06/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 01 TEMA LIVRE I PADRAO TL001 - HISTÓRICO DA LITERATURA DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR : DEMOGRAFIA E TENDÊNCIAS BERNARDO CRESPO ALVES1; EVAN JAMES2; JOHN FEAGIN2 1.INTO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.SPRI, VAIL, ESTADOS UNIDOS. Resumo: Resumo: Introdução: A produção científica relacionado ao ligamento cruzado anterior (ACL) apresentou um crescimento exponencial nos últimos anos. Uma análise de tendências nas publicações sobre o LCA ainda não foi realizada. Objetivos: Analisar a demografia das publicações do LCA e pesquisar tendências sobre a cirurgia de reconstrução do LCA na literatura Métodos: A base SCOPUS foi utilizada para pesquisa de todos os artigos com os termos “anterior cruciate ligament” ou “ACL” nos seus títulos e publicados em inglês. Dentro desta base de dados pesquisas foram realizadas para identificação dados demográficos das publicacões: número de publicações/ano, país de origem, autores e periódico de publicação. Adicionalmente foram pesquisadas a frequência dos termos: banda-única/dupla-banda, tipos de enxertos, navegação, anatômico/isométrico e reparo/reconstrução e reconstrução extraarticular. Resultados: Os EUA continuam com o maior número de publicacões/ano, porém apresentam um declínio na porcentagem de participação. O Brasil apresenta a décima sétima posição no cenário internacional. Países da Ásia, especialmente Japão e China, estão aumentando consideravemente seu número de publicações. Fu, F.H. MD apresenta a maior participação individual na literatura do LCA. A reconstrução do LCA ocupa 80% da literatura enquanto o reparo menos de 10%. Um interesse crescente sobre treinamento em prevenção de lesão do LCA pôde ser demonstrado. Autoenxertos, principalmente de tendões flexores, dominam a literatura a partir de 2001. Publicações relacionadas a técnica de navegação mostram um declínio após um pico entre 2007- 2011. Conclusão: Através da análise das publicações podemos construir um histórico das tendências relacionadas ao LCA e podemos guiar os avanços futuros. TL002 - NOVO TESTE CLÍNICO PARA O DIAGNÓSTICO DA LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR DO JOELHO JOSÉ MARTINS JULIANO EUSTÁQUIO; CONSTANTINO JORGE CALAPODOPULOS; CONSTANTINO JORGE CALAPODOPULOS JUNIOR; EDNEI ANDRADE FREITAS; DIMINSON SANTOS BRAZ HOSPITAL MÁRIO PALMÉRIO- UNIVERSIDADE DE UBERABA, UBERABA, MG, BRASIL. Resumo: Introdução/ Objetivos: A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das lesões mais comuns da prática ortopédica, e ocorre principalmente em atletas. O objetivo deste estudo foi demonstrar um novo teste clínico (Teste Calapodopulos) alternativo para o diagnóstico desta lesão ligamentar. Material e Métodos: Descrição metodológica de um teste clínico para o diagnóstico da lesão parcial ou completa do LCA, com boa acurácia diagnóstica na fase aguda do trauma. Resultados/ Descrição clínica: O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal horizontal sobre uma maca, com o membro inferior a ser examinado levemente abduzido e o joelho fletido sobre a borda da maca. O examinador posiciona-se de pé, ao lado do membro a ser examinado, para executar as manobras. Com apoio no antepé do membro avaliado, iniciam-se movimentos oscilatórios de balanço látero-lateral do membro, com estabilização da coxa sobre a mesa, partindo da flexão de 60 graus à extensão total. Quando positivo, nota-se instabilidade articular ao redor de 30 graus de flexão. A sensação de instabilidade é relatada pelo paciente. Conclusões: Alternativas aos exames clínicos do joelho já existentes são importantes ferramentas diagnósticas, principalmente ao considerar a realidade da saúde pública do Brasil, deficiente quanto à disponibilidade de exames complementares. O teste descrito poderá ser um recurso complementar ao ortopedista frente a um quadro de lesão do ligamento cruzado anterior. Apesar da experiência positiva do autor com o teste, mais estudos são necessários para a confirmação da sua validade e reprodutibilidade. TL003 - KNEE MUSCLES SYNERGISMS DURING GAIT REMAIN ALTERED ONE YEAR AFTER ANTERIOR CRUCIATE LIGAMENT RECONSTRUCTION GUSTAVO LEPORACE1; LEONARDO METSAVAHT2; GLAUBER PEREIRA3; LISZT PALMEIRA OLIVEIRA4; BERNARDO CRESPO5; LUIZ ALBERTO BATISTA3 1.BIOCINÉTICA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.INSTITUTO BRASIL DE TECNOLOGIAS DA SAÚDE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 3.LABORATÓRIO DE BIOMECÂNICA E COMPORTAMENTO MOTOR, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 4.FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS (UERJ), RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 5.INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL. Resumo: A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das lesões mais comuns da medicina esportiva, e objetivo do tratamento consiste na restauração da estabilidade articular. O tratamento cirúrgico da lesão do LCA apresenta alta taxa de sucesso com alto índice de retorno às atividades esportivas. No entanto, alterações biomecânicas e adaptações neuromusculares pós lesão podem se manter mesmo após o tratamento cirúrgico, alterando a biocinemática articular. O objetivo deste estudo foi comparar a ativação do músculo vasto lateral (VL) e bíceps femoral (BF) , assim como a relação de co-contração VL/BF em indivíduos saudáveis e pacientes com cirurgia de reconstrução de LCA prévia. Dezenove indivíduos foram avaliados, sendo 10 do grupo controle e 9 do grupo de reconstrução do LCA. A atividade muscular do vasto lateral e bíceps femoral foi capturada por meio de eletromiograma de superfície (EMG) para o cálculo da razão de co-contração muscular (razão VL/BP), determinada pela razão entre as áreas da curva de EMG para os dois músculos em cada ciclo de marcha. A análise estatística foi realizada por meio de análise de componentes principais . As curvas de cada variável: ativação VL, ativação BF e relação VL/BP foram comparadas entre indivíduos controle e os pós reconstrução de LCA usando o teste t não pareado (α = 0,05). O grupo pós reconstrução apresentou uma ativação menor do vasto lateral no inicio e no fim do ciclo da marcha quando comparado ao controle. No entanto, não houve diferença para a ativação do BF ou relação VL/BP. Esta diferença pode ser causada por estratégias de proteção desenvolvidas para evitar a translação excessiva tibial mediante ativação do vasto lateral. Em conclusão, a analise de marcha de indivíduos submetidos a reconstrução do LCA demonstrou um déficit de ativação persistente no músculo vasto lateral, mesmo após um ano do procedimento cirúrgico. 06/08/2015 14:45-15:15 GOLDEN HALL SALA 01 TEMA LIVRE IV PADRAO TL010 - MEDIAL PATELLOFEMORAL LIGAMENT RECONSTRUCTION: A LONGITUDINAL STUDY COMPARISON OF 2 TECHNIQUES WITH 2 AND 5YEARS FOLLOW-UP. DIEGO COSTA ASTUR; GUSTAVO BORGES GOUVEIA; JOSÉ HUMBERTO BORGES; GUSTAVO GONÇALVES ARLIANI; NELSON ASTUR; CAMILA COHEN KALEKA; MOISES COHEN UNIFESP/EPM, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Background: The purpose of this study was to compare the results of two popular surgical techniques for medial patellofemoral ligament MPFL reconstruction with a minimum of two-year follow-up Methods: Fifty-eight patients with traumatic tear of the medial patellofemoral ligament were included in one of two surgical groups. Group 1 MPFLs were reconstructed through graft endobutton fixation and Group 2 through graft anchor fixation into the patella. After two to fiveyear follow-up, patients were asked to answer knee function questionnaires (Fulkerson and Kujala) as well as the SF-36 life quality score. Results: There were no statistical difference among postoperative Kujala, Fulkerson, and SF-36 questionnaires scores between Groups 1 and 2. There were statistical significant differences favorable to patients in Group 1 with a shorter follow-up length (2-5 years) compared to those with a longer period of 5-10 years for both Kujala and Fulkerson scores and no difference for group 2. Conclusions: Both medial patellofemoral ligament reconstruction techniques had similar results in a two to ten-year follow-up according to functions and life quality questionnaires. Furthermore, endobutton fixation for the patellar edge of the graft had better results in patients with 2 years of follow-up than those with 5 years. Gender was not significant for surgical results. Moreover, group 1 patients had higher number of complications TL011 - FUNCTIONAL ASSESSMENT OF PATIENTS SUBJECTED TO AUTOLOGOUS OSTEOCHONDRAL TRANSPLANTATION TO TREAT PATELLAR CHONDRAL INJURIES: EVALUATION FROM THE PREOPERATIVE PERIOD TO RETURN TO SPORT DIEGO COSTA ASTUR; ADILIO BERNARDES; SAULO CASTRO; GUSTAVO GONÇALVES ARLIANI; NELSON ASTUR; CAMILA COHEN KALEKA; MOISES COHEN UNIFESP/EPM, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Background: It is known that patients undergoing autologous osteochondral transplantation (AOT) of the patella experience an improvement in quality of life and knee function. However, those patients’ conditions after the end of treatment have not yet been clinically evaluated. Methods: The present prospective study assessed the outcomes of 20 patients subjected to AOT at four time-points: before, immediately after, and six and 48 months after surgery. The following parameters were assessed at each time-point: pain; gait; swelling; trophic status; muscle strength; patellar mobility; and range of motion. In addition, we apply the Tegner scale for each time-point. Results: All the parameters improved, except for patellar mobility, which did not exhibit any change. The score on the pain scale decreased from 7.1 to 2.35 at the six-month assessment; the percentage of participants who exhibited limping decreased from 70% before surgery to 15% six months later; swelling scores decreased from an average of 1.8 in the immediate postoperative period (IPO) to 0.5 at the six-month assessment; muscle strength increased from 3.85 to 4.65 points six months after surgery; and the range of motion increased from 84.25 degrees in the IPO to 132.5 degrees six months later. Conclusion: Appropriately indicated AOT for the treatment of chondral lesions of the patella was associated with significant improvements in pain, gait, swelling, and motion arc six months after surgery, attaining values close to values characteristic of normal knees. Patients are mostly able to return to sport, even in recreational levels (after 6 months) and light competition (after 2 years). TL012 - THE USE OF COMPUTED TOMOGRAPHY TO DETERMINE RISK OF PATELLAR DISLOCATION IN 921 PATIENTS WITH PATELLAR INSTABILITY DIEGO COSTA ASTUR; MARCO ANTONIO SCHUEDA; NELSON ASTUR; RODRIGO BIER SCHUEDA; DEBORA BIER SCHUEDA; MOISES COHEN UNIFESP/EPM, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: To identify reliable tomographic measurements that will detect patellofemoral abnormality and allow quantification of patellar dislocation risk in patients with potential patellar instability. A transversal study conducted from July 2001 to December 2009 with 921 patients with anterior pain or knee instability of at least six months duration was completed. All subjects were clinically evaluated and submitted to radiographs and computed tomography of their knees. They were grouped based on their dislocating patellar dysplasia classification followed by statistical comparison among them. There was a significant statistical difference in all measurements when comparison between groups was done, except for External Tibial Torsion Angle. The most sensitive and specific measurements to determine patellar instability were Trochlear Groove Angle, Tibial Tubercle-Trochlear Groove distance, Average Patellar Tilt and Average Patellar Height. Patients with potential patellar instability and increased Tibial Tubercle-Trochlear Groove distance, patellar height, tilt and deviation measurements had greater risk for patellar dislocation. Clinical Relevance: Determine measurements that are able to tell us how the chance for a patellar dislocation is getting higher 06/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 02 TEMA LIVRE II PADRAO TL004 - FRATURA POR ESTRESSE DA CORTICAL ANTERIOR DA TÍBIA TRATADO COM OSTEOSSÍNTESE COM PLACA E PARAFUSOS JOAO PARIS BUARQUE HOLLANDA; AIRES DUARTE JUNIOR; MARCOS VAZ LIMA; PEDRO JORGE BACHES; ANA PAULA SIMÕES; ADRIANO BARROS DE AGUIAR LEONARDI SANTA CASA SP, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Objetivo: descrever a técnica cirúrgica e o resultado da osteossíntese com placa em banda de tensão em fraturas por estresse da cortical anterior da tíbia. Material e método: Os pacientes foram avaliados pessoalmente ou através de entrevista telefônica. Foram questionados quanto a presença de dor no local da fratura, retorno esportivo e satisfação com o procedimento. Resultados: 4 pacientes (6 pernas) foram operados com seguimento entre 1 e 5 anos. 3 tiveram resultado excelente com retorno a prática esportiva nos níveis pré lesão e ausência de dor. 1 paciente apresentou resultado regular com hipersensibilidade cutânea sobre o material de síntese e retorno esportivo em nível abaixo do pré lesão. Conclusão: A técnica cirúrgica se mostrou satisfatória na maioria dos pacientes. TL005 - EPIDEMIOLOGIA DE LESÕES EM CORRIDAS DE AVENTURA DE CURTA DURAÇÃO NO BRASIL ADRIANO BARROS DE AGUIAR LEONARDI; AIRES DUARTE JUNIOR SANTA CASA DE SAO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Objetivo: Os objetivos foram estudar a epidemiologia de lesões em corridas de aventura de curta duração realizadas no estado de São Paulo entre 2010 e 2013. Materiais e Métodos: Analisamos os prontuários de registro de intercorrências médicas durante as provas de curta duração de corrida de aventura dos circuitos paulistas das corridas de aventura Hyundai Adventure race, dividido em três etapas, contando com 200 a 250 atletas por etapa e da corrida Adventure Camp, dividida em 4 etapas, contando com 400 a 450 atletas por etapa. Resultados: Dos pacientes atendidos, 18 eram Homens (33,33%) e 36 (66,67%), mulheres. A idade documentada nas fichas variou de 14 a 54 anos (média de 27,27 anos). Dos cinqüenta e quatro registros, 13 (24,07%) foram devido a problemas clínicos e 41 (75,93%) por traumatismos agudos. Quanto ao tempo entre o início da prova e a ocorrência, houve variação de tempo de 246 a 5 minutos, com média de 124 minutos e as modalidades mais envolvidas foram a Mountain bike, com 27 registros (50%), Trekking com 15 (27,77%) e remo com 12 (22,22%). Apenas 9 (16,66%) necessitaram de remoção para atendimento definitivo de urgência (evacuação) Conclusões: Em corridas de aventura de curta duração no Estado de São Paulo de 2010 a 2011, o risco de se desenvolver uma lesão foi maior nos trechos de Mountain Bike e, em apenas 16,66% das ocorrências, foi necessária a evauação das vítimas. Palavras-chave: TL006 - LESÃO DO LIGAMENTO COLATERAL TIBIAL: TRATAMENTO E REABILITAÇÃO. PERSPECTIVAS E TENDENCIAS ATUAIS DIEGO COSTA ASTUR; RODRIGO FIGUEIREDO; LEANDRO MASSINI RIBEIRO; LUIS ARANTES; EDUARDO BERNDT; GUSTAVO GONÇALVES ARLIANI; CAMILA COHEN KALEKA; MOISES COHEN UNIFESP/EPM, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Introdução: O ligamento colateral tibial é uma das estruturas responsáveis pela estabilização do estresse em valgo e rotacional do joelho. Ainda pouco estudado, esta estrutura não apresenta consenso em relação ao seu diagnóstico e tratamento. O objetivo do estudo é traçar um perfil das condutas a respeito da lesão deste ligamento do cirurgião de joelho no Brasil. Métodos: Estudo descritivo com aplicação de um questionário com 22 perguntas a respeito de como diagnosticar, classificar, tratar e reabilitar o paciente com a lesão do ligamento colateral tibial. Resultados: 76 questionários foram preenchidos por especialistas de todas as regiões do Brasil. Houve um predomínio do tratamento conservador com fisioterapia. Quando indicada a cirurgia, a maioria dos participantes optam pelo reparo na fase aguda e reconstrução com enxerto de tendão dos flexores na fase crônica. A maioria optou pelo retorno ao esporte após os seis meses de reabilitação. Conclusão: O cirurgião de joelho trata menos de 20 lesões por ano no Brasil. Na maioria das vezes o tratamento é não cirúrgico com fisioterapia e uso de órteses imobilizadoras. Quando operado, os fatores determinantes para esta conduta são o grau da lesão e a presença de lesões associadas. 06/08/2015 14:45-15:15 GOLDEN HALL SALA 02 TEMA LIVRE V PADRAO TL013 - ONDAS DE CHOQUE NO TRATAMENTO DE OSTEOARTRITE EM RATOS EWERTON BORGES DE SOUZA LIMA; REJANE DANIELE REGINATO; FLAVIO FALOPPA ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIFESP, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: OBJETIVO: Verificar os efeitos da terapia com ondas de choque (TOC) na cartilagem articular do joelho de ratos submetidos a exercícios ultraprolongados de corrida em declive. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 20 ratos Wistar machos, adultos, que foram divididos em dois grupos: Ratos Controles - RC (n=5), que não realizaram treinamento de corrida e não foram tratados com TOC; e Ratos Treinados – RT (n=15), que foram tratados com TOC após treinamento de corrida em declive. O treinamento durou 8 semanas e foi realizado com o intuito de causar osteoartrite no joelho dos animais. A TOC consistiu em uma sessão de aplicação com o aparelho apontado apenas para o joelho direito dos animais (amostra RTT), sendo que o outro joelho foi usado como controle (amostra RTC). Após um mês, os animais foram sacrificados e seus fêmures foram removidos e preparados para análise histológica. Foram analisadas as áreas de carga direita e esquerda e a área de não-carga da cartilagem articular dos fêmures distais. Os parâmetros analisados foram: espessura da cartilagem, número de condrócitos, número de clones de condrócitos. Além disso, o material foi classificado quanto ao escore de osteoartrite da OARSI. RESULTADOS: Na área de não carga, o treinamento de corrida não causou mudanças significativas no número de condrócitos e de clones, apesar de ter diminuído a espessura da cartilagem nos ratos RTC. Quanto aos efeitos das ondas de choque, o grupo RTT, apesar de não apresentar diferenças no número de condrócitos, mostrou aumento do número de clones e espessura, quando comparados ao grupo RTC. Ambas zonas de carga direita e esquerda se comportaram de forma semelhante ao treinamento, por apresentarem significativa redução do número de condrócitos, clones e espessura da cartilagem no grupo RTC. As ondas de choque também induziram efeitos semelhantes nas duas áreas de carga, aumentando o número de condrócitos, clones e a espessura da cartilagem significativamente no grupo RTT, mostrando efeito benéfico na cartilagem ao estimular a recuperação do tecido após danos causados pelo treinamento. Também foi observada diferença de arquitetura óssea da região subcondral dos grupos RTC e RTT. Enquanto o grupo RTC apresentou uma conformação frágil do osso subcondral, com trabéculas finas e afastadas, o grupo RTT apresentou uma arquitetura óssea consistente, com conformação mais organizada e trabéculas mais grossas. Quanto ao escore de osteoartrite da OARSI, os joelhos não tratados tenderam a obter classificação pior (escore 1 a 4), enquanto os joelhos tratados com TOC obtiveram melhor classificação (0 a 2). CONCLUSÃO: A TOC estimulou o processo de recuperação, evidenciado pelo maior número de clones de condrócitos, cartilagem articular mais espessa, melhor arquitetura óssea subcondral e melhor escore OARSI. TL014 - TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE EXTRACORPÓREA NO TRATAMENTO DA LESÃO MUSCULAR CRÔNICA: AVALIAÇÃO, TRATAMENTO, E DESFECHO DIEGO COSTA ASTUR; BRUNO SANTOS; EDUARDO RAMALHO DE MORAES; GUSTAVO GONÇALVES ARLIANI; ALBERTO DE CASTRO POCHINI; PAULO ROBERTO DIAS DOS SANTOS; BENNO EJNISMAN; MOISES COHEN; FLAVIO FALOPPA UNIFESP/EPM, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Objetivo: avaliar o tratamento com terapia por ondas de choque extracorpórea (TOCE) de baixa energia associada a fisioterapia no tratamento das lesões musculares crônicas graus 2 e 3 nos membros inferiores de atletas amadores. Métodos: Oito atletas com lesão muscular do membro inferior há mais de 3 semanas foram tratados com fisioterapia e TOCE. Foram avaliados os seguintes parâmetros durante o tratamento: presença de gap palpável, força muscular, dor, e escala de Tegner. Além disso, as características da imagem ultrassonográfica e a capacidade de retorno ao esporte. Resultados: O tempo médio de lesão na primeira avaliação foi de 8,75 semanas. Todos os pacientes evoluíram com força muscular grau V após 8 semanas. A dor passou de 5,75 para 0,5 ponto ao final do tratamento. O questionário de Tegner após o tratamento atingiu em média 6 pontos em sua escala. Os pacientes retornaram ao esporte em média após 8,14 semanas. Conclusão: TOCE associada a fisioterapia mostrou ser eficaz no tratamento da lesão muscular de longa data, com boa evolução e capacidade de retorno ao esporte de todos os pacientes avaliados. TL015 - AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO ARTICULAR, PELA DOSAGEM DO CTXII, EM ATLETAS DE FUTEBOL DE SALÃO DURANTE UMA TEMPORADA. RODRIGO MIZIARA SEVERINO , SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Objetivo O CTX-II é um biomarcador de degradação do colágeno tipo II, presente na cartilagem articular, e pode ser dosado no sangue. A proposta deste estudo é dosar níveis séricos de CTX-II em atletas de um time de futebol de salão em três momentos distintos durante uma temporada e com isso avaliar se houve ou não degradação articular. Material e Métodos: Foram incluídos no estudo 15 atletas do sexo masculino, de uma equipe profissional de futebol de salão. Pessoas com cirurgias articulares prévias, lesões condrais e dor articular de qualquer tipo foram excluídas. De cada indivíduo foi retirado 3 ml de sangue. Cada amostra foi analisada por teste do tipo ELISA. Os resultados foram comparados através do teste estatístico T-Student com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Os resultados demonstraram que quando comparamos o inicio e fim da temporada temos um p:0,04865145, que é estatisticamente significante. Comprovando desta maneira que durante uma temporada há degradação articular. 06/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 03 TEMA LIVRE III PADRAO TL007 - COMPARAÇÃO DO USO DE LOSARTANA, HIDROCORTISONA E ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) NA PREVENÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE TECIDO CICATRICIAL FIBROSO EM MÚSCULO ESQUELÉTICO OTAVIO DE MELO SILVA JUNIOR1; TCHALTON AMADOR CORREA1; CRISTIANA BUZELIN NUNES2; SAVIO LANA SIQUEIRA1; IURE KALININE FERRAZ DE SOUZA1; MARILIA FONTENELLE SILVA1; LAURICE BARBOSA FREITAS1; LUIZ RONALDO ALBERTI2 1.UFOP, OURO PRETO, MG, BRASIL; 2.UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL. Resumo: Objetivo: Analisar a capacidade de inibição de tecido cicatricial fibroso com o uso de losartana, hidrocortisona e AAS. Métodos: Escolheu-se o modelo de laceração muscular em 120 ratos heterogênicos Wistar machos. Estes foram distribuídos em quatro grupos de 30 animais cada: grupo controle; grupo losartana; grupo AAS; grupo hidrocortisona. Os animais foram anestesiados e posteriormente realizada incisão em sentido longitudinal de 2,5cm de extensão na região paravertebral toracolombar esquerda, e os músculos sofreram uma lesão grau III pinçados com pinça hemostática de Kelly, durante 60 segundos, posteriormente seccionados com tesoura. A pele foi suturada com nylon monofilamentar 3-0. Os animais foram distribuídos em gaiolas individuais, com água e alimento a vontade. O Grupo losartana recebeu losartana diluído em água na dose de 0,1 mg/mL (dose de 10mg/kg/dia), o Grupo AAS recebeu solução de AAS 3mg/mL (dose 300mg/kg/dia), o Grupo hidrocortisona recebeu solução de hidrocortisona 0,2mg/mL, (dose de 20mg/kg/dia). Resultados: O grupo controle, losartana, hidrocortisona e AAS apresentaram 0,95±0,35mm, 0,55±0,34mm, 0,93±0,33mm, 0,66±0,36mm de área fibrótica respectivamente. Observa-se uma área fibrótica significativamente menor do grupo losartana em comparação ao grupo controle (p=0,01) e hidrocortisona (p=0,01). Para os demais grupos não houve diferença significativa. Conclusão: a cicatrização do músculo estriado esquelético produziu menos tecido cicatricial fibroso quando exposto à losartana, do que quando comparados ao grupo controle ou uso de hidrocortisona. TL008 - O CTX-II COMO BIOMARCADOR DE DEGRADAÇÃO ARTICULAR EM ATLETAS DE DIFERENTES MODALIDADES PEDRO JORGE BACHES; MARCOS VAZ LIMA; AIRES DUARTE JUNIOR; GABRIEL ABDO PECCHIA; JOAO PARIS BUARQUE HOLLANDA; MAURO OLÍVIO MARTINELLI SANTA CASA DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Introdução e Objetivos: O CTX-II é um biomarcador de degradação do colágeno tipo II e pode ser dosado no sangue. A proposta deste estudo foi avaliar a dosagem dos níveis séricos de CTX-II em atletas de diferentes modalidades, durante o mesmo período de temporada, comparando-os entre si e com um grupo-controle (indivíduos não praticantes de atividade física). Material e Métodos: Foram incluídos no estudo 69 indivíduos do sexo feminino, entre 18 e 25 anos: 15 de equipe de futebol, 10 de futebol de salão, 10 de handebol, 18 de vôlei e 7 de natação; 9 indivíduos sedentários foram incluídos no grupo-controle. Pessoas com cirurgias articulares prévias, lesões condrais e dor articular de qualquer tipo foram excluídas. De cada indivíduo foram retirados 3 ml de sangue. Cada amostra foi analisada pelo teste do tipo ELISA. Os resultados foram comparados através do teste estatístico T-Student. Resultados: Ao comparar as modalidades esportivas com o grupo-controle foi possível observar valores estatisticamente significativos maiores do biomarcador nos atletas de futebol de salão (P = 0,015) e menores nos atletas de natação (P = 0,046). Ao compará-los entre si, houve diferença estatisticamente significativa entre os jogadores de futebol de salão e os de handebol (P = 0.048), e entre os nadadores (P < 0,001). Quanto ao IMC não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. TL009 - FIBRINA RICA EM PLAQUETAS SUGERE CURA ACELERADA DO TENDÃO DE AQUILES EM RATOS QUANDO COMPARADO AO PLASMA RICO EM PLAQUETAS FRANCIELE DIETRICH; GUSTAVO LANÇANOVA DURÉ; CAROLINE PERES KLEIN; VINÍCIUS FACCIN BAMPI; ALEXANDRE VONTOBEL PADOIN; JEFFERSON BRAGA SILVA PUCRS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL. Resumo: Introdução: Entre as diferentes áreas da medicina regenerativa, as tendinopatias encontram espaço como forma de tratamento promissor para um problema de difícil solução. Lesões tendíneas com ruptura total ou transecções acidentais geralmente indicam a prática cirúrgica, sendo a abordagem ideal a aproximação dos dois cotos(1, 2). Contudo, esta técnica requer longos períodos de imobilização e recuperação(3, 4). Este cenário leva ao desenvolvimento de diversas pesquisas que visam acelerar o reparo de tendões lesados, sendo atribuída as plaquetas um papel promissor, uma vez que estas auxiliam na busca da homeostase, estimulando a diferenciação a nível celular (5, 6). O objetivo deste estudo foi comparar o efeito do uso de plasma rico em plaquetas (PRP) e a fibrina rica em plaquetas (PRF) no reparo do tendão de Aquiles (TA) de ratos Wistar. Materiais e métodos: Foi realizada um ruptura horizontal no TA sendo os dois cotos rompidos aproximados a partir da utilização de sutura Kessler. A eficácia dos tratamentos foi verificada aos 14 e 28 dias pós operatório a partir de análises histológicas. A quantificação de colágeno I e III foi realizada a partir da coloração Sirius Red e dados qualitativos a partir de coloração hematoxilina e eosina (HE). Resultados: Na coloração Sírius Red, diferença estatística foi verificada somente entre o grupo PRP (37,2%) e o grupo controle (16,2%) para os dois tipos de colágeno 14 dias pós operatório. Comparação intragrupo demonstrou diferença para colágeno tipo I (27.8% e 47.7%) e III (66.9% e 46.0%) no grupo PRF. O grupo controle somente teve diferença para colágeno tipo I (14.2% e 40.9%). Na coloração HE, PRF demonstrou uma melhor celularização quando comparado aos demais grupos em 28 dias. Conclusão: Nosso estudo sugere que PRF tem a tendência a promover a regeneração acelerada do TA de ratos, oferecendo perspectivas promissoras para futuras utilizações clínicas. References 1. Chan BP, Amann C, Yaroslavsky AN, Title C, Smink D, Zarins B, et al. Photochemical repair of Achilles tendon rupture in a rat model. J Surg Res. 2005;124(2):274-9. 2. Sardenberg T, Swain-Muller S, Zauhy-Garms L, Miduati FB. Efeito tardio e imediato da sutura em tendão extrassinovial íntegro: estudo biomecânico em ratos. Revista Brasileira de Ortopedia 2011;46(3):305-08. 3. Longo UG, Ronga M, Maffulli N. Acute ruptures of the achilles tendon. Sports Med Arthrosc. 2009;17(2):127-38. 4. Majewski M, Widmer KH, Steinbruck K. [Achilles tendon ruptures: 25 year's experience in sport-orthopedic treatment]. Sportverletz Sportschaden. 2002;16(4):167-73. 5. Scutt N, Rolf CG, Scutt A. Tissue specific characteristics of cells isolated from human and rat tendons and ligaments. J Orthop Surg Res. 2008;3:32. 6. Sunitha Raja V, Munirathnam Naidu E. Platelet-rich fibrin: evolution of a second-generation platelet concentrate. Indian J Dent Res. 2008;19(1):42-6. 06/08/2015 14:45-15:15 GOLDEN HALL SALA 03 TEMA LIVRE VI PADRAO TL016 - ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE BAILARINOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE TRAUMATOLOGIA ESPORTIVA ANA PAULA SIMOES DA SILVA; AIRES DUARTE JUNIOR; RODRIGO DE ARAÚJO ROBERTO; ANA CECILIA BELZARENA GENOVESE; JOAO PARIS BUARQUE HOLLANDA; MARCOS VAZ LIMA SANTA CASA DE SP, SP, SP, BRASIL. Resumo: A dança é uma atividade que exige horas de treinamento e esforço físico com realização de movimentos extremos de forma repetitiva, estando associada a um aumento na incidência e prevalência de lesões osteo-musculo-ligamentares. Objetivo: Coletar e analisar dados nos prontuários dos pacientes, dançarinos de ballet, que compareceram voluntariamente a um ambulatório de Traumatologia Esportiva no período de setembro 2006 a maio de 2014, e descrever os tipos de lesões, suas características e sua distribuição nessa população. Métodos: Aplicação de um questionário contendo informações sobre o tempo de prática, frequência de atividade, existência de dor ou lesão em alguma região do corpo decorrente da prática do Ballet, além de fatores que pioram ou atenuam a dor. Resultados: Após análise estatística, observouse que a maioria dos bailarinos (as) foi do sexo feminino (81,8%), com idade menor ou igual a 18 anos (72,7%) e que treina mais de 5h/dia (81,8%). O tempo médio no esporte foi de 7,5 anos (DP = 5,4 anos) e a queixa mais frequente foi de dor nos membros inferiores (72%). Apenas a queixa de dor nos membros superiores apresentou associação com a maior idade (> 18 anos) dos bailarinos (as) (p=0,006), as demais características não apresentaram associação estatisticamente significativa com os locais de diagnóstico (p>0,05). Conclusão: Apesar da literatura mundial sugerir um maior número de lesões decorrente de 5h ou mais de treino diário, nosso estudo não demonstrou essa associação como estatisticamente significativa (p>0,05). TL017 - FREQUÊNCIA DE ESPONDILÓLISE E LOMBALGIA CRÔNICA EM JOVENS JOGADORES DE FUTEBOL PEDRO BACHES JORGE; FLAVIO FERNANDES BRYK; ROBERT MEVES; OSMAR AVANZI SANTA CASA DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Objetivo: Demonstrar a segurança da prática do futebol para adolescentes em relação às lesões crônicas da coluna lombar, em especial a espondilólise. Métodos: Cinquenta e quatro jovens jogadores realizaram a avaliação da pré-temporada. Os atletas foram submetidos a radiografias da coluna lombossacra. Jogadores com queixa de lombalgia crônica seriam submetidos posteriormente a exames mais específicos. Resultados: Apenas um atleta tinha queixa de lombalgia crônica. Neste caso, a radiografia evidenciou espondilólise bilateral de L5 com listese grau I (1,85% de nossa casuística). Conclusão: O futebol de campo mostrou ser um esporte bastante seguro quanto ao risco de desenvolvimento de lesões crônicas da coluna lombossacra. No entanto a real incidência da espondilólise nesses atletas não foi determinada, porque apenas radiografias simples foram utilizadas neste estudo. TL018 - EPIDEMIOLOGIA DAS LESÕES NO ESPORTE UNIVERSITÁRIO DO BRASIL – ESTUDO TRANSVERSAL TIAGO LAZZARETTI FERNANDES1; ANDRÉ MARANGONI ASPERTI2; ANDRE PEDRINELLI1; ARNALDO JOSE HERNANDEZ1; IGOR MAIA MARINHO2 1.IOT - FMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.FMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Introdução: Apesar do grande número de lesões observadas no esporte universitário do Brasil, não há dados científicos sobre a epidemiologia de tais eventos. Com o objetivo de desenvolver estratégias de prevenção de lesões nessa população, esse estudo coletou informações sobre as lesões esportivas em faculdades renomadas do Brasil. Métodos: 396 atletas (241 homens e 155 mulheres) participaram de um estudo transversal que coletou informações sobre as exposições as lesões em 15 modalidades esportivas comumente praticadas em faculdades do Brasil. Os participantes preencheram o questionário do Sistema de Vigilância de Lesões da Associação Atlética Universitária Americana no final da temporada de 2013. Lesões em jogos e em treinos que necessitaram de atendimento médico e resultaram no afastamento do atleta por pelo menos 1 dia da prática esportiva foram incluídas no estudo. Uma exposição-atleta (E-As) foi definida como 1 atleta participando em um treino ou jogo. Resultados: Na soma de todos os esportes, as lesões em jogos (13.13 lesões por 1000 E-As) foram significamente maior do que em treinos (4.47 lesões por 1000 E-As). Em jogos, o mecanismo de lesão mais comum foi contato com outro jogador (53%) e em treinos foi sem contato (54%). Mais de 50% de todas as lesões em treinos e em jogos ocorreram nos membros inferiores, sendo a torção de tornozelo a lesão mais comum representando 18% de todas as lesões. Observou-se também uma alta incidência de lesões do ligamento cruzado anterior do joelho (0.16 lesões por 1000 E-As). O rugby e o judô tiveram as maiores taxas de lesões em jogos (42.42 lesões por 1000 E-As) e em treinos (13.47 lesões por 1000 E-As), respectivamente, enquanto que o atletismo e a natação tiveram as menores taxas em jogos (3.97 lesões por 1000 E-As) e em treinos (0.81 lesões por 1000 E-As), respectivamente. Conclusão: Os atletas universitários brasileiros apresentam maior risco de sofrerem lesões de membros inferiores sem contato, como torção de tornozelo e lesão do ligamento cruzado anterior do joelho, quando comparados com populações semelhantes dos Estados Unidos. Para que sejam efetivos, os programas de prevenção de lesões que venham a ser estabelecidos no futuro nos atletas universitários brasileiros devem focar suas ações nesses tipos de lesão. Palavras chave: lesões esportivas; epidemiologia; prevenção de lesões 07/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 01 TEMA LIVRE VII PADRAO TL019 - PREVALÊNCIA DE DOR NO OMBRO EM PRATICANTES DE JIU-JITSU EWERTON BORGES DE SOUZA LIMA; PAULO SANTORO BELANGERO; BENNO EJNISMAN ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIFESP, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: OBJETIVO: Analisar a prevalência e as características das dores na articulação glenoumeral de praticantes de Jiu-jitsu e identificar fatores associados. MATERIAL E MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal com avaliação dos ombros de 33 atletas masculinos, maiores de 30 anos, praticantes de Jiu-Jitsu há mais de 10 anos, com graduação de faixa-preta ou superior. Foi aplicado um questionário (ASES) para mensuração da dor e funcionalidade do ombro, além de anamnese e exames físicos ortopédicos para avaliação do arco de movimento e integridade dessa articulação. As variáveis analisadas foram: idade, peso, altura, anos de prática, horas/semana de prática, escore ASES, outras práticas esportivas, lesões pregressas, uso de anabolizantes, arco de movimento e testes ortopédico para ombro. RESULTADOS: Na média, a idade dos atletas foi de 34,7 anos; peso de 83,8 kg; altura de 1,77 m; IMC de 26,55 kg/m2, sendo 10 eutróficos, 17 com sobrepeso e 6 obesos; tempo de treino de 14 anos; horas/semana de prática de 10 horas; escore ASES de 79/100, sendo 33,3% considerados sem comprometimento funcional, 48,5% com comprometimento leve e 18,2% com comprometimento moderado. Dos atletas, 91,1% são destros e 72,7% dos atletas praticam outra atividade física, com destaque para a musculação (54,5%) e outras artes marciais (18,2%). O uso de anabolizantes foi referido por 15,2% dos atletas e de suplementos nutricionais por 36,4%. Dor no ombro foi a segunda queixa mais prevalente (51,5%), atrás apenas de dores no joelho (69,7%). A goniometria revelou que 54,5% dos atletas apresentou algum comprometimento do arco de movimento do ombro em pelo menos um eixo. Houve comprometimento dos movimentos de elevação (30,3%), rotação lateral (39,4%), rotação medial (18,2%), rotação lateral com abdução de 90º (9,1%) e rotação medial com abdução de 90º (9,1%). Ao exame físico, as manobras foram positivas em 51,5% para o teste de apreensão, 42,4% O’brien, 39,4% Patte, 36,4% Gerber, 30,3% Hawkins-Kennedy, 30,3% Yocum, 27,3% teste do sulco, 24,2% Neer, 21,2% Jobe, 12,1% gaveta anterior, 9,1% Yergason, 6,1% gaveta posterior e 6,1% Speed. Dos atletas, 75,8% apresentou algum teste positivo, sendo que o número médio de testes positivos foi de 3,4 por atleta. Idade, peso, altura, IMC, anos de prática e horas/semana de treino não apresentaram relação com o score ASES. Já o uso de anabolizantes e de suplementos nutricionais associou-se com menos dor no ombro e melhor funcionalidade dessa articulação. CONCLUSÃO: Nosso estudo caracterizou uma amostra de praticantes de Jiu-jitsu e verificou que a prevalência de dores no ombro é elevada nesse grupo, com comprometimento do arco de movimento (destaque para rotação lateral e medial) e positividade em testes ortopédicos (em especial apreensão, O’brien, Patte, Gerber, Hawking-Kennedy e Yocum). O uso de anabolizantes e de suplementos nutricionais associou-se com menos dor e melhor função do ombro. TL020 - RELAÇÃO ENTRE O TESTE DA DISTÂNCIA DO FABERE E O ÂNGULOALFA RADIOGRÁFICO EM PACIENTES COM IMPACTO FÊMORO-ACETABULAR CHRISTIANO A. C. TRINDADE1; KAREN K BRIGGS2; KIYOKAZU FUKUI3; MARC J PHILIPPON2 1.INSTITUTO VITA, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.STEADMAN PHILIPPON RESEARCH INSTITUTE, VAIL, ESTADOS UNIDOS; 3.KANAZAWA UNIVERSITY, KANAZAWA, JAPAO. Resumo: O teste de FABERE (flexão, abdução e rotação externa) é um exame clínico utilizado para triagem de pacientes com dor na região sacroilíaca e patologias articulares do quadril. O teste da distância do FABERE(TDF) tem sido usado como um teste diagnóstico para o impacto fêmoro-acetabular (IFA) do tipo CAME. O objetivo deste estudo foi determinar a correlação entre o TDF e o IFA do tipo CAME . Métodos: Um registro de dados prospectivo foi consultado retrospectivamente para pacientes com IFA unilateral, exame físico completo e artroscopia do quadril entre 2007 e 2014. O teste é realizado na posição supina com a perna flexionada e o calcanhar da perna afetada no joelho contra-lateral, logo acima da patela. A distância entre o epicôndilo femoral lateral do joelho para a mesa de exame foi medido enquanto a pelve é estabilizada. Um teste positivo foi definido como uma diferença superior a 3 centímetros entre os lados. Radiografias cross-table foram obtidos em cada quadril afetado eo ângulo alpha medido. Pacientes com sintomas bilaterais, cirurgia bilateral, ou ângulos alfa bilaterais de mais de 55 graus foram excluídos. Resultados: 648 pacientes preencheram os critérios de inclusão. A idade média foi de 36,1 (variação 18-71). O ângulo alfa médio foi de 69,8 (intervalo 30-110) e a diferença de distância média do FABERE foi de 5,9 (intervalo de 11 a 26) centímetros. Ângulo alfa foi positivamente correlacionada com o TDF (r = 0,292, p <0,01). O ângulo alfa em pacientes com TDFpositivo foi de 72,4 (DP = 12) em comparação com 64,6 (DP = 11) em doentes com TDF negativo (p = 0,001). A distância do FABERE apresentou um valor preditivo positivo de 93% [95% Cl: 91% a 95%]. Discussão: Este estudo apresenta uma variação do teste FABER clássico; neste grupo de pacientes, um paciente com um teste positivo é três vezes mais propensos a ter um ângulo alpha maior do que 55 graus. IFA é reconhecido como uma fonte de dor no quadril em atletas e pode potencialmente levar a uma queda no desempenho. O IFA tipo CAME é detectado em esportes como futebol, hóquei, patinação e dança. Uma teoria provável para o aumento do ângulo alfa nestes jovens atletas seria repetido trauma na placa de crescimento durante a execução de movimentos considerados "de risco". Programas de triagem simples, usando o TDF e outros exames, poderiam ser aplicados em jovens atletas para detectar morfologias anormais do quadril em uma fase pré-clínica do IFA, sem expor os pacientes com testes negativos para exames de imagem desnecessários, evitando doses de radiação acumuladas e gastos com outros exames, como ressonância magnética. Os pacientes com testes positivos poderia seguir programas de prevenção, evitando posições "perigosas", como agachamento ou ainda movimentos extremos em seus respectivos esportes. Conclusão:Este estudo demonstrou que o TDF está associado ao ângulo alfa. O uso do TDF em programas de triagem pode predizer ângulos alfa mais elevadas, sem a utilização de exames caros e desnecessários. TL021 - SÍNDROME COMPARTIMENTAL CRÔNICA ANA PAULA SIMÕES; ANA CLAUDIA ONUE; AIRES DUARTE JUNIOR; MARCOS VAZ LIMA; ADRIANO BARROS DE AGUIAR LEONARDI SANTA CASA DE SP, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Trabalho publicado no projeto diretrizes da AMB sob os moldes e regras de perguntas e respostas com significância literária. Síndrome do compartimento é definida com aumento da pressão intersticial em um compartimento osteofascial que resulta em um comprometimento microvascular. De acordo com a causa e duração dos sintomas pode ser dividida em crônica e aguda. A síndrome compartimental aguda é causada geralmente por trauma ou compressão muscular prolongada e tem fisiopatologia e tratamento bem estabelecidos. Já a síndrome compartimental crônica (SCC) é incomum, pouco diagnosticada e sem fisiopatologia definida, surgindo geralmente por esforço físico elevado, atingindo principalmente atletas. Durante a atividade física o volume muscular pode aumentar até 20%. Dependendo das características de complacência da fáscia que recobre um compartimento, pode se observar um maior ou menor aumento da pressão intracompartimental. Outros fatores que podem levar a aumento da pressão são a hipertrofia muscular em resposta ao exercício, os fatores dinâmicos da contração muscular durante o ciclo da marcha, além do uso de esteróides anabolizantes. Ocorre com mais frequência nos membros inferiores, sendo o compartimento anterior da perna o mais acometido, sobretudo em atletas corredores de longas distâncias e militares. Já no membro superior, é mais comum no compartimento volar, sendo encontrada em atletas de remo ou motocross. O paciente típico com SCC é o corredor profissional, entre 20 a 30 anos de idade, que descreve uma dor e uma sensação de aperto que começa de 20 a 30 minutos de esforço físico e que desaparece dentro de 15 a 30 minutos após o término da atividade. Ao exame físico, pode estar presente parestesia ou discreto edema no local comprometido, além de sensibilidade sobre o compartimento afetado ou hérnias musculares palpáveis através de defeitos profundos na fáscia. O diagnóstico diferencial deve ser feito com periostite, encarceramento do nervo fibular, tendinite do tendão tibial posterior, fratura de estresse na tíbia, aprisionamento da artéria poplítea e claudicação intermitente. Nessa fase é importante o uso de métodos de imagem para excluir tais diagnósticos, como a tomografia computadorizada em caso de perisostite e ressonância nuclear magnética para diagnóstico de fraturas por estresse. O tratamento geralmente é cirúrgico, com retorno às atividades em baixa intensidade entre 2 a 3 semanas de pós operatório. 07/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 02 TEMA LIVRE VIII PADRAO TL022 - AVALIAÇÃO DA MATRIX EXTRACELULAR DO TENDÃO SUPRAESPINHAL DE RATOS SUBMETIDO A LESÃO LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA ALMEIDA FMABC, SANTO ANDRE, SP, BRASIL. Resumo: Objetivo O objetivo desse trabalho foi avaliar a evolução das lesões do músculo supra-espinal, por análises imunohistoquímicas e anátomopatológicas, em modelo animal ( ratos Wistar). MÉTODO Vinte e cinco ratos da raça wistar,foram submetidos a lesão completa do tendão supra-espinal ,posteriormente foram sacrificados em grupos de cinco animais nos seguintes períodos: imediatamente após a lesão , 24hs após a lesão,48hs após a lesão,30 dias após e 3 meses após a lesão.Todos os grupos foram submetidos às análises histológicas e imunohistoquímicas(IHQ). RESULTADOS Em relação a proliferação vascular observamos diferença estatitisticamente significante entre os grupos 1 e 2 e quanto ao surgimento de infiltrado inflamatório observamos também uma diferença estatisticamente significante entre os grupos 1 e 2. A analise imunohistoquimica demonstrou que a expressão do VEGF apresentou uma diferença entre os grupos 1 e 2 estatisticamente significante, a avaliação do Colageno tipo 1 demostrou uma diferença entre os grupos 1 e 4 tambem estatisticamente significante. Conclusão Observamos no trabalho alterações de componentes da matriz extracelular compatíveis com remodelamento e cicatrização, o remodelamento é mais intenso 24 horas pós lesão. O VEGF e Col-1 estão aumentados significativamente respectivamente nos períodos 24hs e 4 semanas. TL023 - INJEÇÃO DE ENXERTO AUTÓGENO DE MEDULA ÓSSEA CONCENTRADA (BMC) PARA TRATAR A 1 OU 2 DE NÍVEIS SINTOMÁTICOS DE DISCOS LOMBARES DEGENERADOS. UM ESTUDO CONTROLADO, PROSPECTIVO, COM UM MÍNIMO DE 24 MESES DE ACOMPANHAMENTO. MARCOS VAZ DE LIMA; FERNANDO TECHY; KENNETH A. PETTINE SANTA CASA DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL; ; . Resumo: O objetivo deste estudo é comparar os resultados clínicos e radiográficos de injeção de concentrado da medula óssea com células-tronco (BMC) em um ou dois discos intervertebrais degenerados, bem como analisar a eficácia geral e segurança do procedimento. A cirurgia para tratamento da dor lombar continua a ser um tema controverso. A taxa de sucesso varia de 50-70% na maioria das séries quando um disco é, presumivelmente, a causa da dor. Recentemente, o interesse aumentou em injetar células-tronco para o disco como uma forma minimamente invasiva para tratar a dor nas costas discogênica. Este é um estudo caso-controle prospectivo que compara os resultados da injeção de BMC em um ou dois discos. 26 pacientes foram tratados com enxerto autógeno BMC. Eles foram divididos em dois grupos de acordo com o número de discos degenerados. 13 pacientes foram injetados em um nível e 13 pacientes em dois níveis. A avaliação incluiu o Oswestry Disability Index (ODI), escala visual analógica (VAS), exame físico e de ressonância magnética. Os pacientes foram acompanhados prospectivamente em seis semanas, três meses, seis meses, 12 meses e 24 meses. Cerca de 1 ml de BMC foi analisada quanto ao teor de células nucleadas totais (TNC), unidade de formação de colónias de fibroblastos (CFU-M) de frequência, potencial de diferenciação, e fenótipo caracterização. A comparação dos resultados clínicos e radiográficos entre o nível 1 e do grupo de injeção de nível 2 foi realizado. Resultados: Não houve complicações associadas ao aspirado asa do ilíaco ou injeção disco. Os pacientes de nível único teve uma ODI média pré-tratamento de 56,5, o que melhorou para 26,2 em doze meses e de 11 a 24 meses (p <0,0001). O pré-tratamento VAS média de 78,5, o que melhorou para 31,4 em doze meses e de 13,9 a 24 meses (p <0,0001). Os pacientes de dois níveis teve uma ODI de prétratamento de 55,5, o que melhorou para 22,7 em doze meses e de 16,2 a 24 meses (p <0,0001). O pré-tratamento VAS média de 79,4 e melhorada para 33,0 em doze meses e 22 aos 24 meses (p <0,0001). Não houve diferença estatística ou clínica quando se compara a melhora entre os grupos de injeção de 1 ou 2 está empatado em 1 ou 2 anos de follow up. Radiograficamente, 40% dos pacientes de cada grupo melhorou um nível na escala Pfirrmann. Cinco dos 26 (19%) pacientes foram satisfeitos os critérios para reinjeção em seis meses por não ter melhora superior a 25% nos sintomas. Cinco pacientes optaram por ter cirurgia feita no prazo FU dois anos. A injeção de autógeno BMC é igualmente eficaz no tratamento da dor lombar discogênica em discos degenerados um ou dois níveis na coluna lombar. Ambos os grupos apresentaram melhora estatística e clínica significativa da dor. Aos 12 anos e 24 meses de acompanhamento, a injeção de concentrado de medula óssea para o disco intervertebral parece ser um tratamento eficaz e seguro para a dor lombar discogênica, mesmo quando mais de um disco é degenerado. TL024 - FRATURA DE ESTRESSE SEGMENTÁRIA NA TÍBIA EM CORREDORA RECREACIONAL ALEXANDRE DE PAIVA LUCIANO FAC. MEDICINA DE TAUBATÉ-SP., TAUBATE, SP, BRASIL. Resumo: Os primeiros passos para se reduzirem lesões, como a fratura de estresse no esporte, é conhecer e aprofundar o estudo da natureza e a extensão dessa patologia. A seguir, apresentamos um relato de caso de fratura de estresse segmentar da tíbia, considerado raro na literatura consultada. Descrição do quadro clínico: trata-se de paciente de 40 anos, feminino, que iniciou seguimento médico por dores incaracterísticas na perna direita, concentradas principalmente em região proximal do joelho e do tornozelo direitos, durante a prática de corrida de rua de 10km havia um mês. Após investigação clínica e por meio de exames complementares, diagnosticou-se fratura de estresse segmentar da tíbia. 07/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 03 TEMA LIVRE IX PADRAO TL025 - CROSSFIT NO BRASIL: O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PRATICANTE JAN SPREY; PEDRO JORGE BACHES; MARCOS VAZ LIMA; AIRES DUARTE JUNIOR SANTA CASA DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil, o histórico esportivo, a rotina de treinos e a presença de lesões do praticante da nova modalidade esportiva chamada “Crossfit”. Este estudo observacional será realizado no Grupo de Trauma do Esporte do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São Paulo. O material de observação consistirá de cerca de 700 praticantes desta modalidade em academias de Crossfit no Brasil. Os participantes serão submetidos a um questionário de múltipla escolha online e receberão por intermédio dos donos do ginásios e academias especializadas em Crossfit. Consideraremos como critério de inclusão os praticantes desta modalidade que treinam em academias especializadas e responderam completamente o questionário proposto. Como critério de exclusão, consideraremos pacientes que treinam em academias não especializadas ou por conta própria, questionários incompletos e pacientes que se recusarem a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. TL026 - IMPACTO DO ESPORTE NA SAÚDE DE EX-JOGADORES PROFISSIONAIS DE FUTEBOL NO BRASIL GUSTAVO GONÇALVES ARLIANI; DIEGO COSTA ASTUR; PAULO SCHMITH LARA; BENNO EJNISMAN; JOÃO PAULO PONTES GONÇALVES; MOISES COHEN UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/UNIFESP, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Introdução: O elevado número de praticantes e a grande importância dos aspectos sociais e econômicos relacionados ao futebol, associadas a falta de estudos na literatura sobre o assunto tornam de extrema relevância a avaliação da condição atual dos ex-jogadores profissionais aposentados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal onde fizeram parte 100 ex-jogadores de futebol profissional do Brasil do sexo masculino. Para a caracterização clínica da amostra foram avaliadas diversas variáveis como idade, peso atual e no período de atleta profissional, altura, IMC (Índice de Massa Corporal), posição em que atuava. Em todas as análises foi levada em consideração um p<0.05. Resultados: No grupo de ex-jogadores avaliados, 78% apresentaram sobrepeso e 4% foram considerados obesos. Durante suas carreiras profissionais, 54% dos ex-jogadores de futebol realizaram infiltrações de medicamentos no joelho. Em relação a dor nos joelhos, os exatletas apresentaram uma média de 5,4 pontos na EVA, sendo que 97% dos ex-jogadores queixavam-se de dor no joelho. Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram que estes indivíduos apresentaram grande ganho de peso após aposentadoria, número elevado de infiltrações de medicamentos no joelho durante a carreira e dor crônica nesta articulação após término da carreira. TL027 - ANÁLISE DOS SERVIÇOS MÉDICOS PRESTADOS NA COPA DO MUNDO DA FIFA 2014 NO BRASIL GUSTAVO GONÇALVES ARLIANI1; ANDRE PEDRINELLI2; BENNO EJNISMAN1; JIRI DVORAK3; MOISES COHEN1 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/UNIFESP, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL; 3.FIFA, ZURIQUE, SUICA. Resumo: Introdução: A Copa do Mundo é um dos maiores e mais populares eventos esportivos do mundo. Antes da Copa do Mundo, cerca de 10 mil profissionais de saúde foram capacitados para atuar durante a competição. Além da estrutura montada para atender o público, foram criados também planos de contingência para acidentes com múltiplas vítimas e para acidentes com produtos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares.Uma análise detalhada das causas de atendimento que ocorreram na Copa do Mundo da FIFA é necessária, de modo que as causas destes atendimentos sejam melhor compreendidas e novas estratégias possam ser desenvolvidas para prevenção. Esta avaliação padronizada oferece também uma oportunidade para acompanhar as alterações de longo prazo na freqüência e circunstâncias destes atendimentos. O objetivo deste estudo foi detalhar as atividades médicas e mostrar as principais causas de atendimento médico durante os jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo descritivo onde foram recolhidos os dados de pacientes que passaram por atendimento médico em todos os dias de jogos e analisados os fatores relacionados a estes atendimentos.Todos os dados foram coletados durante os 64 jogos da Copa do Mundo da FIFA de 2014 em 12 cidades diferentes.A partir dos dados colhidos foi realizada estatística descritiva das variáveis envolvidas para caracterização da amostra. Resultados: O número total de espectadores nos 64 jogos da competição foi de 3.443.335 espectadores e a média de público por jogo foi de 53.802 espectadores. A taxa de acomodação local no torneio foi de 91,9 %.O número total de atendimentos realizados durante os 64 jogos no Brasil foi 6.222 atendimentos, com média de 97,2 atendimentos por jogo. O número total de remoções de pacientes dos estádios com ambulâncias foi de 167 remoções, com média de 2,6 remoções por jogo. A taxa de atendimento de pacientes durante o torneio foi 1,82. Já a taxa de remoção hospitalar de pacientes foi 0,05. O número total de pacientes transportados para o hospital foi de 167 (2,7% do total).As principais causas de atendimento durante os jogos da Copa do Mundo foram neurologia/cefaléia, problemas gastrointestinais e traumas. Já a principal causa de remoção hospitalar foi trauma. A relação atendimentos/público da segunda fase de 2,2‰ pessoas (DP = 0,9) foi maior do a média da primeira fase (1,7‰ pessoas). Conclusão: Uma análise detalhada dos dados epidemiológicos relacionados a parte médica da Copa do Mundo da FIFA foi realizada com sucesso. Estas informações são fundamentais no desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e na realização de planejamentos de assistência médica em grandes eventos. Os resultados deste estudo também oferecem uma oportunidade para acompanhamento de alterações a longo prazo na freqüência e circunstâncias dos atendimentos em torneios futuros. 08/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 01 TEMA LIVRE X PADRAO TL028 - ESTUDO DAS LESÕES ORTOPÉDICAS EM GOLEIROS DE FUTEBOL PROFISSIONAL. FERNANDO ZANATTA GONÇALVES; RAFAEL ALMEIDA MACIEL; MARCUS RODRIGUES BARBOSA; GUSTAVO GONÇALVES ARLIANI; BENNO EJNISMAN; MOISES COHEN UNIFESP, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Objetivo: O objetivo principal foi realizar uma avaliação epidemiológica das lesões ortopédicas em goleiros de um clube de futebol profissional através do exame físico ortopédico e funcional. Material e Métodos: Avaliação de 13 goleiros de um time masculino de futebol profissional do estado de São Paulo das categorias de base até o professional. Concentramos nossa avaliação no exame físico completo do ombro, força muscular, relatando, também todas lesões apresentadas pelos atletas. Resultados: Durante a avaliação do ombro encontramos um exame físico sem alterações em sua inspeção, palpação, amplitude de movimentos, testes de impacto e do manguito rotador. Durante avaliação da instabilidade glenoumeral a única alteração foi a presença do teste do sulco positivo em 19,5% dos atletas, porém sem sintomatologia. A força muscular foi graduada em M5, sem queixas relacionadas. Foram relatadas lesões em extremidades inferiores em 59,1% contra 27,3% em extremidades superiores; um relato de lesão em coluna e dois em face e crânio. Conclusões: Ao investigar goleiros de futebol se esperava encontrar um maior número de lesões em extremidades superiores, principalmente nos ombros, porém os membros inferiores foram os mais acometidos. Todos os ombros avaliados não apresentaram quaisquer limitações funcionais. A presença do teste do sulco positivo não apresentou qualquer sintomatologia functional. Existe uma grande quantidade de lesões não reportadas pelos proprios jogadores. Ha necessidade de um maior número de atletas para sedimentar os dados estatísticos. TL029 - PUBALGIA EM ATLETAS: REVISÃO DE CASOS RECALCITRANTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO CIRÚRGICO. ALESSANDRO NUNES CAVALCANTE; HENRIQUE ANTÔNIO BERWANGER DE AMORIM CABRITA; FÁBIO PEROZINI; RICARDO DA FONSECA DE SOUZA MARQUES; CHRISTIANO A. C. TRINDADE; RAFAEL DEMURA LEAL; HENRIQUE DE MELO CAMPOS GURGEL INSTITUTO VITA, SAO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: RESUMO A pubalgia caracteriza-se por um quadro álgico comum que pode encurtar a carreira de muitos atletas por ter como características o tratamento difícil e de tempo prolongado. Embora não haja ainda um consenso, vários mecanismos têm sido sugeridos na tentativa de explicar o desenvolvimento da pubalgia, assim como há divergência no tratamento desta enfermidade. O objetivo deste artigo é trazer um estudo longitudinal retrospectivo com análises clínicas dos atletas com pubalgia, submetidos a tratamento cirúrgico específico após insucesso clínico com a avaliação dos seus resultados. Métodos: 46 pacientes, todos do sexo masculino, atletas profissionais de diferentes modalidades, foram submetidos à liberação da fáscia do reto abdominal, tenotomia bilteral dos músculos adutores e microperfurações dos ramos púbicos, com seguimento que variou de 24 a 134 meses (média de 78,1 meses). Resultados: 45 pacientes tiveram melhora considerável da dor (97,8% de satisfação) e apenas um manifestou insatisfação com o resultado pós-cirúrgico (2,2% de insatisfação). 82,6% dos pacientes retornaram à atividade física no nível pré-lesão durante todo o primeiro ano, e entre estes, 65,8% mantiveram, em longo prazo, alto grau de atividade física regular, ou mesmo em nível competitivo. A taxa de complicação pós-operatória foi de 10,8%, todas de caráter transitório. TL030 - MEDICAÇÕES E SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS PRESCRITOS PARA OS ATLETAS DURANTE AS COPAS DO MUNDO FIFA FUTSAL 2000, 2004, 2008 E 2012 ANDRE PEDRINELLI1; LEANDRO EJNISMAN1; LORENZO FAGOTTI1; JOSE RICARDO NEGREIROS1; ARNALDO JOSE HERNANDEZ1; JIRI DVORAK2; ASTRID JUNGE2; PHILIPPE TSCHOLL2 1.INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (IOT-, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.FIFA MEDICAL ASSESSMENT AND RESEARCH CENTER (F-MARC), SCHULTHESS CLINIC, FÉDÉRATION INTERNATIONALE, ZURICH, SUICA. Resumo: Introdução: A função do médico de um time de futebol envolve o cuidado da saúde do atleta como um todo, e não apenas o tratamento de lesões. Estudos prévios demostraram altas taxas de uso de medicação, especialmente anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), em atletas de futebol de campo. O futsal é uma modalidade esportiva em crescimento franco. Entretanto, o uso de medicações por estes atletas não é conhecido. O objetivo deste estudo é avaliar as prescrições de medicações e suplementos nutricionais para jogadores de alto nível durante as Copas do Mundo da FIFA (Fédération Internationale de Football Association) Futsal 2000, 2004, 2008 e 2012. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo sobre o uso de medicações em atletas do sexo masculino durante as quatro últimas edições das Copas do Mundo FIFA de Futsal. Foram disponibilizados aos investigadores formulários utilizados no controle antidoping da FIFA, que são regularmente preenchidos pelos médicos das equipes participantes do torneio. Cada médico deve documentar minuciosamente toda e qualquer medicação ou suplemento nutricional administrado ao jogador nas 72 horas antes do início de cada jogo. Foram analisadas as seguintes medicações: anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), analgésicos, corticóides e anestésicos injetáveis, relaxantes musculares, agentes respiratórios, suplementos nutricionais, medicações para o trato gastrintestinal, antimicrobianos e psicotrópicos. O número de medicações por tipo, por jogo, por jogador e por torneio também foi discriminado. Os dados foram coletados a partir desses formulários e analisados para comparar o total e os tipos de substâncias prescritas a cada competição. Resultados: Foram incluídos neste estudo 1064 jogadores, de 76 seleções que participaram de 188 jogos durante as quatro edições do torneio. O total de medicações prescritas foi de 4237, com média de 1059 medicações por torneio. Em 9 times (11,84%) todos os jogadores da equipe apresentaram prescrição de pelo menos um medicamento em todos os jogos de um campeonato. Em 27 (35,53%) times todos os jogadores da equipe estavam utilizando suplementos em todos os jogos de um campeonato. Em 4 (5,26%) times, nenhum atleta utilizou nenhuma substância em qualquer jogo do campeonato. Um total de 1742 AINHs foram prescritos para 486 (45,67%) jogadores. A segunda classe de medicações mais prescritas foi a de analgésicos, que foram consumidos por 189 (17,76%) jogadores. Considerando todos os jogos, encontrou-se uma média de 0.80 medicações por jogador por jogo. Se incluirmos os suplementos alimentares, este valor aumenta para 2,41 substâncias por jogador por jogo. Conclusão: A prescrição de AINHs e suplementos dietéticos para jogadores de futsal em Copas do Mundo é alta. Cabe ao médico do time prescrever medicações aos seus atletas com embasamento científico; assim como desencorajar o uso indiscriminado de medicamentos e suplementos. 08/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 02 TEMA LIVRE XI PADRAO TL031 - LESÃO ISOLADA UNILATERAL DO LIGAMENTO ALAR EM ATLETAS : RELATO CASO LUIZ HENRIQUE BORASCHI VIEIRA RIBAS1; CARLOS TUCCI2; BRENO SCHOR1 1.INSTITUTO VITA, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.PUC-CAMPINAS E INSTITUTO VITA, CAMPINAS / SÃO PAULO, SP, BRASIL. Resumo: Luiz Henrique Boraschi Vieira Ribas a , * , Carlos Tucci a,b , Breno Schor a a Ortopedia e Traumatologia, Instituto Vita, São Paulo, SP, Brasil b Coordenador do Grupo de Coluna da PUC-Campinas, Campinas, SP, Brasil *Autor para correspondência. E-mail: [email protected] Introdução: A lesão do ligamento alar é uma patologia extremamente rara no cenário médico, geralmente associado a luxação atlanto-axial, fratura condilar ou pós operatório de fixação de instabilidade rotacional. Na literatura mundial existem apenas 4 relatos desta patologia (7 pacientes), sendo que, apenas um adulto e este, associado a trauma de alta energia (acidente automobilístico); descrição em atletas não há, pricipalmente os de alto rendimento. Objetivo: Reportar o caso inédito associado a revisão bibliográfica acerca do tema. Discussão: O caso se trata de um atleta do judô profissional de alto rendimento, masculino, com 20 anos de idade, que durante torneio oficial sofreu trauma em hiperflexão cervical associado a carga axial e rotação cervical a direita. No evento do trauma continuou competindo e apenas 2 meses após a lesão referiu desconforto cervical muscular profundo, sem déficits (sensitivo ou motor). Realizou investigação com exames de imagem com radiografias (inicialmente normais – primeira avaliação), tomografia computadorizada e ressonância magnética. Na tomografia presença de assimetria da distância odontóide-C1 no corte axial, sem sinais de fratura e mantendo a congruência C1-C2. O exame de ressonância ponderado em T2 identificou lesão - avulsão do ligamento alar do processo odontóide e discreto edema local nos cortes coronal e sagital, respectivamente. A média de idade dos pacientes com esta lesão foi de 14 anos (5 – 21 anos), os mecanismos de trauma foram: acidente automobilístico (50%), queda altura (25%), trauma em hiperflexão (12,5%) e hiperflexão associado a carga axial e rotação (12,5%). Todos pacinetes apresentavam dor cervical de intensidade variada (100%) e restrição movimento (50%). O tratamento adotado foi o não cirúrgico (conservador), através de medicações analgésicas (100% casos) e imobilização com colar cervical (87,5%), excetuando-se o caso descrito, que apresentava caráter crônico (2 meses) e a literatura casos agudos. No seguimento foi realizada avaliação clínico-funcional (após 3 meses da lesão) sem necessidade de novos exames complementares. Conclusão: A lesão isolada unilateral do ligamento alar é rara e deve ser diagnóstico diferencial de fratura (C1- C2 e/ou odontóide), fratura - luxação C1C2, disjunção crânio-vertebral. A tomografia e a ressonância determinam o diagnóstico e o tratamento preconizado na literatura é o colar cervical rígido. Além da necessidade da criação e adoção de protocolos para trauma de coluna nos atletas de judô. TL032 - ATLETAS DE JUDÔ: A ESCALA DE BORG PREDIZ RESULTADOS? RODRIGO OTAVIO DIAS DE ARAUJO; ADRYANO RIBAS DE MEIRA; ANA LUIZA CERQUEIRA ARAUJO; LUCIANO RAMOS ROMANELLI; NELSON BAISI CERQUEIRA; ROGERIO AUGUSTO ALVES NUNES HOSPITAL PHD, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL. Resumo: Introdução A escala de Borg criada pelo fisiologista Gunnar Borg, foi desenvolvida, originalmente para quantificar o grau de esforço físico de forma subjetiva, baseado na percepção do próprio atleta durante o exercício. Inicialmente descrita com uma pontuação variando entre 6 e 20, atualmente, é utilizada na forma modificada com escores entre 0 e 10. Essa escala permite uma correlação entre a intensidade dos sintomas e a intensidade do esforço. Método Avaliamos 60 atletas da modalidade de judô do Minas Tênis Clube durante uma competição oficial no ano de 2013, 33 do sexo feminino e 27 atletas do sexo masculino. Os parâmetros utilizados nesse estudo foram, o sexo, idade, categoria, tempo de luta, numero de lutas por atleta, desempenho e escala de Borg. Resultados A duração das lutas oscilou entre 15 segundos e 10 minutos, com tempo médio de 3 minutos e 52 segundos. A idade média dos atletas foi de 21,86 (14 a 31 anos) sendo de 22,96 para os homens e de 20,96 para as mulheres. O tempo médio de luta dos homens foi de 03:35:18 e das mulheres de 04:07:24. Discussão e Conclusão A idade dos atletas não representou diferenças na intensidade de esforço relatada. O percentual de vitoria foi de 70% para aqueles que se encontram entre os graus 7-10 de BORG e de 65,78% para os graus inferiores a 7. Quando avaliamos as diferenças entre mulheres e homens, encontramos semelhanças. As mulheres num total de 33 apresentaram uma média BORG de 5,18 contra uma média masculina de 5,85, representando um esforço maior para os participantes, das lutas masculinas. As vitorias foram mais frequentes entre os homens, num total de 70,3%, contra 63,6% do sexo feminino. Apesar dos valores próximos, parece pouco prudente afirmarmos que o maior percentual de vitorias do sexo masculino, deve-se ao maior esforço relatado por estes atletas, porém, se existe alguma diferença dentre os dados coletados, estes são os únicos que poderiam determinar algum tipo de influência da intensidade de esforço no desempenho dos atletas. A correlação entre o esforço relatado pelo atleta e seu desempenho, não encontrou em nosso estudo valores predominantes relacionados ao desempenho do atleta. TL033 - FRATURA ISOLADA DO PROCESSO TRANSVERSO DE VÉRTEBRA LOMBAR EM JOGADOR DE FUTEBOL PROFISSIONAL: RELATO DE DOIS CASOS E REVISÃO DA LITERATURA MARCOS VAZ LIMA1; MAURO OLÍVIO MARTINELLI1; GABRIEL ABDO PECCHIA1; RODRIGO LASMAR2; AIRES DUARTE JUNIOR1; PEDRO JORGE BACHES1; FLAVIO BRYK1; JOSE LUIZ RUNCO2 1.SANTA CASA DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL. Resumo: Dentre as lesões da coluna vertebral nos atletas, os distúrbios crônicos da região lombar são os mais comuns, sendo que, de acordo com a modalidade a prevalência de lombalgia pode chegar a 86%.1-3 A associação entre a prática esportiva e um maior risco de desenvolvimento de lesões na coluna está estabelecida na literatura, especificamente presente em esportes de impacto e movimentos repetitivos de flexoextensão, rotação e com carga axial.3-5 As lesões traumáticas no tronco decorrentes do futebol são ainda mais raras. Em 320 jogos das últimas 5 Copas da FIFA corresponderam a apenas 7,2% da totalidade das lesões.6 Em 2 anos e 6030 casos da Premier League (Liga Inglesa de Futebol) 6% dos casos tinham o mesmo padrão.7 A fratura isolada do processo transverso (FIPT) da coluna lombar é extremamente rara e decorrente de tração da musculatura que se insere na região, e normalmente muito dolorosa e incapacitante.8 Diante da baixa ocorrência da FIPT na coluna lombar, o objetivo deste estudo é apresentar dois casos deste tipo de lesão ocorridas em jogadores profissionais durante uma partida de futebol de campo, assim como apresentar e discutir o mecanismo de lesão apresentado e possíveis fatores intrínsecos que causariam esse tipo de fratura. 08/08/2015 09:00-09:30 GOLDEN HALL SALA 03 TEMA LIVRE XII PADRAO TL034 - PREVALÊNCIA ESPECÍFICA POR ESPORTE DAS LESÕES CONDRAIS NO QUADRIL DE ATLETAS PROFISSIONAIS E RECREACIONAIS CHRISTIANO A. C. TRINDADE1; DANIELA MAGLIONE2; KAREN K BRIGGS3; MARC J PHILIPPON3 1.INSTITUTO VITA, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.SAN DONATO MILANESE, MILÃO, ITALIA; 3.STEADMAN PHILIPPON RESEARCH INSTITUTE, VAIL, ESTADOS UNIDOS. Resumo: Objetivo: Determinar a prevalência de defeitos condrais em uma população ativa da atletas recreativos e profissionais que foram submetidos à artroscopia do quadril por impacto fêmoro-acetabular (IFA). Métodos: Série consecutiva de 1037 atletas(769 recreacionais / amadores e 268 profissionais) com o diagnóstico de IFA que passaram por artroscopia do quadril. Os pacientes tinham entre 18 a 50 anos. Os critérios de exclusão foram: espaço articular igual ou inferior a 2 mm, pacientes com idade superior a 50 anos e os indivíduos inativos. Os diferentes esportes foram categorizados. Resultados: Os atletas profissionais são significativamente mais jovens que os recreacionais( 28a vs 34a respectivamente; p = 0,001); defeitos condrais foram observadas em 822 de 1.037 quadris. Entre os atletas profissionais, 86% tinham um defeito condral e entre os recreativos 77%. (p = 0,002). Defeitos com grau III / IV foram observados em 479 de 1.037 quadris. Nos profissionais, 50% tinham defeitos grau III / IV e 45% em amadores (p = 0,155). Para defeitos Grau IV, microfratura foi feito em 50 quadris de 268 profissionais e em 114 quadris de 769 atletas recreacionais. (P = 0,139). A prevalência de defeitos condrais é diferente por esporte tanto para amadores (p = <0,001) quanto para atletas profissionais (p = 0,001). Diferenças significativas entre atletas profissionais e recreativas foram vistos no hóquei, esportes de rotação e em esportes de corrida. Além disso, houve diferença significativa na prevalência de defeitos de grau III / IV em relação a esportes realizados por atletas profissionais (p = 0,005). Discussão: Lesões condrais do quadril em atletas profissionais causam dor e piora do seu desempenho e pode até levar a osteoartrite secundária. . As lesões condrais aparecem nos atletas profissionais e recreativas com prevalência diferente entre os esportes. Diferenças significativas entre atletas profissionais e amadores foi visto no hóquei, esportes de rotação e em esportes de corrida. Estes dados confirmam que a maioria dos atletas profissionais e recreacionais com o diagnóstico de IFA no momento da artroscopia apresentam algum grau de defeito condral. Curiosamente, há proporcionalmente menos atletas de corrida profissionais com lesões condrais, quando comparadas com os recreacionais. Quando consideramos as lesões de grau III / IV, a prevalência é diferente por esporte apenas para os atletas profissionais. Alguns esportes, como futebol, futebol americano, hóquei, estão em maior risco de defeitos mais graves, porque eles são considerados esportes de colisão. Conclusões: Defeitos condrais no quadril são comuns em atletas com IFA. Hóquei no gelo profissional e esportes de rotação tiveram riscos significativamente mais elevados de lesão condral quando comparados com os jogadores amadores. Por outro lado, corredores recreacionais ter mais risco do que os profissionais. Alguns esportes profissionais têm maior risco de defeitos maiores. TL035 - HÁ ASSOCIAÇÃO ENTRE OS ÂNGULOS TOMOGRÁFICOS DO IMPACTO FÊMORO-ACETABULAR E LESÕES HISTOLÓGICAS DO LÁBIO ACETABULAR ? UM ESTUDO INÉDITO EM CADÁVERES LEANDRO EJNISMAN1; BENJAMIN G DOMB2; FELIPE SOUZA1; HELDER DE SOUZA MIYAHARA1; HENRIQUE DE MELO CAMPOS GURGEL1; JOSE RICARDO NEGREIROS1; CONSUELO JUNQUEIRA RODRIGUES1; ALBERTO TESCONI CROCI1 1.IOT HCFMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.AMERICAN HIP INSTITUTE, CHICAGO, ESTADOS UNIDOS. Resumo: Introdução: O impacto fêmoro-acetabular (IFA) é considerado importante causa de dor do quadril no atleta. O IFA pode levar a lesão do lábio acetabular, fator inicial num processo degenerativo que pode evoluir para artrose do quadril. Apesar destes conceitos serem bem estabelecidos na literatura, há uma escassez de artigos de ciência básica estudando a relação do IFA e a lesão labral. O objetivo deste estudo foi investigar se existe associação entre achados da tomografia computadorizada (TC) em cadáveres e lesões do lábio acetabular avaliadas histologicamente. Métodos: Foram realizadas TCs de bacia de 20 cadáveres não formolizados. Ângulos habituais relacionados ao IFA foram mensurados por um radiologista. O cadáver foi considerado portador de IFA tipo came quando apresentou um ângulo alfa maior que 50o. Os cadáveres foram considerados portadores de IFA tipo pincer quando apresentavam um ângulo centro-borda maior que 40o, ou um ângulo de Tonnis menor que 0o, ou versão acetabular menor que 0o. Os cadáveres, foram então dissecados, e uma avaliação macroscópica de possíveis lesões labrais foi realizada. O acetábulo foi ressecado, e 3 fragmentos foram obtidos da peça correspondendo a porção anterior, superior e posterior do rebordo acetabular. Após preparo histológico habitual, lesões labrais foram avaliadas por um patologista. Quando presente, a lesão foi classificada segundo Seldes . Resultados: A média de idade dos espécimes foi 50,2 anos + 7,4. Foram estudados 13 homens e 7 mulheres. Dezesseis (80%) dos cadáveres eram came positivo. Oito (40%) cadáveres foram considerados pincer positivo. Mulheres apresentaram maior proporção de IFA tipo pincer (21,4% dos homens eram pincer vs. 83,3% das mulheres, p=0,01). Seis (30%) apresentaram pincer e came sendo considerados IFA tipo misto. Macroscopicamente, 10 (50%) dos acetábulos apresentaram lesão labral. Histologicamente, 16 (80%) dos espécimes apresentaram lesão macroscópica em pelos menos um fragmento. Ao dividirmos as regiões: os fragmentos anteriores apresentaram lesão labral em 65% dos casos, fragmentos superiores 50%, e fragmentos posteriores em 25%. Segundo Seldes, 60,7% das lesões eram tipo I, 28,6% eram tipo II, e 10,7% eram mistos. Pacientes com lesão labral apresentaram um ângulo alfa maior (53,29o vs 49,33o, p=0,01). Alterações tipo pincer não apresentaram associação com presença de lesões labrais (p>0,05). Não foi encontrada associação entre pincer ou came e a classificação da lesão labral segundo Seldes (p>0,05) Discussão/Conclusão: Há controvérsia na literatura quanto ao valor de corte do ângulo alfa normal. Este estudo sugere que ângulos maiores que 50o podem causar lesão labral, portanto este valor deve ser utilizado como parâmetro para classificar o paciente como portador de IFA tipo came. Nenhuma associação foi encontrada entre tipo de IFA e tipo de lesão labral segundo Seldes, achado que questiona o valor desta classificação histológica. TL036 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO IMPACTO FÊMORO-ACETABULAR PELOS CIRURGIÕES ORTOPÉDICOS – ANÁLISE DAS RESPOSTAS BRASILEIRAS NO ESTUDO INTERNACIONAL IN-FOCUS LEANDRO EJNISMAN1; ANDRE PEDRINELLI1; JOSE RICARDO NEGREIROS1; HELDER DE SOUZA MIYAHARA1; ALBERTO TESCONI CROCI1; MOIN KHAN2; OLUFEMI R AYENI2; MOHIT BHANDARI2 1.IOT HCFMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.MCMASTER UNIVERSITY, HAMILTON, CANADA. Resumo: Introdução: O impacto fêmoro-acetabular (IFA) é uma causa comum de dor no quadril do jovem. A literatura é incerta quanto ao diagnóstico, tratamento inicial, indicações cirúrgicas e avaliação de resultados clínicos no IFA. Frente a este panorama o grupo de estudo IN-FOCUS (International Femoroacetabular Impingement Optimal Care Update Survey) foi criado com o propósito de obter respostas de participantes ao redor do mundo sobre quem são os ortopedistas que tratam o IFA, e quais suas percepções desta afecção. Neste estudo, temos o objetivo de relatar as respostas dos brasileiros participantes deste questionário. Métodos: Um questionário foi desenvolvido e pré-testado para certificação de sua validade. Através de consultas com especialistas, e revisão de questionários já existentes; as perguntas foram avaliadas quanto a sua compreensão pelo ortopedista. A pesquisa foi então enviada por email para sociedades ortopédicas e de medicina do esporte ao redor do mundo, incluindo os membros da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). O e-mail foi reenviado duas vezes para aumentar a taxa de resposta. A resposta ao questionário foi realizada por meio de um site de pesquisas. O questionário constava de 46 perguntas, sendo que em algumas o entrevistado marcava apenas uma opção como resposta, e em outras quantas opções quisesse. Resultados: A pesquisa foi respondida por 900 ortopedistas ao redor do mundo, sendo 253 brasileiros (28,1%). Destes brasileiros 34,3% apresentavam menos de 10 anos de prática profissional, enquanto 38,6% possuiam mais de 20 anos. Quanto a sub-especialidade 35,5% eram cirurgiões de trauma,; 34,7% faziam artroplastia e 33,1% trabalhavam com medicina esportiva. O treinamento em tratamento do IFA foi obtido em: cursos (84,1%), visita a especialistas (39,7%) treinamento na residencia (25,4%) e fellowship (14,3%). Na história clínica os cirurgiões consideraram a dor durante a rotação do quadril como achado mais importante (81,8%) seguido por dor inguinal (50,7%). Com relação ao exame físico, o achado considerado mais importante foi o sinal do impacto anterior (88,2% dos ortopedistas), seguido pelo sinal do C (33,5%). Na confirmação diagnóstica 75,9% utilizam a ressonância magnética, enquanto 35,0% utilizam apenas a radiografia. Dos cirurgiões brasileiros, 76,9% diagnosticam entre 1 e 30 casos de IFA por ano, 7,98% diagnosticaram acima de 50 casos e 6,30% não diagnosticaram nenhum caso. Dentre os entrevistados, 51 (21,5%) realizam artroscopia de quadril; e 59 (25,1%) realizam cirurgia aberta para correção do IFA. Após o diagnóstico 86,2% dos ortopedistas iniciam o tratamento com fisioterapia. A principal indicação cirúrgica foi a falha do tratamento conservador (72,4% dos médicos). Conclusões: Ortopedistas brasileiros tratando IFA são um grupo heterogêneo. A diversidade das respostas obtidas nesta pesquisa demonstra a necessidade de melhor padronização no diagnóstico e tratamento do IFA no Brasil e no mundo.