1886 vAnho 1 1 ANHO SEMESTRE TRIMESTRE A c o r r e s p o n d ê n c i a e r e c l a m a ç õ e s de v e m s e r dirigidas à R u a de G o n ç a l v e s D i a s , N 5 0 , S o l a p o . q Awwo SEMESTRE A V U L S O ... termos que não podiam deixar de s u s c i t a r Afinal o executor i m p l a c á v e l de avisos, não verga e m q u a n t o vê d i a n t e de si um 011 dois officiaes, mas torna-se u m velltido logo que a classe militar, u n i d a , prot e s t a c o n t r a os seus actos, e apressa-se em s u s p e n d e r os avisos ! os mais energicos e c a t h e g o r i c o s protestos. P a r a ser coherente, deve o S r . m i n i s t r o P ô r em duvida só, se um official offen- da g u e r r a suspender, t a m b é m , os dois dias dido em sua h o n r a deve repellir a a f f r o n t a de prisão q u e inflingio ao S r . coronel Cu- por q u a l q u e r meio, n h r Mattos, até que o S u p r e m o Conselho Assim, declarando o ministro nos seus I t o i s t o J l t e t r t ò a avisos e confirmando-o nos seus actos, q u e o m i l i t a r não tem direito de repeli ir as iu- R i o , 10 d e O u t u b r o d e I&86. famias com que querem degradal-o, a q u e s t ã o , foi posta, i m p r u d e n t e m e n t e , em EXPKDIEXTK Aos nossos e x t i m a v e i s a s s i g n a n t e s , que, no u l t i m o t r i m e s t r e , findaram o praso das suas a s s i n a t u r a s , r o g a m o s a fineza de chamamos a attenção q u e , n ' u m assomo de d i g n i d a d e , investem dos % merecer- Em outros paizes, das pequenas rixas saldarem as suas e n t r e officiaes, nascem m u i t a s vezes duel- ou d i r e c t a m e n t e com a empreza los, a que os altos commandos f e c h a m os ou por intermedio dos A g e n t e s , q u e temos olhos, só por considerarem q u e esses en- em diversas localidades. contros põem fim ás questões de um modo lhes a attenção contas, de cada vez mais mais c o n t r a d i c t o r i a e in- sustentável. J. VERIM. fJiQJjpfJp/! FPJÍPÊ • poração e elevando o moral da classe mi- os nossos a g r a d e c i m e n t o s . litar. ADMINISTRAÇÃO. E n t r e nós, um quidam CORREIO POLITICO A questão militar Preocupa, Mas, como isso j á é não mais possível,se- cavalheiroso, conservando os brios da cor- A u n s e a outros, desde j á , a n t e c i p a m o s A M i l i t a r decida a c o n t e n d a . gue-se que a posição do ministro se torna contra os seus detractores ? q u e se a c h a m em atraso, p a r a a c i r c u l a r q u e l h e s d i r i g i m o s , esperando aviltante, q u a n t o mais castigar d i s c i p l i r a m e n t e , os as m a n d a r e m renovar* Outrosim, já seria P a r t i u para Lisboa, no Girotide quarta- a um coronel ou a um g e n e r a l os últimos feira u l t i m a , o conde de S . S a l v a d o r de insultos, e porque este repelle a a f f r o n t a , Mattosinhos, chefe da colonia p o r t u g u e s a do modo mais moderado possivel, isto é, no Brazil, e um dos cavalheiros mais e x t i - restabelecendo a verdade dos factos, o mi- mados, na sociedade fluminense. nistro castiga-o, e fica todo ufano, j u l - O conde de S . S a l v a d o r de Mattosinhos, g a n d o , que u m a situação d ' e s s a s é susten- reside e n t r e nós h a cerca de meio século, tável ! e d u r a n t e esse longo periodo tem sido um * a c t u a l m e n t e o espirito pu- blico, pela sua g r a v i d a d e , o conflcto le- q u a l q u e r , dirige • valioso auxiliar de todas as g r a n d e s ideias 4- q u e aqui se têm d e b a t i d o . O seu Assistimos, pois, a um verdadeiro le- acha-se, p a r a sempre, ligado a nome muitas v a n t a d o entre ô chefe occasional do exer- v a n t a m e n t o de escudos, que a p p l a u d i m o s cito, e a p n n d o n o r o s a classe militar. obras de u t i l i d a d e geral e de nobre p h i l a n - de todo o coração, porque os motivos que tropia. O Sr. Alfredo Chaves, ministro fogoso e o d i c t a m são excepcionaes,contendem com ' i n e x p e r i e n t e , f a n a t i c o da disciplina servil, a h o n r a nacional, com o bom nome dos i m a g i n o u a u g r n e n t a r a compressão moral foram feitas, nos ú l t i m o s dias da sua es- deffensores da p a t r i a e com a q u e j á s o f f r e m no Brazil todas as classes tada i m m a c u l a d a que devem m a n t e r , á custa sociaes, pondo o exercito n ' u m g r a n d e b a n q u e t e que l h e foi offerecido, no da própria vida, se t a n t o for necessário. t h e a t r o de S . Pedro, diversos prémios per- Procusto, f irmado pela estreitesa <r\ins (D leito de de al- avisos ministeriaes. Não se t r a t a de n e n h u m reputação pronuncia- Diversas manifestações de apreço aqui, sobresahindo e n t r e lhe ellas o p e t u o s com o seu nome, e o g r a n d e con- mento politico,como em o u t r o s paizes,mas curso de a m i g o s e a d m i r a d o r e s , sim de estabelecer o precedente q u e a re- # l a n c h a s e barcas, o a c o m p a n h o u a bórdo. collocada em um terreno,d'onde o ministro p u t a ç ã o do militar deve ser i m m a c i f l a d , e • Muito merecidos todos esses já, começou a b a t e r em r e t i r a d a . do direito constitucional que l h e n h o s de s y m p a t h i a , h o n r a n d o meio século Infelizmente p a r a S . E x . a q u e s t ã o foi E' f ó r a de d u v i d a , que a Constituição g a r a n t e ao militar a mesma l i b e r d a d e de consciência que teem os o u t r o s cidadãos ; que a h o n r a , para elle, é um tão sagrado Em certas questões, u m a vez dado o A i n d a ha poucos dias, na H e s p a n h a , o a ministro da g u e r r a , n \ i m a s i t u a ç ã o tão prése, e que o direito de defendel-a, em a n t i p a t h i c a ou mais, do que a que se de- q u a l q u e r terreno, bate entre controverso. mais ou antes, do dever, de assim a m a n t e r . primeiro passo, não se p ó l e mais r e c u a r . patrimonio como para quem assiste, é fundamental e r -ti • • in•• % P r o h i b i r ao exercito que se defenda das nós, m a n t e v e a sua opinião e q u e , em testemu- de t r a b a l h o , de perseverança e de dedicação a todos os e m p r e h e n d i í p e n t o s úteis. J u n t a m o s os nossos applausos, aos dos seus amigos mais Íntimos. * 0 sleeple-chase * senatorial cio Rio de J a - n e i r o , q u e e s t a v a a n n u n c i a d o para o dia 7, demittio-se. Com o S r . Alfredo Chaves, o c a m i n h o a (intransferível, ainda que chova) reali- sou-se sem p e r t u r b a ç ã o a l g u m a . á sua d i g n i d a d e e á sua re- s e g u i r estava bem traçado. Se ao conselho p u t a ç ã o ; dos i n s u l t o s d i r i g i d o s ao seu de ministros c o n v i n h a a c a p i t u l a ç ã o , elle bom nome é m a t a r a única força, que dá que a fizesse, mas o ministro da guerra das as secções, os seus c o m p a n h e i r o s de ao m i l i t a r o prestigio e o respeito dos seus não a podia subscrever e desde essa h o r a , c h a p a , sendo difficil de e n c o n t r a r a l g u m a , concidadãos. I Se reflectisse bem, teria deixado a pasta. q u e fizesse excepção. aggressões O nome do ministro s o b r e p u j o u , em to- A votação,democratica, essa, segundo o costume, dispersou-se por uma dúzia de uoines. Póde-se, pois, considerar que está o S r . Belisário, na Sibéria, e a este respeito ouvimos nós, a a l g u n s eleitores, o s e g u i n t e dialogo : — Mas pôde ser escolhido ? — Pois não I — Tem a idade da lei ? — Oh lâ 1 — Quem o diria ? Tão moço, e j á com 40 a unos ! * * No Hotel do Globo, foi offerecido a Machado de Assiz, o primoroso litterato, que todos a d m i r a m e e x t i m a m , um b a n q u e t e , no 22.° antiiversario da publicação d o seuvprimeiro: l i v r o . A festa, muito delicada e cordeal, teve ura êxito completo, deixando g r a t a s impressões, a todos os que a ella essistiram. * * Passou no Senado o projecto de lei revogando a pena de açoites nos esciravisados, e m a n d a n d o que sejam j u l g a d o s pelo direito c o m m u m . O governo, aceitando essa reforma, practicou um bom acto, de que a historia t o m a r á conta. Foi, mesmo, u m a surpreza a g r a d a v e l , que o Sr. Ribeiro da Luz, por cuja pasta correram os açoites d a P a r a h y b a do S u l , emendasse a mão,favorecendo a passagem da nova lei. Ora vamos I Se c o n t i n u a s s e m . . . * * * O S r . Diogo Velho apresentou, ha dias. no Senado, um projecto sobre propriedade l i t t e r a r i a e artística, que vem preencher u m a g r a n d e l a c u n a das nossas leis, e quç terá o applauso de todos os homens ú i t e l ligentes. Mais de espaço nos occu pare mos doeste i m p o r t a n t e assumpto, s a u d a n d o desde j á o i l l u s t r a d o a u t o r do projecto, pelo relev a n t e serviço que prestou ás letras e ás artes, c h a m a n d o para ellas a a t t e n ç ã o dos l e g i s l a d o r e s . * * * Falleceu ha dias, em Nicterohy,victima de uma congestão cerebral, o apreciado poeta Lins de A l b u q u e r q u e . Era um moço de bastante talento, e que em muitas composições suas, que fi- g u r a m na imprensa periódica, tava gosto e cultivo da f ó r m a . . manifes- O finado, t a m b é m fez parte da redacção de diversos jornaes,e ainda, u l t i m a m e n t e , no Brazil, publicou poesias de bastante mérito e inspiração. • * Um amador de estatísticas notou, que não sendo a a c t u a l situação nada mansa, n'ella predominam, comtudo,os nomes dos aninfaes mais domesticados e inoffensivos que se conhecem. Assim tem.ella : Coelho Bastos, Coelho Rodrigues, Coelho e Campos, Coelho de Rezende, Thoraaz Coelho, e ainda outros, mais ou menos a l a p a r d a d o s . * * De h a tempos a esta parte, o leite de Minas tem feito uma verdadeira invasão, em todos os restaurantes e cafés do Rio. N a d a mais justo, porque na verdade, é um producto excellente. Mas a sua fama tem subido de t a l modo, que, em concurrencia com os productos similares da localidade aonde é consummido, os creados dos cafés, j á se dão ao luxo de p e r g u n t a r á g e n t e : Isso, porem,não se faz, e é o s a n g u e depauperado que n u t r e a velleidade de rea n i m a r a verte viellesse da c a m a r a a l t a , cujos a n n a e s f u l g u r a m , este anuo, com os mais bellos productos do talento, do patriotismo e da heroicidade. Depois de tudo q u a n t o lhe têm pedido, vem,finalmente, a c a m a r a espúria fazer o papel de apagador, sobre a c h a m m a s a g r a d a que arde no coração dos velhos paes da patria I Ella, que j a se manifestou por um. voto politico, em uma questão que o governo declara ser social, vem repetir o seu, veredictum suspeito, a proposito de uma desleal intrepretação da lei, sufFocando a expansão patriótica dos velhos servidores da p a t r i a . Como as tribus b a r b a r a s , suffoca o proprio pae, abusando da força e fingindo esquecer-se de que, por um senador h a 2 deputados. Bem considerada a questão, apparece, até, como uma cobardia. Dois contra um, sendo este muito mais edoso e inferior em forças physicas, eis ahi um delicto previsto pelo codigo criminal . Mas, assim o q u e r e m . . . RAUL. — Quer leite de Minas o u . - , nacional ? DOMINÓ. A F usa o A fusão I Eis aqui urna a c t u a l i d a d e politica que muito se parece com a — transfusão. . Na antiguidade, esteve em g r a n d e voga injectar s a n g u e de uns indivíduos nos outros, dando, assim, aos corpos decadentes um vigor s ú b i t o . Na politica, está agora em moda o mesmo s y s t e m a . A c r e d i t a m , por exemplo, que o Senado está invalido e injectam-lhe no recinto uns 70 ou 80 deputados g o v e r n a m e n t a e s . Mas, senhores, se ha a l g u é m que padeça de anemia cerebral, não é, com certeza, o Senado em 1886, que tem estado á a l t u r a da sua missão, mas a Camara eleita, em g r a n d e parte, pelo 3 o escrutínio l Sim ! ella é que precisava, em vez da fusão, a transfusão de a l g u m sangue do Senado, a ver se melhorava da anemia e da decadencia, em que a temos visto. •f r i t o s e n i r < vi o n o x Houve tempo em que esta l e t r a do alphabeto gozou de uma felicidade excepcional ! As cartas, os livros, as revistas, os j o r n a e s faziam d'ella um enorme consummo, e,a torto e a direito, e n c a i x a v a m n'a, confortavelmente, em.meio de muitas p a l a v r a s sotióras. Assim, todas as festas que eram esplendidas e r a m - n ^ com x, e essa letra do alphabeto, quasi que s u b s t i t u í a inteiramente o s, desalojando-o, i n j u s t a m e n t e , das melhores posições. A palavra esplendida era muito u z a d a , e a sede de colorido, parece que levava os escriptores, a perverter a o r t h o g r a p h i a , porque escripta com x, ella, como que t i n h a um p a l a d a r mais exquisito. Isto durou muito tempo» Mas, não h a bem que sempre dure I Um dia, um revisor q u a l q u e r , um Herodes da vigessiraa s e g u n d a letra, tomouse de duvidas sobre os seus direitos, e soccorrendo-se do diccionario, viu que o x estava sendo escandalosamente protegido x Xe. Conti n i/i*- e zás, com um furor catonico, s e m e l h a n t e ao dos conservadores contra os ordenados dos empregados, cortou-o. asphyxiadas, é muito n a t u r a l que comecem a bracejar, com desespero, antes de cahirera, i n a n i m a d a s . A principio, o x foi j u l g a d o victima de u m a i n j u s t i ç a , e cada qual foi verificar se elle t i n h a ou não direito de se aoastellar n a p a l a v r a esplendido, a mais uzada da li a g u a que falíamos e reproduzida, todos os dias, em todas as publicações. Em vez de administradores, (lão-lhes régulos, e era vez de meios de desenvolvimento, politica. Assim, em S . Paulo começa a accentuar-se um movimento separatista, que é para dar cuidado aos p a t r i o t a s . Verificado que e l l e . era um intruzo,. todos o condemnaram ao ostracismo, e, de certo tempo a esta parte, j á não se enc o n t r a v a um x, nem para remedio. Nem u m a só vez elle e m p r e g a d o . A sua miséria poderia então d e f i n i r s e dizendo : nem u m a de X . O proprio j o r n a l do Sr. ministro da a g r i c u l t u r a mostra-se descontente, c h a m a de mesquinho o poder c e n t r a l , e demonstra, que se a província gozasse das suas rendas, o u t r a seria a sua sórte. E, o com querendo caracterisar melhor as suas tendências, refere-se ós despezas feitas com o u t r a s províncias, a b a r r a do Rio Grande, as estradas de ferro, que diz,são o sorvedouro das rendas p u b l i c a s . Era cruel I O x foi, então desencastellado das suas posições, mais l e g i t i m a m e n t e conquistadas. Os seus castellos i n e x p u g n á v e i s , que e r a m as p a l a v r a s «extima, e x t r a n h o , exposição» e t a n t a s outras,passaram a ser esc r i p t a s com s, apezar dos mais vehementes protestos dos seus amigos fieis e dos epitomes da g r a m i n a t i c a p o r t u g u e z a . *• • E m P e r n a m b u c o , o espirito publico começa a fazer erupção nas c o l u m n a s de um jornal popular intitulado O Itebatc. Hoje, pega-se,em vão, na vasta p a g i n a de um jornal, nem um só x se encontra, p a r a consolo do bom senso ! Artigos violentos, apparecem a n a l y sando a administração e classificando com epithetos pouco amaveis os c o r r i p h e u s da Todos escrevem estima, e s t r a n h o , esposição e t c . actual s i t u a ç ã o . O x soffreu a mais horrenda proscripção, é u m a letra morta, e, até,por exemplo, na p a l a v r a fixar, muitos p r o n u n c i a m do seg u i n t e modo •. fichar. H a cerca de um anno, que notamos esta m u d a n ç a n a o r t h o g r a p h i a , parecendo-nos a t é q u e o x foi p a r a o o s t r a c i s m o . . .com os liberaes. Será, talvez, mais uma a n a r c h i a que est a m o s devendo á m u d a n ç a de situação politica. Acaso os partidos levarão a sua indiscip l i n a até á g r a m m a t i c a ? Ou soffrerá o x , realmente, perseguição politica ? O nosso amor á j u s t i ç a leva-nos a rec l a m a r contra as a r b i t r a r i e d a d e s , que essa l e t r a está soffrendo — + O jornal é lido e p r o c u r a d o . I m m e d i a t a m e n t e , a policia campo, e começa a perseguir dores, e a rasgar os números venda, em pontos distantes da põe-se em os vendeexpostos á capital. A estas aggressõos, o Ilebate responde com uma recrudescencia nos seus a t a q u e s E n t ã o organisa-se u m a perfeita expedição, p a r a assaltar a t y p o g r a p h i a do j o r n a l , e,segundo t e l e g r a m m a s recebidos, houve, ha dias, um assalto ao edifício aonde se imprime a f o l h a . E s t a v a m só os t y p o g r a p h o s , e com elles travou-se a l u c t a , ficando a l g u n s feridos, e o m a t e r i a l datnnificado. * E n t r e os assaltantes são, reconhecidos a l g u n s policiaes, é paisana. Nenhuma para dos cida- dãos. Coitada 1 Nós lhe diremos que t e n h a c u i d a d o . Com estas cousas, não se brinca, e é mel h o r s a h i r ás boas.antes de q u a l q u e r complicação, do que esperar que lhe a p o n t e m a porta da rua, como satisfação aos offendidos. •¥• * A própria província do Rio de J a n e i r o também não está contente e a eleição se- natorial o d e m o n s t r a . A pezar da sua riqueza, e da subera- b u n d a n c i a do braço escravo, essa p r o v í n cia é u m a das maiores victimas da cen- tralisação. em- pregados, recebem ordens nas s e c r e t a r i a s daCòrte. todas as suas a u t o r i d a d e s vivem na Côrte, * * e só passam lá o tempo preciso para reco- No Rio Grande do S u l , a situação é das Sr. l h e r os proventos do fisco. Das nove ás tres, pode-se dizer que e l l a mais melindrosas. O Não h a n a d a de s u r p r e h e n d e n t e nas noticias a t t e r a d ô r a s que começam a c h e g a r das províncias. Suffocadas pela centralisação, quasi As g u a r n i ç õ e s do Rio Grande do S u l , protestam pela imprensa c o n t r a esses á r b i t r o s ^ provocam o ministro,a que a p p l i que a s u a d o u t r i n a . A' vista d'esse facto,o espirito de classe desperta em outras províncias,e o ministro não sabe mais o que h a de fazer —alem de pedir a sua demissão. A sua capital é um simples s u b u r b i o . e BLICK. AS PROVÍNCIAS . O Rio Grande do Sul, como província fronteira, m i l i t a r m e n t e g u a r n e c i d a , é a única das nossas circunscripções a d m i n i s t r a t i v a s que, pelas suas c i r c u m s t a u c i a s especiaes, tem vigilante e sempre disperto, o espirito m i l i t a r . As g u a r n i ç õ e s , unanimes, ao saberem, da a t t i t u d e , cega e m a c h i n a l em que o ministro as quer collocar,reunen-se e protestam, com e n e r g i a . Todos se l e m b r a m que, h a pouco, o ministro da g u e r r a , mandou prender por 48 horas, o coronel C u n h a Mattos, pelo crime de deffender a sua honra em um a r t i g o b a s t a n t e moderado, que a p p a r e ceu no Jornal do Commerclo. Govérna-a um ministro, e os seus providencia é tomada g a r a n t i r a vida e a propriedade Para isso, diz-lhe em repetidps avisos, que o militar não tem direito de desaff r o n t a r a sua honra offendida, nem sequer de protestar contra q u a l q u e r sujeito que o c u b r a de lama. Alfredo Chaves, ministro da tem presidente, chefe de policia e tudo. fazer do exercito um a u t h o m a t o sem h o n r a N a s 18 — restantes do d i a , fica ao deus d ahoras rá. Ora o Rio de Janeiro tem u m a impor- e sem consciência, uma simples tante cidade, guerra de triste celebridade, imagina machina de oppressão, ás ordens do g o v e r n o . que é o centro da viação f e r r e a , a mais populosa e a mais rica da província, conf uma vasta rede comrnerc i a l , e m u i t a s industrias florescentes de e x p o r t a ç ã o : Campos. Mudada para lá a c a p i t a l , cessariam em g r a n d e parte, esses motivos de desgosto, que fazem de uma d a s mais populosas províncias, por f a l t a de independencia a d m i n i s t r a t i v a , quasi um b u r g o podre, aonde lia m u i t a miséria, em meio de collosaes riquezas v i r g e n s . As reclamações, t a m b é m ,* não t a r d a r ã o • ' em a p p a r e c e r . • * * Dá Minas,todos sabem qual o r e s u l t a d o das eleições senatorias. O desgosto que lavra nas próprias fileiras do partido d o m i n a n t e , faz com que a lista tupi ice da opposição, cora 8,000 votos, vença a conservadora, con* 10,000, talvez,porem divididos por seis nomes, ao passo, que, n ^ q u e l l a ^ votação se concent r a em t r e s . U m facto d'estes basta p a r a a q u i l a t a r o desgosto que lavra em todas as classes sociaes, assim como a i r r e d u c t i v e l organisação de uma resistencia, que assim como se manifesta pelas u r n a s , pode a m a n h ã manifestar-se pelas a r m a s , quando lhe forem exigir impostos sobre o sal, 011 arr a n c a r trilhos das suas estradas de ferro. X Tiuk) isso,deixa apprehensivo o patriota e receioso pelos destinos do seu paiz. N a realidade, o ministério, com que nos b r i n d a r a m tem tido a rara habilidade de fazer a v u l t a r o desgosto, em quasi todas as classes sociaes. E n i n g u é m deve esquecer que o d e s c o n t e n t a m e n t o é o primeiro passo para as conflagrações. Como valvula de s eog u r a n ç a contra este estado de coisas, a c a b a de a n n u n c i a r - s e u m a viagem imperial. menia dos Santos, depois de uma certa auzencia dos t h e a t r o s da corte. A espectactiva do publico e dos empresários não foi illudida, tendo ambos bons motivos de se mostrarem satisfeitos. A execução a g r a d o u b a s t a n t e á n u m e rosa concurrencia que affluiu ao Recreio, e se os espectadores ficaram satisfeieos, os actores e a empresa c o m p a r t i l h a r a m d'esse sentimento, vendo os seus esforços correspondidos e apreciados. Decerto, o Recreio vae encetar u m a boa serie de recitas, á qual não faltarão concurrencia e applausos. o Pelo sen lado, a c o m p a n h i a dos irmãos Carlo, l a m b e m , não descança. Depois de u m a t e m p o r a d a em que excellentes t r a b a l h o s foram exibidos, a empresa acaba de apresentar, com g r a n d e luxo e esplendor, a sempre appl «udida Festa em Pecjuin, constando de exercícios gyranasticos, dança, mímica, com numeroso pessoal, do qual fazem parte diversas bailarinas da c o m p a n h i a F e r r a r i . E' escusado dizer,que todo esse conjuncto produz o melhor elfeito,que as scenas succedem-se com a g r a d a v e l variedade, e que o tempo q u e d u r a a exibição parece,de facto m u i t o mais curto do que realmente é. A Festa em Pequin dá occasião a difficeis e arriscados trabalhos, offerecendo, ao mesmo tempo,um golpe de vista de maravilhoso effeito. Por isso o Polytheama tem estado, nas u l t i m a s noites, a t r a n s b o r d a r . Continuar a s s i m . . . o No Príncipe Imperial os Piratas da Savana teem c o n t i n u a d o a estar nas boas g r a ç a s do publico,com os seus lances arerbatados e as suas scenas commoventes. E' u m a peça de sensações fortes, g e n e r o esse que tem* sempre, muito e muito quem o aprecie. BINOCULO. Livro da porta Temos sobre a meza as seguintes publicações : * Em outros tempos o recurso era Mas, h o j e ? bom. Não é por ahi que o g a t o vae aos filhozes ! ORLANDO. Visões de Hoje, por J . Martins Júnior, formoso livro, que nos c h e g a do Recife, e que contem poesias de largo e inspirado sopr*. Agradecemos. Contos e versos,microscópico volume assignado por J. de Barros Falcão, contendo pequenos contos e pequenas poesias. Po°mas em prosa, traduzidos de Ivan Tourqueneff, por Argemiro Galvão. Leemse com vivo p r a z e r . O Recreio Dramatico deu-nos hontem a primeira representação da Marlyr,apparatoso d r a m a de A / d ^ n n e r y e Edmofld T a r b é , traduzido pelo nosso collega Henr i q u e Chaves. Alem dos attractivo? de u m a p r i m e i r a represent ição, a recita de hontem t i n h a , mais,a recommendal-a, ser a estreia de Is- Dois discursos,de Assiz B r a z i l . D e Porto A l e g r e , nos c h e g a m , impressos em vol u m e , os dois discursos do illustre r e p u blicano, pronunciados 11a Assembléa provincial. O Convento desmacarado, ou revelações • de E d i t h O' Gorinam, ex-freira do con1 vento de S a n t a Izabel, em Madison, Nova Jersey. Eis um tilulo, que p r o r a e t t e . . . • Appello á província do Rio G r a n d e do S u l , pelo C l u b 10 de S e t e m b r o de S . P a u l o . São u m a s 60 p a g i n a s de g r a n d e s elevação patriótica. Resposta Vamos l ê r . dos Irmãos Araujo Maia. • Destino a dar-se ao canal do Mangue, pelo Dr. Ferro Cardoso. Concordamos, plenamente, com o seguinte trecho. «. Nada h a de mais orignal e de menos honroso para a e n g e n h a r i a brazileira do que o actual systerna de desobstrucção do canal do M a n g u e , o qual nos l e m b r a o castigo das Danaides, enchendo, perennemente, seus toneis sem f u n d o . • A Nova lei de terras, publicação da So ciedade Central de ImmigTacão. O • Núcleos de lmmigração, idem. Dos conhecidos editores S r s . David Corazz, recebemos, mais, as seguintes p u blicações : Aventuras de tres russos, esplendido romance de Jtilio Verne,com m u i t a s g r a v u r a s de p a g i n a a c o m p a n h a n d o a n a r r a ç ã o das a v e n t u r a s . O livro vera e l e g a n t e m e n te c a r t o n a d o . O Naufragio de Cynthia do mesmo auctor, primeiros fascículos, t a m b é m cora boas g r a v u r a s . Fabulas de Lafontaine, edição de l u x o , fascículos 11 e 12. Gil Braz de Santilhana, fascículos 39, 4 0 e 4 l . Primorosos. Astronomiaphotographica 134° volume da Bibliotheca do Povo. Civilidade, 135° volume da mesraa colleccão. * Do S r . Izidoro Bevilacqua recebemos a l i n d a Gavota para piano forte de A.Pescio e o Sorriso de amor, á l b u m de d a n ç a . Convites. Temos a a g r a d e c e r os seguintes : Da Direitoria da Sociedade portugueza de bene/icencia p a r a a festa de 26 de setembro. Do Derby Club, para as corridas de g r a n d e premio, a 5 do c o r r e n t e . Do Sport Flumtnense, para as corridas de 7 . ; Do Jockey Club, para as corridas do dia 26 do passado. Da Sociedade de quartetos para a sua s e g u n d a sessão de m u s i c a . Do bilheteiro do Principe Imperial, p a r a o seu beneficio. Do Sr. Ricardo de C a r v a l h o para o seu concerto, no Conservatorio. Agradecemos, p e n h o r a d o s . THOMK Typographia da Disti*acçâo, JÚNIOR. r . d ' A j u d a 11. 31 fittoi fíoíiti A fdolt ricot , tssc monstro Stm bri O.J Jem coraçoto , sem patri otismo. t capou cie todas as viletas, OJUI* por «j suas Ojocrv cts jobre UoiS militares, ol>rt'cjando-os a curvarem -se crocite do insulto e da prepotência. . /V<x Cantará, o Ir Ccindido oíc Otiv? ojaercndõ censurar o CjQvcrnO, eotrcjot aos ntititoírcs, confundindo manifestações dc dignidade, conv actos dc indisciplina. Cd /'las, Os coronéis CunhaMoittoS t Madureira, o/[er>didos brios , rei is tiram , mantendo-sc. diqnos c ccitivçs ílo Senado, D. Çaspar deitou discurso YIO n t d j m o teor, censurando o OJovern o C toirnbcm. os militares de ojueni se d ir, a-miqo Amigos iilutjtrts LEMBRAR conto estes COIistlhciro*t CL FABULA cio «Â altitude dos dois briosos militares foi (ApprOvaoía por todo O exercito t o Sr •mirnjtva da cjuerta comece a vir, Com certo receio, o \ori iontc -meio íntroviscad o t um pTinapio de tempestade pelo lado do Sut. Uois faitin urso. 11 rn cjrandt bj>ucjuct a o Senador Dioyo Velho ptlm ítmbrçmcu |>eUív i*ma (ti que. ejetrante « propTfer dadc (ilteroiria e artiitica~ . < ; nctitff/ L) OtYxtrotí COnitroidoY <7Í)r\yt-st ao oícam p<MY\<n to Cibwdt e. perejun tet : _ —. Cfuirem aceitara combate da. [lilCt-0 Co m e ç a o-* combate. A 'forcei duas Superior c r t i numera uniot d t s c w t j n . &t 92* t i r o s . bruta r de*- yois onao ,-ohx Cheft-r Voto oí favor cio mesmo • — tu veto contra, d>x outro chefe- £>iante dc ama força. numérica. deli cts,• e com adversários #jcm tcons* ciência, nem palti otisn* 0, e inuttil COfnbaUr. — Ajooiado. — Apoiad'$^Jim o 33 a d v e r s a r')os cahem feridos. Cr a impossível resistir pi' ca cliorrada politica çlo 5-t. ç\t Cotecjipt • J a'ts eu voto fit fctYor çlo combate; mçtsdeclaro ciut,na occctsiâo, ponhorne ao fresco. 0 Vtntrcc l ncartiro pôde cantar yicroricc, ynoti * a bandeira çlo Stvt ' partido ficou, tnioimcoida para Sempre.