MANUAL DE
A MAME NTAÇÃO
Dr. Alfredo Elias Gilio
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Dra. Alice D’Agostini Deutsch
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Manual de Amamentação Copyright© 2008, Office Editora e Publicidade Ltda
Produzido e Editado por:
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Índices para catálogo sistemático:
1. Amamentação : Bebês : Alimentação : Puericultura 649.33
2
Introdução
A
amamentação é uma prática que promove saúde, bem-estar físico
e emocional, além de estreitar o vínculo entre mãe e filho.
É também uma das experiências mais fascinantes para a mulher.
Atualmente a maioria das mães e dos profissionais
de saúde estão convencidos das vantagens
do
d aleitamento materno. Entretanto, há muito
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desconhecimento,
crendices e tabus envolvendo
d
este
e assunto e, por isso as mães freqüentemente
encontram
dificuldades para amamentar. Este
e
Manual surgiu da necessidade de ajudar as mães
nesta tarefa. Foi escrito em linguagem simples, aborda as dúvidas mais
comuns, e está baseado na ampla experiência dos autores. Esperamos que
consiga atingir seus objetivos.
Dr. Alfredo Elias Gilio
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MANUAL DE
A MAME NTAÇÃO
Dr. Alfredo Elias Gilio
Doutor em Pediatria pela Faculdade de Medicina da USP. Diretor da Divisão de Clínica Pediátrica do
Hospital Universitário da USP. Coordenador do Centro de Imunizações e da Clínica de Especialidades
Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein.
Dra. Alice D’Agostini Deutsch
Doutora em Pediatria pela Faculdade de Medicina da USP. Neonatologista do Berçário Anexo à
Maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.Coordenadora do Berçário do
Hospital Israelita Albert Einstein.
Dra. Virginia Spinola Quintal
Mestre em Pediatria pela Faculdade de Medicina da USP. Neonatologista do Hospital Universitário
da USP. Coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital Universitário da USP. Membro do
Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
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Sumário
Leite materno exclusivo ........................................... 14
Estética dos seios ..................................................... 14
Por que amamentar? ................................................... 6
Empedramento dos seios ......................................... 15
Amamentar: Todas as mães estão aptas? ..................... 6
Rachadura ou fissura mamária................................. 16
Vantagens do leite materno para o bebê ..................... 7
Como lidar com palpites ......................................... 16
Vantagens do leite materno para a mãe ...................... 8
Mitos e crendices .................................................... 16
Cuidados com o seio antes do parto ........................... 8
Papel de pessoas importantes .................................. 17
Colostro...................................................................... 9
Prevenção de nova gravidez .................................... 17
Qual a melhor técnica da amamentação .................... 9
Se acontecer uma nova gravidez ............................. 17
Higiene dos seios .................................................... 10
Uso de medicamentos pela mãe .............................. 18
Primeira mamada .................................................... 10
Papel das vacinas .................................................... 18
Horário das mamadas.............................................. 10
Licença-maternidade ............................................... 18
Duração das mamadas ............................................ 11
Licença-paternidade ................................................ 19
Arroto ...................................................................... 11
Depressão pós-parto ................................................ 19
Leite fraco ............................................................... 11
Desmame ................................................................ 20
Pouco leite .............................................................. 12
Retorno ao trabalho ................................................. 20
Mamadeiras e chucas prejudicam a
amamentação? ........................................................ 12
Leituras sugeridas .................................................... 20
Muito leite ............................................................... 13
Centros de Referência Estaduais em Banco
de Leite Humano no Brasil ...................................... 21
Sites de interesse ..................................................... 21
Bancos de leite humano. Como doar seu leite
para outros bebês .................................................... 13
Referências bibliográficas ........................................ 23
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5
Por que amamentar?
Amamentar: Todas as mães
estão aptas?
Um dos principais benefícios para a mãe que amamenta seu bebê
é a completa sensação de bem-estar que deriva desta experiência.
Ao falarem de suas experiências com a amamentação, as mulheres enfatizam como se sentiram completas e felizes emocional, física
e intelectualmente por amamentar
seus filhos. Uma das grandes provas
disso é que a mãe que amamentou um
bebê irá quase certamente amamentar
o próximo filho.
O par “mãe/bebê” desenvolve
um relacionamento interdependente
e muito especial. Decorrente desta
relação simbiótica tão única, muitas
mulheres definem este período como
sendo um dos tempos mais completos
de suas vidas.
Finalmente, conhecendo os inúmeros benefícios para a saúde que a
amamentação confere, tanto para a
mãe como para o bebê, a decisão para
amamentar é a melhor possível para a
mãe e seu bebê.
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A princípio, todas as mães estão aptas a amamentar seus bebês. A
maior parte das mulheres pode amamentar, a despeito do tamanho ou do
formato dos seios. No início, a amamentação ao seio pode ser dolorosa
e difícil, mas a maioria das mulheres se acostuma logo, especialmente
se contar com a ajuda de profissionais de saúde. Muitas mulheres não
se atraem pela idéia de amamentar, mas terminam por aceitar quando
finalmente pegam o bebê no colo. Se não estiver segura, pense ao menos
em tentar: sempre será possível passar para a mamadeira, caso a tentativa
realmente não funcione. Lembre-se que é muito mais difícil para o bebe
passar da mamadeira para o seio e talvez não haja outra oportunidade se
você não tentar desde o início.
Mesmo que você pretenda voltar a trabalhar logo após o parto, vale a
pena começar a amamentação ao seio. O leite materno é mais vantajoso
para o bebê e, particularmente nos primeiros meses de vida, transmite
maior imunidade e nutrientes mais adequados.
Caso você tenha se submetido a cirurgia de redução ou aumento
das mamas, você poderá amamentar dependendo do tipo de cirurgia
realizada. Nos anos mais recentes, as técnicas utilizadas procuram
manter os ductos condutores do leite íntegros. Se você está na dúvida,
vá em frente e tente amamentar de qualquer maneira. Não irá prejudicar
seu bebê. A lactação pode ocorrer normalmente, e se não der certo, você
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infecciosos ainda insuficiente e suscetível às infecções. A natureza desenvolveu mecanismos de proteção adaptativa, e dentre eles estão o colostro
e o leite humano, que possuem vários agentes protetores.
O leite humano é rico em anticorpos, que são proteínas que protegem
as mucosas da criança (boca, intestinos, pulmão, rins e vias urinárias)
contra toxinas, microrganismos (vírus e bactérias) e outros agentes
potencialmente perigosos. Estes anticorpos são dirigidos a inúmeros
microrganismos, com os quais a mãe entrou em contato durante toda
a sua vida, representando uma
“memória” do seu repertório
imunológico que passa para o
filho, protegendo-o principalmente de diarréia, doenças
respiratórias e urinárias.
Outros tipos de elementos de defesa são as enzimas,
como lactoferrina e lisozima e
as gorduras do leite humano,
que são ativas contra vírus, bactérias, fungos e parasitas. Além disso,
temos os prebióticos, que são ingredientes não digeríveis que atuam de
forma benéfica no organismo, estimulando seletivamente o crescimento
das bactérias benéficas no intestino, melhorando a saúde. O leite materno contém um tipo de carboidrato não digerível (oligossacarídeo) que
atua como prebiótico e é considerado o terceiro maior componente do
poderá complementar a mamada com outro leite. Aguarde e verifique
as mamadas, o ganho de peso e converse com o profissional que está
cuidando de vocês.
As contra-indicações de fornecer o leite da própria mãe para o bebê
são poucas. Por exemplo, se a mãe é portadora de Aids, ela não deve
amamentar pelo risco de transmitir a doença para seu filho.
Outras doenças maternas e/ou suas medicações raramente contraindicam a amamentação. Converse com seu médico para orientação
específica.
Vantagens do leite materno para
o bebê
O leite materno contém todos os nutrientes que seu bebê necessita,
nas quantidades certas.
O leite materno contém inúmeros anticorpos e outros fatores de
proteção que ajudam a combater infecções. Sabe-se que os bebês amamentados ao seio têm menos chance de contrair infecções respiratórias e
de ouvido, gastrenterite, diabetes, doença de Crohn, doenças auto-imunes,
obesidade, entre outros problemas.
O leite materno é de fácil digestão e provoca menos problemas
digestivos, diarréia e constipação.
Toda criança nasce com o sistema imune imaturo, o intestino desprovido de bifidobactérias, o estômago com a função de excluir os agentes
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Cuidados com o seio antes do
parto
leite materno, com teores similares aos teores protéicos. Os prebióticos
promovem o predomínio de bactérias benéficas no intestino, como as bifidobactérias. O benefício destas bactérias é que estas têm sido associadas
a efeitos protetores à saúde dos bebês. Portanto, podemos afirmar que os
prebióticos exercem um papel importante no fortalecimento do sistema
imunológico dos recém-nascidos.
O colostro humano também possui glóbulos brancos derivados do
sangue materno e que têm capacidade de proteger a criança contra a
ação de bactérias.
Além disso, o leite humano está relacionado a uma menor incidência de processos alérgicos, como eczema atópico, alergia alimentar e
respiratória.
O leite humano representa, portanto, um verdadeiro “suplemento”
imunológico durante o período de imaturidade do recém-nascido e da
criança nos primeiros meses de vida.
Uma das primeiras e mais surpreendentes alterações do corpo durante
a gestação ocorre nos seios. Cuidados especiais durante a gestação ajudarão a prepará-los para a amamentação e para aliviar algum desconforto
que você possa sentir.
Use sutiã especial durante toda a gravidez. Mantenha os seios adequadamente apoiados, sempre respeitando o aumento de volume. Se seus
seios forem grandes, durma de sutiã.
A pele dos seios e da barriga está sendo muito estirada e como resultado pode coçar e ficar muito seca. Mantenha a pele macia e sem irritações.
Faça massagens nos seios e na barriga para aumentar a elasticidade da
pele. Manteiga de cacau e óleo de amêndoas, óleos com vitamina E são
eficazes para hidratar a pele. Evite hidratar os mamilos – se ficarem muito
macios e úmidos podem doer. Caso sinta desconforto nos mamilos,
exponha-os ao ar, ocasionalmente, quando estiver em casa.
Dor nos mamilos e ingurgitamento são comuns nos primeiros dias
após o parto. Caso seus mamilos sejam planos ou invertidos, procure
orientação sobre a posição que você deve colocar seu bebê. Talvez você
precise de um intermediário de silicone para amamentá-lo. Mas não
deixe que estes problemas a desencorajem de amamentar. Amamentar
o bebê quando ele pede e colocá-lo na posição correta podem ajudar a
minimizar estes problemas.
Vantagens do leite
materno para a mãe
A amamentação acelera o processo do retorno do útero ao tamanho normal e pode ajudá-la a
perder o peso que você adquiriu na gravidez.
A amamentação pode reduzir o risco de
câncer de mama para a mulher.
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8
Colostro
A posição também é importante. O bebê precisa estar alinhado,
colocado de lado, sua barriga deve ficar junto do corpo da mãe (barriga
com barriga). A cabeça deve estar apoiada, em linha reta em relação ao
corpo, e de frente para o peito.
Devemos levar o bebê à mãe, não a mãe ao bebê.
Numa boa pega, a boca está bem aberta, a língua está sobre a gengiva
e as bordas dos lábios viradas para fora (“boca de peixe”). Se a pega estiver
inadequada, com as pontas dos dedos desvire suavemente os lábios para
fora. O queixo do bebê deve estar encostado na mama e deve-se ver mais
aréola acima da boca do bebê do que abaixo dela.
Quando o bebê está sugando adequadamente, suas bochechas ficam
arredondadas. Se estiverem encovadas ou o bebê estiver fazendo barulho
de chupar ao sugar, a técnica está incorreta; devemos interromper a mamada e
reiniciar a pega de maneira correta.
Os seios começam a secretar um líquido claro ou amarelado a partir
da 22ª semana de gestação, que se intensifica nos primeiros dois ou
três dias após o parto, e é chamado de colostro. É o primeiro alimento
do bebê antes que o leite propriamente dito seja produzido. Embora sua
quantidade seja pequena, trata-se de um alimento único e valioso porque
é muito rico em nutrientes e anticorpos que irão proteger seu bebê de
processos infecciosos. Em comparação com o leite maduro, contém uma
maior quantidade de proteínas, minerais e gorduras, que correspondem
ao que seu bebê necessita nos primeiros dias de vida.
O colostro funciona ainda como laxante, limpando os intestinos do
mecônio (as primeiras fezes verde-escuras que o bebê elimina). Mesmo
que você não esteja animada a amamentar por muito tempo, vale a pena
proporcionar ao bebê o valioso colostro dos primeiros dias.
Posição
Qual a melhor técnica da
amamentação
Existem quatro posições básicas
indicadas para um bom sucesso na
amamentação. Devemos escolher a
melhor para cada situação.
A mãe deve estar confortável, com apoio para os pés, os braços e para
as costas. Pode ser útil colocar um travesseiro nas costas e no colo.
O bebê deve estar calmo e alerta. Se estiver muito excitado e chorão,
deve ser colocado no colo para que se acalme antes de ser colocado
para mamar.
1ª Posição sentada. A mãe amamentando sentada e o bebê em posição de
aconchego.
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9
2ª Posição deitada. A mãe
amamentando em posição
deitada. Esta posição é boa
para quem foi submetida a
um parto cesárea.
Higiene dos seios
3ª Criança sentada. A criança fica na posição sentada. Indicada quando as mamas são
grandes, mamas doloridas e
mamilos fissurados ou ainda
criança hipotônica (sindrômica). O bebê fica sentado com
as pernas abertas a cavaleiro
na coxa da mãe.
Primeira mamada
Deve ser com banho diário. Não usar sabonete, álcool ou água boricada nos mamilos e nas aréolas. Não é necessário limpar os mamilos
antes de cada mamada.
Quanto mais cedo acontecer a primeira mamada, maior a chance de
que a amamentação seja bem-sucedida. Desde que o recém-nascido nasça
sem problemas, esteja alerta e pronto para sugar imediatamente.
O momento da primeira mamada deve ser abordado já no prénatal pelo obstetra para que, se possível, a mãe já faça o contato inicial
imediatamente após o nascimento, ainda na sala de parto, ou o mais
precocemente possível.
A primeira mamada não será necessariamente efetiva na sala de parto.
Após o primeiro contato, nas primeiras mamadas, a enfermeira e/ou o
pediatra devem ajudar a mãe a achar a posição e a técnica melhor para
facilitar o ato da amamentação.
4ª Criança em posição
invertida
Esta posição é boa para
recém-nascidos pequenos
e mamas grandes, pois o
bebê tem dificuldade para
abocanhá-la. Também é utilizada quando há fissuras
mamárias.
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Horário das mamadas
O intervalo entre as mamadas deve ser de acordo com a necessidade
da criança (sinais de fome) ou da mãe (peitos cheios). O recém-nascido
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precisa ser amamentado freqüentemente nos primeiros dias. Na prática,
isto significa 10 a 12 vezes em 24 horas. Cada criança tem seu ritmo
próprio, que deve ser respeitado.
O controle deve ser feito pelo exame do bebê: atividade, vivacidade,
turgor firme e pelo ganho de peso. Devemos usar curvas de peso apropriadas para crianças amamentadas (a curva da Organização Mundial
da Saúde).
Alguns recém-nascidos são exageradamente dorminhocos. Nos
primeiros dias, se o bebê estiver dormindo por períodos maiores que
três horas, devemos acordá-lo para mamar. Com o tempo, ele próprio
estabelecerá o seu intervalo.
Arroto
Duração das mamadas
A mãe precisa saber que seu leite é tudo que a sua criança necessita
e ela também precisa acreditar que pode amamentar.
Nas primeiras semanas após o parto, a mulher se torna mais sensível
e fica suscetível a emoções e insegurança. É muito freqüente ela duvidar
de sua capacidade de cuidar e alimentar seu filho, achando que seu leite
é fraco ou insuficiente, e fazendo o que as pessoas lhe dizem que faça
– e nem sempre os conselhos são os melhores. Com isso a mãe acaba
desmamando precocemente o seu filho.
Para que isso não ocorra, ela precisa de uma pessoa experiente que
lhe oriente, apóie e lhe dê confiança para manter a amamentação.
A mãe deve procurar um profissional de saúde para receber orientação
adequada. Não existe leite fraco – o que pode estar acontecendo é que
a técnica deve estar incorreta e precisa ser avaliada.
Após a mamada deve-se fazer o bebê arrotar. Devemos colocá-lo de pé, apoiado sobre o
ombro da mãe ou de outro adulto e dar tapinhas
nas costas. Não é obrigatório que arrote em
todas as mamadas. Caso não arrote devemos
colocá-lo no berço em decúbito lateral direito.
Leite fraco
Devemos deixar o bebê mamar quanto tempo quiser, desde que esteja
mamando correta e vigorosamente. Quando o bebê esvaziar o primeiro
peito, ele o larga e então devemos oferecer o segundo peito. Às vezes, um
peito só é suficiente (principalmente nos primeiros dias de vida).
Nos primeiros dias de vida, como saber se o bebê mama o suficiente?
Verifique:
uSe a técnica de amamentação está correta
uSe há bom esvaziamento de um dos peitos
uSe o bebê elimina urina pelo menos seis vezes ao dia
uSe o ganho de peso é de 20 a 30 g/dia.
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11
Pouco leite
Se a mãe está produzindo pouco leite, a causa é quase sempre
uma inadequada interação mãe-bebê, a qual é passível de correção.
Pode-se realizar a técnica da relactação com a ajuda de um profissional
experiente.
A queixa de pouco leite é muito comum. Infelizmente, muitas vezes
por falta de conhecimento, se utilizam complementos com mamadeira
desnecessariamente.
A quantidade de leite que a mãe produz varia de um dia para outro e
até no decorrer do mesmo dia. Por outro lado, existem fases de aceleração
do crescimento do bebê onde ele necessita de maior volume de leite e
passa a mamar a toda hora. Estes períodos geralmente ocorrem no final
da primeira semana de vida, com seis semanas, três meses e entre os
quatro e os seis meses.
Quais são os sinais de que o bebê não está mamando o suficiente?
uEliminação de urina menor que seis vezes ao dia;
uGanho de peso insuficiente;
u Perda de mais de 10% de seu peso
de nascimento;
uNão recuperação do peso de nascimento até o 10º dia de vida;
uPeso inferior ao percentil 10 (curva
de peso para a idade para crianças
amamentadas – OMS);
uGanho de peso menor de 500 g no
último mês (nos primeiros meses);
uDiminuição da atividade do bebê.
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Mamadeiras e chucas prejudicam a
amamentação?
O uso de bicos pode causar o desmame precoce do bebê. Quando
se dá mamadeiras ou chucas ao bebê, ele aprende a chupar o bico só
com os lábios e se atrapalha ao mamar o peito de sua mãe (“confusão de
bicos”) e passa a querer mamar só
o mamilo. Desta forma o bebê não
consegue obter o leite do peito,
pois não pressiona os depósitos
abaixo da aréola. Conclusão, ele
se cansa e não consegue estimular
a produção de leite pela mama.
O mamilo fica dolorido e pode
apresentar rachaduras ou fissuras. Este processo faz com que a
mãe pense que não tem leite ou
que seu leite é fraco e o bebê passa definitivamente para a mamadeira,
ocorrendo o desmame.
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Muito leite
A retirada do leite para doação deve ser realizada com toda a higiene,
em local adequadamente limpo. O leite colhido deve ser colocado em
frascos previamente esterilizados e a seguir congelado.
O tempo máximo de armazenamento do leite materno ordenhado
deve ser:
uNa prateleira da geladeira: por 24 horas.
uNo congelador ou freezer para pasteurizar: até 15 dias.
uNo congelador ou freezer para uso em casa: por 20 dias.
O transporte do leite materno congelado de casa para o Banco de Leite
deve ser feito em bolsa térmica com gelo reciclável (gelox).
Todo o leite doado ao Banco de Leite é submetido a testes de qualidade,
pasteurizado e posteriormente dado aos bebês prematuros ou doentes
internados na Maternidade.
A Rede Nacional de Bancos de Leite Humano (REDEBLH) é constituída
por 182 Bancos de Leite Humano e coordenada pelo Centro de Referência
Nacional, com sede no Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo
Cruz. Para entrar em contato com os bancos de leite pode-se ligar para
o tel. 21-2553-0052 (Rio de Janeiro) ou obter o telefone e o e-mail do
banco mais próximo através do site: www.fiocruz.br/redeblh.
Algumas mulheres apresentam vazamento do leite entre as mamadas,
assim como da outra mama enquanto a criança está mamando, devido ao
reflexo da descida do leite. Isso é normal e não deve preocupar.
Se a mãe, após amamentar seu filho, apresentar ainda leite no peito,
esse excedente pode ser doado para bebês internados através dos Bancos
de Leite humano.
Algumas mães produzem uma grande quantidade de leite, que em
determinados momentos pode exceder a necessidade da criança. Esta
produção pode provocar ingurgitamento mamário e mastite. Nestes casos,
o que se recomenda é a retirada do leite após as mamadas. Geralmente
com o tempo ocorre uma adequação entre a produção de leite e a necessidade da criança.
Bancos de leite humano. Como
doar seu leite para outros bebês
Após amamentar seu filho, a mãe pode doar o leite excedente para
outros bebês internados. A doadora deve estar saudável, não ter o hábito
de ingerir bebidas alcoólicas e nem fumar. Caso estiver tomando algum
remédio, deve informar o Banco de Leite. A doadora deve ter alguns exames negativos (como exemplo: sorologia para HIV e hepatite B e C, entre
outros), exames que costumam ser realizados durante o pré-natal.
13
13
Leite materno exclusivo
duas vezes ao dia, por cinco minutos em cada mama. Mesmo que
você não obtenha o volume de leite que você desejaria, continue
assim mesmo. Aos poucos, você terá desenvolvido a habilidade
e progressivamente retirará mais leite.
Você poderá ser bem-sucedida na amamentação exclusiva por
bastante tempo. Nos primeiros dias ou semanas, quando os padrões de
intervalos e tempo de mamadas vão sendo definidos, você pode começar
a se organizar para retirar e armazenar seu leite para os momentos nos
quais você possa não estar presente para alimentar seu bebê.
Há várias maneiras de coletar leite materno: por retirada com bomba
manual ou elétrica ou por expressão manual (usando suas mãos para
retirar o leite e colocando num recipiente).
Estética dos seios
Alimente-se com critério e evite ganhar muito peso. Se você engordar muito em curto período de tempo, sua pele não terá tempo de se
adaptar para acomodar as novas formas. Mantenha a pele macia e sem
irritações.
Felizmente, as mamas são uma parte firme, resistente e vigorosa
de seu corpo e não necessitam ser tratadas como uma porcelana frágil.
Entretanto, suas mamas precisam estar confortáveis, o que envolve utilizar
um bom sutiã de amamentação. Um bom sutiã, que fornece um bom
suporte, sempre seco, é o ponto crucial do conforto das mamas. Você
deve ter, pelo menos, três deles (um em uso, um seco pronto para uso e
outro, lavando). Nunca utilize um sutiã apertado!
Você deve deixar os hidratantes naturais de seu corpo cuidarem de
suas mamas e não deve usar nenhum tipo de adstringente, inclusive
sabão. Durante o banho, deixe a água cair abundantemente sobre elas e
troque seu sutiã uma vez ao dia, ou mais, se houver vazamento de leite.
Também pode ser utilizado um protetor de pano ou descartável entre o
seio e o sutiã. Eles são muito úteis para proteção de sua roupa e de sua
aparência nas ocasiões em que há extravasamento de leite.
Alguns princípios são comuns a todos os métodos
u Limpeza - lave bem as mãos com água e sabão
uLave as mamas apenas com água limpa e enxugue com um papel
toalha limpo. Seque o mamilo primeiro
e depois o resto da mama
u Siga as instruções do manual para
manter sua bomba limpa e esterilize as
partes de acordo com as orientações
uPratique por um tempo (antes de voltar
a trabalhar) a retirada do leite. Considere
as primeiras vezes como sessões de
treino prático, como na verdade foram
as primeiras mamadas. Pratique uma ou
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14
Empedramento dos seios
Embora muitos ainda recomendem utilizar pomadas ou cremes
calmantes após as mamadas, eles podem não ser efetivos e ainda causar
algum dano, pois a fricção ao retirar a pomada antes da próxima mamada
pode machucá-la. A única pomada que pode ser utilizada é a de lanolina
pura, que não necessita ser retirada antes da mamada. Cuidado, se você
for alérgica a lã, pois a lanolina é um de seus derivados, isso pode irritar
sua pele.
O empedramento dos seios ocorre quando o leite se acumula e forma
caroços endurecidos e doloridos na mama pelo bloqueio da saída dos
ductos.
Para evitar o empedramento, toda vez que o peito estiver muito cheio
ou pesado ele deve ser esvaziado. Para retirar o leite faça massagens
suaves em todo o peito. Apóie com a mão a mama a ser massageada;
massageie a aréola com movimentos circulares utilizando as pontas dos
dedos; massageie o corpo da mama com movimentos circulares utilizando
a palma da mão. A massagem não deve causar dor. Depois, coloque o
polegar e o indicador na linha que divide a aréola do restante do peito e
aperte suavemente um dedo contra o outro. O leite inicialmente sai em
gotas e logo após em pequenos jatos.
A escolha de um bom sutiã
u Aquele que dá um bom suporte, mantendo o contorno de seus
seios;
u Aquele que possibilita que você descubra uma mama de cada vez,
usando apenas uma mão para abri-lo;
u Deve ser feito de algodão ou outro tecido absorvente e arejado;
u As tiras devem ser largas e ajustáveis;
u A taça deve suportar a metade inferior da mama em uma posição
natural e cobrir completa e confortavelmente a mama inteira;
u Coloque o sutiã e estenda os braços ao longo do corpo. Se o sutiã
estiver bem ajustado, o mamilo estará na projeção entre o meio
de seu ombro e do cotovelo;
u Não use sutiã apertado. Fique longe dos sutiãs com cortes baixos
que se puxam para cima;
u Quando comprar o sutiã antes do nascimento de seu bebê, compre
com certa folga, pois a mama cresce após o parto.
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15
Rachadura ou fissura mamária
Muitos palpites podem confundi-la ou desencorajá-la. Muitas vezes
esses palpites são feitos com boas intenções, mas por pessoas que não
têm experiência com amamentação. Procure ajuda de pessoas que já
amamentaram e, principalmente, de profissionais de saúde – enfermeiras
e pediatras.
O bico ou mamilo mamário pode ficar esfolado ou rachado, causando
muita dor quando o bebê abocanha o peito para mamar. A principal causa
deste problema é a pega incorreta, ou seja, o modo errado do bebê pegar
o bico do peito.
Devemos evitar esta situação fazendo com que o bebê abra bem a
boca e abocanhe boa parte da aréola. O lábio do bebê deve estar virado
para fora. Se o peito estiver muito cheio, deve-se fazer o esvaziamento do
leite em excesso até que a aréola fique bem macia. Na hora de interromper
a mamada, a mãe deve primeiro colocar o seu dedo mínimo no canto da
boca do bebê, a fim de que ele passe a sugar o dedo e não o mamilo, e
só então retirar o bebê do peito. Assim não machucará o mamilo.
Se surgirem fissuras, devemos inicialmente fazer com que o bebê
faça uma boa pega. Após a mamada, aplicar o leite de peito sobre os
mamilos, deixando-os secar ao ar livre. Se possível colocar, por baixo
do sutiã, uma concha mamária ou um coador de chá sem o cabo para
proteger os mamilos nos intervalos das mamadas;
isto ajuda a cicatrização.
Mitos e crendices
A amamentação é cercada de muitos mitos e crendices. O mais
comum é que o leite materno é “fraco” e que a mamadeira (com leite de
vaca) é mais “forte”. Não há qualquer fundamentação científica nessa
crença e sabemos que o leite materno é o leite mais adequado para o
recém-nascido. Evidentemente, com leite materno ou com a mamadeira,
o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança é
fundamental e deve ser feito pelo pediatra.
Outra crendice muito comum é que o bebê precisa receber água ou
chá para não passar sede. Isso não é verdade. O leite materno tem toda
a água que a criança precisa, mesmo no verão. Além da água ou chá é
comum o conceito de que se necessita introduzir precocemente outros
alimentos com fruta, suco ou sopinha. Hoje sabemos que o aleitamento
materno pode ser exclusivo, ou seja, sem qualquer outro tipo de alimento
até o 6º mês de vida, desde que a criança esteja evoluindo bem.
Muitas mães acreditam que a amamentação poderá deformar os seus
seios, que poderiam ficar mais flácidos com a amamentação. O que se
sabe hoje é justamente o contrário.
Como lidar com palpites
Esta é uma fase de sua vida em que você precisa
de toda a ajuda que puder obter. Comentários ou
perguntas que deixem você insegura devem ser
rapidamente abortados.
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Papel de pessoas importantes
principalmente nos primeiros dois meses pós-parto. Após esse período
e até os seis meses de pós-parto, também é grande a proteção, porém
o receio de uma nova gravidez pode interferir na amamentação. Os
profissionais de saúde devem dar orientação segura e discutir com
a paciente o melhor método anticoncepcional para cada família, para
uma maior segurança.
Nos casos de bebês com mais de seis meses de idade, devido à
mudança dos hábitos alimentares e substituição das mamadas por outros
alimentos, além do aparecimento das menstruações, torna-se necessário
o uso de anticoncepcionais.
Oposição à amamentação é menos freqüente nos dias de hoje, mas
cuidado com atitudes negativas ou comentários que podem ser prejudiciais. No início, o pai pode sentir-se excluído enquanto a mãe e o bebê
estão estabelecendo um ritmo na amamentação.
A atitude do pai frente à amamentação é o mais importante fator para
o seu sucesso. É fundamental que o pai leia e se convença dos benefícios da amamentação para a saúde e bem-estar do bebê para se tornar
o grande aliado neste processo. Ele poderá ajudar bastante no incentivo
à amamentação e ao mesmo tempo interagir com o bebê, executando
outras funções. Por exemplo, pode ser ele a ajudar o bebê a arrotar após
as mamadas, trocar fraldas, acalmá-lo para dormir.
As avós e babás podem ajudar muito por estarem presentes e diminuírem o restante do trabalho com o bebê, com a casa, com os demais
filhos. Por outro lado, algumas amigas ou mesmo avós, que não tiveram
boas experiências anteriores com amamentação, podem diminuir sua
segurança. Procure sempre ajuda de pessoas que já amamentaram e
foram bem-sucedidas ou de profissionais de saúde que incentivam a
amamentação e possuam interesse e tempo para escutá-la e orientá-la.
O papel do pediatra da criança nesse processo é fundamental.
Se acontecer uma nova gravidez
Uma nova gravidez não impede que o
filho continue mamando e nem prejudica o
feto em desenvolvimento.
É possível amamentar durante toda a gravidez até o nascimento do outro filho. Logo
após o nascimento, o leite a ser produzido
é o colostro novamente. A mãe deve ser
encorajada a desmamar o filho mais velho
para que não se sinta culpada.
Se esta situação puder ser prevista, o
desmame deve ser programado para antes
do nascimento do novo irmão.
Prevenção de nova gravidez
A amamentação exclusiva (leite de peito exclusivo por livre demanda dia e noite) confere proteção de 100% contra uma nova gravidez,
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Uso de
medicamentos
pela mãe
A vacina para gripe (influenza) está especialmente indicada no período epidêmico, que vai de março a julho. As puérperas devem receber a
vacina para gripe porque quando adquirem a doença têm risco aumentado
de desenvolver formas graves e pneumonia. Uma razão adicional é que
quando a mãe recebe a vacina está indiretamente protegendo o seu filho
contra a gripe.
É importante esclarecer que a vacina para gripe não causa a gripe,
porque é feita com vírus inativados. Além disso, vale ressaltar que a gripe é
diferente do resfriado comum. A gripe é mais grave e é causada por um tipo
específico de vírus, chamado vírus influenza. O resfriado comum é mais
leve e é causado por vários outros tipos de vírus. Na linguagem comum,
freqüentemente chamamos de “gripe” um resfriado comum. Por outro lado,
a vacina para gripe não protege contra os resfriados comuns.
Como regra geral, a mulher
que está amamentando não
deve receber medicamentos
sem orientação médica. Entretanto, a maioria dos medicamentos de uso comum não
contra-indica a amamentação.
De qualquer forma, é sempre
necessária a orientação do ginecologista ou do pediatra.
Licença-maternidade
Papel das vacinas
Amamentar e trabalhar são compatíveis. Evidentemente, um tempo
mínimo de um mês precisa ser estabelecido para sua recuperação e o
estabelecimento de um padrão de mamadas. A lei brasileira concede
licença-maternidade de 120 dias e, até que o filho complete seis meses
de idade, a mãe tem direito a dois descansos especiais remunerados de
meia hora cada um, durante a jornada de trabalho. Há a possibilidade
da licença-maternidade se estender por até seis meses com novas leis
de incentivo à amamentação, sendo opção da empresa aderir a este
novo modelo.
De maneira geral não há qualquer contra-indicação para vacinação da
mulher que está amamentando. As vacinas rotineiras para os adultos, como
a dupla (difteria e tétano); hepatite A; hepatite B; tríplice viral (sarampocaxumba-rubéola) e varicela (catapora) - para os adultos que ainda não
tiveram essas doenças, podem ser utilizadas normalmente.
A vacina para o HPV, que previne o câncer de colo do útero, e está
indicada para as mulheres de nove a 26 anos de idade, também pode ser
utilizada normalmente.
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Licença-paternidade
de responsabilidade e mudança de relacionamento entre vocês. Além disso,
a personalidade de seu bebê pode ter influência. Se ele chora muito, dorme
pouco, demora para aprender a mamar, você estará submetida a novos desafios. No entanto, uma depressão mais importante e intensa pode também
ocorrer e você deve estar atenta para procurar ajuda prontamente. Abaixo
algumas diferenças entre o “baby blues” e a depressão.
Após o nascimento, o pai tem direito a cinco dias de licença remunerada
a partir da data do parto. No entanto, seu pagamento está condicionado à
apresentação da certidão de registro do filho, podendo-se aceitar como suficiente o atestado da maternidade onde ocorreu o nascimento da criança.
A licença-paternidade justifica-se na possibilidade do pai poder dar
maior assistência à mãe e ao filho, por ocasião do nascimento desse,
permitindo ainda que este efetue o registro de nascimento da criança.
Diferenças entre “baby blues” e depressão
“Baby blues”
Depressão pós-parto
Você é mãe de um novo bebê e está numa das fases mais intensas de
sua vida! Você estará passando por uma avalanche de emoções, incluindo
excitação, alegria e uma intensa sensação de satisfação interna, assim
como, ao mesmo tempo, preocupação, desapontamento e, possivelmente,
até mesmo depressão.
Várias vezes ao dia você pode “perder o controle” por pequenas coisas,
chorando por nada ou às menores provocações. A primeira coisa que você
precisa saber é que estas reações são normais. Estes sentimentos ocorrem
em cerca de 50% das mães e são chamados de “baby blues”. Em geral,
ocorrem após alguns dias do nascimento e têm curta duração. A razão disso
pode decorrer das alterações hormonais abruptas que ocorrem, mas mais
provavelmente são decorrentes da mudança em seu corpo e em sua vida!
Ambos, você e seu companheiro, estão envolvidos por novos sentimentos
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Depressão
Início dos
sintomas
Três a dez dias após o parto
(algumas vezes após a saída de
alguém que auxilia)
Qualquer tempo no primeiro ano
após o parto
Duração
Alguns dias, até duas semanas
Pelo menos duas semanas, ou
mais
Incidência
30%-80% das novas mães
10%-40% das novas mães
Sintomas
Mudanças de humor, choro fácil,
dor de cabeça, esquecimentos,
inquietude, irritabilidade, sentimentos negativos em relação ao
bebê e outros familiares
Todos apresentados pelo “baby
blues” mais ansiedade, desespero, problemas para dormir e
se alimentar, sentimentos de
desesperança e de indefesa,
medo irracional sobre o bebê ou
si mesma
Tratamento
Dieta balanceada, suplementação de vitaminas, exercícios,
ajuda no cuidado ao bebê,
suporte emocional (familiar e de
amigos), psicoterapia breve
Todos os anteriores para o “baby
blues” aliados à medicação antidepressiva e acompanhamento
psicoterapêutico
Prognóstico
Bom
Também bom
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Desmame
casa, ela deve aproveitar a “pausa amamentação” para ir amamentar (são
previstos por lei dois períodos de 30 minutos, até o 6º mês).
Se essas medidas não forem possíveis, a mãe pode:
u Até 20 dias antes de voltar ao trabalho, começar a tirar o seu leite e
acondicioná-lo para fazer um estoque em congelador ou freezer;
u Amamentar antes de sair de casa para o trabalho e imediatamente
após regressar. Amamentar durante a noite;
u No trabalho, retirar o leite, tantas vezes quanto o bebê mamaria se
estivesse com a mãe;
u Nos dias de folga, oferecer o peito à vontade;
u Evitar mamadeiras e chupetas, usar preferencialmente o copo ou
colher, às vezes precisa ser adicionado a papa de frutas e dado
com colher.
O desmame é a passagem gradativa da amamentação no peito para a
alimentação habitual da família.
O leite de peito é o alimento único e suficiente para uma nutrição
adequada do bebê nos primeiros seis meses de vida.
Após este período, o desmame é importante por dois motivos principais. O primeiro é nutricional, pois o bebê necessita de outras fontes
de proteínas, ferro, vitaminas, etc. O segundo motivo é estimular o
desenvolvimento da criança.
A idade recomendada para iniciar os alimentos semi-sólidos é seis
meses, com estimulação da mastigação de sólidos de forma progressiva.
Retorno ao trabalho
Leituras sugeridas
Os pediatras e outros profissionais de saúde devem orientar as mães
a aproveitarem ao máximo a licença-maternidade e dar aleitamento exclusivo. Se possível prolongar o período de licença com férias. É muito
comum a mãe, por receio de que o bebê demore em aceitar o leite de outra
forma (copo ou mamadeira) ou outros alimentos, comece a dar alimentos
artificiais com muita antecedência. Devemos orientar para que ela espere
até os últimos dias antes de voltar ao trabalho, dando o tempo suficiente
para treinar a pessoa que vai ficar com o bebê na sua ausência.
A mãe pode pedir para levar o bebê consigo ao trabalho. Se não for
possível, deve pedir à pessoa que vai cuidar do bebê para levá-lo ao seu
trabalho para que possa amamentá-lo. Se o trabalho for perto de sua
20
u Murahovschi J, Teruya KM, Bueno LGS,
Baldin PEA. Manual de amamentação.
Da teoria à prática. Centro de Lactação
de Santos.
u King FS. Como ajudar as mães a amamentar. Tradução de Zuleika Thomson Z,
Gordan ON. Londrina: Editado e publicado pela African Medical and Research
Foundation. Nairobi. Kenya. 1997;177.
20
Sites de interesse
u www.aleitamento.org.br
u www.saude.gov.br
u www.anvisa.gov.br
u www.fiocruz.br/redeblh
u www.isaude.sp.gov.br
Centros de Referência
Estaduais em Banco
de Leite Humano no
Brasil
Rio de Janeiro
Centro de Referência
Nacional Instituto Fernandes
Figueira
Av. Rui Barbosa, 716 - 1º andar
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2553.0052 R.5102/0800-268877
Fax: (21) 2553.9662
e-mail: redeblh@fiocruz.br
Acre
Maternidade Bárbara Heliodora
Av. Getúlio Vargas, 811
Rio Branco - AC
Tel.: (68) 224.1290 - Fax: (68) 229.1270
e-mail: [email protected]
Bahia
Hospital Geral Clériston Andrade
Av. Fróes da Mota, s/n
Feira de Santana - BA
Tel.: (75) 221.0353 - Fax: (75) 221.6888
e-mail: [email protected]
Alagoas
Maternidade Escola Santa Mônica
Av. Comendador Leão, s/n
Maceió - AL
Tel.: (82) 327.6599 - Fax: (82) 231.8685
Ceará
Hospital Geral César Calls
Av. Imperador, 545
Fortaleza - CE
Tel.: (85) 488-2688/488.2626
e-mail: [email protected]
Amapá
Hospital da Mulher Mãe Luzia
Av. Fab, 81
Macapá - AP
Tel.: (96) 224.2117/212.6151 R. 232
Fax: (96) 212.6151/212.6199
e-mail: [email protected]
Distrito Federal
Hospital de Taguatinga
Área Especial, 24 - Setor C Norte
Brasília - DF
Tel.: (61) 353.1017 - Fax: (61) 352.6900
e-mail: [email protected]
Amazonas
PAM Codajás
Rua Codajás, 26
Manaus - AM
Tel.: (92) 612.4433/612.4444/663.4826
Fax: (92) 665.5555/663.6804
Espírito Santo
Hospital Dr. Dório Silva
Av. Civit, s/n
Serra - ES
Tel.: (27) 3328.3611 R. 235/3328.6472
e-mail: [email protected]
21
Goiás
Hospital Materno Infantil de Goiânia
Av. Perimetral Esq. com R-7, s/n
Goiânia - Goiás
Tel.: (62) 291.4900 R. 211
e-mail: [email protected]
Maranhão
UFMA - Hospital Universitário Materno
Infantil
Rua Silva Jardim, 215 - Térreo
São Luís - Maranhão
Tel.: (98) 222.8769/219.1178
e-mail: [email protected]
Mato Grosso
Hospital Geral Universitário
Rua 13 de Junho, 2.101 - 2º andar
Cuiabá - MT
Tel.: (65) 616.7000/616.7035
e-mail: [email protected]
Mato Grosso do Sul
Núcleo de Hospital Universitário
Av. Felinto Müller, s/n
Campo Grande - MS
Tel.: (67) 345.3027 Fax: (67) 345.3049
e-mail: [email protected]
Minas Gerais
Hospital Maternidade Odete
Valadares
Av. do Contorno, 9.494
Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3337.2748/3337.5678
Fax: (31) 291.5595/291.7748
e-mail: [email protected]
Pará
Fundação Santa Casa de Misericórdia
do Pará
Rua Oliveira Belo, 395
Belém - PA
Tel.: (91) 210.2252/210.2299
Fax: (91) 241.9266
e-mail: [email protected]
Paraíba
Complexo de Saúde Cruz das Armas BLH Anita Cabral
Av. Centenário, s/n
João Pessoa - PB
Tel.: (83) 241.8787/215.6020/215.6064
Fax: (83) 215.6002/215.6003
e-mail: [email protected]
22
Paraná
Universidade Federal do Paraná - HC
Rua General Carneiro, 181
Curitiba - PR
Tel.: (41) 360.1867
Fax: (41) 264.5872
e-mail: [email protected]
Pernambuco
Instituto Materno Infantil de
Pernambuco
Rua dos Coelhos, 300
Recife - PE
Tel.: (81) 2122.4719/2122.4703
Fax: (81) 2122.7703
e-mail: [email protected]
Piauí
Maternidade Dona Evangelina
Rosa
Av. Higino Cunha, 1.552
Teresina - PI
Tel.: (86) 228.2022
Fax: (86) 228.1714
e-mail: [email protected]
Rio Grande do Sul
Irmandade de Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre
Rua Anes Dias, 285
Porto Alegre - RS
Tel.: (51) 3214.8284/3214.8080 R. 8284
e-mail: [email protected]
Rio Grande do Norte
Maternidade Escola Januário Cicco
Av. Nilo Peçanha, 259
Natal - RN
Tel.: (84) 215.4308/0800.842400
e-mail: [email protected]
Roraima
Hospital Materno Infantil Nossa Senhora
de Nazareth
Rua Presidente Costa e Silva, 950
Boa Vista - RR
Tel.: (95) 623.2444 - Fax: (95) 224.8007
Santa Catarina
Maternidade Darcy Vargas
Rua Miguel Couto, s/n
Joinville - SC
Tel.: (47) 433.0499 R.104/461.5704
e-mail: [email protected]
São Paulo e Grande São Paulo
Hospital Maternidade Leonor
Mendes de Barros
Av. Celso Garcia, 2.477 - 3º andar
São Paulo - SP
Tel.: (11) 6292.4188 R. 256
Fax: (11) 6694.4925
e-mail: [email protected]
São Paulo - Interior
Hospital das Clínicas
Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto
Rua Sete de Setembro, 1.050
Ribeirão Preto - SP
Tel.: (16) 602.1220/610.2649
Fax: (16) 610.2449/610.2776
e-mail: [email protected]
Tocantins
Hospital Dona Regina
Acne 1 Conjunto 04 Lotes 36/38
Palmas - TO
Tel.: (63) 225.8212/0800.6468283
Fax: (63) 218.1710
e-mail: [email protected]
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Agradecimento
As figuras ilustrativas das págs. 9, 10 e 12 e 15 foram
gentilmente cedidas por:
s -URAHOVSCHI*4ERUYA+-"UENO,'3"ALDIN
PEA. Manual de Amamentação. Da teoria à prática.
Centro de Lactação de Santos.
s #ARTILHADEPROMOÀâODOALEITAMENTOMATERNODO
Centro de Tecnologia e Gestão do Terceiro Setor
do SENAC São Paulo.
s -ANUALDE0ROMOÀâODO!LEITAMENTO-ATERNO
Normas Técnicas do Ministério da Saúde.
Manual de amamentação 2008 - cód.: 990447
Apoio:
9 788587 181220
Agência Brasileira do ISBN
ISBN 978-87181-22-0
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Amamentar - Baby Bag