Enfrentamento da influenza pandêmica 2009, em um hospital universitário Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná • Hospital Geral • Só interna SUS • Total de funcionários aproxim. = 5.000 – 247 residentes – 360 alunos de graduação em medicina – 282 alunos de enfermagem – 182 alunos de nutrição – 311 alunos de farmácia – 266 professores de medicina Hospital de Clinicas - 2008 • Item . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .Média anual Nº Salas Ambulatório . . . . . . . . . . . . . . . 246 Nº Leitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 643 • Média Atendimento . . . . . . . . . . . . . 800.000 Internação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 Cirurgias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 Partos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.152 Atendimentos no PA adulto . . . . . . . . .43.330 PA pediátrico. . . . . . 26.593 Hospital de Clinicas - 2009 • • • • • • • Leitos em UTI Adulto...................... ....... Leitos em UTI Pediatria.......................... Leitos em semi-intensiva adulto............. Leitos em semi-intensiva pediatria......... Leitos em infecto adulto......................... Leitos em infecto pediatria..................... Leitos na clínica médica.......................... 14 06 19 12 12 10 20 PROCEDÊNCIA DOS PACIENTES ATENDIMENTO AMBULATORIAL 2009 Região . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . % Curitiba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56,59% Região Metropolitana . . . . . . . . . . 28,64% Outros Paraná . . . . . . . . . . . . . . . . 10,8% Total Paraná . . . . . . . . . . . . . . . . . .96,03% Outros Estados . . . . . . . . . . . . . . . . 3,95% Outros Países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,01% ALERTA OMS em 25 de abril 2009 • Em 27 de abril (segunda-feira), reativado o comitê de influenza (reduzido) e iniciado a implementação do Plano de contingência do HC-UFPR, frente a nova situação : – Serviço de Epidemiologia Hospitalar – Serviço de Controle de Infecção – Infectologia adulto e pediatria – Direção de Assistência – Unidade de Urgência e emergência Ações Fontes • Nota para a Unidade de urgência e emergência no dia 27 de abril com orientação sobre: • Informe OMS • Boletim MS • Plano de contingência frente a pandemia de influenza HC UFPR • Plano de preparação frente a uma pandemia de influenza OPAS – Definição de caso – Medidas de controle frente aos casos suspeitos – Notificação e – Coleta de material respiratório para o LACEN – Fluxo para internação – Médicos de referencia • Revisão do Plano de 2006 – Lista de verificação Intervenção Comunitaria Organização, Estrutura de mando e Coordenação Aspectos ético-legais Comunicação de Riscos Saúde Ocupacional Controle de Infecção Hospital /Unidade de atenção Manejo de Cadáveres Triagem Gestão de Recursos Fonte:OPAS Manejo de casos Gestão de Camas Período de pandemia - somente casos importados, abril a início de julho de 2009 Ações: Reuniões do Comitê de influenza completo e subcomitês Elaboração e implementação do protocolo de atendimento de casos suspeitos de influenza, Treinamento de todos os residentes para coleta de material respiratório por aspiração, Busca ativa diária de casos de infecção respiratória aguda grave e orientação para a notificação de todo caso suspeito atendido na instituição, Treinamento da equipe de Anatomia patológica sobre as precauções e coleta de material, Período de pandemia - somente casos importados, abril a início de julho de 2009 Ações: Criação de espaço na página internet do HC e na página do Serviço de epidemiologia para divulgação dos dados e de documentos/protocolos sobre influenza Preparação de palestra padrão com informação sobre influenza sazonal e pandêmica e medidas de precaução e notificação, Realização de palestras nas diversas clínicas do hospital pelos componentes do Comitê, Elaboração de cartaz com orientações sobre as medidas de precaução e hábitos saudáveis, Reunião com os responsáveis pelo atendimento dos funcionários, Orientação sobre o descarte adequado Reuniões com o corpo clínico e funcionários para orientações Participação nas reuniões do Comitê de Influenza Estadual e Municipal (e em subcomitê) O inverno e as chuvas chegaram e em julho......... 84 casos 28 óbitos Referencia Atendimento exclusivo na emergência Susp. aulas Inicio tto SG Inicío aulas Primeiro caso: IS: 22/06/2009 e ultimo caso: 07/11/2009 Primeiro caso: IS: 22/06/2009 e ultimo caso: 07/11/2009 Julho e agosto Aumento dos atendimentos e internações de pacientes com doença respiratória, Decisão conjunta da SMS e Direção do HC de fechar as portas da emergência do HC para atendimento exclusivo de suspeitos de influenza, assim como todos leitos de UTI, semi-intensiva e infectologia. Passando a ser a principal referência para pacientes graves a partir de 24 de julho, • Redução do horário e do número de visitas aos pacientes e também era realizada triagem para avaliar se não tinham sintomas respiratórios nos últimos 7 dias • Suspensão das aulas práticas no HC em 27 de julho • Comunicação foi uma área que trabalhou intensamente para a comunidade interna e externa + CARTAZ • Triagem nas portas de entrada para atendimento ambulatorial (para não entrar nas salas de espera pacientes com sintomas respiratórios), • Introdução do GAL sistema informatizado para o envio de qualquer tipo de exame para o LACEN – permitiu o controle da entrada do material e o recebimento do resultado do exame. – Até o Paraná iniciar a realização dos exames, havia uma demora de mais de 30 dias para o recebimento do resultado. – Antes do GAL tivemos exames que foram extraviados • Emergência – triagem e seguimento dos casos com base no protocolo de atendimento. Oximetria realizada em todos pacientes. Continuação.............. • Intensificadas as ações da equipe de vigilância epidemiológico do hospital, com atividades durante todo o dia inclusive os fins de semana, – Elaboração de planilha com os dados epidemiológicos mais relevantes, atualizada diariamente com os pacientes internados e atendidos na emergência. Repasse diário para as secretarias de saúde estadual e municipal, direção do HC e comitê de influenza. – Digitação diária no sistema informatizado para influenza do MS dos pacientes atendidos na emergência e internados. Informação oportuna, assim como a atualização das altas por cura e por óbito. – Acompanhamento da coleta de secreção respiratória para envio para o LACEN (verificação da identificação e das condições de transporte(em gelo)) acompanhado da solicitação do exame e da ficha epidemiológica. – Até o final de julho recebimento e repasse do oseltamivir para cada paciente internado, sempre deixando um número de tratamentos na UTI para os pacientes que eram internados no período noturno, após repasse do manejo para a Unidade gerencial da Farmácia. O CONTROLE DE INFECÇÃO NA EPIDEMIA DE H1N1 Período marcado por contrastes e ambigüidades: Adesão às medidas Abuso no uso de EPI Receio na assistência Uso incorreto dos EPI UTI atendimento em máxima lotação dos leitos, somente casos de influenza. A maior parte da liberação dos leitos era por óbito. Pacientes chegavam com evolução rápida para a gravidade, em geral com mais de 4 dias de sintomas e sem o oseltamivir. Apresentavam na seqüência baixa resposta ao tratamento. Pacientes jovens e 50% sem comorbidades Stress dos funcionários da UTI Biópsia pulmonar e renal de todos os óbitos Menor índice de infecções intrahospitalares Fotos cedidas por Dr. Hipolito UTI AD Seguimento no pós internação pela PNEUMOLOGIA – Todos pacientes positivos para influenza foram encaminhados para seguimento – Seguimento com espirometria e ressonância – Pacientes que saíram da UTI apresentam seqüela respiratória importante com incapacidade para atividades físicas mínimas Farmácia • Realiza a diluição do tamiflu pediátrico e orienta outras farmácias. Unidade de abastecimento Pré pandemia • Máscara cirúrgica 478/d • Máscara N95 5/d • Luvas 3400/d • Avental manga longa 0/d • Alcool gel 31/d Pós pandemia • Máscara cirúrgica 6256/d • Máscara N95 339/d • Luvas 4800/d • Avental 165/d • Alcool gel 240/d http://www.hc.ufpr.br/Templates/informacoes/publica/jornal/pdf/2009_JHC_3.pdf Pontos negativos: Definição de caso foi mudada por várias vezes no inicio da pandemia causando certo desgaste com os profissionais de saúde, No início só havia a coleta de exames de viajantes o que retardou o conhecimento de casos autóctones Não haver acesso ao oseltamivir para iniciar o tratamento precocemente Gastos excessivos e utilização incorreta e indevida dos EPI OMS e CDC – com orientações diferentes em relação a utilização de máscara cirúrgica e N95 Demora no retorno do resultado dos exames pela FIO CRUZ Relaxamento das medidas no pós epidemia Suzana Moreira Lições aprendidas A elevada integração com as equipes da SMS e SESA, Integração inter-setorial do HC, facilitou o trabalho Tratamento precoce dos pacientes com quadro clínico de influenza As medidas de higienização das mãos e outras precauções universais tiveram ótima adesão, com queda das infecções hospitalares durante a pandemia Reuniões periódicas com funcionários da instituição para apresentar a situação e as orientações necessárias e para tirar dúvidas Atendimento exclusivo na emergência para influenza --------referência para pacientes graves Criação do espaço para divulgação de informação diária Treinamento de um número maior de residentes para a coleta de amostra respiratória Situação 2010 • Nenhum positivo para influenza A H1N1 em 2010, • Iniciada a vacinação dos profissionais de saúde em 8 de março com 4000 vacinados, • Intensificação das ações de precaução e de vigilância virológica de todo caso internado com quadro de infecção respiratória aguda grave, • Treinamento dos novos residentes para a coleta de material e no protocolo de atendimento dos suspeitos. “Ver depois não vale; o que vale é ver antes . . . e estar preparado.” José Martí Suzana Moreira MUITO OBRIGADA! Agradecimentos a todos setores do HC UFPR pelo elevado profissionalismo durante o período de crise, em especial a direção, SCIH, UTI, Semi-ntensiva e PA, infectologia e clinica médica, assim como as equipes da SMS, SESA e CRM. [email protected] Suzana Dal-Ri Moreira