MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE
CAMPO GRANDE /MS
2012
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Direção
Coordenação Pedagógica
Corpo Docente
Corpo Discente
Corpo Administrativo
Colegiado Escolar
“Educação com qualidade. Um compromisso de todos!”
2
ÍNDICE
Páginas
1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................
05
2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.....................................................................................................
06
3. NÍVEIS DE ENSINO....................................................................................................................
06
4. HISTÓRICO DA ESCOLA...........................................................................................................
07
5. MISSÃO SOCIAL........................................................................................................................
10
6. FILOSOFIA E PRESSUPOSTOS TEÓRICOS............................................................................
10
6.1 Concepção Pedagógica..........................................................................................................
11
6.2 Metodologia de Ensino...........................................................................................................
12
6.3 Processo de Avaliação da Aprendizagem..............................................................................
13
6.4 Sistema de Recuperação Paralela.........................................................................................
17
7. PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA ESCOLA...................................................
18
7.1 Efetividade do Processo de Ensino e de Aprendizagem.......................................................
18
7.2 Clima Escolar.........................................................................................................................
20
7.3 Gestão Participativa de Processos........................................................................................
20
7.4 Envolvimento dos Pais e da Comunidade.............................................................................
21
7.5 Desenvolvimento dos Recursos Humanos............................................................................
21
8. COMPROMISSO DA COMUNIDADE ESCOLAR.......................................................................
22
8.1 Diretor...................................................................................................................................
23
8.2 Secretaria.............................................................................................................................
23
8.3 Coordenação Pedagógica....................................................................................................
24
8.4 Corpo Docente........................................................................................................................
25
8.5 Corpo Discente.....................................................................................................................
25
8.6 Associação de Pais e Mestres................................................................................................
25
8.7 Do Colegiado Escolar.............................................................................................................
25
9. ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
PEDAGÓGICOS.............................................................................................................................
26
9.1 - Utilização do Espaço Físico................................................................... .............................
27
9.2 - Equipamentos e materiais pedagógicos...............................................................................
28
9.3 - Perfil do Corpo docente e corpo administrativo....................................................................
28
9.3.1 Corpo Docente. ..............................................................................................................
28
9.3.2 Corpo Técnico Administrativo.........................................................................................
29
10. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL..............................................
29
11. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO.............................................................
43
11.1 Matriz Curricular do Ensino Médio........................................................................................
44
11.2
Competências
da
Área
de
Linguagens,
Códigos
e
suas
Tecnologias.....................................................................................................................................
3
45
11.3
Competências
na
Área
de
Ciências
da
Natureza,
Matemática
e
suas
Tecnologias.....................................................................................................................................
11.4
Competências
na
Área
de
Ciências
Humanas
e
50
suas
Tecnologias.....................................................................................................................................
55
12. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO....................................................................
59
12.1 Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio.......................................................
60
12.1.1. Justificativa.....................................................................................................................
60
12.1.2. Objetivos........................................................................................................................
62
12.1.3. Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso. ..............................................
62
12.1.4 Competências profissionais específicas do Técnico em Administração.........................
62
12.1.5 Organização curricular. ..................................................................................................
64
12.2 Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio - Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e
...............................................................................................................
64
................................................................................................
64
...................................................................................................
66
12.2.3 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso.................................................
66
.................................................................................
67
12.2.5 Avaliação do Curso........................................................................................
67
.................
68
................................................................................................
68
12.3.2 Objetivos.....................................................................................................
70
12.3.3 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso.................................................
70
12.3.4 Avaliação do Curso.........................................................................................................
70
12.4 Curso Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio............................................
71
12.4.1 Justificativa..................................................................................................
71
12.4.2 Objetivos.....................................................................................................
72
12.4.3 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso.................................................
73
12.4.4 Organização Curricular...................................................................................................
74
......................................................................................
74
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................
75
14. ANEXOS (Projetos Escolares, Resoluções, Calendário Escolar, Ficha de Acompanhamento)..............
78
15. ORGANIZAÇÃO CURRÍCULAR - TEMAS TRANSVERSAIS.................................................
86
16. PROJETOS EXTRACURRICULARES......................................................................................
88
Segurança.
12.2.1 Justificativa.
12.2.2 Objetivos.
12.2.4 Organização Curricular.
12.3 Curso Técnico em Transações Imobiliárias - Concomitante e Subsequente.
12.3.1 Justificativa.
12.4.5 Avaliação do Curso.
4
1. APRESENTAÇÃO
A Proposta Pedagógica resultado do esforço coletivo da Escola Estadual
Hércules Maymone tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino, tornando mais
efetivo o processo ensino aprendizagem que é direito de todos e dever do Estado e da
família. Será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho, conforme preconiza o artigo 205 da Constituição Federal.
Neste contexto, “...questões fundamentais como respeito e a solidariedade
para com o outro, justiça e diálogo, serão exercidas com os alunos cidadãos...”
e , a abrangência de temas transversais como a pluralidade cultural, a ética, a
preservação do meio ambiente, trânsito, a saúde, o trabalho e consumo,
reforçarão a formação de uma cidadania responsável.” (PCNs, 1997).
Mais do que fazer cumprir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB –
9394/96) na elaboração da Proposta Pedagógica, a comunidade escolar almeja
democratizar o ensino, permitindo a participação de todos, com o desejo de mudanças
que permitam perceber e valorizar a escola como um espaço privilegiado na busca de
conhecimentos necessários para a ascensão na sociedade.
Através da participação da comunidade escolar, buscaremos apoio dos pais,
identificaremos os problemas da escola e buscaremos alternativas para soluções
através de uma gestão democrática e do trabalho em equipe, “...que respeitem os
valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social dos
educandos, garantindo-lhes a liberdade de criação e o acesso às fontes de
cultura” (ECA,art.58),”...assegurando-lhes a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania, fornecendo-lhes meios para progredir no trabalho
e em estudos posteriores”, como declara o artigo 22 da Lei de Diretrizes e Bases
(Lei 9394/96).
Para tanto, esta Proposta Pedagógica que se encontra alinhada ao Plano de
Desenvolvimento da Escola – PDE constitui um referencial aos trabalhos que
acontecerão durante os próximos anos nesta Unidade Escolar. Há que se salientar
que são linhas norteadoras e, portanto não estão prontas e acabadas.
5
2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.
Denominação: Escola Estadual Hércules Maymone.
Localização: Rua Joaquim Murtinho, nº 2612 – Bairro Miguel Couto.
CEP: 79003-20 – Campo Grande - MS
Fones: (67) 3314-1281 – Secretaria.
(67) 3314-1282 – Direção.
Criação: Decreto Governamental nº 5.190, publicado do Diário Oficial nº 2623 de
15.08.1989.
Autorização:
Credenciamento
e
Autorização
de
Funcionamento
do
Ensino
Médio:
Resolução/SED n° 1685 de 05.01.2004, publicado do Diário Oficial nº 6.158 de
07.01.2004.
Funcionamento do Ensino Fundamental: Resolução/SED nº 1.903 de
15.12.2005, publicado no Diário Oficial nº 6.628 de 16.12.2005.
Mantenedor: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul
3. NÍVEIS DE ENSINO.
Ensino Fundamental.
● 9os anos -02 turmas (vespertino).
Ensino Médio.
● 1 os anos- 09 turmas (matutino) -02 turmas (vespertino)- 03 turmas (noturno).
● 2 os anos- 05 turmas- (matutino)- 01 turma (vespertino)- 03 turmas (noturno).
● 3 os anos- 04 turmas- (matutino)- 03 turmas (noturno).
CURSOS TÉCNICOS.
Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio:
● 1º ano – 01 turma (matutino) – Integrado ao Ensino Médio.
● 02 turmas (noturno) – Concomitante e Subseqüente.
6
Curso Técnico em Administração
● 1º ano -03 turmas (matutino) - Integrado ao Ensino Médio
● 2ª ano- 01 turma (vespertino) – Integrado ao Ensino Médio.
● 02 turmas (noturno) – Concomitante e Subseqüente.
Curso Técnico em Transações Imobiliárias
● 02 turmas (noturno) – Concomitante e Subseqüente.
Cursinho Estadual Pré-Vestibular
●04 turmas (vespertino).
●04 turmas (noturno).
4. HISTÓRICO DA ESCOLA
A Escola Estadual Hércules Maymone, localizada no Bairro Miguel Couto,
pertence à Rede Estadual de Ensino e tem como mantenedor o Governo do Estado
de Mato Grosso do Sul.
Criada em 1989 com a denominação de “Instituto de Educação de Campo
Grande” através do Projeto Master, com o objetivo de atender alunos do 2º grau. O
Projeto Master foi criado com uma estrutura administrativa e pedagógica diferenciada
das demais escolas estaduais, cujo principal objetivo era ministrar uma educação de
qualidade total. Para que isso ocorresse, os professores tinham a metade da sua
carga horária destinada às horas atividades, visando o estudo, pesquisa e preparação
de materiais didáticos e aulas diferenciadas. Os alunos que quisessem estudar na
instituição eram submetidos a um processo de seleção rigoroso e com isso esta
unidade de ensino vivenciou períodos de excelência no modelo de educação
desenvolvido no Mato Grosso do Sul, que servia como referência para as demais
escolas provando com isso que é possível uma escola pública de qualidade. O
referido projeto foi desativado no ano de 1997.
No ano de 1998, iniciou-se uma nova fase, onde se implantou também o
Ensino Fundamental e a instituição passou a chamar-se “Escola Estadual de 1º e 2º
Graus Hércules Maymone”, cujo nome é em homenagem a um dos idealizadores na
criação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
7
No ano 2000, constatou-se que o Ensino Médio não estava atendendo a
grande demanda de alunos. Em função da responsabilidade maior do Estado ser para
com a manutenção do Ensino Médio, a Direção Colegiada juntamente com a
Secretaria de Estado de Educação decidiu iniciar em 2001 o processo de desativação
do Ensino Fundamental de forma gradativa, ou seja, a cada ano desativava uma série.
Em 2004, a escola ofereceu a Seriação do Ensino Médio, pois a demanda era
muito grande e o espaço físico comportava nos três períodos somente o Ensino
Médio. Com a implementação de políticas públicas no sentido de oportunizar aos
alunos não tiveram acesso à escolaridade regular na idade apropriada, foi criado as
modalidades de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Exame Nacional para
Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCEJJA), que proporcionou a
migração de um número significativo de alunos para esses cursos que oferecia uma
carga horária menor que o ensino regular e consequentemente ocorreu o
“esvaziamento” de salas. Como em 2005 houve a desativação de uma escola
próxima, houve novamente o aumento da demanda o que impulsionou a necessidade
de inserir na escola as séries finais do Ensino Fundamental para atender os alunos
novos.
EM 2010, a escola foi credenciada e autorizada para implementação da
Educação Profissional Técnica em Nível Médio, integrando a Educação Profissional
ao Ensino Médio, inovando pedagogicamente a concepção de Ensino Médio, em
resposta aos diferentes sujeitos sociais para os quais se destina, por meio de um
currículo integrador de conteúdos do mundo do trabalho e da prática social do aluno,
levando em conta os saberes de diferentes áreas do conhecimento. Os cursos
contemplados foram de Administração atendendo a demanda da cidade de Campo
Grande que é historicamente marcada pela vitalidade da atividade comercial e por
possuir grande número de órgãos públicos que oferecem vagas nesta etapa de ensino
e de Meio Ambiente, cuja área apresenta-se em forte expansão no Estado de Mato
Grosso do Sul, sobretudo no setor do turismo devido às belezas naturais, com
crescimento em média de 12% ano e as Usinas de álcool e açúcar que estão se
instalando no estado exigindo demanda de mão de obra para o trabalho e também
uma grande reflexão sobre os benefícios e conseqüências para o meio ambiente, haja
vista a presença do Pantanal, região de Bonito e a preservação de belezas naturais
existentes no Estado.
8
Com o crescimento do setor imobiliário em nosso país e em Campo Grande, foi
autorizado em 2011 o Curso Técnico de Transações Imobiliárias, visto que este
mercado está franca expansão com grandes incentivos por parte do governo em suprir
o déficit habitacional e também devido aos grandes eventos que nosso país promoverá
em 2014 e 2016.
Atualmente, a escola oferece para a comunidade a etapa final do Ensino
Fundamental,
Ensino
Médio,
Cursinho
Estadual
Pré-Vestibular,
Educação
Profissional, além de ceder parte do espaço físico (1º piso) para funcionamento dos
cursos de Artes Cênicas e Geografia, tendo como mantenedora a Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
Outra característica marcante da Escola é o fato de atender alunos de cerca de
92 (noventa e dois) bairros de Campo Grande, alunos de assentamentos rurais e
alunos de duas cidades do interior (Terenos e Bandeirantes). Essa heterogeneidade
no perfil dos educandos torna-se um desafio ainda maior no sentido da busca de uma
identidade para a instituição como também o desafio e missão de promover um ensino
de qualidade e que desenvolva os conhecimentos e habilidades que contribua para a
formação dessa clientela para uma melhor inserção na sociedade e no mercado de
trabalho.
9
5. MISSÃO
Nossa escola tem a missão de „promover um ensino de qualidade através da
inovação, participação e criatividade, contribuindo para a formação de cidadãos
capazes de interagirem de forma assertiva no meio social que vive e criar
perspectivas de futuro melhor através da inserção no mercado de trabalho‟.
6. FILOSOFIA E PRESSUPOSTOS TEÓRICOS.
A Escola Estadual Hércules Maymone tem como filosofia:
Formar seres humanos críticos, criativos e participativos na construção
da cidadania; tendo como princípio norteador a educação holística, uma visão
do todo.
“Educar para a vida”
O conhecimento, além de proporcionar o acúmulo de informações e levar a
uma revisitação de visão de mundo ele acontece de forma mais efetiva quando existe
uma interação efetiva entre o aprendizado e desenvolvimento “...conhecimento é o
resultado da ação do aluno sobre o mundo, o que equivale afirmar que a
atividade do aprendiz é indispensável. Não existe aprendizagem passiva, os
conceitos não espontâneos, não são aprendidos mecanicamente, mas evoluem
com
a ajuda de uma vigorosa atividade mental.” (Vygotsky). Além do aluno
“prestar atenção”, a ação pedagógica do professor precisa provocar a reflexão,
interação, discussão, criticidade, análise, enfim, criar situações para trabalhar
habilidades operatórias.
A função social da Escola é oferecer uma educação básica de qualidade – ela
tem que ser capaz de oferecer a todos que a frequentam, os requisitos mínimos para
se trabalhar e viver numa sociedade “moderna” que caminha numa velocidade
extremamente surpreendente e desafiadora.
Na era do conhecimento, a educação está se tornando cada vez mais um fator
de inclusão social, oportunizando ao educando condições de competitividade na
sociedade, sempre numa transformação pelas novas tecnologias, novas formas de
organização, produção e frente às novas realidades de um mundo que se transforma
com uma rapidez, uma profundidade e uma abrangência jamais vista na história da
10
humanidade.
No mundo globalizado em que vivemos marcados pela abertura de novos e
constantes mercados, os processos educativos devem priorizar a formação do jovem
como ser integral apto a aproveitar ao longo da sua vida as oportunidades do novo
modelo de mercado de trabalho e a dominar competências e habilidades mínimas
para viver e conviver numa sociedade moderna, levando em consideração os quatro
pilares da educação:
- Aprender a ser – eixo da competência pessoal.
- Aprender a conviver-eixo da competência relacional.
- Aprender a fazer – eixo da competência produtiva.
- Aprender a aprender – eixo da competência cognitiva
Enfim, a Escola deverá ter sempre como foco principal o educando que ao
frequentar a escola o mesmo cresça e se desenvolva na perspectiva da autonomia,
solidariedade e competência, não só como ideal, mas de forma real, como estabelece
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – Lei 9394/96 e o Estatuto da
Criança e do Adolescente – Capítulo IV, art. 53.
6.1 Concepção Pedagógica
A Escola Estadual Hércules Maymone desenvolve um trabalho educativo,
tendo a teoria sócio-interacionista como referencial para suas ações didáticopedagógicas. Vygotsky identifica dois níveis de desenvolvimento: um se refere às
conquistas já efetivadas, que ele chama de nível de desenvolvimento real ou efetivo, e
o outro, o nível de desenvolvimento potencial ou proximal, que se relaciona às
capacidades em vias de serem construídas. Para que estas capacidades se
transformem em conquistas consolidadas, é fundamental a ajuda de outras pessoas
(adultos ou crianças mais experientes). Vygotsky atento à “natureza social” do ser
humano, que desde o berço vive rodeado por seus pares em um ambiente
impregnado pela cultura, defendeu que o próprio desenvolvimento da Inteligência é,
portanto, produto dessa convivência. Para ele, “na ausência do outro, o homem não
homem”.
11
Vygotsky, a partir de seus estudos, postulou a concepção sócio-interacionista,
a qual concebe que o homem constitui-se através de sua interação com o meio em
que está inserido. Contudo, cabe ressaltar que esta interação é dialética, e não uma
somatória de aspectos biológicos inatos e adquiridos. “Nesse processo, o indivíduo ao
mesmo tempo em que internaliza as formas culturais, as transforma e intervém em
seu meio. É, portanto na relação dialética com o mundo que o sujeito se constitui e se
liberta” (REGO, 1995, p.94). Nessa perspectiva, o processo de aprendizagem, assim
como vários processos constitutivos do homem, serão desencadeados a partir das
relações de troca que o sujeito estabelece com o meio, ou seja, da interação dialética
entre ele e o meio que está inserido. Sabendo que o processo de aprendizagem se
dá através da relação que o sujeito estabelece com o meio em que está inserido, ele
deve ser instigante e propício ao desenvolvimento desse processo.
Com isso, surge o papel do professor como mediador desse processo de
aprendizagem. É ele quem ajuda a criança a concretizar um desenvolvimento que ela
ainda não atinge sozinha. Na escola, o professor e os colegas mais experientes são
os principais mediadores.
Então, cabe ao educador buscar conhecer seus alunos, analisar o meio em que
eles estão inseridos, as relações que eles estabelecem com esse meio, bem como
considerar o conhecimento que esses alunos já carregam e construíram antes de
ingressar na escola.
Para o ser humano, segundo Vygotsky, o meio é sempre revestido de
significados culturais e esses significados só são aprendidos com a participação dos
mediadores.
A Linguagem escrita, assim como outras formas de linguagem, é construída
socialmente através da interação dos sujeitos entre si e com o mundo, em um
processo contínuo. Vygotsky afirma que a escrita é um sistema de representação
simbólica da realidade, a qual medeia à relação dos homens com o mundo. Aprender
a ler e escrever é construir nova inserção cultural, é aprender uma forma de interagir
com o meio sob o qual está inserido.
6.2 Metodologia de Ensino
Para garantir aos nossos educandos um ensino com base nos princípios do Art.
12
206 da Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente, na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – Lei 9394/96 e nas Deliberações e
ou/Resoluções do Conselho Estadual de Educação, a Escola Estadual Hércules
Maymone adotará uma metodologia onde sejam desenvolvidas as potencialidades
inatas de cada educando, desenvolvendo a capacidade de refletir, de elaborar e de
assimilar os conhecimentos.
Os conteúdos a serem abordados terão como base o constante nas Diretrizes
Curriculares da Rede Estadual de Ensino e consonantes com os Parâmetros
Curriculares Nacionais. Deverão ser trabalhados de forma aprimorada considerandose as concepções prévias dos alunos, relacionando-os a situações práticas do dia-adia e interpretando-os de modo que possibilite ao aluno a desenvolver operações
fundamentais, uma vez que ele é o agente central de seu próprio processo de
aprendizagem.
O método de ensino a ser adotado deverá levar o educando a assimilar
conhecimentos, adquirir técnicas e desenvolver habilidades, de modo a posicionar-se
através de atitudes coerentes e idéias críticas perante quaisquer situações a que
venha vivenciar inclusive aquelas contempladas no Regimento Escolar – direitos e
deveres dos alunos.
A metodologia a ser desenvolvida deverá ordenar o ensino de maneira que a
assimilação de certos conteúdos favoreça a aquisição de outros incitando a
interdisciplinaridade e a globalização do ensino. Partindo do pressuposto que o
ensinar só se esgota no aprender, o compromisso do professor se encerra quando o
aluno efetivamente aprender.
6.3 Processo de Avaliação da Aprendizagem
“Embora entre os professores a afirmação de que a avaliação é processo
que envolve medida e julgamento a respeito da aprendizagem do aluno, a
observação de sua prática não indica que esse entendimento a oriente, de modo
articulado. É comum verificar que os professores identifiquem e pontuam
indicadores de aprendizagem (notas), deixando de lado o passo seguinte que
corresponde à análise do que foi aprendido e deixado de aprender em relação
aos objetivos e processos de aprendizagem propostos e desenvolvidos. O que
se evidencia é a preocupação com a medida em si, de quanto o aluno aprendeu
ou deixou de aprender, o que caracteriza uma concepção burocrática da
avaliação, associada ao que Paulo Freire denomina de “educação cartorial”.”
Heloisa Lück.
13
Com esse embasamento teórico, esta escola acredita que a avaliação é um
processo de grande complexidade.
Não se pode afirmar que o julgamento e a
interpretação não ocorram. Esse processo é inerente ao ser humano. É necessário,
no entanto, ter em mente como tais expressões de julgamento são estabelecidas. A
justificativa para uma atribuição de notas aos alunos orientada apenas pela
identificação de acertos e erros revela desconsideração com o papel pedagógico da
avaliação e com a responsabilidade do professor de promover meios, processos e
condições pedagógicas necessárias para que todos aprendam mais e melhor, a partir
de suas potencialidades e condições pessoais.
Os mecanismos de avaliação adotados nesta escola, além da aplicação de
provas, testes, exercícios e trabalhos, com o objetivo de atribuir notas ou conceitos
aos alunos, deverão envolver iniciativa, criatividade, capacidade de resolver
problemas, de interpretar e fazer uso inteligente de informações diversificadas,
abranger comunicação eficaz, trabalho em grupo e em associação com os outros, na
perspectiva de uma visão crítica da realidade, numa ótica que permita análise e
interação.
A prática da avaliação no contexto desta Escola deverá ter caráter pedagógico,
de modo que sirva de feedback para o professor e alunos a respeito da
aprendizagem, acreditando que no ensino se avalia quando o professor utiliza a
estratégia de ensino-dialogado, pela qual faz perguntas aos alunos ou suscita que
eles as façam, envolvendo-os na discussão de idéias.
Ao professor caberá proporcionar a participação dos alunos, mantendo-os
motivados no objeto do estudo, conhecer como os alunos estão aprendendo, que
aprendizagens
devem
ser
reforçadas,
ajustando
dessa
forma
o
ritmo
do
desenvolvimento das aprendizagens em seus diferentes aspectos.
Por meio de aulas bem planejadas, estimulando o raciocínio e participação do
aluno, associada à observação sistemática e orientada, o professor deverá integrar
ensino e avaliação e promover um processo estimulante de aprendizagem em que o
raciocínio seja condição inerente.
A avaliação deverá ter na verificação e julgamento da aprendizagem apenas
uma fase do processo. A partir dessa fase deverão surgir outras: reforço, orientação e
direcionamento da aprendizagem. Quando intimamente associadas essas fases se
confundem num processo uno e contínuo e integral, promotor de aprendizagem
14
estimulante.
Assim, o papel da avaliação consistirá em identificar, analisar e julgar o que os
alunos aprenderam ou deixaram de aprender, que dificuldades apresentam, de modo
a estimular a reflexão sobre a organização e a prática pedagógica, como condição
para aprimorá-las, buscando constantemente a superação.
O objetivo do ensino consiste nos alunos aprenderem efetivamente e de forma
significativa, desenvolvendo habilidades para atuarem nos vários segmentos da
sociedade como sujeitos participativos, e aproveitando os bens culturais para seu
desenvolvimento pessoal. Portanto, os conteúdos e objetivos a serem alcançados em
cada ano serão “ampliada para além de fatos e conceitos, passando a incluir
procedimentos, valores normas e atitudes e vistos não como fim em si mesmo,
mas como meio para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes
permitam produzir e usufruir dos seus bens culturais, sociais e econômicas.”
PCNs, vol.1 pg.83.
A avaliação da aprendizagem será realizada de forma contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, ao longo de todo o ensino e de aprendizagem, observando-se
os domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, através de diferentes técnicas e
instrumentos. Será um instrumento de investigação do professor, em relação à
aprendizagem do aluno, por isso, deverá sempre estar de acordo com os objetivos e
conteúdos estabelecidos para cada ano. Deverá constar no planejamento quinzenal e
diário do professor, observando que será para avaliar o desempenho dos alunos como
um todo, para que, com os dados observados, possa interferir no desenvolvimento de
aprendizagem e no próprio planejamento; elaborando e buscando estratégias
adequadas a cada um dos problemas detectados.
As ferramentas de avaliação deverão ser diversificadas e adaptadas às
necessidades e à realidade de cada turma de alunos, aos objetivos de cada professor
e aos domínios da aprendizagem. Caberá ao professor, observando o disposto neste
Projeto Político Pedagógico e às determinações administrativas, elaborar, aplicar e
julgar os trabalhos destinados à avaliação.
Em cada etapa letivo-bimestre a avaliação contínua se fechará e os pontos
cumulativos expressarão os resultados da avaliação na seguinte proporção: de zero a
dez. A distribuição de pontos de avaliação numérica é de competência do professor
com conhecimento e acompanhamento da equipe técnica.
15
Os professores deverão apresentar os resultados obtidos pelos alunos após cada
bimestre, nas datas previamente fixadas no calendário escolar.
Os instrumentos de avaliação deverão ter funções específicas:

Prova Objetiva – avaliar quanto o aluno apreendeu sobre dados singulares
específicos.

Prova Dissertativa – verificar a capacidade de analisar o problema central,
abstrair fatos, formular idéias e redigi-las.

Registros – verificar a formação de conceitos: a capacidade de generalizar do
aluno e se o mesmo conhece as estruturas dos textos.

Trabalho em Grupo – desenvolver o espírito colaborativo, saber trabalhar em
equipe e desenvolver a socialização.

Auto avaliação – levar o aluno a adquirir capacidade de analisar suas aptidões
e atitudes, pontos fortes e fracos.

Debates – aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos
convincentes.

Seminários – possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas
de forma eficaz. As avaliações deverão servir de base para informar ao
professor que decisões tomar para que o aluno tenha sucesso em seu percurso
de aprendizagem.

Diagnóstica – conhecer o aluno – início do ano ou da unidade.

Formativa – corrigir rumos – final da unidade.

Somativa – selecionar, reter, promover, reentumar - final de curso, etapa ou
ciclo.
A escola não restringirá a avaliação a um de seus elementos de forma isolada.
Pelo contrário, serão criados mecanismos de avaliação de todos os elementos
integrantes da organização, ou seja, professor, equipe técnica e outros profissionais
da escola. Serão avaliados também, os conteúdos, métodos, recursos materiais
disponíveis e articulação da escola com a comunidade.
Nessa perspectiva, a avaliação constituirá um processo de busca de
compreensão da realidade da escola com a finalidade de oferecer subsídios para a
tomada de decisões quanto ao direcionamento das intervenções, sejam elas de
natureza pedagógica, material, administrativa ou estrutural, visando o progresso do
16
aluno. “...avaliar a aprendizagem, portanto, implicará avaliar o ensino oferecido.
Caso não haja a aprendizagem esperada significa que o ensino não cumpriu
com a sua finalidade; a de fazer aprender. É preciso que se tenham definidas
com objetividade às expectativas de aprendizagem e que os instrumentos de
avaliação sejam coerentes com essas expectativas, organizadas de forma a
aferir as habilidades desenvolvidas pelos alunos ao longo do processo.”
João Batista Araújo de Oliveira – Aprender e Ensinar.
6.4 Sistema de Recuperação Paralela
A heterogeneidade em sala de aula é um dos principais fatores que contribuem
para que a aprendizagem não ocorra de forma uniforme. Por isso, os professores são
orientados a fazer a recuperação paralela visando atingir àqueles alunos que por
diversos motivos não conseguiram atingir a aprendizagem esperada. E o sistema de
recuperação possibilita a reavaliação dos resultados obtidos pelos alunos e também a
prática pedagógica adotada pelo professor. E para que haja resultados efetivos, deve
ser observados os seguintes itens:

o mais eficiente momento de recuperação paralela dar-se-á durante a própria
aula;

revisão de conteúdos, explicações complementares, exercícios de fixação,
atividades lúdicas, correção de tarefas são atividades que podem atingir
resultados bastante satisfatórios;

trabalhos em equipe possibilitam a organização de grupos de tal forma que os
alunos com melhor desempenho possam auxiliar àqueles que apresentam
maiores dificuldades de aprendizagem;

eficácia da recuperação depende de ensinar de forma diferente, utilizando
métodos diferenciados, materiais diversificados;

depois da recuperação cabe ao professor avaliar se o aluno aprendeu o que
realmente precisava aprender;

se a maioria dos alunos fica em recuperação, há um problema mais grave que
pode ser a forma como o ensino está sendo ministrado e direcionado;

caso seja sempre os mesmos alunos que ficam em recuperação, pode ser um
sinal de alerta que esses alunos necessitem de acompanhamento e atenção
17
especial;

em caso de indisciplina, desinteresse e desmotivação, podem estar ocorrendo
à falta de desafios e sincronia durante as aulas.
“A escola deve ser não apenas o lugar onde se ensina, mas, sobretudo, o
lugar onde se aprende. E onde se aprende com sucesso. Recuperação se for
feita deve ser para valer e seus resultados devem ser avaliados.”
Gerenciando a Escola Eficaz – João Batista A. de Oliveira.
7. PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA ESCOLA
7.1 Efetividade do Processo de Ensino e de Aprendizagem
 Os professores devem conhecer o Regimento Escolar e participar da elaboração do
Projeto Político Pedagógico da escola;
 as atividades pedagógicas da escola deverão estar em consonância com o seu
Projeto Político Pedagógico;
 a escola deverá utilizar como parâmetro as Diretrizes Curriculares da Rede
Estadual de Ensino para o desenvolvimento dos trabalhos pedagógicos;
 os professores deverão saber qual o conteúdo a ser trabalhado em cada ano e em
cada componente curricular e quais conteúdos foram trabalhados no ano anterior.
Deverão planejar no começo do ano o como desenvolverá os conteúdos que compõe
o componente curricular de sua disciplina e como avaliará o desempenho dos alunos;
 os professores deverão cumprir os conteúdos previstos e àquele que não conseguir
deverá justificar ao final de cada bimestre e replanejá-los;
 os objetivos de aprendizagem a serem alcançados pelos alunos deverão ser claros
ao professor e ao aluno. O ritmo no desenvolvimento das atividades deverá ser
ajustado de modo a atender os alunos que aprendem com maior ou menor rapidez;

os professores deverão ter condições de apresentar a quem interessar, quando
solicitado, seus planos de trabalho, planejamentos e planos de aula. Deverão começar
e terminar as aulas pontualmente e dispor de um Plano de Aula quando os alunos
adentrarem para a sala de aula;
 a maior parte do tempo dos alunos na escola deverá ser dedicada a atividades de
busca de aprendizagem e tempo previsto para cada conteúdo deverá ser claramente
18
definido e seguido pelos professores que, deverão dominar o conteúdo de seu
componente curricular e cumprir seu plano de aulas;
 os conteúdos e a frequência do dever de casa deverão ser adequados ao tempo e
ambiente familiar dos alunos. Os deveres de casa deverão ser passados em
quantidade suficiente e em nível de dificuldade adequado para consolidar e ampliar o
conhecimento do aluno. As tarefas deverão ser sempre corrigidas e devolvidas
rapidamente visando prestigiar a participação, assiduidade e compromisso do aluno;
 o diretor e coordenador deverão acompanhar com frequência o desempenho dos
professores e o desenvolvimento dos conteúdos previstos;
 a equipe técnica deverá acompanhar o planejamento dos professores e atuação em
sala de aula;
 a equipe administrativa e pedagógica da escola deverá utilizar os resultados de
testes, avaliações internas e externas para detectar problemas e propor soluções
visando sanar eventuais dificuldades na aprendizagem dos alunos;
 a avaliação do desempenho dos alunos em todos os níveis deverá ser adequada
aos objetivos de ensino. Deverão ser coletados dados, arquivos, relatórios e pastas
com informações sobre o desempenho dos alunos;
 os professores deverão monitorar continuamente o progresso da aprendizagem dos
alunos. Deverão conhecer metodologias de avaliação e usar esse conhecimento para
desenvolver avaliações coerentes e consistentes;
 a escola deverá possuir um programa ou projeto voltado para a disciplina. As
regras e procedimentos disciplinares na sala de aula deverão ser conhecidos por
todos;
 os alunos deverão ser motivados para serem engajados nas atividades de sala de
aula. Deverão saber o resultado de sua avaliação e da forma como são avaliados;
 os alunos portadores de necessidades especiais deverão receber auxílio e
acompanhamento diferenciado;
 os professores deverão trabalhar os temas transversais do currículo através de
projetos;

os professores deverão fazer uso das novas tecnologias como apoio pedagógico
de ensino aprendizagem, promovendo a integração sala de aula/sala de informática;

os professores deverão reforçar comportamentos positivos e socialmente corretos
dos alunos, principalmente daqueles que apresentam problemas de comportamentos
19
inadequados;

os professores deverão resolver com prontidão e sensatez os distúrbios que
ocorrem na sala de aula, evitando transtornos. Deve gerenciar os conflitos e somente
encaminhar para a Orientação os casos que realmente extrapolem sua capacidade de
resolução; Se necessário, quem encaminhará o aluno à direção será a orientação,
após as devidas providências;

no contato com os pais e alunos, os professores deverão expressar sua
confiança e respeito na capacidade de aprendizagem dos alunos, independente de
raça, classe social ou outras características pessoais.
7.2 Clima Escolar

A direção da escola deverá promover reuniões objetivando maior aproximação
com a comunidade escolar;

a equipe técnica juntamente com a direção deverão sistematizar as atividades
pedagógicas desenvolvidas na escola;

o Projeto Político Pedagógico deverá ser acessível e conhecido por toda a
comunidade escolar;

a comunicação da escola com os pais e a comunidade deverá ser frequente e um
canal constantemente aberto;

a direção da escola deverá envolver os pais nas decisões relativas à melhoria da
escola em todos os aspectos;

o total de alunos por sala deve ser adequado, facilitando as atividades que são
desenvolvidas;

a escola deve ser constantemente limpa, organizada e ter aparência atrativa;

a interação da direção com todos os membros da comunidade de forma constante
é condição indispensável para o encaminhamento das atividades de forma integrada e
participativa visando atender o aluno que é o foco principal.
7.3 Gestão Participativa de Processos.
 A escola deverá dispor de uma Associação de Pais e Mestres (APM) com funções
e atribuições bem definidas. A APM deverá funcionar como parceira e de maneira
20
permanente e efetiva;
 todos na escola deverão conhecer suas atribuições, ser assertivo para medir e
avaliar o resultado de seu trabalho;
 os banheiros deverão ser em número suficiente e estar em boas condições de uso;
 as salas de aula deverão ter a claridade e temperatura adequadas, bem como o
número de carteiras suficientes e disponíveis para todos os alunos;
 os alunos deverão ser constantemente orientados sobre a necessidade e
importância da conservação do patrimônio escolar;
 a sala de informática deverá ser explorada por todos os professores como
ferramenta complementar das aulas;
 deverá possuir uma quadra de esportes para a prática da Educação Física;
 a Secretaria escolar deverá atender às necessidades da comunidade escolar
quando solicitado.
7.4 Envolvimento dos Pais e da Comunidade.
 A equipe escolar deverá acolher e incentivar os pais a acompanharem o progresso
de seus filhos;
 a escola deverá promover eventos que permitam maior contato entre pais e
professores;
 os pais deverão participar nas reuniões da Associação de Pais e Mestres (APM),
saber quais são as responsabilidades desse órgão e quem compõe a diretoria;
 os pais deverão participar de reuniões de avaliação na escola e acompanhar os
deveres de casa dos filhos;
 os pais deverão conhecer os resultados da escola nas Avaliações Externas.
7.5 Desenvolvimento dos Recursos Humanos.
 Todos os professores deverão possuir a qualificação mínima para lecionar no ano
em que estiver lotado;
21
 os professores deverão deter os conhecimentos e o domínio do conteúdo curricular
que ministra e utilizar abordagens pedagógicas atualizadas;
 os professores deverão participar de cursos de capacitação e terem informações
atualizadas sobre tecnologia e recursos educacionais;
 o desempenho do professor dentro de sala de aula deverá ser acompanhado e
avaliado e a taxa de rotatividade deve ser baixa;
 todos os professores e funcionários deverão conhecer os objetivos e metas da
escola e serem comprometidos com as propostas existentes;

os Coordenadores Pedagógicos deverão acompanhar e orientar o corpo docente
sobre o planejamento e práticas de ensino e prestar assistência quando necessário;
 a escola deverá avaliar seu desempenho e de seus professores, bem como
registrar os avanços individuais e coletivos.
8. COMPROMISSO DA COMUNIDADE ESCOLAR.
Os educadores desta escola deverão estar compromissados em compreender
a sociedade na qual vivem através de sua história, sua cultura, suas relações de
classes, suas relações de produção e suas perspectivas de transformação. Precisarão
ter comprometimento político com o que fazem, contribuindo para que o aluno
entenda o contexto social em que vive e suas possibilidades de mudanças enquanto
cidadão. Necessitarão conhecer bem os campos teóricos com os quais trabalham e
ter competência técnica para desempenhar suas atividades e estar em sintonia efetiva
com aquilo que fazem.
Os educandos devem ser considerados sujeitos com potencial capaz de
construírem a sua própria história. Sujeitos que dependem da mediação do professor
para contextualizá-los no mundo em que vivem.
O foco principal desta escola será a aprendizagem do aluno e sua formação
para a vida. E para que isso ocorra de forma mais dinâmica e efetiva, será necessário
que os pais acompanhem e participem da vida escolar de seus filhos.
De acordo com as normas estabelecidas no Regimento Escolar Interno da
Escola:
22
8.1 Diretor:
 Cabe à gestão dos serviços escolares, a fim de garantir o alcance dos objetivos
educacionais da Unidade Escolar, definidos nas Políticas Educacionais da Secretaria
de Estado de Educação, e tem por finalidade exercer a coordenação geral das
atividades pedagógicas, administrativas e financeiras.
 A direção escolar é composta por diretor e diretor-adjunto, quando couber, eleitos
pela comunidade escolar e designados por ato próprio do Secretário de Estado de
Educação.
 A direção escolar é exercida por profissional do quadro permanente, sendo
obrigatória à formação em nível superior na área educacional. (A direção atuará em
harmonia com a Coordenação Pedagógica).
 Em seus afastamentos legais, o diretor será substituído por um profissional do
quadro permanente, com formação em nível superior na área educacional, designado
pelo Órgão competente, quando não contar com diretor-adjunto.
 Em seus afastamentos simultâneos e eventuais, será designado um profissional do
quadro permanente, o qual deverá ter formação na área educacional e ser indicado
pelo colegiado escolar por meio de portaria.
8.2 Secretaria
 A Secretaria é o órgão responsável pelo arquivo e pela escrituração dos fatos
relativos à vida escolar dos educandos, à vida funcional do corpo docente e técnicoadministrativo, pela expedição de documentos, pela correspondência oficial, dando
suporte ao funcionamento de todos os setores da unidade escolar.
 A função do Secretário será exercida por profissional com formação, no mínimo em
nível médio, indicado pelo diretor escolar e designado por meio de ato do Secretário
de Estado de Educação. (Compete ao Secretário da Unidade Escolar orientar e
executar os registros pertinentes à vida escolar dos educandos, acompanhar a vida
funcional dos servidores e arquivar os documentos e correspondências da escola).
 Durante seus afastamentos legais, o Secretário será substituído por um funcionário
indicado pelo diretor e designado por ato do Secretário de Estado de Educação.
(Durante seus afastamentos eventuais, o secretário será substituído por um
23
funcionário, designado pelo diretor por meio de Portaria).
8.3 Coordenação Pedagógica.
 viabilizar, juntamente com a direção escolar, estudos e análise de dados
estatísticos da unidade, propiciando à comunidade escolar a elaboração do Projeto
Político Pedagógico de forma participativa, cooperativa e harmônica;
 contribuir na implementação na Unidade Escolar, das diretrizes pedagógicas
emanadas da Secretaria de Estado de Educação;
 elaborar plano de atuação pedagógica respeitando a legislação própria dessa área;
 coordenar a organização e a harmonização do espaço e do tempo escolar,
executando os encaminhamentos necessários aos atendimentos especializados;
 desenvolver projetos que promovam interação instituição-comunidade;
 articular-se com professores, pais, alunos e demais segmentos da comunidade
escolar, propiciando a harmonia na execução das ações propostas para a melhoria da
qualidade de ensino;
 coordenar os processos de intervenções da aprendizagem, visando o avanço
escolar dos alunos;
 subsidiar, apoiar e acompanhar o trabalho dos professores na elaboração dos
planos de ensino anual planejamento de aulas e sua aplicabilidade;
 promover momentos de discussão e reflexão com os professores a respeito dos
instrumentos de avaliação, formas, critérios e conteúdos adotados, sempre numa
perspectiva de avaliação, como forma de acompanhamento do processo de ensino e
de aprendizagem, durante todo o ano letivo e com base na análise de resultados;
 participar de conselho de classe, objetivando a coleta de dados e sistematização
das deliberações e discussões, como subsídio teórico para análise do grupo;
 observar as legislações educacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente,
como fundamentos para a prática educativa;
 acompanhar e zelar pela assiduidade dos alunos em parceria com seus
responsáveis;
 organizar os recursos didáticos e os equipamentos disponíveis para auxiliar a
aprendizagem dos alunos;
24

zelar pelo sigilo das informações pessoais dos alunos, professores,
funcionários e famílias;

participar dos encontros de formação promovidos pela Secretaria de Estado de
Educação;

a função de Coordenador Pedagógico será exercida por Especialista de
Educação, licenciado em Pedagogia ou por um professor na função de docência.
8.4 Corpo Docente

O Corpo Docente é constituído pelos professores regularmente lotados na
Unidade Escolar, consoante aos cursos oferecidos e às matizes operacionalizados.
8.5 Corpo Discente

O Corpo Discente é constituído pelos educandos matriculados na Unidade
Escolar.
8.6 Associação de Pais e Mestres
 A Associação de Pais e Mestres, entidade civil, com personalidade jurídica, sem
fins lucrativos, regida por estatuto próprio, de acordo com a legislação vigente, integra
a Unidade Escolar e tem por finalidades:
o colaborar com o aprimoramento do processo educacional;
o prestar assistência ao educando;
o promover a integração entre família, a escola e a comunidade escolar;
o representar as aspirações da comunidade e dos pais junto à Unidade Escolar;
o mobilizar recursos e angariar recursos materiais para auxiliar a Unidade Escolar.
o na manutenção e preservação do espaço físico e dos equipamentos;
o na programação de atividades culturais, recreativas e desportivas;
o no desenvolvimento de atividades de assistência ao educando nas áreas
socioeconômicas e de saúde.
o Opinar sobre a utilização do espaço físico da Unidade Escolar.
o A Associação de Pais e Mestres é regida por estatuto próprio.
8.7 Colegiado Escolar.
 O Colegiado Escolar é uma instância de caráter deliberativo, executivo, consultivo e
25
avaliativo, nos assuntos referentes à gestão pedagógica, administrativa e financeira
da Unidade Escolar, respeitadas as normas legais vigentes.
 As funções deliberativas e executivas referem-se à tomada de decisões quanto ao
direcionamento das ações pedagógicas, administrativas e dos recursos públicos.
 As funções consultivas referem-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e
resolver situações no âmbito de sua competência. (As funções avaliativas referem-se
ao acompanhamento sistemático das ações desenvolvidas pela Unidade Escolar,
objetivando a identificação de problemas, propondo alternativas para a melhoria de
seu desempenho).
Integram o Colegiado Escolar:
 diretor e diretor-adjunto, na qualidade de membros natos como secretáriosexecutivos.
 profissionais da educação, com 50% (cinqüenta por cento) das vagas;
 educandos e pais ou responsáveis, com os outros 50% (cinqüenta por cento) das
vagas. (O Colegiado Escolar é regido por regimento próprio).
9. ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO, EQUIPAMENTOS E
MATERIAIS PEDAGÓGICOS.
A Escola Estadual Hércules Maymone possuiu dependências amplas e bem
organizadas de maneira a proporcionar o bem estar da comunidade escolar. As
instalações elétricas e hidráulicas encontram-se em bom estado de conservação e
funcionamento.
O prédio escolar é de propriedade do Governo do Estado de Mato Grosso do
Sul.
Apresenta iluminação e ventilação natural boa, sendo composta das seguintes
dependências:
 24 salas de aulas;
 05 banheiros femininos com 03 boxes;
 05 banheiros masculinos com 03 boxes;
 02 salas de informática;
26
 01 sala de estudo;
 01 laboratório para experimentações (Ciência/ Biologia e Química);
 pátio coberto e pátio sem cobertura;
 01 quadra coberta e 01 quadra sem cobertura;
 01 biblioteca;
 01 sala para professores;
 01 sala para a direção e 01 sala para a direção adjunta;
 02 salas para a coordenação pedagógica;
 02 banheiros para professores (um masculino e outro feminino);
 01 sala de reprografia;
 01 auditório com capacidade para 120 pessoas;
 01 sala de Multimídia (onde fica instalado a aparelhagem da Rádio escolar);
 01 cantina;
 01 cozinha semi-industrial;
 02 estacionamentos.
9.1 Utilização do Espaço Físico
 Biblioteca – É utilizada pelos alunos e professores dos três turnos. É aberta no
horário de funcionamento da escola. Conta com um acervo de livros didáticos
pedagógicos, Atlas, dicionários, gramáticas, livros de literatura infanto-juvenil e
clássicos.
 Salas de informática – É utilizada pelos professores ministrarem aulas que
necessitam de pesquisa na internet ou fazer uso da informática como instrumento
auxiliar nas atividades educativas.
 Sala de estudos – É utilizada nas aulas pré-programadas e agendadas pelos
professores das diversas disciplinas que compõe o currículo.
 Laboratórios – É utilizado para experimento e aula prática dos conteúdos de
ciências, biologia, física e química.
 Sala de reprografia – É utilizada para reprodução de textos, avaliações, apostilas
e outros materiais elaborados pelos professores e coordenação, para ser utilizado no
trabalho educacional.
27
 Auditório – É um espaço para acolher 120 (cento e vinte) pessoas e utilizado pela
comunidade escolar para vários eventos como: reuniões, apresentações culturais,
palestras, etc.
Os demais espaços são utilizados pelo corpo docente, discente e funcionários para
o desenvolvimento das atividades normais, que compõem o funcionamento da
Unidade Escolar.
9.2 Equipamentos e materiais pedagógicos.
Os equipamentos e os materiais pedagógicos são utilizados de acordo com o
planejamento dos professores e agendamento com a direção ou coordenação
pedagógica.
Temos à disposição dos professores os seguintes equipamentos e materiais
pedagógicos:
 02 Retro-projetores;
 03 Mini-systen;
 02 Televisões de 29 polegadas;
 01 Televisão 32 polegadas;
 02 DVD (02);
 Mapas/Réguas/Tabelas periódicas e outros;
 04 Datas Show;
9.3 Perfil do Corpo docente e corpo administrativo.
9.3.1 Corpo Docente
O Corpo Docente da EE Hércules Maymone é formado por 82 professores,
sendo 49 efetivos e 33 convocados, 90% desses professores atuam dentro de sua
área de formação acadêmica.
28
9.3.2 Corpo Técnico Administrativo
Tem a seguinte composição:
 Direção escolar – A direção escolar é composta por 01 Diretor e 01 Diretor
Adjunto, ambos eleitos no último processo de Eleição de Diretores ocorrido em 2011.
 Coordenação pedagógica - Atualmente é composta pelos seguintes profissionais:
02 Especialistas em Educação, 07 Professores readaptados e lotados como auxiliar
da Coordenação Pedagógica e 02 Coordenadores de Área nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática.
 Serviço de apoio técnico operacional - Compreende o conjunto de servidores
administrativos, destinados a oferecer suporte operacional às atividades desta
Unidade Escolar. É composto por:
o 07 Assistentes de atividades educacionais;
o 02 Agentes de atividades educacionais;
o 12 Agentes de Limpeza;
o 02 Agentes de Merenda;
o 03 Agentes de Inspeção de alunos;
o 02 Agentes de recepção e portaria;
o 02 Agentes de Manutenção.
10. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
Os subsídios referentes ao currículo do Ensino Fundamental, publicados pelo
MEC, vieram das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica
(Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB/ nº 4/2010) e, ainda, dos
Parâmetros Curriculares Nacionais, lançados em 1998.
De acordo com o Referencial Curricular da Rede Estadual de Ensino de Mato
Grosso do Sul, a concepção de currículo apresentada nesses documentos
fundamenta-se no “exercício de experiências escolares que se desdobram em torno
do conhecimento, permeadas pelas relações sociais que buscam articular as
vivências e saberes dos alunos com conhecimentos historicamente acumulados e
contribuindo para construir as identidades dos estudantes”(BRASIL, 2010,p.11). O
29
foco nas experiências escolares significa que a proposta curricular parte de diversas
instâncias que terão concretude, efetivamente, por meio de ações educativas que
envolverem os estudantes.
Nesse sentido, os conteúdos curriculares podem ser compreendidos como “o
conjunto de conhecimentos que a escola seleciona e transforma no sentido de tornálos passíveis de serem ensinados, ao mesmo tempo em que servem de elementos
para a formação ética, estética e política do aluno” (BRASIL, 2010, p.13).
Na área de Linguagens, estão contempladas, como componentes curriculares,
Língua Portuguesa, Línguas Estrangeiras Modernas (Inglês e Espanhol) nos anos
finais, Arte e Educação Física, Produções Interativas nos anos iniciais, que
vislumbram um significado amplo para o termo Linguagens, pois transcendem o que
se pensa sobre o simples falar ou escrever, já que o conceito de Linguagem é mais
amplo que o conceito de Língua, por abranger toda e qualquer forma de comunicação.
Dessa forma, tais componentes curriculares aspiram articular seus conteúdos, a fim
de abordar temas abrangentes e contemporâneos que afetam a vida humana em
escala global, regional e local, em seus aspectos éticos, estéticos e políticos, de modo
mais interdisciplinar possível, para cooperar com a emancipação dos indivíduos na
construção das relações sociais, tornando-os, ainda, mais competentes para que
entendam e sejam entendidos, quando diante de variadas formas de comunicação.
Assim, os estudantes do Ensino Fundamental regular que, por sua vez, são
crianças e adolescentes cujo desenvolvimento está centrado em interesses próprios,
relacionados aos seus aspectos físico, emocional, social e cognitivo, em constante
interação. Entendido dessa forma, o desenvolvimento da linguagem, nessa etapa da
educação, permite a esses jovens reconstruir, pela memória, as suas ações e
descrevê-las, assim como planejá-las, constituindo-se, dessa maneira, em habilidades
necessárias às aprendizagens.
O ensino de Língua Portuguesa objetiva a expansão das possibilidades do uso
da linguagem com o desenvolvimento de quatro habilidades lingüísticas básicas: falar,
escutar, ler e escrever. E, para o desenvolvimento dessas habilidades, os conteúdos
de Língua Portuguesa estão organizados nos eixos: Oralidade, Prática de Leitura,
Produção de Texto e Análise de Texto e Análise e Reflexão sobre a Língua.
A língua oral, como conteúdo escolar, exige planejamento de forma a garantir,
30
em sala de aula, atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão sobre a língua e,
também, um profundo respeito pelas formas de expressão oral dos discentes trazidas
de suas comunidades e um grande empenho à adequação a contextos comunicativos,
frente a diferentes interlocutores, fazendo os estudantes transitarem por situações
mais informais e coloquiais, que já dominam, a outras mais estruturadas e formais.
As práticas de leitura deverão cultivar o desejo de ler, o que significa ser uma
prática pedagógica eficiente, pois para tornar os estudantes bons leitores é preciso
desenvolver muito mais do que a capacidade de ler. Há necessidade de despertar
neles o gosto pela leitura. As atividades com a leitura partem da exploração de
diversos gêneros textuais e literários, considerando a leitura imagética, silenciosa, oral
e coletiva, leitura compartilhada e outras, em que diferentes objetivos, para com a
leitura, exigem textos diversificados.
A leitura e a escrita são atividades que se complementam. Assim, pode-se
dizer que bons leitores têm grandes chances de escrever bem, pois a leitura fornece a
base para a escrita, visto que para realizar-se uma produção com qualidade é preciso
muitas referências.
Um escritor competente é capaz de produzir um discurso com conhecimento
das possibilidades postas, culturalmente, selecionando o gênero condizente aos seus
objetivos: se deseja convencer o leitor criará um texto, predominantemente
argumentativo; se é uma solicitação a alguma autoridade, redigirá um ofício; sabe
elaborar um resumo ou tomar notas diante de uma exposição oral; esquematiza
anotações, expressa seus sentimentos, experiências ou opiniões.
O ensino das Línguas Estrangeiras Modernas traz na sua concepção, o
entendimento de que o aprendizado deva ir além de princípios, enfatizando que “o
aluno possa desenvolver sua proficiência lingüística, produzindo e interpretando
discursos orais e escritos” (PCN/LE, p.55,1998).
Nesse sentido, o aprendizado de Línguas Estrangeiras Modernas há de
apontar aos educandos alguns caminhos, para que compreendam e reconheçam a
diversidade lingüística, bem como suas implicações no aspecto cultural da sociedade,
de modo que utilizem as línguas estrangeiras como veículos de comunicação oral e
escrita e vivenciem formas de participação quer sejam em relações individuais ou
coletivas.
31
Na visão do ensino de Artes, o ser humano adquire mais consciência da sua
existência como ser individual e social porque:
“Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um cenário
criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e
principalmente imagens. Se temos que conviver diariamente com essa produção
infinita, melhor será aprendermos a avaliar esta paisagem, sua função, sua
forma e seu conteúdo, o que exige o uso de nossa sensibilidade estética. Só
assim poderemos deixar de ser observadores passivos para nos tornarmos
expectadores críticos, participantes exigentes.” (COSTA,1999,p.09).
Por isso, o ensino da Arte, amparado pela Lei nº 12.287 de 13 de julho de
2010, constituir-se como componente curricular obrigatório nos diversos níveis da
Educação Básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos estudantes.
Nesse contexto, ainda, compreendida como forma de expressão, a música, também,
deverá ser conteúdo obrigatório, Lei nº 11.769 de 18 de agosto de 2008, mas não
exclusivo, do componente curricular. Somado a isso, torna-se obrigatório o estudo da
história e cultura afro-brasileira e indígena, Lei 11.645 de 10 de março de 2008, haja
vista que tais povos, também, muito contribuíram para a formação cultural brasileira.
A Educação Física como componente curricular, dessa área, estabelece-se por
uma gama de conhecimentos específicos, que permite inúmeras articulações didáticometodológicas.
Tal
componente
deve
oportunizar
o
desenvolvimento
das
manifestações expressivas humanas e o atendimento dessas demandas culturais.
LÍNGUA PORTUGUESA
O ensino de Língua Portuguesa deve ser organizado de modo que os alunos
sejam capazes de utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem. Valer-se
da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoais, usarem os
conhecimentos adquiridos sustentando-se da prática de reflexão sobre a língua,
valorizando e respeitando as diferentes variedades lingüísticas, dentre outros.
Os conteúdos de Língua Portuguesa são organizados em quatro eixos, com suas
competências e habilidades, que são:
Oralidade

Perceber a intencionalidade do autor ao empregar os elementos verbais
(elocução, pausa, entonação, humor, etc.) e não verbais (postura, gestos, imagens,
32
sons, cores, etc.) ao apresentar, oralmente, um texto de propaganda.

Ouvir e relatar, criticamente, as mensagens nossas diferentes tipos de
propagandas veiculadas pela mídia.
Prática de Leitura

Identificar a função dos elementos verbais e não verbais nos textos de
propagandas.

Identificar, na leitura de um texto de propaganda, os efeitos de sentido, a
capacidade de sedução, produzidos pela linguagem própria desse gênero.

Antecipar o conteúdo das leituras, formular hipóteses, inferir informações
implícitas e verificar as hipóteses.

Inferir os manuais que tratam sobre o assunto de cada gênero textual para
compreender suas finalidades.

Relacionar, em diferentes textos, os efeitos das notações léxicas.
Produção de Texto

Produzir o texto, considerando: estrutura textual, finalidade, intencionalidade, tipo
de linguagem e papéis dos interlocutores.

Desenvolver, na escrita de texto dissertativo, ponto de vista embasado em
argumentos que fundamentam a posição do escritor.

Transformar a linguagem oral em linguagem escrita.

Empregar as possibilidades do discurso (direto indireto e indireto livre).

Utilizar a linguagem adequada – coloquial ou formal –nos textos produzidos.
Análise e reflexão sobre a língua

Utilizar a gramática no contexto morfológico, sintático e semântico-discursivo.

Diferenciar as funções morfossintáticas da palavra “que”.

Utilizar o sistema ortográfico vigente.

Compreender o uso das orações subordinadas adjetivas.

Entender a sintaxe de concordâncias e de regências.

Utilizar o sistema de regência verbal e regência nominal.

Compreender as palavras que estabelecem as relações adverbiais.
33
Como atividades complementares alguns projetos são desenvolvidos.
Projeto de Leitura e Produção de Textos, que tem como finalidade desenvolver o
gosto pela leitura e a capacidade do aluno para produzir e compreender textos dos
mais diversos gêneros.
Conteúdos
Competências/habilidades
Metodologia
- Seminário
- Exposição verbal de opinião perante -Discutir temas atuais ou polêmicos com
Língua oral
situações de injustiça, de
desenvoltura.
discriminação e preconceito (etnia,
-Expressar oralmente de forma clara,
sexo, idade e necessidades
ordenada e objetiva.
especiais).
-Exteriorizar opinião.
-Troca de impressões com outros
- Utilizar adequadamente a linguagem
leitores a respeito dos textos lidos.
conotativa,
-Manutenção de um ponto de vista ao denotativa e referencial.
longo da fala.-Compreensão e
-Relatar opiniões, idéias, experiências e
utilização da linguagem conotativa e
acontecimentos seguindo uma seqüência
denotativa.
lógica da narração.
- Dramatização de textos.
Prática de leitura
- Leitura de textos narrativos.
- Identificar informações
- Leitura de textos poéticos.
Explícitas e implícitas, relevantes para a
- Leitura de textos dissertativos.
compreensão
- Informações explícitas e implícitas
do texto.
relevantes para a com-
-Reconhecer textos descritivos,
Preensão do texto.
Narrativos e dissertativos.
- Elementos consultivos dos gêneros
-Identificar o tema de um texto.
textuais.
-Reconhecer posições distintas
- Função expressiva das notações
Entre duas ou mais opiniões.
léxicas.
-Identificar a tese de um texto.
- Leitura de outros textos de
- Diferenciar as partes principais das
diferentes gêneros (exemplo:
secundárias de
(Texto eletrônico).
Um texto.
- Leitura de textos epistolares
- Compreender o efeito do
(currículo, carta de apresentação).
Sentido de uma determinada
34
- Leitura de textos informativos
palavra de expressão.
(resumo, resenha e relatório).
-Reconhecer o efeito do sentido
- Leitura de textos instrucionais
dos recursos ortográficos e/ou
(guias, lista telefônica e bula).
Morfossintáticos.
-Identificar marca lingüísticas.
-Perceber o valor expressivo dos sinais de
pontuação e de
outras notações.
-Interpretar texto, identificar traços de
intertextualidade; compreender a leitura
em suas
diferentes dimensões.
- Estabelecer a relação
causa/conseqüência entre partes de um
texto e relações
Lógico-discursivas presentes no texto,
marcadas por conjunções, advérbios e
outros.
- Identificar efeitos de ironia e
Humor em textos variados.
-Produção de textos narrativos,
ficcionais, dissertativos e outros.
- Consideração das condições de
Produção: estrutura textual;
Finalidade; intencionalidade; tipo de
linguagem; papéis dos interlocutores.
- Planejamento da produção
Produção escrita
envolvendo: elementos que
estruturam e caracterizam o tipo
de texto; mobilização de
conhecimentos prévios; organização
das informações mais relevantes;
utilização da metodologia científica na
elaboração do trabalho.
-Produção escrita(edição final do
texto).
35
- Produzir textos.
- Manter a coerência textual.
- Atender a modalidade proposta.
-Segmentar o texto em frase, orações,
períodos e parágrafos utilizando recursos
do sistema de pontuação.
- Utilizar letra maiúscula no início das
frases, em nomes próprios e em títulos.
- Demonstrar domínio da ortografia.
- Empregar recursos do sistema de
acentuação.
- Utilizar informações contidas nos
diferentes canais comunicativos.
- Gramática no contexto morfológico e
sintático e sintático; semântico;
discursivo ou pragmático: conotação,
denotação e referencial; figuras de
linguagem; relação leitura oral com a
escrita dos diferentes textos;
conotação; denotação; coerência;
Análise lingüística
coesão; variação lingüística;
acentuação; pontuação; ortografia.
-subordinação; orações subordinadas
substantivas; adjetivas; verbais;
reduzidas e intercaladas;
- Identificar, em textos escritos, recursos
utilizados pelo autor para obter
determinados efeitos de sentido.
-Interpretar a ambigüidade presente em
textos publicitários, bem como outros
recursos audiovisuais.
-Reescrever o próprio texto.
-figuras, estilos e vícios de linguagem.
-Elementos constitutivos dos diversos
gêneros textuais e reescrita do próprio
texto.
MATEMÁTICA
O ensino da Matemática é trabalhado de forma a contribuir para a compreensão
da realidade e dos fenômenos da atualidade, sem perder de vista o desenvolvimento
histórico dos seus conceitos. Leva-se em conta sua contribuição na formação do
homem crítico e autocrítico, cooperador e participativo, conhecedor de seu papel
individual e coletivo na sociedade em que se vive.
O conhecimento matemático contribui de um lado para a valorização da
pluralidade sociocultural, impedindo o processo de submissão no confronto com
outras culturas; e de outro, cria condições para que o aluno transcenda um modo de
vida restrito a um determinado espaço social e se torne ativo na transformação de seu
ambiente.
O ensino da matemática é concebido de modo a favorecer tanto as necessidades
práticas do cotidiano como a formação do pensamento lógico-matemático dos alunos.
O aprendizado matemático é importante para que o cidadão desempenhe seu
papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na
agilização do raciocínio, na aplicação em situações da vida cotidiana e no apoio à
36
construção de conhecimentos em outras áreas.
É desenvolvido o Projeto Laboratório de Matemática que tem como proposta
despertar o interesse, a criatividade e incentivar os alunos a gostar de aprender
Matemática, através de atividades práticas, da confecção e do manuseio de materiais
concretos e do desenvolvimento de jogos pedagógicos.
Conteúdo
Competências/habilidades
-Resolver problemas envolvendo
potência e radiciação com e sem o
-Potências e raízes.
-Operações com radicais.
-Notação científica.
-Equação de 2º grau.
-Solução ou raiz de uma
equação do 2º grau.
-Resolução de problemas
de 2º grau.
-Equações biquadradas e
irracionais.
Números e operações
-Função do 1º grau: conceito
e identificação.
-Construção de gráficos da
função de 1º grau.
-Resolução de problemas que
envolvam sistemas de
adequações do 2º graus.
-Função do 2º grau
(conceito e identificação)
-Construção de gráficos da
função do 2º grau.
uso de
-Calculadora.
-Observar regularidades nas
operações com radicais.
-Investigar as propriedades dos
radicais.
-Utilizar notação cientifica em
diversas situações-problema.
-Resolver problemas envolvendo
equações do 2º grau.
-Encontrar raízes da equação do 2º
grau utilizando vários processos.
-Resolver equação biquadradas e
irracionais.
-Identificar e conceituar função do 1º
grau.
-Construir gráficos da função do 1º
grau.
-Resolver problemas que envolvam
sistemas de equações do 2º grau.
-Identificar e conceituar funções de
2º grau.
-Construir gráficos da função do 2º
grau.
37
-Comparar grandezas por meio de
razões.
-Identificar os casos de
Espaço e forma
-Razão e proporcionalidade.
semelhanças e congruências de
-Casos de semelhanças
triângulos.
congruência de triângulos.
-Aplicar o teorema de Talles para
-Teoremas de Talles e
resolver problemas.
aplicações.
-Identificar plano cartesiano.
-Plano cartesiano e pares
-Associar os eixos do plano com as
ordenados.
coordenadas x e y.
-Volume do cilindro, cone e
-Relacionar os valores das
prisma.
coordenadas (x,y) como pares
ordenados.
-Calcular o volume do cilindro, cone
e prisma.
-Calcular a área de polígonos e do
círculo.
Grandezas e medidas
-Áreas de polígonos e
-Utilizar as propriedades das
do círculo.
relações métricas na circunferência
-Relações métricas na
para determinar o valor
circunferência.
desconhecido.
-Teorema de Pitágoras.
-Aplicar o Teorema de Pitágoras em
-Relações métricas no
problemas do cotidiano.
triangulo retângulo.
Identificar e aplicar as relações
No triângulo retângulo em situaçõesproblema.
-Identificar a importância da
-Gráficos ( leitura,
interpretação e construção).
-Situações-problema.
Tratamento da
Informação
-Probabilidade.
-Gráficos de linha, coluna e
setor.
-Gráficos de setores,
freqüência e frequência
relativa.
estatística na atividade humana.
-Investigar regularidades existentes
nas tabelas de grandezas.
-Resolver problemas envolvendo
cálculo de média aritmética,
ponderada, moda e mediana.
-Identificar medidas estatísticas de
tendência central.
-Resolver situações problemas
38
envolvendo gráficos.
-Calcular a probabilidade de
ocorrências de alguns eventos, por
meio da razão.
-Elaborar, aplicando e analisando
uma pesquisa estatística simples.
-Construir gráficos e tabelas com
dados obtidos a partir de pesquisas
ou através de leitura de material
informativo.
-Analisar dados estatísticos.
CIÊNCIAS
Os conteúdos do ensino de Ciências estão norteados por quatro eixos
fundamentais: formação científica, formação ético política, formação ambiental e
formação estético-cultural.
É importante estar presente no ensino de Ciências, as práticas sociais, que
definem os objetos de conhecimentos próprios da sociedade, cabendo ao professor à
sistematização dessas experiências em sala de aula.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, as diferentes propostas
reconhecem hoje que os mais variados valores humanos não são alheios ao
aprendizado cientifico e que a ciência deve ser apreendida em suas relações com a
tecnologia e com as demais questões sociais e ambientais.
Cabe ao professor dessa área o rompimento do foco na memorização de
conceitos, levando para a sala de aula uma abordagem crítica da ciência, combatendo
a mistificação e a caricatura do conhecimento científico, e que questione e lance
dúvidas, não apenas responda e forneça explicações.
O ensino de Ciências deve propiciar ao aluno a percepção que teorias científicas
também devem ser objeto de reflexão, análise, entendimento da existência de
diversas
formas
de
conhecimentos
e
métodos,
oportunizando
também
o
desenvolvimento de habilidades que envolvam atividades cientificas, tornando-os
capazes de tomas decisões e atuar de forma crítica frente às questões que a ciência a
tecnologia têm colocado ao longo da história.
39
HISTÓRIA
O ensino de História é pautado numa perspectiva multiculturalista para aprender
as contribuições de todas as sociedades e culturas, superando as concepções
individualistas, racistas, contribuindo para a formação de um cidadão “do mundo” cada
vez mais pluralista e diversificado integrado entre culturas e interligado a rede
tecnológica das comunicações.
A função do ensino de História é possibilitar a aprendizagem reflexiva e crítica
sobre o mundo culturalmente interligado. Por fim, que o educando ao estudar a
História possa pensar o “outro” para entender a dialética da mudança e da
permanência. Ver que a vida não é retilínea e que o futuro pode ser diferente do
presente. Mais do que entender o passado, estudar História é trabalhar a
possibilidade da diferença, da tolerância, de debater a sociedade em que todos vivem.
São realizados seminários, debates e gincanas com o objetivo de incentivar a
pesquisa, análise, compreensão e demonstração de fatos históricos.
GEOGRAFIA
O estudo da sociedade, através das relações de trabalho e da apropriação que faz
da natureza para produzir e distribuir os bens necessários à sua reprodução e
transformação, tornou-se o foco dos estudos geográficos. A Geografia é vista, assim,
como ciência que trata das relações entre o homem e seu meio, entre a sociedade e a
natureza. Como ciência social, que tem por objetivo a análise da dimensão espacial
dos fenômenos sociais, a Geografia evidencia os aspectos naturais na perspectiva da
ação humana.
Nas aulas de Geografia, são trabalhadas e organizadas de forma que o aluno
compreenda, como indivíduo que faz parte da sociedade, que ele também é agente
ativo na construção do espaço e nele deve se organizar de forma mais humana.
Esse estudo inicial a partir do local onde o aluno vive, desde sua casa, escola,
bairro, cidade, seguindo as dimensões que se tornam necessário estudar.
O ensino da Geografia em sala de aula trabalha usando vários recursos: como
mapas, vídeos, internet, maquetes, revistas, jornais, enfim tudo que possibilite o aluno
a contextualizar e entender a importância do estudo da Geografia para sua vida.
40
ARTES
O ensino de Artes é trabalhado de forma a proporcionar o aguçamento de
mudança de paradigmas para que o aluno se torne mais crítico e consciente, assim
compreende e percebe a arte, não só como expressão da realidade como também
pode transcender essa realidade.
Nas aulas de Artes o aluno percebe que a teoria e a prática caminham juntas, e
que o estudo da Arte não focaliza o domínio dos afazeres artísticos como fim, mas
também a compreensão dos conteúdos indispensáveis à sua apreciação e expressão.
Significando que é preciso conhecer para analisar e apreciar as Artes, superando
assim a visão restrita do pessoal.
Para eficácia do processo de ensino e aprendizagem de Artes, o professor
trabalha com os conhecimentos de sua formação acadêmica. Exemplo: Artes Visuais,
Música e Teatro, fazendo relações com os saberes das outras linguagens,
proporcionando ao aluno uma perspectiva de maior conhecimento que foi produzido
ao longo dos anos pela humanidade.
São desenvolvidos alguns projetos como: oficina de customização, desenho,
pintura, dança e teatro, com o objetivo de despertar as habilidades artísticas dos
alunos e promover a autoestima.
EDUCAÇÃO RELIGIOSA
A religião é um fenômeno que sempre esteve presente na vida do ser humano
que diante de suas limitações procura cultivar o lado místico/transcendental
objetivando conseguir algumas explicações fora de si. A partir dessa necessidade a
religião passou a ser parte integrante da vida do cidadão desde os primórdios das
civilizações.
O conteúdo propõe atender no mínimo os temas tais como: História da Religião,
Filosofia, Ética, Cidadania e a transversalidade como: Saúde, Sexualidade e Meio
Ambiente, como propõe os Parâmetros Curriculares Nacionais. A educação religiosa
deve contribuir de maneira coletiva na busca do Transcendente sem proselitismo,
respeitando a pluralidade e diversidade religiosa.
Os objetivos da Educação Religiosa são: valorizar o pluralismo e a diversidade
cultural no Brasil, possibilitar as várias formas de compreender o Transcendente pelo
ser humano, analisar o papel das culturas e tradições religiosas, a complexidade da
41
Teologia e seus efeitos sobre a verdade da fé, a relação fé e divindade, vida alémmorte.
EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física, como área curricular, trata pedagogicamente a questão da
cultura de movimentos produzidos historicamente pela humanidade enquanto
patrimônio cultural. Porém, muito além do movimento, em uma aula de Educação
Física são internalizados valores, comportamentos, atitudes e concepções de mundo.
Dessa forma, o trabalho docente nunca é neutro.
Os conteúdos propostos na ementa do Ensino Fundamental servem como
indicadores iniciais e não como ponto de chegada, pois estão organizados em ordem
crescente de complexidade, conforme as capacidades motora, cognitiva e efetivosocial, de forma a respeitar cada fase de desenvolvimento do aluno e os objetivos da
Educação Física Escolar.
O planejamento das aulas é participativo, atendendo as idéias, os interesses e
necessidades
dos
alunos,
motivando-os
a
participação
efetiva
durante
o
desenvolvimento das aulas.
Na elaboração do planejamento, o professor considera a realidade de seus
alunos, tais como faixa etária, contexto socioeconômico, recursos disponíveis para a
realização das atividades, entre outros.
Independente da atividade a ser desenvolvida e da faixa etária do aluno, as
atividades são contextualizadas. Exemplo: discutir valores analisando a violência nos
campos de futebol, a função e atuação dos árbitros nos jogos, discutir o doping e suas
conseqüências para a saúde do atleta e para a prática correta de um esporte ou
pesquisar as manifestações da dança popular e sua influência na vida cultural de um
povo, entre tantas outras atividades possíveis no contexto da Educação Física.
São realizados jogos inter-classes com o objetivo de incentivar a participação dos
alunos nas atividades esportivas através de uma competição saudável.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
A Língua Inglesa, integrada à área de linguagens, códigos e suas tecnologias,
assume a condição de fonte indissolúvel do conjunto de conhecimentos que permite
42
ao aluno aproximar-se de várias culturas e propicia sua integração num mundo
globalizado. Possibilita, também, o aluno exercitar a prática oral, escrita, auditiva, a
leitura através dos conhecimentos básicos adquiridos.
O objetivo geral do ensino da Língua Inglesa, como parte dos Referenciais
Curriculares, também é de contribuir para a formação e desenvolvimento psicológico,
social, cultural e afetivo do aluno, dando a ele conhecimentos gerais que lhe permitam
efetuar estudos posteriores mais complexos ou encaminhar para o trabalho.
11. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
O Ensino Médio tem como uma das finalidades a consolidação e
aprofundamento dos conteúdos aprendidos no Ensino fundamental; a formação ética;
a promoção da autonomia intelectual conciliada ao pensamento crítico e ao
desenvolvimento da teoria e da prática aliados no processo ensino aprendizagem.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394 – vigente
desde 1996, no seu artigo 22, refere-se à educação básica no sentido de “desenvolver
o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. O Ensino
Médio tem como objetivo cumprir estas finalidades, especificando “a preparação
básica para o trabalho e a cidadania do educando”.
Os conteúdos apresentados no Referencial Curricular do Ensino Médio de Mato
Grosso do Sul está relacionado com a formação geral do homem e voltado para o
fortalecimento da cidadania; preparação para o acesso ao ensino superior e ao mundo
do trabalho.
Nesse contexto, é necessário, também, proporcionar a reflexão crítica sobre
comportamentos culturais naturalizados que se tornam comuns e, por isso, são
passíveis de outro olhar, bem como compreender as tendências que aparecem de
tempos em tempos e demonstram concepções e problemas pertinentes à sociedade
moderna.
No entanto, a proposta sobre a qual estão assentados os objetivos e princípios
que norteiam a formação geral e a formação para o trabalho deve propiciar o
desenvolvimento de possibilidades formativas “com itinerários diversificados” que
contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e econômicas dos estudantes
43
do ensino médio.
No Ensino Médio é importante levar em conta, prioritariamente, o perfil de seu
público na elaboração do currículo, uma vez que a maioria é composta por estudantes
jovens com características bem diversificadas, mas que têm interesses comuns e
desejam ser respeitados nas propostas curriculares implantadas pela escola.
Pensar a juventude como uma condição sócio-histórico-cultural de um grupo de
pessoas, com especificidades que não se referem somente ao aspecto etário e
biológico, supera a ideia de que a juventude é um grupo homogêneo, pois apresenta
uma diversidade social e cultural.
Dessa forma, o currículo do Ensino Médio é direcionado ao estudante jovem e
precisa promover estratégias pedagógicas que relacionem os conhecimentos
científicos com o conhecimento escolar e suas práticas socialmente construídas.
Os pressupostos que orientam a organização curricular do Ensino Médio estão
relacionados com as dimensões da formação humana: trabalho, ciência, tecnologia e
cultura. Essas dimensões constituem a base para a formação integral do estudante e
sua participação para o mundo do trabalho, para o exercício da cidadania e a
continuidade de estudos.
As áreas de conhecimento do Ensino Médio, conforme disposto no Parecer
CNE/CEB nº5, 2011, p.47, reportam-se aos seguintes componentes curriculares:
1) Linguagem (Língua Portuguesa, Língua Materna, para populações indígenas,
Língua Estrangeira Moderna, Arte e Educação Física)
2) Matemática;
3) Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química);
4) Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia).
11.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
Turno: diurno e noturno
Semana Letiva: cinco dias com cinco aulas diárias
Dias Letivos: duzentos
Duração das aulas: cinqüenta minutos
44
Áreas do conhecimento
Disciplinas
1º ano
2º ano
3º ano
03
03
03
Literatura
02
02
02
Linguagem, Códigos e suas
Artes
01
01
01
Tecnologias
Educação Física
01
01
01
02
02
02
Física
02
03
03
Química
02
02
02
Biologia
03
02
02
Matemática
03
03
03
História
02
02
02
Ciências Humanas e suas
Geografia
02
02
02
tecnologias
Sociologia
01
01
01
Filosofia
01
01
01
Semanal em h/a
25
25
25
Anual em h/a
1000
1000
1000
Anual em horas
834
834
834
Língua
Portuguesa
Língua
Estrangeira
Moderna
Ciências da Natureza,
Matemática e suas
Tecnologias
Total de carga horária
11.2
COMPETÊNCIAS
DA
ÁREA
DE
LINGUAGENS,
CÓDIGOS
E
SUAS
TECNOLOGIAS.

Desenvolver a capacidade de iniciativa pessoal nas articulações coletivas com
relação às práticas de comunicação oral, escrita e corporal comunitárias;

Interpretar os significados culturais presentes na prática oral, escrita e corporal
e refletir sobre as suas diferenças, promovendo o respeito à pluralidade de
seus sujeitos, alunos e professores;

Resgatar e valorizar as diferentes manifestações culturais, artísticas, regionais
e nacionais;
45

Participar de atividades de comunicação oral, escrita e física que contribuem
para o desenvolvimento humano e propiciem uma participação efetiva no
mundo do trabalho, no que se refere à compreensão do papel da expressão
oral, escrita e corporal no mundo da produção, e no controle sobre o próprio
esforço e do direito do repouso e do lazer.

Compreender a história, a formação socioeconômica e cultural do homem
contemporâneo;

Resgatar e valorizar o saber popular, utilizando metodologias participativas;
LÍNGUA PORTUGUESA
Competências e Habilidades:
 Utilizar linguagens nos três níveis de competência: interativa, gramatical e textual;
 ler e interpretar;
 colocar-se como protagonista na produção e recepção de textos;
 aplicar tecnologias da comunicação e da informação em situações relevantes;
 analisar e interpretar no contexto da interlocução;
 reconhecer recursos expressivos das linguagens;
 identificar manifestações culturais no eixo temporal, reconhecendo os momentos de
tradição e de ruptura;
 emitir juízos críticos sobre manifestações;
 identificar-se como usuário e interlocutor de linguagens que estruturam uma
identidade cultural própria;
 analisar metalingüisticamente as diversas linguagens.
LITERATURA
Competências e Habilidades:
 usar as diferentes linguagens nos eixos da representação simbólica-expressão,
comunicação e informação – nos três níveis de competência;
 analisar as linguagens como fontes de legitimação de acordos sociais;
 identificar a motivação social dos produtos culturais na sua perspectiva sincrônica e
diacrônica;
 usufruir do patrimônio cultural nacional e internacional;
46
 contextualizar e comparar esse patrimônio, respeitando as visões de mundo nele
implícitas;
 entender, analisar criticamente e contextualizar a natureza, o uso e o impacto das
tecnologias de informação.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
Competências e Habilidades:
 analisar e interpretar no contexto de interlocução;
 reconhecer recursos expressivos das linguagens;
 identificar manifestações culturais no eixo temporal, reconhecendo momentos de
tradição e de ruptura;
 emitir juízo crítico sobre as manifestações culturais;
 identificar-se como usuário e interlocutor de linguagens que estruturam uma
identidade cultural própria;
 analisar metalinguisticamente as diversas linguagens;
 ser capaz de compreender e produzir enunciados corretos e apropriados a seus
contextos em língua estrangeira, fazendo uso de competências gramaticais,
estratégicas, sociolinguísticas e discursivas;
 saber distinguir norma culta de linguagem informal e, especialmente, os contextos
de uso em que uma e outra devem ser empregadas. O uso de gírias é apropriado,
desde que o contexto assim o permita. É importante, pois selecionar vocabulário
adequado para uso oral e escrito, a partir de um repertório que se amplia
gradualmente ao longo dos três anos de curso;
 relacionar textos e seus contextos por meio da análise dos recursos expressivos da
linguagem verbal, segundo intenção, época, local e estatuto dos interlocutores, fatores
de intertextualidades e tecnologias disponíveis;
 perceber o texto como um todo coeso e coerente, no qual certas expressões e
vocábulos são empregados em razão de aspectos socioculturais inerentes à ideia que
se quer comunicar. A percepção da coerência e da coesão textuais dar-se-á pela
aquisição de competências e habilidades conquistadas em atividades de
decodificação e interpretação de elementos intrínsecos à estrutura textual: conectivos
(linkers), ordenação frasal (word order), uso de expressões idiomáticas, de pharasal
verbs e de vocabulário adequado ao contexto comunicativo como por exemplo, o
47
emprego de palavras ligadas ao avanço tecnológico ou vocábulos próprios da esfera
da informática;
 compreender que a finalidade última da análise estrutural e organizacional da
língua é dar suporte à comunicação efetiva e prática – ou seja, a produção de sentido
é a meta final dos atos de linguagem, quer se empreguem estratégias verbais, que
não-verbais;
 perceber que o domínio de idiomas estrangeiros no Ensino Médio, ainda que se dê
de forma parcial, permite o acesso a informações diversificadas, a outras culturas e a
realidades de diferentes grupos sociais.
LÍNGUA ESTRANGEIRA – ESPANHOL
Competências e Habilidades:
 analisar e interpretar no contexto de interlocução;
 reconhecer recursos expressivos das linguagens;
 identificar manifestações culturais no eixo temporal, reconhecendo momentos de
tradição e de ruptura;
 emitir juízo crítico sobre as manifestações culturais;
 identificar-se como usuário e interlocutor de linguagens que estruturam uma
identidade cultural própria;
 analisar metalinguisticamente as diversas linguagens;
 ser capaz de compreender e produzir enunciados corretos e apropriados a seus
contextos em língua estrangeira, fazendo uso de competências gramaticais,
estratégicas, sociolinguísticas e discursivas;
 saber distinguir norma culta de linguagem informal e, especialmente, os contextos
de uso em que uma e outra devem ser empregadas. O uso de gírias é apropriado,
desde que o contexto assim o permita. É importante, pois selecionar vocabulário
adequado para uso oral e escrito, a partir de um repertório que se amplia
gradualmente ao longo dos três anos de curso;
 relacionar textos e seus contextos por meio da análise dos recursos expressivos da
linguagem verbal, segundo intenção, época, local e estatuto dos interlocutores, fatores
de intertextualidades e tecnologias disponíveis;
 perceber o texto como um todo coeso e coerente, no qual certas expressões e
vocábulos são empregados em razão de aspectos socioculturais inerentes à ideia que
48
se quer comunicar. A percepção da coerência e da coesão textuais dar-se-á pela
aquisição
de
competências
e
habilidades
conquistadas
em
atividades
de
decodificação e interpretação de elementos intrínsecos à estrutura textual: conectivos,
ordenação frasal, uso de expressões idiomáticas, de perífrases e de vocabulário
adequado ao contexto comunicativo, como por exemplo, o emprego de palavras
ligadas ao avanço tecnológico ou vocábulos próprios da esfera da informática;
 compreender que a finalidade última da análise estrutural e organizacional da
língua é dar suporte à comunicação efetiva e prática – ou seja, a produção de sentido
é a meta final dos atos de linguagem, quer se empreguem estratégias verbais, que
não verbais;
 perceber que o domínio de idiomas estrangeiros no ensino médio, ainda que se dê
de forma parcial, permite o acesso a informações diversificadas, a outras culturas e a
realidades de diferentes grupos sociais.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Competências e Habilidades:
 refletir sobre a cultural corporal, adotando uma postura crítica sobre suas
manifestações;
 criar hábitos de práticas corporais saudáveis, entendendo a necessidade da
orientação de um profissional;
 compreender o papel do corpo no mundo da produção de suas limitações,
conscientizando-se dos seus direitos de ócio e lazer;
 identificar e executar os elementos básicos de cada modalidade esportiva;
 conhecer os objetivos das regras das modalidades;
 compreender as diferenças entre os esportes: educacional, de rendimento e de
participação;
 compreender a possibilidade do esporte como opção de lazer;
 compreender o esporte na perspectiva de inclusão/exclusão dos sujeitos;
 conhecer jogos e brincadeiras de outras culturas;
 compreender os benefícios da prática de atividades físicas na promoção da saúde
e qualidade de vida.
 conhecer os riscos da atividade física mal orientada;
 expressar sentimentos e idéias utilizando as múltiplas linguagens do corpo.
49
 identificar estereotipo na dança;
 identificar a influência da mídia nas formas de dançar;
 compreender a dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes.
ARTES
Competências e Habilidades:
 entender que as linguagens artísticas e seus códigos permeiam o conhecimento e
as formas de conhecer o pensamento e as formas de pensar, a comunicação e os
modos de comunicar, a ação e os modos de agir;
 compreender que por meio da arte não produzimos apenas textos avulsos sobre
temas variados. A arte é um tipo particular de narrativa sobre o ser humano, a
natureza e o corpo, sistematizando as visões de mundo de cada época e cultura;
 apreciar produtos de arte, em suas varias linguagens, desenvolvendo tanto a
fruição quanto a analise estética;
 realizar produções artísticas individuais e/ou coletivas, nas linguagens: Música,
Artes Visuais e Teatro;
 para que aconteça com eficácia o processo de ensino e aprendizagem de Artes, é
necessário que o professor trabalhe com os conhecimentos de sua formação
acadêmica, ex: Artes Visuais, Música ou Teatro, porem deve fazer relações com os
saberes das outras linguagens, que proporcione ao aluno uma perspectiva de maior
conhecimento que foi produzido ao longo dos anos pela humanidade.
11.3 COMPETÊNCIAS NA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS.

ler e interpretar textos de interesse científico tecnológico;

interpretar e utilizar diferentes formas de representação;

identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a
produção, análise e interpretação de resultados de processos e experimentos
científicos e tecnológicos;

desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos,
identificando regularidades, apresentando interpretações e prevendo soluções;

procurar sistematizar informações relevantes para a compreensão da situação
problema;
50

articular, integrar e sistematizar fenômenos e teorias dentro de uma ciência, entre
varias ciências e área do conhecimento;

compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e intervenção, e
a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático;

compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se
desenvolveram por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando
o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade;

entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais, na vida
pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida
social.
MATEMÁTICA
Competências e Habilidades:
 reconhecer e utilizar símbolos, códigos e nomenclaturas da linguagem matemática;
 ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e
representações: sentenças, equações, diagrama tabelas, gráficos e representações
geométricas;
 consultar, analisar e interpretar textos com informações apresentadas em
linguagem matemática veiculada por diferentes meios de comunicação;
 expressar-se com clareza, utilizando a linguagem matemática, elaborando textos,
desenhos, gráficos, tabelas, expressões e escritas numéricas;
 compreender e emitir juízos próprios sobre informações relativas à ciência e
tecnologia, de forma analítica e critica, posicionando-se com argumentação clara e
consistente;
 identificar em cada situação-problema as informações ou variáveis relevantes e
possíveis estratégias para resolvê-las;
 identificar regularidades em situações semelhantes para estabelecer regras,
algoritmos e propriedades;
 selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, representar dados e
utilizar escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados;
 interpretar, fazer uso e elaborar modelos e representações matemáticas para
analisar situações do cotidiano;
51
 reconhecer relações entre a Matemática e outras áreas do conhecimento,
percebendo sua presença nos mais variados campos de estudo e da vida humana;
 compreender o conhecimento matemático como resultado de uma construção
humana, inseridos em processo histórico e social;
 reconhecer e avaliar o desenvolvimento tecnológico contemporâneo, suas relações
com conhecimento matemático, seu papel na vida humana, sua presença no mundo
cotidiano e seus impactos na vida social;
 compreender a responsabilidade social associada à aquisição e uso de
conhecimento matemático.
FÍSICA
Competências e Habilidades:
 desenvolver a capacidade de investigação física: observar, classificar, organizar,
sistematizar. Estimular ordens de grandeza. Compreender o conceito de medir. Fazer
hipóteses, testar;
 conhecer e utilizar conceitos físicos. Reconhecer a relação entre diferentes
grandezas ou relações de causa e efeito, como meios para estabelecer previsões.
Compreender e utilizar leis e teorias físicas;
 identificar
regularidades,
reconhecer
a
existência
de
transformações
e
conservações, assim como de invariantes. Saber utilizar princípios básicos de
conservação;
 reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos explicativos ou representativos
para fenômenos ou sistemas naturais e tecnológicos;
 diante de situações físicas, identificar parâmetros relevantes, quantificar grandeza e
relacioná-las;
 articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber
científicos;
 ler e interpretar tabelas, gráficos, esquemas e diagramas. Ser capaz de diferenciar
e traduzir entre si as linguagens matemática, discursiva e gráfica para expressão do
saber físico;
 expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de
sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento
aprendido, através de tal linguagem;
52
 compreender a construção do conhecimento físico como um processo histórico, em
estreita relação com as condições sociais, políticas e econômicas de uma
determinada época;
 compreender a Física como parte integrante da cultura contemporânea,
identificando sua presença em diferentes âmbitos e setores;
 reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos
meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento
científico;
 dimensionar a capacidade crescente do homem, propiciada pela tecnologia, em
termos de possibilidades de deslocamentos, velocidades, capacidade de armazenar
informações, produzir energia, dentre outros, assim como o impacto da ação humana,
fruto dos avanços tecnológicos, sobre o meio em transformação;
 reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico e
utilizar esses conhecimentos para o exercício da cidadania. Ser capaz de emitir juízos
de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos e ou
tecnológicos relevantes (uso da energia, impactos ambientais, uso de tecnologias
específicas, e outros).
QUÍMICA
Competências e Habilidades:
 compreender as formas pelas quais a química influencia nossa interpretação do
mundo atual, condicionando formas de pensar e agir;
 compreender e representar códigos, símbolos e expressões próprias da química;
 reconhecer as transformações químicas;
 identificar variáveis que possam modificar a rapidez de uma transformação química
(ex: concentração, temperatura, pressão, estado de agregação, catalisador);
 compreender conceitos como: substancias, fenômenos materiais, propriedades
físicas e químicas;
 reconhecer, propor ou resolver um problema, selecionando procedimentos e
estratégias adequados para a sua solução;
 reconhecer que, em certas transformações químicas, há coexistência de reagentes
e produtos (estado de equilíbrio químico, extensão de transformação);
53
 propor modelos explicativos para compreender o equilíbrio químico;
 identificar variáveis que perturbam o estado de equilíbrio químico;
 selecionar e utilizar materiais e equipamentos adequados para fazer medidas,
cálculos e realizar experimentos; por exemplo, selecionar matéria para o preparo de
uma solução em função da finalidade; selecionar instrumentos para medidas de
massa, temperatura, volume, densidade e concentração;
 compreender e fazer uso apropriado de escalas, ao realizar, medir ou fazer
representações. Por exemplo: ler e interpretar escalas em instrumentos como
termômetros, balanças e indicadores de pH;
 elaborar e utilizar modelos científicos que modifiquem as explicações de senso
comum;
 articular o conhecimento químico e o de outras áreas no enfretamento de
situações-problema;
 reconhecer o papel do conhecimento químico, no desenvolvimento tecnológico
atual em diferentes áreas do setor produtivo, industrial e agrícola;
BIOLOGIA
Competências e Habilidades:
 analisar e interpretar a vida nos seus aspectos históricos e científicos;
 relacionar informações desenhos, gravuras, ilustrações, filmes, contos e outros na
interpretação da vida;
 refletir sobre o significado e importância da Citologia como Ciência;
 relacionar a Diferenciação Celular como forma de adaptação dos seres vivos ao
meio em que vivem;
 distinguir os Tecidos dos Animais e Vegetais pelas suas características e funções;
 relacionar as formas dos tecidos com as funções realizadas por ele no organismo;
 analisar e interpretar os Processos Reprodutivos e os ciclos que compõem a Vida;
 reconhecer a importância da Sistemática e Classificação dos seres vivos;
 analisar sobre a importância dos diversos Vertebrados e Invertebrados para a
manutenção da biodiversidade;
 distinguir animais e vegetais pela sua Morfologia e Fisiologia;
 analisar sobre a importância dos diversos Reinos para o equilíbrio do meio
ambiente;
54
 reconhecer a Diversidade e a Reprodução Vegetal como premissa de um melhor
Equilíbrio Ambiental;
 refletir sobre Ação Conjugadas dos Sistemas como forma de manutenção de uma
melhor qualidade de vida para o ser humano;
 compreender, analisar e interpretar o significado da Genética e suas concepções;
 reconhecer Mapeamento Genético, e Engenharia Genética como uns dos grandes
avanços científicos e tecnológicos da humanidade;
 fazer um paralelo entre as Teorias Evolucionistas e as outras Teorias da Origem da
Vida;
 reconhecer a importância do Fluxo de Energia e dos Ciclos da Matéria para a
manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;
 analisa e interpretar os diferentes Biomas da Terra;
 reconhecer o potencial energético animal, mineral e vegetal, suas disposições e
limitações;
 distinguir e caracterizar os diferentes tipos de desequilíbrios ambientais;
 identificar as implicações ambientais e sociais que o consumo indiscriminado pode
provocar para a natureza;
 compreender os estudos da vida para interpretar, e propor intervenções científicotecnológicas no mundo contemporâneo;
 compreender a grandeza da vida através do conhecimento dos fenômenos
naturais, que demonstram o equilíbrio da natureza.
11.4
COMPETÊNCIAS
NA
ÁREA
DE
CIÊNCIAS
HUMANAS
E
SUAS
TECNOLOGIAS.
 compreender a organização da sociedade, sua gênese e transformação, como
produto das relações entre os homens;
 entender o desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação de espaços
físicos e as relações da vida humana com a natureza, em seus desdobramentos
econômicos, políticos e cultural;
 compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e
econômicas por meio dos princípios que definem a convivência em sociedade, a
distribuição dos benefícios econômicos, os direitos e deveres da cidadania e a justiça;
55
 entender a importância das tecnologias contemporâneas de comunicação e
informação para planejamento, gestão, organização e fortalecimento do trabalho em
equipe.
GEOGRAFIA
Competências e Habilidades:
 capacidade de operar com os conceitos básicos da Geografia para análise e
representação do espaço em suas múltiplas escalas;
 capacidade de articulação dos conceitos;
 capacidade de compreender o espaço geográfico a partir das múltiplas interações
entre a sociedade e natureza;
 domínio de linguagens próprias à análise geográfica;
 capacidade de compreender os fenômenos locais, regionais e mundiais expressos
por suas territorialidades, considerando as dimensões de espaço e tempo;
 estimular o desenvolvimento do espírito crítico;
 articular os conceitos de Geografia com observação, descrição, organização de
dados e informações do espaço geográfico considerando as escalas de análise;
 reconhecer as dimensões de tempo e espaço para análise geográfica;
 analisar os espaços considerando a influência dos eventos da natureza e da
sociedade;
 observar a possibilidade de predomínio de um ou de outro tipo de origem do
evento;
 verificar a inter-relação dos processos sociais e naturais na produção e organização
do espaço geográfico em suas diversas escalas;
 identificar os fenômenos geográficos expressos em diferentes linguagens.
 utilizar mapas e gráficos resultantes de diferentes tecnologias;
 reconhecer variadas formas de representação do espaço: cartografia e tratamentos
gráficos, matemáticos, estatísticos e iconográficos;
 compreender o papel das sociedades no processo de produção do espaço, do
território, da paisagem e do lugar;
 compreender a importância do elemento cultural, respeitar a diversidade étnica e
desenvolver a solidariedade;
56
 capacidade de diagnosticar e interpretar os problemas sociais e ambientais da
sociedade contemporânea;
 capacidade de identificar as contradições que se manifestam espacialmente,
decorrentes dos processos produtivos de consumo.
HISTÓRIA
Competências e Habilidades:
 compreender que a história é construída pelos sujeitos históricos, ressaltando-se: o
lugar do indivíduo na sociedade, as identidades pessoais e sociais, que a história se
constrói no embate dos agentes sociais, individuais e coletivos, que as instituições são
criações das ações sociais, no decorrer dos tempos, e não adquirem vontade nem
ações próprias e a importância apenas relativa de personalidades históricas que
ocupam lugar mais destacado nos processos históricos;
 criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversas,
reconhecendo a especificidade de cada fonte histórica;
 organizar a produção do conhecimento histórico, bem como produzir textos
analíticos e interpretativos a partir dos procedimentos metodológicos da história;
 ter consciência de que o objeto da história são as relações humanas no tempo e no
espaço, como processos históricos dinâmicos e não determinados por forças externas
às ações humanas;
 reconhecer nas ações e nas relações humanas as permanências e as rupturas, as
diferenças e as semelhanças, os conflitos e as solidariedades, as igualdades e as
desigualdades;
 problematizar a vida social o passado e o presente, na dimensão individual e social;
 reconhecer que as formas de medir o tempo são produtos culturais resultantes das
necessidades de sociedades diversificadas;
 perceber que os ritmos e as durações do tempo são resultantes de fenômenos
sociais e de construções culturais;
 evitar anacronismos ao não atribuir valores da sociedade presente a situações
históricas diferentes;
 compreender o trabalho como elemento primordial nas transformações históricas e
que o mesmo está presente nas atividades humanas sociais econômicas, políticas e
culturais;
57
 captar as relações de poder nas diversas instâncias da sociedade, como as
organizações do trabalho e as instituições da sociedade organizada - sociais,
políticas, étnicas e religiosas;
 perceber como o jogo das relações de dominação, subordinação, e resistência faz
parte das diversas fases da história da humanidade;
 construções políticas, sociais e econômicas;
 ter consciência de que a preservação da memória histórica é um direito do cidadão,
identificando sua importância na vida da população e de suas raízes culturais;
 identificar e criticar as construções da memória de cunho propagandístico e político;
 valorizar a pluralidade das memórias históricas deixadas pelos mais variados
grupos sociais;
 sentir-se um sujeito responsável pela construção da história;
 praticar o respeito às diferenças culturais, étnicas, de gênero, religiosas e políticas.
SOCIOLOGIA
Competências e Habilidades:
 ler obras clássicas de autores que estudaram a sociologia na sociedade desde os
seus primórdios até os dias atuais;
 elaborar por escrito, textos utilizando os conhecimentos da sociologia;
 debater os conhecimentos da sociologia, assumindo uma posição crítica a partir de
argumentos consistentes;
 analisar os conhecimentos de sociologia em filme, obra de arte, peças teatro, jornal
e revista especializada;
 aplicar os conhecimentos de sociologia nas ciências naturais e humanas, nas artes
e em outras produções culturais;
 contextualizar os conhecimentos de sociologia tendo como referência a
organização da sociedade em cada período histórico, a biografia do autor e a
produção científico-tecnológica;
 compreender as diferentes manifestações culturais, adotando uma atitude de
preservação do direito à diversidade, no sentido de superar conflitos e tensões da
sociedade contemporânea;
58
 entender as relações de trabalho e as exigências de qualificação profissional a
partir das necessidades geradas pelas mudanças econômicas e políticas ocorridas na
sociedade.
FILOSOFIA
Competências e Habilidades:
 ler obras clássicas de autores que estudaram a filosofia na sociedade desde os seus
primórdios até os dias atuais;
 elaborar por escrito, textos utilizando os conhecimentos de filosofia;
 debater os conhecimentos de filosofia, assumindo uma postura crítica a partir de
argumentos consistentes;
 analisar os conhecimentos de filosofia em filme, obra de arte, peças de teatro, jornal
e revista especializada;
 aplicar os conhecimentos de filosofia nas ciências naturais e humanas, nas artes e
em outras produções culturais;
 contextualizar os conhecimentos de filosofia tendo como referência a organização da
sociedade em cada período histórico, a biografia do autor e a produção científicotecnológica;
 entender as relações de trabalho e as exigências de qualificação profissional, a partir
das necessidades geradas pelas mudanças econômicas e políticas ocorridas na
sociedade.
12. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO
O Currículo da educação profissional técnica de nível médio será formado
através de uma integração de conhecimentos gerais e específicos correspondentes à
formação básica e profissional, observando o previsto nas Diretrizes Curriculares
Nacionais, Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino/MS
e Legislação que normatiza a Educação Profissional.
Os componentes curriculares serão voltados para a compreensão dos
fundamentos sócio-políticos da área profissional, vão dar ao aluno horizontes de
captação de mundo, propiciando preparação básica para o trabalho.
Além das disciplinas básicas deverão ser desenvolvidos projetos que articulem o geral
e o específico, a teoria e a prática dos conteúdos, inclusive com aproveitamento de
59
aprendizagens que os ambientes de trabalho podem proporcionar (visitas, estágios,
etc.).
12.1 TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO - Eixo
Tecnológico: Gestão e Negócios – Educação Profissional Técnica de nível médio. Foi
criado através da Resolução/SED nº 2.394 de 08 de dezembro de 2010 e a escola foi
credenciada e autorizada o funcionamento a partir do ano 2011, conforme publicação
no Diário Oficial nº 7.843 de 09 de dezembro de 2010.
12.1.1. Justificativa
Em decorrência das profundas alterações pelas quais passa a economia mundial
provocada não só pela crescente urbanização, mas, sobretudo, pela sua globalização e
pelo advento de novos paradigmas tecnológicos, o mercado de trabalho tem se
reestruturado exigindo reformulação das políticas públicas de educação e, mais
especificamente, da educação profissional. A partir do início da década de 70, as
grandes organizações instaladas no país passaram a integrar, de forma sistemática,
uma nova função nos seus organogramas, junto aos órgãos que cuidavam das
atividades administrativas em ações de planejamento, organização, direção, controle e
participação no processo de tomada de decisão, nas diferentes áreas organizacionais,
tanto públicas como privadas.
O curso de Educação Profissional Técnico em nível médio tem como
fundamento levar aos alunos atributos pessoais tais como criatividade, iniciativa,
habilidade de comunicação, capacidade de planejamento, liderança e trabalho em
equipe, indispensáveis ao sucesso no mercado de trabalho.
Além disso, o mundo do trabalho vem se reconfigurando e colocando novas
exigências para o trabalhador. Uma delas é a clara revalorização da educação geral,
na medida em que ela é condição essencial para o desempenho técnico-profissional
frente aos novos paradigmas, sendo essencial à construção de propostas de educação
profissional consistentes. O novo tipo de formação profissional, para aumentar as
possibilidades de inserção no mercado de trabalho, deve, necessariamente, propiciar a
flexibilidade e a polivalência, o que implica não somente uma capacitação técnica mais
ampla, mas também uma sólida formação geral.
60
Ao integrar a Educação Profissional ao Ensino Médio, esta Escola inova
pedagogicamente sua concepção de Ensino Médio, em resposta aos diferentes sujeitos
sociais para os quais se destina, por meio de um currículo integrador de conteúdos do
mundo do trabalho e da prática social do aluno, levando em conta os saberes de
diferentes áreas do conhecimento.
Campo Grande, historicamente é uma cidade marcada pela vitalidade da
atividade comercial, permanecendo até os dias atuais. O cenário de crescimento atual
faz com que a cidade possa ter condições de oferecer mais empregos, mas tem como
desafio crescer de forma planejada sem que esse boom se torne uma catástrofe social
e tire um dos principais chamarizes para o investimento: a qualidade de vida.
Segundo o IBGE, há um total de 1300 indústrias de transformação no município
e estima-se que só nos pólos industriais devem ser instaladas 180 indústrias nos
próximos anos, sendo que 40 estão em fase de execução, num investimento de R$ 900
milhões com a expectativa de pelo menos 15 mil novos empregos necessitando de
mão de obra qualificada.
Outro item observado é que Campo Grande por ser capital do estado possui um
grande número de órgãos públicos que oferecem vagas para o estudante nesta etapa
de ensino, daí a importância da implantação de Cursos Técnicos para a atender nossa
região.
Diante desse contexto, a unidade escolar propõe o oferecimento do Técnico em
Administração integrado ao Ensino Médio – Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios –
Educação Profissional Técnica de nível médio, visando contribuir de forma ativa para o
atendimento das demandas necessárias do mercado de trabalho e oferecer à
comunidade de Campo Grande, profissionais habilitados, competentes e dinâmicos,
preparados para a empregabilidade e a competitividade do mundo moderno e capazes
de atuar com eficiência e eficácia, nas empresas que exploram atividades comerciais e
industriais , tendo como perspectiva pedagógica relacionar o currículo à realidade onde
a unidade escolar está inserida. Essa proposta requer desta Instituição permanente
atualização e sintonia com as transformações tecnológicas e socioculturais do mundo
do trabalho, além de contato permanente com agentes educacionais, recursos
atualizados e práticas pedagógicas operatórias e ativas, compatíveis com as
características do processo produtivo.
61
12.1.2 Objetivos.
Oportunizar ao aluno, a educação básica e técnica, garantindo-lhe a formação
necessária ao seu desenvolvimento integral e as aptidões para a vida produtiva e
social, visando habilitar profissionais, com competências que lhes forneçam meios para
atuar e progredir no trabalho.
Serão disponibilizadas vagas aos estudantes com necessidades educacionais
especiais, desde que suas limitações não interfiram nas atividades que serão
desenvolvidas por essa categoria profissional, e o atendimento as especificidades dos
mesmos serão realizadas pelo órgão próprio da Secretaria de Estado de Educação.
12.1.3 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso.
Os profissionais habilitados como Técnicos em Administração executam as
funções de apoio administrativo: protocolo e arquivo, confecção e expedição de
documentos administrativos e controle de estoques, podendo operar sistemas de
informações gerencias de pessoal e material, utilizando ferramentas da informática
básica, como suporte às operações organizacionais.
O Técnico em Administração em sua área de atuação contempla um conjunto
diversificado de atividades produtivas, portanto, tem uma formação generalista e está
habilitado a exercer as competências adquiridas na área de administração, podendo
atuar junto a instituições públicas, privadas e do terceiro setor que demandem serviços
correlatos à área.
12.1.4 Competências profissionais específicas do Técnico em Administração.
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios – Educação Profissional Técnica de nível médio.
o
Atuar como agente administrativo em órgãos públicos.
o
Atuar em agências de propaganda.
o
Atuar em comércio exterior.
o
Atuar na coleta de dados, tabulação e elaboração de gráficos e tabelas.
o
Atuar na instalação e reorganização de empresas.
o
Auxiliar na administração de empresas públicas e privadas.
62
o
Auxiliar no gerenciamento e administração de empresas privadas.
o
Dar suporte à produção e prestação de serviços em qualquer setor econômico.
o
Desenvolver programas de marketing e propaganda.
o
Efetuar operações de contabilidade orçamento público.
o
Elaborar projetos e relatórios técnicos.
o
Exercer atividades de planejamento, operação, controle e avaliação dos processos
que se referem a recursos humanos, materiais, ao patrimônio, à produção, aos
sistemas de informações, aos tributos, às finanças e à contabilidade de empresas
públicas e privadas.
o
Identificar as estruturas orçamentárias e societárias das organizações e relacioná-
las com os processos de administração específicos.
o
Identificar e interpretar as diretrizes do planejamento estratégico, do planejamento
tático e do plano diretor aplicáveis à administração organizacional.
o
Interpretar e aplicar a legislação.
o
Interpretar resultados de estudo de mercado, econômicos ou tecnológicos,
utilizando-os no processo de administração.
o
Operar equipamentos convencionais de microinformática, utilizando de aplicativos
de uso geral (editor de texto - Word for Windows, planilha eletrônica - Excel,
gerenciador de banco de dados).
o
Realizar análise sobre viabilidade de investimentos.
o Realizar escrituração contábil e controle de custos.
o Realizar serviços de escritório, com tarefas de redação, digitação e arquivamento de
documentos.
o Realizar trabalhos estatísticos coletando dados, realizando tabulações e elaborando
gráficos e tabelas.
o Utilizar os instrumentos de planejamento, bem como executar, controlar e avaliar os
procedimentos dos ciclos: de pessoal; de recursos materiais; tributário; financeiro;
contábil; do patrimônio; dos seguros; da produção; dos sistemas de informações.
A articulação entre a Educação Profissional e o Ensino Médio dar-se-á de forma
integrada. Partindo dessas premissas, a organização curricular definida neste projeto
foi organizada e será desenvolvida de forma a alcançar os objetivos propostos para
uma educação profissional atual, de modo a responder às mudanças econômicas,
63
tecnológicas e sociais atuais.
12.1.5 Organização curricular.
Com duração de 03 anos e carga horária de 3300 (três mil e trezentas) horas
envolvendo teorias e práticas , observando as determinações legais presentes nos
Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
ensino médio e educação profissional técnica de nível médio e no Decreto nº 5.154/04,
nos Referenciais da Educação Básica - Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino de
Mato Grosso do Sul, bem como nas diretrizes definidas no Projeto Político-Pedagógico
da Escola Estadual Hércules Maymone.
A
Matriz
Curricular
está
estruturada
por
disciplinas,
articulando
os
conhecimentos acadêmicos com os existentes no mundo do trabalho.
A carga horária atende as exigências da legislação e está distribuída entre as
disciplinas curriculares de forma a buscar a melhor qualidade do curso, sendo que o
mesmo poderá ser operacionalizado nos turnos diurno e noturno, conforme demanda
existente e disponibilidade de espaço físico, sendo implantado gradativamente.
Serão oferecidas 05 aulas diárias de 50 minutos, de segunda a sexta-feira e, também,
quando necessário, poderão ocorrer aulas aos sábados.
12.2 CURSO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO- Eixo Tecnológico:
Ambiente, Saúde e Segurança.
Educação Profissional Técnica de nível médio.
Aprovado pela Resolução/SED MS nº 2.393 de 08 de dezembro e de 2010.
Duração : 3 anos -
Carga horária: 3500 horas teóricas e práticas.
12.2.1 Justificativa
Novas formas de organização e de gestão vêm modificando estruturalmente o
mundo do trabalho. Um novo panorama econômico e produtivo se estabeleceu
ocasionando o desenvolvimento e emprego de novas tecnologias complexas
associadas à produção e à prestação de serviços e pela crescente internalização das
relações econômicas.
64
Em vista disso, passou- se a requerer sólida base de educação geral para dos
os trabalhadores; educação básica aos não qualificados; qualificação profissional de
técnicos; educação continuada, para atualização, aperfeiçoamento, especialização e
requalificação.
A proposta de Educação Profissional integrada ao Ensino Médio do Curso
Técnico em Meio Ambiente objetiva atender a essa demanda, cuja área apresenta-se
em franca expansão no Estado de Mato Grosso do Sul. O setor do turismo vem
apresentado resultados positivos nos últimos anos devido às belezas naturais e já se
configura em quinto lugar na pauta de exportações brasileiras, sendo que seu
crescimento está em média de 12% ao ano. Outro setor que merece destaque são as
Usinas de álcool e açúcar que estão se instalando no Estado ao lado da pecuária e
agricultura já tradicionais há muitos anos.
A realidade apresentada hoje em nossa cidade exigirá demanda de mão de obra
para o trabalho e também uma grande reflexão sobre os benefícios e conseqüências
para o meio ambiente, haja vista, a presença do Pantanal e a preservação de belezas
naturais existentes no Estado.
Cumprindo o seu papel social, a Escola Estadual Hércules Maymone oferece
desde 2011 o curso supracitado, visando atender as demandas de mão de obra
qualificada para suprir os diversos setores em expansão.
Ao integrar a Educação Profissional ao Ensino Médio, esta escola inova a sua
concepção pedagógica de Ensino Médio, procurando suprir a demanda por meio de um
currículo integrado de conteúdos do mundo do trabalho e da prática social do
estudante, levando em conta os saberes de diferentes áreas do conhecimento.
Nas últimas décadas, cada vez mais se intensifica em todo o mundo a
preocupação com o meio ambiente e em especial em relação ao Brasil detentor de
imensas reservas de riquezas
naturais. Diante disso, cada vez o mercado está
exigindo a preparação de profissionais para atuarem na busca de uma relação
harmoniosa e sustentável entre o homem e o meio ambiente.
O técnico em Meio Ambiente é o profissional que possui competências e
habilidades capazes de conhecer os recursos naturais e os problemas de processos
ambientais de um determinado local e, por meio desse conhecimento, auxiliar no
planejamento de empreendimentos que irão contribuir para com a sustentabilidade.
65
 é capaz de realizar ações mitigadoras de impactos ambientais, identificar os processos
tecnológicos e de produção vigentes, auxiliar na implantação de alternativas
tecnológicas adequadas;
 têm conhecimento e visão crítica da legislação ambiental;
 está capacitado para desenvolver técnicas que visam à proteção e à recuperação da
natureza;
 promover projetos de educação ambiental;
 executar o monitoramento de águas e efluentes;
 atua no gerenciamento, na fiscalização e controle ambiental, objetivando evitar a
poluição e contaminação do meio ambiente.
Assim, este projeto vem atender à solicitação de qualificação e habilitação da
população, gerando mão de obra qualificada, novas frentes de trabalhos, novos
empregos, melhoria na qualidade dos serviços prestados, sistematização na resolução
dos problemas locais com a possibilidade de manter as pessoas em suas cidades,
gerando possibilidades para o labor.
Para se instalar novas indústrias e usinas é necessário que haja uma adequação
à legislação ambiental, onde são exigidos o monitoramento da qualidade do ar, das
águas subterrâneas e superficiais; a recomposição das reservas legais com o plantio
de mudas de espécies nativas; o monitoramento do solo e as práticas de conservação
do solo na lavoura.
12.2.2 Objetivos: Oportunizar ao estudante a educação básica e técnica, garantindolhe a formação necessária ao seu desenvolvimento integral e as aptidões para a vida
produtiva e social, visando habilitar profissionais com competências que lhes forneçam
meios para atuar e progredir no trabalho.
12.2.3 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso.
Os profissionais egressos deste curso estão preparados para identificar novas
situações, auto organizar-se, tomar decisões, trabalhar em equipe multiprofissional com
ética e aplicar seus conhecimentos e habilidades para o alcance da qualidade do
trabalho, estando preparados para coletar, armazenar e interpretar dados e
66
documentações ambientais, colaborando na elaboração de laudos, auxiliando na
elaboração, acompanhamento e execução de sistemas de gestão ambiental,
organizando programas de educação ambiental, de conservação e preservação de
recursos naturais, de redução, reuso e reciclagem. Também identifica as intervenções
ambientais, analisa suas conseqüências e operacionaliza a execução de ações para a
preservação, conservação, otimização, minimização e remediação dos seus efeitos.
O egresso poderá atuar em instituições públicas e privadas, além do terceiro setor,
estações de tratamento de resíduos e unidades de conservação ambiental.
12.2.4 Organização Curricular.
A articulação do Curso Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio –
Eixo Tecnológico : Ambiente, Saúde e Segurança – Educação Profissional Técnica de
nível médio observa as determinações legais presentes nos Parâmetros Curriculares
do Ensino Médio, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio e
educação profissional técnica de nível médio e no Decreto nº 5.154/04, nos
Referenciais da Educação Básica – Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino de Mato
Grosso do Sul, bem como nas diretrizes definidas no Projeto Político Pedagógico da
Escola Estadual Hércules Maymone.
A
Matriz
Curricular
está
estruturada
por
disciplinas,
articulando
os
conhecimentos acadêmicos com os existentes no mundo do trabalho.
Serão oferecidas 05 aulas diárias de 50 minutos de segundas a sextas-feiras e,
também, quando se fizer necessário, poderão ocorrer aulas aos sábados.
12.2.5 Avaliação do Curso.
A avaliação do curso será feita sistematicamente ao final de cada ano, onde
serão considerados os aspectos pedagógicos, a atuação dos profissionais do curso, as
condições estruturais, o funcionamento, a frequência dos estudantes e envolvendo a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
Para a realização desta avaliação, a Unidade Escolar utilizará instrumentos de
coleta de dados, que serão posteriormente tabulados, cujos resultados serão
consolidados em relatórios com o objetivo de aperfeiçoamento da qualidade de ensino
67
e o desempenho dos estudantes frente aos objetivos propostos e as competências e as
habilidades desenvolvidas no curso.
12.3
TÉCNICO
EM
TRANSAÇÕES
IMOBILIÁRIAS
CONCOMITANTE
E
SUBSEQUENTE.
Eixo Tecnológico : Gestão e Negócios.
Educação Profissional Técnica de nível médio. Aprovado pela Resolução/SED nº
2.466, de 30 de novembro de 2011. Carga horária de 813 horas.
12.3.1 Justificativa.
Novas formas de organização e de gestão vêm modificando estruturalmente o
mundo do trabalho. Um novo panorama econômico e produtivo se estabeleceu
ocasionando o desenvolvimento e emprego de novas tecnológicas complexas
associadas à produção e a prestação de serviços e pela crescente internalização das
relações econômicas.
Em vista disso, passou-se a requerer sólida base de educação geral para todos
os trabalhadores; educação básica aos não qualificados; qualificação profissional de
técnicos; educação continuada para atualização, aperfeiçoamento, especialização e
requalificação.
Novas indústrias atualmente em instalação deverão ter ações adequadas à
legislação ambiental o que exige rigorosidade nos
projetos. Entre os trabalhos
desenvolvidos pelas indústrias sul-mato-grossense, estão sendo colocados em práticas
por empresas do setor sucroalcooleiro, como o monitoramento da qualidade do ar, das
águas subterrâneas e superficiais; a recomposição de reservas legais, com plantio de
mudas de espécies nativas; o monitoramento do solo e as práticas de conservação do
solo na lavoura. Em função disso, uma nova demanda de profissionais qualificados
torna o curso Técnico em Transações Imobiliárias imprescindível ao crescimento e
desenvolvimento do Estado.
Mato Grosso do Sul é um estado que se destaca no cenário nacional do
mercado imobiliário, fazendo com que a proposta da Educação Profissional do Curso
Técnico em Transações Imobiliária Concomitante e Subsequente, tem como objetivo
68
atender a essa demanda cuja área apresenta-se em franca expansão no estado de
Mato Grosso do Sul. O setor imobiliário vem apresentando resultados positivos nos
últimos anos devido ao constante crescimento ocasionado também pelas Usinas de
álcool e açúcar que estão se instalando no Estado ao lado da agricultura e pecuária
pujantes há muitos anos.
O Técnico em Transações Imobiliárias é o profissional que possui competência
assessorar ações de compras, vendas e locações de imóveis, e habilidades capaz
identificar e aplicar os parâmetros de uso de ocupação para lotes urbanos, por meio
desse conhecimento, auxiliar no planejamento de empreendimentos imobiliários. É
capaz de realizar ações mitigadoras de impactos ambientais, identificar processos
tecnológicos e de produção vigentes, auxiliar na implantação de alternativas
tecnológicas adequadas. Têm conhecimento e visão crítica da legislação imobiliária.
Está
capacitado
para
desenvolver
transações
imobiliárias,
vistoriar
e
disponibilizar imóveis, montar processo documental do imóvel captado, prestar
assessoria ao interessado, realizando serviço pós-venda em condições de qualidade e
tempo de respostas. Assim, este projeto vem atender a solicitação de qualificação e
habilitação da população, gerando mão de obra qualificada, novas frentes de trabalho,
novos empregos, melhoria na qualidade dos serviços prestados, sistematização na
resolução dos problemas locais com a possibilidade de manter as pessoas em suas
cidades, gerando possibilidades para o labor. Essa nova realidade exigirá grande
demanda de mão de obra para o trabalho e também uma grande reflexão sobre os
benefícios e conseqüências para o meio ambiente, haja vista, a presença do Pantanal
e a preservação dessas belezas naturais tão significativas para o ecossistema.
Com isso, a escola pública mais uma vez busca cumprir o seu papel social
contribuindo nas adequações necessárias para o desenvolvimento desse projeto. Em
conformidade com o decreto nº 5.154/2004, no ano 2012 a escola passou a oferecer a
Educação Técnica de nível médio, visando atender essas demandas de mão de obra
qualificadas para suprir os diversos setores em expansão.
Diante desse contexto, a curso Técnico em Transações Imobiliárias integrado ao
Ensino Médio , visando contribuir de forma ativa para o atendimento das demandas
necessárias do mercado de trabalho e oferecer à comunidade de Campo Grande,
profissionais habilitados, competentes e dinâmicos, preparados para a empregabilidade
e a competividade do mundo moderno e capaz de atuar com eficiência e eficácia, tendo
69
como perspectiva pedagógica relacionar o currículo à realidade onde a unidade escolar
está inserida.
12.3.2 Objetivos: Oportunizar ao estudante a educação básica e técnica, garantindolhe a formação necessária ao seu desenvolvimento integral e as aptidões para a vida
produtiva e social, visando habilitar profissionais, com competências e habilidades que
lhes forneçam meios para atuar e progredir no mercado de trabalho.
12.3.3 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso.
Os profissionais egressos deste curso estão preparados para identificar novas
situações auto-organizar-se, tomar decisões, trabalhar em equipe multiprofissional com
ética e aplicar seus conhecimentos e habilidades para o alcance da qualidade do
trabalho, estando preparados para coletar, armazenar e interpretar dados e
documentações ambientais, colaborando na elaboração, acompanhamento e execução
de sistemas de gestão ambiental, organizando programas de educação ambiental, de
conservação e preservação de recursos naturais, de redução, reuso e reciclagem.
Também identifica as intervenções ambientais, analisa sua conseqüências e
operacionaliza a execução de ações para preservação, conservação, otimização,
minimização e remediação dos seus efeitos.
Em sua área de atuação contempla um conjunto diversificado de atividades
produtivas, portanto, tem uma formação generalista e está habilitado a exercer as
competências adquiridas.
O egresso poderá atuar em instituições públicas e privadas, empresas
imobiliárias, consultorias, construtoras, bancos e como profissional autônomo.
12.3.4 Avaliação do Curso.
A avaliação do curso será feita sistematicamente ao final de cada ano, onde
serão considerados os aspectos pedagógicos, a atuação dos profissionais do curso, as
condições estruturais, o funcionamento, a frequência dos estudantes e envolvendo a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
Para a realização desta avaliação, a Unidade Escolar utilizar instrumentos de
70
coleta de dados, que serão posteriormente tabulados, cujos resultados serão
consolidados em relatórios com o objetivo de aperfeiçoamento da qualidade de ensino
e o desempenho dos estudantes frente aos objetivos propostos e as competências e as
habilidades desenvolvidas no curso.
12.4 Curso Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio.
Eixo Tecnológico : AMBIENTE,SAÚDE E SEGURANÇA, autorizado através da
Resolução/ SED nº 2.393 de 08 de dezembro de 2010.
Com carga horária de 1.160 horas
12.4.1 Justificativa
Novas formas de organização e de gestão vêm modificando estruturalmente o
mundo do trabalho. Um novo panorama econômico e produtivo se estabeleceu
ocasionando o desenvolvimento e emprego de novas tecnologias complexas
associadas à produção e à prestação de serviços e pela crescente internalização das
relações econômicas. Em vista disso, passou- se a requerer sólida base de educação
geral para todos os trabalhadores; educação básica aos não qualificados; qualificação
profissional de técnicos; educação continuada, para atualização, aperfeiçoamento,
especialização e requalificação.
A proposta de Educação Profissional integrada ao Ensino Médio do Curso
Técnico em Meio Ambiente objetiva atender a essa demanda, cuja área apresenta-se
em franca expansão no Estado de Mato Grosso .O setor do turismo vem apresentado
resultados positivos nos últimos anos devido às belezas naturais e já se configura em
quinto lugar na pauta de exportações brasileiras, sendo que seu crescimento está em
média de 12% ao ano. Outro setor que merece destaque são as Usinas de álcool e
açúcar que estão se instalando no Estado ao lado da pecuária e agricultura já pujantes
de muitos anos.
A realidade apresentada hoje em nossa cidade exigirá demanda de mão de obra
para o trabalho e também uma grande reflexão sobre os benefícios e conseqüências
para o meio ambiente, haja vista, a presença do Pantanal e a preservação de belezas
naturais existentes no Estado.
Cumprindo o seu papel social, a Escola Estadual Hércules Maymone oferece
71
desde 2011 curso supracitado, em cumprimento ao decreto nº 5.154/2004, visando
atender as demandas de mão de obra qualificada para suprir os diversos setores em
expansão.
Ao integrar a Educação Profissional ao Ensino Médio, esta escola inova a sua
concepção pedagógica de Ensino Médio, procurando suprir a demanda por meio de um
currículo integrado de conteúdos do mundo do trabalho e da prática social do
estudante, levando em conta os saberes de diferentes áreas do conhecimento.
Nas últimas décadas, cada vez mais se intensifica em todo o mundo a
preocupação com o meio ambiente e em especial em relação ao Brasil devido à
imensa reserva de riquezas naturais. Diante disso, cada vez o mercado está exigindo
a preparação de profissionais para atuarem na busca de uma relação harmoniosa e
sustentável entre o homem e o meio ambiente.
O técnico em Meio Ambiente é o profissional que possui competência e
habilidade capaz de conhecer os recursos naturais e os problemas de processos
ambientais de um determinado local e, por meio
desse conhecimento, auxiliar no
planejamento de empreendimentos que irão contribuir para com a sustentabilidade.
Diante desse contexto, a Escola Estadual Hércules Maymone objetiva atender a
demanda cuja área apresenta-se em franca expansão no Estado de Mato Grosso do
Sul implantou a partir do ano 2012 o supracitado curso ,visando contribuir de forma
ativa
para o atendimento das demandas necessárias do mercado de trabalho
e
oferecer à comunidade de Campo Grande, profissionais habilitados, competentes e
preparados para a empregabilidade e a competitividade do mundo moderno e capazes
de atuarem com eficiência e eficácia, tendo como perspectiva pedagógica relacionar o
currículo à realidade onde a unidade escolar está inserida. Este curso vem atender à
solicitação de qualificação e habilitação da população, gerando mão de obra
qualificada, novas frentes de trabalho, novos empregos, melhoria na qualidade dos
serviços prestados, sistematização na resolução dos problemas locais com a
possibilidade de manter as pessoas em suas cidades gerando possibilidades para o
labor.
12.4.2 Objetivos: Oportunizar ao estudante a educação técnica, garantindo-lhe a
formação necessária ao seu desenvolvimento integral e as aptidões para a vida
produtiva e social, visando habilitar profissionais, com competências que lhes forneçam
72
meios para atuar e progredir no trabalho. Perfil profissional de conclusão dos egressos
do curso
Os profissionais egressos deste curso estão preparados para identificar novas
situações auto organizar-se, tomar decisões, trabalhar em equipe multiprofissional com
ética e aplicar seus conhecimentos e habilidades para o alcance da qualidade do
trabalho, estando preparados para coletar, armazenar e interpretar dados e
documentações ambientais, colaborando na elaboração de laudos, auxiliando na
elaboração, acompanhamento e execução de sistemas de gestão ambiental,
organizando programas de educação ambiental, de conservação e preservação de
recursos naturais, de redução, reuso e reciclagem. Também identifica as intervenções
ambientais, analisa suas conseqüências e operacionaliza a execução de ações para a
preservação, conservação, otimização, minimização e remediação dos seus efeitos.
O egresso poderá atuar em instituições públicas e privadas, além do terceiro
setor, estações de tratamento de resíduos e unidades de conservação ambiental.
12.4.3 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso.
Os profissionais egressos deste curso estão preparados para identificar novas
situações auto-organizar-se ,tomar decisões, trabalhar em equipe multiprofissional com
ética e aplicar seus conhecimentos e habilidades para o alcance da qualidade do
trabalho, estando preparados para coletar, armazenar e interpretar dados e
documentações ambientais, colaborando na elaboração, acompanhamento e execução
de sistemas de gestão ambiental, organizando programas de educação ambiental, de
conservação e preservação de recursos naturais, de redução, reuso e reciclagem.
Também identifica as intervenções ambientais, analisa sua conseqüências e
operacionaliza a execução de ações para preservação, conservação, otimização,
minimização e remediação dos seus efeitos.
Em sua área de atuação contempla um conjunto diversificado de atividades
produtivas, portanto, tem uma formação generalista e está habilitado a exercer as
competências adquiridas.
O egresso poderá atuar em instituições públicas e privadas, além do terceiro
setor, estações de tratamento de resíduos e unidades de conservação ambiental.
73
12.4.4 Organização Curricular.
A articulação do Curso Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio –
Eixo Tecnológico : Ambiente, Saúde e Segurança – Educação Profissional Técnica de
nível médio estrutura-se em 03(três) módulos e observa as determinações legais
presentes nos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para o ensino médio e educação profissional técnica de nível médio e no
Decreto nº 5.154/04, nos Referenciais da Educação Básica – Ensino Médio da Rede
Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, bem como nas diretrizes definidas no
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Hércules Maymone.
A
Matriz
Curricular
está
estruturada
por
disciplinas,
articulando
os
conhecimentos acadêmicos com os existentes no mundo do trabalho.
Serão oferecidas 05 aulas diárias de 50 minutos de segundas a sextas-feiras e,
também, quando se fizer necessário, poderão ocorrer aulas aos sábados.
12.4.5 Avaliação do Curso.
A avaliação do curso será feita sistematicamente ao final de cada ano, onde
serão considerados os aspectos pedagógicos, a atuação dos profissionais do curso, as
condições estruturais, o funcionamento, a frequência dos estudantes e envolvendo a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
Para a realização desta avaliação, a Unidade Escolar utilizar instrumentos de
coleta de dados, que serão posteriormente tabulados, cujos resultados serão
consolidados em relatórios com o objetivo de aperfeiçoamento da qualidade de ensino
e o desempenho dos estudantes frente aos objetivos propostos e as competências e as
habilidades desenvolvidas no curso.
74
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_______Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil, de
1988. Brasília: Assembléia Nacional Constituinte/Congresso Nacional, 1988.
______.Ministério da Educação. Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Lei de
Diretrizes e Bases Educação Nacional. Brasília, DF: Senado, 1996.
______Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos
temas transversais. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,1998.
______Ministério da Educação. Decreto nº 5.154/04. Premissas da Educação
Profissional.
______Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB nº 07/2010 de 07 de abril de 2010.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília:
MEC/CNE/CEB 2010.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1999.
______.Ministério da Educação. Orientações Curriculares para o Ensino Médio.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio.v.3: Ciências Humanas eTecnológica.
Brasília: MEC, 2006.
______Ministério da Educação Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.
Brasília:MEC/Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2002.
______ Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Brasília: Congresso Nacional, 2003.
______ Lei 11.645 de 10 de março de 2008. Altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro
de 1996, modificada pela Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Brasília: Congresso Nacional, 2008.
_____Lei 12.287 de 13 de julho de 2010. Altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de
1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no tocante ao
ensino de Artes.
75
_____Lei 11.769 de 18 de agosto de 2008. Altera a Lei n° 9.394 de 20 de dezembro
de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, onde a música
deverá ser conteúdo obrigatório.
______Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB nº 05/2011, de 05 de maio de
2011. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/CNE/CEB,
2011.
_____Ministério da Educação. Parecer CNE/CP nº 03/2004 de 10 de março de 2004.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étno-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC/SECAD, 2004.
_____Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB nº 04 de 13 de julho de 2010.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.
______Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº07/2010, de 14 de dezembro
de 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 09(nove)
anos. Brasília: MEC/CNE/CEB 2010.
______.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações
Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC/BR.2004.
______.. Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino.
Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Políticas de Educação.
Campo Grande: SED, 2008.
______.Secretaria de Estado de Educação. Referencial Curricular da Educação
Básica: Ensino Médio. Campo Grande, MS, 2008.
______.Lei Nº 2.787, de 24 de dezembro de 2003. Lei de Sistema Estadual de Ensino
de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS, 2003.
______Decreto 7.843 de setembro de 2012. Lei de Sistema Estadual de Ensino de
Mato Grosso do Sul.
______Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Brasília: Congresso Nacional, 1990.
______Resolução/SED nº 2.393 de 08 de dezembro de 2010
______Resolução/SED nº 2.466 de 30 de novembro de 2011
______Resolução/SED nº 2.394 de 08 de outubro de 2010.
NETO, L.F. Feira de Ciências. O Imperdível, São Paulo, 2007.
Disponível em:http://www.feiradeciencias.com.br.
76
YUS, Rafael. Educação Integral: uma educação holística para o século XXI.
Trad.Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Artemed, 2002.
ANTUNES, Celso. Trabalhando Habilidades: construindo idéias. São Paulo,
Scipione., 2000.
OLIVEIRA,M.K Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sóciohistórico. São Paulo: Scipione, 1993.
HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, CD-ROM, Rio de Janeiro,
versão 3.0, 2009, ISBN 978-85-7302-963-5.
______. Democratização da Escola Pública. A Pedagogia Crítico-Social dos
Conteúdos. Disponível em: <http:/membrs.tripod. com/pedagogia/ democratização.
.htm>. Acesso 08/10/2008.
______. Parecer CNE/CEB Nº 11/2008. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de
nível Médio. Brasília CEB/2008.
ESCOLA, REVISTA Passo a passo, a feira vira um sucesso. Edição 193, junho,
2006. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br
77
14. ANEXOS (Projetos Escolares, Resoluções, Calendário Escolar, Ficha de
Acompanhamento).
CONSELHO DE CLASSE
Objetivo:
Compartilhar informações sobre o rendimento e participação da classe e sobre
cada aluno, para intervenções necessárias no processo ensino-aprendizagem, bem
como propor alternativas que ajudem o estudante a superar as dificuldades
detectadas.
Objetivos específicos:
 Viabilizar avaliação mais completa sobre a aprendizagem e o desenvolvimento do
aluno;
 promover a troca de idéias para tomada de decisões rumo à melhoria do processo
ensino-aprendizagem;
 facilitar a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista;
 promover a integração entre professores.
Participantes:
Participaram dos conselhos de classe: professores, coordenação pedagógica e
direção.
Cronograma:
Será realizado no final de cada bimestre, conforme a data prevista no calendário
escolar. No dia do Conselho de Classe os alunos desenvolverão atividades sob a
forma de aula programada.
Avaliação:
O resultado do Conselho de Classe deve servir como instrumento para avaliar o
trabalho desenvolvido e nortear o plano de ação e as intervenções necessárias para
melhorar o processo ensino-aprendizagem.
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Projeto: “FESTA JULINA”
Justificativa:
Valorizar e manter viva a tradição de uma das festas mais importantes da
região nordeste do Brasil, promovida pela escola, através do Projeto São Herculão.
Objetivo:
Resgatar culturalmente (música, dança, comidas típicas) integrando escola e
comunidade, visto que a participação da comunidade externa é bastante significativa.
Desenvolver os dons artísticos dos alunos através da arte: decoração e
dança.
Metodologia / Procedimento:
Ensaio de danças e preparativos para a decoração e montagem de barracas
de comidas típicas.
Conteúdo a ser trabalhado:
 Dança;
 Música;
 A cozinha sertaneja;
 A caracterização das vestimentas;
 A religiosidade;
 A tradição sertaneja.
Recursos:
Os recursos necessários (materiais), para realização da festa cultural julina
serão provenientes de arrecadação, doação e recursos próprio da escola.
79
Projeto: FEIRA DO CONHECIMENTO
Justificativa:
O ensino, por meio de projetos, além de consolidar a aprendizagem, contribui
para a boa formação de hábitos e atitudes, como também, leva o aluno a relacionar
teoria e prática na aquisição de conhecimentos científicos.
A Feira de Ciências é um espaço de trocas de idéias e amplificação de
aprendizagens, ao expor um trabalho gera nos alunos um compromisso com a
qualidade, torna-os formadores de opinião como também contribui no seu
desenvolvimento ético e político.
Objetivo:
Incentivar a atividade cientifica, através do planejamento e execução de projetos
investigadores, para a construção do conhecimento e imersão dos alunos no mundo
da pesquisa e das ciências.
Objetivos Específicos:

incentivar o protagonismo juvenil por meio do estabelecimento de relações entre
seu objeto de estudo e as possíveis aplicações na realidade;

estimular um trabalho cooperativo através de leituras, pesquisas, entrevistas e
realização de experiências;

desenvolver a competência comunicativa através do exercício da habilidade de
argumentação, formas de apresentação, objetividade e capacidade de síntese.
Metodologia:
No primeiro bimestre será definido o tema da feira, após debates entre alunos,
professores, coordenação e direção. Definindo o tema, os professores orientadores
das turmas, irão escolher junto com os alunos, os subtemas, que devem estar
relacionado ao tema central.
O professor orientador deve auxiliar os alunos no desenvolvimento dos trabalhos,
analisando, em conjunto, as melhores idéias e suas aplicações.
80
●Inscrições: O professor orientador é o responsável por dividir a classe em equipes e
entregar a ficha de inscrição dos trabalhos na coordenação, observando a data
prevista.
●Desenvolvimento dos Trabalhos: A coordenação de cada turno fica responsável
de elaborar a orientação contendo os passos para o desenvolvimento dos projetos,
após consultar aos professores.
●Exposição: Os trabalhos serão expostos na data prevista no calendário escolar,
observando:
 cada equipe deve ocupar somente a área reservada para expor o seu trabalho;
 os aspectos visuais e de higiene deve ser observado constantemente pela equipe;
 é exigida a presença constante dos alunos no local onde está exposto o trabalho
sob sua responsabilidade;
 a equipe responsável pelo trabalho deverá recolher o material no encerramento da
exposição.
Cronograma:
Será elaborado no 1º bimestre do ano letivo, de acordo com o Calendário
Escolar. Deve constar a data de todas as etapas para o desenvolvimento dos
trabalhos e organização da feira.
Avaliação:
Os professores orientadores serão responsáveis em avaliar os trabalhos,
observando os seguintes critérios:
 5,0 pontos – projeto escrito;
 5,0 pontos – organização, domínio e clareza na explicação e exposição.
Observação: A nota da Feira de Ciências será uma nota complementar para todas as
disciplinas.
81
Projeto: MOSTRA DE VÍDEOS - O essencial é invisível aos olhos.
Justificativa:
Vivemos em uma época de consumo tecnológico irreversível. Muitos alunos já
sabem operar um celular, uma câmera fotográfica digital, um computador. Cabe a nós,
professores, dar sentido pedagógico a este uso. Neste caso, o vídeo entra como uma
nova linguagem, uma nova forma de falar, de ouvir e ver o mundo em que vivemos”
Tendo em vista a atual realidade que vivenciamos no dia-a-dia de sala de aula,
nos quais observamos alunos oriundos de famílias desestruturadas, com formação
ética e moral rasa, valores como respeito e amor ao próximo são desconhecidos
pelos mesmos. Faz-se então necessário abordar essa temática, na tentativa de
promover o conhecimento do aluno acerca do bem viver e conviver socialmente.
Objetivo:
Oportunizar ao aluno o aprendizado sobre a produção de vídeo na escola, como
ferramenta para o sucesso da inclusão, enquanto instrumento de motivação, objeto de
estudo e amplo poder de intervenção interação social.
Objetivos Específicos:

Propiciar aos alunos o acesso e a leitura da obra “O pequeno príncipe” de
Antoine de Sant-Exupéry.

Trabalhar os gêneros textuais: enredo, roteiro e cronograma.

Incentivar o com grupos de 25 alunos das turmas dos 2º anos regularmente
matrículas na unidade escolar.

Oferecer aos alunos oficinas de produção e edição de vídeos.
Metodologia:
No terceiro bimestre será iniciada a leitura do livro, por turma, sendo os
professores responsáveis por oportunizá-lo em sala de aula, por meio de livro
82
emprestado da biblioteca escolar, ou por cópia em arquivo pdf, para uso na sala de
tecnologia.
O professor orientador deve auxiliar os alunos no desenvolvimento do enredo,
roteiro, bem como do vídeo, analisando, em conjunto, as melhores idéias e releitura
da obra.
●Inscrições: Por tratar-se de atividade para avaliação bimestral a inscrição é
compulsória.
●Desenvolvimento dos Trabalhos: A coordenação de área de língua portuguesa
ficará responsável em elaborar a orientação, contendo os passos para o
desenvolvimento do projeto.
●Exposição: Os trabalhos serão expostos em data prevista no calendário escolar,
no auditório da escola, aberto a comunidade escolar interna:
Metodologia:
● Leitura compartilhada, individual, vozeada ou silenciosa do livro “O pequeno
príncipe”;
● conceitualização, estruturação e produção dos gêneros textuais: enredo, roteiro e
cronograma;
● realização de oficina de pré e pós-produção de vídeos.
Cronograma:
Será elaborado no 2º bimestre do ano letivo, de acordo com o Calendário
Escolar. Deve constar a data de todas as etapas para o desenvolvimento dos
trabalhos e organização da mostra.
Avaliação:
83
Os professores orientadores serão responsáveis em avaliar os trabalhos,
observando os seguintes critérios:

5,0 pontos – projeto escrito;

5,0 pontos – apresentação do vídeo.
Observação: A nota da Mostra de vídeo será compartilhada entre todas as disciplinas,
como uma das notas a serem consideradas para a média do aluno.
84
Projeto: CULTURA AFRO-BRASILEIRA E ÍNDIGENA
Justificativa:
Diante da diversidade cultural brasileira, a escola é chamada a enfrentar esse
desafio e refletir sobre a construção do processo histórico/social/cultural da
humanidade.
É necessário à abertura de novas perspectivas para a construção de uma
sociedade que acolha diferenças e promova a igualdade racial. É papel da escola,
trabalhar as questões da diversidade étnico-racial no espaço escolar (Lei nº
10.639/03).
Sob esse prisma, este projeto pretende desenvolver atividades artísticas
culturais, que venham colaborar para a igualdade de pluralismo cultural e de justiça
social.
Objetivo:
Inserir no espaço escolar manifestações artísticas que promovam a superação
de todas as formas de racismo, preconceito e discriminação.
Objetivos Específicos:
 promover no espaço escolar um momento de manifestação cultural;
 incentivar a pesquisa e a criatividade;
 desenvolver aptidões artísticas: dança, desenho, pintura, etc.;
 integrar todos os alunos, independente de raça ou cor.
Metodologia:
As
disciplinas
de
História,
Língua
Portuguesa
e
Artes,
através
da
interdisciplinaridade, vão ter um olhar específico para o tema proposto “Cultura AfroBrasileira e Indígena”. O objetivo é desenvolver um trabalho com uma visão holística,
que promova o debate, a criatividade e manifestação através das seguintes
atividades:
●pesquisa sobre a simbologia Africana e Indígena;
●teatro sobre lendas e histórias literárias Afro-brasileira e Indígena;
85
●confecção de painel com símbolos africanos e indígenas;
●produção de textos referentes ao tema;
●danças Afro-Brasileira e Indígena.
Avaliação:
Os trabalhos serão avaliados pelos professores da disciplina de Artes e
História, através das exposições de trabalhos no auditório e no pátio da escola.
15. ORGANIZAÇÃO CURRÍCULAR - TEMAS TRANSVERSAIS.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam, também, os temas
transversais que incluem: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde,
Orientação Sexual e Trabalho e Consumo. Eles expressam conceitos, valores
fundamentais à democracia, à cidadania e correspondem a questões importantes,
urgentes para a sociedade brasileira, presentes sob várias formas no cotidiano.
Os temas transversais perpassam todos os componentes curriculares,
portanto, é dever de todos os professores abordá-los em seu fazer pedagógico. A
transversalidade abre espaço para a inclusão de saberes
extra-escolares,
possibilitando a referência a sistemas de significado construídos na realidade dos
alunos.
A integração dos saberes científicos (teorias) e cotidianos (práticas) é
contemplado pelos conteúdos curriculares nos quais os temas transversais são “os
fios condutores”, fazendo a inter-relação entre os objetos do conhecimento e questões
da vida.
Os temais transversais tem como finalidade fazer com que o aluno desenvolva
a capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva,
superar a indiferença e intervir de forma responsável. Portanto deverá ser inserido nos
conteúdos pertinentes do planejamento de todas as disciplinas do Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
Os temas transversais que fazem parte do Currículo do Ensino Fundamental e
do Ensino Médio da Escola Estadual Hércules Maymone incluem:
86
a) Ética – proporcionar a reflexão sobre a conduta humana, relações entre as
pessoas que constituem a instituição escolar: alunos, pais, professores, funcionários,
coordenação e direção escolar. Discutindo respeito mútuo, justiça, diálogo e
solidariedade;
b) Pluralidade Cultural – estudar os diferentes grupos e culturas que constituem a
sociedade brasileira: a convivência, preconceitos e discriminação;
c) Meio Ambiente: levar o aluno a refletir sobre a importância da preservação do
meio ambiente; as relações sócias econômicas e ambientais; a qualidade de vida e o
equilíbrio ambiental;
d) Saúde – relacionar o nível da saúde das pessoas e a maneira como vivem: o meio
físico, social e cultural da população. Conseqüências do álcool, cigarro e drogas na
saúde das pessoas;
e) Orientação Sexual: propiciar aos jovens a possibilidade do exercício de sua
sexualidade de forma responsável e prazerosa. Através do estudo do corpo humano,
relações de gênero, gravidez precoce e prevenção às doenças sexualmente
transmissíveis/AIDS.
f) Educação para o Trânsito: levar os alunos a conhecer os conceitos de respeito à
própria vida e a de seus semelhantes. Os direitos e deveres, compromissos e
obrigações dos pedestres. Estudo da sinalização de trânsito, noções de primeiros
socorros no trânsito e as conseqüências do uso do álcool e a droga pelos motoristas.
g) História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena: levar os alunos a refletir sobre a
construção do processo histórico/social/cultural da humanidade e compreender as
questões referentes à educação da diversidade étnico-racial no espaço escolar, e que
certamente possibilitará o alcance dos ideais de igualdade, de pluralismo cultural e de
justiça social.
87
h) Cultura Sul Matogrossense: propiciar aos alunos o conhecimento da cultura do
estado, através de elementos da cultura regional: música, artes plásticas, teatro,
literatura e outros, articulando com os temas desenvolvidos nas disciplinas. Como,
também, desenvolver pesquisas sobre manifestações culturais da comunidade, da
cidade e do Estado.
16. PROJETOS EXTRACURRICULARES
DATA
Maio/1º
bimestre
Julho/2º
bimestre
Julho/2º
bimestre
PROJETO
DESCRIÇÃO
O evento conta com: exposição de obras
Feira do Livro
literárias, textos produzidos pelos alunos e
atividades artísticas e culturais.
A festa integra escola e comunidade
Festa Julina
através de: danças, músicas, comidas
típicas e brincadeiras folclóricas.
Tem como objetivo incentivar a prática de
Jogos inter-classe
esporte e a competição saudável.
Tem como objetivo incentivar a atividade
cientifica
Setembro/3º
bimestre
Feira do Conhecimento
através
de
planejamento
e
execução de projetos investigadores, para
a construção do conhecimento e imersão
dos alunos no mundo da pesquisa e das
ciências.
Ensinar os alunos a conhecer os direitos e
deveres, compromissos e obrigações dos
Setembro/3º
Semana Nacional do
pedestres;
a
sinalização
de
trânsito;
bimestre
Trânsito
noções de primeiros socorros no trânsito e
as conseqüências do uso do álcool e
drogas pelos motoristas.
88
Outubro/4º
bimestre
As
Semana do Teatro
peças
teatrais
são
sobre
obras
literárias, adaptadas e contextualizadas
pelos próprios alunos.
Desenvolver
atividades
artísticas
e
Novembro/4º
Cultura Afro-brasileira e
culturais, que venham colaborar para a
bimestre
Indígena.
igualdade de pluralismo cultural e de
justiça social.
Bimestral para
Tem como propósito dar subsídios para
o 3º ano do
Ensino Médio e
o plano de ação e adequar o currículo
Simulados
em
Semestral para
busca
qualidade.
o 1º e 2º anos.
89
de
uma
educação
de
Download

Conheça a PPP: Proposta Política Pedagógica.