SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1° CICLO - 2010 A matriz de referência curricular de Língua Portuguesa para o 1º Ciclo da Rede Municipal de Ensino de Contagem está organizada em quatro eixos: I Capacidades básicas para a alfabetização; II - Práticas de leitura; III - Produção escrita; IV - Oralidade. Esses eixos são distribuídos em tópicos, detalhados por seus respectivos descritores. Nº D1 D2 D3 D4 D5 D6 EIXO I - CAPACIDADES BÁSICAS DA ALFABETIZAÇÃO Descritor Comentários Compreender a diferença entre a escrita alfabética e Compreender a diferença entre a escrita alfabética e outras representações gráficas outras formas gráficas. (desenhos, números, placas, e outros.). Conhecer as letras do alfabeto, aprendendo o nome e a forma de cada letra. Saber que as letras (grafemas) representam os sons da fala (fonemas). Identificar as letras não apenas Identificar as letras do alfabeto. isoladamente, mas dentro de contextos como palavras, frases e pequenos textos. É importante ressaltar o ambiente alfabetizador da sala de aula que instigue os alunos a conhecer o alfabeto. Conhecer e distinguir os diferentes tipos de letras, sendo capaz de reconhecer uma mesma Conhecer os diferentes tipos de letras (cursiva, de palavra (significado) escrita em letras diferentes. Para isso é relevante o trabalho com forma, maiúscula e minúscula). diferentes portadores de texto. Relacionar palavras que tenham o mesmo número de sílabas. Identificar o número de sílabas de uma palavra Identificar e classificar palavras monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas (sem se preocupar com a nomenclatura). Identificar sílabas (CV) no início, no meio da palavra e no fim da palavra. Identificar sílabas constituídas de apenas vogais (como “ave” e “abacaxi”). Reconhecer palavras que apresentam a mesma sílaba Reconhecer ditongos em diferentes posições. Reconhecer sílabas complexas (CVC “paz”, CCV “prato”), sempre em contexto de uma palavra. Identificar palavras que rimam: Reconhecer rimas a) a partir de um estímulo (uma outra palavra, uma figura, um objeto, etc.) b) em textos de gêneros diversos como poemas, cantigas e parlendas. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1° CICLO - 2010 N° Descritor EIXO I - CAPACIDADES BÁSICAS DA ALFABETIZAÇÃO Comentários D7 Identificar o conceito de palavra D8 Conhecer as regularidades ortográficas. D9 Conhecer as relações irregulares em palavras mais frequentemente usadas pelo aluno. Compreender que diferentemente da fala que apresenta uma sonoridade contínua (falamos uma palavra seguida da outra como se fosse “uma só”), a escrita apresenta espaços segmentados em branco que delimitam as palavras. Reconhecer que palavra é cada unidade de espaçamento em branco. Identificar palavras de diferentes tamanhos (inclusive, os monossílabos). As relações regulares podem ser: Relações biunívocas entre sons e grafemas - por exemplo, as letras “p”e “b”, em “pala” e “bola”. Relações que dependem do contexto - por exemplo, a letra “l”, em início de sílaba, como em “bala”, a qual representa o som [l] e a letra “l”, em final de sílaba, como em “mel”, a qual representa o som [u]. Compreender que há relações letra/som que não podem ser apreendidas por regras. Esse é o caso, por exemplo, das letras “s” e “c” em início de sílaba (por exemplo, cego, separação, semente, cela). Como aprender essas regras? Algumas palavras ocorrem com maior frequência e são aprendidas mais facilmente, pela memorização visual. Deve-se incentivar a consulta ao dicionário para solucionar problemas referentes às relações irregulares. EIXO II - PRÁTICAS DE LEITURA Nº Descritor 10 Ler palavras em voz alta 11 Ler, em voz alta, uma frase ou um texto. 12 Ler, em voz alta, um pequeno texto. Comentários Ler palavras, oralmente, apresentando fluência e recuperando seu sentido. Ler palavras formadas por diferentes tipos de sílabas (CV, CVC, CCV, CVV, dentre outros.) e de diferentes tamanhos (monossílaba, dissílaba, trissílaba). Ler frases, oralmente, apresentando fluência, entonação adequada, expressividade, e recuperando o seu sentido. Ler pequenos textos, oralmente, apresentando fluência, entonação adequada, expressividade, e recuperando o seu sentido. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1° CICLO – 2010 EIXO II - PRÁTICAS DE LEITURA N° D13 D14 D15 D16 D17 Descritor Ler palavra(s) silenciosamente. Localizar informações explícitas em diferentes textos. Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Inferir uma informação em um texto. Identificar o assunto de um texto D18 Formular hipóteses sobre o conteúdo de um texto D19 Identificar elementos que compõem a narrativa. Comentários Ler, reconhecendo globalmente o significado das palavras. Estabelecer relação entre o sentido e a palavra escrita. Ler palavras formadas por diferentes tipos de sílabas (CV, CVC, CCV, CVV, dentre outros.) e de diferentes tamanhos (monossílaba, dissílaba, trissílaba). Identificar informações em frases e textos de gêneros variados, de diferentes formatos, tamanhos e suportes. Localizar uma ou mais informações explícitas em uma sentença ou texto. Localizar informação explícita em mapas, tabelas, gráficos, figuras, dentre outros. Localizar informação no título, no primeiro parágrafo e em posição medial no texto. Reconhecer o significado de uma palavra ou expressão considerando o contexto, em texto de gêneros diversos (charges, ditos populares, provérbios). Inferir o sentido de uma informação que esteja subentendida no texto, a partir da relação entre os diversos elementos do discurso. Compreender globalmente o sentido de textos curtos e médios. Relacionar o assunto global do texto ao conhecimento de mundo. Identificar palavras-chave de um texto. Formular hipóteses sobre o conteúdo de um texto a partir do suporte, do título, da ilustração, do gênero, e outros. Identificar os elementos presentes em uma narrativa (personagens, tempo, espaço, conflito gerador, ações, e outros). Estabelecer relação entre os personagens e ações. Identificar o(s) personagem (ens) principal (ais) da narrativa. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1° CICLO – 2010 EIXO II - PRÁTICAS DE LEITURA N° D20 Descritor Reconhecer a ordem alfabética tendo em vista seus usos sociais. D21 Identificar gêneros textuais e sua finalidade. D22 Interpretar texto, integrando texto verbal e não verbal D23 Reconhecer relações de intertextualidade Comentários Saber utilizar a ordem alfabética em diferentes situações (agenda telefônica, catálogo, dicionários, e outros). Reconhecer gêneros textuais diversos, identificando a sua função e objetivo. Identificar um gênero a partir dos recursos visuais e da disposição na página. Identificar finalidade de textos de diferentes gêneros a partir de seu tema/assunto. Identificar e interpretar informações presentes em um texto, utilizando as diversas linguagens (tabelas, títulos, ilustrações, e outros). Estabelecer relações entre textos, identificando o mesmo assunto tratado por textos de diferentes gêneros e/ou suportes. Conhecer e estabelecer relações entre as várias versões de um texto. Por exemplo, várias versões de Chapeuzinho Vermelho (escritas por diferentes autores, em livros, revistas em quadrinhos, CD, filmes, e outros.) EIXO III - PRODUÇÃO ESCRITA N° D24 D25 Descritor Comentários Conhecer as convenções relativas ao alinhamento do texto na página e ao espaçamento. Compreender que a escrita possui uma forma de organização na página, sendo direcionada da esquerda para a direita e de cima para baixo. Escrever usando essas convenções. Demonstrar conhecimento de escrita do nome Saber escrever o nome completo. D26 Escrever palavras D27 Escrever frases D28 Escrever textos de gêneros diversos adequados ao destinatário e aos objetivos. Escrever palavras com diferentes estruturas silábicas: sílabas CV (pata), CVC (pasta), CCV (prato), CVV (caule). Considerar outras complexidades decorrentes da relação com a oralidade, como por exemplo: o/e em final de sílaba que são pronunciados como [u] e [i], o “r” final do infinitivo (está/estar), dentre outras complexidades. Lembrar que é sempre importante que a escrita de palavras específicas leve em conta o contexto. Escrever frases simples com a estrutura [sujeito+verbo+objeto]. Avançar para escrita de frases mais complexas. Utilizar estímulos variados para a escrita de frases: figuras, cartazes, objetos, brinquedos. Escreve textos adequados aos objetivos (para quê), ao destinatário (para quem) e ao gênero (qual o gênero escolhido? Quais as características do texto? Em que suporte ele vai ocorrer?) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL EIXO IV – ORALIDADE Nº Comentários Descritor D30 Respeitar as diversas formas de expressão oral, tendo consciência da variação linguística. Compreender histórias e fatos transmitidos oralmente. D31 Conhecer gêneros textuais da oralidade. D32 Usar a fala em diferentes situações, sabendo empregar a variedade lingüística adequada. D33 Usar a produção oral considerando os diferentes gêneros. D29 Reconhecer e respeitar as diversas variedades da língua, manifestada em sala de aula e encontrada nos diversos espaços sociais (comunidade, escola, família, e outros). Compreender histórias, casos e fatos transmitidos oralmente (narrados ou lidos). Esses gêneros incluem, dentre outros: relatos de experiência, dramatizações, parlendas, fatos e histórias, hora da rodinha, organização da rotina diária. Devem-se ressaltar as características principais desses textos. Saber adequar a fala às circunstâncias. Planejar a fala em situações mais formais: jornais falados, entrevistas, apresentação de eventos na escola (festa, torneios, hora cívica e outros). Esses gêneros incluem, dentre outros: música, teatro, poesias, reconto de casos e histórias, organização da rotina diária e produção coletiva de textos orais. MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2° CICLO - 2010 A matriz de referência curricular de Língua Portuguesa para o 2º Ciclo da Rede Municipal de Contagem está organizada em quatro eixos: I - Apropriação do sistema de escrita; II - Leitura; III - Produção de textos escritos; IV – Oralidade, e em descritores seguidos de seus respectivos comentários. EIXO 1 - APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA Nº D34 DESCRITORES Conhecer as regularidades ortográficas COMENTÁRIOS As relações regulares podem ser: - biunívocas entre sons e letras (fonemas e grafemas) por exemplo, os sons “p” e “b” são representados somente pelas letras P e B, como em “pala” e “bola”. - dependentes do contexto por exemplo, o som “k”, diante das vogais “a, o, u”, é representado pela letra C, como em “casa, corda e cura”. Diante das vogais “e, i”, esse mesmo som é representado pelo dígrafo QU, como em “queijo” e “quilo”. - dependentes da morfologia por exemplo, os substantivos abstratos devem ser grafados com a letra Z (no sufixo –eza), como em “beleza”. Já os concretos devem ser grafados com S (no sufixo –esa). SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2° CICLO – 2010 EIXO 1 - APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA N° D35 Descritor Conhecer as irregularidades ortográficas Comentários Relações irregulares do sistema ortográfico do português se devem ao fato de haver, por um lado fonemas que, mesmo quando em contextos idênticos, podem ser apresentados por diferentes grafemas, e, por outro lado casos em que um mesmo grafema, também em contextos idênticos, pode corresponder a diferentes fonemas. Devido à impossibilidade de se formular uma regra geral, é importante que as dificuldades sejam graduadas. Relações irregulares: - dependentes do contexto por exemplo, o som “k”, diante das vogais “a, o, u”, é representado pela letra C, como em “casa, corda e cura”. Diante das vogais “e, i”, esse mesmo som é representado pelo dígrafo QU, como em “queijo” e “quilo”. - dependentes da morfologia por exemplo, os substantivos abstratos devem ser grafados com a letra Z (no sufixo – eza), como em “beleza”. Já os concretos devem ser grafados com S (no sufixo –esa). Um grafema representando vários fonemas, no caso do X em exame, reflexo, exceto. O mesmo fonema representado por letras diferentes como em poço e osso. Consultar, sistematicamente, o dicionário e outras fontes para solucionar problemas referentes à ortografia das palavras. EIXO 2 – LEITURA Nº DESCRITORES COMENTÁRIOS 1 D36 1 2 Localizar informações explícitas em diferentes textos. Localizar uma ou mais informações objetivas marcadas em textos de diferentes gêneros . A dificuldade dessa tarefa depende da quantidade de informações solicitadas e do local em que a(s) informação(ões) aparece(m) no texto (se é no início, no meio ou no fim do texto). Ainda, características específicas do texto podem oferecer dificuldade. Por essa razão, é importante observar o grau de complexidade do texto (se o texto é fácil, mediano ou difícil). 2 Tal complexidade pode ser definida por fatores como o gênero, o tema, o vocabulário, a gramática e a extensão do texto, bem como a relevância da informação no texto. Os descritores do eixo da Leitura supõem textos de diferentes gêneros. Devem-se considerar esses fatores que podem definir o grau complexidade do texto em todos os descritores do eixo da Leitura. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2° CICLO – 2010 EIXO 2 – LEITURA N° Descritor D37 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão D38 Inferir uma informação em um texto. D39 Identificar o assunto de um texto D40 Formular hipóteses sobre o conteúdo de um texto 041 Levantar e confirmar hipóteses sobre o conteúdo do texto D42 Identificar gêneros textuais D43 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros D44 Identificar elementos que compõem a narrativa D45 Reconhecer a ordem alfabética tendo em vista seus usos sociais Comentários Inferir é relacionar informações marcadas explicitamente em um texto com conhecimentos prévios, a fim de produzir sentido para o que foi lido. No caso deste descritor, focaliza-se a capacidade do leitor de inferir um significado para uma palavra ou expressão desconhecida em textos de diferentes gêneros. Nem sempre é preciso recorrer ao dicionário para conhecer o sentido de uma palavra ou expressão desconhecida. Esse sentido pode ser recuperado pelo leitor a partir do contexto em que a palavra ou expressão ocorre. Inferir o sentido de uma informação que esteja subentendida em um texto (verbal e/ou não verbal), a partir da relação entre pistas ou marcas textuais e conhecimentos prévios. Buscar pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas, ampliando a compreensão. Compreender o sentido global de um texto, sabendo do que ele trata. O texto deve ser considerado como um todo. Nem sempre o assunto está marcado claramente no texto. Por esse motivo, o leitor deve produzir compreensão global do texto lido, unificando e interrelacionando informações explícitas e implícitas. Antes de proceder propriamente à leitura do texto, formular hipóteses sobre o seu conteúdo, a partir de elementos como suporte, gênero, título e ilustração. Durante a leitura, levantar e confirmar (ou não) hipóteses relativas ao conteúdo do texto que está sendo lido. Reconhecer gêneros textuais diversos. Identificar um gênero a partir dos seus recursos não verbais, da sua configuração na página ou a partir da sua leitura. Por vezes, textos de diferentes gêneros apresentam intenções e funções comunicativas diferentes. Uma notícia, geralmente, tem por finalidade informar o leitor sobre um determinado fato. Vale destacar que um único gênero textual pode apresentar mais de uma função. Uma propaganda de um produto, por exemplo, pode ao mesmo tempo ter a função de persuadir o leitor, assim como fornecer informações. Identificar os elementos da narrativa (personagens, ações de personagens, tempo, espaço, conflito gerador, narrador – 1ª e 3ª pessoas). Identificar, por exemplo, o(s) personagem(ens) principal(ais) da narrativa. Saber utilizar a ordem alfabética, tendo em vista os seus diferentes usos sociais (agenda telefônica, catálogo, dicionários, e outros). SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2° CICLO – 2010 EIXO 2 – LEITURA N° Descritor D46 Desenvolver interpretação, integrando texto verbal e não verbal D47 Reconhecer relações de intertextualidade D48 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto D49 Distinguir um fato de uma opinião relativa a esse fato D50 Estabelecer relações entre partes de um texto D51 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios e outros. D52 Ler textos oralmente Comentários Interpretar informações presentes em um texto, por exemplo, uma tirinha, relacionando elementos verbais a elementos não verbais. Estabelecer relações entre textos, identificando o assunto tratado por textos de mesmo ou de diferentes gêneros e/ou suportes. Identificar quem fala no texto (locutor) e a quem o texto se destina (interlocutor), por meio de marcas linguísticas explícitas. Dentre as marcas que podem apontar para o locutor e o interlocutor, podem ser citados: a variante lingüística e o registro usados, o vocabulário, o uso de gírias e expressões, o suporte, os aspectos gráficos, e outros. Perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser bem marcada no texto ou exigir do leitor que ele perceba essas diferenças integrando informações de diversas partes do texto e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil. Relacionar uma informação dada com outra informação nova introduzida por meio de uma descrição definida, de um pronome ou de uma elipse. Quanto maior o número de antecedentes possíveis e a distância dos antecedentes, maior será a dificuldade de relacionar as partes. O leitor deve identificar as relações lógico-discursivas (oposição, comparação, anterioridade, posterioridade, e outros.) presentes em um texto, isto é, construir, a partir de conjunções, preposições, advérbios, entre outros recursos lingüísticos, as relações entre frases, parágrafos ou partes maiores do texto. Ler, oralmente, textos (literários ou não), apresentando fluência, entonação adequada, expressividade, e recuperando o seu sentido. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2° CICLO – 2010 EIXO 3 - PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS Nº DESCRITORES D53 Escrever textos, de gêneros diversos adequados ao destinatário e objetivos. D54 Planejar a escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos D55 Revisar e reelaborar a própria escrita COMENTÁRIOS Escrever textos adequados ao destinatário (para quem escrever), aos objetivos (para que escrever) e ao gênero (em qual o gênero escrever). Escolher, no planejamento da escrita, como o tema será tratado. Definir o tema central do texto, a partir do qual será feito um encadeamento ou desdobramento de idéias. Essa capacidade contribui para a coerência do texto, uma vez que possibilita uma organização dos seus conteúdos. Ter autonomia na análise de seu próprio texto escrito, sabendo avaliá-lo, revisá-lo e reelaborá-lo, segundo critérios adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação previstos. EIXO 4 – ORALIDADE Nº D56 D57 DESCRITORES Conhecer, valorizar e respeitar as diversas formas de expressão oral, tendo consciência da variação linguística. Compreender histórias e fatos transmitidos oralmente. COMENTÁRIOS Reconhecer e respeitar as diversas variedades da língua encontradas nos diversos espaços sociais (comunidade, escola, família, e outros.). Compreender histórias, casos e fatos transmitidos oralmente ((re)contados ou lidos). Esses gêneros incluem, dentre outros: exposição de trabalho, relatos de experiência e fatos, dramatizações, músicas, contação de histórias, reconto de casos e histórias, organização da rotina diária. D58 Conhecer e usar gêneros textuais da oralidade que ocorrem ou não no ambiente escolar D59 Usar a fala em diferentes situações sabendo empregar a variedade linguística adequada Saber adequar a fala às circunstâncias, à situação de interlocução. Planejar a fala em situações formais Planejar a fala em situações mais formais: jornais falados, entrevistas, apresentação de eventos na escola (festa, torneios, hora cívica e outros.). D60 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO - 2010 A matriz de referência curricular de Língua Portuguesa para o 3º Ciclo da Rede Municipal de Contagem está organizada em torno de três eixos: Práticas de leitura que, por sua vez, é explicitado em sete tópicos: I - Procedimentos de leitura; II- Implicações do suporte, do serviço, e do enunciador; III – Relações entre textos; IV – Coerência e coesão no processamento do texto; V – Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido; VI – Variação lingüística; VII – Domínio discursivo, tipologia e gênero textual; Produção escrita e Oralidade. Os tópicos de cada eixo são detalhados por descritores. EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA Nº DESCRITORES COMENTÁRIOS 1 - Procedimentos de leitura 3 4 D61 Ler, fluentemente, textos verbais e não verbais. D62 Localizar informações explícitas em um texto. O estudante deve demonstrar a habilidade de ler, de maneira autônoma e com fluência, textos verbais e não verbais em diferentes situaçõe.Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos, interesse, a características do gênero e suporte. Localizar uma ou mais informações objetivas marcadas em textos de diferentes 3 gêneros . A dificuldade dessa tarefa depende da quantidade de informações solicitadas e do local em que a(s) informação(ões) aparece(m) no texto (se é no início, no meio ou no fim do texto). Ainda, características específicas do texto podem oferecer dificuldade. Por essa razão, é importante observar o grau de complexidade do texto (se o texto é 4 fácil, mediano ou difícil). Tal complexidade pode ser definida por fatores como o gênero, o tema, o vocabulário, a gramática e a extensão do texto, bem como a relevância da informação no texto. Os descritores do eixo da Leitura supõem textos de diferentes gêneros. Devem-se considerar esses fatores que podem definir o grau complexidade do texto em todos os descritores do eixo da Leitura. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO - 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 1 - Procedimentos de leitura N° Descritor D63 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão D64 Inferir uma informação implícita em um texto. D65 Identificar o assunto ou tema de um texto. D66 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. D67 Relacionar o assunto do texto a fenômenos, circunstâncias e experiências que ocorrem em sociedade e que o cidadão deve estar a par e refletir sobre eles. Comentários Inferir é relacionar informações marcadas explicitamente em um texto com conhecimentos prévios, a fim de produzir sentido para o que foi lido. No caso deste descritor, focaliza-se a capacidade do leitor de inferir um significado para uma palavra ou expressão desconhecida em textos de diferentes gêneros. Nem sempre é preciso recorrer ao dicionário para conhecer o sentido de uma palavra ou expressão desconhecida. Esse sentido pode ser recuperado pelo leitor a partir do contexto em que a palavra ou expressão ocorre. Inferir o sentido de uma informação que esteja subentendida em um texto (verbal e/ou não verbal), a partir da relação entre pistas ou marcas textuais e conhecimentos prévios. Buscar pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas, ampliando a compreensão. Compreender o sentido global de um texto, sabendo do que ele trata. O texto deve ser considerado como um todo. Nem sempre o assunto está marcado claramente no texto. Por esse motivo, o leitor deve produzir compreensão global do texto lido, unificando e inter-relacionando informações explícitas e implícitas. Perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser bem marcada no texto ou exigir do leitor que ele perceba essas diferenças integrando informações de diversas partes do texto e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil. Ser capaz de relacionar conhecimento de mundo aos textos oferecidos a leitura, ampliando a interpretação do mesmo. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO - 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 2 - Implicações do suporte, do serviço e do enunciador N° Descritor D68 Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, e outros). D69 Construir sentidos a partir de textos sem linguagem verbal, que exploram apenas imagens, tais como anúncios publicitários, tirinhas, charges, HQ, cartum. D70 Identificar as características do narrador, com base nas marcas linguísticas presentes no texto D71 Reconhecer o público-alvo ou leitor de um texto a partir das características apresentadas como marcas de oralidade, linguagem técnica, gírias, e outros. D72 Identificar a função de textos de diferentes gêneros de acordo com o suporte. Comentários Interpretar informações presentes em um texto misto, associando os elementos não verbais aos verbais, a fim de perceber plenamente a intenção comunicativa. Interpretar gêneros textuais estruturados apenas por imagens, percebendo-lhes as relações de sentido criadas, a partir das pistas que o texto traz, tais como cores, campo imagético, expressões de personagens. Identificar o narrador de um texto (locutor), por meio de marcas linguísticas explícitas. Dentre as marcas que podem apontar para o locutor , podem ser citados: a variante linguística e o registro usado, o vocabulário, o uso de gírias e expressões, o suporte, os aspectos gráficos, dentre outros. Identificar a quem um texto se destina (interlocutor), por meio de marcas linguísticas explícitas. Dentre as marcas que podem apontar para o locutor e o interlocutor, podem ser citados: a variante linguística e o registro usado, o vocabulário, o uso de gírias e expressões, o suporte, os aspectos gráficos, etc Perceber que o suporte ( revista, jornal, internet, bula, livro, caixa de remédio, rótulos)pode determinar o objetivo de um texto. Uma bula em uma caixa de remédio tem o objetivo de oferecer informações sobre um medicamento, mas em um outdoor, a reprodução de uma bula gerará novas expectativas, que não a de dar informações sobre um medicamento. 3 – Relação entre textos D73 D74 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que seria recebido. Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. Buscar textos de diferentes gêneros e portadores, tratando de um mesmo tema. Analisar a diferença existente entre eles, tanto em termos de linguagem, de conteúdo e de formatação, em função do leitor previsto e do lugar onde o texto circula. Oferecer textos de base argumentativa que propiciem a análise de diferentes opiniões acerca de um mesmo tema/fato. Gêneros como artigo de opinião e reportagens são muito propícios a essa análise. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO - 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 3 – Relação entre textos N° Descritor Comentários D75 Identificar ideologias que perpassam épocas diferentes na comparação entre os textos. D76 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação entre prosa e verso. Textos produzidos em diferentes momentos históricos são favoráveis à análise de diferentes ideias ou modo de ver o mundo. Para o trabalho com esse descritor, faz-se necessário a seleção de textos de diferentes momentos da nossa história – crônicas, poemas, notícias, contos – a fim de se tratar com o aluno a ideologia que cada texto traz. Paralelos sobre a condição da mulher, ou ainda, como se brinca em cada tempo histórico, ou a visão que se tem do trabalho, das relações entre homem/mulher etc, podem favorecer o desenvolvimento da habilidade. Trabalhar os diferentes formatos de apresentação dos textos, em torno de um mesmo tema. Levar o aluno a perceber as diferentes abordagens entre o texto poético e o texto em prosa. A rima, o ritmo, a forma auxiliando na produção do sentido no texto em verso. 4 - Coerência e coesão no processamento do texto D77 D78 D79 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. Identificar a tese (ideia central) de um texto. Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. Trabalhar em textos de diferentes gêneros o tecido do texto, fazendo referências aos pronomes, sinônimos, repetições usados para retomar o sentido colaborando para que o texto flua. Marcar no texto as palavras usadas como referentes e aquelas usadas para referenciá-las, mostrando a importância dessas na progressão do texto. Considerando o texto como um todo, identificar a ideia central defendida pelo locutor, saber do que o texto trata. Identificada a tese, a ideia central que se procura defender, localizar os argumentos que o locutor levanta para comprovar o que defende. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 4 - Coerência e coesão no processamento do texto N° D80 D81 Descritor Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. Comentários Diferentes gêneros discursivos são construídos sobre diferentes bases: narrativa, descritiva, argumentativa, injuntiva, expositiva. Tendo em vista essas diferentes bases e os diferentes objetivos de cada produção, os aspectos formais, a circulação e a função de cada texto, é desejável que se busque estabelecer suas partes principais e secundárias. Isso pode depender do objetivo do leitor. Por exemplo, se um sujeito é diabético e vai tomar um remédio, ao ler a bula desse remédio pode ir direto para as “interações medicamentosas”. Ao ler uma notícia, os fatos - quem fez o quê, onde fez, porque fez e daí - são mais importantes que uma descrição constante no texto. Em um texto de base argumentativa a tese e os argumentos de sustentação da mesma, são os aspectos principais. - Elementos estruturais: narrador e foco narrativo: narrador onisciente (EF), narrador testemunha (EF), narrador protagonista (EF), outros (EM); personagens; tempo; espaço; ação (intriga e enredo). - Fases ou etapas: exposição ou ancoragem (ambientação da história, apresentação de personagens e do estado inicial da ação); complicação ou detonador (surgimento de conflito ou obstáculo a ser superado); clímax (ponto máximo de tensão do conflito); SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 4 - Coerência e coesão no processamento do texto N° Descritor Comentários desenlace ou desfecho (resolução do conflito ou repouso da ação; pode conter a avaliação do narrador acerca dos fatos narrados – coda – e ainda a moral da história); Estratégias de organização: ordenação temporal linear; ordenação temporal com retrospecção (flash-back); ordenação temporal com prospecção. - Coesão verbal: valores dos pretéritos perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito; futuro do pretérito do indicativo. - Textualização dos discursos citados ou relatados: direto; indireto; direto e indireto; fluxos de consciência. Em um texto de base narrativa há sempre um conflito a ser solucionado, na história que se conta. Esse conflito é construído de forma verossimilhante, apoiado nos elementos da narrativa tais como narrador, tempo, espaço, personagens, devendo esses elementos ser trabalhados. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 4 - Coerência e coesão no processamento do texto N° Comentários Descritor D82 Estabelecer relação causa/consequência partes e elementos do texto. entre D83 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. Identificar cadeias coesivas do texto que determinam a manutenção e/ou progressão do tema D84 Perceber a diferença entre a causa, o porquê de um fato qualquer e a consequência que ele gera, o e daí gerado pela causa posta. Essa diferença pode ser bem marcada no texto ou exigir do leitor que ele perceba essas diferenças integrando informações de diversas partes do texto e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil. O leitor deve identificar as relações lógico-discursivas (oposição, comparação, anterioridade, posterioridade, etc.) presentes em um texto, isto é, construir, a partir de conjunções, preposições, advérbios, entre outros recursos lingüísticos, as relações entre frases, parágrafos ou partes maiores do texto Verificar no texto a extensão dos parágrafos, o uso de termos veiculadores de ideias básicas como “mesmo,e, bem como, também ainda que, ou, até, no entanto etc” e as relações de sentido que eles implicam. Verificar repetições, manutenção de palavras de mesmo campo semântico(sentido) Analisar recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas, conectivos) na expressão da relação entre constituintes do texto. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 5 - Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido N° Descritor D85 Identificar efeitos de ironia e/ou humor em textos variados D86 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações. D87 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. D88 D89 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. Interpretar o efeito produzido por elementos verbais (palavras, letras) e não-verbais (imagens, desenhos, gráficos, tabelas, fotos) que contribuem para a construção do sentido de textos. Comentários Reconhecer a sutileza de sentido provocada por uma ironia, identificando exatamente que elemento do texto – palavra, imagem, associação palavra-imagem – foi responsável por sua construção e se ela é o elemento provocador do humor no texto. Trabalhar o uso semântico da pontuação – bloco pontuacional: !!!???, uso das reticências para mostrar continuidade de pensamento e outros. Trabalhar uso das aspas para marcar ironia, a função de um negrito, de um sublinhado, de um itálico, dentre outros. As palavras não são postas em um texto aleatoriamente. São escolhidas a fim de se alcançar um propósito. Trabalhar o uso de expressões e o efeito de sentido que elas provocam em um texto, tendo em vista o gênero, o público alvo, a circulação do texto e os objetivos de leitura. Trabalhar textos construídos por meio de repetições de uma estrutura sintática, ou pelo encadeamento de uma mesma classe gramatical e os efeitos de sentido que essas escolhas desencadeiam. Interpretar informações presentes em um texto, por exemplo, uma tirinha, relacionando elementos verbais a elementos não verbais. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 5 - Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido N° Comentários Descritor D90 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos literários. D91 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração dos recursos sonoros. O texto literário apresenta características diferenciadas. Embora, em muitos casos, os aspectos formais do texto se conformem aos padrões da escrita, sempre a composição verbal e a seleção dos recursos linguísticos obedecem à sensibilidade e a preocupações estéticas. Nesse processo o texto literário está livre para romper os limites fonológicos, lexicais, sintáticos e semânticos traçados pela língua: esta se torna matéria-prima (mais que instrumento de comunicação e expressão) de outro plano semiótico na exploração da sonoridade e do ritmo, na criação e recomposição das palavras, na reinvenção e descoberta de estruturas sintáticas singulares, na abertura intencional a múltiplas leituras pela ambiguidade, pela indeterminação e pelo jogo de imagens e figuras. Tudo pode tornar-se fonte virtual de sentidos, mesmo o espaço gráfico e signos não-verbais, como em algumas manifestações da poesia contemporânea. Observar em um texto em prosa ou em verso o uso de aliterações, assonâncias, rimas, onomatopéias etc, na construção do sentido. 6 - Variação linguística N° D92 Descritor Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. Comentários Um texto traz marcas que possibilitam a identificação do locutor e de seu público alvo. Uma revista infantil trará, obviamente, diminutivos, gírias e outras marcas que permitem perceber a quem o texto se dirige. Também é possível identificar pelas marcas linguísticas a voz que fala no texto – se do interior de são Paulo, da Bahia ou do Rio pelas diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 6 - Variação linguística N° Descritor D93 Identificar variações gramaticais dentro de uma mesma variante linguística. D94 Reconhecer, em um texto literário, a composição dos personagens marcada a partir da variante linguística utilizada. D95 Reconhecer palavras e expressões típicas da fala, como uso de diminutivos, gírias, regionalismos, uso de verbos com regências que não obedecem à norma padrão, num texto escrito. Comentários A variação linguística – gramatical, estilística etc – se faz presente em diferentes situações de comunicação: em um ambiente familiar as escolhas gramaticais e semânticas são diferentes das que fazemos em um ambiente profissional. O grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e quem são os interlocutores atuam sobre nossas escolhas. Entendemos que a identidade do locutor determina as variedades linguísticas. A do interlocutor implica a escolha do tratamento e uma busca de adaptação, como por exemplo, quando o adulto se dirige a uma criancinha; a situação determina uma variedade menos formal e mais próxima da concepção de entendimento do receptor para que haja comunicação, que é o princípio básico da língua. Há variações dentro de uma mesma variante. Podemos dizer a mesma coisa de formas diferentes, embora o efeito discursivo possa resultar diferente. “Dá-me um cigarro” é o mesmo que “Me dá um cigarro”. Namoro Fulano é o mesmo que Namoro com fulano. A personagem pode trazer em sua forma de expressão marcas linguísticas condicionadas: * aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais), históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia); * às diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem escrita; * à seleção de registros em função da situação de interlocução (formal, informal); * aos diferentes componentes do sistema linguístico em que a variação se manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variantes e reduções no sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação das sentenças e concordância). Trabalhar textos em que essas variantes ajudem na caracterização da personagem. Trabalhar nos textos as características próprias da fala nele inscritas – diminutivos, gírias, regências, marcadores conversacionais como aí, então etc – sem objetivos de correção, mas de discussão da legitimidade ou não desses usos frente às condições de produção do texto, ou seja, de que gênero discursivo se trata, público alvo, circulação do gênero, objetivo da produção . SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 7 - Domínio discursivo, tipologia e gênero textual N° Descritor D98 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. D96 Classificar textos a partir das características próprias de cada gênero D97 Identificar as características da voz poética com base nas marcas linguísticas presentes no texto. D99 Perceber as características comuns que se repetem e estruturam determinados gêneros: conto, crônica, tirinha, notícia, reportagem e outros. D100 Distinguir texto literário de não-literário. D101 Reconhecer marcas dos gêneros literários. Comentários Cada gênero discursivo tem um objetivo. Para que se produz uma receita culinária ou uma bula ou uma prova? Levar o aluno a identificar esses objetivos. Basta olharmos para a formatação de um texto no papel e sabemos se se trata de uma carta, de um bilhete, de uma manchete. Reconhecer as marcas formais de um gênero ajuda o aluno a criar hipóteses para a leitura do mesmo, a antecipar sentidos. Atente-se para o fato de que o objetivo do descritor não é o de cobrança dessas marcas formais, mas de identificação preparatória para uma leitura ou produção de texto e não de uma gramática dos gêneros, atividade inútil. Encaminhar os alunos à percepção de que o eu-lírico é uma voz que dá materialidade ao texto poético , que há "voz que está por trás do texto". Nesse sentido, estudar nos textos poéticos da identificação da voz que está no texto e que o faz existir, enquanto materialidade. Procurar identificar as marcas linguísticas – expressões, figuras de linguagem, uso de uma determinada classe de palavras mais que outra, pontuação etc que ajudem na identificação e caracterização da voz que fala no texto. Os gêneros discursivos, segundo os PCNs, formam famílias de textos, com características comuns. Assim, alguns gêneros podem ter características que lhes são comuns, como tempo, espaço, ação – nos contos e crônicas; o tratamento do fato nas notícias e reportagens; a construção da tese e o levantamento de argumentos que a sustentem nos editoriais e artigos. Não é preciso iniciar o estudo das bases tipológicas e dos aspectos formais na abordagem de cada gênero, mas de aprofundá-las, trazendo o que for próprio formal e estilisticamente a cada texto. Esta é uma distinção nem sempre fácil. Cabe ao professor trabalhar a linguagem denotativa e conotativa, diferenciando o texto construído sem intenções literárias daquele que visa ao prazer estético. Para cada gênero discursivo trabalhado, apresentar aos alunos as marcas formais desse gênero, ou seja, como ele é construído. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 7 - Domínio discursivo, tipologia e gênero textual N° D102 Descritor Reconhecer características que estruturam sequência narrativa, descritiva e argumentativa. Comentários Na sequência narrativa, trabalhar: Elementos estruturais: narrador e foco narrativo: narrador onisciente , narrador testemunha , narrador protagonista; personagens; tempo; espaço; ação (intriga e enredo). Estratégias de organização: ordenação temporal linear; ordenação temporal com retrospecção (flashback); ordenação temporal com prospecção. - Coesão verbal: valores dos pretéritos perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito; futuro do pretérito do indicativo. Sequência descritiva: Locutor e foco descritivo: localização espacial do objeto da descrição; ângulo de visão do locutor; impressões sensoriais e afetivas do locutor acerca do objeto Estratégias de organização: subdivisão; enumeração; exemplificação analogia; comparação e confronto; causa – e – consequência; ordenação temporal. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 7 - Domínio discursivo, tipologia e gênero textual N° Descritor Comentários - Coesão verbal: Valores do presente e do pretérito imperfeito, do pretérito perfeito e do futuro do indicativo Sequência argumentativa Fases ou etapas: proposta ou tema: questão polêmica, explícita ou implícita no texto, diante da qual o locutor toma uma posição; proposição ou tese: posicionamento favorável ou desfavorável do locutor em relação à proposta e orientador de toda a sua argumentação; provas (convencimento ou persuação): argumentos (de comparação, causa, exemplificação, etc.) que sustentam a proposição ou tese do locutor, assegurando a veracidade ou validade dela e permitindo-lhe chegar à conclusão; conclusão: retomada da tese, já devidamente defendida, ou uma possível decorrência dela. - Estratégias de organização: comparação ou confronto; argumentação pragmática; argumentação de autoridade; concessão – restritiva; exemplificação; analogia. - Coesão verbal: valor aspectual do presente do indicativo e do futuro do presente do indicativo; correlação com tempos do subjuntivo. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO: PRÁTICAS DE LEITURA 7 - Domínio discursivo, tipologia e gênero textual N° Descritor Comentários - Conexão textual: Marcas linguísticas e gráficas da articulação do discurso argumentativo com outros discursos e sequências do texto; marcadores textuais da progressão/segmentação temática: articulações hierárquicas, temporais e/ou lógicas entre as fases ou etapas do discurso argumentativo; - Estudo dos discursos citados: direto; indireto; paráfrase; resumo com citações. - Coesão nominal estratégias de introdução temática; estratégias de manutenção e retomada temática. EIXO 2 - PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS Nº DESCRITORES 103 Escrever textos de gêneros diversos adequados ao destinatário e objetivos. 104 Planejar a escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos 105 Revisar e reelaborar a própria escrita COMENTÁRIOS Escrever textos adequados ao destinatário (para quem escrever), aos objetivos (para que escrever) e ao gênero (em qual o gênero escrever). Escolher, no planejamento da escrita, como o tema será tratado. Definir o tema central do texto, a partir do qual será feito um encadeamento ou desdobramento de idéias. Essa capacidade contribui para a coerência do texto, uma vez que possibilita uma organização dos seus conteúdos. Ter autonomia na análise de seu próprio texto escrito, sabendo avaliá-lo, revisá-lo e reelaborá-lo, segundo critérios adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação previstos. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3° CICLO – 2010 EIXO 3 – ORALIDADE Nº D106 D107 D108 D109 D110 DESCRITORES COMENTÁRIOS Conhecer, valorizar e respeitar as diversas formas de expressão oral, tendo consciência da variação linguística. Reconhecer e respeitar as diversas variedades da língua encontradas nos diversos espaços sociais (comunidade, escola, família, e outros.). Compreender histórias e fatos transmitidos oralmente. Compreender histórias, casos e fatos transmitidos oralmente ((re)contados ou lidos). Conhecer e usar gêneros textuais da oralidade que ocorrem ou não no ambiente escolar Usar a fala em diferentes situações sabendo empregar a variedade linguística adequada Esses gêneros incluem, dentre outros: exposição de trabalho, relatos de experiência e fatos, dramatizações, músicas, contação de histórias, organização da rotina diária Planejar a fala em situações formais Saber adequar a fala às circunstâncias, à situação de interlocução. Planejar a fala em situações mais formais: jornais falados, entrevistas, apresentação de eventos na escola (festa, torneios, hora cívica e outros). SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTA, Antônio Augusto et al. Capacidades da Alfabetização. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. (Caderno 2, Coleção Instrumentos da alfabetização). BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolingüística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004. BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa. – Vol 2. Brasília: Ministério da Educação e Cultura. (PCN 1 e 2º -Ciclos, 1998). CAGLIARI, Luiz C. Alfabetização & linguística. São Paulo: Scipione, 1991. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1999. CARDOS0-MARTINS, C. (org.) Consciência fonológica e alfabetização. Petrópolis: Vozes, 1996. CASTILHO, Ataliba T. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1998. CITELLI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Edtora Scipione, 1994. CONTAGEM. Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Educadores na rede – Contagem: proposta de alfabetização e letramento. Belo Horizonte: CEALE/FAE/UFMG, 2007. CONTAGEM. Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Educadores na rede – Contagem: a leitura e a escrita no 2° ciclo. Belo Horizonte: CEALE/FAE/UFMG, 2007. COSTA, Roberto Cataldo; ADAMS, Marilyn Jager Adams. 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