A VISÃO DA ESCOLA ESTADUAL PÚBLICA PAULISTA ACERCA DO
SUPERVISOR DE ENSINO: ANÁLISE DE DUAS DIRETORIAS DE
ENSINO
Elijane dos Santos1 - FCT-UNESP PRUDENTE
Grupo de Trabalho - Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação Básica
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
A presente proposta de pesquisa encontra-se vinculada ao Programa de Pós-Graduação em
Educação da FCT/UNESP na linha de pesquisa “Políticas Públicas,Organização Escolar e
Formação de Professores” e tem como objetivo geral analisar e identificar o perfil de ação dos
supervisores, pautando-se na visão dos diversos segmentos que compõem a escola.Trata-se de
uma pesquisa que versará pelos pressupostos da pesquisa exploratória com enfoque
qualitativo que terá como sujeitos os supervisores de ensino da rede estadual paulista, bem
como diretores, coordenadores, vice- diretores, agentes de organização escolar, e docentes
efetivos, de duas diretorias de ensino distintas.a pesquisa será composta por quatro etapas
sendo estas;a primeira constará com a explanação para o conhecimento da supervisão de
ensino e seu desenvolvimento no estado de são Paulo.A segunda etapa se fará uma análise do
perfil do supervisor da rede estadual de ensino, visando conhecer o ambiente, a formação,
dentre outros aspectos.A terceira etapa constará de entrevistas e análises realizadas pelos
diversos segmentos escolares acerca do supervisor de ensino.A quarta e ultima etapa será a
análise dos dados obtidos para então confrontá-los ao referencial teórico pertinente.Para
tal,analisaremos a historicidade da supervisão de ensino no Estado de São Paulo mediante as
legislações que a regem.nos utilizaremos também as entrevistas que serão realizadas com
todos os segmentos escolares, e os supervisores.Como eixo teórico será utilizado estudos que
abordam a temática da supervisão de ensino articulando-se a supervisão de ensino e seu papel
real na unidade escolar, confrontando assim a teoria e a prática da supervisão no contexto
escolar.Da análise dos dados, espera-se que os resultados nos permita mostrar e analisar o
supervisor de ensino enquanto segmento da escola, e também revelar a visão que a escola
possui acerca desse supervisor, que ora é visto como um agente burocrático e ora como parte
integrante da questão pedagógica da escola.
Palavras-chave: Supervisor de Ensino. Escola Pública. Gestão.
1, Graduada em Pedagogia pela FFC/UNESP/Campus de Marília, especialista em coordenação pedagógica e
Planejamento/ AEE Deficiência Intelectual, Professora de Educação Básica I e Educação Infantil e mestranda em
Educação pela FCT/UNESP/Campus Presidente Prudente E-mail: [email protected].
ISSN 2176-1396
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Introdução
Em meio a tantas perspectivas, o primordial é que o supervisor de educação ultrapasse
o âmbito pedagógico, pois ao transferir as habilidades humanas ás máquinas, desenvolvidas
pelo próprio ser humano, há uma identificação, caracteristicamente supervisora, no sentido de
ordenar, comandar, controlar a ação de outro. Sendo assim, é necessário então um trabalhador
que seja capacitado para exercer a função de supervisionar todo o processo, mesmo que este
possua como aposto, a complexidade (SAVIANI, 2000).
Estando então aqui o começo, a presente pesquisa fora pensada no momento em que
estive designada para a função de Diretor de escola na Rede Estadual de Ensino de São Paulo,
e perante o receio que sofríamos na Unidade Escolar quando tínhamos entre nossa equipe a
presença da supervisão de ensino, que por muitos de nossa equipe não era visto como um
membro quer vinha a somar, mas sim um membro que vinha causar medo, que vinha subtrair
e dividir a equipe escolar.
Não queremos que fique clarificado aqui que a supervisão é amedrontadora, o que
queremos evidenciar é que a supervisão de ensino que deveria estar ali para fazer com que a
unidade escolar caminhasse sempre da melhor forma, mesmo diante de todos os abismos
educacionais que são encontrados, o supervisor é visto como alguém apenas do âmbito
governamental que está ali na unidade com o intuito de julgar, e qualificar o trabalho
desenvolvido de forma quantitativa; outro ponto a ser destacado aqui é que este supervisor é
concebido por muitos como um “olheiro” da hierarquia educacional existente, ou seja, um
“olheiro” da Dirigente Regional de Ensino que está vigente no interior da unidade escolar,
não para se refletir , mas criticar de forma não edificadora o trabalho da equipe.
Nas palavras de Feldfeber, 1999 vemos que:
Os supervisores posicionam-se como se fossem as “dobradiças” entre as instancias
centrais do governo educativo e as instituições.E é nesse cruzamento onde se
confronta um espaço estratégico no qual se colocam em jogo aspectos vinculados
tanto ao desempenho profissional da tarefa como elementos relacionados com seu
Carter de funcionários do Estado (FELDFEBER,1999, p.154).
Sabemos que o supervisor de ensino ocupa um lugar de destaque nessa estrutura
educacional a qual estamos inseridos, isso devido à responsabilidade de gestão e qualidade no
processo de desenvolvimento pedagógico, o que pode acarretar uma influência direta ou
indireta sob o trabalho diário da equipe escolar.
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Inquietava-nos a forma como a Supervisão ainda era concebida no cotidiano da escola
bem como, à especificidade de sua função, o que nos levou a problematizar: como o trabalho
do Supervisor é compreendido pelos diversos sujeitos que estão presentes no cotidiano
escolar? Como se dão os relacionamentos, entendimentos e interações entre o profissional
Supervisor e os demais agentes escolares?
A respeito da caracterização do conceito de supervisão escolar, ou supervisão de
ensino (o ato de supervisionar/ coordenar) encontramos nos dizeres de (LIBÂNEO, 2004,
p.215):
A coordenação é um aspecto de direcção, significando a articulação e a
convergência do esforço de cada integrante de um grupo visando a atingir os
objetivos. Quem coordena tem a responsabilidade de integrar, reunir esforços,
liderar, concatenar o trabalho de diversas pessoas. [...] responde pela viabilização,
integração, articulação do trabalho pedagógico-didático em relação direta com os
professores, em função da qualidade do ensino.
Enquanto gestora tinha plena consciência de que apesar de não concordar com o papel
estritamente burocrático desenvolvido pela supervisão, compreendia que num ambiente
escolar a questão burocrática se dá de forma acoplada as questões de organicidade e de
desenvolvimento pedagógico. Acredito que por ser um cargo que remete a “chefia”, a ordem,
a questão burocrática seja tão evidenciada.
A respeito dessa questão da burocracia no ambiente educacional, especificamente em
relação ao supervisor, Silva Júnior (1986, p.162) nos salienta que:
“Inchações” burocráticas e outros males da chamada “gerência científica são
questões a serem enfrentadas no interior dos sistemas escolares e também das
universidades.é preciso começar pelo reexame de algumas questões teóricas
fundamentais que estão na base do processo alienador que envolve a formação de
supervisores escolares.
Relacionando a vigência intensa da burocracia nos processos escolares, as reflexões
desenvolvidas por (Weber, 1976, p.24) nos faz compreender que:
Embora muitos se queixem dos pecados da burocracia seria ilusão imaginar que o
trabalho administrativo, pudesse ser executado em qualquer setor, sem a presença de
funcionários trabalhando em seu cargo. Todo modelo de vida quotidiana é talhado
para se adequar a essa estrutura. Por que a administração burocrática é sempre,
observada em igualdade de condições, e de3 uma perspectiva formal e técnica, o
tipo mais racional.
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Em meio a esta burocracia educacional, em que nos encontrávamos, sentimos a
necessidade de compreender em pormenores a história do supervisor de ensino da Rede
Estadual de Ensino de São Paulo, procurando compreender se a supervisão deveria seguir
fielmente apenas a questão da organicidade da unidade escolar. Dizemos isso, pois em
determinado momento numa reunião em nossa unidade escolar, tivemos como fala da
supervisão, que a questão pedagógica não gerava processo administrativo, mas que a
documentação e o patrimônio escolar, ocasionavam demissão.
É digno de se pensar mediante esta colocação, em que lugar a questão pedagógica se
encontra na instituição escolar, e se a questão pedagógica compete somente ao professor e ao
diretor, gestor, agentes educacionais que estão mais próximos da realidade da escola.
Sob a ótica de Rangel (2003, p.26) nos diz que a supervisão pedagógica escolar é
aquela que se realiza na escola, integrada a sua equipe docente, com âmbito de ação didática e
curricular.
Ainda corroborando sobre a questão da função do supervisor escolar, a autora ressalta
que:
O supervisor pedagógico escolar faz parte do corpo de professores e tem a
especificidade do seu trabalho caracterizado pela coordenação, organização em
comum das atividades didáticas e curriculares e a promoção e o estímulo de
oportunidades coletivas de estudo. A coordenação é por natureza uma função que se
encaminha de modo interdisciplinar (RANGEL, 2003, p.57).
Sendo assim, é necessário que tenhamos a consciência de que a supervisão de ensino
está estritamente ligada a unidade escolar, e que esta mesma supervisão deve agir de forma
multidisciplinar, oferecendo o seu conhecimento em benefício da unidade escolar, agindo
assim, sem nenhuma sombra de dúvida o supervisor não estará burlando o sistema, mas sim
estará de forma real mostrando ao sistema, as partes do mesmo e a situação real que se
encontra. De nada adiantará termos em nossas unidades supervisores, se este não fizer com
que a escola progrida que o mesmo seja capaz juntamente com a equipe escolar planejar
ações em benefício da escola.
Enfim, não adianta mandar, se não souber realizar.
Metodologia
Sendo o objetivo desta pesquisa analisar e identificar o perfil de ação dos supervisores,
pautando-nos na visão dos diversos segmentos que compõem da escola, o mesmo se baseia
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nos princípios da abordagem qualitativa. Mediante as considerações de Minayo ( 2007) temos
que a
Pesquisa qualitativa é aquela que busca entender um fenômeno específico em
profundidade. Não se detém apenas a estatísticas, regras e outras generalizações, a
qualitativa trabalha com descrições, comparações e interpretações (MINAYO, 2007,
p.48).
Esta abordagem norteia a intencionalidade do pesquisador, pois revela sua forma de
investigar, de direcionar a pesquisa e sua visão de mundo em relação à realidade e ao objeto
de estudo elementos interligados num mesmo processo conjuntural.
Ainda sobre a pesquisa qualitativa podemos ressaltar que
[...] responde a muitas questões particulares. Ela se preocupa nas ciências sociais,
com um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com
um universo de significados, modificações, aspirações, crenças, valores e atitudes o
que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos
fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis
(MINAYO, 2007, p.65).
Godoy (1995) reflete que,
[...] a pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados,
nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados. Parte de questões ou
focos de interesses amplos, que vão se definindo a medida que o estudo se
desenvolve. Envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e
processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada,
procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja,
dos participantes da situação em estudo (GODOY, 1995, p.58).
De acordo com os objetivos apontados para esta pesquisa, a mesma se caracteriza
como exploratória, de caráter analítico e descritivo, com abordagem como já fora dito,
majoritariamente qualitativa e aferições quantitativas.
Quanto ao procedimento trata-se de uma pesquisa que envolverá o auto preenchimento
consentido a partir da aplicação de entrevistas semi-estruruadas bem como questionários, com
perguntas abertas e fechadas a respeito da supervisão de ensino. Estes questionários serão
respondidos pelos próprios supervisores, bem como outros agentes educacionais sendo eles:
professores efetivos, agentes de organização escolar, diretores, coordenadores e vice diretores.
Em relação ao seu aspecto exploratório podemos dizer que a escolha se deu pois,
pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar
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conceitos, com vistas à formulação de problemas ou hipóteses pesquisáveis. Apresentam
menor rigidez no planejamento.
Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco
explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. O
produto final deste processo é um problema mais esclarecido, passível de investigação
mediante procedimentos sistematizados (GIL, 1991).
Dentre as pesquisas descritivas salientam-se que têm por objetivo estudar as
características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de
escolaridade, opiniões, atitudes, crenças, etc.
Segundo Gil (1991) as pesquisas descritivas são
[...] juntamente com as exploratórias, as que habitualmente realizam os
pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática. São também as mais
solicitadas por organizações como instituições educacionais, empresas comerciais,
partidos políticos, etc (GIL, p.59, 1991).
A respeito das repostas que serão emitidas por via dos questionários e das entrevistas,
tendo como sujeitos os supervisores de ensino, os diretores de escola, coordenadores
pedagógicos, agentes de organização escolar, em duas Diretorias de Ensino da Rede Estadual
serão analisados, segundo a técnica da Análise de Conteúdo, baseada em Bardin (2011).
Para Bardin (2011), o termo análise de conteúdo designa:
[...] um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando a obter, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.
(BARDIN, 2011, p. 47).
A respeito da analise de conteúdo Bardin (2011) o mesmo caracteriza essa forma de
abordagem, como sendo composta por três fases; a pré-análise, exploração do material e
tratamento dos resultados a inferência e a interpretação. Sendo assim, esta análise do conteúdo
nos faz compreender que para todo material colhido durante uma pesquisa, é necessário que
se reflita sobre o mesmo, compreendendo todos os fatores que os envolve.
A presente pesquisa será desenvolvida em duas diretorias de ensino da rede estadual
paulista, possuindo como sujeitos, os supervisores de ensino, os diretores, coordenadores,
vice-diretores, agentes de organização escolar e professores efetivos de cada unidade escolar.
Será composta nossa pesquisa por quatro etapas, em que na primeira etapa será realizado um
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levantamento dos trabalhos existentes acerca da temática supervisão de ensino e abordaremos
a questão dos diversos significados existentes sobre a supervisão, bem como as suas
concepções quanto a sua origem da história do supervisor de ensino na Rede Estadual de São
Paulo, pautando-nos nas legislações que regem estes agentes educacionais.
Na segunda etapa de nossa pesquisa faremos uma análise do perfil do supervisor de
ensino da Rede Estadual, visando conhecer o ambiente, a formação, dentre outros aspectos.
Esta etapa será composta por questionários que serão respondidos pelos próprios supervisores,
e a sua própria visão a respeito dessa profissão.
A terceira etapa constará análises feitas por outros agentes educacionais sendo eles:
diretores de escola, coordenadores pedagógicos, agentes de organização escolar e vices
diretores, sobre a visão que possuem do supervisor de ensino, num contexto escolar.
Na quarta etapa faremos uma análise dos dados obtidos, para que então possamos
analisá-los sob a luz do referencial teórico pertinente.
A presente pesquisa ainda dialogará com a abordagem teórica da pesquisa qualitativa,
bem como será caracterizada como pesquisa exploratória de cunho descritivo e analítico.
Discussões e resultados
Frente ao exposto, apresentaremos um levantamento realizado no banco de
dissertações e teses das universidades reconhecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – CAPES, tendo como base, os Programas de Pós graduação, em
Educação, ou Educação Escolar das Universidades do Estado de São Paulo que apresentam
notas 4,5,6,e 7 na CAPES, sendo estas (UNICAMP,UNESP PRESIDENTE PRUDENTE,
UNESP MARÍLIA, UNESP ARARAQUARA,UNESP RIO CLARO,UFSCAR,USP
e
UNIFESP).
Na seleção dos trabalhos, utilizaremos como descritores os termos “supervisão escolar,
supervisor de ensino, supervisionar, gestores da educação, administradores escolares,
administração escolar. Em seguida, verificamos os títulos dos trabalhos, identificando a
relação vigente entre os mesmos e o objeto de estudo.
Diante da proposta do levantamento acima mencionado, no presente momento apenas
será apresentado um resultado parcial do mesmo. Inicialmente apenas será evidenciado o
levantamento dos Programas de Pós Graduação das Universidades Estaduais Paulistas de
diferentes cidades (UNESP). Na UNESP-MARÍLIA, encontramos um total de 273
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dissertações e 206 teses sendo que apenas uma dissertação e uma tese abordam a questão da
supervisão de ensino. Na UNESP-PRESIDENTE PRUDENTE, foram encontradas 222
dissertações e 18 teses nenhuma dessas aborda a questão a ser estudada,. Na UNESPARARAQUARA, encontramos 247 dissertações e 218 teses, sendo que duas dissertações e
uma teses abordam a respeito da temática. NA UNESP- RIO CLARO encontramos um total
de 161 dissertações e dessas nenhuma aborda a temática pretendida para desenvolvimento da
pesquisa.
Na UFSCAR, campus de São Carlos foram encontradas 238 dissertações sendo que
apenas duas contemplam a temática. E no campus da UFSCAR em Sorocaba encontramos 19
dissertações e dessas nenhuma contempla a temática. Também encontramos no campus da
UFSCAR em São Carlos um total de 181 teses e dessas nenhuma contempla a temática, e no
campus de Sorocaba, não houve ainda produções desse nível.
Mediante esta parcialidade dos levantamentos, pudemos perceber que há uma escassez
significativa a respeito de produções que abordem a questão do supervisor de ensino,
considerando assim que a temática merece relevância, uma vez que pouco se explorou acerca
do assunto.
Considerações Finais
Em meio a esta burocracia educacional, em que nos encontrávamos, sentimos a
necessidade de compreender em pormenores a história do supervisor de ensino da Rede
Estadual de Ensino de São Paulo, procurando compreender se a supervisão deveria seguir
fielmente apenas a questão da organicidade da unidade escolar. Dizemos isso, pois em
determinado momento numa reunião em nossa unidade escolar, tivemos como fala da
supervisão, que a questão pedagógica não gerava processo administrativo, mas que a
documentação e o patrimônio escolar, davam demissão.
É digno de se pensar mediante esta colocação, em que lugar a questão pedagógica se
encontra na instituição escolar, e se a questão pedagógica compete somente ao professor e ao
diretor, gestor, agentes educacionais que estão mais próximos da realidade da escola.
Esperamos por meio deste trabalho possamos analisar o supervisor de ensino enquanto
segmento da escola, e também revelar a visão que a escola possui acerca desse supervisor, que
ora é visto como um agente burocrático e ora como parte integradora da questão pedagógica
da escola.
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REFERÊNCIAS
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GODOY, A. S. (1995a). Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de
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LIBÂNEO, José. Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. 5.ed. Revista e
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MINAYO, Maria. C. de S.; DESLANDES, Suely. F.; GOMES, Romeu. Pesquisa Social:
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RANGEL, Mary. Supervisão Pedagógica: Princípios e Práticas, 3ª ed. Campinas: Papirus,
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SAVIANI, Dermeval. A supervisão educacional em perspectiva histórica: da função à
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SILVA JUNIOR, Celestino Alves da. Prática e Supervisão. In ALVES, Nilda. Educação e
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WEBER, MAX. Os fundamentos da organização burocrática: uma construção do tipo
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