III SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA. 2014
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Educação Ambiental por meio do Plantio de Hortas em uma Escola Estadual do
Município de Guaçuí, ES.
D. B. S. Gomes1*, M. V. Costa Filho1, A. A. Amaral2, K. M. P. Abreu3 & SheilaMendonça
da Silva4
1
Licenciandos em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Espírito Santo - Campus de Alegre
2
Professor Doutor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito
Santo - Campus de Alegre
3
Professora Doutora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito
Santo - Campus de Alegre
4
Professora da Escola Estadual de Ensino Médio “E.E.E.M. Monsenhor Miguel de Sanctis”
*Email para correspondência: [email protected]
Introdução
O crescimento populacional gera problemas relacionados ao aumento da produção agrícola
sendo necessário problematizar tais questõesque influencia diretamente o meio ambiente, a
economia
e
a
sociedade
(Silveira&Ferraz2004).
De
acordo
com
o
autor
atitudessustentáveis voltadaspara a agriculturapodem viabilizar a produção de alimentos a
longos períodos de tempo atendendo toda a população de maneira a poupar os recursos
naturais.
O plantio de hortas é uma alternativa educacional capaz de abordar os temas ambientais de
uma maneira diferente. Segundo Borba et al. (2012) ações de Educação Ambiental com o
auxílio de hortas são capazes de educar e transformar os indivíduos em cidadãos com
maior sensibilização e com atitudes ecologicamente corretas.
Cabe ao âmbito escolar promover atividades educacionais em todos os níveis de ensino
com o intuito de sensibilizar cada indivíduo para a conservação da natureza (Costa
&Murata2013). De acordo com os autores a Educação Ambiental são todos os processos
pelo qual o indivíduo se torna capaz de desenvolver suas potencialidades em torno da
construção de competências para o desenvolvimento sustentável.
Com o intuito de evidenciar a eficácia de atividades com a utilização de hortas para alunos
do ensino médio, foi introduzido em uma escola estadual no Sul do Espírito Santo um
viveiro de mudas e orquidário no qual buscou trabalhar no espaço externo a produção de
hortas sustentáveis.
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GOMES ET. AL:EDUCAÇÃO AMBIENTAL POR MEIO DO PLANTIO DE HORTAS.
O presente trabalho objetivou evidenciar o potencial das hortas escolares como
instrumento promotor da Educação Ambiental e verificar se a utilização de tais ferramentas
proporciona sensibilização e aprendizagens voltadas ao desenvolvimento sustentável.
Material e Métodos
As atividades ocorreram em outubro de 2013 com aproximadamente 50 educandos de duas
turmas dos terceiros anos. Inicialmente foi proposta para os estudantes a realização de
pesquisas para elaboração de projetos envolvendo a construção de hortas sustentáveis.Os
discentes tiveram que buscar conceitos e técnicas voltadas para os conteúdos ligados à
sustentabilidade, solo, hortas e compostagem.Por meio da pesquisa e embasamento teórico
os educandos elaboraram os projetos.
Após duas semanas os projetos realizados pelos educandos no primeiro momento foram
apresentados. Posteriormente o tema sustentabilidade com a criação de hortas foi discutido
com os discentes em uma mesa redonda e debatidas as ideias que embasaram a elaboração
dos projetos, sendo que os melhores foram selecionados para serem colocados em
prática.A próxima etapa envolveu a realização prática dos projetos em que foram plantadas
várias hortaliças em pneus, canos e recipientes considerados inutilizados.
Foi utilizado o método fenomenológico no momento da mesa redonda e na realização
prática dos projetos. De acordo com Martins & Bicudo (1989) o método fenomenológico
utiliza a observação buscando sempre a compreensão do que é estudado, visando atentar
para o específico, ou seja, o que é peculiar.Para finalizar foi realizada uma entrevista aberta
com seis estudantes escolhidos aleatoriamente e foi utilizado também o método
fenomenológico. Todos os dados registrados estão descritos a seguir.
Resultados e Discussão
A atividade de Educação Ambiental com a utilização de hortas envolvendo práticas
sustentáveis se mostrou eficaz. Por meio do método fenomenológico observou-se o
comprometimento da maioria dos estudantes, poisos mesmos realizaram as pesquisas sobre
a temática com comprometimento e elaboram bons projetos sustentáveis. Ao analisar os
projetos que foram entregues ao primeiro autor, notou-se a preocupação dos discentes em
reutilizar recipientes considerados lixo na elaboração dos mesmos. Os relatos no momento
das entrevistas mostrou que os educandos pesquisados entenderam a importância das
atividades sustentáveis para a preservação do meio.
Os discentes mencionaram que
iniciativas como as realizadas na escola deveriam ocorrer com maior frequência, pois,
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ajuda a amenizar os impactos ambientais e ainda sensibiliza cada indivíduo em relação aos
problemas ambientais.
A etapa que gerou maior motivação e interesse pela grande maioria dos discentes foi a
realização
prática
dos
projetos,
neste
momento
houve
grande
interação
e
questionamentos.No mesmo sentido Krasilchik (2005) enfatiza que, a realização prática faz
com que o educando fique em contato direto com os fenômenos, através da observação,
manipulação de materiais e equipamentos surgem resultados diferentes dos esperados,
desafiando a imaginação e o raciocínio.
De modo geral as ações educativas foram bem aceitas, pois, quase todos os discentes
entenderam que a utilização de pequenos espaços com a produção de hortaliças a partir da
ornamentação com reutilizáveis são alternativas viáveis para aliar produção com a redução
de resíduos sólidos. Os resultados corroboram com os trabalhos de Borba et al., (2012) e
Costa & Murata (2013), no qual houve elevado grau de satisfação dos estudantes,
empolgação e adesão nas atividades envolvendo a utilização de hortas.
Cada grupo realizou explicações sobre os projetos e enfatizou a importância das ações
sustentáveis aliadas a criação de hortas na escola.Os educandos ainda comentaram que
iniciativas como essas ajudam a amenizar os problemas ambientais e que a difusão de
ideias ecologicamente corretas devem ocorrer com maior frequência.
Por meio das explanações realizadas pelos estudantes na apresentação dos projetos, ficou
nítido que houve grande sensibilização em relação às questões ambientais. Muitos
discentes que não participaram da realização dos projetos, mas estiveram no momento das
apresentações se mostraram interessados e realizaram alguns questionamentos sobre como
implantar tais iniciativas.Segundo Capra (2005), através do uso de horta é possível chamar
a atenção para a não degradação e a conservação do meio ambiente. Segundo o mesmo
autor o aprendizado por meio do contato direto com hortas é facilitado, pois, ver a
realidade é uma forma de fazer com que o educando seja capaz de se transformar em um
cidadão com maior consciência e capaz de adotar um estilo de vida sustentável.
Conclusão
Com os resultados obtidos no presente trabalho foi possível evidenciar a eficácia de
trabalhar a Educação Ambiental envolvendo hortas com a reutilização de materiais
recicláveis em um espaço considerado inutilizado. Por meio desse instrumento grande
parte dos educandos foram sensibilizados e demonstraram maior interesse sobre as
problemáticas ambientais podendo ser grandes difusores de tais ideias.
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GOMES ET. AL:EDUCAÇÃO AMBIENTAL POR MEIO DO PLANTIO DE HORTAS.
Agradecimentos
Ao Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência (PIBID), a Escola Monsenhor
Miguel de Sanctis e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CAPES) pelo auxílio e bolsa à pesquisa ao segundo autor.
Literatura Citada
Capra, F. 2005. Alfabetização ecológica: a educação das crianças para um mundo
sustentável. São Paulo: Pensamento Cultrix.
Costa, A. C. G. & Murata, T. A. 2013. Horta orgânica como ferramenta lúdica para a
educação ambiental nos anos iniciais do ensino fundamental. Revista Educação
Ambiental em Ação, 12(46).
Borba, S. N. S.; Vargas, D. L. & Wizniewsky, J. G. 2012. Promovendo a educação
ambiental e sustentabilidade através da prática da agricultura de base ecológica.
Revista Eletrônica do Curso de Direito – UFSM, 7:631-638.
Krasilchik, M. 2005. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: EDUSP.
Martins, J. & Bicudo, M. A. V. A pesquisa qualitativa em psicologia: fundamentos e
recursos básicos. São Paulo: Educ Moraes, 1989.
Silveira, M. A. & Ferraz, J. M. G. 2004. Sustentabilidade, pesquisa interdisciplinar e
agricultura familiar: uma discussão crítica. In: Encontro da ANPPAS, 2., Anais...
Indaiatuba.
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