POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO RURAL PARA AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL: EXEMPLO DO ASSENTAMENTO FAZENDA ESPERANÇA EM RONDONÓPOLIS – MATO GROSSO Roney da Cruz Barbosa Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT - Campus Rondonópolis [email protected] Heli Heros Teodoro de Assunção Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT - Campus Rondonópolis [email protected] Iolanda Lopes de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT - Campus Rondonópolis [email protected] José Adolfo Iriam Sturza Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT - Campus Rondonópolis Grupo de Pesquisa Estudo da Paisagem e Agricultura Familiar – GEPAF/UFMT [email protected] Resumo Este artigo trabalha os temas território, políticas públicas e desenvolvimento rural, voltado para a agricultura familiar, utilizando-se de pesquisa bibliográfica e experiências vivenciadas no projeto Parceria de Fibra: ações para inclusão social, geração de renda e implantação do sistema de produção da bananicultura com praticas agroecológicas no assentamento fazenda esperança, município de Rondonópolis-MT¹. Aborda-se o desenvolvimento rural no contexto histórico realçando as Políticas Públicas voltadas para a agricultura familiar, com ênfase para os assentamentos rurais. Palavras - chave: Políticas Públicas. Desenvolvimento Rural. Agricultura Familiar. Território. Introdução Antes de se relatar a respeito de desenvolvimento rural, é preciso, que se faça um raciocínio histórico, a fim de compreender por que se tornou tão necessário as intervenções de políticas públicas na agricultura, para que se possa buscar o desejado sonho de desenvolvimento e melhoria das condições de vida para os agricultores familiares. A agricultura dita moderna foi marcada ao longo de sua evolução, por um determinado conceito de desenvolvimento rural, que prima por uma agricultura competitiva que 1 necessita, constantemente, de intervenções por parte do poder público, no sentido de assegurar os preços dos produtos. Esse modelo de desenvolvimento rural acabou por trazer sérios problemas para a agricultura de modo geral. Pois além de não garantir a disponibilidade de alimentos, resultou em impactos ambientais gritantes, que colocam em cheque a própria continuidade da vida. Contextualização histórica Antes de falar a respeito de desenvolvimento rural e políticas públicas, não poderia deixar de falar, sobre a questão de territorialidade. Uma vez que se busca entender a forma como os atores sociais se organizarão, até que se chegasse a esse formato atual. É preciso compreender que o conceito de território, e suas modificações, vêm ocorrendo desde os primórdios da estruturação social do homem em coletivo. Território era local do qual e no qual se vivia, sendo entendido mais tarde, como o espaço ocupado, ou demarcado por meio da presença do estado/nação (Saquet, 2010). Desta maneira Gottmann explica que: [...]se o território é um compartimento do espaço como fruto de sua diversificação e organização, ele tem duas funções principais: a) servir de abrigo, como forma de segurança e, b) servir como um trampolim para oportunidades. (GOTTMANN, 2005 apud SAQUET, 2010, p. 27). Segurança e oportunidade requerem uma organização interna do território bem como relações externas, de poder e dominação. Assim território assume distintos significados para diferentes sociedades e/ou grupos sociais dominantes. (Saquet, 2010). Com base nesse raciocínio, é preciso considerar que cada indivíduo ou grupo, possui uma visão exclusiva a respeito de seu território, não considerando apenas aspectos naturais ou legais, mas principalmente culturais que fazem ligação entre o individuo e o espaço que ele ocupa. No momento em que nos desprendemos da definição e ideia de território, podemos avançar para entender a divisão e uso dos territórios no Brasil. Em nosso país esses assuntos sempre estiveram ligados ao conceito de civilização, também chamado de modernização, que é baseada na competitividade e desempenho do trabalho como forma de se mostrar 2 civilizado, uma maneira de pensar imposta pela classe burguesa. Durante a consolidação da modernização, em 1930, alimentou-se um grande debate sobre a expansão da fronteira agrícola e integração nacional como política de desenvolvimento. Esse debate, especialmente no período entre 1930 e 1945 comparou as diversas “forças de trabalho” à disposição: os nacionais ou caboclos; os afros e os europeus (imigrantes do final do século XIX ou no inicio do XX). Sendo o trabalho produtivo, o determinante na concepção de desenvolvimento de então, a conclusão foi de que, a ocupação dos espaços "vazios" teria melhor sucesso com os imigrantes, que preenchiam as "condições” adequadas á plena realização do projeto nacional, que defendia o progresso econômico do Brasil (Vainer; Azevedo, 2004). Com isso o que se levou em conta para incluir ou excluir grupos sociais ou identidades socioculturais nas políticas de desenvolvimento foi o fator econômico, na forma de trabalho produtivo. Em outras palavras, seria mais fácil qualificar os descendentes de imigrantes, (o que não incluía os povos afros), do que o caboclo, pois esse não possuía "os costumes adequados", de maneira a reagirem de modo incerto em relação ao conceito dominante do trabalho que lhe seria arbitrado. As políticas públicas para a agricultura, daquela época tinham como linha de pensamento, que o progresso era substituir áreas improdutivas (florestas), para viabilizar o desenvolvimento rural, além das florestas, substituir o caboclo, os afros descendentes e os indígenas. Isso com o discurso da produtividade, para importação e exportação, desvalorizando os povos locais, que produziam com uma mentalidade não mercantil. E ainda de desqualificar o agricultor, que insistisse em produzir para o mercado local, valorizando só o externo. O resultado dessas políticas públicas sem nenhuma boa intenção, é o cenário que se têm hoje. Fruto também, da incapacidade do governo brasileiro, que sempre dependeu dos incentivos, ou pensamento externos, dessa maneira, tudo que se construiu até o presente momento, tem em maior parte, como prioridade atender a grandes organizações/nações, como por exemplo, os Estados Unidos da América (EUA) e suas multinacionais. Mais adiante isso se torna claro, buscando como referencia a carta de Punta del Este, formulada em um encontro que reuniu vários países da América, incluindo o Brasil. Foi um 3 encontro(Programa Aliança para o Progresso ) coordenado pela organização dos estados americanos (OEA), na “busca” de desenvolver economicamente a América Latina, com a intenção de atingir novos mercados e dominar os países em desenvolvimento. O cunho do texto é visivelmente positivista e mercantil, sendo apenas maquiado, para esconder seu real interesse: [...] Respeitando a dignidade do homem e a liberdade política, alcançaremos o progresso econômico. Assim podemos dizer que há quase 200 anos se iniciou neste Hemisfério, a longa luta pela liberdade, fonte de inspiração para os povos do mundo. Alentados pela esperança que dimana das revoluções ocorridas nestas jovens nações, muitos homens hoje se batem pela liberdade, em terras de antiga tradição. É chegado o momento de imprimir novo sentido a esta vocação revolucionária. Encontra-se a Americanos umbrais de uma nova era histórica. Homens e mulheres de todo o continente procuram conquistar a vida mais plena que as técnicas modernas põem ao seu alcance. É dever inadiável satisfazer essas justas aspirações, demonstrando aos pobres e desamparados deste e dos demais continentes que o poder criador do homem livre é a força que move o seu progresso e o das futuras gerações (CARTA DE PUNTA DEL ESTE, 1961, p.9). Os Estados Unidos colocou-se como sustentáculo financeiro e técnico para a promoção do desenvolvimento da América Latina. Comprometeram-se a oferecer cooperação técnica, financiamento de quase US$20 bilhões, ofereceram também técnicos para diagnosticar e formular programas para as áreas estratégicas segundo suas próprias orientações. Em contrapartida, os países latinos, comprometeram-se na execução e realização das reformas propostas e na abertura da economia desses países para o livre comércio. Como resultado disso ficou um acordo assinado por vários países, entre eles o Brasil, que “visava”: [...] Aperfeiçoar e fortalecer as instituições democráticas em aplicação do princípio de autodeterminação dos povos. Acelerar o desenvolvimento econômico e social, executar programas de casas, impulsionar, a reforma agrária, assegurar aos trabalhadores uma justa remuneração, promover programas de saneamento básico e higiene, reformular as leis tributárias, estimulando a poupança e o reinvestimento de capitais, eliminar o analfabetismo: estendendo no menor prazo os benefícios a todos os países latino-americanos e estimular a atividade privada” (CARTA DE PUNTA DEL ESTE,1961, p.4). Pode-se dizer que muito do tratado aconteceu, mas somente aquilo que era de interesse dos Estados Unidos, por outro lado, o que é de necessidade e vontade do povo, ficou pelo papel. 4 Finalizando o contexto histórico, entramos em uma conjuntura atual, que se assemelha muito com os fatos que já descritos, logo será possível notar, que pouca coisa mudou na forma das aplicações de políticas públicas e do conceito de desenvolvimento rural, à medida que o tempo passou, talvez os fatos do presente, sejam mesmo herança de outros governantes, ou ainda, incapacidade da nova “direita” que se encontra no poder. De acordo com Veiga (2000), não existe “o desenvolvimento rural” como fenômeno concreto e separado do desenvolvimento urbano. O desenvolvimento é um processo complexo, por isso muitas vezes se recorre ao recurso mental de simplificação, estudando separadamente o “desenvolvimento econômico”. O próprio autor afirma que o conceito de desenvolvimento sustentável é uma utopia para o século XXI, apesar de defender a necessidade de se buscar um novo paradigma científico capaz de substituir os paradigmas do “globalismo”. (Veiga, 2005) Para Terluin (2003) apud Kageyama (2004, p. 283), o estudo teórico das forças que estão por trás do desenvolvimento nas áreas rurais carece de uma disciplina específica, por isso é necessário recorrer a outras disciplinas que tratam do “desenvolvimento econômico em regiões rurais”, como a economia regional e o campo multidisciplinar dos estudos rurais (economia rural, sociologia rural, geografia rural, demografia, etc.). No relatório “esboço zero” da conferencia mundial Rio + 20, evento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ficou visível a maneira como se institui as metas e políticas para o desenvolvimento conforme o padrão historicamente recorrente. É o que demonstra o texto: [...] Nós urgimos uma ação ousada e decisiva sobre o objetivo e temas da conferência. Nós renovamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e expressamos nossa determinação em buscar uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. Nós reiteramos nossa determinação em fortalecer a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. Juntas, nossas ações devem cobrir as lacunas de implementação e obter uma maior integração entre os três pilares de desenvolvimento sustentável – o econômico, o social e o ambiental. (ONU. ESBOÇO ZERO, 2012, p.3). É preciso deixar claro que em uma sociedade com modelo capitalista, descartar a necessidade de renda por parte dos agricultores é submeter esses ao acaso, mas colocá-los apenas como fonte em potencial de renda agrícola, é negligenciar sua cultura e seu vinculo com a terra. Por isso para se discutir desenvolvimento rural é preciso enxergar as coisas a 5 partir do lado de lá, as pequenas propriedades familiares, entendendo o porquê não funciona, e como poderia se concretizar as mudanças, e é o que proponho fazer. A maneira como os agricultores vêem a questão do desenvolvimento rural poderia ser considerado para melhorar as políticas governamentais e assim alcançar o desenvolvimento em seus diferentes níveis. Do mesmo modo que a reforma agrária, o desenvolvimento rural e as políticas públicas ainda não aconteceram de fato no Brasil, o que se vê são esboços de um processo ainda precário que requer fiscalização e gestão compartilhada dos recursos investidos. O grande ponto da questão talvez seja, que as políticas pensadas pelos governantes, não abrangem a todos, ainda que possa parecer o contrario, mas a realidade mostra outra situação. Desenvolvimento Rural e Políticas Públicas aplicadas à agricultura familiar. As políticas públicas para a agricultura, até meados da primeira metade da década 1990, eram quase que exclusivamente para o setor patronal, restringindo significativamente o acesso a recursos financeiros para a produção do segmento identificado, hoje como agricultura familiar. As tensões que começaram a mudar a estrutura de poder no campo dos interesses políticos e econômico na agricultura foram resultado da crescente visibilidade do segmento da agricultura de base familiar. (Fialho; Waquil, 2008). A reforma agrária foi impulsionada pelos movimentos sociais, formado principalmente por agricultores excluídos, que obrigaram a sociedade criar um plano de reforma agrária, sustentado no discurso de eliminar com latifúndios improdutivos (Kageyama, 1993), fazendo a divisão de terra entre os que desejam trabalhar nela e não poderiam acessá-la, por limitações financeiras. A instituição responsável pelo assunto (INCRA, 2011) define atualmente, reforma agrária como sendo, o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção. A concepção é estabelecida pelo Estatuto da Terra (Lei nº 4504/64). De acordo com o Incra (2011), a reforma agrária proporciona entre outros: a desconcentração e a democratização 6 da estrutura fundiária; a produção de alimentos básicos; a geração de ocupação e renda; o combate à fome e à miséria; a diversificação do comércio e dos serviços no meio rural; a interiorização dos serviços públicos básicos; a redução da migração campo-cidade; a democratização das estruturas de poder; a promoção da cidadania e da justiça social. Pode ter parecido em algum momento que a reforma agrária no Brasil, seria o mais importante feito, em termos de políticas públicas na agricultura, com enfoque nas classes historicamente excluídas, em todos os tempos do nosso país, mas na verdade não ocorreu tudo isso. A pressão popular pelo inicio da reforma agrária, trouxe a tona a necessidade de políticas públicas que pudessem reparar e reestruturar a vida dos povos exclusos da política governamentais. No entanto, evidenciar a necessidade não foi o bastante, pois o poder público, continuou a desenvolver políticas, com parâmetros generalistas. O velho conceito de desenvolvimento rural sustentável, maquiado pelo capital estrangeiro, ainda conduz as políticas publicas sob a égide da competitividade. Mas é preciso ver, que política financeira, não proporciona em patamar algum o desenvolvimento rural, pois como expressa Dahrendorf (1992), mesmo sob aparência da igualdade, as chances de sucesso são diferentes e beneficiam os que detêm poder de decisão sobre as condições necessárias para aproveitar as oportunidades. Apesar desta análise breve a respeito da nova (e ao mesmo tempo velha) política pública na agricultura, não é difícil perceber o rumo que ela toma e as fundamentações políticas voltadas para o campo, ainda estão atreladas e subjugadas pelo desenvolvimento mais financeiro do que econômico. É um tempo em que a agricultura entrou de vez no processo de financeirização da riqueza (GONÇALVES, 2005. p. 8) É claro que não se pode negar a necessidade de renda para as famílias do campo, no entanto, é preciso compreender que só faz sentido oferecer um instrumento a uma pessoa, se esta puder usá-lo, seja por já conhecer, ou por ter acesso a quem conheça e oriente. Mas o que se percebe é a disponibilidade restrita de recursos financeiros supervalozirzados para os agricultores familiares. Para entender melhor estes recursos disponíveis para a produção agrícola familiar caracterizaremos rapidamente as políticas públicas e os programas de financiamento rural. 7 Principais políticas públicas para a agricultura familiar no Brasil Neste tópico relacionamos algumas leis e políticas públicas aplicadas à agricultura familiar, dando maior atenção as mais recentes. Inicialmente temos que definir agricultor familiar perante os critérios e exigências dos programas de financiamento e política públicas, voltadas para a produção agrícola familiar. A lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006 (BRASIL, 2006) expõe os requisitos para se configurar o agricultor familiar, os principais são: aquele que pratica atividades no meio rural; não detentor de área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento; tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento e dirija seu estabelecimento com sua família. (Art. 3º.) Também são beneficiários os: silvicultores que cultivem florestas nativas ou exóticas; aqüicultores que explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2ha (dois hectares) ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água; extrativistas que exerçam essa atividade artesanalmente no meio rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores; pescadores que exerçam a atividade pesqueira artesanalmente; povos indígenas; integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos. (Art. 3º, § 2o). Em seu Art. 4o a Lei Nº 11.326, descreve seus objetivos, como podemos ver no texto original. A Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais observará, dentre outros, os seguintes princípios: I - descentralização; II - sustentabilidade ambiental, social e econômica; III - eqüidade na aplicação das políticas, respeitando os aspectos de gênero, geração e etnia; IV - participação dos agricultores familiares na formulação e implementação da política nacional da agricultura familiar e empreendimentos familiares rurais. 8 O Art. 5o da mesma lei, explica a maneira como será viabilizada as políticas públicas para o desenvolvimento rural sustentável. As ações a serem tomadas segundo o texto são: crédito e fundo de aval; infraestrutura e serviços; assistência técnica e extensão rural; pesquisa; comercialização; seguro; habitação; legislação sanitária, previdenciária, comercial e tributária; cooperativismo e associativismo; educação, capacitação e profissionalização; negócios e serviços rurais não agrícolas; agroindustrialização. A Lei 11.326 é bastante explícita em pequeno texto que vincula a outras leis e dispositivos a operacionalização dos financiamentos estabelecidos em diferentes linhas de crédito. Programas oficiais vigentes para a agricultura familiar Nos últimos anos é inegável o crescimento de linhas e programas estatais adotados pelo governo como meio de buscar o desenvolvimento rural nas propriedades agrícolas familiares. Relacionamos alguns desses programas com o intuito maior de uma apresentação simples sem a necessária crítica que não cabe no limitado espaço deste artigo. - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): foi o primeiro programa de crédito rural lançado em 1996, em resposta as pressões dos movimentos populares. Apenas a terra não bastava para fomentar a produção, era preciso viabilizar recursos financeiros para que se iniciasse a estruturação e produção agrícola. Esse mecanismo vigora até os dias atuais, mas ainda esbarra na burocracia, na falta de assistência técnica eficiente e nas limitações dos produtores em lhe dar com o recurso. O Pronaf financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O programa possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais. - Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): implantado em 1955, garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Nesse programa o governo criou uma opção de mercado para a agricultura familiar, comprando produtos agrícolas dos pequenos agricultores e utilizando-os na merenda escolar. 9 A Lei nº 11.947/2009 determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo FNDE para alimentação escolar, na compra de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando os assentamentos de reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas (de acordo com o Artigo 14, 2009). A aquisição de gêneros alimentícios será realizada, sempre que possível, no mesmo município das escolas. (BRASIL/MDA, 2012). - Agroindústria: O publico alvo são agricultores familiares, pessoas físicas e jurídicas formada por no mínimo 90% desses agricultores e com no mínimo 70% da matéria-prima própria. As agroindústrias que trabalham com o processamento de leite, têm regras diferenciadas. O programa agroindústria tem como objetivo apoiar a agroindústrialização da produção dos agricultores familiares e a sua comercialização, de modo a agregar valor, gerar renda e oportunidades de trabalho no meio rural, como consequente melhoria das condições de vida das populações beneficiadas pelo Programa. (BRASIL/MDA, 2012) - Assistência Técnica: A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) será tratada com maior detalhe a seguir, considerando que esta é um tema complexo. O serviço de ATER busca melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias rurais, aperfeiçoar os sistemas de produção, de mecanismo de acesso a recursos, serviços e renda, de forma sustentável. (BRASIL/MDA, 2012). - Biodiesel: Incentiva a produção de matérias primas (principalmente a mamona) que podem ser utilizadas na fabricação dos chamados combustíveis renováveis que, a exemplo dos programas já citados, tem como objetivo a geração de renda. - Garantia-Safra: Esse talvez seja um dos mais importantes programas dentre os outros,por cobrir a perda de safra em caso de intempéries, no entanto por ser limitado a apenas algumas regiões (Nordeste do país, na área norte do Estado de Minas Gerais, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha e na área norte do Estado do Espírito Santo) não tem efeito em uma escala nacional como os demais. -Garantia-Safra: é um programa contra a perda de produção por fenômenos climáticos, sendo necessário que os governos locais e agricultores façam a adesão nesse mecanismo. - PRONAF Mais Alimentos: Trata-se de uma linha de crédito específica do PRONAF, com 10 enfoque para investimentos em infraestrutura da propriedade rural, aquisição de máquinas e de novos equipamentos, correção e recuperação de solos, resfriadores de leite, melhoria genética, irrigação, implantação de pomares e estufas e armazenagem. - Seguro da Agricultura Familiar (SEAF): Esse programa é uma versão mais expandida do “garantia safra”, cobre possíveis perdas e parte da renda esperada com a lavoura. No entanto é inflexível, pois “o agricultor precisa observar os cuidados básicos com a lavoura assim como se comprometer a utilizar a tecnologia adequada para a cultura e ter cuidados com o manejo” (MDA, 2012). - Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa): O Suasa foi criado para certificação e fiscalização do que é produzido e processado pela agricultura familiar, com o objetivo de garantir a qualidade sanitária dos seus produtos, agregando valor e abrindo novos mercados. - Talentos do Brasil: Esse programa busca no artesanato uma maneira de preservar a cultura e de gerar renda utilizando de conhecimentos artesanais, com matérias primas locais, no intuito agregar renda as famílias, seja na produção individual ou coletiva. Uma vez que a agricultura familiar ou de pequeno porte, não se limita mais em gerar renda, apenas do que é colhido na lavoura, passando para um novo estágio de complemento extra - agrícola, o artesanato aparece como forte mecanismo para isso. Como já visto acima, o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) é o órgão responsável pela gestão das políticas públicas, voltadas ao desenvolvimento rural e dos programas existentes atualmente e já relacionados. A seguir, contamos brevemente sobre as políticas públicas desenvolvidas no Assentamento Fazenda Esperança, na região sul de Mato Grosso, cidade de Mato Grosso. Desenvolvimento rural e políticas públicas no Assentamento Fazenda Esperança em Rondonópolis – MT O Assentamento Fazenda Esperança (Figura 1) possui uma área de 1.585,5 ha, localizado às margens da Rodovia MT-270, sentido Rondonópolis - Guiratinga, a 3 km da entrada para o Distrito de Nova Galiléia e distante 30 km de Rondonópolis, na região sul do Estado de 11 Mato Grosso. Geograficamente, é uma área de topografia ondulada, com relevo dissecado e impróprio para a agricultura anual e com inexistência de córregos permanentes para abastecimento tanto de criações como o consumo humano. Os solos são predominantemente do tipo podzólicos e cambissolos associados. A população é heterogênea, tanto na aptidão agrícola como na cultura, com 151 famílias assentadas e filiadas a 05 (cinco) associações. Figura 1 – Localização do Assentamento Fazenda Esperança, Rondonópolis, Mato Grosso. No Assentamento Fazenda Esperança foi possível constatar, através de um diagnóstico rápido participativo (DRP), que 63,15% dos agricultores, dependem de renda não agrícola, como por exemplo, aposentadoria, bolsa família e serviços temporários. Esse não é o único problema apontado, assim como a maioria dos assentamentos, esse possui áreas com grandes irregularidades topográficas, solos de baixa fertilidade, recurso hídrico limitado, 12 dificuldade em acessar linhas de crédito e nenhum profissional de assistência técnica para atendê-los de maneira frequente. Com o modelo que se tem de política pública, muito pouco pode ser feito nesse e em outros locais semelhantes, pois ainda que houvesse recursos financeiros acessíveis, seria preciso compreender as características comuns de cada população e assentamento. Atualmente ainda são pouco acessíveis os programas de crédito no Assentamento estudado, especialmente o acesso e utilização do Pronaf; apoio à infraestrutura (estradas) e assistência técnica e extensão rural (ATER). Nesse caso, as análises de Mattei (2005) e Guanziroli (2006) ajudam a compreender a lógica de tais operações, apontando as causas pelas quais várias unidades familiares não conseguem acessar a linha básica e de caráter mais social desse programa. A resolução desta limitação aumentaria o volume de recursos disponibilizados para o Pronaf, sendo esse um dos poucos indicadores concretos de evolução econômica das famílias menos capitalizadas, considerando que essa evolução é o objetivo do programa. O setor bancário público foi considerado um dos principais responsáveis pela dificuldade de liberação de recursos, pois a rotina destas organizações está pouco adaptada às operações sem garantias patrimoniais e contrapartidas comprovadas por parte das famílias rurais de baixa renda (Guaziroli, 2006). Como a capacidade de pagamento é o critério principal das agências bancárias, a evolução da liberação dos créditos via Pronaf mantém uma lógica estritamente econômica. Não se trata de dizer que o recurso não existe, mas em mostrar que os valores investidos ainda não são os desejáveis e que a burocracia torna a linha de crédito tão complexa para ser acessada como os demais. É preciso maior facilidade no acesso e que o crédito venha acompanhado de conhecimento a respeito da gestão do dinheiro, isso a partir de estudos da realidade local para se desenvolver uma gestão baseada nas limitações e que respeite a relação de cada individuo com o campo. O problema da infraestrutura no Assentamento Fazenda Esperança é outro impeditivo para o escoamento da produção, não só dentro do lote, mas principalmente fora dele. Isso limita o agricultor e sua família em vários sentidos. Algumas dificuldades desta ordem merecem destaque: dificuldades na logística (vias de acesso mal conservadas) para a comercialização 13 dos produtos; falta de equipamentos de uso comum (Bomba de água para consumo, gerador de energia comunitário, entre outros); inexistência de escolas rurais e espaços comunitários dentro ou próximo ao assentamento, inclusive posto de saúde; e a burocracia/indisponibilidade de recursos para aquisição de equipamento agrícola e estruturas de produção (Tratores, grades, bomba para irrigação, construção de aviários, armazéns, etc.). Estas dificuldades resultam no abandono com venda dos lotes, comprovada pelos dados do diagnóstico rápido participativo (DRP, 2011). Onde apenas 63,20% são o primeiro proprietário do lote; 5,20%, são o segundo proprietário e 15,80% o terceiro proprietário e 15,80% não optarão em responder, por temer a perda do lote. As linhas de crédito poderiam ser uma saída para parte desses problemas, caso funcionassem conforme o esperado, e ainda se houvesse o cumprimento dos deveres do próprio estado/município, que é oferecer saúde, educação, segurança e infraestrutura (vias de acesso). Mas mesmo que se tenha dinheiro e estrutura física dentro e fora das propriedades, não se concretizará de forma alguma o avanço econômico de todos os agricultores, de modo a colocá-los em concorrência entre si, se destacando apenas os mais preparados e, portanto não sendo essa uma política pública igualitária como diz o discurso a seu respeito. A lacuna existente entre o agricultor e sua sustentação no campo, vivendo na terra e somente da terra, passa pelas “mãos” do serviço de Ater, um fator determinante para a produção e gestão dos recursos, tanto naturais como financeiros. Em razão disso trabalharemos o serviço de assistência técnica e extensão rural (ATER). O papel do extensionista sempre esteve atrelado aos modelos de desenvolvimento e interesses vigentes. Com a crise econômica, política e ambiental do modelo de revolução verde¹, o modelo institucional e técnico da extensão entrou em crise; do mesmo modo o papel da intervenção dos técnicos da Ater também sofreu mudança. Decorrência disto chegamos ao século XXI com o papel do extensionista sendo questionado. Os métodos antes apreendidos, de difusão de tecnologia, perfeitamente adaptados ao processo de modernização da agricultura, já não atendem às exigências do meio rural, com agricultores demandando novas formas de inserção da agricultura familiar 14 que considerem as especificidades locais, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional sustentável e consequente fortalecimento da cidadania. O serviço público de assistência técnica e extensão rural no Brasil encontra-se atualmente segundo Pettan (2005) no seu quarto momento histórico, onde o estado reassume seu papel coordenador das atividades do setor ao laçar em 2004, uma nova política nacional de assistência técnica e extensão rural (PNATER). Esta política foi organizada na forma de um sistema nacional descentralizado de Ater pública e orientada ao atendimento dos agricultores familiares. Ela preconiza novos enfoques metodológicos e incentiva a agroecologia, sugerida como o novo paradigma tecnológico para o desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2004). A inclusão social da população rural brasileira mais pobre nestes serviços ainda é um desafio principalmente pelo sucateamento das empresas de Ater pública, como é o caso, da empresa matrogrossense de assistência técnica e extensão rural (EMPAER) (Quadro 1) observa-se que 201 técnicos são insuficientes para a demanda de um estado tão extenso como é o caso de Mato Grosso. Quadro 1 – Recursos humanos técnicos e administrativos da EMPAER/MT. Técnico de Nível Superior Agente Técnico (técnicos de nível médio) 107 Agente Administrativo (parte administrativa) 58 Agente Serviços (serviços de guarda, limpeza, gerais) 42 Ativa 94 A disposição do Núcleo agropecuário A disposição c/ônus A disposição s/ ônus Termo de sessão Termo de cooperação Licença Particular Cursos TOTAL 11 - 24 17 04 01 02 02 114 04 01 02 02 116 02 01 02 87 59 Fonte: Informação verbal de Elaine Skiresinski Gonçalves de Oliveira (Nutricionista, EMPAER, Rondonópolis, Julho de 2012). 15 A situação expressa no quadro mostra as péssimas condições de recursos humanos para Ater pública, sem falar da infraestrutura e recursos materiais (carros, prédios, mobiliário, custeio, combustível, diárias, etc.). A nova Pnater propõe que o extensionista desenvolva meios alternativos de produção acessíveis ao agricultor (a agroecologia surge como forte ferramenta nesse sentido), e ainda que esse profissional seja capaz de entender sua função social no campo, não destacando o fator econômico, mas valorizando o camponês, sem impor seu conhecimento. Além da má formação profissional do extensionista, o serviço de Ater do governo, se prejudica em outro ponto, que é o contingente de pessoal e falta de recursos para levar assistência e ajuda aos pequenos produtores, essa realidade é comum aqui na região de Rondonópolis - MT, que possui sete assentamentos e setecentos e noventa e duas (792) famílias assentadas, somente no limite do município sem contabilizar os municípios circunvizinhos (MDA, 2012). Por outro lado, o município de Rondonópolis possui na Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária, apenas dois núcleos voltados para a agricultura familiar, com poucos profissionais, um setor de extensão rural e outro de horticultura (Rondonópolis, 2012). Diante dessa situação, constatada surgiu a ideia do projeto Parceria de Fibra: ações para inclusão social, geração de renda e implantação do sistema de produção da bananicultura com praticas agroecológicas no assentamento fazenda esperança, município de Rondonópolis-MT que está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de Mato Grosso (Campus de Rondonópolis), em parceria com a Empaer de Rondonópolis no assentamento de mesmo nome. O projeto de pesquisa-extensão busca no artesanato viabilizar renda, mantém discussões de educação ambiental, visitas técnicas e palestras, para ajudar no empoderamento dos assentados e no manejo das propriedades. É desenvolvido sob o enfoque agroecológico, especialmente com técnicas de adubação verde (leguminosas) e homeopatia de solos, plantas, animais e água. O Assentamento também é beneficiado pela Associação “Dando as Mãos”, fundada no município de São José do Povo/MT, no ano de 2005, que atua nos assentamentos da região sul de mato grosso. A associação busca expandir a idéia de economia solidária, criando moeda de troca entre os agricultores, oportunizando espaço para que eles comercializem seus produtos, proporcionando formação extra campo, por meio de cursos, incentivando a 16 produção segundo a agroecologia. A Associação coordena o projeto Desenvolvimento Socioeconômico dos Empreendimentos da Agricultura Familiar da Região Sul do Estado de Mato Grosso MT - Dom Aquino, Guiratinga, Juscimeira, Pedra Preta, Poxoréo, Rondonópolis, São José do Povo². Conclusão A análise e discussão do território, desenvolvimento rural e políticas públicas para a agricultura familiar no Brasil permite-nos fazer algumas considerações sobre os atuais programas governamentais, a eficácia e a aplicação nos assentamentos rurais. A ruralidade e as formas de agricultura familiar no Brasil, construídas ao longo do tempo, permitiram uma relevância atual muito grande na produção de alimentos e geração de empregos. Por outro lado, o desenvolvimento rural ainda não é favorecido pelas políticas públicas que apresentam grandes empecilhos na aplicação e gestão dos recursos. Não podemos afirmar que o desenvolvimento rural esteja a mercê das políticas mal sucedidas, ou da boa vontade daqueles que deveriam apresentar seriedade no que fazem, mas é inegável a falta de acompanhamento técnico na aplicação dos recursos disponibilizados. As políticas públicas para a agricultura familiar precisam ser acompanhadas pelo fortalecimento da Ater no Brasil, que sofreu grande sucateamento nas últimas décadas, especialmente nos últimos governos que preferiram repassar recursos para prestação de serviços privados de assistência técnica e extensão rural (associações, ONGs, fundações, entre outros). Diante das contribuições teóricas e conceituais discutidas no artigo, é possível situar o Assentamento Fazenda Esperança como um espaço rural muito aquém dos benefícios dos programas e políticas públicas. As dificuldades de ordem natural (solo, água e relevo), ordem social (falta de união entre agricultores) e técnica (assistência técnica e extensão rural) impõem ao assentamento uma baixa produção agrícola, empobrecimento dos assentados e o abandono dos lotes, realidade não muito diferente dos demais assentamentos existentes no país. 17 Notas ___________________ 1 Projeto de Pesquisa-extensão realizado pelo Campus Universitário de Rondonópolis/UFMT e Empresa Matogrossense de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – EMPAER/MT. Financiado pelo CNPq (Processo n°. 558607/2009-8). ²A Revolução Verde, modelo baseado no uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos na agricultura, é um fato corrente no campo e está presente na vida de muitos produtores em diversas áreas do mundo, porém, para se chegar ao atual estágio, exigiu-se toda uma gama de fatores que marcaram a sociedade no instante de seu surgimento. (OLIVEIRA e GANIMI, 2007, p. 44). ³Projeto financiado pela PETROBRÁS que busca a construção de um modelo alternativo de organização e acompanhamento dos assentamentos da região Sul do Estado de Mato Grosso. Uma proposta de desenvolvimento socioeconômica, através da formação, organização, animação e sensibilização dos agricultores e agricultoras familiares na perspectiva de resgate dos valores sociais, culturais, ambientais e produtivos com base nos princípios da Economia Solidária: democracia, ética, cuidados com o meio ambiente, autogestão. Referências ANDRADES, T. O. de e GANIMI, R. N. Revolução verde e a apropriação capitalista.CES Revista, v. 21, Juiz de Fora, 2007. Disponível em <web2.cesjf.br/sites/cesjf/revistas/cesrevista/edicoes/2007/revolucao_verde.pdf>. Acesso: 20 mai. 2012. BRASIL. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. Disponível em: <www.embrapa.br>. Acesso em: 18 out. 2011. ______. INCRA. Superintendência Regional 27. 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