COMENTÁRIOS EQUIPE INSTITUTO ANÁLISE
- A divisão no PSB é parte importante da disputa política;
- A oposição interna dos irmãos Gomes, Ciro e Cid, à eventual candidatura de
Eduardo Campos atrapalha muito as ambições do Governador de Pernambuco;
- É uma crença muito enraizada no mundo político de que o partido precisa
estar unido sempre que lança uma candidatura a um cargo majoritário;
- A desunião do PSB é um sinal importante para aqueles que, pertencentes a
outros partidos, vinham estudando a possibilidade de caminhar com Eduardo
Campos: eles têm agora um motivo forte para recuar em sua intenção inicial de
seguir com esta candidatura de terceira via;
- É impossível controlar os irmãos Gomes. Ou seja, não há muito que Eduardo
Campos possa fazer para neutralizá-los. Lula foi o grande vencedor neste
episódio;
- Outra novidade que tem a ver com a disputa política são as denúncias que
recaem sobre Gabriel Chalita;
- Isso tem a ver com a sucessão em São Paulo;
- Chalita pode vir a ser o candidato do PMDB apoiado pelo PT. As denúncias
são, no mínimo, um recado para Chalita. Algo do tipo: “se você quiser ser
candidato outras coisas poderão aparecer”;
- Geraldo Alckmin, habilmente, veio a público apoiar o antigo auxiliar e fiel
escudeiro. Mais um recado claro: “não seja candidato que tudo ficará bem com
você”;
- É previsível que conflitos tais como estes, dentro do PSB e denúncias contra
figuras que ensaiam disputar cargos importantes, venham a continuar ocorrendo
em 2013.
GOVERNO DILMA
Eduardo Campos diz que Ciro Gomes não fala pelo PSB
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos,
evitou comentar diretamente as críticas do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), que
no fim de semana atacou o socialista, o tucano Aécio Neves e a ex-verde
Marina Silva. Ciro não poupou os pré-candidatos à sucessão presidencial.
Como não esconde que é favorável à reeleição de Dilma Rousseff, a presidente
foi a única a não ser criticada. Ele, entretanto, ressaltou que Ciro não fala pelo
PSB.
Ciro disse que nenhum dos três concorrentes tem condição de disputar as
eleições de 2014, porque não têm proposta nem visão para o Brasil. Ele
afirmou, ainda, que os três não têm estrada, em entrevista concedida à rádio
Verdes Mares, do Ceará.
Nesta segunda-feira, após participar de um encontro promovido pela revista
Carta Capital, em Recife, Eduardo Campos se manifestou:
- Discordo da opinião dele, essa não é a opinião do partido. Essa é a opinião de
Ciro, não a do parido. Respeito o direito dele ter a sua opinião, mas discordo do
que ele disse e não vou polemizar com ele. O partido é democrático. Todas as
pessoas tem direito ao debate. Mas sobre o que o partido deve fazer e deixar de
fazer, deve ser travado no tempo certo e na instância certa, que é quem decide.
Campos, que já vinha condenando as discussões entre PSDB e PT, pedindo
para que se acabe com "velhas rinhas políticas", voltou a insistir no mesmo
ponto, só que agora se dirigindo para dentro do próprio partido.
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Alckmin defende Chalita e diz ter 'confiança absoluta' em ex-tucano
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu o deputado
Gabriel Chalita (PMDB) - que foi seu secretário de Educação de abril de 2002 a
março de 2006 - das acusações de enriquecimento ilícito e fraudes em recursos
públicos.
O analista de sistemas Roberto Grobman afirmou, em depoimento ao Ministério
Público, que Chalita cobrava propina de 25% dos empresários que fechavam
contratos com o governo durante sua gestão na pasta. Ele disse também que o
deputado comprou um apartamento de aproximadamente R$ 4,5 milhões com o
dinheiro desviado de um convênio entre o Ministério da Educação, o Banco
Interamericano de Desenvolvimento e o governo paulista.
Alckmin disse que confia em seu ex-secretário, que classificou como "uma
pessoa correta".
"Tenho absoluta confiança (em Chalita), uma pessoa correta, séria e tem
espírito publico. Confio no Chalita e confio no Ministério Público, que vai apurar
e esclarecer", afirmou Alckmin, ontem de manhã.
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PSD deve apoiar reeleição de Dilma, mas quer rediscutir espaço após 2014
O PSD vai condicionar sua entrada no governo da presidente Dilma Rousseff a
uma espécie de "cláusula de revisão" para ser avaliada após a reeleição da
presidente Dilma Rousseff.
O partido já decidiu aderir ao governo e avalia que Dilma, de olho na montagem
de sua coalizão para a reeleição, lhe oferecerá um espaço no governo como
forma de assegurar a legenda ao seu lado na campanha. São cogitadas a
Secretaria de Aviação Civil, a Secretaria Especial de Micro e Pequenas
Empresas e uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal.
Só que o receio no PSD é o de que, uma vez reeleita, Dilma mantenha após sua
eventual vitória esse mesmo espaço, que o partido avalia desproporcional ao
seu tamanho atual e muito mais desproporcional em relação ao tamanho com
que espera sair das urnas em 2014. Por isso, nas negociações, o presidente
nacional da legenda, Gilberto Kassab, quer deixar claro que aceitará o posto
indicado e apoiará a candidatura da presidente, mas que tudo precisará ser
revisto após a eleição.
"Somos um partido de médio para grande e não teremos acesso agora a
nenhum ministério do nosso porte. Sempre após uma reeleição há uma
tendência de manter espaços partidários. Não queremos um casamento eterno.
Queremos que ele dure esse primeiro mandato e seja rediscutido depois", disse
o secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz.
O PSD começa nesta semana a ouvir oficialmente a posição dos diretório
regionais sobre a forma de adesão ao governo. Haverá uma reunião da
Executiva nacional. Trata-se apenas de uma formalidade, já que a opção pela
adesão já está tomada. "O partido está pronto para apoiar Dilma. Essas
reuniões serão mais para referendar uma decisão já tomada do que para decidir
isso", afirmou Saulo Queiroz.
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'Vamos apresentar um projeto para 20 anos', diz Aécio
Terminou em clima e com discurso de campanha o seminário que o PSDB
promoveu ontem, em Belo Horizonte, com FHC e o senador Aécio Neves
(PSDB-MG).
O tucano, que tem sido econômico nas menções a uma possível candidatura à
Presidência em 2014, deixou o auditório de um hotel na capital mineira dizendo
que vai apresentar "um projeto para os próximos 20 anos do Brasil".
"O PT optou por comemorar seus dez anos no governo olhando pelo retrovisor.
Nós vamos apresentar um projeto para os próximos 20 anos do Brasil",
declarou, cercado por militantes aos gritos de "Aécio Presidente", com bandeiras
nas mãos e camisas do PSDB.
Na semana passada o mineiro criticou o que chamou de "antecipação da
campanha" presidencial, após o evento de comemoração dos 10 anos do PT no
poder em que o ex-presidente Lula lançou Dilma Rousseff à reeleição.
O mineiro disse ainda que seria portador de "novas ideias". Antes do início do
evento, FHC havia reafirmado à imprensa sua predileção pela candidatura de
Aécio. "Temos que sacudir o país. Acho que é o momento de uma renovação.
Até mesmo do estilo de falar, do estilo de pessoa".
No fim do ato, questionado por um militante se haveria risco de Aécio perder a
vaga na disputa à Presidência, a exemplo do que houve em 2010, quando o
mineiro abdicou e abriu espaço para José Serra, FHC usou uma metáfora.
"No fim do tropicalismo, eles tinham apenas uma palavra de ordem. Eles diziam:
'vocês fracassaram, deixem o espaço para nós'. Quero que vocês digam outra
coisa: digam 'chegou a nossa hora.'"
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FHC afirma que presidente é 'ingrata'
Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, em entrevista antes do seminário
tucano realizado em Belo Horizonte, que a presidente Dilma Rousseff "é ingrata
e cospe no prato em que comeu". O ex-presidente deu a declaração ao lado do
senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à disputa do Palácio do Planalto
em 2014.
O ataque de FHC é uma resposta ao discurso de Dilma feito na semana
passada, no evento de comemoração, em São Paulo, dos dez anos de governo
petista no País. Na ocasião, além de ter sua reeleição lançada pelo antecessor
e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente afirmou que os
petistas não receberam herança alguma das gestões tucanas. "Nós
construímos", disse Dilma à militância.
A condução da economia do País vem ditando o debate entre os pré-candidatos
à Presidência. No mesmo dia da festa petista em São Paulo, Aécio discursou na
tribuna do Senado e exaltou a gestão econômica do correligionário FHC, cujo
governo foi de 1995 a 2002. Enquanto tucanos dizem ser os responsáveis pelas
bases macroeconômicas ainda em vigor, petistas afirmam ter mudado os rumos
do desenvolvimento do País, chamado os adversários de neoliberais.
Na entrevista de ontem, FHC afirmou que o PT fez "uma usurpação" do projeto
tucano.
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Fux avisa que manterá decisão sobre vetos
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai manter, amanhã, a
sua posição de que os vetos presidenciais às leis aprovadas pelo Congresso
devem ser votados em ordem cronológica e analisados previamente à
legislação dos royalties do petróleo.
"Eu, particularmente, tenho uma posição exteriorizada que vou levar ao plenário
[do STF] para que avalie, que é a manutenção da regra constitucional que
estabelece que os vetos devem ser votados cronologicamente", afirmou Fux.
Na sessão de amanhã, os demais integrantes da Corte vão julgar a liminar que
foi concedida por Fux, em 17 de dezembro. Nela, Fux atendeu a um pedido feito
pelo deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) em mandado de segurança e
determinou a votação em ordem cronológica de mais de 3 mil vetos
presidenciais a leis aprovadas pelo Congresso. No entendimento do ministro, a
votação cronológica seria necessária para, depois, o Legislativo apreciar o veto
à legislação dos royalties, que é contestada pelos parlamentares do Rio.
Segundo ele, é isso o que diz "a letra da Constituição".
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Presidente da Câmara diz que quer votar esta semana fim de salários
extras de deputados
O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse
nesta segunda-feira que quer votar nesta semana o projeto de decreto
legislativo que acaba com os 14º e o 15º salários dos deputados. O fim deste
privilégio já foi aprovado, em 2012, no Senado, faltando a Câmara. Na gestão
de Marco Maia (PT-RS), à frente da Câmara, nunca houve acordo político para
colocar a proposta em votação. O assunto será discutido entre Henrique Alves e
os líderes, nesta terça-feira.
- Minha intenção é colocar (em votação) esta semana. Vou conversar com os
líderes - disse Henrique Alves.
Henrique Alves negou que o fim do benefício, concedido a cada início e final de
ano, seria compensando por um aumento salarial dos vencimentos. Na verdade,
como o teto do funcionalismo deverá subir assim que o Orçamento da União for
aprovado, em seguida os parlamentares deverão aprovar sua equiparação aos
salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que são o teto
salarial dos funcionalismo federal.
- Não tem nada a ver (uma coisa com a outra) - rebateu Henrique Alves.
O projeto que acaba com os 14º e 15 salários é de autoria da então senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR), hoje ministra da Casa Civil.
O presidente da Câmara disse ainda que quer colocar a reforma política em
votação já em março. Essa é uma bandeira que todos os novos presidentes da
Casa colocam, mas nunca conseguem cumprir. Para Henrique Alves, a Câmara
precisa votar, sem se preocupar com consenso.
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