CONSERVAÇÃO DE ENERGIA O POTENCIAL DO Assessoria de Estudos e Programas de Conservação de Energia promove oficinas em cinco estados e no Distrito Federal NO COMBATE AO DESPERDÍCIO A Metano Assessoria de Estudos e Programas ais evitamos a produção de no- de Conservação de Energia (ACE.E) vos produtos e, portanto, o con- Marcelo Maia, da equipe da ACE.E, citou coordenou, ao longo de 2005, oficinas sumo de recursos naturais e de outra fonte de produção de energia que já vem em vários estados com o objetivo de energia elétrica para fabricá-los, sendo utilizada no exterior, o gás metano, resul- sensibilizar os jovens para a importância bem como possíveis investimen- tante do processo de putrefação dos resíduos da conservação de energia e suas rela- tos adicionais visando ampliar a nos aterros sanitários, como subproduto de alto ções com a gestão de resíduos e o meio oferta de energia elétrica; recu- poder energético. Segundo a Agência America- ambiente. Cerca de 6.800 estudantes e sando o consumo de produtos na de Proteção Ambiental, em 2001, havia cerca professores participaram dos eventos em que não sejam energeticamente de 330 aterros em operação nos Estados Unidos Brasília (DF), Porto Velho (RO), Viana eficientes ou que possuam ex- e, em meados de 2005, em todo mundo este (ES), Duque de Caxias (RJ), Carvalhos cesso de embalagens, contribuí- número era da ordem de 950 unidades, concen- (MG) e Pedregulho (SP). mos para o uso racional da ener- tradas nos EUA e Europa. De acordo com especialistas da ACE.E, gia e para minimizar a produção “Este processo ainda é pouco explorado no a produção anual de grandes quantida- de resíduos; a reciclagem é um Brasil. No Rio de Janeiro, uma experiência pio- des de lixo, aliada às dificuldades crescen- processo que utiliza, como ma- neira de aproveitamento energético desta na- tes quanto ao seu destino final, são pro- térias-primas, restos de materi- tureza está em funcionamento, desde 2005, blemas enfrentados por toda a sociedade. ais, consistindo em uma alterna- no Aterro Sanitário de Adrianópolis, em Segundo o biólogo Hamilton Garboggini tiva importante para a redução Nova Iguaçu. Esta é uma boa iniciativa e dos Santos, a assessoria vem aplicando de resíduos e para a economia ajuda a racionalizar o uso de energia uma metodologia educativa para incen- de energia”, destacou. elétrica”, afirmou. tivar as pessoas a repensar o modelo de consumo, refletir sobre o uso racional dos Foto: Juliana Fargnoli Monteiro produtos com geração de menos resíduos e combater o desperdício de energia. “Buscamos explorar o potencial de economia de energia elétrica contido no processo de gestão do lixo através de metodologias e práticas educacionais, fundamentadas nos quatro erres (reduzir, reutilizar, recusar e reciclar). Reduzindo o consumo e reutilizando materi- 18 REVISTA FURNAS ANO XXXII Nº 329 FEVEREIRO 2006 Feira de Ciências realizada na Usina Luiz Carlos Barreto de Carvalho expôs trabalhos confeccionados com materiais reutilizados nas oficinas desenvolvidas pela ACE.E RECICLAR PARA CONSERVAR QUANDO RECICLAMOS UMA LATA DE ALUMÍNIO ECONOMIZAMOS ENERGIA ELÉTRICA EQUIVALENTE A TRÊS HORAS DE UMA TV LIGADA. RECICLAR UMA TONELADA DE ALUMÍNIO GASTA 95% MENOS ENERGIA DO QUE FABRICAR A MESMA QUANTIDADE E EVITA A EXTRAÇÃO DE CINCO TONELADAS DE MINÉRIO; A RECICLAGEM DE PAPEL PROPORCIONA A REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA EM 71%, DA POLUIÇÃO DO AR EM 74%, E DA POLUIÇÃO DA ÁGUA EM 35%. P ARA A PRODUÇÃO DE UMA TONELADA DE PAPEL VIRGEM SÃO NECESSÁRIOS 100 MIL LITROS DE ÁGUA, ENQUANTO QUE PARA RECICLAR O PAPEL ESTE NÚMERO CAI PARA 2 MIL LITROS. A LÉM DISSO , PARA CADA TONELADA DE PAPEL RECICLADO DE 10 A 20 ÁRVORES DEIXAM DE SER CORTADAS; PARA CADA GARRAFA DE VIDRO RECICLADA É ECONOMIZADA ENERGIA ELÉTRICA SUFICIENTE PARA ACENDER UMA LÂMPADA DE 100 WATTS DURANTE QUATRO HORAS; A GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, Ilustração: Alecrim A PARTIR DA COMBUSTÃO DO GÁS METANO DOS ATERROS SANITÁRIOS, RESULTA NA DIMINUIÇÃO DA EMISSÃO DE GASES RESPONSÁVEIS PELO AQUECIMENTO GLOBAL. REVISTA FURNAS ANO XXXII Nº 329 FEVEREIRO 2006 19