Genética Animal – Teoria da Evolução TEORIA DA EVOLUÇÃO A Origem do Pensamento Evolutivo Séc. XVII Teoria do Préformacionismo: as células sexuais continham a miniatura de um adulto. Séc. XVIII / XIX Teoria Fixista: a criação é perfeita, permanente e imutável (Carolus Linnaeus). ●1808: descoberta do átomo (John Dalton). ●1830: Teoria celular (M. Schleiden e T. Scwann): a idéia da geração espontânea já havia sido refutada por Redi, Spallanzani e Pasteur. ●1858: recebe o manuscrito de A.R. Wallace. ●1859: publicou The Origin of Species by Means of Natural Selection ●1936/1937: Teoria Neodarwinista Teoria da Epigenesis: as estruturas surgiam “de novo” durante o desenvolvimento embrionário. Séc. XIX Geração Espontânea: as formas de vida inferior surgem da matéria inanimada (Jean-Baptiste de Lamarck). ●1831 – 1836: viagem de Charles Darwin a bordo do Beagle. ●1838: ensaio de Thomas Malthus. Séc. XX ●1900: descoberta das Leis de Mendel. 1 Genética Animal – Teoria da Evolução 2 → Introdução: A evolução biológica é o conjunto de transformações adaptativas que ocorrem ao longo do tempo nos seres vivos. Embora sugerida no século XVIII, cristalizou-se somente em 1859 com a publicação do livro A origem das espécies. O autor, Charles Robert Darwin, apresenta uma grande quantidade de evidências a favor do fato evolutivo e sugere um mecanismo – Seleção Natural – pelo qual ela ocorreria. Nos últimos 100 anos, a idéia da evolução das espécies foi reforçada pelos avanços da genética, levando os cientistas a acreditar que a diversidade biológica surgiu, principalmente, por mutações em organismos primitivos e recombinação. → Princípios básicos contidos na Teoria da Evolução de Darwin: 1) Princípio da variação: Em qualquer população comportamental entre os indivíduos. há variação morfológica, fisiológica e 2) Princípio da hereditariedade: Os filhotes assemelham-se mais aos pais do que a indivíduos não relacionados. 3) Princípio da seleção: Algumas formas são mais bem sucedidas na sobrevivência e na reprodução do que outras em um dado ambiente. → Disciplinas que comprovam as bases da Evolução: A) Biogeografia: Ciência que estuda os diferentes padrões de distribuição dos animais e plantas. Para tanto busca reconstruir estes padrões, unindo a história da Terra em diferentes escalas espaciais e temporais à história das formas dos seres vivos, ou seja, busca entender como se processaram as modificações morfológicas de animais e plantas, quais as suas causas e como isso aparece refletido no espaço geográfico. B) Paleontologia: Ciência que estuda os animais e os vegetais fósseis. C) Embriologia: Estuda o desenvolvimento dos organismos. Compreende exames descritivos, comparações de várias espécies em estágios diferentes, assim como a análise experimental dos mecanismos que controlam e coordenam o desenvolvimento. D) Morfologia: Consiste na descrição e no estudo de características estruturais, em particular da superfície do corpo. Genética Animal – Teoria da Evolução 3 → Evidências da Evolução: ○ Homologia: Semelhança entre estruturas de diferentes organismos devido à mesma origem embrionária. As estruturas podem ou não exercer a mesma função. A homologia sugere ancestralidade comum, mas não grau de proximidade. O processo evolutivo que conduz à homologia dos órgãos é a irradiação adaptativa. ○ Irradiação adaptativa: Diferenciação de organismos a partir de um ancestral comum como conseqüência de isolamento geográfico. ○ Evolução convergente: Adaptação de diferentes organismos a uma condição ecológica igual. Exemplo: aves e morcegos adaptados ao vôo. ○ Analogia: Semelhança morfológica entre as estruturas de diferentes organismos devido à adaptação a uma mesma função. Essas estruturas apresentam origem embrionária distinta. O golfinho e o tubarão são espécies não-relacionadas que apresentam corpo fusiforme, adaptado à natação, com membros anteriores e posteriores em forma de nadadeira. O processo evolutivo que conduz à analogia dos órgãos é a evolução convergente. ○ Órgãos vestigiais: Podem ser reduzidos e sem função em alguns organismos, enquanto apresentam-se maiores e funcionais em outros. Teoria Neo-Darwinista (Síntese Moderna ou Síntese Evolutiva): ◦ As características adquiridas não são herdáveis. ◦ A variação dentro e entre raças geográficas tem base genética. Algumas formas são adaptadas. ◦ As espécies não são apenas tipos morfológicos, mas populações variáveis isoladas reprodutivamente de outras populações. ◦ Além da seleção natural, o endocruzamento, o fluxo gênico e os efeitos ao acaso (deriva genética) poderiam ocasionar mudanças evolutivas. → Princípios fundamentais da Síntese Moderna: ◦ As populações contém variações genéticas que surgem por mutação ao acaso e recombinação. Genética Animal – Teoria da Evolução 4 ◦ As populações evoluem por mudanças nas freqüências gênicas trazidas pela deriva genética aleatória, pelo fluxo gênico e, especialmente, pela seleção natural. ◦ A diversificação surge através da especiação que acarreta o isolamento reprodutivo, originando mudanças que facultam na designação de diferentes níveis taxonômicos. → Importância do conhecimento da estrutura do DNA para a Teoria da Evolução: ◦ O conhecimento da estrutura do DNA em 1953, revelado por Watson e Crick, forneceu uma compreensão da natureza da mutação e da variação genética. ◦ A deriva genética foi estabelecida como a principal mudança evolutiva juntamente com a seleção natural. ◦ O conceito de seleção natural foi expandido: sobrevivência dos genes, grupos de parentes, populações e espécies. → Referências bibliográficas: ◦ Embriologia de los animales domésticos – Drew M. Noden e Alexander de Lahunta – Editorial Acribia, S.A. – 1990 ◦ Populações, espécies e evolução – Ernst Mayr – Editora da Universidade de São Paulo – 1977 ◦ Genética – George W. Burns e Paul J. Bottino – Editora Guanabara Koogan – 1991 ◦ Biologia de olho no mundo do trabalho – Sídio Machado – Editora Scipione 2003