SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS – UNIDADE MATERNO INFANTIL RELATÓRIO DE ATIVIDADES HOSPITAL MATERNO INFANTIL 2009 MARÍLIA - SP 2 Diretor Geral da Famema – Prof. Dr. José Augusto Alves Ottaiano Vice- Diretor: Prof. Dr. Paulo Roberto Teixeira Michelone Diretora Técnica – Profa. Marilda Siriani de Oliveira Equipe de Gestão Prof. Antonio Carlos Ribeiro Prof. Márcio Mielo Profa. Dra. Maria Cristina M. Capel Laluna Enfa. Vanessa Baliego “O cuidado, de forma idealizada, recebido/vivido pelo paciente é somatório de um grande número de pequenos cuidado parciais que vão se complementando, de maneira mais ou menos consciente e negociada, entre os vários cuidadores que circulam e produzem a vida no hospital. Assim uma complexa trama de atos, de procedimentos, de fluxos, de rotinas, de saberes, num processo dialético de complementação, mas também de disputa, vão compondo o que entendemos como cuidado em saúde. A maior ou menor integralidade da atenção recebida resulta, em boa medida, da forma como se articulam as práticas dos trabalhadores do hospital”. (L.C.O. Cecílio, Merhy. E.E, 2003) Relatório elaborado pela: Equipe Técnica e de Gestão Unidade Hospitalar Materno Infantil 3 Sumário 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 2. GESTÃO........................................................................................................................................... 2.1. Equipe................................................................................................................................ 2.2. Modelo de Cuidado............................................................................................................ 2.3. Indicadores de Atenção Hospitalar e Ambulatorial........................................................... 3. ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA.......................................................................................... 3.1. Atenção na Enfermaria de Pediatria.................................................................................. 3.2. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.......................................................... 3.3. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica........................................................ 3.4. Atividades Socioculturais.................................................................................................. 4. ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER........................................................................................... 4.1. Atenção Obstétrica............................................................................................................. 4.2. Atenção Ginecologia e Obstétrica na Enfermaria............................................................. 5. ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL.................................................................................................. 5.1. Ambulatório de Saúde Mental........................................................................................... 5.2. Oficina Terapêutica........................................................................................................... 5.3. Centro de Atenção Psicossocial-CAPS-Ad....................................................................... 5.4. Psicologia Hospitalar......................................................................................................... 6. ATENÇÃO À SAÚDE OFTALMOLÓGICA............................................................................... 7. NÚCLEO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR..................................................................... 7.1. Vigilância Epidemiológica................................................................................................ 7.2. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar...................................................................... 8. ATIVIDADES TÉCNICAS DE APOIO AO CUIDADO............................................................. 8.1. Núcleo de Acolhimento..................................................................................................... 8.2. Unidade de Alimentação e Nutrição.................................................................................. 8.3. Serviço de Fisioterapia...................................................................................................... 8.4. Serviço de Farmácia Hospitalar......................................................................................... 8.5. Serviço de Processamento de Roupas................................................................................. 8.6. Serviço de Higiene Hospitalar........................................................................................... 8.7. Unidade de Produção “Centro Cirúrgico”......................................................................... 8.8. Serviço de Imagem............................................................................................................ 8.9. Laboratório de Patologia Clínica....................................................................................... 9. ATIVIDADES ACADÊMICAS...................................................................................................... 10. ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE/CONTINUADA E EXTENSÃO............. 11. ATIVIDADES DE APOIO ADMINISTRATIVO...................................................................... 11.1. Faturamento de Serviços Particulares/convênios............................................................ 11.2. Serviço de Zeladoria........................................................................................................ 11.3. Divisão de Manutenção................................................................................................... 11.4. Serviço de Transporte...................................................................................................... 12. PROJETOS, GRUPOS DE TRABALHOS E COMISSÕES ESPECIAIS.............................. 12.1.Grupo de Controle do Tabagismo no Ambiente Hospitalar............................................. 12.2. Comissão Multidisciplinar da Iniciativa Hospital Amigo da Criança............................. 12.3. Grupos de Curativos........................................................................................................ 12.4. Grupo de Apoio à Sistematização.................................................................................... 12.5. Grupo de Prevenção de Infecção Relacionada a Cateter................................................. 12.6. Comissão de Investigação de Óbito Materno Infantil..................................................... 13. CONTROLE SOCIAL.................................................................................................................. 14. PROJETOS DE DESTAQUE – MARCAS DA GESTÃO......................................................... 14.1. Projeto Coração de Criança............................................................................................. 14.2. Avaliação com Classificação de Risco na Unidade de Urgência.................................... 04 05 05 07 08 17 17 18 22 24 27 27 30 31 31 31 32 32 33 34 34 39 40 40 47 48 51 52 55 57 57 58 59 60 67 67 72 73 78 79 79 82 84 84 85 86 86 87 87 89 4 1. INTRODUÇÃO A Unidade Materno Infantil do Hospital das Clínicas – HCII, Unidade do complexo assistencial da Faculdade de Medicina de Marília – Famema integra a Rede de Atenção à Saúde da área de abrangência da Diretoria Regional de Saúde de Marília – DRS IX, compreendendo 05 microrregiões (Marília, Assis, Ourinhos, Tupã e Adamantina) com 62 municípios que totalizam uma população de 1.096.347 habitantes. Figura 1. Distribuição das Diretorias Regionais de Saúde do Estado de São Paulo. Constitui-se em um cenário privilegiado de formação graduada e pós-graduada em medicina e enfermagem, além de possibilitar a realização de pesquisas no campo da atenção. Realiza ações de cuidado individual e coletivo, nas áreas de Atenção à Saúde da Criança, Mulher, Mental e Oftalmológica. Na área de Atenção à Saúde da Criança presta cuidado ambulatorial e de internação clínicocirúrgica, incluindo ações de Terapia Intensiva a neonatos e crianças até 14 anos. Na área de Atenção à Saúde da Mulher presta cuidado ambulatorial e de internação clínicocirúrgica nas especialidades obstétrica e ginecológica, constituindo-se em referência regional para Gestação de Alto Risco. Desde 2002 integra a Rede de Hospitais “Amigo da Criança” do Ministério da Saúde, desenvolvendo ações estabelecidas pelo programa, com ênfase no estímulo à amamentação e ao parto humanizado. 5 Na área de Atenção à Saúde Mental, presta cuidado ambulatorial através do Ambulatório Especializado de Psiquiatria e o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPS-ad). Conta ainda com a Unidade Oftalmológica, que realiza ações de cuidado especializado à saúde ocular, incluindo transplante de córnea. Neste ano, a equipe técnica e de gestão da Unidade Materno Infantil tem muito a comemorar. Alcançou o 3º lugar no ranking dos 10 melhores hospitais públicos do Estado de São Paulo, numa pesquisa feita junto aos usuários, conduzida pela Secretaria de Estado da Saúde. O levantamento ouviu, por meio de um questionário, 60,2 mil pacientes que passaram por internações e exames em cerca de 500 estabelecimentos de saúde conveniados à rede pública paulista, nos meses de novembro e dezembro de 2007 e abril e junho de 2008. Foram eleitos vencedores os hospitais que tiveram maior pontuação média entre as unidades que tiveram mais de 100 respostas encaminhadas pelos usuários. Este processo teve como objetivo monitorar a qualidade do atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na pesquisa foram avaliados o grau de satisfação com o atendimento recebido pelos pacientes, nível do serviço e dos profissionais que prestaram o atendimento, qualidade das acomodações e tempo de espera para a internação. Para a classificação das maternidades também foram incluídas perguntas sobre humanização do parto. Figura 2. Direção da Famema recebe o Prêmio do HMI como 3º melhor hospital público do Estado de São Paulo. 2. GESTÃO 2.1. Equipe Em agosto deste ano assumiu a Gestão da Unidade uma equipe formada por dois profissionais médicos, professores da Disciplina de Administração e Planejamento em Saúde, uma profissional enfermeira que assumiu a Coordenação da Unidade de Urgência no mês de outubro, uma profissional enfermeira, professora atuando nas Disciplinas de Enfermagem Clínica e 6 Administração Aplicada à Enfermagem. Estes profissionais se somaram ao Assistente Técnico da Unidade, profissional enfermeiro, professor da Disciplina de Educação em Ciências da Saúde, e constituíram a Equipe de Gestão da Unidade Hospitalar Materno Infantil. A proposta de trabalho desta equipe é uma gestão democrática, colegiada, envolvendo todas as chefias e trabalhadores no processo de aprimoramento das práticas e saberes no campo do cuidado hospitalar. A Equipe de Gestão propõe um novo modelo de operar o cuidado, com ênfase na integralidade como eixo da gestão hospitalar, utilizando como estratégia para a qualificação da assistência hospitalar a “Gestão da Clínica” concebida a partir de alguns elementos estruturantes como a não dissociação entre a gestão e cuidado, a progressiva autonomia e responsabilização das equipes de cuidado, o estabelecimento de objetivos, metas e indicadores relativos ao cuidado e o alinhamento de diretrizes clínicas e/ou protocolos, baseada em uma visão clínica ampliada e centrada nas necessidades do paciente. O modelo de gestão da clínica1 possibilita: Aprimorar a organização hospitalar orientando o processo de cuidado no sentido da atenção integral ao paciente, de forma humanizada; Envolver de forma coordenada e sistematizada os profissionais de saúde na gestão dos recursos dos hospitais a que pertencem; Utilizar instrumental da gestão para a construção de processos gerenciais no cuidado à saúde, buscando descentralização, autonomia com co-responsabilidade, por meio de um processo de contratualização interna; Construir uma cultura de comunicação efetiva com dispositivos de socialização de informação, sempre com foco na gestão do cuidado ao paciente; Construir protocolos, fluxogramas e diretrizes clínicas baseadas em evidências científicas e princípios éticos; Desenvolver capacidades de liderança das equipes de gestão do hospital, em todos os âmbitos, para coordenar e facilitar as mudanças; e Construir uma cultura de avaliação permanente, individual e institucional, com critérios claramente estabelecidos. 1 Gestão da Clínica nos Hospitais do SUS, IEP/Hospital Sírio Libanês. 7 A Gestão terá um papel fundamental na organização de processos de gestão participativa e de apoio para que os profissionais das equipes compreendam os recursos necessários para garantir a qualidade do cuidado em saúde, desenvolvendo arranjos de Educação Permanente que possibilitem a reflexão sobre os processos de trabalho e a produção de mudanças necessárias para aumentar graus de eficácia, eficiência e efetividade que permitam a particularização da atenção, sem fragmentação do cuidado, com responsabilização e vínculo com os pacientes acompanhados. 2.2. Modelo de Cuidado Baseando em modelos que vem sendo desenvolvidos por alguns autores2, o cuidado proposto pela Equipe de Gestão no Hospital Materno Infantil, com a integralidade como eixo, precisa ser concebido sob duas dimensões: O cuidado como síntese de múltiplos cuidados; e O hospital no “sistema de saúde”. Na primeira dimensão entende-se que o cuidado integral ocorreria a partir de uma combinação flexível de tecnologias duras, leve-duras e leves3. “Tecnologia” e “Humanização” combinadas, no desafio de adotar o “lugar” do paciente e suas necessidades singulares como ponto de partida para qualquer intervenção hospitalar. Na segunda dimensão, pensar o hospital no “sistema de saúde” como uma estação pela qual circulam os mais variados tipos de pessoas, portadoras das mais diferentes necessidades, em diferentes momentos de suas vidas singulares e não na forma tradicional, qual seja, o hospital como referência em determinadas situações de maior complexidade ou gravidade. A proposta para um “novo olhar” do cuidado no Hospital Materno Infantil, passa por uma estratégia gerencial de construção de linhas de produção de cuidado. Constitui-se em um novo arranjo que possibilita criar mecanismos de coordenação das práticas cotidianas do hospital de forma mais articulada, “leve”, com canais de comunicação mais definidos, mais solidária, mais democrática, menos “ruídos”, em particular a coordenação da prática dos vários profissionais 2 3 Luiz Carlos de Oliveira Cecílio e Emerson Elias Merhy, 2003. Tecnologias duras: aquelas ligadas a equipamentos, procedimentos; tecnologias leve-duras: aquelas decorrentes do uso de saberes bem estruturados, como a Clínica e a Epidemiologia; tecnologias leves: aquelas relacionais, no espaço intersubjetivo do profissional de saúde e paciente (Emerson Merhy, 2002). 8 envolvidos no cuidado. Modificações no organograma hospitalar precisam ser realizadas, se for adotada a coordenação por linhas de cuidados. A gestão do hospital centrada no cuidado deve aprender a trabalhar, de forma radical, o hospital como apenas uma das “estações” da rede de cuidado. Para tanto são necessários processos de negociação com outros atores extra-hospitalares, em particular com as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde. 2.3. Indicadores de Atenção Hospitalar e Ambulatorial 2.3.1. Indicadores de Atenção Hospitalar 2.3.1.1. Maternidade, Berçário Conjunto e Ginecologia Os indicadores foram construídos considerando uma capacidade operacional de: 16 leitos de Obstetrícia e Alojamento Conjunto; e 12 leitos de Ginecologia até o mês de junho e após 11 leitos. Tabela 1. Indicadores Hospitalares da Maternidade, Berçário Conjunto e Ginecologia, referentes ao período de novembro de 2008 a Outubro de 2009. Indicador Hospitalar Número de Internações Percentual de Ocupação Média de Permanência Intervalo de Substituição Giro de Rotatividade Taxa de Mortalidade Mortalidade Institucional Maternidade Berçário Conjunto Ginecologia 1.029 890 1.009 80,38 36,20 83,14 3,33 2,12 2,82 0,81 3,74 0,57 88,0 62,31 107,45 0,07 0,50 0,08 0,07 0,00 0,08 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 9 Gráfico 1. Evolução da Taxa de Ocupação, segundo mês, na Maternidade, Berçário Conjunto e Ginecologia, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Maternidade Berçário Conjunto ou t/ 0 9 /0 9 se t ag o/ 09 ju l/0 9 ju n/ 09 m ai /0 9 ab r/0 9 fe v/ 09 m ar /0 9 ja n/ 09 de z/ 08 no v/ 08 0 Ginecologia Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema É possível observar no período uma tendência de aumento na Taxa de Ocupação da Ginecologia. Já na Obstetrícia é uma tendência de queda e no Berçário uma discreta queda. 2.3.1.2. UTI Neonatal, UTI Pediátrica e Berçário Intermediário Os indicadores foram construídos considerando uma capacidade operacional de: 08 leitos na UTI Neonatal; 04 leitos na UTI Pediátrica; e 09 leitos no Berçário Intermediário até o mês de julho de 2009. Após 08 leitos. A UTI Pediátrica iniciou seu funcionamento em 17 de outubro de 2008 e teve seu credenciamento junto ao Ministério da Saúde efetivado em setembro de 2009. Tem uma capacidade planejada de 07 leitos e foi viabilizada com recursos em sua maioria da Sociedade organizada do Município e Região. Figura 3. Foto da UTI Pediátrica no dia da inauguração. 10 Tabela 2. Indicadores Hospitalares da UTI Neonatal, UTI Pediátrica e Berçário Intermediário, referentes ao período de novembro de 2008 a outubro de 2009. Indicador Hospitalar Número de Internações Percentual de Ocupação Média de Permanência Intervalo de Substituição Giro de Rotatividade Taxa de Mortalidade Mortalidade Institucional UTI Neonatal UTI Pediátrica 169 118 Berçário Intermediário 49 85,03 38,01 74,49 7,81 2,55 9,02 1,37 4,15 3,09 39,75 54,50 30,13 11,01 6,42 0,00 6,92 3,67 0,00 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema Gráfico 2. Evolução da Taxa de Ocupação, segundo mês, na UTI Neonatal e Berçário Intermediário, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. 120 100 80 60 40 20 0 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 UTI Neonatal Linear (UTI Neonatal) mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 Berçário Intermediário Linear (Berçário Intermediário) Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema É possível observar no período uma tendência de queda nas taxas de ocupação de ambas as Unidades de Produção, porém mais acentuada na UTI Neonatal. 11 2.3.1.3. Enfermaria Geral, de Pediatria e Pediatria de Urgência Tabela 3. Indicadores Hospitalares da Enfermaria Geral, de Pediatria e Pediatria de Urgência, referentes ao período de novembro de 2008 a Outubro de 2009. Indicador Hospitalar Número de Internações Percentual de Ocupação Média de Permanência Intervalo de Substituição Giro de Rotatividade Taxa de Mortalidade Mortalidade Institucional Enfermaria Geral 1.681 Enfermaria de Pediatria 872 Pediatria de Urgência 870 82,24 76,89 29,70 1,79 4,38 0,61 0,39 1,32 1,44 167,82 64,08 178,0 0,11 0,07 0,00 0,05 0,07 0,00 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 2.3.2. Indicadores de Atenção Ambulatorial 2.3.2.1. Ambulatório de Pediatria Tabela 4. Distribuição Percentual de Consultas Médicas realizadas no Ambulatório de Pediatria segundo especialidades. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. Especialidades Número % Cirurgia Infantil 2.366 30,85 Gastroenterologia Infantil 1.501 19,57 Neurologia Infantil 868 11,32 Cardiologia Infantil 828 10,80 Pneumologia Infantil 518 6,75 Clinica Pediátrica 508 6,62 Imunologia Infantil 456 5,95 Neonatologia 399 5,20 Endocrinologia Infantil 226 2,95 Total 7.670 100,00 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 12 Gráfico 3. Evolução do Número de Consultas de Pediatria Geral e Especialidades, segundo mês, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. 1000 800 600 400 200 0 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 Nº Consultas mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 Linear (Nº Consultas) Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 2.3.2.2. Ambulatório de Gineco-Obstetrícia Tabela 5. Distribuição Percentual de Consultas Médicas realizadas no Ambulatório de Saúde da Mulher segundo especialidades. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. Especialidades Número % Ginecologia Geral 7.687 66,7 Onco Ginecologia 2.162 18,7 Obstetrícia 1.689 14,6 Total 11.538 100,00 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 13 Gráfico 4. Evolução do Número de Consultas de Gineco-Obstetrícia, segundo mês, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. 1200 1050 900 750 600 450 300 150 0 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 Nº Consultas mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 Linear (Nº Consultas) Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 2.3.2.3. Ambulatório de Saúde Mental Tabela 6. Distribuição Percentual de Atendimentos realizados no Ambulatório de Saúde Mental segundo procedimento. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. Procedimento Número % Consulta Médica 14.732 47,6 Serviço Social 555 1,8 Psicologia 3.262 10,5 Terapia Ocupacional 400 1,3 Oficina Terapêutica 33 0,1 CAPSad 9.394 30,4 CAPSad – Urgência 2.559 8,3 Total 30.935 100,0 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 14 2.3.2.4. Exames de Imagem Tabela 7. Distribuição Percentual de Exames de Imagem segundo tipo. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. Tipo Número % Radiodiagnóstico Simples 22.477 69,7 Exames Especializados 3.141 9,7 Radiodiagnóstico Contrastado 247 0,8 Ultra-sonografia 6.368 19,8 Total 32.233 100,0 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 2.3.2.5. Outras Diagnoses Tabela 8. Distribuição Percentual de Diagnoses segundo tipo. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. Tipo Número % Diagnose em Cardiologia 2.591 94,0 Diagnose em Gastroenterologia 03 0,1 Diagnose em Pneumologia 66 2,4 Diagnose em Urologia 97 3,5 Total 2.757 100,0 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema 2.3.3. Indicadores de Atenção em Urgência 15 Tabela 9. Distribuição Percentual de Atendimentos de Urgência segundo especialidade. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. Tipo Número % Pediatria 34.469 73,7 Ginecologia 4.453 9,5 Obstetrícia 7.880 16,8 Total 46.802 100,0 Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema Gráfico 5. Evolução do Número de Consultas de Urgência. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. 6000 5000 4000 3000 2000 1000 Nº Consultas Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema ou t/ 0 9 9 ag o/ 09 se t/0 9 ju l /0 09 ju n/ /0 9 m ai /0 9 09 r/0 9 ab m ar fe v/ 8 n/ 09 ja z/ 0 de no v/ 08 0 Linear (Nº Consultas) 16 Gráfico 6. Distribuição Percentual de Atendimentos de Urgência Ginecológica, segundo as cinco principais causas no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. 4,85% Outros transtornos do trato urinário 13 , 2 3 % 4,88% Menstruação excessiva, frequente e irregular Dor e outras afecções associadas com os órgãos genitais femininos Outros estados pós-cirúrgicos 7,86% Outros sangramentos anormais do útero e da vagina 7,98% No ta : As de m a is c a us a s po s s ue m po rc e nta ge m a ba ixo de 4%. F o nte : NTI - F a m e m a . Gráfico 7. Distribuição Percentual dos Atendimentos de Urgência Obstétrica, segundo as seis principais causas, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. Supervisão de gravidez normal 5,15% 4,06% 3,47% 36,98% 6,29% Infecções do trato geniturinário na gravidez Assistência materna por outras complicações Outras doenças da mãe, COP, mas que complicam a gravidez Hemorragia do início da gravidez 11,64% No ta: A s demais causas possuem porcentagem abaixo de 3,10%. Fo nte: NTI-Famema. Aborto não especificado 17 Gráfico 8. Distribuição Percentual dos Atendimentos de Urgência Pediátrica segundo as dez principais causas, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. 3,50% 3,49% Nasofaringite aguda [resfriado comum] Diarreia e gastroent. de origem infec.presumível Infec. agudas das vias aéreas superiores de localizações múltiplas Traumatismo intracraniano 7,86% 3,59% 6,59% Amigdalite aguda 3,83% 4,48% 4,68% 4,89% 6,20% Febre de origem desconhecida Náusea e vômitos Sinusite aguda Nota: As demais causas possuem porcentagem abaixo de 3,03%. Fonte: NT I-Famema. Pneumonia por microorganismo nao esp. Asma 3. ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA 3.1. Atenção na Enfermaria de Pediatria O cuidado à criança internada tem sido uma responsabilidade compartilhada pela Equipe Multiprofissional da Pediatria que discute as necessidades de saúde das crianças internadas e conduzem o processo terapêutico intra e extra hospitalar. Os encontros da equipe são semanais e registrados em ata. A Equipe de Enfermagem, Serviço Social, Academia e Pedagogia Hospitalar desenvolveram encontros com as Mães e/ou Acompanhantes das crianças internadas, atividades estas também registradas em atas. Figura 4. Foto de um Encontro realizado. 18 São realizados ainda encontros periódicos com a equipe de Auxiliares de Enfermagem com registro em livro - ata. A gerente da Unidade participa da Comissão de Acolhimento dos estudantes com o objetivo de apoiar o estudante, socializando as rotinas do cuidado prestado na enfermaria, buscando a inserção do mesmo na equipe e a qualificação do cuidado à criança internada. Foram realizados 02 encontros para organização no mês de janeiro e 05 atividades de Acolhimento aos estudantes de medicina e enfermagem. Com relação às mudanças na equipe foi inserida mais uma profissional pediatra especialista em pneumologia, assistente de ensino, no mês de fevereiro. Além disto, foram reorganizadas as atividades dos profissionais de forma a garantir o atendimento noturno às intercorrências na enfermaria. Para melhoria dos processos na Enfermaria foi desenvolvido um complemento do Manual de Normas e Rotinas no Modelo de Procedimento Operacional na rotina do Carrinho de Emergência e das Caixas de Urgência. A Enfermaria da Pediatria vem passando por um processo de reforma, com troca de pisos, reforma de banheiros, ampliação do posto de enfermagem, remodelação da brinquedoteca, melhorando a ambiência e possibilitando um melhor fluxo da equipe, pacientes e acompanhantes resultando na qualificação do cuidado prestado. 3.2. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal 3.2.1. Estrutura Física Ocorreram mudanças na estrutura física, quais sejam: Reforma da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e Berçário. Reestruturação do ambiente com troca de piso, pintura nas paredes, mudança do tipo de lavatório, fraldário, além da reforma de móveis; Outro setor que sofreu reforma foi o isolamento com adequação do número de lavatórios (02 – um para preparo do banho dos recém nascidos e outro para higienização das mãos dos profissionais atuantes no setor), aquisição de prateleiras para armazenamento de roupas e medicação e pintura nas paredes; 19 Reforma do hall de entrada da UTI Neonatal com mudança do local da porta de entrada e tipo de porta (antes madeira agora vidro temperado); Adequação da sala de prescrição médica e enfermagem com mobiliário em alvenaria para melhor aproveitamento do espaço disponível, comportando assim a equipe de trabalho que utiliza este espaço físico; e Mudança do local do vestiário da equipe de trabalho e confecção de mobiliário em alvenaria para acomodação dos pertences dos mesmos, conforme solicitação de adequação da vigilância sanitária. 3.2.2. Equipamentos e Materiais Foram adquiridos os seguintes equipamentos: Monitor multiparamétrico – Dixtal 2022 (02 monitores). Solicitado frente à necessidade da monitorização de recém nascidos com patologias complexas, pois este equipamento disponibiliza a aferição de pressão arterial não invasiva, temperatura corpórea, oximetria de pulso, cardioscopia e freqüência cardíaca. Assim, possibilitando diagnósticos diferenciais dentre as patologias existentes na neonatologia; Torpedo de óxido nítrico e controlador de fluxo: necessário em recém nascido com hipertensão pulmonar persistente tendo impacto na redução do tempo de permanência e morbi-mortalidade destes pacientes; Substituição de dois oxímetros de pulso; Início da utilização de cateter umbilical de poliuretano, próprio para o procedimento de cateterismo umbilical, viabilizando aumento no número de dias de utilização do cateter, diminuindo procedimentos invasivos, risco de infecção e conseqüentemente melhora da qualidade da assistência (a compra deste material é realizada através da solicitação de compra eventual dentro do cronograma estabelecido pelo setor de compras desta instituição). 3.2.3. Equipe As mudanças ocorridas na equipe neste período foram: Adequação do número de funcionário, auxiliares de enfermagem, visando melhoria na qualidade da assistência de enfermagem; Profissional da fisioterapia exclusivo no período da manhã (06 horas) para UTI Neonatal/UCI, visando diminuir tempo de exposição da criança ao oxigênio suplementar tendo impacto, sobretudo na diminuição da retinopatia da prematuridade; 20 Introdução da terapia ocupacional no processo de trabalho (estágio voluntário), visando à estimulação precoce no recém nascido e trabalhos manuais com as mães que permanecem no hospital para amamentação; Psicologia hospitalar atuando com o grupo dos pais visando melhor esclarecimento e entendimento do processo de hospitalização dos recém nascidos. A Equipe da UTI Neonatal reconhecendo a importância da presença dos pais na evolução do cuidado neonatal4 vem desenvolvendo um programa que possibilita a participação ativa dos pais no cuidado prestado pela Unidade. Atualmente se reconhece a importância vital de uma relação estável e permanente durante os primeiros anos de vida, mesmo quando o bebê é prematuro. As relações iniciais entre o bebê e seus pais são consideradas como sendo o modelo de todas as relações sociais futuras. No entanto, o bebê prematuro, logo ao nascer necessita ser separado de seus pais e ser cuidado por um período mais ou menos longo pela equipe de saúde. Ao pensarmos neste bebê, devemos lembrar que ele deve ter seu desenvolvimento afetivo preservado e, para que isso ocorra, necessitará da presença de seus pais. Com a separação de sua mãe ele será privado de tudo aquilo que um bebê nascido a termo recebe ao nascer no que se refere aos cuidados parentais. No lugar de cuidados maternos e paternos, o bebezinho prematuro necessitará de procedimentos invasivos: ele sentirá o odor dos tecidos da incubadora, que não é o mesmo do corpo de sua mãe; não sentirá calor nesses tecidos; inalará também o cheiro forte das substâncias usadas nos procedimentos indispensáveis, bem como o sabão líquido com o qual lavamos as mãos. A ligação afetiva entre os pais e um novo bebê não acontece da noite para o dia. Esta ligação deve ser vista como um processo contínuo. No caso da internação em uma UTI Neonatal é necessário que a Equipe de Saúde busque minimizar a separação deste com seus pais, favorecendo a formação e o fortalecimento dos laços afetivos. Os avanços em Neonatologia permitem que cada vez mais um bebê prematuro de muito baixo peso seja salvo. Os profissionais que compõem esta equipe cada vez mais se preocupam com a 4 Atenção Humanizada ao Recém Nascido de Baixo Peso. Método Mãe Canguru / Secretaria de Políticas de Saúde, Área de Saúde da Criança – Ministério da Saúde, Brasília, 2001. 21 qualidade de vida desses bebês. Eles se questionam sobre o que o bebê prematuro sente e o que ele vive em uma UTI Neonatal. Para que o desenvolvimento psíquico ocorra, é necessário cuidarmos do corpo do bebê sem nos esquecermos da importância das interações entre o bebê e seus pais ou seus substitutos. Se o bebê nascido a termo necessita de carinho, cuidados por parte de seus pais, o bebê prematuro necessita mais ainda devido às suas condições, à dor, ao estresse. Apesar de muito pequenos, os bebês prematuros exprimem a seu modo sua vivência interna. Os profissionais que se ocupam dos bebês sabem que eles são capazes de manifestar prazer, dor, de buscar contato e de fugir do contato quando não suportam o excesso de dor, de estimulação ou de estresse. A partir disto, podemos observar a importância da presença dos pais em uma UTI Neonatal, visto que o bebê é capaz de sentir e beneficiar-se deste contato, diminuindo o sofrimento causado por este período de separação. 3.2.4. Implantação de novas Ações e Serviços Visando qualificar o trabalho ações foram desenvolvidas a saber: Implantação do programa de centro de custo para avaliação da despesa individual de cada recém nascido, com o objetivo de conhecer o custo de cada patologia e a possibilidade da diminuição dos mesmos; Implantação do uso de indicadores de qualidade de enfermagem para avaliação da qualidade da assistência e posteriormente melhoria da mesma conforme avaliação dos dados; A unidade possui protocolo de pesquisa de colonização fúngica, com intuito de melhor levantamento da incidência de colonização fúngica nos recém nascidos prematuros abaixo de 1.250g; e A atuação dos profissionais da especialidade da fisioterapia e terapia ocupacional também faz parte da implantação de novos serviços com impacto na otimização do serviço e qualidade da assistência. 3.2.5. Rotinas e Protocolos A Unidade tem Manual de Procedimento Operacional, de técnicas de enfermagem, disponível para toda a equipe. 22 Está estabelecido fluxograma para: Berçário de Admissão; Alojamento Conjunto, Berçário de Cuidados Intermediários; Berçário de Cuidados Especiais; Semi-Intensiva; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Setor de Isolamento. Está construído e disponível para toda a equipe Protocolos de Conduta Médica nas seguintes situações clínicas: Reanimação; Asfixia Perinatal; Tocotraumatismos; Alojamento Conjunto; Critérios de Alta; Ambulatório de Médio e Alto Risco; Ultra-sonografia de Crânio; Projeto Momento Notícia (Síndrome de Down); Alimentação Enteral; Aleitamento Materno; Nutrição Parenteral; Doença Óssea da Prematuridade; Distúrbios da Glicose; Distúrbios do Cálcio; Distúrbios do Magnésio; Distúrbios do Sódio; Distúrbios do Potássio; Acidose Metabólica; Alcalose Metabólica; Icterícia; Anemia do Período Neonatal; Policitemia; Síndrome Hemorrágica do RN; Síndrome do Desconforto Respiratório; Uso do Surfactante; Síndrome de Aspiração de Mecônio; Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal; Doença Pulmonar Crônica; Reconhecimento do RN com Cardiopatia; Persistência do Canal Arterial; Prostaglandinas; Retinopatia da Prematuridade; Apnéia da Prematuridade; Insuficiência Renal Aguda; Secreção Inapropriada de HAD; Hipertensão Arterial Neonatal; Hidropsia; Convulsão Neonatal; Controle Clínico do Paciente Cirúrgico; Abordagem do RN de Risco para Sepsis; Enterocolite Necrosante; Protocolo para o manejo da SIDA; Protocolo de Doenças Infecciosas em Neonatologia (Infecção Fúngica, Sífilis Congênita, Síndrome da Rubéola Congênita, Toxoplasmose, Citomegalovírus, Varicela Congênita, Tuberculose Congênita, Hepatite Neonatal); Transporte Neonatal; Drogas no Período Neonatal; Fórmulas Lácteas. 3.3. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica A Unidade foi implantada em outubro de 2008, portanto completando um ano agora. Os primeiros meses foram bastante conturbados, até acerto de todas as equipes envolvidas no atendimento da UTI (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos). 3.3.1. Equipe 3.3.1.1. Cuidado de Enfermagem Foram desenvolvidas as seguintes atividades: Implantação de protocolos, desde a admissão à condução das urgências; Organização da UTI (medicações e equipamentos); Padronização da diluição das drogas mais usadas habitualmente; 23 Iniciada discussão com a equipe de enfermagem para tentar solucionar os problemas encontrados; Definição de qual será a equipe permanente; Iniciado programa de educação continuada, tentado diagnosticar as principais necessidades da equipe; e Participação da enfermagem nos grupos de trabalho (Comissão de Curativo, Procath, dentre outras). Ainda temos algumas dificuldades como: não há um enfermeiro fixo na UTI no plantão noturno, o enfermeiro da nossa unidade também fica responsável por cobrir outras enfermarias o que contraria as diretrizes da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). Outras propostas e mudanças em estudo: treinamento em pós-operatório de cirurgia cardíaca e seguimento da educação continuada, ampliação do horário de visitas, campanhas para lavagem das mãos, diminuição do barulho dentro da unidade, dar continuidade à implantação dos protocolos. Faz-se necessário a discussão da gerência da UTI, pois atualmente quem responde é a enfermeira do centro cirúrgico, porém ela fica sobrecarregada com trabalho não conseguindo dar adequada atenção à UTI. 2.3.1.2. Cuidado Médico As atividades desenvolvidas e/ou em desenvolvimento: Implantação da visita às sextas feiras com todos os assistentes e demais profissionais envolvidos. Essa troca de opiniões levou todos a crescimento profissional e reforço do caráter multidisciplinar da unidade; Retomada das discussões de óbitos ocorridos; Implantação dos protocolos sendo que vários já foram discutidos e implantados; Realização de duas visitas diárias na UTI com participação do residente e o assistente responsável. É estimulada a participação da enfermagem, fisioterapia e nutrição; Visita com CCIH às quintas feiras às 10h00; Registro em livro de dados referentes à produção, anotando todas as internações, isso serve para que se possa avaliar o serviço e facilitar a realização de trabalhos científicos; Estudo sobre possíveis indicadores de qualidade a serem monitorados (Escores de mortalidade PRISM e PELOD); e 24 Nesse ano se juntaram a equipe mais duas profissionais. Ambas tem formação sólida na área de terapia intensiva pediátrica e tiveram participação importante em toda a implantação de rotinas e protocolos. 3.3.1.3. Cuidado da Fisioterapia e Nutrição Os profissionais de fisioterapia e nutrição participam ativamente nas visitas e discussões de plano de cuidado, além de contribuírem com a construção dos protocolos. 3.3.1.4. Cuidado da Psicologia A equipe de psicologia apesar de mostrar interesse tem como principal limitante o número restrito de profissionais. 3.3.2. Ações Programadas Em médio prazo estão programadas as seguintes ações buscando melhorar cada vez mais o atendimento prestado pela UTI pediátrica: Iniciar programa de residência médica em UTI pediátrica. Em 2010 daremos início ao credenciamento do serviço como centro formador junta à AMIB; Iniciar programa de iniciação científica com alunos da graduação e residentes. Todos os assistentes deverão estar envolvidos em projetos de pesquisa; Buscar vigilância constante em todos os processos de trabalho envolvidos na unidade. Estabelecer métodos de avaliação da qualidade; e Avaliar possibilidade de participação da família na rotina da UTI pediátrica, visando uma assistência mais humanizada. 3.4. Atividades Socioculturais 3.4.1. Comemoração de datas A Equipe da Pediatria organizou várias atividades com as crianças internadas e seus acompanhantes, buscando confraternizar e reduzir o sofrimento das mesmas por estarem afastadas do convívio com familiares e amigos. Abaixo algumas destas atividades. 3.4.1.1. Festa Julina “Arraiá da Pediatria” em 25 de junho. 25 Figura 5. Fotos da Festa Julina “Arraiá da Pediatria”. 3.4.1.2. 6ª Semana da Criança Dodói de 5 a 12 de outubro. A 6ª Semana da Criança Dodói, iniciada no dia 5 de outubro, no Hospital Materno Infantil, apresentou dança indiana com crianças de 1ª a 3ª série do ensino fundamental da escola estadual Carlota de Negreiros Rocha. O grupo de meninas encantou as demais crianças e as acompanhantes dos pacientes mirins. Ao final, muitos aplausos e o convite para outras apresentações. Figura 6. Dança Indiana na 6ª Semana da Criança Dodói do HMI. 3.4.2. Parcerias com a Comunidade A Equipe da Pediatria através da Iniciativa Unificada da Pediatria - IUPE vem desenvolvendo atividades com a comunidade organizada, na busca de recursos que possibilitem a melhoria do cuidado às crianças atendidas na Unidade Materno Infantil, pelas diferentes Unidades de Produção. Dentre elas destacamos algumas. Desfile com presença da Miss Brasil: em parceria com a Casa da Amizade (Rotary Clube) foi realizado Desfile de Moda na Chos Malal, no dia 29 de abril, às 20h, com a presença da Miss Brasil. A renda (R$ 1.605,00) foi revertida para o projeto Iniciativa Unificada em Pediatria do Hospital Materno Infantil da Famema. 26 Figura 7. Fotos do ato de entrega dos recursos revertidos para a IUPE. Festa da Sobremesa: foi realizada a II Festa da Sobremesa Doce Ajuda, “eu posso!!!”, em 30 de maio. Figura 8. Fotos da Festa de Sobremesa realizada pela Equipe da IUPE. Bingo – Chá: realizado um bingo-chá beneficente, em 26 de setembro de 2009, no Iara Clube, que apurou R$ 8.000,00 para a Unidade Materno Infantil. 4. ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER 27 4.1. Atenção Obstétrica5 A Unidade Materno Infantil constitui-se na referência loco-regional para Gestação de Alto Risco. Para fazer frente a estas necessidades do SUS, conta com 16 leitos de Obstetrícia, 02 leitos de observação para Urgência Obstétrica, além de um Centro Obstétrico e um Ambulatório direcionado à Gestação de Risco. 4.1.1. Estrutura Física O Centro Obstétrico sofreu alterações em sua estrutura física, quais sejam: Alteração do local da porta para as salas cirúrgicas, tornando ambiente restrito, dividindo adequadamente sala de pré-parto, recuperação e salas cirúrgicas; Mudança da porta de acesso ao Centro Obstétrico separando esta Unidade do Berçário, diminuindo fluxo de pessoas na área privativa. 4.1.2. Equipamentos Com relação à aquisição de equipamentos: Aquisição de uma mesa cirúrgica ginecológica para sala de parto substituindo mesa antiga; Aquisição de mesa ginecológica para exame clínico; Substituição de 01 aparelho de ar condicionado da sala de parto para melhor acomodação da gestante e equipe de trabalho durante o procedimento; Aquisição de 01 computador para visualização de exames e produção de informações do cuidado prestado pelo Centro Obstétrico; Transferência dos equipamentos: carrinho de anestesia alocado no Centro Cirúrgico para o Centro Obstétrico substituindo o atual da unidade sem possibilidade de uso devido ser antigo; bisturi elétrico também alocado no Centro Cirúrgico para melhoria da qualidade da assistência (diminuição de sangramento e agilidade do procedimento cirúrgico); e Aquisição de um refrigerador, com recursos da Vigilância Epidemiológica, para armazenamento da imunoglobulina e vacina da hepatite B, definindo localização da administração das mesmas. 4.1.3. Equipe 5 Exercício de Avaliação de Planejamento em Saúde (EAPS) - Unidade de Prática Profissional da 4ª Série do Curso de Enfermagem (UPP4) 28 Ocorreu mudança na equipe de profissionais, a saber: Aumento na equipe de auxiliares de enfermagem (02) para adequação da equipe de trabalho e melhoria na qualidade da assistência. 4.1.4. Produção Importante destacar a implantação de um programa informatizado do Centro Obstétrico para qualificação das informações acerca do cuidado prestado pela Unidade. Gráfico 9. Produção de Procedimentos Obstétricos realizados no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. Centro Obstétrico/HMI-Famema. 140 120 100 80 60 40 20 P. Obstétrico ou t/0 9 /0 9 se t ag o/ 09 ju l/0 9 ju n/ 09 ai /0 9 m ab r/0 9 ar /0 9 m fe v/ 09 ja n/ 09 z/ 08 de no v/ 08 0 Linear (P. Obstétrico) Fonte: Centro Obstétrico/HMI-Famema É possível observar uma tendência de queda no número de procedimentos, com média mensal de 87 e média diária de 3 procedimentos. 4.1.5. Caracterização da Atenção Obstétrica 4.1.5.1. Equipe Multiprofissional da Maternidade A equipe de saúde que atua na Maternidade compreende profissionais de Enfermagem, Medicina, Psicologia, Nutrição, Serviço Social além dos funcionários dos serviços técnicos e administrativos de apoio ao cuidado prestado, e estudantes de graduação de Enfermagem e Medicina e pós-graduação (aprimorandos e residentes). Totaliza: 01 Enfermeira Gerente; 29 03 enfermeiras assistenciais; 13 Auxiliares de Enfermagem; 03 docentes médicos gineco-obstetras; Equipe de Gineco-Obstetras, Enfermeiros e Auxiliares de Enfermagem que integram a Equipe de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia; 01 Psicóloga; 01 Nutricionista; 01 Assistente Social; e Demais profissionais das Unidades de Apoio ao Cuidado. 4.1.5.2. Perfil da Clientela Em um estudo realizado no final de 2008, foi possível Identificar que 49,8% da população atendida na Maternidade é da faixa etária de 20 a 29 anos, 27,9% de 30 a 39 anos, 16,5% de 15 a 19 anos, 4,2% de 40 a 49 anos e 1,6% de 10 a 14 anos. São mulheres em sua maioria da raça branca ou parda (73,6% e 21,4% respectivamente). Um dado significativo é a freqüência de pacientes com idade entre 10 e 19 anos (18,1%) o que pode ser explicado pelo fato do Hospital Materno-Infantil prestar assistência às gestantes de alto risco e, de acordo com o Ministério da Saúde (2000), um dos fatores de risco na gravidez é idade menor que 17. Com relação ao estado civil, 37,3% das mulheres atendidas na Maternidade são casadas e 24,4% solteiras. O restante se encaixa nas demais situações. A religião informada corresponde a 72,6% de católicas e 21,4% de evangélicas. Mesmo com o crescente movimento de mudança da sociedade para a religião evangélica, ainda há um predomínio no número de católicos no Brasil, conforme apresentado anteriormente. Com relação à escolaridade de nossa clientela, pudemos observar que 56,6% das mulheres têm o 1º Grau completo e 36,6% o 2º Grau completo. Apenas 2,1% das mulheres têm Curso Superior. 4.1.5.3. Morbidade Das pacientes cuidadas na Maternidade, temos que: 29,9% - Parto Único espontâneo; 30 29,8% - Edema, Proteinúria e Doença Hipertensiva na Gravidez e Puerpério; 21,3% - Outras Complicações da Gravidez e do Parto; e O restante das internações ou não foram classificadas ou estão no grupo de Outras. A hipertensão é uma das complicações mais comuns da gravidez, ocorrendo em aproximadamente 7% de todas as gestações, o que pode explicar tal freqüência na população atendida. 4.1.5.4. Tipos de Parto A elevada taxa de cesárea observada (60,4%) relaciona-se ao grande número de gestações com intercorrências atendidas no serviço, devido a sua referência enquanto cuidado à gestação de alto risco. Mas a Equipe da Maternidade precisa estabelecer uma meta a ser alcançada que varie de 30 a 35%. 4.1.5.5. Nós Críticos Identificados Há muito por melhorar principalmente em aspectos relacionados a(o): Processo de trabalho da equipe, com destaque para comunicação; A vinculação da equipe com a paciente; Qualificação da Referência e Contra-referência com os demais serviços da Rede de Cuidado; Processos de Educação Permanente para a Equipe; Número de auxiliar-técnicos de enfermagem; e Falta de espaço que possibilite maior autonomia. 4.2. Atenção Ginecológica e Obstétrica na Enfermaria 4.2.1. Estrutura Física Ocorreram as seguintes mudanças: Separação dos postos de enfermagem da ginecologia e obstetrícia para melhor referência das pacientes, definição de centro de custo e organização do fluxo dos funcionários diminuindo stress e melhorando qualidade da assistência; Mudança da sala de exame da enfermaria da ginecologia, saída do quarto dos internos para outro local, sendo disponibilizado dois leitos que estavam “bloqueados” devidos montagem desta sala; 31 Alteração da sala de ordenha em anexo à enfermaria da ginecologia, melhorando acesso das mães a esta sala, porém a mesma encontra-se inadequada às normas da vigilância sanitária. Há planejamento para que a mesma seja alocada dentro da maternidade para melhor suporte do aleitamento materno. 4.2.2. Equipe Ocorreram mudanças na equipe, a saber: Ampliação da equipe através da contratação de pediatra (1), enfermeira (1), auxiliares de enfermagem (3), para adequação do quadro e melhora na qualidade da assistência com ênfase no aleitamento materno e orientação na alta hospitalar; Substituição de duas auxiliares de enfermagem por inadequação de perfil. As Unidades de Internação tem Manual de Procedimento Operacional de Técnicas de Enfermagem. 5. ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL 5.1. Ambulatório de Saúde Mental As atividades ambulatoriais são desenvolvidas em 17 salas, atualmente insuficientes para atender a demanda assistencial e de ensino de graduação e de residência médica. O modelo de cuidado da equipe é ainda centrado no médico, havendo a necessidade de incorporar na equipe o profissional enfermeiro, terapeuta ocupacional exclusivo para o Ambulatório e um psiquiatra infantil. Além disto, faz-se necessária a ampliação dos programas ambulatoriais, com foco nos Transtorno de Personalidade. 5.2. Oficina Terapêutica A expansão dos atendimentos está limitada pelo espaço físico e pelo número de profissionais e as ações pouco diversificadas para a população masculina. A contratação de mais um Terapeuta Ocupacional e uma artesã possibilitaria incrementar os atendimentos em 100%. Tem como necessidade, na busca da qualificação do cuidado, articular com o Núcleo de Acolhimento um fluxo que possibilite a evolução diária, com registro em prontuário, dos pacientes assistidos. 32 Constitui-se em cenário de práticas para os estudantes de Terapia Ocupacional da UNESP. 5.3. Centro de Atenção Psicossocial – CAPS-Ad O Centro de Atenção Psicossocial a Usuários de Substâncias Psicoativas (CAPS-ad) conta com uma equipe constituída de assistente social, enfermeiros, médicos psiquiatras, psicólogos, terapeuta ocupacional, auxiliares de enfermagem, monitora de Terapia Ocupacional, recepcionista e legionário. Realiza atendimentos de: Acolhimento; Consultas iniciais: médicas, enfermagem, psicologia, serviço social e terapia ocupacional; Grupos terapêuticos com pacientes alcoolistas, tabagistas, usuários de drogas e casais; Orientação familiar; Diversas atividades socioculturais; Terapia ocupacional (jardinagem, artesanato, esporte-recreativo); Projeto “Sala de Leitura”; Grupos de adolescentes de liberdade assistida, de familiares de adolescentes, de cidadania e preservação ambiental, de atualidades, de sentimentos e de leitura; Clube de cinema; e Oficina cultural e de culinária. Continuamos desenvolvendo atividades junto à comunidade como visitas, passeios e caminhada diária. 5.4. Psicologia Hospitalar 5.4.1. Atividades de Rotina O Serviço de Psicologia do Hospital Materno Infantil é constituído por uma equipe formada de uma psicóloga contratada por 20 horas semanais e outra, com carga horária de 40 horas semanais, associado ao treinamento em serviço de duas aprimorandas. 5.4.2. Produção O setor de Psicologia Hospitalar no período realizou os atendimentos apresentados na tabela abaixo. 33 Tabela 10. Atendimentos da equipe de Psicologia Hospitalar segundo Unidade de Produção, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. Unidade de Produção Número Percentual (%) Enfermaria de Pediatria 369 26,2 Maternidade 299 21,2 UTI Neonatal 214 15,2 Ambulatório de Pediatria 206 14,6 Enfermaria de Ginecologia 168 11,9 Ambulatório de Oncoginecologia 48 3,4 Ambulatório de Gestação de Risco 43 3,0 UTI Pediátrica 23 1,6 Enfermaria de Particular/Convênios 21 1,5 Unidade de Urgência 20 1,4 Total 1.411 100,0 Fonte: Disciplina de Psicologia Hospitalar 5.4.3. Atividades de inovação, melhoria ou incremento Não houve alterações e/ou inovações neste serviço no ano de 2009. Vale ressaltar que houve interrupção nos atendimentos das enfermarias de Ginecologia, Maternidade e também nos ambulatórios de Oncoginecologia e Gravidez de Alto Risco no mês de agosto em função da profissional estar gestante e por orientação médica, devido ao surto do vírus Influenza A H1N1. Por estar em ambiente hospitalar, afastou-se de suas atividades por 15 dias. No dia 09 de outubro entrou de licença maternidade com previsão para retorno apenas no dia 05 de abril de 2010. 6. ATENÇÃO À SAÚDE OFTALMOLÓGICA O Serviço conta com uma área própria e desenvolve as seguintes atividades: consultas ambulatoriais, atendimento de urgência/emergência, pequenas e grandes cirurgias, captação e transplante de córneas, atividades acadêmicas de graduação e pós-graduação, modalidade residência médica na área de oftalmologia e produção de trabalhos científicos. É considerado centro de referência regional na área de oftalmologia para a região da DRS IX. 34 Melhorias realizadas no período A Biblioteca da Unidade Oftalmológica teve seu acervo organizado pelos estagiários do Curso de Biblioteconomia e foram adquiridos: Coleção 2009 livros e DVDs do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Coleção de livros da Academia Americana de Oftalmologia. O Ambulatório recebeu 02 novos aparelhos tonômetros, mochos e cadeiras. Ocorreu a troca de computadores na recepção, biblioteca e secretaria do serviço. Tabela 11. Produção da Unidade Oftalmológica, segundo tipo de atendimento, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. Procedimento Número Atendimentos Eletivos 24.901 Atendimentos de Urgência 21.287 Atendimento de Nível Médio 44.745 Captação de Córnea 136 Transplante de Córnea 46 Procedimentos Cirúrgicos 2.204 Terapia em Oftalmologia 49 Ultra-sonografia 1.105 Diagnose em Oftalmologia 112.681 Fonte: Unidade Oftalmológica 7. NÚCLEO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR 7.1. Vigilância Epidemiológica Tem como responsabilidade coordenar, desenvolver e acompanhar as ações de Vigilância Epidemiológica de Doenças de Notificação Compulsória - DNC no ambiente hospitalar visando à detecção e investigação de qualquer agravo suspeito ou confirmado atendido no hospital. Reúne as informações necessárias e atualizadas, processando, analisando e interpretando dados de doenças de notificação compulsória, bem como faz recomendações para realização de ações de controle destas doenças que podem ser imediatas, a médio e a longo prazo. Na operacionalização das ações propostas, tem como tarefas: Fazer notificação compulsória de doenças, adotando medida de controle interna e desencadeando as investigações para os municípios de residência; 35 Fazer busca diárias as unidades e acompanhar visita médica nos pacientes com doenças de notificação; Verificar o censo diário das unidades de internação, direcionando a busca de pacientes com doença de notificação nas demais enfermarias para a notificação e investigação; Preencher fichas epidemiológicas, através de coleta de dados nos prontuários e entrevista com os pacientes internados para complementação da investigação, acompanhando-o até a sua alta; Buscar os resultados de exames laboratoriais no SIHOSP: BAAR, Líquor, culturas, e outras sorologias, Hepatites A, B, C, VDRL, dentre outras; Encaminhar para o Instituto Adolfo Lutz os materiais coletados (escarro, sangue) para investigação de doenças específicas; Divulgar aos profissionais da saúde da instituição, informações referentes às doenças de notificação compulsória; Controlar o estoque de imunobiológicos no hospital bem como orientar para o uso destes através de normatizações da Secretaria da Saúde; Administrar Palivizumabe em RN prematuro extremo e crianças com patologias cardíacas; Identificar risco de surtos de doenças de notificação compulsória nas enfermarias fechadas, incluindo a creche da instituição, proceder com a notificação, investigação e medidas de controle; Divulgar as Informações relevantes geradas pelo NVE, SMHS e DRS IX. A principal ferramenta do trabalho cotidiano é a Busca ativa diária de doenças de notificação compulsória, realizada pela auxiliar de enfermagem. O processo de trabalho da mesma inclui: Verificar as F.A.A. da Unidade de Urgência e Ambulatórios diariamente e notificar doenças compulsórias, indo até o paciente para a coleta de dados para o preenchimento das fichas de notificação; Visitar as enfermarias onde estejam internados os pacientes com suspeita de doenças de notificação para o mesmo procedimento citado no item acima; Verificar temperatura da geladeira da farmácia que contém soros e vacinas diariamente, seguidos da manipulação destes imunobiológicos para controle do estoque. Recolhimento das fichas que tiveram saídas de soros e vacinas para notificação; Realizar a limpeza semanal da geladeira de soros e vacinas; 36 Passar dados para o SMS e outros municípios da DRS IX de todas as doenças notificadas pelo serviço; Pegar prontuários de pacientes identificados nas FAAs para preenchimento das fichas; Buscar os resultados de exames laboratoriais no SIHOSP: BAAR, Líquor, culturas, Pesquisa de Hemoparasitas (Plasmodium), e outras sorologias, como anti HIV, Hepatites A, B, C, VDRL, dentre outras; Encaminhar os exames específicos para o Laboratório Adolfo Lutz; Administrar a vacina de Hepatite, Tétano e Varicela em alunos do curso de enfermagem e medicina. As doenças de notificação compulsória investigadas pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital de Clínicas de Marília – Unidade Materno Infantil foram levantadas através da busca ativa em FAAs dos atendimentos ambulatoriais e pronto socorro, exames de laboratório, pacientes internados nas enfermarias, além da análise destas patologias nos prontuários. Para um melhor preenchimento de nossas fichas, ocasionalmente participamos das visitas nas enfermarias de pediatria, maternidade, ginecologia e Unidade de Urgência. Este serviço é realizado por uma equipe de profissionais relacionados a seguir: 01 auxiliar de enfermagem (40hs/sem); 01 escriturária (10hs/sem) e 01 escriturária (20hs/sem) para atender as 02 Unidades Hospitalares; 01 médica (20hs/sem) que atende as 02 Unidades Hospitalares. Além das notificações são realizadas outras atividades: Para atender a nova epidemia de H1N1 foi criado um plantão dentro do serviço para o acompanhamento mais adequado e notificação imediata dos casos para a Secretaria de Estado da Saúde; Orientação às condutas para profilaxia do tétano, raiva e imumobiológicos especiais; Controle do estoque e da temperatura dos imunobiológicos; Oferecemos estágio eletivo para os cursos de enfermagem e medicina da Famema. Abaixo seguem as tabelas que quantificam a produção do Serviço. 37 Tabela 12. Número de FAAs identificadas como doença de notificação, Número de Notificações e Prontuários analisados pela Equipe de Vigilância Epidemiológica, de novembro de 2008 a outubro de 2009. Indicador Número N.º de FAAs identificadas pelo NVE 4.225 Nº de Notificações 4.224 Nº de Prontuários analisados 263 Fonte: NVE – HC. Tabela 13. Número de doses de Vacinas e Soros aplicados em novembro de 2008 à outubro de 2009. Vacinas e Soros Número Hepatite B 1.095 Dupla Adulto 104 Vacina Anti Rábica 157 Soro Anti Rábico 40 Imunoglobulina para Hepatite B 03 Soro Anti Escorpiônico 01 Total 1.400 Fonte: Boletim mensal de vacinas e soros. NVE-HC OBS: Os funcionários da instituição foram orientados a receberem a vacina contra gripe na Rede de Atenção Básica, uma vez que não temos ainda um local apropriado e pessoal para isto, portanto o serviço de VE não tem o registro dessas doses. 38 Tabela 14. Agravos Notificados pelo NVE-HC, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. Agravo Número Percentual (%) Conjuntivite 2.467 58,5 Gripe A H1N1 1.018 24,1 Paralisia Flácida* 192 4,6 DST 146 3,5 Intoxicação exógena 104 2,5 Acidentes com animais raivosos 75 1,8 Coqueluche 66 1,6 Diarréia 44 1,0 Acidentes com animais peçonhentos 43 1,0 Meningite 13 0,3 Acidente Biológico 13 0,3 Malária 11 0,3 Aids 06 0,1 Parotidite 05 0,1 Violência Física e Sexual 05 0,1 Varicela 03 0,06 Complicação Vacinal 02 0,04 Leishmaniose Visceral 02 0,04 Hepatite 01 0,02 Tuberculose 01 0,02 Gestante HIV 01 0,02 Total 4.218 100,0 Fonte : Fichas de notificação e investigação de doenças/NVE-HC * somente pacientes que foram internados A partir de maio de 2009 por decisão da SMS deixamos de notificar as diarréias. Em de junho de 2009 uma nova epidemia surgiu entre nós, a gripe H1N1. Neste período 3 gestantes de outros municípios internadas em nosso serviço foram a óbito por causa desta nova gripe. Entre elas houve 01 natimorto e os outros bebês tiveram alta sem intercorrências. 39 Continuamos a vacinar as crianças com risco de infecção pelo vírus sincicial respiratório com vacina palivisunabe seguindo o protocolo da SES. Adquirimos neste ano uma nova geladeira para acondicionar os imunobiológicos e a antiga foi destinada para o centro obstétrico para agilizar a vacina da hepatite nos recém nascidos. 7.2. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) é responsável pelas atividades de vigilância epidemiológica das infecções hospitalares, realizadas através da busca ativa em todos os pacientes internados que são submetidos a procedimentos de risco como: sondagem vesical de demora (SVD), cateter venoso central (CVC), ventilação mecânica (VM) e cirurgias, como também todas as infecções de recém-nascidos internados na UTI neonatal e todas as infecções de crianças internadas na UTI pediátrica. No período deste Relatório o Serviço realizou as seguintes atividades: Controle do consumo de antimicrobianos de uso restrito e de profilaxia cirúrgica; atividades de prevenção e controle com orientações e supervisão das medidas estabelecidas pelo SCIH em conjunto com as equipes de saúde; Elaboração do boletim mensal com os dados coletados através desta vigilância; Divulgação desses dados nas reuniões trimestrais aos membros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do complexo Famema; Participação de reuniões da CEME – Comissão de Especificação e Padronização de Materiais e Equipamentos; Participação da Comissão de curativos; Participação na Comissão de investigação de óbitos materno e infantil; Participação no Grupo de trabalho da influenza A H1N1; Inclusão dos nossos dados no “Sistema Sinais” do Ministério da Saúde; Atualização em andamento do Manual de Prevenção de Infecção Hospitalar; e Desenvolvimento de atividades com o Prev-bio (SCIH, SESMT, NVE, CIPA) - grupo multidisciplinar para prevenção e controle dos acidentes biológicos, pautados pelo foco do aprimoramento profissional. Segue algumas informações produzidas pelo serviço na monitorização da Infecção Hospitalar. 40 Tabela 15. Taxa de Infecção nas Cirurgias Realizadas pela equipe da Ginecologia e Obstetrícia segundo mês. HMI, janeiro a setembro de 2009. Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Número de Cirurgia que infectou Ginecologia = 02 Obstetrícia = 06 Ginecologia = 03 Obstetrícia = 01 Ginecologia = 01 Obstetrícia = 05 Ginecologia = 01 Obstetrícia = 03 Ginecologia = 01 Obstetrícia = 09 Ginecologia = 01 Obstetrícia = 07 Ginecologia = 01 Obstetrícia = 04 Ginecologia = 02 Obstetrícia = 03 Ginecologia = 02 Obstetrícia = 02 Taxa 4,70 9,60 8,30 3,10 2,10 6,60 0,44 5,45 2,44 20,93 3,7 15,2 7 7,4 4,4 6,6 5,5 5,8 Tabela 16. Taxa Global de Infecção na UTI neonatal e UTI pediátrica, segundo mês. HMI, janeiro a setembro de 2009. Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro UTI Neonatal 54,5 16,6 19,0 21,4 23,8 20,0 14,2 36,0 5,8 UTI Pediátrica 25,0 11,0 20,0 6,6 7,1 30,0 0,0 0,0 6,0 No período 29 pacientes da UTI Neonatal tiveram Hemocultura positiva e 09 pacientes na UTI Pediátrica. 8. ATIVIDADES TÉCNICAS DE APOIO AO CUIDADO 8.1. Núcleo de Acolhimento O Núcleo de Acolhimento tem como principal atribuição, acolher os usuários em todas as recepções da Instituição, proporcionando uma relação de respeito, confiança, solidariedade e 41 cidadania com os usuários e profissionais de saúde. O Núcleo de Acolhimento do HMI conta atualmente com um total de 30 colaboradores fixos, 3 legionários que oferecem apoio às diversas recepções e serviços, além de 7 colaboradores que cobrem folgas, férias e licenças de toda instituição. A estrutura organizacional é formada por um coordenador, um chefe de serviço (serviço social) e duas assistentes administrativas V que gerenciam as recepções da Oftalmologia e Hospital Materno Infantil. As atividades de inovação são: Planejamento das Atividades de 2009 através de reuniões para levantamento das prioridades com a equipe de coordenação do Núcleo de Acolhimento; Organização e realização da Campanha do Dia Nacional Contra o Tabagismo – 31 de maio, envolvendo assistentes sociais e recepcionistas. Houve palestras de orientação e ginástica laboral. Foi oferecido um delicioso café da manhã aos pacientes e colaboradores, através de doações de empresas do município e região. A Campanha aconteceu nos ambulatórios da pediatria, da ginecologia/obstetrícia e da unidade de oftalmologia; Organização e realização da “Semana Comemorativa” ao Dia Internacional da Mulher 09 a 13/03/2009 – com palestras sobre a violência doméstica e distribuição de rosas no ambulatório de Ginecologia/Obstetrícia; Organização e realização de “Homenagem ao Dia das Mães” no ambulatório de pediatria, onde foi realizado palestra sobre Auto-Estima, além da confecção de quadros pelas mães com apoio das terapeutas ocupacionais através de parceria com a Unesp; Organização e realização da “Festa Natalina” para as crianças e familiares do ambulatório de pediatria no dia 18 de dezembro de 2008, onde houve diversas atividades, envolvendo pacientes e colaboradores, tais como: atividades lúdicas, entretenimento com a presença do Palhaço Catatau e cama elástica, além de oferecimento de lanches, refrigerantes, bolos, algodão doce, e ainda, entrega de brinquedos às crianças através das doações de empresas de Marília e região. Atividade realizada em parceria com as pedagogas e terapeutas ocupacionais da Unesp; Organização e realização da “Festa Julina” para as crianças e familiares do ambulatório de pediatria no dia 1º de julho de 2009, com barracas de pesca, argolas, cachorro-quente, bolos, pipocas, refrigerantes, chá de gengibre e algodão-doce. Além de diversas atividades de entretenimento como: bingos, sorteios em parceria com as pedagogas e terapeutas ocupacionais da Unesp, além da presença do Palhaço Catatau. Foi feita distribuição de doces e brinquedos às crianças através das doações de empresas industriais e comerciais de Marília e região; 42 Revisão e atualização dos “Procedimentos Operacionais - PO” para as recepções dos ambulatórios, realizado com o envolvimento dos colaboradores que atuam nas diversas recepções; Participação no desenvolvimento do Sistema de Gestão Hospitalar, em parceria com o NTI, através de diversas reuniões de levantamento das necessidades, apresentação dos módulos já desenvolvidos e em desenvolvimento, colaborando nas ações de melhoria do processo de trabalho, na alimentação dos cadastros básicos, visando à implantação para 2010; Implantação do Sistema REGNET em 12/01/2009 – diversas reuniões e treinamentos com todas as áreas envolvidas: diretoria; faturamento; enfermagem; centro cirúrgico; equipe médica; unidade de urgência e internação, além de acompanhamento “in loco” do processo de trabalho na fase de implantação; Participação da construção do modelo de reestruturação dos atendimentos das unidades de urgência do HMI com classificação de risco; Implantação em 01/09/2009 da reestruturação dos atendimentos da unidade de urgência do HMI com classificação de risco. Revisão e readequação do processo de trabalho, realocação de pessoal, treinamentos, acompanhamento e avaliação; Readequação no processo de trabalho e treinamentos para atendimento dos pacientes com suspeita da síndrome gripal – Influenza A – H1N1 (26/06/2009); Revisão do processo de trabalho e orientação aos colaboradores quanto à internação de recém-nascidos para realizar a certidão de nascimento no período de internação; Revisão e atualização do cadastro de leitos do Hospital Materno Infantil; Acompanhamento da reforma e mudança dos ambulatórios da pediatria (16/03/2009) e da ginecologia/obstetrícia (13/07/2009); Organização e participação na divulgação da “Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC” no Desfile de Aniversário de Marília, com faixas e camisetas; Programa “Plantão do Serviço Social 24 horas nas Unidades de Urgência e Emergência da Famema”, proporcionando acolhimento aos usuários do serviço que demandam soluções objetivas e imediatas. Porém o profissional está alocado no HC; Programa de Estágio no Serviço Social – atuação de uma estagiária no período de 30/10/2008 a 27/11/2008; Programa “Gravidez de Alto Risco” que visa proporcionar à paciente informação, orientação e acompanhamento do pré-natal pela equipe e incentivar o aleitamento materno. Realizada 36 reuniões com 553 participantes no período. Como resultado: diminuição de ansiedade, angústia e medo; ambiente de espera mais tranqüilo com relação a sua consulta 43 conhecendo a rotina do ambulatório e a equipe envolvida; melhor entrosamento entre paciente – família e equipe; Programa “Atendimento às mães na sala de aleitamento materno” visa proporcionar a mãe um atendimento social realizando avaliação sócio-econômica, acompanhando no incentivo e na promoção do aleitamento materno; Programa “Atendimento Social à pacientes da Onco-Ginecologia” visa oferecer um atendimento acolhedor às pacientes. Busca orientar, informar, minimizar a angústia e ansiedade através de reuniões semanais. Realizadas 35 reuniões com 1.471 participantes no período; Coordenação da Comissão da “Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC” – comissão formada por equipe multidisciplinar centrada no incentivo, apoio e promoção do aleitamento materno: Avaliação dos treinamentos anteriores e discussão da metodologia dos novos treinamentos com a carga horária aumentada para 20 (vinte) horas; Acompanhamento das Visitas dos auditores do Ministério da Saúde ao Programa IHAC; Reestruturação da Comissão com saída e entrada de membros da Comissão; Formalização do Convite à responsável do Banco de Leite Humano como assessora da Instituição para questões relacionadas à IHAC; Participação do Banco de Leite de Marília e Saúde da Criança do Município para mapeamento das crianças pós-alta – na checagem do aleitamento materno nas Unidades de Saúde; Festa de sobremesa, organizada pela Comissão no intuito de arrecadar fundos para confecção de banners; Organização da semana mundial de amamentação com o tema “Amamentação em situações de emergência” com exposição de fotos e palestra no ambulatório de gravidez de alto risco; Foram realizados 20 (vinte) reuniões no período; Programa “Humanizando UTI Pediátrica” que consiste em desenvolver uma relação interpessoal dos funcionários, pacientes e familiares; Organização da semana mundial do aleitamento materno – exposição de fotos e os dez passos para o sucesso do aleitamento materno e palestra no ambulatório de gravidez de alto risco; 44 Participação na “Equipe Multidisciplinar no Ambulatório de Baixo Peso”, o atendimento integrado as demais áreas visando acompanhamento das crianças e familiares após alta hospitalar; Participação na “Equipe Multidisciplinar da Pediatria” com atendimento psicossocial integrado as demais áreas visando o acolhimento às crianças internadas e familiares; “Ficha de Estudo Sócio-Econômico” aplicada a 169 pacientes internados, pelo Serviço Social; Manutenção do Protocolo de Atendimento do Serviço Social; Realocação de Assistente Social para atuar especificamente na Pediatria, envolvendo ambulatório, enfermaria e urgência pediátrica, visando à melhoria no acolhimento das crianças e familiares; Realização do Encaixe Programado no Sistema Hospitalar de consultas e exames, possibilitando a entrega do prontuário pelo Arquivo no ambulatório em tempo para o atendimento, eliminando as agendas manuais, e ainda, fornecendo informações reais e completas dos agendamentos e atendimentos; Cadastramento do Cartão Nacional de Saúde – CNS na Famema, que compreende: consulta à base de dados, via internet; emissão do CNS; inclusão no sistema CADSUS dos usuários; e envio ao DATASUS, conforme norma do Ministério da Saúde; Gerenciamento dos Processos do LME e do Sistema de Controle dos Processos de LME: no ambulatório de Saúde Mental foram 1.407 processos, no ambulatório de Pediatria 156 processos, no ambulatório de ginecologia 40, e no CAPS foram 30, totalizando 1.633 processos de LME no período; Recadastramento Anual dos Colaboradores do Núcleo de Acolhimento pertencentes à Autarquia no Sistema do Governo do Estado de São Paulo – via Internet; Atualização dos equipamentos de informática das recepções dos serviços e ambulatórios; Recebimento através de doação de 4 equipamentos oftalmológicos; Reforma e readequação da estrutura física da recepção e refeitório da Unidade de Oftalmologia, além da aquisição de móveis e utensílios com recursos institucionais e doações; Realização de reuniões periódicas nos diversos ambulatórios e serviços para passar informações aos colaboradores das reuniões com a Diretoria e para levantar problemas, revisar processos de trabalho, propor e implantar soluções; Avaliação e acompanhamento dos serviços de urgência, internação e serviço social através dos livros de plantão; 45 Avaliação dos colaboradores, através de instrumento próprio da área de “Avaliação de Competência do Colaborador e do Gestor”. Atividade realizada pelos responsáveis pelas unidades com os colaboradores do Núcleo de Acolhimento; Avaliação dos colaboradores no período de experiência, através de instrumento próprio da área de “Avaliação de Competência do Colaborador no Período de Experiência”. Atividade realizada pelos responsáveis pelas unidades e serviços do Núcleo de Acolhimento; Realização de reuniões semanais da coordenação do Núcleo de Acolhimento com o objetivo de passar informações gerais, apresentar problemas e discutir propostas de soluções, sendo um instrumento de avaliação do serviço; Solicitação e participação da equipe de coordenação do Núcleo de Acolhimento no “Grupo de Trabalho Sócio-Psico-Educativo” realizado pelo Núcleo de Apoio aos Colaboradores – NAC-DRH. O grupo foi formado em 02/07/2009 com reuniões semanais que tem o objetivo de trabalhar as angústias vividas no ambiente de trabalho e os desafios do relacionamento com o paciente, a equipe e outros profissionais; Participação dos colaboradores nas orientações sobre o Aleitamento Materno realizadas em 09/04/2009; Participação no Grupo de Humanização Hospitalar da Famema; Participação nas reuniões de colegiado do Hospital Materno Infantil; Participação nas reuniões de chefias do Hospital Materno Infantil; Participação na organização e realização como facilitadoras do Fórum da Famema; Participação em reuniões mensais e extraordinárias da Rede Mulher de Marília; Organização e participação nas reuniões do Grupo de Gestão de Qualidade; Participação na Comissão de Uniformes da Instituição; Participação e colaboração nos seguintes eventos realizados no Hospital Materno Infantil: 10 a 12/12/2008 – Hospitalart – solicitação de prendas para bingos, karaokês e sorteios, junto aos municípios da região; 18 e 19/12/2008 – Café da Manhã com os Funcionários – solicitação de alimentos e frutas junto às prefeituras da região; 23/12/2008 – Festa de Natal na enfermaria da pediatria; 13/02/2009 – Festa Inauguração da Casa do Ambulatório de Pediatria; 17/02/2009 – Palestra e dinâmica com grupo de mães da Enfermaria de Pediatria com apoio de alunos do curso de Enfermagem; 08/04/2009 – Festa de Páscoa na Enfermaria da Pediatria; 29/04/2009 – Desfile de moda projeto IUPE – participação na venda de ingresso e presença no evento; 46 Participação na Semana da Enfermagem; Participação na Festa Junina da Enfermaria – auxílio na decoração da Enfermaria e nas brincadeiras; Processamento e avaliação trimestral das Sugestões dos Usuários sobre o Atendimento dos Serviços de Saúde da Famema. A tabela apresenta a avaliação resumida do período. Tabela 17. Avaliação Trimestral das Sugestões dos Usuários sobre a Atenção prestada pelas Unidades de Produção da Famema. HMI, 2009. Recepção Categoria Ótimo avaliada Enfermagem 15 Internação HMI Pediatria PS HMI Mental Regular Ruim Total 62,5% 7 29,2% - 0,0% 2 8,3% 24 25,3% Médico 22 91,7% 2 8,3% - 0,0% - 0,0% 24 25,3% Portaria 13 59,1% 5 22,7% 1 4,5% 3 13,6% 22 23,2% Recepção 15 60,0% 8 32,0% 1 4,0% 1 4,0% 25 26,3% Subtotal 65 68,4% 22 23,2% 2 2,1% 6 6,3% 95 100,0% Enfermagem 17 48,6% 13 37,1% 5 14,3% - 0,0% 35 23,8% Médico 23 59,0% 6 15,4% 4 10,3% 6 15,4% 39 26,5% Portaria 17 48,6% 7 20,0% 10 28,6% 1 2,9% 35 23,8% Recepção 23 60,5% 11 28,9% 4 10,5% - 0,0% 38 25,9% Subtotal 80 54,4% 37 25,2% 23 15,6% 7 4,8% 147 100,0% Enfermagem 25 44,6% 19 33,9% 11 19,6% 1 1,8% 56 24,9% Médico 29 53,7% 11 20,4% 9 16,7% 5 9,3% 54 24,0% Portaria 28 48,3% 16 27,6% 6 10,3% 8 13,8% 58 25,8% Recepção 27 47,4% 17 29,8% 11 19,3% 2 3,5% 57 25,3% Subtotal 109 48,4% 63 28,0% 37 16,4% 16 7,1% 225 100,0% 54,5% 11 25,0% 7 15,9% 2 4,5% 44 23,2% Enfermagem 24 Saúde Bom Médico 35 64,8% 8 14,8% 6 11,1% 5 9,3% 54 28,4% Portaria 18 47,4% 11 28,9% 5 13,2% 4 10,5% 38 20,0% Recepção 34 63,0% 10 18,5% 7 13,0% 3 5,6% 54 28,4% Subtotal 111 58,4% 40 21,1% 25 13,2% 14 7,4% 190 100,0% 365 55,6% 162 24,7% 87 13,2% 43 6,5% 657 100,0% Total de categorias avaliadas Fonte: Núcleo de Acolhimento 47 O Serviço Social realizou 6.836 atividades de rotina específicas, que são: 1.390 altas; 145 atendimentos de avaliação com classificação de risco; 37 autorizações de cirurgias; 6 boletins de ocorrência; 6 contatos com a Delegacia de Defesa da Mulher; 429 contatos institucionais; 99 contatos com o Conselho Tutelar; 450 convocações de família; 492 emissões de declaração de comparecimento; 249 discussões de casos; 6 doações de roupas e calçados (novos e usados); 3 elaborações de documentos; 419 evoluções em prontuário; 747 emissões de FAA – Ficha de Atendimento Ambulatorial; 25 orientações para encaminhamentos externos - guias de referência; 85 orientações aos familiares e providências para a emissão da Declaração de Óbito DO; 121 orientações sobre aleitamento materno; 72 orientações sobre benefícios previdenciários; 10 orientações aos familiares de pacientes internados; 1 orientação para realização da Litotripsia; 20 orientações quanto à retirada do passe saúde; 55 emissões e orientações de relatórios médicos; 34 avaliações para prótese ocular; 326 visitas ao leito; 2 visitas domiciliares; 16 providências de leite, medicação e perucas junto à ACC; 4 fornecimentos de refeições; 3 solicitações de abrigo para GASH - mães da UTI Pediátrica; 6 atendimentos de vítimas de violência sexual; 255 solicitações de transporte administrativo e; 1.323 solicitações de transporte social. 8.2. Unidade de Alimentação e Nutrição A Equipe da Unidade de Alimentação e Nutrição integram diferentes grupos de trabalho da Unidade Hospitalar Materno Infantil, dentre eles: Comissão Multidisciplinar da Enfermaria de Pediatria; Comissão de Investigação da Mortalidade Neonatal; Comissão de Acolhimento dos Estudantes; Comissão Iniciativa Hospital Amigo da Criança; Iniciativa Unificada em Pediatria; Grupo de Controle do Tabagismo no Ambiente Hospitalar; e Comissão Municipal de Alimentação e Nutrição da Secretaria Municipal de Saúde. No decorrer deste ano a Equipe elaborou um projeto de reforma no HMI, visando incorporar a área física do Lactário na Unidade de Alimentação e Nutrição no andar térreo do HMI. Aguarda recursos financeiros para viabilizar o projeto. Tabela 18. Refeições servidas segundo tipo de dieta. Unidade de Alimentação e Nutrição. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009. 48 Tipo de Dieta Geral Especial Pediátrica Funcionários Acompanhantes Total Enteral Mamadeiras Número 57.175 29.950 32.694 103.389 66.585 289.793 Percentual (%) 19,7 10,3 11,3 35,7 23,0 100,0 8.340 58.060 Fonte: UAN/Hospital das Clínicas Com relação ás ações de cuidado, foram realizadas: Atendimentos Ambulatoriais: 371/ano Orientações de alta: 33/ano Avaliações Nutricionais: 367/ano Foram desenvolvidas atividades visando à melhoria da qualidade, dentre elas: Atualização do Manual de Dietas Hospitalares da Unidade de Alimentação e Nutrição do Hospital das Clínicas; Atualização do Manual de Boas Práticas de Fórmulas Lácteas Enterais e Manipulação de Leite Humano; Coordenação do Aprimoramento pela FUNDAP na área de Nutrição Clínica, com aumento do número de aprimorandas para contemplar a Unidade Materno Infantil; Definição de Missão, Visão e Valores da Unidade de Alimentação e Nutrição; e Implantação do Plano de Metas UAN. 8.3. Serviço de Fisioterapia 8.3.1. Área Física e Equipamentos Atualmente o espaço do Serviço de Fisioterapia da Unidade Materno Infantil se limita a uma sala localizada no andar térreo do HMI. O espaço tem por objetivo o acondicionamento de documentos pertinentes ao gerenciamento do serviço, sendo também a referência para todos os fisioterapeutas que estão locados nesta Unidade. Há que se ressaltar que a sala é pequena, se revelando insatisfatória ao fim a que se destina, sendo necessária sua ampliação, para melhor organização de trabalho. Durante o período de referência, o Serviço de Fisioterapia do HMI, recebeu 04 máscaras de ventilação mecânica não invasiva, de uso pediátrico, que muito contribuiu para evitar intubação 49 oro traqueal e evitar reintubações oro traqueal, disponibilizando a realização de procedimentos anteriormente não realizados pela falta deste recurso. A realização do procedimento repercute diretamente na minimização do desconforto respiratório em casos de insuficiência respiratória. 8.3.2. Equipe Até a presente data, estão locados no HMI, além da fisioterapia encarregada, mais 05 fisioterapeutas que compõem o quadro da Unidade e distribuídos: Período da Manhã: 01 fisioterapeuta de 06 horas/dia na UTI pediátrica, Serviço de Urgência e Isolamento; 01 fisioterapeuta de 06 horas/dia na Enfermaria de Pediatria e Particular/Convênios, Ginecologia e Maternidade e 01 fisioterapeuta 06 horas/dia na UTI neonatal, Berçário e Unidade de Cuidados Intermediários; e Período da Tarde: 02 fisioterapeutas de 06 horas/dia, no reatendimento dos quadros mais graves e dos não atendidos no período da manhã. Importante ressaltar que neste período de referência, foram contratados 02 fisioterapeutas que atualmente compõe o quadro. Iniciaram suas atividades em novembro/2008, fato que contribuiu com o aumento e qualidade de atendimento, acelerando o processo de reabilitação dos pacientes internados, repercutindo diretamente na rotatividade de leitos e no desenvolvimento de ação preventiva e de promoção à saúde realizada junto às mães e gestantes. Muito embora haja uma equipe de fisioterapeutas na cobertura de todas as alas e Unidades do hospital, a contratação de mais profissionais ainda se faz necessário, pois um maior número de profissionais possibilitará um incremento no número de sessões diárias, principalmente aos pacientes mais graves e o atendimento 24 horas nas UTIs Neonatal e Pediátrica. 8.3.3. Grupo de Trabalho Com as duas novas contratações, algumas atividades, além dos atendimentos a leitos, foi possível viabilizar, considerando que, anteriormente com apenas 03 fisioterapeutas para a cobertura de todo o hospital, os atendimentos a leitos se faziam prioritários. Assim, desde agosto, uma fisioterapeuta tem contribuído com a comissão de investigação de óbito materno infantil. As reuniões acontecem uma vez por mês, na dependência de agendamento prévio, com a participação de uma equipe interdisciplinar de saúde, e tem por objetivo levantar dados dos óbitos ocorridos no mês, e identificar se o motivo relaciona-se a má qualidade na assistência ou complexidade e severidade do agravo. Os dados são elaborados em relatórios que servem de embasamento para ações que possam melhorar a qualidade de 50 atendimento e a maior compreensão dos riscos e agravos no processo saúde/doença, almejando a menor incidência de óbitos. 8.3.4. Implantação de Novos Serviços Também fundamentado pela ampliação da equipe, houve a inserção de uma fisioterapeuta no Ambulatório de Asma, a partir de agosto. O ambulatório conta com a participação de uma equipe interdisciplinar de saúde, e tem por objetivo acompanhar crianças acometidas pelo agravo e proporcionar diminuição dos episódios de crises, ou minimização da severidade dos episódios de crises, ou minimização da severidade dos quadros; bem como desenvolver ações que visem a melhor compreensão da doença e condutas adequadas nos episódios desencadeados, favorecendo no âmbito geral o menor numero de internações hospitalares. O Ambulatório funciona às segundas-feiras, de 15 em 15 dias, onde a fisioterapeuta avalia todas as crianças agendadas no período, fazendo orientações e atendimentos, quando necessário. Espera-se que esta ação venha repercutir diretamente na diminuição de crianças hospitalizadas e com uma melhor qualidade de vida. 8.3.5. Produção O relatório da produção refere-se ao período de novembro de 2008 a outubro de 2009. Atenção à pacientes internados: Numero de pacientes atendidos: 1.004; e Numero atendimentos: 9.218. 8.3.6. Rotinas e Protocolos O grande diferencial, atualmente na rotina de encaminhamentos dos pacientes, está na lógica de avaliação dos fisioterapeutas aos pacientes internados. Anteriormente o critério era exclusivamente através da avaliação e prescrição médica. Atualmente estabeleceu-se também a avaliação do fisioterapeuta aos pacientes internados, que quando identificada à necessidade, busca-se um processo de envolvimento e discussão com o médico, para prescrição e início do atendimento. Ainda existem pontos, nesta rotina, a serem conquistados: Atualmente os casos avaliados são reconhecidos pelo censo diário, onde ativamente buscam-se os pacientes com afecções respiratórias e assim a intervenção junto ao paciente para avaliação. Há uma meta de avaliação pela fisioterapia de todos os pacientes 51 hospitalizados, no entanto considerando a regulação atual das profissões se faz necessária ainda a prescrição médica. Busca-se futuramente o direito ao exercício da autonomia profissional, ainda não muito reconhecida por alguns profissionais. 8.4. Serviço de Farmácia Hospitalar Dentre as atividades desenvolvidas, na busca de qualificação e inovação podemos elencar: Transferência da Manipulação de Nutrição Parenteral Infantil da Farmácia Hospitalar do HCI para o HMI. Tal ação significou: O aumento no número de RN/Crianças atendidas de 720 para 1.560/ano; e Reformulação na técnica de manipulação, com adequações à legislação vigente e as boas práticas de manipulação. Normatização da aquisição de medicamentos não padronizados através da Ordem de Serviço Conjunta nº 03/2009. Melhoria no atendimento prestado à comunidade interna e externa e na qualidade de vida dos colaboradores da Farmácia Hospitalar através da alteração no quadro de funcionário que atualmente se apresenta na seguinte composição: Farmacêutica: 1 (anteriormente 1) Técnico de Farmácia: 1 (anteriormente 0) Auxiliares de Farmácia: 10 (anteriormente 7) Substituição das CPUs, pelo Núcleo Técnico de Informação, por melhores equipamentos. Tabela 19. Produção do Serviço de Farmácia Hospitalar, 2009. Atividade Média Mensal Prescrições Médicas Atendidas 3.600 Total Anual 43.200 Requisições de Consumo Hospitalar Atendidas 840 10.080 Formulações de Nutrição Parenteral Pediátrica 120 1.440 Fornecimento de Medicamentos a Pacientes HIV/Aids 130 1.560 Fornecimento de Medicamentos e Insumos a Pacientes Diabetes Tipo 1 Fornecimento de Medicamentos a Pacientes H1N1 8.5. Serviço de Processamento de Roupas 60 720 645 pacientes O Serviço de Lavanderia Hospitalar é uma unidade de apoio logístico responsável pelo processamento das roupas hospitalares, fornecendo-as em ideais condições de uso, higiene, 52 quantidade, qualidade e conservação, visando o pleno atendimento dos clientes internos e externos da Instituição, proporcionando-lhes conforto, segurança e bem estar. O processamento das roupas hospitalares abrange todas as etapas pelas quais as roupas passam, desde seu uso até o seu retorno para a reutilização, sendo estas etapas desenvolvidas em áreas distintas, separadas por barreira física. 8.5.1. Descrição do processo de preparo do enxoval hospitalar 8.5.1.1. Área Suja: Recepção e Pesagem: Pesagem de todas as roupas ao chegar à área suja da lavanderia, identificando as quantidades por centro de custo. Separação e Classificação: Separação e seleção das roupas, por tipo de peças (lençol, roupas hospitalares, cobertores, compressas, campos cirúrgicos, pano de chão e retorno) e grau de sujidade (sujidade leve, sujidade pesada). Esta etapa do processo é fundamental, para que a taxa de retorno seja menor que 2,5%, pois uma peça de sujidade pesada não deve ser lavada no processo de sujidade leve e peças diferentes não devem ser misturadas. Os EPI utilizados estão de acordo com as normas da ANVISA. Lavagem: Processo em que as roupas são lavadas e higienizadas bacteriologicamente, através da ação mecânica dos equipamentos e da ação química de produtos específicos. Existem sete processos de lavagem automática no qual o funcionário, ao carregar a máquina lavadora, seleciona de acordo com o tipo de peça e o grau de sujidade. Após o início do processo, todas as operações (enxágüe, pré-lavagem, lavagem, umectação, alvejamento, neutralização e amaciamento) e a dispensação dos produtos são comandadas pelo computador. Ao final do processo o alarme é acionado e o funcionário desliga a máquina, preparando a mesma para a retirada da roupa limpa na área limpa. Equipamento utilizado: máquina lavadora de barreira. Capacidade do equipamento: 100 Kg. Quantidade em uso: duas lavadoras. Os EPI utilizados estão de acordo com as normas da ANVISA. Houve a aquisição de óculos para cada funcionário, gorro e luvas adequadas para o trabalho na área suja. 8.5.1.2. Área Limpa (área de acabamento): 53 Centrifugação: Após a retirada da roupa da máquina de lavar as mesmas são colocadas na centrífuga para que ocorra a redução da água nas roupas. Equipamento utilizado: centrífuga. Capacidade do equipamento: 40 Kg. Quantidade em uso: duas centrífugas. Secagem: Processo destinado a secar todas as roupas hospitalares. Equipamento utilizado: secadora. Capacidade do equipamento: 20 e 50 Kg. Quantidade: duas secadoras de 50 Kg e três secadoras de 20 Kg. Calandragem: Processo destinado a passar as peças, promovendo a termodesinfecção. Durante este processo ocorre a separação de roupas com manchas e com sujidade que serão destinadas ao retorno (roupas que voltam para a área suja e são lavadas no processo de retorno) e separação de roupas destinadas ao setor de costura para a realização de reparos. Equipamento utilizado: calandra com quatro cilindros. Quantidade: uma calandra. Reforma: Conserto das peças danificadas, realizadas no setor de costura. Confecção: Eventualmente, o setor de costura confecciona determinados itens de acordo com a necessidade de cada setor, os quais não são adquiridos por processo licitatório, por exemplo: aventais para uso no isolamento, GMR, conjuntos de pijama infantil, faixas de contenção, propés de tecido, aventais e propés de plástico, cortinas para unidades administrativas, roupas para bebês. Este setor também é responsável pelo revestimento de colchões para o uso dos pacientes. Distribuição: Fornecimento de roupas hospitalares às Unidades do Complexo Famema (Hospital das Clínicas – Unidades I e Materno Infantil, Hemocentro, Ambulatório de Especialidade Mário Covas, Unidade Oftalmológica e CCI Castelinho). As roupas são transportadas da lavanderia do HC para a rouparia do HMI em sacos impermeáveis fechados e em carro próprio para roupa limpa. Ao chegar à rouparia do HMI as roupas são retiradas dos sacos e armazenadas nas prateleiras. A distribuição ocorre de acordo com a necessidade de cada setor. Peças como fraldas, cueiros, conjuntos de bebês são embaladas para posterior distribuição. Esta rouparia é responsável pelo abastecimento dos ambulatórios de pediatria e ginecologia. A rouparia do HMI funciona diariamente das 7h00 às 19h00 horas. Se houver necessidade de buscar roupas após este horário, o enfermeiro responsável pela unidade solicitante deverá entrar em contato com a chefia do Serviço de Processamento de Roupas para solicitar a quantidade necessária e a autorização para abertura da rouparia. Todos os equipamentos da lavanderia são movidos à energia elétrica. Atualmente, o Serviço de Processamento de Roupas conta com um quadro funcional de 43 colaboradores, com horário de funcionamento de 2ª à 6ª feira, das 6 às 23 horas e aos sábados, 54 domingos e feriados, das 6 às 19 horas. O setor de costura funciona de segunda à sexta-feira das 7 às 16 horas. Do total de 43 funcionários, 02 estão fixos na rouparia do HMI e 02 realizam cobertura de folgas. Tabela 20. Produção do Serviço de Processamento de Roupas, 2009. Indicador Total Média Mensal Roupas processadas do HMI 262.849 kg 21.904,08 kg 8.5.2. Atividades desenvolvidas Reuniões de equipe, realizadas a cada dois meses, com o objetivo de promover a integração dos colaboradores, bem como discutir assuntos referentes ao serviço; Reforma de uma lavadora de 100 kg e uma secadora de 50 kg que aguardam instalação; Mudança no processo de lavagem das roupas, substituindo o alvejante clorado pelo alvejante à base de peróxido de hidrogênio e ácido peracético a fim de eliminar as manchas irreversíveis causadas pela reação da clorexidina com o cloro que inutilizavam o enxoval manchado. Com esta alteração houve aumento no valor do kilo da roupa lavada, mas houve também maior durabilidade do enxoval, menor desgaste das roupas e diminuição das baixas no enxoval; Readequação do descarte dos galões dos produtos químicos. Atualmente os galões estão sendo utilizados pelo Serviço de Higiene Hospitalar para o descarte de resíduos químicos do Hemocentro, evitando, assim, o descarte destes galões no meio ambiente; Implantação do uniforme (kit verde) da UTI Pediátrica, UTI Neonatal conforme preconizado na NR- 32; Capacitação dos funcionários da área suja para coletar e processar de maneira adequada as roupas dos pacientes suspeitos e confirmados da Gripe Influenza A (H1N1); Implantação do uniforme (kit verde) na Pediatria e unidade de isolamento no HMI devido ao contato dos funcionários com os pacientes internados com gripe H1N1; Utilização de parte do enxoval do Hospital São Francisco para melhorar o fornecimento para as unidades hospitalares; Mudança do local da rouparia; e Fechamento da portaria da Rua Floriano Peixoto, facilitando a entrada da roupa limpa. 55 8.6. Serviço de Higiene Hospitalar O Objetivo deste serviço é, em parceria com o Serviço de Enfermagem, manter as Unidades do HMI limpas, higienizadas para redução de riscos de contaminação e recontaminação. Os processos de trabalhos de limpeza diária e terminal envolvem o uso de enceradeira industrial, baldes (água limpa e água detergente), removedor de ceras, saponáceo, esponja dupla face, luvas de borracha amarela (uso geral), luvas de borracha laranja (para banheiros), sacos para resíduos, botas de borracha, placas sinalizadora de piso molhado. O Serviço atende a Central de Material; a Limpeza Terminal semanal da Frente de Preparo/Fluxo Laminar (segurança no preparo das infusões/medicações); Marmiteiro (Banho Maria); Depósito Externo de Resíduo de Saúde (container); limpeza diária e terminal (semanal) da UTI Neonatal e UTI Infantil; Limpeza diária das Enfermarias; Limpeza diária e terminal do Isolamento; Limpeza de todos os Banheiros; Limpeza e organização diária e terminal de todos os setores e a Limpeza Terminal do Centro Cirúrgico. No período em questão tivemos algumas alterações na área física como a reforma para a transformação de salas de aula em UTI pediátrica, o que gerou demanda para contratação de 02(dois) funcionários específicos para UTI pediátrica; houve ainda solicitação para fixar 01(um) funcionário para cobrir o Ambulatório da Pediatria e 01(um) funcionário para cobertura de folgas e férias. Continua um déficit de 01(um) funcionário, pois o Ambulatório de Ginecologia continua sem cobertura; a limpeza é feita com funcionários que são remanejados de outros setores, ocasionando, muitas vezes, falhas que poderiam ter sido evitadas. Foi adquirido (por doação) um aspirador de sólidos e líquidos que tem sido de grandes valia principalmente na UTI Neonatal, Centro Obstétrico, Pronto Atendimento Infantil, Frente de Preparo e na Cozinha que são setores que não possuem ralos para drenagem de água. O Serviço foi contemplado também com a doação de uma máquina de lavar sob pressão (lava a jato) que tem sido utilizado nas áreas externas (telas), corredor e na Unidade de Oftalmologia. 56 Na IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) conseguimos com que todos os nossos funcionários e encarregados participassem dos treinamentos, podemos perceber que ficaram sensibilizados para atuar de acordo com o esperado para a função que realizam. No projeto antitabagismo dos 39 funcionários da Higiene Hospitalar 03 são fumantes e se inscreveram para participar do projeto. Nenhum está freqüentando o ambulatório de tabagismo e continuam fumando. Os produtos de limpeza não ficam disponíveis nos setores. Ficam armazenados com a encarregada em uma sala fechada e diariamente são disponibilizados conforme necessidade de cada setor, com isso tem se conseguido reduzir extravios freqüentes dos gêneros de limpeza ou desperdício. Foram elaboradas diversas rotinas: lavação de saboneteiras, lavação dos banheiros, limpeza geral, limpeza de isolamento, separação acondicionamento de resíduos e coleta de resíduo. Foi implantada no HMI coleta de resíduos altamente infectantes na agência transfusional, onde os resíduos contendo mais que 50 ml de sangue ou hemoderivado é descartado em sacos vermelhos que são encaminhados para autoclavação no Hemocentro e daí para a destinação final em saco branco. Implantamos também coleta de resíduos químicos, que são descartados em bombonas plásticas identificados e colocados em sacos específicos (pardos ou laranja) para serem encaminhados para incineração. Os pisos do Serviço de Urgência e Berçários, recentemente trocados são pisos de difícil manuseio e conservação. Sugerimos que seja feito uma padronização de pisos, não só pela estética, mas pensando também em facilidade de conservação, resistência e durabilidade. O Serviço continua aguardando a reforma do depósito de resíduos, pois os recicláveis ficam no tempo. No período de novembro de 2008 a outubro de 2009 tivemos uma quantidade de 20.675 kg; valores informados pela Empresa Sterlix que faz a pesagem dos resíduos. Faz-se necessário a aquisição de uma balança para conferência da pesagem dos resíduos. No mês de outubro aproximadamente R$ 2.000,00 foram utilizados para compra de materiais como: saboneteiras, porta papel toalha, porta papel higiênico, baldes e lixeiras com pedal e tampa. 57 8.7. Unidade de Produção “Centro Cirúrgico” O Centro Cirúrgico do HMI atende as disciplinas da Famema que realizam cirurgias infantis, tais como Ortopedia-Traumatologia, Cirurgia Pediátrica, Otorrinolaringologia, dente outras; Gineco-Obstetrícia, Oftalmologia e outras disciplinas cirúrgicas da Instituição. Neste ano foi transferido do HCI para o HCII um Intensificador de Imagem que trouxe qualificação aos procedimentos cirúrgicos realizados (melhoria da imagem e qualidade nos atos cirúrgicos), além de diminuir o transporte intra-hospitalar das crianças que necessitavam de procedimentos cirúrgicos. Com relação à equipe houve mudanças a partir de avaliação dos perfis profissionais o que proporcionou uma melhor adequação do quadro de enfermagem. Tabela 21. Movimento do Centro Cirúrgico, 2009. Tipo de Cirurgia Número Indicador Cirurgias Programadas 2.155 18,5% de Cirurgias Suspensas Cirurgias Suspensas 491 Tipo de Cirurgia Número Indicador Cirurgias Eletivas 1.988 80,6% Cirurgias de Urgência 478 19,4% Total 2.466 100,0% Tipo de Cirurgia Número Indicador Cirurgias Encaixadas 802 32,5% Fonte: Mapas Cirúrgicos/CC-HMI É possível observar nos dados acima a necessidade de otimização da utilização do Centro Cirúrgico em função do elevado percentual de cirurgias encaixadas e suspensas, o que traz dificuldades na organização e operacionalização da Unidade. 8.8. Serviço de Imagem A estrutura física do serviço não sofreu mudanças. O serviço recebeu um equipamento de Raios-X portátil que foi alocado na UTI Pediátrica. 58 Foi transferido da Unidade Clínico Cirúrgica um Aparelho Portátil Arco Cirúrgico para viabilizar a realização dos procedimentos cirúrgicos da Ortopedia, dentre outros. Com relação à Equipe de Técnicos temos 05 para cobertura das 7h00 às 0h00. Para os técnicos que trabalham das 19h00 às 7h00, foi implantada uma hora de descanso por força de lei. Temos dificuldades quando o técnico é requisitado no Centro Cirúrgico, pois ocorre atraso na realização dos exames de rotina e urgência. Frequentemente se faz necessário acionar um profissional extra. 8.9. Patologia Clínica A Unidade Materno Infantil tem suporte laboratorial feito pelo Laboratório do Hemocentro. Os exames são coletados no HMI e transportados para o Hemocentro. Dispõe de áreas destinadas aos setores de Bioquímica, Urinálise, Hematologia, Coagulação, Microbiologia, Imunologia, Parasitologia. São realizados exames de pacientes internados, ambulatórios, serviços de urgência. Foram realizados 798.651 exames no período deste Relatório. Não está individualizado o montante feito para pacientes do HMI. Tabela 22. Produção Laboratorial segundo origem. Hemocentro, novembro de 2008 a outubro de 2009. Origem Ambulatório da Instituição Número e % 338.660 (42,4%) Pacientes Internados 172.399 (21,6%) Rede Básica – Marília 215.087 (26,9%) Ambulatório Externo – DRS-IX 72.505 (9,1%) TOTAL 798.651 (100%) Fonte: Hemocentro/Famema O Laboratório participa do Controle de Qualidade Externo, PNCQ - Programa Nacional de Controle de Qualidade, patrocinado pela SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, obtendo em todas as Avaliações Mensais o nível de EXCELENTE. 9. ATIVIDADES ACADÊMICAS 59 9.1. Enfermagem As atividades desenvolvidas no HMI relacionadas ao ensino da enfermagem são: Estágio de graduação supervisionado da Unidade Prática Profissional do 3º ano “Cuidado ao indivíduo hospitalizado”, de segunda a quinta-feira na Pediatria, Maternidade, Centro Obstétrico e Centro Cirúrgico (quando o estudante cuida de crianças que irão para cirurgia), com a supervisão docente da série; e As docentes da 3ª série do Curso de Enfermagem participam ainda dos grupos de trabalho IHAC e Grupo de Apoio à Sistematização – GAS, apoiando a equipe de enfermagem do HMI. 9.2. Fisioterapia Há 05 anos em parceria com a FUNDAP, está sendo desenvolvido na Famema, o Programa de Aprimoramento Multiprofissional em Saúde da Família. O programa propicia o aprimoramento a várias especialidades, havendo atuação de um fisioterapeuta nas preceptorias dos profissionais fisioterapeutas. 9.3. Centro Obstétrico e Enfermarias de Ginecologia e Obstetrícia A Unidade de Produção Centro Obstétrico é campo de estágio para graduação de enfermagem (3º ano), graduação médica (5 e 6º ano) e pós-graduação, na modalidade residência médica, nas áreas de pediatria e ginecologia. As Enfermarias de Ginecologia e Obstetrícia recebem estudantes dos Cursos Técnicos, de pósgraduação e de graduação apenas na Enfermaria de Obstetrícia. 9.4. Serviço de Imagem O serviço conta com atividades de ensino de pós-graduação, modalidade residência médica, na área de radiologia. 9.5. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Dentre as atividades desenvolvidas destaca-se: Estágios optativos: no período realizaram estágio dois acadêmicos da medicina e um da enfermagem; Estágio de UTI pediátrica do residente de pediatria do segundo ano; Estágio optativo para o residente de pediatria: dois residentes realizaram; e 60 Discussões semanais com sexto ano – internato, realizado duas vezes por semana. 9.6. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal A Unidade constitui-se em cenário de prática para estágios eletivos e/ou voluntário para graduação de enfermagem (3º e 4º ano) e estágio voluntário para enfermeiros e estudantes de pós-graduação, modalidade residência Médica na área de Pediatria. 9.7. Residência Médica Segue a situação de Vagas credenciadas segundo especialidade. Tabela 23. Vagas Oferecidas de Residência Médica segundo especialidade e situação de credenciamento. COREME, 2009. Especialidade Duração Vagas Vagas Situação do (anos) Credenciadas Oferecidas Programa Gineco-Obstetrícia 03 04 04 credenciado Pediatria 02 06 06 credenciado Psiquiatria 03 04 04 credenciado Oftalmologia 05 05 05 credenciado Anestesiologia 03 03 03 credenciado Radiologia 03 03 03 credenciado 25 25 credenciados Total Fonte: COREME/Famema 10. ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE/CONTINUADA E EXTENSÃO As atividades de Educação Continuada e Permanente vêm ocorrendo sem uma sistematização da identificação das necessidades. Temos uma proposta de criação do Núcleo de Educação Permanente, Ensino, Extensão e Pesquisa da Unidade Materno Infantil, buscando o fortalecimento de processos de reflexão da prática, articulação ensino-serviço e pesquisas aplicadas à Gestão da Clínica no cenário hospitalar. Neste sentido, pensando uma Política de Educação Permanente para a Unidade Materno Infantil, iniciaram-se as atividades de Educação Permanente com a Equipe Multiprofissional que atua na 61 Unidade de Produção da Ginecologia e Obstetrícia, através da formação de 02 grupos com periodicidade mensal. 10.1. Área da Enfermagem As atividades de Educação Continuada e Permanente podem ser visualizadas no quadro abaixo Quadro 1. Atividades de Capacitação segundo concepção pedagógica, temática e mês. Serviço de Enfermagem do HMI, 2009. Mês/2008 e 2009 Novembro/2008 Maio • • • • • • • • • • • • • • • • Junho • • Janeiro Fevereiro Março a Maio Março Março e Abril Abril • • Julho Setembro Outubro • • • • • • Atividade Atendimento às vítimas de queimaduras Higiene Hospitalar Pesagem em Pediatria Dinâmica de Integração Treinamento de Punção e Manuseio com o Port-a-cath Admissão em Pediatria Medidas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar Treinamento do Respirador Takaoka Denver Capacitação do Exame Físico e Anamnese Orientações sobre os Dez Passos para o Sucesso do A. Materno Auto estima e motivação Orientações sobre Isolamento e Precauções Treinamento sobre o Manuseio da Bomba de Infusão da Baxter Treinamento sobre o Manuseio do Óxido Nítrico Prevenção de incidentes com cateter venoso central em RNs II Semana de Enfermagem do HMI: A Enfermagem na Ambiência e Humanização do Cuidado Descarte correto em coletor de perfuro cortantes NR32 Orientações sobre o Protocolo de Manejo da Gripe Influenza A (H1N1) Treinamento sobre Sedação e Analgesia na UTI Pediátrica Administração de medicamentos em bureta e anotação de enfermagem Punção com JELCO N Orientações sobre o Protocolo de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual Treinamento do cateter Periférico de Segurança BD-IAG Rotina de Alta Hospitalar Descarte de conteúdo de drenos fechados Treinamento em Organização de Serviço para enfrentamento da Dengue Grupo de Educação Permanente em Serviço Encontro Semanal às 3ª • feiras Encontro Quinzenal às 3ª • Grupo de Apoio à Sistematização da Assistência de Enfermagem feiras O processo de Educação Permanente da Enfermagem do HMI busca melhorar as relações interpessoais e o processo de comunicação, identificando o grau de satisfação da equipe de 62 Enfermagem visando novas convivências e práticas. Também transformar a prática aproximando a equipe de enfermagem de marcos necessários à reforma da produção em saúde. Ocorre em encontros semanais, com duração de uma hora sendo que todos os enfermeiros são convidados, e tendo a participação da maioria. De início coordenado por uma enfermeira que compunha o grupo e após consenso passou a ser mediado por uma psicóloga. Surgiu a proposta de realizarmos um levantamento do índice de satisfação dos funcionários da Enfermagem através da aplicação de um questionário. O resultado da aplicação do questionário o grupo identificou áreas fragilizadas. As sugestões apontadas como estratégias para intervenções visando melhorias na ambiência hospitalar frisavam a necessidade de melhorias físicas, da necessidade da educação em serviço mais freqüente e garantia de espaço na equipe. Nessa perspectiva, o grupo de Educação Permanente tem almejado incorporar em seu cotidiano de trabalho a reflexão da prática como “elementos essenciais para a superação dos limites da formação e das práticas tradicionais de saúde, como: acolhimento, vínculo entre usuários e equipes, responsabilização, desenvolvimento da autonomia dos usuários e resolutividade da atenção à saúde”. Educar permanentemente é um critério eficaz da gestão de equipes e de serviços, em qualquer espaço onde o trabalho em saúde se realize e isto é o que esta equipe de enfermeiros acredita e que, segundo Merhy, 2005, o analisador tem de ter a potência de expor o trabalho vivo em ato para a própria auto-análise e pedagogicamente abrir espaços relacionais para poder se falar e se implicar com isso. Embora ainda nos primeiros passos, o grupo valoriza essa prática e mantém essa atividade da Educação Permanente como eixo ordenador de ações. No período foram realizados 11 Encontros de Educação Permanente. As Atividades de Educação Permanente dos enfermeiros foram reorganizadas, com a formação de 04 grupos, visando contemplar a totalidade dos enfermeiros. Atividades de Extensão realizadas: Finalista do 1º Prêmio Inovação Medical Services Sanofi - aventis: novos caminhos em Saúde Pública, em 09 de junho; Apresentação de trabalho no III Simpósio de Terapia Intravenosa com o tema: “Implantação de um grupo multiprofissional para prevenção de infecção na corrente sanguínea relacionada a acesso venoso”, em 14 e 15 de agosto; 63 Apresentação de trabalho no III Simpósio de Terapia Intravenosa com o tema: “Selo Antimicrobiano: relato de caso” em 14 e 15 de agosto; Realização de Palestra na VIII Semana de Enfermagem da ETEC “Antônio Devisate” com o tema: “Atualização Terapêutica em Feridas”, em 28 de abril; Realização de Palestra na UNIMAR com o tema: “Assistência de Enfermagem ao paciente oncológico na lógica da Humanização”, em 05, 06 e 07 de maio; Realização de Palestra na Semana de Enfermagem do SENAC com o tema: “O cuidar e a cidadania”, em 15 de maio; Participação na TVC - Programa Mundo da Criança com o tema: “Etiqueta respiratória na prevenção da gripe A (H1N1)”, em 27 de junho; Realização de palestra na 2ª Capacitação de voluntários contadores de histórias para atuação nos hospitais do Projeto Viva e Deixe Viver, com o tema; “Conhecendo o Hospital - convivendo bem na Pediatria”, em 04 de agosto; Realização de Palestra na SANTA CASA DE MARÍLIA com o tema: “Cuidado Integral”, em 27 de agosto; Apresentação de trabalho no III Congresso Brasileiro de Enfermagem Pediátrica e Neonatal em Florianópolis/SC com o tema: “Sistematizando o cuidado de crianças com agravo respiratório” de 5 a 8 de outubro; 10.2. Área da Alimentação e Nutrição As atividades de aulas, palestras, participação em curso da equipe técnica da Nutrição totalizam 05 atividades, sendo que destas 99% foram solicitações internas e 1% externas. Dentre as atividades, temos as abaixo relacionadas: Ações de capacitação enquanto membro do Grupo de Iniciativa Hospital Amigo da Criança; Atividades de Educação Continuada para a Equipe de Enfermagem envolvida no processo de trabalho do Lactário; Capacitação Técnica anual, no período de 10 de setembro a 04 de dezembro de 2009, direcionada aos funcionários da Unidade de Alimentação e Nutrição do HCI, HCII, Hemocentro e CCI. O Curso abordou a seguinte temática: Qualidade em Unidade de Alimentação e Nutrição, Qualidade como forma de agregar valor, Atendimento ao Cliente, Importância da Qualidade de Vida na Saúde, Responsabilização, Gerenciamento de Conflitos e Segurança Alimentar. A capacitação foi conduzida pela Equipe da UAN com a participação de convidados de outras áreas institucionais; Reunião Clínica semanal com apresentação de artigos científicos e casos clínicos, visando atualização e uniformidade de condutas da Equipe de Nutrição; e 64 10 participações em Cursos e/ou Congressos visando o aprimoramento profissional da Equipe da UAN. 10.3. Área da Farmácia Hospitalar Foi realizada Capacitação em Nutrição Enteral para 01 técnica e 03 auxiliares de farmácia, totalizando uma carga horária de 80 horas. 10.4. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Dentre as atividades de qualificação profissional podemos destacar: O trabalho do Grupo Multidisciplinar de prevenção e controle dos acidentes biológicos com a realização de treinamento para os colaboradores do Complexo Famema, e com o Grupo Pro-Cath grupo multidisciplinar para prevenção e controle de infecção relacionada a cateter, composto por enfermeiras da UTI Infantil e UTI Neo, Pronto Socorro Infantil, Pediatria, SCIH do HCI e HCII e Chefia de Enfermagem do HCII. As atividades foram reuniões quinzenais para estudos e elaboração dos Procedimentos Operacionais (PO) de Punção de Port-a-cath, Administração de Medicamento, Coleta de sangue e Heparinização do Port-acat; como também a capacitação da equipe de Enfermagem do HCI e HCII; elaboração de PO relacionados à Intracath e íntima; Dois representantes do Grupo Multidisciplinar de prevenção e controle dos acidentes biológicos participaram do III Simpósio de Terapia Endovenosa realizado nos dias 14 e 15 de agosto de 2009 em São Paulo com a apresentação do Trabalho Científico com o tema “Implantação de um Grupo Multiprofissional para Prevenção de Infecção relacionada ao acesso venoso”; Organização do I Curso de Qualificação em Inserção, Utilização e Cuidados com Cateter Venoso Central de Inserção Periférica – CCIP adulto pediátrico/neonatal realizado nos dias 16 e17 de maio de 2009 – Marília; Organização da I e II Capacitação sobre manuseio e cuidados do paciente com Port-a-cath realizado nos dias 16 de abril e 17 de junho de 2009 – Marília. Realização de educação em serviço referente a temática da prevenção e controle dos acidentes biológicos; Participação no XI Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar com a apresentação de Trabalhos Científicos “Perfil de Sensibilidade de Microorganismos em Unidades de Terapia Intensiva” e Impacto de Vigilância pós alta em cirurgias limpas”, realizado no período de 20 a 23 de novembro de 2008 – Rio de Janeiro; e 65 Atividades de educação continuada e em serviço dos alunos, residentes e funcionários no tema Prevenção de Infecção Hospitalar e Influenza A H1N1. 10.5. Unidade de Produção Centro Cirúrgico A Equipe participou das seguintes atividades de Educação Permanente/Continuada: Grupo de Apoio à Sistematização (GAS): encontros quinzenais junto à Chefia de Enfermagem e com apoio da academia, objetivando a utilização desta ferramenta na gestão. A expectativa é que a equipe possa se instrumentalizar e desenvolver a SAE através do NANDA-NIC-NOC. Educação Permanente do Serviço: encontros quinzenais com o enfermeiro facilitado por uma psicóloga, com o objetivo de melhorar as relações interpessoais e o processo de trabalho, com conseqüente processo de comunicação mais claro e objetivo. 10.6. Serviço de Fisioterapia Desde fevereiro de 2009, na lógica de Educação Permanente, têm se reunido, uma vez por semana, às terças-feiras, sob a coordenação de uma facilitadora, profissionais de várias áreas, com a finalidade de apoiar os processos grupais nos processos de trabalho. Desde o início das atividades, a fisioterapeuta encarregada do serviço de fisioterapia, tem participado efetivamente, o que muito tem contribuído na atuação com os membros de sua equipe. 10.7. Serviço de Limpeza Hospitalar Foram realizados treinamentos para todos os funcionários, sobre limpeza geral, lavagem de banheiros, descarte de resíduos, H1N1 e lavagem de mãos. Por solicitação da chefia de enfermagem o serviço realizou treinamento para todos os funcionários da enfermagem que foram admitidos sobre descarte/segregação dos resíduos de saúde. 10.8. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica São desenvolvidas atividades de Educação Continuada com a equipe de enfermagem. Além disto, ocorrem participações em eventos organizados pelos estudantes como Liga de Pediatria e Congresso Médico Acadêmico. 66 Atividade de Educação Continuada na temática de Manejo Clínico e Encerramento de Casos de Febre Hemorrágica da Dengue no Estado de São Paulo (dois profissionais médicos). 10.8.1. Produção Científica Em desenvolvimento o projeto “Hiperglicemia em crianças criticamente enfermas” em parceria com a UTI pediátrica da UNESP; Avaliação para implantação do projeto “Comparação da Ventilação Mecânica Mandatória Intermitente Sincronizada e Ventilação com Pressão Controlada e Volume Corrente Alvo na UTI pediátrica”; Apresentação no Congresso Brasileiro de Pediatria realizado em Brasília, “Relato de caso: Uso da insuflação traqueal de gás para controle de hipercapnia importante em paciente com bronquiolite”; Apresentação no Congresso Paulista de Terapia Intensiva em Campos do Jordão do trabalho “Comparação entre ventilação mecânica convencional protetora e ventilação oscilatória de alta freqüência, associadas ao NOi, quanto aos efeitos sobre oxigenação,lesão histológica e dano oxidativo pulmonar, em modelo de SDRA induzida em coelhos”; Apresentação no Congresso Mundial das Sociedades de Terapia Intensiva Em FlorençaItália do trabalho “Inhaled nitric oxide attenuates lung injury in a saline-lavaged rabbit model of ARDS”; Publicação na Revista Minerva Anestesiológica (revista européia indexada): Inhaled nitric oxide attenuates lung injury in a saline-lavaged rabbit model of ARDS;e Publicação no Critical Care Medicine (5,6 de impacto): High-frequency oscillatory ventilation attenuates oxidative and histopathological lung injury in a saline-lavaged rabbit model of ARDS. 10.9. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal Foi iniciado um processo de educação continuada da equipe de trabalho, com avaliação teóricoprático, através da utilização de casos clínicos como disparador. 10.10. Núcleo de Acolhimento 67 Revisão e treinamento para a equipe da unidade de urgência no “Protocolo de Atendimento à Mulher Vítima de Violência”; Realização do Curso de Acolhimento 2008 (novembro-dezembro/2008) com o objetivo de proporcionar aos colaboradores da área um momento acolhedor através de uma relação de respeito, cidadania e valorização humana. O curso contou com os seguintes temas: AutoEstima; Controle da Ansiedade; Relações Humanas; Motivação; Ética; Identificando a sua Personalidade; Avaliação de Desempenho; Retrospectiva 2008; e Planejamento 2009; e Organização e realização dos treinamentos de “Acolhimento aos Novos Colaboradores”. 11. ATIVIDADES DE APOIO ADMINISTRATIVO 11.1. Faturamento de Serviços Particulares e de Convênios 11.1.1. Análise quanti-qualitativa O Setor responsável pelo faturamento de todo o complexo Famema, localizado no HMI, realiza todos os procedimentos administrativos necessários para o recebimento das faturas das atividades desenvolvidos na área assistencial a pacientes particulares e conveniados. A área de Faturamento atua nas principais ações da Instituição, com enfoque maior para aquelas relacionadas ao gerenciamento e captação de recursos para fomentar as suas atividades-fins, ou seja, o ensino, a pesquisa e a prestação de serviços de saúde à população. No Quadro e Gráfico abaixo pode ser visualizada a produção deste setor. Quadro 2. Produção Físico-Financeira de Atendimentos Particulares e de Convênios. Setor de Faturamento, HMI, 2009. Tipo de Atendimento Internações UNIMED Nº. Valor (R$) 442 346.821,44 Convênio Outros Convênios Nº. Valor (R$) 28 44.361,82 Particular Nº. Valor (R$) Nº. Total Valor (R$) 191 661 545.709,07 154.525,81 68 Procedimentos Ambulatoriais Urgência Pediátrica Urgência GinecoObstétrica Urgência Oftalmológica Serviços de Imagem na Urgência Serviços de Patologia Clínica na Urgência Exames Tococardiog. na Urgência Exames de Urodinâmica Total Percentual (%) 67 6.528,12 11 2.270,63 - - 78 8.798,75 467 13.589,35 - - - - 467 13.598,35 418 14.095,10 - - - - 418 14.095,10 1.364 33.008,20 - - - - 1.364 33.008,20 324 9.728,23 - - - - 324 9.728,23 753 6.692,64 - - - - 753 6.692,64 12 300,00 - - - - 12 300,00 5 425,81 - - - - 5 425,81 3.852 431.188,89 39 46.632,45 191 154.525,81 4.082 632.347,15 94,4% 68,2% 0,9% 7,4% 4,7% 24,4% 100% 100% Fonte: Faturamento – Convênios/ Particulares – HMI. Figura 9. Origem das não SUS O faturamento Institucional relativo aos atendimentos particulares e de convênios no período destacado foi de R$ 3.326.123,70, o que representou um aumento de 12,37% no valor faturado/receita em relação ao período anterior que foi de R$ 2.960.000,00. É importante destacar que do total faturado na Instituição, R$ 2.440.795,93 corresponde ao faturamento de Convênios e R$ 885.327,77 ao faturamento de Particulares. Do total faturado na instituição 19,01%, ou seja, R$ 632.347,15 corresponde à produção do Hospital Materno- 69 Infantil e Ambulatório de Oftalmologia. No HMI R$ 477.821,34 (19,58%) dos atendimentos foram prestados aos beneficiários de Convênios e R$ 154.525,81 (17,45%) dos atendimentos foram prestados a pacientes particulares. O aumento da produção/receita na área de atendimentos Particulares e de Convênios não foi mais representativo devido à capacidade operacional da instituição ter sido utilizada na sua totalidade, além da falta de investimentos em algumas áreas assistenciais importantes, por exemplo, a ala destinada às internações de pacientes particulares e de convênios no HMI. A busca por fontes alternativas de receita é um dos elementos fundamentais para o estabelecimento de uma parceria público-privada. Assim, a Instituição tem promovido a implementação e a consolidação de atividades que atendam a essa premissa, como no setor de oncologia que, com a aquisição de novos equipamentos já duplicaram o número de atendimentos a partir de julho/2009 e deve crescer consideravelmente nos próximos meses. O gerenciamento e controle do atendimento prestado a pacientes particulares e de convênios no âmbito dos hospitais e serviços afins foi uma estratégia utilizada pela Instituição através do Setor de Faturamento para a verificação dos recursos ali gerados e, a readequação dos atendimentos, das necessidades, bem como a criação de programas voltados a esses fins; mas a efetivação das ações não está ocorrendo na mesma proporção das necessidades. As ações propostas no Plano de Desenvolvimento Institucional para 2009 do HMI, por motivos diversos, ou seja, falta de disponibilidade financeira/orçamentária, necessidade de viabilização de outras ações mais urgentes, entre outras justificativas que são do conhecimento de todos, em sua maioria não foi atendida. Apenas executado os seguintes itens: Cadeiras giratórias e uma mesa; Conserto das campainhas e colocação da extensão para facilitar a utilização, mas já estão apresentando defeito; foram remanejadas algumas cadeiras para acompanhantes, mas são usadas e precisam de manutenção constantemente. 11.1.2. Rotinas e Protocolos Após assumir o controle do faturamento e de contratos dos hemocomponentes e realização de exames sorológicos disponibilizados a usuários não SUS do Hemocentro, houve necessidade de reestruturação do setor e, atendendo às demandas do Grupo Gestor da Qualidade – ISSO revisamos os processos de trabalho, reescrevemos os procedimentos operacionais e manuais de 70 cada serviço envolvido com o atendimento de beneficiários particulares e de convênios, o que promoveu uma análise geral dos serviços, o levantamento das necessidades de ações e o planejamento das mesmas. A experiência nos motivou a revisar as rotinas e protocolos do setor de faturamento de particulares e de convênios e a reescrever os procedimentos operacionais e manuais nos modelos propostos pelo GGQ, mesmo não estando o setor sujeito às avaliações da ISO. Em cumprimento às demandas geradas foram desenvolvidos treinamentos para os procedimentos operacionais e manuais com o pessoal de atendimento e de faturamento e, posteriormente a verificação da eficácia dos instrumentos. Durante o ano de 2009 foram realizados os seguintes treinamentos com os funcionários do setor: 25/05/2009 – Treinamento dos Procedimentos Operacionais do Setor de Convênios nº. 001, 002, 003 e SIPOC I – Gestão da Administração (SIPOC = S - Supplier (fornecedor), I – Imput (entrada), P – Process (processo), O – Out Put (saída), C – Custumer’s (cliente); 26/05/2009 – Treinamento do SIPOC II – Gestão da Qualidade e da NBB – Normas Básicas de Biossegurança; Foram planejados outros treinamentos para revisão e aprimoramento do Sistema TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar) para os módulos de atendimento e de faturamento, mas como não houve a implementação das ações, não houve alteração no processo de trabalho e, consequentemente não houve necessidade de treinamento. Com a implantação do padrão TISS - Troca de Informação em Saúde Suplementar estabelecido pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar para registro e intercâmbio de dados entre operadoras de planos privados de assistência à saúde e prestadores de serviços, foram revistos os manuais com as orientações sobre atendimento, faturamento e execução dos trabalhos, os manuais e orientações foram apresentados aos profissionais envolvidos e, após os treinamentos, foram revisados de acordo com as necessidades. Com relação ao aplicativo desenvolvido pelo NTI, o mesmo necessita de revisão periódica da versão e aprimoramento para que possa atender na íntegra ao programa da ANS, o que não foi possível até o momento, sendo priorizado o faturamento integrado ao Sistema Hospitalar com o padrão XML. 71 Houve necessidade de investimento em equipamentos de informática para que o programa da ANS pudesse ser implantado mesmo que parcialmente nos diversos serviços como: faturamento, internações, laboratórios, atendimentos de urgência e emergência, quimioterapia, radioterapia, imagem, endoscopia, entre outros, o que aconteceu durante o ano de 2008. Mensalmente o setor envia dados da produção às diversas áreas da Instituição, como Diretorias, Contabilidade, Núcleo Técnico de Informação e Chefia do Faturamento, democratizando as informações e auxiliando na tomada de decisões. Realizamos ainda, mensalmente, a alimentação dos dados do Programa do Ministério da Saúde – Sistemas DATASUS – Programa de Registro, Validação e Envio de CIHs (Controle de Internações Hospitalares) dos pacientes particulares e de convênios. 11.1.3. Avaliação Funcional Como mecanismo de apoio foi incorporado ao sistema de gerenciamento de pessoal instrumento de Avaliação Funcional – um para o período de experiência do funcionário e outros dois modelos para utilização a todos os profissionais que atuam junto ao setor de faturamento de particulares e convênios. Os modelos são alterados sempre que necessário, ou seja, para a adaptação ao processo de trabalho e capacitação da equipe. Um dos instrumentos utilizados é o de auto-avaliação do profissional, que contempla a avaliação da chefia imediata. A utilização dos instrumentos propiciou uma análise ampla sobre o comportamento e atitudes de cada um, com uma reflexão muito adequada para ambos – chefia e funcionários - sobre o se espera do outro no que se refere ao desempenho das funções e no relacionamento com o cliente interno e externo. Os instrumentos foram criados pela chefia do setor e enviados para análise do Setor de Desenvolvimento de Pessoal e, posteriormente disponibilizado a outros setores para adequação e utilização. 11.2. Serviço de Zeladoria A Equipe do Serviço tem como atribuições: Zelar pelo bem-estar das comunidades, usuários e funcionários. Recepção dos pacientes e familiares, encaminhando-os aos serviços / setores desejados; 72 Controlar o fluxo de entrada e saída, portarias e movimentação na Unidade Materno Infantil e Unidade Oftalmológica; Controlar e identificar, através do uso obrigatório de crachás de identificação, de funcionários, médicos, estudantes e visitas aos pacientes e administrativas; Comprar, controlar estoque e distribuir todos os gases medicinais, tais como Oxigênio Líquido (tanques), Oxigênio Gasoso em cilindros, Óxido Nitroso, Dióxido de Carbono, Gases com Mistura Especiais para laboratórios, Óxido Nítrico, Nitrogênio gasoso em cilindro, Nitrogênio Líquido para laboratórios de pesquisas e ambulatórios, Acetileno, Ar Comprimido Sintético em cilindro, dentre outros; Comprar, controlar estoque e distribuir Gás G.L.P em cilindros de 13kg e 45kg para cozinhas da Unidade Materno Infantil e demais usuários do produto; Executar serviços e manutenção dos elevadores da Unidade Materno Infantil; Controlar, receber e liberar pacientes que foram a óbitos na Unidade Materno Infantil; Controlar e manter a câmara fria para cadáveres, controle e guarda das fichas numeradas das Guias de Recolhimento de Óbitos; Controlar e acompanhar o sistema de detetização em todas as unidades executando aplicações de 06 em 06 meses; e Controlar o sistema de alarme das unidades externas com monitoramento via fone para Zeladoria - via discadora P.A.B.X. Na Unidade Materno Infantil foi fechada a portaria da Rua Floriano Peixoto, a partir de 01 de agosto de 2009, o que possibilitou ficar com apenas duas entradas, o que vem facilitando o controle do fluxo de entrada e saída de visitantes e funcionários. O Setor está provisoriamente no saguão da portaria Carlos Gomes, pois não no momento não há sala adequada para instalar o Serviço de Zeladoria o que dificulta a guarda de materiais e controlar os malotes entre unidades. O Serviço realiza reuniões periódicas para troca de idéias e inter-relacionamento entre funcionários e correção de algo que esteja ocorrendo, para um bom andamento das atividades. 11.3. Divisão de Manutenção Segue as atividades desenvolvidas pelos Serviços de Infra Estrutura, Engenharia, Manutenção Civil e Elétrica, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009, na Unidade Materno Infantil, Ambulatórios de Gineco-Obstetrícia e Pediatria, Oficina Terapêutica e CAPS-AD. 73 11.3.1. Unidade Materno Infantil - Portarias Reforma geral da portaria da Rua Sampaio Vidal, com pintura da fachada, troca do piso interno, construção de trocador, relocação da recepção, demolição de paredes e pintura geral; Impermeabilização da laje e colocação de rufo da recepção da Rua Carlos Gomes; Troca das muflas da entrada de energia pela Sampaio Vidal, com limpeza geral da cabine onde está instalado o trafo; Abertura de rasgo externo e do lado (acesso da saúde mental) para alimentação através do gerador do compressor de ar medicinal; Retirada com fechamento de uma abertura de caixilho na sala das máquinas de atendimento bancário, para possibilitar a construção da guarita do compressor; Troca da porta de acesso à casa do gerador; Retirada de uma bandeira superior da divisória de acesso aos quiosques, para melhoria de ventilação; Construção de grelha antiderrapante no acesso às máquinas bancárias, devido à passagem na canaleta aberta dos cabos do novo gerador; e Reforma e adaptação dos banheiros na recepção da Carlos Gomes. 11.3.2. Unidade de Urgência Pintura de 16 salas de atendimento e 43 portas; Pintura da Sala de Emergência; e Pintura do corredor do PS até entrada do relógio e Ginecologia. 11.3.3. Unidade de Pediatria Tubulação do Sistema de Incêndio fazendo ligação até a nova UTI Infantil; Pintura de 03 salas do Ambulatório; Reparos nas juntas das mantas vinílicas aplicadas no corredor do PAI; Reforma de dois banheiros, transformando-os em DML e expurgo; Reforma geral das instalações sanitárias da sala da psicóloga infantil; Colocação de telas contra pombos na sala administrativa e dos residentes do corredor do ambulatório e internação infantil; Colocação de porta em vidro temperado na entrada do corredor; Execução de reforma geral do quarto do plantonista, transformando-o em brinquedoteca; Troca geral de pisos (esmaltado PI IV) dos quartos, banheiros e corredores; Colocação de porta de correr em vidro temperado na sala dos médicos no corredor do PAI; 74 Reforma da sala de espera, de prescrição e refeitório (inclusive WC); Reforma da sala do quadro de telefonia, lógica, adaptando-a para consultório de triagem ambulatorial; Colocação de porta de correr, em vidro temperado, no acesso da recepção (Sampaio Vidal); Reforma geral da recepção pela Sampaio Vidal, construção de trocador e melhoria do WC, colocação de forro e pintura geral; Reparos no telhado do PAI devido infiltração por falta de vedação e limpeza de calhas; Mudança do ambulatório da Pediatria da esquina da Sampaio Vidal com Floriano, para o novo da Rua Marechal; Instalação de toldos no pátio interno e do fundo e fechamento com divisórias em PVC na antiga garagem transformada em recepção; e Passagem aérea de cabos de lógica e telefonia pelo estacionamento, entre o prédio do HMI até o novo ambulatório da Pediatria, que melhor adaptá-lo houve necessidade de executarmos os seguintes serviços: - colocação de novas luminárias; - instalação de ventiladores de teto; - execução de toda rede elétrica necessária, tanto interna quanto externamente; - instalação de tomadas e interruptores; - retiradas de lustres e luminosos; - instalação de um tanque para higiene das mães e suas crianças; - revisão dos chuveiros e demais dispositivos elétricos; - readequação dos quadros de disjuntores, com troca de alguns; e - fechamento de um cano utilizado na parte superior onde existia consultório odontológico. 11.3.4. Ambulatório de Gineco-Obstetrícia Pintura geral da parte interna; Ligação de um bebedor na área da recepção; Instalação de um tanque no corredor lateral na parte dos fundos; Readequação das instalações elétricas para compatibilização com a finalidade do uso; Instalações de interruptores, tomadas e ventiladores nos compartimentos internos; Instalação de toda rede lógica e de telefonia nos pontos solicitados; Confecção de um portão vasado e tubular em uma folha nas entradas do hall; e Troca de todo o telhado, incluindo ripas, caibros, calhas e tabeiras (serviços de terceiros). 75 11.3.5. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal Colocação de duas portas em vidro temperado, uma no acesso ao centro cirúrgico e outra na UTI; Troca da divisória da copa dos funcionários; Remoção de porta dupla do corredor de acesso ao CC; Instalação de um lavatório dentro da UTI; Colocação de bancada e reforma de WC do berçário; e Pintura interna do corredor central. 11.3.6. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Execução do silencioso e tubulação de escapamento dos gases do gerador até acima do telhado; Colocação de placas de comunicação visual; Instalação elétrica da cabina da central de ar condicionado; Acompanhamento da instalação das réguas de gases medicinais, inclusive os testes de funcionamento; Revisão e adequação da rede elétrica sobre o forro e compatibilização com o projeto elétrico; Adaptação do barramento dos quadros normal e emergencial, criando condições para melhor fixação dos disjuntores; Interligação com a rede de incêndio, com colocação de caixa do hidrante, mangueira e tubo de descida do reservatório superior. 11.3.7. Refeitório Cobertura do corredor de acesso e execução de rampa; e Troca de resistência do aquecedor de marmitas. 11.3.8. Farmácia Hospitalar Bancada e mesa de suporte da frente de preparo; Colocação de bancadas nas estruturas de algumas prateleiras; Instalação de aparelhos de ar condicionado; e Colocação de fórmica nas bancadas. 76 11.3.9. Unidade de Alimentação e Nutrição Substituição da resistência do banho-maria; Melhoria da parte hidráulica de um ralo e da descarga de água de uma panela de cozimento; Mudança das instalações da despensa; Reforma do refeitório dos funcionários; e Troca do compressor da câmara fria. 11.3.10. Ambulatórios de Pediatria e Gineco-Obstetrícia Substituição do caixilho por veneziana na sala de amamentação; Fechamento de uma porta de acesso para o corredor; e Mudança do ambulatório da parte interna do prédio para uma casa alugada na Rua Sampaio Vidal com Floriano. 11.3.11. Rouparia Reforma do piso externo de acesso pela Rua Floriano Peixoto, que atenderá também a UAN. 11.3.12. Zeladoria Colocação de grelhas no gerador e entrada dos caixas bancários; Fechamento do acesso interno pela antiga casa da pediatria, com demolição da rampa; e Retirada de cabos de lógica que interligam a casa da esquina. 11.3.13. Projetos Elaborados Projeto do abrigo do gerador de energia HMI; Projeto do abrigo para instalação da central de ar condicionado da nova UTI Infantil; Projeto para instalação do ar medicinal da nova UTI Infantil; Projeto de instalação elétrica da nova UTI Infantil; e Projeto do local de armazenagem e coleta do lixo hospitalar do HMI (anteprojeto). 11.3.14 Atividades da Engenharia Clínica 11.3.14.1. Atividades de Rotina Verificação do funcionamento dos equipamentos: Ar condicionado Ressonância magnética 77 Fontes de ar medicinal Tomógrafo Acompanhamento das manutenções dos equipamentos supra referido; Gestão dos contratos de manutenção dos equipamentos de uso médico; Gestão dos contratos de manutenção dos equipamentos de ar condicionado; Gestão do contrato com empresa de metrologia para serviços ao Hemocentro (ISO 9000), incluindo manutenções preventivas, calibração e validação dos equipamentos; e Verificação das solicitações de serviços terceirizados. 11.3.14.2. Atividades de Melhoria Substituição do sistema de ar condicionado do centro cirúrgico, atividade em andamento, com previsão de término para janeiro de 2009, onde serão substituídos os equipamentos de ar condicionado para a melhoria do atendimento ao setor; e Atualização dos contratos de manutenção de ar condicionado, onde houve a mudança das empresas prestadoras de serviços tanto para os equipamentos centrais bem como os de janela/split. 11.3.15. Estrutura da Manutenção Civil e Elétrica 11.3.15.1. Oficinas Dispomos de oficinas com dispositivos básicos para reparos eletromecânicos e obras civis no HCI e no HMI. Os serviços são requisitados pelos usuários, via Ordem de Serviço, e atendidos pelas equipes no horário das 08h00 às 17h30, de segunda a sexta-feira. Horários complementares, Sábado, Domingo e feriados são atendidos via telefonista e celular. 11.3.15.2. Equipe Manutenção Elétrica Unidade Materno Infantil: 03 profissionais; Engenheiro Elétrico: 01 profissional; Secretária: 01 profissional; Engenheiro Elétrico (Clinico): 01 profissional. Manutenção Civil/Predial Unidade Materno Infantil: 02 profissionais; e 78 Engenheiros Civis: 02 profissionais. 11.4. Serviço de Transporte O Serviço de Transporte em sua Rotina diária transporta para apoio às atividades da Unidade Materno Infantil: Materiais Cirúrgicos (limpos e sujos); Refeições para a Unidade Oftalmológica; Roupa (limpa e suja); Material do Almoxarifado para a Unidade Materno Infantil e Unidade Oftalmológica; Medicamentos e Alimentos; Exames de Laboratório para o Hemocentro; Pacientes para realização de exames e internações (inter-hospitalar); Exames e Biópsia para o Instituto Adolfo Lutz, UNIMEM, LIM e Lapack; Córneas para Base da Polícia Federal e Estadual; Pacientes para Exames na UNIMEM, Santa Casa, Ultra Rad; Pacientes para Internação no Hospital Espírita de Marília; e Prontuários dos arquivos para os Ambulatórios. O Serviço também realiza viagens para fora do Município (São Paulo, Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto, Tupã, dentre outros), além de buscar materiais diversos em outros serviços. Transporta os trabalhadores para atividades fora da Instituição (visitas domiciliares, captação de órgãos, dentre outras). A Equipe é formada por 22 motoristas, sendo que 05 deles fazem jornada de 8 horas diurnas e os demais 12x36; 01 secretária; 01 legionário e um profissional que responde pela Chefia. 12. PROJETOS, GRUPOS DE TRABALHOS E COMISSÕES ESPECIAIS 12.1. Grupo de Controle do Tabagismo no Ambiente Hospitalar Em janeiro deste ano, a Diretoria Técnica do HMI nomeou um grupo de trabalhadores para sistematizar ações visando eliminar a poluição tabagística ambiental da Unidade, e assim transformá-la em um ambiente favorável ao apoio do fumante no processo de cessação de fumar. Envolve o desenvolvimento de estratégias para tornar o comportamento de fumar em uma instituição de saúde, socialmente indesejado, despertar o espírito de colaboração de 79 profissionais de saúde, fumantes e não fumantes, num clima de respeito e compreensão para com os fumantes, visto que fumar não é apenas uma opção comportamental e sim uma dependência a uma droga, a nicotina. A atuação do grupo está direcionada aos pacientes, visitantes e acompanhantes, trabalhadores de saúde, discentes, docentes e colaboradores. Dentre as estratégias estabelecidas temos: Curto prazo: Levantar a população de fumantes na equipe multiprofissional do HMI, através da aplicação de um instrumento próprio (questionário estruturado); Divulgar frases e fotos que mostram os prejuízos do cigarro para a saúde; Divulgar leis que amparam a proibição do cigarro no ambiente hospitalar; e Sensibilizar a comunidade interna e externa, através de estatísticas da Organização Mundial de Saúde e do INCA – Instituto Nacional de Câncer - Órgão do Ministério da Saúde responsável por coordenar e executar o Programa de Controle do Tabagismo no Brasil; apresentação das ações e propostas. Médio prazo: Promover depoimentos de fumantes e ex-fumantes através de ações de grupo educativas; e Credenciar o HMI como Unidade Livre do Tabaco, de acordo com as diretrizes do CRATOD/SP. Longo prazo: Após seis meses, reaplicar o instrumento inicial; e Avaliação e apresentação de resultados através de estudo comparativo. No presente ano, o grupo realizou 09 encontros de trabalho, devidamente registrados em ata. Ações planejadas e realizadas: Comemoração de datas alusivas – 28 de maio. No Dia Mundial Sem Tabaco, buscando manter o tema do tabagismo em evidência foram desenvolvidas as seguintes ações: Palestra sobre Tabagismo, na qual se abordou os recursos disponíveis para apoio a cessação do tabagismo. Sessões de alongamento com apoio de fisioterapeuta da Academia Fitness, no pátio do hospital e no Ambulatório de Pediatria; 80 Encaminhamentos de trabalhadores que demonstraram interesse em cessar o tabagismo, para o Ambulatório Mário Covas; Ações educativas em grupo com depoimentos de trabalhadores que cessaram o tabagismo e/ou fizeram tentativas sem sucesso; Divulgação por 6 meses, nos holerites, dos malefícios do uso do tabaco com frases alusivas; Fixação de faixas nas entradas do HMI informando a proibição do tabaco, segundo determinações legais; Levantamento da população de fumantes na equipe multiprofissional através da aplicação do instrumento abaixo: QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS 1. Você é tabagista? ( )sim ( )não 2. Se sim, quantos cigarros você fuma por dia? ____/dia 3. Você já tentou parar de fumar? ( )sim ( )não 4. Qual a sua maior dificuldade quando pensa em parar de fumar? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 5. Você tem vontade de parar de fumar? ( )sim ( )não 6. Você já participou de um grupo de tabagismo? ( )sim ( )não 7. Você tem interesse de participar do ambulatório do tabagista? ( )sim ( )não Nome (opcional): ______________________________________________ 81 Preencheram o instrumento 331 trabalhadores, dentre os quais 284 (85%) eram de não fumantes e 50 fumantes (15%). Os demais dados mostram o seguinte perfil: 100% dos fumantes fumam mais de 1 maço/dia; 80% referem não cessar o tabagismo por ansiedade; 20% têm medo de não conseguir/fracasso; 60% têm vontade de parar ou já fez alguma tentativa; 10% já participaram do grupo de Tabagismo; e 79% têm interesse em participar das Atividades do Ambulatório do tabagismo. Reunião com a equipe multidisciplinar do Ambulatório Mário Covas e do CAPS-ad que atuam com o tabagismo, na busca de fortalecimento do Grupo e reordenação das de ações; Sensibilização dos membros do grupo na busca de legitimidade frente aos trabalhadores do HMI; Reunião com a nova diretoria para apresentação do trabalho e estabelecimento de novas estratégias. Figura 10. Comemoração do Dia Mundial Sem Tabaco: Sessão de Alongamento na Unidade Oftalmológica e Palestra no HMI. 82 12.2. Comissão Multidisciplinar de Condução do Programa Iniciativa Hospital Amigo da Criança No dia 07 de agosto foi realizada a Feira da Sobremesa no Hospital Materno Infantil (HMI) da Famema, fazendo parte da Semana Mundial da Amamentação. A arrecadação foi revertida para a comissão de profissionais da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) visando a promoção de eventos relacionados ao aleitamento materno. Os próprios funcionários do hospital levaram os pratos de doces. No dia 10 de agosto as gestantes que aguardavam por atendimento no Ambulatório de Ginecologia da Famema receberam informações sobre a amamentação. A atividade fez parte da Semana Mundial da Amamentação, que este ano focou o tema “Amamentação em Situação de Emergência”. Considerando o estabelecido no programa foram capacitados 75 profissionais nos meses de outubro e novembro deste ano, com utilização de metodologia ativa, inovando pela possibilidade de uma aprendizagem mais significativa. Figura 11. Atividades de Comemoração da Semana de Amamentação. Ano de 2009/HMI 83 12.3. Grupo de Curativos A Equipe do HMI participa do Grupo de Curativos do Complexo Assistencial da Famema, com o objetivo de avaliar e testar produtos, avaliar lesões e curativos. São encontros quinzenais com os enfermeiros da Unidade Clínico Cirúrgica, Unidade Materno Infantil e Programa Interdisciplinar de Internação Hospitalar. Foram realizados 21 Encontros que resultaram nos seguintes produtos: Workshop de fitas adesivas pela 3M em 24/04/09; Capacitação organizada pela Comissão: “Programa de Capacitação Profissional em Tratamento de Feridas”, em 29/05/09; Workshop de curativos ativos pela Coloplast em 25/09/09; Aplicação de instrumento para avaliar o conhecimento da equipe técnica sobre curativos, em andamento desde 07/2009; e Avaliação de diversos produtos através do uso destes na clientela do HMI. 12.4. Grupo de Apoio à Sistematização (GAS) Nos encontros para reflexão do processo trabalho do enfermeiro, surgiu dificuldade com a Sistematização Assistência de Enfermagem (SAE) na etapa da elaboração do diagnóstico de 84 enfermagem. A equipe, na sua maioria, é composta por enfermeiros que durante sua graduação não teve contato com a SAE, e os recém formados não dispunham desta habilidade para a aplicação do diagnóstico de Enfermagem, tornando-se este um entrave para o plano de cuidados. Foi organizado então um Grupo constituído de Enfermeiros para aprimoramento na elaboração do diagnóstico de Enfermagem, compartilhamento com os demais e servir de sustentação na gestão do cuidado individual. São desenvolvidos encontros semanais para discutir as buscas na literatura e estratégias para o aprendizado desta etapa da SAE com apoio dos docentes da academia que atuam no Materno Infantil utilizando estudos de casos reais e fortalecendo a integração ensino-serviço. O produto do trabalho que vem sendo identificado é o fortalecimento do processo de trabalho compartilhando a responsabilidade pelo cuidado e pela excelência na qualidade. Hoje todos os enfermeiros sabem elaborar um diagnóstico de enfermagem e já existe um instrumento elaborado pelo grupo, que possibilita a intersecção da NANDA - NIC - NOC que estamos utilizando como um piloto para avaliação. Estamos aguardando a etapa da informatização deste. Foram realizados 12 Encontros do Grupo. 12.5. Grupo de Prevenção de Infecção Relacionado a Cateter - PROCATH O Grupo desenvolveu várias atividades com destaque para: Organização da I Capacitação sobre cuidados do paciente com port-a-cath em 16 de abril; Organização da II Capacitação sobre manuseio e cuidados do paciente com port-a-cath: cateter totalmente implantável em 17 de junho; Capacitação dos enfermeiros do HC1 sobre a punção e cuidados no manuseio para medicação, coleta de sangue e heparinização do Portocath em 18 de junho; Organização da Capacitação e Qualificação para PICC em 16 e 17 de maio; Participação e apresentação de trabalhos no III Simpósio Terapia Intravenosa em 14 e 15 de agosto; e Elaboração e apresentação à Diretoria Clínica do Projeto: capacitação e habilitação para inserção e manutenção de cateter central de inserção periférica (PICC) neonatal, pediátrico e adulto, sendo Marília um pólo capacitador. 85 Figura 12. Fotos de apresentação de trabalhos pela Equipe 12.6. Comissão de Investigação de Óbito Materno Infantil A Comissão de Investigação de Óbito Infantil realizou no período de outubro de 2008 a setembro de 2009, 11 reuniões com investigação de 30 óbitos em menores de um ano, todos ocorridos na UTI Neonatal da Instituição. A Comissão de Investigação de Óbito Materno realizou, no período de outubro de 2008 a setembro de 2009, 03 reuniões somente nos meses em que houve óbito em mulheres entre 11 e 49 anos, sendo investigado 03 óbitos (dezembro de 2008, janeiro e setembro de 2009). Todas eram gestantes e as causas decorrentes de complicações associadas à gestação e uma confirmada de gripe suína. Dois dos óbitos ocorreram na UTI da Unidade Clínico Cirúrgica e um no Centro Obstétrico deste hospital. 13. CONTROLE SOCIAL A nova Gestão da Unidade Hospitalar Materno Infantil iniciou um processo de escuta das queixas dos usuários. Esta demanda é proveniente da Ouvidoria da famema ou da DRS IX, da própria equipe do HMI ou dos usuários. 86 No período de 10 agosto (início desta Gestão) até 31 de outubro foram 07 queixas/Reclamações. Todas foram apuradas e os encaminhamentos direcionados aos reclamantes. Foram 07 apurações, sendo: 03 da Unidade Oftalmlógica; 01 da Hotelaria da Enfermaria Geral; 02 da Unidade de Urgência (01 da Pediatria e 01 da Gineco-Obstetrícia); e 01 da Cirurgia de Otorrinolaringologia. No processo de apuração a Equipe de Gestão conclui que todas guardam relação com o Acolhimento que a equipe dá aos pacientes (tecnologias relacionais), independente de queixas pertinentes ou não. Apenas 02 entendemos foi considerada realmente não procedente Vale ressaltar que ocorreu também 01 carta de agradecimento à Equipe da Atenção Ginecológica. Esta Gestão entende que este processo pode contribuir com a avaliação da atenção prestada aos usuários e constituir-se em um disparador para o Processo de Educação Permanente. 14. PROJETOS DE DESTAQUE – MARCAS DA GESTÃO NO ANO DE 2009 14.1. Projeto Coração de Criança A Disciplina de Pediatria da Faculdade de Medicina Marília propõe no Hospital Materno Infantil a criação do Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardíaca Pediátrica com as seguintes justificativas: 1. Esta proposta leva em consideração a demanda de serviços especializados de diagnóstico e de tratamento para as crianças portadores das mais variadas cardiopatias de toda a região. A Disciplina de Pediatria disponibiliza quatro horários de ambulatório de cardiologia pediátrica que permitem o acompanhamento clínico destas crianças. No entanto quando há indicação de cirurgia estes pacientes são encaminhados para outros locais que realizam este tipo de procedimento. Estes locais geralmente localizados em grandes centros e distantes de nossa cidade invariavelmente encontram - se com demanda de atendimento reprimida e são de difícil acesso. O encaminhamento de uma criança para um grande centro é uma verdadeira “batalha” de comunicação, burocrática e ética. Gera para família dificuldade de ordem econômica, social, de desemprego e até de moradia já que em geral o tratamento que compreende o pré e pós operatório de uma cirurgia cardíaca é longo e custoso. 87 2. Esta proposta leva também em consideração o potencial do complexo HC de Marília e especificamente do Hospital Materno Infantil o qual possui uma enfermaria de referência com trinta leitos, uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal com oito leitos e uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica com 7 leitos. A existência da unidade de terapia intensiva pediátrica construída e altamente equipada com recursos conseguidos junto à sociedade de Marília e região constitui recurso fundamental para que a cirurgia cardíaca em crianças possa acontecer com sucesso. Este hospital também possui uma Unidade de Urgência que é referência para atendimento de urgência de toda a região no tocante aos agravos à saúde das crianças. Ainda este hospital é referência para partos de alto risco dos quais resulta recém nascidos prematuros ou com outras patologias inclusive cardíacas que exigem intervenção diagnóstica e cirúrgica precoce e em caráter de urgência. 3. Esta proposta leva também em consideração o potencial de recurso humano multiprofissional altamente qualificado que este hospital dispõe. Isto está se completando com a oportunidade da contratação pela instituição ainda neste ano de 2009 de um cirurgião cardíaco pediátrico com currículo internacional, recém concursado. Ressalta-se que este tipo de especialista com currículo tão gabaritado é de pouca disponibilidade. 4. Observamos que esta proposta da cirurgia cardíaca em crianças no Hospital Materno Infantil junto a Disciplina de Pediatria faz parte de um projeto da Faculdade de Medicina de Marília que também esta criando um serviço de cirurgia cardíaca em paciente adulto e um serviço de hemodinâmica. 5. Esta proposta leva também em consideração uma política de integração da universidade com a sociedade e assim crianças com patologias cardíacas freqüentemente limitantes e de risco de morte possam ser atendidas em um local competente e próximo a sua família. Entendemos que nossa instituição tem um papel na região preponderante no desenvolvimento de políticas voltadas para facilitação, inclusão e o resgate da dignidade humana para os menos favorecidos. Por isso consideramos que a instalação do serviço de cirurgia cardiovascular pediátrica no Hospital Materno Infantil é rigorosamente pertinente e cumpre este papel facilitador das Instituições de Ensino Superior para com a sociedade local já que este tipo de procedimento em crianças não é realizado em Marília ou na DRS IX. 6. Esta proposta leva também em consideração que a instalação do serviço de cirurgia cardiovascular pediátrica no Hospital Materno Infantil abre para a Secretaria da Saúde do 88 Estado de São Paulo a oportunidade de diminuir a demanda reprimida potencialmente existente no Estado na especialidade. 7. Esta proposta leva também em consideração as dificuldades encontradas pelas crianças com cardiopatias que segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de cada mil crianças nascidas vivas pelo menos oito têm problemas no coração. Das seis milhões de crianças que nascem por ano no Brasil, em torno de 45 mil tem o problema, mas perto de 25 mil não são operadas. O mais grave é que em 80% dos casos a operação precisa ser realizada até o sexto mês de vida. 8. Esta proposta leva também em consideração que as cardiopatias congênitas altamente complexas que atingem 20% dos bebês as quais se não forem operadas, 90% morrem antes de completar o primeiro mês de vida. Outro grupo de cardiopatia considerada menos complexa, mas também grave que atinge a maior parte das crianças, em torno de 60%, as estatísticas apontam que se elas não forem operadas, 90% morrem durante o primeiro ano de vida. Além disso, a cirurgia precisa ser realizada até o sexto mês, pois, do contrário, a doença vai progredindo e se torna inoperável. Somando com o grupo anterior, isso quer dizer que 80% dos bebês precisam ser operados nos primeiros meses de vida para ter alguma chance de sobrevivência. Outro grupo ainda se refere às cardiopatias mais simples, e atinge os 20% restantes que também se a criança não for operada ela nunca levará uma vida normal. Considerando as razões desta proposta e de acordo com a portaria nº 1169/GM de 15 de junho de 2004 que institui a Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade que determina em seu artigo 3º que as unidades de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular e os Centros de Referencia em Alta Complexidade Cardiovascular devem oferecer condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada a portadores de patologias cardiovasculares e desenvolver forte articulação e integração com o sistema local e regional de atenção à saúde, incluindo nos critérios a Política Nacional de Humanização é que reforçamos a proposta da criação do Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardíaca Pediátrica no Hospital materno Infantil da Faculdade de Medicina de Marília para que possa servir a população da Rede de Atenção da DRS IX. Para viabilizar os recursos necessários a Sociedade de Marília e Região, liderada pelo Chefe da Disciplina de Pediatria com apoio da Direção Técnica do HMI, desencadearam um grande 89 movimento de mobilização denominado “Projeto Coração de Criança”, cujo lançamento oficial ocorreu no dia 13 de outubro. Figura 13. http://www.coracaodecrianca.com.br Acesse o site, “Meu coração sente que você vai participar”. 14.2. Avaliação com Classificação de Risco na Unidade de Urgência A construção de uma Rede de Atenção às Urgências em Marília e região tem enfrentado dificuldades para sua efetivação, necessitando de análise objetiva para que a regionalização não seja um instrumento apenas de regulação, mas também em direção a universalidade, integralidade e à equidade. A regionalização é entendida pela equipe de Gestão do HCII como a melhor distribuição técnica, espacial, científica e operacional das ações de saúde distribuídas em níveis de atenção, articulados entre si, com a melhor eficiência, eficácia e efetividade dos serviços e com impacto epidemiológico e social. Nesse sentido a atenção primária (ou Rede Básica como denominada em Marília) exerce papel fundamental. O que tem sido observado no atendimento de urgência pelo HCII – Unidade Materno Infantil é: Elevado percentual de pacientes com alto grau de dependência do SUS, cujos problemas poderiam ser equacionados em Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Pronto Atendimento; Sobrecarga de atendimento; Grande número de pacientes utiliza este Serviço como porta de entrada, muitas vezes mais distantes de suas residências; Custo elevado principalmente pelas horas plantões contratadas; 90 Grandes filas onde as pessoas disputam o atendimento sem critério algum a não ser a hora da chegada; A não-distinção de riscos ou graus de sofrimento faz com que alguns casos se agravem na fila, ocorrendo às vezes até a morte de pessoas pelo não-atendimento no tempo adequado; Os profissionais das equipes, na maioria das vezes, encontram-se muito atarefados, e não conseguem avaliar os seus processos de trabalho e interferir para mudá-los; e O processo de supervisão aos estudantes de graduação e pós-graduação fica prejudicado. Portanto, as urgências seguem funcionando de forma tradicional, na base da queixa-conduta, resultando em uma Clínica reducionista e ineficaz, que em princípio, aponta para tudo, menos para a integralidade. A reorganização proposta pelo Diretor Geral da Famema pode ser um ponto de partida para rever este modelo bastante cristalizado. Assim com o objetivo de prestar cuidado qualificado e humanizado aos usuários que demandam o Serviço de Urgência do HCII – Unidade Materno Infantil, a partir da leitura ordenada das necessidades humanas nas urgências, ou seja, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento, implanta em 01 de setembro as Equipes de Acolhimento com Classificação de Risco. Espera com o uso desta tecnologia: Contribuir com a reorganização da Rede de Atenção às Urgências loco-regional; Melhorar a articulação dos diferentes pontos de atenção da Rede de Cuidado às Urgências de Marília e Região; Induzir a discussão com o Gestor Municipal acerca do potencial de cobertura pela atenção básica e a oferta insuficiente de serviços de pronto atendimento; Estimular o controle social para uma participação ativa na Rede de Atenção às Urgências; Potencializar os esforços para a reorganização da Rede de Atenção às Urgências, mediante articulação e pactuação entre todos os atores envolvidos; Aumentar a eficiência (custo/benefício) e eficácia (resultado) do cuidado prestado pelas Equipes de Urgência do HCII – Unidade Materno Infantil; Melhorar as condições de trabalho dos profissionais das equipes de Urgência do HCII – Unidade Materno Infantil; e Qualificar o cenário para a formação graduada (estudantes de medicina e enfermagem) e pós-graduada (residentes) na área de urgência. 91 A Avaliação e Classificação de Risco proposta têm como objetivos: Avaliar o paciente logo na sua chegada ao Pronto-Socorro de forma acolhedora, mostrandose receptivo para a escuta da necessidade do mesmo; Otimizar o espaço da Unidade de Pronto Socorro e agilizar o atendimento; Reduzir o tempo de espera para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja visto em tempo oportuno de acordo com a sua gravidade, abandonando a lógica do atendimento por chegada; Mudar as relações entre profissionais de saúde e usuários no que se refere à forma de escutar este usuário em seus problemas e demandas; Aperfeiçoar o trabalho em equipe com a integração e complementaridade das atividades exercidas pelas categorias profissionais que atuam na Unidade; Aumentar a responsabilização dos profissionais de saúde em relação aos usuários e a elevação dos graus de vínculo e confiança entre eles; A abordagem do usuário para além da doença e suas queixas; Pactuar com o usuário a resposta possível à sua demanda, de acordo com a capacidade do serviço; e Informar aos familiares e acompanhantes os tempos de espera. 14.2.1. Ações e Operações desenvolvidas Quadro 3. Ações e Operações propostas e realizadas na Reestruturação da Unidade de Urgência. HCII – Unidade Materno Infantil, agosto de 2009. Ações Socializar a proposta de reorganização do atendimento de urgência da Unidade Materno Infantil com os trabalhadores envolvidos. Prover profissionais das distintas categorias, para atendimento das Urgências. Construir o fluxograma para as situações de urgência de oftalmologia e ortopedia. Rever os impressos utilizados na sistematização do atendimento às urgências e providenciar a inserção no sistema de informação Operações Reuniões com as equipe de Pediatria e Gineco-Obstetras Reuniões com a equipe multiprofissional que atuam na Unidade Reunião com o Núcleo de Acolhimento Análise do quantitativo de profissionais existentes nas equipes do Serviço de Urgência Remanejar e/ou reorganizar os profissionais nas atividades de cuidado à urgência, assim como o turno de trabalho. Elaborar escalas de plantão Redimensionar o quadro (quanti-qualitativo) após avaliação da execução desta proposta. Reunião com equipe da ortopedia, oftalmologia. Construção da Ficha de Avaliação com Classificação de Risco, de forma a não configurar consulta médica (formulação diagnóstica e intervenção) e considerando o referencial da clínica ampliada e necessidades de saúde nas urgências. Aquisição de etiquetas coloridas/canetas marcador de texto. 92 Construir e implementar protocolos para o atendimento às urgências considerando a avaliação primária e a classificação de risco. Desenvolver processo de qualificação da equipe multiprofissional, considerando a integralidade, as necessidades de saúde e a clínica ampliada. Refletir sobre a organização o processo de trabalho com inclusão de espaço para reunião de equipe, objetivando a reflexão do cuidado à urgência. Estabelecer esclarecimento da comunidade interna e externa Capacitação da equipe para a Avaliação com Classificação de Risco por meio da Educação Continuada e Educação permanente. Comunicação visual ao público que freqüenta o Serviço de Urgência por meio da exposição de Banner explicativo na recepção. Participar dos espaços de reunião das equipes das unidades de produção do cuidado do HCII.. Utilizar o espaço de diálogo entre equipe e pacientes/acompanhantes para explicar sobre a reorganização do cuidado às urgências. Transformação da atual sala de descanso em sala de atendimento do Serviço Social e inclusão de ramal específico. Transformação do consultório que está situado entre a sala de emergência e recepção em sala de avaliação com classificação de risco. Avaliação da necessidade de alterar o fluxo de entrada na sala de avaliação com classificação de risco, após a primeira semana de implantação. Aquisição de relógio de parede e sonar. Reorganização de equipamentos e materiais do Serviço de Urgência, para suprir a necessidade da sala de avaliação, realocando temporariamente de outras unidades se necessário, até a possibilidade de aquisição. Aquisição de organizadores de escritório e afixar próximo aos consultórios do corredor do Serviço de Urgência. Solicitação à SMS que encaminhe os mapas. Realização de xérox colorido e plastificá-los Readequar o espaço físico. Discussão com NTI-HC para a garantia da inserção da Ficha no sistema e a possibilidade de dados que permitam a construção de indicadores de desempenho. Oficinas de trabalho com a equipe multiprofissional que atuam no Serviço de Urgência. Equipar a sala de avaliação e classificação de risco Providenciar organizadores de escritório, para acondicionar as fichas de avaliação de risco e de atendimento. Providenciar mapas com indicação de referências das UBS, USF, UPA para acesso aos profissionais de saúde, quando da necessidade de diálogo ao contra-referenciar o paciente. Garantir apoio à equipe multiprofissional do Serviço de Urgência do HCII, nas distintas situações e intercorrências. Avaliar o cuidado às urgências frente a reorganização proposta. Alteração do período de férias do coordenador do Pronto Socorro Estabelecimento de escala de apoio da equipe de gestão do HCII, para o mês de setembro. Construção de indicadores de desempenho do Serviço de Urgência (ver o tópico de Monitoramento e Avaliação). 14.2.2. Monitoramento e Avaliação Segue abaixo a produção da Unidade de Urgência, cujas informações foram obtidas no Núcleo Técnico de Informática da Famema. 93 Tabela 24. Número de atendimentos segundo tipo de demanda. Unidade de Urgência-HMI, setembro e outubro de 2009. Demanda Espontânea Rede Básica Outros Municípios SAMU/Resgate Interna Outros Total Setembro Número 3.082 208 108 69 06 250 3.723 Outubro % 82,8 5,6 2,9 1,8 0,2 6,7 100,0 Número 2.806 151 228 80 20 51 3.336 % 84,2 4,5 6,9 2,4 0,6 1,5 100,0 Fonte: NTI-Famema A tabela acima mostra uma queda de 10,4% no número de demanda no mês de outubro em relação a setembro, porém a demanda espontânea ainda representa um percentual significativo e reflete o modelo de busca direta aos serviços de urgência podendo estar retratando uma baixa credibilidade na Rede de Atenção Básica ou problemas na acessibilidade. Tabela 25. Número de Avaliação com Classificação de Risco segundo tipo de Risco. Unidade de Urgência-HMI, setembro e outubro de 2009. Risco Vermelho Amarelo Verde Azul Total Classificado Total Não Classificado Total Setembro Número 126 2.270 637 468 3.501 114 3.615 % 3,6 64,8 18,2 13,4 100,0 3,2 100,0 Outubro Número % 108 3,4 2.252 69,9 563 17,5 300 9,3 3.223 100,0 113 3,4 3.336 100,0 Fonte: NTI-Famema A tabela acima mostra que o Risco vermelho está dentro dos parâmetros esperados, o amarelo está elevado em função de uma decisão interna que toda Síndrome Gripal seria classificada como Risco Amarelo (O HMI é referência para Síndrome Gripal). Podemos observar ainda que aproximadamente 30% são de pacientes cuja resolução é de competência da Rede de Atenção Básica. 94 O mês de outubro foi bastante atípico, pois as Unidades de Pronto Atendimento da Rede Básica sofreu com a falta de profissionais, principalmente o profissional pediatra para quem é direcionada a maior demanda da Unidade de Urgência do HMI. No primeiro mês de implantação (setembro), a Equipe de Gestão do HMI avaliou a totalidade das fichas de atendimento, buscando caracterizar melhor esta demanda e identificar nós críticos, na busca da qualificação do processo. Gráfico. 10. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo dia do mês e tipo de demanda. HMI, Setembro de 2009. 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Total de Dem anda Dem anda Espontânea Linear (Total de Dem anda) Linear (Dem anda Referenciada) Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI. Dem anda Referenciada 95 É possível observar uma tendência de queda na demanda diurna. No período noturno a mesma se mantém. Gráfico 11. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo tipo de demanda referenciada. HMI, Setembro de 2009. 250 200 150 100 50 0 O ut ros Mun i UB S/U S cípi os F SAM U /R UPA e sg at e O ut ros Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI. É possível identificar que o maior número de demanda referenciada vem de outros municípios da DRS IX e da Rede de Atenção Básica de Marília. Gráfico 12. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo tipo de referenciamento. HMI, Setembro de 2009. 14% 4% 3% 13% 54% 12% Consulta na Pediatria UPA UBS/USF Consulta na Obstetrícia Consulta na Ginecologia Outros Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI. 96 A Equipe da Unidade de Urgência referenciou 25% da demanda, aquém do esperado, segundo parâmetros observados em diferentes estudos. Mas devemos considerar o fato deste ser o primeiro e a cultura do “atender tudo que chega” ainda estar muito presente. Gráfico 13. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo tipo de Risco. HMI, Setembro de 2009. 3,0% 13,7% 19,0% 64,3% 3,0% 32,7% vermelho amarelo verde azul 64,3% vermelho amarelo verde/azul Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI. Gráfico 14. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo causa HMI, Setembro de 2009. 12% 17% 23% 19% 7% 4% 3% 15% Causas Exte rnas Síndrome Gripal Gestação e inte rcorrê ncias Síndrome do Abortame nto Febre a e sclarecer Doenças do Ap. Digestivo Doenças do Apare lho Respiratório O utras Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI. 97 14.2.3. Considerações Finais O Processo de reestruturação do Serviço de Urgência precisa ser monitorado por todos os atores envolvidos (pontos de atenção da Rede de Urgências), buscando repactuações. É consenso hoje que os Serviços de Urgência funcionam como observatórios do funcionamento das Redes de Atenção, pois deixam evidentes potencialidades e fragilidades dos diferentes serviços que a compõem. Os resultados serão obtidos de forma gradativa e mostrarão impactos se o processo gerar mobilização e negociação contínua. Assim é desejável que o Grupo de Trabalho mantenha reuniões sistematizadas para acompanhamento das ações em desenvolvimento.