O AUSENTÍSMO NA EQUIPE DE UMA UTI NEONATAL DE UM HOSPITAL GERAL, BELO HORIZONTE, MG. Janaina Ferreira Fernandes da Fonseca 1 1 – Enfermeira, Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Faculdade São Camilo-MG (Belo Horizonte /MG). O aumento acima do esperado em afastamento do corpo técnico-profissional de uma área de trabalho resulta em sobrecarga de trabalho aos funcionários em atividade e estabelece um ciclo vicioso de cansaço e afastamento que, caso não tenha um dos seus elos rompidos, poderá acarretar prejuízos pessoais e materiais para a instituição. Na neonatologia, este ciclo deve ser observado pois pode afeta diretamente a qualidade da assistência prestada ao cliente e sua família. Por isso é interessante identificar o(s) principal(is) motivo(s) pelos quais estes fatos estão ocorrendo numa tentativa de quebrar o ciclo, evitando que a reincidência do problema estudado interfira no alcance da excelência dos serviços, com conseqüente prejuízo para a assistência aos pacientes. Desta forma, este estudo foi realizado para identificar a causa do absenteísmo de integrantes da equipe de saúde da UTI pediátrica-neonatal do hospital Municipal Odilon Behrens, observados em um intervalo de 10 meses. Constatou-se que a força de trabalho da equipe de UTI Pediátrica-neonatal estudada está sendo consumida por danos que afetam o corpo e a mente, em decorrência das enfermidades causadas por violência oculta no trabalho, conhecidas também como doenças da modernidade, tais como: LER/DORT, depressão, angústia, estresse, alcoolismo, hipertensão arterial e infarto agudo do miocárdio. Observou-se, também, neste estudo, que apesar de não ser restrito a uma única profissão, verifica-se que é maior o número de casos de absenteísmo dentro da equipe de enfermagem. A equipe de tecnicos-auxiliares apresentaram o menor numero de vínculos empregatício, mas são os que mais se abstém. Os baixos salários, a ausência de estrutura física adequada para os funcionários, o aumento do ritmo de trabalho, a utilização de ferramentas inadequadas, as constantes improvisações, as ”criatividades” necessárias para o atendimento aos clientes, além de serem os receptores das frustrações desta clientela, são fatores de uma sobrecarga psíquica no trabalhador. O adoecimento psíquico do trabalhador em saúde pode por em risco a vida de muitos, inclusive a de si mesmo o que demonstra necessidade de formação em serviço de grupo de apoio com presença do profissional da psicologia especializado em desenvolvimento de pessoas. Apoio: Hospital Municipal Odilon Behrens. e-mail: [email protected]