VERA LÚCIA ARRUDA DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ Criciúma, 2004 VERA LÚCIA ARRUDA DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ Monografia apresentada à Diretoria de Pós-Graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, para obtenção do título de especialista em Saúde Pública e Ação Comunitária. Orientador: Prof. Eduardo de Oliveira Nosse Criciúma, 2004 “Os momentos mais esplêndidos da vida não são chamados dias de êxito, mas sim, aqueles dias em que, saindo do desânimo e do desespero, sentimos ergue-se dentro de nós um desafio: a vida e a promessa de futuras realizações”. (Gustave Flaubert) AGRADECIMENTOS Em todos os momentos da elaboração deste trabalho muitas foram às pessoas colaborações e que estiveram contribuindo presentes, positivamente para trazendo suas realização desta monografia. No desejo de demonstrar minha sincera gratidão a todos, registro aqui meus agradecimentos. A Deus por me acompanhar em todos os momentos difíceis dando-me forças, perseverança e capacidade de crescer dia a dia. A Claudia Peluso companheira de jornada pela paciência, carinho e compreensão. Aos meus amigos Adriana e Rimenez pelo incentivo que souberam dar. A meus filhos Regina e Marcelo pela tolerância que tiveram comigo em alguns momentos. Para meu companheiro João por sua compreensão de sempre. Aos funcionários do Hospital Regional de Araranguá, em especial aos setores de Farmácia e Higienização o meu muito obrigada pela colaboração, dedicação e apoio nos momentos de minha ausência. Ao professor e amigo Eduardo de Oliveira Nosse pela disponibilidade, dedicação e trocas de experiências. Para o professor Mário Ricardo Guadagnin pela sua atenção dispensada. À direção do Hospital Regional de Araranguá por possibilitar o desenvolvimento das atividades, fazendo com que o projeto se tornasse realidade. Finalmente o meu muito obrigada a todas as pessoas que de forma direta ou indiretamente contribuíram para realização desta monografia. RESUMO O objetivo do presente trabalho é fornecer dados para um diagnóstico dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSSS) do Hospital Regional de Araranguá (HRA), tornando como instrumento de pesquisa as fontes geradoras das diferentes unidades do referido hospital. No momento em que são instituídos mecanismos de segregação nas fontes geradoras de resíduos, haverá redução da contaminação da massa total dos mesmos. Entretanto, antes de afirmar que os RSSS constituem fatores de riscos a saúde e ao meio ambiente é necessário conhecer suas características e os processos de geração. O estudo de caracterização referente à problemática dos resíduos gerados no HRA, suas situações de riscos em relação ao manejo incorreto, aponta a necessidade de uma tomada de decisão, para união de esforços em conjunto a ações estratégicas em relação à escolha de um modelo de gerenciamento que possibilite mudanças comportamentais e que sejam capazes, através dos conhecimentos técnico-científicos efetivar propostas inovadoras e reorganizar todo sistema de manejo de resíduos do HRA. Contribuindo assim, para o despertar da consciência ecológica e atendimento as legislações vigentes. SUMÁRIO LISTA DE QUADROS .................................................................. 14 LISTA DE TABELA ..................................................................... 15 INTRODUÇÃO ............................................................................ 18 1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A INSTITUIÇÃO HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ ........................................................................ 21 1.1 Histórico do Hospital Regional de Araranguá estrutura administrativa, características e atividades desenvolvidas ........ 21 1.2 Distribuição dos leitos ......................................................... 23 1.3 Recursos humanos – RH ...................................................... 23 1.4 Assistência médica .............................................................. 25 1.5 Diagnóstico e terapia ........................................................... 26 1.6 Apoio técnico....................................................................... 26 1.7 Processamento e abastecimento .......................................... 27 1.8 Apoio administrativo ............................................................ 27 2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................ 28 2.1 Os Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde- RSSS ................ 28 2.1.2 Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde ................ 32 2.1.3 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (PGRSSS) ........................................................................ 34 2.1.4 Contribuições e vantagens de um PGRSS ............................. 35 2.1.5 Potencial de Risco dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde 36 2.1.6 Classificação dos RSSS ...................................................... 38 2.1.7 Tratamento de RSSS ........................................................... 47 2.1.8 Caracterização dos RSSS .................................................... 50 2.1.9 Caracterização Analítica ...................................................... 51 2.2 Caracterização em Função da Origem ................................... 52 3. METODOLOGIA ...................................................................... 54 3.1 Preparação das Amostras..................................................... 55 4. DIAGNÓSTICO........................................................................ 59 4.1.1 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde do Hospital Regional de Araranguá ................................................... 59 4.1.2 Pronto Socorro ................................................................... 60 4.1.3 Centro Obstétrico................................................................ 62 4.1.4 Berçário ............................................................................. 63 4.1.5 Bloco Cirúrgico ................................................................... 63 4.1.6 Clínica Médica .................................................................... 64 4.1.7 Clínica Cirúrgica ................................................................. 66 4.1.8 Clínica de Pediatria............................................................. 68 4.1.9 Clínica Particular e Maternidade ........................................... 69 4.2 Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ....................................... 71 4.2.1 Serviços de diagnóstico e terapia-hemoterapia ...................... 73 4.2.3 Serviço de Radiologia ......................................................... 74 4.2.4 Laboratório de Análises Clínicas .......................................... 75 4.2.5 Clínica de Nefrologia – Hemodiálise ..................................... 76 4.2.6 Farmácia ............................................................................ 77 4.2.7 Farmácia Satélite ................................................................ 79 4.2.8 Setor de Nutrição e Dietética ............................................... 79 4.2.9 Serviço de Enfermagem ....................................................... 81 4.3 Serviço de Arquivo Médico e Estatística – SAME .................. 82 4.3.1 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH ............. 82 4.3.2 Serviço Social .................................................................... 83 4.3.3 Fisioterapia ........................................................................ 83 4.3.4 Lavanderia ......................................................................... 84 4.3.5 Central de Esterilização ...................................................... 84 4.3.6 Recepção e Internação ........................................................ 85 4.3.7 Administração Hospitalar ..................................................... 85 4.3.8 Departamento Pessoal e Faturamento ................................... 86 4.4 Setor de Compras e Almoxarifado ........................................ 86 4.4.1 Serviço de Manutenção Geral .............................................. 87 4.4.2 Higienização e limpeza ........................................................ 87 4.4.3 Ambulatório e cosultórios médicos ........................................ 88 4.4.4 Lanchonete do Hospital Regional de Araranguá ..................... 89 4.4.5 Quarto dos médicos ............................................................ 90 4.4.6 Lixeiras externas ................................................................ 90 5. CARACTERIZAÇÃO ................................................................ 91 5.1. Caracterização dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ................................................. 91 5.1.2 Análise e discussão dos resultados ...................................... 92 5.1.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 92 5.1.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 95 5.1.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 97 5.1.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 100 5.1.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 102 5.1.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 104 5.1.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 106 5.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias ............................................................. 109 5.2.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 111 5.2.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 113 5.2.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 116 5.2.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 119 5.2.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 120 5.2.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 121 5.2.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 122 5.2.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 123 5.2.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 124 5.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias ............................................................. 125 5.3.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 126 5.3.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 127 5.3.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 128 5.3.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 129 5.3.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 132 5.3.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 133 5.3.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 134 5.3.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 135 5.3.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 137 5.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias ............................................................. 138 5.4.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 140 5.4.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 141 5.4.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 143 5.4.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias .................................................................... 145 6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................. 152 6.1 Diagnóstico ......................................................................... 152 6.2 Taxa de geração de RSSS do Hospital Regional de Araranguá ................................................................................................. 156 7 SUGESTÕES ........................................................................... 160 CONSIRAÇÕES FINAIS ............................................................... 162 REFERÊNCIAS ........................................................................... 165 ANEXOS .................................................................................... 169 LISTA DE QUADROS Quadro 01 Processo de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (RSSS) ............................................................................ 49 Quadro 02- Considerações do atual gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde encontrados no Hospital Regional de Araranguá em relação ao que estabelece a RDC nº 33 25/02/2003 ....................... 157 LISTA DE TABELA Tabela 01 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Bloco Cirúrgico do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) .................................................................... 94 Tabela 02 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Pronto Socorro do Hospital Regional de Araranguápor um período de sete dias (set/2003) .................................................................... 97 Tabela 03 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Pediatria do Hospital Regional de Araranguá num período de sete dias (set/2003) .................................................................................. 99 Tabela 04 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Centro Obstétrico do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) ................................................................ 101 Tabela 05 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Clínica Particular e Maternidade do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) ............................................... 104 Tabela 06 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Berçário do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) .................................................................................. 106 Tabela 07 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) ............................................... 108 Tabela 08 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Hemodiálise do |Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) .................................................................... 111 Tabela 09 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) ............................................... 112 Tabela 10 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Central de Esterilização do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) .................................................... 114 Tabela 11 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Fisioterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003)............................................................................ 116 Tabela 12 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Farmácia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (ago/2003) ........................................................................... 118 Tabela 13 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Necrotério do Hospital regional de Ararangua por um período de sete dias (set/2003)............................................................................ 119 Tabela 14 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Raio-X do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) .................................................................................. 120 Tabela 15 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Farmácia Satélite do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) .................................................................... 122 Tabela 16 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados Administração do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (ago/2003).................................................................... 123 Tabela 17 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Hemoterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) .................................................................... 124 Tabela 18 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Faturamento e Setor Pessoal do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) ............................................... 125 Tabela 19 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Setor de Compras e Almoxarifado do Hospital Regional de Araranguá por período de sete dias (set/2003) .............................................. 126 Tabela 20 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Internação do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set-out/2003) ...................................................................... 127 Tabela 21 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Quarto dos Médicos do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) ................................................................ 128 Tabela 22 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Sala de Enfermagem do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) .................................................... 129 Tabela 23 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Lavanderia do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (ago/2003) ........................................................................... 131 Tabela 24 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Central Telefônica do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) ................................................................ 132 Tabela 25 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Ambulatório de Ortopedia do |Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) .................................................... 134 Tabela 26 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nos Banheiros do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (set-out/2003) ...................................................................... 135 Tabela 27 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Corredor III do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) ........................................................................... 136 Tabela 28 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Lanchonete do hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) ........................................................................... 138 Tabela 29 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nas Lixeiras Externas do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) .................................................................... 139 Tabela 30 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Manutenção do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) ........................................................................... 141 Tabela 31 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Setor de Nutrição e Dietética do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003 ................................................ 142 Tabela 32 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Clinica Cirúrgica do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) .................................................................... 144 Tabela 33 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Clínica Médica do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (ago-set/2003) .............................................................. 147 Tabela 34 – Descrição quali-quantitativa dos residuos encontrados no hospital regional de ararangua por um periodo de dois meses (ago/out 2003) ......................................................................................... 148 INTRODUÇÃO A problemática dos resíduos sólidos sejam eles derivados dos setores urbanos domésticos ou da prestação de serviços de saúde tem causado muitas discussões nos diversos segmentos da sociedade. O aumento da geração de resíduos deve-se à concentração demográfica nas grandes cidades, ao consumo elevado de bens, causando aumento significativo de resíduos tanto nas residências como nos setores públicos, naqueles originados dos processos industriais e também daqueles que resultam das prestações dos serviços de saúde. O destino final dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (RSSS) é motivo de preocupação, pois a falta de um manejo correto afetará ao meio ambiente e será depósito de microorganismos patogênicos que constituirão um problema de saúde pública. No Brasil há mais de trinta mil unidades de saúde produzindo os resíduos, e na maioria das cidades a questão do manuseio e da disposição final não está resolvida, sendo que algumas unidades de saúde desconhecem as quantidades e a composição dos resíduos que produzem. (FERREIRA, 1995). A situação dos RSSS é, portanto preocupante, pois de acordo com dados do IBGE (1991), 90% dos municípios despejam seus resíduos a céu aberto, 45% dos municípios recolhem os mesmos juntamente com seus resíduos domésticos, sendo que estes terão o mesmo destino, lixões, e nos demais municípios em que existe coleta diferenciada, apenas 6,4% possuem tratamento adequado. Muitos trabalhos científicos alertam para os riscos associados aos resíduos infectantes, pois muitos fatores contribuem para a sobrevivência de agentes dotados de elevada resistência às condições ambientais. Os resíduos sólidos produzidos em hospitais constituem um sério problema para seus administradores, embora representem uma pequena parcela em relação a todos os outros gerados por uma comunidade. Constitui-se, por outro lado, de extrema importância, pois os processos de manejo, acondicionamento e disposição final, quando realizados incorretamente, estarão contribuindo para a disseminação de doenças infecto-contagiosas, uma vez que são agentes causadores de poluição do meio ambiente. É notório que a maioria dos hospitais desconhecem os aspectos legais relacionados à geração de resíduos, não existindo nenhum programa efetivo que viabilize a minimização dos resíduos e prevenção da saúde do trabalhador envolvido nos processos de manejo. Segundo SENA (2001), a unidade hospitalar é serviço essencial à comunidade em geral e deve receber a atenção primária de toda a sociedade, para que o atendimento em saúde realizado por ela seja eficiente e atenda as necessidades da população. Esta instituição avançou muito nos últimos tempos, seja no campo das pesquisas médicas, no treinamento do pessoal desta área, na nutrição, dentre outras áreas. Porém, essas indústrias recebem severas críticas por deficiência, já que se diferencia de outros processos produtivos (serviços) por trabalhar com vidas humanas. O fato é que esse serviço é muito sensível a variações, sendo marcada por uma falta de estratégia de seus processos administrativos. Dentro desses contextos administrativos está inclusa a problemática dos RSSS, pois a falta de uma política fundamentada sob os aspectos legais e de planejamentos estruturados faz com que as questões de saúde pública ligadas às ambientais, sejam colocadas sempre em segundo plano, o que torna os processos ineficientes e abandonados, sem que relacionadas à temática. sejam tomadas as providências legais 1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A INSTITUIÇÃO HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ 1.1 Histórico do Hospital Regional de Araranguá estrutura administrativa, características e atividades desenvolvidas. O Hospital Regional de Araranguá pertence à Fundação Hospitalar de Santa Catarina e foi construído pelo Governo do Estado. A obra foi iniciada em 1979 e concluída em 1983, compreendendo uma área de 48.124m 2 , sendo que a área construída compreende 14.000m 2 , vale ressaltar que o mesmo foi equipado em 1986. Inaugurado em 17 de janeiro de 1986, pelo Governador do Estado Esperidião Amim Hellou Filho e aberto ao público em julho do mesmo ano após estar devidamente equipado. Sua primeira Administração foi realizada pela Sociedade Beneficente São Camilo, entidade Filantrópica, sediada em São Paulo, que permaneceu à frente do Hospital Regional de Araranguá até 31 de dezembro de 1990. Após a saída desta instituição o hospital foi administrado pelas seguintes entidades: 9 Fundação Hospitalar de Araranguá – entidade filantrópica iniciando as atividades em 1º de janeiro de 1991 a 13 de fevereiro de 1991; 9 Fundação Hospitalar de Santa Catarina – entidade pertencente ao Governo do estado. Administrou o mesmo de 14 de fevereiro de 1991 a 25 de março de 1991; 9 Prefeitura Municipal de Araranguá – administrou de 10 de abril de 1992 a 27 de novembro de 1992; 9 Associação Beneficente Deputado Afonso Ghizzo – entidade filantrópica: administrou de 28 de novembro de 1992 a 23 de fevereiro de 1995. A partir desta data o hospital é entregue ao Governo do Estado, sendo posteriormente fechado. O hospital foi reaberto à comunidade em 4 de abril de 1995 através da Fundação Educacional de Criciúma – FUCRI – com uma administração terceirizada através do Convênio com a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina que está à frente da Administração até os dias atuais. O Hospital Regional de Araranguá está localizado na Sede da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense composto por quinze municípios. Tem como característica principal atender todos os pacientes da região, prestando assistência médica de qualidade, oferecendo recursos de apoio a diagnóstico e terapia. Possui capacidade para 151 leitos, sendo que 135 estão disponíveis para pacientes de toda a comunidade dos municípios do Extremo Sul Catarinense. Os serviços de saúde são prestados pelo convênio SUS, particulares e planos de saúde. O hospital é classificado como hospital geral sendo referência regional por prestar atendimento médico em várias especialidades como: cirurgia geral, infectologia, ortopedia e traumatologia, anestesiologia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, otorrinolaringologia, unidade de terapia intensiva (UTI), cirurgia plástica e oftalmologia. 1.2 Distribuição dos leitos O hospital conta com 135 leitos ativos para internação, atendendo aos usuários da região da AMESC. Clínicas Clínica Médica Masculina e Feminina Clínica Cirúrgica Clínica Particular Maternidade Pediatria UTI Nº de leitos 38 35 10 16 26 10 1.3 Recursos humanos – RH O hospital Regional de Araranguá possui um quadro funcional de 266 funcionários, assim distribuídos: Administração: Profissionais da saúde: Controles Ambientais: Comissão Melhoramentos Internos: Manutenção e Serviços Gerais: Outros: autônomos: Total: 21 149 04 63 33 266 Segundo CASTELAR (1995), o hospital é um estabelecimento, cuja finalidade básica é o atendimento assistencial em regime de internação, sem que isso exclua o atendimento ambulatorial. As atividades que lhe são pertencentes incluem as de prevenção, terapêutica, reabilitação, ensino e pesquisa. Quanto à prestação de cuidados, são classificados como gerais, especializados e não especializados. Portanto, para o desempenho destas atividades com sucesso, devemos obedecer a uma hierarquia proposta para facilitar os processos e produtividade de forma integrada que irão resultar no conjunto de atividades realizadas pelo hospital. Esta hierarquização representa cada serviço ou atividade realizada dentro das ações conjuntas do hospital, resultando a seguinte identificação. 1.4 Assistência médica Relaciona-se aos serviços destinados ao atendimento direto aos pacientes, ficam assim estipulados: Anestesiologia, Bloco Cirúrgico, Pronto Centro Socorro Obstétrico, UTI, (emergência e urgência) Clínica Médica, Cirúrgica, Maternidade, Pediatria,Clínica Particular e Berçário. 1.5 Diagnóstico e terapia As prestações de serviços para pacientes internos e externos resultam em ações que apóiam, confirmam diagnósticos e estabelecem rotinas para resultados positivos da terapia escolhida. Incluem serviços de radiologia, hemoterapia, endoscopia, análises clínicas, eletrocardiograma e ultra-sonografia. 1.6 Apoio técnico O desenvolvimento de atividades hospitalares exige uma equipe multi-profissional que exiba conhecimento do processo gerencial e que possua habilidade e respaldo técnico para gestão hospitalar, conduzindo os diferentes segmentos da organização técnico- administrativa da instituição hospitalar. O apoio técnico é constituído pelos serviços de Farmácia, Nutrição e Dietética, Enfermagem, Serviço de Arquivo Médico e Estatística, Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, Serviço Social e Fisioterapia. 1.7 Processamento e abastecimento Este setor é responsável pelo processamento de roupas e Lavanderia, Central de Materiais e Esterilização, Geração de Vapor (caldeira). 1.8 Apoio administrativo Estão incluídos neste setor a Direção Geral, Administração, Manutenção Departamento Geral, Departamento Pessoal, Gerência Limpeza e Higiene Hospitalar. de de Compras, Faturamento, Enfermagem, Almoxarifado, 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Os Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde- RSSS Existem correntes contraditórias quando o assunto norteia a questão dos resíduos sólidos de serviço de saúde, surgindo diferentes conceitos básicos quanto às definições e termos empregados. SHNEIDER (2001), relata que a denominação atribuída aos resíduos de estabelecimentos de saúde é controversa. Muitos termos são usados como sinônimos: resíduo hospitalar, resíduo biomédico, resíduo infeccioso ou infectante. A USEPA (U.S Environment Protection Agency) considera resíduo perigoso, patógenos e o resíduo virulência sólido que suficientes são devido a quantidade capazes de de contribuir significativamente para ocasionar uma doença infecciosa, aumentando a mortalidade ou incapacitacão temporária, representando um risco real ou potencial à saúde humana ou ao meio ambiente quando inadequadamente tratado, armazenado, transportado e disposto de forma geral. RISSO (1993), considera a denominação Serviços de Saúde "como um termo mais apropriado e Resíduos de abrangente, pois estão incluídos os resíduos dos mais diversos estabelecimentos de assistência a saúde, além dos hospitais". A Associação Brasileira de Normas Técnicas através da norma técnica 12807 que tem por objetivo definir termos empregados em relação aos resíduos de serviço de saúde define: - Resíduo material: desprovido de utilidade para o estabelecimento gerador. - Resíduo comum: resíduo de serviço de saúde que não apresenta risco adicional à saúde pública. - Resíduo especial: resíduo de serviço de saúde do tipo farmacêutico, químico perigoso e radioativo. - Resíduo farmacêutico: produto medicamentoso com prazo de validade vencido, contaminado, interditado ou não utilizado. - Resíduo infectante: resíduo do serviço de saúde que, por suas características de maior virulência, infectividade e concentração de patógenos, apresenta risco potencial à saúde pública. - Resíduo químico perigoso: resíduo que de acordo com a NBR 10004, possa provocar danos à saúde ou ao meio ambiente. - Resíduo de serviço de saúde: resíduo resultante de atividades exercidas pelo estabelecimento gerador, de acordo com a classificação adotada pela NBR 12808. A resolução CONAMA nº 5/1993 estende-se ainda aos resíduos gerados em portos e aeroportos e terminais rodoviários e ferrovias. Risso diz ainda que: O r isco do manus e io d e s ubstâ ncias in fec tan tes nã o es tá a pen as re lac io nad a ao pesso al d e ser viços d e saú de , c omo ta mb ém sã o d e ten to res de riscos ocup aciona is p ara os c o le t or es o u c a tad or es d e l i xo e p es s oas qu e op er am e m loca is o nde esses res íduos sã o d ispos tos . (R ISSO , p . 50 , 1 993 ) A NBR 12807 considera que os RSSS são substâncias contaminadas por um número significativo de patógenos, sendo assim, os hospitais são geradores de materiais que apresentam um certo grau de toxicidade, sendo, portanto geradores de resíduos infectantes. BIDONE et all. (2001), considera que um perfeito trabalho de segregação se inviabiliza, pois na maioria dos hospitais não há sistema de treinamento pessoal e como conseqüência haverá um aumento na quantidade de resíduos infectantes. LEONEL (2002), relata que no Brasil a problemática dos resíduos não é assumida como uma questão a ser discutida, sendo vista apenas de maneira emergencial. Não existe integração entre órgãos públicos e privados, dos quais alguns serviços de saúde não encontram respaldo e apoio técnico devido à inexistência de uma política e gestão ambiental capaz de modificar a situação e de estimular mudanças de comportamento dos geradores de resíduos. TAKAYANAGUI (1993), ressalta que a organização do sistema de gerenciamento interno dos resíduos deve ser uma atividade programada dentro do processo administrativo do serviço de saúde, devido a sua importância em relação ao fator de risco na cadeia de infecção hospitalar. A prestação de serviço de saúde é uma atividade complexa afetada por uma série de fatores internos e externos (MEZOMO, 2001). BURMESTER & RICHARD (1995) apud LEONEL ressaltam que o hospital é, por excelência, um estabelecimento de cuidados de saúde. Portanto é responsável pela estruturação e gerenciamento de seus resíduos. Para RISSO (1993), o gerenciamento dos RSSS é visto como um instrumento capaz de minimizar ou até impedir os efeitos adversos do ponto de vista sanitário, ambiental e ocupacional. Para operacionais que frente ocorram á as mudanças problemática dos organizacionais RSSS é necessário e o envolvimento de toda a instituição hospitalar, fazendo com que todos os setores se preocupem para efetivação de um sistema de gerenciamento de RSSS eficiente, evitando que a responsabilidade e consciência sanitária da administração pública, tenham como base apenas a legislação para evitar penalidades (LEONEL & SHNEIDER, 2001). 2.1.2 Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde É de responsabilidade dos estabelecimentos prestadores do serviço de saúde promoverem programas de educação específicas para os profissionais inseridos nos processos da geração dos resíduos ao correto manejo, dando ênfase à responsabilidade participativa quanto aos processos corretos de descarte. De acordo com AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA, gerenciamento tem como significado o ato ou o efeito de gerenciar, dirigir com qualidade de gerente, exercer função de gerente. Para MANDELI (1991), o gerenciamento refere-se ao conjunto articulado de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, baseadas em critérios sanitários, ambientais, sociais, políticos, técnicos educacionais, culturais, estéticos e econômicos para geração, manejo, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. A palavra gerenciamento quase sempre dá idéia de um planejamento, programa que está diretamente ligado ao objetivo de cumprir ação de um empreendimento (RISSO, 1993). O objetivo de um programa de gerenciamento de resíduos infectantes é promover e proteger a saúde, reduzindo os impactos ambientais oriundos dos riscos apresentados por esses resíduos. Para a ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA (1997), o correto gerenciamento dos resíduos sólidos significa não só controlar e diminuir os riscos, mas também alcançar a minimização dos resíduos do ponto de origem, bem como a segurança para quem trabalha, evitando os riscos para a saúde do trabalhador. Segundo ANVISA, RDC nº 33 25/02/2003, o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde constitui-se de um conjunto de procedimentos de gestão planejada a partir de bases cientÍficas e técnicas, normativas e legais com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e meio ambiente. Para o sucesso de um plano de gerenciamento é necessário que haja, além dos requisitos legais, o empenho dos recursos humanos, sendo que estes deverão ter conhecimento do sistema adotado para o gerenciamento, como também saber os procedimentos preconizados para o manuseio, coleta e transporte. Devem estar cientes da importância da utilização dos equipamentos de proteção individual, visando não só sua própria segurança como de todos os usuários do serviço de assistência médica. Para FORMAGGIA (1995), quando se trata de hospitais o gerenciamento deve ser avaliado e acompanhado pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), particularmente no que se refere à programação de treinamentos para profissionais do setor de higiene e limpeza. Cabe salientar que os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde têm dificuldades para viabilizar programas de ação, pois é visível a falta de recursos financeiros, somados ao descaso das legislações específicas e a carência de conhecimentos técnicos científicos. Porém, nos últimos anos, há uma conscientização maior dos profissionais ligados a setores de assistência à saúde, fazendo com que surjam ações regulamentadoras, conjuntas surgindo e a então, observância processos das de normas mudanças comportamentais nos diversos seguimentos da sociedade, através das ações educativas que somadas resultam em qualidade de saúde e proteção ambiental. 2.1.3 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (PGRSSS) A questão dos RSSS é contemplada por um emaranhado de dispositivos legais das esferas federal, estadual e municipal no que se refere às responsabilidades e competências (Revista Meio Ambiente – edição 29 nº 28 – jan e fev. 2001). A nível federal vigora a Resolução CONAMA nº 5/ 283, onde PGRSSS é documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios de geração de resíduos e na sua minimização. Aponta e descreve as ações relativas ao seu manuseio no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública. Segundo a ANVISA RDC nº 33/2003 o PGRSSS deve ser elaborado pelo gerador de resíduos e estar de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e do meio ambiente, federais, estaduais e municipais. Aos estados as normatizações são vistas através das ações da vigilância sanitária que competem os procedimentos relacionados à saúde e aspectos de saúde ocupacional. Através de órgãos ligados à instituição do meio ambiente e licenciamento, e controle de emissão de fontes poluidoras, onde se incluem as instalações de tratamento e destinação final de constitucionalmente resíduos. sobre Aos questões municípios de interesse compete local, legislar ofertando serviços públicos essenciais, nos quais se enquadram os de limpeza urbana (coleta, tratamento e destinação final). 2.1.4 Contribuições e vantagens de um PGRSS O PGRSS contribui positivamente para o gerador de resíduos, porque diminui os acidentes ocupacionais, reduzindo os índices de infecção e posterior ausência de doenças ocupacionais. Promove redução do volume de resíduos por meio de métodos de segregação adequada, induzindo a reciclagem e a compostagem e estimulando a programação de cursos técnicos para a formação e capacitação de recursos humanos. O programa de RSSS estimula o desenvolvimento de novas tecnologias e de equipamentos voltados para as questões de RSSS, preservando a saúde pública e os recursos naturais, aumentando a vida útil dos aterros sanitários, e otimizando a sua utilização. 2.1.5 Potencial de Risco dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde De acordo com a resolução CONAMA nº 05/93, tratar resíduos significa descaracterizá-los em seu potencial de risco. BRILHANTE & CALDAS, apud SHNEIDER (2001), sintetizam a classificação de risco segundo a organização das Nações Unidas para Proteção Ambiental (United Nations Environment Protection – UNEP), como: Risco direto: probabilidade de que um determinado evento ocorra, multiplicado pelos danos causados por seus efeitos; Risco de acidente de grande porte: caso especial de risco direto em que a probabilidade de ocorrência do evento é baixa, sendo suas conseqüências bastante prejudiciais; Risco percebido pelo público: a percepção social do risco depende em grande parte de quem é a decisão sobre aceitá-lo ou não. Outras citações são feitas pelos mesmos autores: como o crônico; aquele que apresenta uma ação contínua por longo período, afetando a água, a vegetação, o solo, a saúde, e ao agudo decorrente da emissão de energia ou matéria em grande concentração, em um curto espaço de tempo. Os resíduos de substâncias perigosas e o risco toxicológico constituem um novo capítulo na história da sociedade contemporânea, que soube fazer, mas não soube dispor seus dejetos (BRILHANTE & CALDAS apud SHNEIDER, 2001). SHNEIDER (2001), conclui afirmando que muitos dos problemas que hoje enfrentamos constituem-se como resultado de mais de 200 anos de práticas impróprias de manejo de substâncias perigosas de origem diversas. Segundo NBR 10004/87, os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, podem ser classificados como: a)Classe I – Perigosos b)Classe II – Não inertes c)Classe III – Inertes Conforme esta norma a periculosidade de um resíduo está associada às características apresentadas por este em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto - contagiosas que possam apresentar risco à saúde pública, provocando ou acentuando, de forma significativa o aumento da mortalidade ou incidência de doença, e/ou risco ao meio ambiente, quando o resíduo é manuseado ou destinado de forma inadequada. Resíduos de classe I – Resíduos Perigosos – São considerados como perigosos todos os resíduos que apresentam pelo menos uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosidade, reatividade, toxicidade e /ou potogenicidade. Para SHNEIDER (2001), a questão do risco inerente aos RSSS é polêmica, problema, existindo não correntes havendo, contraditórias portanto um de consenso abordagem quanto a do sua classificação e a melhor forma de tratamento ou disposição final. Dados do MINISTÉRIO DA SAÚDE e da SECRETARIA de ASSISTÊNCIA a SAÚDE mostram que poucos são os municípios brasileiros que reconhecem a importância sanitária do RSSS e poucos são aqueles que se preocupam com o seu gerenciamento, principalmente quanto à disposição final, o mesmo acontecendo com os países latinos - americanos, mesmo aqueles onde algo está sendo feito os trabalhos são direcionados para hospitais e centros de saúde pública. 2.1.6 Classificação dos RSSS Para sucesso de um gerenciamento de RSSS é ponto fundamental a sua classificação pelo estabelecimento prestador de serviço de assistência à saúde. As classificações são variáveis, dependendo do objetivo a ser alcançado e das mudanças de procedimentos desejáveis em relação ao correto manuseio e posterior gerenciamento. É importante que cada estabelecimento classificação a gerador adotar de tendo resíduos como observe referência qual a melhor tipo de serviço o prestado, as características físico-químicas dos resíduos gerados, legislação vigente, destino final, origem ou procedência e o seu potencial de risco. A Resolução CONAMA nº 05/93, artigo 3º, adotou uma classificação para os resíduos sólidos de serviços de saúde em quatro grandes grupos, como segue: GRUPO A: resíduos que apresentam risco potencial à saúde e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos. - sangue e hemoderivados; animais usados em experimentação, bem como os materiais que tenham entrado em contato com os mesmos; excreções, secreções e líquidos orgânicos; meios de cultura; tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas; filtros de gases aspirados de água contaminada; resíduos advindos de área de isolamento; resíduos de laboratório; atendimento ambulatorial; resíduos resíduos de unidades de de sanitários de unidades de internação e de enfermaria; objetos cortantes ou perfurantes capazes de causar punctura ou corte, tais como lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escales, vidros quebrados e outros. GRUPO B: resíduos que apresentam potencial risco à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas: - drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados; resíduos farmacêuticos interditados ou não (medicamentos utilizados); demais vencidos, produtos contaminados, considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10004 (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). GRUPO C: rejeitos radioativos, como materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. GRUPO D: resíduos comuns, considerando todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente. Segundo a NBR 12809/93, os RSSS são classificados em três categorias: - Classe A: resíduos infectantes. A1- Biológicos: cultura inoculo, mistura de microorganismos e meio de cultura inoculado proveniente de laboratório clínico ou de pesquisa, vacina vencida ou inutilizada, filtro de gases aspirados de áreas contaminadas por agentes infectantes e qualquer resíduo contaminado. A2- Sangue e hemoderivados: bolsa de sangue após transfusão, com prazo de validade vencido ou sorologia positiva, amostra de sangue para análise, soro, plasma e outros subprodutos. A3- Cirúrgico anatomopatológico e exsudato: tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e outros líquidos orgânicos resultantes de cirurgia, necropsia e resíduos contaminados por estes materiais. A4- Perfurante ou cortante: agulha, lâmina de bisturi, ampola, pipeta, vidro. A5- Animal contaminado: carcaça ou parte de material inoculado exposto a microorganismos patogênicos ou portador de doença infecto-contagiosa, bem como resíduos que tenham estado em contato com este. A6- Assistência ao paciente: secreções, excreções e demais líquidos orgânicos procedentes de pacientes, bem como os resíduos contaminados por estes materiais, inclusive restos de refeições. - Classe B: resíduos especiais. B1- Rejeito radioativo: material radioativo ou contaminado com radionuclídeos provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear, e radioterapia. B2- Resíduo farmacêutico: medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados. B3- Resíduo químico perigoso: resíduos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, reativos, genotóxico ou mutagênico, conforme NBR 10004. - Classe C: Resíduo comum: Todos os resíduos que não se enquadram nos tipos A e B e que, por sua semelhança aos resíduos domésticos, por exemplo, resíduos de atividades humanas administrativas, dos serviços de varrição e limpeza de jardins e restos alimentares que não entraram em contato com pacientes. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), adotou uma classificação baseada na Resolução CONAMA nº 5 de agosto de 1993, Resolução CONAMA 283, de julho de 2001, a NBR – 10004 da ABNT – Resíduos Sólidos – Classificação, de setembro de 1987 e na NBR – 12808 da ABNT, de janeiro de 1993, e em outros estudos e documentos pertinentes ao assunto, como segue: GRUPO A (Potencialmente Infectante) - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. A1 - culturas e estoques de agentes infecciosos de laboratórios industriais e de pesquisa; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de engenharia genética. A2 - bolsas contendo sangue ou hemocomponentes com volume residual superior a 50 ml; kits de aférese. A3 - peças anatômicas (tecidos, membros e órgãos) do ser humano, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando não houver requisição prévia pelo paciente ou seus familiares; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando não houver requisição prévia pela família. A4 - carcaças, peças anatômicas e vísceras de animais provenientes de estabelecimentos de tratamento de saúde animal, de universidades, de centros de experimentação, de unidades de controle de zoonoses e de outros similares, assim como camas desses animais e suas forrações. A5 - todos os resíduos provenientes de paciente que contenham ou sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco IV, que apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação. A6 - kits de linhas arteriais endovenosas e dialisadores, quando descartados. Filtros de ar e gases oriundos de áreas críticas, conforme ANVISA, RDC 50/2002. A7 - órgãos, tecidos e fluidos orgânicos com suspeita de contaminação com proteína priônica e resíduos sólidos resultantes da atenção à saúde contaminação com de indivíduos proteína ou priônica animais (materiais com e suspeita de instrumentais descartáveis, indumentária que tiveram contato com os agentes acima identificados). O cadáver com suspeita de contaminação com proteína priônica não é considerado resíduo. GRUPO B (Químicos) - resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. B1 - farmacêuticos Os resíduos quando dos vencidos, medicamentos contaminados, ou dos insumos apreendidos para descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para consumo, que oferecem risco. Inclui-se neste grupo: - Produtos Hormonais de uso sistêmico; Produtos Hormonais de uso tópico, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos; Produtos Antibacterianos de uso sistêmico; Produtos Antibacterianos de uso tópico, quando descartados por distribuidores serviços de Medicamentos de saúde, medicamentos; Antineoplásicos; farmácias, drogarias e Medicamentos Citostáticos; Medicamentos Digitálicos; Medicamentos Imunossupressores; Medicamentos Imunomoduladores; Medicamentos Anti-retrovirais; B2 - farmacêuticos Os resíduos quando dos vencidos, medicamentos contaminados, ou dos insumos apreendidos para descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para consumo, que, em função de seu princípio ativo e forma farmacêutica, não oferecem risco. Inclui-se neste grupo todos os medicamentos não classificados no Grupo B1 e os antibacterianos e hormônios para uso tópico, quando descartados individualmente pelo usuário domiciliar.; B3 - Os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações; B4 – Saneantes, desinfetantes. B5 - Substâncias para revelação de filmes usados em Raios-X; B6 - Resíduos contendo metais pesados; B7 – Reagentes para laboratório, isolados ou em conjunto; B8 – Outros resíduos contaminados com substâncias químicas perigosas. GRUPO C (REJEITOS RADIOATIVOS) – são considerados rejeitos radioativos quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção “Licenciamento de especificados Instalações na norma Radiativas”, e CNEN-NE-6.02 para os quais – a reutilização é imprópria ou não prevista. Para fins deste Regulamento, entende-se como “Atividades Humanas” os procedimentos executados pelos profissionais dos serviços referidos no Capítulo I da Resolução RDC nº 33, de 25 de fevereiro de 2003. Enquadra-se neste grupo, todos os resíduos contaminados com radionuclídeos. As fontes seladas não podem ser descartadas, devendo a sua destinação final seguir orientações específicas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. GRUPO D (Resíduos comuns) – são todos os resíduos gerados nos serviços abrangidos por esta resolução que, por suas características, relacionados ao não necessitam acondicionamento, de processos identificação diferenciados e tratamento, devendo ser considerados resíduos sólidos urbanos - RSU. - espécimes de laboratório de análises clínicas e patologia clínica, quando não enquadrados na classificação A5 e A7; - gesso, luvas, esparadrapo, algodão, gazes, compressas, equipo de soro e outros similares, que tenham tido contato ou não com sangue, tecidos ou fluidos orgânicos, com exceção dos enquadrados na classificação A5 e A7; - bolsas transfundidas vazias ou contendo menos de 50 ml de produto residual (sangue ou hemocomponentes); - sobras de alimentos não enquadrados na classificação A5 e A7; - papéis de uso sanitário e fraldas, não enquadradas na classificação A5 e A7; - resíduos provenientes das áreas administrativas dos EAS; - resíduos de varrição, flores, podas e jardins; - materiais passíveis de reciclagem; - embalagens em geral; - cadáveres de animais, assim como camas desses animais e suas forrações. Obs: Os cadáveres de animais errantes ou domésticos, não são considerados RSSS. A destinação final destes deve ser feita de acordo com as normas municipais ou do Distrito Federal. Grupo E (Perfurocortante) – são os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar. - lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpem, ampolas de vidro, lâminas e outros assemelhados provenientes de serviços de saúde. -bolsas de coleta incompleta, descartadas no local da coleta, quando acompanhadas de agulha, independente do volume coletado. 2.1.7 Tratamento de RSSS No decorrer das décadas de 80 a 90 com o advento de doenças com o potencial infectante desconhecido surgiram muitas discussões sobre a conduta e os procedimentos relacionados à higiene hospitalar. O surgimento em 1980 de doenças infecto-contagiosas, como a AIDS fez surgir uma nova filosofia para a gestão de tratamento dos resíduos. Para RISSO (1993), o objetivo de tratar resíduos infecciosos é reduzir os riscos associados com a presença de agentes infecciosos, mudando suas características biológicas, tanto quanto reduzindo e eliminando seu potencial de causar doença. Segundo OROFINO (1996), não existe um sistema que se adapte igualmente a particularidade de cada estabelecimento gerador, grupo de estabelecimento ou mesmo para determinado município. Dados do Ministério da Saúde citados por SHNEIDER (2001), mostram que no Brasil, na maioria dos municípios, os RSSS não recebem nenhum tipo de tratamento especial. São coletados junto com os resíduos comuns e tem como destino final o mesmo utilizado pelos resíduos urbanos. Nesses casos, geralmente em deposições a céu aberto, onde um grande número de pessoas tem acesso livre para praticar a catação e ficam expostos a sérios problemas de saúde, devido ao contato direto com os resíduos e seus vetores que encontram nos lixos um local ideal para proliferação e alimentação. No Brasil os prestadores de serviço de saúde são vistos como instituições que possuem toda a responsabilidade em relação à geração de resíduos infecciosos quando sabemos que são muitas as fontes de resíduos perigosos, o que vem acontecendo devido à falta de conhecimentos técnico-científicos e a ignorância das legislações responsáveis. São muitas as metodologias para o tratamento de RSSS, sendo que não existe consenso de qual o melhor método a escolher para o tratamento de todos os resíduos infectantes. Segundo o Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT), a melhor solução deverá ser a combinação entre as variáveis locais como condições geográficas, infra-estrutura, disponibilidade de recursos, quantidade e distribuição de serviço de saúde. As questões referentes ao correto tratamento de RSSS são polêmicas sendo que caberá a cada gerador de resíduos o tratamento ideal de acordo com sua realidade, observando as características dos resíduos que produzem e as normas estabelecidas pela vigilância sanitária local, sendo assim, viabilizando o melhor tratamento para os resíduos gerados e contribuindo positivamente para a qualidade dos serviços oferecidos, como também reduzindo o risco de infecção e os impactos ambientais. Quadro 01 Processo de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (RSSS) MÉTODO CARACTERÍSTICAS GERAIS CARACTERISTICAS OPERACIONAIS Desinfecção mecânica/ química (“pulping”) Trituração dos resíduos seguido de desinfecção química, gerando efluente líquido. Mais apropriado para resíduos líquidos. A necessidade de conexão com a rede de esgoto; apresenta alto teor de cloreto dos efluentes. Utilização de compostos de amônia quaternária ou cetonas, álcoois, ácidos e peróxido de hidrogênio. Desinfecção química E s t e r i l i z a ç ã o a va p o r (Vapor saturado e pressão) Esterilizarão a vapor seguida de compactação Trituração seguida esterilização a vapor por Mais utilizado para equipamentos cirúrgicos, roupas e materiais em geral. Após o resíduo ser “autoclavado”, este é transportado hidraulicamente a um compactador. Trata-se de um equipamento de autoclave que possui um triturador no interior da câmara, capaz de triturar pequenos instrumentos cirúrgicos de aço inoxidável. Esterilizarão por gás/ vapor Ideal para termoinstáveis. Esterilização por laser Processo, quando comparado, envolve custos menores que de um incinerador Esterilização por plasma Aceita qualquer tipo de resíduo (liquido ou sólido). Esterilização por microondas Ideal uma primeira trituração dos resíduos, com posterior pulverização d’água, para melhor adequação dentro da câmara que o equipamento possui. Baseia-se no controle da temperatura, no tempo de retenção dos gases e na quantidade de ar necessária para a queima completa. Incineração materiais A u t o c l a ve atinge uma temperatura de operação de 121ºC a 132ºC, sendo necessário 15 a 30 minutos para o processo total. Redução do volume estimada em 60%. Utiliza vapor d’água a 138ºC, a uma pressão de 3.8 bars, sendo o processo totalmente automatizado. O volume original, após tratamento, ´r reduzido em aproximadamente 80%. Utiliza o gás óxido de etileno ou gás formaldeído para esterilizarão, porém ambos podem expor as pessoas a rico de saúde. Como a fusão dos materiais ocorre entre 3.780 e 5.540ºC, suas emissões são mais limpas e o material mais estéril. Utiliza uma temperatura de 1.090ºC, na qual o gás ionizado cria uma “tocha” de plasma. Aquecimento dos resíduos a mais de 90ºC. Permite uma redução de 90 a 95% do volume dos resíduos. Necessária a observação de variáveis como a localização, emissões gasosas poluentes, disposição das escórias e cinzas, bem como do treinamento dos operadores. F on te: Adap tação do te xto de R ISSO (1 99 3, p .56-7 8) 2.1.8 Caracterização dos RSSS A primeira condição para a credibilidade de um processo de gestão racional de resíduos de serviço de saúde é o conhecimento qualitativo e características quantitativo dos dos resíduos resíduos gerados gerados. surgirão os Através das métodos para estipulação de seu correto gerenciamento. No caso dos RSSS, esta operação consiste em uma adequada identificação dos materiais que os compõem. Os resíduos devem ser hierarquizados em função de determinadas características que os tornem importantes do ponto de vista sanitário, operacional e ambiental, mantendo-os em classes distintas (RISSO, 1993). Quando se conhecem os fatores de risco atribuídos aos RSSS, se está criando condições para estabelecer um correto gerenciamento, pois no conhecimento dos mesmos, uma vez que riscos e danos que poderão advir de tais resíduos, estar-se-á caracterizando-os. Para se estabelecer o grau de infectibilidade de um resíduo é necessário conhecer as áreas de maior ou menor risco dentro da unidade geradora e assim caracterizar o resíduo em função da sua procedência (SHNEIDER, 2001). No momento em que se deseja conhecer as quantidades de resíduos gerados, estimar o tipo de material a ser reciclado e estabelecer métodos de minimização das frações infectantes, a caracterização é fundamental, pois contribui para diminuição da contaminação da massa total de resíduos. A caracterização é a primeira atitude a ser tomada a fim de tornar possível a segregação adequada, o acondicionamento diferenciado, a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final. De acordo com RISSO (1993), existem duas maneiras distintas para se caracterizar um resíduo: caracterização analítica em função de amostragem e análises e segundo o ponto de geração, ou seja, em função da origem. 2.1.9 Caracterização Analítica O estudo é processado com a coleta da amostra, realizandose análises qualitativas e quantitativas dos resíduos, executando-se, análises físicas e químicas e raramente biológicas (RISSO, 1993). Este mesmo autor coloca que a análise dos diferentes materiais que compõem os resíduos e sua proporção em peso e volume na massa total, ou seja, quantificando as frações componentes por meio de triagem e medição, é conhecida como caracterização física. Enquanto na química verificam-se características como pH, umidade, teor de carbono e matéria orgânica, poder calorífico e teor de matéria combustível. Por fim, tem-se ciência de que a caracterização biológica determina a existência de determinados microorganismos previamente selecionados. A car ac ter izaç ão em massa ou vo lu me é u m d ado impor tan te p ar a o pr ogra ma d e ge r enc ia men t o a s er a do t ado e n or m al me nte é de ter m i nad o p ela mas s a dos r es íd uos s ól id os g er a dos e p e lo n úm er o de p ac i en tes a t end id os p or di a , r esu ltan do n a ta xa de g eraç ão . (SHN EID ER 2 001 , p . 20 ). A caracterização analítica é fundamental quando a finalidade é identificar a composição dos resíduos e quantificar os diferentes componentes da quantidade gerada. RISSO (1993), ressalta ainda que uma caracterização de resíduo em um determinado local em um dado período não servirá para retratar a realidade de outro local em época diferente nem no próprio local e data posterior, tornando-se somente um ponto de referência. 2.2 Caracterização em Função da Origem SHENEIDER (2001), coloca que a caracterização em função da origem é realizada pelo potencial de risco que o resíduo apresenta e viabiliza quando não se deseja utilizar os complexos procedimentos para amostragem e análises microbiológicas. Para o caso dos resíduos de serviço de saúde onde a característica “risco de infecção” deve ser considerada, a caracterização segundo o local pode ser usada. De acordo com SHENEIDER (2001), “quantificar os RSSS em cada setor hospitalar faz-se necessário, pois o conhecimento do volume da natureza de cada resíduo segregado pode orientar a seleção de formas adequadas de tratamento e disposição final dos resíduos”. Nos setores administrativos a geração de resíduos é semelhante aos resíduos comuns. Os setores de risco como áreas de isolamento, hemodiálise, laboratórios de microbiologia exigem atenção maior em relação ao manuseio dos RSSS, pois quanto maior os riscos de infectibilidade, maiores serão os cuidados durante o manejo dos resíduos. Segundo RISSO (1993), essa forma de caracterização na qual os riscos atribuídos aos resíduos em função do setor de geração mostram-se mais racionais e eficientes, além de mais rápida economicamente. Também FERREIRA (1995), destaca a importância de estudos de caracterização de resíduos, afirmando que necessidade de estudos de caracterização é cada vez maior, uma vez que o conhecimento detalhado dos mesmos é fundamental na determinação do modelo de gerenciamento, em particular a seleção dos métodos de tratamento e disposição final. (1997, p. 20). 3. METODOLOGIA O primeiro passo adotado foi à elaboração de um diagnóstico, caracterização e posterior proposta de implementação de um plano de gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de saúde do HRA. Em seguida, fez-se a caracterização interna do universo em estudo que teve como objetivo o levantamento de dados gerais, contendo a identificação do hospital, as atividades por ele desenvolvidas, capacidade instalada, horário de funcionamento, área do terreno, setores de atendimento, quadro de recursos humanos e físicos, especialidades médicas oferecidas. Vale ressaltar que as informações para o desenvolvimento dessa etapa foram cedidas pela própria instituição. Realizou-se levantamento do número de atendimento no Hospital Regional de Araranguá no período de agosto 2003 a outubro /2003, baseando-se nos relatórios de indicadores hospitalares fornecidos pelo setor de estatística através do consentimento da admistração do HRA. O objetivo da segunda etapa do trabalho foi a identificação das fontes geradoras de resíduos sólidos, onde realizou-se um diagnóstico dos setores hospitalares, através de visitas, observação dos procedimentos quanto ao manejo, segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos. Os dados foram anotados em planilhas e utilizados para confirmação da caracterização dos resíduos sólidos. O estudo de caracterização dos resíduos sólidos de serviço de saúde do HRA teve como objetivo o levantamento quantitativo e qualitativo desses, gerados por um período de sete dias consecutivos (segunda-feira a domingo), durante os meses de agosto a outubro de 2003. Os resíduos foram quantificados em todos os setores através de pesagens. Foram realizadas reuniões com o setor de limpeza e higienização do HRA para solicitação do recolhimento dos resíduos de setor a setor, explicando-se os métodos de identificação e como os resíduos seriam coletados para realização das pesagens no abrigo externo. Definidas as tarefas de toda a equipe de apoio, foram identificados os latões onde seriam depositados os resíduos coletados nos setores. 3.1 Preparação das Amostras Os resíduos de cada setor foram coletados em saco plásticos etiquetados e enviados ao local de pesagem, onde se realizaram as seguintes etapas: - Os sacos etiquetados foram pesados individualmente (peso inicial) - Espalhados sobre uma lona limpa - Separação dos resíduos segundo suas características físicas e potencial de contaminação (exemplo: papel, vidro, plásticos, peças anatômicas, fluidos orgânicos, etc). - Pesadas separadamente essas frações. - Os valores obtidos, anotados em planilhas. - Soma dos valores obtidos das frações dos resíduos para posterior verificação do peso encontrado, relacionando com a pesagem inicial. Vale ressaltar que a análise física dos resíduos tem como objetivo determinar o peso de cada fração componente e relacioná-lo ao peso total dos resíduos gerados em cada setor. Essa relação é expressa em porcentagem do total produzido no setor. As frações tiradas para pesagem foram: - Papel: papelão, papel carbono; - Papel (contaminado): papel higiênico e papel toalha; - Plástico: material de sondagem, equipos, escalpe, frascos de soro, bolsas soros, copos descartáveis, embalagens de material, garrafas de refrigerante e água; - Metal: latas de refrigerante e latas que continham alimentos; - Rejeito: todos os resíduos que não são passiveis de reciclagem (papel de bala, chicletes e embalagens de biscoitos e salgadinhos); - Peças anatômicas e tecidos orgânicos (placentas, tecidos humanos); - Perfurocortante: agulha, ampolas, escalpe, laminas. Todos os passos dos procedimentos propriamente dito foram realizados com auxílio de pinça metálica. O pessoal envolvido nas pesagens e separação dos resíduos estava devidamente paramentado (vestimenta própria) e fazendo uso dos EPI’s (equipamento de proteção individual) necessários. As caixas de material perfurocortante eram abertas com o auxílio de pinças e analisados visualmente, tendo por fim anotadas as características dos resíduos e posterior pesagem. Ao final da caracterização, tanto as caixas de perfurocortantes como os sacos foram fechados e dispostos no armazenamento externo. - Local: o processo de pesagem foi realizado em uma área externa do HRA, próximo ao abrigo externo de resíduos. Esta área foi escolhida por apresentar condições: área cimentada, com espaço suficiente e pela proximidade do armazenamento externo. precisão Equipamentos: igual a utilizou-se uma gramas, pinças cinco balança analítica metálicas, com vassouras, embalagens para lixo e equipamentos de proteção individual (luvas, máscaras, gorros, vestimenta e sapatos fechados). Transporte dos resíduos: o transporte e coleta interna dos resíduos foram realizados por funcionários da limpeza e higienização do HRA. Todo processo de caracterização dos resíduos teve o acompanhamento de uma equipe de apoio, composta por: trabalhadores do setor de limpeza e higienização do HRA, acadêmicos do curso de engenharia ambiental da UNESC, professores e orientadores do trabalho. Foram municípios de realizadas Tubarão, visitas Imbituba, às Unidades Criciúma e Hospitalares Urussanga, nos com a finalidade de verificar os processos de gerenciamento de seus resíduos e para troca de experiências com os profissionais envolvidos no processo. Também foram visitados locais de depósito de resíduos e áreas de incineração nos municípios de Laguna e Araranguá. 4. DIAGNÓSTICO 4.1.1 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde do Hospital Regional de Araranguá São poucas as informações a respeito de um diagnóstico conclusivo dos resíduos hospitalares. Considerando que os hospitais são por excelência estabelecimentos que visam o cuidado com a saúde, manutenção da preocupação prestados vida com que a e preservação geração exigem de do meio resíduos mudanças ambiente advindos relacionadas dos aos há uma serviços aspectos organizacionais, técnicos e operacionais do manejo destes resíduos. A determinação das quantidades de (RSSS) Resíduos de Serviço de Saúde é geralmente estabelecida de acordo com o número de leitos, não se podendo deixar de observar os diversos tipos de atividades desenvolvidas pela instituição: os serviços médicos prestados, o grau de complexidade das atividades, o número de pacientes que diariamente são atendidos, bem como a atenção dada aos pacientes externos. Buscando prestados e avaliar, garantir melhorar processos de a qualidade mudanças dos serviços organizacionais é fundamental que se realize uma análise dos processos hospitalares para se ter uma compreensão de todas as atividades desenvolvidas. No momento que se conhece as fontes geradoras de resíduos, criam-se subsídios para efetivar uma análise dos processos quantitativos dentro dos locais de atendimento dos diversos setores. Para consolidar a proposta de quantificar os resíduos das fontes geradoras, é necessário que se estabeleça um diagnóstico prévio e preciso de todas as atividades as quais resultam na produção de resíduos. 4.1.2 Pronto Socorro O Pronto Socorro é um setor que funciona 24 horas por dia, prestando um atendimento médio de 80 pacientes externos. Presta serviços que visam o diagnóstico e a terapia de pacientes acidentados, traumatizados ou acometidos de mal súbito, com ou sem risco iminente de vida. Os resíduos são gerados e descartados constantemente no Pronto Socorro, pois os pacientes atendidos apresentam variadas condições clínicas. Os materiais que serviram de apoio e utilizados nos procedimentos médicos são armazenados em sacos coletores brancos e descartados em lixeiras que estão identificadas, porém não são utilizadas corretamente, uma vez que há uma mistura dos resíduos gerados. Os perfurocortantes são descartados em dispositivo próprio (caixa de papelão) que contém as especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)-NBR 12808-janeiro de 1993. Após a observação de todos os processos realizados no Pronto Socorro conclui-se que existe uma grande quantidade de resíduos produzidos constantemente, uma vez que foram observados resíduos comuns, resíduos contaminados, perfurocortantes e restos de alimentos (orgânicos), não existindo também nenhum tipo de segregação. A operação de separação existente na unidade é apenas a utilização de lixeiras com tampas e sacos coletores brancos designados para o resíduo contaminado, bem como lixeiras com sacos pretos para resíduos comuns. Os resíduos são coletados em carros individuais que percorrem os locais dentro da fonte geradora, sendo o transporte interno realizado por funcionários da limpeza e higienização. Logo após são armazenados em um “expurgo”, sendo então processada a limpeza das salas de atendimento geral e apoio. O transporte dos resíduos infectantes e comuns é feito no mesmo carrinho, realizado duas ou três vezes ao dia ou quando necessário, em horário de menor fluxo de pessoal. Após o transporte interno os resíduos são armazenados externamente em uma área própria, onde ficam a espera do seu destino final. É importante citar que muitas vezes os resíduos de sacos menores são despejados em sacos coletores maiores, misturando-se toda massa de resíduos, ocasionando assim a sua contaminação total. 4.1.3 Centro Obstétrico A prestação de serviços médicos para assistência ao paciente é realizada com mulheres gestantes em trabalho de parto ou urgência obstétrica que entram no hospital via pronto socorro ou internação, sendo realizados também os primeiros cuidados com o recém-nascido. O setor possui as seguintes salas: sala de espera, que contém lixeiras sem tampas com sacos coletores pretos, designados para resíduos comuns. Sala de triagem obstétrica onde é feita a tomada de sinais vitais e exames ginecológicos, possuindo lixeiras com sacos coletores brancos e pretos. Sala de procedimentos, onde são realizados procedimentos de enfermagem como preparação de medicações e preparo da paciente para efetivação do parto normal ou cirúrgico, contendo nesta sala lixeira com saco coletor branco e caixas de papelão para dispor os perfurocortantes. Sala de parto, onde são realizados partos normais, o qual possui lixeiras com sacos coletores brancos, onde os resíduos são todos misturados. Sala de cirurgia, onde são realizados as cesarianas, tendo também uma lixeira com sacos coletores brancos, onde são dispensados todos os tipos de resíduos com exceção dos perfurocortantes. Este setor possui 3 quartos equipados para observação das pacientes gestantes em trabalho de parto e pós parto. Os resíduos dos mesmos são armazenados em lixeiras sem tampas com sacos coletores pretos. Os primeiros cuidados com o recém nascido são realizados em uma sala específica para banho, onde são efetivadas as pesagens, medicações e verificação dos sinais vitais, sendo os resíduos colocados em lixeiras sem tampas com sacos coletores brancos e coletados das salas de procedimentos por funcionários da limpeza e armazenados em expurgos para transporte com horários específicos, para posterior destinação final. 4.1.4 Berçário Este setor presta serviço de assistência ao recém-nascido que apresenta alguma alteração clínica, como nascimento prematuro. Os resíduos produzidos neste setor são eliminados em sacos brancos leitosos juntamente com os resíduos administrativos e restos de alimentos, sendo o material perfurocortante depositado em dispositivo próprio. 4.1.5 Bloco Cirúrgico Os procedimentos realizados no Bloco Cirúrgico englobam cirurgias eletivas e de emergência, bem como a recuperação pósanestésica e anestesiologia. pós-operatória, compreendendo atividades de O mesmo possui duas salas de procedimentos cirúrgicos: sala de apoio ao paciente pós-cirurgia, e durante anestesia e sala de espera. Nas salas de cirurgias os resíduos são dispostos em lixeiras sem tampas e sem pedais com sacos coletores brancos, sendo que existe uma mistura dos resíduos gerados, onde se encontram embalagens de materiais hospitalares, papel, frascos de soros, luvas de procedimentos, peças anatômicas, fluídos e tecidos orgânicos. Em cada sala de cirurgia e apoio ao paciente (recuperação) existe uma caixa para resíduos perfurocortante. Os resíduos são coletados dentro da fonte geradora por funcionários da limpeza e armazenados em um expurgo até seu transporte para o destino final. O Bloco Cirúrgico realiza uma média de 10 cirurgias/dia totalizando 300 intervenções cirúrgicas mensais. 4.1.6 Clínica Médica Na clínica médica há trinta e oito leitos para atendimento aos pacientes masculinos ou femininos. Os quartos disponíveis possuem banheiros e geralmente atendem de dois a três pacientes. Conta com várias salas, sendo elas: para espera, preparação de medicamentos, de reuniões, posto de enfermagem e outras como o expurgo. Atendendo a pacientes com diferentes tratamentos clínicos produz uma variedade de resíduos. Nos quartos existem lixeiras com sacos coletores pretos, onde é possível encontrar resíduos comuns como papéis, embalagens de alimentos, restos alimentares e também fluídos orgânicos. Nos banheiros são encontrados lixeiras com sacos pretos para papéis higiênicos e papéis toalha. Na sala de preparação de medicamentos foram encontradas lixeiras identificadas para resíduos comuns; lixeiras para plásticos; lixeiras para resíduos contaminados e lixeiras para equipos e caixa para perfurocortantes. No entanto, os procedimentos de segregação estavam, incorretos, havendo mistura de resíduos. Na sala de curativos, onde são realizados procedimentos com pacientes incapazes de locomoção, existem lixeiras tampadas com sacos brancos que acomodam materiais contaminados e dispositivos para os perfurocortantes. Durante as vinte e quatro horas o setor recebe atendimento dos funcionários da limpeza e higienização (pois existe diversificação de procedimentos clínicos, aumentando consideravelmente a geração de resíduos) que coletam dos quartos os sacos de lixos a partir das sete horas, os quais são armazenados no expurgo (banheiro desativado) ficando a espera do transporte que geralmente é feito a partir das doze horas e trinta minutos. Muitas vezes os sacos pretos são reaproveitados, surgindo então a mistura dos resíduos, já que foi observada pouca operação de segregação. Quando observadas as lixeiras do setor os seguintes resíduos foram identificados: escalpes, pacotes embalagens de de ataduras, seringas, papel equipos, higiênico, agulhas, luvas de procedimentos, bulas e caixinhas de medicamentos, caixas de luvas, material de sondagem, como várias sondas para aspiração traqueal, sondas de alívio e outras. Papéis (carbono e pardo), esparadrapo, gaze, espátulas (abaixador de língua) e materiais considerados perfurocortante: agulhas, giletes, lâmina bisturi, ampolagens, escalpes, frascos ampolas de medicamentos, abocath e vidros. 4.1.7 Clínica Cirúrgica A clínica tem a disposição de pacientes cirúrgicos, pré e pósoperatórios trinta e cinco leitos. Os quartos contêm três a quatro leitos, com banheiro próprio. A área física é constituída por um posto de enfermagem com sala para preparação de medicamentos. Os resíduos estão dispostos em lixeiras com tampas e identificações específicas: uma lixeira para papel, uma para plástico, uma para material contaminado e outra para equipos e caixa própria para perfuro -cortantes. Existe um banheiro para uso dos funcionários do setor que tem uma lixeira com saco coletor preto para papéis de uso sanitário e papel toalha. Nos quartos dos pacientes todas as lixeiras contêm sacos coletores pretos onde estão dispostos todos os tipos de resíduos, incluindo-se restos alimentares trazidos pelos visitantes, até algum tipo de material infectante. Nos corredores circulantes, as lixeiras contêm sacos coletores pretos e na sala de curativos são usados sacos brancos para acondicionamento dos resíduos contaminados. Quanto ao manejo dos resíduos produzidos na fonte, identificou-se que existe algum tipo de segregação, pois na abertura das lixeiras os materiais estavam separados. Os mesmos são retirados dos quartos dos pacientes e colocados no carrinho de transporte da fonte para o armazenamento externo normalmente a partir das doze horas. A limpeza é realizada das 7h às 13h. Não se pode deixar de mencionar que os funcionários da clínica cirúrgica realizam segregação dos resíduos gerados, porém por falta de treinamento e orientação a mistura acontece no momento da retirada do setor. Os resíduos ficam armazenados no próprio setor em uma sala (expurgo) até o momento do transporte final, realizado em carrinho com identificação: Lixo Hospitalar, às doze horas e trinta minutos pelos funcionários da higienização. A clínica cirúrgica gera resíduos como: esparadrapo, gaze, compressas de gazes, embalagens de seringas, agulhas, equipos, ataduras, gesso, abocath, escalpes e papel higiênico, caixas de medicamentos, bulas de medicamentos, garrafas de água mineral e refrigerante, frascos e bolsas de soro, sondas, giletes, lâmina de bisturi, frasco de álcool, bolsa coletora, contendo como material perfurocortante: agulhas, giletes, bisturi, ampolas de medicamentos, frasco de ampolas, abocath escalpes. 4.1.8 Clínica de Pediatria A pediatria do Hospital Regional de Araranguá atende crianças de trinta dias a quatorze anos. Possui 26 leitos, sendo composta pelo posto de enfermagem, onde são realizados procedimentos ao paciente, uma sala de preparação de medicamentos, uma sala própria para curativos e os primeiros cuidados com a criança quando da admissão no setor. Existe também uma sala para recreação infantil e outra para alimentação. Na copa são preparadas as mamadeiras. Nos quartos encontramos lixeiras com sacos coletores pretos com resíduos do tipo comum com raras porções infectantes. As lixeiras da sala de curativo e cuidados com a criança contêm sacos coletores brancos e uma caixa para perfurocortantes. Para outras dependências existem lixeiras sem tampa com sacos pretos, onde os resíduos estão todos misturados. Não se encontrou nenhum tipo de segregação no setor. Os resíduos encontrados foram: embalagens de seringas, agulhas, equipos, soros, luvas procedimentos, ataduras, frascos e bolsas de soros, fraldas, frascos de água mineral, canetas usadas, gaze, algodão, esparadrapo, compressas de gazes, absorventes higiênicos, frasco de cola, restos alimentares, garrafas de refrigerantes e material perfurocortante. Quanto à segregação de resíduos, só existe a separação do material contaminado (saco coletor branco). Entretanto estes resíduos são misturados quando realizada a limpeza do setor. Os resíduos são acondicionados em uma sala dentro do setor dispostos no piso para o transporte que será realizado por funcionários da limpeza e higienização a partir das doze horas. O setor de limpeza e higienização atende a Clínica Pediátrica das sete às doze horas e através de chamados, se houver necessidade. 4.1.9 Clínica Particular e Maternidade A Clínica Particular e Maternidade do Hospital Regional de Araranguá prestam atendimento a pacientes particulares, convênios, planos de saúde e SUS. Prestam serviços a pacientes gestantes, atendendo partos normais, cesarianas e tratamentos obstétricos. A unidade possui dezesseis leitos para pacientes Maternidade e dez leitos para pacientes particulares ou conveniados. da O setor conta com um posto de enfermagem, sala de preparação de medicamentos, banheiro para funcionários, sala de espera, de curativo e copa. Os resíduos gerados estão dispostos em lixeiras identificadas com letras “A” para resíduos contaminados; “D” (vermelho) para papel; “D” (azul) para plásticos, e lixeira para equipos. Apesar de todos estes processos de identificações, os resíduos encontram-se muitas vezes misturados. Nos quartos dos pacientes são colocadas lixeiras com sacos coletores pretos, onde existem resíduos de diferentes composições: papel, frasco de refrigerantes, copo descartável, guardanapos, casca de laranja, banana, copos de iogurte e farelos de alimentos, sendo tais resíduos resultados de alimentações trazidas pelos visitantes externos. Na sala de preparação de medicamentos as lixeiras possuem sacos coletores pretos onde são depositadas as embalagens de seringas, agulhas, equipos, escalpes, ataduras, luvas de procedimentos, embalagens de medicamentos, papéis e impressos administrativos. Os resíduos infectantes são gerados na sala de curativo e estão armazenados nas lixeiras com sacos coletores brancos. O material perfurocortante é colocado em caixa de papelão própria, onde estão as agulhas, abocath, escalpes, ampolagem, lâminas de bisturi, giletes e frascos de ampolas. seringas, Quanto ao processo de manejo destes resíduos, a segregação é incompleta, sendo a coleta feita pelos funcionários da limpeza, que armazenam tais resíduos em uma sala do corredor, esperando pelo transporte geralmente entre as doze e treze horas, horário considerado como de menor fluxo de pessoas e de trocas de roupas. Os resíduos são transportados até o abrigo externo onde aqueles considerados potencialmente infectantes serão destinados à queima e os comuns é recolhido pelo serviço de coleta pública do município de Araranguá. 4.2 Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Esta unidade é responsável pelo atendimento de pacientes com risco iminente de vida, necessitando de cuidados intensivos, contando a mesma com dez leitos para pacientes adultos. A sala de atendimento familiar possui lixeiras com tampa e pedal, onde se encontram papéis e papel toalha dispostos em sacos pretos. Também a sala de preparação de medicamentos possui uma lixeira com tampa e pedal com a identificação de resíduos químicos para insumos farmacêuticos. Lixeiras com tampas com identificação para acondicionamento de plásticos: embalagens de seringas, agulhas abocath, sacos e frasco de soro, copinhos usados para medicação e uma lixeira destinada ao papel que surge das embalagens de materiais e impressos administrativos. Os insumos farmacêuticos do posto de medicamentos têm supervisão mensal do setor de Farmácia que dará destino final, quando necessário. São realizados exames de radiologia, sendo as lâminas de raios-x reveladas na Radiologia. Para cada leito encontra-se uma lixeira com saco coletor branco com pedal e tampa, sendo identificado pela letra “A” (potencialmente infectante): gaze contaminada de secreções e sangue, esparadrapo, sondas de diversos da unidade, procedimentos, luvas de procedimentos e outros. Nos sanitários existem lixeiras com sacos coletores brancos para o papel higiênico e toalha. O setor tem um quarto para o médico plantonista e uma copa para refeições, onde são gerados resíduos alimentares de diversas origens, armazenados em sacos coletores pretos. A Unidade de Terapia Intensiva realiza o melhor processo de segregação de todo hospital. Os resíduos plásticos estão separados dos papéis e dos resíduos medicamentosos. Entretanto, ocorre mistura dos resíduos gerados, pois os procedimentos de manejo realizados pelo setor de Higienização e Limpeza são incorretos. O acondicionamento dos materiais perfurocortante é feito em dispositivo específico de acordo com ABNT (12808 – NBR). 4.2.1 Serviços de diagnóstico e terapia- Hemoterapia Agência transfuzional: este setor é composto por uma sala de espera e laboratório onde são processados os exames; quarto equipado para realização de transfusões a pacientes externos e uma sala para limpeza (lavagem dos materiais). Neste setor são realizados transfusões sanguíneas a pacientes internos, provas de compatibilidade sanguínea e pesquisa de anticorpos irregulares do receptor. As bolsas de sangue ficam armazenadas no setor, sendo mantido um estoque compatível com a demanda. O pedido de reposição de bolsas é feito ao Hemocentro Regional da Cidade de Criciúma. Vários materiais são utilizados para o processamento dos exames como: seringas, agulhas, equipos para transfusão, algodão, esparadrapo, escalpes e abocath. Após uso, as bolsas de sangue contendo eventuais resíduos são colocados em caixas de papelão comum, lacrados e encaminhadas para queima no abrigo externo do hospital. Nas dependências do setor existem lixeiras com sacos coletores brancos onde são designados os resíduos considerados contaminados e lixeiras com sacos coletores pretos para outros tipos de resíduos. 4.2.3 Serviço de Radiologia É constituído por salas de recepção para atendimento ao público externo e de prestação de serviços a pacientes internos. Sala de realização de exames de raios-x e espaço para câmara escura de processamento para todo serviço técnico-específico. O serviço de radiologia gera resíduos como papéis carbono, lâminas de acetatos que são conhecidos como filmes de raios-x, soluções como reveladores e fixadores. As lâminas de filme de raios-x são armazenadas em uma sala específica para posterior descarte ou é realizado a venda para RADITEC-Comércio e Assistência Técnica. Rua Araras, nº 222, Lagoa da Conceição, Florianópolis (SC). Tel: 48-2321030. Os produtos químicos (reveladores, fixadores ou dispersantes são recolhidos em frascos para armazenamentos ou encaminhados para venda para a empresa citada anteriormente). Existe uma grande demanda de pacientes para radiologia, sendo que são atendidos pacientes de toda a região da AMESC. No setor existem lixeiras sem tampas com sacos coletores pretos, onde a maioria dos resíduos é comum, como por exemplo, (restos alimentares de funcionários: biscoitos, balas, bolo e latas de refrigerantes). O setor de endoscopia, além dos resíduos já relacionados na radiologia, contém também uma caixa para materiais perfurocortantes, incluindo-se os seguintes resíduos: agulhas, frascos de medicamentos, ampolagem, seringas e escalpes. No eletrocardiograma e na ultra-sonografia foram identificados resíduos como: papéis carbono e impressos administrativos. 4.2.4 Laboratório de Análises Clínicas O setor laboratorial do Hospital Regional de Araranguá é responsável pela realização de exames aos pacientes internos e externos por convênios, SUS e particulares, auxiliando a equipe médica e servindo de apoio para confirmação do diagnóstico clínico. Os resíduos produzidos nesta fonte são papéis administrativos, papel carbono, papelão, embalagens plásticas de água destilada e álcool, esparadrapo, copos coletores de exames, luvas de procedimentos, frascos de álcool e detergentes. O material perfurocortante é acondicionado em caixa de papelão específica para este fim. 4.2.5 Clínica de Nefrologia – Hemodiálise O serviço de hemodiálise do Hospital Regional de Araranguá é um serviço terceirizado. Atende pacientes internos e da região da AMESC. O setor produz resíduos como: papel, copos descartáveis, embalagens plásticas e de produtos químicos, frascos de soro, equipos, seringas, luvas de procedimentos, embalagens de diversos materiais, guardanapo, fitas adesivas, esparadrapo, frascos plásticos e vidro de medicamentos, papel higiênico e toalha, filtro capilar, frascos de cola, corretivo e canetas usadas. No setor, são servidas refeições para pacientes e funcionários, portanto produz resíduos orgânicos. Todos os resíduos gerados no setor são considerados potencialmente infectantes e estão acondicionados em lixeiras sem tampas, com sacos coletores brancos. Quanto ao manejo desses resíduos, não existe nenhum tipo de segregação, porém na sala de recepção existe uma lixeira com saco coletor preto para resíduos administrativos. A limpeza e higienização do setor são realizadas por acondicionados em funcionários do Hospital Regional de Araranguá. Os resíduos perfurocortantes são bombonas plásticas de vinte litros que são armazenadas no abrigo externo de resíduos para posterior queima. O transporte dos resíduos segue os mesmos procedimentos que o restante dos setores do hospital, entretanto deve-se lembrar que a Clínica de Hemodiálise, sendo um serviço terceirizado do Hospital Regional de Araranguá, deveria ser responsável por seus resíduos, dando um destino final adequado. 4.2.6 Farmácia O setor de Farmácia é responsável pelo armazenamento, distribuição e controle dos medicamentos administrados aos pacientes. A área física é assim distribuída: sala para atendimento ao público interno, onde são efetuadas conferências e entrega dos pacotes de dose unitária. Conta com uma lixeira sem tampa com saco coletor preto, com resíduos comuns, papéis, impressos administrativos, carbono, embalagens de ataduras e caixas de papelão de diversas origens. Sala de circulação: onde fica o estoque de medicamentos do setor, sendo que a mesma possui lixeira com sacos coletores pretos onde os resíduos na sua maioria são comuns. Na sala de processamento de doses unitárias de medicamentos encontram-se duas lixeiras com sacos coletores pretos onde são colocados os resíduos como papéis, impressos administrativos, papel toalha, papel carbono, plásticos de embalagens de diversos materiais. Existe uma lixeira para o descarte de resíduos químicos para insumos farmacêuticos. Entretanto, vale salientar que não é feita a segregação e os resíduos estão todos misturados. Os medicamentos vencidos ou reprovados são colocados em caixas e entregues ao farmacêutico que faz a baixa no estoque e realiza o descarte ate o abrigo externo para o destino final. Existe uma sala que armazena medicamentos contendo substâncias psico-ativas capazes de causarem dependências físicas e psíquicas. Quando a validade de algum destes fármacos expira são realizados os procedimentos exigidos pelo órgão de vigilância sanitária municipal que os recebem, tomando as providências necessárias. O setor armazenamento e de Farmácia dispensa de também vacinas. O é responsável descarte das pelo vacinas vencidas ou que possuam qualquer alteração é feito pelo farmacêutico que encaminha para queima no pátio externo do hospital. Na sala de fracionamento e preparação das doses unitárias existe uma caixa de material perfurocortante, onde são eliminados materiais contaminados ou reprovados por diversos fatores, sendo que frascos de medicamentos são eliminados nas mesmas caixas de coleta dos materiais perfuro cortantes. 4.2.7 Farmácia Satélite A Farmácia Satélite é uma unidade secundária da Farmácia hospitalar. Sua função é atender o Centro Cirúrgico, prestando serviço, auxiliando e servindo de apoio às cirurgias e são poucos os resíduos gerados nesta unidade, pois é secundária à farmácia hospitalar. Produz papéis administrativos, papel carbono, papelão, frascos de degermantes e álcool. Embalagens de materiais de assistência a cirurgias como: embalagens de ataduras crepom e gessada de algodão ortopédico, seringas, agulhas, sondas, intracath, abocath, papel higiênico e papel toalha. 4.2.8 Setor de Nutrição e Dietética O Serviço de Nutrição e Dietética é responsável pela elaboração das dietas especiais dos pacientes internos, englobando também a cozinha do hospital onde são manipulados os alimentos destinados ao preparo de alimentação consumida pelos funcionários e pacientes internos, A cozinha e a copa geram resíduos comuns caracterizados como: restos alimentares que são originados da ingestão alimentar dos pacientes internos, sobra limpa do preparo de alimentos (restos orgânicos de vegetais e frutas); resíduos administrativos: materiais de uso não hospitalar como papéis, copos descartáveis, embalagens e latas de alimentos; resíduos sanitários: papéis higiênicos e toalhas de papel dos banheiros internos de uso exclusivo dos funcionários do setor; resíduos alimentares dos pacientes internos: sobras de alimentos trazidos dos quartos e colocados nas lixeiras disponíveis no setor que contém sacos pretos coletores. Vale salientar que os resíduos alimentares são misturados com os outros resíduos de alimentos produzidos no setor. A segregação dos resíduos gerados no Serviço de Nutrição e Dietética está dividida em: resíduos orgânicos da área de pré-preparo de alimentos que geralmente é realizado no período noturno e preparo de verduras e frutas em uma sala separada. Os restos do preparo dos alimentos são separados e descartados em uma lixeira separada na zona de preparo. As sobras de alimentos de origem animal como pele e ossos são destinados às lixeiras específicas com sacos coletores pretos. Porém, o que foi visualizado no setor mostra uma realidade diferente: as lixeiras estão disponíveis, mas os procedimentos de segregação não acontecem, havendo misturas de sobras de alimentos com plásticos diversos, carnes e ossos, latas e papel. Não existe armazenamento dos resíduos gerados no setor, pois as lixeiras são retiradas ao término de cada plantão ou quando necessário. O transporte dos resíduos é realizado por funcionário do setor juntamente com um funcionário do Serviço da Manutenção. O destino final dos resíduos alimentares é a coleta pública do município de Araranguá. 4.2.9 Serviço de Enfermagem A Enfermagem é distribuída em cinco postos de atendimento (as unidades de internação): Clínica Médica, Cirúrgica, Maternidade e Clínica Particular, Pediatria e Unidade de Terapia Intensiva, como também Cirúrgico são e designadas Pronto para Socorro. setores Além da específicos prestação como: de Centro serviços de assistência a pacientes, a Enfermagem é responsável pela organização e estruturação de suas unidades. Na sala de reunião de Enfermagem foram encontrados papéis administrativos, papel carbono, papel toalha, frasco de cola, corretivo, garrafa de água mineral, latas de refrigerantes e papel higiênico. 4.3 Serviço de Arquivo Médico e Estatística – SAME Este setor tem por finalidade arquivar, guardar e assegurar os prontuários clínicos dos pacientes, fornecendo informações como número de cirurgias realizadas, taxa de ocupação hospitalar, número de nascimentos e óbitos, elementos indispensáveis para a elaboração de relatórios fornecidos a diversos segmentos dos setores de atenção a saúde. Os resíduos gerados são papéis administrativos, papel carbono plásticos e outros. 4.3.1 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar tem como objetivos estabelecer normas para prevenção e controle de infecções hospitalares de seus pacientes e funcionários. Planejar e estabelecer acidentes de trabalho. Estes setores geram resíduos comuns, sendo o volume tão pequeno, que é inexpressivo. 4.3.2 Serviço Social O Serviço Social do Hospital Regional de Araranguá é responsável pelo setor de ouvidoria que atende as principais queixas em relação aos atendimentos internos e externos. Atende pacientes e familiares nas questões sociais, realiza análise de situações econômicas, reintegração social e familiar de pacientes internos e também faz atendimento aos pacientes que fazem uso do Ambulatório, com origem de todos os municípios da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense. O carbono, setor copos produz resíduos descartáveis, como garrafa de papéis água administrativos, mineral, papéis higiênicos e toalha dos banheiros dos funcionários. 4.3.3 Fisioterapia O Hospital Regional de Araranguá possui uma Clínica de Fisioterapia que presta serviços de terapia e reabilitação para pacientes internos e região da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense, atendendo também a planos de saúde e SUS. O setor produz resíduos como: papéis administrativos, papel carbono, garrafas de água, embalagens de salgadinhos e doces. 4.3.4 Lavanderia O setor de Lavanderia tem como principal objetivo transformar a roupa suja e contaminada em roupa limpa, na quantidade necessária em tempo adequado e com segurança. As roupas são recolhidas e depositadas na área suja, onde é processada a separação pelo grau de sujidade, além dos resíduos que vem juntamente com as roupas. Os resíduos encontrados neste setor são: papéis administrativos, papel carbono, materiais plásticos, sacos e sacolas plásticas, resíduos da máquina de lavar (plumas de tecidos, retalhos de confecção de roupas, estopas trapos, papel higiênico e papel toalha). É importante informar que muitas vezes junto da roupa que procede dos setores estão restos cirúrgicos, laminas de bisturi, giletes, instrumentos cirúrgicos, fraldas descartáveis, ataduras com resíduos de sangue e placentas. 4.3.5 Central de Esterilização A Central de Materiais do hospital é local onde são realizados todos os processos que visam a esterilização e limpeza dos materiais, além do acondicionamento, estabilização e distribuição os materiais. Os processos de esterilização são realizados por meio de auto claves e produtos químicos. Os resíduos produzidos são principalmente os comuns: papéis administrativos, materiais plásticos, embalagens plásticas de produtos químicos, papel higiênico e toalha e também resíduos alimentares, colocados em lixeiras sem tampa com sacos coletores pretos. 4.3.6 Recepção e Internação Tem como responsabilidade receber o paciente, coletar dados, informar e preencher as fichas de internação. Após a internação do paciente estar efetivada, o funcionário informa a clínica onde o paciente será destinado. Este setor contém os seguintes resíduos: papéis administrativos, papel carbono, restos de alimentos, embalagens de biscoitos, garrafas de água mineral e de refrigerantes. 4.3.7 Administração Hospitalar A parte administrativa do hospital envolve competências para resolver questões de diversas origens. atividades e Os resíduos produzidos neste setor são considerados básicos: copos descartáveis, garrafa de água mineral, papéis carbonos e administrativos, papel toalha e higiênico. 4.3.8 Departamento Pessoal e Faturamento Responsável pelo Faturamento das Contas dos pacientes e atividades pertinentes a planos de saúde e o convênio SUS. Os resíduos produzidos aqui são: papel carbono, impressos administrativos e copos descartáveis. No Setor Pessoal os resíduos gerados são basicamente os mesmos encontrados no setor de faturamento. 4.4 Setor de Compras e Almoxarifado O Setor de Compras e Almoxarifado é responsável pela aquisição e armazenamento de materiais e insumos hospitalares. Os resíduos deste setor são: plásticos, papéis administrativos, papel carbono, papelão, garrafas de acondicionados em lixeiras de sacos pretos. água mineral estão 4.4.1 Serviço de Manutenção Geral O Serviço de Manutenção é responsável pelo conserto da estrutura física (construções e instalações), sendo que realiza levantamento de equipamentos danificados e encaminhamento para empresa especializada (terceirizada) na manutenção dos mesmos. Realiza trabalhos de construção tanto na estrutura interna como externa do hospital. Este setor produz resíduos resultantes de consertos, reformas e atividades características. Os entulhos e restos de construção são armazenados em local escolhido onde se dará o destino final. 4.4.2 Higienização e Limpeza O Serviço de Higiene e Limpeza é responsável por processos de limpeza e remoção de sujeiras, detritos e assepsia de locais, aplicando produtos químicos específicos para desinfecção. Através dos procedimentos padrões para higienização e limpeza hospitalar estabelecidos pela C.C.I.H. (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), constatou-se que nem sempre os mesmos são cumpridos, principalmente quando se trata da separação e remoção de resíduos sólidos gerados nos diversos setores do H.R.A. (Hospital Regional de Araranguá). Verificou-se que não são cumpridas as exigências estabelecidas pelas normas NBR 12809, que trata do manuseio de resíduos de serviço de saúde e a N.B.R 12810 que fixa procedimentos para coleta dos resíduos de serviço de saúde. Neste setor a geração de resíduos é mínima, sendo observados apenas papéis impressos e frascos de produtos químicos utilizados para higienização. 4.4.3 Ambulatório e Consultórios Médicos O Ambulatório compreende o atendimento de pacientes internos ou externos que necessitam de procedimentos médicos na área de ortopedia, ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral, otorrinolaringologia e oftalmologia. O Setor Ambulatorial é composto de recepção, sala da assistente social, consultórios médicos, sala de gesso, sala para endoscopia e sanitários. As atividades do setor são coordenadas pela assistente social que atende a demanda de pacientes de toda região da AMESC e os pacientes internos. Os resíduos produzidos são papéis administrativos: papel carbono, papel toalha e higiênico, embalagens de ataduras crepom, gessada e algodão ortopédico, seringas, equipos, frasco de água mineral, latas de refrigerantes e gessos. 4.4.4 Lanchonete do Hospital Regional de Araranguá Os serviços da Lanchonete do Hospital Regional de Araranguá são terceirizados, sendo que geram resíduos semelhantes aos da cozinha do Hospital Regional de Araranguá. Possui lixeiras de vinte litros com sacos coletores pretos, onde estão depositados resíduos como: pão, biscoitos, bolo, salgados, doces, latas e frascos de refrigerantes, papel, guardanapo, latas de alimentos, gordura de frituras, casca de frutas (maçã, laranja, mamão), copos descartáveis, embalagens plásticas diversas, embalagens de biscoitos, salgadinhos e sorvetes. Os resíduos são coletados por funcionários próprios da Lanchonete e encaminhados ao abrigo externo do Hospital Regional de Araranguá, para posterior coleta pública funcionários do município de Araranguá. que é realizada pelos 4.4.5 Quarto dos Médicos Este local é destinado ao descanso e plantão dos médicos que prestam assistência aos pacientes internos, no período noturno e em feriados. Os resíduos gerados são: embalagens plásticas de lanches, copos descartáveis, garrafas e latas de refrigerantes, papel toalha e higiênico, carteiras de cigarros e restos alimentares. 4.4.6 Lixeiras Externas Estas lixeiras estão distribuídas nas portarias e entradas do Hospital Regional diversificada, de Araranguá. aparecendo restos A de geração de alimentos, resíduos é embalagens bem de salgadinhos, de sorvetes, de chocolates, copos descartáveis, papéis, frascos e latas de refrigerantes, pedra, flores, trapos, areia e material de “varrição” do pátio interno. 5. CARACTERIZAÇÃO 5.1. Caracterização dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá. A maioria das instituições sejam elas públicas ou privadas desconhecem suas reais situações perante as legislações legais e suas atribuições. Ao realizarmos um diagnóstico dentro de uma instituição o seu objetivo é recolher dados, subsídios e informações que após avaliação sejam capazes de promover mudanças organizacionais ou operacionais. O diagnóstico realizado no H. R.A. tem o objetivo de mostrar sua realidade com relação ao processo adotado quanto ao gerenciamento de RSSS comparando-o com o exposto em legislações vigentes, identificando as fontes geradoras e caracterizando qualitativamente e quantitativamente os resíduos. SOARES et al 1997, afirmam que “a primeira etapa de um processo de gestão racional passa obrigatoriamente pela caracterização qualitativa e quantitativa do elemento a gerir. No caso dos RSSS, esta operação consiste em uma adequada identificação de materiais que os compõem, sobre tudo os resíduos sépticos ou contaminados e os não sépticos ou comuns”. 5.1.2 Análise e discussão dos resultados Os dados referentes às amostras dos resíduos encontrados mostram os diferentes tipos de materiais que compõem os resíduos e também sua proporção em peso ou volume na massa total, quantificando-se as frações por meio da triagem e da medição. A seguir tabelas expondo resultados em peso, percentual, descrição geral e análise comparativa entre as resoluções CONAMA nº 5 de agosto de 1993 e resolução RDC nº 33 de 25 de fevereiro de 2003. 5.1.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias. Descrição geral dos resíduos encontrados no Bloco Cirúrgico: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, clips, fraldas, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, copos de iogurte, embalagem tetra pack, tubo de creme de barbear, caneta, medicamentos, esponja, propé, tubo de creme dental, aparelho de barbear, bombril, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, jornal, frasco de vidro de medicamentos, isopor, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath), tecido ósseo, artéria safena, tecidos humanos em geral. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, eletrodos, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: fio cirúrgico, esponja. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico filme. Trapos: compressa de tecidos, campo fenestrado. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, scalpes e outros. Metal: latas de refrigerante. Plástico contaminado: equipos, sondas, seringa. Material contaminado: vômitos, peças anatômicas, tecidos de origem humana, secreções, etc. Tabela 01 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Bloco Cirúrgico do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) Resíduos Metal Outros Fralda Trapo Orgânico Rejeito Plástico contaminado Atadura Gesso Algodão, gaze Papel, papelão, carbono Luvas de procedimento Papel higiênico, papel toalha Material contaminado Perfurocortante Plástico não contaminado Total Comentário: Peso (g) % 75 0,13 125 0,21 280 0,48 605 1,05 815 1,41 965 1,67 1120 1,94 1585 2,75 1585 2,75 3305 5,74 4145 7,189 5895 10,24 Anvisa (g) % CONAMA (g) % 280(PI)* 605(PI)* 0,48 1,05 1120(PI)* 1585(PI)* 1585(PI)* 3305(PI)* 1,94 2,75 2,75 5,74 5895(PI)* 10,24 7575 7845 9060 13,16 13,63 15,74 7845(PI)* 9060(PI)* 13,63 15,74 7575(PI)* 7845(PI)* 9060(PI)* 13,16 13,63 15,74 12560 57540 21,8 100 16905(PI)* 29,37 38855(PI)* 67,48 observação da através da tabela exposta, verifica-se que existem materiais que quando segregados corretamente podem ser recicláveis: os itens papel e plástico não contaminados são exemplos. 5.1.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Pronto Socorro: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, clipes, fraldas, chepa de cigarro, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, tubo de creme de barbear, caneta, medicamentos, esponja, aparelho de barbear, bombril, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, jornal, frasco de vidro de medicamentos, isopor, perfurocortante (agulhas, seringas, scalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frascoampola, frasco de água destilada, abocath,. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: lâminas de raios-X, fralda, máscara descartável. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frascos de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), embalagens de materiais, protetores de agulha, sacos plásticos, plásticos filme. Plástico contaminado: equipos, sondas, seringas, dânulas. Trapos: compressa de tecidos, roupas rasgadas dos pacientes. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, escalpes e outros. Metal: latas de refrigerante, cano de descarga de automóvel. Tabela 02 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Pronto Socorro do Hospital Regional de Araranguápor um período de sete dias (set/2003). Peso ( g) % R e s íd uos Vidro ( frasc o med ica mentos) O u tros Ab aixador d e língu a M e ta l R e je i to Ata dura G esso T rap o Ma ter ia l con tamin ado Or gâ nic o Plás tico con tamin ado G az e , a lg od ão L u vas d e pr oced imen to Pa pe l, pa pe lã o , car bon o P er f uroc or ta n te CONA MA ( g) % de P l ás t ic o n ão c on ta m ina do Pa pe l h ig iên ico , pap el to alha T ot a l Comentário: Anvisa ( g) % o 1 25 1 55 2 85 6 60 8 95 2 075 2 270 2 895 3 125 3 145 3 455 3 940 5 720 5 995 6 925 1 038 0 1 449 0 6 653 5 Pronto 0 ,18 0 , 23 0 ,42 0 , 99 1 , 34 3 ,12 3 ,41 4 ,35 4 ,7 4 ,72 5 ,19 5 , 91 8 ,59 8 ,99 1 0 ,4 1 5 ,5 8 2 1 ,7 7 1 00 1 25( PI) * 0 ,18 1 25( PI) * 0 ,18 2 85( PI) * 0 ,42 2 075 (PI)* 2 270 (PI)* 2 895 (PI)* 3 125 (PI)* 3 145 (PI)* 3 455 (PI)* 3 940 ( P I ) * 5 720 (PI)* 3 ,12 3 ,41 4 ,35 4 ,7 4 ,72 5 ,19 5 , 91 8 ,59 3 125 (PI)* 4 ,7 6 925 ( P I ) * 1 0 ,4 6 925 ( P I ) * 1 0 ,4 1 5 ,2 8 1 449 0( PI) * 4 845 0( PI) * 2 1 ,7 7 7 2 ,7 6 1 017 5( PI) * Socorro é um setor que presta atendimento ao público em geral, tendo grande complexidade de atendimento, resultado este evidenciado no aparecimento de elevados percentuais em luvas de procedimento, papéis em geral e uso sanitário. 5.1.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Pediatria: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, palitos de dente, clips, fraldas, absorventes, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, creme de caneta, medicamentos, esponja, tubo de creme dental, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, jornal, frasco de vidro de medicamentos, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, eletrodos, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: luva de borracha. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), embalagens de materiais, protetores de agulha, sacos plásticos, plásticos filme. Plástico contaminado: equipos, sondas, dânulas, seringas. Trapos: compressa de tecidos. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, escalpes e outros. Metal: latas de refrigerante. Tabela 03 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Pediatria do Hospital Regional de Araranguá num período de sete dias (set/2003) Resíduos Outros Embalagem tetra pak Metal Vidro (frasco de medicamentos) Luvas de procedimento Rejeito Gaze, algodão, esparadrapo Trapo Plástico contaminado Papel, papelão, carbono Orgânico Papel higiênico, papel toalha Perfurocortante Plástico não contaminado Fralda Total Peso (g) 30 30 105 180 240 390 520 550 610 810 3695 4060 4930 5885 20800 42835 % 0,07 0,07 0,24 0,42 0,56 0,91 1,2 1,28 1,42 1,89 8,62 9,48 11,5 13,,73 48,55 100 Anvisa (g) % 180(PI)* 0,42 4930(PI)* 11,5 CONAMA (g) % 180(PI)* 240(PI)* 0,42 0,56 520(PI)* 550(PI)* 610(PI)* 1,2 1,28 1,42 4060(PI)* 4930(PI)* 9,48 11,5 20800(PI)* 48,55 5110(PI)* 11,92 31890(PI)* 74,41 Comentário: o item fralda foi o que mais se destacou em níveis percentuais devido à natureza dos atendimentos do setor. 5.1.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Centro Obstétrico: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, sondas, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de materiais, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, carbono, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, absorventes, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel pardo, tubo de creme de barbear, medicamentos, aparelho de barbear, frasco de vidro de medicamentos, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath), placentas, absorventes, luvas ginecológicas). Outros: carbono. Papéis: papel pardo, embalagem de materiais, embalagem de fio cirúrgico. Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro, embalagens de materiais, protetores de agulha, plástico filme. Trapos: compressa de tecidos, campo fenestrado. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, escalpes e outros. Material encontrava em contaminado: contato com todo e placentas, qualquer como resíduo papel que toalha, se luva cirúrgica, etc. Tabela 04 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Centro Obstétrico do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) Resíduos Outros Trapo Fralda Orgânico Plástico contaminado Gaze Papel Perfurocortante Luvas de procedimento Papel higiênico, papel toalha Plástico não contaminado Material contaminado Total Peso (g) 5 75 120 190 200 510 1020 1985 2225 4615 4755 22720 38420 % 0,01 0,19 0,31 0,49 0,52 1,32 2,65 5,16 5,8 12,01 12,38 59,13 100 Anvisa (g) 1985(PI)* % 5,16 CONAMA (g) % 75(PI)* 120(PI)* 0,19 0,31 200(PI)* 510(PI)* 0,52 1,32 1985(PI)* 2225(PI)* 4615(PI)* 5,16 5,8 12,01 22720(PI)* 59,13 22720(PI)* 59,13 24705(PI)* 64,29 32450(PI)* 84,44 Comentário: por falta de segregação os resíduos gerados são 100% contaminados, pois estão misturados a outros, que oferecem riscos. 5.1.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Clínica Particular e Maternidade: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, ossos de frango, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, palitos de dente, clips, fraldas, fechadura de janela, chepa de cigarro, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, tubo de creme de barbear, caneta, medicamentos, esponja, propé, tubo de creme dental, aparelho de barbear, bombril, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, jornal, frasco de vidro de medicamentos, isopor, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath,. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: caneta, esponja, tubo de creme dental, tubo de creme de barbear. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico filme. Plástico contaminado: equipos, sondas, seringas, dânulas. Trapos: compressa de tecidos, roupas rasgadas dos pacientes. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem escalpes e outros. Metal: latas de refrigerante. danificada, lâminas de bisturi, Tabela 05 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Clínica Particular e Maternidade do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) Peso (g) 280 540 650 Resíduos Metal Rejeito Atadura Vidro Trapos Plástico contaminado Gaze, algodão, esparadrapo Papel, papelão, carbono Luvas de procedimento Orgânico % 0,3 0,58 0,7 790 1070 1680 1970 3205 3875 4270 0,85 1,16 1,82 2,13 3,47 4,2 4,63 4690 papel 1247 0 1267 Plástico não contaminado 0 4394 Fraldas 0 9210 Total 0 5,09 13,5 3 13,7 5 Perfurocortante Papel higiênico, toalha Anvisa (g) % 790(PI)* 0,8 5 4690(PI) * 5,0 9 47,7 100 5480(PI) * 5,9 4 CONAMA (g) % 650(PI)* 0,7 790(PI)* 1070(PI)* 1680(PI)* 1970(PI)* 0,85 1,16 1,82 2,13 3875(PI)* 4,2 4690(PI)* 12470(PI) * 5,09 13,5 3 43940(PI) * 71135(PI) * 47,7 77,1 8 5.1.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Berçário: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, clips, fraldas, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, caneta, medicamentos, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, jornal, frasco de vidro de medicamentos, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath,. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: papelão, vidro, trapo. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico filme. Plástico contaminado: equipos, equipos bureta, sondas, seringas, dânulas. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, escalpes e outros. Metal: latas de refrigerante. Tabela 06 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Berçário do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003) Resíduos Rejeito Outros Gaze Luvas de procedimento Papel Orgânico Material contaminado Plástico Fralda Papel higiênico, papel toalha Total Peso (g) 35 65 105 450 520 585 1520 2420 2500 4660 12860 Anvisa % (g) % 0,27 0,5 0,81 3,5 4,03 4,54 11,81 1520(PI)* 11,81 18,8 19,44 36,2 100 1520(PI)* 11,81 CONAMA (g) % 105(PI)* 450(PI)* 0,81 3,5 1520(PI)* 11,81 2500(PI)* 19,44 4660(PI)* 36,2 9235(PI)* 71,76 5.1.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Unidade de Terapia Intensiva: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, ossos de frango, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, palitos de dente, clips, fraldas, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pak, grampo de roupa, espuma, tubo de creme de barbear, caneta, medicamentos, abaixador de língua, esponja, tubo de creme dental, aparelho de barbear, bombril, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, frasco de vidro de medicamentos, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath,. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: esponja, espuma, grampo de roupa. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico filme. Plástico contaminado: equipos, equipos bureta, sondas, seringas, dânulas. Trapos: compressa de tecidos. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, escalpes e outros. Metal: latas de refrigerante. Tabela 07 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) Peso (g) Resíduos Abaixador de língua Outros Vidro (frasco medicamentos) Metal Gesso Rejeito 40 70 % 0,04 7 0,08 170 215 230 645 0,2 0,25 0,27 0,76 Anvisa (g) % CONAMA (g) % 40(PI)* 0,047 170(PI)* 0,2 230(PI)* 0,27 de 170(PI)* 0,2 Atadura 1140 Gaze, algodão, esparadrapo Trapos Orgânico Papel, papelão 1305 1380 2715 3060 Plástico contaminado Luvas de procedimento 4915 6485 1197 0 1414 5 1761 5 1791 5 8401 5 Perfurocortante Papel higiênico, papel toalha Plástico não contaminado Fralda Total 1,35 1,55 5 1,64 3,23 3,63 5,83 6 7,71 14,2 4 16,8 3 20,9 6 11970(PI) 14,2 * 4 21,4 100 12140(PI) 14,4 * 4 1140(PI)* 1,35 1305(PI)* 1380(PI)* 1,555 1,64 4915(PI)* 6485(PI)* 11970(PI) * 14145(PI) * 5,836 7,71 14,24 16,83 17915(PI) * 21,4 59695(PI) 71,07 * 8 Comentário: devido à complexidade dos atendimentos há maior ou menor geração de materiais de assistência ao paciente. 5.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na hemodiálise: equipos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plásticas de medicamentos, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, clips, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, caneta, medicamentos, rolo medicamentos, filtro de papel capilar, higiênico, seringas, frasco de algodão, vidro de esparadrapo, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath). Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), embalagens de materiais, protetor de agulha, sacos plásticos, plástico filme. Plástico contaminado: equipos, sondas, seringas, filtro capilar. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, escalpes e outros. Metal: latas de refrigerante. Material contaminado: vômitos, fluidos corporais. Tabela 08 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Hemodiálise do |Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003) Peso Resíduos (g) Algodão 70 Rejeito 120 Vidro (frasco de medicamentos130 Atadura 180 Material Contaminado 600 Gaze 750 Orgânico 1275 Luvas de procedimento 1820 Papel, papelão, carbono 2440 Papel higiênico, papel toalha 9220 Plástico contaminado 10990 Perfurocortante 11000 Plástico não contaminado 20440 Total 59035 % 0,12 0,2 0,22 0,3 1,01 1,27 2,16 3,08 4,12 15,61 18,63 18,63 34,61 100 Anvisa (g) % 130(PI)* 0,22 600(PI)* 1,01 CONAMA (g) 70(PI)* % 0,12 130(PI)* 180(PI)* 600(PI)* 750(PI)* 0,22 0,3 1,01 1,27 1820(PI)* 3,08 9220(PI)* 15,61 10990(PI)* 18,63 11000(PI)* 18,63 11000(PI)* 18,63 11730(PI)* 19,86 34760(PI)* 58,87 5.2.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Laboratório de Análises Clínicas: luvas de procedimento, papel higiênico, papel toalha, latas de refrigerante, carbono, papel administrativo, gaze, algodão, frasco coletor de exames, embalagem de materiais, tubo de ensaio quebrado, ponteiras de pipetas, pet, caixa de medicamentos, frasco de soro, fezes diluídas, papelão, bastão de vidro, embalagens de salgadinhos, caixa de fósforos, carteira de cigarro, sacolas plásticas, frasco de reagentes. Rejeito: embalagens (chepa de cigarro, salgadinho, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro, pet, sacolas plásticas. Material contaminado: frascos coletores de exames que continham fezes diluídas. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como: tubo de ensaio quebrado, ponteiras de pipetas, bastão de vidro. Metal: latas de refrigerante. Tabela 09 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Resíduos Rejeito Metal Vidro (frasco de medicamento) Gaze, algodão Luvas de procedimento Peso (g) 45 105 120 320 330 % 0,43 0,99 1,13 3,02 3,14 Anvisa (g) % 120(PI)* 1,13 CONAMA (g) % 120(PI)* 320(PI)* 330(PI)* 1,13 3,02 3,14 Plástico não contaminado Papel, papelão Material contaminado Perfurocortante Papel higiênico, papel toalha Total 1155 1045 1910 2010 3495 10535 10,95 9,92 18,13 19,08 33,17 100 1910(PI)* 18,13 1910(PI)* 2010(PI)* 19,08 2010(PI)* 3495(PI)* 4040(PI)* 38,34 9185(PI)* 18,13 19,08 33,17 77,67 5.2.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Central de Esterilização: embalagens plásticas de papel higiênico e ataduras, luvas de procedimento, frascos de álcool, copos descartáveis, canudinhos plásticos, sache de maionese, casca de bergamota, laranja e banana, lata de refrigerante, papel pardo, sacolas plásticas, papel toalha, frasco de vidro de benzina, embalagem de biscoito, papel higiênico, frasco de produtos químicos, sonda endotraqueal, gaze, embalagem de chicletes, pet, trapos, ataduras, impressos administrativos. Rejeito: embalagens (biscoito, chicletes, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Papéis: impressos administrativos, papelão. Plástico não contaminado: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet). Trapos: compressa de tecidos. Metal: latas de refrigerante. Tabela 10 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Central de Esterilização do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Resíduo Metal Plástico contaminado Atadura Gaze Rejeito Trapos Vidro (frasco de produtos químicos) Luvas de procedimento Papel, papelão Papel higiênico, papel toalha Plástico não contaminado Orgânico Total Comentário: Peso (g) 30 30 50 60 140 450 % 0,47 0,47 0,78 0,94 2,2 7,09 590 670 760 9,3 590(PI)* 10,56 11,98 9,3 590(PI)* 670(PI)* 9,3 10,56 995 1025 1540 6340 15,69 16,16 24,29 100 590(PI)* 995(PI)* 15,69 percebe-se que Anvisa (g) neste % CONAMA (g) % 30(PI)* 50(PI)* 60(PI)* 0,47 0,78 0,94 450(PI)* 7,09 9,3 2845(PI)* setor há 44,83 falta de conhecimentos ou boa vontade de seus funcionários, pois conforme os dados da tabela anterior, evidenciou-se que há um alto percentual de orgânico (sobra de alimentos) o que não poderia acontecer, pois se trata de um setor de suma importância para os demais. 5.2.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Fisioterapia: embalagem plástica de papel toalha, papel toalha, embalagem de biscoito, papel chocolate, de papel bala, copos descartáveis, administrativo, plástico papel filme, de chicletes, canudinho de refrigerante, papelão, luva de procedimento, algodão, carbono, pedra, abaixador de língua, papel higiênico. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: pedra, abaixador de língua, carbono. Papéis: papelão, impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, refrigerantes (pet) Metal: latas de refrigerante. embalagens plásticas e Tabela 11 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Fisioterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Resíduo Algodão Rejeito Outros Luvas de procedimento Plástico Papel, papelão Papel higiênico, papel toalha Total Peso (g) 10 20 30 60 490 840 % 0,25 0,5 0,75 1,48 12,19 20,8 2570 4020 63,93 100 Anvisa (g) 0(PI)* % 0 CONAMA (g) 10(PI)* % 0,25 60(PI)* 1,48 2570(PI)* 2640(PI)* 63,93 65,66 5.2.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Farmácia: embalagens de salgadinhos, bala, chicletes, chocolate, copos plásticos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagem plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, clips, pedaços de fita adesiva, bulas, papel toalha, canudo de refrigerante, papel pardo, caneta, medicamentos, (ampolagem, frasco de vidro frasco-ampola, de frasco medicamentos, de água perfurocortante destilada), tubo de pomadas, luvas de procedimento. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: caneta, tubo de pomada. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), sacolas plásticas. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como: ampolagem danificada, agulhas, escalpes ou equipos reprovados. Metal: latas de refrigerante. frascos de medicamentos, Tabela 12 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Farmácia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (ago/2003). Resíduo Luvas de procedimento Metal Embalagens de medicamentos Outros Rejeito Medicamentos vencidos Orgânico Papel toalha Vidro (frasco de medicamentos) Perfurocortante Plástico não contaminado Papel, carbono, papelão Total Peso (g) Anvisa (g) % 30 30 0,05 0,05 40 110 230 0,065 0,18 0,38 290 290 1050 0,47 0,47 1,72 290(PI)* 1880 2857 3,09 4,7 180(PI)* 3,09 180(PI)* 3,09 2857(PI)* 4,7 2857(PI)* 4,7 % CONAMA (g) % 30(PI)* 0,47 290(PI)* 0,05 0,47 1050(PI)* 1,72 17315 28,382 36714 60,335 60836 100 3327(PI)* 8,26 4407(PI)* 10,03 Comentário: observa-se que os materiais perfurocortante não se enquadram na categoria de potencialmente infectante e sim na categoria de resíduos químicos (grupo B) por conterem sobras de medicamentos, conforme resolução RDC nº 33 de 25 de fevereiro de 2003. 5.2.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Necrotério: papel, flores, luvas de procedimento, algodão, gaze, embalagem de meia, saco plástico, dentadura, flores, caixa de camisa, tecido. Outros: tecido, dentadura. Papéis: papelão, papel. Plástico: sacos plásticos. Tabela 13 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Necrotério do Hospital regional de Ararangua por um período de sete dias (set/2003). Peso Resíduo (g) Algodão 50 Outros 50 Plástico 120 Luvas de procedimento 260 Papel, papelão 840 Flores 8740 Total 10060 % 0,49 0,49 1,17 Anvisa (g) % 260(PI) * 2,54 2,54 9,22 85,6 100 CONAMA (g) % 50(PI)* 0,49 0(PI)* 0 310(PI) * 3,09 5.2.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição embalagem de administrativo, geral dos salgados, papel resíduos carbono, toalha, encontrados luva papel de no Raio-X: procedimento, higiênico, papel papelão, copos descartáveis, papel de bala, lata de refrigerante, casca de maçã, laranja, embalagem de biscoito, tubo de creme dental, frascos plásticos, seringas, gaze, canudinho, equipo, vidro de medicamentos. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: tubo de creme dental, equipo. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, frascos plásticos. Tabela 14 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Raio-X do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Peso Resíduo (g) Outros 35 Luvas de procedimento 55 Orgânico 55 Vidro (frasco de medicamentos) 100 Rejeito 140 Plástico não contaminado 1100 Papel higiênico, papel toalha 1205 Papel, carbono, papelão 2330 Total 5020 Anvisa (g) % % 0,7 1,09 1,09 1,99 100(PI)* 1,99 2,79 21,91 24 46,4 100 100(PI)* 1,99 CONAMA (g) % 55(PI)* 1,09 100(PI)* 1,99 1205(PI)* 24 1360(PI)* 27,08 5.2.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição Satélite: papel geral higiênico, dos resíduos papel toalha, encontrados embalagens na Farmácia plásticas de material, frascos de álcool, papelão, papel administrativo, caixa de medicamentos, bulas, ampola quebrada, seringa, carbono. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem, ataduras. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico: frascos de álcool, embalagens plásticas de material. Trapos: ataduras usadas na limpeza.. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como ampolagem danificada. Tabela 15 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Farmácia Satélite do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Resíduo Perfurocortante Rejeito Trapos Gaze Papel higiênico, papel toalha Papel, carbono, papelão Plástico Total Peso (g) 10 10 30 80 675 1220 2360 4385 % 0,22 0,22 0,68 1,8 15,35 27,75 53,69 100 Anvisa (g) 10(PI)* 10(PI)* % 0,22 0,22 CONAMA (g) % 10(PI)* 0,22 30(PI)* 80(PI)* 675(PI)* 0,68 1,8 15,35 795(PI)* 18,05 5.2.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Administração: guardanapo, embalagens impressos plásticas, administrativos, papel toalha, restos copos de descartáveis, lanches, clips, embalagem de biscoito, pet, canudinho, maçã, gaze, papel higiênico, bolo, chepas de cigarro, papelão. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, chepa de cigarro, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: compressa de gaze. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), sacolas plásticas. Tabela 16 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados Administração do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (ago/2003). Peso Resíduo Outros Rejeito Orgânico Plástico Papel higiênico, papel toalha Papel, carbono, papelão Total (g) 20 45 104 415 % 0,8 1,81 4,2 16,74 845 1050 2479 34,08 42,42 100 Anvisa (g) % 0(PI)* 0 CONAMA (g) % 845(PI)* 34,08 845(PI)* 34,08 5.2.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Hemoterapia: papel higiênico, papel toalha, papel administrativo, papelão, gaze, luva cirúrgica, equipo com sangue, embalagem de medicamentos, frasco de soro. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico não contaminado: frasco de soro. Plástico contaminado: Equipo com sangue. Tabela 17 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Hemoterapia do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Resíduo Plástico contaminado Plástico não contaminado Gaze Luva de procedimento Papel, papelão Papel higiênico, papel toalha Total Peso Anvisa (g) % (g) % 10 1,42 40 5,66 50 7,09 80 11,35 160 22,69 365 51,77 705 100 0(PI)* 0 CONAMA (g) % 10(PI)* 1,42 50(PI)* 80(PI)* 7,09 11,35 365(PI)* 51,77 525(PI)* 74,46 5.2.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Faturamento e Setor Pessoal: Papel carbono, papel administrativo, disquetes, chapa de raio-X, pet, copos descartáveis, papel de bala e chicletes, papel higiênico, papel toalha, casca de banana, canudinho, casca de bergamota, sacolas plásticas, clips, meia. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: disquete, meia. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), sacolas plásticas. Metal: latas de refrigerante. Tabela 18 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Faturamento e Setor Pessoal do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Resíduo Metal Rejeito Outros Orgânico Papel higiênico, papel toalha Plástico não contaminado Papel, carbono, papelão Total Peso Anvisa CONAMA (g) % (g) % (g) % 30 0,71 60 1,42 150 3,57 170 4,04 190 4,52 190(PI)* 4,52 330 7,85 3270 77,84 4200 100 0(PI)* 0 190(PI)* 4,52 5.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição Compras e geral dos Almoxarifado: resíduos papel encontrados higiênico, copos no Setor de descartáveis, impressos administrativos, papelão, sacos plásticos, esponja, casca de laranja, papel toalha, caneta rolo de impressora, micropore. Rejeito: embalagens biscoito, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Outros: esponja, micropore, rolo de impressora. Papéis: papelão e impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, sacos plásticos. Tabela 19 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Setor de Compras e Almoxarifado do Hospital Regional de Araranguá por período de sete dias (set/2003). Resíduos Rejeito Outros Orgânico Plástico Papel higiênico, papel toalha Papel, papelão, carbono Total Peso (g) 20 105 250 370 1170 6135 8050 % 0,25 1,3 3,1 4,6 14,5 76,17 100 Anvisa (g) 0(PI)* % 0 CONAMA (g) % 1170(PI)* 14,5 1170(PI)* 14,5 5.3.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Internação: papel higiênico, impressos administrativos, carbono, copos descartáveis, banana, embalagem de biscoito, pet, sacola plástica, embalagem de chocolate, bala, chicletes, maçã, lata de refrigerante. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), sacolas plásticas. Metal: latas de refrigerante. Tabela 20 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Internação do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set-out/2003). Resíduo Rejeito Orgânico Plástico não contaminado Papel higiênico, papel toalha Papel, carbono Total Peso (g) 10 70 140 405 465 1090 Anvisa % (g) % 0,91 6,42 12,83 37,15 42,65 100 0(PI)* 0 CONAMA (g) % 405(PI)* 37,15 405(PI)* 37,15 5.3.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Quarto dos médicos: copos descartáveis, embalagem de medicamentos, embalagem tetra pak, papel higiênico, carteira de cigarros, pacote de salgadinho, clips, pet, casca de maçã, casca de laranja, embalagem de chicletes, bala, chocolate. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Papéis: papelão e impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet). Tabela 21 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Quarto dos Médicos do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Peso Resíduos (g) Rejeito 35 Papel, papelão 90 Orgânico 90 Plástico não contaminado 250 Papel Higiênico 1220 72,4 Total 100 % 2,07 5,33 5,34 Anvisa (g) Conama % (g) % 14,83 1685 0(PI)* 0 1220( PI)* 72,4 1220( PI)* 72,4 5.3.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Sala de Enfermagem: papel higiênico, papel toalha, papel de bala, copos descartáveis, embalagem de biscoito e salgadinho, casca de fruta, lata de refrigerante. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Papéis: impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis. Metal: latas de refrigerante. Tabela 22 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Sala de Enfermagem do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). . Resíduo Plástico Rejeito Metal Orgânico Papel Papel higiênico, toalha Total Peso (g) 10 15 30 40 80 % 1,78 1,17 2,24 3,12 6,25 1105 1280 86,04 100 Anvisa (g) % CONAMA (g) % 0(PI)* 0 1105(PI)* 86,04 1105(PI)* 86,04 papel 5.3.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Lavanderia: retalhos de tecidos, embalagens plásticas, sacolas plásticas, carretel de linha, pet, copos descartáveis, impressos administrativos, casca de banana, laranja e caqui, travesseiro, papel higiênico, papel toalha, atadura, luva de procedimento, mangueira, estopas, espumas, embalagens de chicletes, papel de bala, lâmpada, plumas da máquina de lavar, luva de borracha, trapos, termômetro, papel pardo, toca, placenta, propé, frascos de produtos de limpeza, placenta, fraldas, gaze. Rejeito: embalagens (chicletes, bala), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Outros: chinelo. Papéis: impressos administrativos. Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), sacolas plásticas, carretel de linha. Trapos: toca, propé, gaze e atadura usados na limpeza. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como: termômetro. Resíduos das máquinas: plumas retiradas das máquinas após lavagem das roupas e acessórios. Material de manutenção: esponjas, luva de borracha sujas de graxa, utilizadas na manutenção das máquinas do setor. Material contaminado: placenta que veio junto com a roupa suja do Centro Obstétrico. Tabela 23 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Lavanderia do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (ago/2003). Resíduos Perfurocortante Rejeito Orgânico Material Contaminado Papel Outros Gazes Luvas de procedimento Fraldas Material de manutenção Papel higiênico, papel toalha Resíduos das máquinas Trapos Plástico Total Peso (g) 20 65 175 305 370 430 715 960 1135 1480 2345 4710 6400 7365 26475 % 0,075 0,24 0,66 1,15 1,4 1,63 2,7 3,62 4,29 5,59 8,86 17,8 24,17 27,8 100 Anvisa (g) 20(PI)* CONAMA % (g) 0,075 20(PI)* 305(PI)* 1,15 % 0,075 305(PI)* 1,15 715(PI)* 960(PI)* 1135(PI)* 2,7 3,62 4,29 2345(PI)* 8,86 6400(PI)* 24,17 325(PI)* 1,225 11880(PI)* 44,465 Comentário: ao analisar a tabela acima, notamos que foram encontrados materiais perigosos para manipulação dos funcionários do setor, podendo causar acidentes de trabalho, pois materiais como termômetro, fraldas, e peças anatômicas (placentas) não deveriam estar presentes nas roupas que vem dos outros setores. Nota-se falhas na segregação e falta de responsabilidade dos outros setores que necessitam dos serviços da Lavanderia. 5.3.5 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Central Telefônica: impressos administrativos, sacola plástica, maçã, papel de bala e chocolate, jornal, banana, papel de chicletes. Rejeito: embalagens (chocolate, chicletes, bala), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Papéis: impressos administrativos. Tabela 24 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Central Telefônica do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Resíduo Plástico Rejeito Orgânico Papel Total Peso (g) 25 30 65 160 280 % 8,9 10,71 23,21 57,14 100 Anvisa (g) % CONAMA (g) % 0(PI)* 0 0(PI)* 0 5.3.6 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Ambulatório de Ortopedia: papel higiênico, papel toalha, frascos de medicamentos quebrados, sacolas plásticas, impressos administrativos, gesso, algodão, gaze, papelão, luva de procedimento, casca de laranja, seringas, trapos, caneta, carbono, maçã, embalagem de biscoito, esparadrapo, cerâmica, borracha, metal. Rejeito: embalagens de biscoito, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Outros: esparadrapo, cerâmica, borracha, metal, seringa, algodão. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico: sacolas plásticas. Trapos: compressa de tecidos utilizados na limpeza do setor. Tabela 25 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Ambulatório de Ortopedia do |Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003). Resíduos Rejeito Abaixador de língua Trapo Gaze Outros Vidro (frascos de medicamentos) Orgânico Luvas de procedimento Atadura Plástico Papel higiênico, papel toalha Papel, papelão, carbono Gesso Total Peso (g) 35 70 95 255 540 580 600 1015 1290 3800 4260 5605 13180 31325 % 0,11 0,23 0,3 0,81 1,72 1,85 1,91 3,24 4,12 12,13 13,6 17,9 42,07 100 Anvisa (g) 580(PI)* 580(PI)* % 1,85 1,85 CONAMA (g) % 70(PI)* 95(PI)* 255(PI)* 0,23 0,3 0,81 580(PI)* 1,85 1015(PI)* 1290(PI)* 3,24 4,12 4260(PI)* 13,6 13180(PI)* 20745(PI)* 42,07 66,22 5.3.7 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados nos Banheiros: papel higiênico, papel toalha. Tabela 26 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nos Banheiros do Hospital regional de Araranguá por um período de sete dias (set-out/2003). Peso Anvisa Resíduos (g) % Papel higiênico, papel toalha 6645 100 Total 6645 100 (g) 0(PI)* CONAMA % 0 (g) % 6645(PI)* 100 6645(PI)* 100 5.3.8 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Corredor III: embalagem chocolate, de salgadinho, vômito, papel lata branco, de refrigerante, chepas de embalagem cigarro, luvas de de procedimento, copos descartáveis, pet, fraldas. Rejeito: embalagens (chocolate, chepa de cigarro), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Outros: luvas de procedimento. Papéis: papel branco. Plástico: copos descartáveis, pet. Trapos: estopa. Metal: latas de refrigerante. Material contaminado: vômitos, fraldas. Tabela 27 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Corredor III do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003). Peso (g) 85 95 100 125 175 230 380 790 Resíduos Outros Orgânico Plástico Trapo Metal Papel Rejeito Material contaminado Papel higiênico, papel toalha 2350 % 1,96 2,19 2,3 2,88 4,04 5,31 8,78 18,24 Total 100 4330 Anvisa (g) % 790(PI)* 18,24 790(PI)* 18,24 54,27 CONAMA (g) % 790(PI)* 18,24 2350(PI) * 54,27 3140(PI) * 72,51 Comentário: os resíduos deste corredor ficam dispostos em lixeiras estratégicas que servem setores como Raio-X, Fisioterapia e Laboratório prestando atendimentos a pacientes internos e externos o que explica a presença de fluidos orgânicos em seu conteúdo. 5.3.9 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Lanchonete: copos descartáveis, embalagem de doces, sacos de leite, latas de alimentos, pet, papel higiênico, sacolas plásticas, gordura, sacos de papel, sache, caixas de leite, pão, queijo, presunto, pó de café, casca de laranja, mamão, cebola, papel, papelão, vidro, embalagem á vácuo e tetra pak, ovos, alface, plásticos de carnes, restos de frango, atadura. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, saches), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Papéis: papelão, papel. Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet), sacolas plásticas. Metal: latas de refrigerante. Tabela 28 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Lanchonete do hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003). Resíduos Atadura Embalagem a vácuo Vidro Papel higiênico Pet Rejeito Embalagem tetra pak Papelão Papel Metal Plástico Orgânico Total Peso (g) 20 40 115 435 775 835 1445 2220 2320 2910 5660 69520 86295 Anvisa % (g) 0,023 0,04 0,13 0,5 0,9 0,96 1,67 2,57 2,69 3,37 6,56 80,56 100 0(PI)* % CONAMA (g) % 0 0(PI)* 0 5.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição externas: chepas geral de dos cigarro, resíduos papel de encontrados bala, nas carbono, Lixeiras papel de chicletes, sacolas plásticas, luvas de procedimento, caixas tetra pak, lata de refrigerante, canudo de refrigerante, tijolos, copos descartáveis, embalagem de biscoito, trapos, higiênico, fralda, madeira, agulha. folhas de varrição, areia, papel Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, palito de dente, chepa de cigarro, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: orgânico, vidro, pet, agulha. Papéis: papel branco. Plástico: copos descartáveis, garrafas de água mineral, sacolas plásticas. Trapos: compressa de tecidos, estopa, roupas rasgadas. Metal: latas de refrigerante. Tabela 29 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados nas Lixeiras Externas do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003). Resíduos Luvas de procedimento Metal Madeira Trapo Outros Plástico Papel, papelão Pedra Rejeito Varrição Total Peso (g) 60 140 165 235 640 1590 1845 1970 8790 10200 25635 Anvisa % (g) 0,31 0,54 0,64 0,91 2,5 6,2 7,31 7,68 34,28 39,3 100 0(PI)* % CONAMA (g) % 60(PI)* 0,31 235(PI)* 0,91 0 295(PI)* 1,22 Comentário: estes coletores de resíduos estão distribuídos em todas as entradas do H.R.A., bem como no pátio externo. Através da caracterização dos resíduos foi possível encontrar materiais perfurocortante, isto é um fato curioso. 5.4.1 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Manutenção: esponja, madeira, tijolo, trapos, serra de metal, serragem, papel administrativo, tomadas elétricas, papel de bala, papelão, jornal, lâmpadas fluorescentes, luvas de procedimento, fios elétricos, copo quebrado, sacolas plásticas, casca de laranja, lixa, borracha. Rejeito: neste setor foi considerado como rejeito o resultado da varrição, pó de serragem, etc. Outros: esponja, lixa, borracha. Papéis: impressos administrativos, jornal. Plástico: tomadas elétricas, fios elétricos. Trapos: compressa de tecidos, estopa, roupas rasgadas. Metal: serras inutilizadas, tampa de latas. Tabela 30 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Manutenção do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (out/2003). Resíduos Luvas de procedimento Orgânico Outros Vidro (copo quebrado) Papel Fibra Papelão Rejeito Metal Plástico Tijolo Trapos Madeira Total Peso (g) 60 70 165 240 320 680 820 1235 1495 1645 2290 4980 5335 19335 % 0,31 0,36 0,85 1,24 1,65 3,51 4,24 6,38 7,73 8,5 11,84 25,75 27,6 100 Anvisa (g) % CONAMA (g) % 60(PI)* 0,31 240(PI)* 1,24 240(PI)* 1,24 240(PI)* 1,24 300(PI)* 1,55 5.4.2 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados no Setor de Nutrição e Dietética: casca de ovos, folhas de alface, embalagem plástica de carnes, saco de papel de farinha, casca de laranja, copos descartáveis, lata de óleo, frasco de nutrição enteral, casca de maçã, papelão, caixa de fósforo, latas de alimentos, esponjas, bombril, mamão, bandejas de plástico, embalagens de biscoito, xícara quebrada, resto de alimentos do refeitório e de pacientes, luva de procedimento, canudinho, embalagens á vácuo e tetra pak, saches. Rejeito: embalagens (biscoito, canudinho de refrigerante, saches), todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Outros: esponja. Papéis: papel de farinha, papel administrativo. Plástico: copos descartáveis, plásticos de carnes, sacolas plásticas. Trapos: tecidos utilizados na limpeza do setor. Metal: latas de alimentos em conserva. Tabela 31 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no Setor de Nutrição e Dietética do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003 Resíduos Outros Luvas de procedimento Embalagens a vácuo Vidro Trapos Rejeito Papel, papelão, carbono Papel higiênico, papel toalha Metal Plástico Peso (g) 60 155 200 410 470 500 2490 3460 3500 13935 Anvisa % (g) 0,008 0,02 0,028 0,059 0,067 0,072 0,341 0,49 0,5 2,008 Orgânico 668145 96,36 Total 693325 100 0(PI)* % 0 CONAMA (g) % 3460(PI)* 0,49 668145(PI) * 96,36 671605(PI) * 96,85 Comentário: a grande quantidade de resíduos orgânicos (sobras de alimentos de diversas origens) são respostas da falta de segregação. Não existe separação das sobras de alimentos dos pacientes internos, tornando toda matéria orgânica contaminada o que se comprova pelo elevado percentual na tabela, aumentando seu poder infectante. 5.4.3 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Clínica Cirúrgica: papel pardo, gaze, atadura, luva de procedimento, frasco de soro, embalagem de material, plástico filme, pão, bolacha, maçã, uva, banana, papel toalha, trapos, carbono, papel administrativo, embalagens de biscoito, papel higiênico, gaze, sonda, equipo, sacola plástica, fralda, bolsa coletora, gesso, bolsa de soro,pet, perfurocortante, algodão, sandália, esparadrapo. Rejeito: embalagens de biscoito, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem. Outros: sandália, esparadrapo. Papéis: papelão, impressos administrativos. Plástico: frasco de soro, bolsas de soro, (pet), sacolas plásticas. Plástico contaminado: bolsa coletora, equipo, sondas. Trapos: compressa de tecidos. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem danificada, lâminas de bisturi, scalp e outros. Metal: latas de refrigerante. Tabela 32 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Clinica Cirúrgica do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (set/2003). Peso (g) % 115 0,21 270 0,5 300 0,56 925 1,72 1000 1,86 1195 2,22 1715 3,2 1780 3,32 1915 3,57 3000 5,59 5030 9,37 11,3 Perfurocortante 6100 8 Orgânico 9065 17 19,2 Plástico não contaminado 10325 7 Papel higiênico, papel 20,2 toalha 10855 3 Resíduos Metal Rejeito Outros Trapos Gesso Fralda Luvas de procedimento Atadura Papel, carbono Plástico contaminado Gaze, algodão Total 53590 100 Anvisa (g) % CONAMA (g) % 925(PI)* 1000(PI)* 1195(PI)* 1715(PI)* 1780(PI)* 1,72 1,86 2,22 3,2 3,32 1740(PI)* 5030(PI)* 5,59 9,37 6100(PI)* 11,38 10855(PI)* 20,23 6100(PI) * 11,38 30340(PI)* 58,89 5.4.4 Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de saúde do Hospital Regional de Araranguá ao final do período de sete dias Descrição geral dos resíduos encontrados na Clínica Médica: equipos, eletrodos, escalpes, embalagens (de escalpes, equipos, luvas, seringas, agulhas, ataduras, papel higiênico, sondas, salgadinhos, bala, chicletes, chocolate,), copos plásticos descartáveis, protetores de agulhas, abocath, frasco de soro, bolsas de soro, garrafas de água mineral e refrigerante, latas de refrigerante, embalagens plástica de medicamentos utilizadas na dose unitária, papéis de impressos administrativos, papel carbono, papelão, casca de laranja, bergamota, mamão, banana, uva, pão, bolo, biscoito, ampolas plásticas de água destilada, plástico filme, atadura crepom, esparadrapo, algodão, luva de procedimento, sacolas plásticas, ossos de frango, sobras de alimentos, maçã, saco coletor preto, trapos, palitos de dente, clips, fraldas, fechadura de janela, chepa de cigarro, gazes, pedaços de fita adesiva, bulas, compressas de gaze, papel toalha, papel higiênico, frasco coletor de exame, canudo de refrigerante, papel pardo, guardanapo, pipoca, copos de iogurte, embalagem tetra pack, tubo de creme de barbear, caneta, medicamentos, esponja, propé, tubo de creme dental, aparelho de barbear, bombril, copo de vidro de 200 ml, rolo de papel higiênico, embalagem de sabonete, caixa de leite vazia, jornal, frasco de vidro de medicamentos, isopor, perfurocortante (agulhas, seringas, escalpes, ampolagem, algodão, lâminas de bisturi, frasco-ampola, frasco de água destilada, abocath,. Rejeito: embalagens (biscoito, chocolate, chicletes, bala, palito de dente, chepa de cigarro, eletrodos, isopor, canudinho de refrigerante, todo e qualquer material não passível de processo de reciclagem). Outros: caneta, esponja, tubo de creme dental, tubo de creme de barbear. Papéis: papelão, papel carbono e impressos administrativos. Plástico: frasco de soro, bolsas de soro, copos descartáveis, garrafas de água mineral e refrigerante (pet) Trapos: compressa de tecidos, estopa, roupas rasgadas dos pacientes. Perfurocortante: objetos ou instrumentos contendo cantos, bordas ou protuberâncias rígidas ou agudas, capazes de perfurar ou cortar como agulhas, ampolagem escalpes e outros. Metal: latas de refrigerante. danificada, lâminas de bisturi, Tabela 33 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados na Clínica Médica do Hospital Regional de Araranguá por um período de sete dias (ago-set/2003). Peso (g) Outros 105 Vidros 280 Metal 285 Plástico contaminado 1050 Trapos 1135 Algodão, gazes, esparadrapo 1850 Rejeito 2015 Atadura crepom 2030 Luvas de procedimento 2500 Papel, carbono, papelão 5085 Orgânico 16045 Perfurocortante 16855 Papel higiênico, papel toalha, 16905 Plástico não contaminado 19200 Fraldas 38160 Total 123500 Resíduo % 0,09 0,23 0,23 0,85 0,92 1,5 1,63 1,64 2,02 4,11 12,99 13,65 13,68 15,54 30,9 100 Anvisa (g) % Conama (g) % 280(PI)* 0,23 280(PI)* 0,23 1050(PI)* 0,23 1050(IP)* 1135(PI)* 1850(PI)* 0,23 0,92 1,5 2030(PI)* 2500(PI)* 1,64 2,02 16855(PI)* 13,65 16855(PI)* 13,65 16905(PI)* 13,68 38160(PI)* 30,9 18185(PI)* 14,11 80765(PI)* 64,77 Comentário: a Clínica Médica é a maior fonte geradora de resíduos do H.R.A., isto se comprova com a tabela. O fato se explica pelo número de procedimentos realizados, e pela complexidade dos procedimentos. O item fraldas descartáveis comprova que o tipo de paciente atendido é totalmente dependente. Nota-se também uma grande quantidade de resíduos orgânicos. Através da caracterização dos resíduos observou-se que nos sábados e domingos devido principalmente a visitas externas fica claro o aumento desta sobras. Tabela 34 – Descrição quali-quantitativa dos resíduos encontrados no hospital regional de Araranguá por um período de dois meses (ago/out 2003). Peso An visa Resíduos (g) % Embalagens a vácuo 240 0,011 Medicamentos vencidos 290 0,014 395 0,019 Abaixador de língua Embalagem medicamentos % (g) % 290(PI)* 0,014 290(PI)* 0,014 395(PI)* 0,019 5710(PI)* 0,28 de Embalagem tetra pak 420 0,02 1475 0,072 Material de manutenção 1480 0,073 Outros 3270 0,16 4260 0,21 Pedra, tijolo Resíduos de C O N AM A (g) máquina, fibra 5390 0,266 Madeira Vidro (frasco medicamentos) 5500 0,27 5710 0,28 de 5710(PI)* 0,28 Metal 10180 0,5 Atadura 10800 0,53 10800(PI)* 0,53 Gesso 18265 0,9 18265(PI)* 0,9 Flores, varrição 18940 0,93 19015 0,93 1,039 Rejeito Algodão, gaze esparadrapo, 21045 1,039 21045(PI)* Trapos 21420 1,05 21420(PI)* 1,05 Plástico contaminado 28835 1,42 28835(PI)* 1,42 Luvas de procedimento 34660 1,71 34660(PI)* 1,71 Material contaminado 38815 1,91 38815(PI)* 1,91 38815(PI)* 1,91 78412(PI)* 3,87 78412(PI)* 3,87 Perfuro-cortantes 78412 3,87 Orgânico não contaminado 80770 3,98 126925 6,27 126925(PI)* 6,27 132930 6,57 132930(PI)* 6,57 Fraldas Papel higiênico, toalha papel Plástico não contaminado 172825 8,53 Papel, papelão, carbono 480394 23,72 Orgânico contaminado 702309 34,69 Total 2024970 100 123227(PI)* 6,07 702309(PI)* 34,69 1199391(PI)* 60,272 Comentário: os resultados encontrados antes do processo de segregação dos resíduos nos mostram que 100% destes são contaminados por estarem misturados a outros resíduos de risco. A tabela anterior expõe outra situação, devido a sua segregação correta. Conforme dados citados acima se percebe que materiais como papel e plástico não contaminado podem ter uma outra destinação final, se triados adequadamente, sendo reciclados e gerando uma fonte de renda para sustentação de programas educativos. Em relação ao material plástico cabe ressaltar que não são todas que podem passar por processos de reciclagem, a menos que passem por um processo eficiente de esterilização e só então se prove que são inertes. Os resíduos de matéria orgânica proveniente do SND, representam um alto percentual dos resíduos produzidos no H.R.A. Este percentual elevado é explicado pelo fato da não segregação, pois as sobras alimentares oriundos dos quartos dos pacientes apresentam risco potencial, sendo que aquelas que não estiveram em contato com estes podem ser encaminhados para o mesmo destino que os resíduos comuns. Comprova-se então, a necessidade de uma coleta diferenciada evitando-se a contaminação total da massa de resíduos alimentares no setor. Risso (1993), ressalta que “um aproveitamento interessante seria o aproveitamento das sobras alimentares para transformação em ração animal”. Entretanto, é de extrema importância iniciar a segregação dos resíduos alimentares que são provenientes dos quartos dos pacientes dos outros, pois esta seria uma forma de minimizar as frações infectantes dos resíduos. É importante ressaltar que quando estabelecemos comparações entre a Resolução CONAMA nº 5 de agosto de 1993 e RDC nº 33 de 25 de fevereiro de 2003- Anvisa são distintas as situações encontradas. Sendo que a resolução CONAMA torna-se muito mais restritiva, pois considera muitos fatores que contribuem para reduzir problemas com a saúde pública e meio ambiente. Em relação aos materiais perfurocortante encontrados, estes estavam descartados corretamente, o que não impediu que fossem encontrados em lugares que representavam riscos potenciais aos trabalhadores, pois estes materiais podem em casos acidentais penetrar uma barreira orgânica (pele) e causar infecções variáveis. Os valores encontrados de papel higiênico e papel toalha representam 6,57%, sendo que muitos autores e legislações se referem a estes como frações comuns de resíduos, porém Shneider 2001, diz que “representam risco potencial, pois contém impregnação por fezes, sangue, excreções, líquidos orgânicos que carregam microorganismos patogênicos”. Esses dados são relevantes, pois continuar a classificálos como resíduos infectantes faz com que surjam justificativas com diversas fundamentações teóricas insistindo como gerenciá-los como resíduos comuns contrariando as definições e normas vigentes. As fraldas representam uma parcela significativa dentro da problemática discutida, pois assim como papel higiênico e papel toalha são questões de inúmeras discussões pelas frações infectantes, a sua disposição muitas vezes no solo favorece a contaminação deste e torna-se uma fonte poluidora do meio ambiente. Os resíduos como algodão, gesso, trapos, esparadrapo, gaze, ataduras, luvas de procedimentos representam frações pequenas, cerca de 1% a 1,5% do total de resíduos contaminados, porém deve-se salientar o potencial infectante destas frações, pois geralmente estão impregnadas de sangue, secreções, fluidos corporais ou estiveram em contato com cortes disseminadoras de ou feridas agentes expostas, patogênicos sendo elevando o assim numero são de doenças. O item rejeito (material não passível de reciclagem) representa quase 1% da geração de resíduos e são descartados como comuns. O componente vidro é outro item pouco significativo em relação aos outro, na maioria das vezes são frascos de medicamentos e frascos ampola, sendo considerados perigosos. O material metálico (metal) composto geralmente por latas de refrigerante, alimentos e outros. Apesar do pequeno volume encontrado estes são passiveis de reciclagem, se a segregação na fonte geradora for priorizada, diminuindo o volume dos resíduos que serão dispostos inadequadamente no meio ambiente. 6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 6.1 Diagnóstico O diagnóstico teve como objetivo identificar a fonte geradora de resíduos. Através dele, vários dados do gerenciamento de resíduos serão analisados. Durante o período estabelecido para o diagnóstico de agosto a outubro o HRA manteve uma taxa de ocupação de 54,81% distribuídos em cinco setores. Clínicas Clínica Médica U.T.I. Pediatria Clínica Particular e Maternidade Clínica Cirúrgica Total Ocupação de Agosto a Outubro de 2003 29/dia 7/dia 8/dia Número total de leitos 38 10 26 15/dia 15/dia 26 35 135 A média de cirurgias realizadas pelo Centro Cirúrgico foi de 10 cirurgias/dia, e a média de atendimentos realizados pelo PS (Pronto Socorro) e Emergência foi de 71 atendimentos/dia. . Os resultados encontrados através do diagnóstico indicaram muitas situações que só poderão ser modificadas com o programa ou Plano de Gerenciamento para os RSSS. As reuniões realizadas com o setor de limpeza do HRA foram proveitosas, pois se constatou que não existe conhecimento suficiente sobre o manejo e gerenciamento sobre os resíduos gerados na instituição.Verificou-se a necessidade de programas de treinamento e educação continuada para resolver questões internas e ambientais relacionadas aos resíduos de serviço de saúde. Quanto ao manejo dos resíduos, não existe segregação na fonte e quando existe, essa se torna ineficiente, pois há uma mistura dos resíduos no momento da limpeza e higienização. O transporte destes resíduos é realizado por funcionários da limpeza em horário de menor fluxo de pessoal, geralmente a partir a partir das 12h. Em cada fonte geradora existe um armazenamento temporário (geralmente um banheiro desativado ou expurgo).Os resíduos estão dispostos diretamente no piso, ficando os sacos de resíduos comuns juntamente com os denominados contaminados. As lixeiras possuem identificação, porém não são usadas corretamente, pois há uma mistura da massa total de resíduos, aumentando a fração infectante. Observou-se, algumas vezes, que as mesmas possuíam a forração incorreta dos sacos coletores. Um setor com duas ou mais lixeiras com identificação para resíduo contaminado continha saco coletor para resíduo comum. As lixeiras destinadas a papéis havia plástico, luvas de procedimentos e outros. Todas essas situações fazem com que a segregação seja incorreta, constituindo um problema que necessita de orientações adequadas. Durante a caracterização dos resíduos, várias situações de risco foram observadas, pois algumas vezes foram encontrados materiais perfurocortante armazenados nos coletores de resíduos comuns (foram encontradas giletes, instrumentais, placentas nos sacos coletores da Lavanderia). Observou-se que não existe um fluxograma destinado ao percurso correto do transporte interno dos resíduos. Os carrinhos de coleta contêm identificação de lixo hospitalar, sendo transportados os resíduos comuns juntamente com os resíduos contaminados. No Setor de Nutrição e Dietética (SND) os resíduos alimentares de pacientes e funcionários têm o mesmo destino final. Os resíduos alimentares e embalagens plásticas, restos de verdura do pré - preparo, carnes e ossos estão todos misturados. Constatou-se que os setores possuem os coletores perfurocortante de acordo com a NBR 13853 (coletores para Resíduos de Serviços de Saúde. Perfurantes e Cortantes). Porém, em alguns dias foram observados que estavam sendo improvisados caixas de papelão para este fim. O abrigo externo e local de disposição final, não está dentro das especificações técnicas e legais. Há uma construção de madeira antiga envolvida por telas para deposição dos resíduos comuns. O destino final é dado pelos funcionários da coleta pública do município de Araranguá, cerca de três vezes por semana. Os resíduos considerados infectantes ou contaminados são armazenados em um local próprio com piso cimentado e telas ao redor, sendo que não obedecem aos requisitos sanitários previstos nas normas, portarias e resoluções específicas. Esses resíduos serão queimados em fornalha própria em horários pré-estabelecidos pelo setor responsável. Observou-se que os funcionários da limpeza e higienização fazem uso de EPI’s (vestimenta, luvas). Através de informações prestadas pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), do HRA, constatou-se que os procedimentos relacionados ao manejo dos RSSS seguem o que é preconizado pela Resolução CONAMA nº 5/93. Observou-se que a falta de fiscalização nos âmbitos federal, estadual, municipal faz com que o hospital não estabeleça nenhum programa ou plano de ação referente à destinação final de resíduos, desrespeitando lei federal nº 6938 agosto de 1981, lei estadual nº 5793 e decreto nº 14250 de 05/06/81 e resolução CONAMA nº 5/93, resultando em problemas de saúde pública e acentuando as degradações ambientais, fazendo com que surjam questões negativas em relação a esta conduta e criticas perante a sociedade. Não se constatou a documentação referente ao licenciamento ambiental de acordo com a resolução CONAMA nº 237 de dezembro de 1997- A resolução CONAMA nº 237/97 revoga os artigos 3º e 7º da resolução CONAMA nº 001/86, trazendo definições sobre licenciamento ambiental, estudos ambientais e impacto regional. O HRA não possui métodos de tratamento de resíduos. O esperados treinamento processos. estudo pela de equipe, especifico caracterização pois para se os sabe apresentou que funcionários não resultados existe envolvidos já nenhum nesses 6.2 Taxa de geração de RSSS do Hospital Regional de Araranguá A contaminação total da massa dos resíduos gerados é devida à falta de um PGRSSS. Esse volume elevado de material contaminado se torna um problema de saúde publica, pois expõe os trabalhadores a possíveis contaminações, elevando o número de acidentes pessoais e a disseminação de doenças, além da poluição do meio ambiente. A taxa de resíduos hospitalares geralmente é dada pelo número de leitos, sendo que se deve observar a complexidade dos serviços oferecidos, tamanho do hospital e as especialidades médicas. No caso do H.R.A. o estudo desenvolvido foi a caracterização dos resíduos em cada fonte geradora, tendo como base a classificação do CONAMA nº 5, a NBR 12808 de 1993 e a resolução nº 33 de 25 de fevereiro de 2003 (Anvisa). Especialmente para o H.R.A. pretende-se quantificar e qualificar os resíduos setor a setor, verificando a produção geral dos mesmos. A análise de 33 setores do referido hospital mostrou uma geração de 289282 g/dia o que significa uma média de 2024970 g/mês de resíduos, sendo que segundo a resolução CONAMA nº 5/93, obtevese uma média de 60,27% de resíduos considerados potencialmente infectantes. O SND foi relevante para este resultado, pois colaborou com 34,69% deste total. Para a RDC nº 33/2003 os valores encontrados para a categoria de resíduos potencialmente infectantes foi 6,07%, sendo que este valor é representado pelos materiais perfurocortantes (3,87%), e outros materiais contaminados como peças anatômicas, placentas, líquidos ou fluidos orgânicos (1,91%). A quantidade em média de resíduos de serviços de saúde gerados em um estabelecimento de assistência médica é motivo de discordância. A divisão da Organização Hospitalar do Ministério da Saúde citado por Luz diz que a taxa média é de 1300g leito/dia, sendo 680g de resíduos sépticos e 620g de não sépticos. No caso do H.R.A. a análise referente à caracterização dos RSSS foi 1850g leito/dia, uma vez que 1110g leito/dia, são de resíduos contaminados e 740g leito/dia de resíduos não contaminados. Da maneira como os resíduos estão sendo gerados, sem nenhum sistema de tratamento e plano de gerenciamento essa massa de resíduos produzidos diariamente é 100% contaminada Quadro 02- Considerações do atual gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde encontrados no Hospital Regional de Araranguá em relação ao que estabelece a RDC nº 33 25/02/2003. Tipo de Resíduo 1-Perfurocortante (agulhas, ampolas, aparelhos de gilete, lâmina de bisturi, escalpes, abocath, etc.). Atual Gerenciamento Considerados de risco potencial a saúde e ao meio ambiente por ter presença de agentes patológicos. São acondicionados em recipiente rígido resistente à punctura, ruptura e vazamentos, com tampa devidamente identificados baseados na norma RDC nº 33 25/02/2003 Pertence a um grupo específico Grupo E. Quando enquadrados na classificação A e B devem ser descartados em recipiente único, quando contaminados por resíduos radioativos deverão ser acondicionados separadamente.O acondicionamento 2Assistência ao Paciente (algodão, esparadrapo, luvas, gazes, equipos, compressas, ataduras, gesso, secreções, excreções, e resíduos sanitários) 3Hemoderivados (bolsas transfundidas, soro, plasma, etc). Serviço deve ser em recipiente com paredes rígidas e tampa. São considerados resíduos comuns mesmo em contato com sangue ou secreções salvo os pertencentes à classe de risco A5 (apêndice I da portaria) e A7 (contaminados por proteína priônica). O acondicionamento deve ser feito em saco branco leitoso e com identificação. As bolsas de sangue ou hemocomponentes com volume residual superior a 50ml são consideradas contaminadas. O acondicionamento deve ser feito em saco branco leitoso com identificação. Pertencem ao grupo de risco A potencialmente infectante. O acondicionamento deve ser feito em saco branco leitoso e com identificação. Considerado como resíduo de risco potencial a saúde e ao meio ambiente, por ter presença de agentes biológicos Grupo A. quando não houver requisição do paciente ou familiar, os produtos de fecundação, sem sinais vitais, com peso menor que 500 g ou estatura menor que 25 cm ou idade gestacional menor que 25 semanas são descartados como contaminados. de Considerado resíduo São 4- Peças Anatômicas (tecidos, órgãos, fetos resíduos de gorduras e outros líquidos provenientes de atos cirúrgicos). 5- da ABNT NBR 13853/97 coletores para resíduos para RSS perfurantes e cortantes e NBR 9259/97. Considerados de risco potencial a saúde e ao meio ambiente por ter presença de microorganismos e pela capacidade de disseminação de doenças. São considerados todos contaminados, sendo acondicionados em saco branco leitoso, incluindo os resíduos sanitários. Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. contaminados sendo seu Nutrição e dietética comum, (restos de refeições destino final a coleta de pacientes internos publica. e refeitório). somente os enquadrados nas classes A5 e A7. O acondicionamento deve ser feito em saco branco leitoso e com identificação quando contaminados e os demais em sacos de cor preta. 7 SUGESTÕES O H.R.A. deve ser um multiplicador de conhecimentos, para tanto deverá estruturar-se. Isto só é possível através do conhecimento de sua gestão. Sabemos que existem muitos problemas como a falta de recursos financeiros, difícil acesso a informações e ausência de qualificação profissional, porém a união dos esforços administrativos e setores externos poderão facilitar o processo de mudanças. O H.R.A. tem urgência de formação de pessoal técnico com condições e capacidades para elaboração de planejamento estratégico. Existe urgência de treinamento e capacitação através de cursos para formação específica em RSSS. Elaboração de um programa de treinamento de profissionais envolvidos no manuseio dos resíduos gerados enfatizando a segregação, transporte, coleta, armazenamento, cuidados pessoais, higiene, ética, uso de EPI’s e os perigos ligados à manipulação de resíduos perigosos. Elaborar um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (PGRSSS) com fundamentações na legislação e realidade local. O plano de gerenciamento deve ser formulado de acordo com as características particulares dos serviços prestados, observando-se a regulamentação das normas vigentes, qualificação dos profissionais técnicos, dos supervisores de todos os setores e principalmente dos trabalhadores que lidam diretamente com o manejo dos RSSS. Deve estipular atividades que visem à minimização dos RSSS do H.R.A. As mudanças relacionadas ao manuseio dos RSSS do H.R.A. contribuirão para um melhor manuseio destes, favorecendo a proteção do pessoal encarregado pelo serviço de limpeza e higiene hospitalar. Os responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos deverão ser capazes de elaborar treinamentos, divulgar informações e buscar recursos financeiros para sustentar a proposta de gerenciamento. Criar a CIPA (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) que terá como objetivo principal estipular programas de treinamento para prevenção de acidentes. Em relação aos sacos coletores de resíduos recomenda-se à utilização de uma ou mais cores para identificação das categorias de resíduos. O código de cores sempre que possível é funcional. Implantar Programa de Coleta Seletiva gerando recursos financeiros para sustentação dos programas. Promover cursos na área de RSSS com apoio dos acadêmicos da UNESC dos cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de Materiais, Ciências Biológicas, Geografia e outros. No SND elaborar programas educativos para os seus usuários como: prêmio de um almoço para o funcionário que não deixar restos de alimentos na bandeja, cujo incentivo terá como objetivo reduzir as sobras e as despesas. Implantação de compostagem com as sobras orgânicas dos alimentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em 1934, escrevia Humberto de Campos nos cães da meia noite: “A lata de lixo é na verdade, o resumo da vida diurna de cada família. É ela quem diz nas espinhas de peixe e nas caixas de ovos os pratos que houve a mesa. É ela quem informa se, lá dentro na sala de jantar se toma vinho ou cerveja, água mineral ou água de torneira. É ela quem denuncia com os pedaços de jornal as tendências políticas ou sociais do dono da casa, e com as caixas vazias de remédios que tomam e conseqüentemente, a saúde dos moradores do prédio. Cada lata de lixo é em suma, a crônica domestica de uma família, deixada a noite à porta da rua”. Indiscutivelmente o lixo é o retrato fiel de uma sociedade que quanto mais rica, mais consumista e geradora de resíduos ela será. Realmente as latas de lixo são o resumo da vida das sociedades que sabem produzir dejetos, porém não querem ter as responsabilidades de dar o destino final adequado dos produtos advindos da sua história diária, tornando o meio ambiente um depósito de inúmeros componentes poluidores. A maioria dos resíduos gerados diariamente não tem destino final correto e são depositados em locais impróprios tornando-se fontes de disseminação de microorganismos que de acordo com suas características biológicas apresentam em sua composição agentes infectantes ou toxinas que podem afetar a saúde humana. A falta de uma legislação ou normatização especifica, capaz de estabelecer as diretrizes básicas e uniformizar os objetivos de um programa relacionado com a problemática dos Resíduos de Serviço de Saúde faz com que as mudanças sejam demoradas e nem sempre bem vindas e aceitas pelos diversos seguimentos sociais. No caso dos hospitais que são por excelência locais de assistência a saúde e que se prestam a cura de doenças observa-se que há uma urgência em dar respostas aos problemas organizacionais e operacionais quanto ao correto gerenciamento dos RSSS. E necessário criar uma melhor performance organizacional e assim iniciar uma reflexão sobre sua estrutura administrativa e gerencial para otimizar as ações e que os resultados destas, sejam capazes de realizar mudanças comportamentais positivas. No momento em que as estratégias de mudanças forem estabelecidas é necessário dialogo entre os órgãos públicos e com os diversos seguimentos da sociedade, é preciso que todos possuam o mesmo diálogo, e juntos sejam capazes de tomar decisões aplicáveis à política de saúde e também em relação às questões ambientais. São muitas as dificuldades e obstáculos a serem vencidos para que ocorram políticas alternativas que se preocupem com os danos provocados ao meio ambiente pela disposição de resíduos oriundos de diversos setores, porém os hospitais através de uma administração competente, consciente e aberta a discussão, devem avaliar os serviços de saúde não somente quantitativamente, mas também qualitativamente, sendo para que esta avaliação aconteça, é preciso planejamento. Mezomo (2001, p.19), lembra que uma administração ativa ou planejada “é a que tem compromisso com o futuro e com a qualidade e não somente com o presente e quantidade. A administração ativa é a que acredita no trabalho e não apenas na sorte”. REFERÊNCIAS A situação atual dos resíduos hospitalares no Brasil II. Revista Meio Ambiente Industrial. Tocalino, a. 5, ed. 30, n. 29, mar./abr., 2001 ANVISA. Resolução RDC nº 33, de 25 de fevereiro de 2003. Regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 22 maio 2003. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Serviços de Saúde. Normas e Padrões e Instalações de Serviços de Saúde. 2ed. Brasília: Centro de Documentações do Ministério de Serviços de Saúde, 1987.133p. BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Controle de infecção Hospitalar, 1983. 123p. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde Reforseis -Reforço à Reorganização do SUS. Análise e Procedimentos Ambientais. Volume 1, Brasília (DF), 1996. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 12808; Resíduos de Serviços de Saúde: Classificação: São Paulo (SP), 1993. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 9190; Sacos plásticos para acondicionamento de lixo: classificação.Rio de Janeiro (RJ), 1985. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 9191; Especificação dos sacos plásticos para acondicionamento de lixo. São Paulo (SP), 1993. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 9195; Sacos plásticos para acondicionamento de lixo: Determinação da resistência à queda livre. Rio de Janeiro (RJ), 1993. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 13853; Coletores para resíduos de serviço de saúde perfurantes e cortantes: Requisitos e métodos de ensaio.Rio de Janeiro, 1997. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 13221; Transporte de resíduos: Procedimento.Rio de Janeiro, 1994. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 7500; Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Rio de Janeiro, 1994. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas –NBR 10004; Resíduos Sólidos: Classificação. Paulo (SP), 1987. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas –NBR 12809; Manuseio de resíduos de serviço de saúde: Procedimento. Paulo (SP), 1993. BRASIL - Associação Brasileira de Normas Técnicas –NBR 12807; Resíduos de serviços de saúde: Terminologia. Paulo (SP), 1993. BERTUSSI FILHO, L.A. Curso de resíduos de serviço de saúde: gerenciamento, tratamento e destinação final. Curitiba. 1994. 61p. CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução n° 05, de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 31 de agosto de 1993. CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução n° 283, de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 2001. CENTRO PAN-AMERICANO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E CIÊNCIAS DO MEIO AMBIENTE - Guia para o Manejo Interno de Resíduos Sólidos de Estabelecimentos de Saúde. Tradução de Carol Castilho Argüello. Brasília (DF). Organização Pan americana da Saúde, 1997,64p. FERREIRA, T.M. – Lixo Hospitalar. Enfoque, 1,22. São Paulo (SP), Gráfica Editora Aquarela, 1995, p 4-7. FORMAGGIA, D.M.E. – Resíduos de Serviços de Saúde. In: Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde. CETESB; São Paulo (SP), 1995; p. 3-13. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (IPT)- Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE). Lixo Municipal: Manual de gerenciamento Integrado. São Paulo; 1995. LEONEL, Mariléia. Proteção Ambiental: uma abordagem através da mudança organizacional relacionada aos resíduos sólidos para qualidade em saúde. Florianópolis, 2002. 109p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção – UFSC). LIMA, Luiz Mário Queiroz. Estudo de Caso. In: Curso de Atualização sobre “Resíduos Industriais”. Curitiba, 1990.91p.p.80-91. RIBEIRO DA LUZ, Francisco Xavier. Guimarães, Cid. Resíduos Hospitalares. R. Saúde Pública; São Paulo n.6.p. 405-426,1972. MACHADO, V.M.P; AMBRÓSIO, R.A. MORENO, J. - Diagnóstico dos Resíduos dos Serviços de Saúde no município de Botucatu Proposta de Segregação. In: Anais do Seminário Internacional de Resíduos Sólidos Hospitalares. Cascavel (PR); 1993 p. 91-108. MANDELI.S.M. de C. Tratamento de Resíduos: Compêndio de publicações. Caxias do Sul, 1991.291p. MEZOMO, João Catarin. Gestão da Qualidade na Saúde, princípios básicos. São Paulo, 2001. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2º. ed. Rio de Janeiro, Dd. Nova Fronteira, 1986. OROFINO, Flávia Vieira Guimarães. Aplicação de um sistema de suporte multicritério saaty for windows na gestão dos resíduos sólidos de serviços de saúde: caso do hospital Celso Ramos. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis. Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/disserta97/flavia/>. Acesso em: 25 ago. 2003. RISSO, W.M. - Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde: A caracterização como Instrumento Básico para Abordagem do Problema. Tese de Mestrado apresentada ao Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP. São Paulo (SP), Universidade de São Paulo, 1993.162 p. RODRIGUES, A.C. et al – Infecções Hospitalares- Prevenção e controle. Sarvier, São Paulo (SP), 1997. Decreto nº 14.250 de 05/06/81- Regulamenta dispositivos da Lei nº 5.793 de 15/10/80, referente à proteção e a melhoria da qualidade ambiental. SENA, Marco Antônio de Sousa: Proposta para Melhoria do Desempenho Ambiental em Processos Hospitalares -UFSC, Florianópolis 2001 p. SHNEIDER, Vânia Elisabete -Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde; 173 páginas. TAKAYANAGUI, A.M.M.- Trabalhadores de Saúde e Meio Ambiente: Ação Educativa do Enfermeiro na Conscientização para o Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Tese de Doutorado apresentada ao Programa Interunidades, Ribeirão Preto (SP), Universidade de São Paulo, 1993, 179p. THIAGO, Renat Shutz de S. Sistema de Gestão de Resíduos de Serviço de Saúde. Caso: Hospital Regional Hans Dieter Schmidt – Joinville, 2001 – 149 folhas (dissertação para Mestrado pela Universidade da Região de Joinville (SC)). EPA U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY – Standards for the tracking and management of medical waste; interim final rule and request for comments. Federal Register, 54 (56): 12326- 12393, 1989. ZANON, Uriel. EIGENHER, Emílio. O que fazer com os resíduos hospitalres: proposta para classsificação, embalagem, coleta e destinação final. Rio de Janeiro: Arquivos Brsileiros de Medicina. Vol. 65, nº 3, Mai/Jun 1991. p. 223 – 237. ANEXOS LEGISLAÇÕES No que diz respeito aos estabelecimentos prestadores de assistência a saúde, as leis que tratam dos resíduos gerados por estes serviços são claras e possuem instrumentos legais que mostram a preocupação em definir quais são os tipos de resíduos patogênicos, e o que se fazer com os mesmos. Há uma consciência dos gestores e órgãos ambientais para que todos os estabelecimentos geradores de resíduos tenham condições pra implementar programas que tenham como objetivos a operação dos resíduos, facilitação do transporte e sistemas de tratamentos. Portanto as legislações pertinentes aos serviços de saúde são: Resolução CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997 A resolução CONAMA 237/97 revoga os artigos 3º e 7º da resolução CONAMA 001/86, trazendo definições sobre licenciamento ambiental, licença ambiental, estudos ambientais e impacto ambiental regional. A licença ambiental somente será fornecida mediante estudo prévio de impacto ambiental EIA (estudo de impacto ambiental) e do RIMA (relatório de impacto ambiental) destas atividades. E de competência do estado fornecer licenciamento ambiental a prestadores de serviço que causem impacto em mais de um município e de competência municipal o licenciamento de atividades que produzam impacto ambiental local. Resolução CONAMA nº 005 de 05 de agosto de 1993 Esta resolução define procedimentos e normas para se implantar o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, juntamente com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esta resolução define que cada estabelecimento prestador de serviços de saúde e responsável pelo gerenciamento de resíduos sólidos incluindo-se todas as etapas referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como proteção a saúde publica. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos e documento integrante do processo de licenciamento ambiental exigido pelo órgão estadual competente obedecendo ao que esta preconizado pela política nacional do meio ambiente, tendo como objetivo a minimização de resíduos sólidos contaminados para proteção a saúde publica e preservação do meio ambiente. O plano de gerenciamento deve ter um responsável técnico e seguir as orientações exigidas pela ABNT quanto ao manuseio coleta e transporte dos resíduos. As NBR s (Normas Brasileiras) que descrevem os procedimentos são: 12807, 12808, 12809, 12810, 10004, 9190, 9191, 7500, 9195. Legislação do Estado de Santa Catarina decreto nº 14250 de 05 de junho de 1981- Regulamenta dispositivos da Lei nº 5.793, de 15 de outubro de 1980, referente à proteção e a melhoria da qualidade ambiental Seção II Da Proteção do Solo e do Controle dos Resíduos Sólidos Art. 20- E proibido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no solo resíduos, em qualquer estado da matéria, desde que causem degradação da qualidade ambiental, na forma estabelecida no artigo 3º. Art. 21- O solo somente poderá ser utilizado para destino final de resíduos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma adequada, estabelecida em projetos específicos, ficando vedada a simples descarga ou deposito, seja em propriedade publica ou particular. Parágrafo 1º- Quando as disposições finais, mencionadas neste artigo, exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo-se normas a serem expedidas. Parágrafo 2º- O lixo in natura não pode ser utilizado na agricultura ou para alimentação de animais. Art.22- Os resíduos de qualquer natureza portadores de patogênicos ou de alta toxidade, bem como inflamáveis, explosivos, radioativos e outros prejudiciais, deverão sofrer, antes de sua disposição final no solo, tratamento e ou acondicionamento adequados fixados em projetos específicos, que atendam os requisitos de proteção à saúde publica e ao meio ambiente. Parágrafo 1º- Os resíduos de hospitais, clinicas medicas, laboratórios de analise, bem como de órgão de pesquisa e congêneres, portadores, de patogenicidade, deverão ser incinerados em instalações que mantenham alta temperatura para evitar mau odor ou perigo de contaminação. A emissão final devera obedecer aos padrões estabelecidos neste regulamento. Parágrafo 2º- São excluídos da obrigatoriedade de incineração os resíduos sólidos portadores de agentes patogênicos e submetidos a processos de esterilização por radiações ionizantes, e instalações licenciadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. Parágrafo 3º- Os resíduos provenientes do tratamento de enfermidades tenham sido infectocontagiosas, usados para bem como experiência, animais deverão mortos ser que coletados separadamente dos demais resíduos e incinerados imediatamente, ou acondicionados em recipientes adequados, ate sua posterior incineração. Parágrafo farmacêuticos e 4º- Os reativos resíduos de biológicos, produtos bem como químicos em ou material incombustível (vidro e metal) quando não puderem ser incinerados por serem explosivos ou emitirem gases venenosos, ou por qualquer outro motivo, deverão ser neutralizados e ou esterilizados, antes de lhe ser dada à destinação final. Art. 23- Somente será tolerada a acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza, desde que não ofereça risco a saúde publica e ao meio ambiente. Art. 24- O tratamento, quando for o caso, transporte e a disposição de resíduos de qualquer natureza de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços quando não forem de responsabilidade do Município, deverão ser feitos pela própria empresa e suas custas. Parágrafo 1º- A execução, pelo município, dos serviços mencionados neste artigo, não exime a responsabilidade da empresa, quanto a eventual transgressão de dispositivos deste regulamento. Parágrafo 2º- O dispositivo neste artigo aplica-se, também, aos lodos digeridos ou não de sistemas de tratamento de resíduos e de outros materiais. Normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 10004- Classificação de resíduos sólidos, de acordo com os riscos e potencialidades apresentadas ao meio ambiente e saúde pública. Segundo esta norma os resíduos sólidos são todos aqueles oriundos das atividades de uma população considerados perigosos e que de acordo com as características físico -químicas ou infectocontagiosas capazes de provocarem danos a saúde publica causando aumento da mortalidade e a incidência de doenças. Os resíduos hospitalares de acordo com essa norma, são considerados perigosos, pois apresentam um grau de patogenicidade apresentando microorganismos (bactérias e vírus) que podem causar doenças senão manuseados e descartados corretamente. NBR 12807- esta norma tem como objetivo definir termos empregados em relação aos resíduos de serviço de saúde, dando suporte às demais, pois proporciona um melhor entendimento das posteriores, sendo que facilita a aplicação dos procedimentos definidos. E dado importância aos termos usados referentes a tipo de resíduos, armazenamento, coleta, transporte e o que e uma unidade geradora. NBR 12808- Traz a classificação dos resíduos sólidos de serviço de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, tendo como objetivo principal o seu gerenciamento correto. Os resíduos são classificados da seguinte forma: Classe A: Resíduos Infectantes Tipo A1: Material Biológico Culturas, inóculos, mistura de microorganismos e meios de cultura inoculada provenientes de laboratórios clínicos ou de pesquisas, vacinas vencidas ou inutilizadas, filtro de gases aspirados de áreas contaminadas por agentes infectantes e qualquer resíduo contaminado por estes materiais. Tipo A2: Sangue e Hemoderivados Bolsa de sangue após transfusão com prazo de validade vencido ou sorologia positiva amostra de sangue para analise, soro, plasma e outros subprodutos. Tipo A3: Cirúrgico, Anatomopatológico e Exsudato. Tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e outros líquidos orgânicos resultantes de cirurgias, necropsia e resíduos contaminados por estes materiais. Tipo A4: Perfurante ou Cortante Laminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros quebrados, ampolas, pipetas, etc.. Tipo A5: Animal Contaminado Carcaça ou microorganismos parte de animal patogênicos ou inoculado portador exposto de a doenças infectocontagiosas, bem como resíduos que tenham estado em contato com este. Tipo A6: Assistência ao Paciente Secreções, excreções e demais líquidos orgânicos precedentes de pacientes, bem como os resíduos contaminados por estes materiais, inclusive restos de refeições. Classe B: Resíduos Especiais Tipo B1: Rejeito Radioativo Material radioativo ou contaminado, com radionuclídeos proveniente de laboratórios de analises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. Tipo B2: Resíduo Farmacêutico Medicamentos vencidos, contaminados, interditado ou não utilizado. Tipo B3: Resíduo Químico Perigoso Resíduos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, reativos, genotóxico ou mutagênico conforme NBR 10004. Classe C: Resíduos Comuns Todos os que não se enquadram nos tipos anteriormente citados, e possuem semelhança aos resíduos domésticos. NBR 12809- Fixa os procedimentos exigíveis para garantir condições de higiene e segurança no manuseio dos resíduos sólidos de serviços de disposição saúde final. englobando Dispõe a sobre geração, o segregação, manuseio, coleta e acondicionamento, armazenamento (interno, externo), bem como os equipamentos e instalações adequadas a serem utilizadas. Geração e Segregação Todos os funcionários envolvidos nos procedimentos deverão ser capacitados e capazes de fazer a segregação adequadamente dos resíduos e reconhecer o sistema de identificação utilizado. Todo resíduo no momento de sua geração devera ser acondicionado próximo ao local de geração, corretamente.Aqueles em saco considerados plástico infectantes identificado devem ser acondicionados em saco plástico branco leitoso, com exceção dos perfuro-cortantes que devem ser descartados em recipiente rígido. Os tipos A1 e A2 hemoterapia, processos e de advindos pesquisa de procedimentos microbiológica esterilização de devem (autoclavagem) na analises ser clinicas, submetidos unidade a geradora. Resíduos especiais como os radioativos devem ser dispostos em recipientes compatíveis com suas características físico-químicas e serem acondicionados em local apropriado na unidade geradora ou em local exclusivo para este fim, junto ao abrigo de resíduos. Os infectantes pertencentes ao tipo A3 compostos por membros, fetos, órgãos e tecidos humanos devem ser acondicionados separadamente em sacos plásticos conforme NBR 9190. Os classificados como comuns devem ser depositados em sacos plásticos conforme a NBR 9190. Para o manuseio dos resíduos e necessário que todos os funcionários envolvidos nos procedimentos façam uso dos equipamentos de proteção individuais descritos nesta norma (gorro, óculos, mascara, uniforme, luvas e botas). NBR 12810- Descreve os procedimentos a serem seguidos para coleta interna e externa dos resíduos sólidos de serviço de saúde sob condições de higiene e segurança. A coleta deve ser exclusiva e há intervalos não superiores a 24 horas. Poderá ser realizada em dias alternados desde que os recipientes contendo resíduos do tipo A e restos de preparação de alimentos sejam armazenados a temperatura máxima de 4º C. Todos os funcionários envolvidos deverão receber treinamento adequado e serem submetidos a exames médicos periódicos de acordo com o estabelecido na portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho. Os equipamentos de proteção individual devem ser adequados para o uso no trabalho e manuseio dos resíduos sólidos de serviços de saúde e também serem lavados e desinfetados diariamente. As características recomendadas para os EPI s atende as normas do ministério do trabalho. Quanto aos carros de coleta interna deverão atender ao seguinte: Ser estanque (sem abertura ou fenda por entre ou saia algum tipo de liquido), constituídos de material rígido, lavável e impermeável, com cantos arredondados e dotados de tampas. Possuírem identificação pelo símbolo de substancia infectante e serem de uso exclusivo para coleta e atenderem a um volume máximo de transporte (100 litros). NBR 9190- acondicionamento de Classifica resíduos os quanto sacos a sua plásticos finalidade, para espécie, capacidade, e tonalidade. Para efeito dessa norma são adotadas as seguintes definições: Saco plástico para acondicionamento de resíduos: aquele fabricado ou comercializado com a finalidade especifica de acondicionar os resíduos sólidos resultantes da atividade humana. Coleta Especial de Resíduos (lixo) Aquele a coleta de resíduo especial. Coleta Ordinária de Resíduo Destinado a coleta de resíduo domiciliar. Resíduo Especial (lixo) Resíduo sólido produzido por hospitais, portos, aeroportos e nos locais onde houver possibilidade da existência de resíduo contaminado patologicamente. Resíduo Domiciliar Resíduos sólidos produzidos nas unidades residenciais e comerciais podendo ser solto ou compactado. Nesta norma também são definidos os sacos plásticos como classe I, para acondicionamento de resíduos domiciliares e classe II para acondicionamento de resíduos infectantes. NBR 9191- Complementa a NBR 9190, mostrando especificações dos sacos coletores quanto à matéria prima usada, as dimensões, medidas de altura e largura, mecanismos de fechamento (solda), pois a vedação deve ser feita de maneira que não seja permitida a perda de conteúdo durante o manuseio. Os sacos plásticos para coleta de resíduos devem possuir identificações e advertências como: manter fora do alcance de crianças e uso exclusivo pra resíduos. Entretanto, para aplicação desta norma são necessárias consultas complementares: NBR 7500- Símbolos de risco e manuseio para transporte e armazenamento do material – simbologia. NBR 9195- Sacos plásticos para acondicionamento de lixo determinação da resistência à queda livre -método de ensaio. NBR 13055- Sacos plásticos para acondicionamento de lixo determinação da capacidade volumétrica -método de ensaio. NBR 13056- Filmes plásticos para sacos de acondicionamento de lixo -verificação da transparência – método de ensaio. NBR 13853- Coletores para resíduos de serviço de saúde, perfurantes e cortantes - requisitos e métodos de ensaio. NBR 7503- Ficha de emergência para transporte de produtos perigosos -características e dimensões. NBR 7504- Envelope para transporte de produtos perigosos características e dimensões. NBR 7501- Transporte de produtos perigosos -terminologia. NBR 8285- Preenchimento da ficha de emergência para o transporte de produtos perigosos. NBR 8286- Emprego de sinalização nas unidades de transporte e de rótulos nas embalagens de produtos perigosos. NBR 9734- Conjunto de equipamentos de proteção individual para avaliação de emergência e fuga no transporte rodoviário de produtos perigosos. NBR 9735- Conjunto de equipamentos para emergência no transporte rodoviário de produtos perigosos. NBR 12710- Proteção contra incêndio por extintores no transporte rodoviário de produtos perigosos. NBR 13095- Instalações e fixações de extintores de incêndio para carga no transporte rodoviário de produtos perigosos. Quadro 03: Classificação dos Resíduos de Saúde conforme a Portaria 1154/97 do SES – Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Tipo de Resíduo 1. Perfurocortantes (agulhas, ampolas), aparelhos de gilete, laminas de bisturi, escalpes,etc). Portaria 1154/97 Considera como resíduos do grupo A (A4) infectante o descarte deve ser dentro dos padrões estabelecidos Pela ABNT. 2. Assistência ao paciente (algodão, esparadrapo), luvas, gazes, compressas, fraldas, papeis de uso sanitário), secreções e excreções. Pertencem ao grupo de risco A (infectante). Manejo dentro das normas da ABNT. 3. Hemoderivados (bolsas transfundidas, soro), plasma, etc.) Pertencem ao grupo de risco A (A2) resíduo infectante. Manejo dentro da ABNT. 4. Tecidos, órgãos, fetos e pecas anatômicas e outros líquidos provenientes de atos cirúrgicos. Pertencem ao grupo de risco A (A2) resíduo infectante. 5. Serviço de Nutrição e Dietética (restos de refeições que tiveram contato com o paciente). Fonte: SES/ Santa Catarina Manejo dentro da ABNT. Pertencem ao grupo de risco A (resíduo infectante) mais precisamente ao grupo A6 ( assistência ao paciente). Manejo dentro da ABNT. Portanto as legislações pertinentes aos serviços de saúde são: Resolução CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997 A resolução CONAMA 237/97 revoga os artigos 3º e 7º da resolução CONAMA 001/86, trazendo definições sobre licenciamento ambiental, licença ambiental, estudos ambientais e impacto ambiental regional. A licença ambiental somente será fornecida mediante estudo prévio de impacto ambiental EIA (estudo de impacto ambiental) e do RIMA (relatório de impacto ambiental) destas atividades. E de competência do estado fornecer licenciamento ambiental a prestadores de serviço que causem impacto em mais de um município e de competência municipal o licenciamento de atividades que produzam impacto ambiental local. Resolução CONAMA nº 005 de 05 de agosto de 1993 Esta resolução define procedimentos e normas para se implantar o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, juntamente com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esta resolução define que cada estabelecimento prestador de serviços de saúde e responsável pelo gerenciamento de resíduos sólidos incluindo-se todas as etapas referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como proteção a saúde publica. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos e documento integrante do processo de licenciamento ambiental exigido pelo órgão estadual competente obedecendo ao que esta preconizado pela política nacional do meio ambiente, tendo como objetivo a minimização de resíduos sólidos contaminados para proteção a saúde publica e preservação do meio ambiente. O plano de gerenciamento deve ter um responsável técnico e seguir as orientações exigidas pela ABNT quanto ao manuseio coleta e transporte dos resíduos. As NBR’s (Normas Brasileiras) que descrevem os procedimentos são: 12807, 12808, 12809, 12810, 10004, 9190, 9191, 7500, 9195. Legislação do Estado de Santa Catarina decreto nº 14250 de 05 de junho de 1981- Regulamenta dispositivos da Lei nº 5.793, de 15 de outubro de 1980, referente à proteção e a melhoria da qualidade ambiental. Seção II Da Proteção do Solo e do Controle dos Resíduos Sólidos Art. 20- E proibido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no solo resíduos, em qualquer estado da matéria, desde que causem degradação da qualidade ambiental, na forma estabelecida no artigo 3º. Art. 21- O solo somente poderá ser utilizado para destino final de resíduos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma adequada, estabelecida em projetos específicos, ficando vedada a simples descarga ou deposito, seja em propriedade publica ou particular. Parágrafo 1º- Quando as disposições finais, mencionadas neste artigo, exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo-se normas a serem expedidas. Parágrafo 2º- O lixo in natura não pode ser utilizado na agricultura ou para alimentação de animais. Art.22- Os resíduos de qualquer natureza portadores de patogênicos ou de alta toxidade, bem como inflamáveis, explosivos, radioativos e outros prejudiciais, deverão sofrer, antes de sua disposição final no solo, tratamento e ou acondicionamento adequados fixados em projetos específicos, que atendam os requisitos de proteção à saúde publica e ao meio ambiente. Parágrafo 1º- Os resíduos de hospitais, clinicas medicas, laboratórios de analise, bem como de órgão de pesquisa e congêneres, portadores, de patogenicidade, deverão ser incinerados em instalações que mantenham alta temperatura para evitar mau odor ou perigo de contaminação. A emissão final devera obedecer aos padrões estabelecidos neste regulamento. Parágrafo 2º- São excluídos da obrigatoriedade de incineração os resíduos sólidos portadores de agentes patogênicos e submetidos a processos de esterilização por radiações ionizantes, e instalações licenciadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. Parágrafo 3º- Os resíduos provenientes do tratamento de enfermidades tenham sido infectocontagiosas, usados para bem como experiência, animais deverão mortos ser que coletados separadamente dos demais resíduos e incinerados imediatamente, ou acondicionados em recipientes adequados, ate sua posterior incineração. Parágrafo farmacêuticos e 4º- Os reativos resíduos biológicos, de produtos bem como químicos em ou material incombustível (vidro e metal) quando não puderem ser incinerados por serem explosivos ou emitirem gases venenosos, ou por qualquer outro motivo, deverão ser neutralizados e ou esterilizados, antes de lhe ser dada à destinação final. Art. 23- Somente será tolerada a acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza, desde que não ofereça risco a saúde publica e ao meio ambiente. Art. 24- O tratamento, quando for o caso, transporte e a disposição de resíduos de qualquer natureza de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços quando não forem de responsabilidade do Município, deverão ser feitos pela própria empresa e suas custas. Parágrafo 1º- A execução, pelo município, dos serviços mencionados neste artigo, não exime a responsabilidade da empresa, quanto a eventual transgressão de dispositivos deste regulamento. Parágrafo 2º- O dispositivo neste artigo aplica-se, também, aos lodos digeridos ou não de sistemas de tratamento de resíduos e de outros materiais. Quadro 01: Classificação dos Resíduos de Saúde conforme a Portaria 1154/97 do SES – Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. T i po de R es í du o 1. Perfur ocor tan tes a mp ol as ) , a par elhos d e g i lete , b is tu r i , esc alpes ,etc) . P o rta r ia 11 54 /9 7 (a gu lh as , Co nsider a co mo res ídu os d o gr up o A ( A4) i n fec tan te la minas de o desc ar te d e ve s er d en tr o dos pa drões es tabe lec id os Pe la ABNT. 2 . Assis tênc ia a o pac ie n te (a lg odã o, P er t ence m ao gru po de r is c o es par adra po ), ( in f ec tan t e) . lu vas , gazes , c omp ressas , fr aldas , p ape is d e us o M an ej o den tr o d as nor mas d a ABN T . sa nitár io) , sec reçõ es e e xcreç ões . 3. He mo der ivad os t r a ns fu nd idas , s or o) , p las ma , e tc .) A ( bo lsas Per tence m a o grupo de r esídu o i n fec tan te . M an ej o den tr o d a A BN T . risco A ( A2) 4 . Tec idos , ór gã os, fe tos e p ecas Per tence m a o grupo de r esídu o i n fec tan te . a na tô m icas e ou tr os l íq ui dos p r ove ni en tes d e a tos c ir úr gic os . M an ej o den tr o d a A BN T . risco A ( A2) 5 . Se r viç o d e N u tr içã o e D ie t é tica (r es tos de re feiç ões q ue tiver am Per tence m ao g rup o de r isco A (res íduo i n fec tan te ) c o n ta to c om o pac i ente) . ma is prec isa men te ao g rup o A6 ( ass is tê nc i a a o pac ie n te ) . M an ej o den tr o d a A BN T . Fonte: SES/ Santa Catarina Normas Técnicas da FATMA Normas Técnicas – NT-01/99 Sistema de Incineração de Resíduos de Serviços de Saúde – Procedimentos para Licenciamento Ambiental 1. OBJETIVO Esta norma fixa as condições para licenciamento ambiental instalações que incinerem resíduos infectantes provenientes serviços de saúde. de de 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 2.1 Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 7.500 Símbolo de Risco e Manuseio Armazenamento de Material Simbologia. para Transporte e NBR 10.004 Resíduos Sólidos - Classificação NBR 10.005 Lixiviação de Resíduos - Procedimentos NBR 10.006 Solubilização de Resíduos - Procedimento NBR 10.007 Amostragem de Resíduos - Procedimento NBR 10.664 Águas – Determinação de Resíduos (sólidos) – Método Gravimétrico Planejamento de Amostragem em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias Procedimento NBR 10.700 NBR 10.701 Determinação de Pontos de Amostragem em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias - Procedimento NBR 10.702 Efluentes gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias - Determinação da Massa Molecular NBR 11.174 NBR 11.175 NBR 11.966 Armazenamento de Resíduos Classe II – não inertes e III – inertes. Incineração de Resíduos Perigosos – Padrão de Desempenho Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias - Determinação da Velocidade e Vazão - Método de Ensaio NBR 11.967 Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias Determinação de Unidade - Método de Ensaio NBR 12.019 Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias Método de Ensaio Determinação de Material Particulado – Método de Ensaio. Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias – Calibração dos Equipamentos Utilizados em Amostragem-Método de Ensaio Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias - Determinação de Dióxido de Enxofre, Trioxido de Enxofre e Névoas de Ácido Sulfúrico Método de Ensaio Efluentes Gasosos em Dutos e Chaminés de Fontes Estacionárias - Determinação de Dióxido de Enxofre - Métodos de Ensaio Armazenamento de Resíduos Perigosos - Procedimento Resíduos de Serviços de Saúde - Terminologia Resíduos de Serviços de Saúde - Classificação Manuseio de Resíduos de Saúde - Procedimento NBR 12.020 NBR 12.021 NBR 12.022 NBR NBR NBR NBR 12.235 12.807 12.808 12.809 2.2 Método da EPA Determination of Nitrogen Oxide Emissions from Stationary Sources Determination of Total Flouride Emissions from Method 13B Stationary Sources - Specific Ion Electrode Method Determination of Polychlorinated Dibenzo-p-Dioxins Method 23 (PCDD) and Polychlorinated Dibenzofurans (PCDF) from Stationary Sources Method 0050 Isokinetic HCl/Cl 2 Emission Sampling Train Method 101- A Determination of Particulate and Gaseous Mercury Emissions from Sewage Sludge A Incinerators Multi Metals Methodology for the Determination of Metals Emission in Exhaust Gases from Hazardous Waste Incineration and Similar Combustion Processes Method 7 2.3 Legislações Lei Federal nº 6.938 de 31/08/81 - Política Nacional de Meio Ambiente Decreto Federal nº 99.274 de 06/01/86 - Regulamenta a Lei nº 6..938 Lei Estadual nº 5.793 de 15/10/80 - Proteção e Melhoria da Qualidade Ambiental (Atualizada em mai/95) Decreto Estadual nº 14.250 de 05/06/81 - Regulamenta a Lei nº 5.793 2.4 Resolução CONAMA Resolução 05 de 05/08/93 - Dispõe sobre os procedimentos mínimos para o gerenciamento e o tratamento de resíduos sólidos oriundos de serviço da saúde, portos e aeroportos e de terminais ferroviários e rodoviários, com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente. 3. DEFINIÇÕES PARA EFEITO DESTA NORMA TÉCNICA 3.1 Resíduos de Serviço de Saúde Resíduos resultante de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico assistencial às populações, humana ou animal, centro de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia, bem como os medicamentos vencidos ou deteriorados. 3.2 Resíduos Infectante Resíduos de serviços de saúde que por suas características de maior virulência, infectividade e concentração de patogênicos, apresentam risco potencial adicional a saúde pública. 3.3 Incineração Processo de oxidação a alta temperatura com transformação de materiais, redução de volume e destruição de organismos. 3.4 Sistema de Incineração Conjunto constituídos por um ou mais incineradores, demais equipamentos disponíveis e infra-estrutura associada. 3.5 Capacidade do Sistema de Incineração Somatório das capacidades individuais de todos os incineradores instalados no mesmo local. 3.6 Plano de Teste de Queima Descrição detalhada dos procedimentos que devem ser adotados para a execução do teste de queima. 3.7 Teste de Queima Queima experimental para verificação dos padrões de desempenho do incinerador estabelecidos nesta Instrução Normativa. 3.8 Limite de Emissão Conteúdo máximo, expresso em concentração (massa/volume) e/ou em taxa de emissão (massa/tempo) de uma substância (gasosa, líquida ou sólida) nos efluentes de uma fonte de emissão. 3.9 Plano de Emergência Documentos que disponíveis, para contem todos minimizar ou os procedimentos restringir os e recursos efeitos danosos decorrentes de acidentes no sistema de incineração. 3.10 Plano de Amostragem Documento contendo o conjunto de informações referentes aos parâmetros que serão analisados, pontos de coleta, de amostra, freqüência, métodos de amostragem e de análise. 3.11 Monitoramento É a avaliação contínua e/ou periódica das variáveis operacionais e das emissões provenientes do sistema de incineração. 4. CONDIÇÕES GERAIS 4.1 Projeto, materiais e operação O projeto do sistema, os materiais utilizados em sua construção e sua operação devem ser adequados ao tipo de serviço. 4.2 Equipamentos de incineração • Deve ter no mínimo 2 (duas) câmaras de combustão e ser projetado para trabalhar com excesso de ar, de modo a garantir a queima completa da parte combustível dos resíduos. • Deve ser provido de monitores contínuos, indicadores e registradores das condições de operação, conforme Tabela I desta Norma. • A alimentação dos incineradores deve ser interrompida, por mecanismos automáticos de intertrava-mento para os de alimentação contínua e por suspensão para os de alimentação descontínua, sempre que ocorrer alguma das seguintes situações: a) baixa temperatura b) ausência de chama no queimador c) queda de teor de O 2 na chaminé d) e) mau funcionamento dos monitores de CO, O 2 e temperatura valores de CO entre 125 e 625 mg/Nm 3 por mais de 10 min. corridos f) valores de CO superiores a 625 mg/Nm 3 , em qualquer instante g) inexistência de depressão no incinerador h) falta de energia elétrica ou queda brusca de tensão 4.3 Local de estocagem dos resíduos Área coberta, fechamento lateral, alvenaria com revestimento interno (piso e parede) com material liso, lavável e impermeável, possuir símbolo de identificação de substância infectante (NBR - 7.500) e dimensionado de forma a comportar resíduos em quantidade equivalente, no mínimo, ao dobro da capacidade nominal diária do incinerador. 4.4 Equipamentos de controle da poluição Deve ser provido de tantos equipamentos de controle quantos forem necessários para satisfazer aos limites de emissão exigidos na Tabela II desta Norma. 4.5 Registro de Operação Os registros diários de acompanhamento da operação do sistema de incineração devem conter, no mínimo, as seguintes informações: • origem e peso dos resíduos recebidos • consumo de combustível auxiliar • parâmetros operacionais constantes na Tabela I desta Norma • quantidade e especificação dos resíduos oriundos do sistema de incineração. 4.6 Treinamento de pessoal A capacitação dos operadores do sistema de incineração é fundamental para possibilitar a correta operação e minimização dos possíveis efeitos danosos ao meio ambiente. 4.7 Manutenção Deve ser estabelecido um programa de manutenção periódica para todos os equipamentos do sistema. Para casos de acidentes, deve ser previsto um Plano de Emergência, que deve conter: • possíveis incidentes e as ações a serem tomadas • nome, telefone das pessoas que atuaram como coordenadores das ações de emergência • listagem dos equipamentos de segurança, localização, descrição do tipo e capacidade. Uma cópia deste plano deve sempre estar em local de fácil acesso e os operadores devem ter pleno conhecimento do seu conteúdo. 5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 5.1 Incinerador 5.1.1 Primeira Câmara • A temperatura dos gases de saída desta câmara deve ser superior a 800 °C; • Tempo e residência mínima: 60 minutos 5.1.2 Última Câmara • A temperatura de saída dos gases nesta câmara deve ser igual ou superior a 1.000 °C; • Tempo de residência mínima: 0,8 segundos; • O excesso de ar durante todo o processo de queima deve ser tal que na saída o teor de oxigênio nos gases seja igual ou superior a 7%; • O combustível nesta câmara deve ser gasoso. 5.1.3 Cinzas e Escórias • Não deve haver presença de materiais voláteis nas cinzas e escórias (Análise NBR 10.664 e NBR 10.007) • Os procedimentos, métodos de análise e concentrações máximas devem obedecer as Normas Técnicas específicas. • Parâmetros mínimos a serem analisados: Cd, Pb, Hg, Ba, Cr e Cu e seus compostos. • Devem ser dispostas em aterros compatíveis com a classificação dos resíduos 5.2 Monitoramento, Indicadores e Registradores Parâmetro Temperatura 1º Câmara Temperatura - Última Câmara Pressão - 1º Câmara Capacidade do Sistema de Incineração <200 Kg/d 200 a 1.500 >1.500 kg/d kg/d indicador indicador e indicador registro registro indicador indicador e indicador registro registro indicador indicador indicador registro indicador registro Taxa de Alimentação dos resíduos (alimentação contínua) Monóxido de Carbono indicador nos gases de combustão Oxigênio na saída da última indicador câmara Opacidade - e e e e indicador registro e indicador registro e indicador registro - e indicador registro indicador registro e e 5.3 Emissões Atmosféricas Os Dutos ou chaminés de saída dos gases de combustão do sistema de incineração devem, ser dotados de dispositivos (furos, plataformas... ) que permitam a realização de amostragem objetivando a verificação dos níveis de poluentes emitidos. 5.4 Limites de emissão para as emissões atmosféricas Tabela II - Limites de emissão por capacidade do sistema de Incineração Poluente Capacidade do Sistema de Incineração ( kg/dia) <200 200 a 1.500 >1.500 concentração ( 1 ) concentração concentração Material 120 mg/Nm 3 Particulado So x (Expresso em 250 mg/Nm 3 SO 2 ) No x (Expresso em 560 mg/Nm 3 NO 2 ) Ácido Clorídico 100 mg/Nm 3 1,8 kg/h Ácido Fluorídico 5 mg/Nm 3 Substâncias 0,28 mg/Nm 3 Classe I (2) Σ Cd + Hg + Tl Substâncias 1,4 mg/Nm 3 Classe II (2) Σ As + Co + Ni + Se + Te Substâncias 7 mg/Nm 3 Classe III (3) Σ Sb + Pb + Cr + CN- + F- + Cu + Mn + Pt + Pd + Rh + V + Sn Dioxinas e Furanos (4) (1) (1) 70 mg/Nm 3 50 mg/Nm 3 250 mg/Nm 3 250 mg/Nm 3 560 mg/Nm 3 560 mg/Nm 3 e 100 mg/Nm 3 e 100 mg/Nm 3 e 1,8 kg/h 1,8 kg/h 5 mg/Nm 3 5 mg/Nm 3 0,28 mg/Nm 3 0,28 mg/Nm 3 1,4 mg/Nm 3 1,4 mg/Nm 3 7 mg/Nm 3 7 mg/Nm 3 *0,14 ng/Nm 3 0,14 ng/Nm 3 (1) Concentração em base seca, corrigida a 7% O 2 , sem injeção de oxigênio puro (2) Expressa em termo do elemento químico (3) Expressa em termo do elemento químico e ânion (4) Concentração expressa em 2.3.7.8 TCDD, corrigida pelo fator de equivalência de toxidade conforme tabela III abaixo. * De pe nden do do p or te e loca lizaçã o do inc ine rad or, A F ATMA pod erá , a seu cr itér io , disp ensa r a co le ta e a nális e des tes p oluen tes . Elementos Químicos Cd - cádmio; Hg - mercúrio; Tl - telúrio As - arsênio; Co - cobalto; Ni - níquel; Se - selênio; Te - telúrio; Sb - antimônio; Pb - chumbo; Cr - cromo; CN - cianeto; F - fluoreto; Cu - cobre; Mn - manganês; Pl - platina; Pd - paládio; Rh - ródio; V vanádio; In - estanho Tabela III - Fatores de equivalência de toxicidade Reflete a toxidade de uma substância, equivalente a toxidade da substância 2,3,7,8 tetracloro dibenzo-p-dioxina, cujos fatores estão definidos na tabela abaixo: Substância 2.3.7.8 2.3.7.8 2.3.7.8 2.3.7.8 2.3.7.8 1.2.3.7.8 2.3.4.7.8 2.3.7.8 2.3.7.8 Mono, di e Triclorodibenzodioxina Tetra cloro dibenzodioxina (TCDD) Outros TCDDs Pentaclorodibenzodioxina (PeCDD) Outros PeCDDs Hexaclorodibenzodioxina (HxCDD) Outros HxCdds Heptaclorodibenzodioxina (HpCDD) Outros HpCDDs Octaclorodibenzenodioxina (OCDD) Mono, Di e Triclorodibenzofurano Tetraclorodibenzofurano (TCDF) Outros TCDFs Pentaclorodibenzo (PeCDF) Pentaclorodibenzo (PeCDF) Outros PeCDFs Hexaclorodibenzofurano (HxCDF) Outros HxCDFs Heptacloro dibenzofurano (HpCDF) Outros HpCDFs Octaclorodibenzofurano ( OCDF) Fator de equivalência de Toxidade 0 1 0 0,5 0 01 0 0,01 0 0,001 0 0,1 0 0,05 0,5 0 0,1 0 0,01 0 0,001 As concentrações determinadas nos efluentes devem ser corrigidas, antes da comparação com os limites da Tabela: = Cc 14 Cm 21 – Om Cc = concentração corrigida para a concentração de oxigênio 7% (v/v), em mg/Nm 3 ; Cm = concentração do elemento determinado nos gases efluentes, em mg/Nm 3 ; Om = concentração do elemento determinado nos gases efluentes, em mg/Nm 3 . Nota: Esta correção só é valida quando se utiliza ar atmosférico na combustão. 5.5 Plano de Testes de Queima. O plano de teste de queima deve conter a descrição detalhada do conjunto de operações que serão executadas durante o teste, onde se incluem: • as condições operacionais a serem obedecidas; • parâmetros a serem monitorados; • freqüência do monitoramento • métodos de análise • tipo e características dos mostradores • pontos e métodos de coleta de amostras • período de duração do teste. O plano de teste de queima deverá previamente ser aprovado pela FATMA. 5.6 Teste de Queima • Para realização do teste de queima o sistema de incineração deve estar totalmente implantado, de acordo com o projeto aprovado na Licença Ambiental de Instalação - LAI. • Após concluída a implantação do sistema de incineração, é previsto um período mínimo de operação, (+/- 30 dias) antecedendo ao teste de queima, de modo a torna-lo apto a execução do mesmo. • O teste de queima deve ser conduzido na presença de representante da FATMA e em condições máximas da capacidade do incinerador. • A FATMA somente fornecerá a Licença Ambiental de Operação - LAO, após comprovado o desempenho do incinerador, verificado no teste de queima . • O plano do teste de queima e sua realização é de responsabilidade do interessado. 5.7 Efluentes líquidos O lançamento dos efluentes líquidos em corpos d’água deve atender aos limites de emissão e os padrões de qualidade dos corpos receptores de acordo com a Legislação Estadual e demais exigências estabelecidas no licenciamento ambiental. 5.8 Resíduos Sólidos Os resíduos sólidos gerados pelo sistema de incineração devem atender a classificação especificada pela NBR - 10.004, direcionado a sua disposição adequada. 6. ACEITABILIDADE O empreendimento terá sua aprovação condicionada ao atendimento de todas as instruções desta Norma, da Instrução Normativa específica, da legislação em vigor e das demais condições especificadas para cada fase do licenciamento. Figura 01: Sobras de Alimentos provenientes do Setor de Nutrição e Dietética. Figura 02: Pesagem das amostras Figura 03:Caracterização por grupos de resíduos. Figura 04: Preparação para quantificação dos resíduos. Figura 05: Quantificação de material orgânico (peça anatômica). Figura 06: Identificação dos diferentes materiais. Figura 07: Visualização da mesa de separação de resíduos. Figura 08: Vista dos recipientes de armazenamento provisório dos resíduos para caracterização.