FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
DO ENSINO
MÉDIO
Áreas de Conhecimento e
Integração Curricular
ETAPA I – CADERNO IV
Introdução
Sobre as disciplinas escolares e a integração curricular
p. 07: “A charge no início deste texto traz em
questão a diferença entre os conhecimentos
sistematizados da ciência e das letras, mais a
experiência de vida do aprendiz. Assim, é
bastante comum entre nós professores
indagarmos: seriam as estruturas lógicas das
disciplinas a melhor forma de promover uma
formação que leve ao desenvolvimento humano
integral dos nossos estudantes?”
Dimensão da Totalidade
p. 09: “(...) como ao longo do tempo os
conhecimentos foram perdendo a dimensão de
totalidade, se fragmentando e se
compartimentalizando em disciplinas e áreas
disciplinares”.
- MITO X CIÊNCIA
- OBJETIVIDADE X SUBJETIVIDADE
Áreas de conhecimento e sua
relação com o currículo
- p. 12: “(...) quanto mais a ciência se
especializou e se diferenciou, maior o número
de novos campos que ela descobriu e
descreveu”.
- NATUREZA x CIÊNCIA
Áreas do Conhecimento
- Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio:
- Linguagens;
- Matemática;
- Ciências da Natureza;
- Ciências Humanas.
- Mas, isso é a mesma coisa que
interdisciplinaridade?
(p. 15 e p. 33)
O ensino integrado: trabalho, ciência,
tecnologia e cultura
- O 1°. sentido da integração: a formação
omnilateral = todas as dimensões da vida
humana.
TRABALHO
a compreensão do trabalho no seu duplo sentido:
a) ontológico, como práxis humana e, então, como a forma pela qual
o homem produz sua própria existência na relação com a natureza e
com os outros homens e, assim, produz conhecimentos;
b) histórico, que no sistema capitalista se transforma em trabalho
assalariado ou fator econômico, forma específica da produção da
existência humana sob o capitalismo; portanto, como categoria
econômica e práxis diretamente produtiva.
(P.21)
CULTURA
- P. 22: (...) chamaremos de cultura o conjunto
dos resultados dessa ação sobre o mundo”.
- CULTURA E CULTURA AFIRMATIVA
(ontológica e histórica)
CIÊNCIA
- P. 22: “(...) representa a forma mais completa
em que se realiza a adaptação do homem à
realidade”.
- CIÊNCIA X NATUREZA
- RAZÃO X MITO
TECNOLOGIA
- A tecnologia se relaciona com a ciência, mas
não é apenas a sua aplicação. Podemos
compreender que a tecnologia é um conjunto de
sistemas, que modifica e cria – assim como a
ciência – alterando a realidade física e social.
Trabalho como princípio educativo
- p. 28: “Se há uma unidade nesta relação – tratase de dimensões da vida social –, ela tem como
ponto de partida a produção da existência
humana que se dá pelo trabalho, uma vez que o
trabalho é mediação concreta entre o homem e
a sua realidade natural e social”.
- p. 30. Como colocar esse princípio em prática?
Pesquisa como princípio pedagógico
- A contextualização é importante, mas pode
trazer alguns riscos:
a) aceitar a realidade previamente;
b) ver de forma linear e determinada a relação
entre a realidade (o cotidiano) e o
conhecimento científico. (p. 34 e 35)
Pesquisa como princípio pedagógico
- O objetivo da pesquisa como princípio
pedagógico é “(...) formar as pessoas para
produzirem novos conhecimentos, compreender
e transformar o mundo em que se vive”. (p. 36)
- É metodológico e é Filosófico!
O projeto curricular e a relação entre os sujeitos e suas
práticas
- O que é específico de sua escola (ou região) e
que pode ser usado para compor e demonstrar
esta identidade?
A PERSONAGEM MALBA TAHAN
No início do século, era bastante difícil de os autores nacionais conseguirem
publicar qualquer coisa.
Mello e Souza resolveu criar uma figura exótica e estrangeira, o Malba Tahan , e
passar como tradutor dos contos e livros desse.
Ao ler os Contos das Mil e Uma Noites, ainda menino, havia apaixonado-se pela
cultura árabe. Partindo desse conhecimento, e melhorando-o com outras leituras e
inclusive curso de árabe, construiu seu personagem. Sua criação era uma rara
figura: nascido em 1885 na Arábia Saudita, já muito moço fora nomeado prefeito
de El Medina pelo emir; depois, foi estudar em Istanbul e Cairo; aos 27 anos, tendo
recebido grande herança do pai, saiu em viagem de aventuras pelo mundo afora:
Rússia, India e Japão. Em cada aventura, Malba Tahan sempre acabava
envolvendo-se com algum engenhoso problema matemático, que resolvia
magistralmente.
O sucesso dessa ideia de Mello e Souza foi imediato e ele acabou escrevendo
dezenas de livros para seu Malba Tahan : A Sombra do Arco-Iris (seu livro
predileto), Lendas do Deserto, Céu de Allah, etc, etc e o muito famoso O Homem
que Calculava ( que além de ter sido traduzido para várias línguas, vendeu mais de
2 milhões de exemplares só no Brasil e está na 42a edição ).
Hoje, o valor pedagógico dessa obra é reconhecido até internacionalmente. Não
menos meritória de aplausos é a criatividade entretenedora dos livros de Mello e
Souza; o grande escritor Jorge Luiz Borges colocava-os entre os mais notáveis
livros da Humanidade.
POESIA MATEMÁTICA
MILLÔR FERNANDES
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos romboides, boca trapezoide,
corpo retangular, seios esferoides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
frequentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.
Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de
Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Emmanuel Vão
Gogo.
- Integração exige romper e superar nossa
própria condição social fragmentada. Ao mesmo
tempo, integração exige o diálogo entre os
professores (pessoas) das diferentes áreas. Ter
curiosidade, respeito e admiração pela área que
você não tem o domínio poderá ser um primeiro
passo.
- Obrigada!
Eloise Medice Colontonio
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arquivo Powerpoint - Observatório do Ensino Médio