José M. Palazuelos Ballivián (Org.)
Alexandra Carvalho P. de Palazuelos
Adão Sales José
Batista Amaral
Claide M. Wisniewski
Dilce Inês Renz
Elizamara Ferreira
Eloi Wisniewski
Elisa Ana Mariano
Girley Ribeiro
Iracema Lírio Guterres
Isabel Amaral
João Batista Antunes
Joel Ribeiro de Freitas
José Nĩnsu Sales
Leda Regina Ferst
Márcia C. Marsiglio Cauduro
Marcos Garica
Marcos Matias
Maria Cecília Barbosa Kerexu
Marilete Turella Ferron
Marli Kei Claudino
Miguel Rãrir Ribeiro
Paulo Márcio Pinheiro
Regina Goj-Téj Emílio
Rosenice Dias
Sandro da Silva
Tamara Lais Signori
Tarcísio Risso
Tereza Amaral
Vitalina Nĩvénso dos Santos
Zico Ribeiro
Artesanato
Kaingang & Guarani
Territórios Indígenas – REGIÃO SUL
2011
COLABORADORES
CACIQUE TERRA INDÍGENA GUARITA – RS
ARTESÃOS E ARTESÃS
KAINGANG E GU AR ANI
Tenente Portela – RS / Redentora / Erval Seco - RS
Valdones Joaquim kaingang
Cacilda Sales
Serlei de Oliveira
André Claudino
Reci Teresinha Sales
Ari Bento
Thiago da Rosa
Jeremias da Silva
Nair Bento
Evaldo Carvalho
Cleci Joaquim
Neiva Griá
Luis Salvador
Lúcia da Silva
Augusto da Silva
Darci da Silva
Márcia da Silva
Silvana Moreira
Vergílio Benites Carvalho
Vitoriana Mariano
Miguel Martin Fernandes
Hélio Fernandes
Teresa Fernandes
Dionísio da Silva
Elsa Fernandes
Joares Sales
Nair Sales
Adair Boava
Susana Claudino
Lendaci Vicente
Pedrolina Fongue
Lenira Bento
Alzira Sales
Romilda Bento Sales
Pedro Nascimento
João de Oliveira
Lurdes da Silva
Jair Bento
Angelina Dias
Jussara Bento
Erci Candido
Fermino Bento de Oliveira
Cenilda Ventura
Ana Bento de Oliveira Dias
Maria Carvalho
João Sales Claudino
Pedro Pinto
CACIQUE TEKOÁ KA’AGUY PORÁ / Gengibre – RS
Erval Seco - RS
Vergílio Benites Carvalho Guarani
CACIQUE TERRA INDÍGENA RIO DOS INDIOS
Vicente Dutra- RS
Roberto Carlos dos Santos Kaingang
CACIQUE TEKOÁ ARANDU VERÁ
Mato Preto – Erebango - RS
Joel Kuaray Pereira Guarani
CACIQUE TERRA INDÍGENA IRAÍ – RS
Irai - RS
Jadir Jacinto Kaingang
CACIQUE TERRA INDÍGENA TOLDO CHIMBANGUE – SC
Chapecó - SC
Valmir Fernandes Kaingang
Pedro Barbosa Guarani
CACIQUE TERRA INDÍGENA LIGEIRO - SC
Charrua - RS
Conselho de Anciãos Kaingang
ESCOLA E. INDÍGENA de E. F. GERALDINO MINEIRO
Diretor Eloi Wisniewski
Secretária Tamara Lais Signori
ESCOLA E. INDÍGENA de E. F. FEN’NÓ
[ ESCOLA INDÍGEN A de E. F. KAR AI TUPÃ DO AR AXA’I ]
Diretor Tarcísio Risso
Secretária Maura Fumagalli
ESCOLA E. INDÍGENA de E. F. SEPÉ TIARAJÚ
Diretora Elisa Ana Mariano
ESCOLA E. INDÍGENA de E. F. ANASTÁSIO FONGUE
Diretora Iracema Lírio Guterres
Vice-Diretora Leda R.Ferst
Secretária Cleni Formentini
ESCOLA E. INDÍGENA de E. F. ROSALINO CLAUDINO
Diretora Claide M. Wisniewski
Vice-Diretor Valduir Ferreira
Secretária Tatiana Raquel da Silva
<o>
DEPARTAMENTO DO ÍNDIO
Prefeitura de Tenente Portela - RS
RosInei Alfaiate
ESCOLA E. INDIGENA de E. M. FÁG MÁG
Diretora Márcia Cristina Marsiglio Cauduro
Vice-Diretora Elaine Assunta Caldato
Vice-Diretora Susana Carolina de Giacometti
Coord. Pedag. Ivania D.Pase e Luciane R. Posser
<o>
Historiador Kaingang
Bruno Ferreira
DISTRIBUIÇÃO
COMIN - Conselho de Missão entre Índios
Rua Amadeo Rossi, 467 - Caixa Postal 14
93001-970 ▪ São Leopoldo ▪ RS
Tel. / Fax: (0xx51) 3590-1440
Correio Eletrônico: [email protected]
Endereço Internet: www.comin.org.br
Editora Oikos Ltda.
Rua Paraná, 240 - Caixa Postal 1081
CEP 93120-020 ▪ São Leopoldo - RS
Tel.: (51) 3568-2848
[email protected]
www.oikoseditora.com.br
1ª Edição
FA-KED-LA
B AY E R N
Escola Estadual
Indígena de E. F.
Geraldino Mineiro
Kirkens
Nødhjelp
Escola Estadual
Indígena de E. F.
Sepé Tiarajú
Escola Estadual
Indígena de E. F.
Anastásio Fongue
Escola Indígena
de E. Fundamental
Fen’Nó
Escola Estadual
Indígena de E. F.
Rosalino Claudino
Escola Estadual
Indígena de E. F.
Fág Mág
Escola Indígena
de E. Fundamental
Karai Tupã do
Araxa’ i
© Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura – ISAEC
Departamento de Assuntos Indígenas - DAI
COORDENAÇÃO
Conselho de Missão entre Povos Indígenas - COMIN - http://www.comin.org.br
ELABORAÇÃO:
José M. Palazuelos Ballivián (Org.)
Alexandra C. P. de Palazuelos
Adão Sales José
Batista Amaral
Claide M. Wisniewski
Dilce Inês Renz
Elizamara Ferreira
Eloi Wisniewski
Elisa Ana Mariano
Girley Ribeiro
Iracema Lírio Guterres
Isabel Amaral
João Batista Antunes
Joel Ribeiro de Freitas
José Nĩnsu Sales
Leda Regina Ferst
Márcia C. Marsiglio Cauduro
Marcos Garica
Marcos Matias
Maria Cecília Barbosa Kerexu
Marilete Turella Ferron
Marli Kei Claudino
Miguel Rãrir Ribeiro
Paulo Márcio Pinheiro
Regina Goj-Téj Emílio
Rosenice Dias
Sandro da Silva
Tamara Lais Signori
Tarcísio Risso
Tereza Amaral
Vitalina Nĩvénso dos Santos
Zico Ribeiro
ORGANIZAÇÃO e EDITORAÇÃO
José Manuel P. Palazuelos Ballivián
ILUSTRAÇÕES
Alunos e professores indígenas das escolas participantes
Pesquisa bibliográfica - Desenhos
FOTOGRAFIAS
Arquivo do DAI-ASKAGUARU e pesquisa de imagens temáticas de domínio público
REVISÃO
Erny Mugge e P. Hans Alfred Trein
REALIZAÇÃO
COMIN/Askaguaru -Tenente Portela - RS
Escola E I de E F C Geraldino Mineiro - RS
Escola Indígena de E F Fen’no - SC
Escola Indígena de E F Karai T. do Araxa’i - SC
Escola E I
Escola E I
Escola E I
Escola E I
de E F Anastásio Fongue - RS
de E F Rosalino Claudino - RS
de E F SepéTiaraju - RS
de E M Fág Mág - RS
APOIO:
- Igreja Evangélica Luterana da Baviera – FA-KED-LA
- Ajuda da Igreja da Noruega – AIN - Kirkens Nødhjelp
- Fundação Luterana de Diaconia – FLD
A786
Artesanato Kaingang e Guarani / Organizador José M. P.
Palazuelos Ballivián. 1. Reimpr. – São Leopoldo: Oikos, 2012.
260 p.: il., color; 16 x 23 cm.
ISBN 978-85-7843-195-2
1. Índios Kaingang - Brasil. 2. Índios Guarani - Brasil 3. Cultura
4. Artesanato – Educação – Indígena – Região Sul. I. Ballivián,
José M. P. Palazuelos. II. Título.
CDU 39(=1.81-82)
Catalogação na Publicação:
Bibliotecária: Eliete Mari Doncato Brasil – CRB 10/1184
Agradecimentos
Aos artesãos e artesãs: Lúcia da Silva e Luis
Salvador, Augusto da Silva, Darci da Silva, Cacilda
Sales, Serlei de Oliveira, Thiago da Rosa, Nair Bento,
Jeremias da Silva, Evaldo Carvalho, Neiva Griá,
Hélio Fernandes, Vergílio Benites, Santa da Silva,
Martin Fernandes, Susana Claudino, Adair Boava,
Lurdes da Silva, João de Oliveira, Dionísio da Silva,
Elsa Fernandes, Pedro Pinto, Joel Pereira e ao
professor de história Bruno Ferreira.
Se não te lembrares mais daqueles que
já se foram – dos teus ancestrais
que o tempo levou,
fica feliz em saber que a sua imagem
permanece viva através dos teus
trançados nos cestos e balaios.
É no artesanato que está escrita a tua
marca, e é através dele que te projetas
no futuro com identidade própria.
Manolo.
>
-
A pr e s e n t aç ão
9
INTRO DUÇÃ O
11
1
A RTESA NA TO S INDÍG ENA S
13
2
A RTE K A ING A NG
35
3
A RTE G UA RA NI
59
4
M A TÉRIA -PRIM A & SUSTENTA BILI DA DE
113
5
A DA PTA ÇÕ ES NO S DIA S DE HO J E
145
6
IM PO RTÂ NCIA ECO NÔ M ICA
169
7
PO LÍTICA S PA RA O A RTESA NA TO
181
8
7 . 1 - A po io n o T r abalh o F am il iar & C o le t iv o
185
7 . 2 - A po io ao C o m é r c io So lidár io
193
7 . 3 - A po io du r an t e a E s t a dia T e m po r ár ia
195
A RTESA NA TO NA S ESCO LA S INDÍG ENA S
199
A N E XO I – P lan t as u t i liz adas c o m o c o r an t e s
233
A N E XO I I – N o t íc ias da c r iat iv i dade n o ar t e s an at o
234
A N E XO I I I – N o t íc ias de dif ic u l dade s par a o ar t e s an at o
236
A N E XO I V – N o t íc ias de a po io ao ar t e s an at o
240
A N E XO V – D ir e it o s I n díge n as : C F & E C A
244
A N E XO V I – M e didas e m f av o r do ar t e s an at o
246
A N E XO V I I – P r o j e t o A r t e s an at o qu e al i m e n t a – p a r a a n a l i s a r
254
R e fe rê nc i as Bi bl i o gráfi c as ------------- ------- ------- ------ ------- ------- --
255
APRESENTAÇÃO
“Artesanato Indígena – Kaingang e Guarani” é, simplesmente, uma
publicação atraente, cativante e didática, do início ao fim. Resultado de uma ampla
e trabalhosa pesquisa coloca “sob a lupa” e, ao mesmo tempo, “na vitrine”, a
diversidade da arte indígena no Brasil. Expõe também a estreita ligação do
artesanato como expressão da identidade cultural dos povos indígenas,
transformando igualmente a natureza em cultura material. Para as comunidades
indígenas, “trançar também é uma maneira de contar histórias e de pensar no
sentido da vida”.
Impressiona a variedade de objetos artesanais e a relação dos povos indígenas
com a matéria prima. Um aspecto que caracteriza as famílias Kaingang e Guarani é
a sua estreita e criativa relação com as plantas utilizadas para o artesanato. Nesse
contexto, eles entendem seu artesanato como “a arte de preservar a saúde e o meio
ambiente”.
O livro, porém, não se restringe à apresentação da beleza do artesanato, às
suas simbologias, à sua origem, às técnicas usadas. Traz também, como “anexos”,
notícias publicadas em jornais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
expondo as formas de comercialização em beira de estrada, nas cidades, nas praias
e as conseqüências dessa “peregrinação”. Essa saída de famílias indígenas de suas
aldeias, na esperança de garantir uma vida melhor, nem sempre é bem sucedida.
Há muitos casos onde as vendas são insuficientes até para a compra da
alimentação, sem falar na falta de estrutura local para um abrigo digno.
Por outro lado, o livro registra bonitos exemplos de “apoio ao comércio
solidário”, nas terras indígenas e no interior, nas ruas das cidades, de porta em
porta, nas estradas, nas praças. Há também apoio concreto durante a “estadia
temporária”, com casas e acampamentos exclusivos para os comerciantes indígenas
em várias cidades.
“Artesanato Indígena – Kaingang e Guarani”, sem dúvida, será um eficiente
instrumento de conscientização da sociedade envolvente – a começar pela
comunidade escolar. Pois, como registra o livro, “as sociedades não-indígenas
pouco conhecem sobre o modo de ser e a situação atual dos povos indígenas”.
Ouso dizer que esse livro do Comin pode ser considerado uma “publicação
jubilar” no contexto dos 50 anos de missão da Igreja Evangélica de Confissão
Luterana no Brasil (IECLB) entre indígenas, completados em março de 2011.
Evidencia que o trabalho do Comin é com os povos indígenas, aberto para o
aprendizado com eles. O livro tem tudo para se tornar uma ponte entre indígenas
e não-indígenas, onde um novo caminhar é possível.
Ingelore Starke Koch
Introdução
Historicamente o artesanato faz parte integrante da cultura indígena, sendo uma expressão material de sua visão de mundo, do modo de
ser e de se relacionar com elementos do meio. É tradicionalmente uma
atividade de caráter familiar que realiza todas as etapas da produção,
desde o preparo da matéria-prima até o acabamento final, em que se
destaca a habilidade do trabalho manual e do saber tradicional, passado
de geração em geração: de pais para filhos, de avó para neta, etc.
Simbolicamente, o artesanato é também uma maneira de caracterizar a identidade das pessoas, é como um selo que diferencia
culturalmente um grupo do outro. Sua aplicação e utilidade respondem
tanto às necessidades cotidianas e domésticas, no transporte e
armazenagem de alimentos, artefatos de caça, etc.; como também para o
uso de adornos e enfeites, como uma expressão artística e recreativa. Nos
dias de hoje, o artesanato passou a ter uma maior relevância para muitas
famílias kaingang e guarani uma vez que é considerada uma das
principais atividades geradoras de renda na região Sul do Brasil.
A publicação do livro Artesanato Indígena - Kaingang e Guarani –
vem contribuir no sentido de disponibilizar informação sobre aspectos
que estão diretamente relacionados à atividade do artesanato, do seu
valor cultural, assim como de questões que têm a ver com o seu
reconhecimento (ou desconhecimento) para a sustentabilidade de muitas
famílias artesãs. Com este objetivo, partimos primeiramente com a
realização de uma revisão bibliográfica sobre o tema; passamos logo a
sistematizar a informação gerada do acompanhamento de famílias e
grupos dedicados à atividade; finalmente, registramos e incorporamos
atividades culturais e de campo realizadas pelas escolas indígenas
participantes. Com tudo, tentando sempre promover uma abordagem
crítica e propositiva para as várias questões trabalhadas e, em particular,
dessa relação criativa e dialógica que as comunidades indígenas exercem
junto à natureza e seus recursos (ainda) disponíveis.
12
Enfim, o livro apresenta certos valores do artesanato assim como
alguns dos problemas socioambientais considerados relevantes para os
tempos atuais. Nesse sentido, nos desafia também a compreender melhor
o caminho que se vislumbra para os artesãos e artesãs quanto à
necessidade de políticas públicas em favor da legitimidade e revitalização
desta atividade diferenciada, legalmente, pouco reconhecida.
Esperamos que esta publicação sirva de apoio como um instrumento pedagógico em prol da construção de uma escola e educação diferenciadas que buscam se adequar às realidades e contextos específicos da
comunidade, valorizando aspectos que em muito podem servir para o
reconhecimento e promoção de uma alteridade mais justa e necessária.
Na elaboração deste material, queremos destacar a participação de
professores pertencentes a sete escolas indígenas dos estados de Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina; também a contribuição valiosa dos
representantes de oito grupos de artesanato Kaingang e Guarani
distribuídos em quatro terras indígenas e dois acampamentos.
Finalmente, devemos reconhecer o aporte do Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) de um estudante Kaingang do curso de Agronomia da
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ, como também da monografia do curso de especialização em
Educação, Diversidade e Cultura Indígena, da Escola Superior de
Teologia – EST, realizada por uma professora da escola indígena Katiú
Gria, da T.I. Guarita, RS.
José Manuel P. Palazuelos Ballivián
Obreiro do COMIN
ASKAGUARU Sustentabilidade
12
Download

Artesanato