferências: Hiperlipemia, anticorpos heterófilos, hiperbilirrubinemia e hiperproteinemia. Indicações: O Fator Reumatóide é formado por um grupo de anticorpos anti-imunoglobulinas que se apresenta elevado na Artrite Reumatóide. Esses anticorpos reconhecem determinantes antigênicos do fragmento Fc das imunoglobulinas IgG. Uma vez ativados os linfócitos B a produção do fator Reumatóide é iniciada, com a produção de complexos antígeno-anticorpo que levam a ativação do sistema de complemento e produção de lesões tissulares. Durante a evolução da doença, quantidades diferentes do fator podem ocorrer levando a piora ou melhora do quadro, principalmente em relação ao tratamento. Há uma correlação entre os níveis de fator circulante e o grau de acometimento articular. Em aproximadamente 20% dos casos a sorologia pode ser negativa, por uma série de características pessoais, como em portadores de HLA-DR4, por deficiência na produção de IgM como FR, ou produção de FR em IgA produzindo patologias extra-articulares, como na doença de Berger, como na nefropatia por depósito de IgA, na doença de Henoch-Schoenlein e ainda nas endocardites infecciosas. Outras colagenoses podem cursar com FR presente, sem correlação clínica com a sua positividade. Por volta de 5% dos indivíduos normais podem apresentar FR reagente. Outros tipos de patologias não associadas, como sífilis, adenoviroses, tuberculose, leishmaniose visceral , mononucleose, etc podem apresentar reação cruzada com o FR. Geralmente a doença aparece 1 ano após a sua detecção. As formas infantis geralmente são sorologicamente negativas (FR). A pesquisa de anticorpos anti-CCP ou MVR, podem mudar o quadro sorológico e antecipar em alguns anos o diagnóstico da AR. Informações importantes: medicação pregressa, atual, patologias recentes, etc. _______________________________________________________________________________________ FENILALANINA Sinônimo mais usado: PKU Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: HPLC Valores de Referência: Preamturos até 6 semanas . . . . : 98 a 213 nmol/mL 0 a 1 mês . . . . . . . . . . . . . . . . . : 38 a 137 nmol/mL 1 a 24 meses . . . . . . . . . . . . . . : 31 a 75 nmol/mL 2 a 18 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 26 a 91 nmol/mL Adultos . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 35 a 85 nmol/mL Interferências: Elevações: medicações anti-fúngicas sistêmicas. Diminuições: Ácido Ascórbico, Glicose, Histidina e Progesterona em doses elevadas. Indicações: exame confirmatório da alteração específica no teste do pezinho. Pode ser utilizado nos acompanhamentos de pacientes positivos. Informações importantes: níveis de PKU obtidos nos testes do pezinho, medicação atual e medicação materna. _______________________________________________________________________________________ FENITOÍNA Sinônimo mais usado: Difenilhidantoína Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 8 horas, coletar preferencialmente antes da próxima 181 GRUPO SÃO CAMILO dose do medicamento, ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Níveis terapêuticos : Adultos :10 a 20 mcg/mL : Crianças: 6 a 11 mcg/mL Interferências: Elevações: nas insuficiências renais, o principal metabólito (5-P-Hidrofenil-5-FenilHidantoína) pode produzir resultados falsamente elevados. Salicilatos, Fenilbutazona, Amiodarona, Cimetidina, Etanol, Imipramina, Isoniazida, Miconazol, Metronidazol, Nifedipina, Trimetoprin. Diminuições: Ácido Fólico, Ácido Valpróico, Carbamazepina, Cimetidina, Nitrofurantoina, Oxacilina e Warfarina. Indicações: Monitoração dos níveis terapêuticos. Informações importantes: medicamento tomado, dose, hora da última dose, jejum, intercorrências clínicas. _______________________________________________________________________________________ FENOBARBITAL Sinônimo mais usado: Gardenal Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 8 horas. Coletar preferencial e imediatamente antes da próxima dose, ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Adultos : 15 a 40 mcg/mL Crianças : 20 a 60 mcg/mL Interferências: Diminuições: acetazolamina, anti-psicóticos em geral, clorafenicol, fenitoína, pirodoxina e trimetoprina. Elevações: interações medicamentosas: Ácido Valpróico, Fenitoína e Furosemide. Interferências patológicas: Insuficiência Renal por diminuição da eliminação dos metabólitos séricos e nas Hepatopatias por diminuição da metabolização da droga. Indicações: seguimento dos níveis terapêuticos e quadros de toxicicidade. Informações importantes: medicamento utilizado, dose, hora da última dose, outros medicamentos em uso, quadro clínico. Tempo de uso da droga, quando no início do tratamento é um dado importante, pois são necessários, por volta de 2 semanas para que os níveis séricos sejam atingidos. _______________________________________________________________________________________ FENOL URINÁRIO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 100 mL de urina recente sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar a amostra de urina no final da jornada, evitando-se a primeira jornada da semana. Coletar em frascos plásticos fornecidos pelo laboratório. Estabilidade da amostra: até 30 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia em fase gasosa. Valores de Referência: até 20,0 mg/ g creatinina. IBPM : 250,0 mg/ g creatinina. 182 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: fenilsalicilatos, barbitúricos, bebidas alcoólicas e alguns tipos de alimentos. Indicações: Controle laboral de colaboradores expostos ao fenol e derivados. Informações importantes: uso de bebidas alcoólicas, medicamentos atuais. _______________________________________________________________________________________ FERRITINA Sinônimo mais usado: Ferritina sérica Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . : 32 a 432 ng/mL Até 5 meses . . . . . . . . . . . . . . : 50 a 200 ng/mL 6 a 11 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 10 a 70 ng/mL 1 a 5 anos. . . . . . . . . . . . . . . . . : 6 a 75 ng/mL 6 a 14 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 14 a 93 ng/mL 15 a 19 anos. . . . . . . . . . . . . . . : 10 a 115 ng/mL Adultos: Homens . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 22 a 322 ng/mL Maior 60 anos . . . . . . . . . . . . . : 40 a 202 ng/mL Mulheres Férteis . . . . . . . . . . . : 10 a 241 ng/mL Pré-menopausa . . . . . . . . . . . . : 6 a 159 ng/mL Pós menopausa . . . . . . . . . . . . : 5 a 270 ng/mL Para percentil de 95% Interferências: A Ferritina sofre uma série de interferências de nível fisiológico e de nível patológico: Interferências fisiológicas: sexo: os valores são mais elevados em indivíduos do sexo masculino; nas mulheres a ferritina é mais baixa durante a idade fértil, devido às menstruações. Durante a gravidez e amamentação seus níveis são mais baixos. Idade: no RN os níveis são elevados, atingindo pico máximo aos 2 meses. Os valores de adultos são alcançados no final da puberdade. Não há , como o Ferro sérico, variações nictemerais. Variações patológicas: Hipoferritinemias: A carência de ferro leva a uma baixa dos níveis da Ferritina Sérica. Essa baixa ocorre muito antes dos sinais hemáticos da carência. Quando a anemia já estiver instalada, com anemia hipocrômica microcítica bem definida, os níveis da ferritina estarão muito baixos ou indetectáveis pelos níveis analíticos dos métodos utilizados, e pode ser usada como parâmetro da eficácia do tratamento de reposição. Doações freqüentes de sangue, hipermenorréias, exercícios intensos e regulares, crises freqüentes de malária com hemólise, regimes vegetarianos, eritropatias constitucionais, etc, também diminuem os níveis de ferritina. Hiperferritinemias: uma das principais causas de aumento da ferritina, são os processos inflmatórios, já que a ferritina faz parte do grupo de proteínas de inflamação ou fase aguda. Sobrecarga de ferro, como na hemocromatoses primárias, por mutações dos genes C282Y, H63D e S65C (os principais) ou secundárias por transfusões crônicas ou tratamento inadequado com ferro. Certos tumores podem cursar com aumento da ferritina, como fígado, pulmões, rins, seios, pâncreas, assim como em algumas doenças hematológicas, no linfoma de Hodgkin, em leucemias agudas, anemias hemolíticas, beta-talassemia major, principalmente com transfusões freqüentes e anemia sideroblástica. Hepatopatias também podem cursar com altos níveis de ferritina, como nas hepatites virais agudas ou crônicas, auto-imunes e em etilistas. 183 GRUPO SÃO CAMILO Indicações: a dosagem da ferritina é uma forma de avaliar as reservas de ferro, tanto nas anemias ferroprivas como nos casos de hemocromatose. _______________________________________________________________________________________ FERRO SÉRICO Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta : como o ferro tem ritmo nictemeral com pico máximo pela manhã, até por volta das 12:00 horas, a coleta deve ser matutina, em jejum de 8 horas para adultos e 4 horas para crianças. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada, mas respeitando o período matinal. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Ferene-S automatizado. Valores de Referência: em mcg/dL:(até às 12:00 horas) Masculino Feminino 01 a 30 dias . . . . . . : 32 a 110 µg/dL 01 a 30 dias . . . . . . : 30 a 127 µg/dL 01 a 12 meses . . . . : 27 a 109 µg/dL 01 a 12 meses . . . . : 25 a 126 µg/dL 01 a 06 anos . . . . . : 25 a 115 µg/dL 01 a 06 anos . . . . . : 25 a 110 µg/dL 07 a 12 anos . . . . . : 25 a 115 µg/dL 07 a 12 anos . . . . . : 30 a 110 µg/dL 13 a 18 anos . . . . . : 27 a 138 µg/dL 13 a 18 anos . . . . . : 30 a 115 µg/dL 19 a 59 anos . . . . . : 35 a 150 µg/dL 19 a 59 anos . . . . . : 35 a 150 µg/dL 60 a 64 anos . . . . . : 35 a 145 µg/dL 60 a 64 anos . . . . . : 30 a 145 µg/dL 65 a 75 anos . . . . . : 35 a 179 µg/dL 65 a 75 anos . . . . . : 45 a 168 µg/dL Acima de 75 anos . : 50 a 185 µg/dL Acima de 75 anos . : 60 a 175 µg/dL Conversão: mcg/dL x 0,179 = mcmol/L. Interferências: Hipoferremia: a quedas dos níveis de ferro podem ocorrer por deficiência de suprimento (mánutrição ou em lactentes após término dos depósitos hepáticos), deficiências de absorção (síndromes de malabsorção, pacientes gastrectomizados, pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, etc), aumento das necessidades diárias do ferro, como na gravidez (no início da gestação pode haver aumento dos níveis séricos do ferro devido à ação da progesterona, mas haverá uma queda dos níveis devido ao aumento das necessidades do ferro), durante o período da amamentação, aumento de perdas, como nas hemorragias, hipermenorréia, câncer intestinal, ancilostomíase, estrongiloidíase, úlceras gástricas ou duodenais, hérnia hiatal, etc. Hiperferremia: são devidas às hemocromatoses e hemossideroses: hemocromatose primária ou secundária (vide Ferritina), alcoolismo, cirrose hepática, etc, e ainda por defeitos da eritropoiese, por erro na utilização do ferro na medula óssea, como na beta-talassemia major, saturnismo, displasia medular, anemias sideroblásticas, anemia de Biermer e anemias refratárias. Indicações: o ferro é um dos principais oligoelementos do corpo, que entra na composição da hemoglobina, mioglobina e das principais enzimas respiratórias celulares. É usado no diagnóstico diferencial das anemias, hemocromatoses e hemossideroses. Informações importantes: idade do paciente, horário da coleta, jejum, medicação utilizada, quadro clínico e suspeita diagnóstica. _______________________________________________________________________________________ FIBRINOGÊNIO Sinônimo mais usado: Fator I. 184 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado, coletado em proporção de 1mL de citrato para 9 mL de sangue total. Congelar imediatamente após a centrifugação e enviar congelado. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências, lembrando-se que o fibrinogênio pós-prandial pode ter elevações de até 30% dos níveis basais. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 30 dias sob congelamento. Método: coagulométrico. Valores de Referência: 1,75 a 4,0 g/L Interferências: problemas de coleta, com presença de coágulos de fibrina no material, elevações devido ao uso de contraceptivos orais, estrógenos, testosterona, etc. Indicações: níveis inferiores a 100 mg/dL estão relacionados a estados hemorrágicos, e valores superiores a 500 mg/dL podem aparecer em processos de trombofilia. Informações importantes: sexo, idade , medicação atual, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ FIBROSE CÍSTICA - PESQUISA MICROBIOLÓGICA Sinônimo mais usado: estudo bacteriológico na fibrose cística. Material e conservação para envio: secreções do oro-faringe, escarro ou lavado brônquico. As secreções devem ser coletadas em swabs, sem meio de cultura, com haste de plástico e algodão alginatado a temperatura ambiente, protegido do calor e da luz. O escarro e o lavado brônquico devem ser acondicionados em frasco estéril, fornecido pelo laboratório, a temperatura ambiente, protegido da luz. Instruções para coleta: secreções do oro-faringe: coletar swabs da região dos pilares e fundo da faringe. Escarro deve ser coletado antes do paciente se levantar. Se houver dificuldades para se conseguir o escarro, deve-se realizar inalações com água destilada estéril, durante 10 a 15 minutos. Enviar o mais rapidamente possível para o laboratório, a temperatura ambiente. Os lavados brônquicos são coletados pelo(a) médico(a)-assistente, em frascos estéreis fornecidos pelo laboratório. Enviar o mais rapidamente possível ao laboratório, a temperatura ambiente. Estabilidade da amostra: até 12 horas após a coleta. Método: Microbiológico, com pesquisa de Pseudomonas aeroginosa mucóide. Valores de Referência: ausência de bactérias patogênicos. Interferências: antibioticoterapia vigente. Indicações: diagnóstico presuntivo de Fibrose Cística e controle microbiológico dos pacientes. Staphylococcus aureus – após o advento da antibioticoterapia houve queda na sua prevalência. Pseudomonas aeroginosa: cepa mucoóide, sem pigmento. Sua presença é diagnóstico de Fibrose Cística. Haemophilus ssp.: 10 a 40% dos pacientes são portadores de cepas Beta-Lactamase-positivas. Pseudomonas cepacia: pode produzir cepas mucóides que podem produzir pneumonias fatais. Informações importantes: diagnósticos anteriores, antibióticos em uso. _______________________________________________________________________________________ FIBROSE CÍSTICA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR Sinônimo mais usado: Fibrose Cística por PCR Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. 185 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausências das mutações pontuais ΔF508, N1303K e R553X. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico molecular para as mutações pontuais ΔF508, N1303K e R553X, para a Fibrose Cística. Essas mutações se apresentam no gene CFTR, de caráter autossômico recessivo. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ FILÁRIA – PESQUISA DE Sinônimo mais usado: pesquisa de Filariose. Material e conservação para envio: colher entre 9:00 e 10:00 horas da manhã, punção digital do dedo anelar. Nova coleta, se pesquisa negativa, poderá ser feita às 17:00 horas. Instruções para coleta: preparar de 5 a 10 lâminas com o sangue digital, realizando esfregaços finos. Fixar por 60 segundos no primeiro reagente do sistema panótico de coloração. Estabilidade da amostra: após a fixação a estabilidade da amostra é bem longa. Método: microscópico segundo Knott. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: coletas em horários diferentes dos picos de parasitemia. Indicações: diagnóstico laboratorial das filarioses. Informações importantes: medicação específica. _______________________________________________________________________________________ FLUORETOS/FLUOR NA URINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Fluoreto Material e conservação para envio: 100 mL de urina de final de jornada sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar a amostra de urina no início e final de jornada do 4° dia de trabalho da semana, em frasco fornecido pelo Laboratório. Proteger da luz. Estabilidade da amostra: até 2 semanas sob refrigeração. Método: Potenciometria com eletrodo de íon seletivo. Valores de Referência: até 0,5 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) IBPM: 3,0 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) para início de jornada. 10,0 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) para fim de jornada. Interferências: cremes dentais, frutos do mar, água fluoretada e consumo de chá mate, podem elevar os resultados. Indicações: indicador biológico da exposição ocupacional ao flúor ou fluoretos. Informações importantes: dados do item Interferências. _______________________________________________________________________________________ FORMALDEÍDO Sinônimo mais usado: formol Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração. 186 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Instruções para coleta: coletar ao final da jornada de trabalho, fora do ambiente de trabalho. Lavar as mãos antes da coleta. Obter a urina após retenção urinário de 4 horas. Desprezar o primeiro jato. Lavar os genitais antes da coleta. Secar com papel toalha. Coletar somente em frascos fornecidos pelo Laboratório São Camilo. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: 17 mg/L Interferências: coleta em ambiente de trabalho. Algumas frutas e legumes, carnes e derivados de tabaco podem conter níveis elevados de formol. Indicações: controle de colaboradores que tem contato com aldeído fórmico. Informações importantes: tempo de trabalho em contato constante com formol. _______________________________________________________________________________________ FOSFATASE ÁCIDA PROSTÁTICA Sinônimo mais usado: FAP Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: colorimétrico. Valores de Referência: Até 2,5 UI/L Interferências: não há referências. Indicações: diagnóstico de Carcinomas Prostáticos principalmente em estádios avançados. Assim a dosagem não tem interesse para o diagnóstico precoce do carcinoma prostático. Com o advento da dosagem do PSA este exame perdeu a importância que tinha anteriormente. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ FOSFATASE ÁCIDA TOTAL Sinônimo mais usado: FAC Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Separar o mais rapidamente possível e estocar sob refrigeração até o momento da análise ou envio. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimático-colorimétrico Valores de Referência: 2,2 a 11,0 UI/L Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: Diagnóstico laboratorial da hiperfunção óssea com osteólise, como na doença de Paget, Hiperparatireoidismo, metástases ósseas, Doença de Gaucher, Doença de Nieimann-Pick, nas Leucemias Mielóides, trombocitoses e algumas outras doenças hematológicas que cursam com lesões ósseas. Podem ocorrer aumentos durante a embolia pulmonar e infarto do miocárdio. Informações importantes: medicação atual, idade e sexo do paciente, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ 187 GRUPO SÃO CAMILO FOSFATASE ALCALINA Sinônimo mais usado: FAL Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poder coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: colorimétrico-enzimático. Valores de Referência: Masculino 01 a 30 dias . . . . . . : 75 a 319 U/L 01 a 11 meses . . . . : 82 a 383 U/L 01 a 03 anos . . . . . : 104 a 345 U/L 04 a 06 anos . . . . . : 93 a 309 U/L 07 a 09 anos . . . . . : 86 a 315 U/L 10 a 12 anos . . . . . : 42 a 362 U/L 13 a 15 anos . . . . . : 74 a 390 U/L 16 a 19 anos . . . . . : 52 a 171 U/L 20 a 50 anos . . . . . : 53 a 128 U/L Mais de 50 anos . . : 56 a 119 U/L Feminino 01 a 30 dias . . . . . . : 48 a 406 U/L 01 a 11 meses . . . . : 124 a 341 U/L 01 a 03 anos . . . . . : 108 a 317 U/L 04 a 06 anos . . . . . : 96 a 297 U/L 07 a 09 anos . . . . . : 69 a 325 U/L 10 a 12 anos . . . . . : 51 a 332 U/L 13 a 15 anos . . . . . : 50 a 162 U/L 16 a 19 anos . . . . . : 47 a 119 U/L 20 a 50 anos . . . . . : 42 a 98 U/L Mais de 50 anos . . : 53 a 141 U/L Interferências: Idade do paciente: as crianças e os adolescentes tem taxas muito elevadas em relação aos adultos devido a atividade osteoblástica óssea, gravidez, etc. Medicamentos podem alterar a atividade da FAL, como anticoncepcionais orais e drogas anti-lipemiantes pode produzir quedas da FAL de até 15%. Drogas anti-convulsivantes e anticoagulantes orais podem elevar a FAL em até 20% dos valores basais. Lipemia, hemólise e alcalose podem alterar muito o teste. Drogas hepatotóxicas: A) Drogas colestáticas: Ácido Nicotínico, andrógenos, Azatioprina, Benzodiazepínicos, Carbamazepina, Eritromicina, Fenotiazina, Imipramina, Penicilina e sulfonamidas. B) Drogas Hepatocelular tóxicas: Acetaminofeno, Ácido Valpróico, Aloperidol, Andrógenos, Anticoncepcionais orais, Aspirina, Azatioprina, Carbamazepina, Cloranfenicol, Clorpropamida, Estrógenos, Fenilbutazona, Inibidores da MAO, Metildopa, Metotrexate, Nitrofurantoina, Papaverina, Penicilina, Probenecid, Quinidina, sulfonamidas, Tetraciclina. Indicações: A Fosfatase Alcalina eleva-se muito nas doenças da Árvore Biliar (colestase intra e pós-hepáticas), e nas doenças ósseas com hiperatividade Osteoblástica, como na Doença de Paget, nos tumores ósseos e nos quadros de vigilância da doença. Informações importantes: sexo e idade do paciente e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ FOSFATASE ALCALINA – FRAÇÕES Sinônimo mais usado: FAL-Frações Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: colorimétrico-enzimático com inibição seletiva com fenilalanina e com calor. 188 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: Origem da isoenzima Inibição com fenilalanina Inibição pelo calor 10% 10% 75% 80% 80% 60% 90% 60% 0% 0% Fígado Osso Intestino Placenta (isoenzima de Nagao) Isoenzima de Regen (CA) Nota: os valores acima só tem valor preditivo positivo quando a Fosfatase Alcalina total for ≥300 UI/L. Os principais tecidos que são ricos em FAL são o Fígado, os ossos, intestino, placenta, rins e leucócitos (estes serão tratados em capítulo especial sobre fosfatase alcalina dos leucócitos). Interferências: (Vide Fosfatase Alcalina) Indicações: (Vide Fosfatase Alcalina) Informações importantes (Vide Fosfatase Alcalina) _______________________________________________________________________________________ FOSFATASE ALCALINA LEUCOCITÁRIA Sinônimo mais usado: FAL nos neutrófilos Material e conservação para envio: esfregaços normais (nem finos e nem grossos), em lâminas de microscopia, fixados por 60 minutos em acetona gelada. Enviar a temperatura ambiente. Instruções para coleta: coletar sangue total, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Preparar as lâminas com esfregaços normais que depois serão fixados em acetona. O restante do sangue é colocado em frasco de coleta com EDTA. Estabilidade da amostra: as lâminas fixadas em acetona podem ser mantidas a temperatura ambiente por até 10 dias. O sangue total em EDTA pode ser mantido, para este teste até 24 horas sob refrigeração. Método: coloração citoquímica intra-citoplasmática com metilfenilfosfato. Valores de referência : 16 a 56% Interferências: Hemólise. Indicações: auxílio laboratorial na diferenciação de quadros mieloproliferativos e reação leucemóide. Informações importantes: quadro clínico ou hipóteses diagnóstica. _______________________________________________________________________________________ FOSFOLIPÍDEOS Sinônimo mais usado : Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Para pacientes que tem dislipidemia conhecida, recomenda-se jejum não inferior a 14 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: colorimétrico Valores de Referência: 100 a 300 mg/dL Interferências: dislipidemias intensas. Elevações: Clorpromazina, Adrenalina, Estrógenos e anticoncepcionais orais. Diminuições :Asparaginase, Aspirina, Colesterolamina, Clofibrato, Etanol e Tiroxina. 189 GRUPO SÃO CAMILO Indicações: Exame auxiliar no diagnóstico das dislipidemias. São considerados elementos essenciais do metabolismo intermediário das lipoproteínas. Com origem hepática e intestinal, representam aproximadamente 25% das HDL, 20% das LDL e 94% das VLDL. Auxiliam na síntese de lipoproteínas pelo fígado, que juntamente com as apolipoproteínas forma a parte polar das lipoproteínas. São quebrados pelas ações das enzimas fosfolipases e lecitina-colesterol-acil-transferase (LCAT), sendo reaproveitadas posteriormente como fosfolípides celulares. Estão diminuídos em quadros de má-nutrição e nas hipolipidemias familiares. Estão elevados nas hiperlipidemias do tipo II e do tipo III, segunda a classificação de Fredrickson e nas hepatites que cursam com colestase intra-hepática. As maiores taxas de Fosfolipídeos aparecem nas deficiências de LCAT, com colesterol moderadamente elevado com ou sem hipertrigliceridemia. Pode ainda se elevar em doenças que propiciam quadros de hiperlipidemia, como Síndrome Nefrótica ou Hipotireoidismo. Informações importantes: idade, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ FÓSFORO SÉRICO Sinônimo mais usado: Fósforo no sangue, fosfatemia. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo com 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: colorimétrico UV-VIS Valores de Referência: Até 15 anos: 2,9 a 6,5 mg/dL > 15 anos...: 2,7 a 4,9 mg/dL Líquido sinovial: 75 a 100% dos valores séricos; Líquido ascítico: 90 a 95% dos valores séricos. OBS.: recomenda-se a dosagem concomitante de uma amostra sérica. Interferências: hemólise, hiperlipidemia. Elevações : Andrógenos, Calciferol, Furosemide, HGH, Hidroclorotiazida, Anticoncepcionais orais, PTH, Fosfatos, Tetraciclina, etc. Diminuições: Acetazolamida, Antiácidos alumínicos, Anticonvulsivantes, Calcitonina, Adrenalina, Estrógenos, Frutose, Glicose, Insulina, etc. Indicações: Diagnóstico das Hiperfosfatemias, como insuficiência renal crônica, Cetoacidose diabética, Hipotireoidismo, etc. Informações importantes: idade, sexo, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ FÓSFORO URINÁRIO Sinônimo mais usado: Fosfato urinário, fosfatúria. Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, enviada sob refrigeração, ou urina ao acaso (alíquota de 50 mL) sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, em frasco fornecido pelo laboratório com HCl a 50% (20 mL por litro de urina). Atenção !: avisar o paciente do risco em manipular o frasco com HCl, nunca coletando a urina diretamente no frasco. Deixar fora de alcance de crianças. Coletar a urina em urinol limpo, para depois transferi-la ao frasco de urina, que deve ficar sob refrigeração durante todo tempo de coleta e 190 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS transporte. Enviar alíquota de 100 mL de urina do volume de 24 horas, bem homogeneizada. Anotar o volume total. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração. Método: colorimétrico Valores de Referência: Adultos : 340 a 1000 mg/24 horas Valores pediátricos: a) mg/24 horas : 340 a 1000 mg/24 horas b) ao acaso : 179 a 880 mg/g de creatinina Urina ao acaso: (Adultos) : 22,0 a 100 mg/dL. Interferências: Elevações: acetazolamida, L-Alanina, Asparaginase, Aspirina, Bicarbonatos, Sais de Bismuto, Calcitonina, Corticosteróides, Hidroclorotiazida, Diuréticos mercuriais, PTH, Fosfatos, Triptofano e Vitamina D. Diminuições: Alanina, Antiácidos com alumínio. Indicações: Estudo do balanço cálcio/fósforo. Uso diagnóstico nos casos de hiperfosfatúria, como Hiperparatireoidismo, uso de diuréticos, Síndrome de Fanconi, Acidose Tubular Renal, Hipoparatireoidismo e no Pseudohipoparatireoidismo. Informações importantes: idade, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ FRUTOSAMINA Sinônimo mais usado: Proteína Glicada. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 15 dias sob congelamento. Método: espectrofotométrico Valores de Referência: (em µmol/L) Adultos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 185 a 285 Diabéticos Controle Adequado. . . : até 320 Diabéticos Controle Parcial . . . . . : até 370 Diabéticos Controle Inadequado . : > 370 Interferências: Ácido Ascórbico, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: seguimento dos casos de diabetes sob controle metabólico inadequado, por período acumulativo de 20 dias que antecedem a data do exame. Informações importantes: idade, controle anterior, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ FRUTOSE – PESQUISA Sinônimo mais usado: Frutosúria-Pesquisa. Material e conservação para envio: 20 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: urina recente, coletada sob jejum mínimo de 8 horas, inclusive crianças de qualquer idade. Estabilidade da amostra: 5 dias sob congelamento. Método: Seliwanoff modificado. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: Não há referências para medicamentos. Interferentes alimentares como mel, açúcar, frutas, xaropes, glicose, podem em alguns casos, positivar a reação. Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Frutosúria essencial, Intolerância Hereditária à Frutose, 191 GRUPO SÃO CAMILO Insuficiência Hepática, alguns casos de Síndrome de Fanconi, etc. Informações importantes: medicação atual, alimentação habitual e imediata ao período de jejum antes do teste. _______________________________________________________________________________________ FRUTOSE – DOSAGEM NO ESPERMA Sinônimo mais usado: Frutose no esperma Material e conservação para envio: 1,0 mL de esperma congelado. Caso não haja condições para manter o congelamento durante todo o período de transporte, e para se evitar a frutólise por parte dos espermatozóides, centrifugar o material por 10 minutos a 2500 rpm ou mais, e enviar o sobrenadante sob refrigeração. Instruções para coleta: paciente com 3 a 5 dias de abstinência sexual e jejum alimentar de pelo menos 8 horas. Coletar pela manhã. Proceder o preparo do material imediatamente. Anotar o volume total do ejaculado. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração, após separação dos espermatozóides ou 2 meses sob congelamento. Método: Segundo Bloom modificado. Valores de Referência: 1,0 a 3,5 mg/mL, ou 13μ mol/ejaculado. Interferências: Não há referências para drogas e pesticidas .Alimentos como mel, açúcar, xaropes, glicose, etc., podem alterar a concentração da frutose espermática. A glicose no trato reprodutor masculino transforma-se rapidamente em glicose-1-fosfato, que se transforma em frutose-1-fosfato, que por sua vez perde um ATP e transformase em frutose. Baixos níveis de testosterona total e/ou testosterona livre levam a baixos níveis de frutose espermática. Indicações: Marcador espermático da insuficiência das vesículas seminais, obstruções distais ou agenesia de vesículas seminais ou agenesia de deferentes. Informações importantes: período de abstinência sexual e jejum alimentar. Anotar se o paciente é diabético, e neste caso seria conveniente coletar uma amostra sangüínea para dosagem da glicemia em jejum, para se avaliar a interferência desta da dosagem da frutose espermática. _______________________________________________________________________________________ FSH – HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE Sinônimo mais usado: FSH Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. As mulheres devem coletar no sétimo dia do ciclo menstrual. Os homens devem coletar pelo sistema de pool (coletar em jejum, e mantendo o paciente em repouso, coletando-se mais duas amostras com intervalo de 30 minutos cada). Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. No sistema de pool, para homens a partir de 10 anos de idade, o conjunto de soros são preparados juntando-se volumes iguais dos soros das amostras basais, 30 e 60 minutos. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescência de partículas. Valores de Referência: em período de atividade sexual plena : LH > FSH Em andropausa : FSH > LH Mulheres: (com ciclos menstruais) Fase Folicular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 2,50 a 10,20 mUI/mL Fase Ovulatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 3,40 a 33,40 mUI/mL Fase Lútea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 1,50 a 9,10 mUI/mL Pós-menopausa sem TRH . . . . . . . . . . : 23,00 a 116,30 mUI/mL Com Anticoncepcionais Orais . . . . . . . : 0,00 a 4,90 mUI/mL Pós-menopausa com TRH . . . . . . . . . . : 9,70 a 111,0 mUI/mL 192 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Grávidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : < 0,30 mUI/mL 1 mês a 3 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,11 a 13,0 mUI/mL 4 a 9 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,11 a 1,6 mUI/mL (*) A partir dos 10 anos recomenda-se ser feito com ''POLL'' de 3 amostras. Valores Pediátricos Masculinos (Pool) Até 2 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 2 a 5 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 6 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 11 a 20 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,00 a 2,10 mUI/mL 0,00 a 1,70 mUI/mL 0,00 a 1,60 mUI/mL 0,40 a 8,70 mUI/mL Homens: Adultos (Pool) . . . . . . . . . . : 1,40 a 18,10 mUI/mL Interferências: Interferências: medicamentosas: a) Elevações : Clomifeno, levodopa. b) Diminuições: anticoncepcionais orais, fenotiazinas, estrógenos (diestrilbestrol, etinilestradiol, Miestranol), que dependem da dose e do tempo de tratamento (grandes doses podem diminuir, e pequenas doses podem elevar os níveis do FSH). Variações fisiológicas na mulher: antes de se iniciar a puberdade, os valores do FSH são baixos, assim como do LH. Esses aumentam com o início da puberdade e o FSH se eleva mais rapidamente que o LH. No ciclo menstrual, o FSH se mantém estável durante a fase folicular, geralmente com a relação FSH/LH > 1. O FSH se eleva no período ovulatório, para depois diminuir e voltar a ficar estável na fase final do ciclo. Na fase luteínica o LH/FSH > 1. O FSH torna-se muito elevado na menopausa, por falta dos estrógenos que garantiam o feed-back. Variações patológicas no homem: Hipogonadismo hipogonadotrófico: a) Secundárias, por deficiência do LH-RH : anorexia nervosa, deficiências hipotalâmicas com perda do ciclo hipotálamo-hipófise por traumatismos, tumores ou sarcoidose, etc, deficiências isoladas da produção de gonadotrofinas hipofisárias, Doença celíaca, Destruição da hipófise e do hipotálamo por radioterapia, Síndrome de Kallmann e Síndrome de Prader-Willi. b) Primárias por deficiências hipofisárias , com baixa ou sem produção de gonadotrofinas : adenomas hipofisários produtores de prolactina ou de HGH ou ACTH, terapêutica com estrógenos, Hemocromatose primária e tumor endócrino de testículos. c) Hipogonadismo congênito: Síndrome de Kleinefelter e outras anomalias cromossômicas, alterações genéticas autossômicas, Anorquidia e distrofia miotônica de Steinert. d) Hipogonadismo adquirido: pós-infecciosos, por caxumba, adenovírus e DST, Alcoolismo, Desnutrição, Quimioterapia e/ou radioterapia, Sarcoidose e IRC. Variações patológicas nas mulheres, geralmente estão ligadas à anomalias ovarianas que cursam com sinais de sua insuficiência, como desde a diminuição do muco cervical até a atrofia dos genitais, podendo ocorrer quadros de hiperandrogenismo, com hirsutismo, acne, hipertrofia clitoriana e atrofia dos seios. Dentro destes quadros podemos ter a insuficiência ovariana primária, com o estradiol baixo, FSH e LH elevados, e uma acentuada resposta ao estímulo com o LHRH. Disgenesia dos ovários, como na Síndrome de Turner, pura ou mosaico, na amenorréia iatrogênica (cirúrgica, quimioterápica ou radioterápica), amenorréia autoimune e na síndrome dos ovários policísticos. Esta síndrome cursa com elevação dos níveis de estradiol, LH e da Androstenediona. Em conseqüência há sinais claros de hiperandrogenismo, e antecedendo a amenorréia pode-se ter um período de espaniomenorréia. O FSH se apresenta normal. O teste com o Clomifeno é positivo e o teste com estímulo do LHRH tem resposta muito acentuada. 193 GRUPO SÃO CAMILO Ainda pode-se ter quadros de anomalias hipofisárias com LH e FSH baixos e sem resposta positiva ao estímulo com LH-RH. Dentre estes quadros estão a insuficiência da hipófise anterior, Síndrome de Sheehan, pós-parto, alterações hipotalâmico-hipofisária devido ao uso de anticoncepcionais ou por problemas psicogênicos. Indicações: além do que consta no item ¨Interferências¨, de forma geral o FSH é ulitizado nas análises dos distúrbios do eixo Hipotálamo-Hipófise-Gônadas, incluindo casos de Hipogonadismo Primário, Secundário, Puberdade Precoce e diagnóstico da menopausa. Informações importantes: idade, data da última menstruação, dias do ciclo menstrual, anticoncepção, terapêutica hormonal anterior ou atual, etc. _______________________________________________________________________________________ FTA-ABS – IgG Sinônimo mais usado: imunofluorescência para sífilis Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Pacientes conhecidamente dislipidêmicos devem coletar com jejum não inferior a 14 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorescência indireta com ou sem absorção do soro com suspensão de Treponema de Reiter. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: lipemias intensas. Indicações: O FTA-ABS, utilizando diluição de 1:5, com suspensão de Treponema de Reiter, reúne a alta sensibilidade do teste, com a especificidade, devido à absorção de anticorpos contra outros treponemas, principalmente da cavidade oral e de anticorpos anti-cardiolipina que possam circular pelo sangue periférico. Assim um resultado positivo, de FTA-ABS tem pouquíssima chance de se apresentar falso-positivo. Como fica positivo por longos períodos da vida do paciente, como cicatriz sorológica, não serve como diagnóstico de atividade da doença, que é feito pelo teste do VDRL. O teste de Enzima-imunoensaio apresenta as mesmas características clínico-laboratoriais do FTA, por se tratar de teste com antígeno treponêmico. Doenças crônicas como Sarcoidose e Amiloidose Primária podem produzir resultados falso-positivos, tanto no FTA-ABS, como no Enzima-Imunoensiaio. Gestantes podem apresentar títulos baixos, tanto em um como em outro teste. Informações importantes: gestação, doenças crônicas e idade. _______________________________________________________________________________________ FTA-ABS – IgM Sinônimo mais usado: fluorescência para sífilis Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Pacientes sabidamente dislipidêmicos devem coletar após jejum não inferior a 14 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunofluorescência indireta com e sem absorção com suspensão de Treponema de Reiter. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: Hiperlipemia. Indicações: Pesquisa de casos congênitos de Sífilis. Informações importantes: vide dados do exame anterior. _______________________________________________________________________________________ 194 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS FTA-ABS (INTERPRETAÇÃO) Antígenos Não-Treponêmicos Não Reagente Antígenos Treponêmicos Reagente Reagente Não Reagente Reagente Reagente ( títulos em elevação*) Reagente (títulos em declínio*) Não Reagente Reagente Reagente (positividade e títulos Variáveis *) Reagente (FTA-ABS-IgM**) Reagente Interpretação - Sífilis primária, secundária, latente ou tardia. - Anticorpos passivos em Recém-nascidos - Sífilis curada (cicatriz sorológica) - Falso Positivo Biológico: gravidez, Sarcoidose, Hanseníase ou outras doenças crônicas, etc. - Sífilis ativa – Sífilis secundária. - Sífilis ativa - Sífilis congênita - Sífilis curada com VDRL com títulos estáveis ou em declínio - Secundária Latente. -Anticorpos passivos em R.N. - Sífilis congênita Reações com antígenos Não-Treponêmicos: VDRL Reações com antígenos Treponêmicos: FTA e Enzimaimunoensaio. As reações com antígenos treponêmicos pelo método de Enzimaimunoensaio (ELISA) seguem, com mais sensibilidade, a mesma interpretação para os resultados do FTA-ABS. *Valorizar somente com aumentos ou diminuições de mais de um título. ** Esta prova para anticorpos anti-Treponema pallidum , da classe IgM (FTA-ABS-IgM) é específica somente até os 2 anos de idade. Nos casos de suspeita de sífilis secundária, Latente, ou Tardia e neurossífilis, recomenda-se Reações Imunológicas no LCR. _______________________________________________________________________________________ GABAPENTINA – DOSAGEM Sinônimo mais usado: Neurontin Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar 3 a 4 horas após dose do medicamento ou conforme orientação médica. Lactentes devem coletar de tal forma que possam acomodar o tempo após medicação com período imediatamente antes da próxima mamada.Não coletar em tubo com gel separador. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: HPLC Valores de Referência: os níveis terapêuticos não são ainda totalmente estabelecidos, mas de forma orientativa , alguns pesquisadores indicam os níveis de 3 a 4 mg/L, 3 a 4 horas após dose do medicamento na concentração de 300 a 400 mg. Alguns autores tem indicado os níveis terapêuticos entre 2 e 10 mg/L. Recomenda-se que cada laboratório determine os valores referenciais para este medicamento. Interferências: elevações: ácido valpróico. Diminuições: fenitoína e antiácidos (diminui a absorção). Indicações: a gabapentina é um medicamento indicado como anticonvulsivante adjuvante nos casos de crises convulsivas ditas parciais, em casos de dores crônicas, como neuralgias, incluindo as pós-herpéticas e em algumas afecções neuro-psiquiátricas. Informações importantes: medicamentos de uso, concentração, dia e hora da última dose. _______________________________________________________________________________________ GALACTOSÚRIA – PESQUISA Sinônimo mais usado: galactose na urina. 195 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: urina recente ou primeira urina da manhã, volume total, sob refrigeração. Instruções para coleta: efetivamente hão há horário definido para coleta podendo ser coletadas amostras ao acaso ou todo o volume da primeira urina da manhã. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: químico. Valores de referência: negativa Interferências : presença de lactose na urina. Indicações: a galactose é detectada na urina quando por defeito congênito falta da enzima galactose-1-uridiltransferase ou da enzima galactoquinase, acumulando-se no sangue (galactosemia), por não haver a conversão da galactose em glicose. Informações importantes: dados clínicos, exames anteriores e idade. _______________________________________________________________________________________ GAMA-GLUTAMIL-TRANSFERASE Sinônimo mais usado: Gama GT Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimático-colorimétrico automatizado. Valores de Referência: Feminino Masculino Menor que 01 anos : 15 a 132 U/L Menor que 01 anos : 12 a 122 U/L 01 a 09 anos . . . . . : 06 a 25 U/L 01 a 09 anos . . . . . : 06 a 25 U/L 10 a 13 anos . . . . . : 14 a 28 U/L 10 a 13 anos . . . . . : 17 a 44 U/L 14 a 19 anos . . . . . : 11 a 28 U/L 14 a 19 anos . . . . . : 11 a 40 U/L 20 a 59 anos . . . . . : < 38 U/L 20 a 59 anos . . . . . : < 53 U/L 60 a 69 anos . . . . . : 11 a 33 U/L 60 a 69 anos . . . . . : 15 a 52 U/L 70 a 79 anos . . . . . : 9 a 36 U/L 70 a 79 anos . . . . . : 11 a 50 U/L 80 a 89 anos . . . . . : 9 a 38 U/L 80 a 89 anos . . . . . : 11 a 52 U/L Mais que 90 anos . : 06 a 37 U/L Mais que 90 anos . : 09 a 52 U/L Interferências: Elevações: intoxicação por acetominofeno, barbitúricos, etanol (em grandes e moderados bebedores), Fenitoína e estreptoquisase. Indicações: Variações fisiológicas: idade. Os RN tem valores 5 s 10 vezes maiores que os níveis de adultos. Os jovens até 14 anos tem valores até 40% inferiores aos níveis de adultos. Anticonvulsivantes podem elevar em até 200% os níveis basais da Gama GT, enquanto os anticoncepcionais orais elevam em 25%, os antidepressivos em 100% e alguns medicamentos anti-oncóticos podem elevar os níveis basais em até 150%. As variações patológicas podem ser divididas em: afecções hepatobiliares e as de outras patologias. As afecções hepatobiliares podem ser as hepatites crônicas e agudas, virais, tóxicas, medicamentosas e alcoólicas (cirrose alcoólica). Metástases hepáticas ou de carcinomas hepáticos primários. Colestases intra e extrahepáticas e esteatoses. Nas outras patologias, podemos ter Infarto do Miocárdio, nefropatias, diabetes, Hipertireoidismo, pancreatites, carcinoma pancreático e carcinomas de seios. O seguimento de alcoólicos pode ser feito através da dosagem da Gama-GT, um aumento em mais de 2 vezes que o normal é sinal de impregnação alcoólica. Nos processos de abstinência alcoólica os níveis diminuem em até 50% em 8 a 10 dias.. Informações importantes: medicação atual e pregressa. 196 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS GASOMETRIA (ARTERIAL OU VENOSA) Sinônimo mais usado: gasometria Material e conservação para envio: o material coletado, sangue arterial ou venoso podem ser enviados até 10 minutos após a coleta, a temperatura ambiente ou até 2 horas sob refrigeração (geralmente em gelo reciclável) somente para unidade matriz. O sangue tanto o arterial como o venoso deve ser coletado em seringas heparinizadas, sem bolhas de ar e com a agulha lacrada com rolha de borracha. Instruções de coleta: o sangue arterial deve ser coletado preferencialmente da artéria radial, salvo orientação por escrito do médico-assistente. O sangue venoso pode ser coletado da veia média do ante-braço. Proteger da luz direta. Deve-se dar preferência a seringas de vidro, pois elas facilitam, na coleta arterial, a chegada do sangue. Deve-se solicitar à equipe médica a colocação de um cateter para facilitar as coletas repetitivas, já que é freqüente, em UTI o uso da gasometria para correção de alterações respiratórias, sistêmicas e crônicas, no caso de coletas venosas. Estabilidade da amostra: vide ¨Material e conservação para envio¨. Método: eletrodo (íon) seletivo. Valores de Referência: pH PO2 mmHg pCO2 mmHg CO2 total(mmol/L) HCO3 (mmol/L) Sat de 02 B.E. (mmol/L) Sangue arterial 7,36 a 7,44 85 a 100 36 a 44 22 a 26 21 a 25 94 a 100% -3a+3 Sangue venoso 7,32 a 7,42 25 a 40 41 a 51 24 a 28 22 a 29 40 a 70% -2 a + 2 B.E. Base excess. Interferências: pO2: diminuições: drogas que provocam depressão respiratória, como barbitúricos, heroína, crack, meperidina, etc. pCO2: elevações: morfina, barbitúricos, corticosteróides, diutéticos, uso excessivo de laxantes. Indicações: estudo do equilíbrio ácido-básico, na manipulação dos quadros das alterações metabólicas e respiratórias. Controlando-se as variáveis pré-analíticas, como excesso de heparina na seringa, excesso de tempo entre a coleta e a dosagem, falta de conservação sob refrigeração para períodos superiores a 10 minutos entre coleta e determinação. Nas coletas arteriais pode ocorrer contaminação de sangue venoso, que pode ser suspeitada pela soma do PO2 + PCO2 < a 90 mmHg. A acidose metabólica, geralmente por cetoacidose diabética, apresenta o pH baixo, HCO3 elevado e baixa pCO2. A alcalose metabólica que ocorre principalmente por vômitos e/ou presença de fístulas digestivas, com aumento do HCO3 e elevação da pCO2. A acidose respiratória apresenta pCO2 elevado e HCO3 elevado. A alcalose respiratória apresenta tanto a pCO2 e HCO3 baixos. Informações importantes: tipo de material coletado, arterial ou venoso, medicamentos em uso, hora da coleta e hora da chegada do material no setor. _______________________________________________________________________________________ GASTRINA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar 197 GRUPO SÃO CAMILO imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Adultos................................... : 13 a 115 pg/mL Recém-nascidos .................... :119 – 141 pg/mL Pré-puberes e púberes: Jejum de 3 a 4 horas .............. ..: 9 – 109 pg/mL Jejum de 5 a 6 horas .............. ..: 8 – 76 pg/mL Jejum de 8 horas ou maior ..... ..: 0 – 47 pg/mL Interferências: Elevações: aminoácidos (V.O.), Carbonato de Cálcio (V.O.), Cloreto de Cálcio, Catecolaminas, Café e insulina. Diminuições: Atropina e Secretina. Indicações: Diagnóstico da Síndrome de Zollinger-Ellison. Casos de Hipo ou Acloridrica, como Anemia Perniciosa, Carcinoma Gástrico, Úlcera Gástrica, Síndrome Pós-Vagotomia e Gastrite Atrófica. Apresentam níveis elevados de gastrina, porém sempre bem menores que os da Síndrome de Zollinger-Ellison, que geralmente são superiores a 1000 pg/mL. Sendo a principal função da gastrina, elevar a produção de ácido clorídrico e enzimas no estômago, geralmente a elevação da gastrina está ligada a maior secreção clorídrica pelo estômago. Todas disfunções do aparelho digestório relacionadas às dispepsias, úlceras gástricas e/ou duodenais, além de quadros de diarréia crônica – esteatorréia com hiperacidez gástrica (hiperplasia das células G gástricas) devem indicar a dosagem da gastrina, pelo seu excesso. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e outros exames já solicitados. _______________________________________________________________________________________ GAUCHER – DOENÇA DE (N370S, L444P e R463C) Sinônimo mais usado: Doença de Gaucher-biomol Material e conservação para envio: 5 mL ST em EDTA sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum dispensável. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR-RT Valores de Referência: ausência das mutações próprias do doença. Interferências: hemólise. Indicações: a Doença de Gaucher é a esfingolipidose (armazenamento lipídico) mais frequente, e é causada por mutações que levam à deficiência da enzima glicocerebrosidade lisosomal. As mutações mais comuns são N370S, L444P e R463C. Informações importantes: dados clínicos. _______________________________________________________________________________________ GLICOSE Sinônimo mais usado: glicemia de jejum. Material e conservação para envio: 1 mL de plasma fluoretado sob refrigeração. O material deve chegar ao laboratório no máximo em 2 horas. Sob gelo seco o material pode chegar em até 48 horas. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 30 dias sob congelamento. 198 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Método: colorimétrico enzimático. Valores de Referência : 70 a 100 mg/dL : De acordo com a Americam Diabetes Association os valores devem ser de 60 a 99 mg/dL. Crianças : 60 a 100 mg/dL Maiores de 60 anos : 80 a 110 mg/dL Maiores de 70 anos : 80 a 100 mg/dL Interferências: Elevações: cafeína, ACTH, Corticosteróides, d-Tiroxina, Adrenalina, Estrógenos, Indometacina, Anticoncepcionais orais, Lítio, Fenotiazida, Fenitoína, Tiabendazol, Diuréticos, hiperpotassemia e Cabamazepina. Diminuições: Acetaminofeno, Anabolizantes, Anti-Histamínicos, altas doses de Ácido Acetil Salicílico, Etanol em altas doses, Inibidores da MAO, Pentamidina, Propranolol, Hipopotassemia. Indicações: Diagnóstico do Diabetes Mellitus e Hipoglicemias. Pré-diabetes: São consideradas glicemias de jejum alteradas, valores superiores a 100 e inferiores a 125 mg/dL em duas ocasiões diferentes, ou melhor em dois exames em dias diferentes (no máximo em duas semanas). Estes casos, considerados de pré-diabetes, termo novamente utilizado (segundo a Associação Americana de Diabetes-ADA e Instituto Nacional de Diabetes, Doenças Digestivas e Renais dos EUA), ou intolerantes à glicose, os pacientes que: a) com pelo menos duas glicemias de jejum entre 100 e 125 mg/dL, em dias diferentes, b) Com tolerância diminuída à glicose , 2 horas após a ingestão de 75 g de glicose, obtendo-se valores de 140 a 200 mg/dL. Diabetes: a) Glicemias de jejum ≥ a 126 mg/dL em dois exames em dias diferentes, b) Valores superiores a 200 mg/dL ,2 horas após a ingestão de 75 g de glicose, As glicemias realizadas a qualquer hora do dia sem o indivíduo estar de jejum podem ser: Valores da glicemia (mg/dL) < 140 140 a 200 > 200 Diagnóstico a ser confirmado pelo médico-assistente Conduta Sem alteração Suspeita de Diabetes Diagnóstico de Diabetes Manter as pesquisas anuais. Confirmar com curva glicêmica Tratamento clínico Para > de 50 anos, pode-se acrescentar à glicemia de jejum 10 mg/dL a cada nova década. Para a sobrecarga oral de glicose pode-se acrescentar 9,5 mg/dL a cada década para a 1ª hora da curva e 5,3 mg/dL a cada década para a 2ª hora. Para os quadros de hipoglicemia, podemos classificar de acordo com a glicemia obtida: Hipoglicemia leve : 51 a 59 mg/dL Hipoglicemia moderada : 41 a 50 mg/dL Hipoglicemia acentuada : < 41 mg/dL Líquido Sinovial: 75 a 100 % do valor sérico. Líquido Pleural: 95 a 100% do valor sérico. Líquido Ascítico: 70 a 80% do valor sérico. De forma diferente da hiperglicemia, a hipoglicemia depende da sensibilidade de cada paciente e pode ser responsabilizada por 4 a 7 % das mortes de diabéticos do tipo 1, por provocar acidentes com veículos, mudança de comportamento, etc. Muitos pacientes apresentam sintomas evidentes de hipoglicemia com valores de glicemia entre 41 e 50 mg/dL. Nos pacientes que usam insulina pode ocorrer por erro de dosagem, uso de bebidas alcoólicas , IRC, distúrbios hidro-eletrolíticos , etc. Nos casos de insulinoma a glicemia baixa é concomitante à insulinemia normal ou elevada. A hipoglicemia pode ser reativa, principalmente alimentar, por trânsito gástrico muito rápido, doenças ligadas à intolerância a outros 199 GRUPO SÃO CAMILO açúcares, idiopática, ou pode aparecer no início da intolerância à glicose. A hipoglicemia em jejum pode refletir outras doenças orgânicas, que devem deixar o clínico alerta, incluindo uso de drogas , algumas doenças neoplásicas e hipoglicemia factícia. As hipoglicemias podem ser reativas e de jejum associadas, como no insulinoma , anticorpos anti-insulina ou anti-receptores de insulina ou ainda por insuficiência adrenal. No teste para insulinoma a ADA preconiza jejum assistido de 72 horas, com Glicemia infeiror a 45 mg/dL, Insulinemia normal ou levemente elevada, Peptídio C baixo e Pró-insulina elevada . Informações importantes: tempo de jejum, medicamentos utilizados , idade e sexo. _______________________________________________________________________________________ GLICO-HEMOGLOBINA (VER HEMOGLOBINA GLICADA) _______________________________________________________________________________________ GLICOSE PÓS-PRANDIAL OU GLICOSE POTENCIALIZADA Sinônimo mais usado: glicose pós refeição/ glicose pós sobrecarga Material e conservação para envio: vide glicose Instruções para coleta: a coleta pode-se dar a qualquer tempo pós-prandial. Geralmente pede-se duas horas após o almoço. Alguns médicos solicitam que os pacientes coletem as 17:00 ou outro horário, para avaliação de pacientes que são diabéticos e utilizam o exame como controle terapêutico. A Glicose Potencializada é a glicose após duas horas após sobrecarga de 75 g de glicose para não-grávidas. As mulheres grávidas devem receber 100 g de Glicose V.O. As crianças devem receber 1,75 gramas de glicose, V.O. por Kg de peso, até o máximo de 75 gramas. Estabilidade da amostra: vide Glicose Método: vide Glicose Valores de Referência: A qualquer tempo após a sobrecarga ou pós-prandial, a glicose não deve ultrapassar a 140 mg/dL. Interferências: vide Glicose Indicações: vide Glicose Informações importantes: período pós-prandial, medicação atual, idade, sexo, peso e gestação. _______________________________________________________________________________________ GLICOSE 6-FOSFATO DEHIDROGENASE Sinônimo mais usado: G6PD Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração, colocando bastante papel entre o frasco e o gelo renovável. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas para adultos. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração. Método: enzimático. Valores de Referência: 4,6 a 13,5 U/g de Hb. Classificação por classes: Classes Variantes Variantes deficientes associadas à anemia hemolítica crônica. Classe 1 Deficiência grave com menos de 10% de atividade Classe 2 Deficiência moderada com 10 a 60% de atividade Classe 3 Deficiência leve com 60 a 90% de atividade Classe 4 Variantes normais com atividade superior a 100% Classe 5 200 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: Níveis elevados podem ser encontrados no período neo-natal, ou em anemias hemolíticas sem significado patológico específico. Indicações: Teste de triagem de quadros hemolíticos pela deficiência de G6PD, primária (congênita) ou secundária (adquirida), como infecciosa ou metabólica. Informações importantes: idade, sexo, raça, medicação utilizada. _______________________________________________________________________________________ GLICOSE 6 FOSFATO DEHIDROGENASE – MUTAÇÃO 202 (G6PD) – PCR Sinônimo mais usado: G6PD ,mutação 202 Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA coletado e mantido esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente. Método: PCR – RFLP Valores de Referência: ausência da mutação 202. Interferências: Hemólise. Indicações: diagnóstico molecular da mutação 202 da G6PD. Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ GLICOSÚRIA – PESQUISA QUALITATIVA Sinônimo mais usado: glicosúria Material e conservação para envio: mínimo de 10 mL de urina recente, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, a primeira urina da manhã. Pode-se coletar em outros horários conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento. Método: glicose oxidase qualitativa. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: Elevações: corticosteróides, EDTA, D-Tiroxina, Fenotiazidas, Lítio, derivados Fenólicos, Nucleoproteínas, Oxalatos, Ruibarbo, Fenilcetonúria, Furosemide, Carbamazepina e Ácido Sulfossalicílico. Indicações: teste coadjuvante para seguimento de pacientes diabéticos, e diagnóstico de glicosúria renal. Informações importantes: período de coleta e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ GLICOSÚRIA – DOSAGEM Sinônimo mais usado: glicosúria quantitativa Material e conservação para envio: amostra de pelo menos 10 mL de urina de 24 horas, após homogeneização e separação da alíquota, sob refrigeração. Urina ao acaso: 10 mL sob refrigeração. Urina de 12 horas: 10 mL sob refrigeração. Instruções para coleta: ao levantar pela manhã, desprezar todo o volume de urina da primeira urina da manhã e marcar essa hora. Coletar em um só frasco, mantido sob refrigeração, todos os volumes obtidos das micções do dia, inclusive a amostra da manhã, coletada no mesmo horário que a primeira amostra, do dia anterior tenha sido 201 GRUPO SÃO CAMILO desprezada. Solicitar ao paciente que leve todo o volume coletado, imediatamente ao laboratório ao fim do período da coleta, sob refrigeração em caixa isotérmica (Isopor®). Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: glicose-oxidase quantitativo. Valores de Referência: Urina de 24 horas: até 500 mg/24 horas. Urina ao acaso: até 10,0 mg/L Urina de 12 horas: 250 mg/12 horas. Interferências: erros de coleta com perda de material, contaminação bacteriana por mal conservação da amostra, demais interferências constantes da Glicosúria- Pesquisa Qualitativa. Informações importantes: vide Glicosúria – Pesquisa Qualitativa. _______________________________________________________________________________________ GLOBULINA TRANSPORTADORA DE HORMÔNIOS SEXUAIS - SHBG Sinônimos mais usados: SHBG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: duas semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: Feminino Masculino Até 09 anos. . . . . . . : 39 a 145 nmol/L Até 09 anos . . . . . . : 38 a 145 nmol/L 10 a 12 anos . . . . . . : 30 a 99 nmol/L 10 a 12 anos . . . . . : 30 a 99 nmol/L 13 a 19 anos . . . . . . : 09 a 76 nmol/L 13 a 15 anos . . . . . : 13 a 76 nmol/L Fase folicular . . . . . : 18 a 144 nmol/L 16 a 19 anos . . . . . : 10 a 56 nmol/L Fase luteínica . . . . . : 48 a 185 nmol/L Acima de 19 anos . : 13 a 71 nmol/L Contraceptivos oral : 60 a 270 nmol/L Gestante 01º trimestre. . : 49 a 450 nmol/L 02º trimestre. . : 280 a 440 nmol/L 03º trimestre. . : 240 a 550 nmol/L Menopausa . . : 30 a 230 nmol/L Interferências: a) Fisiológicas: sexo, idade e atividade sexual. - Elevações : gravidez, estrógenos, anti-convulsivantes, - Diminuições : andrógenos e menopausa. b) Patológicas : - Elevações: doenças hepáticas:cirrose hepática ou biliar, deficiências de HGH, Hipogonadismo masculino, hipertireoidismo, magreza extrema, anorexia nervosa e terapia com estrógenos. - Diminuições: acromegalia, hiperandrogenismo feminino, hipercorticalismo ou terapia com corticosteróides, Hiperprolactinemia, hirsutismo idiopático, mixedema, obesidade e terapêutica com androgênios. Indicações: A SHBG é uma glicoproteína de produção hepática, cuja finalidade é carregar os hormônios sexuais esteróides, tanto os estrógenos como os andrógenos (testosterona e dihidrotestosterona). É uma forma do corpo controlar a biodisponibilidade dos hormônios sexuais, já que sempre haverá uma forma livre e outra ligada à proteína, sendo a fração livre aquela de imediata utilização, tanto para ação sobre os tecidos em geral, como no eixo hipotálamohipófise-gônadas, controlando as interações em “feed-back” positivo ou negativo. Variações nas produções dos 202 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS hormônios, como na produção da SHBG, irão determinar as modificações dos níveis circulantes destes hormônios. As mulheres tem valores mais elevados que o dos homens, devido à maior proporção de estrógenos que andrógenos. Assim, pode-se explicar o outro aumento de sua concentração durante a gravidez e durante a administração de estrógenos. Por outro lado, os andrógenos diminuem esses níveis. A testosterona circula basicamente ligada à proteínas, principalmente a SHBG, Albumina e um pouco na Globulina Carreadora do Cortisol. Os níveis de SHBG, são inversamente proporcionais aos níveis de Testosterona, podendo ser utilizados como controle da dosagem da testosterona. O índice Androgênico, que tem em seu cálculo a relação entre a testosterona e a SHBG é um bom indicador da condição anormal do Hirsutismo. Valores baixos de SHBG são frequentemente encontrados no Hirsutismo, Acne e na Síndrome dos Ovários Policísticos. Por volta de 32% das mulheres tem o SHBG diminuído. No hipotireoidismo, hiperprolactinemia, acromegalia e Doença de Cushing, o SHBG está levemente diminuído. Na Obesidade Mórbida chega a ser suprimido, assim como na administração de andrógenos, principalmente testosterona ou Danazol (que compete com andrógenos pela ligação do SHBG). Os glicocorticóides e o Hormônio do Crescimento diminuem os níveis de SHBG. No hipertereoidismo, cirrose hepática e gravidez, os níveis podem ser elevados. Informações importantes: idade, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ GLUCAGON Sinônimo mais usado: Peptídeo alfa, IRG Material e conservação para envio:2 mL de plasma coletado em frasco com EDTA + Trasilol, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. Método: Radioimunoensaio. Valores de Referência: 40 a 130 pg/mL Interferências: as principais variações patológicas geram elevações do Glucagon: nos glucagonomas a elevação acentuada está sempre relacionada a uma hiperglicemia. A glicemia reage de forma exagerada aos testes de estímulo (hipoglicemia insulínica) e aos testes de bloqueio (hiperglicemia via oral). Na Síndrome dérmica eritematosa migratória e necrótica (de evolução lenta), associada a estomatite, com queda do estado geral, tromboflebites, anemia tipo doença crônica e diabetes não-insulinodependente . Os testes auxiliam no diagnóstico dos glucagonomas, que podem ser um tumor pancreático, geralmente maligno (o mais freqüente), tumores plurifocais secretórios e por último a hiperplasia das células alfa do pâncreas. Sendo produzido pelas células alfa do pâncreas e por células intestinais, o Glucagon age sobre a glicogenólise, na neoglicogênese, na proteólise e na lipólise. A hipoglicemia, a ingestão de triglicérides e o aumento de ácidos graxos livres levam a aumentos variáveis do Glucagon. Indicações: A sua dosagem está indicada para a avaliação de pacientes diabéticos, em pacientes com quadros de hipoglicemia por déficit de Glucacon, e nos pacientes com diarréia crônica com suspeita de glucagonoma. Informações importantes: níveis recentes de glicemia, medicação atual, sexo e idade. _______________________________________________________________________________________ GLUTATIONA PEROXIDASE Sinônimo mais usado: GP Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total com heparina sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. 203 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: 2 a 3 dias sob refrigeração. Método: cinético-enzimático. Valores de Referência: 10 a 15 mU/mg de Hb. Interferências: a deficiência de selênio pode levar a alterações da atividade enzimática. Indicações: triagem para quadros de anemia hemolítica. A deficiência da Glutationa Peroxidase é uma patologia autossômica recessiva, cujas formas clínicas são muito parecidas com a deficiência de G6PD, com hemólise aguda de origem medicamentosa, hemólise crônica não-esferocítica e nas formas neonatais. Informações importantes: dados de hemograma recente, idade e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ GLUTATIONA REDUTASE Sinônimo mais usado: atividade da Glutationa Redutase. Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total com heparina, sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 a 3 dias sob refrigeração. Método: Cinética enzimática. Valores de Referência: 1,0 a 1,2 mU/mg de Hb Interferências: elevações inadequadas de riboflavina. Indicações: a deficiência da Glutationa Redutase pode levar a quadros hematológicos diversos, como anemia hemolítica não-esferocítica, pancitopenia, trombopenia idiopática, megaloblastose medular e hemólise aguda medicamentosa. É uma deficiência constitucional geralmente de caráter moderado. Informações importantes: idade, medicação atual e dados de hemograma recente. _______________________________________________________________________________________ GONADOTROFINA CORIÔNICA TESTICULAR Sinônimo mais usado: Beta-HCG testicular Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência de partículas. Valores de Referência: valores inferiores a 5,0 mUI/mL. Interferências: não há referências na literatura médica. Indicações: Valores acima de 25 mUI/mL, são encontrados em 40 a 60% dos pacientes com neoplasias nãoseminomatosas puras. Falso-Negativos ocorrem em 20 a 30% dos casos, mesmo com comprometimento de linfonodos retroperitoniais. Casos falso-positivos são raros. Seu uso é maior como marcador do que diferenciador de massa escrotal. Informações importantes: idade, suspeita clínica e resultado da Alfa-Fetoproteína. _______________________________________________________________________________________ GORDURA FECAL – PESQUISA OU DOSAGEM Sinônimo mais usado: 204 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Material e conservação para envio: fezes recentes coletadas após 3 dias de dieta padrão para gordura fecal, vide abaixo, sob refrigeração. Instruções para coleta: Regime indicado: acima de 50 kg : introduzir às refeições normais, 3 colheres de sopa de manteiga, divididas em três refeições, uma colher para o café da manhã, uma colher para o lanche da tarde e uma colher no jantar ou na ceia, entre 22:00 e 23:00 horas. Pode ser servida com pão, ou derretida e introduzida em algum prato, etc. Entre 25 e 50 Kg, introduzir às refeições, 2 colheres de sopa de manteiga, cuja quantidade pode ser dividida em 3 ou 4 refeições do dia. Entre 10 e 25 kg, introduzir 1 colher de sopa de manteiga, dividindo a quantidade em 3 ou 4 refeições do dia, no pão ou derretida e introduzida em algum prato, como sopas, mingaus, etc. Abaixo de 10 kg, para não lactentes, fornecer ½ colher de manteiga dividida entre as refeições do dia. Para lactentes, introduzir ½ colher de sobremesa de manteiga, dividida entre as refeições do dia. O médico-assistente deverá aprovar este regime antes de ser instituído ao paciente. Seguir estas instruções por 3 dias seguidos. No quarto dia coletar todas as evacuações, e junta-las em um único frasco, fornecido pelo Laboratório São Camilo, que deverá ficar guardado sob refrigeração, por todo o período de coleta. Levar ao laboratório na manhã do quinto dia. O regime deverá ser suspenso caso haja piora do quadro do paciente, que justifique esta medida, com conhecimento do médico-assistente. Obs.: caso seja impossível conservar as fezes na geladeira, pode-se conserva-las em recipiente de Isopor com gelo renovável, fornecidos pelo Laboratório São Camilo. Estabilidade da amostra: após coletada as fezes podem ser estocadas por mais 48 horas sob refrigeração. Recomenda-se encaminhar as fezes de segunda-feira a quinta-feira. Não enviar às vésperas de feriado. Método: Sudan III ou Fosfovanilina. Valores de Referência: Pesquisa: Negativa, Dosagem: até 9,0 g de ácidos graxos/100g de fezes. Interferências: Elevações: medicamentos que aumentam o trânsito intestinal, reposição de enzimas pancreáticas, Colestiramina em doses superiores a 15g/dia, antibióticos de baixa absorção intestinal. Diminuições : uso de medicamentos que diminuem o trânsito intestinal. Indicações: a presença de gorduras nas fezes indica a presença de esteatorréia, assinalando quadros de má-digestão dos alimentos por deficiências pancreáticas, como doença celíaca , enteropatias infecciosas, amiloidose, etc., ou quadro de má-absorção intestinal. Informações importantes: adesividade ao regime, possíveis perdas de fezes durante o período de coleta, medicação atual e imediatamente pregressa. _______________________________________________________________________________________ Haemophilus ducreyi – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de Cancro mole Material e conservação para envio: raspado de lesões suspeitas, em áreas genitais, masculina ou feminina, sendo realizados esfregaços em lâminas de microscopia (pelo menos 4 lâminas), que devem ser fixadas em bico de Bunsen, e enviadas em porta-lâminas. (vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo pg 22-23). Instruções de coleta: limpar bem as superfícies das lesões com gaze. Coletar todo o material de superfície das lesões, espalhando-o sobre as lâminas de microscopia, principalmente os obtidos das bordas das lesões. A coleta deverá ser feita com alça de platina flambada e esfriada, ou alça plástica estéril e descartável. Secar as lâminas e após fixa-las ao fogo. Enviar em porta-lâminas a temperatura ambiente. Geralmente as lesões de cancro mole são dolorosas, com cheiro fétido e são mais que uma. As bordas são irregulares e o material de superfície é mais abundante que as lesões do cancro duro. Estabilidade da amostra: uma vez fixadas ao fogo, a estabilidade, a temperatura ambiente, protegida da luz e umidade, é de um ano. 205 GRUPO SÃO CAMILO Método: microscópico com coloração segundo Gram. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: uso de medicação tópica e de antibioticoterapia prévia e atual. Informações importantes: medicação prévia e atual, tempo de lesão. _______________________________________________________________________________________ HAM- TESTE DE Sinônimo mais usado: Teste para Hemoglobinúria Paraxística Noturna. (HPN) Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sem nenhuma fibrina e 2 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração. Colocar sob refrigeração imediatamente após a coleta. Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração. Método: Hemólise ácida. Valores de Referência: teste negativo. Tubo com tampão ácido não apresenta hemólise. Interferências: Falso-negativos: transfusões sangüíneas recentes (menos que 120 dias), terapia com heparina. Falso-positivos: anemias auto-imunes, anemias megaloblásticas, por deficiência de Vitamina B12 ou de Ácido Fólico e na Metaplasia Mielóide Agnogênica. Indicações: A HPN é uma patologia hematológica adquirida, onde há uma sensibilidade anormal das hemácias aos componentes do complemento sérico, possibilitando a hemólise, principalmente à noite, quando ocorre acidificação fisiológica do sangue. Informações importantes: presença de quadros de hemólise, medicação atual e idade. _______________________________________________________________________________________ HAPTOGLOBINA Sinônimo mais usado: Alfa-2 Haptoglobina Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Não pode haver hemólise na amostra. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. A coleta deve ser feita até às 12:00 horas. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunoturbidimetria. Valores de Referência: Faixa Etária Em mg/dL RN ( primeira semana) < 10,0 1 semana a 1 mês 5,0 – 15,0 1 mês a 6 meses 10,0 – 70,0 6 meses a 1 ano 40,0 – 150,0 1 ano a 19 anos 40,0 – 160,0 Adultos (> 19 anos) 40,0 – 240,0 Interferências: Hemólise. Alterações patológicas: a) Elevações: Processos inflamatórios agudos: Diabete Mellitus, Doenças auto-imunes, Infecções, Inflamações inespecíficas, Necrose, Neoplasias, Síndrome Nefrótica , TRA e TRH. Quadros de obstrução biliar. b) Diminuições: Quadros de hemólise, doença hepática grave, como cirrose e neoplasias 206 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS hepáticas primárias ou metastáticas, Perda protéica, por lesões cutâneas extensas ou perdas gastrointestinais. Deficiências ou falta de produção da proteína de fundo genético. Indicações: Diagnóstico dos quadros de hemólise intravascular. A Haptoglobina é uma Alfa-2 globulina que liga a hemoglobina livre do plasma. Elevando-se nos processos inflamatórios agudos, pode prejudicar o diagnóstico de hemólise. Cerca de 15% dos pacientes tem seus níveis normais na vigência de quadros leves de hemólise. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ Helicobacter pylori - ANTICORPOS IgG, IgA ou IgM Sinônimo mais usado: Helicobacter –IgG ou IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Quimioluminescencia. Valores de Referência: Para anticorpos da classe IgG: Reagente/Positivo > 1,1 UI/mL Não Reagente/Negativo < 0,9 UI/mL Indeterminado (zona cinza) 0,9 – 1,1 UI/mL Para anticorpos da classe IgM: Não Reagente Para anticorpos da classe IgA: Não Reagente. Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Indicações: Os métodos imunológicos séricos para pesquisa de anticorpos anti-Helicobacter pylori possibilitam o diagnóstico de infecção sem a endoscopia. Para confirmação da erradicação o teste deve ser quantitativo. O critério de erradicação da infecção consiste em queda dos títulos em mais de 20% em pelo menos 6 meses após o tratamento. Informações importantes: medicação atual, tempo de tratamento. _______________________________________________________________________________________ Helicobacter pylori – PCR – RT QUALITATIVO Sinônimo mais usado: PCR do Helicobacter pylori Material e conservação para envio: 2 ml de suco gástrico, biópsia gástrica, saliva, placa dental e fezes. Enviar sob refrigeração. Instrução para coleta: Para swab bucal solicitar kit de coleta ao Laboratório. Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), swab bucal (7 dias). Método: PCR em Real Time. Valores de Referência: ausência de DNA de Helicobacter pylori. Interferências: contaminações durante a coleta ou separação do soro. Indicações : diagnóstico de infecção por Helicobacter pylori. Informações importantes: medicação atual, tempo de medicação. _______________________________________________________________________________________ 207 GRUPO SÃO CAMILO HEMÁCIAS DISMÓRFICAS Sinônimo mais usado: dismorfismo eritrocitário Material e conservação para envio: urina recente pode ser a primeira ou a segunda urina da manhã. Enviar mínimo de 5 mL de urina recente, sob refrigeração. O frasco com a urina não pode encostar no gelo renovável. Utilizar papel ou espuma de látex para isola-lo. Instruções para coleta: coletar pela manhã, coletando a primeira ou segunda urina da manhã. Estabilidade da amostra: máximo 4 a 6 horas sob refrigeração controlada. Método: microscopia de contraste de fase. Valores de Referência: Hemácias dismórficas: Lesão Glomerular: < 20% Exclui Hematúria glomerular (HG) 21 a 29% Possível HG 30 a 59% Fortemente associado à HG > 59% HG Tipos morfológicos - Acantócitos - Glomerular Shaped Número de populações: Associação `HG. > 5% > 5% Até 4 tipos morfológicos Interferências: secreções genitais contaminantes, tempo maior de conservação que o indicado. Indicações: localização da origem da hematúria. Valores elevados de hemácias dismórficas (vide Valores de Referência) indica hematúria glomerular. Informações importantes: hora da coleta e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ HEMATOZOÁRIOS – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de Plasmodium sp Material e conservação para envio: coletar com o paciente com febre alta, ou imediatamente após a queda de temperatura. Coletar sangue digital e sangue periférico em EDTA. Preparar 4 a 6 lâminas finas (esfregaços) de ambos materiais. Deixar secar a temperatura ambiente. Bem secas, podem ser embrulhadas, uma a uma com papel alumínio ou colocadas em porta-lâminas. Instruções para coleta: proceder como acima e anotar a medicação atual, temperatura no momento da coleta e qual a periodicidade dos picos febris. Estabilidade da amostra: as lâminas podem ficar a temperatura ambiente, protegidas, por tempo indeterminado. O sangue periférico tem estabilidade, no EDTA , de 24 horas. Método: coloração tipo Romanovski (Leishmann, Rosenfeld, Panótico, etc). A observação das lâminas é microscópica. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: terapêutica específica anterior. Coleta fora do período febril ou imediatamente pós-febril. Indicações: diagnóstico laboratorial de infestações por hematozoários. Informações importantes: medicação prévia, ciclos febris e tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ 208 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS HEMOCROMATOSE – DIAGNÓSTICO MOLECULAR – PCR a) Teste para mutação S65C b) Teste duo: mutações C282Y e H63D c) Teste plus: mutações C282Y, H63D e S65C Sinônimo mais usado: Diagnóstico molecular da Hemocromatose Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C. Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR em Tempo Real e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). Valores de Referência: Negativo (homozigoto normal). Heterozigoto: Possui mutação em um dos cromossomos associados com aumento discreto do ferro sérico, da ferritina e saturação da transferrina. Homozigoto: Possui mutação nos dois cromossomos. Está associada com aumento do ferro sérico, da ferritina e saturação da transferrina. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico molecular das principais mutações da Hemocromatose. Informações importantes: quadro clínico, níveis de Ferritina, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ HEMOCULTURA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Atualmente estamos utilizando o sistema Hemobac Trifásico II da Probac . Coletar o sangue conforme instruções no Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo, não descuidando da assepsia dos locais de coleta e da tampa onde o sangue será introduzido no frasco da Hemocultura [Utilizar álcool iodado (70% / 1%) ou PVPI]. Aguardar um minuto a ação dos desinfetantes. Para inocular o sangue, levante a parte central da tampa de alumínio. Não rompa este lacre. Uma vez inoculado o sangue no frasco de hemocultura, homogeneizar o conteúdo do frasco, com inversões lentas. Coletar 10 mL de sangue para adultos (utilizar frasco com tampa verde) e 5 mL para crianças (frasco com tampa da cor salmão). O transporte pode ser feito a temperatura ambiente sob proteção da luz. Instruções para coleta: vide o item anterior. Estabilidade da amostra: após a inoculação do sangue no frasco de hemocultura, a amostra pode ficar até 48 horas a temperatura ambiente, tempo que deve chegar ao laboratório de microbiologia para continuação da montagem do teste (colocação do complemento em Lâmino-Cultivo). Método: microbiológico. Valores de Referência: ausência de crescimento de bactérias. Interferência: antibioticoterapia anterior, contaminação durante a coleta. Informações importantes: medicação anterior, quadro clínico, procedimentos cirúrgicos recentes, uso de instrumentos invasivos. Nota: Hemocultura automatizada está em fase de validação. _______________________________________________________________________________________ 209 GRUPO SÃO CAMILO HEMOGLOBINA A2 (ver eletroforese de hemoglobina) _______________________________________________________________________________________ HEMOGLOBINA FETAL (ver eletroforese de hemoglobina) _______________________________________________________________________________________ HEMOGLOBINA GLICADA Sinônimo mais usado: HbA1c Material e conservação para envio: sangue total em EDTA, 1 frasco, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Pacientes conhecidamente hiperlipêmicos devem estar sob jejum não inferior a 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia líquida de alta performance (HPLC) Valores de Referência: Segundo Sociedade Brasileira de Diabetes: meta: inferior a 6,5%. Segundo a DCCT (Diabetes Control and Complication Trial e UKPDS-United Kingdom Prospective Diabetes Study): meta: inferior a 7,0%. Para população em geral : 4,0 a 6,0% Controle inadequado : > 6,5% Correspondência entre níveis de A1c e níveis médios de glicemia em mg/dL Ref. Bibliográfica: Natahan, DM et al. Translating the A1c Assay into Estimated Average Glucose Values. Diabetes Care 31:1-6,2008. Valores de HbA1c em % e de Glicemia em mg/dL (níveis médios mensais): Nível de A1c % 4 5 6 Meta SBD : 6,5 Meta DAD: 7 8 9 10 11 12 Estudo DCCT 65 100 135 152 170 205 240 275 310 345 Estudo ADAG 70 98 126 140 154 182 211 239 267 295 Interferências: Redução do valor real de HbA1c em função da diminuição do número de hemácias, concentração de hemoglobina e do hematócrito: - Afecções hematológicas que levam ao aumento do número de hemácias e/ou do hematócrito. - Anemia hemolíticas de várias etiologias. - Deficiência secundária de Eritropoetina devido a insuficiência renal. - Deficiências nutricionais de folatos, vitamina B6 e Vitamina B12, ou patologias gástricas que diminuam a 210 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS - absorção desses elementos. Doenças que atinjam a produção da medula óssea, como fibrose, mieloesclerose, radiação, toxinas, tumores, etc. Hemoglobinopatias que podem produzir resultados falsamente aumentados ou diminuídos. Hipertireoidismo Intoxicação por chumbo (Saturnismo) Leucemias (alguns tipos) Mieloma múltiplo Queimaduras graves com perdas protéicas e líquidos. Terapêutica com grandes concentrações de Vitamina C e Vitamina E, que podem inibir a glicação da hemoglobina dentro das hemácias. Aumento do valor real da A1c: - Anemia ferropriva com aumento de mais de 2% nos níveis da hemoglobina glicada. - Presença de hemoglobina acetilada (quimicamente ligada a salicilatos) em pacientes que fazem uso de doses elevadas de ácido acetilsalicílico. - Presença de hemoglobina carbamilada (quimicamente ligada à uréia), em pacientes com uremia por insuficiência renal. Alguns medicamentos podem alterar os níveis de HbA1c por interferências na cromatografia: antibióticos macrolídeos e penicilina. Uso de bebidas alcoólicas e hiperlipemias podem alterar os resultados desse exame. OBS: os equipamentos que utilizamos no Laboratório São Camilo, podem sofrer alterações devido à presença de HbE e Hemoglobina F elevada (acima de 5%). Indicações: Estudos clínicos de 2008 e 2009 demonstraram que a glicemia tem uma variabilidade que constitui-se em um fator de risco independente pela amplitude das taxas de glicose, que variam com os horários do dia. A média das glicemia do dia é um fator importante de risco endotelial, produzindo ou favorecendo as complicações cardiovasculares dos diabéticos. Como a A1c é um valor que reflete somente o nível médio das glicemias no últimos 60 a 120 dias, deve-se avaliar a variabilidade dos níveis de glicose sanguínea. Estes dados podem, hoje, ser obtidos com facilidade dos monitores de glicose, através de programas de informatização. Outro fator que deve ser lembrado é que as glicemias mais recentes tem maior impacto sobre os níveis de HbA1c do que as glicemias mais antigas: Influência das glicemias mais recentes e das “mais antigas” sobre os níveis de HbA1c: 1 mês antes 50% | 2 meses antes | 25% | 3 meses antes | 4 meses antes | 25% O impacto de qualquer variação significativa (tanto para cima como para baixo), nos níveis de glicemia média será diluído dentro de 3 a 4 meses, em relação aos níveis de Hemoglobina Glicada. As glicemias mais recentes causarão maior impacto nos níveis médios de HbA1c. Para que esta avaliação seja mais segura para o paciente e tenha efeito sobre o controle da doença, a determinação da Hemoglobina Glicada deve ser realizado pelo menos 2 vezes ao anos para todos os pacientes diabéticos com esquemas terapêuticos bem estabelecidos e pelo menos 4 vezes ao anos (trimestralmente) para os pacientes que tiveram que alterar o seu esquema terapêutico ou que ainda não atingiram os objetivos ou suas metas com o tratamento prescrito. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. 211 GRUPO SÃO CAMILO HEMOGLOBINA H (ver eletroforese de hemoglobina) _______________________________________________________________________________________ HEMOGLOBINA–S Sinônimo mais usado: depranocitose ou teste de eluição Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração e pelo menos 3 lâminas com esfregaços não grossos, bem secas, protegidas em porta lâminas. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 12 horas sob refrigeração, em caixa isotérmica, com gelo renovável, separada por camadas de papel. Método: teste da depranocitose com ditionito de sódio em ambiente anaeróbico e teste da eluição segundo Ramalho et al, também com ditionito de sódio e centrifugação. Valores de Referência: testes negativos. Para o teste de eluição podemos ter : Sobrenadante Precipitado Hb AA Incolor Vermelho Hb AS Levemente vermelho Vermelho claro HbSS Vermelho (hemól ise) Claro Indicações: o teste da depranocitose demonstra a presença de Hemoglobina S em heterozigose ou homozigose, com a formação de hemácias falciformes (em forma de foice) na montagem entre lâmina-lamínula. Testes falsoNegativos podem ocorrer quando as concentrações de HbS são inferiores a sensibilidade analítica mínima do teste, ou quando a quantidade de Hemoglobina Fetal (HbF) é muito elevada. Nos testes de eluição, há a possibilidade de se diagnosticar casos hetero, como homozigóticos. Testes falso-positivos podem ocorrer em algumas hemoglobinopatias mais raras e nos quadros de policitemias. Informações importantes: uso de medicações específicas contra a falcização, como o uso de tiouréia, etc, transfusões recentes de sangue, etc. _______________________________________________________________________________________ HEMOGRAMA Sinônimo mais usado: exame hematológico Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, mais pelo menos dois esfregaços em lâmina de microscopia, secos a temperatura ambiente. O sangue pode ser estocado e enviado sob refrigeração, separado do gêlo renovável por papel e as lâminas enviadas a temperatura ambiente em porta lâminas. Instruções para coleta: coletar preferencialmente pela manhã, para os exames de rotina, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Como o Hemograma é um dos itens laboratoriais mais solicitados em casos de emergêmcias, o exame pode ser coletado a qualquer momento, pois as variações de valores de referência, com ou sem jejum passam a ser desprezíveis frente a um quadro clínico de emergência, como hemorragias, infecções agudas, etc. Estabilidade da amostra: as lâminas (esfregaços secos), mesmo não fixadas tem longo período de estabilidade, desde que sejam guardadas em porta-lâminas, em local fresco e ao abrigo da luz. Se forem coradas a validade é ainda maior. Temos revisado lâminas coradas, com mais de um ano, sem perda da qualidade. Lâminas não coradas tem sido observadas após um mês de arquivo, e coradas posteriormente, sem perda das características morfotintoriais. O sangue em EDTA, coletado em frascos comerciais (BD, Cral, Terumo, etc) tem apresentado boas condições de análise até 12 horas após a coleta. Após este período, há perda da qualidade de contagens, dosagem da Hemoglobina, análise da porcentagem dos reticulócitos, etc. 212 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Método: análise em contadores eletrônicos de partículas, capazes de captar variações de resistividade, difração e dispersão óptica, absorção espectrofotométrica/fluorométrica, impedância e laser. Como a análise é tridimensional, o tamanho, forma e variabilidade dos elementos normais e anormais são possíveis com grande qualidade e confiabilidade. Valores de Referência: o Laboratório São Camilo tem pesquisado, por longos anos os valores referenciais para várias faixas etárias e também para vários períodos da gestação. Valores referenciais para período de 0 a 2 anos: 0-7 dias Eritrócitos (milhões/mm³) 3,9 - 6,0 13,5 - 22,0 42,0 – 60,0 3,6 - 6,0 12,5 – 21,0 39,0 – 60,0 3,0 – 10,0 31,0 - 88,0 – 120,0 20,0 - 40,0 28,0 - 38,0 ≤ 7% 6,5 - 12,0 150 – 500 934 0 – 600 20 - 850 0 0 0 0 - 4100 1500 – 10000 2000 – 17000 0 400 - 1800 0 86,0 – 120,0 28,0 – 40,0 29,0 - 37,0 ≤ 7% 6,5 - 12,0 150 - 500 521 0 - 600 20 - 850 0 0 0 0 - 2200 1000 - 9500 2000 – 17000 0 400 - 1800 0 85,0 – 20,0 29,0 – 0,5 – 6,5 15050– 20 – Hemoglobina (g/dL) Hematócrito (%) RDW V.C.M. ( µ³ ou F -femto) H.C.M ( pg ou f/mol) C.H.C.M ( % ou mmol/L) RETICULÓCITOS (%) V.P.M. (fL) PLAQUETAS (mil / mm³) LEUCÓCITOS (mil/mm³) BASÓFILOS / mm³ EOSINÓFILOS/mm³ PROMIELÓCITOS/mm³ MIELÓCITOS / mm³ METAMIELÓCITOS/mm³ BASTONETES / mm³ SEGMENTADOS / mm³ LINFÓC. TÍPICOS/mm³ LINFÓC. ATÍPICOS/mm³ MONÓCITOS / mm³ PLASMÓCITOS / mm³ 8-14 dias 15-30 dias Analito 5,5 20,0 55,0 110,0 40,0 37,0 1,5 12,0 500 20 600 850 0 0 0 0 - 1900 1000 – 9000 2500 – 16500 0 50 - 1100 0 2-5 meses 6-11 meses 1-2 anos 3,1 – 4,5 10,0 - 14,0 28,0 - 42,0 3,7 – 6,0 10,0 – 13,5 33,0 – 40,0 3,7 – 6,0 10,5 – 13,5 33,0 – 40,0 77,0 - 110,0 26,0 - 34,0 29,0 – 37,0 0,5 - 1,5 6,5 - 12,0 150 - 500 5 – 15 0 – 600 20 – 850 0 0 0 0 – 1340 1000 – 8500 4000 – 13500 0 50 - 1100 0 74,0 – 89,0 25,0 – 35,0 30,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 500 6 - 11 0 - 200 500 – 700 0 0 0 0 - 910 1500 – 8500 4000 -10500 0 50 - 1100 0 74,0 – 27,0 – 33,0 – 0,5 – 6,5 – 150 – 60 0- 89,0 35,0 36,0 1,5 12,0 500 11 200 500 0 0 0 0 – 890 1500 – 8000 1500 – 7000 0 0 – 800 0 12 -14 anos Masculino 4,3 – 5,4 12,5 – 15,0 36,5 – 46,0 11,9 – 14,5 78,0 – 92,5 25,5 – 34,0 31,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 500 5,0 – 10,0 0 – 200 50 – 500 0 0 0 0 – 840 1600 – 8500 900 – 2900 0 300 – 900 0 12 - 14 anos Feminino 4,0 – 5,1 11,5 – 14,8 34,5 – 44,0 12,5 – 14,4 80,7 – 91,7 27,5 – 33,3 32,9 – 34,9 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 500 4,8 – 10,0 0 – 200 50 – 500 0 0 0 0 – 800 1400 – 8400 1000 - 3000 0 300 - 1000 0 Valores Referenciais para faixas etárias de 3 a 14 anos: ANALITO Eritrócitos ( milhões/mm³ ) Hemoglobina ( g/dL) Hematócrito ( % ) RDW (%) VCM ( µ³ ou fL (femto)) HCM ( pg ou f/mol ) CHCM ( % ou mmol/L) RETICULÓCITOS (%) V.P.M. (fL) PLAQUETAS mil/mm³ LEUCÓCITOS mil/mm³ BASÓFILOS/ mm³ EOSINÓFILOS / mm³ PROMIELÓCITOS/mm³ MIELÓCITOS /mm³ METAMIELÓCITOS/mm³ BASTONETES / mm³ SEGMENTADOS / mm³ LINFÓC. TÍPICOS / mm³ LINFÓC. ATÍPICOS /mm³ MONÓCITOS / mm³ PLASMÓCITOS / mm³ 3 - 5 anos 3 - 5 anos 6 - 11 anos 6 - 11 anos Masculino 4,1 - 5,3 11,0 – 14,5 33,0 – 43,0 12,0 – 14,0 74,0 – 89,0 24,0 – 32,0 32,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 500 4,0 – 12,0 0 – 200 0 – 650 0 0 0 0 – 960 1500 - 8500 1500 – 7000 0 0 – 800 0 Feminino 4,1 – 5,2 11,8 – 14,7 35,0 – 44,0 12,0 – 14,0 74,0 – 89,0 25,0 – 32,0 32,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 500 5,0 – 11,5 0 – 200 0 – 650 0 0 0 0 – 900 1400 – 8300 1500 – 7000 0 0 – 900 0 Masculino 4,2 – 5,1 12,0 – 14,0 35,8 – 42,4 12,0 – 13,4 76,5 – 90,6 25,0 – 33,0 31,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 500 4,0 – 10,8 0 – 200 0 – 650 0 0 0 0 – 810 1500 – 8500 1500 – 6500 0 0 – 800 0 Feminino 4,1 – 5,3 12,0 – 14,5 35,7 – 43,0 11,6 – 14,0 78,5 – 90,4 27,0 – 33,0 32,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 500 4,8 – 10,7 0 – 200 0 – 500 0 0 0 0 – 780 1500 - 8500 1500 – 6800 0 0 – 850 0 213 GRUPO SÃO CAMILO Valores Referenciais para adultos: (> 14 anos atingem os valores de adultos ) ANALITO ERITRÓCITOS ( milhões/mm³ ) HEMOGLOBINA (g/dL) HEMATÓCRITO ( % ) R.D.W. ( % ) V.C.M. ( µ³ ou fL ( femto)) H.C.M. ( pg ou f/mol) C.H.C.M. ( % ou mmol/L) RETICULÓCITOS (%) V.M.P. ( fL) PLAQUETAS ( mil/mm³ ) LEUCÓCITOS (mil/mm³) BASÓFILOS /mm³ EOSINÓFILOS / mm³ PROMIELÓCITOS /mm³ MIELÓCITOS / mm³ METOMIELÓCITOS/mm³ BASTONETES / mm³ SEGMENTADOS /mm³ LINFÓC. TÍPICOS/mm³ LINFÓC. ATÍPICOS/mm³ MONÓCITOS / mm³ PLASMÓCITOS / mm³ HOMENS 4,32 – 5,72 13,5 – 17,5 38,8 – 50,0 11,8 - 15,6 81,2 – 95,1 26,0 – 34,0 31,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 400 5,0 – 10,0 0 – 100 50 – 500 0 0 0 0 – 840 1700 – 8000 900 – 2900 0 300 - 900 0 MULHERES 3,9 – 5,1 12,0 – 15,5 34,9 – 44,5 11,9 – 15,5 81,6 – 98,3 26,0 – 34,0 31,0 – 36,0 0,5 – 1,5 6,5 – 12,0 150 – 400 5,0 – 10,0 0 – 100 40 – 450 0 0 0 0 – 860 1750 – 8200 850 – 8000 0 300 – 900 0 Valores de Referência para gestantes: Semanas de gestação ERITROGRAMA 12 – 17 18 – 23 24 – 27 28 – 31 32 – 35 36 – 40 1 dia p.p. Eritrócitos (milhões/mm³) Hemoglobina (g/dL) Hematócrito ( % ) RDW (%) VCM (fL) HCM ( f/mol) CHCM( mmol/L) Reticulócitos ( % ) VPM ( fL) Plaquetas ( mil/mm³ ) 3,36 – 4,93 11,2 – 14,7 31,7 – 43,0 12,0 – 14,8 83,2 – 99,3 27,0 – 33,9 32,0 – 35,3 0,5 – 1,5 5,6 – 11,2 135 – 470 3,37 – 4,30 10,2 – 14,1 30,0 – 40,8 12,0 – 14,9 83,4 – 101,5 26,5 – 35,0 31,6 – 35,6 0,5 – 1,7 5,2 – 11,2 120 – 485 3,40 – 4,53 10,4 – 14,3 30,2 – 42,3 11,5 – 16,5 81,2 – 102,0 25,7 – 34,9 31,7 – 35,3 0,4 – 1,4 5,8 – 10,7 120 – 485 3,51 – 4,71 10,8 – 14,7 32,2 – 42,7 11,4 – 16,6 80,7 – 102,0 25,6 – 34,0 31, - 35,5 0,4 – 1,2 5,8 – 11,1 110 – 489 3,32 – 5,08 10,5 – 15,6 30,5 – 43,0 12,8 – 15,8 77,8 – 101,9 24,6 – 34,5 31,5 – 35,1 0,4 – 1,8 5,8 – 11,1 100 - 630 3,35 – 4,33 10,4 – 13,9 30,6 – 40,2 12,6 – 14,7 84,0 – 100,9 27,2 – 34,1 32,0 – 35,2 0,5 – 1,6 5,2 – 11,0 122 – 492 LEUCOGRAMA 12 – 17 18 – 23 24 – 27 28 – 31 32 – 35 36 – 40 1 dia p.p Leucócitos ( mil/mm³ ) Basófilos Eosinófilos Promielócitos Mielócitos Metamielócitos Bastonetes Segmentados Linfócitos típicos Linfócitos atípicos Monócitos 6,3 – 13,6 0,0 – 0,1 0,05 – 0,5 Ausentes Ausentes Ausentes 0,0 – 0,84 5,2 – 12,2 1,8 – 11,8 Ausentes 0,6 – 1,0 6,7 – 25,0 0,0 – 0,1 0,05 – 0,5 Ausentes Ausentes Ausentes 0,0 – 0,84 8,9 – 19,0 2,3 – 9,3 Ausentes 0,1 – 1,4 Legenda : p.p = pós-parto. 214 VI 3,37 – 4,54 10,6 – 14,1 31,0 – 41,5 12,6 – 15,1 84,1 – 99,4 26,6 – 33,1 31,6 – 35,3 0,5 – 1,5 5,4 – 10,9 134 – 493 6,3 – 13,9 0,0 – 0,1 0,05 – 0,5 Ausentes Ausentes Ausentes 0,0 – 0,84 2,7 – 13,0 1,0 – 9,3 Ausentes 0,1 – 1,2 8,0 – 14,0 0,0 – 0,1 0,05 – 0,5 Ausentes Ausentes Ausentes 0,0 – 0,84 2,3 – 13,0 2,0 – 10,0 Ausentes 0,6 – 1,0 8,0 – 14,0 0,0 – 0,1 0,05 – 0,5 Ausentes Ausentes Ausentes 0,0 – 0,84 7,0 – 13,0 2,3 – 10,5 Ausentes 0,1 – 1,4 8,6 – 14,8 0,0 – 0,1 0,05 – 0,5 Ausentes Ausentes Ausentes 0,0 – 0,84 8,0 – 14,0 2,3 – 9,3 Ausentes 0,3 – 1,6 8,6 – 14,8 0,0 – 0,1 0,05 – 0,5 Ausentes Ausentes Ausentes 0,0 – 0,84 7,0 – 14,0 3,1 – 10,0 Ausentes 0,9 – 1,2 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: medicações que podem alterar a produção sanguínea, transfusões de sangue, hemorragias crônicas ou agudas, doenças hematológicas, doenças sistêmicas que podem cronicamente alterar a hematopoiese ou destruição celular, etc. Interferência podem ocorrer no período pré-analítico, como período pré-menstrual, uso de bebidas alcoólicas, tabaco, exercícios, problemas na coleta, como período longo de estase, coagulação do sangue, etc. Muitas considerações podem ser lidas no item sobre indicações do exame. Indicações: (esse item tem que ser muito resumido, comparando-se os livros de texto que tratam desse tema. Aqui somente faremos referência aos principais e mais freqüentes). Linhagem eritrocitária: Anemias: são em geral definidas pela queda dos índices hematológicos, sendo sempre úteis as análises dos valores eritrocitários, seus índices e as contagens dos reticulócitos (% e absoluta), para definir, se possível, as etiologias das anemias. As anemias medulares ou centrais, encontradas principalmente nas insuficiências medulares, leucemias em nos cânceres, são não-regenerativas e os níveis de reticulócitos sempre estão diminuídos (A contagem dos reticulócitos é indissociável das análises das anemias, sendo cada vez um item importante para a análise dos hemogramas). O termo diseritropoiese pode ser usado, quando os índices estão alterados. Os mais usados índices ou constantes eritrocitários são: a) VCM ou VGM (Volume corpuscular Médio dos eritrócitos, ou Valor Globular Médio dos eritrócitos): que é calculado b) CHbCM (Concentração de hemoglobina corpuscular média): que é calculado: CHbCM = __Hemoglobina (g/100 mL) x 100__ % ou mmol/L Hematócrito (%) c) HCM (Hemoglobina corpuscular média): que é calculado: HCM = ____Hemoglobina (g/100mL) x 10__ n° de hemácias (milhões/mm³) pg ou f/mol As anemias periféricas ou não medulares são geralmente regenerativas e a contagem dos reticulócitos estão normais ou elevadas. Com estes dados, dependendo dos índices eritrocitários e da contagem dos reticulócitos, o diagnóstico tenderá para perdas sanguíneas crônicas ou agudas ou quadros de hemólise. As hemólises podem ser extra-globulares por ação mecânica de próteses valvulares, imunológicas por ação de anticorpos anti-membrana eritrocitária, tóxica por ação de toxinas bacterianas, fúngicas ou externas e parasitárias, como ocorre na malária. Temos ainda o hiperesplenismo com destruição acentuada de hemácias pelo baço, que pode ser primário ou secundário (como nas anemias autoimunes). As hemólises intraglobulares podem ocorrer por anomalias de membrana das hemácias, hemoglobinopatias que cursam com hemólise, como HbC e Talassemia, ou deficiências enzimáticas como G6PD, Piruvatoquinase, etc. As anemias normocíticas normocrômicas geralmente ocorrem nas hemorragias agudas. As anemias macrocíticas normocrômicas podem ocorrer nas anemias megaloblásticas, alcoolismo, e em algumas parasitoses. As anemias mais comuns em nosso meio são as microcíticas hipocrômicas. Estas podem ser divididas em hipossiderêmicas por carência de ferro ou processos inflamatórios crônicos e hiperssiderêmicas como no saturnismo ou nas anemias sideroblásticas. A poliglobulia pode ocorrer pelo aumento da contagem de hemácias: a) Poliglobulias Primárias : como na Policitemia Vera, Doença de Vasquez, etc. 215 GRUPO SÃO CAMILO b) Poliglobulias Secundárias, como nas poliglobulias reacionais (metahemoglobinemia), tumorais e hipoxêmicas (insuficiência cardíaca, pneumopatias crônicas, e genéticas como nas poliglobulias familiares). A poliglobulia eleva a viscosidade do sangue e geralmente vem acompanhada de aumento da contagem das plaquetas, o que pode dificultar as contagens nos equipamentos eletrônicos. - Alterações morfológicas das hemácias: Tamanho: Microcitose (hemácias pequenas), Macrocitose (hemácias grandes), variação do tamanho das hemácias, populações de eritrócitos grandes, pequenos e normais denomina-se Anisocitose. Forma: alterações de formas chama-se Poiquilocitose. Dependendo do tipo da forma pode-se ter Esquizontes, que ocorre nas síndromes urêmicas dos RN, nos portadores de válvulas cardíacas e nos quadros de Coagulação Intravascular Disseminada. Acantócitos, Equinócitos, Hemácias em lágrimas, Eliptócitos, Ovalócitos, Depranócitos, Esferócitos, Estomatócitos, etc . Todas essas forma podem ser vistas no exame Morfologia dos Eritrócitos, mais a frente. - Alterações da cor das hemácias: Os Anulócitos:apresentam um aumento do centro claro dos eritrócitos, o que é encontrado nas anemias ferroprivas. Células em Alvo, ou Dianócitos: são eritrócitos que apresentam uma zona clara circular, encontradas nas hemoglobinopatias, nas anemias ferroprivas, nas cirroses e nos quadros de talassemia. A Anisocromia, refere-se as alterações de cor no sangue de um mesmo paciente, é encontrada nas hemoglobinopatias, nas talassemias, nas anemias ferroprivas e nas cirroses, por distribuição irregular das hemoglobinas dentro das hemácias. Hipocromia: eritrócitos pouco corados, vistos nas anemias hipocrômicas. Policromatofilia: são hemácias mais escuras, com tons acinzentados, encontradas nas anemias regenerativas ( hemácias jovens e/ou reticulócitos com coloração não específica, tipo Romanovski). Hemácias com pontilhado basófilo: encontradas nas anemias hemolíticas, nas talassemias, nas anemias tóxicas e no saturnismo. - Inclusões anormais: Anéis de Cabot- presença de linha em anel, em forma de raquete, ou em forma de oito, com cor avermelhada, encontrados nas diseritropoieses. Corpúsculos de Heinz:aparecem no sangue com a mesma coloração para os reticulócitos, só que são mais grosseiros e escassos do que aqueles, são encontrados nas deficiências de G6PD, intoxicações medicamentosas, principalmente por sulfas, e na presença de Hemoglobina H. Corpúsculos de Howell-Joly: presença de granulação, geralmente solitária, de cor vermelho violácea, com aproximadamente 1 micra de diâmetro, presentes nas anemias megaloblásticas e após esplenectomia. Corpúsculos de Pappenheimer: inclusões (2 a 5), basofílicas, redondas, agrupadas em um pólo da hemácia ( são grãos de ferro das mitocôndrias. São reveladas pela coloração de Perls). O VCM: A diminuição do VCM está relacionado a uma anemia microcítica. Assim poderemos ter as anemias hipocrômicas microcíticas com ou sem carência de ferro e as anemais hemolíticas constitucionais. O aumento do VCM está relacionado a uma macrocitose, que pode ser por anemia regenerativa (os reticulócitos e as hemácias jovens tem uma tendência a macrocitose), insuficiência pancreática exócrina , hipotiroidismo e cirrose hepática de fundo alcoólico. Quando o tamanho das hemácias é bem grande, podemos ter as megaloblastoses, com a presença do predomínio dos megaloblastos medulares, o que pode ocorrer na má nutrição, nas síndromes de malabsorção intestinal e gástrica, nas gastrectomias antrais, nas doenças intestinais, no uso de medicamentos que tem ação antifólica, como os anticancerígenos, os anticonvulsivantes, etc. O CHbCM: A diminuição do CHbCM aparece nos casos de microcitose com HCM normal ou diminuído nos casos de anemias hipocrômicas. O seu aumento relaciona-se à macrocitoses. O HCM: Diminuído: anemia hipocrômica. Aumentado: pode ser desde uma medida errônea do hematócrito e/ou da hemoglobina ou altos níveis de Hemoglobina com aumento da viscosidade sanguínea com ou sem valores elevados de proteínas séricas, como ocorre nas imunoglobulinopatias monoclonais. 216 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Leucócitos: Suas variações podem ser quantitativas e/ou qualitativas. As variações qualitativas ligam-se as variações dos tipos morfológicos (ver livros de texto sobre o assunto). Pancitopenia: diminuição de todas as linhagens sanguíneas, como mielóide, linfóides, eritrocitárias, plaquetárias, etc. As pancitopenias de origem central ou medular requerem a realização de mielograma ou biópsia de medula óssea para o diagnóstico. A pancitopenia pode ser devida à aplasia medular, invasão medular metastática ou mielofibrose, tuberculose, etilismo, necrose medular , medicamentosas como nos tratamentos mielossupressivos e toxicidade de metais pesdos. As pancitopenias periféricas ou não medulares podem ocorrer por hiperesplenismo, hemoglobinúria paroxística noturna e no LES. Agranulocitose: ausência de neutrófilos polimorfonucleares do sangue periférico (valores ≤ 200 /mm³), geralmente conseqüência de terapias com drogas supressoras da medula. Pode ocorrer por reação imunoalérgica com destruição dos neutrófilos circulantes e medulares ou de forma mais rara devido a citotoxicidade do medicamento sobre os polimorfonucleares, como antibióticos, anti-histamínicos, analgésicos, anticonvulsivantes, anti-tireoidianos, diuréticos, principalmente os mercuriais, fenotizaidas e anti-inflamatórios (hoje os de maior prevalência nos casos). Geralmente os processos são de regressão espontânea, levando uma a duas semanas para a recuperação, após a suspensão do tratamento. O mielograma é útil tanto na fase diagnóstica, como na fase de recuperação. Polimorfonucleares neutrófilos: - Neutrofilia (aumento do número de neutrófilos): Infecções bacterianas, Síndromes mieloproliferativas, nas hemorragias e hemólises, processos metabólicos, com gota, IRC, acidose diabética, etc, Doenças autoimunes e inflamatórias, algumas parasitoses, necrose tissular, quadros de isquemia, tromboses, Cânceres, tabagismo, e algumas doenças linfoproliferativas.etc. - Neutropenia (diminuição do número de neutrófilos): Infecções virais, Infecções por alguns bacilos gram-negativos, como febre tifóide ou paratifóide, hipotireoidismo, aplasia medular, agranulocitose tóxica, constitucional, imunoalérgica, invasão medular Síndrome de Felty , malária, Leishmaniose visceral, doenças linfoproliferativas, como doença de Waldenström, doença de Kahler etc. Eosinófilos: - Eosinofilia (aumento dos eosinófilos) : Doenças alérgicas, parasitárias, doenças linfoproliferativas, vasculites e arterites, com a presença de complexos imunes, circulantes, como na Periarterite nodosa, Síndrome de Shulman, Granulomatose de Churg, e Granulomatose de Strauss. - Eosinopenias : são dignas de nota quando associadas a quadros infecciosos agudos. Linfócitos: - Linfocitose (aumento dos linfócitos): Infecções virais, Coqueluche, Doenças autoimunes, Doenças linfoproliferativas, endocrinopatias, reações alérgicas medicamentosas, etc. - Linfopenia (diminuição dos linfócitos): Doenças neoplásicas, Sarcoidose, Alinfocitose congênita, Hipercorticolismo, AIDS, Linfomas, acidose diabética. Monócitos: - Monocitose (aumento dos monócitos): Leucemias agudas mielomonocíticas, leucemias crônicas mielomonocíticas, nos quadros de regeneração das neutropenias medicamentosas e após tratamento quimioterápico. Tuberculose, e quadros gripais. Anomalias qualitativas: Geralmente são alterações ligadas à presença de células precursoras no sangue periférico, como eritroblastemia, Mielemia, Blastose periférica, com a presença de células blásticas, nos casos de leucemias 217 GRUPO SÃO CAMILO agudas ou agudizadas, etc. Pode-se ainda encontrar anomalias dos linfócitos que podem ser patognomônicas de certas doenças, como no caso da tricoleucemia ou reticuloendoteliose leucêmica, onde são encontrados linfócitos com o citoplasma apresentando tipo de franja ou cabelos e linfócitos do tipo T, com núcleos cerebriformes característicos da doença de Sézary. Anomalias morfológicas leucocitárias: - Anomalia de Adler: aparece em um tipo de mucopolissacaridose, que podem ser encontradas nas granulações dos eosinófilos, nas granulações dos neutrófilos e até em linfócitos e monócitos (que normalmente não as apresentam). As granulações se apresentam maiores, de coloração azurrófila e mais coloridas. - Anomalia de Chediak-Higashi: Anomalias também das granulações, que são de grandes tamanhos, muito características e podem aparecer tanto nos polimorfonucleares, como nos monócitos e linfócitos. É de origem hereditária, autossômica e recessiva, e homozigótica. Devido ao tipo anômalo de grânulos, os pacientes tem dificuldade de fagocitose e quimiotactismo, levando a infecções repetidas. - Anomalia de May-Hegglin: incide sobre os polimorfonucleares que apresentam corpúsculos de Döhle, sempre associada a quadros de trombocitopenia com plaquetas gigantes. A anomalia é de herança genética, autossômica, dominante. Os corpúsculos de Döhle são áreas do citoplasma dos polimorfonucleares desprovidas de granulações, de cor basofílica. São encontrados em algumas infecções como na escarlatina, caxumba, etc, e em pacientes queimados. Corpúsculos de Auer: são bastonetes, de aspecto cristalino, azurrófilo-acinzentado, encontrados nos citoplasmas de mieloblastos e promielócitos, tanto no sangue periférico, como na medula óssea, nas leucemias mielóides agudas, nas formas mieloblásticas ou promielocítica. Quando a sua presença é abundante nas células, devido à lise celular, os bastonetes podem ser encontrados livres, fora das células. Informações importantes: medicação atual, jejum e suspeitas clínicas. _______________________________________________________________________________________ MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA: Tipos morfológicos Micrócitos hipocrômicos Micrócitos hipercrômicos Macrócitos policromáticos Macrócitos hipercrômicos Estomatócitos Hemácias em alvo Anemias hemolíticas esferocíticas congênitas, ou anemias autoimunes. Reticulocitose, eritropoiese hiperpástica ou displásica. Uso de anti-retroviais, hepatopatias, anemias megaloblásticas Estomatocitose hereditária, etilismo, anemias hemolíticas e artefatos de técnica Codócitos ou target -cells: talassemias minor e major, hemoglobinopatias S,C e E. Pós-esplenectomia e hepatopatias . Ovalócitos Eliptócitos Dacriócitos (Hemácias em lágrimas) Idiopática, ovalocitose congênita, anemia ferropriva, anemia megaloblástica. Hemácias falciformes (drepanócitos) Anemia falciforme Hemácias espiculadas ou spurr-shapped cells: pós-esplenectomia, hepatopatias, acantocitose congênita, insuficiência renal. Burr-shapped cells: uremia, pós-esplenectomia ou artefatos de técnica Acantócitos Equinócitos (hemácias crenadas) Esquizócitos Queratócitos ( Semilunares) Cristais em Hemácias 218 VI Relação com quadros hematológicos Anemias ferroprivas, talassemias, sangue de crianças Eliptocitose hereditária, mielodisplasias, anemia ferropriva, talassemias. Hemácias piriformes: talassemias, mielofibrose, anemias megalob lástica, mielotísicas e mielodisplásicas. Hemácias fragmentárias: CIVD,PTT, mielodisplasias, queimaduras, hemólises e microangiopatias. Hemácias em capacete: hemólise oxidativa, deficiência de G6PD e terapia com sulfona. Hemoglobinopatia C. MANUAL DE PROCEDIMENTOS HEMOSSEDIMENTAÇÃO Sinônimo mais usado: VHS Material e conservação para envio: 1 mL de sangue total em tubo com EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Método: fotometria capilar em fluxo cinético de ponto final, em radio freqüência, automatizada. Valores de Referência: Até 50 anos Homens Mulheres > 50 anos Homens Mulheres Em mm Até 5 Até 7 Até 7 Até 10 Interferências: a) Fatores técnicos: elevações da velocidade por problemas com a conservação do material clínico, alterações da temperatura no equipamento utilizado, b) alterações por medicamentos: aumento da velocidade: uso de Ácido Acetilsalicílico e anti-inflamatórios não-hormonais, diminuição da velocidade: doses elevadas de corticosteróides. Indicações: elevações: na maioria dos casos de elevações do VHS é por aumento dos níveis do Fibrinogênio. Paraproteínas também podem elevar a velocidade de hemossedimentação. Moléstias inflamatórias, doenças infecciosas, gestação no segundo e terceiro trimestres e no pós-parto imediato. Convalescença de pósoperatórios, níveis elevados de colesterol, macrocitose, anemias, hipotereoidismo, hipertireoidismo, baixos níveis de albumina, hiperfibrinogenemia idiopática, hemorragia aguda, ICR, diabetes,etc. Diminuições: Policitemia Vera, microcitose, esferocitose, hipofibrinogenemia, hipogamaglobulinemia, ICC, quadros de caquexia e grandes leucocitoses. A VHS só tem valor apenas quando elevado. Muito pouco específico e sensível é um teste utilizado como triagem. É ainda utilizado como “sinal de doença” para algumas escolas médicas. Pode ser utilizado como acompanhamento de melhora de algumas doenças, devido à resposta terapêutica, como Polimialgia Reumática, Artrite Reumatóide e Artrite Temporal. Algumas patologias cursam com valores muito elevados de VHS (geralmente superiores a 100 mm), como Neoplasias sólidas metastáticas, Mieloma Mútiplo, Hiperfibrinogemia, outras neoplasias, Polimialgia Reumática, Poliarterite Nodosa, macroglobulinemia, doenças renais, Tuberculose pulmonar, boncopneumonias agudas, Lúpus Eritematose Sistêmico, doenças arteriais agudas, períodos de reagudização de parasitoses (como Malária, Kala-Azar), doença de Crohn, etc. Informações importantes: idade, sexo e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ HEMOSSIDERINA - PESQUISA Sinônimo mais usado: pesquisa de sideroblastos e lâminas. Material e conservação para envio: a) Urina: centrifugar no mínimo 10 mL de urina recente, a aproximadamente 3000 rpm por 15 minutos. Desprezar o sobrenadante. Aplicar o sedimento sobre uma lâmina de microscopia, espalhando-a ligeiramente. Deixar secar naturalmente. Fixar em Metanol P.A. por 15 minutos. Deixar secar e colocar em protetor de lâminas. Assim fixada pode ficar a temperatura ambiente, em local seco por 10 a 20 dias. O envio é feita a temperatura ambiente. b) Lâminas de sangue periférico ou medula óssea : Preparar 219 GRUPO SÃO CAMILO esfregaços finos em 4 a 6 lâminas e deixar secar. Fixar em Metanol P.A. por 15 minutos. Colocar em protetor de lâminas. O transporte pode ser feito a temperatura ambiente, protegido da umidade. Instruções para coleta: coletar o sangue periférico, pela manhã, sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. A urina deve ser preferencialmente a primeira da manhã, não havendo necessidade de desprezar o primeiro jato. A medula óssea pode ser coletada a qualquer hora, independente de jejum. Estabilidade da amostra: após fixadas as lâminas podem ser estocadas a temperatura ambiente por até 20 dias. Método: coloração segundo Perls (azul da Prússia). Valores de Referência: os sideroblastos normalmente não são vistos no sangue, medula ou urina. Os sideroblastos são encontrados após episódios de hemoglobinúria. Interferências: não há referências na literatura. Indicações: a pesquisa da hemossiderina, principalmente no material de medula óssea, serve para avaliação da reserva de ferro no mielograma. Sideroblastos em anel, podem ser vistos nas anemias sideroblásticas congênitas ou adquiridas, leucemia mielóide crônica, alcoolismo crônico, anemias refratárias, hemoglobinúria paroxística noturna e outras síndromes mielóide-proliferativas. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE A – IgG (HVA-IgG) Sinônimo mais usado: HVA-IgG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: (S/CO) < 1,0 - Amostras não reativas (Não reagentes) 1,0 a 1,1 - Amostras indeterminadas (Zona cinza) >1,1 - Amostras reativas (Reagente) Interferências: não há referências. Indicações: diagnóstico laboratorial das Hepatites virais. Os anticorpos do isotipo IgG aparecem 1 a 2 semanas após o início dos sintomas, geralmente tendo um pico após 30 dias, peristindo REAGENTE como cicatriz sorológica por décadas. A sua presença indica imunidade à Hepatite A, que está presente em mais de 90% da população em geral. Pesquisa de pacientes que apresentam infecções concomitantes de Hepatite A, HIV e Hepatite C. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE A – IgM (HVA-IgM) Sinônimo mais usado: HVA-IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: (S/CO) Inferior a 0,8 - Amostras não-reativas (Não reagentes) 0,8 a 1,20 - Amostras indeterminadas (Zona cinza) > 1,20 - Amostras reativas (Reagente) 220 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: não há dados específicos. Indicações: diagnóstico laboratorial das Hepatites virais. Os anticorpos do isotipo IgM inicia sua elevação durante o período prodrômico ou imediatamente no início dos sintomas. Geralmente permanecem sendo detectados por 2 a 24 semanas, na maioria dos casos. Podem persistir, atualmente com as técnicas muito sensíveis, por até dois anos. É um marcador de doença ativa ou recente. Pesquisa de pacientes que apresentam infecções concomitantes de Hepatite A, HIV e Hepatite C. Informações importantes: tempo de doença, vacinação para Hepatite A e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B – HbeAg Sinônimo mais usado: antígeno do envelope da Hepatite B Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento e 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: (S/CO) Amostras não-reativas : < 1,0 Amostras indeterminadas : 1 a 1,1 Amostras reativas : > 1,1 Interferências: Indicações: A detecção do HbeAg é concomitante ao HbsAg, indicando replicação viral e portanto estado de transmissão da doença. Contrariamente o seu desaparecimento da circulação sanguínea indica redução ou final da replicação do vírus. Geralmente o seu desaparecimento está relacionado com o aparecimento do antiHbeAg (soroconversão). Quando há evolução para cronicidade com a persistência do HbsAg por pelo menos 6 meses, a persistência do HbeAg é sinal de maior gravidade. Quando o vírus apresenta mutação do tipo préCore, isto é vírus que não produzem a proteína do envelope (e), este marcador não pode ser detectado, mesmo na presença de replicação viral. Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado : PCR-HBV Material e conservação para envio: 3 mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel separador. Enviar congelado. Instrução para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 6 meses congelado. Método: PCR em tempo real. Valores de Referência: Indetectável. Interferências: hemólise em qualquer intensidade. Indicações: é o indicador mais sensível para prova de infectividade e de replicação viral em pacientes com a doença crônica. Pode ser indicada, também nos casos de infecção viral oculta, quando há presença de Anti-Hbc e ausência de Anti-Hbs e HbsAg, como também utilizada nos casos de vírus mutante do antígeno e (envelope), quando o paciente apresenta HbsAg negativo. Para seguimento terapêutico anti-viral, é recomendado o PCR quantitativo (RT) ou Carga Viral. 221 GRUPO SÃO CAMILO Aproximadamente 10% dos pacientes que adquirem infecção pelo Vírus B, desenvolverão a forma crônica, podendo permanecer como portador assintomático ou ainda, evoluir para cirrose hepática e/ou evoluir para o carcinoma hepático primário. Informações importantes: informar se esse exame é para monitoramento terapêutico ou somente diagnóstico. O usuário deve estar ciente que este exame, embora de ocorrência rara, pode produzir resultados falso-positivos ou falso negativos, o que é uma característica da metodologia empregada, e também que a presença de um resultado negativo pode não descartar a presença de inibidores nesta amostra ou viremia abaixo do limite detecção da técnica. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B – PCR QUANTITATIVO (CARGA VIRAL) Sinônimo mais usado: HBV – PCR carga viral. Material e conservação para envio: 3 mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel separador. Enviar congelado. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 6 meses congelado. Método: PCR em tempo Real. Valores de Referência: Abaixo do limite de detecção. Interferências: hemólise em qualquer intensidade. Indicações: as mesmas do item anterior , e ainda como monitoração da terapêutica. Informações importantes: vide item acima. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B – ANTI-Hbc IgG Sinônimo mais usado : Anti-Core IgG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento e 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: ( em Cut-off/S): Reagente/Positivo Não Reagente/Negativo Indeterminado (zona cinza) > 1,30 < 1,0 1,00 – 1,30 Cut-off/S = Índice da D.O do Cut-off DO do Soro. D.O = Densidade Óptica. Interferências: Hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (superior a 15 mg/dL) e hemólise acentuada. Indicações: O anti-Hbc IgG aparece, na maioria dos casos na seqüência do desaparecimento do Anti-Hbc IgM (este pode ser indetectável após períodos variáveis, mas em geral após 4 a 6 meses do início do quadro). Persiste pela vida toda na grande maioria dos indivíduos, representando infecção atual ou prévia. Pode haver casos (bastante freqüente) que pacientes tenha o Anti-Hbc IgG reagente e ausência do HbsAg e do Anti-ABs. Esse tipo de resultado pode ocorrer em testes falso-positivos, por doenças auto-imunes, mononucleose, outras viroses e hipergamaglobulinemia. Pode ocorrer em casos de transmissão passiva de anticorpos, infecções recentes com 222 MANUAL DE PROCEDIMENTOS “janela imunológica”(fase em que ocorre a negativação do HbsAg e a positivação do Anti-Hbs) e nos casos de infecção crônica com níveis de HbsAg indetectáveis , indivíduos com anti-Hbs indetectável ou a presença dos dois marcadores mas complexados. Nos indivíduos vacinados, aparece o anti-Hbs sem aparecer o anti-Hbc. Informações importantes: quadro clínico, terapêutica utilizada, tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B – ANTI-Hbc IgM Sinônimo mais usado: Anti-Core IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração . Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: (Coeficiente) Não Reagente : < 0,8 coeficiente Indeterminado : 0,8 a 1,0 coeficiente Reagente/Positivo : 1,0 coeficiente Interferências: Hiperlipemias, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada. Indicações: surge no início da infecção, podendo durar por 4 a 6 meses, quando cede lugar, na maioria dos indivíduos, para o Anti-Hbc IgG. Pode muitas vezes ser o único marcador sorológico positivo no período da “Janela Imunológica”, indicando infecção aguda ou menos frequentemente infecção crônica com alto nível de replicação viral. Informações importantes: vide item anterior. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B – ANTI- Hbe Sinônimo mais usado: Anti-antígeno do envelope Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima coleta. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência : (S/CO) > 1,1 - Amostras não reativas (Não reagentes) 1,0 a 1,1 - Amostras indeterminadas (Zona cinza) < 1,0 - Amostras reativas (Reagente) A presença de anticorpos Anti HBe, é inversamente proporcional à unidade de leitura. Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada. Indicações: a presença do anti-Hbe indica final da fase de replicação e o fim da presença sérica do HbeAg. A sua presença pode ficar por muitos anos após a recuperação da infecção viral, e no portador do vírus, representa baixa infectividade ou mesmo inatividade viral. Sua presença em pacientes que apresentam mutação viral, não mais tem o mesmo significado de pacientes sem mutação do HBV. Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B. _______________________________________________________________________________________ 223 GRUPO SÃO CAMILO HEPATITE B - ANTI-HBs Sinônimo mais usado: anticorpos anti-HBV Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: Não Reagente/Negativo Até 10 UI/mL Reagente/Positivo > 10 UI/mL Após Vacinação Reavaliar após 6 meses Reavaliar após 10 anos (após a 3ª dose) 10 a 100 mUI/mL > 100 mUI/mL Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada. Indicações: O anti-HBs passa a ser detectado no soro 2 a 6 meses após o início da infecção viral, geralmente concomitante ao desaparecimento do HbsAg. Sua presença indica a cura e persiste, na maioria dos indivíduos, pela vida toda. Nos casos de vacinação é o único marcador de Hepatite B presente no soro. Níveis inferiores a 10 UI/mL requerem reforço vacinal. Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B e vacinação para HBV. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B – HbsAg ( Antígeno de Superfície do vírus da Hepatite B) Sinônimo mais usado: Antígeno Austrália Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: Quimioluminescência. Valores de Referência: (em índice): Amostras Não Reativas ou Negativas Amostras Reativas ou Positivas < 1,0 Interferências: vide itens anteriores sobre Hepatite B. Indicações: Detecção do HBsAg: TEMPO EM SEMANAS FASE Início da infecção 2 a 8 semanas Antes da alteração da ALT 2 a 6 semanas Antes dos sinais e sintomas 2 a 5 semanas Mais raramente pode-se detecta-lo somente após 6 meses após o início da infecção/sintomas. Geralmente, nos quadros de evolução normal o antígeno desaparece em 2 meses após o início dos sintomas, com o aparecimento do anti-HBs. Os quadros crônicos (5% dos casos) são diagnosticados laboratorialmente, quando o HbsAg persiste por mais de 5 a 6 meses, em média, após o início dos sintomas, persistindo a infectividade 224 VI GRUPO SÃO CAMILO MANUAL DE PROCEDIMENTOS enquanto houver a sua presença. Os portadores sãos geralmente não tem sintomas e suas enzimas hepáticas são normais. A confirmação dos achados podem ser feitas por outras metodologias, como os testes em PCR, quali ou quantitativo, dependendo do caso. Em raros casos a pesquisa do HbsAg pode ser positivo logo após a vacinação. Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE B- PERFIL SOROLÓGICO ANTÍGENOS PCR __________ HbsAg HbeAg DNA-HBV Anti-Hbc IgM + + + - + + +/- + + + - + +/- Anti-Hbc IgG + + ANTICORPOS Anti-Hbe Anti-HBs +/+ + __________ Interpretação INFECÇÃO AGUDA FASE INICIAL PRECOCE FASE INICIAL FASE TARDIA FASE DE RESOLUÇÃO INFEÇÃO CRÔNICA + + - +/+/- + + - + - + + + +/- +/+ + +/- + +/- TÍPICA REAGUDIZAÇÃO CURA ( RESOLUÇÃO ) POSSÍVEL INFECÇÃO ANTIGA PÓS-VACINAL - - - - - - + - RESPOSTA NORMAL SEM RESPOSTA VACINAL QUADROS ATÍPICOS + - - - - + - - - FALSO-POSITIVO (?) REAÇÃO CRUZADA(*) NÃO INFECTADO (*) Intercorrências com outras doenças ou situações, como doenças auto-imunes, infecção por Epstein vírus, doenças que cursam com hipergamaglobulinemias, janela-imunológica, anticorpos de transmissão passiva, presença de soros com o anti-HBs ligado ao HbsAg, e outras hepatites virais. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE C – ANTI HCV Sinônimo mais usado: anticorpos anti-Hepatite C Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: quimioluminescência. Valores de Referência S/CO < 1,0 : Não reativo S/CO 1,0 a 1,2 : Indeterminado S/CO > 1,2 : Reativo Resultados indeterminados devem ser repetidos, com nova coleta, após 15 dias do primeiro exame. Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada. Gravidez, quadros que cursam com hipergamaglobulinemia, doenças auto-imunes, presença de fator reumatóide, presença de 225 GRUPO SÃO CAMILO paraproteínas e vacinação para gripe. Indicações: a infecção pelo vírus da Hepatite C geralmente é assintomática, mas 65 a 75% dos indivíduos infectados evoluem para uma forma crônica, e destes, aproximadamente 20 a 25% vão evoluir para cirrose hepática, após 20 anos da infecção. Inicialmente os pesquisadores acreditavam que o período entre a infecção e o aparecimento dos anticorpos específicos seria de 6 meses (janela imunológica), mas ensaios cada vez mais sensíveis e específicos mudaram este período para 2 a 4 meses. A falso-positividade deste teste é muito alta podendo chegar a quase 50% dos casos em indivíduos normais. Nestes casos somente um teste de PCR quali ou quantitativo pode elucidar o quadro sorológico. Informações importantes: quadro clínico, níveis de enzimas hepáticas. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE C – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado - PCR para HCV Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel separador. Enviar congelado. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada . Estabilidade da amostra: 6 meses congelado. Método: RT-PCR em tempo real. Valores de Referência: Indetectável. Interferências: Hemólise em qualquer grau e falta de esterilidade na separação do material clínico. Indicações: como a infecção pelo HCV é geralmente inaparente e grande parte dos infectados, após 20 anos, em média, vão desenvolver a doença, a utilização da pesquisa do RNA viral é de extrema importância. Serve para a confirmação da presença da infecção ativa, com infectividade real (replicação viral) quando de um resultado positivo ou indeterminado para anticorpos anti-HCV, para a confirmação da infecção em pacientes com imunodeficiências, como HIV, pacientes transplantados que podem ter a sorologia negativa, mesmo na presença do vírus ativo e detectar precocemente a infecção, logo após a exposição ao vírus. Muito embora de ocorrência rara, resultados falso-positivos ou negativos podem ocorrer com esta técnica, como qualquer teste imunológico. Informações importantes: possíveis exposição e tempo da exposição. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE C – PCR QUANTITATIVO Sinônimo mais usado: Carga viral para HCV Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel separador. Enviar congelado. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes de próxima mamada. Estabilidade da amostra: 6 meses congelado. Método: RT-PCR em tempo real. Valores de Referência: Indetectável. Interferências: Hemólise de qualquer grau ou contaminação durante a coleta. Indicações:determinação da carga viral para acompanhamento da resposta terapêutica e avaliação do paciente infectado. Quanto mais alta for a carga viral pior será o prognóstico. Informações importantes: quadro clínico e dados laboratoriais anteriores. O teste é sensível a partir de 50 cópias por mL. 226 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS HEPATITE C – GENOTIPAGEM Sinônimo mais usado: HCV Genotipagem Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel separador. Enviar congelado. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 6 meses congelado. Método: RT-PCR em tempo real. Valores de Referência: classificação do vírus do HCV em seis genótipos diferentes e em 8 subtipos : Genótipo 1: subtipos: 1a,1b e 1c, Genótipo 2: subtipos: 2a,2b e 2c, Genótipo 3: subtipos : 3a e 3b , Genótipo 4, Genótipo 5 e Genótipo 6. Existem hoje, catalogados mais de 50 subtipos, mas somente esses 8 tem importância clínica até a presente data. A genotipagem pode não ser realizada quando a carga viral for inferior a 1000 UI/mL, produzindo resultados inconclusivos. Interferências: hemólise de qualquer grau e carga viral inferior a 1000 UI/mL. Indicações: como foi visto no item sobre Valores de Referência existe um grande número de genótipos e subtipos do HCV e isto se deve a grande variabilidade genética do vírus, com reflexo na variação da seqüência dos nucleotídeos. A Genotipagem é um exame que ajuda no prognóstico da infecção pelo HCV e a sua conduta terapêutica. Os pacientes que apresentam HCV com genótipo 1, respondem menos à medicação com o interferon, tendo um curso clínico mais agressivo. Isto também influência no tempo de duração do tratamento: Pacientes com genótipo 1 e viremia elevada devem tratar por período não inferior a 12 meses. Com viremia baixa (menos de 1 milhão de cópias por mL) o tratamento pode se completar em seis meses. Com HCV de genótipos 2 ou 3, geralmente o prognóstico é melhor e o tempo de tratamento é de 6 meses. O pior prognóstico, com doença mais grave e fraca resposta ao interferon ocorre com o subtipo 1b. Informações importantes: carga viral realizada em outro serviço, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE D – IgG e IgM Sinônimo mais usado: Anti-Delta IgG e Anti-Delta IgM Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima coleta. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise acentuada. Indicações: A hepatite D é produzida por um vírus RNA incompleto, que necessita do envoltório do HBV para produzir a sua expressão viral (antígeno delta no interior viral, recoberto por HbsAg, ou uma sobreinfecção onde pacientes já infectados pelo HBV contraem infecção pelo HDV), normalmente adquirido como uma co-infecção com o HBV.A sobreinfecção geralmente ( 95%) evolui para cronicidade. A associação do HBV e o HDV tem uma alta relação com quadro de hepatite viral fulminante e câncer hepático. Na doença crônica alguns anticorpos se destacam, como o anti-LKM (anticorpos microssomais do Fígado e dos Rins). Os anticorpos do isotipo IgM definem o quadro de infecção recente pelo HDV. Tanto os anticorpos do isotipo IgG como IgM podem aparecer tardiamente na co-infecção, podendo levar de 5 a 7 semanas para serem detectados. 227 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: quadro clínico, quadros de piora, medicação atual e perfil enzimático do paciente. _______________________________________________________________________________________ HEPATITE E – ANTICORPOS Sinônimo mais usado: Anti HEV Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências : Hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada. Indicações: a hepatite E tem o mesmo tipo de transmissão que a Hepatite A e também quadro clínico da hepatite A. Também é uma vírus de RNA, porém apresenta quadros mais graves que o HAV. Apresenta um período de incubação que vai de 2 a 9 semanas. Especialmente em gestantes é muito grave, sendo que 20% das grávidas que o adquirem apresentam quadro fatal. É detectado em mais de 90% pacientes e pode persistir por volta de 3 meses na circulação e 50% dos pacientes de qualquer doença. Informações importantes: quadro clínico e tempo de infecção. _______________________________________________________________________________________ HERPES – PESQUISA EM LESÕES (CÉLULAS DE TZANCK) Sinônimo mais usado: Células de Tzanck – Pesquisa Material e conservação para envio: líquido vesicular de lesões semelhantes às produzidas pelo herpesvírus (Herpes simples ou Varicela-Zoster). Instruções para coleta: Coletar líquido das vesículas herpéticas. Proceder assepsia das lesões bolhosas com álcool etílico a 70%. Esperar secar naturalmente. Romper as vesículas com agulha descartável ou com lanceta descartável. Com alça microbiológica, descartável e estéril, recolher o líquido das vesículas e raspar as paredes vesiculares. Todo o material recolhido é transferido imediatamente a uma lâmina de microscopia, sendo espalhado na região central da lâmina, que é então imediatamente fixada em etanol a 95% (Não deixar o material secar antes de fixa-lo). Deixar fixando por pelo menos 3 horas. Secar as lâminas, identifica-las corretamente e protege-las em protetor adequado, para não quebrarem durante o envio. Estabilidade da amostra: após a fixação o material pode ser estocado e transportado a temperatura ambiente por até 7 semana. Proteger da luz. Método: colorações de Papanicolaou e May-Grunwald-Giemsa. Valores de Referência: Ausência de lesões características (células multinucleadas com núcleos moldados, com marginação da cromatina = Células de Tzanck , também conhecidos como histiócitos balonizados). Interferências: utilização de medicação anti-viral ou lesões muito antigas. Indicações: auxiliar no diagnóstico de infecções bolhosas. Informações importantes: medicação em uso e tempo de aparecimento das vesículas. _______________________________________________________________________________________ HERPES PLUS – (HHV – 1,2,3,4,5,6,8) - BIOMOL Sinônimo mais usado: genotipagem de herpes vírus, tipagem de herpes. 228 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Identificação de vírus do grupo Herpes, que é necessária para determinar a terapia apropriada. Tipos HHV1 (Herpes simplex 1) e HHV2 (Herpes simplex 2): Neurotrópicos. Tipos HHV3 (VZV), HHV4 (EBV), HHV5 (CMV) e HHV6: Linfotrópicos. Tipo HHV8: Sarcoma de Kaposi; O período de latência assintomática pode ser interrompido por reativação viral, e em pacientes imunocomprometidos as infecções por Herpes são recorrentes. Em muitos casos, o diagnóstico não pode ser feito pelos achados clínicos, já que os sintomas são inespecíficos e o paciente pode estar infectado por mais de um tipo de vírus Herpes. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ HERPES SIMPLES – 1 e 2, DETER. + GENOTI. – BIOMOL Sinônimo mais usado: Herpes vírus, Tipo Detecção do DNA do HSV 1 e 2, PCR para Herpes vírus, Herpes tipagem. Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); Lavado broncoalveolar (3 mL): enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Determinação do genótipo específico para a discriminação entre o herpes simplex 1 e 2. Os Herpes simples vírus (HSV) dos tipos 1 e 2 estão relacionados a uma grande variedade de manifestações clínicas, variando desde uma estomatite leve até uma doença fatal. A encefalite e o herpes neonatal são fatais em 70% dos casos, com sequelas neurológicas na maioria dos sobreviventes. Lesões mucocutâneas podem ser graves e de evolução prolongada no paciente imunocomprometido. Como o tratamento anti-viral pode alterar o curso da infecção pelo HSV, o diagnóstico precoce é de extrema importância. O uso da PCR é necessário nos casos de: - Encefalite herpética: apresenta sensibilidade em detectar o DNA do HSV no líquor de 98% e especificidade de 99%. A PCR é, atualmente, método "padrão-ouro" recomendado para o seu diagnóstico. - Síndromes neurológicas em pacientes com AIDS (apesar de incomum) ou nos pacientes com meningites recorrentes. 229 GRUPO SÃO CAMILO - Suspeita de herpes neonatal (líquor, aspirado nasofaringeo). - Presença de lesões cutâneas de etiologia indefinida ou duração prolongada. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ HERPES SIMPLES I/II – IgG e/ou IgM Sinônimo mais usado: HVS I/II- IgG ou IgM. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: a) IgG : Não Reagente Index inferior a 0,9 Inconclusivo Index entre 0,9 a 1,1 Reagente Index b) IgM : Não Reagente. Interferências : Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada. Indicações: quase 90% da população brasileira apresenta anticorpos anti-Herpes simplex HSV-1, até 30 anos de idade, e 15 a 30% apresenta anticorpos anti-HSV-2, principalmente os que tem vida sexual ativa. O HSV-2 geralmente atua nos genitais e o HSV-1 pode produzir lesões em áreas próximas de mucosas, como mucosa bucal, nariz, lábios, etc. A presença de anticorpos do isotipo IgM nas primeiras semanas de vida indica infecção congênita. Na infecção neonatal os anticorpos são detectados 2 a 4 semanas após o nascimento. Em indivíduos mais velhos a presença de anticorpos do isotipo IgM ´pode ser exceção. Entretanto muitos infectologistas entendem que coletas de sangue em dias diferentes pode facilitar o estudo da curva sorológica, coletado-se uma amostra na fase aguda e outra pelo menos 15 dias, onde a diferença de pelo menos 2 vezes o título basal é critério de infecção. Informações Importantes: tempo de doença e sintomas. _______________________________________________________________________________________ HERPES SIMPLES – PCR, VÍRUS 1 E 2 – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: HSV I e II, Detecção por PCR do Herpes Simples Vírus 1 e 2, PCR para Herpes Vírus, Detecção do HSV 1 e 2. Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); Lavado broncoalveolar (3 mL): enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima. Método: PCR Qualitativo. 230 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Os Herpes simples vírus (HSV) dos tipos 1 e 2 estão relacionados a uma grande variedade de manifestações clínicas, variando desde uma estomatite leve até uma doença fatal. A encefalite e o herpes neonatal são fatais em 70% dos casos, com sequelas neurológicas na maioria dos sobreviventes. Lesões mucocutâneas podem ser graves e de evolução prolongada no paciente imunocomprometido. Como o tratamento anti-viral pode alterar o curso da infecção pelo HSV, o diagnóstico precoce é de extrema importância. O uso da PCR é necessário nos casos de: - Encefalite herpética: apresenta sensibilidade em detectar o DNA do HSV no líquor de 98% e especificidade de 99%. A PCR é, atualmente, método "padrão-ouro" recomendado para o seu diagnóstico. - Síndromes neurológicas em pacientes com AIDS (apesar de incomum) ou nos pacientes com meningites recorrentes. - Suspeita de herpes neonatal (líquor, aspirado nasofaringeo). - Presença de lesões cutâneas de etiologia indefinida ou duração prolongada. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ HERPES TIPO 6, PCR (HHV-6, ROSEOLA) - BIOMOL Sinônimo mais usado: Exantema súbito, Roseola infanto, Herpes vírus 6, Roseola. Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida como Roseola. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ HERPES TIPO 7, PCR (HHV-7, ROSEOLA) BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Exantema súbito, Roseola infanto, Herpes vírus 6, Roseola. Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. 231 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida como Roseola. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ HERPES TIPO 8, PCR (HHV-8, SARCOMA DE KAPOSI) Sinônimo mais usado: Herpes vírus 8, Sarcoma de Kaposi. Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: O Herpes vírus humano tipo 8 é um vírus que causa uma enfermidade cutânea conhecida como Sarcoma de Kaposi. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ HERPES TIPOS 6 e 7, PCR (HHV-6,7, ROSEOLA) – GENOTIPAGEM - BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Roséola Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Líquor e líquido amniótico (1 mL): enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Lavado bronco-alveolar. Fluido ocular, swab/raspado. Escovado ou swab de lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal (não há necessidade de adição de líquido conservante). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida como Roseola. 232 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ HEXACLOROCICLOHEXANO SÉRICO Sinônimo mais usado: HCH Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum é dispensável e horário da coleta não é crítico. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: IBPM: nada consta Interferências: hemólise. Indicações: avaliação de colaboradores que tem contato com o Hexaclorociclohexano. Informações importantes: a amostra deve ser coletada em frasco com gel separador. _______________________________________________________________________________________ HEXOSAMINIDASE – A Sinônimo mais usado: Hexosaminidase Alfa Material e conservação para envio: 5 mL de ST em heparina (seringa lacrada)sob refrigeração. Instruções para coleta: jejum dispensável. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: enzimático-cinético Valores de Referência: total: 552 a 1662 nmoles/h/mg de proteína Hexosaminidase A/total: 48 a 89% Interferências: Hemólise. Indicações: a deficiência de hexosaminidase A (portadores de doença de Tay-Sachs) ou a ausência desta enzima (doentes) propicia o depósito de gandliosídeos GM2 em diversos órgãos, principalmente no cérebro e tecidos neurais periféricos. A doença de Tay-Sachs é um transtorno neurodegenerativo autossômico recessivo, que ocorre no período de lactância e pode se apresentar a partir do 3 mês de vida. Os sintomas iniciais são debilidade motora progressiva. As alterações psicomotoras são progressivas de uma forma rápida a partir dos 12 anos de idade. Durante esse período outras alterações clínicas podem ocorrer, como surdez, convulsões, espasticidade generalizada e cegueira. Informações importantes: hemólise e coágulos no sangue total. _______________________________________________________________________________________ HGH - HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Sinônimo mais usado: GH, HGH. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Paciente deve repousar por 30 minutos antes da coleta. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: quimioluminescência. 233 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: 4 horas de vida 1 dia de vida 3 dias de vida 4 dias de vida 5 dias de vida 6 dias de vida 7 dias de vida : : : : : : : 20,00 a 44,00 ng/mL 18,00 a 26,00 ng/mL 14,00 a 18,00 ng/mL 15,00 a 21,00 ng/mL 10,00 a 14,00 ng/mL 11,00 a 15,00 ng/mL 11,00 a 15,00 ng/mL Crianças Sexo Masculino Neonatos : 0,70 a 27,00 ng/mL 1 a 10 anos : 0,01 a 2,00 ng/mL 11 a 14 anos : 0,08 a 9,00 ng/mL 15 a 19 anos : 0,08 a 11,40 ng/mL Adultos Crianças Sexo Feminino Neonatos : 1,00 a 18,00 ng/mL 1 a 10 anos : 0,08 a 5,40 ng/mL 11 a 14 anos : 0,12 a 18,00 ng/mL 15 a 19 anos : 0,24 a 12,00 ng/mL : 0,00 a 5,00 ng/mL Após 20 minutos de exercícios: em esteira, com batimentos cardíacos controlados (até 120 batimentos por minuto): 2 a 3 vezes o valor basal. Teste de supressão do HGH após sobrecarga de glicose (75g para adultos e 1,75g por Kg de peso, até 75g, V.O., para crianças: queda de pelo menos 25% dos níveis basais aos 30 e 60 minutos de teste (teste para diagnosticar acromegalia). Teste de estímulo do HGH após clonidina ou guanabenz: aumento de no mínimo 9,0 ng/mL em relação aos níveis basais, aos 60 ou 90 minutos de teste. Dose 4,0 mcg por Kg de peso, até o máximo de 100 mcg. Interferências: lipemia e hemólise intensas, e hiperbilirrubinemia superior a 15 mg/dL. Indicações: de produção hipofisária, atua no crescimento por sulfatação das somatomedinas. Tem um “feed back” positivo pelo GRF hipotalâmico e negativo pela somatostatina. Os resultados metabólicos, dependem do balanço da atividade do GH e das somatomedinas, principalmente da IgF-1 (Somatomedina C), que atuam como co-fatores de crescimento dos ossos e também das células somáticas. No metabolismo ósseo promove o crescimento dos ossos e das cartilagens, fixando o fósforo e promovendo hipercalciúria. No metabolismo lipídico tem função lipolítica e remoção das gorduras, produzindo um aumento sérico dos ácidos graxos. No metabolismo da glicose, promove glicogenólise com aumento da glicemia e na gliconeogênese diminui a utilização da glicose do sangue periférico. Tem um efeito anabolizante com aumento da síntese protéica, principalmente produzindo mais colágeno, com conseqüente aumento da excreção da hidroxiprolina. Pode ser utilizado no diagnóstico de distúrbios do crescimento, quando associado ao exame radiográfico para estudo da idade óssea. Pode ser indicado para o diagnóstico etiológico-laboratorial dos níveis de GH, da sua secreção nictemeral, com testes de estimulação de sua secreção e a dosagem do IGF-1 e da IGFPB-3. Como o GH tem uma variação nictemeral, que pode provocar até 8 picos diários, uma amostra isolada pode não refletir o real estado de secreção do hormônio, tanto para diagnósticos de deficiência como de excesso de produção, como em adultos na acromegalia. Os níveis de GH podem estar elevados: na Acromegalia, pós-exercício, Anorexia nervosa, Ansiedade, Cirrose, Doenças agudas, Desnutrição, Uso de medicamentos, como Clonidina, Glucagon, Bromocriptina, Levodopa e estrógenos conjugados, Insuficiência Renal crônica, jejum prolongado ou regime alimentar muito rigoroso e durante o sono, principalmente nas fase III e IV. Os níveis do GH podem estar diminuídos: Hipopituitarismo, Hipotireoidismo, Hipertireoidismo, Obesidade grave e Corticoterapia. Os níveis de GH podem ser superiores a 10 ng/mL em aproximadamente 75 a 80% dos pacientes com acromegalia, com valores médios de 40 a 50 ng/ml. De forma inversa, níveis inferiores a 2,5 ng/mL são utilizados como resposta adequado ao tratamento de pacientes acromegálicos. 234 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, exercício antes da coleta e período de sono na noite que antecede a coleta. _______________________________________________________________________________________ HIDATIDOSE- SOROLOGIA PARA Sinônimo mais usado: Sorologia para Equinococose. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunodifusão bidimensional. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: infestações por protozoários ou vermes intestinais. Indicações: diagnostico laboratorial da Equinococose ou Hidatidose. Reações negativas não afastam o diagnóstico, já que a sensibilidade da técnica é de 67%. Informações importantes: quadro clínico, medicação pregressa ou atual específica. _______________________________________________________________________________________ HIDROXIPROLINA TOTAL Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL de urina homogeneizada do volume de 24 horas, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas adicionando 20mL de HCl 50% para cada litro de urina coletado. CUIDADO PARA NÃO TOCAR OS GENITAIS QUANDO COLETAR A URINA. NÃO INALAR, NÃO INGERIR, NÃO DEIXAR AO ALCANCE DAS CRIANÇAS. Para coletas infantis, tomando os mesmos cuidados acima, utilizar 10 mL de HCl 50% para cada litro de urina coletada, como conservante. Refrigerar durante a coleta. Dieta para a coleta: 48 horas antes e durante a coleta suspender a ingestão de carnes, gelatinas, embutidos e mocotó. Estabilidade da amostra: mesmo com o conservante, até uma semana sob refrigeração. Valores de Referência: Faixa etária 1 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 20 anos > 20 anos Valores de Referência 10 – 38 mg/24 horas 12 – 58 mg/24 horas 70 – 140 mg/24 horas 15 – 75 mg/24 horas Interferências: vide instruções para coleta. Pacientes menstruadas devem aguardar o fim do fluxo para a coleta. Indicações: A Hidroxiprolina é um aminoácido considerado essencial que se encontra em abundância no colágeno e na trama orgânica dos ossos. Origina-se a partir da hidroxilação da prolina, na presença da vitamina C. Sua fonte são os alimentos, principalmente as carnes e derivados. Na urina a hidroxiprolina está praticamente toda ligada a peptídeos, daí a necessidade de hidrolisar e depois oxidar a urina antes de sua leitura espectrofotométrica. Elevações da Hidroxiprolina (fisiológicas): depende do regime alimentar, durante o crescimento e durante a gravidez. Elevações por alterações patológicas: Acromegalia, aumento da excreção da hidroxiprolina, 235 GRUPO SÃO CAMILO (hipoparatireoidismo, Hipotireoidismo, IRC, má nutrição, insuficiência hipofisária com atraso de crescimento), Colagenoses, Deficiência congênita da hidroxiprolina-oxidase, hiperparatireoidismo, mucopolissacaridose, doença de Paget, tuberculose óssea, Osteomalácea, etc. Medicamentos que aumentam a eliminação da hidroxiprolina: Hormônio do crescimento, Hormônios tireoidianos, Paratormônio e Vitamina D3. Medicamentos que diminuem a excreção da hidroxiprolina: estrogênios, androgênios, Calcitonina, principalmente por via nasal e Vitamina C em altas doses. Informações importantes: medicamentos, doenças associadas, dieta. _______________________________________________________________________________________ HIPERTENSÃO - PERFIL GENÉTICO BÁSICO PARA PRÉ-DISPOSIÇÃO Sinônimo mais usado: Estudo Molecular da Proteína G e da Enzima Conversora de Angiotensina. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR qualitativo e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). Valores de referência: Estudo Molecular da Proteína G: - Genótipo CC: negativo, não possui a mutação; - Genótipo CT: possui a mutação em um dos alelos, que pode apresentar risco de hipertensão e obesidade em brancos e negros; - Genótipo TT: apresenta a mutação nos dois alelos, apresentando alto risco de hipertensão e obesidade em brancos e negros. Enzima Conversora de Angiotensina: - Genótipo II: apresenta concentrações séricas mais baixas da enzima conversora de angiotensina; - Genótipo ID: apresenta concentrações séricas medianas da enzima conversora de angiotensina; - Genótipo DD: apresenta concentrações séricas mais elevadas da enzima conversora de angiotensina, possuindo um risco de infarto aumentado em 3,2 vezes em relação ao genótipo II e ID. Interferência: Indicações: Os genótipos TT e DD atuam independentemente e sinergicamente para o desenvolvimento de hipertensão, sendo indicado para indivíduos com histórico familiar desta patologia, com medidas de prevenção quanto ao seu desenvolvimento. Informações importantes: _______________________________________________________________________________________ HISTONA – ANTICORPOS ANTISinônimos mais usados: Anti-Histona Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima coleta. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: imunoensaio enzimático com triagem por IFI. Valores de Referência: Não Reagente : até 1/10 da diluição do soro. 236 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: hiperlipemia e hemólise intensa. Indicações: pode ocorre no Lúpus Induzido por Drogas, atingindo 96% dos casos, sempre associado ao antiDNA dupla-hélice (sendo a Procainamida a droga mais envolvida). No Lupus Eritematoso Sistêmico pode variar de 50 a 70 % dos casos, caído para 20 a 25% dos casos na Artrite Reumatóide. Informações Importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Histoplasma capsulatum – PESQUISA – Ver Fungos – Pesquisa _______________________________________________________________________________________ HISTOPLASMOSE – PCR – QUALITATIVO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Histoplasmose. Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C. Método: PCR Qualitativo Valores de referência: Não detectado. Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: A histoplasmose trata-se de infecção endêmica causada pelo fungo dimórfico Histoplasma capsulatum var. capsulatum. A maioria dos casos agudos de infecção é subclínica e benigna em hospedeiros imunocompetentes. No entanto, quadros clínicos graves são vistos em pessoas gravemente imunossuprimidas, crianças com menos de 2 anos, idosos e pessoas expostas a grande inóculo. Com o surgimento da infecção pelo HIV, a histoplasmose ressurgiu e casos de doença disseminada tornaram-se mais frequentes. A infecção primária é adquirida através da inalação de microconídias. Os pulmões são, portanto, o sítio mais frequentemente afetado e doença pulmonar crônica pode ocorrer, muitas vezes simulando a tuberculose. Como o fungo pode permanecer viável dentro de granulomas após a infecção autolimitada (muitas vezes assintomática), o comprometimento do sistema imune pode reativar focos previamente inativos. Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ HISTOPLASMOSE - SOROLOGIA PARA Sinônimo mais usado: Sorologia para Histoplasmose Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: imunodifusão bi-dimensional (tipo Oüchterlony). Valores de Referência: Não reagente. Interferências: hiperlipemia, pode haver resultados falso-positivos com o Paracoccidioides brasiliensis, Coccidioides immitis ou Blastomyces dermatitidis. Medicação anti-fúngica específica. Indicações: diagnóstico sorológico da histoplasmose. Informações importantes:medicação atual e prévia imediata, quadro clínico. Doenças fúngicas profundas concomitante ou anterior. 237 GRUPO SÃO CAMILO HIV-1, PCR QUALITATIVO (DNA PRÓ-VIRAL) – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Detecção de HIV por PCR, Pesquisa de HIV por PCR, DNA pró-viral de HIV. Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C. Método: PCR em Tempo Real Valores de referência: Não detectado. Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Detectar a presença da infecção por pesquisa do DNA do HIV-1 integrado ao genoma do paciente. O HIV-1 é um vírus RNA que infecta células do sistema imune que apresentam a molécula CD4 expressa na sua superfície (linfócitos T helper e monócitos), sendo responsável por quase todos os casos de AIDS em todo o mundo. A infecção apresenta aspecto crônico e progressivo, sendo caracterizada por severa imunodeficiência associada à infecções oportunistas, desenvolvimento de tumores, especialmente sarcoma de Kaposi, e envolvimento do sistema nervoso, que caracterizam a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É demonstrado que o diagnóstico pró-viral apresenta 99,9% de acerácea em detectar a presença de HIV em 28 ou mais dias após a infecção, mas não é conhecida a sua precisão antes dos 28 dias. Informações importantes: A presença de um resultado negativo não descarta a possibilidade de inibidores na amostra ou viremia abaixo do limite de detecção do teste. A utilização deste diagnóstico como teste confirmatório de infecção por HIV-1 não é recomendada. _______________________________________________________________________________________ HIV – ANTICORPOS ANTI- (ver Anticorpos anti-HIV I/II) _______________________________________________________________________________________ HIV - ANTICORPOS ANTI- CONFIRMATÓRIO - WESTERN BLOT (ver Anticorpos anti-HIV Confirmatório - Western Blot) _______________________________________________________________________________________ HIV – PCR CARGA VIRAL (QUANTITATIVO) Sinônimo mais usado: Carga viral do HIV Material e conservação para envio:mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel separador. Enviar congelado. Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 6 meses congelado. Método: RT-PCR em tempo real. Valores de Referência: Indetectável. Interferências: a) aumentos da carga viral: - Doença de caráter progressivo, com aumento natural da carga viral. - Associação com infecções bacterianas (nos últimos 30 dias). - Tuberculose ativa (chega a aumentar a carga viral em 160 vezes) 238 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS - Pneumonia pneumocócica (chega a aumentar a carga viral em 5 vezes). - Imunizações nas últimas 4 semanas. b) Primoinfecção pelo HIV: a carga viral é usualmente utilizada para detectar a síndrome aguda, em pacientes no estágio anterior à soro conversão. Os anticorpos anti-HIV não se desenvolvem até o final da viremia e geralmente aparecem entre 2 a 8 semanas após a infecção. Após 3 semanas , aproximadamente metade dos indivíduos infectados terão soro-conversão. Essa porcentagem sobe para 95% três meses após a infecção e para 99% ou mais após 6 meses de infecção. c) Reações falso-positivas: a reação falso-positiva clássica é relativamente rara, ocorrendo mais frequentemente resultados indeterminados (com um só exame imunológico reagente, com baixos títulos, Western Blot Test positivo mas com somente uma fração, geralmente a p24). Esse tipo de situação geralmente ocorre quando da soroconversão com o aparecimento da fração p24, nas reações cruzadas com aloanticorpos na gestação, em transfusões sanguíneas ou transplantes, na AIDS avançada, em doenças autoimunes e em algumas neoplasias, infecções por HIV-1 que não de clade B, por subtipo O ou por HIV-2. Ainda, mais raramente em voluntários de vacinas experimentais para o HIV. Indicações: quantificação da carga viral, para acompanhamento e decisões terapêuticas em associação ao CD4 e CD8. Terapêutica bem sucedida cursa com queda constante da carga viral. Após um início mais rápido, a carga viral sofre um declínio mais lento. O Consenso Brasileiro de terapêutica anti-retroviral sugere que nas 4 a 6 semanas de tratamento deve ocorrer 1 log de queda. Em 12 a 16 semanas deve cair para 2 log. Os níveis devem se tornar indetectáveis após 6 meses de esquema tríplice. O Consenso Brasileiro considera que valores inferiores a 0,5 log entre duas determinações não são consideradas significativas, já que essa é a faixa de variabilidade de intertestes. a) A carga viral é utilizada para a detecção da síndrome retroviral aguda, para pacientes em fase anterior à soroconversão. A carga viral pode ser detectada em 2 semanas após o contacto positivo. Nesta fase, em que a carga viral é geralmente alta, resultados falso-positivos são devidos a contaminações durante o processo de separação ou triagem. b) Fator prognóstico: existe na literatura uma grande correlação entre carga viral e velocidade de progressão da doença, independentemente do tratamento de escolha e das taxas de CD4. c) Falha terapêutica: além do quadro clínico de piora do paciente, a queda persistente de linfócitos CD4 é um importante indicador de falha terapêutica. Os níveis aceitos para falha são: quedas maiores que 25% do número absoluto e/ou quedas maiores que 3% em percentual do número basal. Um aumento significativo da carga viral, entre dosagens seqüenciais, principalmente acima de 0,5 log. Reduções da carga viral, inferiores a 0,75 log após 4 semanas de tratamento ou menos de 1 log após 8 semanas ou persistência de carga viral após 6 meses de tratamento são fatores que indicam falha terapêutica. Confirmações dever ser realizadas antes da decisão de troca terapêutica, cujos testes devem ser feitos no mesmo laboratório e coletados no mesmo horário do dia. d) Periodicidade: os exames devem ser realizados a cada 3 a 4 meses em pacientes sem tratamento. Duas dosagens em tempos diferentes devem ser feitas antes de se iniciar a terapêutica. Com o início do tratamento os testes devem ser repetidos após o primeiro mês de medicação e posteriormente a cada 3 a 4 meses. As mulheres tem uma tendência de apresentar carga viral duas vezes menor que dos homens, com os mesmos níveis de CD4 e com o mesmo tempo de evolução da AIDS. Informações importantes: tempo de tratamento, tempo de doença, outras doenças associadas. _______________________________________________________________________________________ HIV – TESTE DE RESISTÊNCIA Sinônimo mais usado: Resistência ao HIV. Material e conservação para envio: 3 mL de plasma com EDTA sob refrigeração. 239 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Os pacientes devem ser alertados em coletar os exames sempre no mesmo horário. Os pacientes devem ser orientados a manter a medicação indicada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Genotipagem e fenotipagem. Valores de Referência: genotipagem : detecta mutações presentes em genes virais relevantes que podem conferir resistência fenotípica à terapêutica anti-retroviral. Fenotipagem : indica a capacidade dos vírus de crescer em meios com diferentes concentrações de drogas, tal como um antibiograma, pelo sistema MIC50 e o MIC90 (inibição de 50 a 90% da replicação viral). Interferências: baixos níveis de carga viral, inferiores a 500 cópias/mL. Indicações: falência terapêutica, gestação em pacientes diagnósticas, com ou sem exposição a anti-retrovirias. Na suspeita de transmissão de vírus resistentes. As mutações mais freqüentes são contra as seguintes drogas: Não-Nucleosídeos inibidores da Transcriptidase Reversa, Nucleosídeos Inibidores da Transcriptidase Reversa e Inibidores da Protease. Informações importantes: medicação utilizada, tempo de doença e dados dos linfócitos CD. _______________________________________________________________________________________ HLA-B27 Sinônimo mais usado: CMA B27. Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C. Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: detecção da seqüência gênica específica por PCR-tempo real. Valores de Referência: ausência do antígeno leucocitário. Interferências: material fora do prazo de estabilidade. Transfusões sanguíneas de até 90 dias. Indicações: pesquisa de espondiloartropatias sorologicamente negativas. A sensibilidade do teste para espondiloartropatias: Espontiloartropatia: Espondilite anquilosante Síndrome de Reiter Espondilite Psoriática Espondilites associadas a DII: Sensibilidade: 95% 80% 70% 50% DII: doença inflamatória intestinal. Na população em geral a presença do HLA-B27 varia de 5,5 a 10%. O número de testes falso-positivos vem paulatinamente caindo devido as melhorias técnicas atualmente utilizadas. Métodos como microlinfocitoxicidade podem produzir até 30% de testes falso-positivos. A técnica de citometria de fluxo pode produzir até 20% de testes falso-positivos. A metodologia em PCR tem apresentado até 10% de resultados falso-positivos. Assim, frente a um resultado positivo, a literatura mundial recomenda a repetição do teste antes de uma resolução diagnóstica e terapêutica. É sempre bom lembrar que somente uma pequena parte dos pacientes HLA-B27 positivos irá desenvolver alguma das espondiloartropatias. Informações importantes: quadro clínico, suspeitas diagnósticas, raça e sexo dos pacientes. _______________________________________________________________________________________ 240 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS HOMA - (AVALIAÇÃO DE MODELO HOMEOSTÁTICO) - ( BcC & %RI) Sinônimo mais usado: Avaliação homeostática da glicose. Material e conservação para envio: 1 mL de soro (para insulina) e plasma fluoretado (para glicemia). Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Plasma fluoretado: 48 horas sob refrigeração ou 7 dias sob congelamento. Método: insulina: quimoluminescência; glicemia: espectrofotometria automatizada. Valores de Referência: Glicemia de jejum 70 – 100 mg/dL Insulina de jejum 2,5 – 25,0 μUI/mL Insulina de jejum para obesos até 77,0 μUI/mL HOMA – RI Homens Mulheres (Resistência à insulina) HOMA – BcC% por IMC IMC < 25 IMC 25 – 30 IMC 31 – 40 IMC > 40 BcC%: 150 – 320 134 – 424 234 – 836 325 - 983 HOMA – RI por IMC IMC < 25 IMC 25 – 30 IMC 31 – 40 IMC > 40 RI%: 2,1 – 3,7% 1,6 – 5,8% 1,8 – 11,0% 4,1 – 17,9% Até 3,5% Até 3,9% Padrão universal: indivíduos hígidos com menos de 35 anos: IMC normal: HOMA-BcC% = 100% HOMA-RI = 1 Legendas: BcC = Capacidade funcional das células beta RI = Resistência periférica à insulina IMC = Índice de Massa Corpórea HOMA = Homeostasis Model Assesment Interferências: veja os itens Glicose e Insulina Indicações: estudo da capacidade funcional das células beta e resistência periférica à insulina. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ HOMOCISTEÍNA Sinônimo mais usado: HCT Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. 241 GRUPO SÃO CAMILO Homens adultos : 5,0 a 15,0 mcmol/L Mulheres adultas : 5,0 a 15,0 mcmol/L Acima dos 60 anos ( e ) : 5,0 a 20,0 mcmol/L Homocisteinemia leve : 15,0 a 25,0 mcmol/L Homocisteinemia moderada : 25,0 a 50,0 mcmol/L Homocisteinemia grave : 50,0 a 500,0 mcmol/L Homocisteína após estímulo de Metionina: até 40 mcmol/L (após administração de Metionina na dose de 50 a 100 mg/Kg de peso, com coleta de sangue – soro – 6 horas após a dose V.O). Este teste serve para detectar casos de elevações de homocisteína em resultados indeterminados ou “borderline”. Interferências: medicamentos que podem elevar os níveis da homocisteinemia: Ácido Nicotínico , Fenitoína e outros anticonvulsivantes, Levodopa e derivados, Metrotrexate e Teofilina. Condições clínicas que podem elevar os níveis de homocisteina: doenças ósseas, doenças hepáticas, hipotireidismo, IRC, LES, Leucemias agudas, Carcinomas (Mama, Ovário e Próstata), Osteroporose, retardo mental específico ligado a hiperhomocisteinemia (alterações genéticas com deficiências de enzimas envolvidas no metabolismo da homocisteina), Síndrome de Marfan, Síndromes de má absorção. Tabagismo e Idade. Por alterações dietéticas: deficiências de vitaminas B6 e B12, deficiência de ácido fólico (é a etiologia mais envolvida) Indicações: a homocisteinemia superior a 25 mcmol/L tem alta correlação com quadros de aterosclerose e tromboembolismo cerebrais, cardiovasculares e da circulação periférica. O risco de vasculopatia tem relação direta com os níveis séricos. Pacientes com diabetes do tipo 2 e hiperhomocisteinemia tem grande probabilidade de desenvolver retinopatia. Na população em geral, a hiperhomocisteinemia ocorre em 7% dos indivíduos. Entre os pacientes com aterosclerose a prevalência pode chegar a 30%. Informações importantes: medicação atual, tipo de alimentação e quadro clínico. Valores de referência: _______________________________________________________________________________________ HOMOCISTEINA – APÓS ESTÍMULO DE METIONINA Sinônimo mais usado: HCT com estímulo de metionina. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Adultos: a) basal :coletar pela manhã sob jejum mínimo de 8 horas. b) Administrar por Via Oral, 50 a 100 mg/kg de peso de metionina. c) 2° coleta: coletar nova amostra 6 horas após a administração da metionina para nova determinação da homocisteína. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: até 38 mcmol/L Interferências: vide Homocisteína. Indicações: o teste de homocisteina após estímulo com metionina, aumenta em até 30% a identificação de pacientes com hiperhomocisteinêmicos que não foram detectados nos testes de jejum. Informações importantes: vide Homocisteinemia. _______________________________________________________________________________________ HOMOCISTEÍNA – MUTAÇÃO DO GENE A1298C – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Glu429Ala, Mutação A1298C, Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. 242 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). Valores de referência: Não detectado. Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: A mutação A1298C, em homozigose, e responsável pela redução da atividade da MTHFR, aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos observados para os homozigotos 677TT, ocorrem na combinação de heterozigose para as duas mutações da MTHFR. Está combinação é de grande relevância clinica para os eventos vasculares, visto que a frequência de A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as referências bibliográficas. _______________________________________________________________________________________ HOMOCISTEÍNA – GENE DA MTHFR MUT. C677T e A1298C – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Mutação A1298C, Mutação C677T, Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). Valores de referência: Não detectado. Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: O genótipo homozigoto mutante (677TT), encontrado em 4 a 14% da população em geral, está associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos neurológicos, retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo. A mutação A1298C, em homozigose, e responsável pela redução da atividade da MTHFR, aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos observados para os homozigotos 677TT, ocorrem na combinação de heterozigose para as duas mutações da MTHFR. Está combinação é de grande relevância clinica para os eventos vasculares, visto que a frequência de A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as referências bibliográficas. _______________________________________________________________________________________ HPV - PAPILOMAVIRUS HUMANO Sinônimo mais usado: Papiloma Vírus Humano. Material e conservação para envio: a) feminino: raspado cervical, raspado vaginal e raspado vulvar. Raspados anais (condiloma acuminato), endo-retais. b) raspados penianos, da glande, glanz corona, prepúcio e de áreas suspeitas. Grande parte das lesões pelos HPV podem produzir lesões planas, muitas vezes sub-clínicas. O material raspado, em escova própria para a coleta, será diluído diretamente ao líquido de transporte, dentro do tubo apropriado. Repetir os procedimentos de coleta por várias vezes. Na última vez, cortar a haste e inserir a escova no tubo de coleta. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Os pacientes devem estar a pelo menos 5 dias sem utilização de medicação tópica, 3 dias 243 GRUPO SÃO CAMILO de abstinência sexual e 5 dias da procedimentos médicos, como US trans-vaginal, trans-retal, toque ou colposcopia, etc. Não realizar assepsia tanto em locais externos como internos, pelo menos com 18 horas de antecedência. Conservar sob refrigeração após a coleta. Se houver pedido concomitante de citologia cérvidovaginal pelo método de Papanicolaou, a citologia deverá ser coletada em primeiro lugar, sendo que não se deve utilizar lubrificantes para a introdução do espéculo. Se testes como Schiller ou aplicação de ácido acético tiver que ocorrer durante a colposcopia, deverão ser realizados após a coleta para HPV. (Solicitar kit de coleta ao laboratório). Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado. Método: PCR+ RFLP. Valores de Referência: ausência de cópias virais no material. Interferências: meio de transporte não indicado, problemas de conservação, tempo de coleta, medicações interferentes. Indicações: os papilomavírus pertencem à família papovavirideos, com DNA, e são específicos do hospedeiro humano e de seus tecidos. Infectam as células epiteliais da pele e das mucosas. Sua replicação e sua maturação acontece nos núcleos das células diferenciadas e queratinizadas. São sexualmente transmissíveis e são agentes etiológicos de cânceres humanos. Existem fatores que favorecem as infecções virais, principalmente pelos vírus do HPV, como falta de higiene, micro-traumatismos e manutenção da umidade, além das deficiências imunológicas, que podem ser as principais causas do desenvolvimento tumoral. Os genótipos do HPV que produzem epidermodisplasia verruciforme são: 3,5,8,9,10,12,14,15,17,19,20,21,23,24,25 e 36 Há mais de 70 genotipos de vírus do HPV e podem ser divididos em três grupos principais: RISCO ALTO RISCO BAIXO RISCO INTERMEDIÁRIOS GENOTIPOS MAIS FREQUENTES 16-18-33-35( 90% ) 6-11 GENOTIPOS (ASSOCIAÇÕES MENOS FREQUENTES) 26,31,39,45,51,52,53,55,56,58,59,66,68,69,73 e 82 34,40,42,43,44,54,61,70,72,CP6108 3,3a,7,10,27,28,29,31b,32,62,64,MN4,MN7,MM9,LVX100, CP141CCP8304,CP4173 e CP8061. Não é raro serem detectadas lesões por infecções mistas por genótipos diferentes de HPV. Informações importantes: uso de medicamentos, realização de assepsia, procedimentos médicos prévios, abstinência sexual. _______________________________________________________________________________________ HTLV I/II – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: anti-HTLV I/II Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA. Valores de Referência: Negativo ou Não Reagente. Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e lipemia. Indicações : O HTLV = Human T-Cell Lymphoma vírus. São transmitidos por via sexual, por transfusões de sangue, por transmissão vertical e por uso de drogas injetáveis, sendo esta via a mais envolvida na propagação desses vírus. Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-HTLV I e II. O HTLV-I é associado a leucemias de células T em adultos, alveolites linfocitárias e paraplegia espástica tropical (TSP). O HTLV-II é associado à tricoleucemia (hairy cells) ou leucemia dos tricô-leucócitos. 244 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Cerca de 95% dos indivíduos que apresentam esses anticorpos a infecção não resulta em quadro clínico, permanecendo como portadores sãos. Somente 5% dos infectados irão apresentar evolução clínica. A confirmação pode ser feita ou por PCR específico ou Western Blot test, que discriminarão também o tipo de HTLV, I ou II. Interferências: problemas de conservação, hiperbilirrubinemia ou hemólise intensa. _______________________________________________________________________________________ HTLV-I OU II – PCR Sinônimo mais usado: HTLV-PCR Material e conservação para envio: 3 mL de plasma de EDTA, separado esterilmente, sob refrigeração. Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração . Não congelar. Método: Reação qualitativa em PCR. Valores de Referência: Negativo Interferências: Hiperbilirrubinemia ou Lipemia. Indicações: diagnóstico confirmatório para sorologia reagente. Distinção entre o HTLV-I do HTLV-II. Raros casos de infecção pelos dois vírus. Informações importantes: quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ IDENTIFICAÇÃO DE HELMINTOS Sinônimo mais usado: Identificação de Vermes Material e conservação para envio: vermes isolados das fezes, lavados em solução fisiológica e conservados a temperatura ambiente, mergulhados em vinagre caseiro incolor, solução a 50% com água destilada. Para os laboratórios que tem permissão de uso, pode-se utilizar o Ácido Acético Glacial a 30% como conservante. Não utilizar formol a 10% ou mesmo em concentrações inferiores para se evitar a contração das estruturas dos helmintos. Para laboratórios que não tem licença para uso de voláteis controlados pode se usar Ácido Acético Alimentar a 5%, volume a volume com formol a 0,5%. Instruções para coleta: os vermes recebidos com as fezes, para exame parasitológico, devem ser imediatamente isolados, lavados e conservados conforme descrito no item anterior. Estabilidade da amostra: sob conservante pode ser conservada até 7 dias a temperatura ambiente, desde que não haja resíduos fecais junto aos vermes. Método: transparentização e observação microscópica das estruturas dos vermes. Valores de Referência: Interferências: problemas na conservação dos vermes. Indicações: dificuldades de identificação de vermes presentes nas fezes. Informações importantes: eliminação de vermes nas fezes ou encontro de vermes nas roupas dos pacientes. _______________________________________________________________________________________ IgA Sinônimo mais usado: Imunoglobulina IgA Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sem hemólise, enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. 245 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Evitar situações de recongelamento para se evitar a denaturação da imunoglobulina. Método: imunoturbidimetria automatizada. Em mg/dL Valores Pediátricos: Valores de Referência: Recém-Natos : 0,0 a 2,2 1 a 3 meses : 2,0 a 50,0 4 a 6 meses : 3,0 a 82,0 6 meses a 1 ano : 14,0 a 108,0 2 a 6 anos : 23,0 a 190,0 6 a 12 anos : 29,0 a 270,0 12 a 16 anos : 81,0 a 232,0 Valores Adultos : Homens : 43,0 a 350,0 Mulheres : 40,0 a 340,0 57,0 a 390,0 Valores para 3ª idade: Interferências: a) Diminuições: - Agamaglobulinemia ligada ao sexo (Doença de Bruton) - Agamaglobulinemia do tipo suiço (linfopênica) - Agamaglobulinemia intermitente - Ataxia-telangectasia - Aumento do catabolismo geral, como hipoproteinemia hipercatabólica idiopática e síndrome de WiskotAldrich. - Cirrose hepática e outras doenças de origem hepática. - Deficiências congênitas de IgA, geralmente ligada a deficiência na produção de IgA secretorias. - Diminuição da síntese, como em leucemias e tumores digestivos. - Disglobulinemia congênita do tipo III - Doença de Still (Artrite Reumatóide Juvenil com HLA-B27 positiva, soro-positiva) - Gestação ou uso de anticoncepcionais orais podem levar a uma diminuição da IgA em aproximadamente 20% dos casos. - Hipoglobulinemia idiopática adquirida e Imunodeficiências adquiridas. - Infância: os valores de referência até 1 ano são geralmente muito baixos em relação aos valores de adultos. - Inibição da síntese da IgA, como o uso de corticosteróides e/ou outros imunossupressores. - Perdas protéicas, como nas enteropatias e síndrome nefrótica - Síndrome de DiGeorge. b) Aumentos da IgA: b.1) Aumentos devido a picos monoclonais: - Doença da cadeia pesada alfa - Gamopatia monoclonal benigna - Mieloma Múltiplo por IgA (a maioria com cadeias kappa) - Neoplasias secretoras de IgA b.2) Aumentos de IgA do tipo Policlonal: - Cirrose hepática, principalmente quando há um predomínio da concentração da IgA sobre a Transferrina. - Conjuntivite viral ou bacteriana com elevações na lágrima da relação IgG/Albumina, doenças hepáticas como hepatites ou carcinomas primários do fígado processos infecciosos de tratos produtores de IgA, como pulmonar, urinário e digestivo. Indicações: vide item acima. 246 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: medicação atual, idade correta, incluindo dias e meses. _______________________________________________________________________________________ IgA Salivar Sinônimo mais usado: IgA secretória Material e conservação para envio: 2 mL de saliva ativada. Centrifugar a 4000 rpm por 10 minutos. Enviar o sobrenadante refrigerado. Outros líquidos biológicos, como por exemplo líquido pleural ou secreções brônquicas devem ser tratados como acima. Instruções para coleta: a saliva pode ser ativada utilizando-se essência de frutas cítricas ou abacaxi para o paciente cheirar. Coletar em placa de Petri estéril aproximadamente 10 mL de saliva. Verificar o estado de hidratação dos pacientes antes de iniciar a coleta. Para os outros materiais clínicos, a coleta é feita pelo(s) médico(a) solicitante. As coletas devem ser sempre realizadas no mesmo horário, para cada paciente, devido a variações circadianas. Coletar preferencialmente período da manhã, em jejum. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: Nefelometria Valores de Referência: (para saliva): Até 6 anos: 1,7 a 9,1 mg/dL > 6 anos: 6,9 a 27,0 mg/dL Interferências: forma da coleta, principalmente da saliva. Os valores podem variar conforme a idade, estado de hidratação. A falta de centrifugação antes do envio das amostras é uma causa freqüente de contaminação e valores baixos de IgA secretória. Indicações: pode-se utilizar a dosagem da IgM na saliva ou outros líquidos biológicos. Há praticamente uma compensação, com valores de IgM superiores aos da IgA secretória nos casos de deficiência da imunoglobulina A. Pacientes com deficiência de IgA secretória geralmente sofrem de Síndrome de má absorção intestinal, infecções intestinais de repetição e infecções respiratórias. Na ataxia-telangectasia os níveis são sempre muito baixos ou há ausência detectável de IgA secretória. _______________________________________________________________________________________ IgD Sinônimo mais usado: Imunoglobulina D Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. |Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Nefelometria Valores de Referência: até 4,5 mg/dL Interferências: elevações nos casos de Mieloma D (muito raros). Indicações: a IgD é uma imunoglobulina monomérica com peso molecular de 180kD, com fórmula molecular de duas cadeias delta com 2 cadeias kappa ou duas cadeias delta e 2 cadeias lambda. A sua concentração geralmente é inferior a 0,2% do total das imunoglobulinas circulantes. Sua maior função é servir de receptor para antígenos específicos na superfície de linfócitos do tipo B. Em algumas patologias como na Imunodeficiência de Hiper IgM, pode, juntamente com a IgM ser os únicos receptores para antígenos nos linfócitos B do tipo CD19+. Parece que há certa atividade desta imunoglobulina contra antígenos da insulina, alfalactoalbumina, betalactoglobulina e caseína, antígenos tireoidianos e contra o toxóide diftérico. Informações importantes: quadro clínico, principalmente alterações de fundo imunológico, níveis de outras imunoglobulinas e medicação atual. 247 GRUPO SÃO CAMILO IgE - TOTAL Sinônimo mais usado: Imunoglobulina E Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instrução para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: (calibração segundo WHO 2nd IRP 75/502) Idade ( Anos) Mediana ( UI/mL) 0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 9 10 - 18 Adultos 6,6 10,1 12,9 14,4 20,8 20,4 Variação em espaço de confiança de 95% ( UI/mL) até 29 até 49 até 45 até 52 até 92 até 87 Interferências: a) Diminuições: - Ataxia-telangectasia - Deficiência congênita de IgE - Hipogamaglobulinemia congênita - Hipogamaglobulinemia adquirida - Hipogamaglobulinemia ligada ao sexo (variante da Doença de Bruton) b) Elevações: - Alergia do tipo I, como anafilaxia, asma, eczema atópico, edema de Quincke, febre do feno, rinite alérgica, urticária, etc. - Aspergilose pulmonar e outras micoses profundas pulmonares ou sinusais. - Doença de Hodgkin - Doenças de fundo imunopatológico, como pênfigo e pendigóide bolhoso, periarterite nodosa, piodermite recorrente, Síndrome de Buckley, Síndrome de Wiskott-Aldrich, etc. - Infecções bacterianas (dependendo da bactéria e do local de infecção). - Mieloma por IgE - Parasitoses - Sarcoidose - Síndrome Nefrótica. Indicações: para confirmação de uma doença atópica, testes cutâneos negativos com quadro clínico sugestivo de atopia, risco de anafilaxia, quadros de hipersensibilidade a substâncias não constante nos testes cutâneos ou na pesquisa de IgE-específico. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Uma dosagem elevada de IgE não é diagnóstico de alergia. Mas níveis elevados aumentam a chance de um diagnóstico alergológico. A aspergilose pulmonar pode ser excluída com níveis normais ou baixos de IgE. Deve ser lembrado que reações alérgicas podem ser desencadeadas na presença de níveis normais de IgE. A IgE está presente nas reações anafiláticas do tipo I, mas reações anafilactóides podem prescindir da sua atuação. Informações importantes: medicação atual. 248 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS IgE Específico Sinônimo mais usado: IgE rast, Rast. Material e conservação para envio: mínimo de 2 mL dependendo do número de testes solicitados, sendo utilizado 500 microlitros por teste. Enviar refrigerado. Evitar hemólise. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência ou fluoroenzimaensaio. Valores de Referência: Em UI/mL > 100,00 52,50 a 100,00 17,50 a 52,49 3,50 a 17,49 0,70 a 3,49 0,35 a 0,69 < 0,35 Classe 6 5 4 3 2 1 0 Níveis de Anticorpos IgE específicos Positivo de extrema reatividade Positivo de muito alta reatividade Positivo de alta reatividade Positivo de moderada reatividade Positivo de baixa reatividade Duvidoso ou intermediário Negativo UI/mL equivale a Ku/L Interferências: vide IgE total. Valores baixos de IgE total podem resultar em resultados falso-negativos. Valores de IgE total inferiores a 20 UI/mL: atopia improvável. Valores de IgE total superiores a 100 UI/mL: atopia altamente provável. Indicações: há uma grande concordância destes testes com os testes cutâneos. Com inalantes a concordância pode chegar a 80% ou mais. A principal indicação para a realização destes testes é a impossibilidade de se realizar testes cutâneos (prick-test): dermatoses generalizadas, dermografismo, utilização de antígenos que podem produzir reações anafilactóides violentas, como venenos de insetos, penicilina, etc., baixa reatividade da pele de crianças, crianças rebeldes que não permitam a realização do teste cutâneo, alergênos insolúveis, etc. Informações importantes: idade do paciente, medicação atual e quadro clínico. OBS. Relação dos IgE específicos e dos IgE múltiplos: Específicos: Abacaxi (F 210), Acarus siro (D 70), Aipo (F 85), Alfa Lactoalbumina (F 76), Alface (F 215), Algodão (K 83), Alho (F 47), Alternaria alternata (M 6), Ameixa (F 255), Amendoim (F 13), Amoxicilina (C 6), Ampicilina (C 5), Arroz (F 9), Aspergillus fumigatus (M 3), Aveia (F 7), Bacalhau (F 3), Banana (F 92), Barata doméstica (I 6), Batata (F 35), Beta lactoglobulina (F 77), Blomia tropicalis (D 201), Camarão (F 24), Candida albicans (M 5), Caranguejo (F 23), Carne de Frango/Galinha (F 83), Carne de porco (F 26), Carne de vaca (F 27), Caseína (F 78), Castanha do Pará (F 18), Cebola (F 48), Cefalosporinas (C 201), Cenoura (F 31), Centeio (F 5), Chocolate (F 105), Cladosporium herbarum (M2), Clara de ovo (F 1), Cloramina T (K 85), Culicídeos (I 71), Côco (F 36), Couve (F 216), Curvularia lunata (M 16), Dermatophagoides farinae (D2), Dermatophagoides microcera ( D3), Dermatophagoides pteronyssinus (D1), Diclofenaco (C 281), Dipirona (H 75), Dixiciclina (C 216), Epitélio de vaca (E 4), Epitélio de Cão (caspa) (F 5), Epitélio de Cavalo (E 3), Epitélio de Gato (caspa) (E 1), Epitélio de Carneiro (caspa) (E 81), Ervilha (F 12), Espinafre (F 214), Eucalipto (T 18),Feijão (F 15), Figo (F 328), Formiga (I 70), Gema de ovo (F 75), Gergelim (F 10), Glúten (F 79), Grama Comum (G 10), Grama Bahia (G 17), Grama de centeio (G 70), Clister Stier Poeira doméstica) (H2), Ibuprofen (C 286), Inalantes (Phadiatop), Insulina Humana (C 73), Insulina Bovina (C 71), Lã (K 20), Lactose (C 312),Laranja (F 33), Látex (K 82), Leite de Cabra (F 300), Leite de Vaca (F 2), Leveduras alimentares (F 45), Limão (F 208), Lula (F 258), Maçã (F 49), Malte (F 90), Manga (F 91), Mamão Papaia (F 293), Marinbondo-veneno (I4), Marisco (F 37), Mel (F 247), Melão (F 87), Milho (F 8), Morango (F 44), Mosquito (ver Culicídeos) , Mostarda (F 89), Nozes (F 256), Pêlo de coelho (E 82), Pêlo de Hamster (E 84), Pena de Canário (E 249 GRUPO SÃO CAMILO 201), Pena de Galinha (E 85), Pena de Papagaio (E 213), Pena de Pato (E 95), Penicilina G (C 1), Penicilina V (C2), Penicillium notatum (M1), Pêssego (F 95), Pêra (F 94), Pernilongo (ver Culicídeos), Peru (Carne) (F 284), Pimenta Malagueta (F 279), Pimenta Verde (F 263), Pimentão (F 218), Polvo (F 59), Queijo Cheddar (F 81), Rhizopus nigricans (M 11), Salmão (F 41), Salsa/Cheiro verde (F 86), Sardinha (F 61), Soja (F 14), Tartrazina (Corante Amarelo Alimentar) (C 220), Tomate (F 25), Traça (I 8), Trigo (F 4), Trigo mourisco (F 11), Uva (F 259), Vespa Amarela (I 5), Vespa cabeça branca (I 2), Vespa comum (I 3), Vespa de caibro (F 75). Múltipos ( ou Painéis): Epitélios Mix (EP1 ou EX1): Epitélios de Gato, Cavalo, Boi e Cão, Fungos Mix (MP1 ou MX1): Penicillium notatum, Cladosporium herbarum, Aspergillus fumigatus, Candida albicans e Alternaria tenuis, Gramíneas Mix (GP1 ou GX1): Grama de pomar, Grama Prado, Centeio Perene, Timóteo e Grama de Junho, Gramíneas Mix (GP2 ou GX2): Grama das Bermudas, Centeio Perene, Timóteo, de Junho e Tipo Johnson, Painel de Alimentos (FP2 ou FX2): Bacalhau, Camarão, Mexilhão Azul, Atum e Salmão, Painel de alimentos (FP3 ou FX3): Trigo, Aveia, Milho Gergelim e Trigo sarraceno, Painel de alimentos (FP5 ou FX5): Clara de ovo, leite de vaca, Trigo, Amendoim e Soja, Painel de Oleoginosas (FP1 ou FX1): Amendoim, Avelã, Castanha do Pará, Amêndoa e Côco, Painel de Poeira Doméstica (HP1 ou HX1): Pó caseiro tipo Greer, Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae e Barata doméstica, Painel de Pólens (WP5 ou WX5): Erva daninha comum, Artemísia, Margarida, Dente de leão e Vara dourada. _______________________________________________________________________________________ IgF-1 Sinônimo mais usado: Somatomedina C Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: em ng/mL (para percentil de 95%). Faixa etária (anos) Val.de Referência Faixa etária( anos) 1 55 – 327 18 2 51- 303 19 3 49 – 289 20 4 49 – 283 21-25 5 50 – 286 26-30 6 52 – 297 31-35 7 57 – 316 36-40 8 64 – 345 41-45 9 74 – 388 46-50 10 88 – 452 51-55 11 111- 551 56-60 12 143- 693 61-65 13 183- 850 66-70 14 220- 952 71-75 15 237–996 76-80 16 226–903 > 80 17 193-731 Valores neonatais: 1 a 7 dias: ND – 26,0 ng/mL 8 a 15 dias: ND – 41,0 ng/mL 250 VI Val.de Referência 163- 584 141- 483 127- 424 116- 358 117- 329 115- 307 109- 284 101- 267 94- 252 87- 238 81- 225 75- 212 69- 200 64- 188 59- 177 55- 166 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: terapêutica hormonal de reposição com HGH. Indicações: A) Valores elevados: acromegalia, durante a gravidez pelo aumento da Prolactina, que tem sinergismo na produção da Somatomedina C. B) Valores normais: valores normais de Somatomedina C estão fortemente correlacionados à presença de HGH em quantidades normais e suficientes. C) Valores baixos: No nanismo com função hipofisária normal, a deficiência ponderal está ligada à deficiência da produção da Somatomedina C. Também são encontrados níveis baixos no hipotireoidismo, estados de má-nutrição e na insuficiência hepática. Informações importantes: medicação atual e doenças associadas. _______________________________________________________________________________________ IGFBP-3 PROTEÍNA LIGADORA DE IGF-1 Sinônimo mais usado: IGFBP-3 Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio ( ELISA) Valores de Referência: Faixa etária V. Referência 1 ano 0,7 – 3,6 4 anos 0,9 – 4,3 1,4 – 6,10 7 anos 2,1 – 7,7 10 anos 3,1 – 9,5 13 anos 3,4 – 9,5 16 anos 2,9 – 7,3 19 anos 3,5 – 7,6 26-30 anos 3,3 – 6,6 41-45 anos 3,4 – 6,9 56-60 anos 2,8 – 5,7 71-75 anos Faixa etária V. Referência 2 anos 0,8 – 3,9 5 anos 1,1 – 5,2 8 anos 1,6 – 6,5 11 anos 2,1 – 8,4 14 anos 3,3 – 10,0 17 anos 3,2 – 8,7 20 anos 2,9 – 7,3 31-35 anos 3,5 – 7,0 46-50 anos 3,3 – 6,7 61-65 anos 3,2 – 6,6 76-80 anos 2,5 – 5,1 Faixa etária V. Referência 3 anos 0,9 – 4,3 6 anos 1,3 – 5,6 9 anos 1,8 – 7,1 12 anos 2,7 – 8,9 15 anos 3,5 – 10,0 18 anos 3,1 – 7,9 21-25 anos 3,4 – 7,8 36-40 anos 3,4 – 6,7 51-55 anos 3,4 – 6,8 66-70 anos 3,0 – 6,2 81 anos 2,2 – 4,5 Fator de conversão : ng/mL x 0,035 = nmol/L ng/mL x 0,001 = mcg/mL Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: As IGFBPs formam uma família de proteínas que ligam os fatores de crescimento “insulin-like”, que tem aproximadamente 10 proteínas. A IGFBP-3 é a mais utilizada para diagnósticos, ligando quase a totalidade das IgFs, principalmente as IgF-1. As funções da IGFBP-3 além de modular a resposta e a biodisponibilidade da IgF-1, tem uma ação anti-proliferação celular e ação apoptótica, em oposição a ação da IgF-1 que tem ações mitogênicas eanabólicas. Alterações nas concentrações da IgF-1 e da IGFBP-3 podem favorecer o aparecimento de neoplasias e as suas dosagens podem substituir a dosagem do HGH para diagnóstico de alterações do crescimento. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ 251 GRUPO SÃO CAMILO IgG Sinônimo mais usado: Imunoglobulina G Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração: Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunoturbidimetria automatizada. Valores de Referência: Valores Pediátricos ( mg/dL): Faixas etárias RN 1 a 3 meses 4 a 6 meses 6 a 12 meses 2 a 6 anos 6 a 12 anos 12 a 16 anos mg/dL 700 – 1480 250 – 1100 300 – 1000 500 – 1200 500 – 1300 700 – 1650 700 – 1550 Adultos 650 – 1600 Interferências: processos infecciosos ou inflamatórios em atividade. Terapia de reposição com imunoglobulinas. Corticoterapia e uso de medicamentos anti-oncóticos. Indicações: a IgG é a principal imunoglobulina circulante, produzida por linhagem linfocítica do tipo B, em cooperação ou não com linfócitos T. As IgG apresentam grande número de propriedades, como: fixação com o complemento sérico, opsonização e citotoxicidade, pela sua ligação a uma série de receptores celulares. A IgG é subdividida em 4 sub-classes, com propriedades biológicas distintas. a) Elevações policlonais de seus níveis: - Cirrose hepática alcoólica - Colagenoses - Hepatites virais agudas, paralelamente aos níveis de viremia - Infarto agudo do miocárdio, com pico durante a segunda semana. - Infecções bacterianas - Infecções parasitárias (leishmaniose visceral, malária) b) Elevações monoclonais: - Mieloma múltiplo (cadeia kappa em 70% dos casos) - Doença da cadeia pesada (gama) - Gamopatia monoclonal benigna - Doenças neoplásicas produtoras de IgG. c) Diminuições : - Deficiências primárias com diminuição da síntese - Disglobulinemia (Waldenström com queda das IgGs e Kahler) - Hipercatabolismo (doença de Steinert) - Hipercatabolismo na doença de Wiskott-Aldrich Diminuição da síntese por terapia com corticosteróides, imunossupressores, etc. Informações importantes: medicação atual e idade correta. _______________________________________________________________________________________ 252 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS IgG- SUBCLASSES (IgG-1, IgG-2, IgG-3, IgG-4) Sinônimo mais usado: Sub-classes da IgG Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade para amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: nefelometria Valores de Referência: Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubina. Indicações: A IgG é constituída por 4 sub-classes, tendo propriedades biológicas distintas. Há produção de níveis direrentes de sub-classes de IgG, a cada resposta imunológica. A resposta imunológica a antígenos protéicos é preferencialmente de IgG-1 e IgG-3, sendo mediada por linfócitos T. Quando o estímulo é feito por polissacarídeos, os anticorpos formados é de IgG-2, também timo-dependente. Alterações às respostas imunológicas, leva à deficiência s de certas sub-classes, principalmente em pacientes com infecções e gamopatias monoclonais associadas e imunodificiência primárias e secuntãrias. Deficiências de IgG-2 e IgG-3 estão associadas à infecções recorrentes de vias aéreas, por pneumococos e Haemophilus influenzae. Crianças com baixos níveis de IgG-2 respondem mal a vacinação com antígenos polissacarídicos. Outras associações de relevância de IgG-2 e IgG-4 é com deficiência da IgA. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ IgM Sinônimo mais usado: imunoglobulina M Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunoturbidimetria automatizada. 253 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: Valores Pediátricos (em mg/dL): Faixas etárias RN 1 a 3 meses 4 a 6 meses 6 a 12 meses 2 a 6 anos 6 a 12 anos 12 a 16 anos (mg/dL): 5 – 30 10 – 80 15 – 109 43 – 239 50 – 199 50 – 260 45 – 240 Valores de adultos (mg/dL): Homens > 16 anos 50 – 300 Mulheres > 16 anos 55 – 350 Interferências: processos infecciosos atuais, terapia imunossupressora. Indicações: as imunoglobulinas M estão ligadas à primeira resposta imune humoral. São produzidas por linhagem linfocítica do tipo B e seu aparecimento ocorre alguns dias após o contacto com antígenos. Seu aumento é muito rápido. Estão ligados à infecções primárias. Alguns tipos de antígenos chamados timodependentes, principalmente polissacarídeos, só provocam a síntese de IgM. As suas principais propriedade são: aglutinação de antígenos, não atravessam a placenta (por isso seu aparecimento no período neonatal é patognomônico de infecção congênita) e ativam o complemento pela via clássica. a) Aumentos policlonais das IgM: - Infecções virais, como Rubéola, CMV, Herpes, etc, - Infecções parasitárias : malária, toxoplasmose, doença de Chagas. - Infecções bacterianas - Doenças hepáticas: cirrose alcoólica, hepatite crônica ativa, cirrose biliar, etc. - Doenças intestinais: colite ulcerativa complicada com infecções secundárias. b) Aumento monoclonal das IgM: - Doença de Waldenström, - Doença da cadeia pesada µ - Gamopatia monoclonal benigna, - Afecções neoplásicas produtoras de IgM c) Diminuições: - Doenças malignas - Doenças da cadeia leve, com diminuição das três classes de imunoglobulinas - Perdas protéicas por enteropatias. - Inibição da síntese por medicamentos imunossupressores ou corticosteróides. - Hipoproteinemia hipercatabólica - Deficiência primitivas por ausência de células produtoras de imunoglobulinas, como agamaglobulinemia de Bruton (ligada ao sexo), Síndrome de Wiskott-Aldrich. Informações importantes: medicação atual e idade correta. _______________________________________________________________________________________ 254 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Propriedades principais de cada classe de imunoglobulinas e das sub-classes das IgG Atividade funcional Neutralização Opsonização IgM Sensibilização para morte pelas células NK Sensibilização dos mastócitos Ativa o sistema do complemento sérico Distribuição Transporte através do epitélio IgD IgG1 IgG2 IgG3 IgG4 IgA + - - ++ +++ ++ ++ (*) - ++ ++ ++ ++ + - ++ + - +++ - + ++ + + +++ - IgM + IgD IgG1 IgG2 IgG3 IgG4 - - - - - + IgE +++ - IgA IgE +++ - Dímero Transporte através da placenta Difusão nos locais extravasculares +/- - +++ +++ + +++ ++ +++ +/+++ ++ + Monômero Nível sérico médio ( mg/dL) 150 0,04 900 300 100 50 210 50 UI/mL Ref.Bibliog. Estudos de casos em Imunologia 3ª ed. Artmed Editora 2002,Porto Alegre,RS _______________________________________________________________________________________ IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES Sinônimo mais usado: complexos ag-ac Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob conservação. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 1 dia sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunoensaio enzimático Valores de Referência: inferior a 35 mcg/mL Interferências: medicação anti-inflamatória hormonal. Indicações: confirmação de doença ativa para casos de LES e AR. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ IMUNOFIXAÇÃO Sinônimo mais usado: identificação de imunoglobulinas monoclonais Material e conservação para envio: 2 mL de soro ou 5 mL de LCR ou 10 mL de urina de 24 horas, conservados sob refrigeração. Não utilizar conservantes. Não enviar soros hemolisados ou LCR com acidente de punção. Instruções para coleta: Soro: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Urina: enviar alíquota de 10 mL de urina de 24 horas, estocada durante a coleta sob refrigeração. LCR: coletado pelo(a) médico(a)-assistente em tubo estéril. Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. LCR: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Urina: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Evitar o recongelamento das amostras para se evitar a desnaturação das imunoglobulinas. 255 GRUPO SÃO CAMILO Método: Imunofixação Valores de Referência: ausência de picos monoclonais de imunoglobulinas. Interferências: hemólise sérica, acidente de punção do LCR e contaminação bacteriana e fúngica da urina. Indicações: classificação de paraproteínas, que determinam a produção de picos monoclonais de imunoglobulinas, detectadas no exame eletroforético das proteínas. As doenças que podem produzir picos monoclonais nas eletroforeses, são: mieloma múltiplo, doença de Waldenström, gamopatia monoclonal idiopática, doenças das cadeias pesadas, doenças das cadeias leves, amiloidose sistêmica, etc. A imunofixação é uma técnica extremamente sensível e específica que reúne técnicas da separação eletroforética e de imunoprecipitação, que substitui com vantagens a imunoeletroforese clássica. Após a separação eletroforética das proteínas anti-soros específicos, contra IgA, IgG, IgM, cadeias leves kappa e lambda, são colocados sobre as frações já separadas. Após período de imunoprecipitação as fitas são lavadas em tampões especiais, e as frações não precipitadas são lavadas e o que foi imunoprecipitado aparece na coloração posterior. A proteína que apresentou imunoprecipitação com o anti-soro específico, aparece com uma banda única. Informações importantes: dados sobre a eletroforese de proteínas. _______________________________________________________________________________________ INCLUSÃO CITOMEGÁLICA Sinônimo mais usado: pesquisa de células de inclusão do CMV. Material e conservação para envio: 10 mL de urina recente coletada sem conservante, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar qualquer amostra de urina. Refrigerar imediatamente. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Após este período, colocar por 10 minutos em banhomaria a 37°C para se diluir cristais que possam ter se formados durante a refrigeração, centrifugar a 2000 r.p.m. por 10 minutos. Preparar esfregaços em lâminas muito bem desengorduradas. Imediatamente após a secagem dos esfregaços, fixar as lâminas, por 30 a 60 segundos com o primeiro reagente da coloração Panótica. Enviar em protetores de lâminas. Método: coloração pelo método de Giemsa. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: não há referências. Indicações: em pacientes imunocompetentes a infecção por CMV é auto-limitada, mas para pacientes imunocomprometidos ou em recém-natos ela pode ser devastadora. A par da baixa sensibilidade do método, é um método rápida para o diagnóstico da infecção. Informações importantes: hora da coleta, tempo de conservação. _______________________________________________________________________________________ INFLUENZA A(H1N1) – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Gripe Mexicana, Nova Gripe, H1N1 Suína, Gripe Suína. Material e conservação para envio: Escarro: 3,0 mL; Lavado brônquico alveolar: 3,0 mL; Aspirado traqueal: 1,0 mL; Aspirado ou lavado de nasofaringe: 1,0 mL; Aspirado ou lavado de orofaringe: 1,0 mL: até 48 horas refrigerado entre 2 e 8 °C, em frasco estéril. Swab combinado de nasofaringe e orofaringe: Kit específico enviado pelo Laboratório São Camilo, até 48 horas refrigerado entre 2 e 8 ºC, após este período congelar e enviar congelado. Instruções de Coleta: Realizar a coleta entre o 1º e 7º dia após aparecimento dos sintomas: febre, tosse, dor de garganta, coriza e dispneia. Jejum desejável de pelo menos 2 horas (evitar vômito). Se a coleta for realizada pela manhã, vir ao laboratório antes do desjejum. Estabilidade da amostra: Escarro, Lavado brônquico alveolar, Aspirado traqueal, Aspirado ou lavado de 256 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS nasofaringe, Aspirado ou lavado de orofaringe: até 48 horas refrigerado entre 2 e 8 °C, em frasco estéril. Swab combinado de nasofaringe e orofaringe; swab de nasofaringe; swab de orofaringe: até 48 horas refrigerado entre 2 e 8 ºC, em kit específico. Após este período congelar e enviar congelado. Método: RT-PCR em Tempo Real Valores de referência: Não detectado. Interferências: Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Dentre os agentes etiológicos associados a um quadro de gripe lista-se o vírus Influenza A H1N1 linhagem suína. A apresentação clínica varia de um quadro gripal auto-limitado (febre, dor de garganta, tosse, mialgia, cefaléia, sintomas gastrointestinais e fadiga) até as formas mais complicadas com evolução para Doença Respiratória Aguda Grave. A única técnica de diagnóstico preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para confirmação laboratorial do Influenza A (H1N1) linhagem suína é a RT-PCR (Transcrição Reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase) em Tempo Real. É um teste sensível e específico, capaz de detectar a presença do vírus. As amostras de secreções respiratórias devem ser coletadas preferencialmente entre o primeiro e o sétimo dia, após o início dos sintomas. Informações importantes: As amostras devem ser coletadas até o terceiro dia e, eventualmente, poderá ser realizada até o sétimo dia, após o início dos sintomas; * Laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde e SeSa-PR para execução do teste molecular para H1N1 conforme instrução da OMS/CDC. _______________________________________________________________________________________ INIBIDOR DA C1-ESTEARASE : FUNCIONAL Sinônimo mais usado: C1 – Estearase material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Congelar o soro e deixar no congelador até o momento do envio. Colocar o tubo diretamente em contacto com o gelo de transporte. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 15 dias sob congelamento. Em relação ao transporte: 24 horas sob refrigeração. Método: Imunoturbidimetria. Valores de Referência: 78 a 131% de atividade. Interferências: doenças linfoproliferativas podem elevar falsamente os valores. Indicações: o Inibidor da C1- estearase é um modulador da reação inflamatória, inibindo a cascata de reação do complemento, impedindo a ativação do C1. É uma proteína tipo de fase aguda, pertencendo ao grupo das inibidoras de proteoses. Além de regular as enzimas do Sistema do Complemento, da Coagulação e Fibrinólise. Quando há queda acentuada dos seus níveis ou a sua ausência, provoca a ativação exacerbada do sistema do complemento. Pode também atuar na via das cininas ativando os fatores XIa e XIIa no sistema fibrinolítico. Essa deficiência provoca o edema angioneurótico, que é uma doença autossômica dominante, provocando edemas de pele, mucosas, principalmente de face, extremidades, vias aéreas superiores (principalmente edema de glote) e trato gastrointestinal. Há duas formas conhecidas dessa deficiência: congênita (tipo I) e adquirida (tipo II). Na forma congênita (85% dos casos) ocorre o angioedema hereditário que caracteriza-se por episódios recorrentes de edemas. Na forma adquirida (15% dos casos), ocorre geralmente em associação a várias doenças, incluindo linfomas e outras doenças linfoproliferativas. No tipo adquirido ocorre a inativação das proteases. Quando a redução atinge valores de 50% pode-se estar frente a quadro heterozigótico. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ 257 GRUPO SÃO CAMILO INIBIDOR DA C1-ESTEARASE: QUANTITATIVA Sinônimo mais usado: C1s Estearase quantitativa Material e conservação para envio: 2 mL de soro congelado. Enviar em gelo. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 15 dias sob congelamento ou 24 horas sob refrigeração para o envio. Método: enzimático cromogênico. Valores de Referência : 22 a 34 mg/dL. Interferências: vide item anterior. Indicações : vide item anterior. Informações importantes: vide item anterior. _______________________________________________________________________________________ INIBINA – A Sinônimo mais usado: INIB-A Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio Valores de Referência: Homens : < 10 pg/mL Mulheres: F.folicular : 4 – 10 pg/mL F. luteínica : 65 – 115 pg/mL Pico ovulatório: 30 – 56 pg/mL Interferências: hemólise e lipemia Indicações: a Inibina A é um polipeptídeo que pertence ao grupo de fatores de crescimento. É produzida pelas células da granulosa ovariana e pelas células de Sertoli nos testículos. Agem no eixo gônadas-hipófise inibindo a produção e secreção do FSH. Durante a gestação é produzida pela placenta e seus níveis podem atingir um pico entre a 8ª e a 10ª semanas de gravidez, declinando até a 20ª semana. A partir desta semana há um aumento constante até o termo. A inibina não é detectada no período pré-puperdade e seus níveis são muito baixos no período pós-menopausa. Nos homens não tem ainda maior significado clínico (normalmente os níveis baixos se mantém por toda a vida). A Inibina A pode se elevar na pré-eclampsia, em algumas neoplasias malignas e na Síndrome de Down. Informações importantes: período gestacional, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ INIBINA - B Sinônimo mais usado: INIB-B Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Homens : adultos: 25 – 320 pg/mL < 12 anos: 4 – 250 pg/mL Mulheres: 3º dia do ciclo: até 275 pg/mL Pós-menopausa: até 4 pg/mL < 12 anos : até 85 pg/mL 258 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: Hemólise e lipemia. Indicações: Nas mulheres a Inibina –B é produzida pelas células da granulosa dos pequenos folículos. Apresenta um pico durante o início da puberdade e depois se mantém com níveis constantes. Nos homens tem grande importância na retroalimentação da hipófise para a produção e secreção do FSH na espermatogênese. Pode estar diminuída nos casos de infertilidade masculina, mas ainda não há consenso sobre sua função nestes casos. Informações importantes: quadro e suspeita clínica. _______________________________________________________________________________________ INSULINA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 6 a 8 horas. Valores inferiores e superiores a este intervalo podem interferir nos resultados. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: Neonatos : 3 a 20 µIU/mL Adultos : com IMC normal : 2,5 a 29,1 µUI/mL com IMC elevado : até 70,0 µUI/mL Após 60 anos ....... : até 35,0 µUI/mL Interferências: A) Variações fisiológicas: diminuições durante o sono, ativação pós-prandial e na presença de anticorpos antiinsulina. B) Variações patológicas: Diabetes do tipo I: os níveis basais estão diminuídos. Os níveis de insulina não se elevam nos testes de hiperglicemia V.O. Diabetes tipo II: o valor de base é sempre normal. No insulinoma os níveis de insulina se mantém normais ou um pouco elevados, mesmo na presença de hipoglicemia. Indicações: A insulina é um hormônio do tipo polipeptídico produzido nas ilhotas de Langerhans, nas células beta. É um potente hipoglicemiante havendo um feed-back negativo entre a insulina e a glicose sérica, glucagon e o HGH. Informações importantes: período de jejum, medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ INTERLEUCINA 28B (IL28-B), POLIMORF. – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Resposta ao Interferon, IL28, Polimorfismo rs12979860, Polimorfismo rs8099917. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). Valores de referência: Não detectado. Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: A infecção crônica pelo vírus da hepatite C afeta 170 milhões de pessoas no mundo inteiro e é 259 GRUPO SÃO CAMILO importante causa de cirrose e câncer de fígado. O tratamento indicado para o genótipo 1 (mais frequente) é feito por 48 semanas. A resposta virológica sustentada (RVS) é atingida em cerca de 40 a 50% dos pacientes tratados. Como o tratamento preconizado (interferon e ribavirina) apresenta efeitos colaterais potencialmente graves e como a taxa de sucesso não é elevada, preditores de resposta são pesquisados para a decisão do tratamento. Estudos identificaram dois polimorfismos únicos em nucleotídeos, no gene da IL-28B. O genótipo C/C no nucleotídeo rs12979860 e o genótipo T/T no nucleotídeo rs8099917 estão associados a maiores taxas de resposta virológica sustentada e de clareamento viral espontâneo após infecção aguda, no genótipo 1. Para os genótipos 2 e 3, já é esperada uma elevada taxa de sucesso terapêutico, portanto o estudo do polimorfismo da IL28B nestas circunstâncias apresenta valor limitado. O conhecimento do polimorfismo pode auxiliar na decisão de iniciar ou protelar o tratamento. Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ ISOPROPANOL NA URINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: 2-Propanol Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar uma amostra de urina pós-jornada de trabalho, após, pelo menos dois dias de exposição contínua, ou conforme orientação médica. Completar o frasco de urina totalmente, não deixando espaço vazio dentro do mesmo. Frasco com volume incompleto serão rejeitados. Tubos cônicos são mais facilmente preenchidos com o volume máximo. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: IBMP: 50 mg/L (DFG-BAT) Interferências: frascos com espaço vazio. Indicações: acompanhamento laboral de colaboradores expostos ao produto. Informações importantes: local de trabalho, tempo de trabalho ininterrupto. _______________________________________________________________________________________ Isospora belli – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de Isospora belli nas fezes. Material e conservação para envio: 5,0 a 10,0 g de fezes sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar em frasco do tipo coletor, de plástico, sem conservante. As crianças podem coletar na fralda, mas as fezes devem ser imediatamente transferidas para frasco plástico de transporte. Estabilidade da amostra: amostra recente. Deve ser enviada sob refrigeração, o mais rapidamente possível. Até 24 horas após a coleta, sob refrigeração. Método: Microscopia após separação por gradiente e centrifugação. Valores de Referência: Negativa Interferências: medicação específica anterior à coleta. Indicações: diarréias aquosas e crônicas em crianças e pacientes imunodeprimidos, já que é uma infestação autolimitada em indivíduos hígidos. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ 260 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS KLEINHAUER – PESQUISA Sinônimo mais usado: teste de Kleinhauer Material e conservação para envio: 1 a 2 mL de sangue total em EDTA. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração. Método: coloração específica segundo Kleinhauer. Valores de Referência: Até 2 anos de idade : 100% das hemácias coradas fortemente pela hemoglobina fetal, até 0,05% para indivíduos com menos de 2 anos de idade. Acima de 2 anos de idade : valores inferiores a 0,05% de hemácias fracamente coradas pela hemoglobina fetal. Interferências: transfusões sanguíneas. Indicações: este teste é indicado para a pesquisa de Hemoglobina Fetal (HbF) dentro das hemácias. É um teste auxiliar em alguns casos de Talassemia, com distribuição heterogênea de HbF nas hemácias e nos casos de persistência hereditária de HbF com distribuição homogênea, que também podem ocorrer na microesferocitose hereditária e em casos de anemias aplásticas. Pode se indicar a pesquisa de sangue fetal por coleta intrauterina para diferenciação entre o sangue materno e fetal, nos casos de transfusão feto-materna ou vice-versa. Informações importantes: ocorrência de transfusões com menos de 3 meses. _______________________________________________________________________________________ KPC, DETECÇÃO MOLECULAR – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: KPC, gene blaKPC, superbactéria, Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase. Material e conservação para envio: Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para coleta ao laboratório. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado a 4°C. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: As enzimas KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemicosase) são carbapenemases pertencentes à classe A de Ambler e ao subgrupo 2f de Bush, Jacoby e Medeiros. Estas enzimas são inibidas por ácido clavulânico e tazobactam e, possuem a habilidade de hidrolisar uma grande variedade de ß-lactâmicos como cefalosporinas, penicilinas, aztreonam e inclusive, os carbapenêmicos. Foi encontrada pela primeira vez em K. pneumoniae, porém hoje já foram descritos casos de resistência pela presença de KPC em Salmonella enterica, K. oxytoca e Enterobacter spp, entre outros. O grupo KPC tem um alto potencial de disseminação devido à sua localização em plasmídio e é mais frequentemente encontrada em K. pneumoniae, uma bactéria com grande capacidade de acumular e ser responsável pela transferência de genes de resistência. Esta disseminação dificulta o controle de epidemias, e preocupa os profissionais da área de saúde, pois o tratamento destas infecções é extremamente difícil, elevando as taxas de mortalidade. Uma PCR gene blaKPC positiva indica que o isolado carrega o gene blaKPC codificador da enzima KPC. Informações importantes: Este teste só pode ser realizado em bactérias isoladas em cultura. Não é possível realizar este teste diretamente em amostras de pacientes. 261 GRUPO SÃO CAMILO LACTATO – (ver Ácido Lático) _______________________________________________________________________________________ LACTOSE – DET. GENÉTICA DA INTOLERÂNCIA – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Hipolactasia primária, deficiência primária de lactase, polimorfismo C13910T do gene LCT. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR em Tempo Real Valores de referência: genótipo CC: não persistência da enzima lactase (intolerante à lactose); genótipo TT: persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); genótipo CT: persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Pessoas com histórico de mal estar após ingestão de leite e derivados, com suspeita a intolerância a lactose. A lactose é o açúcar presente no leite, que quando consumido é transformado no nosso organismo em energia (glicose) pela ação da enzima lactase (LPH). A falta ou a deficiência dessa enzima faz com que a lactose chegue até o intestino sem ser absorvida, sua fermentação por bactérias pode causar flatulência, diarreia, desconforto intestinal e sintomas típicos de indigestão. Na população em geral, há um declínio natural e gradual nos níveis de lactase presentes no organismo com o avançar da idade, se inicia por volta dos 2 anos. Essa variação da enzima e consequentemente da tolerância pode ter interferência genética e étnica. A troca do nucleotídeo C por T na posição 13910 do gene da lactase (LCT) na população brasileira está presente em 43% dos brancos/pardos descentes de europeus/ africanos, 20% dos negros descendentes de africanos e ausente nos descendentes asiáticos. Nestes, o polimorfismo que caracteriza tolerância à lactose é a troca do nucleotídeo G por A na posição 22018 do gene LCT. Esta mutação determina a persistência da enzima lactase, ou seja, determina a Tolerância à Lactose. É importante saber que embora o paciente tenha genótipo CC, que determina a Intolerância a Lactose, o mesmo poderá apresentar sintomas apenas na idade adulta em virtude da diminuição progressiva na produção da enzima lactase, causada pela diminuição da expressão do gene LCT que codifica a enzima lactase. Informações importantes: Necessário preenchimento do termo de consentimento informado para exame de Detecção Genética da Intolerância à Lactose. _______________________________________________________________________________________ LACTOSE – ASIÁTICOS - DET. GENÉTICA DA INTOLERÂNCIA – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Hipolactasia primária, deficiência primária de lactase, polimorfismo G22018A do gene LCT. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR em Tempo Real Valores de referência: genótipo GG: não persistência da enzima lactase (intolerante à lactose); genótipo AA: 262 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); genótipo GA: persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Pessoas com histórico de mal estar após ingestão de leite e derivados, com suspeita a intolerância a lactose. A lactose é o açúcar presente no leite, que quando consumido é transformado no nosso organismo em energia (glicose) pela ação da enzima lactase (LPH). A falta ou a deficiência dessa enzima faz com que a lactose chegue até o intestino sem ser absorvida, sua fermentação por bactérias pode causar flatulência, diarreia, desconforto intestinal e sintomas típicos de indigestão. Na população em geral, há um declínio natural e gradual nos níveis de lactase presentes no organismo com o avançar da idade, se inicia por volta dos 2 anos. Essa variação da enzima e consequentemente da tolerância pode ter interferência genética e étnica. A troca do nucleotídeo G por A na posição 22018 do gene da lactase na população brasileira está presente em 5,4% dos descendentes asiáticos. Esta mutação determina a persistência da enzima lactase, ou seja, determina a Tolerância à Lactose. É importante saber que embora o paciente tenha genótipo GG, que determina a Intolerância a Lactose, o mesmo poderá apresentar sintomas apenas na idade adulta em virtude da diminuição progressiva na produção da enzima lactase, causada pela diminuição da expressão do gene LCT que codifica a enzima lactase. Informações importantes: Necessário preenchimento do termo de consentimento informado para exame de Detecção Genética da Intolerância à Lactose. _______________________________________________________________________________________ LAMOTRIGINA Sinônimo mais usado: dosagem de Lamictal® ou Neurium®. Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas e 8 horas após a última dose do medicamento. Alguns especialistas indicam a coleta imediatamente antes da próxima dose. Preferencialmente seguir as instruções do médico solicitante. Não coletar em frasco com gel separador. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 14 dias sob refrigeração. Método: HPLC Valores de Referência: nível terapêutico : 3,0 a 14,0 mcg/mL. Interferências: elevações: Ácido Valpróico (inibe o metabolismo da Lamotrigina) Diminuições: Carbamazepina e Fenobarbital (por indução do sistema microssomal). Indicações : controle terapêutico do uso da droga e seus níveis terapêuticos e tóxicos. Informações importantes: doses utilizadas e seus horários. _______________________________________________________________________________________ LDH – (ver Dehidrogenase Láctica) _______________________________________________________________________________________ Legionella dumoffi –PCR – QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Legionella dumoffi PCR-QL Material e conservação para envio: escarro, lavado brônquico e líquido pleural, 3mL cada e 250 mg (mínimo) de material para biópsia. O material de biópsia deve ser enviado sob congelamento (de preferência em gêlo sêco). Pode ser conservado em etanol. Escarro, lavado brônquico e líquido pleural podem ser enviados sob refrigeração. 263 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: o escarro deve ser coletado pela manhã, se possível antes do paciente se levantar. Deve ser coletado após tosse profunda, sem a presença de saliva. Coletar em frasco estéril. O lavado brônquico e o líquido pleural devem ser coletados pelo médico-assistente em frasco estéril. Estabilidade da amostra: Até 24 horas sob refrigeração. Método: Reação em cadeia da Polimerase, usando o gene 5S rRNA, comum ao gênero. Valores de Referência: Negativo. Interferências: inibidores do PCR, principalmente hemoglobina. Indicações: As legionelas produzem infecções respiratórias agudas. Cresce muito bem em reservatórios hídricos contaminados. Geralmente ocorre uma pneumonia grave (conhecida como Doença dos legionários). Quadros pseudo gripais (Febre de Pontiac). Há uma série de fatores individuais que favorecem este tipo de infecção, como alcoolismo, imunodeficiências, tabagismo, sexo (com maior prevalência entre os homens) e idade (maior prevalência por volta dos 50 anos). Informações importantes: quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ Legionella pneumophilla – ANTI – IgG Sinônimo mais usado: sorologia para Legionelose IgG Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: hemólise ou lipemia. Reações falso-positivas são bastante raras. Indicações: diagnóstico sorológico das legioneloses, principalmente em pacientes com infecções respiratórias agudas, graves, em pacientes acima de 40 anos (geralmente perto dos 50 anos), imunodeprimidos, homens, ocorrendo em surtos restritos, etc. Esses anticorpos podem aparecer na circulação após um período de 4 a 12 semanas. Por volta de 1/3 dos pacientes podem apresentar níveis elevados de anticorpos já na primeira semana de doença. Como na maioria dos testes sorológicos a antibioticoterapia pode alterar o desenvolvimento dos anticorpos ou até abortar a resposta sorológica. Pacientes imunodeprimidos podem não produzir a soroconversão. Pacientes com infecção por Legionella do sorogrupo 1 apresentam maior sensibilidade e especificidade ao teste. Geralmente títulos iguais ou maiores a 1:128 são patognomônicos de doença ativa. O pareamento de amostras entre a fase aguda e a convalescença podem auxiliar no diagnóstico retrospectivo. Como a infecção assintomática pelas legionelas é muito prevalente, títulos elevados só podem ser valorizados frente a quadro clínico compatível. Informações importantes: quadro clínico e terapia atual. _______________________________________________________________________________________ Legionella pneumophilla – ANTI – IgM Sinônimo mais usado: sorologia para Legionelose aguda. Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração. Método: enzimaimunoensaio. 264 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: Não Reagente. Interferências: hemólise, lipemia ou antibioticoterapia anterior. Indicações: diagnóstico sorológico das infecções agudas por legionelas. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Legionella pneumophilla - PCR - QUALITATIVO -vide Legionella dumoffi. _______________________________________________________________________________________ LEISHMANIOSE – PCR – QUALITATIVA Sinônimo mais usado: PCR – QL para Leishmaniose humana Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 1,0 mL de aspirado de medula óssea, pelo menos 300 mg de material de biópsias ou aspirado de linfonodos, em recipientes estéreis, sob refrigeração. Instruções para coleta: o sangue deve ser coletado pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Os demais materiais são coletados exclusivamente pelo médico-assistente, em frasco estéril. Método: PCR qualitativo. Valores de Referência: Negativo. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico definitivo da Leishmaniose visceral (L.donovami, L.chagasi ou L. infantum) ou da Leishmaniose muco-cutânea (L.braziliensis). Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ LEISHMANIOSE – SOROLOGIA Sinônimo mais usado:Sorologia para Leishmaniose Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Não Reagente ou Negativo. Interferências: O tratamento precoce dos quadros clínicos, principalmente da Leishmaniose cutânea, pode provocar o desaparecimento precoce dos anticorpos, principalmente da classe IgM, produzindo resultados muito baixos ou falsamente-negativos. Lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise. Indicações: A leishmaniose cutânea é uma parasitose transmitida pela picada do mosquito flebótomo. No Brasil a leishmaniose cutânea é produzida pela Leishmania braziliensis. As lesões cutâneas, principalmente no início da doença não provocam respostas imunológicas muito importantes por isso um resultado negativo não exclui a doença. O comprometimento de mucosas principalmente da oro-faringe, produzem grande quantidade de anticorpos. As leishmanioses viscerais, são doenças com transmissão por vetores, como o flebótomo infectado com a Leishmania donovani. Também conhecida como Kala-Azar, é uma doença que afeta o sistema reticuloendotelial e pode ser classificada como uma doença oportunista, que aparece durante a queda da imunidade celular, principalmente em pacientes com infecção pelo HIV. A doença pode mimetizar uma hemopatia maligna, 265 GRUPO SÃO CAMILO cursando com poliadenopatia, hepato-esplenomegalia , febre e emagrecimento. Em associação com o HIV, podem provocar quadros clínicos atípicos. A doença pode ocorrer por uma infestação recente ou a reativação de uma infestação anterior. Nos quadros sem associações, as manifestações clínicas sugestivas da doença ocorrem tardiamente, com níveis muito baixos dos linfócitos CD4. Geralmente, nestas fases o Hemograma apresenta-se com anemia normocítica e normocrômica, geralmente com leucopenia, neutropenia e monocitose. O VHS precocemente está alterado, devido a hipergamaglobulinemia policlonal, que aparece logo no início da infestação parasitária. Plaquetopenia ocorre com o quadro clínico típico em curso. No mielograma é possível visualizar formas amastigotas nas células mononucleadas. De forma diversa da doença cutânea, a Leishmaniose Visceral provoca intensamente o sistema imunológico, apresentando imunoglobulinas específicas em mais de 97% dos casos. Períodos de anergia podem provocar queda dos níveis de anticorpos. Nas associações com HIV, os testes sorológicos podem, em mais de 30% dos casos, ser negativos. É indicado, desta forma, os testes por PCR. Resultados falso-positivos podem ocorrer em outras infestações hemoparasitárias, como malária e tripanosomíase. Após o início do tratamento, o hemograma pode se normalizar em duas semanas, e a eletroforese de proteínas volta aos níveis normais na segunda fase do tratamento. Informações importantes: terapêutica atual, quadro clínico e tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ Leptospira interrogans – PCR – QUALITATIVA Sinônimo mais usado: PCR qualitativo para Leptospirose. Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, urina recente, cultura. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. LCR: coletado esterilmente pelo(a) médico(a)-Assistente. Enviar sob refrigeração. Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), swab bucal (7 dias). Método: PCR qualitativo. Valores de Referência: Negativo. Interferências: Hemólise. Indicações: diagnóstico das leptospiroses, como confirmação de dados sorológicos ou de quadro clínico sorologicamente negativo. Informações importantes: Terapêutica atual, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ LEPTOSPIROSE – AGLUTINAÇÃO MICROSCÓPICA Sinônimo mais usado: Aglutinação para leptospirose. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: aglutinação microscópica com cepas vivas das principais sorovares de lepstospiras: Andamana, Australis, Ballum, Bataviae, Bratislava, Butenbo, Canicola, Celledoni, Copenhageni, Grippothyphosa, Hardjo, Hebdomadis, Icterohaemorragiae, Javanica, Panamá, Patoc var. São Paulo, Patoc var. biflexa, 266 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Pomona, Pyrogenes, Shermani, Tarassovi e Wolffi. Valores de Referência: segundo o guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, para critérios de confirmação de casos suspeitos (M.S./2005), títulos inferiores a 1/100 são considerados Negativos. Alterações: - Elevação de títulos (progressão da doença): 4 vezes entre duas amostras, no intervalo de 2 a 3 semanas. - Amostra isolada: valores iguais ou superiores a 1/800, (ausência de teste prévio). - Soroconversão: com amostra prévia negativa, valores iguais ou superiores a 1/200. Os níveis de anticorpos proporcionam testes positivos, geralmente após 7 dias de sintomas. O teste é considerado positivo na maior diluição que aglutinar pelo menos 50% das leptospiras em suspensão em meio específico. Interferências: lipemia e hemólise. Informações importantes: Terapêutica atual, quadro clínico e tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ LEPTOSPIROSE – PESQUISA EM LÍQUIDOS BIOLÓGICOS Sinônimo mais usado: Pesquisa de Lepstospiras em campo escuro. Material e conservação para envio: até 24 horas sob refrigeração. Como a maior parte dos casos, o material destina-se também para cultura de leptospiras, deve ser mantido estéril, na coleta e transporte. Sangue total em EDTA (coletar esterilmente e não separar), Urina coletar todo o volume da primeira urina da manhã, salvo urgências, sob intensa assepsia. LCR, coletado esterilmente pelo(a) médico(a)-assistente. Instruções para coleta: sangue total em EDTA (não separar), urina estéril e LCR: a) Sangue total em EDTA: coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. b) Urina: coletar todo o volume da primeira urina da manhã, salvo urgências, sob rigorosa assepsia, em frasco estéril. c) LCR: coletado esterilmente pelo(a)-médico(a)-assistente. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Proteger os materiais clínicos da luz. Método: microscopia em campo escuro. Valores de Referência: Negativo para leptospiras. Interferências: hemólise intensa, lipemia, excesso de cristais e outras bactérias na urina. Acidente de punção no LCR. Fase da doença. Indicações: Diagnóstico laboratorial das leptospiroses. A positividade deste exame está diretamente ligado a fase da doença: 1ª semana: Presença de Leptospiras no sangue e LCR. 2ª semana: Presença de Leptospiras na urina. Convalescença: Pacientes podem eliminar Leptospiras na urina por até 3 meses após a cura clínica. A leptospirose tem um período de incubação que varia de 1 a 2 semanas até 1 a dois meses, dependendo do sorovar envolvido e do inoculo inicial. Informações importantes: fase da doença e terapêutica. _______________________________________________________________________________________ LEUCÓCITOS NAS FEZES, PESQUISA DE Sinônimo mais usado: Pesquisa de leucócitos fecais. Material e conservação para envio: até 24 horas sob refrigeração. O material pode ser enviado na forma de esfregaços finos, fixados por 30 segundos no primeiro líquido da coloração panótica (com tempo indeterminado para o envio). 267 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: coletar através de evacuações naturais, sem utilização de supositórios ou medicações purgativas. Não há horário mais indicado para a evacuação. Em casos de obstipação, pode-se utilizar medicações purgativas, em gotas, conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: vide Material e conservação para envio. Método: coloração panótica. Valores de referência: ausentes ou muito raros (menos de um por 10 campos microscópicos de 1000 X): vide indicações. Interferências: medicação antibacteriana, anti-diarréicos, etc. Indicações: a) infecções do Intestino Delgado ..................................: E.coli enteropatogênica clássica .................................: presença ou não de leucócitos. E.coli enterohemorrágica (O157) ................................: presença de leucócitos e hemácias. Vibrio cholerae ............................................................: Raros leucócitos nas fezes. Vibrio parahemolyticus................................................: Raros leucócitos na fase inicial. Campylobacter jejunii e Helicobacter pylori......................................................: Freqüentes leucócitos. Clostridium perfringens...............................................: Raros leucócitos. b) Infecções nos intestinos delgado e grosso: Salmonella ssp .............................................................: Grande quantidade de leucócitos Yersinia enterocolitica .................................................: Raros leucócitos c) Infecções no intestino grosso: Shigella ssp : ..................................................................Grande número de leucócitos E.coli – invasora ..........................................................: Leucócitos em quantidade variável Clostridium difficile.....................................................: Raros leucócitos. d) Infecções virais ............................................................: Raros leucócitos (predomínio de linfócitos) Informações importantes: tipo de diarréia, medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ LEVEDURAS, PESQUISA DE Sinônimo mais usado: Pesquisa de monilíase. Material e conservação para envio: a) lesões úmidas: secreções vaginais, cervicais, orofaringe, uretrais, ungueais, inter-triginosas, abscessos, líquidos biológicos, etc,: devem ser enviadas em swabs com haste de plástico, estéreis, umedecidas com salina estéril. Não refrigerar. b) lesões secas :lesões de pele, couro cabeludo, unhas, etc: enviar em pote estéril .Não refrigerar. c) Fezes : enviar fezes recentes refrigeradas. Pode-se enviar esfregaços finos, fixados pelo fogo e outros fixados por 30 segundos no primeiro líquido da coloração panótica. Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais. Estabilidade da Amostra: Lesões úmidas: até 48 horas sob refrigeração. Lesões secas: até 24 horas a temperatura ambiente. Fezes: até 24 horas sob refrigeração. Esfregaços em lâminas fixadas, tempo indeterminado. Método: para materiais não fixados: Gram, Azul-fenol-algodão e coloração panótica. Materiais fixados: coloração pelo Gram e panótica. Valores de Referência: ausência de leveduras. Interferências: presença de grande flora bacteriana, medicação anti-fúngica. Indicações: As leveduras, principalmente do gênero Candida ssp, são saprófitas habituais da pele e das mucosas, que podem se tornar patogênicos nos seguintes casos: antibioticoterapia, uso de corticóides, alterações hormonais, 268 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS pacientes prematuros ou idosos, tuberculose, pacientes com imunodeficiência Informações importantes: medicação atual, localização das lesões coletadas e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ LH - HORMÔNIO LUTEINIZANTE Sinônimo mais usado: Hormônio Luteinizante Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Homens a partir de 11 anos: Repouso por 15 a 30 minutos. Programar 3 coletas com intervalo de 30 minutos, para produção de pool de amostras. Mulheres: para mulheres seguir a orientação médica, geralmente com indicações para a fase folicular (7° dia do ciclo menstrual), fase ovulatória (14° dia do ciclo) e fase luteínica (21° dia do ciclo menstrual). Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: (mUI/mL) (WHO 2nd I.R.P. - HMG) Faixa Etária < 1 ano 1 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 19 anos Homens* 1,3 – 2,8 < 1,3 1,3 – 3,8 1,3 – 8,0 Mulheres < 0,5 < 1,3 0,3 – 9,8 0,5 – 21 * A partir dos 10 anos o teste deve ser feito com pool de 3 amostras Homens (Pool de 3 amostras coletadas a cada 30 minutos) 20 a 70 anos 1,5 – 9,3 – < 70 anos 3,1 – 34,6 – Mulheres (com ciclos menstruais) Fase Folicular – Melo de Ciclo – Fase Luteínica – 1,9 – 12,5 8,7 – 76,3 0,5 – 16,9 Mulheres em condições especiais Grávidas – Pós Menopausa sem TRH – Com contraceptivos – 0,0 – 1,5 15,9 – 54,0 0,7 – 5,6 A partir dos 10 anos o teste deve ser feito com pool de 3 amostras. Padrão internacional de referência: WHO 2nd. I.R.P. – HMG Interferências: terapêuticas hormonais, várias endocrinopatias (hipotireoidismo, hiperprolactina, etc.), variações do ciclo menstrual . Indicações: Avaliação do ciclo ovulatório, Puberdade Precoce, Estudo de Retardo Pubertários, Hipogonadismo Primário ou Secundário, Tumores hipofisários, Tumores ectópicos secretores de LH, Menopausa. - Valores diminuídos: Hipogonadismo secundário: Craniofaringiomas, Deficiência isolada de LH, Doenças sistêmicas crônicas, Pan-hipopituitarismo congênito ou adquirido, Síndrome de Kallmann-De Moisier, 269 GRUPO SÃO CAMILO Síndrome de Prader–Labhart-Willi-Fanconi, Talassemia, Hemocromatose primária, Adenoma hipofisário produtor de Prolactina, Tumor testicular endócrino, etc. - Valores elevados: Hipogonadismo primário, anorquia ou testículo irresponsível. Menopausa, Puberdade precoce central, Síndrome dos ovários policísticos, Tumores hipofisários ou ectópicos secretores de LH, etc. O LH é uma glicoproteína produzida na hipófise anterior, e controla a produção de esteróides sexuais na gônadas. Informações importantes: para mulheres: informações sobre o ciclo menstrual, DUM, uso de medicamentos ou anticoncepcionais, etc, gravidez, idade gestacional, abortamentos, etc. Homens: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ LH-RH Sinônimo mais usado:LH-RH – Teste do estímulo do LH e FSH Material e conservação para envio: 1 mL de soro de cada tempo de coleta, sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Pacientes devem estar sem medicação, com conhecimento médico. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Após a coleta da amostra de jejum e aplicação da Gonadorolina, os lactentes podem voltar a se alimentar normalmente.Os tempos mais utilizados, ou indicados pelos médicos são: basal, 30 e 60 minutos após Gonadorolina E.V. Os pacientes devem ficar em repouso por 30 minutos antes da coleta basal. Adultos recebem uma ampola de 0,1 mg (100 μg) de gonadorolina. Crianças: dose mínima de 25 μg ou ¼ de ampola, ou 60 μg por área corpórea. Crianças com área corpórea superior a 1,67 m² devem receber uma ampola (100μg). As mulheres que menstruam devem realizar este teste, preferencialmente durante a fase folicular. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimiolumenescência. Valores de Referência: 2 ou mais vezes os valores basais em qualquer dos tempos posteriores a aplicação da Gonadorolina. Interferências: uso de medicações hormonais que possam interferir no eixo hipotalâmico-hipofisáio-gonadas. Indicações: o LH-RH é um hormônio sintético hipotalâmico símile, capaz de provocar a secreção do LH e do FSH. O teste permite avaliar o potencial hormonal da hipófise anterior e distinguir as deficiências hipotalâmicas e hipofisárias. Pode diagnosticar os quadros de anovulações e amenorréias de origem alta. Nas mulheres, quando a resposta hipofisária está diminuída, pode ser uma deficiência hipofisária orgânica, sem resposta ao teste na maior parte dos casos. Quando a resposta é exagerada, deficiência das gônadas pode ser suspeitada. Nas distrofias ovarianas as respostas são geralmente muito elevadas. Alguns casos de retardo da puberdade podem tem resultados elevados. Na insuficiência ovariana, os resultados basais geralmente são bastante elevados, e as respostas ao LH-RH tem elevações de FSH de aproximadamente 200% e do LH superior a 500%. Nos casos de insuficiência de origem hipofisária (casos de tumores, Síndrome de Kallman-De Morsier, hemocromatose, seqüelas meníngeas ou acidentes), os valores basais são diminuídos e as respostas do FSH são inferiores a 50% e do LH inferiores a 100% dos níveis basais. Na Síndrome dos ovários policísticos o valor basal do FSH é normal , o valor basal do LH é elevado e a resposta do LH é superior a 500%. Os casos de Distrofia do tipo II, com hiperprolactinemia e hiperplasia das suprarrenais, os valores basais são normais e o teste do LH-RH cursa com uma resposta do LH muito pequena. Nos homens: Na insuficiência testicular: os valores basais são aumentados e com uma resposta ao LH-RH muito intensa, principalmente nos casos de atrofia testicular, anorquidia, Síndrome de Kleinfelter e seqüelas de orquite. Na insuficiência gonadotrófica, os valores basais se encontram diminuídos e a resposta ao LH-RH é sempre inferior a 2 vezes os valores basais, principalmente nos casos de Síndrome de Kallmann-De Morsier, hemocromatose, etc. 270 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Nos pré-púberes: Nos pacientes com puberdade precoce, os valores basais podem ser variáveis, principalmente do LH e a sua resposta ao LH-RH é sempre muito alta, no casos de patologias orgânicas centrais. Os médicos devem sempre aventar a possibilidade de Pseudo-puberdade Precoce, que pode ocorrer nos casos de Tumores gonadais e Disgerminoma HCG-secretante. Nos casos de puberdade retardada, temos os casos de Hipogonadismo Hipergonadotrófico, como nos casos de Síndrome de Turner e casos de anorquidia: os valores basais do FSH e do LH são sempre muito elevados, tornando o teste de estimulação de pouca utilidade, como a resposta de crianças impúberes. Na insuficiência gonadotrófica há uma ausência de resposta. Para se diferenciar uma insuficiência gonadotrófica de um caso de retardo de crescimento, o teste do LH-RH pode ser associado ao teste do Clomid: há um pico de LH no primeiro caso e uma diminuição da resposta do LH nos casos de retardo de puberdade simples. Nos casos de retardos de puberdade secundários, que tem diversas etiologias, isolados ou mesmo associados a outros casos de patologias endócrinas, como disfunções tireoidianas, hipercorticalismo, deficiência do HGH e hiperplasia das suprarrenais, os níveis basais podem ser variáveis, mas com resposta insuficiente ao LH-RH, geralmente demandando outros testes complementares. Informações importantes: quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ LICOPENO Sinônimo mais usado: Licopeno Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração, com proteção à luz. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Proteger da luz direta. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: 0,5 a 1,0 nmol/L. Interferências: hemólise e hiperlipemia. Indicações: utilizado com anti-oxidante e transportado no sangue pela lipoproteína LDL e uma das substâncias capazes de prevenir e reparar as lesões produzidas por radicais livres. Estudo dos níveis ideais de Licopeno. Informações importantes: tipo de dieta, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ LIPASE Sinônimo mais usado: Lp Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: Coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotométrico-enzimático. Valores de Referência: até 60 UI/L Interferências: hiperlipemia, hemólise ou hiperbilirrubinemia. Indicações: Diagnóstico laboratorial das patologias pancreáticas. Elevações dos níveis de Lipase são observadas nas pancreatites agudas,(após as primeiras 3 a 7 horas há um aumento significativo, atingindo um pico por volta das 24 às 48 horas após o início do quadro agudo, podendo alcançar até 20 vezes os valores 271 GRUPO SÃO CAMILO normais. Após a resolução do quadro, a lípase retorna aos níveis referenciais por volta de 7 a 14 dias), crônicas, obstruções do duto pancreático e obstrução do esfíncter de Oddi. A lipase se eleva mais precocemente, apresenta valores maiores e dura mais tempo que amilase. A lipase pode se elevar também em patologias extra-pancreáticas, como nas insuficiências renais agudas ou crônicas, nas patologias abdominais obstrutivas, traumáticas ou inflamatórias, como perfuração de úlcera péptica, Colicistite aguda, Infarto intestinal, Alcoolismo, nos transplantes de órgãos, como rins, coração e fígado, principalmente se houver rejeição, infecções oportunistas, com maior gravidade nos casos de CMV, toxicidade à Ciclosporina, cetoacidose diabética e obstrução do intestino delgado ou duodeno. Na Caxumba a lipase se mantém normal. A lipase na urina não tem valor preditivo. Informações importantes: tempo de doença, níveis de amilase se houver, terapêutica atual. _______________________________________________________________________________________ LÍPIDES TOTAIS Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 12 horas. Pacientes sabidamente dislipidêmico devem coletar em jejum de 14 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Devese evitar a coleta deste material às segundas feiras, pois geralmente aos fins de semana os pacientes abusam um pouco mais de comidas calóricas, que podem atrapalhar este exame. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: 400 a 800 mg/dL Interferências : Hiperlipidemia, hemólise e hiperbilirrubinemia. Indicações: confirmação de estados dislipidêmicos. Informações importantes: tempo de jejum, medicamentos atuais e tipo de dieta habitual. _______________________________________________________________________________________ LIPOPROTEÍNA (a) Sinônimo mais usado:LPa Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento. Método: imunoturbidimetria Valores de Referência: até 30 mg/dL Interferências: soros hiperlipêmicos, hemólise e hiperbilirrubinemia. Indicações: A LPa é uma lipoproteína que tem a sua estrutura molecular muito parecida com a LDL, sendo formada por duas apolipoproteínas, a Apo B-100 e a Apo (a). A primeira com constituintes LDL e VLDL, e a segunda que apresenta uma grande variabilidade estrutural. Os níveis da LPa podem ser determinados geneticamente ou ser adquiridos (diabetes, renais crônicos, etc). A LPa é considerada como um fator aterogênico independente, não se alterando, na maioria dos casos com ações dietéticas ou terapêuticas. Geralmente é indicada a sua determinação a indivíduos com histórico familiar de doença vascular, como doença coronariana, acidente vascular cerebral, trombose arterial profunda, hiperlipemias, etc. Outras patologias podem cursar com níveis elevados de LPa, como na IRA ou IRC, tromboembolismo e pré-eclâmpsia. Informações importantes: histórico familiar e HPDA. 272 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS LÍQUIDO AMNIÓTICO – ESPECTROFOTOMETRIA E OUTROS TESTES Sinônimo mais usado: densidade óptica do LA Material e conservação para envio: 3 mL de líquido amniótico recente, coletado pelo(a) médico(a) assistente, sob refrigeração e proteção contra a luz. Cobrir o tubo com papel de alumínio. Instruções para coleta: coleta médica, sob assepsia e proteção da luz. Se ocorrer acidente de punção, coletar mais tubos após a troca de seringa. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração e proteção da luz. Método: espectrofotometria diferencial, UV-VIS Valores de Referência: Espectrofotometria: 28° Semana : até 0,075 mg/dL de Bilirrubinas Totais. 40° Semana : até 0,060 mg/dL de Bilirrubinas Totais Testes de Clements: maior ou igual a 1,2 da diluição do LA Células alaranjadas: Semanas de gestação % de células alaranjadas 28 a 34 semanas < 1% 35 a 38 semanas 1 a 10% 38 a 40 semanas 11 a 50% > 40 semanas > 50% Creatinina em mg/dL: Feto imaturo Valores limítrofes Maturidade fetal < 1,5 1,5 – 2,0 > 2,0 Interferências: Hiperbilirrubinemia materna (correr um soro materno paralelamente), hemólise, acidente de punção durante a amniocentese. Indicações: Diagnóstico laboratorial dos estados de sensibilização materna pelo sangue fetal. Eritroblastose fetal. Informações importantes: semanas de gestação, hora da coleta e tempo de armazenamento. _______________________________________________________________________________________ LÍQUIDO AMNIÓTICO – RELAÇÃO LECITINA/ESFINGOMIELINA Sinônimo mais usado: Relação L/E no LA Material e conservação para envio: 3 mL de líquido amniótico recente, obtido por coleta médica, sob assepsia e com proteção contra luz. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração e proteção contra a luz. Método: cromatografia de camada delgada. Valores de Referência: Semanas de gestação Relação L/E 26 a 30 semanas 30 a 34 semanas 34 a 35 semanas 35 a 36 semanas 37 a 40 semanas 41 a 42 semanas > 42 semanas > 1,0 1,0 a 1,5 1,5 a 1,9 2,0 a 2,2 2,5 a 3,8 3,8 a 5,2 > 6,0 L/E=relação Lecitina/Esfingomielina 273 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: a) Diminuições da Relação L/E: a presença de Hemoglobina suprime a fração cromatográfica da Lecitina; urina ou mecônio alteram o padrão de migração cromatográfica. Em 5% dos casos há resultados falso-negativos, L/E menor que 2, sem que haja ocorrência da Síndrome de Desconforto Respiratório do RN (SDR). Em 6% dos casos pode ocorrer resultados falso-positivos, sendo que em 50% as mães são diabéticas. b) Elevações da relação L/E: desnutrição, hipertensão ou toxemia, placenta prévia, ruptura prematura de membranas, hemoglobinopatias, feto do sexo feminino, atraso no crescimento fetal, intra-útero. c) diminuição na produção das substâncias tenso-ativas, tanto a Lecitina como a Esfingomielina: gestante idosa (> 40 anos), doença renal, colagenoses, hepatopatias, doenças infecciosas, como sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, anemia, baixa dos depósitos de ferro (ferritina baixa), polihidrâmnios, hipotireoidismo, iso-imunização, feto do sexo masculino e gemelaridade. Indicações: estudo da maturação pulmonar fetal. Informações importantes: semanas de gestação, hora da coleta do LA. _______________________________________________________________________________________ LÍQUIDO ASCÍTICO – ROTINA BÁSICA (LAsc) Sinônimo mais usado : Análise de Líquido Ascítico Material e conservação para o envio: 5 mL de Líquido Ascítico, sob refrigeração. Proteger da luz. O material dever ser coletado esterilmente. Caso tenha pedido de exames microbiológicos e bioquímicos, recomenda-se a separação de modo estéril, de 30% do material coletado, para destinar ao exame microbiológico. O restante deve ser centrifugado a uma velocidade de 1500 rpm, por 15 minutos e o sobrenadante ser separado para os testes bioquímicos. O sedimento será aplicado como esfregaço em algumas lâminas e rapidamente fixado em etanol a 95%. Para os testes bacterioscópicos o sedimento será aplicado de modo usual em lâminas de microscopia e fixados ao fogo, logo após a secagem natural. Para a dosagem de glicose, coletar também em um tubo contendo fluoreto de sódio. Instruções para coleta: a coleta será médica, de forma estéril. Estabilidade da amostra: conforme o item Material e Conservação para envio, 2 dias sob refrigeração. Método: citológico, bacterioscópico, microbiológico e bioquímico. Valores de Referência: Aspecto e cor: límpido e cor citrina Citologia: inferior a 250 leucócitos por mm³ com predomínio de linfócitos. Exames bioquímicos: Diferenciação de transudatos e exsutados: Analitos Proteínas totais LDH Transudatos < 2,0 g/dL < 240 U/L Exsudatos > 2,0 g/dL > 240 U/L Glicose: 80 a 100% dos valores séricos. LDH : razão LDH pleural/ LDH sérico = > 0,6 sugere exsudatos. Amilase: iguais aos séricos. Lipase: até 95% dos níveis séricos. Triglicérides: Analito Triglicérides Ascite quilosa > 300 mg/dL Alfa-1-Glicoproteína Ácida: valores próximos aos séricos. CA 125: Relação CA125 L.ascítico/CA125 sérico: < 1,0 274 VI Ascite não quilosa < 300 mg/dL MANUAL DE PROCEDIMENTOS CA 15-3: Relação CA 15-3L.ascítico/CA 15-3 sérico: < 1,0 CA 19-9: Relação CA 19-9L.ascítico/CA 19-9 sérico: < 1,0 Alfa-Fetoproteína (AFP): Relação AFP L.ascítico/AF:P sérico: < 1,0 ADA: até 20 U/L. Exame citológico: até 200 células por mm³ com predomínio de linfócitos e raros monócitos. Interferências: acidente de punção ou contaminação durante a coleta. Indicações: Diagnóstico laboratorial diferencial dos tipos de ascite. Ascite cirrótica geralmente é pobre em células, com menos que 200 por mm³, com líquido límpido e amarelo citrino. Ascite cirrótica infectada tem grande quantidade de neutrófilos polimorfonucleares, com líquido turvo. Ascite tuberculosa ou tumoral apresenta um predomínio de linfócitos com contagens superiores a 1000 células por mm³. Ascite quilosa ou hemorrágica pode ser ascite tumoral (geralmente por cânceres digestivos) ou pancreática (com amilase elevada). Ascite com líquido límpido, citrino e com Alfa-1-glicoproteína inferior a 300 mg/dL indica a possibilidade de ascite cirrótica, na insuficiência cardíaca ou nefrótica. Marcadores tumorais : CA 125: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite por câncer ovariano. CA 15-3: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer de seio. CA 19-9: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer gastrointestinal. AFP : relação Lasc./soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer hepático primário. Informações importantes: hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ LÍQUIDO PLEURAL – ROTINA BÁSICA (LP) Sinônimo mais usado- Análise de Líquido Pleural. Material e conservação para envio: 5 mL de LP obtido assepticamente por coleta médica. Enviar sob refrigeração. Preparar a citologia com o sedimento, centrifugando todo o volume coletado, assepticamente. Separar o sobrenadante (agora próprio para os testes bioquímicos). As lâmina de citologia devem ser preparadas como esfregaços. Fixar imediatamente em etanol a 95%. As lâmina para bacterioscopia devem ser preparadas do modo usual, e fixadas ao fogo de bico de Bunsen. Se culturas estiverem sendo solicitadas, separar 30% do volume coletado, esterilmente, antes do início da manipulação do material clínico. Para dosagem de glicose coletar 2 a 4 mL em tubo com fluoreto de sódio. Instruções de coleta: coletar sob assepsia, em frasco estéril. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico e microscópico. Valores de Referência: Aspecto: claro, translúcido, cor citrina. Citologia: até 5000 células por mm³, com maioria de células mononucleares, como monócitos e linfócitos, e raras células mesoteliais. Exame bacteriológico: ausência de crescimento de bactérias aeróbias, anaeróbias, negativo para BAAR e ausência de crescimento de fungos e leveduras. Exame bioquímico: 275 GRUPO SÃO CAMILO a) classificação de Transudato e Exsudato: Analitos Proteínas totais LDH Colesterol Transudatos < 3,0 g/dL < 240,0 UI/L < 45,0 mg/dL Glicose : 70 a 80% dos valores séricos (S) pH: 7,2 a 8,0 Amilase: mesmos valores séricos Antígeno Carcinoembriogênico –CEA: Relação LP/S < 1,0 Fator Reumatóide: negativo. Testes opcionais: ADA : até 40,0 U/L ; Triglicérides: Derrame quiloso Analito Triglicérides > 110 mg/dL Exsudatos > 3,0 g/dL > 240,0 UI/L > 45,0 mg/dL Derrame não quiloso < 50 mg/dl Lactato : até 90 mg/dL. Lipase: até 95% dos valores séricos. Interferências: acidentes de punção e contaminação durante a coleta. Indicações: Diagnóstico laboratorial diferencial das coleções pleurais. Aspecto e cor: límpido e cor citrina, com aspecto serofribroso: infecções virais, neoplasias, cardiopatias, e tuberculose (fase inicial da doença com coleção pleural). Hemorrágico ou róseo nas neoplasias de pelura, nas embolias pulmonares, cardiopatias congestivas e na tuberculose. O aspecto pode ser purulento: com predomínio de neutrófilos, nos empiemas e na tuberculose. O aspecto quiloso ou quiliforme ocorre nos líquidos ricos em lípides. Exame citológico: Perfil citológico com predomínio de linfócitos ( 80%) com umas poucas células mesoteliais, pode ser observado em pleurisia tuberculosa. A presença de eosinófilos pode ser encontrada após traumatismos, pleurisia benigna idiopática ou após embolia pulmonar. Neoplasias: a sensibilidade para o encontro de células tumorais e de 50 a 60% dependendo da neoplasia. A presença de pelo menos 50% de polimorfonucleares pode indicar uma pleurisia puruleta, mesmo que as culturas sejam negativas. Exame bacteriológico: Não se pode afastar uma etiologia bacteriana ou fúngica com resultados negativos. Quando a suspeita é Tuberculose, a biópsia de pleura pode ajudar. BAAR positivo: geralmente em piopneumotórax tuberculoso. Nos casos de pleuresias serofibrinosas tuberculosas a pesquisa e cultura são positivas em apenas em 20 % dos casos. A pesquisa de antígenos polissacarídeos bacterianos solúveis pode ser útil. Informações importantes: terapêutica atual, hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ LÍQUIDO SINOVIAL – ROTINA BÁSICA (LS) Sinônimo mais usado: Sinoviograma. Material: 5 a 10 mL de líquido sinovial, dividido em três frascos estéreis. Um com 2 a 4 gotas de heparina estéril e outro sem anticoagulante e outro com fluoreto de sódio para dosagem de glicose. Centrifugar o tubo coletado 276 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS com heparina a 1500 rpm por 15 minutos. Separar o sobrenadante em outro frasco estéril. O sedimento é utilizado para preparo de esfregaços fixados em etanol a 95% e lâminas para bacterioscopia fixadas ao fogo em bico de Bunsen. Instruções para coleta: A coleta médica é realizada sob assepsia nos frascos indicados acima. Estabilidade da amostra: coletada conforme descrito no item Material, 2 dias sob refrigeração. Método: bioquímico, citológico e microbiológico. Valores de Referência: Viscosidade : normal. pH: 7,2 a 7,6 Proteínas totais: até 2,0 g/dL Mucina: nível normal. Glicose: 75 a 100% dos níveis séricos Sódio: 75 a 100% dos níveis séricos. Potássio: 75 a 100% dos níveis séricos. Cloro: 75 a 100% dos níveis séricos. Fósforo: 75 a 100% dos níveis séricos. Colesterol: 3 a 13 mg/dL Magnésio: 2 a 4 mg/dL Leucócitos: até 180 por mm³ Neutrófilos: até 10 % Linfócitos: até 25 % Monócitos: 0 a 75% Histiócitos: até 65% Células sinoviais: raras. Ragócitos: ausentes (leucócitos com inclusões intraleucocitárias arredondadas, com dimensões variáveis, refringentes, com aspecto esverdeado ou cinza. Eles são desprovidos de especificidade e representam um critério de inflamação sinovial). Cristais: ausentes. FAN: negativo Látex RF: Negativo CH50%: mesmos níveis séricos. Exame microbiológico: negativo. Interferências: acidente de punção e contaminação durante a coleta. Indicações: Classificação das principais doenças articulares: Tipo 1 – Não inflamatórias: Líquido sinovial com menos de 2000 leucócitos por mm³ . Edema Neuroartropatia de Charlot Traumática Doenças degenerativa das juntas. Osteocondromatosis Osteocondrite dissecante, necrose asséptica Tipo 2- Inflamatórias não infecciosas leves e/ou hemorrágicas Líquido sinovial com leucócitos usualmente menor que 5000/mm³ 277 GRUPO SÃO CAMILO LES Escleroderma Sinovite vilonodular hemorrágica Osteoartropatia hipertrófica. Tipo 3 – inflamatórias não infecciosas severas: Liquido sinovial com 5000 a 50.000 leucócitos por mm³ Gota (presença de cristais de ácido úrico) Pseudogota (cristais de pirofosfato de sódio) Febre Reumática Artrite Reumatóide Doença de Reiter Tipo 4 – inflamatórias infecciosas Líquido sinovial com mais de 50.000/mm³ Infecções bacterianas agudas Tuberculose Micoses profundas com invasão articular. Exames complementares: LDH: níveis elevados nas artrites e artroses, como marcador de lise celular importante. PCR: sua presença indica um quadro inflamatório agudo. Alfa-1-Glicoproteína e Alfa-2-Macroglobulina elevadas : processo crônico. CH50%- valores muito baixos são encontrados nos casos de artrite lúpica, AR. Nos processos inflamatórios os níveis de C3 e C4 se elevam. Informações importantes: medicação atual, hora da coleta e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ LIQUOR – ANÁLISE DE ROTINA Sinônimo mais usado: Análise de LCR Material e conservação para envio: 3 a 5 mL de LCR em pelo menos 2 tubos isolados. Se houver acidente de punção prolongar a coleta até terminar a contaminação com hemácias. Se houver pedido de exame bacteriológico, um frasco estéril deverá ser coletado especificamente para cultura. Se exame citológico for solicitado, o LCR será centrifugado a 1500 rpm por 15 minutos. As lâmina devem ser preparadas conforme o usual. Encaminhar sob refrigeração. Instruções para coleta: coleta médica sob assepsia rigorosa. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração. Método: bioquímico, microbiológico e citológico. Valores de Referência: Contagem global: adultos : até 3 células por mm³ RNascidos : até 10 células por mm³ Diferencial de Leucócitos : Linfócitos : 80 a 90% Monócitos: 10 a 20% Neutrófilos: 0 a 1% Eosinófilos: 0 a 1% Hemácias: ausentes 278 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Proteínas Totais Ventrículo Recém-nascidos Até 55 mg/dL Após 2 meses Até 25 mg/dL Cisterna Até 65 mg/dL Até 30 mg/dL Lombar Até 85 mg/dL Até 45 mg/dL Glicose: 55 a 90 mg/dL Cloretos: 122 a 135 mEq/L Uréia: 12 a 35 mg/dL TGO: 4 a 15 UI/L LDH: 10 a 40 UI/L CPK: até 7,5 UI/L Lactato: 1,1 a 2,2 mmol/L IgG: 0,0 a 3,4 mg/dL Eletroforese de Proteínas no LCR: Pré-Albumina : 3 a 10 % Albumina : 48 a 68% Alfa-1-Globulina : 3 a 7% Alfa-2-Globulina : 3 a 9 % Tau e Beta : 3 a 7% Gama-Globulina : 5 a 13 % Interferências: acidente de punção. Indicações: Grandes Síndromes Liquóricas: a) Estase: abaixo dos bloqueios do canal raquiano, do tipo parcial ou completo. Nos testes laboratoriais há dissociação protéico-citológica. b) Processos expansivos intracranianos: Tumores, abcessos, cistos, hematomas, aneurismas volumosos (dissociação protéico-citológica, aumento de LDH, CK e TGO). Possível presença de células neoplásicas: hipoglicorraquia possível. c) Hemorragias sub-aracnóides: Aumento de hemácias ou xantocromia. Hematófagos com pigmentos. Hematomas podem desencadear processos inflamatórios assépticos ou infecciosos. d) Síndromes inflamatórias: Aguda, crônica ou subaguda. Infecções virais: líquor límpido ou levemente turvo, com dissociação protéico-citológica, com desvio à esquerda, glicose e cloretos normais. Predomínio linfomonocítico. Infecções bacterianas: levemente turvo a turvo, hipercitose com grande número de neutrófilos, com hiperproteicorraquia, hipocloretorraquia, hipoglicorraquia. Cultura deve ser realizada. Tuberculose: hipercitose linfo-mononuclear, aumento das proteínas e hipoclororraquia e hipoglicorraquia e pesquisa de BAAR. Micose: hipoglicorraquia e hipoclororraquia acentuadas, hipercitose com predomínio linfomonocitário e presença de alguns plasmócitos. Aumento das proteínas principalmente das globulinas. Neurossífilis: hipercitose linfomonocitária, leve aumento de proteínas, com demais itens bioquímicos normais. Neurocisticeercose: hipercitose e hiperproteinorraquia. Informações importantes: terapia atual, hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ LISTERIOSE – SOROLOGIA Sinônimo mais usado: Sorologia para Listeria 279 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: aglutinação lenta em tubos. Valores de Referência: Antígenos somáticos (O), para sorovares de Listeria monocytogenes 1/2 a, 4a e 4b: Reagentes até 1/80. Antígenos flagelares para os sorovares de Listeria monocytogenes , ½ a,4 a e 4 b: Reagente até 1/80. Interferências : hemólise, hiperlipemia. Indicações: A Listeria monocytogenes , produz doença tanto em humanos como em animais, apresentando um tropismo por certos tratos, podendo desenvolver patologias neuromeningiais, genitais ou septicêmicas. No hemisfério norte a doença pode-se dizer sazonal, entre março e setembro, entre a primavera e o outono. No Brasil não há uma estatística mais acurada, mas o número de sorologias positivas, com níveis elevados ocorre entre Setembro e Março, quando temos maior tempo de calor, muito embora, estes achados somente ocorrem na região sul . A contaminação geralmente vem da secreção ou de produtos animais. Os quadros clínicos mais freqüentes são: Listeriose Neonatal : representam 60% dos casos de listeriose. No hemisfério norte a maior parte dos casos é de formas septicêmicas, com ou sem acometimento neuromeníngeo. Na Santa Casa de São Paulo, demonstrou-se que a segunda maior causa de hepato-esplenomegalia de RN nascidos naquele hospital era devido a Listeriose (1974 a 1976). Em crianças e adultos a listeriose (25 a 30% dos casos), provoca neuromeningites. As formas septicemicas são encontradas em pacientes com comprometimento imunológico, como AIDS, Diabetes, Cirróticos, portadores de neoplasias ou deficiência imunológica primária. A listeriose em mulheres grávidas pode provocar abortamento ou parto prematuro, geralmente após quadro febril. Na maior parte dos casos, em indivíduos hígidos, a listeriose se apresenta como um quadro febril, leve, de persistência variável, podendo ser um dos itens de exclusão para febre de origem desconhecida. A Listeria monocytogenes é um microrganismo de difícil isolamento, principalmente em materiais onde há outros microrganismos. A seletividade do meio pode ser auxiliada pela adição de Ácido Nalidíxico e incubação de meios líquidos, com este antibiótico, a temperaturas baixas, por 1 a 2 semanas. A pesquisa pelo método de PCR auxilia muito, principalmente por abreviar o tempo de diagnóstico. As sorologias que tem somente anticorpos somáticos demonstram casos de infecção inicial pelas listérias. Os anticorpos flagelares somente aparecem de 15 a 30 dias após a primo-infecção. A antibioticoterapia pode alterar a curva sorológica. As Listeria monocytogenes apresenta antígenos comuns com os Staphycoloccus aureus, Enterococcus faecalis e Bacillus ssp. Informações importantes: medicação atual, idade dos pacientes e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ LÍTIO – DOSAGEM PARA CONTROLE TERAPÊUTICO Sinônimo mais usado: Dosagem de Lítio Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 4 horas, imediatamente antes da próxima dose do medicamento (geralmente 12 horas após a última dose), ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração. Método: eletrodo seletivo Valores de Referência: Níveis terapêuticos : 0,6 a 1,2 mEq/L ou mmol/L. Níveis tóxicos : > 1,5 mEq/L Lítio endógeno : 0,004 a 0,006 mEq/L 280 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: Diminuições ocorrem por aumento da depuração do lítio, pelo uso de acetazolamida, cafeína e teofilina. Elevações: com diuréticos inibidores da ECA, anti-inflamatórios não hormonais, clorpromazina, haloperidol e resperidona. Hemólise devido à competição com o Potássio e hiperlipemia. Indicações: controle terapêutico laboratorial para o uso do lítio, em pacientes com distúrbio bipolar, hipertimias, distímicos e alguns casos de esquizofrenia. Informações importantes: medicamento, dia e hora das doses. Observações importantes: a depuração do lítio varia de 15 a 40 mL/minuto. Sendo que mais de 80% do lítio ingerido tem eliminação urinária, um índice de recuperação inferior a 60% da dose ingerida indica que o tratamento deve ser revisto. (a dosagem do lítio na urina deve ser próxima a posologia das 24 horas). _______________________________________________________________________________________ LKM-1 Sinônimo mais usado: Anti-LKM Material e conservação para envio: 1 mL sob congelação. Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: IFI Valores de Referência: Não Reagente Interferências: Hemólise e Lipemia. Indicações: Os anticorpos anti-LKM-1, reagem contra a enzima Citocromo P4502D6 e são utilizados como marcadores sorológicos da Hepatite Autoimune do tipo 2 (mais frequente mulheres abaixo de 16 anos), com valores significativos quando acima de 1:40 da diluição do soro. Informações importantes: exames anteriores e quadro e suspeita clínicos. _______________________________________________________________________________________ LYME (BORRELIOSE) - ANTICORPOS PARA DOENÇA DE - IgG ou IgM Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-doença de Lyme IgG ou IgM Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: enzimaimunoensaio Valores de Referência: (iGg) (IgM) Negativo : < 10 U/mL Negativo : <12 U/mL Indeterminado : 10 a 14 U/mL Indeterminado : 12 a 17 U/mL Positivo : > 14 U/mL Reagente : > 17 U/mL Nota: Resultados indeterminados devem ser repetidos após 30 dias do primeiro teste. Interferências: hemólise, hiperlipemia, hiperbilirrubinemia. Indicações: diagnóstico laboratorial nas suspeitas de Doença de Lyme e Fibromialgia. Aparecimento de eritema com a presença de anticorpos específicos da classe IgM diagnóstica a doença em sua primo-infecção. Somente 30% dos pacientes são reagentes na primeira semana de doença e 70% são reagentes no 281 GRUPO SÃO CAMILO período de convalescença. Níveis iguais ou superiores a 90% são encontrados após 4 a 6 semanas. A terapêutica antibiótica pode alterar a curva sorológica. A confirmação dos resultados sorológicos pode ser feita através de testes por Imunoblot ou PCR. A sorologia pode permanecer reagente por muitos anos após o tratamento. Reações cruzadas podem ocorrer com outras borrelioses (vide relação abaixo), leptospiroses e trepanomatoses. Outras borrelias que produzem febres recorrentes: Borrelia recurrentis (Febre recorrente por piolhos), Borrelia duttoni, Borrelia hispânica, Borrelia crocidurae e Borrelia tillae (produzem febres recorrentes por carrapatos em variedades africanas), Borrelia pérsica, Borrelia latyschevil, e Borrelia caucásia (produzem febres recorrentes por carrapatos em variedades asiáticas) e finalmente Borrelia bermsii, Borrelia parkeri, Borrelia turicatae e Borrelia venezuelensis (que produzem febres recorrentes em variedades americanas). Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ MACONHA - PESQUISA DE (Ver Tetrahidrocanabinol ou Drogas de Abuso) _______________________________________________________________________________________ MACROPROLACTINA Sinônimo mais usado : Big-Prolactina Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, após 30 minutos de repouso, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunofluorimetria; análise basal e após precipitação com Polietilenoglicol a 25%. Valores de Referência: Presença de Macroprolactina : recuperação inferior a 30% Indeterminado : recuperação de 30 a 65% Ausência de Macroprolactina : recuperação superior a 65% Interferências: hiperbilirrubinemia, hiperlipemia e hemólise. Indicações : a macroprolactina é uma forma polimétrica da prolactina (forma dimérica - Big Prolactina com 50000 Daltons e forma polimérica – Big-Big Prolactina com 150000 Daltons), que é um agregado de moléculas deste hormônio, que normalmente é presente em pequenas quantidade na circulação, mas quando é elevada irá interferir nos testes laboratoriais de determinação da prolactina sérica. Este teste é de grande importância pois irá diferenciar os pacientes com altos níveis verdadeiros de prolactina dos que apresentam a macroprolactina. Na grande maioria dos indivíduos que tem macroprolactinemia os resultados não passam de 100 ng/mL. É encontrada em ambos os sexos e normalmente não produz quadro clínico. Alguns com macroprolactinemia podem ter alterações menstruais, galactorréia, levando a duas hipóteses, que o paciente tenha uma aumento de prolactina paralelamente à presença de macroprolactina ou que esta formação polimétrica pode ter atividade biológica. A percentagem dos indivíduos que tem macroprolactina não é bem conhecida, mas há fundamentos que indicam que esta desordem possa ter origem genética. É relativamente comum que indivíduos que apresentam um tipo de macromolécula possa ter outras moléculas macro, como macro-CK, macro-LDH, etc. Informações importantes: histórico familiar, quadro clínico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ 282 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS MAGNÉSIO SÉRICO Sinônimo mais usado : Mg++ Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: colorimétrico automatizado. Valores de Referência: Homens até 12 anos . . . . . : 1,6 a 2,5 mg/dL 13 a 16 anos . . . . : 1,5 a 2,6 mg/dL > 16 anos . . . . . . : 1,3 a 2,7 mg/dL Mulheres até 12 anos . . . . . : 1,7 a 2,5 mg/dL 13 a 16 anos . . . : 1,5 a 2,5 mg/dL > 16 anos . . . . . . : 1,5 a 2,7 mg/dL Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Elevações: Aspirina, Lítio, Medroxiprogesterona, Progesterona e Vitamina D. Diminuições: Aminoglicosídeos, Aldosterona, Cloreto de Amônio, Anfotericina B, Sais de Cálcio, Citrato de Sódio (anticoagulante de transfusões de sangue), Ácido Etacrínico, Etanol, Furosemide, Insulina em grandes doses (durante coma diabético), diuréticos mercuriais e tiazídicos, anticoncepcionais orais. Indicações: O magnésio é um cátion bivalente com grande poder redutor. É um cofator de muitas enzimas mitocondriais. Tem ação na contratilidade muscular, com propriedades anti-tetanizante. Tem também participação na agregação plaquetária e na redução da aterosclerose e como antagonista do cálcio. Quase 65% do magnésio está nos ossos. Os depósitos intracelulares chegam a 35% e somente 1% é circulante. Avaliação dos distúrbios hidro-eletrolíticos. O magnésio eleva-se na desidratação, nas insuficiências renais aguda e crônica, insuficiência córticosuprarrenal, traumatismos, hipotireoidismo e pode estar elevado em casos de Diabetes mellitus não controlada. Diminuições do magnésio podem ocorrem na ingesta inadequada, malabsorção intestinal, pancreatite aguda, hipoparatireoidismo, etilismo crônico, Delirium tremens, perda de líquidos orgânicos, Glomerulonefrite Crônica, Hipercalcemia, Hiperaldosteronismo, acidose diabética, lactação excessiva, baixa secreção de ADH, gravidez (segundo e terceiro trimestre), casos idiopáticos. Os níveis séricos de magnésio podem ficar normais mesmo quando as reservas corpóreas atingem níveis de somente 20% do normal. Os ácido fíticos, ácidos graxos e fosfatos em excesso impedem a absorção do Magnésio. A hipomagnesemia altera a secreção e ação do PTH. Sintomas de hipomagnesemia aparecem com níveis inferiores a 0,75 mg/dL, com debilidade, irritabilidade, delírio e convulsões. O decúbito faz elevar o nível de magnésio. A hiperganesemia potencializa os efeitos cardíacos da hiperpotassemia. Informações importantes: medicação atual, estado do paciente, principalmente se esta acamado e tipo de dieta. _______________________________________________________________________________________ MAGNÉSIO URINÁRIO – URINA DE 24 HORAS Sinônimo mais usado: Mg urinário. Material e conservação para envio: Alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sem conservantes, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar a urina por período de 24 hora, estocando as amostras em frasco extremamente limpo, e conservado sob refrigeração durante todo o período de coleta. 283 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: colimétrico automatizado. Valores de Referência: Adultos: 73,0 a 122,0 mg/24 horas. Interferências: vide Magnésio sérico Indicações: avaliação das perdas urinárias e balanço do magnésio. Ingestão e perdas. Baixos níveis urinários precedem a redução do magnésio sérico. Informações importantes: medicação, hora do início e final da coleta, volume da urina de 24 horas. _______________________________________________________________________________________ MAGNÉSIO URINÁRIO – AMOSTRA AO ACASO Sinônimo mais usado: Mg urinário amostra única Material e conservação para envio: Alíquota de 100 mL de urina coletada ao acaso. Instruções para coleta: coletar todo o volume da primeira urina da manhã. Não utilizar conservantes. Refrigerar imediatamente após a coleta. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: colorimétrico automatizado. Valores de Referência: 4,1 a 14 mg/dL. Interferências: vide Magnésio sérico Indicações: avaliação das perdas urinárias e balanço do magnésio. Ingestão e perdas. Baixos níveis urinários precedem a redução do magnésio sérico. Informações importantes: hora da coleta e volume total da coleta. _______________________________________________________________________________________ MALÁRIA – PESQUISA DE ANTÍGENO Sinônimo mais usado: pesquisa de antígeno de malária. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunocromatografia. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: nível de parasitemia, inferior a 100 parasitas por microlitro. Indicações: diagnóstico de infecção por Plasmodium falciparum, que não cruza com outros plasmódios. Detecta a enzima pLDH (proteína que é produzida pelo Plasmodium falciparum, dentro dos eritrócitos infectados) através de anticorpos monoclonais específicos. Estes anticorpos não se cruzam com a LDH humana. Pode ser positivo mesmo quando as lâminas dão resultado negativo. Após o tratamento, 4 a 5 dias depois, o teste se torna negativo, o que atesta o sucesso do tratamento. A persistência de positividade do teste após tratamento indica cepa resistente de plasmódio. A sensibilidade depende do nível de parasitemia. De forma geral a sensibilidade atinge níveis de 90% e sensibilidade próxima de 100%. Informações importantes: tempo de doença, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ 284 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS MALOILALDEÍDO Sinônimo mais usado: Dialdeído Malônico Material e conservação para envio: 2 mL de plasma com EDTA sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico UV-VIS Valores de Referência: homens : até 4,8 nmol/L Mulheres : até 4,3 nmol/L Interferências: hemólise, hiperlipemia e medicação e alimentos que aumentam os níveis de radicais livres (como alho, alho porro, carnes defumadas). Indicações: O aumento dos níveis de Maloilaldeído é um reflexo direto do aumento dos níveis de radicais livres no sangue periférico. O Maloilaldeído é o metabólito final da peroxidação lipídica. Além de função direta como radical livre, tem ação inflamatória pela ativação de citocinas pró-inflamantórias como o TNF-Beta e a IL-8. Informações importantes: medicação atual e tipo de dieta. _______________________________________________________________________________________ MANGANÊS URINÁRIO (Toxicologia Ocupacional) Sinônimo mais usado: Mn na urina Material e conservação para envio: mínimo de 100 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada ao final da jornada de trabalho, após pelo menos 2 dias seguidos de exposição, em sanitário afastado do local de trabalho, ou conforme orientação médica, que deverá ser feita por escrito. Lavar muito bem as mãos antes da coleta. Colocar a tampa do frasco, invertida, sobre um papel absorvente durante a coleta de urina. Coletar em frascos de plástico fornecidos pelo Laboratório. Refrigerar imediatamente após a coleta. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: espectroscopia de absorção atômica. Valores de Referência: inferior a 8,0 mcg/L I.B.M.P.: 50 mcg/L Interferências: coleta realizada muito próximo ao local de trabalho, pois níveis ambientais chegam a 1000 vezes maior que os níveis séricos. Frascos de coleta contaminados. Indicações: O manganês é considerado essencial na dieta humana por compor o núcleo de uma série de enzimas do metabolismo. Em indivíduos não expostos níveis elevados podem ocorrer em quadros de colestase e insuficiência hepática crônica, especialmente em crianças. Níveis baixos podem ser encontrados em pacientes submetidos à hemodiálise, indivíduos que fazem uso de Hidralazina ou Ácido Valpróico. Não há correlação entre os níveis séricos e urinários, histórico de exposição anterior e a gravidade do quadro clínico. Valores de referência em pessoas não expostas ainda não estão totalmente definidos. Em muitos casos de quadros neurológicos de manganismo, com níveis cerebrais elevados, os níveis séricos e/ou urinários podem estar normais. Fontes de exposição (fabricação e uso): de borracha, catalisadores, cerâmicas, conservantes de madeira, esmaltes e tintas, fármacos, Fósforos, fungicidas, magnetos, materiais elétricos, pilhas secas e soldas. Informações importantes: local de coleta, hora da coleta, tempo de exposição antes da coleta e níveis anteriores. _______________________________________________________________________________________ 285 GRUPO SÃO CAMILO MANGANÊS SÉRICO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Mn sérico Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: a amostra de sangue pode ser coletada a qualquer momento, pois o horário de coleta não é crítico, não havendo necessidade de jejum. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectroscopia de absorção atômica. Valores de Referência: 0,43 a 0,75 mcg/L IBPM : nada consta. Interferências: contaminação ambiental no momento da coleta. Hemólise, hiperlipemia. Indicações: vide Manganês Urinário. Informações importantes: vide Manganês Urinário. _______________________________________________________________________________________ MCAD – DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA MUTAÇÃO Sinônimo mais usado: Mutação do MCAD por PCR Material e conservação para uso: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 a 48 a temperatura ambiente. Método: PCR Valores de Referência: ausência de mutação A985G no gene ACADM. Interferências: hemólise (qualquer grau). Indicações: diagnóstico molecular da mutação A985G no gene ACADM, localizado no cromossomo 1. Esta mutação leva a deficiência da enzima acil-coenzima A desidrogenase de cadeia média (MCAD), provocando uma alteração no processo de oxidação dos ácidos graxos. Os sintomas tem início por volta dos 3 meses a 2 anos de idade, provocando morte súbita e obviamente inesperada em crianças recessivas (alteração autossômica), após um período de jejum (vide MCAD - Neonatal). Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ MCAD – MUTAÇÃO DO GENE Sinônimo mais usado: MCAD-PCR Material e conservação para envio: 3 mL de ST em EDTA, sob refrigeração Instruções para coleta: jejum é dispensável. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR-RT-EP Valores de Referência: Negativo: ausência de mutação A985G Heterozigoto: um dos cromossomos com a mutação A985G Homozigoto : dois cromossomos com a mutação A985G. Interferências: hemólise Indicações: A frequência populacional da homozigoze (doença) da mutação do MCAD, chega na região sul do Brasil a 1:12000, dependendo da região estudada. A doença ocorre devido à deficiência da enzima 286 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Desidrogenase da Acilcoenzima A de cadeia média (MCAD, sigla em inglês), levando à falta da beta oxidação dos ácidos graxos mitocondriais. Os mutantes homozigóticos se apresentam normais ao nascer, mas entre o 3º mês e 2 anos de vida os sintomas se iniciam. Esses sintomas são desencadeados por jejum prolongado ou processos infecciosos, mesmo que comuns da infância, como IVAS, GECA, etc. Informações importantes: outras mutações em outros genes ou mesmo outras mutações no gene da MCAD, que possam causar deficiência da enzima e/ou Síndrome da morte súbita não estão excluídas por este teste. A mutação A985G que é situada no cromossomo 1, na região p31 é a mais frequente (90% dos casos). _______________________________________________________________________________________ MCAD – NEONATAL Sinônimo mais usado: Acetil-Coa Dh – MCAD Material e conservação para envio: enviar pelo menos dois círculos de sangue, separados, em papel de filtro especial, bem saturados nos dois lados do papel. Enviar a temperatura ambiente. Proteger da luz e da umidade, colocando o papel de filtro bem seco em saco plástico. Instruções para coleta: coletar sangue de punção do calcâneo, preenchendo dois círculos no papel de filtro especial, com o sangue saturando os dois lados do papel. Deixar secar a temperatura ambiente. Em dias muito úmidos, pode-se utilizar secadores de cabelos com ar frio. Geralmente o sangue estará totalmente seco entre 2 a 3 horas. Esta coleta deve ser realizada entre 3 e 30 dias de vida. Estabilidade da amostra: 30 dias a temperatura ambiente, protegida da luz e umidade. Método: PCR Valores de Referência: Ausência de mutação dos genes da MCAD. Interferências: coletas incompletas, sem saturação dos círculos do papel de filtro, exposição à luz ou umidade no papel. Indicações: a deficiência MCAD é uma alteração autossômica recessiva que resulta em uma beta-oxidação de ácidos graxos incompleta, geralmente desencadeada por jejum prolongado ou infecções. Os quadros são agudos, desenvolvendo hepatomegalia ou encefalopatia. Quadros fulminantes, resultantes de hipoglicemia não-cetótica podem ocorrer, produzindo quadro de morte súbita na infância (3% desses quadros). Ocorrem na proporção de 1:10.000 nascidos vivos. O tratamento é feito com prevenção de estados de jejum prolongado, dieta com restrição de gorduras saturadas e suplementação de carnitina na alimentação, que deve ser monitorada conforme indicação médica. Informações importantes: idade do paciente e data exata da coleta. _______________________________________________________________________________________ MELANINA – PESQUISA Sinônimo mais usado: melanúria –pesquisa Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente, coletada ao acaso, protegida da luz, sob refrigeração. Instruções para coleta: vide item acima. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração ao abrigo da luz. Método: físico-químico, com separação seletiva de proteínas (Reação de Thormalen). Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: outras substâncias provenientes de metabolismos anômalos ou medicação interferente, que altera a coloração urinária. Indicações: A melanina é um pigmento da pele, que confere coloração a mesma, sintetizada pelos melanoblastos 287 GRUPO SÃO CAMILO da camada basal epidérmica. Quando a melanogênese se encontra aumentada, como na doença de Addison, tumores melânicos e desvio metabólico da tirosina após o uso de alfametildopa, a melanina excedente passa a ser eliminada na urina. Em contacto com o ar os metabólitos indólicos incolores se oxidam, escurecem, tornando a urina de cor âmbar a negra, dependendo dos níveis de melanúria. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ MERCÚRIO – URINÁRIO (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Hg urinário. Material e conservação para envio: 100 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar a urina em sanitário afastado do local de trabalho. O Quadro I da NR-7 do MT, recomenda a coleta da primeira urina da manhã, ou segundo orientação médica por escrito. Coletar em frascos plásticos fornecidos pelo Laboratório. Lavar muito bem as mãos antes da coleta. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Método: Espectroscopia de Absorção Atômica. Valores de Referência: inferior a 5 mcg/g de creatinina IBMP : 35 mcg/g de creatinina Interferências: coleta em local próximo ao de trabalho, uso de recipiente não fornecido pelo laboratório. _______________________________________________________________________________________ METAHEMOGLOBINA (inclui Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar amostra ao final da jornada de trabalho de uma semana. Não coletar na primeira jornada do colaborador. Pode-se fazer diferenciação entre pré e pós-jornada. Sob orientação médica, por escrito, os horários de coleta poderão ser alterados. Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração e com proteção contra luz. Método: espectrofotometria na região UV-Vis. Valores de Referência: inferior a 2,0 % IBMP : 5,0 % Interferências: uso de salicilatos e derivados, anilinas e derivados, polifenóis e hidrazidas. Indicações: quando ocorre a oxidação do ferro ferroso da hemoglobina em ferro férrico, há a formação da metahemoglobina, que é incapaz de transportar o oxigênio. Sempre, uma pequena quantidade de metahemoglobina está presente na circulação, pela ação das enzimas intraeritrocitárias, metemoglobina – redutase I e II. Esta dosagem está indicada nos casos de intoxicações que cursa com cianose aguda e nos pacientes com deficiência congênita da metemoglobina redutase I e nos indivíduos sensíveis a agentes metemoblobinizantes. Os sinais clínicos estão intimamente ligados às porcentagens de metahemoglobina detectados no sangue dos pacientes: 5 a 10% = leve cianose; 10 a 30% = cianose severa; 30 a 50% = sinais funcionais de anóxia ; 50 a 70% = acometimento do SNC com lesões neurológicas e Superior a 70% = coma e morte. Níveis elevados são encontrados: a) nas intoxicações: profissionais, anilina , hidrazinas, nitrobenzeno e polifenóis. b)Alimentares: agentes oxidantes: cloratos, nitritos e nitratos; c) medicamentos, acetanilida, antipirina, fenacetina,quinina e sulfamida. d) deficiência congênita de metemoglobina-redutase I (nos RN a atividade desta enzima é 2 vezes mais fraca que no adulto, o que explica a toxicidade dos nitratos, reduzidos a 288 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS nitritos pela flora intestinal. e) Hemoglobina M: hemoglobinopatia genética dominantes encontrada em todas as raças, tem níveis entre 20 a 40%. Em termos laborais, a metahemoblobina é um inidicador biológico da exposição à anilina e ao nitrobenzeno. A metahemoglobina aparece mais tardiamente no sangue que o paraaminofenol na urina , que também é um bom indicador do efeito da anilina. Informações importantes: dia e hora da coleta, terapêutica e alimentação. _______________________________________________________________________________________ METANFETAMINA – PESQUISA DE Sinônimo mais comum : MDA Material e conservação para envio: 10 mL de urina recente, sob conservação. Instruções de coleta: não há horário mais indicado para a coleta, desde que ocorra até 48 horas do possível uso de drogas de uso ilícito. Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração. Método: imunocromatografia seletiva com anticorpos monoclonais. Valores de referência: pesquisa Negativa. Interferência: uso de outras drogas que podem produzir reações cruzadas. Indicações: controle de uso diagnóstico e terapêutico para indivíduos adictos. Informações importantes: tempo após o possível uso da droga. Nota: este exame não tem valor médico-legal pois carece de posse legal, sendo somente realizado para triagem de casos de intoxicação aguda. _______________________________________________________________________________________ METANEFRINAS URINÁRIAS Sinônimo mais usado: Metanefrinas – frações Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, com conservante e sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas utilizando nos frascos de coleta 20 ml de solução aquosa de HCl a 50% para cada litro de urina coletado. INFORMAR NO FRASCO DE COLETA QUE O CONSERVANTE É CORROSIVO E QUE O PACIENTE DEVE TOMAR CUIDADO PARA NÃO ENCOSTAR A PELE NOS FRASCOS E DEIXAR FORA DO ALCANCE DE CRIANÇAS. Após o término da coleta conservar o material clínico sob refrigeração. O(a) médico(a)-assistente deve ter ciência da grande série de medicamentos que alteram a dosagem das metanefrinas. A suspensão de algum medicamento só será realizado com ordem médica por escrito. Estabilidade da amostra: após acidificação até 30 dias sob refrigeração. Método: HPLC Valores de Referência: (resultados em mcg/24 horas) Idade 3 a 8 anos 9 a 12 anos 13 a 17 anos Homens adultos Mulheres adultos Metanefrinas totais 47 – 260 72 – 410 130 – 520 < 1200 < 1200 Metanefrina 9 – 86 20 – 156 31 – 156 < 400 < 400 Normetanefrina 20 – 186 10 – 319 71 – 395 < 800 < 800 289 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: a) Medicamentos que podem elevar os níveis de Metanefrinas: alfa-bloqueadores, anti-depressivos, antihistamínicos, beta-bloqueadores, antagonistas do canal de cálcio, catecolaminas sintéticas, cocaína, diuréticos, estimulantes do SNC, fentazocina, inibidores da monoaminoxidase, simpatomiméticos, insulina (várias preparações), levodopa, metilfenidato, metoclopramida, morfina, naloxona, proclorperazina, TRH e vasodilatadores. b) Medicamentos que podem diminuir os níveis de Metanefrinas: antihipertensivos, antipsicóticos. Dissulfiram, metirosina e octreotida. Indicações: As metanefrinas, formadas pela normetanefrina e a metanefrina são metabólitos da norepinefrina e epinefrina respectivamente. É indicado no diagnóstico de feocromocitomas, paragangliomas e neuroblastomas. É indicado que o paciente fique sete dias sem ingerir qualquer medicamento por 7 dias. Somente com conhecimento médico. Informações importantes: medicação atual, medicação suspensa, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ METANOL URINÁRIO Sinônimo mais usado: Metanol na urina Material e conservação para envio: mínimo de 20 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar uma amostra de urina pré-jornada e outra pós-jornada de trabalho, com pelo menos dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica, por escrito. Completar o volume do frasco de coleta com urina, não deixando espaço vazio dentro do mesmo. FRASCOS COM ESPAÇO VAZIO SERÃO REJEITADOS. A coleta deverá ser feita em frascos plásticos fornecidos pelo Laboratório. Nota: tubos cônicos tipo Falcon são mais facilmente preenchidos sem deixar espaço vazio. Refrigerar imediatamente após a coleta. Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: inferior a 5 mg/L IBMP : 15 mg/L Interferências: A principal interferência é a falta de preenchimento dos frascos de coleta. Indicações: controle laboral de colaboradores expostos ao metanol e derivados. Informações importantes: tempo de trabalho no setor, ocorrência de acidentes ou afastamentos por mais de dois dias, antes da coleta. _______________________________________________________________________________________ METILETILBUTILACETONA – URINÁRIA (vide Metiletilcetona) _______________________________________________________________________________________ METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE – MUT. C677T – MTHFR – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Mutação C677T, Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína. Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. 290 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). Valores de referência: Não detectado. Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: A hiperhomocisteinemia é o aumento da concentração plasmática de homocisteína, um derivado da metionina, cuja concentração é influenciada por fatores genéticos, nutricionais e patológicos. O aumento da homocisteína plasmática, de natureza genética, resulta de alterações funcionais das enzimas metileno tetrahidrofolato redutase (MTHFR) e cistationa beta sintetase (CBS), envolvidas no metabolismo da metionina ou da deficiência de co-fatores enzimáticos, como as vitaminas B6 e B12 e o ácido fólico. O genótipo homozigoto mutante 677TT no gene da MTHFR, encontrado em 4 a 14% da população em geral, está associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos neurológicos, retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo. _______________________________________________________________________________________ METILETILCETONA – URINÁRIA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: METC urinária Material e conservação para envio: 50 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: Completar o frasco com urina, não deixando espaço vazio dentro do mesmo, entre a amostra clínica e a tampa. Coletar em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Tubos cônicos, tipo Falcon, são mais facilmente preenchidos ao máximo volume sem perdas de material. Refrigerar imediatamente após a coleta. Coletar uma amostra pós-jornada de trabalho após no mínimo dois dias seguidos de exposição. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: somente o IBMP: 2 mg/L Interferências: falta de preenchimento correto do frasco de coleta. Indicações: Controle laboral de colaboradores expostos. Informações: tempo de trabalho no setor, ocorrência de acidentes ou afastamentos por mais de dois dias, antes da coleta. _______________________________________________________________________________________ MICETOMAS – PESQUISA DE (TESTE ESPECIAL) Sinônimo mais usado – Pesquisa de Micetomas Material e conservação para envio: material purulento abundante: coleta pode ser feita com seringa, sem agulha (após a coleta, tampar a seringa com agulha e borracha espetada na ponta) ou coleção por swab (umidecer o swab, com 5 gotas de salina estéril), diretamente das fístulas dos membros inferiores. Material purulento escasso: fazer assepsia de toda a região a ser coletada, com etanol a 70%. Deixar secar naturalmente. Colocar sobre as fístulas camada dupla de gaze estéril, fixando-a com faixa crepe. Deixar durante 12 a 18 horas. Após este período, retirar a gaze, com todo o cuidado para não dobrar. Guardar em placa de Petri (de plástico descartável e estéril), umidecer a gaze com algumas gotas de salina estéril. Lacrar a placa com fita adesiva. Proteger da luz. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: vide acima. Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração Método: observação dos grãos formados pelo entrelaçamento das hifas dos fungos ou actinomicetos aeróbios, 291 GRUPO SÃO CAMILO em microscopia esteroscópica ou microscópio optico comum. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: uso de antifúngicos específicos. Indicações: o quadro clínico é bastante sugestivo e a presença dos grãos fecham o diagnóstico etiológico e microbiológico. O fungos mais frequentemente isolados são: Cephalosporium sp, Fusarium sp, Leptosphaeria senegalensis, Madurella grisea, Madurella mycetomi, Neostestudina rosatii. Os actinomicetos mais frequentemente isolados são: Nocardia madurae, Nocardia pelletieri, Nocardia asteróides, Nocardia brasiliensis, Nocardia caviae, Streptomyces somaliensis. De acordo com a cor podemos ter: a) grãos de cor preta: fungos: (Madurella grisea, Madurella mycetomi, Leptosphaeria senegalensis) b) grãos de cor branca: fungos: (Cephalosporium ssp, Fusarium ssp, Neotestudina rosatii). actinomicetos : (Nocardia madurae) c) grãos de cor amarela: actinomicetos: (Streptomyces somaliensis) d) grãos de cor vermelha: actinomicetos: (Nocardia pelletieri) e) grãos de cor bege: actinomicetos: (Nocardia asteróides, N.brasiliensis, N.caviae) Informações importantes: medicação prévia e atual (tópica ou sistêmica). _______________________________________________________________________________________ MICOLÓGICO (Ver Fungos) _______________________________________________________________________________________ MICOPLASMAS – ANTIBIOGRAMA Sinônimo mais usado: Antibiograma para Micoplasmas Material e conservação para envio: São vários os materiais clínicos passiveis de coleta, dependendo da topografia da infecção. As secreções podem ser oculares, vaginais (cervicais), uretrais, etc. O material coletado é transferido para um tubo com meio de transporte, distribuído pelo Laboratório, a temperatura ambiente e protegido da luz. Instruções para coleta: Materiais genito-urinários: comparecer ao laboratório pela manhã, sem urinar e sem realizar higiene íntima a pelo menos 12 horas. Nas mulheres, em posição ginecológica, coletar raspado cervical ou uretral, com escova ginecológica, mergulhando e agitando a escova no meio de transporte. Coletar até obter turvação do meio. A coleta uretral feminina pode ser feita com swab estéril especial. Nos homens, desprezar a secreção inicial, que vem após a expressão do canal urinário, e coletar com escova da foceta uretral, com escova tipo ginecológica. Passar para o frasco com meio de cultura, conforme descrito acima. Material ocular: Com alça microbiológica descartável e estéril, proceder raspado da mucosa conjuntival, retirando o excesso de secreção com gaze estéril. Para esta coleta o paciente deverá estar sem medicação tópica ou sistêmica específica por 48 horas antes, e não poderá lavar os olhos pela manhã antes da coleta do material. Estabilidade da amostra: até 2 dias a temperatura ambiente e protegido da luz, desde que o material clínico tenha sido colocado no meio de transporte. Método: Microcultivo para isolamento e antibiograma em Concentração Inibitória Mínima. Os antibióticos utilizados são: Tetraciclina-cloridrato, Sulfametoxazol-Trimetoprin, Lincomicina, Roxitromicina, Minociclina-Cloridrato, Doxiciclina-Cloridrato, Eritromicina, Norfloxacina-Cloridrato e Ciprofloxacina-Cloridrato. 292 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: uso de antibióticos anteriormente a coleta de materiais. Ter o paciente urinado antes da coleta. Indicações: estudo da sensibilidade aos antibióticos dos Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum. Nota: como os isolamentos para Mycoplasma genitalium e Mycoplasma fermentans são mais raros e a cultura muito demorada, estamos realizando a suas pesquisas por biologia molecular. Informações importantes: local exato da coleta, medicação atual ou imediatamente prévia. _______________________________________________________________________________________ MICOPLASMAS (Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis) - CULTURA Sinônimo mais usado: Cultura para Micoplasma Material e conservação para envio:vide item anterior. Instruções para coleta: vide item anterior Estabilidade da amostra: 2 dias a temperatura ambiente e protegido de luz, desde que o material clínico tenha sido colocado no meio de transporte. Método: microcultivo em meio líquido seletivo, semeadura em meio semi-sólido comprobatório e testes bioquímicos de fermentação. Valores de Referência: cultura negativa. UAC/mL 10 a 100 UAC/mL 100 a 1000 UAC/mL > 1000 UAC/mL Situação clínica Portador Possível infecção Infecção UAC = Unidades Alteradoras de Cor. Interferências: quantidade, qualidade dos materiais clínicos e antibioticoterapia prévia (uso de cremes vaginais, mesmo que sem antibióticos podem produzir resultados falso-negativos). Indicações: pesquisa de infecções por Micoplasmas. Informações importantes: terapia atual e local exato da coleta. _______________________________________________________________________________________ MICROALBUMINÚRIA Sinônimo mais usado: microalbumina urinária. Material e conservação para envio: 100 mL de urina ,em frasco plástico fornecido pelo laboratório sob refrigeração . Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, 12 horas, 6 horas ou uma amostra ao acaso, de preferência pela manhã. Conservar todas as alíquotas sob refrigeração durante o período da coleta. Enviar uma alíquota de 100 mL do volume total da urina coletada. Anotar no rótulo o volume total coletado e o período de coleta. O transporte é feito sob refrigeração. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Método: imunoturbidimetria. Valores de Referência: Urina de 24 horas: Normal Microalbuminúria Macroalbuminúria Até 30 mg/24hs 30 a 300 mg/24hs > 300 mg/24hs Normal Microalbuminúria Macroalbuminúria Até 20 µg/min 20 a 200 µg/min > 200 µg/min 293 GRUPO SÃO CAMILO Urina de 12 horas: (Albuminúria Clínica) Normal Microalbuminúria Macroalbuminúria Até 15 mg/24hs 16 a 150 mg/12hs 150 mg/12hs Normal Microalbuminúria Macroalbuminúria Até 20 µg/min 20 a 199 µg/min 200 µg/min Urina ao acaso (Microalbuminúria randômica): Normal Microalbuminúria < 25 mg/litro > 25 mg/litro Urina ao acaso (por mg de creatinina): Normal Microalbuminúria Macroalbuminúria Até 30 mcg/mg de creatinina 30 a 299 mcg/mg de creatinina 300 mcg/mg de creatinina Interferências: a presença de proteinúria acentuada os valores da microalbuminúria podem sofrer “efeito gancho” produzindo resultados falsamente diminuídos. Outras condições clínicas podem produzir resultados falsamente elevados, como infecções urinárias, quadros infecciosos sistêmicos, hematúria, após exercícios físicos e proteinúria postural. Indicações: A microalbuminúria indica valores de albumina urinária compreendidos entre os valores fisiológicos de eliminação da albumina, que é inferior a 20 mg/24 horas, e a albuminúria que caracteriza nefropatia diabética, que é definida como eliminação de albumina em níveis superiores a 50 mg/24 horas para alguns autores e 300 mg/24 horas definido por outros. Muito embora essa nefropatia possa ser potencialmente reversível, pela melhora do quadro glicêmico, é uma microangiopatia, ao lado da retiniana e em nervos periféricos, considerada uma complicação nefasta, dependente do tempo de diabetes não controlado e hipertensão arterial. A microalbuminúria tem um valor preditivo de aparecimento de lesões microantiopáticas em 10 anos, levando a insuficiência renal. Assim um bom controle das complicações do diabetes é formado por uma tríade formada pelo controle da glicemia, controle da pressão arterial e uma alimentação protéica adequada. Limiar crítico para complicações renais: 50 mg/24 horas. Outras condições clínicas podem levar a microalbuminúria anormal, como: - Estados inflamatórios agudos, - Exercícios físicos intensos, - Hipertensão arterial, - Infecções urinárias, - Uropatias (ex. rins policísticos) ou transplante renal. Informações importantes: medicação atual, intercorrências clínicas, principalmente infecções urinárias, volume total da urina coletada. _______________________________________________________________________________________ MIELOGRAMA Sinônimo mais usado: estudo da medula óssea. Material e conservação para envio: no mínimo 6 lâminas com esfregaços de aspirado medular, como em hemogramas, fixadas por 1 minuto com metanol ou no primeiro líquido dos corantes panóticos (NÃO CORAR). Enviar as lâminas em protetores fornecidos pelo laboratório, a temperatura ambiente. Instruções para coleta: sob intensa assepsia, a coleta médica é feita por punção esternal ou na crista ilíaca através de um “trocard” de Mallarmé ou agulha e aspiração do material medular, com auxílio de uma seringa. Realizar os esfregaços e seca-los imediatamente ao ar. Fixar conforme instruções acima. 294 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Estabilidade da amostra: após fixados, protegidos da umidade, luz e calor, os esfregaços tem estabilidade de 20 dias a temperatura ambiente. Método: observação microscópica e discriminatória das linhagens medulares. Valores de Referência: O resultado contém a avaliação das porcentagens das diversas células da medula sanguínea, indicando se o esfregaço é rico ou pobre, predomínio das linhagens sanguíneas e a presença de megacariócitos. A contagem é feita em pelo menos 1000 células. Testes citoquímicos são realizados para estudo das linhagens presentes, como a mieloperoxidase para estudo das linhagens neutrofílica e eosinofílica; fosfatase ácida para estudo dos tricoleucócitos; Perls para determinação de sideroblastos; estearase neutra para estudo da linhagem monocítica. Linhagem granulocítica (50 a 75%) Linhagem eritrocítica (8 a 30%) Elementos não mielóides (3 a 15%) Mieloblastos Promielócitos Mielócitos Metamielócitos Neutrófilos Proeitroblastos Eritroblastos basófilos Eritroblastos policromáticos Eritroblastos acidófilos Linfócitos Plasmócitos Monócitos 0,5 a 1,0 a 5,0 a 10,0 a 10,0 a 1,0 a 1,0 a 2,0 a 5,0 a 5,0 a 0 a 0 a 4,0 % 8,0 % 20,0 % 25,0 % 30,0 % 4,0 % 8,0 % 10,0 % 20,0 % 15,0 % 2,0 % 2,0 % Avaliação dos megacariócitos. Análise de células malignas através de imunocitoquímica (opcional). Interferências: contaminação com sangue periférico. Indicações: Variações patológicas: a) Medula rica: medula regenerativa ou leucemias b) Medula pobre: hipoplasia ou aplasia c) Aumento dos hemoblastos (acima de 2%) e dos mieloblastos (acima de 4%): leucemia aguda (blastos acima de 50%), leucemia aguda em início ou início da remissão ou remissão incompleta (blastos entre 10 e 30%), anemia refretária com mielofibrose parcial, agudização de uma leucemia mielóide crônica ou regeneração de quadros de aplasia. d) Aumentos dos promielócitos (acima de 10%): Leucemia aguda de promielócitos com presença de corpúsculos de Auer, agudização de leucemia mielóide crônica ou início de regeneração de quadros de aplasia. e) Aumento da linhagem granulocítica (acima de 80%): Leucemia mielóide crônica (mielócitos acima de 30%), infecção bacteriana (maturação com estádios regulares), f) Diminuição da linhagem granulocítica (inferior a 50%): agranulocitoses com diminuição da linhagem medular ou parada da maturação, levando a uma falsa linfocitose, plasmócitos e eritroblastose. Aplasia medular com medula pobre. g) Aumentos da linhagem eritroblástica: anemia em regeneração, anemia sideroblástica, anemia megaloblástica, desiritropoiese constitucional e anemias ferroprivas. h) Diminuição da linhagem eritroblástica: eritroblastopenia (inferior a 5%) nas anemias hemolíticas agudas ou anemias crônicas como por exemplo a anemia de Fanconi. i) Aumento dos linfócitos medulares (superior a 15%): crianças (valores até 35%), idosos (valores mais altos que os jovens), relatividade (durante as aplasias e agranulocitose), e alterações patológicas extra-medulares: Leucemia linfóide crônica, Doença de Waldenström, Mielosclerose linfóide e reações linfóides diversas. j) Aumento dos plasmócitos (superior a 5%): mielomas, apresentam conglomerados de plasmócitos, 295 GRUPO SÃO CAMILO citoplasmas flamados, corpúsculos de Russel e células de Mott. Leucemia de plasmócitos associada a plasmocitose sanguínea, Doenças de Waldenström, Metástases com ajuntamento de plasmócitos simulando mieloma e em alguns casos de Cirrose. k) Anomalias megacariocíticas: proliferação, elementos anormais e ausência da linhagem. Informações importantes: local de punção, número de lâminas, fixação prévia das lâminas. _______________________________________________________________________________________ MINERALOGRAMA Sinônimo mais usado:estudo mineral do cabelo. Material e conservação para envio: mínimo de 1 grama de cabelos, retirados da região occipital. Conservar em frasco plástico, erméticamente fechado, protegido da luz e umidade. Instruções para coleta: os pacientes não poderão usar qualquer tipo de cosméticos capilares, por pelo menos 3 meses. Recomenda-se não cortar os cabelos neste período. A coleta deve ser feita com tesoura esterilizada, sem resquícios de ferrugem ou outras sugidades. Os cabelos são apreendidos com pinça limpa, nas mesmas condições que a tesoura. Imediatamente enrodilhar os fios e acomoda-los em frasco estéril e novo. O coletador tem de usar luvas novas e lavar as mãos com as luvas exaustivamente com sabão neutro. Enxaguar e seca-las muito bem. Não é infrequente a necessidade de se repetir o teste com nova coleta, devido a presença inesperada de contaminantes na amostra. O paciente deve receber essa informação e ser orientado a somente voltar a utilizar cosméticos capilares após o exame estar pronto. Estabilidade da amostra: 30 dias a temperatura ambiente, protegido de luz e umidade. Método: Espectroscopia de absorção atômica. Valores de Referência: Minerais Essenciais: Mineral Cálcio Magnésio Sódio Potássio Fósforo Silício Cloro Manganês Molibdênio Ferro Cobre Zinco Selênio Lítio Germânio Boro Ouro Vanádio Cobalto Estrôncio 296 VI Símbolo Ca Mg Na K P Si Cl Mn Mo Fe Cu Zn Se Li Ge B Au V Co Sr Valores em PPM 200,000 a 1.600,000 20,000 a 130,000 10,000 a 130,000 5,000 a 40,000 134,000 a 240,000 0,010 a 16,400 0,010 a 0,630 0,070 a 1,000 0,020 a 1,000 5,460 a 13,000 5,480 a 40,000 142,000 a 248,000 0,210 a 5,460 0,001 a 0,540 0,004 a 0,432 0,008 a 4,000 0,002 a 0,752 0,012 a 0,551 0,004 a 0,451 0,292 a 0,410 MANUAL DE PROCEDIMENTOS Minerais Tóxicos: Mineral Símbolo Alumínio Al Cádmio Cd Chumbo Pb Arsênico As Bário Ba Prata Ag Berílio Be Níquel Ní PPM= Partes por Milhão. Limite Biológico Máximo em PPM 17,000 0,752 5,000 1,130 4,430 1,300 0,125 1,300 Interferências: uso de medicamentos ou cosméticos capilares. Contaminação durante a coleta. Indicações: orientação para avaliações orto-moleculares. Informações importantes: medicamentos e cosméticos capilares nos últimos 3 meses. _______________________________________________________________________________________ MIOGLOBINA –DOSAGEM Sinônimo mais usado: Mioglobinemia. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: até 70,0 ng/mL Interferências: hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: A mioglobina é uma hemoproteína encontrada nos músculos estriados, principalmente no miocárdio. Logo após a lise de células musculares, por infarto do miocárdio ou rabdomiólise a mioglobina é encontrada no sangue periférico, com liberação massiva e precoce, já na terceira hora de uma necrose miocárdica. Em comparação com os demais marcadores cardíacos, como a fração MB da CK ou a Troponina I, que são detectadas 5 e 4 horas após o infarto do miocárdio, respectivamente, a Mioglobina é o primeiro marcador a estar presente na circulação após o infarto do miocárdio. Os valores séricos superiores a 100 ng/mL são patognomônicos de lesão cardíaca. A mioglobina também pode ser eliminada dos politraumatismos, nas doenças infecciosas, nas distrofias e nas isquemias musculares, nas miopatias congênitas e no infarto do miocárdio. É também encontrada após esforços intensos e prolongados e em alguns quadros de intoxicações. No infarto do miocárdio a sua presença precoce no sangue permite um tratamento tromboembólico mais eficiente. As dosagens da Mioglobina também são utilizadas como Padrãoouro para o tratamento trombolítico e isquemia miocárdica e vigilância na isquemia miocárdica per-operatória. Informações importantes: tempo decorrido entre o início das dores e a coleta do material, medicação atual, principalmente se o paciente faz uso de astatinas e derivados. _______________________________________________________________________________________ MIOGLOBINA NA URINA – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa da mioglobinúria. Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente, se possível o jato médio da primeira urina da manhã. Enviar sob refrigeração. 297 GRUPO SÃO CAMILO Instruções para coleta: coletar todo o volume do jato médio da primeira urina da manhã, ou logo após exercício intenso, ou conforme a orientação médica. Refrigerar e proteger da luz imediatamente. Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração e protegido da luz. Método: precipitação seletiva de proteínas, Valores de Referência: Pesquisa negativa. Interferências: hematúria, infecção urinária, hemólise intravascular com eliminação urinária de hemoglobina livre, pacientes com alcaptonúria ou melanúria. Indicações: A mioglobina é uma hemoproteína encontrada nos músculos estriados e é liberadas das miocélulas após dano celular. Dependendo da extensão da lesão e sua intensidade, grandes quantidades de mioglobina são lançadas ao sangue periférico, podendo em algumas ocasiões provocar dano renal. As principais causas de dano renal são: uso extremo dos músculos, como nas convulsões, exercícios físicos intensos e traumas. Outras causas são: distrofias musculares, esteróides, hipertermia, imobilizações prolongadas, infecções virais, infecções virais, intoxicações por drogas, isquemias, miosites e tireotoxicose grave com perda de massa muscular. Informações importantes: quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ MONONUCLEOSE – ANTICORPOS HETERÓFILOS Sinônimo mais usado: monoteste. Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: aglutinação em lâmina. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: alguns pacientes do grupo sanguíneo A, e crianças podem não produzir anticorpos heterófilos, hiperlipemia, etc. Indicações: teste de triagem para Mononucleose (anticorpos da classe IgM). A sua sensibilidade não é muito boa, sendo positiva geralmente na quarta semana de doença, diminuindo após a fase aguda, e podendo persistir por até um ano. A sensibilidade alcança níveis máximos de 84% e a especificidade chega a 90%. Reações falsopositivos tem sido observadas em pacientes com linfomas, hepatite viral e doenças autoimunes. Pacientes com imunodeficiência não respondem bem a estes anticorpos. Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ MORFOLOGIA ESTRITA DOS ESPERMATOZÓIDES Sinônimo mais usado: Morfologia estrita de Kruger Material e conservação para envio: extensões de esperma liquefeito e recente em pelo menos 5 lâminas de microscopia. Fixa-las, imediatamente após prepara-las, com fixador de aerossol de Papanicolaou. Instruções para coleta: a coleta deve ser por auto-masturbação solitária, em sala de coleta do laboratório, após 2 a 7 dias de abstinência. As lâminas devem ser confeccionadas logo após a liquefação. Estabilidade da amostra: após fixadas, as lâminas podem ser conservada a temperatura ambiente por 10 dias. Método: coloração segundo Papanicolaou. Valores de Referência: 4 % de formas normais Interferências: artefatos de fixação Indicações: estudo dos estados de fertilidade masculina ligadas à morfologia dos espermatozoides. 298 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Informações importantes: alguns médicos solicitam que além da contagem percentual, seja feita a contagem descritiva dos tipos morfológicos mais comuns. Através da coloração de Papanicolaou e utilizando os critérios de Kruger, pode-se chegar a pelo menos 42 tipos morfológicos mais frequentes: IALTERAÇÕES DE CABEÇA: a) Alterações acrossômicas secundárias: 1) Deficiência acrossômica, 2) Ausência acrossômica; 3) Alterações acrossômicas primárias. b) Alterações estruturais da cabeça: 4) Macrocefálicos; 5) Microcefálicos; 6) Vacuolizados; 7) com invaginações; 8) Diplóide ou triploide (Ridged); 9) Duplicação Nuclear; 10) Cabeças amorfas (inclui núcleo filamentar). c) Cabeças alongadas: 11) Levemente alongadas; 12) Moderadamente alongadas; 13) Fortemente alongadas; 14) Fusiformes; 15) Gota citoplasmática; 16) Com condensações. d) Alterações da linha equatorial: 17) Com invaginações; 18) Com vacuolizações. e) Bicefálicos: 19) Cabeças duplas; 20) Cabeças duplas e um flagelo; 21) Cabeças duplas sem flagelo; 22) Acefálicos; 23) Globoformes; 24) Cabeças com separação parcial; 25) cabeças amorfas. II - ALTERAÇÕES DE PEÇA INTERMEDIÁRIA: 26) Gota citoplasmática; 27) Pseudo-gota citoplasmática; 28) Espirilada; 29) Aplasia total ou parcial; 30) Afilada; 31) Implantação excêntrica; 32) Com angulação; 33) Com vacuolizações. III - ALTERAÇÕES DE FLAGELOS: 34) Bicaudais; 35) Flagelos curtos; 36) Flagelos enrolados (DAG); 37) Espermatozóides sem flagelos. IV - ESPERMATOZÓIDES PLEOMÓRFICOS OU AMORFOS: 38) Amorfos e/ou bizarros; 39) Com defeitos de cabeça e peça intermediária; 40) Com defeitos de cabeça e cauda; 41) Com defeitos de peça intermediária e cauda; 42) Com defeitos nos três sítios; 43) Outras alterações a serem descritas. Índice de teratozoospermia seg. Johannet: nº de defeitos = Nº de espermatozoides com defeitos Índice de deformidades dos espermatozoides(SDI) = nº de defeitos = Nº de espermatozoides com contados Valores de Referência dos índices: Índice de teratozoospermia : 1 a 3 Índice de deformidades : até 1,6 _______________________________________________________________________________________ MRSA – QUALITATIVO OU QUANTITATIVO - (Staphylococcus aureus –resistente à Meticilina) PCR em Tempo Real. Sinônimo mais usado: MRSA-PCR Material e conservação para envio: secreções: orofaringe, vestíbulo nasal, vagina ou lesões epidérmicas: cada material suspeito é coletado em swab com meio de Stuart. Enviar a temperatura ambiente. Meios de cultura já com bactérias isoladas (principalmente para isolamentos provenientes de urina). Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: até 3 dias a temperatura ambiente. Método: PCR em tempo real. Valores de Referência: ausência de cepas MRSA. Interferências: uso de antibióticos 299 GRUPO SÃO CAMILO Indicações: pesquisa e/ou quantificação de cepas de Staphylococcus aures resistentes à meticilina em materiais clínicos, incluindo pesquisa de colonização cutâneo-mucosa para pesquisa de portadores. Informações importantes: local exato da coleta, uso de antibioticoterapia, uso de produtos anti-sépticos tópicos. _______________________________________________________________________________________ MUCOPOLISSACARIDOSE – PESQUISA Sinônimo mais usado: pesquisa de mucopolissacarídeos. Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã, o jato médio da primeira urina da manhã. Crianças pequenas podem utilizar coletores infantis. Nestes casos a urina pode ser coletada a qualquer hora do dia. Refrigerar imediatamente após a coleta. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: segundo Steines Valores de referência: pesquisa negativa. Interferências: proteinúria intensa, cristalúria intensa. Indicações: as mucopolissacaridoses são anomalias da degradação dos mucopolissacarídeos, secundárias a deficiências enzimáticas, autossômicas e recessivas. a) Mucopolissacaridose tipo I (Doença de Hurler): deficiência da alfa-L iduronidase. b) Mucopolissacaridose tipo II (Doença de Hunter): deficiência da 1-iduronato sulfatase. c) Mucopolissacaridose tipo III (Doença de Sanfilippo): deficiência de heparan-N-sulfatase (tipor IIIa), deficiência de N-acetil-alfa-D-glucosaminidase (tipo IIIb) e deficiência de alfaglucosaminidase (tipo IIIc). d) Mucopolissacaridose tipo IV (Doença de Morquio): deficiência de condroitina sulfato-N-acetil-hexosaminasulfatase. e) Mucopolissacaridose tipo V (Doença de Ulrich e Scheie): deficiência de alfa-1-irudonidase. f) Mucopolissacaridose do tipo VI (Nanismo polidistrófico): deficiência de N-acetil-galactosamina-4-sulfato sulfatase. g) Mucolipidose tipo I (Sialidose): deficiência de alfaneuraminidase h) Mucopolidose tipo II e III: deficiência de hidrolase ácida. i) Mucolipidose do tipo IV: deficiências de neuraminidase e betagalactosidase. j) Doença de Maroteaux-Lamy: deficiência de arilsulfatase B k) Manosidose: deficiência de alfamanosidase. l) Fucosidose: deficiência de alfafucosidase. m) Aspartilglucosaminúria: deficiência de aspartilglucosamina-amido-hidrolase. n) Doença de Wolman: deficiência de lípase ácida. o) Ceróide lipofuscinoses. p) Síndrome do histiócito azul. Em todas essas anomalias há aumento de mucopolissacarídeos ou glicosaminoglicanas. Informações importantes: quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ Mycobacterium tuberculosis – EIE – ANTICORPOS TOTAIS Sinônimo mais usado: Sorologia para Tuberculose Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. 300 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunocromatográfico com anticorpos monoclonais e biotina. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: hiperlipemia, soro hemolisado e soros que sofreram descongelamento por mais de uma vez. Indicações: A presença de anticorpos por esta metodologia significa doença em fase ativa. Soros de indivíduos vacinados geralmente resultam negativos por este método. O teste detecta principalmente imunoglobulinas específicas das classes IgA e IgG, mas IgM em níveis elevados também produzem reações positivas. Este teste tem um cut-off ajustado para 350 unidades de anticorpos séricos, baseados em estudos de K.Toman, de 1981, para se obter melhores sensibilidade e especificidade, quanto a valores preditivos positivos e negativos consernentes à fase ativa ou não da doença. O teste imunocromatográfico apresenta melhores resultados que os métodos em ELISA, pois sua positividade cumulativa é sempre superior aos do teste enzimatico, produzindo um menor número de testes falsopositivos ou falso-negativos. Comparação de preditividade, sensibilidade e especificidade, positividade e negatividade entre pacientes com tuberculose ativa, outras micobacterioses não-tuberculosas ativas, pacientes de alta para tuberculose e outras doenças infecto-contagiosas: Estado clínico Resultados dos testes Imunocromatográficos Tuberculose pulmonar ativa Micobacterioses nãotuberculosas ativas Tuberculoses curadas Outras doenças respiratórias Outras doenças infecciosas Pessoas sãs Número de casos 130 24 15 79 60 83 Casos Casos % de Positivos Negativos positividade 113 17 87 20 4 83 4 4 2 7 11 75 58 76 27 5 3 8 SegundoC.Cocito e F. Valliden, 1986 e J.M. Grange, 1984. Assim temos 87% de sensibilidade para pacientes com tuberculose pulmonar ativa e 83% de sensibilidade para pacientes com outras micobacterias ativas. A especificidade alcançada é de 92,8%, com uma correlação de 90%. Estes dados mostram a superioridade deste teste em relação aos métodos de ELISA e também frente ao PPD, sendo as correlações de ambos inferiores a 70%. As vantagens deste teste em relação ao PPD e a pesquisa de BAAR no escarro (BAAR-E) podem ser vistas no quadro abaixo: Teste imunocromatográfico Resultado no mesmo dia Amostra sérica Baixa positividade em indivíduos vacinados PPD Resultado em 72 horas Reação intradérmica , resultado pode variar com local aplicado Pessoa vacinadas ou curadas podem ter nódulos positivos Bacterioscopia para BAAR no escarro Mínimo de 3 amostras em dias alternados, dependendo da facilidade de coleta (*) Amostras precisam ser significativas, sem saliva Baixa sensibilidade .Crianças costumam não ser bacilíferas (*) crianças geralmente não são bacilíferas. Informações importantes: idade correta dos pacientes, medicação atual, suspeita diagnóstica. _______________________________________________________________________________________ 301 GRUPO SÃO CAMILO MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS, PCR QUAL. – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Tuberculose, Pesquisa do DNA bacteriano Micobacterium tuberculosis, Detecção do DNA Micobactérias PCR, PCR para BK. Material e conservação para envio: Escarro: 3,0 mL; Lavado bronco alveolar: 3,0 mL; 1ª urina da manhã: 30,0 mL; Líquor: 1,0 mL; Demais líquidos corporais e fluídos corporais: 1,0 mL. Fragmentos de biópsia (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Biópsia (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado. Demais materiais: até 4 dias refrigerado entre 2 e 8 ºC em frasco estéril. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: A tuberculose permanece como um dos maiores problemas de saúde pública em todo mundo. O diagnóstico rápido é essencial para início do tratamento apropriado e controle dos contatos. Detecta diretamente o DNA da micobactéria nas amostras clínicas. Trata-se de técnica específica, sensível e rápida, permitindo o diagnóstico e tratamento precoce, auxiliando no controle de disseminação da doença. Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores. _______________________________________________________________________________________ Mycoplasma genitalium – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Pesquisa de Mycoplasma genitalium por PCR Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã ou raspado uretral (Homem), raspado endocervical (Mulher). Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR qualitativo. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: sangue na amostra. Indicações: diagnóstico laboratorial de infecções por micoplasmas. Informações importantes: medicação atual, tópica ou sistêmica. _______________________________________________________________________________________ Mycoplasma hominis – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Pesquisa de Mycoplasma hominis por PCR Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã ou raspado uretral (Homem), raspado endocervical (Mulher). Enviar sob refrigeração. Os materiais clínicos aqui descritos podem ser coletados conforme o MANUAL DE COLETA DE MATERIAIS CLÍNICOS ESPECIAIS, sendo, para PCR, colocados em frascos especiais fornecidos pelo Laboratório São Camilo: a) Escarro – vide página 20 do Manual. b) Raspado uretral: página 29 c) Secreção vaginal e uretral femininas- página 40 302 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS d) Urina – primeiro jato- centrifugar e passar o sedimento para um frasco tipo Eppendorf com tampão para PCR. e) Secreção prostática (obtida por massagem) proceder igual a urina. f) Secreção ocular (conjuntival): página 31. Para todos os materiais clínicos o procedimento é muito semelhante, pois uma vez obtido, o material clínico deve ser colocado em frasco tipo Eppendort com tampão apropriado, fornecido pelo Laboratório. Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR qualitativo. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: sangue na amostra. Indicações: pesquisa de infecções por Mycoplasma hominis. Informações importantes: medicação atual, uso de medicamentos tópicos nos locais de coleta. _______________________________________________________________________________________ Mycoplasma pneumoniae – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Pesquisa de infecções por Mycoplasma pneumoniae Material e conservação para envio: lavagem broncoalveolar, expectorações, líquido pleural, raspagem rinofaríngea, LCR , Líquido alveolar. São coletas médicas que devem ser colocadas em frascos estéreis fornecidos pelo Laboratório São Camilo. Enviar refrigerado. Instruções para coleta: mínimo de 1 mL de material clínico em frasco próprio, mantido sob refrigeração. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR em Tempo Real. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: presença de sangue no material. Indicações: diagnóstico laboratorial de infecções por Mycoplasma pneumoniae. O M.pneumoniae é responsável por várias infecções do trato respiratório, que podem evoluir de maneira endêmica, com picos de ocorrências no outono e no inverno. Atualmente o M.pneumoniae também é tido como uma das causas da produção de ateromas produzindo e complicando doenças cardio-vasculares. Geralmente as infecções ocorrem em crianças e adultos jovens, mas os quadros graves acontecem em pacientes idosos ou imunocomprometidos. A suspeita de infecção por este micoplasma ocorre diante dos seguintes quadros: a) infecções do trato respiratório inferior, (pneumonia atípica primária, geralmente benigna, ou formas graves como pleuropneumonia aguda, broncopneumopatias crônicas, etc) b) Infecções do trato respiratório superior: rinites, sinusites, otites e faringites. c) Infecções extra-respiratórias: anemias hemolíticas, artralgias, endocardites, eritema, meningites, meningoencefalites e mialgias, etc. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Mycoplasma pneumoniae – SOROLOGIA – IgG e/ou IgM Sinônimo mais usado: Sorologia para Mycoplasma pneumoniae IgG e/ou IgM. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. 303 GRUPO SÃO CAMILO Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA. Valores de Referência: Positivo : > 1,10 Negativo : < 0,90 Indeterminado: 0,90 a 1,10 Interferências: hiperlipemia, hemólise ou hiperbilirrubinemia. Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos específicos contra Mycoplasma pneumoniae. Todas as indicações clínicas para este teste podem ser vistas no item Mycoplasma pneumoniae – PCR QUALITATIVO. Os anticorpos da classe IgM geralmente aparecem na primo infecção 7 dias após o início do quadro clínico e pode persistir por meses. Anticorpos da classe IgG aparecem geralmente na segunda semana, e podem permanecer a vida toda. Os seus valores máximos geralmente ocorrem na terceira semana. Podem ocorrer reações cruzadas com resíduos glicoprotéicos de estreptococos, tecidos humanos (principalmente em doenças autoimunes) e tecidos vegetais. Valores falsamente positivos podem ocorrer na vigência de pancreatites agudas ou crônicas. OBS: As aglutininas frias aparecem em 50% das pneumonias atípicas por Mycoplasma pneumoniae, e pode ser um dado de presunção diagnóstica bastante auxiliar, quando os anticorpos ainda não se encontram presentes. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ Neisseria gonorrhoeae – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: PCR para Neisseria gonorrhoeae. Material e conservação para envio: Raspado cervical, vaginal e vulvar, 1ª jato da manhã, secreção uretral, secreção endocervical, secreção vaginal, secreção conjuntival, esperma. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR qualitativo. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: uso de pomadas, cremes, colírios, antibióticos tópicos ou sistêmicos. Indicações: diagnóstico das infecções gonocóccicas com baixo índice bacteriano. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ NÍQUEL URINÁRIO (Toxicologia Ocupacional) Sinônimo mais usado: níquelúria Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina no último dia da semana de trabalho antes do início da jornada em sanitário afastado do local de trabalho, ou sob orientação médica, em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Refrigerar imediatamente. Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração. Método: espectrofotometria de absorção atômica. 304 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: até 8,0 mcg/L (NR-7 redação de 1978 até 23 mcg/L) IBMP: 60,0 mcg/L Interferências: coleta no ambiente de trabalho. Indicação: controle do ambiente laboral em relação ao níquel nas indústrias metalúrgicas. O níquel tem predominância de depósitos na pele, rins, ossos, pâncreas, cérebro, genitais e pulmão. O níquel é um oligoelemento de grande importância no metabolismo de enzimas, no metabolismo hormonal. As principais alterações patológicas são: a) intoxicações em ambientes industriais: distúrbios respiratórios como dispnéia, asma e edema pulmonar. b) Distúrbios neurológicos e distúrbios cutâneos. Informações importantes: local de trabalho, tempo de trabalho no mesmo setor. _______________________________________________________________________________________ NÍQUEL SÉRICO (Toxicologia Ocupacional) Sinônimo mais usado: Dosagem de Níquel sérico. Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: não há horário preferencial para coleta e não há necessidade de jejum. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofometria de absorção atômica. Valores de Referência: 0,14 a 1,00 mcg/L Para expostos : 3,00 a 11,00 mcg/L Interferências: hemólise, hiperlipemia. Indicações: vide Níquel na urina. Informações importantes: vide Níquel na urina. _______________________________________________________________________________________ N – METILFORMAMIDA NA URINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: n-Forma Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar amostra de urina em sanitário afastado do local de trabalho ao final da jornada de trabalho, após no mínimo dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: cromatografia líquido-gasosa. Valores de Referência: IBMP: 40,0 mg/g de creatinina. Interferências: volume insuficiente, local de coleta do material clínico. Indicações: controle laboral de colaboradores que são expostos à dimetilformamida (DMF), utilizado na fabricação de acrílicos, tintas, resinas, indústria farmacêutica, poliuretanos e outros polímeros plásticos. Informações importantes: local e tempo de trabalho sem interrupções . _______________________________________________________________________________________ NUCLEOSSOMO – ANTICORPOS ANTISinônimo mais usado: Anti-Nucleossomo Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. 305 GRUPO SÃO CAMILO Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: até 2,9 U/mL Interferências: hemólise e lipemia Indicações: Marcador de LE com aparecimento precoce e correlacionando níveis dos anticorpos com a gravidade dos quadros clínicos. Tem maior positividade quando há comprometimento nefrítico. Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ OPIÁCEOS – PESQUISA ( ver Drogas de Abuso- pesquisa) _______________________________________________________________________________________ OSMOLALIDADE SÉRICA OU URINÁRIA Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração ou 20 mL de urina recente. Instruções para coleta: Coletar o sangue pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. A urina pode ser o jato médio da primeira urina da manhã. Refrigerar imediatamente. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: osmolarímetro Valores de Referência: soro: 300 a 900 mOsm/L Urina: 285 a 310 mOsm/L Interferências : bebidas alcoólicas, uso de manitol, diuréticos. Indicações: a osmolaridade representa a quantidade de partículas osmoticamente ativas por quilograma de água. As principais partículas osmoticamente ativas são: sódio, potássio, glicose e uréia. Estados hiper ou hiposmolares, diabetes insipidus, nefropatias medulares. Informações importantes: medicação atual, estado clínico. _______________________________________________________________________________________ OSTEOCALCINA Sinônimo mais usado: Bone GLA-Protein Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração . Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: eletroquimioluminescência. Valores de Referência: Mulheres saudáveis Pré-menopausa superior a 20 anos . . . : 11 a 48 ng/mL Pós menopausa . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 15 a 51 ng/mL Doentes com osteoporose . . . . . . . . . . : 13 a 53 ng/mL Homens saudáveis Inferior a 30 anos. . . . . . . . . . . . . . . . . : 24 a 70 ng/mL 30 – 50 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 11 a 48 ng/mL Superior a 50 anos . . . . . . . . . . . . . . . : 14 a 56 ng/mL 306 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Interferências: ingestão alcoólica, esteróides e glicoesteróides (diminuição), esteróides anabolizantes (elevação). Há uma série de fatores fisiológicos que alteram os níveis de Osteocalcina: altura (diminuição em crianças pequenas), amamentação (elevações de até 50%), gestação (diminuição no segundo semestre de até 50% dos níveis em relação aos basais), Idade (na infância, os valores chegam a 2 a 4 vezes os valores de adultos), Menopausa: elevações de até 50%, Obesidade (aumentos de 20 a 50%), Sexo: valores de até 30% maiores nos homens. Indicações: diagnóstico laboratorial das formas assintomáticas de hiperparatireoidismo primário, podendo ter o PTH e AMP cíclico normais. Diagnóstico e controle laboratoriais da osteodistrofia renal, associado à dosagem do PTH. Auxiliar a classificação dos casos de osteosporose em função do tipo histológico. Controle após corticoterapia prolongada. Os níveis de osteocalcina refletem o “turn-over” ósseo. Pode haver elevações dos níveis de osteocalcina em: Doença de Paget, Fratura óssea, Hemodiálise, Hiperparatireoidismo primário ou no Hiperparatereoidismo Secundário de origem renal, Hipertireoidismo, Metástases ósseas, Osteroartropatias, Osterodistrofias de origem renal, Osteomalácia e Osteosporose. Níveis baixos são encontrados em: Hipoparatireoidismo, Hipotireoidismo, Mieloma, Osteosporose com baixo nível de remanejamento ósseo, Osteosporose após corticoterapia de longa duração), e algumas patologias hepáticas. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico, doenças associadas. _______________________________________________________________________________________ OXALATOS (ver Ácido Oxálico) _______________________________________________________________________________________ OXAZEPAN Sinônimo mais usado: metabólito de benzodiazepínico. Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dosagem ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração. Método: HPLC Valores de Referência: 200 a 1400 ng/mL Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise. Indicações: é metabólito de vários tipos de benzodiazepínicos. Sua dosagem é indicada para controle terapêutico, seus níveis e valores de toxicidade. Informações importantes: medicamento em uso, dosagem e horários das doses. _______________________________________________________________________________________ OXCARBAZEPINA Sinônimo mais usado: Hidroxicarbazepina Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração. Método: HPLC Valores de Referência: 15 a 35 mcg/mL (Faixa Terapêutica). Interferências: hiperbilirrubinemia, hemólise ou hiperlipemia. Indicações: Controle terapêutico e dos níveis tóxicos ou hipocontrole. Medicamentos: Trileptal ou Auran. Os seus níveis são reduzidos quando associados a carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, verapamil e ácido valpróico. A oxcarbazepina aumenta os níveis de fenitoína e fenobarbital, e pode diminuir os níveis da lamotrigina e de anconcepcionais orais. Informações importantes: medicação, doses e seus horários. 307 GRUPO SÃO CAMILO PAINEL DE TROMBOFILIA (ver isoladamente, Fator V de Leiden, Mutação G20210A do gene da Protrombina e Mutação do gene da Metilenotetrahidrofolato Redutase) _______________________________________________________________________________________ PAINEL GINECOLÓGICO AMPLIADO (DST's) – HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma urealyticum; Trichomonas vaginalis Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Raspado/swab de lesões ou raspado de região considerada suspeita: colo uterino, vagina, vulva, região perineal, perianal, anal, cavidade oral, biópsia de lesões suspeita. O material deve ser coletado em kit para HPV fornecido pelo Laboratório e enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: Vide em HPV. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR + RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo. Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma urealyticum; Trichomonas vaginalis. Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos. Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma urealyticum; Trichomonas vaginalis. Informações importantes: _______________________________________________________________________________________ PAINEL GINECOLÓGICO BÁSICO (DST's) – HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Raspado/swab de lesões ou raspado de região considerada suspeita: colo uterino, vagina, vulva, região perineal, perianal, anal, cavidade oral, biópsia de lesões suspeita. O material deve ser coletado em kit para HPV fornecido pelo Laboratório e enviado sob refrigeração. Instruções para coleta: Vide em HPV. Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração. Método: PCR+RFLP; PCR em tempo real e PCR qualitativo. Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos. Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Informações importantes: _______________________________________________________________________________________ PARA-AMINOFENOL – URINA (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: pelo menos 50 mL de urina de uma amostra de urina ao final da fornada de trabalho, após um mínimo de dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica. Instruções para coleta: utilizar frasco novo, de plástico e seguir instruções do item anterior. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: cromatografia líquido-gasosa. 308 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: IBMP: 50 mg/g de creatinina Interferências: contaminações durante a coleta. Indicações: serve como indicador da exposição ambiental da anilina. Seu aparecimento acontece após 24 horas após a exposição durante a fabricação de borrachas, medicamentos e tintas. O para-aminofenol aparece na urina primeiro que a metahemoglobina no sangue. Informações importantes: tempo de trabalho, local de trabalho e contactos com produtos industriais. _______________________________________________________________________________________ PAPILOMAVÍRUS (ver HPV) _______________________________________________________________________________________ PARACOCCIDIOIDES – (ver Blastomicose) _______________________________________________________________________________________ PARATORMÔNIO – MOLÉCULA INTACTA (PTH ) Sinônimo mais usado – PTH Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelamento.. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Valores de adultos: Até 60 anos: 14 a 72 pg/mL Terceira idade 14 a 89 pg/mL Valores pediátricos: Neonatos 1 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 19 anos 0 a 10 pg/mL 0 a 50 pg/mL 9 a 52 pg/mL 10 a 65 pg/mL Conversão: pg/mL x 0,1053 = pmol/L Interferências: hiperbilirrubinemia, hiperlipemia e hemólise. Indicações: as glândulas paratireóides produzem e liberam o PTH que tem um papel principal da manutenção da homeostase do fósforo e cálcio, agindo sobre o esqueleto, intestino e rim. A secreção do PTH é estimulada pela calcitonina, as catecolaminas, o magnésio e o próprio cálcio. Seus níveis são diminuídos pela ação da Vitamina D. Age sobre os ossos estimulando a reabsorção óssea em conjunção com a vitamina D, estimulando os osteoclastos e inibindo os osteoblastos. Estimula a absorção do cálcio pelos intestinos. No rim a sua ação estimula a reabsorção tubular de cálcio, aumentando a fosfatúria, inibindo a hidroxilação da 25hidroxi-vitamina D3. Inibe a reabsorção tubular do bicarbonato e a excreção dos íons Hidrogênio. Variações patológicas: a) Hiperparatireoidismo Primário: Aumento do PTH, do cálcio sérico e calciúria. Diminuição da fosfatemia e aumento da fosfatúria, com diminuição do Índice de Reabsorção do Fósforo. Quando há insuficiência renal associada, a calcemia e a calciúria podem, dependendo do tempo e gravidade da insuficiência, se apresentarem normais. 309 GRUPO SÃO CAMILO b) Hiperparatireoidismo Secundário: Nas doenças renais em geral que cursam com insuficiência: tendência à hipocalcemia, hiper-fosfatemia. Quadros clínicos associados: IRC, diálise peritonial, acidose tubular, Síndrome de Fanconi, tubulopatias congênitas e diabetes. c) Hipoparatireoidismo primário: com diminuição do PTH: cirurgias das Paratireóides ou intervenções tireoidianas, Neonatal e transitória (com mães hipercalcêmicas) . Posteriormente o quadro cursa com hipocalcemia, hipocalciúria, hiperfosfatemia e hipofosfatúria, com aumento dos índices de reabsorção de fósforo. d) No Pseudo-hipoparatireoidismo: o PTH está elevado, devido a uma falta de receptividade periférica ao PTH. Anomalias morfológicas e/ou psicológicas podem ser encontradas. e) Hipercalcemias malignas: o PTH está diminuído ou dentro dos valores de referência, mas com os níveis normais mais baixos. OBS.: há uma série de testes dinâmicos que podem ser realizados, que devem ser prescritos pelo(a) médico(a)-assistente para cada caso específico. Alguns testes, devido aos riscos que podem provocar só podem ser feitos em hospital com a assistência do médico-assistente. Informações importantes: medicação atual (principalmente vitamina D, calcitonina, fosfatos, etc.), tipo de dieta (principalmente em relação a ingestão de leite e derivados). _______________________________________________________________________________________ PARVOVÍRUS B 19 – SOROLOGIA IgG ou IgM Sinônimo mais usado: Sorologia para Parvovirose Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar sangue pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: imunoensaio enzimático tipo ELISA. Valores de Referência: Negativo/ Não Reagente Índice inferior a 0,90 Indeterminado/Borderline Índice entre 0,90 e 1,10 Positivo/ Reagente Índice superior a 1,10 Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia, Hiperlipemia. Indicações: diagnóstico sorológico das infecções pelo Parvovírus B 19. É um vírus de uma só hélice de DNA, incompleto, sem envelope, com um grande tropismo por células eritroblásticas, podendo provocar doença eruptiva denominada megaleritema epidêmico, infecções fetais com possíveis abortamentos, infecções crônicas em pacientes imunodeprimidos, crises eritro-blastopênicas em pacientes das doenças de Minkowski-Chauffard, pacientes talassêmicos e com anemia falciforme, etc. Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ PARVOVÍRUS B 19 – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: PCR para Parvovirose 310 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 2,0 mL de plasma congelado, 1 mL de líquido amniótico. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Enviar sob refrigeração. Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), plasma (6 meses congelado), líquido ammniótico (dois dias). Método: PCR. Valores de Referência: Reação Negativa. Interferências: hemólise. Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Parvovírus B19. Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença. _______________________________________________________________________________________ PARIETAIS – ANTICORPOS ANTI-CÉLULAS (Ver Anticorpos Anti-células Parietais) _______________________________________________________________________________________ PASTEURELLA MULTOCIDA, PCR QUALITA. – BIOMOL SC NOVO Sinônimo mais usado: Pasteurelose. Material e conservação para envio: Escarro, 2,0 mL de lavado bronco-alveolar, 5,0 mL de urina do 1° jato da manhã, líquido pleural, secreção orofaringe, 1,0 mL de líquor, líquido ascítico, líquido sinovial, outros fluidos corporais, fragmentos de biópsia. Enviar sob refrigeração. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). Indicações: Pasteurella multocida é uma bactéria cocobacilar gram negativa que pode causar infecções zoonóticas em humanos, as quais são tipicamente resultantes de mordidas ou arranhões de animais domésticos. P. multocida secreta uma endotoxina que altera as propriedades do surfactante pulmonar, alterando assim a mecânica pulmonar e as trocas gasosas, ocasionando assim rinite, conjuntivite, pneumonia, abcessos, infecções no trato genital e septicemia. A bactéria pode ser transmitida via aerosol ou por contato direto ou por fômites. Informações importantes: Indicar medicamentos utilizados pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ PCR ULTRASSENSÍVEL Sinônimo mais usado : PCR-US Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. 311 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: Risco cardiovascular: Risco Alto : > 3,0 mg/dL Risco Médio : 1,0 a 3,0 mg/dL Risco Baixo : < 1,0 mg/dL Para doenças inflamatórias na fase aguda : > 11,0 mg/dL. OBS.: A interpretação dos valores para risco cardiovascular só tem valor preditivo na ausência de quadros inflamatórios sistêmicos. Interferências : hiperlipemia, hemólise, hiperbilirrubinemia e presença de anticorpos Heterófilos. Quadros inflamatórios sistêmicos. Os médicos devem levar em conta algumas limitações do exame: a) os aumentos do PCR podem não ser específicos e só podem ser interpretados com a história clínica completa, b) a dosagem do PCR-US não elimina a necessidade dos exames para risco cardíaco, c) não é um indicador para síndrome coronariana aguda, d) valores persistentemente acima de 11,0 mg/dL devem ser investigados para outras etiologias não cardiovasculares isoladamente, e) Não deve ser usado isoladamente como monitoração de efeitos de tratamento. Indicações: A PCR é uma proteína do grupo das beta-globulinas, considerada de fase aguda e 118 kD. É na realidade um pentâmero de sub-unidades cíclicas idênticas e pertence à família das pentaxinas. Os seus níveis séricos podem se elevar de forma não específica para doenças inflamatórias infecciosas e à colagenoses, como AR, doenças cardiovasculares. É produzida pelo fígado e seus níveis séricos em quadros normais são muito baixos ou não é detectada. O seu papel parece estar ligado ao reconhecimento e eliminação de patógenos , auxiliando assim a imunidade celular e humoral, através de atividade de opsonização. Os níveis de PCR se elevam um ou dois dias após quadro inflamatório agudo, chegando a quase que mil vezes os níveis basais. A tendência é a sua queda com o passar da fase aguda da inflamação. É bem conhecida que há estreita relação entre inflamação e arteriosclerose, que leva a doenças cardiovalculares. Assim, a PCR-US é um marcador de arteriosclerose. Os seus níveis alterados tem valor prognóstico em pacientes com síndrome coronariana aguda e é também um indicador independente dos eventos futuros das coronárias de pacientes sem quadros clínicos sugestivos. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ PENTACLOROFENOL (Toxicologia ocupacional) Sinônimo mais usado: Penta-CL Material e conservação para envio: 100 mL de urina pré-jornada, sob refrigeração. Instruções para coleta: em frasco plástico fornecido pelo laboratório, coletar urina pré-jornada de trabalho, no último dia da semana de trabalho, ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: Cromatografia líquida. Valores de Referência: IBMP : 2,0 mg/g de creatinina. Interferências: contaminações durante a coleta do material Indicações: controle de colaboradores contactantes. Conhecido como“pó da China”, é utilizado na conservação de móveis, utilizado como anti-séptico, fungicida ou herbicida. Informações importantes: local de trabalho e tempo de trabalho em setor com contacto. _______________________________________________________________________________________ 312 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS PEPTÍDEO C Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: 0,9 a 7,1 ng/mL Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Indicações: durante a produção da insulina, nas células beta do pâncreas, a pró-insulina sofre uma clivagem liberando a insulina e o Peptídeo C como molécula de conexão, em uma proporção equimolar. Devido ao metabolismo dos dois produtos e diferenças na depuração da insulina, a concentração do Peptídeo C no sangue periférico é sempre maior que o da insulina. O Peptídeo C de forma bem diversa que a Insulina, é um peptídeo inerte. Dessa forma a concentração do Peptídeo C indica a atividade do pâncreas na produção de insulina, mesmo na presença de anticorpos anti-insulina. No início do quadro de diabetes tipo II ou no diabetes juvenil, os níveis de insulina ou peptídeo C são muito baixos. Níveis em elevação do Peptídeo C, após tratamento de quadros de hiperglicemia severa e/ou cetoacidose, demonstram a recuperação das células beta, mesmo que parcialmente. A piora do quadro de produção é refletida na diminuição dos níveis do Peptídeo C. Níveis de insulina alta e Peptídeo C baixa, em pacientes insulinodependentes indica hiperinsulinismo iatrogênico. Informações importantes: quadro clínico, medicação utilizada, principalmente insulina ou hipoglicemiantes orais. _______________________________________________________________________________________ PH FECAL Sinônimo mais usado: pH das fezes Material e conservação para envio: 2 a 5 gramas de fezes recentes sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar as fezes pela manhã, guardando imediatamente em frasco plástico limpo e estéril sob refrigeração. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Em tampão tipo PBS neutro, pode-se conservar por até 48 horas sob refrigeração. Método: Potenciométrico. Valores de Referência: Lactentes com aleitamento materno exclusivo : 5,0 a 6,0 Lactentes recebendo leite de vaca : 7,2 a 9,0 Lactentes recebendo leite de cabra : 7,0 a 8,5 Lactentes recebendo leite de soja : 6,5 a 7,5 Crianças até 4 anos : 5,6 a 7,5 Crianças > 4 anos (valores de adultos) : 6,5 a 7,5 Interferências: uso de medicação obstipante, antiácidos, medicação que aumente o trânsito intestinal. Uso de antibióticos por via oral pode reduzir a flora intestinal e não ocorrer a fermentação dos carbohidratos, não acidificando o pH. Indicações: geralmente indicado nos casos de diarréias crônicas, principalmente em crianças. Ajuda a diferenciar casos de afecções putrefativas e fermentativas. Valores de pH abaixo de 5,5 sugere intolerância a carbohidratos, devido à fermentação bacteriana, total ou parcial. A flora sacarolítica age sobre os carboidratos não absorvidos, principalmente nos cólons. A análise do pH geralmente é realizada em paralelo com a pesquisa de substâncias redutoras. 313 GRUPO SÃO CAMILO Informações importantes: tipo de dieta, medicação atual e ritmo de evacuações. _______________________________________________________________________________________ PIRINOLINA-D Sinônimo mais usado: Piridinolina Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina ao acaso, de 24 horas, 12 ou outro período por determinação médica. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: A urina deve ser acidificada com HCl 50%, 20 mL por litro de urina para adultos ou 10 mL por litro de urina para crianças. Estocar em refrigeração. Como a liberação pela urina não é constante, sendo maior durante a noite do que durante o dia, a maioria dos pesquisadores recomendam a coleta de 24 horas. Os pacientes devem ser avisados do conteúdo de HCl nos frascos de coleta. Não devem encostar os genitais no frasco e mater fora do alcance de crianças. Evitar dieta hiperprotéica três dias antes da coleta. Estabilidade da amostra: Estando acidificada a urina pode ficar sob refrigeração por 20 dias. Método: HPLC Valores de Referência: Faixa etária Em nmol/mmol de creatinina 2 a 10 anos 160 a 440 11 a 14 anos 105 a 400 15 a 17 anos 42 a 200 A 20 a 61 22 a 89 Interferências: sangue menstrual, contaminação com fezes e secreções genito-urinárias durante as coletas. Indicações : a atividade dos osteoclastos, que realizam a reabsorção óssea pode ser observada pela eliminação urinária da deoxipiridinolina, que em conjunto com a piridinolina constituem-se nas ligações da estrutura do colágeno, do tipo I, sendo a primeira 3 vezes mais concentrada que a piridinolina. Como a deoxipiridinolina é mais sensível que a piridinolina e não sofre influência da dieta, este exame é mais solicitado. São indicados para estudo da resposta terapêutica para doenças ósseas, permitindo uma avaliação mais rápida que a densitometria óssea, para patologias como Doença de Paget, osteosporose simples, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo. O hipotireoidismo pode diminuir os níveis na urina. Informações importantes: medicação atual, dados da densitometria óssea, etc. _______________________________________________________________________________________ PLAQUETAS (Inclui morfologia) Sinônimo mais usado: Contagem de plaquetas. Material e conservação para envio: 1 mL de sangue total em EDTA, Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: Contador automático de hematologia, contagem segundo Fônio e câmara de Neubauer (principalmente para coletas feitas com outros anticoagulantes em casos de autoaglutinação das plaquetas com EDTA). Valores de Referência: 150 a 450 mil por mm³ 314 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS OBS.: Qualquer flag emitido pelos equipamentos e/ou valores anormais, os resultados são confirmados em câmaras em microscopia comum, de contraste de fase e contagem e morfologia em lâminas de microscopia, seg. Fônio. Interferências: formação de coágulos ou hemólise. Indicações: avaliação rotineira da contagem de plaquetas, em casos de plaquetose, plaquetomenias, alterações de morfologia , etc (Ver Plaquetograma). Informações importantes: quadro clínico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ PLAQUETOGRAMA Sinônimo mais usado: Análise morfológica das plaquetas. Material e conservação para envio: enviar 4 a 6 lâminas com esfregaços finos do sangue periférico e um tubo com 2 mL de sangue total em EDTA. Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Logo após a coleta e realização dos esfregaços, fixa-los em Metanol PA por 30ª 60 segundos, ou fixa-los no primeiro líquido do kit de coloração panótica. Não Corar. Proteger as lâminas em porta-lâminas. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: análise em microscopia óptica comum, com coloração tipo Romanovski, segundo Rosenfeld. Valores de Referência: morfologia normal, sem alterações a serem anotadas. Interferências: hemólise e aglutinações inespecíficas. Indicações: A análise que é feita no Plaquetograma, são ao todo 15 observações, a saber: a) Morfologia, b) contornos, c) Granulômero (conjunto central de grânulos), d) Hialômero (área hialina externa), e) diâmetro plaquetário (3,6 ± 0,7 mm), VPM (volume plaquetário médio) (varia de 6 a 12 fentolitros), f) Anisocitose, g) Pesquisa de Plaquetas gigantes, h) Megatrombócitos, i) Microtrombócitos, j) Plaquetas bizzaras, k) plaquetas basofílicas, l) Plaquetas cinzas, m) Grânulos gigantes e n) Satelitismo. Com estes dados, pode-se classificar uma série de eventos importantes que são envolvidas as plaquetas, sua morfologia, sua produção , etc. Para exemplos: Síndrome de Chediak-Higashi, de Hegglin, de Sebastian, de Bernard-Soulier, hiperesplenismo, anemias aplásticas, mielofibrose, etc. Ver Plaquetograma no site : laboratoriosaocamilo.com.br/analises. Informações importantes: quadro clínico, hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ PLASMODIUM – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de Hematozoários. 315 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: enviar 4 a 6 esfregaços de sangue periférico e lâminas com gota espessa. Enviar a temperatura ambiente. Instruções para coleta: as coletas devem ser realizadas nos picos febris, ou nos pródromos dos picos de febre, quando o número de parasitas periféricos aumenta muito. Estabilidade da amostra: os esfregaços sem corar tem estabilidade de 7 dias a temperatura ambiente, em protetores de lâminas, protegidos do calor, umidade e luz. Se corados, a temperatura ambiente, com as mesma proteções acima, tempo de estabilidade indeterminado. É preferível enviar as lâminas sem corar. Método: observação microscópica de montagens coradas. Valores de Referência: Pesquisa Negativa Interferências: medicação específica prévia e coleta fora dos períodos de parasitemia. Indicações: dignóstico de malária e da espécie de Plasmódio presente: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax e Plasmodium malariae. Informações importantes: temperatura no momento da coleta, medicação atual e antecedentes epidemiológicos. _______________________________________________________________________________________ PNEUMOCOCOS – ANTICORPOS – IgG (Streptococcus pneumoniae) Sinônimo mais usado: Anti-Pneumococos Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação. Instruções para coleta: jejum é dispensável. Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação. Método: enzimaimunoensaio. Valores de Referência: Imunidade : acima de 1,0 (Índice) Pós-vacinal: acima de 1,0 (Índice) Interferências: Lipemia ou hemólise. Indicações: estudo da imunidade humoral de indivíduos vacinados. Informações importantes: o substrato utilizado contém polissacarídeos de 23 sorotipos específicos de Streptococcus pneumoniae: 1-5, 6B, 7F, 8,9N, 9V, 10ª,11ª, 12 F, 14, 15B, 17F, 18C, 19ª, 19F, 20, 22F, 23F e 33F. Exposição prévia pode apresentar níveis elevados sem vacinação. _______________________________________________________________________________________ Pneumocystis jirovesi – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de Pneumocystis Material e conservação para envio: escarro expectorado ou induzido, lavado broncoalveolar ou aspirado transtraqueal por coleta médica. Enviar sob refrigeração. Instruções para coleta: ver o Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Os materiais de coleta devem ser estéreis e fornecidos pelo Laboratório. Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Método: coloração de Gomori-Grocott Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: uso de medicação específica. Indicações: O Pneumocystis carinii é um fungo oportunista que se multiplica desde o orofaringe até nos alvéolos. Os quadros clínicos geralmente ocorrem em prematuros e em pacientes imunodeprimidos, adquiridos e 316 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS congênitos. Geralmente é de início abrupto e grave, com começo de tosse seca para logo se desenvolver insuficiência respiratória aguda e quadro radiológico de pneumonia intersticial difusa. Os fungos parasitas podem ser encontrados nas se-guintes formas: a) esporozoita, b) trofozoíta, c) pré-cisto e d) cisto maduro com 8 esporozoítos. Em pacientes com HIV, geralmente os quadros são mais floridos e o número de fungos é muito grande. Pacientes submetidos a quimioterapia ou pacientes transplantados apresentam sempre um número pequeno de parasitos nos materiais coletados. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ Pneumocystis jirovesi – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: PCR para Pneumocystis carinii Material e conservação para envio: escarro expectorado ou induzido, lavado bronco-alveolar e aspirado transtraqueal (coletas médicas), coletadas em frascos estéreis fornecidos pelo laboratório, contendo tampão PBS. Instrução para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração. Método: PCR em Tempo Real. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: a principal é sangue nos materiais coletados. Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Pneumocystis carinii. Informações importantes: medicação em uso e quadros de hemoptise. _______________________________________________________________________________________ PORFOBILINOGÊNIO – DOSAGEM Sinônimo mais usado: PBG Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina de 24 horas sob refrigeração, sob proteção da luz. Instruções para coleta: pela manhã, desprezar todo o volume da primeira urina da manhã, e guardar todas as micções posteriores, juntando-as em frasco fornecido pelo Laboratório, e mantendo sob refrigeração. Proteger da luz. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico. Valores de Referência: até 2,0 mg por 24 horas. Interferências: sangue na amostra, luz direta sobre o material. Indicações: diagnóstico laboratorial das profirias, principalmente da forma intermitente aguda. Informações importantes: medicação utilizada atualmente, presença de crises de porfiria. _______________________________________________________________________________________ PORFOBILINOGÊNIO – PESQUISA Sinônimo mais usado: PBG Material e conservação para envio: primeira urina da manhã, volume total, sob refrigeração. É necessário o envio de pelo menos 50 mL de urina. Instruções para coleta: vide item anterior. Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração e protegido da luz. 317 GRUPO SÃO CAMILO Método: colorimétrico. Valores de Referência: Pesquisa Negativa. Interferências: sangue na amostra e luz incidental. Indicações : triagem para certos tipos de porfirina. Informações importantes: medicação atual e histórico de crises de porfiria. _______________________________________________________________________________________ POTÁSSIO SÉRICO Sinônimo mais usado: Calemia, K Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Íon Seletivo – ISE. Valores de Referência: Valores de Adultos Homens até 65 anos Mulheres até 65 anos Homens: 65 a 75 anos Mulheres: 65 a 75 anos Homens > 75 anos Mulheres > 75 anos em mEq/L 3,5 a 5,5 3,5 a 5,5 3,9 a 5,5 3,8 a 5,5 3,7 a 4,5 3,9 a 5,2 Valores Pediátricos Prematuros: sangue do cordão Prematuros com 48 horas RN a termo: sangue do cordão RN a termo: sangue periférico Crianças até 7 anos em mEq/L 5,0 a 10,2 3,0 a 6,0 5,6 a 12,0 3,7 a 5,9 3,4 a 5,3 mEq/L = mmol/L Interferências: hemólise. Medicamentos que podem alterar os valores do potássio sérico: Elevações: amilocida, Ácido Epsilon-Aminocapróico, Agentes anti-Neoplásicos, Arginina, Cefaloridina, Adrenalina, Heparina, Isoniazida, Lítio, Manitol, Meticilina, Penicilina Potássica, Propranolol, substituos do sal caseiro, Espirolactona, Succinilcolina, Tetraciclina e Magnésio. Diminuições: Anfotericina B, Carbenecilina, Corticosteróides, Diuréticos, EDTA, Glicose EV e Salicilatos. Indicações: Diagnóstico das alterações do equilíbrio Hidro-Eletrolítico e Ácido-Básico. Seguimento de pacientes que tomam digitálicos, Insuficiência Renal, Cetoacidose diabética, Hidratação parenteral, Insuficiência Hepática, terapia com diuréticos, etc. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ POTÁSSIO URINÁRIO Sinônimo mais usado: Potassiúria, Caliúria Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL do volume total de 24 horas ou alíquota de 100 mL de urina ao acaso, principalmente a primeira da manhã para adultos ou 20 mL de urina ao acaso para crianças que 318 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS não controlam a micção e devem coletar com saco coletor, independente da hora da coleta sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, conforme já descrito anteriormente, estocando cada micção sob refrigeração em mesmo frasco, fornecido pelo Laboratório. Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Método: Íon seletivo ( ISE) Valores de Referência: Urina de 24 horas : 25 a 125 mEq/24 horas Urina ao acaso : Homens : 13 a 100 mEq/g de creatinina Mulheres : 17 a 120 mEq/g de creatinina mEq/L=mmol/L Interferências: contaminação bacteriana ou fúngica maciças. Medicações: além das já citadas no Potássio Sérico, temos: - Elevações: corticosteróides, Calcitonina, Carbenecilina, Penicilina, Estreptomicina,etc. - Diminuições: Alanina, Amilorido, Anestésicos, Adrenalina, HGH, etc. Indicações: Diagnóstico diferencial das Hipocalemias de origem renal ou extra-renal. Potássio urinário inferior a 20 mEq/dia, indica Hipocalemia de origem não renal. Valores superiores a 50 mEq/dia, indica perdas renais. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ PRIMIDONA Sinônimo mais usado: Primidona sérica Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento ou conforme orientação médica. Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 1 mês sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Níveis terapêuticos: 5,0 a 15,0 mcg/mL Interferências: Analíticas: hemólise, hiperbilirrubinemia, hiperlipemia. Medicamentosas: o uso associado a Carbamazepina pode produzir diminuição dos níveis séricos da Primidona, pela ativação de enzimas hepáticas. A queda dos níveis está relacionada às doses de Carbamazepina. Informações importantes: informar o medicamento, a dose utilizada, data e hora da última medicação e a hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ PRO-BNP – PEPTÍDEO NATRIURÉTICO CEREBRAL Sinônimo mais usado: p-BN Material e conservação para envio: 1 mL de plasma em EDTA, sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Coletar o sangue em tubo com EDTA, e separar imediatamente o plasma para um tubo plástico. Só utilizar EDTA como anticoagulante. Enviar no mesmo dia da coleta. Manter sob congelamente se houver maior espera para o envio. Estabilidade da amostra: até 20 dias sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: HOMENS MULHERES Até 50 anos : até 88 pg/mL Até 50 anos : até 153 pg/mL Maior que 50 anos : até 227 pg/mL Maior que 50 anos : até 334 pg/mL 319 GRUPO SÃO CAMILO Interferências: hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL), hemólise e lipemia. Indicações: marcador de função do músculo cardíaco, é produzido em resposta fisiológica à elevação da pressão dentro das câmaras cardíacas, o que acontece de modo mais intenso na Insuficiência Cardíaca Congestiva. Assim este marcador serve para o diagnóstico de ICC, ser acompanhamento e prognóstico. Informações importantes: quadro clínico, doenças associadas e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ PROGESTERONA Sinônimo mais usado: Progesterona sérica Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Coletas relacionadas ao ciclo menstrual devem ter orientação médica. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: Fator de conversão de unidades: ng/mL x 3,18 = nmol/L Automatizada Valores de Referência MASCULINO: Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 a 14 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 a 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Adultos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,35 a 3,00 ng/mL : até 1,30 ng/mL : 0,30 a 1,50 ng/mL : 0,80 a 3,70 ng/mL : 0,28 a 1,22 ng/mL FEMININO: Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 a 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 a 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fase folicular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fase luteínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Meio do ciclo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pós Menopausa . . . . . . . . . . . . . . . . . . Com anticoncepcionais . . . . . . . . . . . . : 0,35 a 2,20 ng/ml : até 1,00 ng/mL : 0,40 a 12,00 ng/mL : 0,70 a 14,00 ng/mL : 0,15 a 1,40 ng/mL : 3,34 a 25,56 ng/mL : 4,44 a 28,03 ng/mL : até 1,00 ng/mL : 0,34 a 0,92 ng/mL GRÁVIDAS: 1º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 9,30 a 33,20 ng/mL 2º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 29,50 a 50,00 ng/mL 3º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 83,10 a 160,00 ng/mL Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Medicamentos: Elevações: Clomifeno e Oxiprogesterona Diminuições: Ampicilina, Prostaglandina (PFG 2 Alfa), Etinilestradiol e anticoncepcionais orais. Indicações: A Progesterona é um hormônio que tem três momentos de produção, sendo dois ovarianos e um 320 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS placentário além de uma produção supra-renal: a) produzido pelo corpo amarelo no período ovulatório do ciclo menstrual, b) pelo corpo amarelo gravídico e c) pela placenta. Sua produção é dependente do LH. O LH se eleva no pico pré-ovulatório e o corpo amarelo começa a se desenvolver aumentando os valores séricos da Progesterona, cujo pico máximo de produção ocorre no sétimo dia após a ovulação. Com a senescência do corpo amarelo, por falta de fecundação, os níveis de progesterona vão caindo e vão subir novamente no pico ovulatório do novo ciclo menstrual. O seu principal papel é preparar o útero para uma gravidez e as glândulas mamárias para a lactação em associação com a Prolactina. Os valores da Progesterona podem estar baixos, principalmente nos casos de insuficiência luteínica, devido a ciclos anovulatórios, hipogonadismo secundário, devido a insuficiência de LH e FSH, e ciclos menstruais muito curtos, com valores de FSH e Estradiol baixos. Estes quadros geralmente tem etiologia na insuficiência funcional dos ovários, Hiperandrogenismo, Hiperprolactinemia e deficiência da secreção do LH. Informações importantes: data da última menstruação e medicação. _______________________________________________________________________________________ PROLACTINA Sinônimo mais usado: PRL Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, coletando o material somente após descanço de pelo menos 30 minutos. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: para percentil de 97,5% Valores de Adultos Homens > 20 anos Mulheres > 20 anos Com anticoncepcional Grávidas 1° trimestre Grávidas 2° trimestre Grávidas 3° trimestre Pós-menopausa em ng/mL 2,1 – 17,7 2,8 – 29,2 até 32,5 16,0 – 151,0 52,0 – 212,0 99,0 – 560,0 1,8 – 20,3 Valores Pediátricos em ng/mL Neonatos 1 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 19 anos Homens 45,0 – 392,0 2,7 – 49,0 2,6 – 18,0 2,7 – 18,0 Mulheres 31,0 – 328,0 3,1 – 22,0 3,2 – 27,0 3,1 – 33,0 Fator de Conversão: ng/mL x 21,2 = mUI/mL Padrão Internacional: WHO 3nd IS 84/500 Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia, hemólise. Medicamentos: Elevações: Carbidopa, Cimetidina, Ranitidina, Estrógenos, Haloperidol, Metildopa, Metoclopramida, Inibidores da MAO, Anticoncepcionais orais, Reserpina e TRH. Diminuições: Bromocriptidina e Levodopa. Indicações: A Prolactina é um hormônio polipeptídico hipofisário, que apresenta semelhança molecular com o hormônio do crescimento e o lactogênico placentário. Com controle hipotalâmico, é inibido pela Dopamina e estimulado pelo TRH (Fator de Liberação da Tireotrofina). Age iniciando e mantendo a lactação, por sua ação 321 GRUPO SÃO CAMILO sobre as glândulas mamárias. Para tanto os níveis de estradiol e progesterona devem alcançar certas taxas para que as glândulas possam receber os estímulos da prolactina. De forma diversa, os quadros de hiperprolactinemia levam a diminuição dos níveis de progesterona. Na mulher grávida, a queda brusca dos estrógenos no pós-parto permite a ação direta da Prolactina iniciando a lactação. No homem tem ação sobre a regulação do LH influenciando indiretamente a produção de Testosterona. Elevações acentuadas da Prolactina ocorrem em tumores da hipófise (Prolactinomas), que podem atingir níveis superiores a 100 ng/mL, nas galactorréias, amenorréias, impotência, infertilidade. Pode refletir a reserva hipofisária da Prolactina. Em casos de níveis muito elevados de Prolactina, sem correspondente alterações gonadais deve-se suspeitar de Big-Prolactinemia - ver o Item Big-Prolactina. _______________________________________________________________________________________ PROLACTINA – MACRO (Ver Macroprolactina) _______________________________________________________________________________________ PROLACTINA – TESTE DE ESTÍMULO COM TRH Sinônimo mais usado: estímulo de Prolactina com TRH Material e conservação para envio: 1 mL de cada tempo de coleta sob refrigeração. Instruções para coleta: com o paciente em jejum mínimo de 4 horas, e após 30 minutos de repouso, é coletada uma amostra de sangue total, sem anticoagulante, e aplicado 200 microgramos de TRH , endovenoso lento. Deixar o paciente novamente em repouso, com a veia pega. O paciente deve ser vigiado nos primeiros minutos após a aplicação. Efeitos fugazes podem ocorrer, como calor perineal, gosto amargo, náuseas, tonturas e urgências de evacuação ou micção. Coletar ainda amostras de sangue aos 15, 30, 45 e 60 minutos. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Na maioria dos casos a resposta normal ocorrem entre os 15 e 30 minutos e é de 2,5 a 10 vezes o valor basal. Interferências: hiperlipemia, hemólise e hiperbilirrubinemia. Indicações : Estudo da reserva hipofisária de prolactina e diagnóstico de prolactinomas que produzem a prolactina de forma autônoma e não apresentam resposta à aplicação do TRH, com níveis basais elevados. Informações importantes: medicação, ciclos menstruais, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNA C FUNCIONAL (COAGULAÇÃO) Sinônimo mais usado: Proteína C Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado sob congelamento. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento . Método: colorimétrico automatizado. Valores de Referência: 70 a 140%. Interferências: falhas no congelamento, hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Contaminação bacteriana com bactérias que utilizam o citrato como substrato, levando o plasma a formação de coágulos. Indicações: Avaliação de estados de hipercoagulabilidade, trombose profunda e trombose. Como a Proteína C 322 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS age após a ativação da superfície endotelial, como anticoagulante e tem ação fibrinolítica, a deficiência de Proteína C pode levar a quadros graves de trombofilia. Esta deficiência pode ser hereditária ou adquirida. As causas adquiridas mais freqüentes são: Síndrome nefrótica, uso de anticoncepcionais orais, Insuficiência Hepática, Diabetes Mellitus insulina dependente, fase aguda da angina péctoris, período pós-operário e nas crises hemolíticas e sequestração da Anemia Falciforme, em alguns casos de hipertensão arterial (principalmente Síndrome Metabólica) e Coagulação Intravascular Disseminada. Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNA DE BENCE-JONES (ver Bence-Jones – Proteínas) _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNA S FUNCIONAL (COAGULAÇÃO) Sinônimo mais usado: Proteína S Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado sob congelamento. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento. Método: coagulométrico automatizado. Valores de Referência: 55 a 140% Interferências: maior prazo de congelamento além de uma semana. Contaminação bacteriana que utiliza o citrato como substrato levando o plasma a apresentar coágulos. Indicações: a deficiência da Proteína S proporciona o aparecimento de quadros tromboembólicos. A Proteína S é um co-fator da Proteína C ativada, acionando o seu efeito anticoagulante e degradando os fatores Va (Fator V ativado) e VIIIa (Fator VIII ativado) e a estimulação do sistema fibrinolítico. Nos quadros de deficiências hereditárias homozigóticas há a ocorrências de púrpura fulminante após o nascimento. As deficiências heterozigóticas em risco elevado de fenômenos tromboembólicos, quando atinge a idade adulta. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNA S – LIVRE Sinônimo mais usado: OS-Livre Material e conservação para envio: 1 mL plasma citratado sob congelamento. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento. Método: coagulométrico automatizado. Valores de Referência: 58 a 118%. Interferências: congelamento prolongado, acima de 7 dias. Contaminação bacteriana por microrganismos que utilizam o Citrato como fonte de Carbono, podendo formar coágulos no plasma, por falta do anticoagulante. Indicações: A proteína S Livre é uma glicoproteína produzida no fígado e nas células endoteliais, Vitamina K dependente. Ela se apresenta sob forma livre (35 a 40%) e sob a forma transportada pela Proteína C ativada, inativando os fatos Va e VIIIa e inibindo a formação da Protrombina e os complexos tenases, na presença de fosfolípides e do Cálcio. Aproximadamente 2 a 7% dos pacientes com quadro de trombose venosa profunda apresentam deficiência congênita autossômica dominante. 323 GRUPO SÃO CAMILO Variações Fisiológicas: Como se comporta como uma proteína de fase aguda de processos inflamatórios, a Proteína S pode estar elevada sem que isso indique alguma alteração em sua função fundamental. Também pode-se apresentar elevada nos casos de Síndrome Nefrótica, no uso de estrógeno-progestativos e em síndromes inflamatórias, tanto agudas como crônicas. As deficiências adquiridas ocorrem na insuficiência hepática, devido a diminuição da produção dos fatos de coagulação vitamina K dependentes, CIVD, gestação de 3º trimestre, câncer, obesidade e tratamentos com medicamentos que competem com a vitamina K1. As deficiências congênitas são devido à transmissão autossômica dominante. Nos quadros de deficiências hereditárias homozigóticas podem ocorrer quadros de púrpura fulminante após o nascimento. As deficiências heterozigóticas podem produzir risco elevado de fenômenos troboembólicos, quando os pacientes atingem a idade adulta. Informações importantes: medicação atual. _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNA C REATIVA – QUANTITATIVA Sinônimo mais usado: PCR Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Imunoturbidimetria automatizada. Valores de Referência: até 0,6 mg/dL Interferências: medicação anti-inflamatória prévia, medicação IM profunda, que possam produzir dano muscular, como penicilina benzatina, preparados de ferro, etc. Hemólise, Hiperlipemia e Hiperbilirrubinemia. Elevações podem ocorrer na terapia com estrógenos e anticoncepcionais orais. Diminuições podem ocorrem com terapia com corticosteróides, sendo dose dependente. Quanto mais altos os seus níveis mais o PCR pode diminuir. Indicações: Normalmente ausente da circulação, a PCR é uma proteína alfa-2 globulina, indicadora de fase aguda do soro, de processos inflamatórios e infecciosos. Elevações ocorrem nas doenças do colágeno, pósoperatórios, infarto do miocárdio, doenças infecciosas agudas e neoplasias. Pode ser usada no seguimento do tratamento terapêutico das doenças reumáticas, como febre reumática, nos períodos de remissão ou reagudização e ainda nas vasculites sistêmicas e prognóstico do IAM. Informações importantes: medicação atual e prévia, quadro clínico. _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNA C REATIVA ULTRASSENSÍVEL (ver PCR ultrassensível) _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNA TOTAL E FRAÇÕES Sinônimo mais usado: PTF Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotométrico automatizado. 324 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: Valores de adultos (19 a 59 anos): Proteínas Totais Albumina(A) Globulinas(G) Relação A/G 6,0 a 8,0 g/dL 3,5 a 5,5 g/dL 2,0 a 3,5 g/dL 1,5 a 2,0 Valores para 3ª Idade (em g/L): Faixa etária 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 a 89 anos > 90 anos PT homens 6,0 – 8,0 5,8 – 7,6 5,8 – 7,4 5,8 – 7,4 Alb homens 3,6 – 4,6 3,6 – 4,5 3,7 – 4,6 3,7 – 4,3 PT mulheres 6,8 – 8,0 6,0 – 7,6 6,0 – 7,6 5,8 – 7,4 Alb mulheres 3,6 – 4,7 3,6 – 4,6 3,7 – 4,5 3,5 – 4,4 Valores pediátricos (em g/dL): Homens Faixa etária Até 30 dias 1 mês a 3 anos 4 a 6 anos 7 a 9 anos 10 a 19 anos PT 3,8 – 7,0 5,9 – 7,0 5,8 – 7,8 6,2 – 8,1 6,3 – 8,6 Alb 2,0 – 3,6 3,4 – 4,2 3,5 – 5,2 3,7 – 5,6 3,8 – 5,7 Mulheres PT 3,8 – 7,0 5,9 – 7,0 5,8 – 7,8 6,1 – 8,2 6,2 – 8,5 Alb 2,0 – 3,6 3,4 – 4,2 3,5 – 5,2 3,6 – 5,8 3,7 – 5,6 PT= proteínas totais; Alb= albumina Interferências: hiperbilirrubinemia, hemólise e hiperlipemia. Indicações: valores superiores a 9 g/dL sugere hiperimunoglobulinemia, gamopatias poli ou monoclonais. Elevações podem ocorrer nas desidratações pronuniciadas (pseudohiperproteinemia). Níveis inferiores a 6 g/dL são associados com perda de protínas (perdas maciças: gastroenteropatias perdedoras de proteínas, queimaduras agudas, Síndrome Nefrótica), Redução de síntese na deficiência protéica grave, doença hepática crônica, Síndromes de Malabsorção. Hipo ou agamaglobulinemia. As Proteínas Totais podem estar diminuídas nas gestações (hemodiluição) e nas infusões I.V. maciças. Em relação específica à albumina, elevações podem ocorrer com ampicilina, heparina, fenazopiridina, e nas hiperlipemias. Diminuições da albumina, ocorrem nas terapias com estrógenos, anticoncepcionais orais, Penicilina, Cefalotina, Aspirina e Sulfonamídicos. A albumina pode ser utilizada para avaliação dos estados nutricionais, muito embora a pré-Albumina se apresente como um marcador mais sensível. Informações importantes: medicação atual, estado nutricional, doenças associadas. _______________________________________________________________________________________ PROTEINÚRIA DE 24 HORAS / DE 12 HORAS E AO CASO Sinônimo mais usado: proteínas na urina. Material e conservação para envio: alíquota de 50 mL da urina de 24 horas, sob refrigeração ou 50 mL de urina de 12 horas ou 50 mL de urina coletada ao acaso. Instruções para coleta: coleta de 24 horas ou de 12 horas. Estabilidade da amostra: 4 dias sob refrigeração. Método: espectrofotométrico automatizado. 325 GRUPO SÃO CAMILO Valores de Referência: Valores para adultos Urina de 24 horas Grávidas Urina de 12 horas Urina ao acaso : : até 150 mg/24 horas : até 160 mg/24 horas : até 100 mg/12 horas : até 20 mg/dL Valores Pediátricos em mg/24 horas: 2 a 12 meses 1 a 4 anos 4 a 10 anos 10 a 16 anos Até 155 Até 140 Até 190 Até 210 Interferências: exercícios físicos ou posição ortostática prolongada. Hemólise. Indicações: Pesquisa de proteinúria nas doenças renais tubulares e/ou glomerulares, como nas Síndromes Nefróticas, glomerulopatias, nefrites túbulo-intersticiais, hipertensão arterial, nefropatia gravídica, nefropatia diabética, nas paraproteinemias como presença de Proteínas de Bence Jones. Nos casos de mioglobinúrias e hemoglobinúrias, podem ocorrer proteinúria por excesso de filtração dessas proteínas, sem , necessariamente ocorrer doença renal. Nas alterações tubulares, a proteinúria não costuma ser superior a 2 g/24 horas, e as perdas geralmente são de pequeno peso molecular, tal como a Beta-2-Microglobulina. Os níveis anormais de albuminúria, que ainda não sejam detectadas pelos métodos comuns, são rotulados como microalbuminúria e podem ser preditivas de nefropatia diabética em desenvolvimento (ver Microalbuminúria). Informações importantes: medicação atual, volume total de 24 horas. _______________________________________________________________________________________ PROTOPORFIRINA LIVRE ERITROCITÁRIA (Toxicologia Ocupacional) Sinônimo mais usado: PPF-livre. Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado. Instruções para coleta: a hora da coleta não é crítica. Seguir orientação médica. Jejum não é necessário. Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração. Método: espectrofotometria UV-Vis Valores de Referência: até 60 mcg/dL IBMP: 300 mcg/dL Interferênicias: amostra fortemente hemolisada. Indicações: a Protoporfiria eritrocitária é uma forma de Porfiria leve, devido à deficiência de uma enzima denominada ferroquelatase, que cursa com elevados níveis de Protoporfiria. Pode ser congênita ou adquirida, com intoxicações por chumbo, que inibe a precocemente a enzima ferroquelatase, sendo um dos primeiros exames a se alterar na intoxicação por este metal. Informações importantes: local de trabalho e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ PROTROMBINA – MUTAÇÃO G20210A – PCR QUALITATIVO Sinônimo mais usado: Mutação da Protrombina Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, swab bucal (solicitar kit de coleta ao 326 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Laboratório). Enviar sob refrigeração. Estabilidade: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C. Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue. Método: PCR + RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico). Valores de Referência: Negativo: Não possui a mutação, homozigótico normal. Heterozigoto: Possui a mutação em um dos alelos, pode não estar associada com o aumento dos níveis de homocisteína, não está relacionada com doença coronariana. Homozigoto: Possui a mutação nos dois alelos, está associada com aumento dos níveis de homocisteína e com o aumento do risco para trombose venosa. Interferências: hemólise. Indicações: como as Trombofilias compõem um grupo de patologias multifatoriais, onde fatores genotípicos e fenotípicos determinam a susceptibilidade indivudual a quadros trombóticos venosos. Em conjunto, o Fator V de Leiden e a Mutação do gene da Protrombina são as duas patologias genéticas que mais frequentemente produzem quadros de trombose venosa. Para trombose arterial, a mutação do gene da metilenotrtrahidrofolato redutase-MTHFR e a Homocisteína são as mais freqüentes. Informações importantes: quadro clínico, uso de medicamentos que podem alterar o quadro de coagulação e anti-coagulação. _______________________________________________________________________________________ PROVA DE GILBERT (Restrição calórica – Teste de) Sinônimo mais usado: Teste de Gilbert Material e conservação para teste: 1 mL de soro basal e 1 mL de soro da segunda coleta, sob refrigeração e protegidos da luz. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Colher a amostra basal para dosagem de Bilirrubinas Total e Frações. Durante as próximas 12 horas o paciente permanecerá sem se alimentar, recebendo via oral, somente uma solução de glicose de 100g em 1 litro de água potável. Hidratação neste período é normal, somente com água. O paciente deverá retornar ao laboratório após as 12 horas para a coleta de nova amostra de sangue, para a segunda dosagem de Bilirrubinas total e frações. Após esta última coleta o paciente já poderá se alimentar normalmente. Nenhuma medicação deverá ser suspensa durante o período de coleta. Os tubos devem ficar ao abrigo da luz. Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração protegido da luz. Método: espectrofotométrico automatizado. Valores de Referência: elevação de pelo menos 20% dos níveis de bilirrubina indireta após a restrição calórica, em relação à amostra basal. Interferências: hiperlipemia, hemólise, barbitúricos e derivados. Indicações: teste auxiliar para o diagnóstico laboratorial da Síndrome de Gilbert . Informações importantes: níveis de bilirrubinemia indireta. Medicação utilizada. _______________________________________________________________________________________ PSA – ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO – TOTAL Sinônimo mais usado: PSA TOTAL Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas para pacientes sabidamente 327 GRUPO SÃO CAMILO hiperlipêmicos, já que para este teste não há necessidade de jejum e pode ser coletado a qualquer horário do dia. O laboratório deve seguir estritamente a orientação médica quanto ao preparo pré-analítico dos pacientes, já que há muita polêmica quanto a estes procedimentos. A maioria das Sociedade Urológicas mundiais recomendam que este teste só pode ser coletado após: Contra-indicação Ultrassom transretal Toque retal Ejaculação Massagem prostática Biópsia prostática Aguardar: 24 horas antes da coleta 48 horas antes da coleta 48 horas antes da coleta 4 semanas antes da coleta 4 semanas antes da coleta Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. Método: quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: sem deixar de ter o toque retal como o principal procedimento médico para nortear o diagnóstico de hiperplasia benigna ou maligna da próstata, atualmente os níveis de PSA, considerados seguros é de 2,5 ng/mL. Esse nível tem valor estatístico e funciona como cut-off para aqueles pacientes que passam a ter outra orientação diagnóstica. Interferências: além das interferências pré-analíticas já expostas acima, hipelipemia, hiperbilirrubinemia, hemólise e uso de medicamentos que agem sobre lócus celular para a testosterona. Indicações: Detecção e seguimento de pacientes com câncer prostático. Informações importantes: procedimentos médicos anteriores a coleta, relação sexual há menos de 48 horas antes da coleta e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ PSA LIVRE Sinônimo mais usado: PSA-L Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: vide PSA total. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimiolumiescência Valores de Referência: 0,46 a 1,72 ng/mL A relação PSA-Livre/PSA-Total: acima de 15% indica a presença de Hipertrofia Benigna da Próstata. Em alguns serviços esses valores variam de 20 a 27%. Para valorizar a relação PSA-Livre/PSA-total os valores do PSA-total devem estar acima de 2,5 ng/mL. Interferências: vide PSA total. Indicações: separar casos de Hipertrofia Benigna de casos de câncer prostáticos. Informações importantes: vide PSA total. _______________________________________________________________________________________ REABSORÇÃO TUBULAR DO FÓSFORO Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Urina: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Soro: 1 mL sob refrigeração. 328 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Instruções para coleta: vide Creatinina – Depuração. Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Urina: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: espectrofotometria VIS-UV Valores de Referência: 78 a 97% (< 78% = hiperparatireoidismo). Interferências: vide Fósforo sérico. Indicações: teste de triagem para alterações da função das paratireóides. Informações importantes: medicação atual e volume da urina de 24 horas. _______________________________________________________________________________________ RENINA PLASMÁTICA Sinônimo mais usado: Renina Material e conservação para envio: 2 mL de plasma de EDTA, sob congelamento. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Deixar o paciente em repouso por 2 horas. O exame pode ser coletado com o paciente em pé por 2 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Congelar imediatamente após a separação do plasma. Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência. Valores de Referência: Deitado : 0,2 a 2,8 ng/mL/horas Sentado / em pé : 1,5 a 5,7 ng/mL/horas Interferências: Elevações: Medicações: clortalidona, Ácido Etacrínico, Estrógenos, Furosemide, Guanetidina, Hidralazina, Espirolactona, Diuréticos tiazídicos, anticoncepcionais orais. Diminuições: angiotensina, clonidina, Metildopa, Potássio V.O. e Propranolol. Hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: a renina é produzida e liberada por células do aparelho justa-glomerular, em resposta a diversos estímulos, entre eles temos queda do fluxo renal, alterações no conteúdo eletrolítico dos túbulos distais, ação de catecolaminas, estímulo beta-adrenérgico. Diagóstico diferencial da hipertensão arterial. Está diminuída no hiperaldosteronismo primário. A renina se encontra elevada na hipertensão renovascular e nas fases de malignização da hipertensão. Pode ser usada no diagnóstico da Síndrome de Bartter e no hipoaldoesteronismo hiporreninorrênico. Informações importantes: tipo de dieta, se normo, hipo ou hiperssódica, medicação atual, quadro clínico e níveis pressórios. _______________________________________________________________________________________ RESISTÊNCIA GLOBULAR À HEMÓLISE (ver Curva de Resistência à Hemólise ) _______________________________________________________________________________________ RESTRIÇÃO CALÓRICA – TESTE DE (ver Prova de Gilbert ) _______________________________________________________________________________________ RETICULÓCITOS – CONTAGEM Sinônimo mais usado: reticulócitos 329 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: sangue total com EDTA, um tubo e 3 lâminas de microscopia com esfregaço de sangue periférico, não fixadas, colocadas em protetores de lâminas. Enviar a temperatura ambiente. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 48 horas a temperatura ambiente. Método: coloração de azul de cresil brilhante. Valores de Referência: 0,5 a 1,5% para adultos. Interferências:Elevações: Fase de recuperação de anemias, reticulocitose fisiológica, drogas que provacam hemólise. Diminuições: drogas que podem deprimir a atividade da medula óssea. Indicações: Na cadeia de maturação das hemácias, os reticulócitos são os precursores imediatos das hemácias, situando-se entre os eritroblastos acidófilos e a hemácia madura. Tem o seu volume um pouco maior que os eritrócitos normais e uma diminuição de sua carga total de RNA. É utilizado para o diagnóstico das alterações da função eritropoiética na medula óssea. Ocorre reticulocitose na Esferocitose, Anemia Falciforme, Eritroblastose Fetal, Anemia aguda pós-hemorrágica, Anemia Hemolítica auto-imune adquirida, hemoglobinúria paroxística noturna e nas respostas terapêuticas às anemias carenciais. Reticulocitopenia ocorre na anemia aplástica, nas crises aplásticas das anemias hemolíticas e nas anemias megaloblásticas. Tratamento com eritropoetina. Informações importantes: quadro hematológico e medicação atual. _______________________________________________________________________________________ RETRAÇÃO DO COÁGULO Sinônimo mais usado : Retr. Coágulo Material e conservação para envio: tubo sem anticoagulante com aproximadamente 1 a 1,5 mL de sangue total. Não centrifugar. Manter a temperatura ambiente. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: até 2 horas após a coleta. Método: segundo MacFarlane, Aggelar-Hucia. Valores de Referência: coágulo retrátil e único. Interferências: medicações que alteram a agregação plaquetária e a produção dos fatores de coagulação. Indicações: diagnóstico indireto da atividade plaquetária modificada pela concentração plaquetária. A retração está diminuída quando a concentração plaquetária for inferior a 100 mil plaquetas por mm³, hipofibrinogenemia e nas alterações qualitativas como na Púrpura Trombocitopênica Idiopática (Doença de Werlhof), Púrpuras Trombocitopênicas Sintomáticas ou secundárias à drogas, como a fenilbutazona, fenobarbital, quinino e sulfonamidas. A retração também está alterada nas anemias acentuadas, leucoses, LES, Septicemia, Carcinomas, Doença de Glanzmann ou Trombocitoastenia e na Hipofibrinogenia. Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e hora da coleta. _______________________________________________________________________________________ RISCO DE CÁRIE DENTÁRIA Sinônimo mais usado: análise da saliva ativada. Material e conservação para envio: coletar toda a saliva produzida durante 10 a 15 minutos, após ativação. Toda a saliva deve ser obtida em placa de Petri, homogeneizada e passada para tubo de ensaio com tampa. Instruções para coleta: solicitar que o paciente tome pelo menos dois copos de água filtrada antes de se iniciar o teste, para se ter certeza que o paciente esteja bem hidratado. O paciente deve estar em jejum pelo menos há uma hora. Bochechar com água filtrada 4 vezes com grandes volume de água. 330 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Coleta: 1 - Fazer o paciente mastigar chiclete especial por 1 minuto, usando os dois lados da boca, deglutindo toda a saliva produzida neste período. 2 - Recolher toda a saliva produzida nos próximos 2 minutos,continuando a mascar o chiclete, em plada de Petri estéril e descartável. 3 - Medir corretamente o volume de saliva produzido, com seringa estéril de 5 mL. 4 - Passar 1 mL de saliva para o Tubo A e restante para o Tubo B . Agitar por 30 segundos. Enviar ao laboratório. Identificar corretamente os tubos. Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração. Método: microbiológico e potenciométrico. Valores de Referência: Número de Streptococcus mutans/mL de saliva: UFC= Unidade Formadoras de Colônias Categorias de Risco: I – Baixo : < 10.000 UFC/mL II – Médio : 10.000 a 100.000 UFC/mL III – Alto : 100.000 a 1.000.000 UFC/mL IV – Muito Alto : > 1.000.000 UFC/mL Capacidade Tampão da Saliva – pH: pH = 5,0 a 7,0 Intensidade de Fluxo Salivar : Classificação : Normal : 1,0 a 3,0 mL/minuto Baixo : 0,7 a 1,0 mL/minuto Hipossalivação : < 0,7 mL/minuto Interferências: terapia por antibióticos, tópicos ou sistêmicos e uso de antissépticos bucais. Indicações: Avaliação do Índice Cariogênico e Risco de Cárie. Informações importantes: quadro bucal, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ ROTAVÍRUS – PESQUISA Sinônimo mais usado: Pesquisa de Rotavírus nas fezes. Material e conservação para envio: 2 a 3 gramas de fezes recentes imediatamente refrigeradas após a coleta. Enviar refrigerada. Instruções para coleta: as fezes devem ser coletadas por emissão natural, após o terceiro dia do aparecimento do quadro diarréico. Refrigerar imediatamente após a coleta. Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Método: fixação viral em substrato imune- EIE. Valores de Referência: pesquisa negativa. Interferências: medicação que altere o trânsito intestinal. Indicações: diagnóstico laboratorial diferencial das diarréias virais. Informações importantes: tempo do quadro diarréico, medicação atual. _______________________________________________________________________________________ RUBÉOLA – IgG AVIDEZ Sinônimo mais usado: Avidez dos anticorpos IgG para Rubéola. 331 GRUPO SÃO CAMILO Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada, após tratamento com Uréia 5M. Valores de Referência: Baixa Avidez : inferior a 50% - Sugere infecção ocorrida nos últimos 3 meses. Inconclusivo : Entre 50 e 60% - não permite definir o período da infecção. Alta Avidez : Superior a 60% - sugere que a infecção tenha ocorrido há mais de 3 meses Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: a presença de anticorpos com alta avidez evidencia infecção crônica, com pelo menos 4 meses de duração. Esse teste é de grande importância, pois atualmente com testes sorológicos para anticorpos específicos de grande especificidade, mas de grande sensibilidade, os anticorpos da classe IgM são detectados no soro por longos períodos, o que dificulta o diagnóstico de primo-infecção recente. Os anticorpos da classe IgG aparecem posteriormente ao aparecimento dos da classe IgM. Com o passar do tempo os anticorpos daquela classe vão se tornando mais ávidos evidenciando que quanto mais avidez, maior o tempo de infecção. Informações importantes: medicação atual, tempo de doença e valores dos testes sorológicos para anticorpos da classe IgG e IgM para Rubéola. _______________________________________________________________________________________ RUBÉOLA – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Material e conservação para envio: Soro e plasma (3,0 mL): enviar congelado. 1,0 mL de líquido amniótico: enviado refrigerado a 4°C. 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Sangue do cordão umbilical: enviado refrigerado a 4°C. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C. Método: RT-PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Amostra hemolisada, congelada ou abaixo do volume indicado. Indicações: A rubéola é uma doença causada pelo vírus da rubéola e transmitida por via respiratória. É uma doença geralmente benigna, mas que pode causar malformações no embrião em infecções de mulheres grávidas. A infecção, geralmente, tem evolução benigna e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica. Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente. _______________________________________________________________________________________ RUBÉOLA – SOROLOGIA IgG Sinônimo mais usado: sorologia para Rubéola IgG Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. 332 VI MANUAL DE PROCEDIMENTOS Valores de Referência: (OMS 1st IS RUBI-1-94). Reagente : ≥10,0 UI/mL Não Reagente : < 5,0 UI/mL Indeterminado (zona cinza) : 5,0 a 10,0 UI/mL Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Indicações: a presença de anticorpos anti-Rubéola da classe IgG demonstra que o indivíduo está imunizado contra esse vírus, através de vacinação ou da doença natural. Variações dos títulos séricos entre o período de doença e convalescença define a conversão sorológica, definindo que houve a infecção aguda. Informações importantes: medicação atual, exames anteriores para rubéola. _______________________________________________________________________________________ RUBÉOLA – SOROLOGIA IgM Sinônimo mais usado: Sorologia para Rubéola IgM Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: quimioluminescência automatizada. Valores de Referência: (OMS 1st IS RUBI-1-94). Reagente : Superior a 1,10 UI/mL Não Reagente : Inferior a 0,90 UI/mL Indeterminado : 0,90 a 1,10 UI/mL Resultados são considerados indeterminados valores de testes que estiverem no intervalo de ± 10 % do valor do “cut-off”. (O laboratório informará este cálculo). Interferências: hemólise, hiperlipemia, hiperbilirrubinemia. Indicações: diagnóstico sorológico de quadros agudos de rubéola. Atualmente com a alta sensibilidade dos testes sorológicos, os anticorpos IgM anti-Rubéola podem persistir por até 15 meses ou mais após a infecção aguda da rubéola. Daí a necessidade, em casos de gestantes de se utilizar o teste de Avidez da IgG para Rubéola, para se ter certeza do tempo que esta infecção aguda aconteceu. Informações importantes: medicação atual, se gestantes quanto tempo de gestação e exames anteriores. _______________________________________________________________________________________ SALMONELLA SPP – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC Sinônimo mais usado: Salmonelose. Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. 3,0 mL de plasma/soro em EDTA. Fezes em coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para coleta ao Laboratório. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente. Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C. Método: PCR Qualitativo. Valores de referência: Não detectado. Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte). 333 GRUPO SÃO