RELATÓRIO 2013
“Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as
janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as
janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde nasce a
esperança.”
Thiago de Mello
A. FINALIDADES ESTATUTÁRIAS
As finalidades estatutárias da Associação Beneficente Assistencial Aquarela e a sua caracterização estão em
conformidade com a tipificação dos Centros para Crianças e Adolescentes (CCA), segundo a portaria 46/2010/SMADS. Os
trabalhos sociassistenciais desenvolvidos pela Aquarela estão definidos no Estatuto Social da seguinte maneira:
CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS E ATIVIDADES
Art. 2º. A Aquarela promoverá a defesa e garantia dos direitos das crianças, adolescentes, jovens e famílias em
situação de vulnerabilidade e/ ou risco social, tendo por objetivos institucionais:
I.
A promoção da assistência social gratuita, por meio do atendimento e assessoramento ao seu público-alvo,
consubstanciados em ações sociais, educacionais e de orientação;
II.
O desenvolvimento de programas ou projetos assistenciais, educacionais e culturais em favor de crianças,
adolescentes, jovens e famílias em situação de risco e / ou vulnerabilidade social;
III.
A promoção do acesso de crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social a bens de valor
educacional, cultural ou artístico;
IV.
A articulação e a realização de programas ou projetos assistenciais, educacionais, com ênfase nas áreas de
educação e saúde básicas, incluindo, mas não se limitando, a cuidados com higiene e alimentação, cultura,
assistência, esportes e lazer para crianças, adolescentes, jovens e famílias em situação de risco e/ ou
vulnerabilidade social;
V.
A atuação na implementação e defesa dos direitos de crianças e adolescentes;
VI.
A promoção do trabalho voluntário junto a grupos e comunidades;
VII.
Pesquisas e encontros com comunidades locais para a promoção de debates e discussões sobre suas
demandas particulares e gerais;
VIII.
A articulação de parcerias com entidades de direito público e privado na área de sua atuação;
IX.
O desenvolvimento de programas ou projetos de atendimento a famílias dos beneficiários, especialmente das
crianças, adolescentes e jovens em situação de risco e/ ou vulnerabilidade social, com a finalidade de
minimizar ou solucionar as interferências no seu desenvolvimento físico ou psíquico;
X.
O desenvolvimento de programas ou projetos que permitam a autotransformação das pessoas, resgatando
os valores humanos inerentes a cada uma;
XI.
A realização de atividades de caráter social e educacional relacionadas, direta ou indiretamente, aos seus
objetivos institucionais;
XII.
O desenvolvimento de atividades culturais, lúdicas e cotidianas, por meio da promoção de oficinas
educacionais, permitindo o desenvolvimento social e emocional.
A Associação Beneficente Assistencial Aquarela há 18 anos tem trabalhado com crianças, adolescentes e famílias, da
comunidade Nova Jaguaré, a maior favela em área contínua da cidade de São Paulo, é localizada no Bairro do Jaguaré, zona
oeste da cidade. Considerada uma área de vulnerabilidade, exposta a uma série de riscos sociais. Com a iniciativa de diminuir
e amenizar tais riscos, a entidade procura realizar um trabalho de formação, proporcionando junto às crianças e aos
adolescentes, seus familiares e comunidade um leque de atividades culturais, sociais, recreativas e de lazer que possam levar
informações, socializações, organização grupal, integração intra e intergeracional, com vistas à melhoria e ao exercício da
cidadania e resgate à dignidade.
Desta maneira, a Associação Aquarela pensa uma proposta pedagógica que visa à formação do ser humano, isto é,
ao mesmo tempo em que lhe proporciona um conjunto de vivências por meio das quais se adquire os conhecimentos
necessários à vida social, procura despertar-lhe as crenças de seus próprios valores e autoestima. Também procura combater
falsos valores e despertar nas crianças e adolescentes uma postura de independência ideológica, de visão crítica perante o
mundo, de modo que eles possam atingir suas aspirações mais profundas, tanto individuais quanto sociais.
Assim, objetiva promover um espaço de desenvolvimento das habilidades, estimulando a criatividade, de
aprofundamento do aprendizado, respeitando a especificidade, limitação e potencial de cada indivíduo, procurando efetivar um
espaço de livre expressão, integração e construção coletiva do conhecimento, o que vem de encontro às necessidades da
região, contribuindo para a dinamização das relações entre a população desta faixa etária com seus familiares. Promovendo a
saúde, a cultura e o lazer.
MISSÃO
Contribuir na formação de crianças e adolescentes como sujeitos que exerçam a cidadania de forma plena,
conscientes de seus direitos e deveres.
PRINCÍPIOS
A Associação Beneficente Assistencial Aquarela é comprometida com a transformação do sujeito tendo como valores
o respeito, a solidariedade, a confiança e a ética.
PROPÓSITO
Prestar serviços de educação não formal – sistemática e contínua - a crianças, adolescentes e jovens; em situação de
vulnerabilidade e risco social.
B. Objetivos:

Oferecer proteção social à criança e adolescente de ambos os sexos, em situação de vulnerabilidade e risco, por
meio do desenvolvimento de suas potencialidades, bem como favorecer aquisições para a conquista da autonomia,
do protagonismo e da cidadania, mediante o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários através do
conhecimento das manifestações da cultura brasileira, seus folguedos e sua arte, fortalecendo a convivência,
respeitando seus próprios valores e identidade.

Atender às necessidades de crianças e adolescentes, visando à redução de sua vulnerabilidade social.

Investir no desenvolvimento das potencialidades de crianças e adolescentes, para que usufruam de seus direitos
sociais, ampliando o acesso a esses direitos, e aprendam os deveres inerentes a cidadania.

Desenvolver competências e talentos sociais, potencialidades cognitivas e afetivas, estimulando a atuação,
articulação e reflexão na perspectiva de desenvolvimento da própria comunidade.
C. Origem dos Recursos:
A diversificação de fontes de captação de recursos é o que garante a sustentabilidade financeira da Aquarela. O
desafio de mobilizar a iniciativa privada e os cidadãos é constante e essencial para a concretização do trabalho realizado.
Parcerias sólidas e de longo prazo com empresas e instituições parceiras, são de muito valor, pois com esse apoio e
comprometimento o trabalho é mantido, como segue:

Parceiros da Campanha Nota Fiscal Paulista: STCA Consultoria e Auditoria e Ritz Restaurante

Doadores Pessoa Física: Alex Makray, Funionários ADP, Funcionários Audatex, Gilberto Martins Ferreira,
Hermano Giosa Goes, Hugo Maia de Arruda Pereira Filho, Luisa Félix Garrido, Marcos Bulle Lopes, Maria
Ilydia Quintella, Maria Luisa Melaragno, Marina Moraes Abreu Ferreira e Sergio Moraes Abreu


Doadores Pessoa Jurídica:

Parceiros técnicos, de projetos e de serviços: Itaú Unicef, Instituto Credit Suisse Hedging – Griffo, Instituto
Camargo Correa; CitroCardilli e Ceazza;

Parceiros Fixos:
D. Infraestrutura:
O espaço é composto por dez casas térreas com as seguintes finalidades:
Casa Azul (01)
Sala para atividades socioeducativas à crianças e adolescentes de 12 a 15 anos; com
banheiro.
55 m2
Casa Azul (02)
Biblioteca/sala multi-uso, saleta, banheiro, laboratório de informática.
77m2
Casa Azul (03)
Brinquedoteca, banheiro.
31m2
Casa Amarela (04)
Administração: sala, banheiro, saleta de reunião e saleta de depósito de materiais.
55m2
Casa Amarela (05)
Coordenação pedagógica, banheiro.
42m2
Casa Vermelha (06)
Sala para atividades socioeducativas à crianças e adolescentes de 09 a 11 anos; com
banheiro.
62m2
Casa Vermelha (07) Copa, cozinha, despensa e depósito.
48m2
Casa Vermelha (08) Manutenção.
50m2
Casa 09
Sala para atendimento à família e comunidade.
50m2
Casa Verde (10)
Sala para atividades socioeducativas à crianças e adolescentes de 06 a 08 anos; com
banheiro.
50m2
Quadra
Mini quadra esportiva.
180m2
Espaço Livre
470m2
E. Identificação do Serviço:
A Associação Aquarela presta serviço socioassistencial de forma inteiramente gratuita, respeitando o nível de
complexidade do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, na categoria: Proteção Social Básica, Serviço de Convivência
e Fortalecimento de Vínculos.
1) Público-alvo
Crianças e adolescentes de 06 a 14 anos e 11 meses, em situação de vulnerabilidade e risco social, ou seja, crianças
e adolescentes identificados em situação de trabalho; com fragilidade de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento
social.
2) Capacidade de atendimento
O programa tem capacidade para atender 150 crianças e adolescentes. Fechamos o ano de 2013 com 120 crianças e
adolescentes, como segue:
Masculino
Feminino
Total
Matrícula inicial
74
61
135
Entradas no período
14
19
33
Saídas no período
19
29
48
Matrícula geral
107
109
216
Matrícula final
69
51
120
3) Recursos Financeiros Utilizados:
RECEITAS
Receitas com eventos
Doações Pessoa Jurídica
Nota Fiscal Paulista
Donativos em espécie
Doações Pessoa Física
Projeto Hedging-Griffo
Receitas Financeiras
TOTAL
2%
296.857,91
205.679,00
133.985,35
107.396,40
61.173,00
15.000,00
10.210,95
830.302,61
1%
7%
13%
36%
16%
25%
Receitas com eventos
Doações pessoa jurídica
Nota Fiscal Paulista
Donativos em espécie
Doações pessoa física
Projeto Hedging Griffo
Receitas Financeiras
4% 3% 0% 0%
DESPESAS
Pessoal
476.038,94
Despesas Administrativas 108.468,18
Pedagógico
72.677,08
Serviços de Terceiros
42.300,52
Custos Fixos
51.602,85
Manutenção / Obras
31.612,74
Despesas Diversas
25.035,10
Eventos
1.611,89
Comunicação
1.508,15
TOTAL 810.855,45
6%
5%
9%
59%
14%
Pessoal
Despesas Administrativas
Pedagógico
Serviços de Terceiros
Custos Fixos
Manutenção / Obras
Despesas Diversas
Eventos
Comunicação
4) Recursos Humanos Envolvidos:
Os profissionais são contratados no regime da CLT. A equipe tem a seguinte composição:
Qtde.
Função
Nome
Escolaridade
Vínculo
1
Coordenação Geral
Janete Rios Rocha
Ensino superior – Pedagogia, pós- graduada em
Trabalho Social com Famílias.
CLT – 40 hs/ semana
2
Coordenação Pedagógica
Luiz Antônio de Freitas Barata
Ensino superior – Ciências Sociais
CLT – 36 hs/ semana
3
Assistente Administrativa Financeira
Lourdes Santana Gonçalves de Jesus Ensino superior completo - Letras
CLT – 40 hs/ semana
4
Coordenação Administrativo-Financeira
Raimar Cardoso da Silva *
Ensino superior incompleto
CLT – 40 hs/ semana
5
Assessora de Desenvolvimento Institucional Alessandra Cristine Batista
Ensino superior – Comunicação Social, pósgraduada em Relações Públicas.
RPA – 24 hs/ semana
6
Educadora
Luciana Morotomi Kamata
Ensino superior - História
CLT – 40 hs/ semana
7
Educadora
Luciana Oliveira de Melo
Ensino Superior - Pedagogia
CLT – 40 hs/ semana
8
Educadora
Alessandra Martins da Rocha *
Ensino superior - Pedagogia
CLT – 40 hs/ semana
9
Educadora
Wanderléia da Rocha
Ensino Superior - Pedagogia
CLT – 40 hs/ semana
10
Educador
Tiago Cavalcanti Ferreira *
Ensino Médio Completo e certificação especializada
DRT.
CLT – 40 hs/ semana
11
Agende de leitura/ informática
Camila Karen Freiman Trindade
Ensino Superior Incompleto - História
CLT – 24 hs/ semana
12
Arte educador
Rosana Leci Andrade
Ensino Médio Completo
CLT – 24 hs/ semana
13
Auxiliar de cozinha
Maria Ornelinda de Melo *
Ensino Fundamental Incompleto
CLT – 44 hs/ semana
14
Auxiliar de cozinha
Elineuza Oliveira *
Ensino Fundamental Incompleto
CLT – 44 hs/ semana
15
Auxiliar de limpeza
Zelina Gonçalves de Souza
Ensino Fundamental Incompleto
CLT – 44 hs/ semana
16
Cozinheira
Maria Aparecida de Souza
Ensino Médio Completo
CLT – 40 hs/ semana
17
Encarregado de Manutenção
Francinei Umbelino Soares *
Ensino Médio Completo
CLT – 44 hs/ semana
18
Auxiliar de serviços gerais
Fabio Flor dos Santos
Ensino Médio Completo
CLT – 44 hs/ semana
Obs.: Os profissionais sinalizados com * foram desligados do quadro funcionários em 2013.
Voluntários: 17
Atividade desenvolvida
1
2
3
4
Cadastradores de Nota Fiscal
Oficineiro Capoeira
Participação em evento
Consultoria em projeto
Número
Horas
8
1
4
4
30 hs/ mês
4 hs/ mês
10 hs/ ano
32 hs/ ano
No primeiro semestre/ 2013 iniciamos uma capacitação oferecida pela Fundação Instituto de Administração (FIA) no curso
Gestão para Entidades da Sociedade Civil (GESC). Refletimos sobre nossas FORÇAS, OPORTUNIDADES, FRAQUEZAS E
AMEAÇAS, escrevemos o projeto Fortalecendo Parcerias com a orientação de consultores do GESC e em agosto de 2013,
iniciamos a estruturação da área de Desenvolvimento Institucional, o que melhorou muito nossa atuação no que se refere a
comunicação, voluntariado e captação de recursos.
5) Abrangência Territorial:
O bairro Nova Jaguaré, que ocupa o Morro do Sabão possui cerca de 15 mil pessoas com 4.500 famílias de baixa
renda, em situação de vulnerabilidade e risco social.
Os indicativos de vulnerabilidade muito alta, segundo o IPVS, podem ser observados abaixo:



O rendimento médio dos responsáveis pelo domicílio era de até três salários mínimos.
Os chefes de domicílios apresentavam, em média, 4,2 anos de estudo, 77,2% deles eram alfabetizados e
19,6% completaram o ensino fundamental.
As mulheres chefes de domicílios correspondiam a 30,4%
15. Favela do Areião
16. Favela Alba ou da Linha
17. Área urbanizada da Favela Nova Jaguaré
18. Favela Nova Jaguaré
19. Conjuntos Cingapura
30. Associação Aquarela
31. Favela do Perdigão
3
3
6) Demonstração da forma de participação dos usuários e/ouestratégias que serão utilizadas em todas as etapas do
plano: elaboração, execução, avaliação e monitoramento
6.1- Conceitos norteadores
Numa perspectiva de formação para a vida, nossa metodologia teve como princípios os quatro pilares do relatório de
Jacques Delors: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a conhecer, aprender a fazer, tendo como prioridade o diálogo,
a troca de saberes, a expressão de dúvidas, a resolução de conflitos, a percepção das diferenças. Acreditamos que tendo
como base, a pesquisa sobre a formação do povo brasileiro, poderemos, por meio das manifestações artísticas e do trabalho
socioeducativo acompanhado e orientado, facilitar o entendimento das crianças e adolescentes quanto a sua própria formação
e construção de sua história.
Visamos também propiciar às crianças e adolescentes uma convivência democrática, na qual reconheçam, por meio das
diferenças, a riqueza e a beleza da diversidade cultural que compõe o nosso povo. A importância do serviço fundamenta-se na
necessidade de prestar atendimento socioeducativo de qualidade, propiciando espaço e atividades que contribuam para o
desenvolvimento das crianças e adolescentes por meio da pesquisa, do diálogo, do exercício da convivência democrática, do
estímulo à criação, à produção e à possibilidade de transformação.
Visando o desenvolvimento integral em todas as dimensões da sua vida e valorizando as particularidades e as
experiências de cada um, a programação; dentro do Programa Prazer em Aprender, foi desenvolvida por projetos com temas a
principio proposto pelo educador social, discutidos e aprovados pelas crianças e adolescentes nas Assembleias, respeitando a
faixa etária e o tempo de maturidade de cada um, possibilitando assim a autonomia, que insere a criança e o adolescente
como protagonistas de uma educação ativa e participativa.
O planejamento anual, construído coletivamente pelos profissionais; educador social, arte educador, agente de leitura,
coordenador pedagógico e coordenador geral; integrando as áreas de conhecimento e convivência. As práticas
socioeducativas possibilitaram aprendizagens articuladas contribuindo para o desenvolvimento pessoal e social de crianças e
adolescentes, atualizando e complementando conhecimentos já trazidos por eles de sua vivência familiar e experiência
cultural.
As ações socioeducativas têm como característica principal o exercício da convivência social e da participação na vida
pública. Do ponto de vista da proteção social, sua efetividade depende de todo um conjunto de intervenções que evite
situações de risco, exclusão e vulnerabilidade.
É importante destacar que, em acordo com a Política Nacional de Assistência Social, a família e comunidade também
integram a nossa proposta socioeducativa, sendo a família a unidade de referência para o desenvolvimento do trabalho.
6.2 – Relatório das atividades desenvolvidas em 2013 - Crianças e adolescentes
NOVIDADE... Esta foi a palavra que abriu os trabalhos no ano de 2013 na Aquarela.
Novas pessoas chegando para compor a trilha com suas cores, nova proposta de trabalho; profissionais, crianças e
famílias desvendando o novo, superando obstáculos, conhecendo, aceitando, convivendo e confiando.
O tempo, senhor máximo para a edificação das relações humanas, revelou a importância da busca incessante pela
confiança nesse convívio diário, muitas vezes árido e outras tantas vezes doces, para que pudéssemos juntos, traçar o
caminho e chegarmos ao nosso objetivo: Contribuir para a formação de crianças e adolescentes para que possam exercer sua
cidadania e participarem de sua comunidade.
Cada casa, poeticamente nomeadas por cores, percorreu um caminho distinto para iniciar a busca desse objetivo, no
entanto com a mesma base estruturadora, pois neste momento não poderíamos eleger outra fonte que não fosse à formação
do povo brasileiro, nossa história, nossas conquistas, nossa arte e principalmente nossa alegria.
Casa Verde
Caracterização da turma: 50 crianças na faixa compreendida entre 6 e 9 anos, divididas em dois períodos: manhã e tarde.
Nome do projeto: ‘’Histórias e Memórias’’
Responsável pelo projeto: Luciana de Oliveira Mello
A Casa Verde, grupo composto por 50 crianças entre seis e nove anos, passeou pelas histórias e memórias afetivas a
partir da pesquisa junto à família sobre a sua origem, a história do nascimento das crianças, a partilha de momentos felizes na
apreciação de fotografias, as festas comemorativas, suas tradições, chegando até o reconhecimento da comunidade.
Viver a infância é descobrir possibilidades, experimentar o novo através da conversa, da contação de história, do fazde-conta, das cantigas de roda, das adivinhações, da leitura, da escrita, de muita brincadeira. A palavra cantada em rimas e
versos nos cordéis construídos por eles, reapresentando a dor e a alegria do processo de construção do conhecimento.
Nas artes as tradições populares conduziram o trabalho dessa turma. As danças brasileiras proporcionaram
experiências corporais fundamentais na construção de conhecimento para a faixa etária. Avanços e recuos, marcação rítmica,
velocidade, espacialidade, lateralidade, coreografia, conceitos assimilados com prazer e alegria, permeados pela ludicidade,
andando, saltando, correndo pela ponte entre o real e o imaginário. Muita cor e energia, apresentada na Dança dos Arcos.
Ações socioeducativas
Área: Linguagem verbal
Objetivos propostos:

Observar e explorar a linguagem oral e escrita dentro da comunicação social.

Descobrir e identificar os elementos da escrita.
Conteúdos trabalhados:

Gêneros textuais literários: diários pessoais, crônicas, poemas, relatos de experiências vividas;

Narração de fatos em sequência temporal e casual;

Produção de textos;

Escrita do nome e sobrenome ;


Escrita espontânea;
Ampliação do vocabulário;
Metodologia utilizada:
Promoção de rodas de conversa nas quais relatavam histórias familiares; narraram e descreveram momentos
vivenciados em familia. Durante o proceso foi-se construindo um varal de curiosidades com as crianças a partir da análise de
informações que constam em documentos como: certidão de nascimento e R G., de pesquisas sobre as histórias de seus país,
de onde vieram, quantos são na familia, etc.
Produção de textos e escrita espontânea a partir da pesquisa realizada junto aos pais sobre a escolha do nome do
filho, observação de fotografías e narração e descrição de momentos em família a partir da apreciação de fotos.
A pesquisa junto às famílias trouxe a informação da regionalidade predominante da origem da familia nessa turma.
Assim, a conversa sobre o nordeste ampliou o olhar para os momento de contação de histórias, para as brincadeiras cantadas
e trava-línguas, o que facilitou a construção de rimas e versos para a escrita de cordéis.
Resultados obtidos:
Crianças:

Reconhecendo o próprio nome;

Entendendo e valorizando a sua origem;

Interessados pela própria história;
Área: História
Objetivos propostos:

Valorizar as tradições culturais a fim de conhecer, incorporar e preservar saberes culturais da região;

Identificar os elementos da cultura popular e da tradição, relacionada a construção da memória coletiva;
Conteúdos trabalhados:

Tradições e costumes: modos de ser e viver;

Literatura de cordel;

Cavalo Marinho de Pernambuco;
Metodologia utilizada:
Promoção de rodas de conversas para partilha das pesquisas trazidas pelas crianças ampliou o conhecimento a partir
do que cada um trazia de sua família: músicas, brincadeiras e danças foram apresentadas pelas crianças que puderam
estabelecer semelhanças com as histórias contadas e filmes assistidos.
A música de Luiz Gonzaga foi apreciada e reapresentada poeticamente nos desenhos e na escrita de rimas e versos.
Resultados obtidos:
Crianças:

Ouvindo o outro;

Comparando fatos;
Área: Interação e cidadania
Objetivos propostos:

Possibilitar a integração do grupo, facilitando a expressão de sentimentos, desejos e desconforto;

Valorizar atitudes de cuidado e atenção para com os colegas;
Conteúdos trabalhados:

Solidariedade;

Cooperação;

Amizade;

Respeito;
Metodologia utilizada:
Promoção de rodas de conversa, contação de história e dinâmicas de grupos foram realizadas para que pudessem se
conhecer, mas acima de tudo respeitarem-se. As crianças eram muito agitadas e muitas vezes agressivas com muita
dificuldade em cumprir combinados construídos coletivamente. Então, histórias que falavam de amizade e respeito foram
utilizadas, bem como, brincadeiras e jogos cooperativos.
Resultados obtidos:
Crianças:

Esperando a vez para falar;

Questionando atitudes do colega e repensando a próprias;

Organizando-se melhor nas brincadeiras;

Brincando coletivamente;
Expressão artística
Arte educadora: Rosana Andrade
Área: Movimento/ Dança
Objetivos propostos:

Fomentar o interesse pela compreensão da estrutura corporal, bem como potencializar suas capacidades e avançar
limites;
Conteúdos trabalhados:




Corpo e estrutura física: pés, pernas, bacia, tronco, braços e cabeça;
O corpo no espaço e no tempo - lateralidade, locomoção, planos, direções, velocidade, ritmo, força;
Danças Brasileiras – cacuriá e brincadeiras populares
Dança dos Arcos
Metodologia utilizada:
O maior cuidado com esse módulo foi introduzir a proposta de forma lúdica. A primazia de nossos encontros estava
pautada na brincadeira, no prazer e na descoberta, embora tenha percebido que cada vez mais cedo as crianças estão
assumindo um comportamento adulto. Remando contra a maré, nossos encontros fomentaram a nossa incessável capacidade
de ser criança.
A roda foi sempre o ponto de partida para que pudéssemos conversar e “aquecer/acordar” o corpo, parte por parte,
passando por um processo de percepção mais refinada – musculatura, articulações e vocal – respiração/sons.
Como ponto de partida para a percepção do corpo no tempo e espaço a imagem de animais foi bastante funcional. As
qualidades de bichos, como formiga, lesma, tatu-bola, viraram mote para experimentar diferentes formas de se locomover,
usar a força, a velocidade, os planos; enfim, as experimentações iniciais aconteceram.
As danças brasileiras ofereceram um caminho natural de ensino-aprendizagem. No caso do Cacuriá as cantigas
fizeram as solicitações necessárias para a realização coreográfica. Foi possível, portanto, estruturar pequenas coreografias
coletivas, em que os movimentos executados solicitavam o conteúdo trabalhado, bem como a organização de rodas e
“cordões” pelo espaço, preparando o saber necessário para a Dança dos Arcos: dois cordões realizam manobras
sincronizadas, produzindo um efeito de túnel com as fitas que “voam” pelo espaço. Todavia, pesquisamos a história da dança
assistindo ao vídeo: “Cavalo Marinho Estrela de Ouro” no qual artistas populares realizam o auto em que a Dança dos Arcos
está inserida, o reconhecimento dos instrumentos que compõe a sonoridade das músicas também foram estudadas por meio
de audição das canções, imagens dos instrumentos e da apresentação via documentário do Sr. Nelson da Rabeca, luthier
respeitado, contextualizando a importância do saber tradicional.
As experiências propostas com esse módulo, de modo geral, foram realizadas a contento. Percebi uma resistência
menor, uma capacidade mais ampliada de experimentar, o que sem dúvida facilita os trabalhos. No decorrer do ano foi
possível perceber um caminho, os conteúdos se relacionaram, dando maior segurança, não só para as crianças, mas também
para mim, efetivando de certa forma o fechamento de um ciclo e a preparação para um novo.
Resultados alcançados:
Crianças:





Iniciando o reconhecimento da estrutura corporal e suas potencialidades;
Despertando para a execução de movimentos e sequências coreográficas de forma organizada e clara;
Iniciando um processo de reconhecimento das tradições populares brasileiras;
Reconhecendo a estrutura de começo, meio e fim; a importância dos comandos sincronizados para a realização de
trabalhos coletivos;
Percebendo a importância de se relacionar com respeito e cooperação.
Área: Artes visuais
Objetivos propostos:

Aguçar e desenvolver o senso estético e associá-lo às produções de dança criando uma percepção de integração
entre as linguagens artísticas.
Conteúdos trabalhados:

Arte Naïf Brasileira

O baralho – e quem quiser que conte outra!

Mastro para festa junina;

Obras – a construção de desenhos pessoais e coletivos.
Metodologia utilizada:
A apresentação do baralho “E quem quiser que conte outra” gerou euforia! As imagens de símbolos que remetiam às
histórias tradicionais mexeram com a potencialidade criativa das turmas. Fizemos em princípio a roda história, cada
participante com sua carta, interferindo diretamente na construção e no desfecho da história inventada de forma coletiva. A
partir dessa experiência, propus que cada um deles criasse a sua própria carta, com espaço para trazer à tona as imagens que
mais dialogassem com a própria individualidade que posteriormente alimentariam o coletivo.
A apresentação de objetos simbólicos de tradições juninas como ponto de partida para o entendimento do que é o
Mastro foi bastante relevante. O estandarte, chapéu de vaqueiro e o boizinho encantaram e fomentaram o desejo de criar a
imagem da turma. Fizemos o processo em três etapas: coletivamente decidiram qual seria a imagem; individualmente
desenharam no papel a imagem escolhida e depois realizamos juntos a decisão do que iria para o tecido a partir das criações,
optando pelo caminho de misturar as melhores propostas de TODOS os desenhos.
No que se refere à produção de desenhos, trabalhamos de modo a estruturar mentalmente a prática realizada nas
aulas. Foram estimulados a organizar suas experiências espacialmente, na relação consigo mesmo, com o outro, com a
música, com o público; desembocando na produção de desenhos individuais e coletivos.
Vale bastante a pena ressaltar o resultado obtido a partir do ensaio de confecção do Mastro e proposta da Festa
Junina. A experiência, claramente diferente de outras já vividas, gerou uma grande e importante apropriação da nossa primeira
grande festa. A atmosfera de expectativa das crianças para a “abertura” da festa ficou evidente e fundamentou nossa
insistente proposta de percorrer caminhos da brasilidade.
Resultados alcançados:
Crianças:

Descobrindo a importância da comunicação das imagens;

Relacionando a produção plástica com as tradições populares brasileiras;

Valorizando as próprias produções
Incentivo a leitura
Agente de leitura: Camila Karen Freiman Trindade
Área: Linguagem verbal
Objetivos propostos:

Estimular a leitura, escrita e oralidade por meio de mediação, contação e criação de histórias;

Ampliar o universo cultural utilizando contos, lendas e mitos;
Conteúdos trabalhados:

Gêneros textuais literários: contos, mitos e lendas;

Mediação de leitura;

Contação de histórias;

Personagens;

Literatura de cordel;

Isoporgravura.
Metodologia utilizada:
Durante o ano, o trabalho desenvolvido com as crianças da casa verde foi em torno de criação de personagens e
histórias com começo meio e fim.
Para iniciar o trabalho, conversamos sobre regras de utilização do espaço da biblioteca e forma de manuseio de
livros. Juntamente com a educadora, esse tema foi discutido e levantamos o que se pode ou não fazer no espaço.
Foi feito um estudo dos portadores de textos; realizou-se uma dinâmica de apresentação de livros, em círculo cada
cadeira continha um livro diferente em tamanho, forma e textura. As crianças tinham que, aleatoriamente, sentar e “pesquisar”
o livro que estava em sua cadeira, manuseando-o. Após esse estudo elas apresentaram o livro para o restante do grupo,
contando como era sua forma, cor, tamanho, textura e como o livro contava a história (se tinha letras ou não). No final das
apresentações, as duas turmas chegaram à mesma conclusão: de que a única coisa que todos os livros têm em comum é o
autor, pois todos os livros têm alguém que o escreveu.
Como base para chegarmos ao produto de final de ano, utilizamos diversos contos e lendas com finalidades
específicas, tais como:
- O conto indiano: “A tigela mágica de Priya”, utilizado para introduzir o que seria trabalhado no semestre; de forma
não explicita. Em roda, foi feita a narração do conto e uma ilustração do mesmo foi exposta no centro. Após a contação e
visualização da imagem conversou-se sobre as formas de contar uma história: nesse caso, por meio oral e desenho. Ainda
utilizando desse conto conversou-se rasamente sobre os personagens e suas características.
- O livro: “O Leão e o Camundongo“ de Jerry Pinkney, utilizado para leitura de imagem. O livro é somente ilustrado e
em roda, duplas de crianças, contaram a história da imagem que lia, realizando assim uma leitura coletiva do livro. O desafio
era a história ter um começo, um meio e um fim.
- O livro “Telefone sem fio” de Ilan Brenman e Renato Moriconi, ainda trabalhando a leitura de imagem, fez-se uma
mediação coletiva, reforçando que não é preciso de letras para contar uma história e partindo dessa mediação iniciou-se um
olhar mais focado para os personagens que apareceram nas ilustrações.
- O conto Afro-brasileiro “Como começou o mundo”, trazido pela educadora de referência, cujo objetivo era mostrar
outra forma de narrar uma história, utilizando vozes e gestos corporais, caracterizando cada personagem da história, trazendo
assim, esse estudo mais aprofundado sobre os personagens e como eles aparecem na história.
Após essa introdução, as crianças, em forma de brincadeira, fizeram uma contação livre em grupo ou dupla para o
restante do grupo. Eles escolheram uma história ou um livro e decidiram como contariam; alguns fizeram em forma de teatro,
outros mesclaram a mediação e a contação, com narrador e personagem, uma dupla se utilizou do livro, mas como não
sabiam ler a história, representaram as ilustrações utilizando os movimentos do corpo.
A partir do segundo semestre o trabalho foi desenvolvido focando a construção de um livro de cordel. Para introduzir o
tema utilizei do curta-metragem “A moça que dançou depois de morta” e com elementos do curta conversamos sobre o que é
literatura de cordel e xilogravura. E para explicar como seria a nossa produção, fizemos brincadeiras com rimas utilizando o
nome. Cada criança fez uma rima e a ilustrou.
Todo o desenvolvimento do cordel foi trabalho em grupo de 3 a 5 crianças. Cada grupo criou um personagem,
pensando em todas suas características; a partir dessas características escreveram uma história curta, focando no começo,
meio e fim. Para viabilizar a escrita, os grupos foram separados com pelo menos, um representante que já estava alfabetizado.
Após essa escrita passamos por um processo de rimas, conteúdo desenvolvido com a educadora referência, transformando a
história escrita em um conto rimado.
Com essa parte finalizada foram trabalhadas as ilustrações dessas histórias e por fim, cada criança escolheu um
trecho da história e ilustrou em “isoporgravura”. Houve uma grande participação das famílias em coletar bandejas de isopor
para atividade.
Resultados alcançados:
Crianças:

Utilizando os livros com cuidado;

Participando das contações coletivas;

Organizando as histórias e se preocupando com a sequência;

Respeitando os momentos de mediação;

Realizando trabalho em grupo;

Respeitando as ideias dos colegas;

Auxiliando outros grupos de trabalho nas dificuldades;

Preocupadas com a coerência entre história e ilustração;
Meios de verificação:




Fotografias
Livro de cordel
Relatório feito pela educadora
Placas da xilogravura;
Área: Tecnologia da Informação
Objetivos propostos:

Introduzir o uso de ferramentas digitais;

Possibilitar a utilização de programas básicos e internet.
Conteúdos trabalhados:

Editores de textos

Internet
Metodologia utilizada:
A primeira etapa para a utilização do laboratório de informática foi conversar sobre regras e discussão de
combinados .
Foram trabalhados os ícones das ferramentas, como: qual ícone utiliza-se para acessar a internet, qual o ícone para
escrever texto e qual é o ícone para salvar os textos.
A internet foi utilizada para jogos on line e para visualização de vídeos sobre cordel; observamos sua página inicial, os
ícones e local onde buscar o site desejado.
O Word foi utilizado para a digitalização dos textos produzidos; entendemos como a ferramenta funciona, o que são
os negritos verde e vermelhos, como salva, como apaga e ao digitar desenvolvemos o reconhecimento das letras no teclado.
Resultados alcançados:
Crianças:




Compartilhando equipamento;
Auxiliando os colegas;
Entendendo o básico da ferramenta de edição de texto e internet.
Digitando e salvando seus textos.
Meios de verificação:


Relatório da Educadora
Textos digitalizados
Casa Vermelha
Caracterização da turma: 50 crianças na faixa compreendida entre 9 e 12 anos, divididas em dois períodos: manhã e tarde.
Nome do projeto: Africanidades Brasil
Responsável pelo projeto: Wanderléia Rocha
Casa Vermelha, constituída por crianças entre nove e doze anos, período de ebulição... Nem criança, nem
adolescente. Momentos de transformação do corpo, aprofundamento de aprendizagens cognitivas e relacionais, a convivência
e o reconhecimento de si e do outro, o sentido de grupo, a evidência de que a cultura de um povo é formada durante seu
processo de desenvolvimento por meio de hábitos, costumes, crenças e valores.
Nossa história sendo escrita há muito tempo, ensinamentos passados de pai para filho, as histórias contadas por
nossos avós. O Homem Grande e Sábio, passando seus conhecimentos com firmeza, sensibilidade e amorosidade.
Os cheiros, as cores, os movimentos e os sons, o sangue que pulsa em nossas veias com a mesma intensidade do
som dos atabaques, gonguês e berimbaus, ressignificando nossa história.
África e Brasil, mistura que foi capaz de transformar o individual em grupal, olhar para si, mas também para o outro,
valorizar o fazer coletivo respeitando as diferenças e acionando nossa memória ancestral.
Ações socioeducativas
Área: Linguagem verbal
Objetivos propostos:




Sensibilizar para o habito da leitura;
Estimular o relato oral;
Estimular a criação de texto;
Favorecer o desenvolvimento do pensamento crítico;
Conteúdos trabalhados:



Leitura e escrita
Contação de histórias
Produção de textos
Metodologia utilizada:
O livro: Contos e lendas Afro brasileiras e o texto O Bê-a-ba do Baobá permearam o processo vivido nesse ano.
Muitas palavras novas foram agregadas ao vocabulário cotidiano, fazendo com que o dicionário fosse nosso parceiro nos
momentos de leitura.
A curiosidade e o prazer pela leitura foi despertado, as crianças se interessaram muito pelos livros e suas histórias
ampliavam os momentos de conversa, as discussões e reflexões em roda de conversa sobre o entendimento das leituras
realizadas eram cada vez mais interessantes.
A cada etapa a escrita de pequenos textos sobre o tema proposto sistematizava o conhecimento que adquiriam a
cada história.
Resultados obtidos:
Crianças:




Lendo de forma espontânea, livros, gibis e revistas;
Comentando com os colegas e com a educadora sobre leituras realizadas;
Produzindo pequenos textos respeitando a coerência cronológica;
Colocando opiniões e reflexões sobre o texto lido ou escrito, perante a educadora e o grupo;
Área: História
Objetivos propostos:




Valorizar a contribuição africana na formação da cultura brasileira;
Oportunizar a reflexão da realidade brasileira por meio da permanente presença cultural africana;
Ampliar o conhecimento e estimular a curiosidade e o interesse sobre o tema;
Ampliar e despertar o interesse pelo tema;
Conteúdos trabalhados:


Formação do povo brasileiro a partir da chegada dos portugueses no Brasil (miscigenação, portugueses, índios e
africanos)
Tráfico de africanos para o Brasil
Metodologia utilizada:
Através de localização em mapa, apresentação em PowerPoint com imagens dos principais grupos étnicos africanos
trazidos para o Brasil, a rota dos navios negreiros e discussão em rodas de conversa.
Resultados obtidos:
Crianças:






Conhecendo e entendendo a formação do povo brasileiro;
Reconhecendo e respeitando as diferenças étnicas culturais presentes no grupo;
Reconhecendo em sua identidade familiar e pessoal características de descendência africana;
Participando e valorizando manifestações da cultura popular brasileira;
Socializando novas aprendizagens sobre o tema com o grupo e a educadora;
Dando opiniões e tirando dúvidas e buscando novas informações sobre o tema discutido;
Área: Artes
Objetivos propostos:






Utilizar a linguagem artística como forma de expressão e manifestação de idéias
Desenvolver a sensibilidade
Estimular a capacidade criativa e produtiva
Desenvolver o olhar critico e estético
Exercitar atenção/ concentração/ coordenação motora
Experimentar novas sensações utilizando diferentes materiais
Conteúdos trabalhos:

Desenhos

Pinturas

Releitura de imagens

Produção de estêncil

Pintura em muro

Confecção de oratório com cabaças
Metodologia utilizada:
Por meio da contação de história, apresentação e apreciação de imagens impressas e em PowerPoint, estimulando o
imaginário criativo, apresentando novos materiais como: tinta guache, nanquim, aquarela, cola colorida, giz pastel,
possibilitando trabalhos individuais e em subgrupos.
Área: Interação e Cidadania
Objetivos propostos:




Possibilitar o conhecimento de si próprio e do outro;
Favorecer a participação e valorização coletivas;
Estabelecer o diálogo como forma de resolução de conflitos;
Recuperar noções de valores éticos e morais;
Conteúdos trabalhados:



Reorganização da rotina
Construção coletiva de combinados
Discussão em roda de conversa
Metodologia utilizada:
Estabelecimento de rotina de trabalho utilizando jogos e dinâmicas que possibilitassem maior interação e socialização
entre o grupo ouvindo e solicitando a participação e colaboração do mesmo na construção de regras e combinados.
Utilização de jogos e dinâmicas que possibilitassem maior interação e socialização entre o grupo.
Conversas em grupo e individuais que possibilitasse reflexão sobre convivência e respeito.
Resultados obtidos:
Crianças:











Mais participativas;
Respeitando combinados;
Utilizando o diálogo para resolução de conflitos;
Convivendo com colegas e funcionários de forma mais amigável;
Utilizando palavras gentis;
Demonstrando maior cuidado com as pessoas e com o espaço;
Tendo atitudes mais carinhosas com as pessoas;
Posicionando opiniões quanto a direitos e deveres seja individual e coletivo;
Ouvindo o outro;
Interagindo;
Valorizando e estimulando a participação do outro;
Meios de verificação:




Relatórios mensais;
Fotografias;
Filmagens;
Produções artísticas;
Expressão artística
Arte educadora: Rosana Andrade
Área: Movimento/ Capoeira
Objetivos propostos:

Fomentar o interesse pela compreensão da estrutura corporal, bem como potencializar suas capacidades, desafiar e
avançar limites;

Utilizar a Capoeira como uma linguagem de extrema potência artística, apresentando as formas tradicionais de seu
estudo, bem como, a pesquisa de novas possibilidades de criação;
Conteúdos trabalhados:



Corpo e estrutura física: pés, pernas, bacia, coluna, tronco, braços e cabeça.
O corpo no espaço e no tempo - lateralidade, locomoção, planos, direções, velocidade, peso, ritmo, força;
Capoeira – história, movimentação e musicalidade.
Metodologia utilizada:
A musicalidade da Capoeira é sempre um ponto de partida que garante maior empolgação dos educandos. A roda
com palmas, canto, audição de berimbau e cantigas tradicionais alimentaram os exercícios corporais que por sua vez foram
sistematizados individualmente e em duplas, a partir da ginga e golpes de modo mais tradicional, mantendo a prática clássica
do jogo, de modo a consolidar o conhecimento.
Contamos com a imprescindível visita de dois mestres de Capoeira: Meinha e Kizumba, possibilitando a vivência da
forma tradicional de ensino-aprendizagem da Capoeira, com a palavra do Mestre, sua sabedoria e encantadora amorosidade.
Nas aulas de instrumento sistematizamos as células rítmicas por meio da escrita musical silábica. A sonoridade de
cada instrumento propõe frases e por meio dessas iniciamos o estudo de pandeiro, agogô acompanhados pelo berimbau.
A aceitação e assimilação da proposta com a Capoeira, aos poucos foi sendo entendida pela turma. A princípio, a
expectativa era que reproduzíssemos o treinamento tradicional, fazendo rodas e privilegiando o espírito competitivo. A
mudança nesse paradigma se deu ao longo do processo de forma lenta, porém, genuína.
Conseguimos também uma relação de maior proximidade com as crianças: elas estão mais confiantes; sinto que
nessa turma existe, já, um entendimento de que estamos de fato realizando um trabalho comprometido, em que todos são
importantes, sem preferências ou regalias.
Resultados alcançados:
Crianças:




Conhecendo, testando e avançando seus limites e possibilidades corporais;
Apropriando-se dos movimentos individual e coletivamente;
Reconhecendo e valorizando as tradições populares brasileiras, bem como seus Mestres;
Relacionando-se com respeito, afetividade e cooperação;
Área: Teatro
Objetivo proposto:

Potencializar a capacidade criativa e expressiva, tanto individual quanto coletivamente.
Conteúdos trabalhados:

Jogos teatrais;

Linha do tempo – minha memória;

Mastro;

Metodologia utilizada:
Os jogos cênicos foram associados à musicalidade e imagens da Capoeira, pretendendo criar pontes para o diálogo
entre as linguagens; proporcionando a prática da Capoeira como algo mais livre, sem as amarras de um treinamento
tradicional, cujo foco normalmente está pautado no jogo, na competição.
Apresentei a linha do tempo contando um pouco da minha história, enfatizando a importância das imagens, que não
deveria ser uma linha burocrática, contando de forma mecânica o que se viveu. Que o interesse maior estava nas imagens,
sons, cheiros, sentimentos vivenciados, de modo a emergir, mesmo que timidamente, questões ancestrais que pudessem
estar de diferentes formas, relacionadas ao projeto proposto.
A apresentação de objetos simbólicos de tradições juninas como ponto de partida para o entendimento do que é o
Mastro foi bastante relevante. O estandarte, chapéu de vaqueiro e o boizinho encantaram e fomentaram o desejo de criar a
imagem da turma. Fizemos o processo em três etapas: coletivamente decidiram qual seria a imagem; individualmente
desenharam no papel a imagem escolhida e depois realizamos juntos a decisão do que iria para o tecido a partir das criações,
optando pelo caminho de misturar as melhores propostas de TODOS os desenhos.
A saída para o espetáculo “Quizumba!” contextualizou a proposta para a turma: utilizar a Capoeira como ponto de
partida para a construção cênica.
Para o processo de construção das cenas de cada período, partimos dos desejos individuais e coletivos, com a
pergunta: a partir do que aprendemos o que queremos contar? Como optar por um caminho depois de experiências tão ricas?
Por meio de propostas deles próprios e de votação foi escolhido o caminho de cada turma, como segue a sinopse oferecida ao
público na entrada do “teatro”:
Cena 1 – O sol lá vem!
|
Cena 2 – Soltem a Capoeira!
Nesse ano de 2013, pesquisamos as histórias trazidas pelos nobres africanos ao Brasil. Reconhecemos por meio da
Capoeira a corporeidade e alegria afro-brasileira, patrimônios fundamentais na construção de nossa identidade tão genuína,
tão brasileira!
As cenas foram trilhadas pelos próprios educandos, de forma coletiva, um longo caminho... Mas, é preciso dizer que
todos se dedicaram muito ao processo!
A casa vermelha do sol nascente, de forma essencialmente imagética fala sobre a vinda dos africanos escravizados
para o Brasil e sua capacidade de transmutar, superar os obstáculos e reconstruir a própria história!
A construção da linha do tempo foi bastante interessante, pois o desejo de falar de suas histórias, a valorização das
imagens individuais nos aproximaram, gerando relações mais sólidas, de mais confiança. Nesta perspectiva foi feita a proposta
de confecção dos “oratórios pessoais” para que plasticamente e poeticamente pudessem falar de si mesmos e da sua
ancestralidade. O resultado estético foi incrível, como é possível verificar nos registros fotográficos, no entanto, o maior ganho
se deu na apropriação desse fazer, da percepção coletiva a cerca das histórias individuais, valorizando o saber próprio e do
outro.
Na confecção do Mastro a contribuição efetiva da educadora foi evidenciada, as crianças trouxeram imagens e
informações vistas no filme “Marvada Carne” e as conversas na sala.
Resultados alcançados:
Crianças:

Descobrindo possibilidades de fusão entre a Capoeira e o teatro;

Associando a importância de conhecer a história, seja ela individual ou coletiva, de alguém ou de algo e valorizando a
própria história;

Participando ativamente e intervindo nas propostas de criação cênica;
Incentivo a leitura
Agente de leitura: Camila Karen Freiman Trindade
Área: Linguagem verbal
Objetivos propostos:

Estimular a oralidade, a escrita e a leitura por meio de mediação e da contação de histórias;

Estabelecer relação entre as histórias e a vida cotidiana;
Conteúdos trabalhados:

Mediação de histórias;

Contação de histórias;

Escrita;

Ancestralidade;

Recordações de histórias da família.
Metodologia utilizada:
Iniciou-se as atividades com a mediação de história do conto africano “Abdu, o cego e o crocodilo”, do livro Contos e
Lendas Africanas, Yves Pinguilly, com o intuito de construirmos regras de convívio, partindo da observação de que o grupo
estava com muita dificuldade relacional e comportamental, além da dificuldade em se concentrar. Após a leitura identificamos
quais comportamentos dos personagens não foram corretos e porque, relacionamos com o que vinha acontecendo dentro da
turma.
Como a proposta era trabalhar o tema ancestralidade, partimos do eu, utilizando partes do livro: Divinas aventuras –
histórias da mitologia grega, como sensibilização, na tentativa de iniciar uma reflexão sobre quem eu sou e quais minhas
características. Como atividade, desenvolvemos uma folha de rosto com dados pessoais de cada educando: nome, data de
nascimento, endereço, nomes dos familiares, o que gosta de fazer e outros.
Na sequência, construímos diários individuais onde os educandos deveriam contar duas histórias da sua vida: uma
contento boas recordações e outra não tão boas; pensando no tempo, espaço e personagens. Essa atividade aconteceu com
muito custo, muita dificuldade na escrita, na organização das ideias e na produção dos textos. Algumas crianças escreveram
pouca coisa, mas todas participaram.
Para iniciar o tema utilizou-se do livro: “África meu pequeno Chakra”, de Marie Sellier. Discutimos sobre o que é
ancestralidade e o que ela tem a ver com cada um, relacionando fatos do livro com relatos das crianças.
Em seguida utilizamos de ferramentas digitais para produzir fichas onde se falaria desses ancestrais, iniciando pelo
pai e mãe, que no futuro seriam utilizadas para a construção de árvores genealógicas. Ficamos algumas semanas na
produção dessas fichas, porém a atividade não estava obtendo resultados e logo deixou de ser prazerosa.
Como a escrita, a organização das ideias, mostrou-se ser algo de muita dificuldade, reorganizamos a forma de
registro dessas histórias. Passamos a utilizar ferramentas de áudio para gravar as histórias individualmente. Primeiro
sentamos para conhecer a ferramenta e conversar sobre como seria essa gravação.
No geral as gravações aconteceram de forma bem tranquila, houve resistência por parte de alguns educandos, por
motivos diversos: vergonha, dificuldade em pensar em uma história, mas todos fizeram sua gravação. Também combinamos
ilustrar as histórias contadas com fotos e objetos; metade da turma participou trazendo o que foi combinado.
E para apresentarmos as gravações, montamos uma releitura do Baobá de 1,60cm, árvore africana que tem toda
relação com o tema e que já era de conhecimento da turma, utilizando uma estrutura de madeira, tecido, papel, cola, serragem
e tinta. Todos participaram da construção da árvore.
Resultados alcançados:
Crianças:

Prestando atenção nas mediações;

Discutindo sobre os textos mediados pela educadora;

Se interessando pelas gravações;

Compartilhando histórias pessoais.
Meios de verificação:

Relatório feito pela agente de leitura;

Fotos;

Histórias gravadas;
Área: Tecnologia da Informação
Objetivo proposto:

Possibilitar a utilização de programas digitais.
Conteúdos trabalhados:

Editor de texto (Word);

Editor de áudio (audacity);
Metodologia utilizada:
A ferramenta do Word já era conhecida por grande parte da turma, porém a maioria não entendia muito bem os
símbolos do programa: fonte, tamanho, salvar, o que são as “cobrinhas” coloridas. Então, no processo de escrita, as dúvidas
que apareciam eram esclarecidas individualmente.
Para a utilização do editor de áudio, coletivamente mostrei como o programa funciona, utilizando projeção, e a melhor
maneira de falar no microfone para obter qualidade na gravação. Depois, individualmente no momento da gravação fomos
esclarecendo dúvidas.
Resultados alcançados:
Crianças:

Entendendo os símbolos do Word;

Sabendo salvar seus arquivos;

Entendendo o audacity;
Meios de verificação:

Relatório feito pela educadora;

Textos digitados;

Histórias gravadas;
Casa Azul
Caracterização da turma: 50 crianças na faixa compreendida entre 12 e 15 anos, divididas em dois períodos: manhã e tarde.
Nome do projeto: Diversidade Cultural - Cultura Urbana
Responsável pelo projeto: Luciana Morotomi Kamata
Azul, a casa de nossos meninos grandes, com idade compreendida entre 12 e 15 anos. Nem todos os dias foram
azuis neste grupo, a dificuldade em aceitar o novo, em experimentar novas possibilidades, em estabelecer novas relações, de
sair do lugar comum e seguro, de respeitar e sentir-se respeitado foram nossos desafios, mas também nossas conquistas.
Para nossos meninos grandes, repentinamente as cores da Aquarela foram sendo renovadas, trazendo insegurança e
a resistência foi a maneira encontrada pelo grupo na tentativa de manter as opiniões e atitudes cristalizadas, as verdades
absolutas.
A labuta foi dura para todos, tivemos dias intensos e difíceis, tentamos caminhos diversos na perspectiva de alcançar
o diálogo, o olho no olho. Tentativa, erros e acertos...
Contudo, os desejos foram, aos poucos, sendo revelados. As culturas urbanas, presente no cotidiano dessa turma
vieram com muita força, num anseio latente de falar mais sobre o aqui e agora. Como contraposição, apresentamos as
culturas tradicionais, para falar um pouco de como chegamos até aqui e apresentar outros modelos, outras possibilidades...
Ano intenso. Muito trabalho, descobertas, conquistas... A terra foi arada, as sementes foram plantadas. Nesse
momento o fim de ciclo aponta para um futuro iluminado, com desejo de continuidade!
Ações socioeducativas
Área: Linguagem verbal
Objetivos propostos:


Utilizar a comunicação verbal e não-verbal, como meio para interpretar, produzir e expressar suas ideias;
Favorecer a capacidade de interpretação e avaliação de textos diversificados através do trabalho com diferentes
gêneros textuais (informativo, narrativo, literário, poético, lúdico, instrutivo e dissertativo);
Conteúdos trabalhos:






Comunicação Verbal e não-verbal
Comunicação intra e interpessoal
Diversidade de gêneros textuais
Interpretação de texto
Conceitos da Língua Portuguesa
Leitura poética e dramatização
Metodologia utilizada:






Atividades envolvendo o diálogo e a conversação
Discussões e debates de ideias
Dinâmicas de Comunicação,
Dinâmicas de Interpretação e Dramatização
Atividades narrativas e descritivas
Promoção de rodas de conversa para exposição de ideias
Resultados obtidos:
Crianças e adolescentes:




Trabalhando em grupo;
Expressando os conhecimentos através de textos dissertativos e informativos;
Interagindo com diferentes tipos de pessoas, respeitando as diferenças;
Ampliando as formas de exteriorizar uma ideia ou uma opinião dentro do grupo de forma mais independente e
autônoma;
Área: Artes Visuais
Objetivos propostos:



Favorecer o exercício da imaginação através da interpretação de imagens ou textos;
Desenvolver a habilidade de produzir textos e imagens individuais e coletivos, valorizando o respeito e a democracia;
Conhecer diferentes tipos de manifestação cultural por meio de variados tipos de artes visuais;
Conteúdos trabalhados:



Técnicas de modalidades das artes visuais: desenho, pintura, recorte, colagem, impressão e construção;
Técnicas expressivas: suporte, técnicas e materiais;
Consciência corporal e motora respeitando os seus limites e suas condições físicas e mentais;
Metodologia utilizada:




Promoção de atividades de artes promovendo o contato com diversos tipos de arte visual;
Dinâmicas dentro da área da Arte para trabalhar elementos como criatividade, inovação e reflexão;
Trabalhos com o corpo buscando o respeito, participação e autoconfiança;
Observação do entorno, privilegiando a observação da arte exposta em muros na comunidade, fotografia e conversa;
Resultados obtidos:
Crianças e adolescentes:




Maior habilidade criativa na construção de imagens;
Maior respeito a arte individual e coletiva;
Fortalecidos no trabalho em equipe e a compreensão da arte urbana;
Interessados pela própria produção;
Área: Música
Objetivos propostos:


Possibilitar o conhecimento e a reflexão sobre a origem e diversidade de estilos musicais brasileiros através do
contato com diversos gêneros musicais;
Sensibilizar quanto à construção de formas de expressão cultural através de elementos musicais e poéticos presentes
na música;
Conteúdos trabalhados:





Gêneros musicais brasileiros;
Elementos musicais;
Música e poesia;
Interpretação, percepção e sensibilidade musical;
Experimentação musical e corporal;
Metodologia utilizada:



Atividades musicais partindo dos conhecimentos e experiências musicais dos educandos;
Apresentação de diferentes referências musicais com novas experimentações;
Debates e construções de opinião respeitando o perfil do grupo;

Dinâmicas de grupos, percepção e trabalho com os sentidos;
Resultados obtidos:
Crianças e adolescentes:


Compreendendo que existem diversos estilos musicais que compõem a cultura brasileira dentro do meio urbano e
que de acordo com o estilo musical podemos pertencer a grupos sociais distintos;
Entendendo que as formas de manifestação cultural possuem, cada uma, uma origem e um desenvolvimento
resultantes do seu meio;
Área: Convivência
Objetivos propostos:



Possibilitar situações de convivência e enriquecimento pessoal, crítico e participativo;
Promover a conscientização de direitos e deveres através da construção do conceito de cidadania e da boa
convivência;
Trabalhar a consciência e identidade individual e coletiva no Brasil através da aproximação de conceitos impostos
pela sociedade e conceitos adquiridos;
Conteúdos trabalhados:




Conceitos histórico-sociais abrangendo o passado, o presente sob ótica da história oficial do Brasil e a história
individual;
Homem como elemento ativo na construção de sua própria história;
Relação indivíduo-sociedade-espaço;
Homem como ser produtor e reprodutor de cultura;
Metodologia utilizada:





Promoção de rodas de conversa e de reflexão a partir de acontecimentos atuais;
Dinâmicas envolvendo aspectos históricos e sociais do grupo;
Atividades de interação e cooperação, valorizando atitudes de não violência;
Pesquisa em diferentes mídias: livros, jornais, internet;
Atividades teatrais, brincadeiras em grupo e jogos cooperativos;
Resultados obtidos:
Crianças e adolescentes:


Entendendo que o presente é composto de elementos tradicionais e contemporâneos independente do meio urbano
ou rural;
Compreendendo que cada família possui uma história de vida influenciada por condições históricas, sociais ou
geográficas;

Identificando diversas culturas que compõem a identidade brasileira;
Meios de verificação:



Relatórios feitos pela educadora
Fotografias do processo
Produção de materiais textuais ou imagéticos desenvolvidos durante o processo
Expressão artística
Arte educadora: Rosana Andrade
Área: Artes do corpo
Objetivos propostos:

Fomentar o interesse pela compreensão da estrutura corporal, bem como potencializar suas capacidades, desafiar e
avançar limites;

Proporcionar caminhos prazerosos de descobertas a cerca do Brasil e das diferentes “brasilidades” a partir da ótica
contemporânea;
Conteúdos trabalhados:


Corpo e estrutura física: pés, pernas, bacia, coluna, tronco, braços e cabeça;
O corpo no espaço e no tempo - lateralidade, locomoção, planos, direções, velocidade, peso, ritmo, força;
Metodologia utilizada:
Exercícios de aquecimento, privilegiando a conscientização a cerca do próprio corpo e o respeito com o corpo do
outro com exercícios em duplas e trios.
O corpo é, paradoxalmente, um tabu. Quando pensamos a relação com o corpo que esses meninos e meninas têm, a
partir daquilo que vivem, com uma sexualidade aflorada cada vez mais precocemente, o que vem a mente é uma relação
tranquila com o próprio corpo e o do outro. No entanto, uma coisa é a teoria e outra é a prática, ou melhor, menino e menina
tiveram em tempos remotos e terão para sempre a passagem, o terrível e infindável tempo de transição, em que não são mais
crianças, mas ainda não se tornaram adultos. E como é difícil lidar com isso. Quão terrível é perceber que os outros
acompanham as “estranhas!” mudanças.
Área: Teatro
Objetivo proposto:

Potencializar a capacidade criativa e expressiva, tanto individual quanto coletivamente.
Conteúdos trabalhados:

A palavra falada e a palavra cantada;

Jogos dramáticos e teatrais;

A máscara;


O Personagem;
A Cena;
Metodologia utilizada:
O início se deu via a construção da linha do tempo, individualmente, deveriam relatar passagens importantes de sua
história se atentando para questões mais imagéticas e sensoriais; como cheiros, gostos, lugares visitados, pessoas
conhecidas; produzindo um arsenal de memórias que pudessem alimentar a construção da primeira personagem. A partir
dessa experiência iniciamos a construção da máscara, feita com atadura gessada no rosto de cada um deles, ou seja, para
que a máscara fosse feita era preciso necessariamente a ajuda do “outro”. Depois do molde pronto, iniciamos o processo de
empapelamento e acabamento das máscaras.
Experimentamos os jogos teatrais, em duplas, subgrupos e coletivamente, utilizando músicas e comandos claros
daquilo que se desejava. O personagem e a cena nasceram a partir desses jogos.
A etapa seguinte desse trabalho se deu via subgrupos, chamados de núcleos de pesquisa. A partir de desejos
comuns e daquilo que já tínhamos pesquisado e produzido, os pequenos grupos foram se organizando.
Foi um ano de dificuldades e descobertas. É possível afirmar com tranquilidade que este foi o grupo mais refratário às
propostas dessa nova equipe.
Sem dúvida obtivemos resultados, no entanto, muito aquém daquilo que foi projetado, esperado, essencialmente pela
faixa etária, pela capacidade de produção desse grupo.
No caso do trabalho com artes a única proposta aceita sem nenhuma restrição pelo grupo foi a confecção das
máscaras, mesmo assim sua continuidade e acabamento se alongaram até o final de novembro, iniciamos esse processo em
abril.
O direcionamento para subgrupos foi pensado como uma tentativa de produzir, pretendendo-se revelar a capacidade
criadora de cada um, considerando também os desejos comuns, proporcionando um trabalho coletivo, mesmo que em grupos
menores.
Os desejos que foram surgindo a partir da proposta dos núcleos foi pensado como uma tentativa de produzir,
pretendendo-se revelar a capacidade criadora de cada um, considerando também os desejos comuns, proporcionando um
trabalho coletivo, mesmo que em grupos menores.
Os desejos que nasceram a partir da proposta dos núcleos alimentaram a pesquisa e a contraposição, aos
questionamentos feitos por mim. Enquanto a turma trazia questões contemporâneas provenientes em sua grande maioria da
cultura de massa, as provocações foram feitas a partir do universo das culturas tradicionais e de raiz, pretendendo ser uma
força motriz para a descoberta de novos caminhos e possibilidades.
Resultados alcançados:
Crianças e adolescentes:

Experimentando realizar trabalhos coletivamente, exercitando o poder da palavra, da persuasão;

Pesquisando e produzindo a partir de interesses coletivos e contraposição proposta pela educadora;
Incentivo a leitura
Agente de leitura: Camila Karen Freiman Trindade
Área: Linguagem verbal
Objetivos propostos:

Estimular a oralidade, a escrita, a leitura e a organização de ideias por meio da interpretação de textos;

Estimular a leitura critica das informações;

Estimular o aperfeiçoamento da argumentação e negociação;
Conteúdos trabalhados:

Cultura;

Expressão das ideias de forma oral e escrita;

Textos de mídia impressa e digital;

Escrita de roteiro;

Produção de textos;
Metodologia utilizada:
Para iniciarmos a conversa sobre cultura, utilizamos o conto “Casa das flores” do livro Sabores da África. Os
educandos trouxeram bastantes coisas que tinham de conhecimento sobre o tema e fizeram links com o conto e com relatos
cotidianos, discutimos sobre a definição de cultura e sobre cultura de massa. Foi uma primeira experiência animadora.
Em seguida, relacionando com a experiência da discussão sobre o tema cultura, iniciamos uma conversa sobre a
frase: “Yes, nós temos bananas!”: a que poderia remeter, o que tem haver com cultura, falar sobre produção de cultura no
Brasil; pontuando com um pouco da história. Mas essa experiência não foi muito animadora, desrespeito e brincadeiras não
permitiram o andamento. Então, por isso houve reflexão de que o trabalho deveria começar de outra forma.
Foi desenvolvida uma atividade onde, em grupos eles deveriam escolher uma música de preferência e pensar sobre a
mesma, que mensagem estava passando, porque gostava da música, se tinha personagens e outros. Foi uma atividade que
em meio a muita bagunça e brincadeirinha, quase desrespeitosa entre alguns deles, apontou para algo que poderia dar certo.
Partindo desse gancho foi proposto outra atividade, utilizando de trechos da música “Construção” do Chico Buarque.
Foi uma grata surpresa, pois eles se envolveram, eles sentaram em trio e nesse coletivo teriam que buscar no dicionário as
palavras que não conheciam, discutir sobre a letra e relatar o que foi entendido, eles se envolveram desde a leitura coletiva,
havendo sinais de respeito com o tempo de leitura do outro, até a escrita em trio.
Em outro momento fomos analisar aquilo que eles escreveram e prosseguir no entendimento da música, para voltar
com o tema de produção de cultura, mas essa atividade não foi possível realizar, pois questões comportamentais não
permitiram.
E nesse vai e vem, de um dia consegue fazer atividade em outro não, novamente mudamos a proposta de trabalho. O
tema da casa passou a ser “Cultura Urbana”.
Sentamos em roda e conversamos sobre a nova proposta, e que a partir de pesquisas e produções de textos sobre o
tema montaríamos uma revista sobre cultura Urbana.
Visualizamos o documentário de A Liga sobra Funk Ostentação e conversamos sobre o que é cultura Urbana e sobre
quais manifestações ela trata.
O grupo foi dividido em 5 subgrupos de acordo com os subtemas que eles escolheram (Hip-hop, Funk, Esporte,
Moda e outros) e iniciaram as pesquisas e produção de textos, o processo foi difícil, mas muito interessante, a turma se
envolveu com a proposta, assumiu a responsabilidade da produção da revista. Tivemos momentos de dispersão e cansaço,
mas no geral foi bem produtivo.
Passeamos pela comunidade, colhendo registro do que víamos e tinha relação com os temas propostos, para
utilizarmos como fonte de pesquisa e ilustração para revista. Fizemos roda de conversa com leitura das produções. Os textos
foram escritos coletivamente, corrigidos coletivamente e revisados. Eles buscaram imagens e fizeram as ilustrações. E no
final, com patrocínio da editora Globo, tivemos as revistas impressas.
Resultados alcançados:
Crianças e adolescentes:

Participando das leituras coletivas;

Ouvindo;

Participando das discussões;

Refletindo sobre o tema;

Respeitando as divergentes opiniões;

Trabalhando em grupo;

Pesquisando;
Meio de verificação:

Relatório feito pela educadora;

Fotos;

Desenhos;

Textos;

Revista
Área: Tecnologia da Informação
Objetivos propostos:

Possibilitar o conhecimento e a utilização dos recursos digitais.
Conteúdos trabalhados:


Programas de edição de texto;
Utilização da internet.
Metodologia utilizada:
A ferramenta do Word já utilizada pela maioria, com alguns específicos que o entendimento do programa começou do
zero. Pudemos trabalhar coisas como copiar e colar imagens e textos, diagramar a página e atalhos.
A internet foi utilizada para pesquisa em forma escrita e áudio-visual. Site que tratavam do tema escolhido.
Resultados alcançados:
Crianças e adolescentes:
 Sabendo utilizar o editor de texto;
 Utilizando a internet como ferramenta de pesquisa;
 Utilizando os programas de forma integrada;
Meios de verificação:


Relatório;
Textos digitalizados;
6.3 – Relatório das atividades desenvolvidas em 2013 - Famílias
Objetivos propostos:

Possibilitar a participação das famílias no processo socioeducativo por meio de momentos planejados e regulares;

Fortalecer a família por meio da conversa, valorizando a escuta a cerca de preocupações relacionadas ao convívio
familiar e relacionamento com os filhos;
Metodologia utilizada:
Realizamos seis reuniões com as famílias, nas quais apresentamos e discutimos a proposta socioeducativa que foi
desenvolvida com as crianças por meio de vídeo de processos, apresentação em power point, filmes e dinâmicas de grupo.
Reuniões individuais foram realizadas sempre que necessário.
No primeiro semestre a aproximação teve como foco o conhecimento de ambos (famílias e equipe de profissionais), a
criação de vínculo, confiança e parceria foram aspectos essenciais para que o trabalho junto as crianças fosse garantido e
realizado com qualidade.
No segundo semestre as conversas foram no sentido de envolvê-los nas atividades propostas, clarear o objetivo da
Aquarela e sua finalidade que está voltada à garantia de direitos e que este é um espaço no qual a convivência, participação,
responsabilidade e mudança precisam ser refletidas e realizadas conjuntamente e que a participação é um direito que não
devemos abrir mão.
Sendo assim, conseguimos observar que participação das famílias foi aumentando de acordo com as atividades
realizadas, podemos observar que nas conversas individuais as mesmas compareciam demonstrando interesse tanto pelo
trabalho desenvolvido, relatando mudanças de comportamento e atitudes a partir do processo socioeducativo que seus filhos
estavam vivenciando, quanto pelo acolhimento e escuta da equipe a partir de suas colocações e necessidades.
Resultados obtidos:

30% das famílias participando de reuniões de pais;

90% das famílias participando da Festa Junina;

100% das famílias apreciando a Mostra de Trabalhos;
6.4 – Relatório das atividades desenvolvidas em 2013 - Educadores
Objetivos propostos:

Assegurar a utilização do planejamento como instrumento de trabalho;

Assegurar o registro sistemático do processo de desenvolvimento das crianças e adolescentes;

Assegurar a prática de pesquisa e estudo para aprimorar a metodologia.
Metodologia utilizada:
Reuniões sistemáticas e contínuas foram realizadas com a equipe de trabalho, o acompanhamento e orientação dos
planejamentos foram realizados por meio de observação das crianças, leitura e devolutiva dos planejamentos e semanários.
Além disso, acompanhamentos e orientações individuais aconteceram sempre que necessário e de acordo com as demandas
trazidas pelas educadoras.
Resultados obtidos:
Educadores:


Executando atividades estratégicas elaboradas;
Desenvolvendo atividades com intencionalidade;


Desenvolvendo atividades com criatividade e qualidade;
Fundamentando sua prática por meio de conhecimento teórico;

Partilhando e refletindo sobre os processos vivenciados pelos educandos e sobre suas próprias práticas e mediações;
Estrutura Organizacional:
Presidente: Silvio Bentes
Vice-Presidente: Vania Weber
Conselho Deliberativo:
Ademir José Scarpin
Eduardo Scarano Linhares
Horácio Bernardes Neto
Antonio Checchia Wever
Marcelo Escorel
Conselho Fiscal:
Lyo C. Marques Junior
Luiz Otávio R. de Magalhães
Diretoras Voluntárias:
Alice Lienert
Renata Moraes Abreu
Coordenação Geral:
Janete Rios Rocha
Auditoria:
COKINOS & ASSOCIADOS Auditores Independentes S/S
Associação Aquarela
Rua Onófrio Milano, 239 – Jaguar
Tel.: (11) 4329- 3171
www.associacaoaquarela.org.br
www.facebook.com/aquarelaassociacao
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Relatório de Atividades 2013 - DOE SUA NOTA FISCAL PARA A