O pequeno aventureiro
a
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Guilherme Carey era um menino muito
ativo. Morava em Paulerspury, uma
pequena vila na Inglaterra.
Todos os dias, Guilherme ia para a
escola, onde seus colegas o apelidaram
de “Colombo”, porque, assim como o
descobridor Cristóvão Colombo – seu
grande herói, ele gostava muito de
aventuras.
Certa vez,
ao tentar
pegar um
ninho de
passarinho
em cima de
uma árvore,
Carey
sofreu uma
grande
queda.
Primeiro, foi proibido de sair da cama... Mesmo
assim, não deixou de sonhar com o ninho.
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Como gostava muito de cultivar a terra e
cuidar das plantas, Carey decidiu ser
jardineiro. Sua escolha, entretanto, não deu
muito certo, porque fazia muito frio naquela
região e sua saúde era frágil. Por ficar
trabalhando ao ar livre, vivia doente. Seu
pai, então, resolveu que ele deveria mudar
de profissão.
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Carey teve que concordar com o seu pai.
Ele tinha 14 anos e precisava obedecer aos
mais velhos. Passou, então, a trabalhar com
o Sr. Nicholls, um sapateiro que morava em
Piddington, uma vila distante de sua casa.
Na época do Natal, o
primeiro que iria
passar fora de casa,
Guilherme teve uma
experiência ruim,
mas que teve um
final feliz.
Ao tentar enganar o
Sr. Nicholls, ele foi
descoberto.
A enorme vergonha
que sentiu ensinoulhe uma lição.
Ele entendeu que precisava ser salvo por Jesus Cristo
e passou a ser um crente, uma nova pessoa.
O pastor sapateiro
Para auxiliar no
sustento de sua família,
no tempo em que foi
pastor de uma pequena
igreja e de uma
congregação, Carey
trabalhou como
sapateiro e
professor.
Carey possuía uma estante com livros em diversos idiomas:
inglês, francês, holandês, italiano, latim, grego e hebraico.
Um dos livros de que ele mais gostava era “As Viagens do
Capitão Cook”, Nele, descobriu um explorador da sua
própria época e passou a viajar com ele em pensamento.
À proporção que lia
seus livros de viagens,
Carey ia desenhando
um mapa-múndi numa
das paredes de sua
tenda de sapateiro.
Para atrair a atenção
dos seus alunos, ele
fez um globo com
pedaços de couro,
tendo os diversos
países indicados por
cores diferentes.
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Na cidade onde Carey vivia, os pastores
batistas tinham o costume de se reunir
para conversar e orar sobre assuntos
importantes.
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Os pastores jovens não tinham muitas
oportunidades para falar nas reuniões
por serem considerados inexperientes.
Contudo, certa vez, um pastor idoso,
querendo dar a vez para alguém mais
jovem, perguntou com autoridade:
– Quem gostaria de sugerir um
assunto para debate?
Guilherme Carey
colocou-se de pé e,
tremendo, fez a
seguinte pergunta:
– Será que a ordem de
pregar o evangelho a
todas as nações não
deve ser obedecida
também por nós?
O velho pastor que
dirigia a reunião
ficou muito irritado.
Olhou para Carey
e, quase gritando,
assim falou:
– Jovem, sente-se!
Quando Deus
quiser salvar os
povos de outras
nações não vai
precisar da sua
nem da minha
ajuda.
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Para divulgar suas ideias acerca de
missões, Carey publicou um artigo em
forma de folheto. Dessa maneira, vários
crentes puderam ser orientados sobre a
necessidade do trabalho missionário.
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Um pouco mais tarde, Carey leu seu artigo
diante de um grupo de pastores. Não o
mandaram sentar-se dessa vez. Disseram:
– Devemos estudar o assunto.
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Em 1792, durante a primavera, Carey
recebeu um convite para pregar perante
a associação batista, reunida em
Nottingham.
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A mensagem central do seu sermão era
esta: “Esperem grandes coisas de Deus,
tentem fazer grandes coisas para Deus.”
O sermão impressionou a todos.
Finalmente, Carey havia conseguido
abrir os olhos dos outros líderes batistas
para a importância da obra missionária.
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Com alegria, decidiram organizar uma
junta missionária.
O evangelho chega à Índia
Pouco tempo depois de
chegar à Índia, para
sustentar sua família,
Carey trabalhou numa
fábrica de anil.
Apesar dos obstáculos,
ele prosseguia firme em
seu trabalho. Continuava
estudando o bengalês,
língua falada na Índia, e
começou a traduzir o
Novo Testamento, a fim
de que os hindus
pudessem ler a Palavra
de Deus.
Com o passar do
tempo, Carey pôde
constatar que, de
fato, apesar de
demonstrar
interesse, os
indianos
demoravam a
aceitar a salvação
em Jesus Cristo.
Lutas e vitórias
a
Carey ficou profundamente chocado com a
prática do Sati, uma cerimônia em que as
viúvas eram queimadas vivas ao lado de
seus esposos recém-falecidos, dentro do
próprio caixão.
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Aparentemente, não eram obrigadas a fazer
isso. Muitas até se ofereciam para morrer,
pois achavam que assim estariam
demonstrando sua santidade e lealdade ao
marido. Mas, se mudassem de ideia,
morreriam do mesmo modo, porque,
quando a fogueira era acesa, eram
amarradas em paus de bambu.
Certa ocasião,
Carey presenciou
uma cena dessas
e, sentindo horror,
virou o rosto e
prometeu a si
mesmo que
combateria tal
costume com todas
as suas forças,
custasse o que
custasse.
a
Em 1799, quando Carey estava quase
terminando de traduzir o Novo Testamento
para o bengalês, teve uma agradável
surpresa. Um jovem tipógrafo chegou para
trabalhar ao seu lado. Chamava-se Ward.
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Assim, no dia 1º de janeiro de 1800, os
missionários partiram de barco para
Serampore.
Ali, juntaram-se a três famílias que haviam
chegado à Índia, com Ward e passaram a
morar todos juntos, formando uma espécie
de comunidade cristã.
Montar a tipografia foi a primeira preocupação de
Carey ao chegar a Serampore. Para isso, contou
com a ajuda de um ferreiro indiano. O trabalho foi
cansativo e demorado.
Mas, para a alegria geral, no dia 18 de março de
1800, foi impressa a primeira folha da Palavra de
Deus na língua do povo que desejavam
ardentemente ganhar para Jesus.
Um ano mais tarde, os missionários iriam consagrar
solenemente o primeiro Novo Testamento em bengalês.
E em dezembro de 1800, em Serampore, Carey realizou
o primeiro batismo na Índia.
O trabalho progride
Certa manhã, durante
a primavera de 1801,
Carey ficou surpreso
ao receber uma carta,
convidando-o para ser
professor de bengalês
num importante
colégio do governo,
em Calcutá, capital da
Índia. Ele teria que
lecionar dois dias por
semana, e Calcutá
ficava a duas horas
apenas de Serampore.
Tudo ia muito bem, até que, um dia...
– Fogo! – gritou Ward, assustado.
Marshman saiu correndo do seu quarto para ver o que
estava acontecendo.
Uma coluna de fogo de sete metros de altura subia de
um armazém empilhado de papel. Em pouco tempo, as
chamas aumentaram muito de tamanho e todos ficaram
com medo que o fogo se espalhasse e destruísse as
outras casas.
Graças a Deus, de repente, o vento, que estava
espalhando as chamas, parou e o incêndio foi controlado.
Ninguém ficou ferido, mas as perdas materiais foram
grandes. Alguns textos que Carey tinha escrito e parte de
suas traduções da Bíblia ficaram totalmente queimados.
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Em 1813, os missionários
alcançaram uma grande vitória: o
governo assinou um decreto,
legalizando a obra missionária na
Índia.
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Num domingo de manhã, enquanto
preparava seu sermão, Carey
recebeu uma carta que lhe trouxe
muita alegria. Era um comunicado
urgente do governador, proibindo a
prática do Sati.
No dia 9 de junho de
1834, dia em que Carey
foi sepultado, as
bandeiras dos prédios
do governo indicavam
luto oficial. Todos
estavam tristes.
Guilherme Carey foi
alguém que,
verdadeiramente,
aceitou a sua
responsabilidade diante
da grande comissão.
Num tempo em que
poucas pessoas
estavam preocupadas
em obedecer à ordem
de Jesus, Carey viu o
mundo. Por isso, figura
na História como:
“O Pai das
Missões
Modernas”
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