EDUCOMUNICAÇÃO E ROCK: TRANSFORMANDO CONCEPÇÕES SOCIAIS Paulo Henrique dos Santos - Univel1 Anderson Silva - Univel2 Introdução O processo de globalização se tornou mais intenso nos últimos dez anos, pois crianças, jovens e adultos passaram a ter mais acesso às informações. Os efeitos da globalização afetam diretamente a juventude, que absorvem as informações muitas vezes sem fazer uma reflexão sobre o tema em pauta. A educomunicação tem como principal objetivo aguçar o senso crítico por meio dos elementos jornalísticos e buscar uma mudança na realidade em que se vive. A metodologia adotada na Educomunicação caracteriza-se não pelo interesse em respostas supostamente definitivas para os problemas que diuturnamente se nos apresentam, mas pelo aguçamento das contradições... Se entendermos por fim algo sobre o qual se tem clareza – as ações são pautadas pela intencionalidade – então, alterar a realidade em que se vive é o objetivo principal da Educomunicação. (SOARES, 2011, p. 01). A educomunicação é a nova ferramenta da educação, que tem um viés que se encaixa na terceira teoria de Saviani (1998), Crítica Social dos Conteúdos, em que a escola não ignora o contexto do indivíduo, isso não acontece nas escolas de modelos pedagógicos Não Crítico, que não reproduz os padrões, como no grupo de teoria Crítico-Reprodutivo. O tema proposto neste artigo é o rock e a educomunicação, e por meio dele foram abordados as mudanças e movimentos sociais e de contracultura, com um grupo de jovens na faixa-etária de 12 a 18 anos no Centro da Juventude Professor Jomar Vieira Rocha, no bairro 1 Autor , acadêmico do curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo do terceiro ano de Jornalismo, discente na Faculdade de Ciencias Sociais e aplicadas de Cascavel – UNIVEL. 2 Co-autor acadêmico do curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo do terceiro ano de Jornalismo, discente na Faculdade de Ciencias Sociais e aplicadas de Cascavel – UNIVEL Leticia Garcia – Professora, Jornalista e Orientadora. Interlagos, município de Cascavel (PR). Esse novo meio educacional por ser ainda pouco conhecido atraí adolescentes e crianças despertando neles um novo olhar para o mundo, como um olhar crítico sobre letras de músicas e contextos sociais, que revelam a estes o rock. As oficinas desenvolvidas no Centro da Juventude tiveram como foco a história do rock evidenciada com o estilo rebelde e irreverente de Elvis Presley nos anos de 1950 e finalizando com a banda de rock nacional Legião Urbana e, ainda, os movimentos sociais e de contracultura aqui no Brasil. O trabalho foi concluído com um programa de rádio realizado pelos adolescentes e jovens do Centro da Juventude Professor Jomar Vieira Rocha. As décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980 foram as escolhidas para serem trabalhadas com os jovens, pois apresentam informações relevantes do rock. A história do rock'n'roll é rica em detalhes e situações nas quais seria humanamente impossível detalhá-las em um único artigo, no entanto parte da sua história, no que compreende o início nos anos de 1950 até a década de 1980, está presente neste artigo. O rock como movimento de contracultura foi a estrutura utilizada para motivar e acender nos jovens este mesmo sentimento revolucionário e transformador de gerações como nos primórdios deste estilo musical. As letras de protestos de importantes bandas e cantores, nacionais e internacionais, ao longo das quatro décadas iniciais do rock estarão presentes, como por exemplo, Raul Seixas, Pink Floyd, Legião Urbana dentre outros. O trabalho é realizado com objetivo de introduzir a história, seus precedentes, seus legados transformadores de algumas gerações de jovens embutidos e enraizados nesse movimento chamado Rock'n'roll, aliado à questão social e educacional proporcionada pela educomunicação. A Educomunicação Este novo campo de trabalho, ainda pouco explorado, é uma ferramenta que procura unir dois campos que trabalham com a área de Ciências Humanas, a Educação e a Comunicação Social, conhecido como Educomunicação. Para compreender melhor o trabalho da educomunicação é necessário saber o que são esses dois temas separadamente. A palavra Educação está ligada à ideia de Escola, porém, a educação tem seu começo na família e o contexto social ao qual a criança ou adolescente está inserido. “A educação faz- se, inicialmente, na família, sem falar desse “meio-termo” que é constituído pela rua, o desporto, os movimentos de juventude, os media etc...” (REBOUL, 1971, p.01). As tradicionais agências de socialização – escola e família – vêm se confrontando, nos últimos tempos, com os meios de comunicação, e que se constituem em outra agência de socialização. Há entre elas um embate permanente pela hegemonia na formação dos valores dos sujeitos, buscando destacar-se na configuração dos sentidos sociais. (BACCEGA, 2009, p. 31) O primeiro contato da criança com uma das agências de socialização é a família. Quando a família está desestruturada, os alunos são diretamente influenciados negativamente, o que reflete no desempenho escolar. No modelo pedagógico já citado, a Crítica Social dos Conteúdos, a família é um importante componente na formação dos adolescentes, por que fazem parte do contexto em que o indivíduo está inserido. Em nossa sociedade se observa o surgimento de novas tipologias de família. Mas, de que família a escola estaria falando? [...] a família a que se refere à escola é a nuclear, a qual não existe sozinha e tem sofrido profundas transformações, coexistindo, hoje, com uma diversidade de tipologias familiares: monoparental, reconstituídas, casais gays, essas, para citar algumas das muitas existentes em nossa complexa sociedade ocidental. (CRUZ, 2007, p. 29) A importância da família é vital no que compreende o processo educomunicativo. Quando a Escola se aproxima da família, ela passa a conhecer o contexto em que o indivíduo está inserido. De acordo com Brandão “Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante.”( BRANDÃO, 1985, p. 04) Atualmente, notamos cada vez mais a necessidade de que em todas as instâncias educacionais se considere também o lado afetivo dos alunos, já que na maioria dos casos, além da família desestruturada, a falta de afetividade gera a influência negativa no aprendizado dos mesmos. No modelo teórico “Crítico-Social dos Conteúdos”, no qual a Educomunicação está inserida não existe “aluno”, mas um indivíduo que vive uma determinada realidade, onde seu contexto social não é perfeito e o principal dever da Educomunicação é este: criar um senso crítico, para que os mesmos passem a filtrar as informações recebidas pela mídia. Comunicação e suas teorias Desde os primórdios os seres humanos tem a necessidade de se comunicar, de transmitir uma mensagem, seja por meio de grunhidos ou arte rupestre, a ideia de emissor, mensagem e receptor está presente na história da humanidade, ela é o princípio da comunicação. Os índios, por exemplo, faziam um círculo para escutar o conto do cacique, e posteriormente esses contos se tornaram folclore e fazem parte da história brasileira. O folclore é o resultado da comunicação feita há anos e que permanece nos dias atuais, então como dizer que a Comunicação Social não possui efeitos? Atualmente, não se tem folclore e nem tribo, mas temos notícias que mobilizam a sociedade. A primeira fase da comunicação é a Tribalização, de acordo com Marshall Mcluhan, é uma sociedade oral em que todos se reuniam em torno de uma única pessoa para escutar a mensagem. A Segunda fase surge com a criação de Gutenberg, a prensa tipográfica que teve como sua primeira obra a Bíblia de 400 páginas, assim a consagração da mídia impressa é conhecida por afastar as pessoas que antes andavam em tribos, essa fase é conhecida como a Destribalização. E por fim, a terceira fase é a Retribalização, com a chegada da internet todos tem a possibilidade estar conectados mundialmente, desterritorializados e desprendidos do aqui e agora (LEVY, 1996, p. 160). Vejamos as seguintes teorias que ainda são aplicáveis neste objeto de estudo. A primeira é a teoria da Espiral do Silencio, foi apresentada pela primeira vez em 1972, por Noelle-Neumann, refere-se à opinião da minoria não manifestada. [...] Contudo, pode-se considerar que o núcleo duro desta teoria consiste no argumento de que as que as pessoas que têm uma opinião, um ponto de vista, minoritário, tendem a cair no silêncio ou no conformismo, perante a opinião pública geral [...] (MIDÕES, 2008, p. 02). Essa primeira teoria, aplica-se aos dias de hoje, porém, com menor frequência, no processo educomunticativo, os que sentem essa teoria acabam por vez se manifestando e saem da posição de seres passivos que aceitam a opinião da maioria como a correta e passam a expor sua própria opinião sobre um determinado tema. A educomunicação também flui no que diz respeito à tecnologia: uma máquina fotográfica, por exemplo, pode de fato mudar o comportamento de um adolescente diante daquele instrumento e se tornar um jovem comunicativo, na medida em que ele faz o recorte social a partir de uma perspectiva idiossincrática. A segunda teoria denomina-se Teoria do Cultivo, ela defende que a televisão socializa, ou cultiva os públicos em uma visão comum do mundo com a implantação de valores comuns, na configuração de espaços descritos por ambientes homogêneos. [...] a TV cultiva determinados efeitos nos espectadores, o autor está chamando atenção para o processo dinâmico e contínuo característico de todas as práticas de enculturação [...] [...] Esse processo de cultivo, no qual os indivíduos estão inseridos, tem como principal ator a televisão – responsável pela maior parte dos referenciais partilhados pela sociedade contemporânea. (FILHO, 2007, p. 04) Essas teorias são importantes para compreendermos melhor o processo ao qual a grande massa está sujeita. Em nossa concepção, a juventude está passando pelas duas teorias aqui apresentadas. Uns preferem se calar, outros aceitam passivamente a opinião de terceiros e todos recebem informações midiáticas que formam o comportamento de uma juventude. Acreditamos que a grande questão em torno dos meios de comunicação é que eles influenciam os adolescentes e crianças, a ponto de mascarar a percepção dos mesmos em relação aos movimentos sociais e principalmente o rock. Construindo a Educomunicação Adolescentes que estão começando a descobrir o poder da autonomia, essa é uma etapa em que tudo o que acreditam começa a ser questionado, devido ao fato de que precisam se encontrar. Para eles, a educomunicação está claramente inserida num período de retribalização, em que a aldeia global atinge a tudo e a todos. A prática da educomunicação acontece por meio da construção do saber e do senso crítico, mas como principal objetivo é por em prática e transformar a realidade por uma perspectiva ainda não assistida. “[...]então, alterar a realidade em que se vive é o objetivo principal da Educomunicação.” (SOARES, 2006, p. 1) Diferente da metodologia escolar ou da metodologia de comunicativa, a educomunicação acontece por meio do diálogo, o locutor e o interlocutor. Ambos crescem e aprendem, posteriormente aprimoram a técnica do diálogo e passam para uma mídia o conteúdo discutido, no rádio, por exemplo, gravar um programa sobre o tema? Se for ao impresso, por que não criar um folheto com as informações? E se for a internet, por que não criar um blog para colocar as informações em formato de notícia? É trazer para a realidade de crianças e adolescentes a tecnologia como um instrumento para desconstruir o conhecimento artificial e de maneira direta ou indireta a educomunicação possibilita uma nova leitura dos saberes, diferente daquela que é imposta pela mídia. A prática educomunicativa traz consigo verdades não ditas, não reveladas. Adolescentes que defendem ideias sem saber o que significam, apenas repetem as palavras e comportamentos, acreditando que possuem a certeza absoluta, aquele adolescente que aparentemente é pouco comunicativo se mostra um indivíduo que precisa de atenção, agora são questionados e desafiados pela educomunicação a se superarem e ir atrás e não se conformar com a sociedade, mas procurar mudá-la pelos seus atos, considerando que a transformação é um processo inacabado, que está sempre em transformação. Exemplos como esses ilustram como se constrói novos comportamentos a partir do diálogo. “Ele não está pronto e nem foi escrito no gabinete. Não se constrói à moda acadêmica.” (SOARES, 2006, p. 10) A educomunicação é um processo que visa à politização dos indivíduos por meio dos processos que além de unir a educação à comunicação, leva tempo. Como já citado, é um processo inacabado, pois não possui regras e nem uma fórmula. A prática da educomunicação é importante para a sociedade, por meio dessa prática, é possível transformar comportamentos e revelar talentos por meio da mídia tecnológica. Sem esquecer que o trabalho da educomunicação é aguçar o senso crítico e fortalecer o vínculo dos jovens e adolescentes com a cidadania e assim os tornando sujeitos mais ativos e participativos nos espaços em que atuam na sociedade. O que irá despertar nos adolescentes e jovens o interesse pela educomunicação, é a tecnologia que é essencial na prática educomunicativa. Para que a educomunicação, na prática aconteça, é necessário a participação de crianças e adolescentes. Por exemplo, um jornal considerando apenas o envolvimento de professores, pode ser considerado educomunicação? Não, para que a prática da educomunicação aconteça de maneira efetiva necessita-se da participação dos adolescentes e jovens. Agora, um programa de rádio, em que se tem a participação de jovens, apenas de jovens, pode ser considerado educomunicação? Também não! É necessário que o educomunicador participe da prática, fazendo a mediação do processo. “A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados” (FREIRE, 1975, P 69). Rock : a revolução No início dos anos de 1950 o mundo estava saindo de um período de guerras e o préconceito, esteve presente na sociedade a mistura de três estilos musicais: O blues, jazz e o country, resultaram no tão aclamado “rock’n’roll”. O Blues é um ritmo musical advindo do continente africano, trazido aos Estados Unidos da América pelos negros, como forma de cultura musical de seu povo. Na América o ritmo africano se desenvolveu atrelado a cultura norte-americana e isso sucedeu em uma consolidação dos negros na américa, transformando assim, o blues em uma tradição folclórica afro-americana . O ritmo melódico e suas letras tristes retratavam bem as condições dos negros na sociedade da época. "As tradições folclóricas afro-americanas tiveram um papel decisivo na afirmação do negro na sociedade, estabelecendo sua identidade afro-americana em meio às turbulências e opressões vividas pelo negro durante décadas de segregação racial e preconceitos" (SILVA, 2012, p 34). O jazz se caracteriza por ser um ritmo dançante, embora tenha suas origens atreladas ao blues, para John Postgate “O blues, uma música vocal, está nas raízes do jazz, apesar de que isso possa parecer uma declaração fantasiosa, todo o jazz é um tipo de extensão do blues” (POSTGATE 1973, p.124 apud. OLIVER 1991, p.11) O rock era uma música de negros e normalmente era tocado nas periferias, aos poucos esse estilo musical foi invadindo as cidades do Estados Unidos, e logo, todos os americanos só sabiam escutar rock’n’roll. O rock’n’roll mudou os parâmetros de padrões impostos pela sociedade e movimentou de tal maneira o cenário musical, que desestruturou o modelo de música convencional e trouxe para toda a sociedade um ritmo mais agitado e não fazia diferença entre as pessoas. “O rock, caracteriza-se por ser um gênero de periferia e tem, sobretudo, nos movimentos sociais de protesto seu principal veículo de difusão. [...] Movimentos sociais de protesto são manifestações ocorridas fora desse centro de criação e buscam como instrumento de ruptura dos padrões convencionais, os gêneros musicais de periferia.” (CORRÊA, 1989, p. 39). A sociedade não estava pronta para receber toda a irreverência de Elvis Presley que se aflorava como um fenômeno musical a ponto de mudar o padrão imposto pela sociedade. “Moças comportadas, destinadas à maternidade e à cozinha, se tornaram criaturas atrevidas e sensuais capazes de por abaixo qualquer casa.” (HEWITT, 2013, p9). Rapazes que se preparavam para serem homens de família, agora se tornavam seres livres e sem um futuro definido, por meio do rock’n’roll eles expressavam sua revolta contra a sociedade. Havia cantores melhores que Elvis Presley, como Little Richard e Chuck Berry, porém a questão racial era algo que fervilhava na sociedade e por meio da musica as barreiras racistas se rompiam causando a união das pessoas. Minha musica quebrou as barreiras sociais. Eu tocava nos lugares e a plateia branca, os brancos ficavam sentados lá em cima. Os negros embaixo por que a minha banda era de negros. E os brancos pulavam dos camarotes e desciam até nós. A plateia começava a se misturar por que a musica não tem fronteiras raciais. (Little Richard- musico estadunidense de rock). Entrevista contida em DVD The History Rock’n’roll. Direção David R. Axerold: EUA. Warner Bros Filmes, 1995. Volume I (121 min) Chuck Berry ganhou o titulo de pai do rock, o seu sucesso inicial foi a musica “Maybellene”. “A canção misturava o rock and roll, com blues e música country. Dicção perfeita e solos de guitarra verdadeiramente incríveis são outros traços marcantes da obra daquele que é considerado o Pai do Rock” (CESAR, 2009, p.1). Na década de 1950 nos Estados Unidos, tem origem um grupo de contracultura o Beat Generation (Geração Beat). Que era um grupo de jovens que buscavam uma renovação de valores na sociedade, que acabava de sair de um período de guerras, tal grupo protestava contra o consumismo. O primeiro grande grupo de contracultura o Beat Generation (Geração Beat). Os Beatniks, como ficaram conhecidos, eram jovens intelectuais que protestavam contra o consumismo e o otimismo do pós-guerra americano, o anticomunismo e a falta de pensamento crítico da juventude. (SILVA, 2007, p. 9) Na década de 1960 chegou à terra da Rainha transformando a consciência da juventude britânica. E no meio dessa juventude intelectual, surge um grupo que tem o mesmo prefixo de tal movimento, os Beatles que se tornou um dos maiores grupos de rock. [...] A geração Beat foi uma das mais influentes vanguardas culturas na segunda metade do século XX, e pelo visto continua importante. Seus conceitos influenciaram músicos importantes como Bob Dylan, e os Beatles (que aproveitaram no seu nome o conceito beat) [...] (ALMEIDA, 2006, p.5) Nessa mesma década surgem outras bandas que também se tornam conhecidas a nível internacional, como The Who e Pink Floyd. Essa década também tem a ascensão de outro grande grupo de contracultura, os Hippies que tinham como slogan, “não faça guerra, faça amor” ou também, “paz e amor”. Os Hippies criticam o modelo de sociedade capitalista, aprovam o uso de entorpecentes. Eles criticam e desafiam o modelo de sociedade capitalista, tecnocrata e individualista norte- americana através de uma vida comunitária, propostas pacifistas, amor livre de compromissos, uso de alucinógenos, indumentária enfeitada, cabelos longos e desarrumados. (ALBURQUERQUE, 2009, p.1) Teve como ápice dos movimentos de contracultura no ano de 1969, o Festival Woodstock, o qual reuniu jovens que eram adeptos a estes movimentos. “O famoso Festival de Woodstock ocorrido em 1969 nos EUA agregou milhões de jovens que viviam sob o signo da contracultura. O rock passou a ser o símbolo da rebeldia dessa juventude, o seu meio de expressão.” (SANTOS, 2009, p. 8). Na Década de 1970, surge um movimento um tanto inovador e que viria a se apropriar do rock, chamando para si a revolta contra a sociedade que existia na época, os punks, jovens anarquistas e a principal banda que representa esse movimento. “Movimento Punk que tinha como expressão máxima a banda Sex Pistols.” (SANTOS, 2009, p.13). Na realidade, o punk surgiu numa época de dificuldade e desemprego, atestando o primeiro ciclo de crise do capitalismo mundial, após a 2ª Guerra Mundial, espalhando-se pelos principais centros urbanos mundiais e externando um sentimento de descontentamento de grupos das classes menos privilegiadas. (BRANDÃO; DUARTE, 1990 p. 83). Neste cenário, Deep Purple, Led Zepplin, Black Sabbath, Queen, AC/DC e Aerosmith são alguns nomes que começa a surgir no cenário internacional do rock, na década de 70. “Na segunda metade da década de 70 as bandas de rock no Brasil geralmente tendiam para o rock progressivo (movimento europeu com influências da música clássica e do jazz).” (SILVA , 2007, p.10). O inicio da década de 1980 não foi um bom começo para o rock. Paul McCartney havia sido preso no Japão pelo porte de drogas em sua bagagem e o assassinato de John Lennon são alguns fatos que movimentam a década de 1980. Embora esta década tenha sido complicado para o rock, o estilo musical não havia deixado de fazer sucesso, assim, com o surgimento dos movimentos de contracultura, o rock foi segmentado em varias vertente e ai as bandas de rock como U2, Jon Bon Jovi e Guns’n’roses são algumas das bandas que ficam em destaque em nível internacional. Rock no Brasil: início mudanças e transformações culturais no século xx Para entender a chegada rock'n'roll nos anos de 1960, é importante conhecermos um pouco da história do Brasil, raízes sertanejas e muita música internacional no início do século XX. Nas primeiras quatro décadas do século XX, o Brasil, ainda fortemente rural no quesito econômico, sem muitos apontamentos em uma futura mudança na produção industrial, tem em sua estrutura política, um sistema bastante conhecido, o "coronelismo”, denominado assim, pelo fato dos grandes proprietários de terra ser chamados de coronéis. Em uma sociedade em que o dinheiro resultava em poder, logo, quem detinha o poder econômicopolítico do estado eram os chamados, coronéis. O coronelismo e a Guarda Nacional são geralmente apresentados como faces da mesma moeda, em razão da intensidade de suas relações. O fato de pertencer a essa instituição era assim uma forma de legitimação formal do prestígio do coronel, mas não se constituía na origem de seu poder. Nesse sentido, sua extinção em 1918 foi de pouca relevância para o coronelismo como fenômeno sociopolítico, já que, a partir de então, os coronéis tornaram-se chefes de fato e não somente de direito, auto proclamados ou aclamados pela comunidade. (RÊGO 2008, p. 70) Neste período, a sociedade pode ser dividida em duas partes, em termos de preferência musical. A parte envolvendo os coronéis, estes simpatizantes da musica europeia, como por exemplo, as óperas italianas. O segmento rural, os “coronéis” (como eram chamados os senhores das grandes propriedades rurais, os latifúndios), elegem a música europeia como de sua preferência. Tanto a música de concerto, como e principalmente as óperas italianas, influenciam até a arquitetura dos teatros construídos no Brasil. Já os camponeses fazem música sertaneja, cantando suas tragédias, sonhos, pesadelos e amores.( SILVIA,2007, p.4) A outra parte pode ser compreendida, como a dos camponeses, que apreciavam as cantigas sertanejas, resultantes de suas angústias e insatisfações em relação ao sistema social em que viviam. As letras eram em forma de lamento, seja ele pela perda da mulher amada, do trabalho exaustivo dos sertões, das lamúrias da vida sertaneja em questão. A originalidade da música brasileira começa aparecer a partir da década de 1950, até então o que se tinha eram músicas compostas por artistas brasileiros, porém com resquícios de musicas estrangeiras em suas letras. A música popular brasileira, a chamada MPB, originada nos anos de 1950, passa a ser o primeiro estilo de música propriamente brasileira, com ela se tem a chegada da Bossa nova, em 1958, que trazendo cantores como, Caetano Veloso, Elis Regina, Tom Jobim, Vinícius de Morais entre outros. As letras refletiam as belezas culturais da classe média, ou seja, eram letras voltadas para o entretenimento, passando bem longe das questões político-social enfrentadas pelo país na época. A partir de 1965 o Brasil entra na fase dos festivais de música. Entre um festival e outro surge o movimento da Jovem Guarda. Um pouco antes, no início da década a cantora Celly Campelo, estourava nas rádios brasileiras com sucessos como “estúpido cupido”, e “banho de lua”. Celly Campello pode ser considerada a primeira manifestação de rock no Brasil. “Muitas pessoas insistem em ver no rock aquela maldita música americana que ocupa espaços da MPB nas rádios ou que se distorce de tal maneira que os ouvidos estourar” (CHACON, 1985, p. 9). Nos anos de 1970 o rock brasileiro tendia para o rock progressivo, movimento de origem inglesa (influencia de música clássica e do jazz). Apesar de muita turbulência envolvendo a política e a economia do país nos anos de 1970, tivemos diversas bandas representando o rock nacional. A banda gaúcha “Bicho da Seda”, formada em 1967, porém, com uma maior visibilidade a partir dos anos 1970, foi quando vieram se instalar na cidade do Rio de Janeiro. Outra banda dos anos 1970 foi a “Aero Blues”, de boa repercussão, juntamente com a banda “Secos e Molhados”, com o vocal de Ney Matogrosso, sucessos como “sangue latino”, “assim assado” e “Rosa de Hiroshima”, fazendo críticas a vários problemas sociais. A banda "Secos e Molhados" caracterizou-se por fazer críticas ao regime militar instalado no Brasil, em 1968. O surgimento do Secos & Molhados se deu num contexto histórico-cultural marcado por dois processo que de forma combinada suscitaram mudanças culturais importantes no país. O primeiro deles, de cunho político, associava-se à vigência do regime ditatorial militar na sua fase mais repressiva; e o segundo, de natureza técnica, decorria do novo arranjo sistêmico das indústrias da cultura que ocorreu a partir do final dos anos 60.(ZAN, 2006, p. 04) A década de 1980 para o Brasil pode ser considerada um divisor de águas, por várias questões, como o fim da “ditadura militar", o inícios do movimento das "Diretas já”, as eleições presidenciais, ou seja, uma quebra de paradigmas existentes na sociedade da época. Nessa mesma década, bandas como Legião Urbana e Paralamas do Sucesso ascendiam na cabeça dos jovens, e mais uma vez o rock quebrava os padrões sociais e políticos. Uma canção especial embalou as campanhas políticas ao voto direto para as eleições presidenciais, na qual Fernando Collor de Melo se sagraria presidente do Brasil mais tarde. A canção de Milton Nascimento e Vagner Tiso “Coração de Estudante” embalou multidões em prol do voto direto e consecutivamente o final de um regime ditatorial que se sustentou desde 1964 á 1985. A canção tornou-se ainda o hino da campanha pelas eleições diretas, em 1984, e em seguida hino da chamada Nova República, com a eleição de Tancredo Neves pelo Congresso. Quando Tancredo morreu, em abril de 85 “Coração de Estudante” seria a música executada durante a transmissão do funeral pelas televisões. (SEVERINO, 1998, p. 305) Educomunicação e Rock O processo educomunticativo, teve início no dia 16 de julho de 2013 no Centro da Juventude Professor Jomar Vieira Rocha, localizado no bairro Interlagos. As oficinas tinham um propósito: unir o Rock e a Educomunicação. O Centro da Juventude nos cedeu às três últimas terças-feiras do mês de julho e a primeira terça do mês de agosto. Tivemos quatro encontros e cada encontro teve a duração de 6 horas. As oficinas aconteceram no período da manhã e da tarde. No primeiro encontro, foi contextualizado o início do rock. Segue o planejamento da primeira oficina: O primeiro encontro é para estabelecer e introduzir o rock, não apenas como um estilo musical, mas ir mais além trazendo os movimentos sociais juntamente com o estilo rebelde do rock. De maneira cronológica, serão abordadas as décadas de 1950 e 1960, quando ocorreu o surgimento do estilo musical e dos movimentos sociais que acompanharam ambas as décadas. Nesse encontro, utilizamos slides e músicas como instrumentos didáticos, levando-os ao inicio da década de 1950, de forma que eles pudessem absorvem o conteúdo. Tivemos tal êxito ao ver os comentários dos alunos relacionados ao contexto. Um dos alunos faz uma comparação ao início do rock a realidade em que vive . “É como a gente, que mora no Interlagos sofrer de preconceito nas lojas de roupas, só por que moramos aqui e resolvemos então criar um novo estilo musical” Também, na década de 50 apresentamos a eles os Beatniks e finalizamos com uma gincana de três perguntas e cada pergunta tendo três alternativas e karaokê, todos os adolescentes presentes cantaram musicas de rock’n’roll nacional como “Estupido Cupido” na voz de Celly Campello e “Ronda das Horas” com Nora Ney. Quando iniciamos a década de 1960, os alunos ficaram impressionados como o rock havia mudado neste período. Contextualizamos por meio de slides e fotos, eles passaram a ter conhecimento sobre as bandas de rock internacional como: Rolling Stones, Beatles e Pink Floyd, começam a despontar no cenário do rock internacional, e também eles conheceram um grande movimento de contracultura, os hippies, que tiveram o ápice do movimento com o festival Woodstock. O diferencial, é que neste momento começamos a dar mais foco no rock e na história brasileira , e também falamos com eles sobre a ditatura, que teve início nesse período. Pois unimos o tema ditadura com bandas que se iniciavam nesta década: Os Mutantes e Raul Seixas. Essa década foi finalizada novamente com gincana e karaokê, nesta década, eles optaram por escolher a musica “Mosca na Sopa” de Raul Seixas. Tivemos como principal resultado desse primeiro encontra a empolgação dos alunos. Durante os dois intervalos – de quinze minutos do período da manhã e tarde - desse primeiro encontro, foi tocado na Rádio Juventude duas músicas de rock referente às décadas de 1950 e 1960, sendo elas: “Viva Las Vegas” de Elvis Presley e “Brincadeira” do Raul Seixas. O segundo encontro foi abordado ás décadas de 1970 e 1980. Continuamos contextualizando a historia do rock, e novamente, contamos com slides , fotos e musicas. Segue o planejamento da segunda oficina. O segundo encontro tem como objetivo dar continuidade a historia do rock e dos movimentos de contracultura. Cronologicamente, continuaremos a partir da década de 1970 e finalizando a historia do rock com a década de 80. E junto com a historia do rock, trazer a eles os movimentos sociais e de contracultura que correspondem às décadas Nós procuramos manter o equilíbrio do conteúdo de rock internacional, a historia brasileira e o rock nacional e o movimento de contracultura apresentado, foi o punk. Acreditamos que este movimento foi o que mais chamou atenção dos adolescentes, devido a banda Sex Pistols, um aluno comentou “Eu gostei dos Sex Pistols, eles realmente sabem criticar a rainha”. Finalizamos essa década com gincana de três perguntas com três alternativas cada e karaokê, a musica que foi escolhida por eles foram : “Eu nasci há dez mil anos atrás” e “O diabo pai do Rock” de Raul Seixas O ápice das oficinas teóricas acontece no período da década de 1980, quando eles começam a conhecer as bandas como Legião Urbana e Paralamas do Sucesso e o fim da ditadura no Brasil. Buscamos manter o equilíbrio dos conteúdos a nível internacional e nacional, buscando dessa forma finalizar a historia do rock até a década de 1980. Finalizamos com a Gincana de três perguntas e cada uma delas, tinha três alternativas e o Karaokê, onde os adolescentes escolheram musicas como “Que país é Esse?”, “Tempo Perdido” da banda Legião Urbana e “Alagados” dos Paralamas do Sucesso. O intervalo no período da manhã e da tarde foi dominado por Legião Urbana, nesta ultima oficina. O terceiro encontro deu inicio a produção do material de radio. Nas oficinas “teóricas” nos aprofundamos com os adolescentes em letras de musicas, analisando-as com o propósito da educomunicação é aguçar o senso crítico, portanto, analisamos com os adolescente letras de músicas que correspondiam a um determinado contexto social, e por meio da própria música explicávamos o que havia dito na entrelinha. Todo o material radiofônico foi produzido pelos adolescentes, incluindo os comerciais. Segue o planejamento da terceira oficina. Este terceiro encontro , nós vamos definir com o grupo alvo do programa, nome do programa, vinheta de abertura, vinheta de intervalo e o tempo que terá cada bloco do programa. E então terão inicio as gravações. Esse é o momento em que o grupo irá trabalhar para compor conteúdo das oficinas históricas que irá ao programa de rádio. Neste terceiro encontro, os adolescentes escolheram o nome do programa, que é “Esse Tal de Rock’n’roll”, fazendo referencia a musica de Rita-Lee que atende pelo mesmo nome. Eles se organizaram em cinco grupos neste encontro para iniciar a produção textual que no encontro seguinte seria a gravação. O primeiro e segundo grupo se encarregaram de contar a historia do rock, compreendendo as décadas de 1950,1960,1970 e 1980. O terceiro e quarto grupo se encarregaram de fazer analises de letra de musicas, e por fim o ultimo grupo se encarregou dos comerciais. Todos os grupos tiveram o auxilio dos acadêmicos. E o quarto encontro se deu apenas para produção radiofônica. Segue o planejamento da ultima oficina. Neste ultimo encontro inicia-se as gravações do programa “Esse tal de rock’n’roll” nome escolhido pelos adolescentes do Centro da Juventude, divididos em cinco grupos, irão ao laboratório de rádio gravar seus textos assim concluído o programa e as oficinas. Nesta última oficina foi observada a grande dificuldade dos adolescentes, no que diz respeito à interpretação e produção textual, no entanto apenas cinco foram escolhidos no grupo para gravar conseguiram gravar no microfone e deixar de lado o sentimento de repulsa e vergonha. Notou-se que esses jovens passaram a conhecer o rock, a opinião deles mudou sobre o gênero musical. Adolescentes que estavam apenas recebendo o conhecimento artificial passado pela mídia, tal concepção negativa mudaram à medida que recebiam tal conhecimento e formavam suas opiniões próprias sobre o assunto. Durante o andamento das oficinas teóricas – que se referem a historia do rock e os movimentos de contracultura – foi satisfatório. Conseguimos mudar a concepção deles sobre o rock’n’roll , por meio da teoria do Cultivo, durante estas terças-feiras no período de intervalo, a Rádio Juventude – rádio interna – tocava músicas de rock e a cada encontro era uma musica diferente no intervalo que correspondia a uma década analisada. O formato das oficinas, como já citado, era de ser dinâmico, algo que para os adolescentes não fosse desanimador e que aguçasse o interesse mesmos com o tema e para atingirmos nossos objetivos por meio do terceiro modelo Pedagógico citado por Saviani, a teoria Crítica Social dos Conteúdos, em que buscamos aproximar ao máximo o tema rock, com a realidade e a reflexão dos adolescentes. O dinamismo citado foi obtido de diversas formas, por meio do karaokê e das gincanas montadas especialmente para as oficinas. Outro meio instrumento utilizado para dinamizar a oficina foi a liberdade de opinião dada aos alunos: que eles podem opinar dessa forma o conhecimento que eles recebem cresceu e deu um feedback melhor que o esperado. O interesse deles aumentou quando falávamos sobre movimentos de contracultura e sociais, em nosso entendimento chegamos a essa conclusão, pelo fato de que eles sentiam empatia pelos rebeldes envolvidos nesses grupos citados no artigo. O programa de rádio foi realizado em quatro encontros de seis horas cada. O programa de rádio teve a duração de 10 minutos, com quatro intervalos de 30 segundos. Todo o material radiofônico foi produzido pelos adolescentes. O nome do programa é “Esse Tal de rock’n’roll”, fazendo referencia a música de Rita Lee. Os dois primeiros blocos é a historia do rock, e os dois últimos apenas analises de trechos de músicas selecionados pelos adolescentes. A produção textual e a interpretação foram os maiores desafios que encontramos. O esforço que eles fizeram em se superar é somente dos próprios adolescentes que vencerão seus medos de microfone e passaram a se conhecer melhor. Adolescentes que jamais ouviram suas vozes no radio, estavam tendo seu primeiro contato com um meio de comunicação. Considerações finais A experiência realizada com os jovens do Centro da Juventude Professor Jomar Vieira Rocha, é um dos exemplos em que o rock transforma a percepção social. A educomunicação utilizada como procedimento metodológico e teórico proporcionou uma estratégia para se estudar o rock, até então, muitos jovens tinham conhecimento artificial sobre o tema, por meio do programa de rádio elaborado pelos mesmos, expressaram o conhecimento e interesse pelo assunto. Após várias observações desse material, foi uma conclusão conjunta entre: educomunicadores e os adolescentes que o rock'n'roll é mais que propriamente um estilo e sim uma forma de viver, de protestar, de gritar e dizer: sim, nós podemos fazer algo para mudar o mundo. Referências ALBURQUERQUE , Leila Marrach Basto de, Hair: “Paz e Amor!”,2009. ALMEIDA, Marcos Abreu Leitão de Almeida, Geração em debate : Beat ou Beatnik? – 2006. BACCEGA, M. Aparecida – Comunicação/educação e a construção de nova variável histórica in Educomunicação construindo uma nova área de conhecimento , 2011. BRANDÃO, C. Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Abril Cultura; Brasiliense, 1985 BRANDÃO, A. C.; DUARTE, M. F. Movimentos Culturais da Juventude – São Paulo: Moderna, 1990. CHACON, Paulo. O que é Rock . São Paulo: Editora Nova Cultural / Brasiliense, 1985. CORRÊA, Tupã Gomes, 1948. Rock, nos passos da moda: mídia, consumo X mercado. Campinas, SP: Papirus, 1989. 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