MESTRADO CIÊNCIAS VETERINÁRIAS CONTROLE DA INTOXICAÇÃO POR MONOFLUOROACETATO DE SÓDIO EM OVINOS ATRAVES DA INOCULAÇAO RUMINAL DE ENTEROCOCUS FAECALIS. GEOVANNY BRUNO GONÇALVES DIAS Oito plantas no Brasil contém monofluoroacetato de sódio (MFA) como princípio tóxico. O modo de ação do MFA baseia-se no bloqueio do ciclo de Krebs e consequente acúmulo de citrato nos tecidos. A movimentação dos animais intoxicados desencadeia os sinais clínicos e a morte. A prevenção da intoxicação é feita através da ingestão de doses não tóxicas de plantas que contém MFA. Essa resistência pode ser transferida entre ruminantes através da transfaunação de conteúdo ruminal e sugere-se que essa resistência ocorre devido à multiplicação de microrganismos que degradam o MFA no rúmen. Esses microrganismos expressam o gene fluoroacetato dehalogenase que dissocia a forte ligação Carbono-Flúor do MFA e ao mesmo tempo liberam glicolato e fluoreto. Para a realização deste estudo foram selecionadas duas cepas de Enterococcus faecalis, E. faecalis EF09, sequência parcial JQ661270.1 e E. faecalis EF08, sequência parcial JQ661271.1, isoladas do rúmen de bovinos, expressoras do gene fluoroacetato dehalogenase e capazes de degradar MFA no teste de defluoração. Este experimento foi delineado inteiramente ao acaso com parcelas subdivididas no tempo. Seis ovinos com idade média de 2 anos, fêmeas, entre 35-40 kg, de raça cruzada foram divididos em dois grupos com 3 animais cada. O Grupo Inoculação recebeu durante 3 dias seguidos o inóculo de E. faecalis de 30 ml dividido em 3 doses de 10 ml. O Grupo Controle recebeu água destilada durante o mesmo período. Os animais de ambos os grupos foram mantidos em descanso por 72 horas e após esse período, o MFA foi fornecido em uma dose tóxica de 1,5 mg/Kg/PV por via oral para todos os ovinos. Os sinais clínicos e os dados de frequência cardíaca e respiratória foram obtidos em repouso a cada 1 hora, e após 10 minutos de movimentação decorridas seis horas da intoxicação. Todos os animais de ambos os grupos foram à morte entre 3 – 8 horas após o fornecimento de MFA. De forma que, em conclusão aos sinais observados durante experimento, a resistência não foi desenvolvida pelos ovinos inoculados com E. faecalis, o que demonstra que, isoladamente, a inoculação ruminal de cepas de E. faecalis isoladas do rúmen de bovinos não são capazes de prevenir a intoxicação por MFA em ovinos que nunca tiveram contato com plantas que contém monofluoroacetato de sódio. PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014