HEALTHCARE – SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE CLÍNICAS
MÉDICAS
OLIVEIRA, R. M.; SANTOS, A. B.
RESUMO
Diante da crescente expansão tecnológica e do aumento da demanda de
software gerencial na área de atendimento médico, este projeto de software foi
concebido, visando ser uma consistente opção para gerenciar pacientes,
profissionais, medicamentos, doenças, alergias, agendamentos, receitas médicas,
atestados
médicos,
consultas
médicas,
dentre
outros.
Utilizando-se
de
tecnologias avançadas de persistência de dados e tecnologias web para dar
maior mobilidade e comodidade aos usuários e facilitar o trabalho de manutenção
do sistema.
Palavras-chave: Software médico, tecnologia, sistemas web.
ABSTRACT
Given the growing technological expansion and increasing demand for
software management in the area of medical care, this software project was
conceived in order to be a consistent option for managing patients, professionals,
medications, illnesses, allergies, appointments, prescriptions, medical certificates ,
doctor visits, among others, using advanced data persistence technologies and
web technologies to provide greater mobility and convenience to users and to
facilitate the work of system maintenance.
Keywords: medical software, technology, web systems.
INTRODUÇÃO
A função do profissional de tecnologia da informação é fundamentalmente
criar soluções a partir de um problema conhecido, bem como antecipar problemas
e ameaças à organização em que estiver inserido. Segundo POPPER (1972), não
somos estudantes de assuntos, mas estudantes de problemas. Uma clínica
médica é uma empresa como qualquer outra, sendo mais facilmente considerada
uma empresa prestadora de serviços, pois serviço é uma transação realizada por
uma empresa ou indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de
um bem (LAS CASAS, 2000). Segundo KOTLER (2000), dentre as medidas que
deve ser tomadas por parte das empresas para garantir a melhoria na qualidade
dos serviços prestados está a padronização dos processos de execução do
serviço em todos os setores da organização, e é neste sentido que o
gerenciamento através dos sistemas de informação atua.
Com o avanço da tecnologia em todos os setores, o controle dos negócios
através de sistemas informatizados tornou-se mais do que uma vantagem
comercial e administrativa, passando a ser item essencial no dia-a-dia das
empresas. Da mesma forma nota-se a necessidade de simplificar os processos
que envolvem os atendimentos médicos, tanto em consultórios independentes
quanto
em
clínicas
integradas;
setor
este
ainda
relativamente
pouco
informatizado. Neste sentido, este trabalho visa apresentar o projeto de software
desenvolvido, esclarecendo sobre seu embasamento técnico e sua arquitetura,
que se divide em duas partes (front-end e back-end); em seguida apresentando
suas principais funções e por fim, demonstrando os benefícios da utilização de
sistemas informatizados.
REFERÊNCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
O uso de T.I. oferece benefícios para o negócio que incluem: custo,
produtividade, qualidade, flexibilidade e inovação, sendo que cada uso tem uma
composição própria destes benefícios (ALBERTIN, 2003). No entanto, o setor
médico ainda permanece pouco informatizado, tendo como principais meios de
controle interno o papel, formulários impressos e agendas. Durante a etapa de
análise, foi constatado que os principais procedimentos de uma clínica médica
são: agendamento de consulta, cadastro do paciente, histórico da consulta,
geração de atestado médico, geração de receita médica e geração de pedidos de
exames, sendo estes as principais funções do sistema HealthCare. A instalação
de um sistema informatizado envolve não somente a transposição dos dados do
papel para o computador, mas uma reestruturação da sistemática de trabalho,
visando maior celeridade no atendimento e uma entrada de dados eficiente,
sendo
possível
extrair
informações
de
maneira
rápida
e
inteligente
posteriormente. SCHMITT (2004 apud FARIAS, 1999), informa que uma pesquisa
da fundação Getúlio Vargas revelou que 71% das empresas que implantaram
sistemas integrados de gestão empresarial, realizaram reengenharia nos seus
processos. Mas para que isto seja possível, o software deve atender a vários
requisitos de qualidade, e tudo começa pela escolha da tecnologia e o
desenvolvimento de um projeto de análise de sistema. Devido ao fato das
ferramentas de tecnologia avançarem em ritmo cada vez mais acelerado, é de
grande importância que a escolha da arquitetura a ser utilizada ao se desenvolver
um novo produto de software seja bastante criteriosa, levando em consideração
fatores como: usabilidade, maturidade da tecnologia, domínio da linguagem por
parte dos desenvolvedores e produtividade.
A arquitetura do software HealthCare pode ser dividida em duas partes:
back-end e front-end. Back-end pode ser definido como um conjunto de
ferramentas que fazem a inserção, alteração, exclusão e consulta de dados
diretamente no banco de dados. Quando um usuário solicita qualquer operação é
o back-end que executa a solicitação de fato, já o front-end é a camada de
interação humano-computador, ou seja, parte visual do software, camada visível
ao usuário. Na camada back-end foi utilizado a linguagem de programação Java,
que segundo DEITEL (2003) é uma linguagem multiplataforma, segura e de alto
desempenho; e a biblioteca Hibernate, sendo esta última responsável pela
persistência dos dados. A camada front-end foi desenvolvida com o framework
Apache Flex, hospedado em servidor Apache TomCat e intermediado pela
ferramenta BlazeDs. Tão importante quanto a tecnologia a ser empregada, está o
padrão de projetos a ser utilizado; no projeto HealthCare foi utilizado o padrão
MVC (Model View Controller). MACORATTI (2005) explica que no MVC a
visualização acessa os dados do modelo via controlador e define como esses
dados devem ser apresentados, o controlador define o comportamento da
aplicação, é ele que interpreta as ações do usuário e as mapeiam para chamadas
do modelo, este modelo representa os dados da aplicação e as regras do negócio
que governam o acesso e a modificação dos dados. Toda a análise do sistema foi
realizada no padrão orientado a objetos.
CONCLUSÃO
A rápida expansão tecnológica tem trazido à tona a necessidade da
adequação do atendimento à realidade em que o cliente está almejando, e a
utilização de um sistema gerencial de controle de clínicas médicas, desenvolvido
através de uma rigorosa e bem elaborada análise de requisitos, sob a
padronização de um comprovado padrão de projetos e utilizando-se de modernas
ferramentas de desenvolvimento, pode aumentar a qualidade e celeridade dos
serviços prestados pela clínica a ser informatizada, mantendo a equipe médica e
seus
colaboradores
com
mais
tempo
disponível
para
atender
seus
clientes/pacientes de maneira mais eficaz, evitando inclusive situações de risco
como, por exemplo: agendar mais de um paciente no mesmo horário para o
mesmo profissional médico e receitar um medicamento da qual o paciente tem
alergia.
Embora no curto prazo a mudança no método prático de controle do
manual para o informatizado se mostre um desafio, a médio e longo prazo os
resultados são notáveis e todos os envolvidos na cadeia de atendimento, a saber:
cliente/paciente, colaboradores e profissionais médicos; terão benefícios: sendo o
cliente/paciente melhor atendido; o colaborador com maior facilidade para realizar
o seu trabalho; e o profissional médico com maiores e mais rápidas informações
relacionadas ao paciente em atendimento.
REFERÊNCIAS
ALBERTIN, A. L.. Enfoque Gerencial dos Benefícios e Desafios da Tecnologia
de Informação para o Desempenho Empresarial. Projeto de pesquisa
desenvolvido com o apoio do apoio do Núcleo de Pesquisa e Publicação (NPP)
da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação
Getulio Vargas (FGV). São Paulo: FGV-EAESP, 2003.
DEITEL, H. M.; DEITEL, P. J.
Java Como Programar. 4. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2003.
POPPER, K.R. Conjectures and refutations: The growth of scientific
knowledge. 4. rev.ed. New York: Basic Books, 1972.
KOTLER, P. Administração de marketing. A edição do novo milênio. 10ª ed. rev.
São Paulo. Prentice Hall, 2000.
LAS CASAS, Alexandre luzzi – Marketing de Serviços. 2ª ed., São Paulo: Atlas,
2000.
MACORATTI, José Carlos. Padrões de Projeto: O modelo MVC. Disponível em:
<http://www.macoratti.net/vbn_mvc.htm> Acesso em: 03 de set. 2012.
SCHMITT, C. A. Sistemas integrados de gestão empresarial: Uma contribuição no
estudo do comportamento organizacional e dos usuários na implantação de
sistemas
ERP.
Disponível
em:
<http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/15870/202544.pdf?sequen
ce=1> Acesso em: 25 de set. 2012.
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