1886
vAnho 1 1
ANHO
SEMESTRE
TRIMESTRE
A c o r r e s p o n d ê n c i a e r e c l a m a ç õ e s de v e m s e r dirigidas
à R u a de G o n ç a l v e s D i a s , N 5 0 , S o l a p o .
q
Awwo
SEMESTRE
A V U L S O ...
termos que não podiam deixar de s u s c i t a r
Afinal o executor i m p l a c á v e l de avisos,
não verga e m q u a n t o vê d i a n t e de si um
011 dois officiaes, mas torna-se u m velltido logo que a classe militar, u n i d a , prot e s t a c o n t r a os seus actos, e apressa-se em
s u s p e n d e r os avisos !
os mais energicos e c a t h e g o r i c o s protestos.
P a r a ser coherente, deve o S r . m i n i s t r o
P ô r em duvida só, se um official offen-
da g u e r r a suspender, t a m b é m , os dois dias
dido em sua h o n r a deve repellir a a f f r o n t a
de prisão q u e inflingio ao S r . coronel Cu-
por q u a l q u e r meio,
n h r Mattos, até que o S u p r e m o Conselho
Assim, declarando o ministro nos seus
I t o i s t o
J l t e t r t ò a
avisos e confirmando-o nos seus actos, q u e
o m i l i t a r não tem direito de repeli ir as iu-
R i o , 10 d e O u t u b r o d e I&86.
famias
com que querem
degradal-o, a
q u e s t ã o , foi posta, i m p r u d e n t e m e n t e , em
EXPKDIEXTK
Aos nossos e x t i m a v e i s a s s i g n a n t e s , que,
no u l t i m o t r i m e s t r e , findaram o praso das
suas a s s i n a t u r a s ,
r o g a m o s a fineza de
chamamos
a attenção
q u e , n ' u m assomo de d i g n i d a d e , investem
dos
%
merecer-
Em outros paizes, das pequenas
rixas
saldarem
as suas
e n t r e officiaes, nascem m u i t a s vezes duel-
ou d i r e c t a m e n t e com a
empreza
los, a que os altos commandos f e c h a m os
ou por intermedio dos A g e n t e s , q u e temos
olhos, só por considerarem q u e esses en-
em diversas localidades.
contros põem fim ás questões de um modo
lhes a attenção
contas,
de
cada
vez mais mais c o n t r a d i c t o r i a e in-
sustentável.
J.
VERIM.
fJiQJjpfJp/! FPJÍPÊ •
poração e elevando o moral da classe mi-
os nossos a g r a d e c i m e n t o s .
litar.
ADMINISTRAÇÃO.
E n t r e nós, um quidam
CORREIO POLITICO
A questão militar
Preocupa,
Mas, como isso j á é não mais possível,se-
cavalheiroso, conservando os brios da cor-
A u n s e a outros, desde j á , a n t e c i p a m o s
A
M i l i t a r decida a c o n t e n d a .
gue-se que a posição do ministro se torna
contra os seus detractores ?
q u e se a c h a m em atraso, p a r a a c i r c u l a r
q u e l h e s d i r i g i m o s , esperando
aviltante,
q u a n t o mais castigar d i s c i p l i r a m e n t e , os
as m a n d a r e m renovar*
Outrosim,
já seria
P a r t i u para Lisboa, no Girotide
quarta-
a um coronel ou a um g e n e r a l os últimos
feira u l t i m a , o conde de S . S a l v a d o r de
insultos, e porque este repelle a a f f r o n t a ,
Mattosinhos, chefe da colonia p o r t u g u e s a
do modo mais moderado possivel, isto é,
no Brazil, e um dos cavalheiros mais e x t i -
restabelecendo a verdade dos factos, o mi-
mados, na sociedade
fluminense.
nistro castiga-o, e fica todo ufano, j u l -
O conde de S . S a l v a d o r de Mattosinhos,
g a n d o , que u m a situação d ' e s s a s é susten-
reside e n t r e nós h a cerca de meio século,
tável !
e d u r a n t e esse longo periodo tem sido um
*
a c t u a l m e n t e o espirito pu-
blico, pela sua g r a v i d a d e , o conflcto le-
q u a l q u e r , dirige
•
valioso auxiliar de todas as g r a n d e s ideias
4-
q u e aqui se têm d e b a t i d o . O seu
Assistimos, pois, a um
verdadeiro
le-
acha-se,
p a r a sempre,
ligado a
nome
muitas
v a n t a d o entre ô chefe occasional do exer-
v a n t a m e n t o de escudos, que a p p l a u d i m o s
cito, e a p n n d o n o r o s a classe militar.
obras de u t i l i d a d e geral e de nobre p h i l a n -
de todo o coração, porque os motivos que
tropia.
O Sr. Alfredo Chaves, ministro fogoso e
o d i c t a m são excepcionaes,contendem com
' i n e x p e r i e n t e , f a n a t i c o da disciplina servil,
a h o n r a nacional, com o bom nome dos
i m a g i n o u a u g r n e n t a r a compressão moral
foram feitas, nos ú l t i m o s dias da sua es-
deffensores da p a t r i a e com a
q u e j á s o f f r e m no Brazil todas as classes
tada
i m m a c u l a d a que devem m a n t e r , á
custa
sociaes, pondo o exercito n ' u m
g r a n d e b a n q u e t e que l h e foi offerecido, no
da própria vida, se t a n t o for necessário.
t h e a t r o de S . Pedro, diversos prémios per-
Procusto, f irmado pela estreitesa
<r\ins
(D
leito
de
de al-
avisos ministeriaes.
Não se t r a t a
de n e n h u m
reputação
pronuncia-
Diversas manifestações de apreço
aqui,
sobresahindo e n t r e
lhe
ellas o
p e t u o s com o seu nome, e o g r a n d e con-
mento politico,como em o u t r o s paizes,mas
curso de a m i g o s e a d m i r a d o r e s ,
sim de estabelecer o precedente q u e a re- #
l a n c h a s e barcas, o a c o m p a n h o u a bórdo.
collocada em um terreno,d'onde o ministro
p u t a ç ã o do militar deve ser i m m a c i f l a d , e
• Muito merecidos todos esses
já, começou a b a t e r em r e t i r a d a .
do direito constitucional que l h e
n h o s de s y m p a t h i a , h o n r a n d o meio século
Infelizmente p a r a S . E x . a q u e s t ã o foi
E' f ó r a de d u v i d a , que a Constituição
g a r a n t e ao militar a mesma l i b e r d a d e de
consciência que teem os o u t r o s cidadãos ;
que a h o n r a , para elle, é um
tão
sagrado
Em certas questões,
u m a vez dado o
A i n d a ha poucos dias, na H e s p a n h a , o
a
ministro da g u e r r a , n \ i m a s i t u a ç ã o tão
prése, e que o direito de defendel-a, em
a n t i p a t h i c a ou mais, do que a que se de-
q u a l q u e r terreno,
bate entre
controverso.
mais
ou antes, do dever, de assim a m a n t e r .
primeiro passo, não se p ó l e mais r e c u a r .
patrimonio
como para quem
assiste,
é fundamental e
r
-ti
•
•
in••
%
P r o h i b i r ao exercito que se defenda das
nós, m a n t e v e a sua opinião e
q u e , em
testemu-
de t r a b a l h o , de perseverança e de dedicação a todos os e m p r e h e n d i í p e n t o s úteis.
J u n t a m o s os nossos applausos,
aos dos
seus amigos mais Íntimos.
*
0
sleeple-chase
*
senatorial cio Rio de J a -
n e i r o , q u e e s t a v a a n n u n c i a d o para o dia 7,
demittio-se.
Com o S r . Alfredo Chaves, o c a m i n h o a
(intransferível, ainda que chova)
reali-
sou-se sem p e r t u r b a ç ã o a l g u m a .
á sua d i g n i d a d e e á sua re-
s e g u i r estava bem traçado. Se ao conselho
p u t a ç ã o ; dos i n s u l t o s d i r i g i d o s ao seu
de ministros c o n v i n h a a c a p i t u l a ç ã o , elle
bom nome é m a t a r a única força, que dá
que a fizesse, mas o ministro da
guerra
das as secções, os seus c o m p a n h e i r o s de
ao m i l i t a r o prestigio e o respeito dos seus
não a podia subscrever e desde essa h o r a ,
c h a p a , sendo difficil de e n c o n t r a r a l g u m a ,
concidadãos.
I
Se reflectisse bem, teria deixado a pasta.
q u e fizesse excepção.
aggressões
O nome do ministro s o b r e p u j o u , em to-
A votação,democratica, essa, segundo o
costume, dispersou-se por uma dúzia de
uoines.
Póde-se, pois, considerar que está o S r .
Belisário, na Sibéria, e a este respeito ouvimos nós, a a l g u n s eleitores, o s e g u i n t e
dialogo :
— Mas pôde ser escolhido ?
— Pois não I
— Tem a idade da lei ?
— Oh lâ 1
— Quem o diria ? Tão moço, e j á com
40 a unos !
*
*
No Hotel do Globo, foi offerecido a Machado de Assiz, o primoroso litterato, que
todos a d m i r a m e e x t i m a m , um b a n q u e t e ,
no 22.° antiiversario da publicação d o
seuvprimeiro: l i v r o .
A festa, muito delicada e cordeal, teve
ura êxito completo, deixando g r a t a s impressões, a todos os que a ella essistiram.
*
*
Passou no Senado o projecto de lei revogando a pena de açoites nos esciravisados, e m a n d a n d o que sejam j u l g a d o s
pelo direito c o m m u m .
O governo, aceitando essa reforma, practicou um bom acto, de que a historia
t o m a r á conta.
Foi, mesmo, u m a surpreza a g r a d a v e l ,
que o Sr. Ribeiro da Luz, por cuja pasta
correram os açoites d a P a r a h y b a do S u l ,
emendasse a mão,favorecendo a passagem
da nova lei.
Ora vamos I Se c o n t i n u a s s e m . . .
*
*
*
O S r . Diogo Velho apresentou, ha dias.
no Senado, um projecto sobre propriedade
l i t t e r a r i a e artística, que vem preencher
u m a g r a n d e l a c u n a das nossas leis, e quç
terá o applauso de todos os homens ú i t e l ligentes.
Mais de espaço nos occu pare mos doeste
i m p o r t a n t e assumpto, s a u d a n d o desde j á
o i l l u s t r a d o a u t o r do projecto, pelo relev a n t e serviço que prestou ás letras e ás
artes, c h a m a n d o para ellas a a t t e n ç ã o
dos l e g i s l a d o r e s .
*
*
*
Falleceu ha dias, em Nicterohy,victima
de uma congestão cerebral, o apreciado
poeta Lins de A l b u q u e r q u e .
Era um moço de bastante talento,
e
que em muitas composições suas, que fi-
g u r a m na imprensa periódica,
tava gosto e cultivo da f ó r m a . .
manifes-
O finado, t a m b é m fez parte da redacção
de diversos jornaes,e ainda, u l t i m a m e n t e ,
no Brazil, publicou poesias de bastante
mérito e inspiração.
•
*
Um amador de estatísticas notou, que
não sendo a a c t u a l situação nada mansa,
n'ella predominam, comtudo,os nomes dos
aninfaes mais domesticados e inoffensivos
que se conhecem.
Assim tem.ella : Coelho Bastos, Coelho
Rodrigues, Coelho e Campos, Coelho de
Rezende, Thoraaz Coelho, e ainda outros,
mais ou menos a l a p a r d a d o s .
*
*
De h a tempos a esta parte, o leite de
Minas tem feito uma verdadeira invasão,
em todos os restaurantes e cafés do Rio.
N a d a mais justo, porque na verdade, é
um producto excellente.
Mas a sua fama tem subido de t a l modo,
que, em concurrencia com os productos similares da localidade aonde é consummido, os creados dos cafés, j á se dão ao
luxo de p e r g u n t a r á g e n t e :
Isso, porem,não se faz, e é o s a n g u e depauperado que n u t r e a velleidade de rea n i m a r a verte viellesse da c a m a r a a l t a ,
cujos a n n a e s f u l g u r a m , este anuo, com os
mais bellos productos do talento, do patriotismo e da heroicidade.
Depois de tudo q u a n t o lhe têm pedido,
vem,finalmente, a c a m a r a espúria fazer o
papel de apagador, sobre a c h a m m a
s a g r a d a que arde no coração dos velhos
paes da patria I
Ella, que j a se manifestou por um. voto
politico, em uma questão que o governo
declara ser social, vem repetir o seu, veredictum suspeito, a proposito de uma
desleal intrepretação da lei, sufFocando a
expansão patriótica dos velhos servidores da p a t r i a .
Como as tribus b a r b a r a s , suffoca o proprio pae, abusando da força e fingindo
esquecer-se de que, por um senador h a 2
deputados.
Bem considerada a questão, apparece,
até, como uma cobardia.
Dois contra um, sendo este muito mais
edoso e inferior em forças physicas, eis
ahi um delicto previsto pelo codigo criminal .
Mas, assim o q u e r e m . . .
RAUL.
— Quer leite de Minas o u . - , nacional ?
DOMINÓ.
A
F usa o
A fusão I Eis aqui urna a c t u a l i d a d e
politica que muito se parece com a —
transfusão.
. Na antiguidade, esteve em g r a n d e voga
injectar s a n g u e de uns indivíduos nos
outros, dando, assim, aos corpos decadentes um vigor s ú b i t o .
Na politica, está agora em moda o mesmo s y s t e m a .
A c r e d i t a m , por exemplo, que o Senado
está invalido e injectam-lhe no recinto
uns 70 ou 80 deputados g o v e r n a m e n t a e s .
Mas, senhores, se ha a l g u é m que padeça de anemia cerebral, não é, com
certeza, o Senado em 1886, que tem estado á a l t u r a da sua missão, mas a Camara eleita, em g r a n d e parte, pelo 3 o escrutínio l
Sim ! ella é que precisava, em vez da
fusão, a transfusão de a l g u m sangue do
Senado, a ver se melhorava da anemia e
da decadencia, em que a temos visto.
•f
r i t o s e n i r <
vi
o
n o
x
Houve tempo em que esta l e t r a do alphabeto gozou de uma felicidade excepcional !
As cartas, os livros, as revistas, os
j o r n a e s faziam d'ella um enorme consummo, e,a torto e a direito, e n c a i x a v a m n'a, confortavelmente, em.meio de muitas
p a l a v r a s sotióras.
Assim, todas as festas que eram esplendidas e r a m - n ^ com x, e essa letra do alphabeto, quasi que s u b s t i t u í a inteiramente o s, desalojando-o, i n j u s t a m e n t e ,
das melhores posições.
A palavra esplendida era muito u z a d a ,
e a sede de colorido, parece que levava os
escriptores, a perverter a o r t h o g r a p h i a ,
porque escripta com x, ella, como que
t i n h a um p a l a d a r mais exquisito.
Isto durou muito tempo»
Mas, não h a bem que sempre dure I
Um dia, um revisor q u a l q u e r , um Herodes da vigessiraa s e g u n d a letra, tomouse de duvidas sobre os seus direitos, e soccorrendo-se do diccionario, viu que o x
estava sendo escandalosamente protegido
x Xe.
Conti
n i/i*-
e zás, com um furor catonico, s e m e l h a n t e
ao dos conservadores contra os ordenados
dos empregados, cortou-o.
asphyxiadas, é muito n a t u r a l que comecem a bracejar, com desespero, antes
de cahirera, i n a n i m a d a s .
A principio, o x foi j u l g a d o victima de
u m a i n j u s t i ç a , e cada qual foi verificar se
elle t i n h a ou não direito de se aoastellar
n a p a l a v r a esplendido, a mais uzada da
li a g u a que falíamos e reproduzida, todos
os dias, em todas as publicações.
Em vez de administradores, (lão-lhes
régulos, e era vez de meios de desenvolvimento, politica.
Assim, em S . Paulo começa a accentuar-se um movimento separatista, que é
para dar cuidado aos p a t r i o t a s .
Verificado que e l l e . era um intruzo,.
todos o condemnaram ao ostracismo, e,
de certo tempo a esta parte, j á não se enc o n t r a v a um x, nem para remedio. Nem
u m a só vez elle e m p r e g a d o . A sua miséria poderia então d e f i n i r s e dizendo :
nem u m a de X .
O proprio j o r n a l do Sr. ministro da
a g r i c u l t u r a mostra-se descontente, c h a m a
de mesquinho o poder c e n t r a l , e demonstra, que se a província gozasse das suas
rendas, o u t r a seria a sua sórte. E, o com
querendo caracterisar melhor as suas tendências, refere-se ós despezas feitas com
o u t r a s províncias, a b a r r a do Rio Grande,
as estradas de ferro, que diz,são o sorvedouro das rendas p u b l i c a s .
Era cruel I
O x foi, então desencastellado das suas
posições, mais l e g i t i m a m e n t e conquistadas. Os seus castellos i n e x p u g n á v e i s , que
e r a m as p a l a v r a s «extima, e x t r a n h o , exposição» e t a n t a s outras,passaram a ser esc r i p t a s com s, apezar dos mais vehementes protestos dos seus amigos fieis e dos
epitomes da g r a m i n a t i c a p o r t u g u e z a .
*• •
E m P e r n a m b u c o , o espirito publico começa a fazer erupção nas c o l u m n a s de um
jornal popular intitulado O Itebatc.
Hoje, pega-se,em vão, na vasta p a g i n a
de um jornal, nem um só x se encontra,
p a r a consolo do bom senso !
Artigos violentos, apparecem a n a l y sando a administração e classificando com
epithetos pouco amaveis os c o r r i p h e u s da
Todos escrevem estima, e s t r a n h o , esposição e t c .
actual s i t u a ç ã o .
O x soffreu a mais horrenda proscripção,
é u m a letra morta, e, até,por exemplo, na
p a l a v r a fixar, muitos p r o n u n c i a m do seg u i n t e modo •. fichar.
H a cerca de um anno, que notamos esta
m u d a n ç a n a o r t h o g r a p h i a , parecendo-nos
a t é q u e o x foi p a r a o o s t r a c i s m o . . .com os
liberaes.
Será, talvez, mais uma a n a r c h i a que est a m o s devendo á m u d a n ç a de situação politica.
Acaso os partidos levarão a sua indiscip l i n a até á g r a m m a t i c a ?
Ou soffrerá o x , realmente, perseguição
politica ?
O nosso amor á j u s t i ç a leva-nos a rec l a m a r contra as a r b i t r a r i e d a d e s , que essa
l e t r a está soffrendo —
+
O jornal é lido e p r o c u r a d o .
I m m e d i a t a m e n t e , a policia
campo, e começa a perseguir
dores, e a rasgar os números
venda, em pontos distantes da
põe-se em
os vendeexpostos á
capital.
A estas aggressõos, o Ilebate responde
com uma recrudescencia nos seus a t a q u e s
E n t ã o organisa-se u m a perfeita expedição, p a r a assaltar a t y p o g r a p h i a do
j o r n a l , e,segundo t e l e g r a m m a s recebidos,
houve, ha dias, um assalto ao edifício
aonde se imprime a f o l h a .
E s t a v a m só os t y p o g r a p h o s , e com elles
travou-se a l u c t a , ficando a l g u n s feridos,
e o m a t e r i a l datnnificado.
*
E n t r e os assaltantes são,
reconhecidos
a l g u n s policiaes, é paisana.
Nenhuma
para
dos cida-
dãos.
Coitada 1
Nós lhe diremos que t e n h a c u i d a d o .
Com estas cousas, não se brinca, e é mel h o r s a h i r ás boas.antes de q u a l q u e r complicação, do que esperar que lhe a p o n t e m
a porta da rua, como satisfação aos offendidos.
•¥•
*
A própria província do Rio de J a n e i r o
também
não está contente e a eleição se-
natorial o d e m o n s t r a .
A pezar da sua riqueza, e da
subera-
b u n d a n c i a do braço escravo, essa p r o v í n cia é u m a das maiores
victimas da cen-
tralisação.
em-
pregados, recebem ordens nas s e c r e t a r i a s
daCòrte.
todas as suas a u t o r i d a d e s vivem na Côrte,
*
*
e só passam lá o tempo preciso para reco-
No Rio Grande do S u l , a situação é das
Sr.
l h e r os proventos do fisco.
Das nove ás tres, pode-se dizer que e l l a
mais melindrosas.
O
Não h a n a d a de s u r p r e h e n d e n t e nas noticias a t t e r a d ô r a s que começam a c h e g a r
das províncias.
Suffocadas pela centralisação, quasi
As g u a r n i ç õ e s do Rio Grande do S u l ,
protestam pela imprensa c o n t r a esses á r b i t r o s ^ provocam o ministro,a que a p p l i que a s u a d o u t r i n a .
A' vista d'esse facto,o espirito de classe
desperta em outras províncias,e o ministro
não sabe mais o que h a de fazer —alem de
pedir a sua demissão.
A sua capital é um simples s u b u r b i o . e
BLICK.
AS PROVÍNCIAS
. O Rio Grande do Sul, como província
fronteira, m i l i t a r m e n t e g u a r n e c i d a , é a
única das nossas circunscripções a d m i n i s t r a t i v a s que, pelas suas c i r c u m s t a u c i a s
especiaes, tem vigilante e sempre disperto,
o espirito m i l i t a r .
As g u a r n i ç õ e s , unanimes, ao saberem,
da a t t i t u d e , cega e m a c h i n a l em que o
ministro as quer collocar,reunen-se e protestam, com e n e r g i a .
Todos se l e m b r a m que, h a pouco, o ministro da g u e r r a , mandou prender por
48 horas, o coronel C u n h a Mattos, pelo
crime de deffender a sua honra em um
a r t i g o b a s t a n t e moderado, que a p p a r e ceu no Jornal do
Commerclo.
Govérna-a um ministro, e os seus
providencia é tomada
g a r a n t i r a vida e a propriedade
Para isso, diz-lhe em repetidps avisos,
que o militar não tem direito de desaff r o n t a r a sua honra offendida, nem sequer
de protestar contra q u a l q u e r sujeito que
o c u b r a de lama.
Alfredo Chaves, ministro
da
tem presidente, chefe de policia e
tudo.
fazer do exercito um a u t h o m a t o sem h o n r a
N
a s 18
— restantes do d i a , fica ao
deus
d ahoras
rá.
Ora o Rio de Janeiro tem u m a impor-
e sem consciência, uma simples
tante cidade,
guerra
de triste celebridade,
imagina
machina
de oppressão, ás ordens do g o v e r n o .
que é o centro da
viação
f e r r e a , a mais populosa e a mais rica da
província, conf uma vasta rede comrnerc i a l , e m u i t a s industrias florescentes de
e x p o r t a ç ã o : Campos. Mudada para lá a
c a p i t a l , cessariam em g r a n d e parte, esses
motivos de desgosto, que fazem de uma
d a s mais populosas províncias, por f a l t a
de independencia a d m i n i s t r a t i v a , quasi
um b u r g o podre, aonde lia m u i t a miséria,
em meio de collosaes riquezas v i r g e n s .
As reclamações,
t a m b é m ,* não t a r d a r ã o
•
'
em a p p a r e c e r .
•
*
*
Dá Minas,todos sabem qual o r e s u l t a d o
das eleições senatorias.
O desgosto que lavra nas próprias fileiras do partido d o m i n a n t e , faz com que
a lista tupi ice da opposição,
cora 8,000
votos, vença a conservadora, con* 10,000,
talvez,porem divididos por seis nomes, ao
passo, que, n ^ q u e l l a ^ votação se concent r a em t r e s .
U m facto d'estes basta p a r a a q u i l a t a r o
desgosto que lavra em todas as classes sociaes, assim como a i r r e d u c t i v e l organisação de uma resistencia, que assim como
se manifesta pelas u r n a s , pode a m a n h ã
manifestar-se pelas a r m a s , quando lhe
forem exigir impostos sobre o sal, 011 arr a n c a r trilhos das suas estradas de ferro.
X
Tiuk) isso,deixa apprehensivo o patriota
e receioso pelos destinos do seu paiz.
N a realidade, o ministério, com que nos
b r i n d a r a m tem tido a rara habilidade de
fazer a v u l t a r o desgosto, em quasi todas
as classes sociaes. E n i n g u é m deve esquecer que o d e s c o n t e n t a m e n t o é o primeiro
passo para as conflagrações.
Como valvula de s eog u r a n ç a contra este
estado de coisas, a c a b a de a n n u n c i a r - s e
u m a viagem imperial.
menia dos Santos, depois de uma certa auzencia dos t h e a t r o s da corte.
A espectactiva do publico e dos empresários não foi illudida, tendo ambos bons
motivos de se mostrarem satisfeitos.
A execução a g r a d o u b a s t a n t e á n u m e rosa concurrencia que affluiu ao Recreio,
e se os espectadores ficaram satisfeieos, os
actores e a empresa c o m p a r t i l h a r a m d'esse
sentimento, vendo os seus esforços correspondidos e apreciados.
Decerto, o Recreio vae encetar u m a boa
serie de recitas, á qual não faltarão concurrencia e applausos.
o
Pelo sen lado, a c o m p a n h i a dos irmãos
Carlo, l a m b e m , não descança.
Depois de u m a t e m p o r a d a em que excellentes t r a b a l h o s foram exibidos, a empresa acaba de apresentar, com g r a n d e
luxo e esplendor, a sempre appl «udida
Festa em Pecjuin, constando de exercícios
gyranasticos, dança, mímica, com numeroso pessoal, do qual fazem parte diversas
bailarinas da c o m p a n h i a F e r r a r i . E' escusado dizer,que todo esse conjuncto produz
o melhor elfeito,que as scenas succedem-se
com a g r a d a v e l variedade, e que o tempo
q u e d u r a a exibição parece,de facto m u i t o
mais curto do que realmente é.
A Festa em Pequin dá occasião a difficeis e arriscados trabalhos, offerecendo,
ao mesmo tempo,um golpe de vista de maravilhoso effeito.
Por isso o Polytheama tem estado, nas
u l t i m a s noites, a t r a n s b o r d a r .
Continuar a s s i m . . .
o
No Príncipe Imperial os Piratas da Savana teem c o n t i n u a d o a estar nas boas
g r a ç a s do publico,com os seus lances arerbatados e as suas scenas commoventes. E'
u m a peça de sensações fortes, g e n e r o esse
que tem* sempre, muito e muito quem o
aprecie.
BINOCULO.
Livro da porta
Temos sobre a meza as seguintes publicações :
*
Em outros tempos o recurso era
Mas, h o j e ?
bom.
Não é por ahi que o g a t o vae aos filhozes !
ORLANDO.
Visões de Hoje, por J . Martins Júnior,
formoso livro, que nos c h e g a do Recife, e
que contem poesias de largo e inspirado
sopr*. Agradecemos.
Contos e versos,microscópico volume assignado por J. de Barros Falcão, contendo
pequenos contos e pequenas poesias.
Po°mas em prosa, traduzidos de Ivan
Tourqueneff, por Argemiro Galvão. Leemse com vivo p r a z e r .
O Recreio Dramatico deu-nos hontem a
primeira representação da
Marlyr,apparatoso d r a m a de A / d ^ n n e r y e Edmofld
T a r b é , traduzido pelo nosso collega Henr i q u e Chaves.
Alem dos attractivo? de u m a p r i m e i r a
represent ição, a recita de hontem t i n h a ,
mais,a recommendal-a, ser a estreia de Is-
Dois discursos,de
Assiz B r a z i l . D e Porto
A l e g r e , nos c h e g a m , impressos em vol u m e , os dois discursos do illustre r e p u blicano, pronunciados 11a Assembléa provincial.
O Convento desmacarado, ou revelações
•
de E d i t h O' Gorinam, ex-freira do con1
vento de S a n t a Izabel, em Madison, Nova
Jersey.
Eis um tilulo, que p r o r a e t t e . . .
•
Appello á província do Rio G r a n d e do
S u l , pelo C l u b 10 de S e t e m b r o de S . P a u l o .
São u m a s 60 p a g i n a s de g r a n d e s elevação
patriótica.
Resposta
Vamos l ê r .
dos
Irmãos
Araujo
Maia.
•
Destino a dar-se ao canal do
Mangue,
pelo Dr. Ferro Cardoso.
Concordamos, plenamente, com o seguinte trecho.
«. Nada h a de mais orignal e de menos
honroso para a e n g e n h a r i a brazileira do
que o actual systerna de desobstrucção do
canal do M a n g u e , o qual nos l e m b r a o
castigo das Danaides, enchendo, perennemente, seus toneis sem f u n d o .
•
A Nova lei de terras, publicação da So
ciedade Central de ImmigTacão.
O
•
Núcleos
de lmmigração,
idem.
Dos conhecidos editores S r s . David Corazz, recebemos, mais, as seguintes p u blicações :
Aventuras
de tres russos,
esplendido
romance de Jtilio Verne,com m u i t a s g r a v u r a s de p a g i n a a c o m p a n h a n d o a n a r r a ç ã o
das a v e n t u r a s . O livro vera e l e g a n t e m e n te c a r t o n a d o .
O Naufragio
de Cynthia
do mesmo
auctor, primeiros fascículos, t a m b é m cora
boas g r a v u r a s .
Fabulas de Lafontaine, edição de l u x o ,
fascículos 11 e 12.
Gil Braz de Santilhana,
fascículos 39,
4 0 e 4 l . Primorosos.
Astronomiaphotographica
134° volume
da Bibliotheca do Povo.
Civilidade,
135° volume da mesraa colleccão.
*
Do S r . Izidoro Bevilacqua recebemos a
l i n d a Gavota para piano forte de A.Pescio
e o Sorriso
de amor, á l b u m de d a n ç a .
Convites.
Temos a a g r a d e c e r os seguintes :
Da Direitoria da Sociedade
portugueza
de bene/icencia p a r a a festa de 26 de setembro.
Do Derby Club, para as corridas de
g r a n d e premio, a 5 do c o r r e n t e .
Do Sport Flumtnense,
para as corridas
de 7 .
;
Do Jockey Club, para as corridas do dia
26 do passado.
Da Sociedade
de quartetos
para a sua
s e g u n d a sessão de m u s i c a .
Do bilheteiro do Principe
Imperial,
p a r a o seu beneficio.
Do Sr. Ricardo de C a r v a l h o para o seu
concerto, no Conservatorio.
Agradecemos, p e n h o r a d o s .
THOMK
Typographia da Disti*acçâo,
JÚNIOR.
r . d ' A j u d a 11. 31
fittoi fíoíiti
A fdolt ricot , tssc monstro
Stm bri O.J Jem
coraçoto , sem patri otismo. t capou cie todas
as
viletas,
OJUI* por «j suas
Ojocrv cts jobre UoiS
militares,
ol>rt'cjando-os a curvarem
-se crocite do
insulto
e da prepotência.
.
/V<x Cantará,
o Ir Ccindido oíc Otiv?
ojaercndõ censurar
o CjQvcrnO,
eotrcjot aos ntititoírcs,
confundindo
manifestações
dc dignidade,
conv
actos dc
indisciplina.
Cd
/'las,
Os coronéis
CunhaMoittoS
t Madureira,
o/[er>didos
brios ,
rei is tiram , mantendo-sc.
diqnos c ccitivçs
ílo Senado, D. Çaspar
deitou
discurso
YIO n t d j m o teor,
censurando
o OJovern o C toirnbcm.
os militares
de ojueni se d ir, a-miqo
Amigos
iilutjtrts
LEMBRAR
conto
estes
COIistlhciro*t
CL FABULA
cio
«Â altitude
dos dois briosos militares
foi
(ApprOvaoía por todo O exercito
t o Sr •mirnjtva
da cjuerta
comece
a vir, Com certo receio, o
\ori iontc -meio
íntroviscad
o t um
pTinapio
de tempestade
pelo lado do
Sut.
Uois
faitin
urso.
11 rn cjrandt
bj>ucjuct a o Senador
Dioyo Velho ptlm ítmbrçmcu
|>eUív i*ma (ti que. ejetrante « propTfer
dadc (ilteroiria e artiitica~
.
< ; nctitff/
L) OtYxtrotí
COnitroidoY
<7Í)r\yt-st
ao
oícam p<MY\<n to Cibwdt e. perejun tet :
_
—. Cfuirem
aceitara
combate
da. [lilCt-0
Co m e ç a o-* combate.
A 'forcei
duas
Superior
c r t i numera
uniot d t s c w t j n . &t 92* t i r o s .
bruta
r de*-
yois onao ,-ohx
Cheft-r Voto oí favor
cio mesmo •
— tu veto
contra,
d>x outro
chefe- £>iante dc ama força.
numérica.
deli cts,• e com adversários
#jcm
tcons*
ciência, nem palti otisn* 0, e inuttil
COfnbaUr. — Ajooiado.
— Apoiad'$^Jim
o
33 a d v e r s a r')os
cahem
feridos.
Cr a impossível
resistir
pi' ca
cliorrada
politica
çlo 5-t. ç\t
Cotecjipt •
J a'ts eu voto fit fctYor
çlo combate;
mçtsdeclaro
ciut,na
occctsiâo,
ponhorne ao
fresco.
0
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l ncartiro
pôde
cantar
yicroricc,
ynoti
* a bandeira
çlo Stvt
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partido
ficou,
tnioimcoida
para
Sempre.
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1886 à Rua de Gonçalves Dias, Nq 50,S olapo .